Jornal O pregão, nº 19
Edição 19 do jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães.
Edição 19 do jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães.
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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento<br />
Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães<br />
Tel.: 253 513 240<br />
Código da Escola: 402187<br />
Diretora: Ana Maria Silva<br />
Coordenação Geral: Joana B. Silva<br />
Grafismo e paginação: José Faria<br />
Email: o.pregao@esmsarmento.pt<br />
<strong>nº</strong> <strong>19</strong><br />
<strong>Jornal</strong> da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães Setembro 2018<br />
Editorial<br />
O Liceu: a nossa escola<br />
O que é uma escola? Para que serve a escola? O que<br />
é este liceu?<br />
Desde pequeninos que os nossos pais desejam<br />
que entremos para a escola com alegria. E que nela,<br />
Escola, onde se enforma a vida, sejamos bem tratados.<br />
Ser bem tratado significa, não apenas receber<br />
uma educação integral de excelência, mas, também,<br />
estarem atentos a nós, à nossa diferença, às<br />
nossas fraquezas e capacidades: acolherem-nos<br />
bem. É para isso que a escola serve. Afinal, nesse lugar<br />
cria-se identidade. Espaços, língua, território,<br />
símbolos, valores comuns, conteúdos, competências,<br />
projetos, pessoas, realizações... confluem, em<br />
geometrias de complexidade variável, para nos ensinarem<br />
a saber como estar, ser e viver com o Outro.<br />
Tudo o que aprendemos na escola não é uma preparação<br />
para a vida; não. É já vida. A minha vida. É por<br />
isso que a Escola é tão importante.<br />
Muitos alunos chegam agora, de novo, ao Liceu.<br />
Já sabem muitas coisas. Sabem que as Festas Nicolinas<br />
estão ancoradas nesta instituição que recebeu<br />
o nome de um notável arqueólogo vimaranense,<br />
Martins Sarmento. Sabem que o Liceu é portador de<br />
uma história transversal a muitas gerações. Sabem<br />
que há bom ambiente, que a inclusão e a equidade<br />
não são palavras vãs. Aqui, os alunos sabem que<br />
têm horários de turno único, que têm projetos e clubes<br />
à disposição da sua criatividade e pensamento<br />
crítico. Que têm profissionais que os ajudam a resolver<br />
os seus problemas. E depois há O Pregão, o nosso<br />
jornal que mudara de nome em 2003. Fez em março<br />
15 anos que o professor António Leite, percebendo a<br />
alma desta comunidade escolar, deu um new look a<br />
um dos rostos do Liceu. Recordemos, saudosamente,<br />
umas linhas do seu editorial: “Vou adoptar algo<br />
que é bem nosso — O Pregão — o grito audível e visível<br />
da nossa existência, a voz que ajudou, ao som<br />
dos tambores, a projectar esta escola no calendário<br />
das mais concorridas festas estudantis.”<br />
Folheiem-me! Verão que as minhas páginas estão<br />
prenhes de atividades, encontros, imagens,<br />
desenhos, relatos... histórias que se vão contando<br />
e ilustram o trabalho desta comunidade escolar.<br />
Poderemos ser injustos em destacar esta ou aquela<br />
iniciativa, por isso convidámo-los a ler o que se fez,<br />
desde a última publicação online (março/n.º 18).<br />
continua na última página<br />
DESTAQUE:<br />
Mostra de projetos<br />
CURSOS PROFISSIONAIS<br />
Notícias: Concurso de Curtas<br />
Metragens “Jovens Iluminados”:<br />
ESMS conquista o 2.º lugar<br />
Destaque:<br />
Jornadas Culturais<br />
2018<br />
Destaque:<br />
31 Projeto "A Empresa" Equipa da<br />
02<br />
ESMS ganha prémio “Santander”<br />
09<br />
Projeto Voltar à Escola:<br />
Encerramento do projeto 40<br />
'Dê 10 min. à Língua Portuguesa<br />
Universo ESMS:<br />
Erasmus+ em Eindhoven<br />
Diário de viagem…<br />
Sketchbook:<br />
Artes Visuais:<br />
Registos gráficos<br />
Foto: Gabinete de Imagen da ESMS<br />
p. 04<br />
48<br />
52
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
2<br />
Em destaque<br />
Ana Luísa Silva, Ana Rita Martins,<br />
