OPINIÃO
Mudanças inquietantes
nos impõem desafios
A nosso ver, será uma
transformação adequada a
cada região do planeta e das
peculiaridades de cada país
MIGUEL TRANIN*
Diante da realidade
atual do setor sucroenergético,
que
passa por inúmeros
desafios, o momento de dificuldades
e incertezas deve
ser aproveitado naturalmente
como um importante aprendizado,
do qual extrairemos
as lições e as experiências
para chegarmos a um ambiente
mais estável.
A constância do aprender e
do reaprender faz parte do
nosso dia a dia; reciclar conhecimentos
e buscar soluções
e inovações sustentáveis,
também.
De toda forma, é inquietante
a mudança que se observa
pelo mundo, com a onda
verde, buscando-se, de energias
alternativas, algo que,
com certeza, nos levará a
uma transformação muito
significativa nos próximos
anos. A nosso ver, será uma
mudança adequada a cada
região do planeta e das peculiaridades
de cada país.
No Brasil, que possui uma indústria
automobilística de
base, há de se pensar nos
impactos sociais e econômicos
que serão provocados
por esses novos tempos.
Mas aqui, em especial, se
vislumbra uma grande oportunidade,
por se contar com
um combustível renovável e
um parque industrial estruturado.
Referimo-nos ao veículo
híbrido flex, que consome
etanol com baixíssima
emissão.
Experiências têm demonstrado
que esse veículo a etanol
emite cerca de um terço
a menos de gramas de gás
carbônico equivalente/quilômetro
do que um veículo elétrico
europeu (considerando
a fonte de energia elétrica na
UE). Nosso híbrido flex revela-se
ainda mais econômico,
sendo que a indústria
nacional detentora dessa tecnologia
poderá, assim, não
apenas ter prosseguimento,
como também incrementar a
sua atividade.
Especialistas projetam um
grande potencial para essa
opção tecnológica até, pelo
menos, 2040, quando, segundo
eles, a tecnologia/fator
custo-benefício dos veículos
elétricos com fonte na energia
solar vai passar a dominar
o mercado, principalmente
pela sua eficiência.
No entanto, quando falamos
em energia elétrica no Brasil,
a certeza é de que será necessário
investir muito em geração
e em transmissão, uma
vez que continuamos ainda
no limite do risco de apagões,
É preciso pensar em produtos alternativos,
com maior valor agregado, atrelado ao
crescimento mundial da demanda por
produtos renováveis e recicláveis "
em especial se houver um
ciclo de crescimento do País.
Considerando que apenas
vinte anos nos separam dessa
realidade, não temos ainda
uma resposta quando nos
perguntamos: qual o horizonte
de investimentos nesse
prazo?
Por outro lado, contamos, no
Brasil, com um programa
que é fruto de uma grande
união nacional pelos biocombustíveis,
setores sucroenergéticos
e de biodiesel,
que se soma ao trabalho do
Ministério das Minas e Energia,
Empresa de Pesquisa
Energética e Agência Nacional
de Petróleo e Gás. Tratase
do RenovaBio, que, se receber
incentivos e a esperada
continuidade na sua implantação,
poderá reduzir ou
eliminar a dependência governamental,
por meio da
comercialização dos CBios .
Nesse cenário, o etanol de
cana-de-açúcar enfrenta
também o desafio trazido
pelo etanol de milho, que, se
antes era uma realidade apenas
nos EUA, agora já se
transformou em um concorrente
no mercado brasileiro,
onde passou também a ser
produzido em escala.
(*) Miguel Rubens Tranin é
presidente da Alcopar. Publicado
originalmente na
Revista Opiniões.
2
Jornal Paraná
SAFRA
Canaviais retomam
crescimento com chuvas
Paraná já está com mais do que
metade da safra de cana-de-açúcar
colhida, 53,4% do total até o dia 31/7
As chuvas retornaram
de forma mansa, generalizada
e bem distribuída,
somando
entre 100 a 130 milímetros na
média, conforme a região, o
que é um bom volume, afirmou
o engenheiro agrônomo
e presidente da Alcopar, Miguel
Tranin, mas, destacou, é
fundamental que continuem a
ocorrer dentro da normalidade
para que os canaviais voltem
a se desenvolver bem.
“Essas chuvas trouxeram alívio
no campo. É preciso
aguardar a reação do canavial
para avaliar o impacto sobre a
safra atual e sobre a próxima
safra, mas o setor no Paraná
já vinha se trabalhando com a
perspectiva de uma perda de
5% a 10% na produção, conforme
a região. A cana perdeu
muita umidade e teve seu desenvolvimento
atrasado, principalmente
as lavouras cortadas
neste período mais seco”,
avaliou o presidente da
Alcopar.
As usinas também já retomaram
o plantio de mudas de cana
nas áreas de reforma. Tinha
usina que estava com o
trabalho parado a mais de 30
dias. “Essa estiagem prejudicou
muito também a renovação
dos canaviais”, citou Tranin.
Por conta do envelhecimento
ocorrido nos últimos
anos e a consequente queda
de produtividade, “as usinas
vinham priorizando os investimentos
em renovação da cana”,
disse, ressaltando que
agora depende de o clima ajudar
para que se consiga plantar
tudo que estava previsto.
Com pouco mais do que metade
da safra colhida, 53,4%,
até o dia 31/7 tinha sido moído,
na safra 2018/19, o total
acumulado de 19.649.708 toneladas
de cana-de-açúcar
dos 36.762.900 toneladas
esperadas este ano. Comparando
com as 17.255.426 toneladas
registradas no mesmo
período do ano safra
2017/18, o aumento é de
13,9%, mostrando o ritmo
acelerado da colheita este
ano.
Por conta da estiagem que
marcou a quinzena, a qualidade
da matéria prima vinha
sendo boa. A quantidade de
Açúcares Totais Recuperáveis
(ATR) por tonelada de cana
no acumulado da safra
2018/19 ficou no período
4,5% acima do valor observado
na safra anterior, totalizando
138,43 kg de ATR/t de
cana, contra 132,52 kg ATR
em 2017/18.
Com esse volume de cana
foram produzidas 1.157.831
toneladas de açúcar, volume
10,7% menor em relação ao
mesmo período no ano passado,
mostrando que se tem
priorizado a produção de etanol,
destinando somente
44,49% da matéria prima
para a produção da commodity.
A expectativa é encerrar
o ano com a produção de
2,589 milhões de toneladas.
Já de etanol total foram industrializados
879,176 milhões
de litros dos 1,336 bilhão
esperados. Deste total,
310,480 milhões de litros são
de etanol anidro (misturado à
gasolina) até a data, e
568,696 milhões de litros são
de hidratado.
Esta antecipação da safra,
por causa das duas estiagens
seguidas ocorridas, tem preocupado
o setor. “Num primeiro
momento, o tempo
mais seco favoreceu a maturação
da cana, concentrando
mais açúcar, mas a colheita
acelerou tanto que possivelmente
as usinas terão que reduzir
a velocidade da moagem
para não colher cana
fora do período ideal de desenvolvimento
e maturação”,
afirmou Tranin.
