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Jornal O pregão, nº 19

Edição 19 do jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães.

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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento<br />

Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães<br />

Tel.: 253 513 240<br />

Código da Escola: 402187<br />

Diretora: Ana Maria Silva<br />

Coordenação Geral: Joana B. Silva<br />

Grafismo e paginação: José Faria<br />

Email: o.pregao@esmsarmento.pt<br />

<strong>nº</strong> <strong>19</strong><br />

<strong>Jornal</strong> da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães Setembro 2018<br />

Editorial<br />

O Liceu: a nossa escola<br />

O que é uma escola? Para que serve a escola? O que<br />

é este liceu?<br />

Desde pequeninos que os nossos pais desejam<br />

que entremos para a escola com alegria. E que nela,<br />

Escola, onde se enforma a vida, sejamos bem tratados.<br />

Ser bem tratado significa, não apenas receber<br />

uma educação integral de excelência, mas, também,<br />

estarem atentos a nós, à nossa diferença, às<br />

nossas fraquezas e capacidades: acolherem-nos<br />

bem. É para isso que a escola serve. Afinal, nesse lugar<br />

cria-se identidade. Espaços, língua, território,<br />

símbolos, valores comuns, conteúdos, competências,<br />

projetos, pessoas, realizações... confluem, em<br />

geometrias de complexidade variável, para nos ensinarem<br />

a saber como estar, ser e viver com o Outro.<br />

Tudo o que aprendemos na escola não é uma preparação<br />

para a vida; não. É já vida. A minha vida. É por<br />

isso que a Escola é tão importante.<br />

Muitos alunos chegam agora, de novo, ao Liceu.<br />

Já sabem muitas coisas. Sabem que as Festas Nicolinas<br />

estão ancoradas nesta instituição que recebeu<br />

o nome de um notável arqueólogo vimaranense,<br />

Martins Sarmento. Sabem que o Liceu é portador de<br />

uma história transversal a muitas gerações. Sabem<br />

que há bom ambiente, que a inclusão e a equidade<br />

não são palavras vãs. Aqui, os alunos sabem que<br />

têm horários de turno único, que têm projetos e clubes<br />

à disposição da sua criatividade e pensamento<br />

crítico. Que têm profissionais que os ajudam a resolver<br />

os seus problemas. E depois há O Pregão, o nosso<br />

jornal que mudara de nome em 2003. Fez em março<br />

15 anos que o professor António Leite, percebendo a<br />

alma desta comunidade escolar, deu um new look a<br />

um dos rostos do Liceu. Recordemos, saudosamente,<br />

umas linhas do seu editorial: “Vou adoptar algo<br />

que é bem nosso — O Pregão — o grito audível e visível<br />

da nossa existência, a voz que ajudou, ao som<br />

dos tambores, a projectar esta escola no calendário<br />

das mais concorridas festas estudantis.”<br />

Folheiem-me! Verão que as minhas páginas estão<br />

prenhes de atividades, encontros, imagens,<br />

desenhos, relatos... histórias que se vão contando<br />

e ilustram o trabalho desta comunidade escolar.<br />

Poderemos ser injustos em destacar esta ou aquela<br />

iniciativa, por isso convidámo-los a ler o que se fez,<br />

desde a última publicação online (março/n.º 18).<br />

continua na última página<br />

DESTAQUE:<br />

Mostra de projetos<br />

CURSOS PROFISSIONAIS<br />

Notícias: Concurso de Curtas<br />

Metragens “Jovens Iluminados”:<br />

ESMS conquista o 2.º lugar<br />

Destaque:<br />

Jornadas Culturais<br />

2018<br />

Destaque:<br />

31 Projeto "A Empresa" Equipa da<br />

02<br />

ESMS ganha prémio “Santander”<br />

09<br />

Projeto Voltar à Escola:<br />

Encerramento do projeto 40<br />

'Dê 10 min. à Língua Portuguesa<br />

Universo ESMS:<br />

Erasmus+ em Eindhoven<br />

Diário de viagem…<br />

Sketchbook:<br />

Artes Visuais:<br />

Registos gráficos<br />

Foto: Gabinete de Imagen da ESMS<br />

p. 04<br />

48<br />

52


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

2<br />

Em destaque<br />

Ana Luísa Silva, Ana Rita Martins,<br />

Bruna Ribeiro e Jéssica Costa, com a<br />

miniempresa WorldBlind


2018<br />

3<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Em destaque<br />

Vídeo do projeto em: https://www.youtube.com/watch?v=zA0Q0MV_Xnw<br />

• Participação de alunos dos cursos profissionais no projeto “A Empresa”<br />

Equipa da Secundária Martins<br />

Sarmento ganha prémio “Santander”<br />

A Escola Secundária Martins Sarmento<br />

aderiu ao projeto “A Empresa”,<br />

da responsabilidade da Junior Achievement<br />

Portugal, lançando um desafio<br />

a todos os alunos dos segundos anos<br />

dos cursos profissionais, com o intuito<br />

de desenvolver nos seus alunos<br />

competências de pesquisa e conhecimentos<br />

autónomos num contexto real.<br />

Deste modo, e respondendo ao desafio,<br />

as alunas Ana Luísa Silva, Ana Rita<br />

Martins, Bruna Ribeiro e Jéssica Costa,<br />

com a miniempresa WorldBlind;<br />

os alunos João Costa, Luís Lopes, Ricardo<br />

Ferreira, Romão Pinto e Tiago<br />

Monteiro, com o produto DriveAware;<br />

todos os alunos do 2º ano do Curso<br />

Profissional de Técnico de Vendas e os<br />

alunos Bruno Lopes, Márcia Abreu,<br />

Tiago Ribeiro e Vítor Lemos, do Curso<br />

Profissional Técnico de Qualidade de<br />

Calçado e Marroquinaria, com a miniempresa<br />

Walkers, destacaram-se na<br />

fase distrital, passando à fase regional.<br />

Assim, no dia 2 de maio, no Hard<br />

Club, realizou-se a Feira (I)limitada do<br />

Porto, onde estes três grupos de alunos<br />

participaram, apresentando em palco<br />

o seu “pitch” e divulgando, durante a<br />

tarde, o seu produto num stand. Esta<br />

participação, resultado de esforço e<br />

dedicação, colheu os seus frutos, tendo<br />

a equipa criadora da miniempresa<br />

WorldBlind passado à fase nacional.<br />

O seu produto, DriveBlind, consiste<br />

numa bengala para invisuais com<br />

sensor de obstáculos e GPS integrado,<br />

diretamente ligado por Bluetooth a um<br />

auricular sem fios.<br />

A fase nacional realizou-se no<br />

Museu do Oriente, em Lisboa, no passado<br />

dia 28 de maio, onde estavam<br />

presentes vinte e seis miniempresas.<br />

Aí, a equipa da ESMS teve de fazer<br />

uma nova apresentação do pitch e submeteu-se<br />

a uma entrevista, toda ela<br />

em inglês, para explicar o seu produto<br />

a diferentes empresários presentes.<br />

Esta prestação foi excelente, tendo-lhe<br />

garantido o prémio Santander como<br />

reconhecimento pelo seu zelo, rigor<br />

e capacidade de trabalho. Não passaram<br />

à fase europeia, no entanto, foi<br />

muito gratificante terem esta visibilidade<br />

pública e, assim, em contexto<br />

real, usufruirem de uma oportunidade<br />

de adquirir novas competências<br />

de trabalho em equipa. Neste sentido,<br />

desenvolveram um espírito inovador e<br />

empreendedor, capacidades que devem<br />

caracterizar a postura dos alunos dos<br />

Cursos Profissionais e às quais tanto se<br />

apela nesta escola.<br />

Ana Silva, Ana Martins, Bruna<br />

Ribeiro, Jéssica Cunha, 2º PV<br />

Para além da WorldBlind, a<br />

nossa escola foi representada,<br />

na final regional, pela equipa<br />

da DriveAware, do 2º ano<br />

do Curso Profissional de<br />

Técnico de Vendas e a Walkers<br />

Bag, do Curso Profissional<br />

Técnico de Qualidade de<br />

Calçado e Marroquinaria,<br />

com a miniempresa Walkers,<br />

destacando-se na fase distrital,<br />

ao passar para a fase regional.<br />

A final regional da Feira (I)limitada realizou-se no Porto, no Hard Club, onde os<br />

três projetos da ESMS apresentaram o seu “pitch” e divulgaram o seu produto num<br />

stand.


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

4<br />

Em destaque<br />

Esta iniciativa tem como principal objetivo dar<br />

a conhecer à comunidade escolar e ao tecido<br />

socioeconómico local, o trabalho realizado pelos<br />

alunos e pelas diferentes equipas educativas<br />

dos três anos dos cursos profissionais.


2018<br />

5<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Em destaque<br />

Reportagem em: https://www.youtube.com/watch?v=PDuRYH6HqUE&t=40s&frags=pl%2Cwn<br />