Bruna Ribeiro e Jéssica Costa, com a<br />
miniempresa WorldBlind
2018<br />
3<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Em destaque<br />
Vídeo do projeto em: https://www.youtube.com/watch?v=zA0Q0MV_Xnw<br />
• Participação de alunos dos cursos profissionais no projeto “A Empresa”<br />
Equipa da Secundária Martins<br />
Sarmento ganha prémio “Santander”<br />
A Escola Secundária Martins Sarmento<br />
aderiu ao projeto “A Empresa”,<br />
da responsabilidade da Junior Achievement<br />
Portugal, lançando um desafio<br />
a todos os alunos dos segundos anos<br />
dos cursos profissionais, com o intuito<br />
de desenvolver nos seus alunos<br />
competências de pesquisa e conhecimentos<br />
autónomos num contexto real.<br />
Deste modo, e respondendo ao desafio,<br />
as alunas Ana Luísa Silva, Ana Rita<br />
Martins, Bruna Ribeiro e Jéssica Costa,<br />
com a miniempresa WorldBlind;<br />
os alunos João Costa, Luís Lopes, Ricardo<br />
Ferreira, Romão Pinto e Tiago<br />
Monteiro, com o produto DriveAware;<br />
todos os alunos do 2º ano do Curso<br />
Profissional de Técnico de Vendas e os<br />
alunos Bruno Lopes, Márcia Abreu,<br />
Tiago Ribeiro e Vítor Lemos, do Curso<br />
Profissional Técnico de Qualidade de<br />
Calçado e Marroquinaria, com a miniempresa<br />
Walkers, destacaram-se na<br />
fase distrital, passando à fase regional.<br />
Assim, no dia 2 de maio, no Hard<br />
Club, realizou-se a Feira (I)limitada do<br />
Porto, onde estes três grupos de alunos<br />
participaram, apresentando em palco<br />
o seu “pitch” e divulgando, durante a<br />
tarde, o seu produto num stand. Esta<br />
participação, resultado de esforço e<br />
dedicação, colheu os seus frutos, tendo<br />
a equipa criadora da miniempresa<br />
WorldBlind passado à fase nacional.<br />
O seu produto, DriveBlind, consiste<br />
numa bengala para invisuais com<br />
sensor de obstáculos e GPS integrado,<br />
diretamente ligado por Bluetooth a um<br />
auricular sem fios.<br />
A fase nacional realizou-se no<br />
Museu do Oriente, em Lisboa, no passado<br />
dia 28 de maio, onde estavam<br />
presentes vinte e seis miniempresas.<br />
Aí, a equipa da ESMS teve de fazer<br />
uma nova apresentação do pitch e submeteu-se<br />
a uma entrevista, toda ela<br />
em inglês, para explicar o seu produto<br />
a diferentes empresários presentes.<br />
Esta prestação foi excelente, tendo-lhe<br />
garantido o prémio Santander como<br />
reconhecimento pelo seu zelo, rigor<br />
e capacidade de trabalho. Não passaram<br />
à fase europeia, no entanto, foi<br />
muito gratificante terem esta visibilidade<br />
pública e, assim, em contexto<br />
real, usufruirem de uma oportunidade<br />
de adquirir novas competências<br />
de trabalho em equipa. Neste sentido,<br />
desenvolveram um espírito inovador e<br />
empreendedor, capacidades que devem<br />
caracterizar a postura dos alunos dos<br />
Cursos Profissionais e às quais tanto se<br />
apela nesta escola.<br />
Ana Silva, Ana Martins, Bruna<br />
Ribeiro, Jéssica Cunha, 2º PV<br />
Para além da WorldBlind, a<br />
nossa escola foi representada,<br />
na final regional, pela equipa<br />
da DriveAware, do 2º ano<br />
do Curso Profissional de<br />
Técnico de Vendas e a Walkers<br />
Bag, do Curso Profissional<br />
Técnico de Qualidade de<br />
Calçado e Marroquinaria,<br />
com a miniempresa Walkers,<br />
destacando-se na fase distrital,<br />
ao passar para a fase regional.<br />
A final regional da Feira (I)limitada realizou-se no Porto, no Hard Club, onde os<br />
três projetos da ESMS apresentaram o seu “pitch” e divulgaram o seu produto num<br />
stand.
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
4<br />
Em destaque<br />
Esta iniciativa tem como principal objetivo dar<br />
a conhecer à comunidade escolar e ao tecido<br />
socioeconómico local, o trabalho realizado pelos<br />
alunos e pelas diferentes equipas educativas<br />
dos três anos dos cursos profissionais.