Jornal Paraná 3
CENTRO-SUL
Venda de hidratado bate novo recorde
Competitividade do renovável nos
postos é a melhor nos últimos oito
anos. Mais de 60% da cana segue
direcionada à produção de etanol
Ovolume de etanol total
comercializado pelas
unidades produtoras
do Centro-Sul atingiu
1,5 bilhão de litros na segunda
quinzena de julho, quase 35%
superior ao resultado observado
no mesmo período de
2017. Esse significativo crescimento
decorre do volume recorde
de etanol hidratado comercializado
ao mercado interno
na segunda metade de julho:
930,40 milhões de litros.
Esse aumento expressivo nas
vendas de hidratado remete à
competitividade do produto
frente à gasolina na maior parte
do mercado brasileiro. Pesquisa
da Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), com dados
compilados pela Unica, indica
uma paridade média de 62%
entre os combustíveis no Brasil,
muito aquém do rendimento
técnico médio de 73%, ao longo
da semana de 29 de julho a
4 de agosto.
Em pelo menos seis Estados -
São Paulo, Paraná, Minas Gerais,
Mato Grosso, Goiás e Rio
de Janeiro - a competitividade
do renovável nos postos tem
sido a melhor ao longo desta
década. Por exemplo, na capital
paulista e em cidades do interior
do Estado, a relação tem
estado abaixo dos 60%.
Para o diretor Técnico da Unica,
Antonio de Padua Rodrigues,
“nesse momento, abastecer
com o etanol gera uma
importante economia ao consumidor,
além dos inúmeros
benefícios ambientais e de saúde
pública proporcionados pelo
consumo de uma fonte de
4 Jornal Paraná
energia limpa e renovável.” Importante
destacar também a
contribuição do etanol anidro,
aquele misturado à gasolina,
para atenuar o preço do combustível
fóssil nas bombas,
concluiu.
Tomando-se os preços da última
semana e comparando esses
valores com o rendimento
médio dos veículos, é possível
concluir que um proprietário de
carro flex com consumo médio
de 200 litros de combustível por
mês está obtendo uma economia
média de R$ 120 mensalmente
pelo uso do etanol.
Aplicando a mesma lógica a
todo o volume de hidratado comercializado
pelas usinas do
Centro-Sul no último mês, chegamos
a uma economia de R$
970 milhões proporcionada
pelo biocombustível.
Em relação ao anidro, as vendas
ao mercado interno alcançaram
407,40 milhões de litros
na última de metade de julho,
registrando crescimento de
20% em relação ao volume comercializado
nas duas quinzenas
anteriores. Esse aumento
é explicado especialmente pela
maior quantidade de etanol
transferida à região Norte-Nordeste
após a redução nas importações
do produto.
No total de julho, as vendas das
unidades produtoras alcançaram
2,70 bilhões de litros, sendo
253,04 milhões direcionados
à exportação e 2,45 bilhões
ao mercado interno. No
mercado interno, o volume comercializado
de anidro atingiu
748,63 milhões de litros e de
hidratado 1,70 bilhão, com
crescimento de 51,9% em relação
a julho de 2017.
A quantidade de cana-de-açúcar
processada no Centro-Sul
totalizou 47,34 milhões de toneladas
nos 15 dias finais de
julho, 6,99% inferior às 50,91
milhões de toneladas apuradas
no mesmo período do último
ano.
Quanto à produção de açúcar,
esta somou 2,61 milhões de
toneladas na segunda metade
de julho, expressiva queda de
23,65% (equivalente a mais de
810 mil toneladas) sobre o resultado
em igual período da
safra 2017/18. Em contrapartida,
a fabricação de etanol aumentou
24,66%, alcançando
2,60 bilhões de litros.
Abastecer com o etanol gera economia ao consumidor, além dos
inúmeros benefícios ambientais e de saúde pública
Para o executivo da Unica, “as
vendas de julho surpreenderam
especialmente por ser um período
de férias no Brasil”. A expectativa
é de que o volume
comercializado atinja patamares
superiores no mês de agosto,
acrescenta Padua.
No acumulado desde abril até
o final de julho, o volume comercializado
de etanol atingiu
9,24 bilhões de litros de etanol,
sendo 6,25 bilhões de hidratado
e 2,98 bilhões de anidro.
Deste total, apenas 513,06 milhões
de litros (ou seja, menos
Moagem e produção
Deste volume, 864,26 milhões
de litros correspondem ao etanol
anidro e 1,74 bilhão ao etanol
hidratado. Este último representa
um crescimento de
51,37% comparado aos 1,15
bilhão de litros registrados na
segunda quinzena de julho de
2017.
“Diante desses resultados,
menos de 40% da cana segue
direcionada à produção de
açúcar”, comenta o executivo.
Nos últimos 15 dias de julho,
38,47% da matéria-prima processada
destinou-se à fabricação
de açúcar, contra 50,35%
na mesma quinzena do ano
passado. No acumulado da
atual safra, este percentual
atinge apenas 36,52%.
Sobre o etanol de milho, sua
produção alcançou 22,87 milhões
de litros na última metade
de julho, totalizando
210,67 milhões no ciclo
2018/2019.
de 6%) destinaram-se às exportações
e 8,72 bilhões foram
direcionados ao mercado interno
- crescimento de 15,3%
em relação ao mesmo período
de 2017, com destaque para
as vendas internas de hidratado
que somaram 6,04 bilhões e
registraram aumento de 37,7%
em relação ao último ano.
No acumulado desde o início
desta safra até 1º de agosto,
a moagem totalizou 314,80
milhões de toneladas, com
14,75 milhões de toneladas
de açúcar fabricadas - frente
a 17,63 milhões no mesmo
período de 2017. No caso do
etanol, são 16,05 bilhões de
litros produzidos, dos quais
4,94 bilhões anidro e 11,11
bilhões de hidratado.
A concentração de Açúcares
Totais Recuperáveis (ATR) alcançou
150,64kg por tonelada
de cana-de-açúcar nos 15 dias
finais de julho, contra 140,21 kg
na mesma quinzena do último
ano - alta de 7,44%. No acumulado
até 1º de agosto, esse indicador
atingiu 134,67 kg por
tonelada, aumento de 5,24%
em relação à safra 2017/2018.
NOVIDADE
Alto Alegre lança Açúcar Demerara
Produto de sabor diferenciado e que preserva a melhor qualidade e os
valores nutricionais em seus cristais já vem conquistando o mercado
Com o objetivo de
ampliar o seu leque
de produtos, a Usina
Alto Alegre investiu
em um novo nicho de mercado
oferecendo ao consumidor
um produto de sabor
diferenciado e que preserva a
melhor qualidade e os valores
nutricionais em seus cristais
de coloração marrom: o Açúcar
Demerara, vendido em
embalagem de 1 kg e produzido
na unidade de Presidente
Prudente.
A comercialização da nova
linha de produto da Alto Alegre
foi iniciada em março
deste ano e já vem conquistando
os consumidores, segundo
a diretoria comercial
da empresa. O foco inicial é
o mercado de varejo interno
e tem trabalhado de forma a
agregar o Açúcar Demerara
à comercialização dos demais
produtos da marca, tradicionais
e com grande penetração
no mercado brasileiro.
