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Revista dos Pneus 51

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ENTREVISTA Vítor Soares, Euromaster Portugal<br />

EMPRESA Safame Comercial<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>51</strong><br />

Agosto 2018<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Bimestral<br />

Citroën C4 Cactus<br />

Mais evoluído, menos atrevido.<br />

A segunda geração alterou o conceito<br />

Atualidade<br />

A contrafação representa<br />

um “furo” de 41 milhões de<br />

euros no mercado nacional<br />

Máquina do Tempo<br />

Fundada, em Itália, no ano<br />

de 1924, a CEAT pertence ao<br />

Grupo RPG, sediado na Índia<br />

ECONOMIA CIRCULAR<br />

Mudança<br />

de paradigma<br />

Benefícios da nova abordagem à produção e ao ciclo de vida do produto


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

Proprietário/Editor:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte:<br />

<strong>51</strong>0447953<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +3<strong>51</strong> 219 288 052/4<br />

Fax: +3<strong>51</strong> 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’<strong>51</strong>.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Consulte o Estatuto Editorial<br />

no site www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Inevitavelmente,<br />

os pneus<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

maior parte <strong>dos</strong> condutores<br />

considera a segurança um fator<br />

adquirido e não faz, geralmente,<br />

o mínimo esforço para<br />

garanti-la. Esta atitude decorre<br />

tanto de uma sobrevalorização de si próprio<br />

enquanto condutor, elemento humano falível,<br />

como do veículo, que está sujeito a desgaste e<br />

desafinações constantes. Os comportamentos<br />

de risco ocorrem, regra geral, depois de muitos<br />

meses e até vários anos sem problemas,<br />

nos quais as situações mais complicadas de<br />

condução vão sendo ultrapassadas e resolvidas.<br />

A auto confiança instala-se e o condutor<br />

assume que a segurança está garantida. No<br />

entanto, tanto ele, o condutor, como o veículo,<br />

estão sujeitos a inúmeras falhas. Da parte do<br />

condutor, temos o cansaço, stress, preocupações,<br />

esta<strong>dos</strong> de ânimo exalta<strong>dos</strong>, euforia provocada<br />

por alguma bebida ou conversa mais<br />

animada e problemas de saúde, entre outros.<br />

Tudo isso altera profundamente os tempos<br />

de reação e a capacidade de concentração<br />

do condutor, indispensáveis para avaliar e<br />

resolver rapidamente situações mais difíceis.<br />

Da parte do veículo, temos os principais sistemas<br />

de segurança ativa (travões, direção,<br />

suspensão e pneus), aos quais se terá de juntar<br />

a iluminação durante a condução noturna.<br />

To<strong>dos</strong> estes sistemas têm desgaste e desafinações,<br />

mais ou menos rápi<strong>dos</strong> ou progressivos,<br />

dependendo da condução e das condições<br />

de utilização do veículo. Quando se verifica a<br />

convergência de uma situação muito crítica<br />

de condução, com um condutor em baixo<br />

de forma e um veículo muito desafinado, o<br />

acidente é praticamente inevitável, principalmente<br />

se houver a conjugação de excesso de<br />

velocidade e fraca aderência da via.<br />

Na base desta pirâmide de sistemas de segurança<br />

ativa está, inevitavelmente, o pneu. Ele<br />

,<br />

é, na realidade, o pivot de to<strong>dos</strong> os sistemas<br />

de segurança e de controlo do veículo. O<br />

seu estado é, no entanto, permanentemente<br />

ignorado (a pressão esquecida, por exemplo).<br />

O mesmo se passando com o equilíbrio das<br />

rodas. Portanto, alguém tem de estar, constantemente,<br />

a fazer lembrar os cuida<strong>dos</strong> que<br />

o pneu deve ter e ninguém está mais habilitado<br />

a fazê-lo do que os profissionais que<br />

trabalham nas casas de pneus.<br />

Para que os pneus possam proporcionar a<br />

segurança e a vida útil que lhes é exigível,<br />

têm de beneficiar de cuida<strong>dos</strong> de manutenção<br />

e verificação regulares. O principal <strong>dos</strong><br />

quais é manter a pressão de ar interior dentro<br />

<strong>dos</strong> valores especifica<strong>dos</strong> pelo construtor. A<br />

pressão incorreta <strong>dos</strong> pneus, especialmente<br />

abaixo do especificado, prejudica a condução,<br />

tem um impacto negativo nos elementos da<br />

roda (cubo, rolamento, suspensão, direção) e<br />

provoca a deterioração prematura do pneu,<br />

devido, essencialmente, ao seu aquecimento,<br />

maior nível de deformação e flexão, assim<br />

como ao desgaste irregular do desenho da<br />

banda de rolamento.<br />

O desgaste do pneu, em toda a superfície<br />

da banda de rolamento, deve ser verificado,<br />

igualmente, de forma regular, para detetar<br />

sinais de desgaste irregular, desgaste excessivo<br />

e outros problemas, como fissuras, golpes,<br />

deformações e objetos estranhos. Quando<br />

o pneu está perto do seu limite máximo de<br />

desgaste legal (1,6 mm de profundidade) o<br />

seu desempenho e nível de segurança é já<br />

bastante inferior ao normal, especialmente<br />

em piso molhado.<br />

Aproveitamos para desejar a to<strong>dos</strong> os leitores<br />

umas excelentes férias em segurança... com<br />

os pneus em bom estado!<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Falken Euroall Season AS210<br />

Quatro<br />

estações<br />

Representada em Portugal pela AB<br />

Tyres, a Falken acaba de lançar o Euroall<br />

Season AS210, um pneu premium<br />

para todas as estações do ano que foi<br />

concebido para veículos de turismo<br />

e SUV. Numa primeira fase, está<br />

disponível em 48 medidas, com jantes<br />

que vão de 13” a 19”<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Produzido na Europa e apresentado<br />

ao mundo na feira The Tire Cologne,<br />

em maio último, o Euroall Season<br />

AS210 é a nova aposta da marca<br />

japonesa Falken (que, em Portugal, é representada<br />

pela AB Tyres), para o segmento <strong>dos</strong><br />

pneus All Season. Concebido para veículos<br />

de turismo e SUV, está disponível, numa primeira<br />

fase, em 48 medidas, com jantes que<br />

vão de 13” a 19”, séries 70 a 40 e códigos de<br />

velocidade “T”, “H” e “V”. Em agosto de 2018,<br />

chegarão outras 20 medidas.<br />

Sucessor do Euroall Season AS200, o novo<br />

Euroall Season AS210 incorpora um desenho<br />

em “V” com sulcos mais profun<strong>dos</strong> que<br />

aumentam a capacidade de escoamento da<br />

água, o que permite otimizar as prestações<br />

tanto em piso seco como molhado, maximizando<br />

ainda a resistência ao aquaplaning.<br />

Face ao modelo antecessor, o novo Euroall<br />

Season AS210 melhorou as prestações em<br />

8% no que diz respeito ao aquaplaning e<br />

em 6% no capítulo da travagem em piso<br />

molhado. Durante a condução, as lâminas<br />

alinham-se no sentido da tração de modo a<br />

incrementar a força de transmissão, proporcionando,<br />

assim, aderência elevada qualquer<br />

que seja a condição meteorológica, inclusivamente<br />

em pisos com neve. O recurso à<br />

tecnologia Advanced 4D-Nano Design no<br />

desenvolvimento do composto permitiu<br />

ao novo Euroall Season AS210 aumentar a<br />

quilometragem em 10% comparativamente<br />

do anterior modelo. E ao otimizar a interação<br />

entre os diversos elementos do composto a<br />

nível nanométrico, esta tecnologia permite<br />

otimizar a aderência do pneu ao solo.<br />

“Estamos confiantes que o Euroall Season<br />

AS210 vá dar continuidade ao êxito da gama<br />

Euroall Season. O modelo antecessor alcançou<br />

a posição mais elevada nos testes leva<strong>dos</strong><br />

a cabo pela prestigiada revista alemã<br />

Auto Bild em 2013. E, em 2016, obteve a<br />

classificação de ‘Bom’ na Autobild Allrad,<br />

bem como na publicação Gute. Fahrt”, destacou<br />

Markus Bögner, diretor-geral e COO<br />

da Falken Tyre, a propósito do lançamento<br />

deste novo modelo. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Anúncio 2018 Falken 200x285.pdf 1 04/04/2018 17:33<br />

DESENVOLVIDOS NA PISTA<br />

APROVADOS NA ESTRADA<br />

AZENIS FK<strong>51</strong>0 SUV<br />

C<br />

M<br />

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REPRESENTANTE EXCLUSIVO EM PORTUGAL<br />

Tlf: 231 244 265 | www.abtyres.pt


Equipamento do mês<br />

Corghi HD1800 Hydrus<br />

Dimensão superior<br />

A máquina de desmontar Corghi HD1800 Hydrus é um <strong>dos</strong> maiores e mais potentes<br />

equipamentos disponíveis no mercado. Distribuído em Portugal pela Corcet,<br />

anuncia uma capacidade que vai até 60”<br />

Por: Jorge Flores<br />

Força, dimensão e facilidade de utilização.<br />

A HD1800 Hydrus, a nova e<br />

inovadora máquina de desmontar<br />

da Corghi, é a combinação destas<br />

três características. A mais recente coqueluche<br />

da Corghi propõe-se a revolucionar<br />

a indústria <strong>dos</strong> equipamentos de desmontar<br />

pneus. Os argumentos, de resto, são de<br />

peso. Basta observar que a HD1800 Hydrus<br />

é, toda ela, orientada para a potência, permitindo<br />

desmontar pneus agrícolas, de movimentação<br />

de terra ou florestais. Sempre<br />

de forma simples e intuitiva. Segundo<br />

garantem os responsáveis da Corghi, este<br />

equipamento permite desmontar as rodas<br />

de um camião, sem esforço”, graças a um<br />

“método simples”.<br />

w FORÇA BRUTA<br />

As características técnicas da HD1800 Hydrus<br />

da Corghi falam por si: largura máxima de<br />

1.800 mm (71’’); diâmetro máximo da roda<br />

de 3.000 mm (118’’); capacidade do autocentrante<br />

entre 14’’ e 60’’; mínimo do furo<br />

central de 100 mm (4,3’’). Além disso, dispõe<br />

de um binário máximo na ordem <strong>dos</strong> 5.500<br />

Nm e uma força do descolador de 45000<br />

N. O peso máximo da roda é de 3.000 kg,<br />

sendo de referir que a nova HD1800 Hydrus,<br />

equipada com um motor hidráulico de três<br />

velocidades, tem, ela própria, um peso considerável:<br />

1.980 kg.<br />

Para que o funcionamento da nova desmontadora<br />

da Corghi seja “perfeito”, existe uma<br />

lista de acessórios recomenda<strong>dos</strong> pela marca.<br />

Exemplos? Adaptadores de bloqueio e pinças<br />

para rodas com jantes de liga leve, extensões<br />

de quatro pontos para jantes com moldura<br />

e kit de proteção para rodas em alumínio.<br />

w DISTRIBUIÇÃO DA CORCET<br />

Em Portugal, a Corghi é representada e distribuída<br />

oficialmente pela Corcet, empresa<br />

especialista em máquinas de desmontar<br />

pneus, alinhar direções e, no fundo, em to<strong>dos</strong><br />

os equipamentos destina<strong>dos</strong> a casas<br />

de pneus e oficinas. A história da Corcet<br />

encontra-se umbilicalmente ligada ao percurso<br />

da Corghi no nosso país, uma vez que<br />

a empresa foi criada, em 2008, justamente<br />

com o propósito de representar a marca<br />

italiana no mercado luso. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


C<br />

PROXESPORT.REVISTA PNEUS.pdf 1 21/07/2017 16:28:35<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Mercado<br />

Altos & baixos<br />

Em junho deste ano, o mercado de pneus novos de substituição em Portugal, no<br />

segmento Consumer, cresceu 9,8% comparativamente a igual mês de 2017. Já no<br />

acumulado de janeiro a junho de 2018, verificou-se uma queda de 1,7%<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo da<strong>dos</strong> do Europool, em junho<br />

de 2018, no que ao mercado de<br />

pneus novos de substituição disse<br />

respeito, venderam-se, em Portugal,<br />

no segmento Consumer (ligeiros de passageiros,<br />

comerciais ligeiros e 4x4), 256.731 unidades,<br />

ou seja, mais 22.923 comparativamente<br />

ao período homólogo do ano transato. O que,<br />

na prática, traduziu-se numa subida de 9,8%.<br />

Quanto ao acumulado <strong>dos</strong> primeiros seis meses<br />

de 2018, a descida foi de 1,7%: 1.501.189<br />

unidades contra 1.527.676 transacionadas<br />

entre janeiro e junho de 2017.<br />

Na divisão por categorias, em junho de 2018,<br />

o mercado nacional “absorveu” 223.711<br />

pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(+15,9% do que em junho de 2017), 19.591<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(-2,6%) e 13.429 pneus 4x4 (-34,9%). No<br />

acumulado de janeiro a junho de 2018, por<br />

comparação com igual período do ano passado,<br />

o Europool afirma que foram 1.302.367<br />

pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(+1,3%), 115.465 pneus radiais para veículos<br />

comerciais ligeiros (-5,5%) e 83.357 pneus<br />

4x4 (-30,5%).<br />

Observando os segmentos, em junho de<br />

2018, a maior fatia pertenceu aos premium,<br />

com 122.804 (+5,5%), seguindo-se os budget,<br />

com 78.718 (+5,4%), e os mid, com <strong>51</strong>.300<br />

(+22,2%). No acumulado de janeiro a junho<br />

deste ano, foram 736.181 pneus premium<br />

(-6,4%), 424.970 pneus budget (-9%) e<br />

328.793 pneus mid (+22,3%) comparativamente<br />

a igual período do ano transato.<br />

Quanto à tipologia, em junho de 2018, foram<br />

comercializa<strong>dos</strong> 66.656 pneus HRD, ou seja,<br />

destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para cima (+22%),<br />

13.429 pneus SUV/4x4 (-34,9%), 9.642 pneus<br />

RFT (+32,4%) e 1.226 pneus All Season<br />

(+5,7%). Números que, no acumulado de<br />

janeiro a junho deste ano, alteram-se para<br />

388.272 pneus HRD (-0,5%), 83.357 pneus<br />

SUV/4x4 (-34,1%), 61.362 pneus RFT (-10,5%)<br />

e 7.909 pneus All Season (-13%). ♦<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Europool<br />

UNIDADES JUNHO 2017 JUNHO 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 193.090 223.711 15,9%<br />

Comerciais 20.105 19.591 -2,6%<br />

4x4 20.613 13.429 -34,9%<br />

Total 233.808 256.731 9,8%<br />

All Season 1.160 1.226 5,7%<br />

HRD 54.646 66.656 22%<br />

RFT 7.283 9.642 32,4%<br />

SUV/4x4 20.613 13.429 -34,9%<br />

Budget 74.661 78.718 5,4%<br />

Mid 41.983 <strong>51</strong>.300 22,2%<br />

Premium 116.411 122.804 5,5%<br />

12” 44 76 72,7%<br />

13” 11.099 9.174 -17,3%<br />

14” 34.087 30.566 -10,3%<br />

15” 69.896 67.873 -2,9%<br />

16” 63.283 78.477 24%<br />

17” 32.784 39.531 20,6%<br />

18” 13.031 17.928 37,6%<br />

19” 4.616 6.183 33,9%<br />

20” 2.948 2.118 -28,2%<br />

21” 1.032 811 -21,4%<br />

22” 231 85 -63,2%<br />

23” 4 0 0,0%<br />

UNIDADES JAN./JUN. 2017 JAN./JUN. 2018 VARIAÇÃO<br />

PASSAGEIROS 1.285.536 1.302.367 1,3%<br />

COMERCIAIs 122.143 115.465 -5,5%<br />

4x4 119.997 83.357 -30,5%<br />

Total 1.527.676 1.501.189 -1,7%<br />

All Season 9.093 7.909 -13%<br />

HRD 390.258 388.272 -0,5%<br />

RFT 68.599 61.362 -10,5%<br />

SUV/4x4 119.997 83.357 -30,5%<br />

Budget 467.131 424.970 -9%<br />

Mid 268.780 328.793 22,3%<br />

Premium 786.415 736.181 -6,4%<br />

12” 155 215 38,7%<br />

13” 76.835 58.374 -24%<br />

14” 229.180 197.727 -13,7%<br />

15” 427.003 417.913 -2,1%<br />

16” 398.895 427.443 7,2%<br />

17” 216.128 235.166 8,8%<br />

18” 92.027 99.188 7,8%<br />

19” 49.937 34.572 -30,8%<br />

20” 20.344 12.531 -38,4%<br />

21” 9.468 5.986 -36,8%<br />

22” 2.342 825 -64,8%<br />

23” 8 4 -50%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Mudança de<br />

paradigma<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Economia Circular<br />

Para que o mundo continue a girar, é necessário que a economia seja “circular”.<br />

Uma mudança de paradigma social e ambiental, de valorização <strong>dos</strong> recursos, que o<br />

setor <strong>dos</strong> pneus já começa a colocar em movimento<br />

Por: Jorge Flores<br />

os impactos ambientais ao longo do ciclo de<br />

vida do produto e durante a sua utilização,<br />

quer minimizar os resíduos resultantes da<br />

produção e do consumo desses bens”. Por<br />

outras palavras, por modelo linear, leia-se<br />

modelo impossível. E nem apenas a prazo. A<br />

mudança de paradigma, segundo a BCSD, é<br />

urgente. Para agora. Basta observar a “escaspermitem<br />

desenvolver inovação, novos produtos,<br />

serviços e novos modelos de negócio,<br />

que contribuem para um relacionamento<br />

mais equilibrado e criativo entre empresas,<br />

consumidores e recursos naturais”, pode<br />

ler-se no mesmo documento.<br />

Por oposição à Economia Circular, temos o<br />

modelo linear, “assente no pressuposto de<br />

que existe uma disponibilidade ilimitada de<br />

matérias-primas que estão na base de muitos<br />

<strong>dos</strong> produtos e serviços atuais, não existindo<br />

uma preocupação vincada em minimizar quer<br />

sez de recursos naturais, os preços eleva<strong>dos</strong><br />

das matérias-primas, a maior volatilidade do<br />

valor <strong>dos</strong> materiais e o aumento estimado da<br />

população mundial”. Um caldo perfeito que<br />

obriga a uma profunda reflexão de to<strong>dos</strong> os<br />

intervenientes <strong>dos</strong> mais varia<strong>dos</strong> setores.<br />

designação nada tem de filosófico. Economia<br />

Circular. Numa leitura simples, significa que<br />

o Ambiente é Economia e que a Economia<br />

é o Ambiente. Ou ainda que a Inovação é<br />

Sustentabilidade e que esta é... Economia.<br />

Por mais voltas que se dê aos termos, por<br />

mais que os conceitos circulem nas suas<br />

diferentes áreas, é de Economia que se trata.<br />

Não há como fugir a esta evidência. De acordo<br />

com a definição do Conselho Empresarial<br />

para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD,<br />

Portugal), o modelo circular “assume que<br />

to<strong>dos</strong> os produtos e serviços têm origem em<br />

fatores da natureza e que, no final de vida útil,<br />

retornam, mais uma vez, à natureza, através<br />

de resíduos ou através de outras formas com<br />

menor impacto ambiental”. Mais: “No modelo<br />

circular, os ciclos de vida <strong>dos</strong> produtos são<br />

otimiza<strong>dos</strong> – desde a conceção e desenho,<br />

aos consumos ao longo do período de vida<br />

do produto, ao processo de produção e à<br />

gestão <strong>dos</strong> resíduos que não foram possíveis<br />

de eliminar. Este modelo defende que os<br />

resíduos sejam transforma<strong>dos</strong>, através da<br />

inovação, em potenciais subprodutos ou outros<br />

materiais, que promovam a reutilização,<br />

recuperação e reciclagem”, explica o BCSD<br />

em estudo apresentado. Que resume ainda<br />

mais a questão: “A Economia Circular é uma<br />

abordagem à produção e ao consumo que<br />

w SETOR A CIRCULAR<br />

Mas, no fundo, de que falamos quando o<br />

tema é Economia Circular? Mais ainda, como<br />

se cruza esta com o mundo <strong>dos</strong> pneus? António<br />

Pedreiro, general manager da Recipneu/Recipav<br />

caracteriza-a, de uma forma<br />

simples, como “um modelo social, assente<br />

num sistema estruturante, planetário, que<br />

visa a valorização integral e integrada <strong>dos</strong><br />

recursos, prolongando a sua utilidade, pelo<br />

maior tempo possível, com benefício económico,<br />

ambiental e social”, adianta à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

Economia Circular<br />

De que modo pode ela ser integrada no setor<br />

<strong>dos</strong> pneus? O responsável explica: “No setor<br />

<strong>dos</strong> pneus, em geral, desde a conceção até à<br />

valorização em fim de vida, passando pelo<br />

design, fabrico, logística, comercialização e<br />

assistência, muitas serão as oportunidades<br />

de inovação e desenvolvimento sustentável”,<br />

defende. Segundo António Pedreiro, “na<br />

ótica particular da reciclagem, apesar da<br />

Economia Circular ser, por natureza, a prática<br />

corrente, muitas têm sido as barreiras para a<br />

utilização <strong>dos</strong> pós e granula<strong>dos</strong> de borracha<br />

gerada pela reciclagem de pneus. Tendo a UE<br />

assumido a Economia Circular como motor<br />

do desenvolvimento económico, é imprescindível<br />

sustentar a indústria recicladora de<br />

pneus nos seguintes vetores estratégicos”,<br />

afirma. E trata de exemplificar: “Incorporação<br />

de borracha reciclada nas misturas<br />

betuminosas, para menor custo e maior<br />

duração, funcionalidade e segurança <strong>dos</strong><br />

mudanças. Mas os benefícios são evidentes.<br />

“Os efeitos da Economia Circular serão tão<br />

mais relevantes quanto maior for a interação<br />

planeada entre as fontes geradoras, valorizadoras,<br />

gestoras e reguladoras de resíduos”,<br />

assegura António Pedreiro. “Um organismo<br />

público visando o planeamento estratégico<br />

para a valorização integrada e eficaz <strong>dos</strong> fluxos<br />

de resíduos gera<strong>dos</strong> em Portugal, definindo<br />

objetivos e estabelecendo incentivos (eventualmente<br />

fiscais) aos utilizadores finais e aos<br />

agentes que maior valor/benefício acrescentassem,<br />

revelar-se-ia um veículo orientador<br />

e disciplinador na hierarquização de prioridades<br />

macroeconómicas. Pela abrangência<br />

de conhecimentos, domínios e políticas, esse<br />

organismo, com composição transversal a diferentes<br />

autoridades, nomeadamente Ambiente,<br />

Economia, Planeamento e Infraestruturas e<br />

Finanças, zelaria pela eficácia das ações e <strong>dos</strong><br />

resulta<strong>dos</strong>”, salienta.<br />

pavimentos rodoviários; admissão imperiosa<br />

e exclusiva, em concursos e/ou compras<br />

promovidas por organismos públicos, de<br />

pós e granula<strong>dos</strong> de borracha deriva<strong>dos</strong><br />

de pneus, originários de produtores com<br />

capacidade para emitir uma declaração de<br />

conformidade com os critérios ambientais<br />

orientadores; diversificação das aplicações,<br />

na indústria da borracha, resultantes de<br />

inovações tecnológicas viabilizadoras da<br />

utilização massiva <strong>dos</strong> pós e <strong>dos</strong> granula<strong>dos</strong>,<br />

como matéria-prima secundária”, acrescenta<br />

o responsável.<br />

w BENEFÍCIOS RELEVANTES<br />

Mas para que as “rodas” da Economia Circular<br />

ganhem balanço, são necessárias várias<br />

Impacto<br />

da Economia Circular<br />

na UE até 2030<br />

7%<br />

do Produto Interno Bruto<br />

Até 600.000<br />

milhões de euros em poupanças<br />

(8% do volume anual de negócios da UE)<br />

170.000<br />

empregos diretos no setor da gestão<br />

de resíduos<br />

2 a 4%<br />

de redução das emissões<br />

de carbono<br />

Fonte: BCSD<br />

Conforme explica ainda o general manager da<br />

Recipneu/Recipav, “a aplicação natural <strong>dos</strong><br />

granula<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong> na reciclagem <strong>dos</strong> pneus<br />