1ª Mostra de<br />

Projetos<br />

Cursos profissionais<br />

No âmbito do Plano Anual de Atividades<br />

da nossa Escola decorreu, no<br />

passado dia 28 de junho, a 1ª Mostra de<br />

Projetos com trabalhos dos alunos dos<br />

cursos profissionais.<br />

Esta iniciativa teve como principal<br />

objetivo dar a conhecer à comunidade o<br />

trabalho realizado pelos alunos e pelas<br />

diferentes equipas educativas dos três<br />

anos dos cursos profissionais em funcionamento<br />

na nossa escola. Nesta mostra<br />

divulgamos as diferentes dinâmicas<br />

que caracterizam os cursos e o espírito<br />

empreendedor dos nossos alunos.<br />

Os visitantes conheceram os vários<br />

projetos desenvolvidos pelos alunos.<br />

Os do 1º ano, numa lógica de lecionação<br />

interdisciplinar e articulada<br />

do currículo, pretenderam ser projetos<br />

aglutinadores de aprendizagens<br />

das diferentes disciplinas. Os projetos<br />

do 2º ano pretenderam desenvolver<br />

competências de empreendedorismo<br />

através da criação de Mini Empresas.<br />

Os do 3º ano são os projetos desenvolvidos<br />

pelos alunos no âmbito da sua<br />

Prova de Aptidão Profissional em que<br />

os alunos aplicam os conhecimentos<br />

adquiridos ao longo do seu percurso de<br />

formação e que os capacita para o exercício<br />

de uma atividade profissional.<br />

Esta iniciativa promoveu uma troca<br />

de experiências entre alunos/escola e<br />

empresários de forma a criar sinergias<br />

com o mundo empresarial para uma<br />

maior aproximação das duas realidades.<br />

Profª. Rosa Dinis<br />

Este evento contou ainda com o concurso 'O Melhor Projeto<br />

da PAP' que reconheceu a qualidade do projeto do Bruno Vale,<br />

aluno finalista do Curso Profissional de Técnico de Gestão e<br />

Programação de Sistemas Informáticos


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

6<br />

Em destaque<br />

• Projeto de turma 1º PM<br />

Multimédia por uma causa<br />

No projeto de turma do 1º ano de multimédia,<br />

os alunos foram desafiados a<br />

promover uma causa social através dos<br />

vários registos multimédia como o design,<br />

som, vídeo e fotografia. O projeto<br />

teve a preocupação de ir ao encontro<br />

do repto lançado pela escola, ou seja,<br />

dinamizar o projeto numa lógica de<br />

lecionação interdisciplinar e articulada<br />

do currículo. Assim, em diferentes<br />

fases e disciplinas, o projeto ganhou<br />

forma e promoveu a reflexão de temas<br />

como a discriminação sexual, violência<br />

no namoro, direitos das crianças,<br />

violência doméstica e fanatismo no<br />

futebol. A orgânica das campanhas<br />

teve também a preocupação de seguir<br />

uma metodologia empresarial, com<br />

atribuição de cargos entre os elementos<br />

do grupo e uma lógica de criação<br />

de marcas, com a promoção de processos<br />

de branding e apresentação de<br />

produtos. O resultado final ficou visível<br />

em marcas, websites, campanhas<br />

publicitárias impressas e em vídeo. Os<br />

projetos foram mostrados à comunidade<br />

na 1º Mostra de Projetos realizada<br />

no passado dia 28 de junho.<br />

Prof. José Faria<br />

Campanha 'LGBT+'<br />

No início do 2º período, fomos desafiados<br />

a realizar uma campanha social<br />

como base do nosso Projeto de Turma. O<br />

tema que escolhemos foi o preconceito<br />

LGBT+ porque consideramos ser um assunto<br />

interessante de ser explorado no<br />

ambiente escolar. Hoje em dia, apesar de<br />

alguma flexibilização de mentalidades,<br />

o preconceito ainda existe. Rotula-se,<br />

discrimina-se e há ainda quem adote<br />

comportamentos pouco assertivos.<br />

O nosso objetivo foi tentar sensibilizar<br />

os alunos da Escola Secundária Martins<br />

Sarmento para o tema e tentar diminuir a<br />

discriminação e o preconceito.<br />

Ao longo do projeto, conseguimos criar<br />

uma marca. Procuramos que essa espelhasse<br />

o valor da nossa causa. O elemento<br />

figurativo do logótipo representa duas raparigas<br />

a beijarem-se. Este gesto revela<br />

a parte lésbica da sigla LGBT+. Foi criado<br />

através de vectores retirados a partir de<br />

uma foto da nossa autoria. O nosso nominativo<br />

é “PRIDE”, ou seja, esta palavra<br />

preconiza o apreço, pois devemos ter orgulho<br />

no que somos. A cor escolhida foi o roxo,<br />

uma vez que é uma cor neutra e, também,<br />

porque é uma das cores do arco-íris. Foi<br />

precisamente às cores do arco-íris que nós<br />

recorremos para lhe dar um aspeto mais<br />

jovial e descontraído. Estas tonalidades<br />

estão presentes sobretudo na nossa campanha<br />

impressa, composta pelos cartazes<br />

e panfletos. Produzimos, em paralelo, uma<br />

entrevista (formato de áudio), um vídeo<br />

(spot comercial) e um website.<br />

Com este trabalho conseguimos desenvolver<br />

as nossas capacidades nas<br />

disciplinas técnicas e preparamo-nos<br />

para possíveis situações na nossa vida<br />

profissional.<br />

Carlos Silva, Helena Abreu, Hernâni<br />

Teixeira e Margarida Santos, 1º PM


2018<br />

7<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Em destaque<br />

'SOS Violência Doméstica'<br />

No âmbito do projeto de turma de<br />

multimédia, o nosso grupo escolheu um<br />

tema muito em voga na atualidade: a<br />

violência doméstica.<br />

Começamos por fazer um estudo onde<br />

ficamos a saber que diariamente 14 mulheres,<br />

3 idosos, 2 crianças e 2 homens<br />

são vítimas de maus-tratos. Face a esta<br />

situação, ficamos chocados com o número<br />

de denúncias.<br />

O nosso objetivo foi, então, o de sensibilizar<br />

a comunidade escolar para o tema,<br />

pois, apesar de ser uma problemática da<br />

atualidade, não é muito discutido na nossa<br />

escola.<br />

Neste projeto, dinamizamos várias<br />

tarefas coisas com vista a chamar a atenção<br />

de toda a comunidade escolar para<br />

esta temática. Assim, elaboramos um<br />

cartaz, um flyer, uma entrevista para a<br />

rádio escola, um vídeo sobre o tema e<br />

um website. Criamos e vendemos rifas<br />

de forma a podermos suportar os custos<br />

do projeto.<br />

Após este projeto, concluímos que o<br />

trabalho em grupo é complicado, pois<br />

sentimos dificuldades em estabelecer<br />

estratégias comuns a todos, mas conseguimos<br />

chegar sempre a bom porto. Com<br />

este projeto, preparamo-nos melhor para<br />

o nosso futuro nas áreas técnicas de multimédia,<br />

pois desenvolvemos muitas<br />

competências nessa área específica.<br />

Ana Carvalho, Beatriz Castro,<br />

Cristiana Rocha, 1º PM<br />

'Stopunch': não à violência nos estádios<br />

O nosso projeto de turma consiste<br />

em apelar à não violência nos estádios<br />

através de uma campanha publicitária<br />

promovida pelos multimédia. O objetivo<br />

do projeto foi, portanto, consciencializar<br />

a comunidade Martins Sarmento e a população<br />

em geral sobre as consequências<br />

associadas a comportamentos violentos<br />

nos estádios de futebol para o infrator e<br />

para o seu clube.<br />

Logo no início deste projeto, fomos<br />

desafiados a criar uma ‘marca’, com um<br />

nome e identidade própria. Assim, na<br />

primeira fase, criamos a “Stopunch” que<br />

surgiu a partir da palavra inglesa stop,<br />

cujo significado é conhecido de todos, à<br />

qual juntamos punch que significa soco,<br />

ou seja, queremos parar a violência. Escolhido<br />

o nome, criamos um logótipo.<br />

As suas cores são o vermelho, pois simboliza<br />

a paixão vivida por um adepto e,<br />

também, o sangue derramado no estádio,<br />

já o verde representa a esperança que<br />

temos de acabar com a violência nesses<br />

recintos desportivos, que é o objetivo<br />

desta campanha.<br />

De seguida, passamos para a divisão da<br />

comunicação. Para tal, elaboramos uma<br />

campanha impressa com: panfletos, cartazes,<br />

website, spot de vídeo e áudio. Ao<br />

longo do projeto, levamos a cabo várias<br />

apresentações e, na Mostra de Projetos,<br />

fomos avaliados por um júri.<br />

Tiago Sousa, Francisco Fernandes,<br />

Leonardo Silva, Marco Ferreira , 1º PM


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

8<br />

Em destaque<br />

• Curso Profissional de Técnico de Vendas<br />

Desfile de moda e exposição e<br />

venda de obras de arte<br />

no Museu de Alberto Sampaio<br />

Nos dias 31 de maio e 1 de junho, no<br />

Museu de Alberto Sampaio, decorreu<br />

um Desfile de Moda e Exposição e Venda<br />

de obras de arte, evento inserido na<br />

componente empírica de dois Projetos<br />

de Aptidão Profissional, da autoria das<br />

alunas Susana Silva e Jéssica Henriques,<br />

do Curso Profissional de Técnico<br />

de Vendas, da Escola Secundária Martins<br />

Sarmento. Estes projetos foram<br />

integrados na temática da Comunicação<br />

Below the Line.<br />

O Desfile de Moda resultou de uma<br />

parceria estabelecida com a Escola<br />

Profissional Cenatex e o seu Curso de<br />

Design de Moda, com o intuito de dar<br />

a conhecer os vestidos e coordenados<br />

concebidos pelos jovens alunos. A aluna<br />

Susana Silva, responsável por este<br />

projeto, integrou, inclusivamente, o<br />

grupo de modelos no desfile.<br />

A exposição e venda das obras de<br />

arte contou com a colaboração da<br />

turma do 11º AV1, do Curso de Artes<br />

Visuais, da Escola Secundária Martins<br />

Sarmento, tendo, para o efeito,<br />

sido redigido, por ambas as partes,<br />

um contrato de consignação.<br />

A divulgação da Mostra de Arte foi<br />

bem conseguida, uma vez que, no<br />

final, alguns dos quadros foram vendidos.<br />

Para a promoção deste evento,<br />

as alunas prepararam cartazes e convites,<br />

que foram distribuídos por<br />

professores, familiares e amigos.<br />

A Diretora da Escola, bem como a<br />

Diretora de Curso e a Professora Orientadora<br />

dos projetos assistiram ao Desfile de<br />

Moda, apesar de ter sido realizado num<br />

feriado, dia santo.<br />

Por fim, o testemunho dos convidados<br />

presentes no evento foi muito<br />

positivo, tendo as alunas ficado muito<br />

satisfeitas com o resultado final e<br />

agradecidas pela colaboração das entidades<br />

externas na concretização<br />

dos respetivos Projetos de Aptidão<br />

Profissional.<br />

Susana Silva e Jéssica Henriques, 3º PV<br />

• Formação em Contexto de Trabalho<br />

“Conta-nos como foi...."<br />

No âmbito do estágio, do Curso Profissional<br />

de Técnico Auxiliar de Saúde,<br />

decidimos participar neste concurso,<br />

intitulado, “Conta-nos como foi…”,<br />

para partilharmos a nossa experiência<br />

do primeiro dia de Formação em Contexto<br />

de Trabalho.<br />

O medo, o receio e o entusiasmo estiveram<br />

presentes no primeiro dia, era<br />

verdadeiramente um misto de sensações<br />

que sentíamos. Medo de não<br />

alcançar as expectativas; receio em<br />

criar laços fortes com os doentes e<br />

medo de presenciar a morte de um<br />

ser humano. No entanto, partilhamos<br />

também entusiasmo, porque estávamos<br />

a entrar numa nova fase da nossa<br />

vida, em que iriamos ser colocadas à<br />

prova e também seria a oportunidade<br />

ideal para demonstrar conhecimentos<br />

adquiridos em sala de aula.<br />

Refletimos imenso com a elaboração<br />

deste “testemunho”, pois passamos<br />

a estar mais conscientes do que é ser<br />

um Técnico Auxiliar de Saúde. Verificamos<br />

que as suas competências vão<br />

para além do auxílio nos cuidados<br />

prestados ao doente. Ainda constatamos<br />

que é necessário que o TAS saiba<br />

ser paciente, saiba adotar estratégias<br />

para lidar com os diversos doentes e,<br />

fundamentalmente, veja cada doente<br />

como um todo e não apenas como um<br />

objeto aos nossos cuidados!<br />

A participação neste concurso foi<br />

muito relevante, não somente pelas<br />

reflexões que fizemos enquanto elaboramos<br />

este texto, mas sobretudo<br />

porque também foi um momento em<br />

que pudemos dar a conhecer o quão<br />

este dia nos marcou e reparar na nossa<br />

evolução tanto a nível pessoal, como<br />

a nível profissional. Para tal, fomos<br />

sempre aperfeiçoando a nossa prática<br />

diária, durante as várias Formações<br />

em Contexto de Trabalho, tornando-<br />

-nos cada vez mais autónomas e mais<br />

responsáveis.<br />

Carla Teixeira, Bruna Fernandes, Carina<br />

Oliveira, Clara Ribeiro, Marta Cunha, 3º TAS


2018<br />

9<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Em destaque<br />

Mais umas Jornadas<br />

Culturais da Martins<br />

Sarmento<br />

Nos dias 21, 22 e 23 de março, a ESMS<br />

realizou as suas IX Jornadas Culturais,<br />

uma iniciativa que faz parte da<br />

tradição da nossa escola.<br />

Ao longo de três dias, a Martins<br />

Sarmento levou a cabo inúmeras atividades<br />

dirigidas a alunos, a pais e<br />

encarregados de educação e a toda<br />

a comunidade em geral. Todas os<br />

empreendimentos tiveram como objetivo<br />

principal desenvolver nos alunos,<br />

numa perspetiva integradora, competências<br />

cognitivas, sociais, cívicas<br />

e culturais. Pretendeu-se responder a<br />

um desafio dos próprios alunos: contactar<br />

com especialistas de diferentes<br />

áreas do saber e, desta forma, aprender<br />

em contextos diferentes da sala de<br />

aula. As palestras que fizeram parte<br />

do programa foram organizadas pelos<br />

diferentes grupos disciplinares, procurando<br />

ir ao encontro dos interesses<br />

do maior número possível de alunos.<br />

O momento musical da sessão de<br />

abertura foi a forma escolhida através<br />

da qual se recebeu os alunos das escolas<br />

básicas que, no primeiro dia destas<br />

Jornadas, participam nos já clássicos<br />

Laboratórios Abertos. Alunos e professores<br />

de diferentes cursos da ESMS<br />

organizaram atividades que pretendiam<br />

mostrar aos visitantes aquilo de<br />

que são capazes em contexto laboratorial.<br />

Estas iniciativas envolveram<br />

diferentes áreas do saber desde a Física<br />

e Química, à Biologia e Geologia,<br />

à Matemática, às Artes, passando<br />

pela Multimédia, pela Robótica, pela<br />

Saúde e pela Restauração. Neste dia,<br />

celebrou-se também o Dia Mundial da<br />

Árvore com a iniciativa Toma e Planta,<br />

organizada conjuntamente pelo Projeto<br />

Eco-Escola e pela Coordenadora da<br />

Segurança. Num gesto simbólico, foi<br />

oferecido a cada turma que nos visitou<br />

um exemplar de uma árvore a ser<br />

plantada nos jardins das suas escolas,<br />

tendo sido assinado um compromisso<br />

para o efeito.<br />

Nos dias 21 e 22 à noite, a ESMS abriu<br />

as portas aos pais e encarregados de<br />

educação com duas sessões Acompanhar<br />

e Responsabilizar: como fazer?,<br />

organizada pela Associação de pais e<br />

Encarregados de Educação da ESMS e<br />

apresentação do Plano de Ação Estratégica-<br />

Sucesso Escolar sob a tutela da<br />

Biblioteca e Centro de Recursos da escola.<br />

Foi possível refletir, com os pais<br />

e encarregados de educação, sobre estratégias<br />

facilitadoras e necessárias<br />

para que os nossos alunos possam<br />

atingir a excelência.<br />

Os Torneios Desportivos planeados<br />

pelo Grupo de Educação Física foram<br />

uma das atividades em que os alunos<br />

participaram mais ativamente e onde<br />

o mérito desportivo se manifestou. Ao<br />

longo dos dois primeiros dias, os torneios<br />

sucederam-se de forma intensa e<br />

envolveram toda a comunidade escolar,<br />

quer direta quer indiretamente.<br />

Os Torneios Desportivos<br />

organizados pelo Grupo de<br />

Educação Física foram uma<br />

das atividades em que os<br />

alunos participaram mais<br />

ativamente e onde o mérito<br />

desportivo se manifestou.<br />

Ao longo dos dois<br />

primeiros dias, os torneios<br />

sucederam-se de forma<br />

intensa e envolveram toda<br />

a comunidade escolar


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

10<br />

Em destaque<br />

No dia 22, pela manhã, foi altura<br />

para falar de Segurança na Internet.<br />

Elementos das Forças de Segurança,<br />

afetos ao Programa Escola Segura, vieram<br />

à escola para fazer recomendações<br />

sobre como fazer para criar e partilhar<br />

conteúdos na Internet, de forma responsável<br />

e consciente. Foi a data que<br />

a ESMS escolheu para assinalar a efeméride<br />

europeia - Dia da Internet mais<br />

Segura 2018 – que este ano tem como<br />

tema “Cria e partilha com responsabilidade:<br />

Uma Internet melhor começa<br />

contigo”.<br />

Ainda no dia 22, no período da tarde,<br />

falou-se de Conciliar é Preciso! Tarantini<br />

veio à ESMS conversar com os<br />

alunos e, durante cerca de 45 minutos,<br />

mostrou que é fundamental conciliar<br />

os estudos com a prática desportiva de<br />

alto rendimento. No presente ano letivo,<br />

a ESMS integra o Projeto-piloto<br />

Unidades de Apoio ao Alto Rendimento<br />

na Escola (UAARE). O seu objetivo<br />

principal é o de criar condições para<br />

que os jovens alunos e atletas possam<br />

conciliar, com sucesso, a atividade escolar<br />

com a prática desportiva quando<br />

enquadrados no regime de alto rendimento,<br />

seleções nacionais ou que<br />

revelem potencial desportivo elevado.<br />

A atividade cumpriu plenamente os<br />

seus propósitos e a adesão de alunos e<br />

professores foi significativa.<br />

Em paralelo a esta iniciativa, decorreu<br />

a final do concurso “Jovem<br />

Cozinheiro Martins Sarmento”. Este<br />

concurso já faz parte da cultura organizacional<br />

da ESMS e mostra os talentos<br />

dos nossos jovens cozinheiros. Nesta<br />

edição, o júri foi constituído por antigos<br />

alunos que já desenvolvem a sua<br />

atividade como chefes de cozinha em<br />

restaurantes de renome, designadamente<br />

no Grupo José Avillez.<br />

O Sarau Cultural, que se realizou no<br />

dia 23 de março, no Centro de Artes e<br />

Espetáculos S. Mamede, finalizou as<br />

IX Jornadas Culturais. O grande espetáculo<br />

da Martins Sarmento deu a<br />

oportunidade aos alunos de revelarem,<br />

mais uma vez, as suas aptidões<br />

artísticas e criativas e, simultaneamente,<br />

desenvolverem competências<br />

sociais e culturais. Nele foi visível o<br />

sentido de pertença de toda a comunidade<br />

ESMS. O envolvimento de alunos,<br />

pais, professores, assistentes, associação<br />

de estudantes e de pais mostra<br />

o valor que esta atividade tem para os<br />

que fazem parte da nossa comunidade<br />

educativa. Foi um espetáculo de<br />

som, luz e cor, repleto de momentos<br />

mágicos para todos os que nele participaram.<br />

A final do Liceu’ Got Talent<br />

pôs a descoberto talentos que poderão<br />

abrir caminhos de realização artística<br />

e influenciar a vida profissional futura<br />

dos concorrentes. Foi um desfecho<br />

cheio de profissionalismo e de espírito<br />

de solidariedade e de companheirismo<br />

bem patentes no momento da revelação<br />

do vencedor da edição deste ano.<br />

A cobertura fotográfica e vídeo de<br />

todo o evento esteve a cargo do Gabinete<br />

de Imagem da ESMS.<br />

Foram três dias nos quais a ESMS<br />

não parou, demonstrando claramente<br />

o dinamismo de todos quantos se envolveram<br />

para que esta iniciativa fosse<br />

um êxito.<br />

Ana Maria Silva, Diretora da ESMS


2018<br />

11<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

Foram três dias em que a Martins Sarmento não<br />

parou, demonstrando todo o seu dinamismo,<br />

numa abertura à comunidade envolvente


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

12<br />

Em destaque<br />

Atuações do Sarau em: https://www.youtube.com/user/ESMSARMENTO/<br />

videos


2018<br />

13<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Em destaque<br />

• Sarau Cultural 2018<br />

Lago dos Cisnes<br />

Como vem sendo habitual em espetáculos<br />

anteriores que a nossa escola tem o<br />

prazer de oferecer a toda a comunidade<br />

educativa, este ano o grupo de Educação<br />

Física apresentou uma atuação verdadeiramente<br />

memorável, digna, na nossa<br />

perspetiva, de um galardão (perdoem-<br />

-nos a escassez de modéstia!)<br />

E porque estamos sempre recetivos<br />

a qualquer desafio, desta feita,<br />

assumindo convictamente a nossa sensibilidade,<br />

delicadeza e talento inato,<br />

decidimos "recriar" o "Lago dos Cisnes",<br />

peça musical amplamente conhecida de<br />

Piotr Ilitch Tchaikovsky.<br />

Assim, após muito empenho e dedicação<br />

nos ensaios de preparação que o<br />

antecederam, somos de opinião que o<br />

Sarau 2018 foi engrandecido pela beleza<br />

de vários cisnes ( mais de umas do que<br />

de outros, é certo!).<br />

Foi um belo momento, de diversão, de<br />

romantismo, de feminilidade com a exibição<br />

de algumas aves mais musculosas!<br />

Enfim, um grupo eclético que se complementa<br />

e harmoniza! Um apreço e<br />

louvor a todos nós e a todos os que colaboraram<br />

dando o seu melhor!<br />

Agradecemos a oportunidade e prometemos<br />

cá estar para aceitar reptos<br />

futuros!<br />

Acreditamos que "juntos somos mais<br />

fortes" e, quando cada um de nós dá o<br />

melhor de si, atingimos o Sucesso!<br />

Parabéns a todos!<br />

Bom ano!<br />

O Grupo de Educação Física<br />

A atuação subiu ao palco da sala de<br />

espetáculos do São Mamede e foi o<br />

ponto alto da segunda parte da edição,<br />

deste ano, do Sarau Cultural da nossa<br />

Escola


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

14<br />

Em destaque<br />

• Jornadas Culturais<br />

Laboratórios abertos<br />

de Biologia, Geologia<br />

e Saúde<br />

Estamos em 2018, e, no dia 21 de março,<br />

mais um ano de participação ativa dos<br />

nossos alunos na dinamização dos Laboratórios<br />

Abertos de Biologia, Geologia e<br />

Saúde, atividade integrada nas Jornadas<br />

Culturais. Na área da Biologia, da Geologia<br />

e da Saúde, alunos e professores<br />

empenharam-se na receção aos jovens<br />

alunos de 9º ano de outras escolas, assim<br />

como na divulgação de algumas das<br />

atividades que vão sendo desenvolvidas<br />

nas várias disciplinas da área, ao longo<br />

do ano. Mais uma vez foi de realçar a<br />

interação em clima de boa disposição, a<br />

curiosidade e o grande empenho do público<br />

envolvido.<br />

No laboratório de Biologia, foi possível<br />

observar, manusear, identificar<br />

estruturas em órgãos de um mamífero<br />

e identificar odores específicos e ver os<br />

famosos pintainhos que todos os anos<br />

nascem nos nossos laboratórios, depois<br />

de um período de tempo de grande<br />

dedicação de alunos, de professor e funcionários<br />

da escola. No Laboratório de<br />

Geologia, foi possível observar e identificar<br />

amostras de rochas que, ao longo<br />

dos anos, vão sendo recolhidas por alunos<br />

e professores em cada nova aula de<br />

campo, catalogadas e guardadas na escola.<br />

No Laboratório de Saúde, os alunos<br />

do Curso Profissional de Técnico Auxiliar<br />

de Saúde ensinaram a fazer a manobra de<br />

Heimlich para a desobstrução de via aérea<br />

e a lavar corretamente as mãos, entre<br />

outras iniciativas.<br />

Obrigada a todos.<br />

Profª Frederica Sampaio<br />

A iniciativa de Laboratórios Abertos divulgou a ciência entre os jovens das escolas do<br />

1º. 2º e 3º ciclos , motivando-os para a Ciência e Tecnologia e, em particular, para a<br />

área da Biologia, Geologia e Saúde.<br />

O programa deste evento incluiu visitas a laboratórios, execução de experiências<br />

laboratoriais e demonstrações feitas pelos nossos alunos e professores.


2018<br />

15<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Em destaque<br />

• Jornadas Culturais: Serviço de Psicologia e Orientação<br />

Peça de teatro “Meu amor, dói”<br />

O Serviço de Psicologia e Orientação promoveu<br />

a peça de teatro “Meu amor, dói”, dinamizada<br />

pelo Projeto Tabu, com dramaturgia e encenação<br />

de Marcela Fernandes, para seis turmas de<br />

11.º e 12.º anos, no âmbito dos seus Projetos de<br />

Educação Sexual. No dia vinte e três de março de<br />

2018, a peça, apresentada em dois momentos, foi<br />

integrada no programa das Jornadas Culturais<br />

da Escola, e contou com a presença das turmas<br />

11.º CT1 e CT6, 3.º PM e PV. No dia vinte e seis de<br />

abril de 2018, a peça foi reposta para as turmas<br />

11.º SE1 e SE3.<br />

Cada peça foi constituída por três monólogos<br />

sobre violência sexual, baseados em relatos<br />

reais, em que o ambiente do espetáculo se desenrolava<br />

num cenário simbólico, ou seja, o limbo<br />

mental das personagens que iam descrevendo as<br />

suas histórias pessoais. A dramática história das<br />

personagens Ana, Eva, Varela e Zé tiveram um<br />

forte impacto, representando, metaforicamente,<br />

a problemática sexual que as personagens<br />

viveram e expondo abertamente todos os seus<br />

pensamentos sobre o que vivenciaram.<br />

Vocacionada para as questões da violência<br />

de género, a peça recorreu às artes cénicas<br />

como instrumento de intervenção social. A violência<br />

de género é considerada um obstáculo à<br />

concretização dos objetivos de igualdade, de desenvolvimento<br />

e paz, ao violar, dificultar e anular<br />

os direitos humanos e as liberdades fundamentais<br />

do ser humano. Os textos funcionaram como<br />

uma descarga elétrica da realidade, desencadeando<br />

nos espetadores um misto profundo de<br />

emoções e reações.<br />

As histórias foram um ponto de partida para<br />

o debate que permitiu a partilha de experiências<br />

por parte dos jovens e a troca de ideias sobre<br />

temas como a orientação sexual, a violência no<br />

namoro e a violência de género que incidiram na<br />

aceitação de papéis sexuais e na forma de abordar<br />

a sexualidade individual. O debate foi muito<br />

participado pelos alunos e professores, sendo<br />

as opiniões unânimes ao considerar a peça de<br />

grande utilidade, enriquecedora do ponto de<br />

vista das atitudes e valores e uma mais valia<br />

para os seus Projetos de Educação Sexual. Agradecemos<br />

ao Projeto Tabu a disponibilidade, a<br />

inovação e o profissionalismo com que vieram<br />

enriquecer a temática.<br />

Carla Sofia Rodrigues, Serviço<br />

de Psicologia e Orientação<br />

Psicóloga Diana Teixeira do Espaço Municipal para a Igualdade e atores<br />

Diana, Rafael e Marcela do Projeto Tabu<br />

Dinâmica de grupo sobre rótulos sociais e a forma como condicionam as<br />

relações interpessoais<br />

Peça “Meu amor, dói” apresentada às turmas de SE, na sala dos espelhos


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

16<br />

Em destaque<br />

• Serviço de Psicologia e Orientação<br />

Comportamentos<br />

autolesivos na adolescência<br />

A adolescência é considerada uma<br />

etapa de desenvolvimento e maturação<br />

entre a infância e a idade<br />

adulta, sendo um período de desenvolvimento<br />

humano em que os jovens<br />

desenham a sua identidade, escolhem<br />

o que querem fazer profissionalmente<br />

e preparam o seu projeto de vida. Pode<br />

ser um período vulnerável em que há<br />

busca de independência dos pais e<br />

maior valor dos amigos e vontade de<br />

exploração de novas situações, com<br />

as quais o jovem não sabe ainda como<br />

lidar. Desta forma, os comportamentos<br />

autolesivos em adolescentes são de<br />

grande relevância, estando associados<br />

a doença psiquiátrica e à maior probabilidade<br />

de suicídio futuro.<br />

Atendendo à complexidade da temática,<br />

o Serviço de Psicologia e<br />

Orientação dinamizou, no âmbito das<br />

Jornadas Culturais, no dia vinte e dois<br />

de março, uma palestra sobre comportamentos<br />

autolesivos na adolescência,<br />

à qual compareceram o primeiro e segundo<br />

anos do Curso Profissional de<br />

Saúde. Os comportamentos autolesivos<br />

na adolescência constituem um<br />

problema de saúde pública, resultando<br />

em riscos físicos, sociais e educacionais<br />

significativos. Segundo dados da<br />

Organização Mundial de Saúde, atinge<br />

2% da população mundial, com predominância<br />

do sexo feminino. Cerca<br />

de 10% dos adolescentes apresentam<br />

comportamentos autolesivos pelo menos<br />

uma vez ao longo da vida, sendo<br />

que 40 a 60% dos adolescentes com<br />

psicopatologia apresentam este tipo<br />

de comportamentos.<br />

O comportamento autolesivo pode<br />

ser encarado como um comportamento<br />

com resultado não fatal em que o<br />

individuo:<br />

- iniciou comportamento com intenção<br />

de causar lesões ao próprio (ex:<br />

cortar-se, queimar-se);<br />

- ingeriu uma substância numa dose<br />

excessiva em relação à dose terapêutica<br />

reconhecida;<br />

- ingeriu uma droga ilícita ou substância<br />

de recreio, num ato em que a<br />

pessoa vê como de autoagressão;<br />

- ingeriu uma substância ou objeto<br />

não ingerível, como detergentes,<br />

solventes.<br />

A automutilação é um dos comportamentos<br />

autolesivos mais frequentes,<br />

caracterizando-se como um comportamento<br />

direto, inaceitável e repetitivo,<br />

que causa ligeira a moderada lesão física,<br />

resultando em dano infligido no<br />

próprio corpo, em que há agressão direta<br />

ao corpo sem intenção consciente<br />

de suicídio e perturba o funcionamento<br />

fisiológico e psicológico do indivíduo<br />

e que não é social ou culturalmente<br />

aceite. O perfil clínico do adolescente<br />

com comportamentos autolesivos<br />

associa-se a ansiedade, depressão,<br />

impulsividade, agressividade, personalidade<br />

borderline, esquizotípica,<br />

dependente ou evitante, baixa autoestima<br />

ou consumo de substâncias.<br />

As estratégias de intervenção devem<br />

ser multidisciplinares, englobando Intervenções<br />

escolares que conduzam a<br />

uma redução do estigma sobre a saúde<br />

mental, a comportamentos de pedido<br />

de ajuda na situação de perturbação<br />

emocional e apostando no treino de<br />

estratégias de coping. Deve apostar-<br />

-se na formação dos profissionais<br />

escolares acerca dos comportamentos<br />

autolesivos, que permitam uma maior<br />

facilidade de identificação de jovens<br />

em risco, que capacitem os técnicos<br />

para lidar com estes jovens e que informem<br />

sobre o encaminhamento<br />

adequado a dar ao adolescente. Da<br />

mesma forma, deve haver uma maior<br />

facilitação do acesso aos cuidados de<br />

saúde mental dos jovens em risco, ou<br />

já com comportamentos autolesivos e<br />

capacitar os serviços de saúde mental<br />

que tratam os adolescentes em aceder<br />

a tratamentos do foro psicossocial. É<br />

importante promover o envolvimento<br />

do adolescente em atividades, na sua<br />

família e na sua comunidade.<br />

O encaminhamento para serviços<br />

técnico-pedagógicos das escolas,<br />

como o Serviço de Psicologia e Orientação,<br />

desempenha um papel fulcral. A<br />

psicoterapia é fundamental nos comportamentos<br />

autolesivos na medida em<br />

que: ajuda a identificar os problemas<br />

implícitos que provocam os comportamentos<br />

autolesivos; ajuda a procurar<br />

outras formas de lidar com a frustração;<br />

ajuda a regular a impulsividade e<br />

outras emoções; ajuda a gerir melhor<br />

a angústia/preocupação; permite desenvolver<br />

capacidades/aptidões de<br />

resolução de problemas mais assertivas;<br />

promove a autoestima e os<br />

relacionamentos sociais; fornece feedback<br />

e ativa rede de suporte.<br />

Desta forma, pode-se concluir que a<br />

intervenção deve ser abrangente e integrada,<br />

envolvendo vários domínios,<br />

como a família, a escola e a comunidade.<br />

Carla Sofia Rodrigues, Serviço<br />

de Psicologia e Orientação


2018<br />

17<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

• Dia Mundial da Árvore<br />

“Toma e Planta”<br />

No dia 21 de março, integrando as<br />

Jornadas Culturais da nossa escola, assinalamos<br />

o dia Mundial da Árvore, com a<br />

atividade “Toma e Planta”.<br />

Foi com entusiasmo que oferecemos<br />

uma pequena árvore a cada uma das escolas<br />

que nos visitou, não sem antes um<br />

responsável se comprometer a cuidar devidamente<br />

desse novo ser vivo.<br />

Passar pequenas plantas para as mãos<br />

de alunos, de crianças e jovens de outras<br />

escolas, e vendo a sua alegria, revelou-se<br />

um prazer. Temos a certeza que estarão<br />

bem entregues e que crescerão fortes<br />

juntos.<br />

Projeto Eco escola e<br />

Coordenadora da Segurança<br />

• Dia Aberto<br />

A ESMS abre as portas à Comunidade<br />

A promoção da escola junto da comunidade<br />

é uma das metas do nosso Projeto<br />

Educativo e, no dia 12 de maio, cumprimos<br />

mais uma etapa dessa divulgação.<br />

O Dia Aberto Martins Sarmento foi uma<br />

iniciativa concebida dentro do espaço escolar,<br />

mas voltada para a comunidade. Foi<br />

uma atividade muito positiva e este sentimento<br />

é partilhado por todos os que<br />

participaram na sua realização, bem como<br />

por aqueles que nos visitaram.<br />

Este ano, conseguimos superar as nossas<br />

expectativas. Estamos certos de que<br />

tudo o que projetamos pretende promover<br />

o serviço educativo de excelência<br />

que nos caracteriza, e que juntos conseguimos<br />

atingir a excelência desejada em<br />

todas as atividades que realizamos. Este<br />

dia é mais um exemplo disso!<br />

Ana Maria Silva, Diretora da Escola<br />

Os pais e alunos do ensino básico tiveram a oportunidade de conhecer as instalações,<br />

os cursos e algumas atividades que a escola desenvolve ao longo do ano.


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 18<br />

Notícias<br />

Conciliar Sucesso Escolar e desportivo<br />

Somos todos UAARE<br />

Terminada esta primeira experiência<br />

como Escola Piloto UAARE é possível<br />

fazer um balanço final do desenrolar de<br />

todo o processo de acompanhamento<br />

de Alunos/Atletas com carreiras duais,<br />

pertencentes por direito próprio ao Projeto<br />

UAARE – Martins Sarmento. Assim<br />

sendo, apesar de ter sido necessário trabalho<br />

árduo para promover uma forte<br />

e eficaz articulação de vontades, entre<br />

todos os envolvidos, tais como: Coordenador<br />

Nacional UAARE, Câmara<br />

Municipal, Diretora da Escola, Equipa<br />

da Sala de Estudo “Aprender+”, Diretores<br />

de Turma, Professores dos Conselhos<br />

de Turma, Alunos/Atletas, Encarregados<br />

de Educação, Federações, Clubes,<br />

Diretores Desportivos e Treinadores, foi<br />

alcançado com sucesso o desígnio para<br />

o qual todos nos propusemos. Não foi fácil,<br />

deu muito TRA-BA-LHO é verdade,<br />

no entanto, todo o esforço foi compensado,<br />

com a constatação de que todos os<br />

alunos/atletas, sem exceção, atingiram<br />

o sucesso escolar pretendido.<br />

Envolveu mudança de alguns paradigmas,<br />

compreensão das dificuldades/<br />

necessidades de gestão de carreiras<br />

duais, aulas de recuperação, adiamento<br />

de testes sumativos, adaptações curriculares,<br />

aulas de apoio individualizado,<br />

apoio à distância, reuniões, formações,<br />

entre outras. Não foi um trilho fácil, mas<br />

foi certamente um caminho que valeu a<br />

pena percorrer.<br />

A devida consideração para todos<br />

aqueles que cooperaram e acreditaram<br />

no projeto, tendo sempre presente que<br />

os alunos são a razão da nossa paixão.<br />

O justo reconhecimento ao trabalho/esforço/dedicação<br />

que todos os Alunos/<br />

Atletas demonstraram ao longo do ano,<br />

não só no seu percurso académico, mas<br />

também no seu percurso desportivo, o<br />

mérito também foi deles.<br />

A todos eles, manifesto a opinião de<br />

que nunca desanimem na vontade da<br />

procura dos seus sonhos.<br />

Votos de bom ano!<br />

Prof. Adelino Carvalho<br />

No passado dia 30 de julho, teve lugar, no auditório da ESMS,<br />

a assinatura do acordo de cooperação para o fomento das<br />

carreiras duais, que sentou à mesma mesa a Câmara Municipal<br />

de Guimarães, a Escola Secundária Martins Sarmento<br />

| Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, o Agrupamento<br />

de Escolas João de Meira e o Vitória Sport Clube. O<br />

acordo de cooperação contou com a presença de João Paulo<br />

Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto.