Além da exportação de açúcar
a granel, a empresa atua
no varejo com a marca Alto
Alegre, oferecendo, sem contar
o lançamento, os produtos:
Açúcar Refinado Amorfo
(embalagens de 5kg e 1 kg) e
Açúcar Cristal (embalagens
de 5kg e 2 kg).
Segundo dados da empresa,
em quatro meses de vendas
efetivas, foi garantida a presença
do Açúcar Demerara
na maioria de seus clientes,
desde minimercados até
grandes redes do varejo. E o
objetivo da Alto Alegre é garantir
a presença do novo
produto em toda sua rede de
distribuição em curto espaço
de tempo. Estão sendo avaliadas
ainda outras possibilidades
de produtos e embalagens,
porém não há uma
data prevista para conclusão
dos estudos.
Com sede em Presidente Prudente,
São Paulo, município
onde também está instalada
uma unidade industrial, a usina
também possui mais três
unidades nos municípios de
Colorado, Santo Inácio e Florestópolis,
no estado do Paraná,
e pertence ainda ao
grupo a Usina Alta Mogiana,
instalada em São Joaquim da
Barra (SP).
A Alto Alegre está entre os
maiores complexos industriais
de açúcar, etanol e energia
do Brasil e está entre as
6
Jornal Paraná
primeiras marcas do segmento
de açúcar no estado
de São Paulo e nos três estados
da região Sul – Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande
do Sul.
Na última safra, encerrada em
abril deste ano, o grupo esmagou
16 milhões de toneladas
de cana-de-açúcar, com
a produção de 1,5 milhões de
toneladas de açúcar, 360 milhões
de litros de etanol hidratado
e anidro e a cogeração
de 600 mil MW/h de energia
elétrica.
Durante toda a sua existência,
a usina primou pela produção
de produtos de excelente
qualidade. Para tanto, sempre
procurou investir em modernos
equipamentos, tecnologias
de ponta para produção
de açúcar e etanol e, principalmente,
na educação de
seus funcionários, oferecendo-lhes
cursos que possibilitassem
um aprimoramento
tanto do ponto de vista técnico,
quanto do ponto de
vista administrativo, com ênfase
na educação para a qualidade.
Esta filosofia de trabalho,
além do crescimento da empresa
em termos de moagem
e produção, promoveu o desenvolvimento
de valores que
foram se fortalecendo e se
solidificando ao longo dos
tempos, tornando-se uma
cultura da empresa.
Mais informações sobre os
diferentes tipos de açúcar
podem ser obtidas no site
www.altoalegre.com.br.
Foto aérea
da unidade de
Santo Inácio
Jornal Paraná 7
TRANSPORTE
Tabela do frete é sancionada
mesmo com distorções
Ao impor valores muito acima dos praticados pelo mercado, haverá reflexos
diretos na renda do produtor rural e no aumento do preço dos alimentos
Não faltaram esforços
por parte do
setor produtivo. Na
tentativa de encontrar
uma solução para o impasse
gerado pela greve dos
caminhoneiros, a partir da
qual uma tabela de frete rodoviário
passou a ser exigida,
representantes do agronegócio
e do segmento cooperativista
brasileiro reuniram-se
no dia 1/8, no Palácio do Planalto,
com o presidente Michel
Temer.
Entretanto, no dia 9/8, o presidente
sancionou a lei que
institui valores mínimos de
fretes rodoviários praticados
no Brasil. O tabelamento de
fretes foi uma das medidas
prometidas pelo governo
após a paralisação que afetou
diversos setores da economia
nacional e provocou
desabastecimento.
No encontro em Brasília, os
cooperativistas haviam transmitido
ao presidente a dificuldade
que o setor produtivo
vem enfrentando a partir da
imposição de uma tabela para
o frete, a qual, na visão deles,
apresenta enormes distorções
e deveria ter a finalidade
de servir como uma referência.
“O setor de transporte de
cargas é muito setorizado. Há
muitas particularidades e
num país de dimensões continentais
como o Brasil, essas
especificidades só aumentam.
Não há como estabelecer
uma tabela única, por
isso esse valor deveria ser
uma referência”, ressalta Miguel
Tranin, presidente da Alcopar,
que tem acompanhado
de perto as discussões
em torno do assunto.
Ao impor valores muito acima
daqueles praticados pelo
mercado, haverá, segundo
os cooperativistas, reflexos
diretos na renda do produtor
rural e também no aumento
do preço dos alimentos, com
impacto na inflação, prejudicando
toda a sociedade.
O setor sucroenergético, a
exemplo de todo agronegócio,
também foi penalizado
com o tabelamento do frete.
Isso apesar de a maior parte
do transporte de açúcar ser
feita por ferrovias; da distribuição
do etanol ser feita pelas
distribuidoras; e de grande
parte das usinas terem
frota própria ou terceirizada
para o transporte da canade-açúcar
do campo para a
indústria e do transporte do
açúcar da indústria até os terminais
multimodais.
“Nosso maior problema é o
encarecimento dos insumos,
especialmente calcário e adubos,
o que só vem aumentar
ainda mais nossos custos de
produção e diminuir nossas
margens”, comentou o presidente
da Alcopar.
Tranin deve participar dia 27
de agosto de uma audiência
pública agendada com o ministro
Luiz Fux, do Supremo
Tribunal Federal, para discutir
o assunto entre as partes e
equacionar o problema.
Além do fato que especialistas
têm defendido que o tabelamento
do frete é inconstitucional
e que causa insegurança
jurídica, o presidente
da Alcopar aponta que os
maiores prejudicados com
isso serão os motoristas autônomos,
que na maioria
possui veículos mais antigos,
com idade média de 23 anos
e meio.
“As indústrias e empresas em
geral vão investir em frota
própria e em dois ou três
anos esse pessoal terá dificuldade
de encontrar cargas
para transporte. A situação ficará
pior do que hoje”, finalizou.
8
Jornal Paraná
MEIO AMBIENTE
Setembro é mês de semear o verde
Mais de 5 mil crianças participam de projeto de educação ambiental
realizado pela Usina Santa Terezinha em comemoração ao Dia da Árvore
DA ASSESSORIA
DE COMUNICAÇÃO
Por sete anos seguidos,
a Usina Santa
Terezinha tem investido
em atividades
educativas, culturais e plantio
de árvores com alunos da
rede municipal de ensino do
Paraná e Mato Grosso do Sul.
Este ano, serão mais de 30
escolas participantes do projeto,
contemplando cerca de
5.000 alunos e alunas dos 3º,
4º e 5º anos. São 20 municípios
e seus distritos envolvidos
em atividades que reúnem
palestras educativas,
apresentações teatrais, passeios
ecológicos, concursos
culturais com premiação e
plantio de mudas de árvores
nativas, frutíferas e ornamentais.
Desde 2012, houve 30.275
crianças participantes e
189.145 árvores plantadas
ao longo do projeto. O Semeando
o Verde é realizado pela
Usina Santa Terezinha em
parceria com secretarias municipais
de educação, IAP
(Instituto Ambiental do Paraná),
Emater (Instituto Paranaense
de Assistência Técnica
e Extensão Rural) e conta
com um patrocinador para
cada edição. Este ano, o patrocínio
é da Arysta Life-
Science.