é a modificação do betume com borracha. É<br />

uma aplicação com valor acrescentado relevante,<br />

associado a reconheci<strong>dos</strong> benefícios<br />

técnicos, económicos, ambientais e sociais.<br />

O valor intrínseco <strong>dos</strong> pavimentos incorporando<br />

betume modificado com borracha<br />

tem vindo a ser, progressivamente, percecionado”,<br />

afirma. E acrescenta: “O mercado,<br />

um pouco por todo o mundo, reconhece-os<br />

como mais resistentes, mais duradouros, mais<br />

ecológicos, mais seguros e mais baratos. É<br />

uma solução de pavimentação que Portugal<br />

tem tardado a acolher”, lamenta. “Seria suficiente<br />

a aplicação de betume modificado<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


com borracha, em cerca de 5% das obras<br />

de construção, manutenção e reparação de<br />

estradas realizadas anualmente em Portugal,<br />

para absorver a totalidade da borracha<br />

resultante da reciclagem de pneus usa<strong>dos</strong><br />

gera<strong>dos</strong> no mesmo período. O apoio sistemático<br />

institucionalizado contribuiria para<br />

a alavancagem da competitividade do setor<br />

em prol da Economia Circular”, refere. A pergunta<br />

impõe-se. Será a legislação sobre esta<br />

matéria, existente no nosso país, suficiente?<br />

A resposta de António Pedreiro é esclarecedora:<br />

“A legislação afigura-se suficiente<br />

e geralmente norteadora de boas práticas”.<br />

w FUTURO EUROPEU<br />

Trata-se de um modelo que veio para ficar.<br />

Uma mudança transformacional ao nível das<br />

políticas públicas, <strong>dos</strong> modelos de negócio,<br />

das tecnologias e das escolhas <strong>dos</strong> consumidores.<br />

To<strong>dos</strong> estes fatores em sintonia. Até<br />

porque as suas vantagens são evidentes. Em<br />

todo o espaço europeu, que tem preparado<br />

uma série de propostas no sentido de continuar<br />

a fazer circular a economia. Medidas, no<br />

fundo, para “promover a eco inovação; criar<br />

novas oportunidades de negócio, produtos<br />

e serviços; manter os produtos, materiais e<br />

recursos na economia pelo maior período<br />

de tempo possível; criar novos modelos de<br />

negócio; reduzir a dependência <strong>dos</strong> combustíveis<br />

fósseis; minimizar a produção de<br />

resíduos; conservar o capital natural; diminuir<br />

as emissões de carbono e contribuir para o<br />

combate às alterações climáticas”, elenca o<br />

estudo da BCSD.<br />

De acordo com o mesmo documento, os<br />

benefícios da Economia Circular são possíveis<br />

de enquadrar em números dentro da União<br />

Europeia (UE). Contas feitas, até 2030, este<br />

modelo terá um impacto de 7% do PIB e<br />

corresponderá a perto de 600.000 milhões de<br />

euros em poupanças <strong>dos</strong> países-membros.<br />

Ou seja, nada mais nada menos do que 8% do<br />

volume anual de negócios da UE. Conduzirá<br />

ainda à criação de cerca de 170.000 empregos<br />

diretos no setor da gestão de resíduos. E, por<br />

último, mas não menos importante, reduzirá<br />

entre 2 a 4% as emissões de carbono. Uma boa<br />

notícia para o próprio planeta que, deseja-se,<br />

continue a girar de uma forma saudável. u<br />

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Atualidade<br />

Furar o mercado<br />

A contrafação é responsável por um “furo” de 41 milhões de euros no mercado<br />

nacional de pneus, segundo um estudo europeu a que tivemos acesso. A maioria<br />

<strong>dos</strong> fabricantes a operar em Portugal afirma não ter razões de queixa<br />

Por: Jorge Flores<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Contrafação de pneus<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> procurou perceber,<br />

junto das principais marcas a operar em<br />

Portugal, a forma como está este crime a<br />

prejudicar o negócio. O problema, contudo,<br />

passa ao lado de alguns <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

de pneus.<br />

w BRIDGESTONE: ZERO PROBLEMAS<br />

Segundo André Bettencourt, diretor de<br />

marketing da Bridgestone Europe Sucursal<br />

em Portugal, “pelo menos por agora”, esta<br />

prática “não afeta” as vendas da marca, quer<br />

em Portugal quer no resto da Europa”. Mais:<br />

“Até hoje, não tomámos qualquer conhecimento<br />

de pneus contrafeitos com a marca<br />

Bridgestone, Firestone ou outra do grupo<br />

(Dayton, Seiberling e Saetta). Se a mesma<br />

existisse, além de colocar em perigo a imagem<br />

e a qualidade da marca, teria grandes<br />

impactos na segurança <strong>dos</strong> nossos clientes<br />

e condutores em geral”, adianta André Bettencourt.<br />

“Duvidamos que a qualidade final<br />

<strong>dos</strong> nossos produtos possa ser alcançada<br />

por uma marca que se dê ao trabalho de<br />

fazer um produto contrafeito e, por isso,<br />

seria mau para a nossa imagem existirem<br />

clientes a comprar produtos vendi<strong>dos</strong> como<br />

Bridgestone ou do grupo, cujo desempenho<br />

iria desagradar os clientes habitua<strong>dos</strong> a um<br />

determinado tipo de qualidade e desempenho”,<br />

reforça.<br />

Uma vez que a marca não é afetada por este<br />

problema, o responsável não vaticina nenhuma<br />

solução. Mas não deixa de dar a sua<br />

visão. “O problema em si tem alguns contornos<br />

pareci<strong>dos</strong> com outras atividades e, mais<br />

uma vez, o mesmo está relacionado com a<br />

fiscalização e com o facto de a importância<br />

do produto pneu para o consumidor final<br />

A contrafação de pneus,<br />

no mercado nacional,<br />

representa perdas de<br />

vendas muito significativas.<br />

Segundo estudo europeu,<br />

datado de fevereiro de 2018,<br />

ascendem a 11,5% do total<br />

do comércio<br />

ser ainda bastante residual. Ou seja, tendo<br />

a cor preta ou cinzenta, leva a que muitos<br />

clientes possam achar que to<strong>dos</strong> os pneus<br />

são iguais. Precisamos, neste setor, de maior<br />

fiscalização por parte de quem controla tudo<br />

o que entre no mercado nacional, quer seja<br />

pneu de contrafação, usado ou de marcas<br />

sem homologação na Europa”, avisa André<br />

Bettencourt.<br />

w CONTINENTAL: SEM RELEVÂNCIA<br />

Marco Silva, diretor de marketing da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, assume que, para<br />

a marca que representa, a contrafação de<br />

pneus “é uma situação que não tem representatividade<br />

nem relevância. Acreditamos<br />

que, para as marcas que comercializamos,<br />

não existem indícios nem situações de contrafação.<br />

Objetivamente, não temos conhecimento<br />

de qualquer caso relacionado com<br />

este tema”, começa por afirmar. Como tal,<br />

acrescenta, que “qualquer efeito de contaminação<br />

na credibilidade <strong>dos</strong> produtos será<br />

A<br />

contrafação é uma prática ilegal<br />

com inúmeras ramificações. Um<br />

crime com vários braços e sempre<br />

com prejuízos consideráveis<br />

para as marcas envolvidas e para a própria<br />

economia do país. O setor <strong>dos</strong> pneus não é<br />

exceção. Segundo um estudo do Instituto de<br />

Propriedade Intelectual da União Europeia,<br />

apresentado em fevereiro de 2018, entre<br />

2010 e 2015, as perdas de vendas causadas<br />

pela contrafação causaram perdas de<br />

41 milhões de euros no mercado nacional<br />

de pneus (cerca de 11,5% do total).<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Atualidade<br />

Contrafação de pneus<br />

sempre marginal, a confirmar-se a existência<br />

destes casos”, acrescenta o responsável.<br />

Ainda assim, de acordo com Marco Silva,<br />

a principal “preocupação” prende-se com<br />

a “segurança <strong>dos</strong> condutores”. Ou seja, segundo<br />

defende, “a solução para acabar ou<br />

minimizar os efeitos desta situação terá de<br />

passar pelo reforço da fiscalização e por um<br />

controlo mais eficaz por parte das autoridades<br />

competentes”, afirma.<br />

w PIRELLI: ATENTOS E TRANQUILOS<br />

De uma forma taxativa, Nuno Margaça,<br />

responsável da Pirelli em Portugal, adianta<br />

que a marca está atenta. Mas tranquila. “A<br />

Pirelli, em Portugal, tem acompanhado a<br />

questão e está atenta a este tipo de situações.<br />

Mas, na nossa marca, não detetámos<br />

que seja um problema no nosso mercado<br />

nem recebemos qualquer reclamação da<br />

parte <strong>dos</strong> clientes ou <strong>dos</strong> consumidores<br />

finais”, afiança. “Do nosso ponto de vista,<br />

não desejamos e condenamos este tipo<br />

de falsificações no presente e no futuro”,<br />

acrescenta.<br />

w GOODYEAR/DUNLOP: FALSIFICAÇÕES?<br />

Héctor Ares Torrón, diretor de comunicação<br />

e de relações públicas da Goodyear Dunlop<br />

Tires Iberia, confessa que, na marca, “não<br />

temos consciência de que existam, na Europa,<br />

quaisquer falsificações de pneus das<br />

nossas marcas Goodyear e Dunlop. Nunca<br />

detetámos casos nesse sentido”, garante<br />

o responsável. No entanto, a vigilância<br />

<strong>dos</strong> produtos é algo que faz sentido para<br />

a marca. “Estaremos atentos para se, no<br />

futuro, este tipo de atividade fraudulenta<br />

afetar as nossas marcas”, assegura.<br />

w KUMHO TYRE: COMBATER ILEGALIDADE<br />

Nem to<strong>dos</strong> os fabricantes passam ao lado do<br />

problema. Para a Kumho Tyre, a contrafação<br />

<strong>dos</strong> produtos já tem uma implicação diferente.<br />

Luis Hernández, responsável ibérico<br />

da marca, não deixa margem para dúvidas.<br />

“Falsificar é fabricar algo falso ou falho de<br />

legalidade. No nosso caso, a falsificação<br />

está relacionada diretamente com a venda<br />

de produtos na CEE, sem a homologação<br />

correspondente, já que se está a proceder<br />

a um comércio ilegal, trazendo produtos<br />

de outros continentes onde as normativas/<br />

homologações são diferentes. E, portanto,<br />

os produtos falsifica<strong>dos</strong> carecem da etiqueta<br />

para a sua comercialização prescritiva na<br />

Europa e, por isso, não cumprem a lei”. Luis<br />

“Duvidamos que a qualidade<br />

final <strong>dos</strong> nossos produtos<br />

possa ser alcançada por uma<br />

marca que se dê ao trabalho<br />

de fazer um produto<br />

contrafeito”, afirma André<br />

Bettencourt, responsável<br />

da Bridgestone<br />

Hernández salienta dois pontos que considera<br />

importantes. Primeiro? “O responsável<br />

da importação/comercialização será quem<br />

deve assumir a sanção, em caso de receber<br />

a inspeção correspondente <strong>dos</strong> organismos<br />

competentes”, afirma. Segundo? “Não parece<br />

ter muito sentido que se lute por uma<br />

regulação europeia e, depois, se pare com o<br />

objetivo de ter uma vantagem económica,<br />

derivada de um comércio irregular”, acusa.<br />

O responsável da Kumho Tyre acredita que a<br />

contrafação de pneus tem um efeito nefasto<br />

em matéria de imagem e credibilidade, mas<br />

não tanto do fabricante. “Consideramos,<br />

sinceramente, que afeta muito mais a qualidade<br />

e a imagem de quem comercializa, de<br />

quem transmite a imagem aos seus clientes.<br />

Uma imagem de falta de profissionalismo<br />

e honestidade, uma vez que ignora os regulamentos<br />

existentes para comprar mais<br />

barato”.<br />

Luis Hernández explica que a marca já se<br />

dirigiu, diretamente, “a to<strong>dos</strong> os distribui-<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


“O responsável pela<br />

importação/comercialização<br />

será quem deve assumir<br />

a sanção das entidades e<br />

organismos competentes<br />

(...). Afeta mais a imagem de<br />

quem comercializa”, diz Luis<br />

Hernández, da Kumho Tyre<br />

dores (independentemente da sua dimensão),<br />

para informá-los desta situação, da sua<br />

importância e da necessidade de colaborarem<br />

para acabar com esta prática”, diz.<br />

“Agora, serão as autoridades competentes<br />

a prosseguir com as inspeções e sanções.<br />

Ser uma referência no mercado, mas não<br />

cumprir as normas, não é bom para nin-<br />

guém”, aponta. O que poderá ser feito para<br />

acabar com esta situação ou minimizar os<br />

seus efeitos? “Desde janeiro de 2016, to<strong>dos</strong><br />

os nossos produtos (turismo, comerciais,<br />

todo-o-terreno e camião) e marcas (Kumho<br />

e Marshal), levam inserido um microchip,<br />

que nos permite ter a rastreabilidade do<br />

pneu e, portanto, o movimento do mesmo.<br />

Desta forma, temos a capacidade para saber<br />

onde estão estas práticas a ser realizadas,<br />

podendo, deste modo, impedi-las. Além<br />

disso, é um mecanismo que permite identificar<br />

produtos que cumprem a legislação<br />

europeia”, sublinha.<br />

Luis Hernández acredita que a guerra contra<br />

a contrafação está a ser ganha pela lei.<br />

“Sem dúvida, as regras foram endurecidas<br />

para evitar, de maneira categórica, a continuidade<br />

dessas atividades, que, além<br />

de prejudicar o ‘comércio limpo’, podem<br />

gerar situações desagradáveis diante de<br />

inspeções levadas a cabo pelas autoridades<br />

competentes”, remata. u<br />

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Atualidade<br />

Ideias saem do papel<br />

e passam à ação<br />

O Edifício Central Tejo do MAAT foi o palco da cerimónia de entrega do Prémio<br />

Inov.Ação Valorpneu. Após ano e meio dedicado a uma iniciativa que pretende ser<br />

a linha de partida para que projetos saiam do papel e se tornem realidade, foram<br />

conheci<strong>dos</strong> os vencedores desta edição<br />

Por: João Vieira<br />

Os projetos PAVNEXT e RObUST<br />

foram os grandes vencedores na<br />

categoria “Negócio e Inovação”,<br />

havendo ainda lugar para uma<br />

menção honrosa ao projeto Hendrix Chair,<br />

da Flowco. Na categoria “Comunidade e Educação”,<br />

o prémio foi para os projetos Jardim<br />

d´Areias e (Re)Animar <strong>Pneus</strong>, As Emoções na<br />

Aprendizagem. O projeto SimTyre recebeu<br />

uma menção honrosa nesta categoria.<br />

O júri do prémio, composto por entidades<br />

de reconhecido mérito que valorizaram a<br />

iniciativa, contou com Marta Lima Basto e<br />

Aline Guerreiro, que entregaram os troféus<br />

aos vencedores e ainda com Paulo Ferrão,<br />

presidente do Conselho Diretivo da Fundação<br />

para a Ciência e Tecnologia, Daniel Bessa,<br />

economista, Francisco Nunes Correia, ex-ministro<br />

do Ambiente, e Hélder Pedro, gerente<br />

da Valorpneu.<br />

A cerimónia de entrega <strong>dos</strong> prémios teve<br />

início com as boas-vindas de André Veríssimo,<br />

diretor do Jornal de Negócios, media<br />

partner do Prémio Inov.Ação Valorpneu, e<br />

de Hélder Pedro, que destacou o papel da<br />

Valorpneu nas atividades de investigação e<br />

desenvolvimento para a promoção de um<br />

correto encaminhamento <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />

e sublinhou o contributo positivo deste prémio<br />

para o desenvolvimento da reciclagem<br />

de pneus e para a substituição de recursos<br />

naturais e matérias-primas no âmbito <strong>dos</strong><br />

pneus em fim de vida.<br />

O tema “Economia Circular” esteve presente<br />

numa mesa-redonda moderada por André<br />

Veríssimo, em que participaram como oradores<br />

os membros do júri do prémio, Daniel<br />

Bessa e Francisco Nunes Correia, bem como<br />

Climénia Silva, diretora-geral da Valorpneu,<br />

e Alberto Teixeira, diretor nacional da Associação<br />

Nacional <strong>dos</strong> Jovens Empresários. O<br />

papel das empresas na dinamização de projetos<br />

relaciona<strong>dos</strong> com a Economia Circular,<br />

o incentivo à criação de projetos inovadores<br />

neste contexto e o envolvimento <strong>dos</strong> jovens<br />

empresários na temática da Economia Circular,<br />

foram assuntos que estiveram em debate.<br />

Mercês Ferreira, do Conselho Diretivo da<br />

Agência Portuguesa do Ambiente, salientou,<br />

no final da cerimónia, a importância<br />

de iniciativas deste género como forma de<br />

desenvolver, com sucesso, os projetos envolvendo<br />

universidades, empresas e sociedade<br />

em geral.<br />

w PROMOVER A ECONOMIA CIRCULAR<br />

A pressão que, atualmente, as atividades<br />

económicas exercem sobre os recursos naturais,<br />

bem como os impactos ambientais<br />

associa<strong>dos</strong> à sua utilização, têm tornado cada<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Prémio Inov.Ação Valorpneu<br />

vez mais clara a necessidade de um avanço<br />

significativo ao nível da melhoria da eficiência<br />

de recursos primários e da exploração de<br />

novas formas de energia na indústria, mas<br />

igualmente na redução do desperdício de<br />

materiais e da produção de resíduos.<br />

As vantagens associadas a um novo modelo<br />

de desenvolvimento são de cariz ambiental<br />

mas, também, económico. Neste contexto,<br />

a Comissão Europeia formalizou a Iniciativa<br />

Emblemática “Uma Europa Eficiente em termos<br />

de Recursos” no contexto da Estratégia<br />

Europa 2020, à qual estão ligadas várias estratégias<br />

específicas, como é o caso, por exemplo,<br />

da promoção da Economia Circular, em<br />

que se visa preservar o valor acrescentado <strong>dos</strong><br />

produtos o máximo de tempo possível, minimizando<br />

a produção de resíduos. E quando<br />

estes são inevitáveis, se procura devolver<br />

os recursos aos processos produtivos para<br />

a criação de valor.<br />

Este é, assim, um tema extraordinariamente<br />

atual. Por esta razão, consciente da importância<br />

da sua atividade, a Valorpneu procura<br />

continuamente soluções inovadoras para o<br />

destino sustentável <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>. O<br />

Prémio Inov.ação Valorpneu surge neste<br />

contexto. u<br />

PREMIADOS 2018<br />

PREMIAR GRANDES “IDEIAS VERDES”<br />

Com a edição deste ano, o Prémio Inov.ação Valorpneu deu um enorme salto qualitativo,<br />

quer a nível das empresas concorrentes, quer <strong>dos</strong> projetos que foram apresenta<strong>dos</strong><br />

Promovido em duas categorias (“Negócios e Inovação”; “Comunidade e Educação”), o Prémio<br />

Inov.ação Valorpneu tem por objetivo mobilizar o interesse <strong>dos</strong> diferentes setores e ajudar as<br />

ideias com potencial a “sair do papel”, transformando-as, com a ajuda de to<strong>dos</strong> os parceiros<br />

envolvi<strong>dos</strong>, em reais soluções de mercado a favor do ambiente e da economia nacional.<br />

Ao participar nesta iniciativa, os projetos inovadores podem vir a tornar-se numa real solução<br />

de mercado, ganhando o reconhecimento que desejam e a viabilidade que o espírito empreendedor<br />

<strong>dos</strong> seus promotores merece. É a oportunidade de fazer as boas ideias saírem do<br />

papel, abrindo caminho para que projetos com potencial possam beneficiar do know-how de<br />

um leque alargado de parceiros de diferentes setores de atividade, que se unem em torno<br />

desta iniciativa para ajudar as mais inovadoras ideias a tornarem-se realidade. u<br />

QUESTÕES AOS PREMIADOS<br />

1 - Como teve conhecimento do Prémio Inov.Ação Valorpneu?<br />

2 - Porque decidiu participar nesta iniciativa?<br />

3 - O que destaca de mais positivo nesta iniciativa e o que a<br />

distingue de outras iniciativas congéneres?<br />

4 - Qual a categoria que escolheu para se candidatar? Porquê?<br />

5 - Um <strong>dos</strong> objetivos do Prémio Inov.Ação Valorpneu é conseguir estabelecer parcerias com<br />

vista à concretização <strong>dos</strong> projetos candidatos. Já conseguiu efetivar alguma parceria?<br />

6 - Que considerações finais quer deixar sobre o Prémio Inov.Ação Valorpneu?<br />

PAVNEXT NEGÓCIO E INOVAÇÃO<br />

Desenvolvimento de um equipamento para captação da energia mecânica de veículos em<br />

movimento sem transmissão de impacto nos mesmos, permitindo a sua redução de velocidade<br />

sem indução de desconforto nos ocupantes do veículo ou danos no próprio veículo. O<br />

principal componente deste equipamento, a sua tampa, é feito a partir de borracha de pneu<br />

reciclado, mais concretamente através de granulado fino desta borracha, em conjunto com<br />

uma matriz polimérica, conferindo-lhe características similares às do pavimento rodoviário<br />

mas, também, o comportamento pretendido para o projeto. A estrutura do equipamento será<br />

igualmente baseada neste composto, mas com diferenças significativas ao nível das proporções<br />

entre o granulado fino de borracha de pneu e a matriz polimérica. O equipamento terá<br />

ainda a capacidade de transformar uma parte da energia captada em energia elétrica, a qual<br />

poderá ser utilizada no próprio local em equipamentos elétricos para promoção da segurança<br />

rodoviária ou injetada na rede elétrica. Desta forma, será dada uma utilização à borracha de<br />

pneu reciclado com vista à criação de um novo produto, destinado à promoção da segurança<br />

rodoviária. Este terá características que lhe conferem várias vantagens em relação às tradicionais<br />

lombas redutoras de velocidade, sendo um substituto natural desses equipamentos.<br />

FRANCISCO JOÃO ANASTÁCIO DUARTE,<br />

projeto Pavnext<br />

1 Através da divulgação do concurso na Universidade<br />

de Coimbra.<br />

2 Porque o projeto que estamos a desenvolver<br />

(Pavnext) utiliza borracha de pneu usado como<br />

um <strong>dos</strong> componentes principais, pelo que<br />

tinha um enquadramento direto com o âmbito<br />

do concurso.<br />

3 O facto de terem sido organiza<strong>dos</strong> diversos<br />

workshops e algumas visitas técnicas a empresas<br />

de referência na área da reciclagem<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, foi muito importante para a<br />

evolução <strong>dos</strong> projetos e um elemento diferenciador<br />

face a outras iniciativas.<br />

4 Negócio e inovação, porque o projeto tem<br />

como objetivo a criação de um produto com<br />

vista a ir para o mercado.<br />

5 Sim, ao longo da nossa participação chegámos<br />

a um parceiro de referência na área da<br />

reciclagem <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, que nos está a<br />

apoiar e que é de grande importância para o<br />

projeto.<br />

6 É uma excelente iniciativa, que permite reforçar<br />

e apoiar projetos inovadores a avançarem<br />

para o mercado, fortalecendo as competências<br />

de gestão <strong>dos</strong> promotores e pondo-nos em contacto<br />

com empresas de referência que nos ajudam<br />

a avançar mais rapidamente.<br />

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Atualidade<br />

Prémio Inov.Ação Valorpneu<br />

ROBUST NEGÓCIO E INOVAÇÃO<br />

A proposta de projeto, designada por RObUST – “Valorização material e química de borracha<br />

de pneus”, centra-se na valorização da borracha <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, uma vez que esta é uma<br />

importante fração de um pneu e dispõe de características químicas interessantes para a valorização<br />

material e química. Estas vias de valorização incluem, no projeto RObUST, a conversão<br />

da borracha numa fração sólida de carboniza<strong>dos</strong>, numa fração líquida de óleos e numa fração<br />

de gases, através do processo de pirólise. A valorização material é composta pela conversão<br />