2018<br />

<strong>19</strong><br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

• Artes visuais e performativas<br />

Primeiro encontro de antigos<br />

alunos de artes da ESMS<br />

Registo Momentos 1 foi o nome escolhido<br />

para um encontro que reuniu<br />

os trabalhos artísticos de vários antigos<br />

alunos da Escola Secundária<br />

Martins Sarmento, no passado dia 5 de<br />

maio, no Museu Alberto Sampaio, em<br />

Guimarães.<br />

Esta iniciativa juntou cerca de 20<br />

criadores de várias áreas como a música,<br />

escultura, pintura, performances<br />

e vídeo, com a finalidade de criar um<br />

espaço de partilha entre variados diálogos<br />

artísticos. Segundo os seus<br />

impulsionadores, para além desse<br />

momento de comunhão, pretende-se<br />

que esse espaço seja de reflexão e de<br />

estímulo criativo em torno das problemáticas<br />

da arte em Guimarães e,<br />

até, em Portugal. A arte é, aqui, entendida<br />

como um conceito alargado que<br />

abrange o campo da prática artística e<br />

um outro mais próximo do âmbito industrial.<br />

A promoção da relação entre<br />

as vertentes educativa e artística também<br />

far-se-á com base nas vivências e<br />

nas expectativas das pessoas que participam<br />

neste projeto.<br />

A inauguração aconteceu no dia 5<br />

de maio, pelas 16 horas, e contou com<br />

a atuação de alguns músicos que passaram<br />

pela nossa escola, entre eles:<br />

Diogo Cosme, Manuel de Oliveira, Mathilda,<br />

Toulouse e Virar DaSquina.<br />

O registo do impacto que a criação<br />

artística teve e tem em cada um dos<br />

participantes, bem como a sua interação<br />

na comunidade em que estão<br />

inseridos, será ainda objeto dum próximo<br />

encontro, a realizar em julho, na<br />

Casa da Memória, em Guimarães.<br />

Prof. José Faria<br />

A inauguração aconteceu no dia 5 de maio, pelas 16 horas, e contou com a atuação de<br />

alguns músicos que passaram pela nossa escola, entre eles: Diogo Cosme, Manuel de<br />

Oliveira, Mathilda, Toulouse e Virar DaSquina.


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 20<br />

Notícias<br />

• Visita de Estudo com voluntariado<br />

Morabeza<br />

Dez ilhas vulcânicas, na região central<br />

do Oceano Atlântico, constituem a República<br />

de Cabo Verde. País insular que os<br />

exploradores portugueses descobriram<br />

e colonizaram no século XV. E o escolhido<br />

para o projeto Volunteen dos alunos do<br />

11CT2. Projeto aventura! Porque, de facto,<br />

foi à descoberta que partimos para a Ilha<br />

de Boa Vista. O objetivo? Oferecer o nosso<br />

tempo e as nossas ações voluntárias em jardins<br />

de infância da ilha. Paralelamente,<br />

diminuir a pegada ecológica que decorre<br />

da crescente oferta turística da ilha, através<br />

da limpeza de areais. É esta aventura<br />

que me pedem para descrever. Não é fácil,<br />

porém. Deveria sê-lo já que não foi<br />

imaginada. Foi real. Mas a dificuldade da<br />

sua redação prende-se com o embaraço<br />

de transformar em palavras as emoções<br />

que foram vividas, os toques, os abraços,<br />

os cheiros sentidos. As sensações são<br />

algo tão íntimo que, quando partilhadas,<br />

parecem perder a sua essência.<br />

“Morabeza!” Morabeza será a melhor<br />

resposta à questão que naturalmente<br />

ocorre após esta viagem. Cabo Verde<br />

é Morabeza. É ser genuinamente feliz. É<br />

ser amável, afável, delicado, gentil. Não<br />

se traduz. Sente-se.<br />

Foi de sentimentos este projeto. Muitos.<br />

Desde o seu início, um ano antes. Acreditar<br />

que a Escola Secundária Martins Sarmento<br />

poderia voar até terras africanas e “fazer diferente”.<br />

In loco. As empresas Filinto Mota,<br />

Donaire Portugal e Lasermind acreditaram<br />

e apoiaram o projeto. O Volunteen sentia-<br />

-se fortalecer. Os encarregados de educação<br />

não o deixaram esmorecer nunca. Todos os<br />

intervenientes tornaram o Volunteen humanamente<br />

sentido. Igualmente grande, e<br />

com especial destaque, o apoio da ONG Colcheia,<br />

sediada em Guimarães, na pessoa do<br />

professor Óscar Ribeiro, que nos ofereceu o<br />

seu know-how e nos guiou pelas ruas… pela<br />

terra batida da “Bubista”.<br />

Estar em Boa Vista é ser capaz de dar,<br />

abraçar e sentir. Sentir como, de tão pouco,<br />

se fazem dias plenos. Foram assim os<br />

nossos 7 dias: plenos. Desde o primeiro minuto<br />

em que o despertador toca à 01.00 da<br />

manhã de sábado, logo seguido de toques<br />

de chats em que alguém grita “estou a sentir-me<br />

preparado, AGORAAA!”, um dia<br />

inteiro de viagem para chegar a Boa Vista<br />

e sentir aquele primeiro impacto de…choque!!<br />

Cabo Verde?!! Mas é tudo castanho!!<br />

Cores desertas que se espraiam até mergulhar<br />

na frescura azul esverdeada das<br />

águas do Atlântico. A um lado. Porque, do<br />

outro… uma das raras ruas de Sal Rei, a capital<br />

da ilha, ladeada por lojas de comércio<br />

... Foi uma visita de estudo<br />

diferente, que nunca se<br />

irá apagar das nossas<br />

memórias. Para muitos foi<br />

a primeira vez que viajaram<br />

de avião, foi a primeira<br />

vez fora de Portugal, mas<br />

para todos esta viagem foi<br />

especial pela companhia,<br />

pelos sítios que visitamos e<br />

que muito nos marcaram...<br />

europeu… mas com sabores africanos oferecidos<br />

em bancas improvisadas na berma<br />

da calçada. Sair desta avenida significa<br />

entrar na Bubista que conheceríamos…<br />

na desorganização paisagística caótica,<br />

mas que se apresentaria bela. Porque<br />

há arte nos sorrisos das crianças que nos<br />

acolheram nas suas salas de aula. Não há<br />

muito mais.<br />

Tínhamos combinado não pesar as nossas<br />

malas com material escolar. Um ou<br />

outro par de conjuntos de lápis de cor e caderninhos,<br />

apenas. E essa foi a escolha<br />

acertada porque os jardins de infância que<br />

visitamos, que acolhem todas as crianças<br />

do bairro (degradado) da Boa Esperança,<br />

precisam mesmo é de quem possa ir até<br />

lá FAZER! Não há muitos educadores de<br />

infância nestes espaços. Há monitoras.<br />

Ávidas, elas próprias por aprender a fazer.<br />

E há crianças, sedentas de carinho!<br />

Muitas, em cada sala, que acariciam os<br />

nossos cabelos lisos e segredam que irão<br />

“casar com aquele titio”. Porque lhes oferecemos<br />

flores feitas de pedacinhos de<br />

papel fino, improvisadas no momento.