2018<br />
5<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Em destaque<br />
Reportagem em: https://www.youtube.com/watch?v=PDuRYH6HqUE&t=40s&frags=pl%2Cwn<br />
1ª Mostra de<br />
Projetos<br />
Cursos profissionais<br />
No âmbito do Plano Anual de Atividades<br />
da nossa Escola decorreu, no<br />
passado dia 28 de junho, a 1ª Mostra de<br />
Projetos com trabalhos dos alunos dos<br />
cursos profissionais.<br />
Esta iniciativa teve como principal<br />
objetivo dar a conhecer à comunidade o<br />
trabalho realizado pelos alunos e pelas<br />
diferentes equipas educativas dos três<br />
anos dos cursos profissionais em funcionamento<br />
na nossa escola. Nesta mostra<br />
divulgamos as diferentes dinâmicas<br />
que caracterizam os cursos e o espírito<br />
empreendedor dos nossos alunos.<br />
Os visitantes conheceram os vários<br />
projetos desenvolvidos pelos alunos.<br />
Os do 1º ano, numa lógica de lecionação<br />
interdisciplinar e articulada<br />
do currículo, pretenderam ser projetos<br />
aglutinadores de aprendizagens<br />
das diferentes disciplinas. Os projetos<br />
do 2º ano pretenderam desenvolver<br />
competências de empreendedorismo<br />
através da criação de Mini Empresas.<br />
Os do 3º ano são os projetos desenvolvidos<br />
pelos alunos no âmbito da sua<br />
Prova de Aptidão Profissional em que<br />
os alunos aplicam os conhecimentos<br />
adquiridos ao longo do seu percurso de<br />
formação e que os capacita para o exercício<br />
de uma atividade profissional.<br />
Esta iniciativa promoveu uma troca<br />
de experiências entre alunos/escola e<br />
empresários de forma a criar sinergias<br />
com o mundo empresarial para uma<br />
maior aproximação das duas realidades.<br />
Profª. Rosa Dinis<br />
Este evento contou ainda com o concurso 'O Melhor Projeto<br />
da PAP' que reconheceu a qualidade do projeto do Bruno Vale,<br />
aluno finalista do Curso Profissional de Técnico de Gestão e<br />
Programação de Sistemas Informáticos
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
6<br />
Em destaque<br />
• Projeto de turma 1º PM<br />
Multimédia por uma causa<br />
No projeto de turma do 1º ano de multimédia,<br />
os alunos foram desafiados a<br />
promover uma causa social através dos<br />
vários registos multimédia como o design,<br />
som, vídeo e fotografia. O projeto<br />
teve a preocupação de ir ao encontro<br />
do repto lançado pela escola, ou seja,<br />
dinamizar o projeto numa lógica de<br />
lecionação interdisciplinar e articulada<br />
do currículo. Assim, em diferentes<br />
fases e disciplinas, o projeto ganhou<br />
forma e promoveu a reflexão de temas<br />
como a discriminação sexual, violência<br />
no namoro, direitos das crianças,<br />
violência doméstica e fanatismo no<br />
futebol. A orgânica das campanhas<br />
teve também a preocupação de seguir<br />
uma metodologia empresarial, com<br />
atribuição de cargos entre os elementos<br />
do grupo e uma lógica de criação<br />
de marcas, com a promoção de processos<br />
de branding e apresentação de<br />
produtos. O resultado final ficou visível<br />
em marcas, websites, campanhas<br />
publicitárias impressas e em vídeo. Os<br />
projetos foram mostrados à comunidade<br />
na 1º Mostra de Projetos realizada<br />
no passado dia 28 de junho.<br />
Prof. José Faria<br />
Campanha 'LGBT+'<br />
No início do 2º período, fomos desafiados<br />
a realizar uma campanha social<br />
como base do nosso Projeto de Turma. O<br />
tema que escolhemos foi o preconceito<br />
LGBT+ porque consideramos ser um assunto<br />
interessante de ser explorado no<br />
ambiente escolar. Hoje em dia, apesar de<br />
alguma flexibilização de mentalidades,<br />
o preconceito ainda existe. Rotula-se,<br />
discrimina-se e há ainda quem adote<br />
comportamentos pouco assertivos.<br />
O nosso objetivo foi tentar sensibilizar<br />
os alunos da Escola Secundária Martins<br />
Sarmento para o tema e tentar diminuir a<br />
discriminação e o preconceito.<br />
Ao longo do projeto, conseguimos criar<br />
uma marca. Procuramos que essa espelhasse<br />
o valor da nossa causa. O elemento<br />