<strong>dos</strong> carboniza<strong>dos</strong> de pirólise em carvões ativa<strong>dos</strong>, os quais serão estuda<strong>dos</strong> em diferentes<br />

aplicações, nomeadamente o tratamento de efluentes líqui<strong>dos</strong> e o tratamento <strong>dos</strong> óleos de<br />

pirólise. A valorização química compreenderá o estudo da composição <strong>dos</strong> óleos de pirólise<br />

e a avaliação da possibilidade de extração de compostos com elevado valor para as indústrias<br />

química e petroquímica.<br />

3 Comparativamente a outros prémios nas áreas<br />

<strong>dos</strong> Resíduos – Reciclagem – Valorização, o Prémio<br />

Inov.Ação Valorpneu 2018 tem características<br />

únicas: centra-se sobre um tipo de resíduos<br />

muito específico e com características particulares<br />

– os pneus usa<strong>dos</strong>, o que coloca desafios<br />

únicos na sua reciclagem; procura a interrelação,<br />

nos projetos a concurso, entre a inovação,<br />

a indústria e áreas de negócio, tendo por base o<br />

NUNO LAPA, projeto RObUST<br />

1 A equipa que coordena o projeto RObUST<br />

(FCT-NOVA, Departamento de Química, LAQV-<br />

REQUIMTE) teve conhecimento do Prémio Inov.<br />

Ação Valorpneu 2018 através da sua divulgação<br />

interna na FCT-UNL, nos últimos meses do ano<br />

de 2017. De imediato, consultámos o “website”<br />

do prémio e manifestámos o interesse em nos<br />

associarmos como parceiros. Mais tarde, associámo-nos,<br />

também, como entidade participante,<br />

para podermos submeter a proposta do projeto<br />

RObUST. O projeto foi crescendo e, durante a sua<br />

construção, juntou-se a ele a equipa do CESAM,<br />

Departamento de Ambiente e Ordenamento, Universidade<br />

de Aveiro.<br />

2 Acreditamos que o projeto RObUST pode funcionar<br />

como um projeto inovador na procura de<br />

novas soluções para a valorização da borracha<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, permitindo o desenvolvimento<br />

de novas matérias-primas e produtos para indústrias<br />

de setores que ainda não se encontram<br />

interliga<strong>dos</strong> com os recicladores de pneus.<br />

JARDIM D’AREIAS COMUNIDADE E EDUCAÇÃO<br />

O projeto Jardim d’Areias pretende desenvolver um conjunto de práticas que promovam atitudes<br />

e comportamentos capazes de garantir a qualidade de vida, incentivando a educação<br />

e o desenvolvimento sustentável. Trata-se de um projeto educativo em comunidade dirigido<br />

a crianças, jovens e adultos, que dinamiza atividades lúdicas e pedagógicas, workshops e<br />

ações formativas. Neste âmbito, pretende promover a utilização do pneu no design interior e<br />

exterior do espaço, dinamizar a temática “Educação Ambiental - Reciclagem e Reutilização do<br />

pneu” nas oficinas e workshops. Numa fase posterior, esta abordagem será escalada a escolas<br />

e outros contextos educativos.<br />

VANDA COSTA, projeto Jardim d’Areias<br />

1 O Prémio Inov.Ação Valorpneu é uma iniciativa<br />

com bastante visibilidade na sua promoção<br />

através de vários canais de comunicação. Mesmo<br />

em ambientes informais, tornou-se um assunto<br />

de diálogo entre colegas, nomeadamente,<br />

Filipe Gonçalves (fundador e CEO da booq) que<br />

me fez refletir em avançar com a candidatura<br />

a este prémio, considerando a implementação<br />

das atividades como promotoras de uma educação<br />

de qualidade e capazes de promover a<br />

Economia Circular.<br />

2 Pessoalmente, encontrava-me numa fase de<br />

transição a abraçar novas oportunidades. Quando<br />

tomei consciência <strong>dos</strong> objetivos do Prémio<br />

InovAção Valorpneu, constatei que tínhamos objetivos<br />

comuns, como é o caso da utilização eficiente<br />

<strong>dos</strong> recursos, da sensibilização e formação<br />

de crianças/comunidade no âmbito da educação<br />

ambiental. O prémio, a possibilidade de parcerias<br />

e do apoio ao desenvolvimento do projeto, levou<br />

a que efetuasse a candidatura a esta iniciativa<br />

e a que promovesse uma experiência piloto do<br />

projeto.<br />

3 Considero toda a iniciativa positiva. Desde o<br />

primeiro momento senti-me acompanhada, sabia<br />

que existia alguém que me poderia orientar<br />

neste processo. A existência do portal do Prémio<br />

Inov.Ação, a realização de workshops e as visitas<br />

técnicas que tivemos oportunidade de participar,<br />

foram muito importantes para a estruturação e<br />

evolução do projeto.<br />

4 O projeto Jardim d’Areias é educativo. Só nos<br />

poderíamos candidatar à categoria “Comunidade<br />

e Educação”. Promovemos atividades educativas<br />

e de sensibilização com o envolvimento de<br />

crianças, escolas, família e comunidade envolvente,<br />

reduzimos o desperdício de materiais, a<br />

produção de resíduos e aumentamos o número<br />

de atitudes “amigas do ambiente”. Atuamos em<br />

comunidade e com a comunidade.<br />

5 No período que desenvolvemos a nossa experiência<br />

piloto, em parceria com uma escola<br />

básica, tivemos o privilégio de ter o envolvimento<br />

de entidades de referência que assumiram<br />

especial importância. No futuro, esperamos multiplicar<br />

o número de escolas e esperamos contar<br />

com a colaboração de entidades e outras partes<br />

interessadas no crescimento e alcance <strong>dos</strong> objetivos<br />

comuns de forma inteligente e harmoniosa.<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


(RE)ANIMAR PNEUS COMUNIDADE E EDUCAÇÃO<br />

conceito da Economia Circular; permite uma interação<br />

direta entre os institutos de investigação/<br />

universidades e a indústria do setor da reciclagem<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

4 O RObUST é um projeto com um forte carácter<br />

de inovação, o que levou a candidatarmos este<br />

projeto à categoria de “Negócio & Inovação”.<br />

5 Neste momento, estamos já a desenvolver<br />

contactos com a indústria recicladora e com algumas<br />

indústrias a jusante na cadeia de valor,<br />

que mostraram interesse em conversar com o<br />

consórcio sobre a proposta do projeto RObUST.<br />

6 Vamos utilizar o valor do prémio para proporcionar<br />

a atribuição de uma bolsa a um potencial<br />

aluno de doutoramento, o qual poderá iniciar o<br />

seu trabalho de investigação no âmbito do projeto<br />

RObUST. Adicionalmente, teremos de procurar<br />

financiamento suplementar, através de<br />

concursos nacionais, por forma a conseguirmos<br />

concretizar to<strong>dos</strong> os objetivos do projeto. Queremos<br />

agradecer à Valorpneu por esta iniciativa<br />

com características únicas, pela oportunidade de<br />

participarmos nesta iniciativa e pelo contacto que<br />

proporcionou, a to<strong>dos</strong> os concorrentes, com a indústria<br />

recicladora de pneus.<br />

6 Perante as mudanças que assistimos na sociedade,<br />

a vários níveis, é de salientar esta iniciativa,<br />

que procura soluções “verdes” e inovadoras,<br />

acabando por destacar a gestão e o destino sustentável<br />

<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

O projeto “(Re)Animar pneus, as emoções na aprendizagem…” pretende recorrer à reutilização<br />

<strong>dos</strong> pneus com uma finalidade pedagógica, desenvolvendo ambientes educativos inovadores<br />

e criando espaços diferencia<strong>dos</strong> e inclusivos de aprendizagem. No âmbito deste projeto, serão<br />

construí<strong>dos</strong> espaços de interior e exterior para a prática letiva e extracurricular. Nos corredores<br />

e demais espaços das diferentes escolas do agrupamento, serão construí<strong>dos</strong> “Learning Streets”,<br />

espaços com configurações e reconfigurações ajustáveis às diferentes metodologias de sala<br />

de aula. Os espaços serão dividi<strong>dos</strong> em zonas destinadas à leitura e pesquisa, comunicação/<br />

apresentação, criação, partilha, desenvolvimento e interação. O trabalho a desenvolver será<br />

baseado na utilização de novas metodologias de aprendizagem, nomeadamente Project-<br />

-Based e Inquiry-Based Learning. Nos jardins das diferentes escolas, serão construí<strong>dos</strong> espaços<br />

sensoriais para trabalho com crianças que precisam de necessidades educativas especiais,<br />

baseando a construção das diferentes sensações/emoções na reutilização de pneus.<br />

JOÃO JORGE, projeto (Re)Animar <strong>Pneus</strong><br />

1 A professora Maria João Lima, responsável pelo<br />

programa Eco-escola, cujo principal objetivo é a<br />

promoção de uma dinâmica e cultura ambiental<br />

e de promoção de uma educação com preocupação<br />

sustentável, recebeu um convite via email<br />

para participar no Prémio Inov.Ação Valorpneu.<br />

2 Pelo facto de o Agrupamento de Escolas Fernando<br />

Casimiro Pereira da Silva (AEFCPS) participar<br />

no Projeto Piloto de Inovação Pedagógica<br />

(PPIP), sendo uma das sete escolas a nível nacional,<br />

procura, sistematicamente, formas de<br />

financiamento para ideias e projetos criativos<br />

propostos pelos docentes. Um desses projetos<br />

está relacionado com a implementação de um<br />

clube de parkour (PK) na escola, o qual pretende<br />

envolver e motivar os alunos neste tipo de atividade<br />

física que tem conquistado muita popularidade<br />

nos jovens e vai ao encontro das suas<br />

preferências. O professor responsável pelo clube<br />

de parkour tem recorrido aos pneus usa<strong>dos</strong> para<br />

criar obstáculos utiliza<strong>dos</strong> nas sessões do clube<br />

porque se trata de um material fácil de obter,<br />

flexível, versátil na sua utilização e que é seguro,<br />

permitindo a iniciação <strong>dos</strong> alunos com pouco ou<br />

quase nenhum risco (segurança).<br />

3 Esta iniciativa é de extrema importância e<br />

relevância, uma vez que se estrutura em torno<br />

de um <strong>dos</strong> problemas mais urgentes da nossa<br />

sociedade, relacionado com os desperdícios de<br />

consumo. O Prémio Inov.Ação Valopneu criou<br />

a oportunidade para que, inicialmente, a nossa<br />

ideia “verde” fosse divulgada e a oportunidade<br />

desta poder conquistar o prémio que permite a<br />

sua operacionalização.<br />

4 O AEFCPS candidatou-se à categoria “Comunidade<br />

e Educação”, que tinha na sua génese a<br />

comunicação, a sensibilização e a formação centrada<br />

na gestão de pneus usa<strong>dos</strong>. E que, com<br />

base na reutilização de pneus, assume um cariz<br />

social e/ou envolvimento da comunidade.<br />

5 Sim, de facto, o AEFCPS conta com alguns parceiros<br />

de excelência, estando um deles, a Câmara<br />

Municipal de Rio Maior, totalmente envolvida<br />

na operacionalização do projeto, disponibilizando<br />

para tal a sua equipa técnica e de obras. O parque<br />

de parkour irá necessitar de pneus usa<strong>dos</strong> para<br />

criar obstáculos de granulado de borracha para<br />

revestir determinadas zonas do espaço junto aos<br />

obstáculos, para garantir a segurança <strong>dos</strong> praticantes<br />

e de outros materiais que permitem criar<br />

diferentes obstáculos.<br />

6 Os nossos mais profun<strong>dos</strong> e sinceros agradecimentos<br />

a toda a equipa da Valorpneu que criou<br />

o Prémio Inov.Ação. O prémio atribuído ao Agrupamento<br />

de Escolas Fernando Casimiro Pereira<br />

da Silva (Rio Maior) irá fazer muitas crianças e<br />

jovens felizes. A atribuição do prémio espelha<br />

o reconhecimento do valor e a pertinência do<br />

nosso projeto por parte de personalidades de<br />

grande mérito, assim como o reconhecimento<br />

da importância do parkour no contexto escolar<br />

como atividade pedagógica de elevado valor cujo<br />

projeto (parque de parkour) contribui para a Economia<br />

Circular.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Máquinadotempo<br />

Cuore italiano<br />

Fundada, em Itália, no ano de 1924 por Virginio Bruni, a CEAT é uma marca<br />

detida na totalidade, desde 2010, pelo Grupo RPG. A sua gama de produto<br />

é variada e cobre to<strong>dos</strong> os segmentos de mercado. Na Península Ibérica é<br />

representada, em exclusivo, pela Safame Comercial<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

á 94 anos, Virginio Bruni<br />

(avô de Carla Bruni, conhecida<br />

modelo, cantora,<br />

atriz e antiga primeira<br />

dama de França entre<br />

2008 e 2012) fundava, em<br />

Itália, a CEAT. Em 1958, a<br />

marca transalpina chegava à Índia por intermédio<br />

de Alberto Bruni, que estabelecera<br />

Datas marcantes<br />

nesse país a sua primeira fábrica. Hoje, a<br />

CEAT, sediada em Bombaim, é a empresa<br />

bandeira do Grupo RPG (criado em 1979),<br />

sendo um <strong>dos</strong> principais fabricantes de<br />

pneus da Índia e tendo forte presença nos<br />

merca<strong>dos</strong> globais. A CEAT produz mais de<br />

15 milhões de pneus por ano e oferece a<br />

mais ampla gama de produto para to<strong>dos</strong> os<br />

segmentos. Fabrica pneus radiais de classe<br />

mundial para camiões e autocarros, veículos<br />

comerciais ligeiros, escavadoras, tratores,<br />

reboques, automóveis, motos, scooters e<br />

máquinas destinadas à movimentação de<br />

terras e operações florestais.<br />

w QUALIDADE ELEVADA<br />

O Grupo RPG, único proprietário da CEAT<br />

desde 2010, após ter adquirido os direitos de<br />

1924<br />

Virginio Bruni funda,<br />

em Itália, a CEAT<br />

1958<br />

Alberto Bruni estabelece<br />

a primeira fábrica da<br />

CEAT na Índia<br />

1970<br />

A CEAT converte-se<br />

no segundo fabricante<br />

de pneus mais importante<br />

de Itália. A Pirelli adquire<br />

parte da CEAT<br />

1982<br />

A multinacional indiana RPG<br />

adquire a CEAT e os direitos<br />

de utilização da marca na Ásia<br />

2010<br />

A multinacional indiana<br />

RPG adquire à Pirelli os<br />

direitos de utilização da<br />

marca CEAT a nível mundial.<br />

Eleva<strong>dos</strong> investimentos<br />

em fábricas e centros<br />

tecnológicos estão em curso<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


CEAT<br />

#Tyrexperience<br />

Senti<strong>dos</strong> apura<strong>dos</strong><br />

No passado dia 18 de julho, a Safame Comercial<br />

apresentou, oficialmente, o recente acordo de distribuição<br />

exclusivo que estabeleceu na Península Ibérica<br />

para os pneus agrícolas e industriais da CEAT.<br />

E fê-lo de uma forma, no mínimo, original e descontraída,<br />

realizando diferentes atividades durante<br />

o dia ligadas à hashtag #Tyrexperience. Depois da<br />

apresentação da marca levada a cabo por Sumit<br />

Khare, vice-presidente global de vendas da CEAT, e<br />

da descrição técnica de produto conduzida por Dyutiman<br />

Chattopadhyay, vice-presidente de pesquisa,<br />

desenvolvimento e tecnologia da CEAT, a comitiva<br />

(onde se incluía a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>) que estava de<br />

visita à Dehesa de los Llanos (fazenda com 10.000<br />

hectares de área localizada a menos de cinco quilómetros<br />

de Albacete) chegou à Mazacruz, berço do<br />

queijo DO Manchego, que é feito em três variedades:<br />

média curação, curado e gran reserva (tendo<br />

este último sido distinguido, em 2012, com o título<br />

de melhor queijo do mundo no prestigiado concurso<br />

internacional “World Cheese Awards”). Desta vez, a<br />

experimentação no terreno de pneus agrícolas da<br />

subsidiária CEAT Specialty deu lugar a uma viagem<br />

de sabores e aromas da indústria do queijo bem no<br />

(tórrido) coração de Espanha. Um evento de senti<strong>dos</strong><br />

apura<strong>dos</strong> que ficará na memória de quem teve<br />

o privilégio de participar. u<br />

utilização da marca a nível mundial à Pirelli,<br />

está envolvido em seis setores de atividade<br />

(entre eles, o das infraestruturas, tecnológico,<br />

farmacêutico e criação de start-ups),<br />

apresenta um volume de faturação anual<br />

superior a três biliões de dólares, regista uma<br />

taxa de crescimento anual de 15%, conta<br />

com 20 mil colaboradores, está presente em<br />

mais de 130 países e revela que 40% do seu<br />

volume de negócios é realizado fora da Índia.<br />

No que ao setor <strong>dos</strong> pneus diz respeito, o<br />

Grupo RPG, através da CEAT, para além de<br />

estar presente no mercado de reposição em<br />

to<strong>dos</strong> os segmentos, equipa, de origem, vários<br />

fabricantes de tratores e máquinas com<br />

representação na Índia. Em 2017, a marca<br />

abriu, em Ambarnath, uma nova fábrica<br />

implantada numa área de 200.000 m2,<br />

destinada à produção de pneus agrícolas<br />

e industriais. Equipada com maquinaria<br />

europeia e japonesa de última geração,<br />

esta nova unidade produz 105 toneladas<br />

métricas por dia e fabrica 1.000 pneus a<br />

cada 24 horas. To<strong>dos</strong> os seus processos estão<br />

alinha<strong>dos</strong> com o conceito Quality Based<br />

Management (QBM) e incorporam os mais<br />

eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade (TQM e TPM).<br />

Em novembro de 2017, a CEAT recebeu o<br />

prestigiado prémio “Deming”, que atesta a<br />

excelência da sua qualidade.<br />

O segmento <strong>dos</strong> pneus agrícolas radiais é<br />

uma das fortes apostas da marca através da<br />

subsidiária CEAT Specialty, sendo uma área<br />

que concentra especial atenção em termos<br />

tecnológicos. Tudo para que a CEAT disponibilize<br />

a melhor gama radial para utilizações<br />

agrícolas e outras aplicações especificações.<br />

Aumentar a sua presença junto <strong>dos</strong> fabricantes<br />

europeus e norte-americanos de tratores<br />

e máquinas é outro <strong>dos</strong> objetivos da marca<br />

italiana. Na Península Ibérica, a CEAT é representada,<br />

em regime de exclusividade,<br />

pela Safame Comercial. u<br />

CEAT em números<br />

1.200.000.000<br />

faturação anual em dólares<br />

7<br />

5.000<br />

colaboradores<br />

fábricas<br />

100.000<br />

número de pneus produzi<strong>dos</strong><br />

por dia supera esta barreira<br />

número de países onde<br />

130 a marca está presente<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Entrevista<br />

Vítor Soares<br />

Juntos, seremos<br />

mais fortes<br />

A Euromaster reforçou o seu projeto de expansão e melhoria de qualidade em<br />

Portugal com a incorporação de Vítor Soares como diretor-geral de Franquia. O<br />

crescimento e fortalecimento da rede depende de um trabalho de equipa<br />

Por: João Vieira<br />

rede Euromaster é a base<br />

importante para a sustentação<br />

do Grupo Michelin em<br />

Portugal. O crescimento e<br />

fortalecimento da rede Euromaster<br />

depende de um trabalho de equipa,<br />

agora liderada por Vítor Soares, que conta com<br />

mais de 25 anos de experiência a trabalhar no<br />

setor, sempre muito focado no atendimento<br />

ao cliente e na sua máxima satisfação. Começou<br />

como comercial na Michelin e o seu<br />

crescimento na empresa líder de pneus foi<br />

importante, passando por product management<br />

e marketing até diretor operacional e<br />

responsável pelas Relações Institucionais para<br />

Portugal, experiência que o preparou para poder<br />

enfrentar agora a gestão da rede Euromaster<br />

em Portugal. O desafio da Euromaster escreve<br />

uma nova página, que pressupõe uma grande<br />

responsabilidade para Vítor Soares, que, com<br />

certeza, trará muitos sucessos para a empresa<br />

e respetivos franquia<strong>dos</strong>.<br />

Como surge o convite para o cargo de diretor-<br />

-geral da Euromaster Portugal?<br />

A Euromaster sempre me foi uma empresa<br />

muito próxima, desde o ano de 2006. Participei<br />

em diversos projetos, um <strong>dos</strong> quais o atual,<br />

que é, hoje, uma realidade e uma aposta de<br />

sucesso. O convite surge pela parte da Euromaster,<br />

para dar continuidade ao excelente<br />

trabalho desenvolvido pelo meu antecessor,<br />

Miguel Santos.<br />

Assim, aceitei este novo desafio para poder<br />

dar ao grupo um pouco da minha experiência<br />

e fortalecer mais a Euromaster em Portugal,<br />

dando continuidade ao trabalho desenvolvido.<br />

Como encara este novo desafio profissional?<br />

A nível pessoal, é um desafio muito motivante<br />

e ambicioso: trabalhar num mercado distinto<br />

do que estive nestes últimos anos. Profissionalmente,<br />

vai fazer-me crescer ainda mais e<br />

dar-me um visão global do mercado de retail<br />

do setor automóvel em Portugal.<br />

Que ações pretende realizar para melhorar<br />

os serviços ofereci<strong>dos</strong> pelos centros<br />

Euromaster?<br />

Pertencendo ao Grupo Michelin, a Euromaster<br />

é a rede mais ampla da Europa na manutenção<br />

de veículos, tanto para particulares como para<br />

profissionais.<br />

É uma rede que tem como principal objetivo<br />

disponibilizar aos seus clientes particulares<br />

ou profissionais a melhor oferta em produtos<br />

e serviços relaciona<strong>dos</strong> com o pneu e a<br />

manutenção, tendo como missão garantir a<br />

segurança e a mobilidade <strong>dos</strong> seus clientes.<br />

Quais os principais desafios que enfrenta<br />

no desenvolvimento da rede?<br />

O mundo do setor automóvel está em permanente<br />

mutação, a uma velocidade que não<br />

controlamos. Por isso, os principais desafios<br />

serão dotar a rede Euromaster com os recursos<br />

necessários para enfrentar estes novos retos,<br />

nomeadamente: nova geração de consumido-<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Diretor-geral da Euromaster Portugal<br />

res, novas atitudes e novas formas de encarar<br />

a aquisição de bens; digitalização do setor e<br />

nova tipologia de veículos, entre muitos outros.<br />

Na minha perspetiva, deveremos continuar<br />

a trabalhar, diariamente, para entender os<br />

clientes, porque eles não compram o que fazemos,<br />

mas sim porque o que fazemos. Temos<br />

de dar boas razões para os clientes ficarem,<br />

dando-lhes boas experiências.<br />

Que objetivos tem traça<strong>dos</strong> para um futuro<br />

próximo?<br />

Fortalecer a rede em B2B, aumentar a cobertura<br />

geográfica e credibilizar a rede, reforçando-a<br />

como a referência do mercado. O mercado<br />

do pós-venda em Portugal é muito dinâmico<br />

e com muito futuro pela frente, tendo uma<br />

grande margem de crescimento.<br />

Como define o conceito da rede Euromaster?<br />

A Euromaster é uma rede de manutenção<br />

de veículos que procura tornar a vida <strong>dos</strong><br />

seus clientes mais fácil. Toda a estratégia da<br />

rede segue essa linha, procurando soluções<br />

que permitam às pessoas uma mobilidade<br />

“fácil” e segura.<br />

Qual a dimensão da rede a nível europeu?<br />

Contamos com mais de 2.000 centros de serviço<br />

em 17 países diferentes, sendo a Euromaster a<br />

principal rede europeia ao nível da manutenção<br />

do veículo, tanto ligeiro como pesado.<br />

E em Portugal, quantos centros existem<br />

atualmente?<br />

Atualmente, em Portugal, contamos com 66<br />

centros, que oferecem uma cobertura global<br />

a particulares e profissionais.<br />

Estão previstas inaugurações de novos<br />

centros Euromaster nos próximos tempos?<br />

O objetivo da rede é continuar a crescer em<br />

Portugal, pelo que estamos sempre atentos<br />

a possíveis aberturas que possam gerar valor<br />

para os nossos clientes.<br />

Quais os critérios para uma oficina poder<br />

entrar na Rede Euromaster?<br />

A Euromaster é uma rede rigorosa, uma vez que<br />

procura oferecer um serviço de excelência ao<br />

cliente. A certificação de qualidade ISO 9001,<br />

assim como o cumprimento <strong>dos</strong> exigentes<br />

controlos de qualidade do Grupo Michelin,<br />

exigem que mantenhamos padrões de qualidade<br />

muito rigorosos nas nossas instalações<br />

e na forma de trabalhar de qualquer um <strong>dos</strong><br />

nossos colaboradores. Para além disso, a atenção<br />

ao cliente é fundamental na Euromaster.<br />

E tudo isto é tido em conta na hora de abrir<br />

um novo centro.<br />

É mais fácil transformar uma oficina já existente<br />

num centro Euromaster ou construir<br />

um de raiz?<br />

Cada caso é único e estudado ao detalhe.<br />

Naturalmente, as empresas existentes que se<br />

tornam parte da Euromaster ajudam bastante<br />

na transformação, tanto a nível profissional<br />

como humano.<br />

Quais os principais benefícios e mais-valias<br />

que uma oficina independente pode ter ao<br />

aderir à rede Euromaster?<br />

A rede consegue garantir vantagens competitivas<br />

aos seus aderentes. Unir-se à Euromaster<br />

é juntar-se a uma equipa vencedora, com<br />

uma grande infraestrutura a nível europeu,<br />

padrões de qualidade, ferramentas de trabalho,<br />

comunicação, formação e outras vantagens<br />

que ajudam a conseguir a rentabilidade e o<br />

êxito da empresa.<br />

Como avalia o percurso que tem sido feito<br />

pela Euromaster desde que chegou a Portugal,<br />

no final de 2012, até agora?<br />

Creio que podemos dizer que o balanço é<br />

positivo. Mais do que falarmos de números,<br />

o grande desafio para o qual trabalhámos,<br />

ao longo do ano passado, foi o de fazer crescer<br />

o negócio num mercado cada vez mais<br />

competitivo. Cada investimento realizado,<br />

monetário e em termos de recursos humanos,<br />

nas necessidades específicas de cada centro<br />

de serviço, foi sempre realizado tendo como<br />

objetivo fundamental gerar maior tráfego à<br />

oficina e prestar melhor serviço ao cliente.<br />

Pretendemos continuar a crescer de forma<br />

rentável, tendo por base um aumento do número<br />

de clientes e do valor por visita, tendo<br />

sempre em mente a satisfação do cliente.<br />

Acompanhar a evolução tecnológica <strong>dos</strong> veícu-<br />

los é obrigatório, mas acompanhar a evolução<br />

<strong>dos</strong> comportamentos e hábitos de compra<br />

<strong>dos</strong> clientes é fulcral. A Euromaster tem uma<br />

visão otimista do futuro e, durante o próximo<br />

ano, temos planos de expansão da rede e de<br />

crescimento. São várias as oportunidades no<br />

segmento de veículos ligeiros e no de veículos<br />

industriais, no âmbito técnico da inovação <strong>dos</strong><br />

veículos, no âmbito <strong>dos</strong> serviços ao cliente e<br />

na área digital.<br />

Quais os momentos que considera mais<br />

marcantes no decorrer deste percurso?<br />

Sem dúvida, o profissionalismo e a atenção<br />

prestada ao cliente. Vamos na segunda etapa<br />

deste projeto que, hoje, está consolidado e<br />

é uma referência no mercado português. O<br />

momento mais marcante foi o trabalho desenvolvido<br />

em 2017, no momento da renovação<br />

de contratos. Decorri<strong>dos</strong> seis anos, os nossos<br />

parceiros responderam afirmativamente. Na<br />

hora da renovação, mais de 90% das empresas<br />

tomaram a decisão de continuar neste programa<br />

de parceira, mantendo-se na Euromaster .<br />

Quais os aspetos diferenciadores da rede<br />

Euromaster face à concorrência?<br />

O profissionalismo e a atenção prestada ao<br />

cliente, sem dúvida. Conhecemos os nossos<br />

clientes, particulares e profissionais. Oferecemos<br />

soluções adaptadas às suas necessidades.<br />

Contamos com a garantia de uma assinatura<br />

contrastada, temos ferramentas de última<br />

geração para prestar melhor serviço ao cliente<br />

e dispomos de profissionais de alto nível.<br />

Atualmente, a Euromaster já não é apenas<br />

uma rede de pneus. Acredita que a aposta<br />

na diversificação de serviços é o caminho<br />

a seguir?<br />

É claro que ainda somos especialistas em pneus,<br />

mas há anos que, tal como referiu, iniciámos um<br />

caminho para a diversificação. Com os da<strong>dos</strong><br />

de hoje, podemos dizer que é um sucesso.<br />

Cada vez mais as pessoas procuram soluções<br />

globais. O nosso compromisso na Euromaster<br />

é tornar a vida mais fácil aos nossos clientes. Ao<br />

disponibilizarmos uma oferta em serviços de<br />

mecânica ao mesmo nível da oferta em pneus,<br />

podemos garantir que a nossa rede é capaz<br />

de dar resposta e soluções aos problemas <strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Entrevista<br />