2018<br />

21<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

A pobreza destes espaços contrasta com<br />

a alegria da praia e do cais, ao fim da tarde.<br />

O nosso momento. A reflexão. Sentados<br />

em círculo, partilhando visões e concordando<br />

que esta experiência já era, desde<br />

o primeiro dia, reveladora… de que a falta<br />

de luxo não significa falta de bem-estar.<br />

O sentimento era de que nunca havíamos<br />

imaginado que esta experiência seria tão<br />

profunda… até pelo impacto que nós próprios<br />

causávamos em alguns dos locais<br />

que, demonstrando alguma desconfiança,<br />

ainda assim nos abordavam com um<br />

caloroso “high five”. Concordamos, no final<br />

da noite, que há uma escolha a fazer:<br />

fechar os olhos e não correr riscos ou meter<br />

mãos à obra e fazer a diferença.<br />

Levantamo-nos no dia seguinte para<br />

comprovar isso mesmo. A empresa KLS,<br />

Comércio e Distribuições, recebe-nos<br />

e mostra-nos que o sonho, realmente,<br />

“comanda a vida”. Uma empresa que é,<br />

ela própria, espelho da vida do seu diretor.<br />

Grande! Alguém que depois de sair<br />

do “seu” Brasil, vem para Portugal como<br />

jogador de futebol, mas, por infortúnio,<br />

perde “tudo”. Arregaça as mangas,<br />

aprende a fazer e levanta uma empresa<br />

em Cabo Verde cuja missão é “vender<br />

com qualidade”. Alguém que nos ensina<br />

a nunca desistirmos dos nossos sonhos.<br />

Foi na KLS que aprendemos um pouco<br />

da dinâmica das importações/ distribuições<br />

de produtos e foi com ela que<br />

honramos o compromisso com o meio<br />

ambiente, de fazer brilhar ainda mais as<br />

belas praias da ilha, tentando diminuir a<br />

grave pegada ecológica de que sofrem os<br />

areais de Sal Rei. Não demoramos mais<br />

do que 20 minutos a encher mais de uma<br />

dezena de sacos e caixotes com lixo deixado<br />

na praia…<br />

De manhã, no dia seguinte, o cenário<br />

é outro. Hora de conhecermos a Escola<br />

Secundária de Boa Vista e de sermos<br />

recebidos por uma turma de 11º ano.<br />

Não houve tempo para formalismos. A<br />

receção foi imediatamente calorosa. Assistimos<br />

às suas aulas de Português e de<br />

Química... até que nos convidam para<br />

a aula de Biologia. E lá fomos. Para a<br />

praia... recolher amostras de algas, numa<br />

aula que pareceu ter demorado 15/20 minutos.<br />

Calcorreando os extensos areais<br />

das praias circundantes, contavam-nos,<br />

orgulhosos, sobre a origem do nome de<br />

cada uma delas, e falavam-nos de como<br />

a Praia d’ Cruz acolhe o festival de verão<br />

em agosto.<br />

O último dia era chegado. E com ele<br />

uma experiência única. Um miminho<br />

que nos ofereceram. Uma volta à ilha.<br />

Primeiro, Rabil, para conhecer a arte da<br />

olaria local. E tocar uma morna com os<br />

músicos locais; depois, Povoação Velha,<br />

berço da primeira povoação da ilha. Duas<br />

ruas ladeadas por casas baixas e que<br />

“fervilha” com a chegada de jipes com<br />

turistas. Daí, uma reta interminável por<br />

caminhos que raramente conhecem a<br />

água…pedras, pedregulhos, uma árvore<br />

aqui e ali e dois montes a cortar a planície<br />

até sermos levados à praia de Sta Mónica.<br />

Maravilhosa. Linda. Mais uns quilómetros<br />

e chegamos a um cenário de cortar<br />

a respiração: um deserto à beira mar. O<br />

Deserto de Viana e, com ele, a magia de<br />

surfar naquele mar de areia.<br />

Foi assim a Bubista. Chegou, triste, a<br />

“ora di bai. Xei de Morabeza”.<br />

Profª Brigitte Gomes


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 22<br />

Notícias<br />

• Curso Profissional Técnico de Vendas<br />

Visita de estudo à Vista Alegre<br />

No passado dia 6 de março, as turmas<br />

dos 2º e 3º anos do Curso Profissional<br />

Técnico de Vendas tiveram o privilégio<br />

de visitar as instalações e de conhecer a<br />

riquíssima história da empresa Vista Alegre,<br />

em Ílhavo, Aveiro, fundada em 1824<br />

pelo visionário José Ferreira Pinto Basto,<br />

oriundo do Norte do país, mais precisamente<br />

de Cabeceiras de Basto.<br />

Esta empresa produz cerca de 50 000<br />

peças por dia, de gama média e alta, inseridas<br />

nos segmentos de porcelana de<br />

mesa, decoração, hotelaria, faiança e<br />

cristal, comercializadas nos mercados<br />

nacional e externo, representando este último<br />

uma quota superior a 60% do volume<br />

de negócios.<br />

A internacionalização da marca Vista<br />

Alegre deu os primeiros passos na década<br />

de 90, mas, atualmente, já se afirmou<br />

nos quatro cantos do mundo, tendo alcançado<br />

mercados improváveis como a Índia,<br />

onde inaugurou recentemente o último<br />

Showroom; a Coreia do Sul; os Estados<br />

Unidos e o Brasil, entre outros, sendo alguns<br />

dos seus clientes casas reais, como a<br />

rainha Isabel II.<br />

A Fábrica da Vista Alegre, que está prestes<br />

a comemorar o segundo centenário, já<br />

passou por períodos conturbados, tendo<br />

estado na iminência de colapso há menos<br />

de uma década. Porém, em 2009, foi integrada<br />

no Grupo Visabeira, detentor da<br />

maior parte do capital social, e agrega no<br />

seu portefólio as marcas Atlantis e Bordalo<br />

Pinheiro, bem como a loiça de mesa em<br />

grés, produzida pela Fábrica Ria Stone,<br />

cujo principal cliente e parceiro é o Ikea.<br />

O nosso anfitrião e guia, o Dr. Santiago,<br />

um dos responsáveis pelo marketing<br />

da Vista Alegre, começou a visita orientada<br />

pela capela privada, objeto de obras<br />

de restauro, na qual destacou as duas torres<br />

e dois púlpitos – características típicas<br />

das catedrais -, e o presépio Vista Alegre,<br />

com a presença física de Deus e a imagem<br />

da Padroeira “Nossa Senhora da Penha de<br />

França”, o túmulo do Bispo e reitor da universidade<br />

de Coimbra, nos finais do séc.<br />

XVII, D. Manuel de Moura Manoel, da autoria<br />

do escultor Claude Laprade, que se<br />

Esta empresa produz cerca de 50 000 peças por dia, inseridas nos<br />

segmentos de porcelana de mesa, decoração, hotelaria, faiança<br />

e cristal, comercializadas nos mercados nacional e externo.<br />

encontra na posição vertical. O guia partilhou<br />

connosco inúmeros episódios e<br />

curiosidades sobre a cultura ímpar da empresa,<br />

pela qual nutria enorme orgulho<br />

e abordava com fulgurante entusiasmo.<br />

Realçou que a Vista Alegre foi e é pioneira<br />

em várias vertentes sociais e recreativas.<br />

Assim, o primeiro desafio de futebol em<br />

Portugal foi organizado por esta empresa,<br />

assim como a primeira escola do país, em<br />

1826. Na mesma época, os trabalhadores<br />

foram brindados com um corpo de bombeiros<br />

e teatro privativos, um bairro<br />

operário cuja renda simbólica correspondia<br />

a um dia de salário, um grupo coral,<br />

refeitório, creche, pois a visão humanista<br />

e solidária, bem como o sentido comunitário<br />

de José Pinto Basto fez dele um<br />

empresário de sucesso, respeitado e venerado<br />

pelos seus trabalhadores, na medida<br />

em que procurava aliar o progresso da indústria<br />

ao investimento na educação e


2018<br />

23<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

O Museu Vista Alegre reúne no seu acervo mais de 30 000 peças<br />

dos séculos XIX, XX e XXI, entre as quais peças domésticas, de<br />

Christian Lacroix, da rainha Pia de Saboia, peças com rostos,<br />

coleções de aves em biscuit, sendo que um faisão tem um custo<br />

de 800€ e uma perdiz 20000€, com pigmentos naturais.<br />

cultura dos seus trabalhadores. Além de<br />

que era um requisito do recrutamento de<br />

novos colaboradores a apetência por um<br />

instrumento musical, a fim de integrarem<br />

a banda filarmónica. Ou seja, este<br />

empresário preocupava-se com o bem-<br />

-estar físico e psicológico de todos os que<br />

o rodeavam e com o seu desenvolvimento<br />

pessoal e profissional.<br />

No trajeto entre a Capela e o Museu, o<br />

Dr. Santiago fez alusão ao hotel de charme,<br />

de cinco estrelas, “Montebelo Vista Alegre<br />

Hotel”, inaugurado recentemente pelo Presidente<br />

da República, que esteve encerrado<br />

durante três dias para apresentação de novos<br />

modelos da marca.<br />

Já na receção do Museu Vista Alegre,<br />

deparamo-nos com dois imponentes fornos<br />

que remontam à origem da fábrica,<br />

mas que perduraram durante longos anos<br />

em atividade, atingindo temperaturas<br />

de 1300º e 1400º para a cozedura da porcelana.<br />

As principais matérias-primas<br />

utilizadas no fabrico da porcelana são argila<br />

branca (caulino), quartzo e feldspato,<br />

sendo a primeira proveniente de Ovar e a<br />

última de Viseu. A primeira sala a visitar<br />

foi a do vidro, já que, numa primeira fase,<br />

José Ferreira Pinto Basto se inicia na produção<br />

de vidro, aplicando o saber fazer<br />

do setor vidreiro à porcelana. Durante a<br />

passagem por este espaço e aquando da<br />

admiração das magníficas peças expostas,<br />

o Dr. Santiago sublinhou que a palavra<br />

é um dos valores chave da empresa e os<br />

pedidos de testemunho do seu mentor são<br />

cumpridos por todos. Na Sala do Fundador,<br />

a peça mais importante é o seu busto,<br />

onde se pode apreciar o fato bordado pelas<br />

filhas, a condecoração do Estado da figura<br />

nobre, empreendedora, católica e liberal,<br />

bem como a foto dos 100 anos da fábrica,<br />

o primeiro catálogo que data de 1824 e um<br />

LCD com vários tipos de catálogos – dos<br />

mais antigos aos mais modernos. A sala<br />

das Litofanias é reservada a exposições<br />

não permanentes: Feira de Paris, Frankfurt,<br />

Londres e Nova Iorque, e continha<br />

peças singulares.<br />

O Museu Vista Alegre reúne no seu acervo<br />

mais de 30 000 peças dos séculos XIX,<br />

XX e XXI, entre as quais peças domésticas,<br />

de Christian Lacroix, da rainha Pia de<br />

Saboia, peças com rostos, coleções de aves<br />

em biscuit, sendo que um faisão tem um<br />

custo de 800€ e uma perdiz 20000€, com<br />

pigmentos naturais. Há sempre um exemplar<br />

exposto, mesmo que se produza uma<br />

peça por encomenda, fica uma réplica na<br />

coleção, conforme eram os desejos do fundador.<br />

Contudo, as séries numeradas não<br />

se reproduzem. Uma outra curiosidade<br />

que, nos chamou a atenção, prendeu-se<br />

com o ouro cuja cor de origem é negra e,<br />

para ficar dourado, as peças vão ao forno<br />

a altas temperaturas, e com o facto de<br />

os pintores terem de possuir uma experiência/formação<br />

de 5 anos para estarem<br />

aptos a integrar a oficina de pintura que<br />

tivemos o prazer de visitar. Não é de estranhar<br />

que os preços de algumas peças<br />

sejam exorbitantes, uma vez que pudemos<br />

observar a minuciosidade a que está<br />

sujeita a sua pintura e os materiais preciosos<br />

que incorpora, assim como o<br />

recurso a artistas de alto gabarito - nacionais<br />

e estrangeiros -, onde constam (os<br />

que já desapareceram), numa tela decorada<br />

a preceito, que encima a escadaria<br />

de acesso, com uma árvore genealógica,<br />

dando relevo aos pintores que marcaram<br />

a história da empresa e que contribuíram<br />

para que se tornasse célebre no país<br />

e além fronteiras. Por último e antes de ingressarmos<br />

na loja principal, o anfitrião<br />

alertou-nos para um painel onde constam<br />

todos os logótipos desta instituição, que<br />

mudam sempre que há alteração do presidente<br />

do conselho de administração da<br />

empresa e peças de prestígio como coroas<br />

douradas.<br />

Na loja de artigos de gama alta, ficámos<br />

deslumbrados com a beleza, cores,<br />

motivos das pinturas, requinte e inovação<br />

de múltiplas peças, quer de serviços<br />

de mesa quer de decoração, em porcelana<br />

e vidro. Posteriormente, visitámos uma<br />

loja outlet nas imediações, com peças de<br />

gama média/baixa e a loja da marca Bordalo<br />

Pinheiro, onde pudemos apreciar<br />

soberbas peças decorativas de grande<br />

excentricidade.<br />

Após esta visita a uma empresa de vanguarda<br />

nacional no setor das porcelanas<br />

e sexta maior no mundo, seguimos para<br />

o centro da cidade de Aveiro, onde o almoço<br />

decorreu no Forum Aveiro, seguido<br />

da visita às várias lojas, com intuito de<br />

apreciarmos alguns detalhes de merchandising<br />

e técnicas de atendimento e vendas<br />

adotadas pelos lojistas locais, a fim de respondermos<br />

a um inquérito concebido pelas<br />

docentes organizadoras: Engrácia Bastos e<br />

Graça Ribeiro.<br />

Finalmente, fizemos um breve passeio<br />

pela cidade, num dia soalheiro, mas<br />

que foi ameaçado por um curto aguaceiro<br />

durante o qual contemplamos a bela paisagem<br />

e os seus canais, e alguns alunos<br />

experimentaram os famosos moliceiros e<br />

as bugas.<br />

Em suma, foi uma visita muito enriquecedora<br />

do ponto de vista dos<br />

conhecimentos técnicos do curso profissional<br />

de vendas, mas também ao nível<br />

cultural e social.<br />

Susana Silva e Vera Vieira, 3º PV


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 24<br />

Notícias<br />

• 10º SE2<br />

Visita de Estudo ao Banco de<br />

Portugal, Palácio da Bolsa e<br />

Super Bock Group<br />

No dia 8 de junho de 2018, foi organizada uma visita de<br />

estudo ao Banco de Portugal, Palácio da Bolsa e Super<br />

Bock Group, no âmbito da disciplina de Economia A.<br />

A visita iniciou-se com uma conferência<br />

no Banco de Portugal, no Porto,<br />

dividida em duas partes e intercalada por<br />

uma curta pausa para o lanche.<br />

Na abertura da conferência, visionamos<br />

um pequeno vídeo alusivo ao<br />

historial do Banco de Portugal, bem<br />

como às suas principais funções e missões.<br />

Seguidamente, foram abordadas,<br />

pela Dra. Cláudia e pela Dra. Helena, duas<br />

temáticas fundamentais: Contas de Depósitos<br />

à Ordem e Meios de Pagamento.<br />

Neste âmbito, fomos devidamente esclarecidos<br />

sobre a ficha de informação<br />

normalizada (FIN); o formulário de informação<br />

ao depositante (FID); o fundo<br />

de garantia de depósitos; a abertura de<br />

conta através de canais digitais, onde se<br />

procede à recolha de dados do cliente<br />

por videoconferência, para validação da<br />

sua identidade e atribuição de código de<br />

segurança através de SMS; o extrato bancário<br />

digital; a titularidade de contas;<br />

tipologias de contas bancárias - singulares,<br />

coletivas/conjuntas (solidárias e<br />

mistas); base de dados de contas (BDC);<br />

encerramento formal de contas; cheques;<br />

transferências bancárias, pagamentos<br />

digitais (cartão contactless – pagamento<br />

através da aproximação de um cartão a<br />

um terminal TPA); MB WAY (patente portuguesa),<br />

que equivale ao multibanco no<br />

telemóvel e permite efetuar transferências<br />

instantâneas através do telemóvel/<br />

tablet; MB NET; Débitos Diretos - nos<br />

quais é possível estabelecer limites de<br />

pagamento por meio de homebanking<br />

ou de ATM, para pagamentos automáticos<br />

de serviços de água, eletricidade<br />

ou outros, mas que pressupõe uma autorização<br />

formal dada pelo cliente ao<br />

credor (comerciante); cartões de débito<br />

e de crédito – no caso deste último, os<br />

encargos podem ser juros, anuidade e comissões<br />

para operações de pagamento no<br />

estrangeiro; Serviços Mínimos Bancários<br />

– possibilitam a manutenção das contas<br />

de depósitos à ordem e a realização<br />

de transferências intra e interbancárias<br />

(direitos e deveres dos depositantes, vantagens<br />

e custo simbólico associado de<br />

4,28€).<br />

A segunda parte da sessão de formação<br />

foi conduzida pela Dra. Cármen Pinheiro,<br />

tendo versado sobre o “Conhecimento<br />

da Nota e Moeda do Euro”, tema revestido<br />

de um caráter mais prático. Assim, a<br />

formadora começou por nos dizer que as<br />

notas de euro são produzidas na fábrica<br />

VALORA, no Carregado, e possuem alguns<br />

detalhes que nos permitem verificar<br />

se são genuínas ou falsas (bandeira europeia,<br />

assinatura do presidente do BCE e


2018<br />

25<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

respetiva sigla, elementos holográficos,<br />

a designação do euro e o símbolo copyright,<br />

filete de segurança, janela com<br />

retrato, número de série, marcas táteis, variantes<br />

linguísticas, etc.), sendo que um<br />

dos métodos que permite a distinção é o<br />

TOI (Tocar – Observar – Inclinar), havendo<br />

outros como a lupa para detetar microtextos,<br />

e a luz ultravioleta para observação<br />

das propriedades do papel (fibras e tintas).<br />

A Dra. Cármen informou-nos, também,<br />

acerca das duas séries da nota do euro e<br />

das suas especificidades; alertou-nos, ainda,<br />

para o facto de nunca contarmos as<br />

notas pelas pontinhas e que as pessoas cegas<br />

conseguem identificar se as notas são<br />

contrafeitas através das marcas táteis que<br />

emitem sons.<br />

Relativamente à moeda de euro, falou-nos<br />

das variantes comemorativa<br />

(sempre de 2€) e de coleção (2,50€, 3€,<br />

10€), ou seja, com valores faciais distintos<br />

das moedas tradicionais.<br />

Na sequência da sua exposição, que se<br />

pautou pela interação permanente connosco,<br />

tivemos o privilégio de fazermos<br />

experiências com notas falsas e genuínas<br />

com recurso a equipamento que funcionava<br />

a radiação ultravioleta.<br />

Após a palestra, a formadora transportou-nos<br />

até ao edifício imponente da filial<br />

do Banco de Portugal, no Porto, situado<br />

na Praça da Liberdade, no qual teve o cuidado<br />

de nos mostrar uma máquina que<br />

contava, de forma célere, grandes quantidades<br />

de moeda e convertia em notas<br />

de euro. Também nos deu a conhecer a<br />

maquete do edifício e falou dos vários pisos<br />

subterrâneos e departamentos.<br />

Na despedida da Dra. Cármen, fomos<br />

contemplados com um certificado relativo<br />

à formação e com a oferta de um<br />

livro sobre a nota e moeda de euro e um<br />

pequeno desdobrável informativo dos<br />

vários países da Zona Euro e símbolos<br />

das respetivas moedas euro.<br />

Fomos, então, almoçar na baixa portuense<br />

onde aproveitamos para conviver<br />

um pouco.<br />

Da parte da tarde, deslocamo-nos, a pé,<br />

até ao Palácio da Bolsa, passando nalgumas<br />

ruas mais emblemáticas do Porto.<br />

Já no Palácio, tivemos uma visita guiada<br />

A turma do 10º SE2 iniciou a visita com uma conferência no<br />

Banco de Portugal, no Porto, seguindo-se uma visita ao Palácio<br />

da Bolsa e à fábrica da cerveja da Super Bock e Museu da Cerveja<br />

pelo Dr. António, tendo os alunos ficado<br />

deslumbrados com a mistura de estilos<br />

arquitetónicos, desde os brasões dos aliados<br />

de Portugal expostos no Pátio das<br />

Nações, até aos Salões decorados a ouro,<br />

como o Salão Árabe, local onde tiramos<br />

uma foto conjunta para recordação, uma<br />

biblioteca, uma sala do antigo tribunal do<br />

Comércio e uma sala de reuniões da assembleia<br />

geral da Associação Industrial<br />

e Comercial do Porto. O nosso guia fez<br />

questão de salientar que o Palácio da Bolsa<br />

é um dos monumentos nacionais mais<br />

importantes e belos, sendo um dos mais<br />

visitados, imprescindível na agenda turística<br />

de personalidades que visitam o<br />

nosso país.<br />

Para concluir esta magnífica visita de<br />

estudo, os alunos dirigiram-se para a<br />

fábrica de cerveja Super Bock Group, antiga<br />

Unicer, a maior empresa portuguesa<br />

de bebidas, ativa nos cinco continentes<br />

e em 50 países. Esta empresa comercializa<br />

as marcas Superbock, Carlsberg,<br />

Cristal, Cheers, entre outras. Nesta empresa,<br />

começamos por ver pequenas<br />

amostras das matérias-primas: cereais<br />

(cevada e milho), lúpulo, malte, levedura<br />

e água. A seguir realizamos uma visita<br />

guiada a uma unidade fabril que agrupava<br />

todas as fases do processo produtivo<br />

e, posteriormente, visitamos as diferentes<br />

secções de produção, com enorme<br />

capacidade instalada, onde observamos<br />

a tecnologia de ponta utilizada de<br />

fabrico automático. Passamos, depois,<br />

ao departamento logístico no qual nos<br />

deparamos, novamente, com os processos<br />

automatizados de embalagem e de<br />

supervisão.<br />

Por fim, fomos guiados para o luxuoso<br />

Museu da Cerveja, onde tivemos uma explicação<br />

do historial da empresa e, antes<br />

de regressarmos a Guimarães, fomos ainda<br />

brindados com um lanche. Em suma,<br />

foi uma visita muito produtiva, pois o<br />

nosso conhecimento saiu fortalecido<br />

com estas experiências enriquecedoras.<br />

Resta-nos agradecer aos professores<br />

que nos acompanharam.<br />

Francisca Faria e Joana Picoto, 10º SE2


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 26<br />

Notícias<br />

• Ensino Superior<br />

Alunos da ESMS na 16ª<br />

Mostra Universidade do Porto<br />

Hoje em dia, a grande maioria dos estudantes<br />

do ensino secundário não<br />

está certa relativamente ao caminho a<br />

percorrer.<br />

De modo a contrariar esta tendência,<br />

inúmeras iniciativas foram (e são) criadas.<br />

Projetos como a Mostra da Universidade<br />

do Porto promovem a interação entre<br />

o público-alvo e professores e estudantes<br />

universitários, o que leva a uma partilha<br />

de informação mais detalhada e fidedigna<br />

sobre os cursos, instalações, processos<br />

de candidatura, planos de estudo, entre<br />

outros.<br />

Contudo, mesmo existindo a possibilidade<br />

de encontrar dados similares em<br />

várias plataformas (digitais ou físicas),<br />

é o contacto com as perspetivas dos diferentes<br />

indivíduos que vai causar mais<br />

impacto na decisão que vai guiar o destino<br />

profissional do futuro estudante<br />

universitário. De facto, ao conversarmos<br />

com estudantes dispostos a partilhar<br />

a sua experiência universitária (o que<br />

inclui as praxes, receções ao caloiro, alojamentos<br />

e residências, e, sobretudo, a<br />

sua opinião sobre a totalidade do percurso),<br />

as dúvidas sentidas por cada um<br />

de nós foram atenuadas e, consequentemente,<br />

tivemos o privilégio de ficar<br />

mais informados sobre as várias possibilidades<br />

existentes e a essência da<br />

universidade em si.<br />

Concluindo, depois de termos a oportunidade<br />

de vivenciar esta iniciativa,<br />

podemos, agora, afirmar com certeza que<br />

projetos desta dimensão servem não só<br />

os seus propósitos, mas tocam, também,<br />

os alunos de tal forma que os efeitos de<br />

algo, aparentemente tão simples, é, na<br />

realidade, o fator que promove o começo<br />

da jornada mais importante da vida de<br />

todos os jovens-adultos. Daí sermos capazes<br />

de repetir o slogan da 16° Mostra UP<br />

"Quatro dias de informação, experimentação<br />

e descoberta" e ainda acrescentar<br />

e enfatizar que, apesar de ser de curta<br />

duração, os seus efeitos manifestam-se<br />

muito para além das expectativas criadas,<br />

levando-nos a acreditar no poder da<br />

partilha correta de informação.<br />

Ana Beatriz Mendes, Ana<br />

Carneiro, Diana Silva, 12° CT1<br />

A visita à Mostra da Universidade do<br />

Porto foi uma experiência que permitiu,<br />

por um lado, percebermos a grande<br />

diversidade de cursos à disposição dos<br />

jovens e que, por outro lado, foi uma ajuda<br />

para decidirmos o nosso futuro, já que<br />

Joana Carvalheiro<br />

foi possível trocar impressões com alunos<br />

que frequentam diversos cursos do<br />

ensino superior e recolher informações<br />

adicionais acerca dos mesmos.<br />

Não é possível deixar de referir que o<br />

único aspeto negativo foi a quantidade<br />

exagerada de alunos que estavam a visitar<br />

em simultâneo a mostra.<br />

Luís Fonseca Rodrigues, 11º CT3


2018<br />

27<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

• 2º ano Profissional de Qualidade - Calçado e Marroquinaria<br />

Visitas de estudo: fábrica<br />

de solas Bolflex e a rota do<br />

Calçado<br />

Durante o presente ano letivo, a turma<br />

do 2º ano do curso Profissional<br />

de Qualidade - Calçado e Marroquinaria<br />

realizou duas visitas de estudo<br />

que vieram reforçar e complementar<br />

as aprendizagens adquiridas nas disciplinas<br />

técnicas, ao longo do curso,<br />

assim como consciencializar os alunos<br />

para a importância e dimensão da<br />

indústria do calçado no país.<br />

A primeira visita de estudo aconteceu<br />

a 6 de fevereiro, à fábrica de solas<br />

Bolflex, em Felgueiras, onde foi possível<br />

observar o processo criativo e<br />

produtivo de uma sola. A visita contemplou<br />

a parte criativa com uma<br />

visita ao gabinete de design e de desenvolvimento<br />

de amostras, seguida<br />

da parte de produção dos moldes para<br />

posterior injeção e vulcanização das<br />

solas. A empresa defende, também,<br />

uma forte política ambiental, nomeadamente<br />

no reaproveitamento e na<br />

reciclagem de todos os resíduos inerentes<br />

ao processo produtivo.<br />

Mais tarde, a 7 de maio, a turma voltou<br />

a sair a caminho de “A rota do Calçado”,<br />

em S. João da Madeira. Esta visita de estudo<br />

incluiu a ida ao Centro Tecnológico<br />

do Calçado de Portugal – CTCP (laboratório<br />

acreditado de referência na área do<br />

calçado), ao Instituto do Design e do Calçado,<br />

ao Museu do Calçado e à fábrica de<br />

calçado Evereste. Esta visita permitiu<br />

aos alunos terem diferentes perspetivas<br />

sobre a indústria do calçado, nomeadamente<br />

sobre: a relevância do controlo de<br />

qualidade em laboratório, a importância<br />

e a dimensão da formação profissional<br />

na área, o relevo do sapato do ponto de<br />

vista histórico e a sua evolução, além da<br />

visão industrial e, por fim, a produção<br />

do sapato e controlo de qualidade em<br />

produção/fábrica.<br />

Para além destas visitas, a turma<br />

participou, também, ao longo de grande<br />

parte do ano letivo, num projeto da<br />

Junior Achievement Portugal, que permitiu<br />

desenvolver competências em<br />

diferentes vertentes, destacando-se<br />

o empreendedorismo, a cooperação<br />

e a responsabilidade. A miniempresa<br />

Walkërs passou à segunda fase do<br />

projeto, Feira (I)limitada, com o seu<br />

produto desenvolvido produzindo<br />

uma mochila versátil com um kit<br />

multifunções.<br />

2º PQCM


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 28<br />

Notícias<br />

• Visita de Estudo de Biologia e Geologia<br />

Aula de campo no Parque Natural<br />

do Litoral Norte de Esposende<br />

Os alunos de Biologia e Geologia de<br />

11ºano (CT1, CT3, CT4, CT5 e CT6) realizaram,<br />

ao longo do mês de maio,<br />

visitas de estudo ao Parque Natural do<br />

Litoral Norte de Esposende (PNLNE).<br />

Esta visita foi, na realidade, uma grande<br />

aula de campo para cada turma,<br />

onde foram trabalhados conteúdos da<br />

disciplina sob a orientação do professor<br />

Artur Viana do PNLNE.<br />

Ao longo da manhã, a aula foi<br />

essencialmente orientada para a interpretação<br />

dos diferentes ecossistemas<br />

que existem ao longo das margens<br />

do rio Cávado, que desagua entre Esposende<br />

e Ofir, para a técnica de<br />

observação da variedade de aves que<br />

habita na região e a importância da<br />

preservação da biodiversidade na manutenção<br />

do equilíbrio da Natureza.<br />

Ao longo do final da manhã e tarde, a<br />

aula de campo foi dedicada à geologia<br />

através da interpretação das diferentes<br />

litologias (formações rochosas) da<br />

região; os processos de transformação<br />

inerentes, uma caça aos fósseis<br />

de rastos trilobites (da era paleozoica)<br />

na praia de Apúlia, a observação do<br />

resultado da ocupação pelo Homem<br />

(ocupação antrópica) desta zona costeira<br />

ao longo das ultimas décadas e a<br />

análise dos efeitos das obras de engenharia<br />

que têm sido implementadas<br />

no sentido de minimizar os efeitos da<br />

ocupação antrópica.<br />

Com esta atividade, foi possível relacionar<br />

os conteúdos trabalhados nas<br />

aulas com a sua observação no terreno.<br />

Mas quem melhor para avaliar do<br />

que os próprios alunos. Junto segue o<br />

testemunho dos alunos Luís Pereira e<br />

Miguel Faria do 11º CT4.<br />

Grupo de professores de Biologia<br />

e Geologia, 11º ano<br />

Esposende, uma cidade geológica<br />

Durante o mês de maio de 2018, foram<br />

realizadas visitas de estudo a Esposende<br />

no âmbito da disciplina de Biologia e<br />

Geologia.<br />

A visita começou na margem sul da<br />

zona estuarina do rio Cávado, onde comparamos<br />

a biodiversidade existente no<br />

leito de cheia e na zona de margem. De<br />

seguida, fizemos um percurso pedonal<br />

até à restinga, e, aí, foram-nos dadas a<br />

conhecer as consequências de construção<br />

das obras de proteção costeira em<br />

Viana do Castelo. Falamos ainda da<br />

alimentação artificial da restinga com<br />

geotubos e da sua mobilidade com o passar<br />

do tempo.<br />

Fomos, também, à praia de Ofir, e, lá,<br />

analisamos rochas metamórficas com<br />

vestígios fósseis (icnofósseis de trilobites).<br />

Da parte da tarde, visitamos o<br />

Castro de São Lourenço, onde nos foi<br />

explicada a sua formação (devido a<br />

uma orogenia) e relembrados conteúdos<br />

programáticos do ano anterior, como<br />

transportes transmembranares.<br />

Durante a viagem de regresso, finalizamos<br />

determinadas respostas cujas<br />

perguntas nos tinham sido feitas no<br />

guião orientador da visita, observamos,<br />

no terreno, muitos assuntos que tínhamos<br />

abordado nas aulas, o que foi muito<br />

interessante, e percebemos, então, que<br />

aquele dia foi muito agradável e educativo<br />

e seria ótimo se fosse possível,<br />

fazermos mais aulas de campo, uma vez<br />

que se aprende melhor a Geologia.<br />

Miguel Amorim e Luís Pereira, 11º CT4


2018<br />

29<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

• Época desportiva<br />

Desporto na Martins Sarmento<br />

Foi nos últimos dias de aulas<br />

do 2º Período que se<br />

realizaram os Torneios das<br />

Jornadas Culturais. O Espírito<br />

Desportivo e Fair Play foi<br />

uma constante nas manhãs<br />

e tardes desse evento cultural<br />

e desportivo, salientando<br />

o trabalho de arbitragem da<br />

responsabilidade dos alunos<br />

federados e dos alunos dos<br />

cursos profissionais que colaboraram<br />

na organização.<br />

Como já tem vindo a acontecer há<br />

vários anos, os professores de Educação<br />

Física organizam, no final do 1º e<br />

2º períodos, torneios de várias modalidades<br />

desportivas. Neste sentido, este<br />

ano, realizaram-se torneios de Voleibol<br />

e Badminton, no final do 1º período<br />

nos dias 14 e 15 de dezembro e de Futebol<br />

e Basquetebol, nos dias 22 e 23 de<br />

março, final do segundo período.<br />

As inscrições foram abertas a rapazes<br />

e raparigas, e cerca de 1000 alunos<br />

da Escola Secundária Martins Sarmento<br />

participaram nesta experiência,<br />

distribuídos pelas várias modalidades,<br />

manifestando visivelmente a sua<br />

vontade de superação e dedicação nos<br />

vários eventos desportivos.<br />

Foi nos últimos dias de aulas do 2º<br />

Período que aconteceram os Torneios<br />

das Jornadas Culturais. O Espírito Desportivo<br />

e Fair Play foi uma constante<br />

nas manhãs e tardes desse evento<br />

cultural e desportivo, salientando o<br />

trabalho de arbitragem da responsabilidade<br />

dos alunos federados nas várias<br />

modalidades e dos alunos dos cursos<br />

profissionais que colaboraram na organização<br />

destes Torneios.<br />

Relativamente ao projeto Desporto<br />

Escolar, os alunos participaram no<br />

Mega Sprint e Mega Kilómetro Distrital,<br />

tendo sido apurada a aluna<br />

Carlota Ribeiro para os Nacionais. A<br />

Carlota conseguiu um excelente 7º Lugar<br />

na Final do campeonato Nacional<br />

de Mega Sprint, realizado em Lisboa,<br />

no dia 24 de março. Também ocorreram<br />

os campeonatos regionais de<br />

Natação em Bragança, nos quais ficaram<br />

apurados para a fase Distrital, no<br />

dia 28 de abril, os alunos Ricardo Faria,<br />

José Ribeiro e Inês Ferreira.<br />

Por último, a nossa escola também<br />

esteve representada no Regional Norte<br />

do Tiro com Arco, em Vila de Conde,<br />

no dia 18 de maio.<br />

Ao organizar estes torneios, os professores<br />

de Educação Física tiveram<br />

como objetivo envolver o maior número<br />

possível de jovens e estimular o<br />

seu interesse pelo desporto. Houve um<br />

consenso alargado de que estas atividades<br />

tiveram uma influência positiva<br />

sobre todos os participantes e se desenrolaram<br />

com o êxito esperado!<br />

Grupo de Educação Física


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 30<br />

Notícias<br />

• Projetos empreendedores<br />

Orçamento<br />

participativo das<br />

Escolas mobiliza<br />

alunos da ESMS<br />

edição online em<br />

www.esmsarmento.pt<br />

A Associação de Estudantes realizou várias<br />

atividades com o intuito de divulgar e<br />

promover a 2ª edição do Orçamento Participativo<br />

das Escolas. É uma iniciativa que<br />

pretende estimular o espírito cívico e democrático<br />

dos alunos, desafiando-os a<br />

desenvolver projetos no sentido de melhorar<br />

a escola e celebrar o dia do estudante,<br />

no dia 24 de março.<br />

Depois de todos os procedimentos<br />

que o projeto exige, apareceu apenas<br />

um projeto que deriva de uma necessidade<br />

premente, sentida por professores<br />

e alunos, isto é, a aquisição de quatro<br />

projetores multimédia para apetrechar<br />

quatro salas de aula.<br />

O projeto foi apresentado em sessão<br />

pública pelos proponentes e obteve 493<br />

votos no ato eleitoral realizado no dia 22<br />

de março.<br />

Os alunos participaram de forma ativa<br />

e manifestaram o seu contentamento<br />

por terem contribuído para reduzir as<br />

desigualdades pedagógicas sentidas no<br />

dia a dia dos alunos e dos professores da<br />

ESMS.<br />

Ana Maria Silva, Diretora da ESMS<br />

O OP é promovido pelo município de Guimarães abrangendo os 14 Agrupamentos de<br />

Escolas e as 2 Secundárias do concelho e prevê um montante máximo das propostas<br />

de 12.50,00€. As propostas desta edição foram enquadradas no âmbito das áreas de<br />

sustentabilidade ambiental, voluntariado e solidariedade e articulação com o projeto<br />

Pegadas. A sessão de apresentação dos projetos na nossa escola contou com a presença<br />

da Dra. Patrícia Ferreira da Câmara Municipal de Guimarães.