figurativo do logótipo representa duas raparigas<br />
a beijarem-se. Este gesto revela<br />
a parte lésbica da sigla LGBT+. Foi criado<br />
através de vectores retirados a partir de<br />
uma foto da nossa autoria. O nosso nominativo<br />
é “PRIDE”, ou seja, esta palavra<br />
preconiza o apreço, pois devemos ter orgulho<br />
no que somos. A cor escolhida foi o roxo,<br />
uma vez que é uma cor neutra e, também,<br />
porque é uma das cores do arco-íris. Foi<br />
precisamente às cores do arco-íris que nós<br />
recorremos para lhe dar um aspeto mais<br />
jovial e descontraído. Estas tonalidades<br />
estão presentes sobretudo na nossa campanha<br />
impressa, composta pelos cartazes<br />
e panfletos. Produzimos, em paralelo, uma<br />
entrevista (formato de áudio), um vídeo<br />
(spot comercial) e um website.<br />
Com este trabalho conseguimos desenvolver<br />
as nossas capacidades nas<br />
disciplinas técnicas e preparamo-nos<br />
para possíveis situações na nossa vida<br />
profissional.<br />
Carlos Silva, Helena Abreu, Hernâni<br />
Teixeira e Margarida Santos, 1º PM
2018<br />
7<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Em destaque<br />
'SOS Violência Doméstica'<br />
No âmbito do projeto de turma de<br />
multimédia, o nosso grupo escolheu um<br />
tema muito em voga na atualidade: a<br />
violência doméstica.<br />
Começamos por fazer um estudo onde<br />
ficamos a saber que diariamente 14 mulheres,<br />
3 idosos, 2 crianças e 2 homens<br />
são vítimas de maus-tratos. Face a esta<br />
situação, ficamos chocados com o número<br />
de denúncias.<br />
O nosso objetivo foi, então, o de sensibilizar<br />
a comunidade escolar para o tema,<br />
pois, apesar de ser uma problemática da<br />
atualidade, não é muito discutido na nossa<br />
escola.<br />
Neste projeto, dinamizamos várias<br />
tarefas coisas com vista a chamar a atenção<br />
de toda a comunidade escolar para<br />
esta temática. Assim, elaboramos um<br />
cartaz, um flyer, uma entrevista para a<br />
rádio escola, um vídeo sobre o tema e<br />
um website. Criamos e vendemos rifas<br />
de forma a podermos suportar os custos<br />
do projeto.<br />
Após este projeto, concluímos que o<br />
trabalho em grupo é complicado, pois<br />
sentimos dificuldades em estabelecer<br />
estratégias comuns a todos, mas conseguimos<br />
chegar sempre a bom porto. Com<br />
este projeto, preparamo-nos melhor para<br />
o nosso futuro nas áreas técnicas de multimédia,<br />
pois desenvolvemos muitas<br />
competências nessa área específica.<br />
Ana Carvalho, Beatriz Castro,<br />
Cristiana Rocha, 1º PM<br />
'Stopunch': não à violência nos estádios<br />
O nosso projeto de turma consiste<br />
em apelar à não violência nos estádios<br />
através de uma campanha publicitária<br />
promovida pelos multimédia. O objetivo<br />
do projeto foi, portanto, consciencializar<br />
a comunidade Martins Sarmento e a população<br />
em geral sobre as consequências<br />
associadas a comportamentos violentos<br />
nos estádios de futebol para o infrator e<br />
para o seu clube.<br />
Logo no início deste projeto, fomos<br />
desafiados a criar uma ‘marca’, com um<br />
nome e identidade própria. Assim, na<br />
primeira fase, criamos a “Stopunch” que<br />
surgiu a partir da palavra inglesa stop,<br />
cujo significado é conhecido de todos, à<br />
qual juntamos punch que significa soco,<br />
ou seja, queremos parar a violência. Escolhido<br />
o nome, criamos um logótipo.<br />
As suas cores são o vermelho, pois simboliza<br />
a paixão vivida por um adepto e,<br />
também, o sangue derramado no estádio,<br />
já o verde representa a esperança que<br />
temos de acabar com a violência nesses<br />
recintos desportivos, que é o objetivo<br />
desta campanha.<br />
De seguida, passamos para a divisão da<br />
comunicação. Para tal, elaboramos uma<br />
campanha impressa com: panfletos, cartazes,<br />
website, spot de vídeo e áudio. Ao<br />
longo do projeto, levamos a cabo várias<br />
apresentações e, na Mostra de Projetos,<br />
fomos avaliados por um júri.<br />
Tiago Sousa, Francisco Fernandes,<br />