Vítor Soares<br />

clientes de uma forma muito mais completa.<br />

Desta forma, um cliente poderá vir trocar os<br />

seus pneus como sempre, mas, também, óleo,<br />

travões, amortecedores… com toda a confiança<br />

de que diante de si tem um profissional de<br />

manutenção automóvel.<br />

Quais são os serviços mais procura<strong>dos</strong> pelos<br />

clientes?<br />

Somos, de facto, uma referência em pneus. No<br />

entanto, notamos que os clientes se interessam<br />

pela nossa cobertura global ao nível de serviços<br />

de mecânica rápida, tais como a mudança de<br />

óleo, travões, escovas, amortecedores ou baterias,<br />

entre outros. Estamos sempre a procurar<br />

inovação, tanto nos nossos serviços e produtos,<br />

como na experiência do cliente ao visitar um<br />

<strong>dos</strong> nossos centros. Seguindo esta linha de<br />

raciocínio, virão, certamente, novidades que<br />

tornarão a vida <strong>dos</strong> clientes mais fácil e segura.<br />

Considerando as mudanças em curso na<br />

área das motorizações (gasolina, gasóleo,<br />

híbri<strong>dos</strong>, elétricos, fuel cell), qual o papel<br />

da Euromaster no processo de adaptação<br />

<strong>dos</strong> seus centros a esta nova realidade?<br />

Neste momento, estamos atentos a qualquer<br />

novidade que afete, diretamente, os nossos<br />

serviços e formamos os nossos profissionais<br />

para que estejam prepara<strong>dos</strong> para cuidar de<br />

qualquer veículo com o maior sucesso possível.<br />

A Euromaster promove há vários anos “A<br />

Roda da Felicidade” com o objetivo de doar<br />

brinque<strong>dos</strong> a crianças carenciadas. Que objetivos<br />

pretendem atingir com esta iniciativa?<br />

A Responsabilidade Social Corporativa é fundamental<br />

para nós. Como para a Euromaster,<br />

o mais importante são as pessoas. É nossa<br />

obrigação ajudar a criar uma sociedade melhor.<br />

Foi desta forma que surgiu “A Roda da<br />

Felicidade”. Através da Cruz Vermelha, contribuímos<br />

para que as crianças tenham algo<br />

tão básico e necessário no Natal como um<br />

brinquedo. Alegramo-nos desta iniciativa e<br />

queremos, não só, continuar com ela, mas,<br />

também, melhorá-la to<strong>dos</strong> os anos.<br />

Qual tem sido o desempenho da loja online?<br />

Que tipo de produtos e serviços disponibiliza?<br />

A loja online é uma necessidade <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes. Cada vez mais utilizamos o telemóvel<br />

para tudo, sendo que também o utilizamos<br />

para comprar pneus e outros serviços de manutenção<br />

de veículos. Em Portugal, lançámos<br />

este projeto que procura estar onde estão os<br />

nossos clientes. Atualmente, oferecemos pneus<br />

e outros serviços, como a mudança de óleo<br />

ou recarga de ar condicionado.<br />

A Euromaster abriu um novo centro em Vale<br />

de Cambra com o objetivo de funcionar<br />

como um banco de ensaio para a rede em<br />

Portugal. O que pretendem testar neste<br />

centro e que balanço faz do trabalho desenvolvido<br />

até agora?<br />

Com este novo projeto, queremos que o cliente<br />

seja o centro de tudo o que fazemos. Desde que<br />

entra no nosso centro, vive uma experiência<br />

diferente. O cliente recebe um atendimento<br />

personalizado por parte do mecânico que vai<br />

cuidar do seu veículo. Oferecemos, também,<br />

uma sala de espera com ligação wI-fI, bebidas<br />

e tablets para que a sua espera seja o mais<br />

cómoda possível, adaptando-nos às novas<br />

tecnologias e solicitações do consumidor.<br />

Disponibilizamos uma Área do Profissional<br />

com peças reais e explicações didáticas para<br />

que a mecânica do veículo deixe de ser uma<br />

incógnita para muitos clientes e passe a ter<br />

um âmbito de aprendizagem e curiosidade.<br />

Para além disso, os processos de trabalho <strong>dos</strong><br />

colaboradores melhoram com o objetivo de<br />

serem eficientes e oferecer melhor atendimento<br />

aos clientes.<br />

A rede Euromaster presta serviços apenas<br />

a particulares ou também dá assistência a<br />

empresas com frotas de veículos?<br />

Prestamos serviços tanto a particulares como<br />

a empresas. O serviço de frotas é uma parte<br />

importante do nosso negócio e nós temos<br />

uma equipa altamente qualificada para cobrir<br />

qualquer necessidade <strong>dos</strong> veículos, tanto nos<br />

nossos centros como em assistência na estrada.<br />

Considera que é possível melhorar o negócio<br />

dedicado às frotas?<br />

Claro, é sempre possível melhorar. As frotas<br />

precisam de um serviço muito rápido, eficaz,<br />

personalizado e em contínua evolução. Isso<br />

exige um bom parceiro, como é o nosso caso.<br />

Nas parcerias com fornecedores, com que<br />

empresas trabalham atualmente e em que<br />

moldes?<br />

Como oferecemos muitos produtos e serviços,<br />

temos muitos fornecedores. Procuramos sempre<br />

um acordo próximo, confiável e no qual<br />

partilhamos o objetivo comum de satisfação<br />

do cliente final.<br />

Que formação é dada aos funcionários <strong>dos</strong><br />

centros Euromaster para se manterem atualiza<strong>dos</strong><br />

com as novas tecnologias presentes<br />

nos automóveis?<br />

Os colaboradores da Euromaster recebem<br />

formação contínua em diferentes áreas do<br />

seu trabalho. Temos um Departamento de<br />

Formação que nos ajuda ao nível de cursos<br />

teóricos e práticos sobre mecânica, novas<br />

ferramentas, atendimento ao cliente…<br />

E no que toca às novas tecnologias, que<br />

importância têm elas para a rede Euromaster<br />

e o que está a ser feito neste domínio? Sites,<br />

redes sociais...<br />

As novas tecnologias são fundamentais para<br />

nós. Queremos que qualquer pessoa que precise<br />

de algo da Euromaster possa obtê-lo de forma<br />

rápida e eficaz. E, isso, inclui o nosso website e<br />

redes sociais. Contamos com uma equipa de<br />

especialistas em marketing digital, redes sociais,<br />

posicionamento web e outras áreas, que estão,<br />

constantemente, em contacto com os clientes.<br />

Qual o contributo que a Euromaster pode<br />

dar para a melhoria do setor pós-venda<br />

em Portugal?<br />

Sem dúvida, o melhorar da experiência do<br />

cliente. Visitar uma oficina já não é o que era<br />

antigamente. O cliente exige transparência,<br />

confiança, proximidade e um serviço global.<br />

Estou convencido de que os esforços da Euromaster<br />

para melhorar essa experiência do<br />

cliente ajudarão na melhoria do setor. u<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


www.hankooktire.com/es<br />

Alto rendimento desportivo para<br />

SUV's Premium, desenha<strong>dos</strong> com<br />

tecnologia inovadora para superfícies<br />

em seco e com chuva<br />

Pneu de altas prestações para SUV's<br />

para todas as estações do ano, com a<br />

tecnologia mais avançada para a sua<br />

vida diária<br />

SINTA A CONEXÃO<br />

<strong>Pneus</strong> Hankook para SUV's. Sinta a inovação<br />

[Portugal]<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>_K117A RA33_190x270mm.indd 1 2018. 6. 11. 오후 4:27


Mercado<br />

Prioridade à inovação<br />

A Sage, fornecedor de tecnologias de informação que ajudam as empresas na<br />

gestão diária <strong>dos</strong> seus negócios, recomenda, neste artigo, algumas práticas para<br />

impulsionar o sucesso das empresas<br />

Existe, atualmente, nas empresas, a<br />

necessidade constante de continuarem<br />

a reposicionar-se e a reformular<br />

as suas estratégias na procura pelo<br />

sucesso. De acordo com um estudo recente<br />

da PWC - 2017 CEO Survey -, cerca de um<br />

quarto <strong>dos</strong> CEO’s aponta a inovação como<br />

a sua principal prioridade para 2018, ultrapassando<br />

áreas como o capital humano, a<br />

concorrência, a experiência do cliente e as<br />

capacidades tecnológicas. No entanto, esta<br />

intenção de inovação e crescimento é mais<br />

fácil na teoria do que na prática. Trabalhar no<br />

sentido de identificar novas áreas de crescimento,<br />

novas oportunidades e estabelecer<br />

planos para o sucesso a longo prazo, pode<br />

ser uma proposta complicada para as organizações.<br />

Sejam elas novas ou já existentes.<br />

Existem algumas formas de estruturar e planear<br />

este processo de aceleração do crescimento<br />

do negócio, que a Sage resume nas<br />

seguintes cinco dicas.<br />

1CONTRATE AS PESSOAS CERTAS<br />

Diz-se, frequentemente, que uma empresa<br />

é tão boa quanto os seus colaboradores.<br />

No entanto, contratar as pessoas certas para<br />

a sua empresa implica um planeamento cuida<strong>dos</strong>o.<br />

É fundamental estabelecer os tipos<br />

específicos de capacidades e conhecimento<br />

que necessita para o seu negócio, a função e<br />

a equipa para onde está a recrutar.<br />

Pondere se pretende reforçar a sua equipa<br />

com pessoas com recursos gerais que podem<br />

ser moldadas para diferentes áreas do<br />

seu negócio ou procurar recursos com experiência<br />

e conhecimentos específicos, que<br />

preencham lacunas existentes ou ajudem a<br />

impulsionar o negócio em novas áreas de<br />

produto ou merca<strong>dos</strong>.<br />

Uma equipa de trabalho deve ser tão di-<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Crescimento do negócio<br />

versificada quanto os clientes da empresa.<br />

Contar com pessoas de diferentes origens<br />

(género, etnia, nacionalidade, experiência)<br />

irá ajudar o seu negócio a ganhar maior<br />

conhecimento e perspetiva para oferecer<br />

produtos e serviços a sociedades cada vez<br />

mais diversificadas. Por exemplo, um estudo<br />

recente da McKinsey, “Why diversity Matters”,<br />

sugere que empresas com géneros diferentes<br />

atingem, normalmente, um retorno<br />

financeiro 15% superior. E que empresas<br />

com diferentes géneros e etnias obtêm de<br />

retorno 35%.<br />

2FOCO NO CLIENTE<br />

O sucesso a curto e longo prazos depende<br />

da definição de novas e fiéis bases de<br />

clientes. As empresas centradas nos clientes<br />

são 60% mais rentáveis. No início <strong>dos</strong> seus<br />

percursos, a estratégia das empresas está<br />

orientada para o cliente e o único foco é<br />

ganhar clientes, mantendo-os satisfeitos. No<br />

entanto, à medida que as empresas crescem,<br />

pode ser fácil perder o foco nos clientes e<br />

permitir que outros processos interfiram.<br />

Existem soluções para enfrentar este problema.<br />

Analise a sua base de clientes atual<br />

para identificar forças e fraquezas na forma<br />

como a sua empresa atua quando retém clientes.<br />

Preste bastante atenção às tendências de<br />

mercado. Realize estu<strong>dos</strong>, entreviste clientes<br />

novos, atuais e antigos. E, sobretudo, oiça<br />

– e responda – a todas as preocupações e<br />

feedback do cliente.<br />

Graças às redes sociais e aos fóruns online,<br />

existem, atualmente, mais formas de comunicar<br />

com os seus clientes, criar conversações<br />

bidirecionais e desenvolver uma comunidade<br />

ativa. Isto poderá significar um investimento<br />

em novas opções no seu website ou uma reestruturação<br />

do suporte prestado ao cliente.<br />

Mas os investimentos irão ajudar a desenvolver<br />

confiança e fidelidade por parte <strong>dos</strong><br />

seus clientes.<br />

3ADAPTE-SE ÀS MUDANÇAS<br />

TECNOLÓGICAS<br />

Existem diversas formas de as empresas tirarem<br />

melhor proveito das tecnologias, serviços<br />

e sistemas modernos que reforçam o seu funcionamento<br />

e ajudam a apoiar o crescimento.<br />

Adotar serviços basea<strong>dos</strong> na cloud, por exemplo,<br />

é uma forma de reduzir a infraestrutura<br />

de TI da sua empresa. Não só reduz os custos<br />

e melhora a eficiência, como liberta a sua<br />

equipa de TI para explorar outras formas de<br />

utilizar a tecnologia emergente, que pode<br />

melhorar o negócio ao invés de ser apenas<br />

uma ferramenta de resposta aos problemas.<br />

A mesma tecnologia pode, também, proporcionar<br />

aos colaboradores a flexibilidade<br />

de trabalharem em movimento ou remotamente.<br />

Isto dá-lhes a oportunidade de terem<br />

a flexibilidade de gerir as suas atividades<br />

diárias ou procurarem novas oportunidades<br />

de negócio.<br />

Sistemas avança<strong>dos</strong> com machine learning<br />

e inteligência artificial podem automatizar<br />

tarefas morosas de gestão ou processamento<br />

de da<strong>dos</strong>. Este tipo de tecnologia pode libertar<br />

as equipas para tarefas mais inovadoras<br />

e estratégicas que reforcem, diretamente, o<br />

crescimento do negócio e o resultado final.<br />

Se utilizada sabiamente a tecnologia, pode<br />

ajudar a tornar a sua empresa mais inovadora,<br />

produtiva e proporcionar as bases para<br />

a próxima fase de crescimento.<br />

4MANTENHA-SE NA VANGUARDA<br />

Potenciar as vendas a curto prazo através<br />

de promoções e de novos produtos e<br />

serviços irá ajudar a aumentar as receitas,<br />

mas não é a melhor forma de posicionar a<br />

sua empresa para um futuro crescimento a<br />

longo prazo. As empresas devem ter uma<br />

visão global e criar estratégias para se manterem<br />

a par das tendências do mercado e <strong>dos</strong><br />

clientes, estando à frente da concorrência.<br />

Isto requer uma perspetiva mais completa<br />

e a longo prazo do funcionamento da empresa<br />

e do negócio - a visão da empresa, as<br />

estratégias de vendas, o posicionamento de<br />

mercado, o mercado de trabalho, a infraestrutura<br />

tecnológica e processos.<br />

Por exemplo, a sua cadeia de distribuição poderia<br />

ser mais eficiente? Existem merca<strong>dos</strong><br />

em que pode apostar e onde os seus concorrentes<br />

ainda não estão? Tem um portefólio de<br />

produto demasiado complexo? Está a investir<br />

o suficiente em marketing?<br />

Estas análises podem ajudá-lo a encontrar<br />

formas de tornar o seu negócio mais eficiente<br />

e eficaz, bem como encontrar novas oportunidades<br />

de lucro. Mas podem, também,<br />

ajudar a identificar formas de reduzir os riscos<br />

operacionais da empresa.<br />

5CENTRE-SE NO SEU NEGÓCIO,<br />

NÃO NA CONCORRÊNCIA<br />

Em vez de se centrar na concorrência, invista<br />

tempo e recursos a tentar compreender melhor<br />

o seu negócio. Desenvolva e cuide da<br />

sua equipa para aumentar o envolvimento<br />

<strong>dos</strong> colaboradores - e isto não significa<br />

apenas pizzas e mesas de ping-pong. Um<br />

relatório sobre o compromisso <strong>dos</strong> colaboradores<br />

indica que estes preferem sentir-se<br />

valoriza<strong>dos</strong> e reconheci<strong>dos</strong> do que receber<br />

determina<strong>dos</strong> benefícios. O mesmo relatório<br />

sugere que um crescimento de 50% no<br />

compromisso <strong>dos</strong> colaboradores equivale<br />

a um crescimento de 3% de receitas no ano<br />

seguinte.<br />

Impulsionar o crescimento do negócio não<br />

se faz com a oferta de gadgets e benefícios<br />

imediatos. É uma atitude que deve estar<br />

presente em to<strong>dos</strong> os departamentos e colaboradores.<br />

Desde as pessoas à tecnologia,<br />

das operações aos processos, ao assumirem<br />

esta abordagem, as empresas podem<br />

garantir o crescimento a longo prazo que<br />

to<strong>dos</strong> desejam. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

Empresas<br />

Pirelli P Zero DHD2<br />

superou teste em SPA<br />

Etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />

ganhará novos parâmetros<br />

A União Europeia chegou à conclusão que a etiqueta <strong>dos</strong> pneus precisa de melhorias para<br />

que a confiança do consumidor se fortaleça. Em maio, foi publicado, em Bruxelas, a proposta<br />

do Regulamento do Parlamento e do Conselho Europeu COM (2018) relativo à etiqueta<br />

<strong>dos</strong> pneus no que toca a eficiência em termos de consumos de combustível e outros parâmetros<br />

essenciais. Por isso, será revogado o Regulamento CE 1222/2009.A nova proposta da<br />

UE para modificar a etiqueta centra-se em vários aspetos. A saber:<br />

1 - Atualizar a etiqueta do pneus e permitir a sua revisão.<br />

2 - Melhorar a visibilidade da etiqueta para o consumidor. A obrigação de incorporar a etiqueta<br />

nos pneus lança<strong>dos</strong> no mercado vai, também, ser aplicada aos pneus C3 (veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>), para os quais, atualmente, não é obrigatória uma etiqueta completa, apenas uma<br />

referência aos parâmetros de comportamento no material de promoção. Com a atualização,<br />

os pneus C3 vão estar cobertos pelos mesmo requisitos do que os pneus C1 e C2 no<br />

que à etiqueta <strong>dos</strong> pneus se refere.<br />

3 - Exigir que a informação sobre o comportamento em neve e em gelo <strong>dos</strong> pneus esteja<br />

incluída na etiqueta. Já existe um ensaio adequado com o seu logótipo para o comportamento<br />

em neve, mas está a ser desenvolvido um ensaio para o comportamento em gelo,<br />

parâmetro que deverá ser incluido no futuro, quando a norma estiver terminada.<br />

4 - Permitir a futura inclusão da quilometragem e da abrasão, que deverá ser um parâmetro<br />

da etiqueta. Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> também deverão ser incluí<strong>dos</strong> na etiqueta.<br />

5 - Exigir que a etiqueta seja mostrada na publicidade visual e no material técnico de promoção.<br />

Os fornecedores de pneus informarão sobre o comportamento <strong>dos</strong> seus pneus na<br />

publicidade e no material de promoção, mostrando a etiqueta completa e não apenas a<br />

classe energética e a gama de classes existente.<br />

6 - Ampliação do processo de homologação de tipo para incluir na declaração da etiqueta.<br />

7 - Melhorar o controlo do cumprimento, criando a obrigação de registar os pneus na base<br />

de da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> produtos estabelecida de acordo com o regulamento UE 2017/13698 - Modificação<br />

<strong>dos</strong> anexos. A classificação <strong>dos</strong> parâmetros foi adaptada redefinindo os limites entre<br />

as classes A a G para os tornar mais exatos e para refletir o feito e que a classe inferior G está<br />

vazia devido aos requisitos de regulamento de segurança geral. Para melhorar e padronizar<br />

a informação que se coloca à disposição <strong>dos</strong> utilizadores finais e para harmonizá-la com os<br />

requisitos que o regulamento impõe, serão cria<strong>dos</strong> alguns anexos à etiqueta energética.<br />

O P Zero DHD2, pneu oficial do campeonato<br />

Blancpain GT, superou, com êxito,<br />

a 70.ª edição das 24 Horas de Spa, o teste<br />

mais exigente da época. O circuito, com<br />

um perímetro de 7 km, traçado entre os<br />

bosques de Ardenas, é um duro teste para<br />

os pneus. Ainda mais, nesta edição das 24<br />

Horas, em que as temperaturas diurnas<br />

alcançaram valores demasiado eleva<strong>dos</strong>.<br />

Algumas gotas caíram antes do início da<br />

prova, no entanto não foram suficientes<br />

para reduzir o calor do asfalto, nem sequer<br />

levou as equipas a utilizar os Pirelli Cinturato<br />

WH. De facto, os pneus slick P Zero<br />

DHD2 foram o único composto montado<br />

pelas equipas ao longo de toda a prova e<br />

a grande maioria das equipas apostaram<br />

numa estratégia com um foco no máximo<br />

rendimento, com frequentes visitas às boxes<br />

para troca de pneus. Matteo Braga (diretor<br />

da Pirelli para as atividades de circuito),<br />

comentou que “o P Zero DHD2, pneu<br />

oficial do campeonato Blancpain GT, superou,<br />

com êxito, a 70.ª edição das 24 Horas<br />

de Spa, o teste mais exigente da época”.<br />

Segundo acrescentou, “os pneus funcionaram<br />

bem durante as 24 Horas,<br />

pese as elevadas temperaturas e as frequentes<br />

interrupções pela entrada do<br />

safety car, que obrigaram os pilotos a<br />

utilizar os PZero fora das suas ótimas<br />

condições de desempenho, as borrachas<br />

demonstraram uma grande adaptabilidade<br />

tanto aos pilotos, como aos carros”.<br />

Ao longo da prova, to<strong>dos</strong> os pilotos puderam<br />

encontrar um ótimo equilíbrio entre<br />

as prestações e a consistência para a concretização<br />

das suas melhores estratégias. A<br />

vitória nas 24 Horas de Spa coube à equipa<br />

BMW M6 GT3 Walkenhorst Motorsport,<br />

formada por Philipp Eng, Tom Blomqvist<br />

e Christian Krognes, depois de uma desafiante<br />

corrida marcada por inúmeras trocas<br />

de liderança. O fim de semana também<br />

acolheu aestreia <strong>dos</strong> novos Bentley Continental<br />

GT3 e do Nissan GT-R Nismo GT3.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Case New Holland<br />

premiou Bridgestone<br />

Bibendum comemora 120 anos<br />

Nascido em 1898, o Bibendum (o seu verdadeiro nome) celebra, em 2018,<br />

o seu 120.º Aniversário. Imaginado pelos irmãos Michelin e pelo caricaturista<br />

“O´Galop”, o boneco desenhado com base numa pilha de pneus acompanhou<br />

gerações de viajantes de todo o mundo. A sua carreira internacional começou<br />

muito cedo, juntamente com as equipas de vendas, para conhecer novos<br />

clientes e instaurar a reputação da marca. Nenhum continente escapou aos<br />

encantos deste boneco, que conquistou uma fama a nível planetário desde a<br />

década de 1920. A popularidade aumentou com o passar <strong>dos</strong> anos, atestada<br />

pelo derradeiro tributo em 2000: o boneco Michelin foi votado como o melhor<br />

ícone de marca de to<strong>dos</strong> os tempos por um júri de profissionais para o Financial<br />

Times. No mesmo ano, surgiu com um design de alta tecnologia em 3D, o que<br />

confirmou a sua predileção pela inovação e tecnologia.<br />

A Bridgestone foi nomeada “Fornecedora do Ano em Proatividade<br />

e Colaboração” pelo Conselho Assessor de Fornecedores<br />

da Case New Holland Industrial. O prestigiado prémio<br />

adquirido pela Bridgestone EMEA é um reconhecimento da<br />

sua forte aposta na colaboração e trabalho em equipa. A marca<br />

fornece pneus para tratores, ceifeiras debulhadoras, escavadoras,<br />

camiões, autocarros, camiões de bombeiros, veículos<br />

de proteção civil, carregadeiras de rodas e soluções de trem<br />

motriz à CNH Industrial, tornando-se num verdadeiro líder<br />

no desenvolvimento de pneus. Christophe de Valroger, vice-<br />

-presidente EMEA de Equipamento Original da Bridgestone,<br />

agradeceu o prestigiado prémio e destacou que “é o resultado<br />

de um grande trabalho em equipa, particularmente da forte<br />

colaboração entre a Bridgestone e os seus clientes, entre eles<br />

o CNH. É, também, um reflexo claro de que o trabalho em<br />

equipa é a melhor forma de sermos bem sucedi<strong>dos</strong> e reconheci<strong>dos</strong><br />

pelos nossos clientes”.<br />

Borracha “dente de leão”<br />

da Continental distinguida<br />

A universidade de Munster premiou a Continental pelo<br />

projeto de investigação Taraxagum, que tem como objetivo<br />

obter da raiz da planta “dente de leão” a borracha natural<br />

para a sua utilização posterior. A empresa tecnológica trabalhou<br />

em concepts de pneus para camiões e ligeiros, que<br />

demonstraram estar aptos para circular e prevê a sua possível<br />

comercialização em 2023. O látex do “dente de leão” contém<br />

borracha de elevado peso molecular, o que se traduz em<br />

grandes cadeias de moléculas de borracha que servem de<br />

matéria-prima para vários produtos. Enquanto o “dente de<br />

leão” contém mais borracha do que outras espécies de “dentes<br />

de leão”, a quantidade produzida não é até agora suficiente<br />

para a produção industrial. Com a ajuda da biotecnologia<br />

desenvolvida em Munster, os cientistas podem otimizar o<br />

tempo que precisam para criar uma planta de “dente de leão”<br />

produtiva e industrialmente explorável.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Notícias<br />