2018<br />

31<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

• Concurso<br />

Concurso Nacional de Curtas<br />

Metragens “Jovens Iluminados”:<br />

ESMS conquista o 2º lugar<br />

Curta em: https://www.youtube.com/watch?v=_GyDvpD4p54<br />

Em outubro de 2017, foi lançado,<br />

pelo Departamento de Matemática e<br />

Aplicações, da Universidade do Minho,<br />

o concurso nacional de criação<br />

de curtas-metragens denominado “Jovens<br />

Iluminados”, destinado a alunos<br />

do ensino secundário.<br />

Este inédito, e muito participado,<br />

evento nasceu sob o tema "José Anastácio<br />

da Cunha - o Tempo, as Ideias, a<br />

Obra...”, e visava homenagear o ilustre<br />

matemático. O principal objetivo do<br />

concurso foi o de instruir os jovens para<br />

uma “leitura” informada e crítica - do<br />

mundo que nos rodeia.<br />

O concurso, antecedido, (em 12 de<br />

outubro) pela participação dos alunos<br />

Cláudia Dinis, Francisco Moreira, Francisca Gonçalves<br />

e Joana Sousa foram os alunos responsáveis pela<br />

concepção da curta-metragem que conta a história<br />

de quatro jovens que viajam no tempo para encontrar<br />

Isaac Newton, o famoso físico e matemático inglês<br />

em 10 workshops, na UM, foi transversal<br />

a várias áreas do conhecimento:<br />

matemática, ciências da computação,<br />

história, balística, filosofia, literatura,<br />

música, etc. Estes encontros serviram<br />

de mote para as curtas.<br />

Para realizar o filme, os alunos Cláudia<br />

Dinis, Francisco Micael Moreira,<br />

M.ª Francisca Gonçalves e Joana Pinto<br />

Sousa (do 11.º AV1) aprenderam e<br />

trabalharam muito. Reuniram, durante<br />

uns meses (às quartas-feiras e<br />

noutros dias) com o professor da disciplina<br />

de Filosofia e, por vezes, com<br />

outros profissionais e alunos do Liceu.<br />

Partilharam ideias; leram; visionaram<br />

filmes e curtas; escreveram; contactaram<br />

com instituições (Museu de<br />

Alberto Sampaio, uma banda de música<br />

internacional, a UM); prepararam<br />

contínua na próxima página


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 32<br />

Notícias<br />

cenários; alugaram vestimentas do<br />

séc. XVI a XVIII e vestiram-nas várias<br />

vezes para as filmagens.<br />

Trataram da pré-produção, da produção<br />

e da pós-produção. Tiveram muitos<br />

problemas para resolver. Esqueceram<br />

as falas das personagens; deixaram<br />

as baterias das máquinas de filmar<br />

descarregar em momento cruciais;<br />

carregaram cabos, máquinas e tripés.<br />

Perceberam o que é ter problemas de<br />

som (falta de material adequado) e de<br />

luz... Reescreveram o guião e redesenharam<br />

a storyboard. Choveu quando<br />

precisavam de filmar à noite. Tiveram<br />

de regravar várias cenas; penaram horas<br />

a fio na edição; ouviram o professor<br />

dizer, vezes sem conta, “cortem, cortem:<br />

são 5 minutos e não mais do que<br />

5 minutos.” Afinaram os créditos, remasterizaram<br />

meia dúzia de vezes e,<br />

por fim, o filme ficou pronto. Nunca<br />

desistiram!<br />

Foram uma equipa fantástica. O<br />

anúncio dos vencedores atrasou duas<br />

semanas, mas a 8 de junho de 2018,<br />

lá fomos todos receber o 2.º prémio<br />

do concurso nacional, no Instituto do<br />

Design, Campus de Couros da UM. A<br />

cerimónia teve alguma pompa e circunstância.<br />

Os alunos das equipas<br />

vencedoras, para além dos prémios<br />

recebidos em palco, foram ainda contemplados<br />

com um prémio extra, uma<br />

participação em atividades do Verão<br />

no Campus, da Universidade do<br />

Minho.<br />

Deixo-vos agora com as palavras que<br />

a aluna Joana Sousa Pinto (realizadora)<br />

leu quando a equipa foi receber os<br />

prémios:<br />

“Recebemos a proposta de participação<br />

nas oficinas de sabedoria e no concurso<br />

nacional de curtas-metragens e cartaz,<br />

logo no início de outubro de 2018.<br />

Acho que nenhum de nós se imaginava<br />

a trabalhar num projeto como este,<br />

quando o ano começou! Mas, quando<br />

a oportunidade surgiu, através do<br />

professor Carlos Félix, abraçámos o<br />

desafio e o tema lançado pela Universidade<br />

do Minho: Jovens Iluminados.<br />

Definitivamente não tínhamos noção das<br />

horas e dedicação que viríamos a investir<br />

no projeto. Forçou-nos a sermos mais<br />

independentes e autónomos proporcionando-nos<br />

a colaborar com instituições<br />

como o Museu Alberto Sampaio, sem esquecer,<br />

claro, o apoio e colaboração de<br />

vários profissionais da Escola Secundária<br />

Martins Sarmento.<br />

Encontrar uma ideia interessante para<br />

a Curta não foi difícil. Sempre gostei<br />

imenso da ideia, de que não conhecemos<br />

realmente nada. Sempre me encantou<br />

acreditar que a dita “história”, que os<br />

factos e datas que nos enfiam na cabeça<br />

desde que aprendemos a ler e a escrever,<br />

não são mais do que suposições. Não<br />

passam de uma ficção escrita por alguém<br />

que decidiu interpretar os espaços<br />

em branco, os espaços sem registo. Deste<br />

modo perguntámo-nos: como preencheríamos<br />

nós os espaços em branco?<br />

E a ideia surgiu: E se em vez de contarmos<br />

a parte que o mundo já conhece,<br />

justificássemos as coisas que o mundo<br />

não entende?<br />

Primeiro procurámos uma vítima.<br />

Tenho de admitir, como adolescentes


2018<br />

33<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

normais que não distinguem génios do<br />

século XV de génios do século XVIII esta<br />

parte do processo foi a mais simples.<br />

Abrimos a wikipédia, pesquisamos por<br />

“iluminismo” e, algures naquele aglomerado<br />

de palavras azuis e pretas, o nome<br />

Isaac Newton salta-nos à vista. Boa! Cá<br />

está o nosso iluminado.<br />

Após algumas horas de pesquisa,<br />

sabíamos que Newton, para além de físico,<br />

também tinha uma queda para a<br />

alquimia. Fora membro da Royal Society.<br />

Criara um novo telescópio que usa<br />

espelhos em vez de lentes. E que a fatídica<br />

queda da maçã ocorrera quando ele se<br />

isolara dois anos na casa da sua família,<br />

protegendo-se da peste.<br />

A ideia da viagem no tempo surgiu algures<br />

nesta fase. Acho que pela necessidade<br />

de ilustrar um paralelismo entre o passado<br />

e o futuro. E o conceito nasceu: quatro<br />

jovens viajariam para o passado e seriam<br />

eles que ensinariam a Newton tudo pelo<br />

qual o físico é conhecido por ter “inventado”.<br />

Três dos jovens representam pessoas<br />

reais da vida de Newton. Nicolas Fatio<br />

de Duillier, também membro da Royal<br />

Society. Catherine Barton, sobrinha de<br />

Newton, e, Emilie du Châtelet, física<br />

francesa. Por fim, a última personagem<br />

representa todos aqueles jovens iluminados<br />

que são esquecidos ou não chegam<br />

sequer a ser reconhecidos pela sociedade.<br />

Estas iniciativas fortalecem o nosso<br />

espírito de equipa, porque no final de<br />

contas somos uma equipa. Por mais talentosos<br />

ou espertos que sejamos como<br />

indivíduos, a chave para o sucesso, a<br />

chave para criarmos algo do qual nos orgulhamos<br />

está na nossa capacidade para<br />

comunicar, entender e trabalhar uns com<br />

os outros.<br />

Se há oito meses nos perguntassem:<br />

“o que terão feito no fim do ano?”.<br />

Provavelmente não responderíamos:<br />

— Uma curta-metragem. Mas estamos<br />

certamente satisfeitos por podermos responder:<br />

— contámos uma história.<br />

Muito obrigada!<br />

Joana Pinto de Sousa, 11º AV1<br />

O Storyboard dos 'Iluminados com Futuro' foi da autoria da aluna Joana Pinto de<br />

