Jornal do Rebouças - 1ª Quinzena de Setembro 2018
Edição XLIII - 1ª Quinzena Setembro/2018
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<strong>Setembro</strong>/<strong>2018</strong> | <strong>1ª</strong> <strong>Quinzena</strong><br />
6 www.jornal<strong>do</strong>reboucas.com.br<br />
A importância<br />
<strong>de</strong> eleger bons<br />
sena<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s<br />
Estamos em pleno processo eleitoral,<br />
em que serão disputadas<br />
vagas <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte da República,<br />
governa<strong>do</strong>res, sena<strong>do</strong>res e<br />
<strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s fe<strong>de</strong>rais, estaduais e distritais.<br />
É um momento <strong>de</strong> mudança ou <strong>de</strong> manutenção<br />
das pessoas que <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>finir as<br />
novas leis, alterar as já existentes e, certamente,<br />
cumpri-las. Por tradição, ten<strong>de</strong>mos<br />
a dar mais atenção às eleições para os cargos<br />
executivos (presi<strong>de</strong>nte e governa<strong>do</strong>r),<br />
até porque são mais polarizadas em poucos<br />
candidatos, que utilizam mais tempo<br />
na mídia. E <strong>de</strong>dicamos pouca importância<br />
aos preten<strong>de</strong>ntes aos cargos legislativos,<br />
inclusive <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à imagem <strong>de</strong>gradada por<br />
inúmeros casos <strong>de</strong> corrupção e pela confusão<br />
pelo fato <strong>de</strong> haver incontáveis concorrentes.<br />
Os po<strong>de</strong>res legislativos, apesar <strong>do</strong><br />
nome, têm funções muito mais relevantes<br />
<strong>do</strong> que apenas propor e votar leis. É claro<br />
que ter boas i<strong>de</strong>ias e compromissos com<br />
uma legislação que aprimore os sistemas<br />
educacionais é importante, mas não basta.<br />
Sena<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem: fiscalizar as<br />
ações <strong>do</strong>s governantes; pressionar para que<br />
os po<strong>de</strong>res executivos cumpram a legislação;<br />
<strong>de</strong>nunciar e brigar para que leis prejudiciais<br />
não sejam implantadas; e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
governos com boas intenções ou se opor<br />
aos incompetentes.<br />
Esses diferentes papéis po<strong>de</strong>m ser<br />
exerci<strong>do</strong>s ou não, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> tanto <strong>do</strong>s<br />
legisla<strong>do</strong>res como <strong>de</strong> nós, eleitores. Precisamos<br />
eleger representantes comprometi<strong>do</strong>s<br />
e cobrar <strong>de</strong>les intervenções coerentes<br />
com o prometi<strong>do</strong> em campanha. De certo<br />
mo<strong>do</strong>, a socieda<strong>de</strong> precisa se educar para<br />
a <strong>de</strong>mocracia fruir e, nesse processo, gerar<br />
legisla<strong>do</strong>res educa<strong>do</strong>s que respondam à altura<br />
daqueles que representam - ou seja, a<br />
máxima <strong>de</strong> que os políticos são o reflexo da<br />
população.<br />
Eleições são uma parte (pequena, é<br />
fato) da <strong>de</strong>mocracia - e esta <strong>de</strong>ve ser vivida<br />
e construída cotidianamente. Em termos<br />
da Educação brasileira, nossos problemas<br />
principais não são a falta <strong>de</strong> leis ou a redação<br />
precária ou insuficiente <strong>de</strong>las, apesar<br />
<strong>de</strong> ainda po<strong>de</strong>rmos avançar. Nós conhecemos<br />
pouco a legislação, raramente somos<br />
consulta<strong>do</strong>s sobre as mudanças e não temos<br />
consegui<strong>do</strong> fazer cumprir as muitas<br />
(e boas) leis. Eleger bons legisla<strong>do</strong>res é um<br />
caminho para melhorar a Educação, saú<strong>de</strong>,<br />
saneamento entre tantos outros que necessitamos.•<br />
Prof. Juca Gil<br />
Saú<strong>de</strong> e violência são os principais problemas para os<br />
Saú<strong>de</strong> e violência são os principais<br />
problemas <strong>do</strong> Brasil atualmente,<br />
segun<strong>do</strong> pesquisa Datafolha<br />
divulgada nesta terça-feira<br />