Empresas<br />

Goodyear equipa de origem<br />

novo Volkswagen Touareg<br />

A Goodyear satisfez os requisitos da Volkswagen<br />

com bons níveis de desempenho geral e um excelente<br />

conforto mecânico e acústico, combina<strong>dos</strong> com uma<br />

baixa resistência ao rolamento. Estas escolhas do novo<br />

Goodyear Eagle F1 Asymmetric 3 SUV, do Vector 4Seasons<br />

SUV Gen-2 e do UltrapGrip 8 enquanto equipamento<br />

de origem são mais uma prova das competências<br />

do fabricante norte-americano no fornecimento<br />

de pneus premium para o segmento <strong>dos</strong> SUV topo de<br />

gama. Nick Harley, managing director de Equipamento<br />

de Origem para pneus de turismo da Goodyear EMEA,<br />

referiu: “Estamos, permanentemente, centra<strong>dos</strong> no<br />

desenvolvimento e fornecimento de pneus fiáveis<br />

para os nossos parceiros. E, com os pneus OE para o<br />

novo Volkswagen Touareg, disponibilizamos uma ampla<br />

gama de medidas e soluções adequadas a cada estação,<br />

assegurando conforto e performance em todas<br />

as estradas e condições climatéricas, ao longo de todo<br />

o ano e melhorando a experiência de condução <strong>dos</strong><br />

seus clientes”.<br />

Hankook adquire distribuidor<br />

de pneus alemão Reifen-Müeller<br />

A Hankook Tire acordou adquirir 100% da Reifen-Müeller, um <strong>dos</strong> maiores<br />

distribuidores de pneus da Alemanha, assim como a filial de vendas e o negócio<br />

da recauchutagem. O fabricante de pneus sul-coreano Hankook deu<br />

conhecimento da compra através de comunicado. A Reifen-Müeller foi fundada<br />

em 1966 e emprega, atualmente, mais de 700 pessoas, distribuídas por<br />

44 centros. A empresa, que distribui pneus para ligeiros, camiões, autocarros,<br />

motos e veículos agrícolas, continuará a ser gerida pelos seus atuais proprietários<br />

e vai permitir à Hankook ampliar os seus canais de distribuição na Europa.<br />

A Hankook assegura que continuará a sua estratégia de crescimento<br />

através da construção de uma fábrica de produção em larga escala, centros<br />

de desenvolvimento e tecnologia, bem como o estabelecimento de redes de<br />

distribuição inovadoras com as quais vai fortalecer a sua posição dentro do<br />

mercado de pneus.<br />

Semperit reforçou presença online<br />

A marca de pneus Semperit, que integra o universo das marcas Continental, lançou,<br />

recentemente, a sua nova página web para o segmento de pesa<strong>dos</strong>: www.<br />

semperit.com.pt/pesa<strong>dos</strong>. Com um novo layout, mais funcional, a nova plataforma<br />

disponibiliza uma organização de conteú<strong>dos</strong> mais clara e mais adequada às necessidades<br />

e expectativas das empresas. “O novo layout e as novas funcionalidades procuram<br />

tornar a navegação mais fácil e mais intuitiva. O novo design transmite uma<br />

imagem mais moderna e mais cuidada, com informação de consulta rápida, fácil e<br />

de elevado interesse para o nosso público-alvo, que são as empresas de transportes”,<br />

referiu Carlos Oliveira, diretor comercial de Pesa<strong>dos</strong> da Continental. Em www.semperit.com.pt/pesa<strong>dos</strong>,<br />

os utilizadores encontram, agora, informação sobre a história da<br />

marca e a gama de produtos disponíveis, tendo em conta o tipo de necessidade, as<br />

características e a aplicação do equipamento pretendido para cada uma das viaturas.<br />

Na nova plataforma, é ainda possível encontrar informação sobre as diretivas da<br />

UE sobre o rótulo <strong>dos</strong> pneus, orientações sobre o processo de reesculturação ou os<br />

regulamentos europeus aplicáveis a equipamento de inverno em veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />

entre outras. Marca de referência dentro do universo Continental, a Semperit tem,<br />

agora, uma presença online mais moderna, mais intuitiva e mais fácil de aceder a<br />

partir de qualquer dispositivo móvel.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Presidente da BKT<br />

homenageado<br />

No dia 25 de julho de 2018, Roy Littlefield, vice-presidente<br />

executivo da Tire Industry Association (TIA), a associação<br />

americana da indústria de pneus, anunciou, oficialmente,<br />

os nomes <strong>dos</strong> homenagea<strong>dos</strong> para o Hall of Fame de 2018,<br />

a mais elevada homenagem da TIA e uma das mais prestigiadas<br />

distinções da indústria de pneus ao nível global.<br />

Arvind Poddar, presidente e diretor-geral da Balkrishna Industries<br />

Limited (BKT), um <strong>dos</strong> fabricantes de pneus off-highway<br />

líder com sede na Índia, entrará, oficialmente, para<br />

o Hall of Fame da associação, por ocasião da Cerimónia de<br />

Prémios de Homenagem na Indústria <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

O evento terá lugar no hotel Paris Las Vegas, no dia 29 de<br />

outubro, um dia antes da abertura da SEMA Show 2018, a<br />

feira de especialidade automóvel e pós-venda líder realizada<br />

em Las Vegas.<br />

A Tire Industry Association (TIA) foi fundada em 1920 nos<br />

EUA. Tendo começado como organização nacional, a TIA é,<br />

atualmente, uma organização internacional sem fins lucrativos<br />

a operar à escala mundial, que representa to<strong>dos</strong> os<br />

segmentos da indústria <strong>dos</strong> pneus.<br />

A associação está empenhada em destacar a imagem da<br />

indústria <strong>dos</strong> pneus promovendo a segurança, a formação<br />

e a educação, bem como convenções, defesa, certificações<br />

e publicações para a indústria <strong>dos</strong> pneus.<br />

O Hall of Fame da TIA remonta ao ano de 1985, no qual as<br />

primeiras celebridades da indústria <strong>dos</strong> pneus para lá entraram.<br />

O “Salão da Fama” da associação visa homenagear<br />

e preservar os nomes de personalidades de relevo, cujas<br />

conquistas igualmente de relevo trouxeram fama às indústrias<br />

<strong>dos</strong> pneus, borracha e transportes.<br />

O prémio consiste na mais elevada homenagem da TIA,<br />

sendo atribuído, anualmente, aos players da indústria <strong>dos</strong><br />

pneus, sejam eles fabricantes, inventores, fornecedores,<br />

vendedores ou recauchutadores.<br />

A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

A vasta carteira de produtos da BKT inclui<br />

gamas de pneus específicos, na vanguarda,<br />

para atender os pedi<strong>dos</strong> mais exigentes em<br />

múltiplos campos, tais como a agricultura,<br />

a construção e o OTR, bem como aplicações<br />

de transporte e agroindustriais.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Hankook e Real Madrid celebram<br />

segundo ano de colaboração<br />

Para comemorar o segundo ano como patrocinador oficial do Real Madrid, a Hankook<br />

Espanha organizou um jogo exclusivo no Santiago Bernabéu, no qual participaram os<br />

principais meios da imprensa técnica e <strong>dos</strong> automóveis. Assim, no estádio do clube madrileno,<br />

mais de 50 jornalistas do universo automóvel tiveram a oportunidade de jogar<br />

um jogo de futebol profissional. Utilizaram os vestiários, os armários <strong>dos</strong> jogadores e<br />

ouviram o hino da “Champions” no início do jogo. Depois de terminado o evento, os<br />

participantes foram fotografa<strong>dos</strong> com os ex-jogadores do Real Madrid Ivan Helguera e<br />

Amavisca, que já foram capitães da equipa.<br />

Os dois anos de relação com a equipa espanhola foram de grande sucesso para a marca<br />

de pneus. A cooperação entre os dois “emblemas” começou em julho de 2016, com a<br />

intenção de se converteram numa aliança líder dentro e fora do campo. E o que foi conseguido<br />

no segundo ano, superou todas as expectativas.<br />

CEAT oferece horas<br />

de rendimento e música<br />

A Safame Comercial segue comprometida em<br />

apoiar os seus clientes com ações de marketing<br />

promocionais e acaba de lançar uma nova promoção<br />

com a CEAT. Pela compra de dois pneus<br />

CEAT agrícolas radiais em jante 24” ou superior,<br />

oferece uns auscultadores sem fios. A promoção<br />

iniciou-se a dia 13 de junho de 2018, prevendo-se<br />

que durará grande parte do verão. Esta campanha<br />

promocional é acompanhada pelo slogan “Horas<br />

de rendimento e música”. Um jogo de palavras<br />

com duplo significado que se refere ao excelente<br />

desempenho em horas do pneu CEAT e a satisfação<br />

que a música produz. “Os pneus CEAT tem um<br />

excelente desempenho no campo e, neste nível de<br />

qualidade, procuramos um presente premium para<br />

promover os pneus CEAT”, afirmou o departamento<br />

de marketing da Safame. O distribuidor oferece uns<br />

auscultadores sem fios de uma conhecida marca<br />

francesa, com Bluetooth 3.0, sistema tátil, com<br />

microfone para atender chamadas e uma bateria<br />

com autonomia de seis horas. São reguláveis e<br />

dobráveis para melhor transporte. Têm conexão<br />

com PC, smartphone Android, iPhone, iPad, iPod<br />

ou tablet. Sem dúvida um presente que ninguém<br />

vai gostar de perder. A CEAT é vendida em Portugal<br />

e Espanha exclusivamente através da Safame<br />

Comercial. O distribuidor do Grupo Mesas, um<br />

grupo empresarial independente com mais de 75<br />

anos de experiência no setor <strong>dos</strong> pneus, iniciou a<br />

comercialização da marca CEAT em janeiro de 2018.<br />

Tiremaster lança<br />

novo site para clientes<br />

A empresa Tiremaster, importador <strong>dos</strong> pneus Westlake<br />

e distribuidor de diversas marcas premium, lançou,<br />

recentemente, o seu novo site (www.tiremaster.pt) com<br />

muitas novidades e preços mais competitivos, na secção<br />

reservada aos clientes. Os interessa<strong>dos</strong> terão de fazer o<br />

registo para ter acesso a informação sobre a vasta gama<br />

de pneus que a empresa disponibiliza, onde é possível<br />

encontrar as melhores soluções para cada tipo de viatura.<br />

Segundo o responsável da Tiremaster, “esta nova plataforma<br />

é um passo importante para a empresa e para a sua<br />

estratégia de comunicação. O novo site é mais intuitivo,<br />

garante uma navegação simples presta informação útil<br />

e diferenciadora a quem o visita”.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Marangoni aumentou preços em julho<br />

A partir de 1 de julho de 2018, a divisão Retreading Systems de Marangoni aumentou os preços de venda de materiais em borracha para a<br />

recauchutagem de pneus em to<strong>dos</strong> os países europeus. Este aumento reflete as principais matérias-primas utilizadas pelo setor mas, também,<br />

deve ser considerado através das condições atuais de todo o mercado de reposição de pneus industriais. Após a decisão da Comissão Europeia de<br />

impor direitos anti-dumping para pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong> de camiões e autocarros (TBR) importa<strong>dos</strong> da China, já foram regista<strong>dos</strong> notáveis<br />

aumentos de preços das importações chinesas e, gradualmente, inicia-se um reposicionamento de to<strong>dos</strong> os produtos presentes no mercado. A<br />

importação de pneus TBR da China danificou a indústria europeia local e gerou perdas dramáticas em volume e empregos. Com a aplicação de<br />

direitos, está a criar uma concorrência leal que solicita à cadeia de fabricantes de pneus e materiais para a reconstrução e fabricantes a restaurar<br />

níveis de preços justos e sustentáveis, capazes de gerar a rentabilidade necessária para assegurar um futuro para as empresas do setor. Por enquanto,<br />

este aumento absorverá apenas as subidas recentes das matérias-primas e consiste em cerca +0,15 €/kg para to<strong>dos</strong> os países da zona<br />

europeia. Além do aumento de 1 de julho de 2018, a Marangoni deverá rever a sua posição nos países da Comunidade Europeia. O que acontecerá<br />

durante o terceiro trimestre deste ano, com um aumento adicional de até €6 por pneu.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

ALTARODA distribui máquinas<br />

de lavar rodas PERFORMTEC<br />

Desde a passada edição da expoMECÂNICA, que a AL-<br />

TARODA comercializa produtos da prestigiada marca de<br />

origem alemã - PERFORMTEC. A “Black Edition Wheel Washing<br />

System” é uma sofisticada máquina de lavagem de rodas<br />

que combina um design sofisticado com uma tecnologia de<br />

lavagem inigualável, quando comparado com os sistemas<br />

tradicionais que utilizam pequenos grânulos (partículas<br />

sólidas). A “Black Edition Wheel Washing System” garante<br />

excelentes resulta<strong>dos</strong> em lavagens constantes sem recurso<br />

a grânulos e sem necessidade de troca de água, graças à sua<br />

pressão de trabalho (140 bar enquanto os equipamentos<br />

tradicionais funcionam a 10-12 bar) e com baixos custos<br />

de manutenção. A PERFORMTEC assume-se como um <strong>dos</strong><br />

maiores produtores de sistemas de lavagem de rodas para uso<br />

profissional. Sediado na Alemanha, desde 2002 que desenvolve<br />

produtos específicos para esta área, sendo responsáveL<br />

por todo o processo de fabrico, desde o desenvolvimento<br />

ao produto acabado.<br />

Desafio inédito da BKT<br />

chegou ao fim<br />

A segunda edição do Xtractor Around The World, que saiu<br />

da Cidade do Cabo a 3 de abril e terminou em Pretória, no<br />

passado 20 de maio, pode definir-se, sem restrições, como<br />

uma experiência única e emocionante. Um percurso de 50<br />

dias, no qual os pneus AGRIMAX FORCE e AGRIMAX RT 657,<br />

os melhores modelos da BKT, patrocinador da iniciativa, equiparam<br />

os tratores agrícolas McCormick, Série X7 P6-Drive e<br />

X8 VT-Drive, protagonistas da caravana que enfrentou uma<br />

viagem de mais de 7.900 km em 50 etapas, todas diferentes<br />

quanto a paisagem e dificuldade, clima e morfologia do<br />

terreno, demonstrando estar à altura do percurso, mesmo<br />

em condições extremas. Os pneus mantiveram as expectativas<br />

de resistência, versatilidade e segurança para os drivers,<br />

além da adaptabilidade à estrada e ao campo, flexibilidade<br />

e fiabilidade, todas características reconhecidas e que permitiram<br />

concluir, com sucesso, este desafio especialmente<br />

comprometedor.<br />

Michelin reforça liderança<br />

com aquisição da Camso<br />

A Michelin e a Camso associaram-se para criar liderança em soluções de<br />

mobilidade fora de estrada. A nova divisão reflete uma verdadeira parceria<br />

estratégica no domínio do fora de estrada e será dirigida a partir do Québec<br />

(Canadá). Com um volume de negócios de mil milhões de dólares, a Camso<br />

concebe, fabrica e distribui soluções de mobilidade fora de estrada desde<br />

1982. A Camso é líder, a nível mundial, <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de correntes de borracha<br />

para equipamentos agrícolas e motos de neve, bem como do mercado<br />

<strong>dos</strong> equipamentos de empilhadores com pneus sóli<strong>dos</strong> e diagonais. E encontra-se<br />

entre os três principais atores do mercado da construção, com soluções<br />

de correntes e pneus para pequenos equipamentos de manuseamento de<br />

cargas. Apoiada na sua forte liderança tecnológica em correntes e sistemas<br />

associa<strong>dos</strong>, bem como na sua implementação industrial competitiva, nomeadamente<br />

no Sri Lanka, e na notoriedade das suas marcas CAMSO e SOLIDEAL,<br />

a Camso deu mostras da sua capacidade para crescer rapidamente, a um ritmo<br />

médio de 7% ao ano desde 2012. Ao unir forças com a Camso, a Michelin<br />

criará liderança mundial nos merca<strong>dos</strong> fora de estrada, com sede em Magog,<br />

no Québec, beneficiando, deste modo, da competência da equipa de gestão<br />

da Camso e da presença de longa data do Grupo Michelin no Canadá, em<br />

Laval, no Québec, e na Nova Escócia. Enquanto líder mundial, a nova entidade<br />

representará um volume de negócios que duplicará o da Camso e será suportada<br />

por 26 fábricas, agrupando cerca de 12 mil funcionários e beneficiando<br />

de merca<strong>dos</strong> sustentadamente dinâmicos.<br />

Trelleborg inaugurou centro logístico<br />

No passado dia 29 de junho, a Trelleborg inaugurou um centro logístico europeu<br />

para os seus produtos de manipulação de materiais e pneus de construção, assim<br />

como o novo escritório comercial do Benelux, situado em Evergem, na Bélgica. As<br />

novas instalações incluem um armazém<br />

de 10.000 m 2 perto de escritórios, que<br />

vão albergar a sede comercial da Trelleborg<br />

Whels Systems. Com mais de 70<br />

mil pneus em stock, a Trelleborg pode<br />

armazenar e servir os seus armazéns<br />

europeus a clientes chave da região a<br />

partir destas instalações “just in time”.<br />

O novo edíficio foi construído na localização<br />

onde esteve situada a histórica<br />

fábrica de Bergougnan, que foi local<br />

de produção construído no início do<br />

ano 1900 e adquirido pela Trelleborg<br />

em 1988.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Bridgestone teve excelente desempenho em Suzuka<br />

A equipa de competição Yamaha Factory #21 venceu, pela quarta vez consecutiva, as 8 Horas de Suzuka, após um frente-a-frente feroz com<br />

a equipa Kawasaki Green #11 e a Red Bull Honda, em conjunto com os Correios do Japão #33. Todas as equipas utilizaram pneus de competição<br />

Battlax, da Bridgestone. Além disso, foi a 14.ª vez consecutiva que uma equipa vence a prova equipada com pneus Bridgestone. A equipa F.C.C. TSR<br />

Honda France #5 justificou, uma vez mais, a sua vitória do Endurance World Championship, completando 196 voltas durante as oito horas, com o<br />

tempo de volta mais rápido de 2’09”611, terminando em 5.º lugar. A outra equipa e parceira permanente da Bridgestone no EWC, a YART Yamaha<br />

#7, demonstrou um elevado potencial nas sessões de treino, atingindo mesmo o top 10. Infelizmente, a equipa foi forçada a desistir da corrida ao<br />

fim de três horas. A Mercury Racing #121, equipa que também utiliza pneus Bridgestone desde as 24 Horas de Le Mans, terminou esta desafiante<br />

pista em 14.º, mantendo o seu 5.° lugar no ranking final e o 1.º enquanto equipa privada do Endurance World Championship.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Pirelli tem mais de<br />

500 homologações<br />

em pneus Run Flat<br />

Continental reorganiza<br />

a sua estrutura<br />

O Conselho Executivo da Continental decidiu operar uma das maiores<br />

mudanças organizativas na história da empresa.<br />

Com o objetivo de “continuar a acelerar o crescimento” nos merca<strong>dos</strong> mais<br />

relevantes e “potenciar o seu posicionamento nas principais áreas de mobilidade<br />

de futuro”, a empresa anunciou a criação da nova estrutura de holding<br />

da Continental AG. Tal como explicou a Continental, a nova organização<br />

vai ter por base três potentes setores comerciais: Continental Rubber,<br />

Continental Automotive e Powertrain. Tanto a estrutura informativa como<br />

as novas denominações vão começar a ser aplicadas em 2020. Previamente,<br />

o Conselho de Supervisão da Continental AG vai aprovar essas alterações<br />

e, também, a transformação da divisão de Powertrain numa entidade<br />

jurídica independente, com uma razão social e nova direção no início de<br />

2019. Assim, no início de 2020, vão ser reorganizadas as divisões atuais de<br />

Chassis e Safety e Interior, que vão converter-se em duas áreas de negócio<br />

denominadas, recentemente, Autonomous Driving Technologies e Vehicle<br />

Networking Technologies, cujos resulta<strong>dos</strong> comerciais vão ser apresenta<strong>dos</strong><br />

no novo setor Grupo Continental Automotive. As duas divisões de pneus<br />

(Tire Technologies no futuro) e ContiTech conservaram a sua estrutura organizativa<br />

independente.<br />

A Pirelli reforça o seu estatuto de marca preferida<br />

de fabricantes de automóveis premium e prestige com<br />

mais de 500 homologações obtidas em pneus Run Flat.<br />

Esta tecnologia permite, em caso de furo, continuar a<br />

viagem até alcançar a oficina de pneus mais próxima.<br />

A marca obteve <strong>51</strong>6 certificações de pneus Run Flat, ou<br />

seja, pneus escolhi<strong>dos</strong> pelas marcas como equipamento<br />

original para os seus veículos. A lista inclui 326 de verão,<br />

100 de inverno e 90 All Weather, que elevam, assim, o<br />

total de pneus homologa<strong>dos</strong> Pirelli para 2.800 em toda<br />

a sua gama de produto. A Alfa Romeo foi a última marca<br />

a homologar pneus Pirelli Run Flat no seu Giulia, algo<br />

que marcas como BMW, Cadillac, Dodge, Jeep, Mercedes-Benz,<br />

Mini ou Rolls-Royce já haviam feito antes. Em<br />

caso de alerta de furo do sistema de deteção de perda<br />

de pressão (TPMS), os pneus podem rolar durante 80<br />

km a uma velocidade máxima de 80 km/h. A tecnologia<br />

Run Flat da Pirelli está disponível nos modelos P Zero,<br />

Cinturato, Scorpion, Scorpion Winter, Winter Sottozero 3<br />

e Winter Sottozero Serie II. Com isto, asseguram a cobertura<br />

de 97% das medidas de jantes de 18” ou superiores,<br />

além de 24 códigos exclusivos não comercializa<strong>dos</strong> por<br />

qualquer outro fabricante de pneus.<br />

Goodyear estuda reações<br />

de materiais de pneus em estação especial<br />

A Goodyear Tire & Rubber Company planeia testar componentes de pneus no espaço<br />

como parte de um projeto no Laboratório Nacional <strong>dos</strong> EUA da Estação Espacial Internacional<br />

(ISS), através de uma experiência que se espera seja realizada mais para o final do ano. No<br />

ambiente de microgravidade da estação espacial, a Goodyear estudará a formação de partículas<br />

de sílica, material comum utilizado em pneus de consumo. Ao recolher conhecimento<br />

resultante desta avaliação, os engenheiros e cientistas da Goodyear podem determinar se<br />

deve ser considerada, nos pneus, investigação adicional das formas únicas de sílica precipitada.<br />

A marca efetuou o anúncio durante a Conferência de Investigação e Desenvolvimento<br />

da ISS, levada a cabo em São Francisco. Experiências académicas recentes, em condições de<br />

microgravidade, demostraram a capacidade de gerar morfologias únicas que poderão mostrar<br />

potencial na disponibilização de produtos de maior performance. Caso um progresso<br />

determinante seja alcançado com esta investigação da Goodyear a bordo do Laboratório<br />

Nacional <strong>dos</strong> EUA na ISS, tal poderá levar a melhorias na eficiência de combustível e outros<br />

fatores de performance. A avaliação no espaço está a ser levada a cabo através de um acordo<br />

com o Centro para o Avanço da Ciência no Espaço (CASIS), a organização encarregue pela<br />

NASA da gestão do Laboratório Nacional <strong>dos</strong> EUA.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Continental lembra cuida<strong>dos</strong> com o automóvel antes das férias<br />

No âmbito do seu projeto de responsabilidade social “Vision Zero” e tendo sempre como principal preocupação a segurança rodoviária, a Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal deixa vários alertas e cuida<strong>dos</strong> a ter nas deslocações, nomeadamente no check-up aos pneus, para umas férias em segurança.<br />

São as seguintes: inspecione os pneus e verifique a pressão do ar, inclusive do suplente; os pneus devem ser verifica<strong>dos</strong> frios e não quando ainda<br />

estão quentes após um período de condução; conduzir com<br />

pressão desadequada pode provocar danos estruturais no pneu,<br />

o que diminui a longevidade do mesmo; se detetar algum dano,<br />

o pneu deve ser inspecionado por um profissional; certifique-se<br />

que to<strong>dos</strong> os seus pneus são do mesmo fabricante e têm pisos<br />

iguais; evite carregar em excesso o veículo. Se pretender conduzir<br />

em condições de carga total/alta velocidade, adapte a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus de acordo com as recomendações do fabricante do<br />

veículo; verifique a profundidade do piso do pneu. Uma vez que<br />

os pneus desgasta<strong>dos</strong> aumentam exponencialmente o risco de<br />

aquaplaning e a travagem em piso molhado, a Continental recomenda<br />

que os condutores substituam os seus pneus de verão<br />

quando estes tiverem 3 mm. Entre as principais causas de aquaplaning,<br />

estão as chuvas fortes, a velocidade excessiva e a profundidade<br />

reduzida do piso pneu. Não compre, vende ou monte<br />

pneus usa<strong>dos</strong> se não tiver a certeza da origem <strong>dos</strong> mesmos.<br />