Sousa, a realizadora e argumentista da curta-metragem.<br />

A tua escola no facebook. Acede através de: www.esmsarmento.pt


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 34<br />

Notícias<br />

• Biologia e Geologia<br />

Desenvolvimento<br />

sustentável em Guimarães<br />

No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, os alunos<br />

do 11º CT4 e 11º CT5 desenvolveram, ao longo do segundo<br />

e terceiro períodos, um projeto de investigação sobre Desenvolvimento<br />

Sustentável em Guimarães, associado à<br />

candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020.<br />

Durante este processo estabeleceram ligações com o meio<br />

(Câmara Municipal de Guimarães, Laboratório da Paisagem,<br />

Juntas de Freguesia, entre outras instituições). Organizaram-se<br />

em grupo para a distribuição de tarefas de pesquisa<br />

para o envio de mails para solicitar informação e para a realização<br />

de entrevistas para elaborar o trabalho final. Este foi<br />

apresentado nos dias 5 e 6 de junho, no Pequeno Auditório<br />

da Escola, sob a forma de poster, powerpoint e vídeos, entre<br />

outros tipos de divulgações. Demonstraram dinamismo<br />

e empenho na elaboração, cuidado, atenção e criatividade<br />

na apresentação.<br />

No entanto, apesar de Guimarães não ter saído vencedora<br />

do galardão, os vários grupos de trabalho deste projeto<br />

consideraram que é urgente e importante continuar-se o caminho<br />

do combate às alterações climáticas no sentido de<br />

diminuir o aquecimento global através da contínua redução<br />

das emissões de carbono; reduzindo a produção de<br />

resíduos, nomeadamente de plásticos, acelerando a transição<br />

da nossa cidade para uma mobilidade mais sustentável<br />

incrementando uma maior eficiência energética e prosseguindo<br />

os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e da<br />

Agenda de 2030.<br />

Mas nada melhor do que a leitura de alguns testemunhos<br />

dos jovens alunos para percebermos o impacto da realização<br />

desta atividade.<br />

Profª. Frederica Sampaio, dinamizadora do Projeto<br />

“Na nossa opinião, a realização deste trabalho trouxe um<br />

enorme reforço do nosso conhecimento acerca de Guimarães e<br />

de todas as medidas que estão a ser implementadas para tornar<br />

Guimarães numa cidade mais sustentável, assim como para<br />

uma sensibilização acerca do que deve ser melhorado para a<br />

tornar mais sustentável. (…) Acima de tudo, assumimos este<br />

trabalho com responsabilidade, agarrando todas as possibilidades<br />

de descoberta e procura, pisando o terreno. No entanto,<br />

sentimos algumas dificuldades como: apresentar o trabalho<br />

com criatividade, com algo de novo/ inovador, e o tratamento<br />

das entrevistas realizadas junto da população vimaranense,<br />

uma vez que obtivemos opiniões muito variadas sobre o que<br />

tem sido feito.”<br />

Ana Sofia Poleri, Mariana Torres e Rafaela Vilar (11º CT4)<br />

e crítica relativamente a estes temas. Foi também uma importante<br />

forma de sensibilização, pois tomei consciência de que<br />

posso melhorar alguns hábitos relacionados com a preservação<br />

do ambiente na minha cidade, assim como tomar algumas<br />

medidas que podem contribuir para melhorar o nosso planeta.”<br />

Maria Inês Coelho, 11º CT5<br />

A realização deste trabalho permitiu-me colmatar as dúvidas<br />

existentes no meu conhecimento relativamente ao desenvolvimento<br />

sustentável que vem sendo implementado na nossa cidade<br />

Guimarães, e perceber que a procura por uma cidade melhor, a<br />

nível ambiental, é um caminho a ser percorrido por gerações.”<br />

Joana Machado, 11º CT5<br />

“O trabalho de investigação realizado na disciplina de Biologia<br />

e Geologia acerca da candidatura de Guimarães a Capital<br />

Verde Europeia 2020, nos subtemas EcoInovação e Emprego<br />

Sustentável e ainda o diagnóstico de situações que resultam<br />

da ocupação antrópica, levaram-me a adquirir novos conhecimentos<br />

e despertaram-me para novas prioridades. Contudo,<br />

também me deparei com algumas dificuldades, as quais fui ultrapassando<br />

ao longo do desenvolvimento de todo o projeto,<br />

como por exemplo, que locais visitar no âmbito dos subtemas<br />

do meu trabalho e descobrir o significado de emprego sustentável.<br />

Além disso, descobri bastante acerca do contributo de<br />

algumas freguesias de Guimarães para a candidatura do Concelho<br />

a Capital Verde Europeia 2020.<br />

Apesar de Guimarães não ser uma das finalistas ao Galardão<br />

Capital Verde Europeia 2020, é muito importante que os<br />

cidadãos continuem a ter atitudes amigas do ambiente. A participação<br />

neste projeto ajudou-me a valorizar mais o meio<br />

ambiente e a prestar mais atenção ao que me rodeia, nomeadamente,<br />

na identificação de situações que resultaram da<br />

ocupação antrópica e que ainda não foram solucionadas.”<br />

Ana Beatriz Frade, 11º CT5<br />

“O que aprendi de novo?"<br />

A realização deste projeto permitiu-me passar a prestar mais<br />

atenção aos problemas relacionados com a sustentabilidade e<br />

a ocupação antrópica de Guimarães e a ser mais participativa


2018<br />

35<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Notícias<br />

• Física<br />

Masterclasses<br />

Internacionais em Física de<br />

Partículas 2018<br />

No passado dia 2 de março, os alunos<br />

do 12º CT3 levaram com uma<br />

onda de informação particularmente<br />

interessante.<br />

A Física não é novidade nenhuma<br />

para qualquer pessoa, visto ser uma<br />

das ciências mais reconhecidas e mais<br />

respeitadas, porém esta é apenas o<br />

tronco de vários ramos, sendo um deles<br />

a Física de Partículas, tal como<br />

estes alunos puderam constatar.<br />

Por entre o burburinho inicial,<br />

numa das salas da Universidade do<br />

Minho, local desta International Masterclass,<br />

ouviam-se uns “Não sei bem<br />

o que é isto” ou “O que viemos aqui fazer?”.<br />

Pois, para perceber o que estes<br />

alunos realmente fizeram, é preciso<br />

primeiro compreender o que é a Física<br />

de Partículas.<br />

A Física de Partículas estuda os<br />

constituintes elementares da matéria<br />

e da radiação, assim como as<br />

suas interações e aplicações. É também<br />

conhecida como “Física das altas<br />

energias” visto que estas partículas só<br />

podem ser criadas com energias muito<br />

elevadas.<br />

Todos estes conceitos foram explicados<br />

na palestra inicial, assim como<br />

alguns métodos gerais da Física, a<br />

título de exemplo, a lei das áreas de Kepler.<br />

Segundo esta, um raio vetor que<br />

liga um planeta ao Sol descreve áreas<br />

iguais em intervalos de tempo iguais.<br />

Assim sendo, os diferentes planetas<br />

têm não só velocidades diferentes<br />

entre si, como também velocidades diferentes<br />

na sua trajetória, pois esta é<br />

elíptica e não circular.<br />

Porém, os olhares brilharam quando<br />

o assunto foi a matéria e a energia negra.<br />

Algo que não interage com o nosso “mundo<br />

comum”, mas que é essencial à sua<br />

existência, é simplesmente impressionante!<br />

Quem diria que apenas conhecemos<br />

5% da constituição do Universo!<br />

A Física de Partículas estuda os constituintes elementares<br />

da matéria e da radiação, assim como as suas<br />

interações e aplicações. É também conhecida como “Física<br />

das altas energias” visto que estas partículas só<br />

podem ser criadas com energias muito elevadas.<br />

Explicados todos estes conceitos,<br />

chegou o momento de atribuir uma tarefa<br />

aos alunos. Estes iriam avaliar a<br />

existência de duas partículas elementares,<br />

Bosão Z e Bosão de Higgs.<br />

Bosão Z decai num par muão-antimuão<br />

ou num par eletrão-positrão<br />

Bosão de Higgs decai em 2 Bosões Z<br />

e pode originar 2 fotões.<br />

Após as análises dos resultados,<br />

estes foram partilhados com outros<br />

países presentes no projeto e com o<br />

próprio CERN (Conseil Européen pour<br />

la Recherche Nucléaire).<br />

Para terminar o dia, os alunos puderam<br />

ainda ouvir o testemunho de<br />

um aluno da universidade que teve o<br />

privilégio de trabalhar nesse local tão<br />

prestigiado.<br />

Após tudo isto, quem sabe se o 12º<br />

CT3 não terá um futuro físico de partículas<br />

entre eles?<br />

Prof. João Paulo


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 36<br />

Universo ESMS<br />

• Escola Secundária Martins Sarmento<br />

Projetos de Futuro<br />

Pregão<br />

Pregão, o grito audível e visível da<br />

nossa existência; a voz que ajudou, ao<br />

som dos tambores, a projectar esta escola<br />

e os seus alunos no calendário das<br />

mais concorridas festas estudantis.<br />

Mas o processo relacional não poderia<br />

ficar por aqui. Afinal, sou um jornal escolar<br />

e estas páginas têm de reflectir a<br />

realidade que é uma escola (...) As diferentes<br />

atividades dinamizadas pelos<br />

vários clubes e projectos são uma espécie<br />

de laboratório onde se ensaiam e<br />

exploram as novas aprendizagens.<br />

Prof. António Leite<br />

“As minhas asas, - deu-mas<br />

O tanto sonhar eu poder gritar-te, ó<br />

Morte:<br />

-Inútil! Podes vir<br />

Acabar de matar as mortes do meu ser!<br />

Tu podes vir buscá-lo, podes vir!<br />

Mas eu não sou de morrer!<br />

Eu vou voando!<br />

Sou asas para o Porvir...”<br />

José Régio<br />

Voluntariado MS<br />

O Voluntariado MS pretende promover<br />

a solidariedade, a cidadania,<br />

colaborar para a formação dos alunos,<br />

contactar diretamente com a realidade<br />

, criar laços afetivos entre diferentes<br />

gerações e incentivar e promover a prática<br />

do voluntariado, - Despender de<br />

tempo EM PROL DOS OUTROS<br />

Assim, no âmbito da promoção dos<br />

valores essenciais do projeto, durante<br />

o passado ano letivo, desenvolvemos<br />

várias atividades em parceria com alguns<br />

organismos da nossa cidade.<br />

Deste modo, cooperamos com a Cruz<br />

Vermelha nos projetos: recolha de alimentos;<br />

fizemos embrulhos na época<br />

do Natal, junto da superfície comercial<br />

Continente. Continuamos, no Hospital<br />

Senhora da Oliveira, com a iniciativa<br />

Hospital Divertido, na Consulta externa<br />

de pediatria. Juntamente com a<br />

União de Freguesias, colaboramos na<br />

recolha de alimentos junto do Supermercado<br />

Pingo Doce e dinamizamos o<br />

centro de dia do Lar de Santos Passos<br />

com oficinas de iniciação à informática.<br />

Com o projeto ERDAL, estivemos<br />

em duas provas, auxiliando na logística.<br />

Colaboramos, também, no auxílio<br />

aos utentes do Lar de Santos Passos. E,<br />

finalmente, participamos na logística<br />

no Campeonato Mundial de Ginástica.<br />

No próximo ano letivo, pensamos<br />

centrar-nos mais na escola, lançando<br />

o desafio à comunidade educativa<br />

(professores, alunos e funcionários),<br />

para que o grupo de Voluntários MS<br />

seja mais alargado e esteja presente em<br />

mais iniciativas da nossa escola.<br />

Profª Helena Rodas<br />

Escola Com Pedalada<br />

A “Escola Com Pedalada” é um Eco<br />

projeto no âmbito da sustentabilidade<br />

ambiental da nossa escola que é<br />

feita de múltiplos projetos interessantes<br />

e que mobilizam, ao longo do ano,<br />

muitos alunos em atividades de enriquecimento<br />

pessoal e educativo.<br />

A escolha do transporte para as<br />

nossas deslocações diárias pode melhorar<br />

a qualidade de vida das cidades<br />

e, consequentemente, da nossa Escola,<br />

tornando-a mais sustentável e agradável.<br />

Os mais jovens deslocam-se todos<br />

os dias para a escola e a maioria recorre<br />

ao transporte motorizado, mesmo residindo<br />

nas proximidades.<br />

“Escola com Pedalada” dispõe de<br />

10 bicicletas para estimular na comunidade<br />

educativa uma mudança de<br />

hábitos no domínio da mobilidade,<br />

no sentido da sustentabilidade e combate<br />

ao sedentarismo das deslocações<br />

para a escola, contando para tal com<br />

a parceria da “ERDAL” e de “Guimarães<br />

+ verde”. O projeto está em marcha<br />

e as bicicletas foram utilizadas pelos<br />

alunos nas aulas de Educação Física,<br />

faltando um uso mais frequente em vários<br />

contextos.<br />

No próximo ano letivo, pretende-se<br />

aprovar o documento que estabelece<br />

as normas de cedência das bicicletas e<br />

regula a sua adequada utilização. Estas<br />

bicicletas destinam-se a toda a comunidade<br />

educativa da ESMS mediante<br />

um registo de adesão e apresentação<br />

de termo de responsabilidade assinado<br />

pelo Encarregado de Educação quando<br />

o requisitante for menor, ficando este<br />

responsável por qualquer dano causado<br />

na via pública e pelo bom uso dos<br />

equipamentos.<br />

Esta medida poderá potenciar as<br />

deslocações de bicicleta para a escola,<br />

recuperando um hábito antigo e saudável<br />

e, simultaneamente, a utilização<br />

regular da futura Ecovia por parte da<br />

comunidade educativa, dada a sua proximidade.<br />

Este projeto também poderá<br />

interferir positivamente nos níveis de<br />

poluição junto das escolas e melhorar<br />

as condições de segurança rodoviária.<br />

Prof. Ricardo Lopes


2018<br />

37<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

O projeto Eco Escola<br />

Eco Escolas é um programa internacional<br />

direcionado para a educação<br />

ambiental, desenvolvido em Portugal<br />

desde <strong>19</strong>96 pela ABAE e que conta a nível<br />

internacional com cerca de 20000<br />

escolas, distribuídas por 46 países. A<br />

nossa escola adotou este projeto desde<br />

o ano letivo de 2006/2007.<br />

O programa “Eco-Escolas” promove<br />

o desenvolvimento de atividades<br />

direcionadas para a melhoria do desempenho<br />

ambiental quotidiano da<br />

escola, contribuindo para a alteração<br />

de comportamentos.<br />

Na prática, o programa visa criar hábitos<br />

de participação e de cidadania,<br />

envolvendo os alunos na tomada de<br />

decisões e implementação das ações<br />

planeadas, procurando encontrar soluções<br />

que permitam melhorar a<br />

qualidade de vida na escola e na comunidade.<br />

As ações desenvolvidas<br />

pelos alunos e por toda a comunidade<br />

educativa proporcionam a tomada de<br />

consciência de que simples atitudes individuais<br />

contribuem, no seu conjunto,<br />

para melhorar o ambiente global.<br />

Divulgar boas práticas ambientais,<br />

fomentar o trabalho em<br />

equipa, familiarizar os alunos com<br />

a fauna e flora da região, estimular<br />

o aluno na construção do seu saber<br />

são objetivos a atingir. Este programa<br />

abrange iniciativas direcionadas<br />

para as temáticas da água, resíduos,<br />

energia, floresta, mar, geodiversidade,<br />

biodiversidade, alimentação saudável,<br />

alterações climáticas, ruído e mobilidade<br />

sustentável.<br />

Contamos com a tua energia. Não<br />

deixes de participar!<br />

Profª Gisela Freitas<br />

Projeto Nicolinas<br />

Este Projeto pretende colaborar na<br />

divulgação e preservação das Festas<br />

Nicolinas na comunidade educativa,<br />

informando e colaborando no que for<br />

necessário com todas as Instituições/<br />

Associações responsáveis pela sua<br />

concretização anualmente.<br />

No âmbito deste projeto, temos<br />

realizado o "Jantar Nicolino" na noite<br />

do Pinheiro, na Escola Secundária<br />

Martins Sarmento, aberto a toda a comunidade;<br />

participamos sempre no<br />

Cortejo das Maçâzinhas, assim como,<br />

no Pregão; colaboramos com a Comissão<br />

de Festas na realização de palestras<br />

sobre este tema aos alunos de 10º ano.<br />

Mas o que devemos saber sobre as<br />

Nicolinas? Segue um breve texto que<br />

podes consultar no site da ESMS:<br />

As tradicionais e seculares Festas<br />

Nicolinas decorrem de 29 de Novembro<br />

até 7 de Dezembro de cada ano.<br />

As Festas Nicolinas têm a sua origem<br />

na devoção religiosa dedicada a<br />

São Nicolau que era oriundo da Ásia<br />

Menor e terá vivido nos séc. III e IV.<br />

Julga-se que terá sido Bispo em Mira,<br />

Turquia. A devoção a este santo deve-<br />

-se à sua proteção às raparigas pobres,<br />

perseguidos, comerciantes, presos,<br />

crianças, infelizes, abandonados à sua<br />

sorte e estudantes.<br />

Este culto terá chegado até Guimarães<br />

através dos peregrinos de vários<br />

pontos do país e do estrangeiro que<br />

aqui se deslocavam para venerarem<br />

Nossa Senhora de Guimarães (Padroeira<br />

de Portugal até ao séc. XVII),<br />

e também através da passagem de<br />

romeiros de/e para Santiago de Compostela<br />

que terão deixado como marca<br />

a sua devoção a S. Nicolau.<br />

São as festas mais antigas de Guimarães<br />

e durante estes dias, os estudantes<br />

tinham e têm várias “atividades” que<br />

fazem parte da estrutura da Festa. São<br />

os designados Números Nicolinos, os<br />

quais são fundamentais conhecer para<br />

entender o espírito destas Festas:<br />

- as Novenas;<br />

- as Ceias Nicolinas;<br />

- o Pinheiro;<br />

- as Posses<br />

- o Magusto;<br />

- as Roubalheiras;<br />

- o Pregão;<br />

- as Maçãzinhas;<br />

- as Danças de S. Nicolau;<br />

- o Baile Nicolino<br />

Ao longos dos tempos, as Festas<br />

Nicolinas têm sofrido algumas alterações<br />

em função do evoluir normal da<br />

civilização, mas a sua essência mantém-se<br />

e representa um testemunho<br />

intangível do património cultural<br />

vimaranense.<br />

Prof. Filipe Freitas


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 38<br />

Universo ESMS<br />

Clube de Programação<br />

e Robótica<br />

O Clube de Programação e Robótica<br />

(CPR) da Escola Secundária Martins<br />

Sarmento (ESMS) foi criado em 2004,<br />

no âmbito do Curso Tecnológico de<br />

Informática, mantendo a sua atividade<br />

e o seu compromisso profissional,<br />

sem interregno, até ao presente, com o<br />

Curso Profissional de Gestão e Programação<br />

de Sistemas Informáticos.<br />

É um centro de interesses educativos<br />

e científicos, de inovação e tecnologia,<br />

na área da automação e robótica criativa<br />

e competitiva, que estabelece a<br />

união entre a vertente académica e prática,<br />

garantindo competências gerais<br />

no crescimento académico, pessoal e<br />

humano dos jovens.<br />

Ambiciona, assim, que a Escola<br />

ganhe, cada vez mais, um lugar de<br />

destaque na comunidade, em termos<br />

tecnológicos e de engenharia. Neste<br />

sentido, objetivamos que o Clube apresente<br />

sempre, e de forma renovada,<br />

um potencial de construção de mecanismos<br />

robóticos, com utilidade e<br />

aplicabilidade em trabalhos de laboratório,<br />

no desenvolvimento das Provas<br />

de Aptidão Profissional (PAP’s) e no<br />

investimento em experiência mais especializada,<br />

de modo a adequá-los aos<br />

projetos de Formação em Contexto<br />

de Trabalho (FCT). Numa perspectiva<br />

de projeção do interior (escola) para<br />

o exterior (comunidade) e vice versa,<br />

procuraremos e desenharemos, como é<br />

nossa prática, uma dinamização e participação<br />

em competições e eventos.<br />

De modo a alargar o nosso raio de<br />

ação, protocolamos diversas parcerias<br />

empresariais e institucionais com<br />

variados objetivos de cooperação e de<br />

interação.<br />

Os resultados mais ambicionados<br />

remetem-nos para a conquista de competências<br />

dos alunos que são atraídos<br />

para o clube. A efetiva evolução das<br />

suas capacidades de autoconhecimento<br />

leva-os a serem responsáveis e<br />

agentes do seu próprio processo educativo,<br />

na versatilidade que passamos a<br />

elencar: na comunicação; na agilidade;<br />

na adaptação; na interacção; na partilha<br />

colaborativa; na diversidade e<br />

interesse na aprendizagem e trabalho<br />

em equipa; num espírito competitivo,<br />

criativo, curioso, imaginativo, inovador<br />

e no pensamento crítico. Entenda-<br />

-se que tudo é arquitetado e pensado<br />

numa perspetiva de construção e projeção<br />

no futuro.<br />

Além disso, destaca-se, no presente<br />

ano letivo, o projeto do concurso “Melhor<br />

Projeto PAP da Escola”. Por ter sido<br />

a sua primeira edição neste evento foi<br />

especialmente acarinhado e objecto de<br />

um sucesso notório e visível. Com efeito,<br />

envolveu todos os alunos de todos<br />

os cursos profissionais e contou com a<br />

participação de um júri externo, com<br />

diversas individualidades empresariais<br />

e representativas de instituições<br />

da comunidade.<br />

Prof.ª Luísa Vieira<br />

Gabinete de Imagem<br />

Nove de julho 2018, pouco falta para<br />

as nove da manhã, um grupo já está<br />

no Centro Cultural Vila Flor a preparar<br />

o equipamento e a verificar o mapa<br />

de atividades para o dia. Alunos e professores.<br />

Objetivo, apoiar, a nível de<br />

imagem e vídeo, o V Encontro Internacional<br />

da Casa das Ciências, este<br />

ano a decorrer em Guimarães, ao longo<br />

de três dias, e cuja colaboração foi<br />

solicitada ao Gabinete de Imagem. Na<br />

escola, o grupo de editores prepara-<br />

-se também para receber e editar as<br />

primeiras imagens de forma a serem<br />

divulgadas o mais cedo possível. Na<br />

sala de multimédia, mais alunos e professores.<br />

Durante os três dias em que<br />

se realizou o Encontro, a azáfama foi<br />

muita, as equipas revezaram-se e, entre<br />

fotografias, vídeos, o leva e traz de<br />

equipamentos e conteúdos, muitas<br />

edições, os grupos mostraram o seu<br />

desembaraço. O mais gratificante foi<br />

aceder às plataformas da organização<br />

e verificar que o trabalho estava a ser<br />

apreciado. É sempre a melhor parte, a<br />

sensação de fazer e fazer bem!<br />

Quando nos perguntam em que consiste<br />

este projeto, a melhor resposta é<br />

o trabalho feito, nomeadamente, as<br />

reportagens de fotografia e de vídeo<br />

(que alimentam a página eletrónica<br />

da escola ou as suas redes sociais,<br />

trabalhos que fazemos para entidades<br />

exteriores quando nos é pedido).<br />

Além da divulgação da imagem da<br />

escola, as atividades junto da comunidade<br />

escolar e local são alguns<br />

dos nossos objetivos, sendo que<br />

o principal pretende envolver os<br />

alunos na dinâmica da escola e deste<br />

projeto. Criado para envolver,<br />

especialmente, os alunos do curso de<br />

Multimédia, integra alunos de Artes<br />

Visuais, Ciências e Tecnologias, Línguas<br />

e Humanidades, Informática e<br />

Restauração.<br />

A nossa intenção visa colocar as<br />

equipas em situações o mais próximo<br />

possível do mundo do trabalho,<br />

de modo a que os participantes se<br />

apercebam do que pode ser um futuro<br />

relacionado com esta área.<br />

Orientamos a Rádio Escola e o<br />

Estúdio Multimédia, publicamos<br />

conteúdos na página da escola e no<br />

facebook. Além disso, criamos conteúdos<br />

de vídeo para a LiceuTV,<br />

com reportagens fotográficas e audiovisuais.<br />

Ainda, elaboramos os<br />

suportes gráficos para a divulgação<br />

de diversas atividades, entre outras, a<br />

coordenação multimédia do Sarau, o<br />

desenvolvimento de atividades específicas<br />

(em momentos pontuais das<br />

Jornadas Culturais ou o Dia Aberto)<br />

e… não menos importante, paginamos<br />

este jornal, o ‘O Pregão’.<br />

Por isso, se te imaginas a fazer algumas<br />

destas tarefas, esta é a tua<br />

equipa!<br />

Prof.ª Raquel Silva<br />

edição online em<br />

www.esmsarmento.pt


2018<br />

39<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

• Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno<br />

A Educação para a Sexualidade<br />

também é trabalhada no<br />

ensino secundário<br />

O GAIA, ou Gabinete de Apoio e Informação<br />

ao Aluno, funciona na nossa<br />

escola em articulação com os alunos,<br />

professores, assistentes operacionais,<br />

pais e encarregados de educação. Tem<br />

como principais áreas de intervenção<br />

a Cidadania, a Educação para a<br />

Saúde e Sexualidade. Além disso, articula<br />

com a Direção no sentido do<br />

acompanhamento de alunos que revelam<br />

problemas de integração escolar,<br />

assiduidade, sociabilidade ou outros<br />

aspetos psicopedagógicos.<br />

Ao longo do ano, foram realizadas<br />

sessões sobre o tema “Saber ser, saber<br />

estar” para todas as turmas de 10º<br />

ano dos cursos de ciências e tecnologias<br />

e 1º ano dos cursos profissionais<br />

(cerca de 550 alunos), nas quais foram<br />

abordados, entre outros pontos, a fundamentação<br />

ética do estatuto do aluno<br />

e a ética escolar, pelo professor António<br />

Moura. Os alunos estiveram envolvidos<br />

na sua elaboração e avaliação.<br />

No GAIA, também se proporciona<br />

um atendimento individualizado,<br />

com encaminhamento para outro serviço,<br />

nomeadamente o Serviço de<br />

Psicologia, sempre que solicitado por<br />

um aluno, o diretor de turma, o professor<br />

e a Diretora, essencialmente.<br />

Houve ainda a preocupação de acompanhar<br />

vários alunos para a orientação<br />

vocacional no Serviço de Psicologia.<br />

Além disso, foram levadas a cabo<br />

várias sessões sobre questões ligadas<br />

à Saúde e Educação para a sexualidade<br />

a nível de turma, 28 turmas no<br />

total (cerca de 784 alunos) abordando<br />

temas como a sexualidade e os<br />

afetos; questões de atitude; postura<br />

e assertividade dos jovens; IST’s e<br />

relações sexuais e métodos contracetivos;<br />

sexualidade; prevenção de<br />

comportamentos desviantes, nomeadamente<br />

os que são tipificados como<br />

crimes sexuais (como os detetar, como<br />

os enfrentar); a violência no namoro e<br />

a violência pela internet. Estas sessões<br />

foram dinamizadas pelos docentes<br />

do GAIA, António Moura e Frederica<br />

Sampaio e pela psicóloga Carla Sofia<br />

Rodrigues, do SPO, à medida que<br />

alunos e respetivos professores responsáveis<br />

pelo Projeto de Educação<br />

Sexual da Turma foram solicitando a<br />

sua colaboração. Considera-se que os<br />

alunos estiveram envolvidos na preparação,<br />

dinamização, participação e<br />

avaliação das atividades. Sobre estas<br />

sessões, os alunos fizeram uma avaliação<br />

anónima, com sugestões de temas<br />

para novas intervenções, acerca das<br />

quais se juntam alguns testemunhos.<br />

Prof. Frederica Sampaio,<br />

Coordenadora da Educação para a<br />

Saúde e Sexualidade e do GAIA<br />

“Na minha opinião, achei muito interessante<br />

esta sessão, pois falamos<br />

da diferença entre sexo e amor e muita<br />

gente, de certeza, achava que o sexo poderia<br />

ser mais importante do que o amor<br />

e, nesta sessão, foi possível debatermos<br />

as nossas opiniões de forma tão aberta,<br />

para esclarecer dúvidas existentes, sem<br />

o desconforto e a vergonha, geralmente<br />

associados. Numa próxima sessão, acho<br />

que podíamos abordar melhor as relações<br />

entre as pessoas que têm relações<br />

sexuais e também sobre a dúvida, a incerteza<br />

e a pressão por uma das partes<br />

em relação à outra.”<br />

Aluno anónimo<br />

“Com esta sessão aprendi bastante sobre<br />

a diferença entre sexo e amor. Isto<br />

fez me refletir sobre quando é que estarei<br />

preparado(a) para ter relações sexuais e<br />

como hei de lidar com as minhas ideias<br />

acerca do assunto. Obrigada pela sua<br />

presença, que volte mais vezes, pois foi<br />

um diálogo muito produtivo e que nem<br />

sempre nos é possível.”<br />

Aluno anónimo<br />

“Penso que esta sessão foi importante,<br />

pois na escola nunca temos sessões<br />

tão abertas como estas e acho que é interessante<br />

porque muitas pessoas têm<br />

dúvidas em relação à sexualidade e têm<br />

medo de perguntar ou questionar alguém<br />

sobre o tema.”<br />

Aluno anónimo


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 40<br />

Universo ESMS<br />

•Por decisão da autora, este texto não obedece ao novo acordo ortográfico<br />

• Projeto Voltar à Escola<br />

“Dê 10 minutos à Língua Portuguesa”:<br />

No encerrar de um projecto<br />