Em comemoração ao Dia da
Árvore (21 de setembro), o
projeto tem como propósito
incentivar o desenvolvimento
de uma sociedade responsável,
promovendo às futuras
gerações o protagonismo para
ações que contribuam com
a recuperação e preservação
do meio ambiente.
Em 2017, Maringá foi um dos
municípios participantes do
Semeando o Verde, proporcionando
atividades para
mais de 300 crianças e professores
no distrito de Iguatemi
(a 20 km do centro de
Maringá). A diretora de gestão
educacional da Secretaria
Municipal de Educação de
Maringá, Maria Inês Benites
Bria, ressaltou a importância
da parceria de empresas privadas
com a Prefeitura que
reforçam o papel de todas as
esferas da sociedade na conservação
ambiental.
Ela ainda destacou que os
assuntos tratados nas atividades
intensificam conteúdos
que já fazem parte da
grade curricular dos alunos e
alunas. “A escola já faz um
trabalho de conscientização
ambiental. Mas quando o assunto
é trazido dessa forma,
colocando os alunos no centro
das ações, plantando árvores
e podendo relacionar o
que aprendem com o significado
da sustentabilidade, é
maravilhoso. E eu tenho certeza
que o resultado reflete
na produção dos trabalhos
que eles fazem para os concursos
de desenho e redação.”
Marta Maria Lopes é mãe de
uma aluna da Escola Municipal
de Serra dos Dourados
(município de Umuarama) -
Sarah Maria Lopes de Moraes.
A criança foi classificada
em primeiro lugar no
concurso de redação de 2017
e a mãe lembrou que o projeto
é sempre muito esperado
10 Jornal Paraná
pela filha. “Para mim é um orgulho
ela ganhar o concurso,
mas não é surpresa, porque
ela é muito dedicada. Ela
sempre fica ansiosa para participar
e, como se empenha
bastante nas atividades, acaba
levando o que aprende
com o projeto para a casa e
nos ensinando muito”, diz
ela.
O Semeando o Verde envolve
todas as unidades produtivas
da empresa e é realizado
com a participação de colaboradores
e voluntários integrantes
do Programa Agentes
de Mudança da Usina
Santa Terezinha.
Em 2017, o Semeando o
Verde foi certificado com o
Selo ODS (Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável),
concedido pelo Sesi (Serviço
Social da Indústria) do
Paraná em reconhecimento
a projetos que contribuem
para o alcance das metas de
sustentabilidade estipuladas
pela ONU (Organização das
Nações Unidas).
O projeto também já foi reconhecido
pelas edições
2012, 2013, 2014 e 2015 do
Selo ODM (Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio),
concedido pelo Sesi em conformidade
com as metas estipuladas
na agenda 2000-
2015 da ONU. Desde 2016,
a empresa tem planejado as
suas metas direcionadas para
a continuidade da Agenda
2030 da ONU.
A primeira semente para o
projeto foi plantada em
2005, na Unidade Ivaté, com
a realização do evento chamado
Festa Anual das Árvores.
A partir de 2012, passou
a se chamar Semeando o
Verde e foi disseminado para
todas as unidades produtivas
da Usina Santa Terezinha.
Para 2018, estima-se o plantio
de mais de 17 mil mudas
de árvores produzidas em viveiros
próprios da Usina
Santa Terezinha.
Jornal Paraná 11
DIA DO MOTORISTA
BSBIOS comemora
com atividades especiais
Fora da época da safra, diariamente 250 caminhoneiros passam pela
empresa em Passo Fundo e, mais outros 100 na unidade de Marialva/PR
No último dia 25/7,
quando é comemorado
o dia do motorista,
a BSBIOS promoveu
atividades voltadas a
quem transporta o desenvolvimento
do país. Para tanto, realizou
uma programação destinada
à integração e aos cuidados
com a saúde e bem-estar,
na unidade industrial de Passo
Fundo/RS e de Marialva/PR.
Os objetivos são de promover
a prevenção da saúde, valorizar
e agradecer o trabalho
exercido pelos motoristas.
Em Passo Fundo os motoristas
participaram de aulas de ginástica
laboral, receberam
orientações sobre cuidados
com a saúde, alimentação, verificação
de pressão arterial,
exame de hemoglicoteste –
HGT, postura, jogos, teste drive
de caminhões e corte de cabelo.
Em Marialva foram realizados
testes de HIV, Hepatite B
e C, Sífilis, verificação de pressão
arterial, exame de hemoglicoteste
- HGT e massagem.
As atividades contaram com a
parceria do SESI, Mercedes
Benz, Instituto Embelleze e Secretaria
Municipal da Saúde de
Marialva.
O Diretor Comercial da
BSBIOS, Leandro Zat, pontuou
a importância dos motoristas
para a empresa. “Neste dia
queremos agradecer a vocês
que transportam as nossas riquezas.
E, simbolizou o exercício
da profissão de todos os
caminhoneiros com três palavras:
trabalho, responsabilidade
e respeito,” salientou Zat.
O coordenador de Logística da
BSBIOS, Gustavo Santana Flores,
ressaltou ainda que a
companhia trabalha para proporcionar
as melhores condições
aos motoristas e que
outras novidades estão por vir.
O caminhoneiro Valdoir Miguel,
morador de Vera Cruz, contou
que tem cuidado pouco da
saúde. “Fazem 3 anos que não
faço qualquer exame e, são em
oportunidades assim, como a
de hoje, que devemos aproveitar
para verificar como estamos
e, nos faz refletir que precisamos
nos cuidar mais,”
contou o motorista que está há
37 anos na estrada. A mesma
afirmação foi feita por Rafael
Dalastra, de 36 anos. “Semana
passada fiz um check up e deu
parecido com os resultados de
hoje, mas antes nunca tinha
feito nada de exames,” destacou
ele preocupado com a
pressão arterial.
“A empresa está de parabéns
pela atitude, pois em momento
de crise sabemos que nem
todos fazem ou se quer lembram-se
da nossa categoria.
Pretendo aproveitar o máximo
possível, pois entendo que cuidando
da minha saúde cuido
também dos demais que estão
na estrada, não me tornando
um risco,” afirmou o motorista
Eleandro Aparecido Flores, de
53 anos, morador de Cascavel/PR.
“Os motoristas enfrentam
grandes perigos no dia a dia
nas estradas, por isso é fundamental
que possamos proporcionar
momentos que eles
possam também se dedicar a
saúde e ao bem estar,” destacou
a Gerente de SMS+Q, Larisse
Garibotti. Fora da época
da safra, diariamente, em média,
250 caminhoneiros passam
pela empresa em Passo
Fundo e, mais outros 100 na
unidade de Marialva/PR.