Segundo Marco Silva, diretor de marketing da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal, “na Continental, a segurança <strong>dos</strong> automobilistas é uma<br />

preocupação constante. Espero que os portugueses tenham um<br />

excelente período de férias. Não podemos, obviamente, controlar todas as situações, mas podemos ajudar a eliminar algumas preocupações ou<br />

antecipar algumas situações, assegurando que o veículo está em excelentes condições para a viagem”.<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

Z Tyre lança pneu Vantastic<br />

para veículos comerciais<br />

A Zenises anunciou o lançamento do Vantastic, que<br />

vai integrar-se na sua atual gama de produtos. Este é o<br />

mais recente produto da Z Tyre, proposto em sete medidas<br />

distintas. A empresa confirmou que esta gama<br />

vai seguir os mesmos padrões <strong>dos</strong> restantes modelos<br />

da marca como o desafio do status quo, oferta de vantagens<br />

técnicas e estéticas para o segmento de pneus<br />

premium e preço muito competitivo, tendo em conta<br />

o mercado. A Zenises já fez saber que os novos produtos<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para a Europa apresentam elevada<br />

qualidade e segurança. Está disponível nas seguintes<br />

medidas na fase de lançamento: 195/75 R16, 195/70<br />

R15, 215/70 R15, 195/65 R16, 205/65 R16, 225/65 R16<br />

e 235/65 R16.<br />

Michelin Pilot é o novo pneu<br />

para aviões a hélice<br />

O novo Michelin Pilot para aviões a hélice foi desenvolvido para proporcionar<br />

a máxima duração da sua banda de rolamento e com uma proteção<br />

melhorada perante todo o tipo de condições de utilização.<br />

O novo Michelin Pilot incorpora uma estrutura de carcaça melhorada, que<br />

oferece maior durabilidade e maior resistência aos possíveis danos acidentais<br />

causa<strong>dos</strong> por objetos estranhos nas pistas. O pneu incorpora a mais recente<br />

geração de compostos de borracha, mais resistente à degradação por<br />

ozono e raios UV. O perfil do pneu permite uma distribuição uniforme da<br />

pressão na zona de contacto com a pista. Ao melhorar, significativamente,<br />

a sua duração, os pilotos podem realizar mais descolagens e aterragens e,<br />

assim, reduzir o número de pneus necessários. O topo está reforçado com<br />

capas adicionais, que proporcionam maior proteção da banda de rolamento<br />

e asseguram uma vida útil mais longa, graças a um desgaste mais uniforme.<br />

O desenho do pneu permite um equilíbrio entre as prestações: duração,<br />

massa, proteção e conforto nas fases de descolagens e aterragens nos aviões<br />

propulsa<strong>dos</strong> por hélice. A banda de rolamento do Pilot dispõe de uma escultura<br />

com amplos canais, 21% mais profun<strong>dos</strong>, que escoam a água de forma<br />

eficiente e proporcionam uma excelente resistência ao aquaplaning para<br />

operar com maior segurança em condições de pista molhada. Por ser um<br />

pneu tubeless (sem câmara de ar), permite reduzir o peso total do conjunto,<br />

ao mesmo tempo que contribui para eliminar o fenómeno de rotação do<br />

pneu sobre a jante que se produz no contacto com o solo no momento da<br />

aterragem. Este pneu diagonal tubeless de altas prestações também pode ser<br />

utilizado com câmara de ar.<br />

Maxam mostra novo MS9<strong>51</strong>R Agrixtra R1W<br />

A Maxam Tyre America do Norte Inc. lançou o MS9<strong>51</strong>R Agrixtra R1W, um pneu radial traseiro projetado<br />

para tratores e aplicações em equipamentos de colheita. O Maxam MS9<strong>51</strong>R Agrixtra proporciona tração<br />

numa variedade de condições húmidas e secas, tendo um design de piso avançado e amplo espaço para<br />

reduzir a compactação do solo e minimizar a perturbação do mesmo. O padrão de piso de pneu com<br />

auto limpeza inteligente garante o máximo desempenho no campo, enquanto o perfil de 45° aumenta o<br />

conforto da viagem, reduzindo a vibração em superfícies duras e estradas. O pneu dispõe de tecnologia<br />

premium com construção de design reforçada para qualidade e proteção contra fendas e pancadas. O<br />

Maxam MS9<strong>51</strong>R Agrixtra está disponível nos 18 tamanhos mais populares.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Hankook Tire recebeu prémio<br />

de responsabilidade social do Grupo Renault<br />

A Hankook Tire foi galardoada pelo Grupo Renault com o “Corporate Social Responsability Award”.<br />

A empresa recebeu a melhor valorização na área de “Purchasing Sustainability”. O fabricante de<br />

pneus sul-coreano continua a sua estratégia de colaborar com as marcas de automóveis a nível global.<br />

Deste modo, aposta em fatores como as tecnologias de ponta e a inovação contínua. Para além<br />

da colaboração com o Grupo Renault, a Hankook Tire fornece, atualmente, pneus como primeiro<br />

equipamento para 310 modelos de 45 marcas de veículos globais, entre outros para veículos de luxo<br />

e desportivos como os Audi TT RS, RS4, RS6, as Séries 1, 3, 5 e 7 da BMW, Ford Mustan, Mercedes-Benz<br />

Classes C e E, diversos SUV premium como os Audi Q7 e SQ7 e os BMW X5 e X3. Os principais vendedores<br />

mundiais, como Renault, Toyota e Volkswagen, bem como marcas como a Porsche, figuram<br />

entre os clientes da Hankook.<br />

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Auto Delta é distribuidor<br />

autorizado de pneus<br />

Continental e Barum<br />

A Auto Delta assinala mais um marca na<br />

sua história com o início da comercialização<br />

de pneus Continental e Barum, sendo mais<br />

um passo dado no sentido de oferecer ao<br />

mercado automóvel tudo o que ele necessita.<br />

Tem-se imposto, nestes últimos, anos<br />

uma visão mais abrangente sobre o que<br />

deve ser o posicionamento de cada player<br />

no aftermarket. Assim, procurando seguir<br />

essa linha, a Auto Delta passou a ser distribuidor<br />

autorizado das conceituadas marcas<br />

de pneus Continental e Barum, acrescentando<br />

uma linha decisiva à grande oferta<br />

que disponibiliza a quem a procura. A marca<br />

Continental dispensa apresentações. E a Barum,<br />

de origem checa, conta com mais de 70<br />

anos, tendo sido adquirida pela Continental<br />

em 1993. Esta presença histórica na Europa<br />

Central conferiu à Barum uma quota de mercado<br />

bastante interessante, dentro de uma<br />

área geográfica tão diversificada e com um<br />

público altamente exigente. Com uma fórmula<br />

equilibrada de versatilidade e robustez<br />

a um preço competitivo, a Barum responde a<br />

to<strong>dos</strong> os desafios da condução diária.<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

BFGoodrich apresentou<br />

novo Mud Terrain T/A KM3<br />

Jaguar escolheu Goodyear Eagle F1<br />

para equipar SUV E-PACE<br />

A Goodyear anunciou que foi escolhida pela Jaguar para fornecer pneus de equipamento<br />

de origem para o E-PACE, o SUV de tamanho médio do fabricante automóvel britânico.<br />

O fabricante irá equipar o novo SUV da Jaguar com os Eagle F1 Asymmetric 3 SUV<br />

e Eagle F1 Asymmetric SUV All-Terrain, ambos ostentando a distintiva marcação “JLR”,<br />

sinónimo da aprovação por parte da Jaguar Land Rover. Os pneus foram desenvolvi<strong>dos</strong><br />

pelos engenheiros da Goodyear para cumprir as exigências específicas do construtor em<br />

termos de baixa resistência ao rolamento, peso reduzido e elevado desempenho fora de<br />

estrada. E foram homologa<strong>dos</strong> enquanto equipamento de origem (OE) em várias medidas.<br />

A Goodyear fornecerá pneus com classificação “A” em RRC (Rolling Resistance Coefficient<br />

- Coeficiente de Resistência ao Rolamento) em três das seis medidas e disponibilizará<br />

duas medidas com Tecnologia Goodyear, uma solução de espuma no interior do<br />

pneu que reduz os níveis de ruído no interior do automóvel, em média, até 50% (-4 dbA).<br />

A BFGoodrich, marca da Michelin, lançou no<br />

mercado o Mud Terrain T/A KM3, a nova geração<br />

do pneu de todo-o-terreno para condições extremas.<br />

Há muito conhecida como a marca líder<br />

para os entusiastas do todo-o-terreno, a BFGoodrich<br />

introduz tecnologias que melhoram ainda<br />

mais a capacidade de escalada e de tração, bem<br />

como a resistência na lama e em zonas de pedras.<br />

Integrando a mais recente inovação nos 40 anos<br />

de história da BFGoodrich no desenvolvimento<br />

de tecnologia avançada de pneus de todo-o-<br />

-terreno, o Mud Terrain T/A KM3 é o equipamento<br />

imprescindível para os que necessitam de pneus<br />

para evoluir em praticamente qualquer cenário<br />

fora de estrada. O BFGoodrich Mud Terrain T/A<br />

KM3 oferece uma tração sobre lama melhorada<br />

em 5% face ao seu antecessor. Os blocos “Mud-<br />

-Phobic” nos flancos do pneu foram concebi<strong>dos</strong><br />

para libertar a lama compactada e proporcionar,<br />

assim, melhor tração em condições de terreno<br />

barrento ou muito macio. O desenho da banda<br />

de rolamento “Terrain-Attack” inclui blocos de<br />

grandes dimensões, concebi<strong>dos</strong> para oferecer<br />

a máxima aderência, independentemente do<br />

ângulo de aproximação.<br />

Michelin PRO para máquinas de mineração subterrânea<br />

A nova gama de pneus Michelin PRO para maquinaria, que opera em minas subterrâneas foi concebida para resistir às condições especialmente<br />

agressivas neste tipo de operações. Quando se trabalha nas condições mais severas, a resistência aos danos resultantes de agressões e cortes é<br />

essencial. As novas séries Michelin PRO, XSM D2+ PRO e X MINE D2 PRO foram melhoradas<br />

com reforços tanto nos flancos como na banda de rolamento. A mineração<br />

subterrânea representa o máximo desafio para os pneus que operam em terreno<br />

rochoso e fragmentado, a que junta o problema da fricção <strong>dos</strong> pneus contra as paredes<br />

do túnel. Esta utilização particular gera cortes e fendas nos flancos do pneu,<br />

que se podem propagar e chegar a romper a estrutura da carcaça.<br />

As novas séries Michelin PRO, XSM D2+ PRO e X MINE D2 PRO beneficiam de um<br />

desenho da carcaça melhorado, maior espessura de borracha nas áreas mais vulneráveis,<br />

novos compostos e da tecnologia NRF, a qual incorpora duas capas de proteção<br />

de nylon cruzado, revestido por um composto de borracha de alta resistência, na<br />

zona do flanco, que reduzem o risco de propagação <strong>dos</strong> cortes. A área da banda de<br />

rolamento também foi reforçada com um novo desenho e configuração das capas<br />

de reforço, para melhorar a resistência às agressões e oferecer uma proteção adicional<br />

contra a oxidação. Até 18% da capacidade de carga da série Michelin PRO é<br />

alcançado graças a uma carcaça e a talões reforça<strong>dos</strong>. O que permite trabalhar com<br />

uma menor pressão de enchimento e, como tal, reduz o risco de corte e de agressões. A vida útil <strong>dos</strong> pneus foi melhorada com novos compostos<br />

especiais, que conferem proteção adicional e resistência aos danos. A nova série Michelin PRO, XSM D2+ PRO e X MINE D2 PRO estará disponível<br />

em todo o mundo a partir de julho de 2018.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Professional <strong>Pneus</strong><br />

juntou-se à Point S de Itália<br />

A Professional <strong>Pneus</strong>, um histórico comerciante independente<br />

de pneus do sul de Itália, anunciou que se juntou à Point S com<br />

a ambição de reforçar a sua posição no mercado. Nesta fase de<br />

consolidação que o mercado italiano está a viver, a Professional<br />

<strong>Pneus</strong> está a tentar alinhar o seu diapasão pela presença regional<br />

com a dimensão nacional e internacional da Point S. Desde<br />

o passado dia 1 de julho que a Professional <strong>Pneus</strong> está integrada<br />

na Point S. A parceria da Professional <strong>Pneus</strong> com a Point S representa<br />

uma oportunidade para os membros reforçarem o serviço<br />

prestado aos clientes, otimizando, ao mesmo tempo, a sua competitividade<br />

no mercado.<br />

Novo Pilot Sport Cup 2 R<br />

tem recorde em Nürburgring<br />

O novo Michelin Pilot Sport Cup 2 R foi concebido para uma ótima<br />

performance e máxima precisão sobre pista seca, o que permite aos condutores<br />

alcançarem os melhores tempos por volta. Como prova do seu<br />

potencial, no passado dia 20 de abril, um Porsche 911 GT3 RS com estes<br />

pneus estabeleceu um novo recorde no traçado de 20,6 km do circuito<br />

de Nürburgring. Para alcançar este aumento de performance, o Pilot<br />

Sport Cup 2 R utiliza, pela primeira vez num pneu homologado para<br />

utilização em estrada, compostos de borracha diretamente transferi<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> pneus de competição da Michelin. O novo desenho da banda de rolamento<br />

está especialmente adaptado às condições de circulação sobre<br />

asfalto seco. O ombro exterior conta com menos canais e, por isso, com<br />

uma menor taxa de vazio e uma maior superfície de contacto com o asfalto.<br />

Adicionalmente, os canais centrais foram estreita<strong>dos</strong> para aumentar<br />

ainda mais a quantidade de borracha em contacto com o asfalto, o<br />

que aumenta a rigidez do pneu e permite melhorar a precisão da direção.<br />

No total, a superfície de contacto do novo pneu é, praticamente, 10%<br />

maior, o que permite ao condutor explorar os eleva<strong>dos</strong> limites de performance<br />

<strong>dos</strong> atuais superdesportivos.<br />

Cooper Tires é o pneu oficial<br />

do Africa Trophy<br />

PUB<br />

A edição de 2018 do Raid Amateur Africa Trophy, que acontecerá<br />

entre 27 de outubro e 3 de novembro, terá como pneu oficial<br />

o Cooper Discover S/T MAXX POR. A organização elegeu este<br />

pneu pelo seu especial rendimento tanto em estrada como fora<br />

dela, o que o transforma na melhor opção para concorrer nesta<br />

exigente prova ou realizar trabalhos organizativos com todas<br />

as garantias. O Cooper Discoverer S/T MAXX POR incorpora um<br />

composto de banda de rolamento único e resistente. Tal como<br />

o seu antecessor, este pneu foi desenhado para ser a opção perfeita<br />

para viver aventuras em todo o mundo pela sua capacidade<br />

para circular em terrenos mais duros. O Africa Trophy coloca ao<br />

alcance <strong>dos</strong> aficiona<strong>dos</strong> mais prepara<strong>dos</strong> a experiência de viver<br />

um desafio épico. As condições da estrada são das mais exigentes,<br />

com altas temperaturas, terrenos varia<strong>dos</strong> e agressivos, desde<br />

superfícies pedregosas com pedras afiladas que atacam os<br />

flancos e zonas de areia muito mole, entre outras situações<br />

PSIpneus, Lda.<br />

Estrada Nacional 356, Pavilhão 4, Jardoeira, 2440 – 386 Batalha, Portugal<br />

Tel.: +3<strong>51</strong> (0) 244 766 980, psipneus@gmail.com<br />

PSIpneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


David <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

NEGÓCIO SEM TRUQUES<br />

Na Margem Sul do Tejo, mais concretamente no Casal do Sapo, Quinta do Conde,<br />

situa-se um parceiro Falken que desenvolve o seu negócio sem truques. David<br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, como é conhecida a casa, constitui um exemplo a seguir<br />

Uma hora numa nublada (e abafada)<br />

manhã de julho bastou para constatar<br />

a atividade intensa que tem<br />

a oficina David <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> (assim é<br />

conhecida no mercado há vários anos). Entre<br />

clientes habituais, veraneantes e “acidentais”,<br />

são várias as centenas de condutores que<br />

procuram David Simões para resolver problemas<br />

relaciona<strong>dos</strong> com os componentes<br />

pretos de borracha que ligam os veículos<br />

à estrada. Além de to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong><br />

com pneus, o parceiro Falken<br />

desta edição disponibiliza jantes, escovas<br />

limpa-vidros e baterias. E procede, também,<br />

à focagem de faróis. “Trata-se de um complemento<br />

ao negócio <strong>dos</strong> pneus, sendo estes<br />

a nossa principal especialidade e o nosso<br />

core business”, começa por afirmar David<br />

Simões, no tom simpático e tranquilo que<br />

o caracteriza. Para, depois, acrescentar: “Mecânica<br />

rápida, não tencionamos ter”. Por duas<br />

razões. Primeira: “Não dispomos de espaço<br />

para tal”. Segunda: “Como estamos inseri<strong>dos</strong><br />

numa área de serviço, já existe uma oficina<br />

mesmo ao lado que se encarrega de tudo o<br />

que está relacionado com mecânica”. E desenvolve:<br />

“Damo-nos bem com essa oficina<br />

e funcionamos, no fundo, como parceiros.<br />

Ela encaminha para nós tudo o que tem a<br />

ver com pneus e nós enviamos para lá os<br />

clientes que necessitam de intervenções<br />

mecânicas. Não apenas para esta oficina,<br />

mas, também, para várias outras que existem<br />

na nossa zona”.<br />

Nascida em 1995<br />

A casa liderada por David Simões nasceu em<br />

1995. Pelas mãos do seu pai, Filipe Simões,<br />

profundo conhecedor do setor <strong>dos</strong> pneus,<br />

que antes de abrir o seu negócio trabalhava<br />

para uma empresa grande. “Vim para a empresa<br />

do meu pai com 12 anos ‘brincar à<br />

borracha’ nas férias e aos fins de semana,<br />

como costumo dizer. Quando deixei a escola,<br />

aos 18 anos, decidi agarrar o negócio<br />

a tempo inteiro. Tem sido uma evolução<br />

muito grande. To<strong>dos</strong> os anos, felizmente, o<br />

negócio tem crescido”, dá conta o gerente.<br />

Registada comercialmente como COMIP., a<br />

casa é conhecida no mercado por David <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong>. Há já vários anos. “Os clientes começaram<br />

a tratar-nos por este nome com o passar<br />

do tempo, até para ser mais fácil encontrar<br />

a casa e identificar o proprietário. Estamos<br />

neste local há 23 anos. As pessoas vêm aqui<br />

quase de olhos fecha<strong>dos</strong>”, assegura.<br />

Da equipa de David Simões fazem parte<br />

cinco pessoas. Além do próprio, trabalham<br />

na oficina três colaboradores, aos quais se<br />

juntam, depois, a mãe e a esposa. O pai<br />

também está no negócio, embora desempenhando<br />

a sua função mais à distância. Para<br />

o quadro familiar ficar completo, falta apenas<br />

adicionar o irmão, que nunca sentiu, contudo,<br />

o “chamamento” <strong>dos</strong> pneus. Com cerca de<br />

10 mil clientes inseri<strong>dos</strong> em base de da<strong>dos</strong>,<br />

são várias as centenas de condutores que<br />

procuram, regulamente, a casa. Além <strong>dos</strong> da<br />

região, David Simões é visitado por clientes<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Publireportagem<br />

PARCERIA FALKEN<br />

APOSTA CERTA<br />

Antes da parceria estabelecida com a Falken, há<br />

cerca de dois anos, David Simões já tinha relações<br />

comerciais com a AB Tyres, uma vez que adquiria<br />

outras marcas de pneus ao vasto portefólio deste<br />

distribuidor. “O facto de pertencermos à rede Vulco<br />

não constitui qualquer tipo de entrave nem afeta<br />

a ótima relação que temos com a AB Tyres, que,<br />

aliás, muito prezamos”, frisa o responsável. “Somos<br />

transparentes com a empresa do Grupo Alves<br />

Bandeira e ela connosco”, acrescenta. “Em 2017,<br />

comprámos 1.800 pneus Falken. Este ano, até<br />

mea<strong>dos</strong> de julho, já levávamos o mesmo número<br />

do ano passado. À partida, fecharemos o ano de<br />

2018 com 2.000 pneus Falken. Mais do que este<br />

número, é difícil”, alerta o gerente. E será fácil mobilizar<br />

o cliente para levá-lo a optar por esta marca<br />

japonesa, posicionada no segmento quality? “Sim.<br />

Não temos dificuldade em fazer o cliente ver que a<br />

Falken é uma excelente opção. Pela imagem que<br />

o pneu exibe, pela etiqueta que apresenta e pela<br />

boa relação qualidade/preço. Quem experimenta<br />

Falken, dificilmente sai da marca quando chega a<br />

altura de trocar de pneus”, revela David Simões.<br />

Da parceria estabelecida com a AB Tyres, o líder da<br />

casa destaca ainda “os eventos que este distribuidor<br />

organiza, o apoio que presta e o facto de proteger a<br />

sua rede de parceiros, que está, geograficamente,<br />

bem distribuída. Nenhum parceiro Falken faz concorrência<br />

entre si num raio de 30 km. O que é, de<br />

facto, uma mais-valia”.<br />

de Almada e Lisboa. “Na grande maioria das<br />

vezes, o cliente pede-nos aconselhamento<br />

sobre que pneus deve montar no veículo.<br />

Apenas um em cada 10 clientes mantém<br />

a ideia pré-concebida que trazia antes de<br />

entrar na casa. Cada vez temos mais clientes<br />

que deixam a chave do veículo e vêm buscá-<br />

-lo quando ele estiver pronto. Confiam em<br />

nós a 100%. E, isso, é algo que nos enche de<br />

orgulho. Trabalhamos muito para conquistar<br />

esta confiança”, realça o gerente.<br />

Competência e seriedade<br />

Ao entrar-se na oficina de David Simões, é<br />

notório o espaço desobstruído, corretamente<br />

organizado e bem identificado. Cada área<br />

está devidamente sinalizada e dispõe de<br />

equipamentos de topo, que asseguram a<br />

qualidade do serviço prestado. “Trabalhamos<br />

com equipamentos topo de gama, que foram<br />

renova<strong>dos</strong> há pouco tempo. A máquina<br />

‘mais velha’ tem cerca de três anos e meio”,<br />

frisa o responsável. A casa dispõe de todas<br />

DAVID DOS PNEUS (COMIP –<br />

COM. E REPRES. UNIP., LDA.)<br />

Gerente David Simões<br />

Morada Av.ª 10 de Junho, Casal<br />

do Sapo, 2975 – 403 Quinta do Conde<br />

Telefones 212 122 841 / 917 119 166<br />

Fax 212 122 862<br />

Email david<strong>dos</strong>pneus@vulco.pt<br />

Site www.davidpneus.pt<br />

as marcas de pneus ligeiros e comerciais.<br />

As mais fortes? “Goodyear, Dunlop, Falken,<br />

Kumho e Lassa”, revela. Dando conta, a seguir,<br />

da percentagem de vendas por segmento:<br />

“60% quality, 35% premium e 5% budget”. Em<br />

faturação e pneus vendi<strong>dos</strong>, o negócio tem<br />

estado sempre em crescendo. “Fechámos<br />

2017 com 10 mil pneus vendi<strong>dos</strong>”, enfatiza<br />

o líder da oficina.<br />

Há cerca de dois anos, David Simões aderiu<br />

à rede Vulco. “Já era a companhia com a qual<br />

trabalhávamos. Como lidávamos com pneus<br />

de camião, foi com as marcas Goodyear e<br />

Dunlop que começámos a casa”, diz o gerente.<br />

Que, a concluir, revela a origem do<br />

lema da empresa: “Aqui, não há truques”.<br />

Segundo diz, surgiu quando vários clientes<br />

apareciam com orçamentos provenientes<br />

de centros auto. “As pessoas queriam saber,<br />

efetivamente, o que iam pagar no final pelo<br />

serviço efetuado. Os orçamentos que facultamos<br />

incluem to<strong>dos</strong> os serviços. O valor que<br />

aparece é aquele que o cliente, realmente,<br />

paga. Para nós, não há truques. Somos uma<br />

casa de pneus onde impera a seriedade, o<br />

rigor e a competência. Já era assim no tempo<br />

do meu pai e continuará por muitos e longos<br />

anos”. A casa de David Simões é mais<br />

uma prova de que, nos negócios, como na<br />

vida, não vale tudo. A sorte protege os audazes,<br />

mas sem esforço e dedicação nada<br />

se consegue. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Empresa<br />

Xarepa Auto Centro<br />

Sentido de oportunidade<br />

A Xarepa Auto Centro aposta na diversificação. Divide a atividade entre os serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> e o comércio de pneus. Em janeiro, não perdeu a oportunidade de<br />

representar a marca Accuride, líder em jantes de alumínio para camiões<br />

Por: Jorge Flores<br />

Dinamismo e sentido de oportunidade.<br />

A história da Xarepa Auto<br />

Centro tem sido sempre pautada<br />

por estas duas virtudes. Em<br />

janeiro, a empresa de Negrais deu provas<br />

disso mesmo, passando a representar, em<br />

exclusivo, a Accuride, marca norte-americana<br />

líder em jantes de alumínio para camiões. Para<br />

aferir a sua expressão, basta referir que é uma<br />

marca homologada por todas as marcas de<br />

fabricantes. João Silvestre, gerente da Xarepa<br />

Auto Centro, conta à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> que<br />

a oportunidade surgiu quando a Accuride<br />

comprou uma fábrica italiana de jantes em<br />

aço da qual eram – e continuam a ser – clientes.<br />

“Já há muito que procurávamos algo que<br />

pudéssemos vender sozinhos”, diz. “Foi a junção<br />

<strong>dos</strong> acontecimentos. Estávamos no sítio<br />

certo na hora certa”, acrescenta.<br />

João Silvestre tem consciência de que se trata<br />

de um “produto específico” e que, por si, não<br />

gerará grandes receitas. Mas também acredita<br />

que as jantes em alumínio serão o futuro no<br />

setor <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>. “Nos EUA, 80%<br />