Apresentação da edição manuscrita<br />

de “Os Lusíadas”,<br />

promovida pelo grupo “Voltar<br />

à Escola”<br />

Sociedade Martins Sarmento, 2018-06-10<br />

No ano lectivo que agora termina,<br />

o grupo “Voltar à Escola” decidiu,<br />

por sugestão da colega Salete Pinto,<br />

promover uma cópia integral de “Os<br />

Lusíadas”, manuscrita colectivamente.<br />

Em sessão realizada a 16 de Novembro,<br />

na Escola Martins Sarmento, convidámos<br />

os vimaranenses a colaborar<br />

nesse projecto, que intitulámos “Dê 10<br />

minutos à Língua Portuguesa”. Com a<br />

consciência de que estávamos em contraciclo,<br />

explicitámos então os nossos<br />

objectivos:<br />

1. Homenagear a língua portuguesa,<br />

o mais valioso património nacional<br />

imaterial, que temos o dever de conhecer,<br />

estudar, defender e valorizar;<br />

2. Propiciar o espírito de colaboração<br />

e de entreajuda;<br />

3. Exercitar a escrita manual como<br />

meio de desenvolver a atenção e a destreza,<br />

e facilitar a memorização.<br />

A Escola Martins Sarmento, a Sociedade<br />

Martins Sarmento e a Biblioteca<br />

Municipal Raul Brandão, instituições<br />

parceiras na nossa iniciativa desde o<br />

primeiro momento, puseram à disposição<br />

dos eventuais copistas as<br />

respectivas bibliotecas. E foi assim, entre<br />

livros, que o nosso livro nasceu e foi<br />

crescendo.<br />

A meio da maratona da escrita, tivemos<br />

uma agradável surpresa: a turma<br />

de Artes Visuais do 12.º ano da Escola<br />

Martins Sarmento brindou-nos com<br />

um projecto próprio, a que foi dada a<br />

sugestiva designação de “Tempo de<br />

ilustrar a Língua Portuguesa”: em ambiente<br />

de aula, cada aluno criou uma<br />

ilustração para uma diferente estrofe<br />

de “Os Lusíadas”. Os trabalhos foram<br />

apresentados e estiveram expostos na<br />

Sociedade Martins Sarmento, e posteriormente<br />

na Escola durante a Semana<br />

Cultural, e também na Biblioteca Raul<br />

Brandão, voltando alguns a estarem<br />

hoje, dia da apresentação, de novo<br />

presentes.<br />

Em meados de Maio, a cópia do poema<br />

de Camões, feita vagarosamente,<br />

de forma paciente e esforçada, estava<br />

praticamente concluída.<br />

Dez cantos; 1 102 estrofes; 8 816 versos;<br />

muitas horas de trabalho não<br />

contabilizadas, 100? 180? ; cerca de 450<br />

escreventes, cujas assinaturas constam<br />

no final do volume, como marca<br />

pessoal de cada participante. Uma<br />

tarefa a que aderiu um número significativo<br />

de jovens estudantes de<br />

várias escolas, mas também antigos<br />

alunos, professores, funcionários, profissionais<br />

dos mais variados sectores<br />

de actividade, donas de casa, reformados,<br />

turistas de passagem; pessoas de


2018<br />

41<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

todas as idades, o mais novo apenas de<br />

6 anos (um rapazinho que acelerou o<br />

seu processo de aprendizagem da escrita<br />

para poder participar), o mais<br />

velho contando 95 primaveras; portugueses,<br />

obviamente em maioria, mas<br />

também alguns estrangeiros: meia dúzia<br />

de entusiásticos brasileiros, um<br />

luso-brasileiro escritor, galegos, belgas,<br />

uma francesa, um italiano, uma<br />

americana, um angolano; desde o<br />

mais anónimo de todos nós, até algumas<br />

personalidades bem conhecidas<br />

no nosso meio, autarcas, antigos autarcas,<br />

universitários, directores de<br />

instituições culturais, etc… O Senhor<br />

Presidente da República, Professor<br />

Marcelo Rebelo de Sousa, deu-nos a<br />

honra de escrever as três últimas estrofes<br />

do Poema.<br />

E aí está, finalmente, ainda por encadernar<br />

para mais facilmente poder<br />

ser mostrada, a nossa edição manuscrita<br />

de “Os Lusíadas”, obra de muitas<br />

mãos, produto de caligrafias diferentes.<br />

Ei-la, como já foi referido, junto a<br />

um dos raríssimos exemplares da primeira<br />

edição impressa do Poema, feita<br />

em 1572, ainda em vida de Camões –<br />

que, por deferência da Direcção da<br />

Sociedade Martins Sarmento, volta<br />

a estar exposto neste dia. É uma<br />

presença que não pode deixar de nos<br />

emocionar.<br />

Está a nossa cópia enriquecida com<br />

uma introdução da autoria do poeta<br />

Carlos Poças Falcão e com 12 ilustrações<br />

originais, distribuídas pelos<br />

diversos cantos. Carlos Falcão, naquele<br />

dizer diferente de que só os poetas<br />

são capazes, considera a nossa versão,<br />

manuscrita no século XXI, como<br />

“um belo e consciente anacronismo”.<br />

E continua: “…a edição que aqui se<br />

apresenta é, mais do que porventura<br />

qualquer outra, uma homenagem<br />

de afeição, um anacronismo de amor<br />

a Camões e a "Os Lusíadas”. Refere<br />

depois a importância de Os Lusíadas<br />

enquanto “monumento maior da nossa<br />

língua”, capaz de “conseguir dizer os<br />

mundos todos, visíveis e invisíveis”, “a<br />

voz (…) que melhor nos desenha a vida<br />

e a história (…)”.<br />

Teremos atingido os objectivos que<br />

formulámos em Novembro? Numa autoavaliação<br />

honesta, cremos que sim:<br />

agitámos a bandeira da língua e cerca<br />

de 450 pessoas seguiram-nos, comungando<br />

do nosso sentir. Ler e copiar<br />

uma estrofe de “Os Lusíadas” é tarefa<br />

modesta, mas pode ser o despertar de<br />

um interesse, o desejo de entender melhor,<br />

a admiração pelo Poema e pelo<br />

Poeta, o respeito por uma língua que<br />

foi a dele, mas que hoje é nossa. Acreditamos<br />

que o menino de seis anos e os<br />

jovens do 12.º AV guardarão por muito<br />

tempo uma lembrança positiva da sua<br />

participação neste projecto.<br />

Houve quem confidenciasse: “Há<br />

quanto tempo não ouvia falar de “Os<br />

Lusíadas”! Ou ainda “Há quantos anos<br />

não escrevia à mão!”<br />

Em relação ao grupo “Voltar à Escola”,<br />

a experiência foi enriquecedora.<br />

Fez-nos sair da nossa zona de conforto,<br />

estabelecer contactos, tomar<br />

decisões, aceitar críticas, sugestões<br />

e encorajamentos. Entre nós, houve<br />

quem pela primeira vez tivesse a<br />

oportunidade de ler integralmente “Os<br />

Lusíadas”; quem se ficasse num determinado<br />

episódio ainda lembrado ou já<br />

esquecido; quem voltasse a desenhar;<br />

quem se espantasse com a profunda<br />

cultura clássica de Camões, com a riqueza<br />

imaginativa do dizer, ou com a<br />

musicalidade do verso.<br />

E hoje, os nossos sentimentos são<br />

de satisfação por termos chegado<br />

ao fim e de gratidão para com todos<br />

os companheiros de viagem. De um<br />

modo especial, queremos renovar publicamente<br />

o nosso agradecimento<br />

à Escola Martins Sarmento, à Biblioteca<br />

Municipal Raul Brandão e à<br />

Sociedade Martins Sarmento, pela disponibilidade<br />

com que nos acolheram;<br />

pelo entusiasmo com que adoptaram a<br />

nossa iniciativa; pelas ajudas que nos<br />

dispensaram; pela atenção sempre vigilante;<br />

pelo cuidado e carinho posto<br />

nas pequenas coisas. E também pela<br />

intervenção de há pouco do Dr. Paulo,<br />

da Dr.ª Ana Maria e da senhora Vice-<br />

-Presidente da Câmara Municipal de<br />

Guimarães, Dr.ª Adelina Paula.<br />

Não esquecemos os muitos que deram<br />

"10 minutos à Língua Portuguesa<br />

"(ou mesmo um pouco mais). As nossas<br />

últimas palavras só podem ser<br />

estas: Bem hajam! Obrigada!<br />

Dra. Manuela de Alcântara<br />

Santos, Projeto Voltar à escola


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 42<br />

Universo ESMS<br />

• Projeto Voltar à Escola<br />

A sublime e sempre jovem<br />

Língua Portuguesa<br />

Língua moderna de civilização transcontinental<br />

Excelentíssimos Membros da Mesa<br />

Distinta Assembleia<br />

Com cerca de 270 milhões de falantes,<br />

é a Língua Portuguesa a 3.ª maior<br />

da Europa, entre mais de 60, e a 6.ª<br />

mais falada no mundo, entre milhares<br />

de outras línguas. Falada em todos<br />

os continentes, é Língua oficial de 9<br />

países, e faz parte dos currículos de<br />

escolas não só do Uruguai, Argentina,<br />

Paraguai, Venezuela e Bolívia, mas<br />

também da República do Congo, Senegal,<br />

Namíbia, Suazilândia, Costa do<br />

Marfim e África do Sul, entre outras.<br />

Na universidade de Goa tem um mestrado<br />

em Estudos Portugueses desde<br />

<strong>19</strong>88. Para além da sua presença em<br />

comunidades europeias, com destaque<br />

para o Luxemburgo onde é língua<br />

materna de <strong>19</strong>% da população, é falada<br />

em pequenas comunidades do Zanzibar<br />

(na Tanzânia), da costa oriental da<br />

África, de Macau, Goa, Damão e Diu,<br />

de Malaca (na Malásia), de Java (na<br />

Indonésia), da Austrália e Nova Zelândia<br />

(na Oceânia), e, nas palavras<br />

do poeta, “se mais mundo houvera, lá<br />

chegara!” (VII, 14). Enquanto Língua<br />

Transoceânica e Transcontinental<br />

está o Português em franca expansão,<br />

aumentando significativamente<br />

o seu interesse na China; e, nos países<br />

de língua espanhola limítrofes do Brasil,<br />

está a introduzir-se e a expandir-se<br />

para lá das fronteiras do país lusófono.<br />

Com cerca de 270 milhões de falantes,<br />

perspetiva-se que, por volta<br />

de 2050, tenha cerca de 400 milhões,<br />

sendo atualmente, de acordo com a<br />

UNESCO, “o idioma que tem maior potencial<br />

de crescimento como língua<br />

internacional na África Austral e na<br />

América do Sul”.<br />

A grandiosidade da Língua Portuguesa<br />

vai muito para além do seu<br />

espaço linguístico no mundo. O Português<br />

é língua de prestígio, língua<br />

sublime e distinta naquilo que de tão<br />

especial nos oferece. Língua difícil,<br />

afirmam todos, mas, talvez por isso<br />

e pelas suas particularidades distintivas,<br />

língua de estudos e de teses<br />

frequentes por especialistas estrangeiros.<br />

Língua de civilização, a par<br />

da inglesa, espanhola e francesa, é a<br />

Língua Portuguesa senhora de uma<br />

riqueza tão sem igual, que podemos<br />

afirmar que nós, porque tivemos e temos<br />

o privilégio de a falar, somos<br />

os prediletos, os eleitos entre todos<br />

os povos. Não hesitemos, por isso,<br />

em prestar-lhe justiça, colocando-<br />

-a, por distinção, no pódio das mais<br />

polidas e mais completas línguas do<br />

mundo. Rica na abundância dos seus<br />

sinónimos, é, quando comparada à<br />

francesa ou à inglesa, única na expressividade<br />

dos seus aumentativos e<br />

diminutivos, como podemos ver em “rapagão”<br />

ou em “rapazinho” e “rapazito”;<br />

única na semântica contida no adjetivo<br />

“quentinho”, que, totalmente diferente<br />

do significado de “quente” e de “muito<br />

quente”, traduz aqui, graças ao sufixo, o<br />

calor exato do aconchego e do bem-estar;<br />

única no uso, conceito e expressividade<br />

dos termos “menino” (muito mais terno<br />

e doce do que “criança”), “formoso” (que<br />

está para além de “belo”), “jeito” (tão diferente<br />

de “habilidade”), ou “saudade”,<br />

cuja riqueza semântica não permite encontrar<br />

par nas outras línguas; rica e<br />

completa na sua conjugação verbal de


2018<br />

43<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

todos os tempos e modos, não precisando,<br />

salvo algumas exceções, da presença<br />

do pronome sujeito para sabermos qual<br />

a pessoa referida, pois o morfema de<br />

pessoa e número contido na forma verbal<br />

dispensa a pronúncia e a grafia<br />

desse pronome. “Quando estavas em<br />

casa, trabalhávamos em conjunto”, frase<br />

exemplificativa da ausência gráfica e<br />

fónica do “tu” e do “nós”, necessários na<br />

enunciação das frases em inglês e francês,<br />

sob pena de ruído na receção da<br />

mensagem; única capaz de se referir à 2.ª<br />

pessoa com a forma verbal da 3.ª – “O senhor<br />

estuda português?”; “você não sabe<br />

onde deixou os óculos? - particularidade<br />

de difícil compreensão para estrangeiros.<br />

E se estes exemplos não bastam,<br />

atentemos na exclusiva, morfológica e<br />

semanticamente exata utilização das<br />

formas de agradecimento “obrigado” ou<br />

“obrigada” com as suas variantes de número,<br />

que, incorretamente usadas por<br />

muitos portugueses, são de difícil entendimento<br />

para falantes de outras<br />

línguas. Tão diferente da língua francesa<br />

no emprego diferenciado entre o<br />

pretérito perfeito simples e o composto!<br />

Esta língua abundante, enérgica,<br />

concisa e elegante, para cuja perfeição<br />

tanto contribuíram reis como D. Dinis<br />

ou D. Duarte, e para cujo poder comunicativo<br />

encontramos eco em Fernão<br />

Lopes, mostrou esse grau de perfeição,<br />

aquele vigor expressivo em Camões,<br />

Garrett ou Pessoa, aquela força argumentativa<br />

em António Vieira, aquela<br />

dor e ansiedade em Florbela Espanca,<br />

aquela paixão telúrica em Torga, aquele<br />

poder interventivo em Sttau<br />

Monteiro ou Manuel da Fonseca, aquela<br />

denúncia sentida em Ary dos Santos,<br />

aquela busca de justiça em Sofia, aquele<br />

reconhecimento internacional em<br />

Saramago, aquela candura e inebriante<br />

doçura em Matilde Rosa Araújo.<br />

Esta sublime idoneidade, este grande<br />

caráter, esta nobre energia, esta<br />

elegância e capacidade da nossa Língua<br />

deveriam colocar os seus falantes,<br />

compreensivelmente orgulhosos, no<br />

píncaro linguístico europeu e mundial.<br />

Mas esta Língua de ouro está a<br />

ser delapidada, profanada e desonrada<br />

por alguns dos seus falantes. De Língua<br />

de glória está, para e por certos (ir)<br />

responsáveis, a transformar-se num<br />

idioma sem ambição, pela desprezível<br />

e ingénua “mania de quererem parecer<br />

estrangeiros na sua própria pátria.”<br />

Esta bela Língua Portuguesa está a ser<br />

ameaçada pelo desnecessário, despropositado<br />

e abusivo uso de palavras<br />

estrangeiras na conversação, nos discursos<br />

públicos, na publicidade. Esta<br />

ignorante presunção está a prostituir<br />

este nosso Tesouro, introduzindo-lhe<br />

ou tentando introduzir-lhe termos<br />

que, disfarçados em português, ou<br />

não, negam o uso e a riqueza dos sinónimos<br />

que a nossa Língua possui<br />

e que, seguramente, contêm igual ou<br />

maior expressividade do que aqueles.<br />

Com o orgulho linguístico que nos<br />

brota do coração, sempre certos de<br />

que a Língua Portuguesa, tal como todas<br />

as línguas vivas, não pode estar<br />

“couraçada em si própria”, mas, em<br />

natural e permanente evolução, aberta<br />

à influência de outras línguas, que<br />

a ajudam seguramente a remoçar-se;<br />

sempre aberta, por conseguinte, às<br />

entradas lexicais de que necessita, e<br />

criando, simultaneamente, outras palavras<br />

no seu seio e atribuindo novos<br />

significados às já existentes; conscientes<br />

ainda de que, para esta permanente<br />

renovação que “lhe mantém a pujança<br />

da saúde e do vigor”, o contributo<br />

de todos é indispensável, urge pôr cobro<br />

àqueles portugueses que, atrás<br />

referidos, por razões inaceitáveis,<br />

de “peraltice ou jactância”, às vezes<br />

com intuito de ascensão social, dão a<br />

conhecer simultaneamente a milhares<br />

de portugueses novos vocábulos<br />

e expressões estrangeiras inúteis, e,<br />

por isso, de emprego despropositado<br />

na nossa Língua, classificando-os<br />

o linguista Amadeu Torres “de um<br />

zebroidismo bacoco”, “de um falar<br />

exibicionista e assarampelado”. Digamos-lhes<br />

que a Língua Portuguesa<br />

não é um tecido com traça que precise<br />

de remendos; que a Língua Portuguesa<br />

dispensa a ajuda dos que já não<br />

acreditam ou procedem como se não<br />

acreditassem nas suas inesgotáveis<br />

capacidades. Esta infeliz teimosia de<br />

certos (ir)responsáveis em tornar esta<br />

Língua de ouro numa manta de retalhos,<br />

nunca aceitaremos. Esta nossa<br />

persistência neste ponto deve-se à<br />

responsabilidade acrescida e, nas palavras<br />

de Amadeu Torres, e cito, aos<br />

“cuidados múltiplos em ordem à manutenção<br />

e salvaguarda [do nosso<br />

património] contra os agentes deterioradores<br />

que imperceptivelmente<br />

pervadem e infestam os escaninhos<br />

do léxico e da gramática”; contra, e volto<br />

a citar, «“os yuppies” do léxico e da<br />

pontuação, […] apodados [por alguns]<br />

de zebras da imprensa em alarde canhestro,<br />

e retalhistas de café.» (fim de<br />

citação). E recordando o conto “Bobok”<br />

de Dostoiewsky, conclui o linguista<br />

que “quem tão mal fala a sua língua<br />

sabe a defunto.”<br />

Este nosso magnificente idioma – 3.º<br />

mais falado na Europa – na sua sublime<br />

perfeição, no seu permanente rejuvenescimento<br />

e, consequentemente,<br />

na sua total capacidade de realização,<br />

parece não ter sido criado para<br />

todos, refiro-me novamente àqueles<br />

que atrás mencionei, mas para uso<br />

dos ungidos, dos selecionados, que<br />

encontram a seiva, o mel, a vida nos<br />

distintamente consagrados, como<br />

Eça, Eugénio de Andrade, Agustina,<br />

Pessoa ou Camões.<br />

“Tenho, num sentido, um alto sentimento<br />

patriótico. A minha Pátria é a<br />

Língua Portuguesa”, afirmou Pessoa.<br />

E o linguista, várias vezes por mim<br />

citado, acrescenta que «a verdadeira<br />

mundialização da Língua Portuguesa,<br />

adentro dos limites da Lusofonia ou<br />

para além deles, sempre atual e lídima,<br />

sempre outra e sempre a mesma,<br />

teve o condão de, pela sua universalidade<br />

transcontinental tornar-se, tal<br />

como a proclamou o então Presidente<br />

Mário Soares em <strong>19</strong>89, “uma pátria de<br />

muitas pátrias”, uma “língua de afeto,<br />

uma língua de liberdade”».<br />

Professor Doutor João Ferreira,<br />

Projeto Voltar à Escola


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 44<br />

Universo ESMS<br />

Spoken Word<br />

Moods<br />

A poesia performática - recitação ou,<br />

em inglês “spoken word” - é uma forma<br />

de arte em que o texto existe para ser<br />

dito mais do que lido. A performance<br />

é um ato emocional, gentil ou agressivo,<br />

reflexivo ou até violento, de índole<br />

marcadamente interventiva. Nos anos<br />

80, foram organizadas as primeiras<br />

poetry slams: competições de recitais<br />

de poesia em locais mais populares,<br />

retirando a poesia da academia e espalhando-a<br />

por todo o lado. De enorme<br />

adesão pelos jovens, existem já competições<br />

a nível mundial e centenas de<br />

vídeos são postados no youtube todos<br />

os meses, com a gravação de performances<br />

únicas. De referir Harry Baker<br />

e o seu poema “49”, ou Darius Simpson<br />

& Scout Bostley, com o poema "Lost<br />

Voices" ou Rudy Francisco com "Things<br />

I Strongly Believe".<br />

Um dos desafios que coloquei há minha<br />

turma de 12º foi o de escreverem<br />

uma peça interventiva. Algo que fosse<br />

sentido, emocional, para ser dito com<br />

garra e vontade: que “saísse de dentro<br />

e nos fizesse tremer”. Como sempre,<br />

aderiram, porque são pessoas excecionais<br />

e alunos curiosos.<br />

Apresento-vos quatro na impossibilidade<br />

de mostrar todos, como gostaria.<br />

Foram todos lidos. E aí, mais uma vez,<br />

estes alunos mostraram compreensão<br />

plena e pessoal da razão de ser desta<br />

forma de arte. Convido-vos a lê-los.<br />

Façam-no em voz alta! Bem alta. Com<br />

vigor! Com vontade! Porque estes textos<br />

merecem-no.<br />

I suffer from drastic mood changes<br />

You might be thinking «here she comes with that thing»<br />

It´s super hard to understand what mood changes are if you don´t suffer from them<br />

People don´t understand that it can ruin your day, your relationships or friendships<br />

There are days that I'm feeling great and all of the sudden I feel super sad<br />

This is one of the worst feelings on the world, because you don`t know why or what is happening<br />

You don´t have guarantees of how your mood is going to be<br />

You lost your mind, because it´s all so weird<br />

You start to cry but you are not sad<br />

You get nervous without having reasons to be<br />

Nothing makes sense, you don´t know how to control your own feelings<br />

But what can be the worst is the fact of people making fun of you because they don´t understand what you are going trough<br />

It hurts so much<br />

It hurts knowing that you can be laughing so hard it hurts or you can be crying your heart out<br />

All in the same day, and sometimes with not much difference of timing<br />

It hurts because you have no idea of what to do, or how to behave<br />

Maria Martins, 12º CT5<br />

https://www.inprnt.com/gallery/stvn-h/mood-swings/


2018<br />

45<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

Forgotten<br />

Lately, I’ve been approached by people asking the same questions.<br />

“Hey, aren’t you the granddaughter?”,<br />

“Is he okay?”,<br />

“How is your mother?”.<br />

And every time it’s the same answers.<br />

“Yes, I am”,<br />

“He´s okay”,<br />

“She’s fine”.<br />

Even if I give such small replies, they try to start a conversation.<br />

They start saying that it must be complicated, that we must be strong.<br />

Are you kidding me, what do you know?<br />

It’s terrifying.<br />

Knowing the day is coming when your loved one won’t know you<br />

Is the most horrific feeling of them all for an Alzheimer’s caregiver.<br />

Is like riding the world’s biggest, scariest and emotional roller coaster.<br />

People tend to get frustrated because of their loved ones who have Alzheimer's.<br />

“Oh, he doesn't recognize me anymore, how can I recognize this person, if they don't recognize me? They're not the same person.”<br />

Well, they are the same person, but they've got a brain disease.<br />

And it's not their fault they've got this disease.<br />

Do you actually think that a person prays to have Alzheimer´s?<br />

And he may not recognize me, but I recognize him.<br />

Loving a patient with Alzheimer’s is like loving a haunted house.<br />

It’s fun to visit once a year, but no one wants to live there.<br />

It´s not easy to have something, and in the next moment it disappears.<br />

The thing that I miss the most is the scrunching the nose gesture that we always did.<br />

I never gave importance when he did it, I just responded to it equally.<br />

But now, when I’m with him, I’m the only one that makes it.<br />

It saddens me knowing that he doesn´t understand.<br />

It saddens me that I can’t even demonstrate that I’m sad.<br />

It saddens me that my mother and uncle are in a worst position.<br />

It infuriates me that people keep talking when they know nothing.<br />

So, to those people that keep talking and saying that we must be strong,<br />

Thank you very much for the unneeded information.<br />

But mind your damn business.<br />

Filipa Guimarães, 12º CT6<br />

https://abrilexame.files.wordpress.com/2018/01/alzheimer1.jpg?quality=70&st<br />

rip=info&w=530&h=453&crop=1


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 46<br />

Universo ESMS<br />

Euthanasia<br />

Euthanasia, the current favorite theme of the Portuguese people<br />

Euthanasia, the theme on which everyone has an opinion<br />

Euthanasia, who has the right to decide?<br />

Euthanasia, to what extent should individual liberty go?<br />

I've heard arguments like:<br />

"euthanasia is a violation of human life";<br />

“life is sacred”;<br />

"only the "creator" can take someone's life"<br />

Well, to these arguments I answer:<br />

"Non-Euthanasia" is violence to Human Dignity;<br />

The choice of life is sacred;<br />

Only we are the owners of our lives.<br />

Put yourself in this situation:<br />

Trapped to a hospital bed,<br />

Unable to breathe alone,<br />

Unable to eat alone,<br />

Without any quality of life,<br />

With unbearable pains,<br />

Without any hope,<br />

Simply waiting…<br />

What would you do?<br />

I can state,<br />

With all my certainties<br />

That no one deserves a slow, gradual and painful death<br />

Everyone should have the right to end their suffering<br />

Everyone should be entitled to a dignified death.<br />

If life is a right, then death is too.<br />

Ana Luísa Azadinho, 12º CT5<br />

One Percent<br />

When I stroll around my thoughts,<br />

I analyse words and their phonetics.<br />

"Cul-ture"…<br />

Is it an unpleasant word?<br />

Since, sometimes, it seems that powerful people<br />

Fear its sound.<br />

Is it too mighty for them?<br />

Culture,<br />

Why don't they help you?<br />

Those who wear pompous black suits that,<br />

Perfectly,<br />

Match with the darkness of their<br />

Self-styled cultured souls.<br />

Your museums' walls hold colourful paintings<br />

Portraying someone's mind,<br />

Feelings an artist didn't left behind.<br />

It's called an a-bil-i-ty.<br />

Those who wear black suits don't have<br />

Sensibility.<br />

Books are touchable knowledge,<br />

The place where truth lives.<br />

Those who manipulate run away<br />

From their fears.<br />

Plays depict society in a jocular way.<br />

Oppressors avoid citizens who have something<br />

To say.<br />

Your sound has a revolutionary rhythm,<br />

It unites by causing<br />

A reaction.<br />

Those who tyrannize citizens keep them<br />

Under distraction.<br />

Without Culture,<br />

We would be small dots in a desert's empty immensity.<br />

Indistinguishable.<br />

The vastness' silence would be out of tune.<br />

Culture,<br />

You're too true and<br />

Humanized lies can't stand you.<br />

Matilde Reitor Ramos, 12º CT6<br />

https://www.youthvoices.live/2017/12/02/voluntary-euthanasia-survey/<br />

http://culturalconundrums.theblogpress.com/files/2014/03/Culture_by_AagaardDS.jpg


2018<br />

47<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

• Momentos de ref lexão<br />

A propósito de “O avanço<br />

da ciência e o recuo de<br />

Deus”…<br />

No passado dia 30 de abril, a nossa escola<br />

teve a oportunidade de receber, como orador<br />

convidado, o Sr. Prof. Álvaro Balsas. Trata-se<br />

de uma pessoa com um nível de conhecimento<br />

excecional, não só pelo alto grau de<br />

sabedoria que possui em várias temáticas,<br />

mas também pela diversidade de disciplinas<br />

que o seu saber engloba, desde a Teologia à<br />

Física. É também de salientar o modo como,<br />

enquanto professor, é capaz de transmitir as<br />

suas ideias e fazer com que o seu auditório as<br />

compreenda.<br />

O professor foi convidado pelos alunos<br />

do 11º CT3, no âmbito da disciplina de Filosofia,<br />

com o intuito de expor um pouco<br />

daquilo que expressa no seu livro "O Avanço<br />

da Ciência e o Recuo de Deus" e desenvolver<br />

um pouco mais este tema. Antes de iniciar o<br />

seu discurso, o professor pediu que os alunos<br />

colocassem questões, de modo a que ele<br />

pudesse, mais eficazmente, satisfazer a sua<br />

curiosidade. As perguntas, todas pertinentes,<br />

variaram desde “Será que Deus existe?”<br />

a “Qual é a relação entre a ciência e a Igreja?”.<br />

A isto, seguiu-se cerca de uma hora em<br />

que o orador, em constante interação com<br />

os alunos, foi esclarecendo o que lhe havia<br />

sido questionado. Deste modo, desenvolveu<br />

alguns temas, entre os quais: as bases da<br />

ciência; a sua origem relacionada com o cristianismo;<br />

a sua evolução e os requisitos para<br />

que se possa praticar a ciência. Abordou todas<br />

estas questões, recorrendo sempre a<br />

exemplos ilustrativos, como o contraste entre<br />

a teoria de Einstein e de Newton para<br />

demonstrar que, mesmo as crenças mais<br />

fortes, que se aceitam como completamente<br />

certas, podem, na verdade, não o ser.<br />

Por fim, todos se despediram do Sr. Prof.<br />

António Balsas com um forte e sincero<br />

aplauso, nunca duvidando que fora uma<br />

palestra produtiva, já que nela toda a gente<br />

aprendeu algo ou, pelo menos, ficou algum<br />

estímulo para a reflexão.<br />

Luís Fonseca Rodrigues, 11º CT3<br />

Este livro destina-se ao mercado universitário, aos cursos e alunos de<br />

filosofia, sociologia, ética, e bioética, ciências cognitivas, psicologia, filosofia<br />

das ciências, só para citar alguns.