Vários serviços foram oferecidos
aos presentes do evento
12 Jornal Paraná
CANA-DE-AÇÚCAR
Como tornar a atividade rentável
O consultor Hilário Gonçalves falou sobre as práticas que vão garantir
o lucro e a perpetuidade do negócio em evento da Syngenta e da Alcopar
Ouso dos recursos
tecnológicos disponíveis
como
meiosi (Método
Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente),
plantio direto,
uso de mudas de canade-açúcar
pré-brotadas sadias
e rotação de culturas,
entre outros, é que vão garantir
o lucro e a perpetuidade
do negócio para o setor
sucroenergético, afirmou o
engenheiro agrônomo Hilário
Gonçalves, consultor e ex-diretor
Agrícola da Usina Alta
Mogiana (SP). Ele falou recentemente
sobre quão rentável
são essas práticas para
as empresas do setor sucroenergético
em evento da
Syngenta em parceria com a
Alcopar.
Hilário disse que uma produção
estável começa com um
bom planejamento, no médio
e longo prazos, e o capricho
na implantação da cultura,
pontos básicos para a longevidade
do canavial e um custo
competitivo. “É na implantação
da cultura ou renovação
do canavial, que está a
grande oportunidade de melhoria
do viveiro utilizando
mudas sadias. Não consigo
imaginar o negócio
Meiose é uma das sugestões
Jornal Paraná 13
CANA-DE-AÇÚCAR
sem isso. E o melhor
caminho para se ter qualidade
de muda é via Muda
Pré-Brotada. O sucesso da
atividade só é possível se
tiver uma boa base”, citou
ressaltando que o setor tem
pago um alto preço por não
ter cuidado disso. “Tem que
deixar de enterrar cana e
plantar muda”.
Isso significa também caprichar
no preparo do solo e
tratos culturais, com análise
e correção do solo com precisão,
controle de pragas,
doenças e plantas daninhas,
uso de maturadores e inibidores
de florescimento, além
de fazer uso do plantio direto,
de meiosi e de uma boa
distribuição varietal, com no
máximo 15% a 20% de cada
variedade. Sem falar no cuidado
com o stand da lavoura,
sem falhas. “As outras
culturas não convivem com
falhas, não têm tolerância,
só na cana isso acontece e
não dá para ser assim”, enfatizou
o consultor.
Segundo Hilário, a longevidade
do canavial passa pela
qualidade do plantio com muda
sadia, escolha apropriada
das variedades (mínimo risco
e máxima eficácia), qualidade
das colheitas sem arranquio
de soqueira ou pisoteio, e
qualidade dos tratos culturais
garantindo um bom stand.
“Tem que pensar em reposição
de falhas, desde que seja
viável economicamente, para
aumentar a produtividade e
longevidade do canavial”.
Mudas pré-brotadas: sucesso depende de boa base
Rotação, meiosi e plantio direto são básicos
Para o engenheiro agrônomo
e consultor, Hilário Gonçalves,
a rotação de culturas tem que
entrar em qualquer projeto e
se puder ganhar dinheiro com
as demais culturas, melhor
ainda. “Com a rotação de culturas,
o produtor ganha sempre,
mesmo que seja apenas
não perdendo o patrimônio,
que é o solo”, disse ressaltando
que não existe tecnologia
que busca a terra dentro
do rio.
Além das opções de cobertura
verde, citou o consultor, a
rotação pode ser feita com
amendoim ou soja, que tem a
vantagem de ter tecnologia,
domínio do sistema e infraestrutura
disponíveis na região e
por atender a necessidade de
faturamento na entressafra.
Hilário enfatizou, entretanto,
que a prioridade no planejamento
deve ser a cana-deaçúcar
e não as culturas intercalares,
que devem ser encaixadas
dentro das necessidades
da cultura, escolhendo
variedades de soja precoce e
fazendo uso da meiosi (Método
Interrotacional Ocorrendo
Simultaneamente). “Com
as novas variedades de soja,
melhor tratamento de semente
e maior proteção da cultura,
tem se obtido produtividades
maiores com a cultura intercalar,
em torno de 60 sacas
por hectare, o que dá boa lucratividade”.
Cana-de-açúcar deve ser prioridade no planejamento das culturas intercalares
E a meiosi deve vir acompanhada
de outras tecnologias
como o uso de piloto automático,
espaçamento adequado,
preparo localizado (canterizador),
irrigação com água de
qualidade, boa adubação, sanidade
e cuidado com a origem
da muda porque, segundo
o consultor, uma boa taxa
de multiplicação só é possível
se o produtor levar para o
campo uma boa base MPB.
“As vantagens da meiosi em
relação ao plantio convencional
é que se colhe mais cedo,
com maior produtividade, não
perde cana industrial nem volume
de produção, reduz o
custo das operações, tem
maior longevidade o canavial
e usa muda de qualidade e em
menor volume”, afirmou.
Outra recomendação feita por
Hilário é quanto ao uso de
plantio direto ou reduzido.
“Tem sido adotado com bons
resultados em outras culturas,
reduz custos de 8% a 13%,
conserva o solo, e mostra resultados
principalmente em
períodos de estiagem prolongados
ou de chuvas intensas,
mantendo a umidade do solo
por mais tempo e evitando a
erosão”, exemplificou. Isso
sem falar que há redução do
número de equipamentos
usados e operações, da potência
dos tratores, melhor
conservação da soja (cobertura
morta), maior agilidade
no plantio de soja e de cana,
melhor qualidade de sulcação
em período de estiagem.
A Syngenta atua nesse segmento
com Plene PB, uma
tecnologia inovadora de plantio,
oriunda de mudas sadias
dos viveiros Syngenta (meristemas),
tratadas de forma industrial
com tecnologias de
proteção de cultivos, proporcionando
controle de doenças
e pragas e melhor estabelecimento
da cultura, Atualmente
o Plene PB, possui alta performance
em pegamento, velocidade
de desenvolvimento
e melhor taxa de multiplicação,
promovendo excelentes
retornos em TCH e longevidade
do canavial, segundo a
empresa.
14 Jornal Paraná
É preciso redobrar a
atenção com as pragas
O sphenophorus ou bicudo tornou-se a maior preocupação dos produtores,
causando danos irreversíveis ao canavial e prejuízos consideráveis
Com a mecanização
da colheita de cana
crua, mudou completamente
a forma
de se controlar pragas da cana-de-açúcar.
Insetos de menor
importância, como o
sphenophorus (bicudo), que
eram eliminados com a queima,
tornou-se a maior preocupação
dos produtores, afirmou
Luiz Carlos Tonon, consultor
na área de entonomologia,
em evento promovido pela
empresa Syngenta e pela Alcopar
em Maringá.
Tonon alertou que é preciso
estar atento porque o sphenophorus
tem se expandido fortemente
e é uma espécie de
besouro cuja larva se desenvolve
dentro do perfilho da cana
causando danos irreversíveis
e prejuízos consideráveis.
Ele calculou que numa lavoura
com 5% de tocos infestados,
as perdas podem ser estimadas
em 4 a 6 toneladas por
hectare e se acima de 20%, 30
tonelada ou mais por hectare.
“No período de expansão da
cultura, pegou-se cana de todo
lado sem atentar para a
qualidade e sanidade da muda.
Isso lidando com um inseto
que vive um tempo considerável
na natureza. O ciclo
biológico é em torno de 70
dias (ovo - larva - pupa - adulto),
porém o adulto pode viver
aproximadamente 200 dias,
durante esse período podemos
ter até 3 gerações do inseto
colocando ovos na base
da touceira (dentro dos perfilhos),
por isso geralmente
quando a praga é identificada
no canavial, encontramos altos
índices de tocos atacados,
por isso consideramos essa
praga extremamente agressiva
para os canaviais”, disse.
