Livro de poesias escrito em 2006 na cidade mineira de Lavras, retratando as dificuldades intrínsecas a uma nova realidade do serviço público na polícia. A solidão espiritual e a certeza de que muitas vezes na vida o ouro que se procura vem manchado de sangue e sofrimento. Às vezes uma oportunidade não é mais que uma desilusão.
Vida vazia
Se não vem o pranto
Vai-se o riso
Uma gota de encanto
Forma um paraíso
Se não murcha a rosa
Floresce a dor
A vida é chorosa
Carente de amor
A figura de morte
Afoga a vida
E acaba, perdida...
Seca e sem sorte
Se não vai juventude
A velhice vem
O tempo ilude
E mata também
Se não vem a fome
Vai-se a fartura
A dor consome
Os prazeres da cura
Se não vem a fúria
Vai-se a paz
Extrema penúria
Alegria jaz
Se não vem vingança
Vai-se o perdão
Adeus esperança
Como vai solidão
Se não vem saudade
Vai-se o costume
Não há piedade
Só medo e ciúme
Sem forças, mudo
Sem ter alegria
É um homem no escuro
É uma vida vazia
22/05/2001
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