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 48<br />

Universo ESMS<br />

Erasmus+<br />

em Eindhoven<br />

Diário de viagem…<br />

Segunda-feira, dia 14 de maio, começou cedo. Perto<br />

das 06:15, toda a equipa portuguesa se encontrou na Escola<br />

Secundária Martins Sarmento - nosso ponto de encontro -,<br />

para todos nos dirigirmos ao aeroporto, onde apanharíamos<br />

um avião, por volta das 09:15, que nos levaria para Eindhoven,<br />

Holanda. Apesar do inevitável atraso do avião que nos<br />

fez perder parte das atividades marcadas para o primeiro<br />

dia do encontro, assim que chegamos, parecia que já lá estávamos<br />

há semanas! Foram todos tão generosos e amáveis<br />

connosco e as amizades estabeleceram-se tão rapidamente,<br />

que nos sentimos imediatamente bem acolhidos.<br />

Quando chegamos ao centro de Eindhoven, por volta das<br />

três horas da tarde, começamos por fazer um peddy-paper,<br />

onde teríamos que descobrir mais sobre a cidade e interagir<br />

com estrangeiros. Depois desta atividade, todas as equipas<br />

(austríaca, espanhola, holandesa, turca, finlandesa e portuguesa)<br />

se juntaram para tirar a primeira fotografia de grupo.<br />

Mais tarde, dirigimo-nos ao De Zonnewende, hotel no qual<br />

ficamos instalados.<br />

Na primeira noite, no hotel, preparamos o quarto, jantamos<br />

e criamos laços com os alunos dos outros países. E,<br />

apesar de ter sido apenas o primeiro dia de projeto, onde<br />

apenas estivemos menos de doze horas rodeados dos<br />

alunos dos outros países, desde o primeiro instante apercebemo-nos<br />

do quão única esta oportunidade fora e o quão<br />

maravilhosa acabaria por ser.<br />

Inês Cruz, 10º CT4<br />

necessárias para enfrentar o dia. De seguida, apanhamos<br />

um autocarro que nos levou ao “Nemo Science Centre”, um<br />

museu de ciência fabuloso, repleto de atividades interativas<br />

e versátil, pois abordava um leque variadíssimo de temas!<br />

À tarde, fomos visitar Amsterdão, algo que todos esperávamos<br />

com ansiedade! Tiramos imensas fotos, rimos sem<br />

limite e jantamos num dos cafés mais bonitos onde eu já<br />

tinha estado! Bonito, mas até nem era pela decoração, era<br />

mesmo pelo aconchego, pelo bom ambiente que transmitia,<br />

pelo facto de a cozinha ser mesmo, ali, diante dos nossos<br />

olhos e de pairar no ar um cheiro delicioso a bolos acabadinhos<br />

de fazer! Quando acabamos a refeição, voltamos para o<br />

“De Zonnewende” e cada um pôde divertir-se à sua maneira!<br />

E, agora, vem a parte mais hilariante do dia! Vou eu, mais<br />

A manhã de terça feira, 15 de maio, acordou-nos muito<br />

cedo e, com ela, todos os que estavam na “De Zonnewende"<br />

(ah, porque se queríamos aproveitar o dia, tínhamos de<br />

levantar cedo!). O sol espreitou por entre as árvores e trouxe<br />

o calor. Trouxe um dia quente e soalheiro, ótimo para<br />

desfrutar!<br />

Após o maravilhoso pequeno-almoço, que devo assinalar,<br />

diariamente, manteve essa qualidade, apesar de sermos<br />

muitos, proporcionando-nos um carregamento de energias<br />

duas amigas e o professor, andar numa espécie de baloiço<br />

para quatro pessoas, cujos assentos eram pneus suspensos<br />

por um ferro (como podem ver na fotografia), sentados<br />

frente a frente, dois a dois. Como ninguém se ofereceu para<br />

nos empurrar, começa o professor a subir e a descer daquela<br />

engenhoca, de modo a poder “dar lanço” para o baloiço andar.<br />

Pouco depois, decidiu sair e, como sem ele aquilo perdia<br />

toda a graça, resolvi descer também. Não é que me ponho a<br />

olhar para o lado, muito sossegada, quando, de repente, vejo


2018<br />

49<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

uma coisa preta enorme a aproximar-se e a bater-me com<br />

força na cara! Era um pneu que vinha ainda com todo o lanço!<br />

Olho para os professores e estão eles desmanchados a<br />

rir! E eu, ali, com a cara dormente e cheia de comichão por<br />

causa das picadas dos mosquitos!!! É claro que, num instante,<br />

também desatei a rir de mim mesma e pensei: “Tu eras<br />

a única a quem poderia acontecer isto!!!”. Só mesmo a mim!<br />

Este é o relato de apenas um dia desta grandiosa semana<br />

que passamos e que vai ficar gravada, para sempre, na história<br />

do meu coração!<br />

Marta Soares, 12º CT5<br />

No período da manhã, divertimo-nos com os mais diversos<br />

jogos, entre os quais o que mais me marcou foi o Jogo do<br />

Javali que consistia em tentar acertar com dardos em áreas<br />

delimitadas, e o Jogo Sueco que foi o meu preferido, visto<br />

que fomos obrigados a responder a questões relacionadas<br />

com “Olympics”.<br />

Depois de uma manhã intensiva a treinar para as competições<br />

que iríamos ter à tarde com estes mesmos jogos,<br />

soube mesmo bem o almoço que nos serviram.<br />

Fizemos a digestão e estávamos novamente prontinhos<br />

para disputar os desafios. Pessoalmente, gostei da forma<br />

como eles organizaram os jogos, pois estes tanto testavam a<br />

componente física como a intelectual. Assim, por exemplo,<br />

no jogo de obstáculos era necessária uma estratégia bem<br />

definida para conseguirmos fazer um percurso em menos<br />

tempo possível.<br />

Neste dia, quarta-feira, 16 de maio, era suposto que<br />

todos nos dedicássemos à concretização do projeto previsto<br />

para este mês “Olympics”.<br />

Começamos naturalmente o dia, com um pequeno almoço<br />

completo e saudável. Seguimos, imediatamente, para<br />

o anfiteatro onde todos fomos divididos por 5 equipas, as<br />

quais constavam de diversas pessoas oriundas de países<br />

diferentes. Tive a sorte de ficar com Roos e Wenxi, duas raparigas<br />

holandesas que conhecera no dia anterior.<br />

Às 16:00 horas, começou o torneio de futebol, aquele que<br />

culminou com o meu braço partido (eu sei que futebol se joga<br />

com o pé! Ahahah!). Seja como for, esta situação permitiu-<br />

-me conhecer o hospital de Eindhoven, onde percorri imensas<br />

salas. Estive ainda entretida a falar com o meu professor acompanhante,<br />

professor João Paulo, e uma senhora holandesa<br />

relacionada com o projeto Erasmus+, que, amavelmente, me<br />

explicou como funcionava o sistema educativo holandês.<br />

Enquanto isso, as minhas colegas divertiam-se com danças<br />

e música no tal anfiteatro. Nessa mesma noite, decorreu<br />

a chamada “Feira dos Países”, onde cada país colocou, em exposição,<br />

a sua gastronomia típica e lembranças alusivas às<br />

suas tradições, que podíamos tocar, provar e mesmo levar


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 50<br />

Universo ESMS<br />

connosco de recordação.<br />

Quando cheguei, após "o chorrilho" habitual de perguntas,<br />

acabei o meu dia, como considero que deveria acontecer,<br />

essencialmente, num programa Erasmus, rindo, falando e partilhando<br />

pedaços da nossa cultura com um rapaz austríaco da<br />

nossa idade e um outro holandês de 13 anos, juntamente com as<br />

minhas colegas Bárbara e Mafalda. E foi bom, porque uma pessoa<br />

como eu, com um futuro povoado provavelmente de viagens<br />

pela frente, estas experiências são as mais importantes, porque<br />

me preparam, e, ao mesmo tempo, deixam uma marca doce na<br />

minha memória.<br />

Joana Cruz, 12º CT3<br />

Nesse dia, quinta-feira, 17 de maio, levantámo-nos, fomos<br />

tomar o pequeno-almoço e preparamos o nosso almoço.<br />

Entrámos no autocarro e fizemos a viagem até Noord-Holland,<br />

Enkhuizen, um lugar muito frio. Lá, visitamos várias casas,<br />

cada uma com a sua história, vimos um moinho, águas limpas<br />

e paisagens magníficas. Almoçamos e, depois, continuamos a<br />

nossa visita. Seguidamente, fizemos a viagem de volta a Zonnewende<br />

e jantamos.<br />

Este dia, sexta-feira, 18 de maio, começou exatamente<br />

como qualquer outro dia desta semana, mas todas sabíamos que<br />

provavelmente seria o dia mais triste desta jornada magnífica.<br />

Estávamos todas com pouca vontade de nos levantarmos e de<br />

dizer adeus àquele que foi o nosso abrigo durante uma semana.<br />

Assim que todas ganhamos coragem para nos levantarmos,<br />

umas mais tarde que outras, procedemos à rotina habitual que<br />

tínhamos criado. Tomamos o pequeno-almoço, despedindo-<br />

-nos do refeitório e da mesa que tinha sido “nossa”, sabendo que<br />

aquela seria a última refeição ali.<br />

Com muita tristeza, acabamos de fazer as malas e deixamos o<br />

quarto arrumado, tal como tinha sido encontrado.<br />

Nenhuma de nós estava preparada para deixar aquele lugar e<br />

as pessoas maravilhosas que conhecemos, mas sabíamos que,<br />

quanto mais cedo o fizéssemos, melhor.<br />

Tínhamos combinado encontrar-nos às 09:45 de modo a nos<br />

dirigirmos para a paragem de autocarro que ficava a 15 minutos<br />

daquele lugar. Como era de esperar, não partimos à hora combinada,<br />

porque a despedida era muito difícil, pois tivemos que<br />

dizer adeus à Espanha, à Holanda e à Turquia e foi muito comovente!<br />

Só conseguia olhar para toda a gente a chorar e a querer<br />

ficar mais uns dias, uma semana quem sabe.<br />

Mas, para mim, o momento mais emotivo, ainda, foi quando<br />

caminhávamos para a paragem de autocarro e fomos seguidas<br />

por um grupo de alunos mais próximos de nós, que não nos<br />

queriam deixar partir e nos acompanharam até metade do percurso.<br />

Quando se aperceberam que tinhamos de nos despedir,<br />

começaram a dançar uma música portuguesa que o nosso grupo<br />

lhes tinha ensinado. Foi realmente muito bonito ver que, em<br />

tão pouco tempo, conseguimos transmitir tanto a outras culturas!<br />

Mas a partida foi inevitável!<br />

Nesta noite, pude conhecer melhor as pessoas de outros países,<br />

pois fiquei a saber como é a vida e a cultura deles. Esta foi a<br />

última e a melhor noite de convívio de uns com os outros. Nessa<br />

noite é que nos apercebemos que teríamos de nos despedir e de<br />

voltar à nossa vida, cada um para o seu país.<br />

Desta experiência fica uma grande certeza, a de que estas pessoas<br />

e este país permanecerão nas minhas memórias!<br />

Inês Reis, 10º CT4<br />

Chegamos a uma cidade que ainda não conhecíamos e foi nos<br />

dado algum tempo para a visitarmos sozinhos e almoçar. Nessa<br />

cidade, depois da refeição, tivemos de dizer adeus à Finlândia<br />

e à Áustria que ficariam para trás. Não tardava já estávamos a<br />

chegar ao aeroporto, onde teríamos de fazer um jantar rápido,<br />

porque a hora do voo aproximava-se.<br />

Fiquei isolada do grupo no voo, pois não tinha ninguém que conhecesse<br />

perto de mim e, infelizmente, não tinha nada com que<br />

me entreter, porque o meu telemóvel tinha ficado sem bateria.


2018<br />

51<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

Eindhoven<br />

1 .<br />

dia 3<br />

Então, a única coisa que eu podia fazer era lembrar-me dos momentos<br />

únicos que tinha passado naquela semana, com pessoas<br />

tão diferentes e de culturas tão diversas que chegava a ser engraçado<br />

como conseguíamos darmo-nos bem, sendo tão diferentes!<br />

Pensei nos amigos daquele projeto que levarei para a vida.<br />

Pensei também no quão bem recebidos fomos pelos holandeses<br />

e o quão acessível era o alojamento e qualquer professor responsável<br />

assim como as alunas! Pensei, por último, nos momentos<br />

fantásticos que nos tinham sido proporcionados, nas visitas às<br />

cidades, nos jogos de equipa, e no convívio entre todos!<br />

Foi realmente uma das melhores experiências que vivi na<br />

minha vida e quero levar comigo. E fico feliz por, no próximo<br />

ano, estar de novo neste projeto fantástico para poder rever a<br />

maior parte destas pessoas.<br />

Inês Almeida, 10º CT4<br />

Ao acordar, na manhã daquela quinta-feira, 17 de maio, todos<br />

os participantes que integravam o projeto Erasmus se sentiam<br />

invadidos pela mesma sensação, à medida que o regresso se<br />

aproximava - já era possível sentir o cheiro de Casa! Uns com<br />

vontade de ficar, outros com vontade de voltar – eu, para todos<br />

os efeitos, já fantasiava com uma cama que não fosse um<br />

beliche!<br />

Como plano para aquela última quinta-feira, foi organizada<br />

uma visita ao Museu Zuiderzee em Enkhuizen, na zona Norte<br />

da Holanda. Sem qualquer ideia para onde nos levavam, e<br />

longe de sequer poder pronunciar este nosso destino, partimos<br />

num autocarro igualmente repleto de jovens meio-acordados e<br />

crianças sob o efeito energético do açúcar (que, misturado com<br />

o entusiasmo da experiência, resultava na produção e reprodução<br />

de sons altos e repetitivos, causadores de uma profunda dor<br />

de cabeça aos primeiros).<br />

Passadas cerca de três horas do início da viagem, havíamos<br />

chegado ao Museu. Bastou um pé fora do autocarro para<br />

sermos abalroados pelos ventos locais que, diria eu, não se<br />

encaixam muito bem na estatura e resistência portuguesas.<br />

Gélidos, abraçados a nós próprios e com dentes a bater uns nos<br />

outros, corremos para o interior do edifício, onde nos foi feita<br />

uma breve introdução àquilo que iríamos encontrar naquele<br />

local. Era essencialmente uma recriação das cidades e vidas<br />

passadas dos Holandeses, onde, tanto podíamos encontrar pequenas<br />

casinhas, cujo interior facilmente nos introduzia para a<br />

cultura doméstica nórdica, como descobríamos ruinhas estreitas<br />

que nos levavam ao passado assim que as atravessávamos.<br />

Sem receios ou anseios, deixei-me perder por aquele local tão<br />

amistoso, que mais parecia uma cidade “a brincar” – é curioso<br />

como dificilmente nos sentimos perdidos em locais bonitos.<br />

Sem dar conta para onde os diferentes trilhos me levavam, segui-os<br />

cega e fielmente (e ainda bem que o fiz!). Vi-me perante<br />

uma paisagem de uma beleza inimaginável, tão magnífica que<br />

qualquer descrição por palavras ficaria aquém da realidade, por<br />

isso, fotografei-a.<br />

De olhos cheios, as fantasias com camas que não fossem beliches<br />

subitamente desapareceram – naquele momento, não<br />

havia motivos para estar em qualquer outro lugar. Podia não<br />

ser a despedida do projeto, nem tão pouco era uma despedida<br />

da Holanda, mas foi um bonito até já. Acho que, se me pedirem<br />

para resumir toda a minha experiência como parte desta iniciativa<br />

de Erasmus, resumi-la-ia neste momento em que fui,<br />

sem pensar em ser, e vi, sem pensar naquilo que estava diante<br />

mim. Não houve qualquer outro local, experiência ou conversa<br />

que me proporcionasse igual sensação. É aí que brilham estes<br />

projetos, que proporcionam uma partilha de vivências e costumes<br />

impossíveis de experienciar de qualquer outra forma.<br />

Na Holanda fui holandesa.<br />

Mafalda Costa, 12º LH3


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 52<br />

Universo ESMS<br />

• Artes Visuais<br />

Sketch books<br />

Gabriela Duarte, 10º AV<br />

Gabriela Duarte, 10º AV<br />

Gabriela Duarte, 10º AV<br />

Beatriz Salgado, 10º AV<br />

Renata Mendes, 11º AV<br />

SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º <strong>19</strong><br />

GARUPA; GASTOS; AI; RAM; ERA; SI; S; RITA; ORIA; M; SANAR; MORDE; C; MAME; ELAI; R; AS; MAL; TAS; FE; MAR; RA; RR; TAC; ARIA; D; I; PODA; RA; TROCA-<br />

DO; AP; A; IA; TU; I; ARU; MU; ME; ARU; GATA; A; O; ORAL; EDITAR; RAPARA; MALETA; AMARAR.


2018<br />

53<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

Célia Vieira, 11º AV2<br />

Vera Rodrigues 11º AV2<br />

Gabriela Duarte, 10º AV<br />

Célia Vieira, 11º AV2<br />

Célia Vieira, 11º AV2<br />

Sara Novais, 12º AV2<br />

Marta Marques, 12º AV2<br />

Joana Arantes, 12º AV2


Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 54<br />

Universo ESMS<br />

• Artes Visuais<br />

Cidades invisíveis<br />

Adriana Oliveira<br />

Bárbara Castro<br />

Carolina Salgado<br />

Ana Catarina Lopes<br />

Bárbara Lopes<br />

Ana Helena Costa<br />

Hernâni Fernandes<br />

Andreia Costa<br />

Adriana Lopes<br />

Cátia Abreu


2018<br />

55<br />

Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />

Universo ESMS<br />

“A cidade de Leónia refaz-se a si própria<br />

cada dia que passa: todas as<br />

manhãs a população acorda no meio de<br />

lençóis frescos, lava-se com sabonetes<br />

acabados de tirar da embalagem, veste<br />

roupas novinhas em folha, extrai do<br />

mais aperfeiçoado frigorífico frascos e<br />

latas ainda intactos, ouvindo as últimas<br />

canções no último modelo de aparelho de<br />

rádio. (…)”<br />

In Italo Calvino, As Cidades Invisíveis<br />

Em “As Cidades Invisíveis”, considerada<br />

a obra mais emblemática de Italo<br />

Calvino, o escritor cria um diálogo fantástico<br />

entre o imperador mongol<br />

Kublai Khan e Marco Polo, conhecido<br />

por ser o maior viajante de todos os<br />

tempos. Khan, ao perceber a impossibilidade<br />

de conhecer os seus domínios<br />

por inteiro, utiliza os olhos de Marco<br />

Polo para visualizar as suas terras.<br />

Deparámo-nos com 55 cidades com<br />

nomes femininos que surgem como<br />

personagens dotadas de diferentes carácteres.<br />

Incluídas em onze temas,<br />

vão indicando o assunto abordado:<br />

memória, desejo, sinais, subtilezas,<br />

trocas, olhos, nome, mortos, céu, contínuas<br />

e ocultas.<br />

O grupo do 12º ano AV2 apresentou,<br />

na Semana da Leitura, um trabalho de<br />

ilustração sustentado nesta obra que,<br />

entre outras, incluiu as cidades de Zenóbia<br />

com as suas palafitas, Armilla,<br />

que não tem nada que a faça parecer<br />

uma cidade, Octávia, a cidade teia de<br />

aranha, Sofrónia, com duas meias cidades,<br />

ou Leónia cujo lixo, pouco a<br />

pouco, invadiria o mundo.<br />

Prof.ª Raquel Silva<br />

Filipe Rocha<br />

Pedro Berbereia<br />

Pedro Guimarães<br />

Lara Ribas<br />

Inês Gonçalves<br />

Sara Novais<br />

Marta Marques<br />

Joana Arantes<br />

Lídia Lemos


<strong>Jornal</strong> ‘O Pregão’<br />

online: issuu.com/opregao<br />

impresso: biblioteca e sala de estudo<br />

Pede uma cópia impressa na reprografia.<br />

Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no<br />

jornal da escola, envia-o para o email:<br />

o.pregao@esmsarmento.pt<br />

Equipa de ‘O Pregão’<br />

Fátima Caldas<br />

Joana B. Silva<br />

Jorge C. Faria<br />

José L. Faria<br />

M. Fátima Lopes<br />

Raquel Silva<br />

www.esmsarmento.pt<br />

<strong>19</strong><br />

Editorial (continuação)<br />

Do regresso à Escola de muitos<br />

docentes que celebram a<br />

língua pátria, passando pe-<br />

-la I Mostra de Projetos dos<br />

Cursos Profissionais, pelas Jornadas<br />

Culturais, pelo Liceu’s<br />

Got Talent, até ao desporto, aos<br />

concursos e às estimulantes visitas<br />

de estudo e voluntariado,<br />

há muito para ler, fruir e guardar<br />

para memória futura.<br />

A Escola conjuga passado,<br />

presente e futuro. A Escola permite<br />

ensinar e aprender. Por isso<br />

a Escola é uma grande, multifacetada,<br />

séria e amistosa conversa<br />

que temos uns com os outros.<br />

Ensinando e partilhando... tal<br />

como Darwin caminhava com<br />

o seu mestre nas charnecas, ou<br />

como Aristóteles passeava com<br />

Platão. Todos, ontem e hoje, procuramos<br />

construir e descobrir o<br />

mundo em que vivemos. Dar-lhe<br />

um sentido. Sejam, pois, todos<br />

bem-vindos, a este novo ano letivo<br />

de 2018-20<strong>19</strong>. Como José<br />

Régio dissera, ganhemos asas,<br />

sonhemos, — folheiem-me! —<br />

somos asas para o Porvir.<br />

Prof. Carlos Félix<br />

Palavras Cruzadas <strong>19</strong><br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

15<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Cartoon (Sofia Carmo, 11º AV2)<br />

4<br />

5<br />

J<br />

6<br />

T<br />

U<br />

7<br />

D<br />

E<br />

S<br />

C<br />

A<br />

N<br />

S<br />

O<br />

2<br />

0<br />

1<br />

8<br />

8<br />

A<br />

Prof. António Costa<br />

9<br />

S T O<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

H 1 Parte posterior do cavalo, entre o lombo e a<br />

cauda; despesas.<br />

2 Momento; memória de computador; época<br />

histórica; nota musical.<br />

3 Nome feminino; língua indiana falada no<br />

Orixá, estado do Nordeste da Índia.<br />

4 Recobrar a saúde; ferra.<br />

5 Engane; prendei.<br />

6 Elas; antónimo de bem; bigorna de aço,<br />

sem hastes, usada pelos ferradores e nos<br />

estabelecimentos de cunhar moedas; crença.<br />

7 Lago de grandes dimensões; rádio (s.q.);<br />

“Rádio Renascença”; “tomografia axial<br />

computorizada”.<br />

8 Peça musical para uma só voz, dotada de<br />

unidade própria apesar de pertencer a uma<br />

composição maior; corte.<br />

9 “Região Autónoma”; confundido com outro;<br />

“Área Protegida”.<br />

10 Atravessava; pronome pessoal que designa a<br />

segunda pessoa do singular.<br />

11 Nota musical; operação de salvamento; ástato.<br />

12 Anfíbio anuro, nativo da América do Sul, de<br />

cor acastanhada, corpo achatado, cabeça com<br />

focinho pontiagudo e patas traseiras com<br />

membranas; mulo; “Ministério da Economia”;<br />

espécie de sapo das regiões amazónicas.<br />

13 Mulher considerada atraente; exame realizado<br />

com base em perguntas e respostas de viva voz.<br />

14 Publicar; cortara rente.<br />

15 Mala pequena; pousar no mar o hidroavião.<br />

V 1 Fluido gasoso, combustível, utilizado para<br />

aquecimento, aplicação culinária e iluminação;<br />

convivência amigável.<br />

2 Instante; nome feminino; ermida fora do<br />

povoado.<br />

3 Memória de computador; ridiculariza;<br />

proveitoso.<br />

4 Expelir pela uretra; embaraçar; amarre.<br />

5 Painel de inclinação nula; sobre; “Aeródromo<br />

de Trânsito”.<br />

6 Pálido; transpirara.<br />

8 Estudo das propriedades dos «seres<br />

geométricos» que são invariantes para as<br />

operações de um grupo de transformações;<br />

fruto silvestre.<br />

9 Inventariar; telúrio (s.q.); amerício (s.q.).<br />

10 Abandonaras; grande vaso de barro destinado a<br />

conter líquidos; balandrau.<br />

11 Juntei; porco; ferir.<br />

12 Aqueles; mulher bela e bondosa; mentira.<br />

13 Anuência; repetir sumariamente.<br />

edição online em<br />

www.esmsarmento.pt<br />

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