Em conjunto, o sphenophorus,
a broca da cana, a cigarrinha,
o migdolus, a broca
gigante, o nematoides e outras
pragas, podem causar perdas
agrícolas de 10 a 30 toneladas
de cana por hectare ao ano,
além da redução da longevidade
do canavial e da qualidade
da matéria prima, danos
que somam R$ 7.559 milhões
em prejuízo anual.
O consultor orientou que
quando se identifica áreas
com a praga, é preciso fechar
o seu ciclo de vida, adotando
um manejo integrado, para o
que é fundamental o comprometimento
de toda a equipe,
com monitoramento das lavouras.
“Mas, temos visto redução
desse pessoal nas usinas.
Cada vez se tem menos
informações para a tomada
de decisão”, comentou, ressaltando
que o custo da equipe
é barato perto dos riscos
e das perdas que ocorrem
com todas as pragas, e que
se a equipe de monitoramento
não souber da importância
do seu trabalho, os resultados
podem ser comprometidos.
Praga é agressiva e demanda manejo integrado
Além do controle químico, é
preciso adotar um manejo integrado:
usar iscas tóxicas
para monitorar e eliminar o
adulto do sphenophorus, fazer
o controle cultural com a destruição
de soqueira, rotação
de culturas, eliminação de remanescentes,
controle de
plantas daninhas e controle
biológico, recomendou. Também
fazer o corte basal da
muda mais alto e tomar cuidado
na limpeza dos equipamentos
utilizados na área para
não propagar a praga, e usar
preferencialmente mudas sadias.
“Perdemos a mão no preparo
do solo, no uso de mudas sadias
e as consequência estão
aí. Não estamos mais fazendo
o básico. Só se pensa em
metas. E a qualidade disso
tudo? A usina terá que conviver
com a cultura por seis
anos, com boa produtividade,
para ser viável”.
Já o ataque do migolus, outra
praga importante, se dá em
reboleira, explicou o consultor,
e o controle é feito com barreira
química formando uma
lâmina de inseticida a 40 cm
de profundidade no solo.
“Menos que isso, é jogar produto
fora. A barreira tem sido
malfeita, só para dizer que fez,
por isso não funciona. O produtor
tem que ser mais técnico
no controle”, alertou
Tonon.
Para o manejo dessas pragas
importantes, a Syngenta traz
no seu portfólio o Engeo Pleno
S, um produto altamente eficaz
no controle do sphenophorus
controlando larvas e
adultos e migdolus. Outra característica
importante é o aumento
da produtividade com o
benefício do tiametoxan, que
aumenta o desenvolvimento
radicular, melhorando a absorção
de água e nutrientes do
solo.
Jornal Paraná 15
FEIRA
Setor busca mais produtividade
com agricultura digital
Ferramentas e inovações tecnológicas para melhorar o desempenho da cadeia
produtiva serão apresentadas na 26ª Fenasucro & Agrocana, que movimentará R$ 4 bilhões
ASSESSORIA DE
COMUNICAÇÃO
Decisivo para aumentar
a produtividade e
a eficiência, o conceito
de agricultura
digital ganha espaço no campo
e é tendência do setor. Novas
tecnologias que permitem,
além da instrumentação e monitoramento
de situações nas
lavouras, a coleta de dados e
a transmissão automática para
melhor acompanhamento dos
resultados em todas as etapas.
Em dez anos, segundo
dados da Unica (União da Indústria
de Cana-de-açúcar), a
produtividade dos canaviais
cresceu 5% no Brasil, índice
que poderia ser ainda mais
elevado com a utilização das
tecnologias.
E diante de um setor que está
em retomada, a busca por alternativas
e soluções movimenta
R$ 4 bilhões em 2018,
com a realização da 26ª Fenasucro
& Agrocana, a maior
feira mundial sucroenergética,
que recebe de 21 a 24 de
agosto, das 13h às 20h, no
Centro de Eventos Zanini em
Sertãozinho (SP), 40 mil visitantes
brasileiros e internacionais.
Serão mais de mil marcas
em exposição, numa área
de mais de 70 mil metros quadrados.
Monitoramento por aplicativos,
drones, câmeras e colhedoras
tecnológicas estão entre
os recursos modernos que o
setor dispõe hoje no campo.
Na cadeia produtiva sucroenergética,
a inteligência artificial
e equipamentos modernos
já ajudam a alcançar melhor
controle nos canaviais e mais
produtividade por hectare.
Dentro das unidades produtoras,
há sistemas completos de
inteligência para acompanhar
e levantar dados sobre a produção
de açúcar e etanol,
além de controle de estoques,
de equipamentos e também
de profissionais.
"O futuro do setor sucroenergético
passa pelo conceito da
agricultura digital e as inovações
tecnológicas que estarão
em exposição na feira são essenciais
para otimizar processos
e obter maiores resultados
em toda a cadeia produtiva",
diz o gerente de produto Paulo
Montabone.
Ainda segundo Montabone, a
inovação também fará parte
dos temas discutidos e apresentados
nas mais de 350 horas
de eventos de conteúdo
que neste ano a feira traz aos
seus visitantes. Seminários,
palestras na Arena do Conhecimento
e troca de informações
e experiências para o
campo e também a indústria.
Mais informações:
www.fenasucro.com.br
Feira mundial
receberá 40 mil
visitantes
compradores
Setor encontrará soluções para agricultura digital
16 Jornal Paraná
Investimento em transporte e
logística pode trazer economia
A logística está entre os principais
desafios do setor sucroenergético,
principalmente por
conta dos custos com transporte,
armazenamento e expedição
de cargas. Tudo isso
representa 30% do custo total
da produção de cana-de-açúcar
- segundo estudo da Embrapa
- e soluções que reduzam
esse índice são foco de
interesse.
Prova disso é que, 39% dos visitantes
da Fenasucro & Agrocana
têm interesse no setor de
transporte e logística. Entre esse
grupo, 80% buscam atividades
de conteúdo e 20% vão
ao evento para fazer relacionamento
e criar novas oportunidades.
Por isso, a 26ª edição da Fenasucro
& Agrocana traz novidades
voltadas a essa vertical.
Destaque será a área exclusiva
que contará com a presença
das principais marcas mundiais
montadoras de caminhões
- como Mercedes-Benz
do Brasil, Ford Caminhões e
Volkswagen Caminhões e Ônibus
- e estará localizada na
parte externa da feira.
Já as inovações por meio de
conteúdo serão apresentadas
e discutidas durante o Seminário
de Logística promovido
pelo ESALQ-LOG (Grupo de
Pesquisa e Extensão em Logística
Agroindustrial da
ESALQ/USP) em conjunto
com a Abralog (Associação
Brasileira de Logística). Serão
apresentadas tendências, tecnologias
e estratégias para
redução de custos, em uma
análise completa sobre o segmento.
Temas atuais e relevantes,
como a greve dos
caminhoneiros e alternativas
como o uso de ferrovias,
também serão discutidos.