<strong>dos</strong> camiões usa este tipo de jantes. Na Europa,<br />

o futuro será todo por aqui também”.<br />

De resto, o responsável acredita que também<br />

nos ligeiros as jantes de alumínio ganharão<br />

mercado. Graças ao seu menor peso, asseguram<br />

uma poupança de travões e combustível.<br />

Por sua vez, Leonel Silvestre, pai de João<br />

Silvestre, sublinha que, em matéria de segurança,<br />

as jantes de alumínio não têm rival.<br />

“Estas jantes são obrigatórias, por lei, no<br />

transporte de materiais perigosos. O ferro<br />

aquece demasiado e torna-se perigoso”,<br />

afirma o fundador da empresa.<br />

w INVESTIR E DIVERSIFICAR<br />

Para a Xarepa Auto Centro, os pesa<strong>dos</strong> representam<br />

30% do negócio. “A tendência<br />

é para crescer. Tanto nos pneus como nas<br />

jantes”, assume João Silvestre. A empresa<br />

continua a estar muito atualizada em termos<br />

de equipamentos. Para ligeiros e pesa<strong>dos</strong>.<br />

Não hesita na hora de investir em máquinas<br />

que distingam a casa. O que tem tido<br />

o devido retorno. “O negócio tem corrido<br />

bem”, garante João Silvestre. Exemplo disso,<br />

é o investimento realizado numa inovadora<br />

máquina para equilibrar pneus de motociclos.<br />

“Duplicámos a venda de pneus de<br />

moto”, salienta.<br />

w LISBOA NO HORIZONTE<br />

O gerente não esconde que, no horizonte<br />

da empresa, poderá estar a abertura de uma<br />

loja em Lisboa. “Não fechamos portas. Mas a<br />

acontecer será na forma de uma ‘boutique’<br />

para motos e veículos ligeiros”, diz. Essencial<br />

para os responsáveis da Xarepa Auto Centro<br />

é a relação com a equipa composta por oito<br />

funcionários. À laia de brincadeira, Leonel<br />

Silvestre faz questão de realçar a importância<br />

de Maria João, uma das responsáveis do balcão<br />

da empresa, na casa há já 22 anos. “Tive<br />

mais sorte com ela do que ela comigo, porque<br />

ela é melhor empregada do que eu sou<br />

patrão”, dispara o fundador da empresa. u<br />

Xarepa Auto Centro<br />

Gerente João Silvestre | Sede Travessa Poço de Musgo, n.° 1, 2715 - 334 Negrais (Sintra) | Telefone 219 670 372<br />

Email tjxarepapneus@sapo.pt | Site www.xarepapneus.com<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Fiabilidade e confiança<br />

B01N<br />

Pá/Dumper<br />

B02N<br />

BDTS<br />

600 Direção/Reboque 755<br />

366<br />

Pá/Dumper<br />

Pá/Dumper<br />

Tração<br />

MWS+ Pá<br />

B03S Dumper B05N Grua Móvel<br />

396 Direção/Reboque 300 Direção/Reboque 700<br />

Direção/Reboque<br />

Tração<br />

Para mais informações ligue: 220 991 400<br />

Novo website: www.gripenwheels.pt<br />

Gripen Wheels Ibéria<br />

Centro de Negócios da Maia • Rua de Albino José Domingues, 74 • 2º AT • 4470-034 Maia • Portugal<br />

Telef. +3<strong>51</strong> 220991400 • Fax +3<strong>51</strong> 220931936 • info.iberia@gripenwheels.com • www.gripenwheels.pt


Empresa<br />

Universo em expansão<br />

Presente em Portugal desde 2015, a Safame Comercial, empresa do Grupo Mesas<br />

criada para comercializar pneus novos, dispõe de um vasto portefólio de marcas<br />

e produtos. Recentemente, alargou a sua equipa com um novo responsável de<br />

vendas para a zona de Lisboa<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Fundada há mais de duas décadas, a<br />

Safame Comercial, que está sediada<br />

no país vizinho, mais concretamente<br />

em Albacete, é um <strong>dos</strong> players fortíssimos<br />

no setor <strong>dos</strong> pneus, estando, hoje,<br />

presente em toda a Península Ibérica e França.<br />

Com mais de 50 colaboradores e um centro<br />

logístico de, aproximadamente, 12.000 m 2 , a<br />

empresa do Grupo Mesas tem uma rotação<br />

de seis vezes por ano. As suas instalações<br />

apresentam uma extensão de 60.000 m 2 , <strong>dos</strong><br />

quais 26.000 m 2 são urbaniza<strong>dos</strong> e 19.000<br />

m 2 edifica<strong>dos</strong>.<br />

As atividades de compra, venda e logística<br />

da Safame Comercial estão interrelacionadas<br />

para que os armazéns funcionem da forma<br />

mais fluida possível. Os processos de carga<br />

e descarga são totalmente independentes,<br />

realizando-se em diferentes turnos de modo<br />

a evitar interferências. A gestão automatizada<br />

de stocks favorece a planificação e diminui<br />

a probabilidade de ruturas. Já a gestão <strong>dos</strong><br />

armazéns, realiza-se por intermédio de geolocalização,<br />

que seleciona, estrategicamente, os<br />

pedi<strong>dos</strong> para otimizar e agilizar a preparação.<br />

Recentemente, a Safame Comercial alargou<br />

a sua equipa com a contratação de um responsável<br />

de vendas para a zona de Lisboa,<br />

João Calado, que reporta a Paulo Raimundo,<br />

country manager Portugal.<br />

w CLIENTES HÁ TRÊS GERAÇÕES<br />

Especialista de referência na distribuição de<br />

pneus quality e budget, dispondo, também,<br />

de marcas premium, a Safame Comercial<br />

pertence ao Grupo Mesas, um conjunto de<br />

empresas que tem 76 anos de experiência<br />

no setor <strong>dos</strong> pneus. Coloca à disposição <strong>dos</strong><br />

profissionais uma ampla e exclusiva gama<br />

de pneus de turismo, 4x4, camião, agrícolas,<br />

florestais e destina<strong>dos</strong> à movimentação de<br />

terras. Também comercializa câmaras de ar,<br />

conjuntos (jante/pneu) agrícolas e jantes<br />

de camião. A sua missão passa por oferecer<br />

aos clientes a máxima rentabilidade ao mais<br />

baixo preço, satisfazendo as necessidades de<br />

entrega e disponibilidade de produto. Desenvolve<br />

a sua estratégia comercial baseada na<br />

representação de marcas próprias em regime<br />

de exclusividade, com uma excelente relação<br />

qualidade/preço. Como não dispõe de oficinas<br />

nem vende ao consumidor final através<br />

da Internet, acaba por não fazer concorrência<br />

aos profissionais com quem tem relações<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Safame Comercial<br />

comerciais. E o facto de dispor de clientes há<br />

três gerações (avós, pais, filhos), é mais uma<br />

prova da sua credibilidade.<br />

As entregas de pneus da Safame Comercial<br />

para Portugal são feitas a partir de Espanha.<br />

O seu departamento de logística programa<br />

as expedições em função do tipo de produto<br />

e local de entrega. A Safame Comercial<br />

trabalha com as melhores empresas de<br />

transportes e analisa, continuamente, a qualidade<br />

de serviço para garantir a fiabilidade<br />

das entregas. E se existe facto de que este<br />

distribuidor espanhol se orgulha, é do apoio<br />

total que dá ao cliente. É por isso que dispõe<br />

de uma equipa de profissionais com vasta<br />

experiência e conhecimento profundo <strong>dos</strong><br />

produtos. Além disso, também realiza vários<br />

workshops durante o ano para aumentar a<br />

formação da sua equipa e, assim, aconselhar,<br />

com sucesso, o cliente, de acordo com as suas<br />

necessidades. Caso seja preciso, realiza uma<br />

sessão de formação na empresa do cliente.<br />

Mais: promove campanhas de marketing<br />

personalizadas, tanto offline como online.<br />

w DE PESSOAS PARA PESSOAS<br />

Através do site www.safame.com, os clientes<br />

têm acesso ao portal de vendas online<br />

da empresa, disponível em quatro idiomas<br />

e com um design adaptável a qualquer dispositivo<br />

móvel (smartphone, tablet). Na conta<br />

de utilizador, cada cliente pode comprar os<br />

pneus facilmente, acompanhando o preço e<br />

o stock atualizado. Assim como tem acesso a<br />

uma tabela de produtos, para além de poder<br />

visualizar as promoções, brindes e outros documentos,<br />

como catálogos técnicos e tabela<br />

de equivalência de pneus agrícolas.<br />

A Safame Comercial mantém uma excelente<br />

relação com os fabricantes de pneus, trocando<br />

informações continuamente de modo<br />

a manter os produtos que comercializa num<br />

bom posicionamento de mercado a preço<br />

justo. Foca o seu volume total de compras<br />

num seletivo número de fábricas, evitando,<br />

assim, traders e brokers, o que lhe permite<br />

fornecer pneus a preços competitivos. Os<br />

seus processos de seleção das marcas são<br />

minuciosos. Visita as fábricas, testa a qualidade<br />

<strong>dos</strong> produtos e escolhe as marcas que<br />

tenham um plano de desenvolvimento definido,<br />

um bom projeto de marketing e que<br />

lhes garanta condições para trabalhar em<br />

regime de exclusividade. A experiência a nível<br />

técnico que dá a fábrica de recauchutagem a<br />

quente de que dispõe, permite-lhe detetar e<br />

escolher os pneus que têm o melhor nível de<br />

qualidade. Uma vez selecionado o fabricante<br />

apropriado, fortalece com ele o relacionamento<br />

comercial e mantém-no a longo prazo,<br />

de modo a dar resposta às necessidades de<br />

continuidade da marca.<br />

O principal objetivo da Safame Comercial é<br />

trabalhar mais afincadamente do que nunca<br />

para continuar a aumentar a sua competitividade<br />

no mercado. “Continuamos a ouvir o<br />

que se diz na ‘rua’ para propor ideias e projetos<br />

adapta<strong>dos</strong> às necessidades reais do setor.<br />

Propostas que consigam ir ao encontro das<br />

necessidades <strong>dos</strong> clientes por intermédio de<br />

ações comerciais e de marketing, que façam<br />

impulsionar as vendas e gerar valor adicional.<br />

Continuamos a investir em serviços e na atenção<br />

ao cliente, graças a um tratamento personalizado<br />

que é capaz de oferecer soluções<br />

imediatas. Somos pessoas a trabalhar para<br />

pessoas”, destaca Paulo Raimundo, country<br />

manager Portugal, que conta já com 28 anos<br />

de experiência no setor <strong>dos</strong> pneus. u<br />

RECAUCHUTADOS MESAS<br />

TUDO COMEÇOU<br />

EM 1942<br />

A fábrica de pneus recauchuta<strong>dos</strong> da Safame<br />

Comercial está localizada no Parque Empresarial<br />

Campollano, em Albacete, a zona industrial mais<br />

importante da região de Castilla-La Mancha. A<br />

empresa foi criada em 1942 por Don Vicente Mesas<br />

Poves, na localidade de Villarrobledo, tendo,<br />

desde logo, sede em Albacete. Em 2017, a Recauchuta<strong>dos</strong><br />

Mesas passou a integrar a empresa<br />

Safame Comercial S.L., fazendo parte da divisão<br />

de produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong> e beneficiando<br />

de uma ampla rede de distribuição e comercialização<br />

nacional e internacional, focando<br />

a sua produção no mercado europeu. A principal<br />

atividade da fábrica da Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas é<br />

a recauchutagem de pneus para camião e aplicações<br />

industriais, florestais e agrícolas, sendo<br />

uma das empresas mais importantes de Espanha<br />

e a única com estas características, contando<br />

com reconhecimento a nível nacional e internacional<br />

pelo seu prestígio e pelo bom trabalho<br />

realizado ao longo <strong>dos</strong> anos. São vários os pisos<br />

aplica<strong>dos</strong> na recauchutagem de pneus a quente<br />

destina<strong>dos</strong> a camiões, autocarros e aplicações<br />

industriais, florestais e agrícolas. Embora esteja<br />

preparada para recauchutar 2.000 pneus pesa<strong>dos</strong><br />

e 500 pneus industriais por mês, a fábrica,<br />

neste momento, está a recauchutar entre 600 a<br />

800 pneus pesa<strong>dos</strong> e entre 100 a 140 pneus industriais.<br />

A montagem de pneus nas jantes para<br />

primeiro equipamento também é outra das suas<br />

atividades. Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> tanto podem<br />

trazer gravado na secção lateral a inscrição Mesas<br />

como apenas ostentar a designação alusiva<br />

ao piso. u<br />

Safame Comercial S.L.<br />

Diretor de marketing Jesús Mesas | Country manager Portugal Paulo Raimundo | Sede Parque Empresarial Campollano, Calle C, n.° 72-<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Gestão<br />

Reforço da marca<br />

A Imagem Corporativa (IC) de uma empresa é um <strong>dos</strong> seus ativos mais importantes.<br />

É através desta que, muitas vezes, o “valor” da empresa é percebido por clientes,<br />

fornecedores e parceiros<br />

O<br />

valor da Imagem Corporativa (IC)<br />

de uma empresa e respetiva<br />

marca que esta representa, é um<br />

ativo intangível, ou seja, não é<br />

contabilizável. O que não significa que não<br />

tenha um valor.<br />

A título de exemplo: a marca de automóveis<br />

Saab entrou, como sabemos, em colapso<br />

financeiro e a empresa que os produzia teve<br />

de pedir insolvência. No entanto, a marca<br />

Saab continua a ser um <strong>dos</strong> maiores ativos<br />

desta empresa, com grande notoriedade<br />

mundial e posicionamento de viaturas topo<br />

de gama, apesar de tal facto não estar expresso<br />

nas peças contabilísticas. Este ativo<br />

é tão importante que, em muitas empresas,<br />

a gestão da marca é um <strong>dos</strong> fatores críticos<br />

na tomada de decisões.<br />

Quando estamos ao nível da oficina de<br />

pneus com cariz regional e, muitas vezes,<br />

familiar, a Imagem Corporativa não deixa<br />

de ser, igualmente, importante. Uma empresa<br />

que investe numa sólida Imagem<br />

Corporativa está a transmitir ao mercado<br />

(clientes, fornecedores, parceiros) uma mensagem<br />

de intenção de permanência no<br />

mercado a médio e longo prazos, mas, também,<br />

de aposta no seu negócio. Esta mensagem<br />

é do mesmo modo relevante para<br />

“dentro de casa”. Ou seja, os colaboradores<br />

da empresa tendem a identificar-se com ela,<br />

a acreditarem no projeto e a sentirem orgulho<br />

em representá-lo. Este é, sem dúvida<br />

alguma, um fator crítico de sucesso das<br />

empresas.<br />

Qualquer oficina de pneus poderá desenvolver<br />

a sua própria IC. Durante muito tempo,<br />

este foi o mote para muitas destas empresas,<br />

que pretendiam permanecer totalmente<br />

independentes de conceitos de redes oficinais.<br />

A independência é diferente de “solidão”.<br />

Como muitos já perceberam, sozinhos terão<br />

mais dificuldades em conseguir vencer dentro<br />

de um contexto cada vez mais dominado<br />

pelos grandes fabricantes.<br />

Um <strong>dos</strong> benefícios da IC é a estandardização<br />

de to<strong>dos</strong> os meios que promovam a imagem<br />

visual da empresa em qualquer meio pu-<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Imagem Corporativa<br />

blicitário. Este benefício reconhece-se através<br />

da eficiência da comunicação e do<br />

potencial de redução de custos. Se multiplicarmos<br />

este benefício por “X”, empresas<br />

aderentes a uma rede de oficinas, seguramente<br />

ganham em escala e conseguem<br />

negociar melhores condições e reduzir, ainda<br />

mais, os custos.<br />

Fazer parte de uma rede de oficinas e partilhar<br />

uma IC com outros aderentes, não<br />

implica que se abdique da sua própria<br />

“marca”. O uso de um logótipo da empresa,<br />

que deverá ser comunicado em conjunto<br />

com a IC da rede a que pertence, poderá<br />

ser uma forma da criação/manutenção da<br />

sua marca.<br />

w A IC É A IMAGEM FÍSICA DA MARCA<br />

DA EMPRESA<br />

A IC tem de estar, diretamente, relacionada<br />

com outras duas variáveis muito importantes:<br />

a Identidade e a Imagem da Marca.<br />

De uma forma sumária, explicamos a seguir<br />

cada uma delas.<br />

l Identidade da Marca: é a promessa que<br />

a empresa faz aos clientes através <strong>dos</strong> seus<br />

produtos e serviços.<br />

l Imagem de Marca: é como os clientes<br />

percebem/interpretam a sua marca.<br />

Em resumo: a Identidade da Marca é como<br />

pretendemos que o cliente (consumidor) perceba<br />

a nossa marca e a Imagem da Marca é o<br />

modo como ela é, efetivamente, percebida.<br />

somente é reconhecida pelo próprio setor<br />

mas desconhecida pelo consumidor (cliente<br />

final). A construção da Imagem de Marca<br />

perante os clientes, nestes casos, leva anos<br />

a ser conseguida.<br />

Ter uma IC uniforme em toda a comunicação<br />

da empresa é, tal como já referimos, muito<br />

relevante, mas a dimensão da IC no impacto<br />

do negócio não deverá ser encarado como<br />

algo estático ou cíclico. Quando, atualmente,<br />

a comunicação online (via site próprio da<br />

empresa; via site da rede oficinal a que se<br />

pertence; Via Facebook) é tão ou mais importante<br />

do que a comunicação tradicional.<br />

Nestes meios, à custa da sua própria dinâmica,<br />

é inevitável a Identidade da Marca<br />

estar em constante adaptação.<br />

Da mesma forma que o ciclo de vida <strong>dos</strong><br />

produtos tem vindo a diminuir ao longo <strong>dos</strong><br />

anos, a adaptação da Imagem da Marca tem,<br />

também, sofrido pressões nesse sentido.<br />

Gostaríamos de dar, neste caso, um exemplo<br />

que nos parece muito atual. O negócio das<br />

casas de pneus (assim foram conhecidas<br />

durante décadas) tem sofrido grandes alterações<br />

nos últimos anos. Primeiro, entrou<br />

no negócio <strong>dos</strong> pneus a chamada nova<br />

distribuição (Norauto; Roady; Feu Vert; Midas).<br />

Depois, ou quase em simultâneo, um<br />

novo canal de distribuição apareceu a vender<br />

pneus: as vendas online (Pneucity, por<br />

exemplo). Hoje, alguns fabricantes de pneus<br />

dispõem de conceitos de centros auto para<br />

os seus parceiros de sempre (as casas de<br />

IC DEVERÁ TRANSMITIR<br />

EVOLUÇÃO DA EMPRESA<br />

Conforme mencionado no início deste artigo, a<br />

Imagem Corporativa é um ativo do negócio. É<br />

como tal que deverá ser sempre tratada.<br />

Devemos ter em conta o passado da empresa<br />

e aquilo que foi a Imagem de Marca da organização<br />

no seu processo de desenvolvimento.<br />

A IC deverá transmitir essa evolução. Note-<br />

-se que designamos evolução e não revolução.<br />

Essa, se por vezes é necessária, impondo<br />

uma rotura com o passado - quando se trata<br />

de um “passivo” pesado, ao invés de um ativo<br />

– em muitos casos a melhor solução é fazer a<br />

IC evoluir em conformidade com a mudança,<br />

inovação e competitividade.<br />

Esta nova sociedade, assente numa “efervescência”<br />

de circulação de informação, caracterizada<br />

pela instantaneidade e globalidade<br />

mas, também, pela sua célere desatualização,<br />

vem transformar, inequivocamente, o mundo<br />

empresarial. Estamos perante a imposição de<br />

alteração de hábitos e atitudes que em nada<br />

compactuam com o conformismo e com a<br />

alheação. Há que manter uma empresa com<br />

espírito moderno, empreendedor, na vanguarda<br />

da tecnologia e do serviço ao cliente. Se a<br />

empresa evolui, se os seus quadros têm formação<br />

contínua, se estamos perante um quadro<br />

de globalização, a IC tem de ser o espelho<br />

da sua “(longa) vida no mercado”. u<br />

Pode acontecer o consumidor formar uma<br />

Imagem diferente da identidade pretendida<br />

pela empresa.<br />

Eis um exemplo típico do que acima expomos:<br />

uma empresa do setor de reparação<br />

automóvel investe fortemente numa IC que<br />

pneus), com um forte incentivo ao alargamento<br />

<strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong> à mecânica<br />

rápida. Uma das formas mais contundentes<br />

de conseguir mudar a Identidade da Marca<br />

perante o cliente é alterando a IC, tornando-<br />

-a mais abrangente nos serviços presta<strong>dos</strong><br />

e dissociando-a de outros conceitos anteriores<br />

mais foca<strong>dos</strong> só no negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />

Quando falamos em redução de custos, este<br />

tema é, também, importante, já que o custo<br />

da execução de um flyer ou de um outdoor<br />

(para percebermos o que está em causa)<br />

tem o mesmo custo para anunciar só pneus<br />

ou para anunciar serviços de pneus e mecânica<br />

rápida.<br />

Alguns conceitos de nicho, como os vidros<br />

ou os produtos de car care, procuram, também,<br />

encontrar serviços adicionais que<br />

consigam incorporar nas suas operações,<br />

tornando-as mais transversais nos serviços<br />

presta<strong>dos</strong> e menos dependentes <strong>dos</strong> seus<br />

negócios principais. Mas um <strong>dos</strong> obstáculos<br />

para tal processo (que, economicamente,<br />

faz todo o sentido) é a Imagem da Marca.<br />

O compromisso com o cliente.<br />

Imagine o que seria o consumidor final ver<br />

num outdoor que a “XGlass” (rede de vidros<br />

auto) agora também muda óleo e filtro por<br />

“X” euros. Quais os danos causa<strong>dos</strong> à Imagem<br />

da Marca, se esta não for cuida<strong>dos</strong>amente<br />

trabalhada para o efeito pretendido? u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | <strong>51</strong>


Técnica<br />

O que são<br />

e como<br />

funcionam<br />

Com pneus Run Flat monta<strong>dos</strong> no veículo, o condutor<br />

não terá de interromper a viagem em caso de furo, uma<br />

vez que esta tecnologia permite circular, entre 50 a<br />

250 km, dependendo do fabricante, a uma velocidade<br />

máxima de 80 km/h. Tudo sem comprometer a<br />

segurança do automóvel e <strong>dos</strong> passageiros<br />

Os pneus Run Flat dispõem de<br />

paredes laterais reforçadas para<br />

permitir que mantenham o desempenho<br />

quando se encontram<br />

esvazia<strong>dos</strong>, durante uma distância limitada<br />

e a uma velocidade restrita. A distância permitida<br />

sob estas condições pode variar em<br />

conformidade com o pneu ou fabricante de<br />

veículos em questão. O condutor pode continuar<br />

a viajar sem a necessidade de parar<br />

para reparar ou substituir o pneu vazio até<br />

que encontre um local seguro para o fazer.<br />

Os pneus Run Flat são tipicamente capazes<br />

de rolarem com uma pressão de enchimento<br />

nula a uma velocidade de 80 km/h durante<br />

uma distância máxima de 80 km. No entanto,<br />

pode variar devido à carga e à instalação no<br />

veículo, pelo que deve ser verificado o manual<br />

do veículo quanto aos limites específicos. Em<br />

caso de perda de pressão, é recomendável<br />

que repare/substitua o pneu assim que possível,<br />

em vez de conduzir com o pneu até ao<br />

respetivo limite.<br />

IDENTIFICAÇÃO DE PNEUS RUN FLAT<br />

É importante que se verifique as marcações<br />

na parede lateral do pneu quanto a informações<br />

relativas à capacidade de Run Flat de um<br />

pneu. Os pneus Run Flat aprova<strong>dos</strong> segundo<br />

a norma ISO 16992 (isto é, alcançam 80 km a<br />

80 km/h) podem ostentar o seguinte símbolo<br />

moldado na parede lateral e uma letra “F”<br />

colocada em frente à marcação do diâmetro<br />

da jante (por exemplo, 205/55 RF 16).<br />

Os fabricantes de veículos e de pneus também<br />

têm símbolos únicos para identificar<br />

este tipo de pneus, tal como RFT, RSC, SSR.<br />

O fabricante de veículos ou de pneus em<br />

questão irá efetuar recomendações quanto<br />

à capacidade de Run Flat destes produtos.<br />

Alguns fabricantes de pneus produzem pneus<br />

de mobilidade prolongada que oferecem<br />

um desempenho de rodagem mais restrito<br />

(por exemplo, 30 km a 80 km/h). Estes pneus<br />

poderão incluir um símbolo (como “EXT”) na<br />

parede lateral. O fabricante de veículos ou de<br />

pneus irá efetuar recomendações quanto às<br />

características de desempenho desses pneus<br />

quando esvazia<strong>dos</strong>.<br />

REPARAÇÃO DE PNEUS RUN FLAT<br />

Ao circular com um pneu totalmente esvaziado<br />

ou numa condição de subenchimento<br />

significativo, a estrutura interna do pneu está<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


