AMOR+DE+VERANEIO
Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.
Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.
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- Toda mulher fala que o prato preferido é lasanha, mas eu duvido<br />
que seja lasanha mesmo. Mas o meu é tira-gosto de buteco com muita<br />
cerveja.<br />
- Ruan, pára. Vamos embora agora. Você está me enrolando. Já é<br />
tarde.<br />
Quando a noite desaba na cidade, as horas mortas da madrugada são<br />
a conferência da vida. É como se a brisa percorresse tudo, cada canto do<br />
mundo, só procurando saber se alguém ficou sem amar e levantar-lhe o<br />
santo desejo da solidão, vontade de amar sem ter amor.<br />
Capítulo 3<br />
Belo Horizonte, cinco de Dezembro de 2001 na pracinha onde os<br />
dois jovens namoravam depois das aulas.<br />
Mais uma noite quente de verão às vinte e duas e cinqüenta e seis<br />
minutos.<br />
- Mas por quê a gente não pode se ver amanhã Mary?<br />
- O meu querido! Amanhã eu quero ir na igreja. Tenho que confessar<br />
meus pecados...as burrices que eu já fiz.<br />
- Conta uma?<br />
- Ta bem...é que antes de eu te conhecer, eu namorei com um cara,<br />
chamado Wanderley. E...eu gostava muito dele, só que ele, o cretino, ficou<br />
com a minha melhor amiga...quer dizer, minha ex-melhor amiga. Eu fiquei<br />
com tanto ódio dos dois que eu quis fazer uma burrada.<br />
- O quê?<br />
- Tomar um montão de remédio pra...<br />
- Deixa...eu já entedi.<br />
- Então, foi isso.<br />
- Deixa eu te perguntar uma coisa?<br />
- Deixo sim.<br />
- Ainda gosta desse cara?<br />
- Por que está me perguntando isso?<br />
- Curiosidade e ciúme.<br />
- Você é ciumento?<br />
- Muito.<br />
O encontro prossegue com um demorado beijo que tira o fôlego e<br />
torna ofegante a respiração da moça.<br />
- Nossa! Quê isso? Até parece que é a última vez que eu vou te<br />
beijar. Está com medo de alguma coisa?<br />
- Não, não é nada.<br />
- Está bem Ruan...pode dizer o que foi...<br />
- É...bom, mudando de assunto...fale um pouco sobre sua família.<br />
Você tem irmão?<br />
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