Segundo o especialista Ricardo
Amadeu Silva, diretor
presidente da Telog-Transespecialista,
uma das expositoras
Novo pavilhão apresenta sistemas
Mercedes-Benz do Brasil está confirmada na 26ª Fenasucro & Agrocana
da feira, investir na otimização
de processos e na gestão das
pessoas no segmento de
transporte e logística pode trazer
ao setor sucroenergético
uma economia de até 15%.
"Existem oportunidades e condições
de alcançar uma performance
muito melhor a área.
E tudo depende fundamentalmente
de gestão de processos
e de pessoas", destaca.
Soluções que buscam aumentar
a produtividade e a
rentabilidade no campo estarão
em exposição em uma
nova área da 26ª edição da
Fenasucro & Agrocana. Com
um novo layout, a estrutura
da feira ganhou mais mil metros
quadrados neste ano
para receber 30 novas empresas
que serão abrigadas
em um pavilhão denominado
Agrotec, dentro da parte agrícola
do evento.
Área externa da feira apresenta tecnologias
para o setor de transporte e logística
"Essa nova área nasce de
uma demanda crescente do
setor em investir mais em
sistemas que aumentam a
performance no campo. Hoje,
temos tecnologias que
mostram o resultado nas lavouras
em tempo real, informações
que vão direito para
a nuvem, equipamentos que
melhoram a produtividade. A
26ª edição da Fenasucro &
Agrocana, com a Agrotec, vai
trazer isso ao visitante, mais
dinamismo e conhecimento",
explica Paulo Montabone, gerente
de Produto da feira.
O Censo 2017 do IBGE mostra
que o produtores rurais
se dedicam cada vez mais
ao trato do solo com o objetivo
de aumentar a produtividade.
Na região de Ribeirão
Preto, em 75% das propriedades
rurais existe algum
tipo de técnica de preparo
das lavouras. Há 11 anos,
esse índice era de 60%, o
que traduz o avanço de investimento
em tecnologias
para melhorar o desempenho
no campo.
Entre as inovações que serão
apresentadas pelas 30
empresas que integram a
Agrotec estão sistemas de
controle, de irrigação, de
preparação do solo, máquinas
para plantio e colheita,
estrutura de monitoramento
e iluminação das propriedades
rurais.
A Agrotec apresentará também
plataformas completas
de acesso a dados e aplicativos
para acompanhar condições
da produção e de
clima. Tudo com foco na
melhora do desempenho e
para atender às necessidades
de produtores cada vez
mais conectados. Segundo o
IBGE, na região de Ribeirão
Preto, 45% das propriedades
rurais já trabalham totalmente
com a internet. Índice
que não chegava aos 8% há
onze anos.
Outra novidade na área agrícola
desta 26ª edição é que
a Agrocana estará em um
pavilhão todo climatizado.
Além do setor canavieiro, a
feira receberá visitantes das
áreas de Transporte e Logística,
Alimentos e Bebidas,
Biodiesel e Papel e Celulose
com produtos comerciais e
eventos de conteúdos específicos
para estes nichos de
mercado.
Jornal Paraná 17
DOIS
PONTOS
Recorde
Os EUA deverão destinar um
recorde de 145,6 milhões de
toneladas de milho para a
produção de etanol na safra
2018/19, a partir de setembro,
contribuindo para a redução
dos preços da gasolina
ao consumidor naquele
país, avaliou a consultoria
Datagro. O volume representaria
40% de toda a colheita
norte-americana de milho,
estimada em 364 milhões de
toneladas, ante uma fatia de
38,2% em 2017/18. O percentual
já foi superior em
anos anteriores, quando os
EUA, maiores produtores
globais do grão, registraram
quebras de safra.
Açúcar
Os preços internacionais do
açúcar tendem a subir a partir
do início de 2019, uma vez
que um plantio menor de
cana e beterraba mundo
afora será assimilado pelo
mercado, avaliou o diretor
para Região Brasil da francesa
Tereos, Jacyr Costa
Filho. “Tudo indica que o
plantio (para a próxima safra
global) será menor, porque os
atuais preços do açúcar
estão abaixo dos custos de
produção”, acrescentou. A
Organização Internacional do
Açúcar (OIA) prevê um superávit
de cerca de 6 milhões de
toneladas de açúcar na safra
global 2018/19, que se inicia
Investimentos
em outubro, após um excedente
de 10,5 milhões em
2017/18.
El Niño
O Brasil foi o principal importador
de etanol dos Estados
Unidos no primeiro
semestre deste ano, disse a
Associação de Combustíveis
Renováveis dos EUA, citando
dados do governo
norte-americano. Entre janeiro
e junho, o Brasil recebeu
1,31 bilhão de litros do
biocombustível dos EUA, um
Etanol
aumento de 28% ante igual
período do ano passado. O
volume representa 37% do
total exportado pelos EUA,
que somaram 3,5 bilhões de
litros. Segundo a RFA, o
dado sugere que as exportações
de etanol em 2018
podem superar o recorde do
ano passado, de 5,22 bilhões
de litros.
Biocombustíveis
A nova geração de caminhões que a Scania começa a
produzir no Brasil em 2019 terá cinco versões que
podem rodar com biocombustível, duas a etanol e três
a biogás. Em 2011 a fabricante já tinha lançado uma versão
a etanol da cabine P, mas as vendas foram irrelevantes.
Agora a aposta é de maior demanda por
soluções sustentáveis por parte de embarcadores, o que
poderá motivar transportadores no Brasil e exterior a
comprar veículos que causam menor impacto ao meio
ambiente.
As companhias produtoras
de açúcar e etanol do Brasil
não devem aumentar os seus
níveis de endividamento nos
próximos meses, disse Pedro
Fernandes, diretor de agronegócios
do banco de investimento
Itaú BBA, já que o ambiente
operacional difícil durante
esta colheita reduzirá o
apetite do setor por investimentos
e riscos. Ainda nesta
temporada, ele prevê que a
carteira de empréstimos para
o setor não crescerá, já que
as companhias estão com
menos interesse de acessar
capital. Na temporada que
terminou em março passado,
A região Centro-Sul do Brasil
deve produzir ainda menos
açúcar no próximo ano, depois
de uma grande queda na
safra atual, já que uma forte
seca e reduzida manutenção
de plantio levarão a uma pequena
colheita de cana. Analistas
esperam que a maior região
produtora do mundo corte
a sua produção de açúcar
na safra atual para cerca de 28
os produtores brasileiros de
açúcar e etanol reduziram
seus níveis e endividamento
em 3 reais por tonelada, conseguindo
gerar receita e pagar
as dívidas. A projeção
este ano é incerta, já que, de
acordo com analistas, a moagem
de cana no Centro-Sul
deve cair para uma mínima
em quatro safras, em decorrência
do envelhecimento
dos canaviais e do tempo seco.
Fernandes acredita que o
balanço da dívida das companhias
produtoras de açúcar
e etanol não aumentará
porque os investimentos serão
reduzidos.