(11). Os <strong>do</strong>is temas aparecem tecnicamente<br />
empata<strong>do</strong>s no topo <strong>do</strong> levantamento,<br />
que ouviu 2.804 eleitores <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o país.<br />
Na pesquisa anterior, feita em junho, os<br />
temas mais cita<strong>do</strong>s haviam si<strong>do</strong> saú<strong>de</strong> e<br />
corrupção.<br />
Na pesquisa mais recente, feita na segunda-feira<br />
(10), saú<strong>de</strong> foi menciona<strong>do</strong><br />
por 23% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s, alta <strong>de</strong> 5 pontos<br />
em relação a junho. Já segurança, que<br />
foi menciona<strong>do</strong> por 20%, teve uma alta <strong>de</strong><br />
9 pontos, e atingiu o maior índice <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2014 .<br />
A saú<strong>de</strong> li<strong>de</strong>ra a lista <strong>de</strong> preocupações<br />
<strong>do</strong>s brasileiros <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2016,<br />
quan<strong>do</strong> ultrapassou corrupção. Já a última<br />
vez que a violência atingiu índice <strong>de</strong> 20%<br />
foi em março <strong>de</strong> 2007. No levantamento <strong>de</strong><br />
junho <strong>de</strong>ste ano, foi a 4ª mais citada.<br />
Além <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança, os eleitores<br />
citaram corrupção (14%), <strong>de</strong>semprego<br />
(14%) e educação (12%) como os principais<br />
problemas <strong>do</strong> país. A pergunta <strong>do</strong> instituto<br />
foi: “consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as áreas que são <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> governo fe<strong>de</strong>ral, na sua<br />
eleitores brasileiros, segun<strong>do</strong> Datafolha<br />
opinião qual é o principal problema <strong>do</strong> país<br />
hoje?”<br />
Educação supera violência e assume o<br />
2º lugar quan<strong>do</strong> os eleitores são pergunta<strong>do</strong>s<br />
sobre qual <strong>de</strong>ve ser a priorida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
próximo presi<strong>de</strong>nte:<br />
• Saú<strong>de</strong>: 40%<br />
• Educação: 20%<br />
• Violência: 15%<br />
Renda, sexo, ida<strong>de</strong> e intenção <strong>de</strong> voto<br />
para presi<strong>de</strong>nte<br />
Entre os homens, a preocupação com<br />
violência assume o topo na pesquisa Datafolha,<br />
com 22%, ante 18% para saú<strong>de</strong>. Entre<br />
as mulheres, a saú<strong>de</strong> tem 28% e a violência,<br />
18%.<br />
A saú<strong>de</strong> diminui <strong>de</strong> relevância com o<br />
aumento da renda familiar. Enquanto 25%<br />
<strong>do</strong>s eleitores com até 2 salários mínimos<br />
apontam a saú<strong>de</strong> como principal problema,<br />
esse número cai para 14% <strong>de</strong>ntre<br />
aqueles com renda familiar superior a 10<br />
salários mínimos.<br />
Já a preocupação com educação cresce<br />
conforme a renda familiar: 8% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />
com renda até 2 salários mínimos<br />
citam a educação, 15% daqueles com mais<br />
<strong>de</strong> 2 e 5 salários mínimos, 20% daqueles<br />
com mais <strong>de</strong> 5 a 10 salários mínimos, e 24%<br />
<strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s com mais <strong>de</strong> 10 salários<br />
mínimos, problema mais cita<strong>do</strong> nesta faixa,<br />
empata<strong>do</strong> tecnicamente com violência<br />
(22%).<br />
Entre as faixas etárias pesquisadas,<br />
para os eleitores entre 16 a 24 anos a educação<br />
está numericamente empatada em<br />
primeiro lugar juntamente com a saú<strong>de</strong><br />
(20%). Este assunto é menos cita<strong>do</strong>s nas<br />
faixas etárias mais altas, atingin<strong>do</strong> seu menor<br />
valor entre os eleitores com 60 anos<br />
ou mais (6%). Tendência inversa é observada<br />
para as menções à violência, citadas<br />
por 16% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s na faixa <strong>de</strong> 16<br />
a 24 anos e na <strong>de</strong> 25 a 34 anos (únicas nas<br />
quais violência e saú<strong>de</strong> não empatam tecnicamente),<br />
alcançan<strong>do</strong> 23% entre aqueles<br />
com 60 anos ou mais.•