<strong>Pneus</strong> Run Flat<br />

sujeita a esforços eleva<strong>dos</strong> e, desta forma,<br />

poderá enfraquecer e ser permanentemente<br />

danificada, tornando o pneu irreparável. Ao<br />

contrário <strong>dos</strong> pneus padrão, os sintomas de<br />

danos podem não ser visíveis nos Run Flat.<br />

Dado que cada fabricante de pneus pode<br />

utilizar soluções técnicas diferentes para fornecer<br />

a capacidade de Run Flat, a perspetiva<br />

sobre a reparação destes pneus varia no seio<br />

da indústria.<br />

Desta forma, deve consultar o fabricante da<br />

marca de pneus quanto às diretrizes para a<br />

reparação e recorrer ao manual do proprietário<br />

do veículo relativamente à utilização<br />

de pneus repara<strong>dos</strong> na viatura.<br />

Antes de realizar qualquer tarefa de reparação,<br />

o pneu deve ser removido da roda<br />

e ser alvo de uma análise interna e externa<br />

cuida<strong>dos</strong>a por um profissional de pneus. Este<br />

passo serve para assegurar que não existem<br />

danos estruturais visíveis que possam colocar<br />

impedimentos à reparação. A responsabilidade<br />

pela reparação continua a ser da oficina<br />

reparadora do pneu.<br />

RECAUCHUTAGEM DE PNEUS RUN FLAT<br />

A responsabilidade pela recauchutagem de<br />

qualquer pneu permanece do fabricante do<br />

pneu recauchutado e não do fabricante do<br />

pneu original. Devido à estrutura única <strong>dos</strong><br />

pneus Run Flat, estes não devem ser combina<strong>dos</strong><br />

com pneus padrão num veículo. Para<br />

evitar este risco, um Run Flat recauchutado<br />

deve ser identificado e comercializado pelo<br />

recauchutador como um Run Flat, não como<br />

um pneu radial padrão.<br />

SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS PADRÃO<br />

POR PNEUS RUN FLAT<br />

Consulte o fabricante de pneus ou de veículos<br />

relativamente a quais são os veículos<br />

passíveis de receber pneus Run Flat. Os Run<br />

Flat apenas devem ser instala<strong>dos</strong> em veículos<br />

equipa<strong>dos</strong> com sistema de monitorização da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus (TPMS), o qual fornece<br />

um sinal de aviso ao condutor, no caso de<br />

um sub-enchimento grave de qualquer um<br />

<strong>dos</strong> pneus. Este é necessário dado que a natureza<br />

autoportante do pneu torna difícil para<br />

o condutor saber quando a pressão de ar foi<br />

perdida, o que pode ter por resultado uma<br />

condição insegura se a velocidade do veículo<br />

não for reduzida.<br />

SUBSTITUIÇÃO DE PNEUS RUN FLAT<br />

Recomenda-se a substituição de pneus Run<br />

Flat por pneus semelhantes, mantendo, assim,<br />

a sua capacidade de Run Flat.<br />

A instalação de pneus radiais padrão em<br />

veículos originalmente equipa<strong>dos</strong> com Run<br />

Flat irá remover a capacidade de Run Flat do<br />

mesmo, potencialmente deixando o condutor<br />

imóvel em caso de esvaziamento, além de ser<br />

possível que comprometa a manobrabilidade<br />

do veículo. Recomenda-se, por conseguinte,<br />

que consulte o fabricante de veículos ou de<br />

pneu antes de substituir pneus Run Flat por<br />

pneus padrão nesses veículos.<br />

COMBINAR PNEUS RUN FLAT<br />

COM PNEUS PADRÃO<br />

As características de desempenho e manobrabilidade<br />

<strong>dos</strong> Run Flat são diferentes<br />

das de pneus radiais padrão e, assim, estes<br />

não devem estar combina<strong>dos</strong> num mesmo<br />

veículo. Isto é, to<strong>dos</strong> os pneus devem ser<br />

semelhantes a nível de estrutura.<br />

MISTURAR MARCAS DIFERENTES<br />

DE PNEUS RUN FLAT<br />

Assim como com pneus padrão, diferentes<br />

marcas de Run Flat dispõem de características<br />

diferentes. Por conseguinte, é aconselhável<br />

que consulte o fabricante de pneus relativamente<br />

a combinar diferentes marcas de Run<br />

Flat. Recomenda-se que a mesma marca e<br />

tipo de pneu Run Flat seja instalado no eixo.<br />

Na maioria <strong>dos</strong> países europeus, não é permitido<br />

combinar diferentes marcas ou estruturas<br />

de pneus no mesmo eixo.<br />

UTILIZAÇÃO DE RUN FLAT<br />

EM VEÍCULOS TRATORES<br />

Os pneus Run Flat podem ser utiliza<strong>dos</strong> da<br />

mesma forma que um pneu padrão.<br />

No reboque, a estabilidade da combinação<br />

de automóvel/caravana (reboque) é de importância<br />

fundamental para a segurança na<br />

estrada.<br />

Enquanto um Run Flat esvaziado é concebido<br />

para suportar as exigências de um veículo<br />

sem reboque, o peso adicional da caravana<br />

irá sujeitar o pneu a níveis mais eleva<strong>dos</strong> de<br />

esforço. Em consequência, inclusive viajar a<br />

uma velocidade restrita de 80 km/h pode<br />

afetar a estabilidade da combinação de automóvel/caravana.<br />

Para evitar este potencial perigo, recomenda-<br />

-se que a distância percorrida e a velocidade<br />

exercida com o pneu Run Flat esvaziado sejam<br />

reduzidas e que seja tomada uma ação<br />

mais imediata para reparar/substituir o pneu<br />

esvaziado.<br />

UTILIZAÇÃO DE PNEUS RUN FLAT<br />

EM CARAVANAS E REBOQUES<br />

Os pneus Run Flat apenas devem ser instala<strong>dos</strong><br />

em veículos com sistema de monitorização<br />

da pressão <strong>dos</strong> pneus (TPMS), com<br />

aviso sonoro/visual para condutores de um<br />

pneu a esvaziar. Até ao momento, não existem<br />

caravanas ou reboques equipa<strong>dos</strong> com<br />

sistemas TPMS. Desta forma, não devem ser<br />

instala<strong>dos</strong> pneus Run Flat nos mesmos. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Avaliação obrigatória<br />

Segunda vida<br />

Mais evoluído, mas menos atrevido. Quatro anos depois do lançamento do modelo<br />

original, a Citroën atribuiu ao C4 Cactus uma segunda vida, reinterpretando o conceito<br />

desta berlina compacta, ultra-confortável e com carácter único. Na versão 1.2 PureTech<br />

Feel Business com caixa automática de seis velocidades, custa €18.057<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

nova geração (segunda) do<br />

C4 Cactus representa uma<br />

profunda mudança no<br />

conceito que celebrizou o<br />

modelo original, passando<br />

a adotar novos códigos no seu segmento<br />

em termos de tecnologia e mecânica, diferenciando-se<br />

da concorrência pelo carácter<br />

único e pelo conforto.<br />

Mantendo alguma ousadia (ainda que mais<br />

controlada, bem mais....) e a modernidade, o<br />

design exterior do novo C4 Cactus evoluiu,<br />

reforçando o seu estatuto. Já o interior, imerge<br />

os seus ocupantes numa espécie de “casulo”,<br />

onde os novos bancos Advanced Comfort<br />

assumem forte protagonismo. No capítulo<br />

mecânico, o novo C4 Cactus beneficia do programa<br />

Citroën Advanced Comfort e estreia as<br />

suspensões de Batente Hidráulico Progressivo<br />

(Progressive Hydraulic Cushions - PHC), assumindo<br />

um efeito de “tapete voador”.<br />

Realidade ou ficção, a verdade é que esta<br />

berlina que concorre no segmento C ditará,<br />

seguramente, a tendência para, pelo menos,<br />

os próximos quatro anos. À venda desde o<br />

passado mês de abril, está disponível com<br />

quatro linhas de equipamento, três motorizações<br />

e três tipos de transmissão. Em opção,<br />

pode ser configurado com vários conteú<strong>dos</strong>.<br />

Dependendo do nível escolhido pelo cliente,<br />

pode ser requisitado com tejadilho em vidro<br />

panorâmico, Citroën Connect Box ou Citroën<br />

Connect Nav, Grip Control, pintura metalizada<br />

ou nacarada. Além de um conjunto alargado<br />

de packs com diversos conteú<strong>dos</strong> e tecnologias<br />

associadas.<br />

w MUDANÇA DE RUMO<br />

Face ao modelo da anterior geração, o novo<br />

C4 Cactus perdeu os grandes Airbump (almofadas<br />

de ar aplicadas nas portas e para-<br />

-choques) e as barras pretas no tejadilho.<br />

Seguindo a mesma tendência adotada no<br />

C3, assinala uma mudança de rumo face<br />

ao modelo original. Perdeu a irreverência e<br />

o ar de SUV, ganhou modernidade e uma<br />

presença mais “burguesa”. O novo C4 Cactus<br />

impõe, de modo natural, a sua diferença atra-<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech Feel Business<br />

proporções da carroçaria.<br />

Os elementos gráficos típicos do universo<br />

Citroën realçam a sua carroçaria fluida, tais<br />

como os pequenos Airbump na secção inferior<br />

das portas, a cintura vidrada contínua, o<br />

tejadilho flutuante, a ampla frente em dois<br />

patamares ou ainda a assinatura luminosa<br />

em LED com efeito 3D na traseira. O novo C4<br />

Cactus apresenta-se em 31 combinações de<br />

personalização exterior, com nove tons de<br />

carroçaria e quatro Packs Color com refina<strong>dos</strong><br />

tons colori<strong>dos</strong>, permitindo aos clientes criar<br />

uma viatura à sua própria imagem.<br />

O habitáculo, funcional, puro e amplo, transmite<br />

serenidade logo ao primeiro olhar. São<br />

propostas nada menos do que cinco atmosferas<br />

interiores, qualitativas e distintivas,<br />

que garantem luminosidade, suavidade e<br />

requinte. As alterações são visíveis, desde<br />

logo, no grafismo e nas cores do painel de<br />

instrumentos e consola central, nos padrões<br />

<strong>dos</strong> bancos e em alguns materiais aplica<strong>dos</strong>.<br />

Os vidros traseiros continuam a dispor de<br />

abertura a compasso e o acompanhante<br />

continua a não ter espelho de cortesia, mas<br />

já existem luzes de leitura nos lugares posteriores.<br />

O tablier e painéis das portas mantém<br />

o traço do modelo original, bem como<br />

o porta-luvas. A habitabilidade e a mala não<br />

evoluiu nem regrediu, a postura ao volante<br />

continua correta e os materiais foram alvo<br />

de uma atualização, à semelhança do que<br />

aconteceu com os equipamentos e os dispositivos<br />

de assistência à condução.<br />

w CONFORTO PRIMEIRO<br />

O novo C4 Cactus eleva o conforto a uma<br />

nova dimensão. Explorando to<strong>dos</strong> os componentes<br />

do programa Citroën Advanced<br />

Comfort, esta segunda geração estreia, na<br />

Europa, um conjunto de avanços tecnológicos<br />

ao serviço de um conforto moderno<br />

e global. De acordo com a Citroën, garante<br />

uma suavidade em estrada fora do comum<br />

com a introdução das suspensões com Batente<br />

Hidráulico Progressivo (Progressive<br />

Hydraulic Cushions - PHC), que filtram as<br />

irregularidades do piso, dando a impressão<br />

de se viajar em cima de um tapete voador.<br />

Este novo modelo conta ainda, em estreia<br />

mundial, com os novos bancos Advanced<br />

Comfort, que proporcionam um conforto de<br />

contacto e postural de primeiro plano. E para<br />

o leque de elogios ser ainda maior, a marca<br />

francesa faz questão de afirmar que o novo<br />

C4 Cactus também dá um salto geracional<br />

em termos de insonorização e de equipamentos<br />

do quotidiano, garantindo uma<br />

A segunda geração<br />

do C4 Cactus evoluiu<br />

em to<strong>dos</strong> os domínios,<br />

mas representa uma<br />

profunda mudança<br />

no conceito que<br />

celebrizou o modelo<br />

original, lançado há<br />

quatro anos<br />

vés de uma nova frente ampla e expressiva,<br />

flancos redesenha<strong>dos</strong> e uma secção traseira<br />

generosa e linear, incorporando novas luzes<br />

de LED com efeito 3D.<br />

Segundo a Citroën, este novo modelo renova<br />

com frescura os códigos muito rígi<strong>dos</strong> do<br />

segmento das berlinas compactas, através de<br />

um equilíbrio de formas e volumes repletos,<br />

propondo uma silhueta pura e monolítica.<br />

Com uma distância entre eixos de 2,59 m e<br />

projeções curtas, garante dimensões contidas,<br />

assegurando agilidade e maneabilidade,<br />

mantendo a habitabilidade que é esperada<br />

neste segmento. Ligeiramente mais comprido<br />

do que o modelo da anterior geração, aposta,<br />

nesta versão, nas mesmas jantes e em iguais<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Avaliação obrigatória<br />

Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech Feel Business<br />

Goodyear EfficientGrip<br />

Tecnologia FuelSaving<br />

w O novo Citroën C4 Cactus que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />

com Goodyear EfficientGrip, de medida 205/50R17 89V, em ambos<br />

os eixos. Combinando uma estrutura leve com um composto avançado<br />

do piso, este pneu necessita, de acordo com o seu fabricante, de menos<br />

energia para rolar. O que acaba por traduzir-se em custos mais baixos com<br />

combustível e em emissões de CO2 mais reduzidas a cada viagem. Já o<br />

composto de sílica do piso, alonga a vida útil do pneu, evitando que seja<br />

necessário trocá-lo num curto espaço de tempo. Dotado de uma superfície<br />

de piso única e de uma disposição das lamelas que dispersa a água de forma<br />

eficaz, o EfficientGrip anuncia melhor desempenho em piso molhado e<br />

distâncias de travagem mais curtas comparativamente a outros pneus da<br />

sua classe. A condução confortável e silenciosa que a Goodyear reivindica<br />

para este modelo deve-se ao design escolhido para os blocos.<br />

Os materiais e as<br />

cores também foram<br />

alvo de atualização.<br />

Agora, existem luzes<br />

de leitura nos lugares<br />

posteriores. O design<br />

continua atraente<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

Cilindrada (cc) 1199<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

3 cilindros em linha, trans., diant.<br />

75,0x90,5<br />

Taxa de compressão 10,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 205/1500<br />

Distribuição<br />

Alimentação<br />

Sobrealimentação<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

Assistência<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,9<br />

2 v.e.c., 12 válvulas<br />

injeção direta de gasolina<br />

turbocompressor + intercooler<br />

dianteira com ESP<br />

automática de 6+ma<br />

pinhão e cremalheira<br />

sim (elétrica)<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (266)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (249)<br />

ABS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

sim, com REF+AFU<br />

McPherson<br />

travessa deformável<br />

sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 188<br />

0-100 km/h (s) 11,0<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extraurbano/combinado/urbano 4,6/5,1/6,2<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 117<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4170/1729/1480<br />

Distância entre eixos (mm) 2595<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1477/1477<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) 348-1170<br />

Peso (kg) 1145<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 10,40<br />

Jantes de série<br />

6 1/2Jx17”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 205/50R17<br />

PNEUS TESTE<br />

Goodyear EfficientGrip<br />

total descontração aos seus passageiros,<br />

graças a 12 sistemas de ajuda à condução e<br />

a três tecnologias de conectividade.<br />

Os motores, potentes e eficientes, também<br />

contribuem para a elevada agradabilidade<br />

geral e serenidade de condução. Na versão<br />

aqui em apreço, equipada com o bloco de<br />

três cilindros 1.2 PureTech de 110 cv, com<br />

injeção direta de gasolina, turbocompressor<br />

e função start/stop, as prestações são<br />

francamente interessantes e os consumos<br />

comedi<strong>dos</strong>. Em vez de caixa manual de cinco<br />

velocidades, esta unidade dispõe da nova<br />

caixa automática de seis relações. Rápida e<br />

inteligente, nada tem a ver com a indecisão<br />

e com a falta de suavidade da caixa manual<br />

robotizada que estava disponível nas versões<br />

Diesel do modelo da anterior geração.<br />

Na estrada, o novo C4 Cactus revela-se um<br />

automóvel confortável, seguro e fácil de<br />

conduzir, mas sem ser propriamente entusiasmante.<br />

Contudo, está mais refinado e<br />

acutilante, fruto, também, de um isolamento<br />

acústico que é parte <strong>dos</strong> elementos essenciais<br />

de conforto em marcha. O novo C4 Cactus<br />

beneficiou de um trabalho global neste domínio,<br />

nomeadamente pela adoção de vidros<br />

mais espessos, “encapsulamento” <strong>dos</strong> vidros<br />

traseiros, juntas de estanquidade em todas<br />

as portas e para-brisas acústico. Por dentro,<br />

recorreu ao reforço de materiais no tablier<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €93,27<br />

205/50R17 89V<br />

Preço (sem despesas) €18.057<br />

Unidade testada €18.057<br />

e na própria conceção do painel de bordo.<br />

O novo C4 Cactus fornece, assim, aos seus<br />

passageiros um isolamento otimizado em<br />

andamento, com uma significativa redução<br />

de ruí<strong>dos</strong> de rolamento e aerodinâmicos, bem<br />

como um isolamento melhorado ao nível da<br />

transmissão de ruí<strong>dos</strong> do bloco do motor e<br />

do piso. O preço, esse, mantém-se apelativo:<br />

€18.057 na versão 1.2 PureTech Feel Business<br />

com caixa automática. ♦<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Kia Sorento 2.2 CRDi Premium<br />

Pacote completo<br />

Hyundai i30 Fastback 1.4 T-GDI Style<br />

Silhueta desportiva<br />

w Depois <strong>dos</strong> modelos de cinco portas e carrinha, eis o Fastback.<br />

Que não deixa de ser, também, um cinco portas, é um facto,<br />

mas exibe uma silhueta mais desportiva. Segundo a Hyundai,<br />

consiste numa declaração única de estilo, sendo elegante e<br />

perfeitamente proporcionado. Concordamos. E, dentro em<br />

breve, chegará a musculada versão N para esta carroçaria. Equipado<br />

com jantes de 18”, o i30 Fastback, aqui representado pelo<br />

nível Style, desperta curiosidade e consegue ser o centro das<br />

atenções. Por dentro, não existem praticamente alterações em<br />

relação ao i30 “original”. A não ser no volume da bagageira, que<br />

consegue ser superior. O posto de condução continua muito<br />

bom, a qualidade pauta-se<br />

pelo razoável e no que toca<br />

a conectividade e tecnologia,<br />

praticamente nada falta a este<br />

modelo sul-coreano. Depois,<br />

em termos dinâmicos, facilidade<br />

e conforto são as palavras<br />

de ordem. Não sendo<br />

propriamente envolvente, o<br />

i30 Fastback, apesar de estar<br />

equipado com o motor 1.4 T-GDI de 140 cv com injeção direta<br />

de gasolina, carece de maior <strong>dos</strong>e de diversão. A caixa manual<br />

de seis velocidades até tem um escalonamento correto e a<br />

direção não é demasiado filtrada, mas este familiar compacto<br />

incentiva muito mais a adotar uma condução descontraída<br />

do que desportiva. Contudo, as prestações são interessantes<br />

e os consumos comedi<strong>dos</strong>.<br />

w Na sua evolução de 2018, o SUV de maior porte da Kia oferece<br />

o pacote completo. Com sete lugares, espaço à descrição, equipamento<br />

de topo, motor Diesel de 2,2 litros com 200 cv (que<br />

traz agora acoplada uma caixa automática de oito velocidades),<br />

sete anos de garantia e uma campanha de desconto, o revisto<br />

Sorento tem tudo para seduzir os apreciadores deste tipo de<br />

veículos. Ou melhor, quase tudo, uma vez que o desempenho<br />

dinâmico não é propriamente acutilante nem envolvente,<br />

já que a suspensão revela<br />

muita dificuldade em<br />

controlar os movimentos<br />

da imponente carroçaria,<br />

que, diga-se em abono da<br />

verdade, tem na apelativa<br />

grelha frontal a sua secção<br />

mais interessante. O posto<br />

de condução do revisto Sorento<br />

é de bom nível, tal<br />

como as prestações do motor e os consumos. Já no que toca<br />

a construção, a existência de alguns materiais menos aprimora<strong>dos</strong><br />

demonstra que ainda existe caminho a percorrer neste<br />

domínio. Depois, outro fator, quiçá, mais ingrato: o preço. É<br />

certo que se ajusta a tudo o que é proposto, mas €50.570 não<br />

deixam de ser... €50.570. Um valor que já entra no campo das<br />

propostas germânicas, menos equipadas, é certo, mas com<br />

outro tipo de argumentos. A começar pela imagem de marca.<br />

Um “estigma” que, para muitos, ainda continua a ditar as regras<br />

na hora de se optar por um SUV.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1353<br />

Potência máxima (cv/rpm) 140/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 242/1500<br />

Velocidade máxima (km/h) 208<br />

0-100 km/h (s) 9,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,7<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 134<br />

Preço €26.550<br />

IUC €157,01<br />

<strong>Pneus</strong> teste Michelin Pilot Sport 4<br />

225/40ZR18 92Y XL<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2199<br />

Potência máxima (cv/rpm) 200/3800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 441/1750-2750<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 9,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,2<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 164<br />

Preço €50.570<br />

IUC €224,98<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Kumho Crugen HP91<br />

235/55R19 101V<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Mercedes-Benz E 350d 4Matic Cabriolet<br />

Estrela cintilante<br />

Seat Ibiza 1.6 TDI FR<br />

Bom para as curvas<br />

w Mesmo na carroçaria de cinco portas, o Ibiza 1.6 TDI, com a especificação<br />

FR, é bom para as curvas. Para mais, estando equipado<br />

com opcionais jantes de 18”, que complementam o amortecimento<br />

firme da suspensão, a precisão da direção, a eficácia <strong>dos</strong> travões<br />

e as boas prestações <strong>dos</strong> 115 cv (bem explora<strong>dos</strong> por intermédio<br />

de uma caixa manual de seis velocidades, dispondo este bloco<br />

de quatro cilindros de função start/stop). É muito fácil usufruir de<br />

momentos de pura diversão ao volante. Sobretudo, quando o condutor<br />

está bem sentado e não demora muito a encontrar a postura<br />

ideal. O conforto situa-se num<br />

patamar razoável, tal como<br />

o espaço interior e o volume<br />

da bagageira. No que toca a<br />

segurança e equipamento, o<br />

Ibiza não deixa os seus créditos<br />

por mãos alheias. Depois,<br />

em termos de construção, é<br />

notória a evolução que este<br />

utilitário tem vindo a sofrer<br />

ao longo <strong>dos</strong> anos. Terminamos este pequeno teste com o fator<br />

mais subjetivo, mas quiçá mais importante (e visível): a estética.<br />

Pintado da opcional cor azul “Mystery” (€425), o Ibiza está cada<br />

vez mais parecido com o seu “irmão do meio”, o Leon. A assinatura<br />

de LED confere-lhe uma imagem de sofisticação, à qual se junta<br />

o traço desportivo conseguido à custa de detalhes específicos<br />

da versão FR. Até o preço está a condizer: €24.250 (sem despesas<br />

nem extras) é um valor atrativo.<br />

w Não bastava ser descapotável de quatro lugares e chamar-<br />

-se Mercedes-Benz, como ainda dispõe de tração integral<br />

permanente, motor V6 Diesel de 258 cv (que traz acoplada<br />

caixa automática de nove velocidades) eleva<strong>dos</strong> níveis de<br />

comodidade e requinte, visual atraente e um compêndio<br />

de tecnologia de fazer inveja. O E 350d 4Matic Cabriolet é,<br />

de facto, um automóvel sedutor. Pela elegância que exibe,<br />

pela construção de referência que ostenta, pela segurança<br />

acima de qualquer suspeita<br />

que proporciona, pelo posto<br />

de condução ergonómico<br />

que oferece, pelo espaço<br />

bastante razoável para<br />

ocupantes e bagagem que<br />

tem, pelo desempenho<br />

dinâmico eficaz que eleva<br />

o ego de quem está sentado atrás do volante. Só quem<br />

nunca conduziu um automóvel deste calibre é que poderá<br />

achar estranho to<strong>dos</strong> estes adjetivos. Claro que o preço a<br />

que é comercializado está à altura de tamanhos desígnios<br />

(€91.436 sem extras), mas outra coisa não seria de esperar.<br />

Mesmo com a avalanche de potência e binário, o E 350d<br />

4Matic Cabriolet consegue manter os consumos em níveis<br />

muito aceitáveis. E para circular de cabelos ao vento, basta<br />

premir um botão e esperar alguns segun<strong>dos</strong>. Mesmo com<br />

a capota para baixo, este cabrio não perde a compostura<br />

nem a rigidez é muito afetada. O elevado estatuto que tem<br />

esta estrela cintilante torna a relação com o condutor num<br />

caso muito sério de amor à primeira vista.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/3250-4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3200<br />

Velocidade máxima (km/h) 195<br />

0-100 km/h (s) 10,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 102<br />

Preço €24.250<br />

IUC €127,44<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Bridgestone Turanza T001<br />

215/40R18 89W<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

6 cil. em V a 72° Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2987<br />

Potência máxima (cv/rpm) 258/3400<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 620/1600-2400<br />

Velocidade máxima (km/h) 250<br />

0-100 km/h (s) 6,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 6,5<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 170<br />

Preço €91.436<br />

IUC €554,61<br />

<strong>Pneus</strong> teste fr. ‐ tr. Michelin Pilot Sport 3, 245/35R20<br />

95Y XL - 275/30R20 97Y XL<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Agosto 2018


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