Produção menor
milhões de toneladas, ante 36
milhões de toneladas na previsão
anterior, na medida em
que o volume de cana cai e as
usinas priorizam a produção
de etanol ao invés de açúcar,
devido a melhores retornos do
biocombustível. A estimativa é
que a safra vigente de cana do
Centro-Sul deve cair para 560
milhões a 570 milhões de toneladas,
ante 596 milhões de
O El Niño, fenômeno caracterizado
pelo aquecimento das
águas do Oceano Pacífico
Equatorial, tem grandes chances
de se firmar até dezembro
de 2018, trazendo mais chuva
para o Sul e Sudeste do Brasil e
seca para o Norte e Nordeste.
Mas, enquanto não se formar
totalmente, os produtores rurais
precisam ficar atentos devido à
imprevisibilidade das chuvas.
Segundo a Somar Meteorologia,
a primeira chuva da Primavera
(estação inicia dia 22/9) virá
antes do tempo para o Paraná,
Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul. Chove em setembro, mas
pode não chover em outubro.
toneladas no ano passado, já
que muitas plantações não receberam
chuvas generalizadas
por mais de dois meses. Se a
safra do próximo ano diminuir,
seria o quarto recuo consecutivo
desde o recorde de 617
milhões de toneladas de cana
em 2015/16. Com menos cana
e com o foco no etanol, a
produção de açúcar cairia novamente.
18 Jornal Paraná
A Assembleia Geral de Diretoria
da UDOP - União dos
Produtores de Bioenergia elegeu
dia 26 de julho, o executivo
Amaury Pekelman para o
mandato de presidente da entidade
para o biênio 2018/20.
Foi eleito também o diretor
secretário, Hugo Cagno Filho;
o diretor tesoureiro, Luiz Carlos
Corrêa Carvalho; os suplentes
de diretoria e membros
dos conselhos deliberativo
e fiscal para o novo mandato.
Antonio Cesar Salibe,
A quantidade de açúcar extraída
por hectare de cana colhida
no Brasil pode praticamente
dobrar até 2025, puxada
por inovações tecnológicas
no setor sucroenergético
do país, disse o presidente do
Conselho de Administração
da Copersucar, Luis Roberto
Pogetti. Conforme dados
apresentados por Pogetti, na
década de 1970 a produtividade
era de 5,5 toneladas de
açúcar por hectare de cana,
quantidade que passou para
UDOP
presidente executivo da
UDOP continuará exercendo
sua função junto à nova diretoria.
Para Amaury Pekelman,
o desafio de liderar uma
entidade do porte e história
da UDOP é uma grande honra.
"Viemos somar os esforços
para fortalecer, ainda
mais, a UDOP como entidade
prestadora de serviços para
suas associadas e ao setor
como um todo, principalmente
na área da transmissão de
conhecimento", destacou.
Produtividade
Os maiores exportadores de
açúcar do mundo pediram
que a Índia, o Paquistão e a
União Europeia eliminem os
subsídios, culpando tais programas
pelos preços baixos e
pelo excesso de oferta, disse
a Aliança Global de Açúcar.
Pressionados pelo excedente
de açúcar que recebe apoio
do governo do Paquistão e
pela ameaça de subsídio nas
Subsídios
11 toneladas em 2015 e deve
ir a 21 toneladas em 2025.
Entre os fatores que devem
impulsionar o rendimento dos
canaviais estão melhores técnicas
de hibridação, canas
geneticamente modificadas,
adoção de sementes no plantio,
melhorias no manejo, fabricação
de etanol celulósico,
entre outros. O Brasil está
atrás de outros países em termos
de produtividade de açúcar,
mas, tem condições de
reverter isso.
exportações indianas, os preços
mundiais caíram para um
nível abaixo do custo de produção,
até dos produtores
mais eficientes do mundo. A
aliança global se reuniu em
Genebra para discutir em que
grau os subsídios realizados e
propostos pelo Paquistão, a
Índia e a UE vão contra as regras
da Organização Mundial
do Comércio (OMC).
Imprevisibilidade climática
Os dados do IBGE mostram
uma preocupação do agricultor
com o solo, ponto-chave
para uma boa produção. De
2006 a 2017, a adoção do
plantio direto na palha subiu
83%, atingindo 33 milhões de
hectares. A agricultura começa
a atrair mais jovens para o
campo, mas, no ano passado,
apenas 5,5% dos agricultores
Censo
A Organização das Nações
para a Agricultura e Alimentação
(FAO) estima que 830
milhões de pessoas já sofram
de insegurança alimentar e
que as mudanças climáticas
podem agravar o problema
nos próximos anos, com
secas provocando escassez
de alimentos e fome. Pode
haver também perdas de nutrientes
nos alimentos, mas o
maior problema é que a variabilidade
do clima será uma
nova normalidade com a qual
os agricultores terão de lidar –
um problema particularmente
grande para países em desenvolvimento.
Muita chuva num
ano, seca no próximo, temperaturas
congelantes no seguinte
e, na sequência, um
ano muito bom. Se tivesse
uma tendência constante ou a
temperatura subisse 2°C,
A agropecuária brasileira se moderniza, eleva a produtividade
com adesão a novos métodos de produção e
utilização de novas tecnologias e até aumenta as áreas
de preservação dentro das propriedades agrícolas. Alguns
pontos, no entanto, como o da assistência técnica
aos produtores e o da alfabetização (23,5% dos que estavam
no comando do estabelecimento não sabiam ler
e escrever e apenas 20% dos estabelecimentos agropecuários
eram assistidos por técnicos do setor), deixam
a desejar. É o que mostram os dados do Censo
Agropecuário Brasileiro, feito pelo IBGE. Ainda preliminares,
os dados não trazem informações de produção,
mas de ocupação de área. Foram incorporados 16 milhões
de hectares na atividade agrícola nos últimos 11
anos. O censo mostra que 4,5 milhões de propriedades,
de até cem hectares, somam 72 milhões de hectares.
Apenas os 2.400 estabelecimentos com mais de 10 mil
hectares cada um atingem uma área de 52 milhões de
hectares.
IBGE
seria possível lidar com isso.
A imprevisibilidade é o elemento
mais difícil, e parece
que ela veio para ficar.
Conexão
A conectividade via internet
também chegou ao campo
brasileiro. No ano passado,
1.425.323 produtores declararam
ter acesso à internet,
um salto de 1.790,1% ante
2006. O acesso à rede era
feito por banda larga por 659
mil (46,2%), e outros 909
mil estavam conectados via
internet móvel (63,77%). Em
2006, apenas 75 mil estabelecimentos
tinham acesso à
internet.
tinham menos de 30 anos.
Outros 60,2% estão entre 30
e 60 anos e 34,3% superam
essa faixa etária. O IBGE registra
5,07 milhões de estabelecimentos
agropecuários e
350,3 milhões de hectares. O
país tem área total de 851,6
milhões de hectares. Em
2017, 15.036.978 pessoas
trabalhavam em estabelecimentos
agropecuários,
1.530.566 a menos do que o
registrado pelo censo realizado
em 2006 - em 1985,
eram 23,4 milhões. Em relação
ao censo de 2006, houve
crescimento de 52% no número
de propriedades com
irrigação em suas terras e
avanço de 52% na área total
irrigada.
Jornal Paraná 19