Leonardo Silva, Marco Ferreira , 1º PM
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
8<br />
Em destaque<br />
• Curso Profissional de Técnico de Vendas<br />
Desfile de moda e exposição e<br />
venda de obras de arte<br />
no Museu de Alberto Sampaio<br />
Nos dias 31 de maio e 1 de junho, no<br />
Museu de Alberto Sampaio, decorreu<br />
um Desfile de Moda e Exposição e Venda<br />
de obras de arte, evento inserido na<br />
componente empírica de dois Projetos<br />
de Aptidão Profissional, da autoria das<br />
alunas Susana Silva e Jéssica Henriques,<br />
do Curso Profissional de Técnico<br />
de Vendas, da Escola Secundária Martins<br />
Sarmento. Estes projetos foram<br />
integrados na temática da Comunicação<br />
Below the Line.<br />
O Desfile de Moda resultou de uma<br />
parceria estabelecida com a Escola<br />
Profissional Cenatex e o seu Curso de<br />
Design de Moda, com o intuito de dar<br />
a conhecer os vestidos e coordenados<br />
concebidos pelos jovens alunos. A aluna<br />
Susana Silva, responsável por este<br />
projeto, integrou, inclusivamente, o<br />
grupo de modelos no desfile.<br />
A exposição e venda das obras de<br />
arte contou com a colaboração da<br />
turma do 11º AV1, do Curso de Artes<br />
Visuais, da Escola Secundária Martins<br />
Sarmento, tendo, para o efeito,<br />
sido redigido, por ambas as partes,<br />
um contrato de consignação.<br />
A divulgação da Mostra de Arte foi<br />
bem conseguida, uma vez que, no<br />
final, alguns dos quadros foram vendidos.<br />
Para a promoção deste evento,<br />
as alunas prepararam cartazes e convites,<br />
que foram distribuídos por<br />
professores, familiares e amigos.<br />
A Diretora da Escola, bem como a<br />
Diretora de Curso e a Professora Orientadora<br />
dos projetos assistiram ao Desfile de<br />
Moda, apesar de ter sido realizado num<br />
feriado, dia santo.<br />
Por fim, o testemunho dos convidados<br />
presentes no evento foi muito<br />
positivo, tendo as alunas ficado muito<br />
satisfeitas com o resultado final e<br />
agradecidas pela colaboração das entidades<br />
externas na concretização<br />
dos respetivos Projetos de Aptidão<br />
Profissional.<br />
Susana Silva e Jéssica Henriques, 3º PV<br />
• Formação em Contexto de Trabalho<br />
“Conta-nos como foi...."<br />
No âmbito do estágio, do Curso Profissional<br />
de Técnico Auxiliar de Saúde,<br />
decidimos participar neste concurso,<br />
intitulado, “Conta-nos como foi…”,<br />
para partilharmos a nossa experiência<br />
do primeiro dia de Formação em Contexto<br />
de Trabalho.<br />
O medo, o receio e o entusiasmo estiveram<br />
presentes no primeiro dia, era<br />
verdadeiramente um misto de sensações<br />
que sentíamos. Medo de não<br />
alcançar as expectativas; receio em<br />
criar laços fortes com os doentes e<br />
medo de presenciar a morte de um<br />
ser humano. No entanto, partilhamos<br />
também entusiasmo, porque estávamos<br />
a entrar numa nova fase da nossa<br />
vida, em que iriamos ser colocadas à<br />
prova e também seria a oportunidade<br />
ideal para demonstrar conhecimentos<br />
adquiridos em sala de aula.<br />
Refletimos imenso com a elaboração<br />
deste “testemunho”, pois passamos<br />
a estar mais conscientes do que é ser<br />
um Técnico Auxiliar de Saúde. Verificamos<br />
que as suas competências vão<br />
para além do auxílio nos cuidados<br />
prestados ao doente. Ainda constatamos<br />
que é necessário que o TAS saiba<br />
ser paciente, saiba adotar estratégias<br />
para lidar com os diversos doentes e,<br />
fundamentalmente, veja cada doente<br />
como um todo e não apenas como um<br />
objeto aos nossos cuidados!<br />
A participação neste concurso foi<br />
muito relevante, não somente pelas<br />
reflexões que fizemos enquanto elaboramos<br />
este texto, mas sobretudo<br />
porque também foi um momento em<br />
que pudemos dar a conhecer o quão<br />
este dia nos marcou e reparar na nossa<br />
evolução tanto a nível pessoal, como<br />
a nível profissional. Para tal, fomos<br />
sempre aperfeiçoando a nossa prática<br />
diária, durante as várias Formações<br />
em Contexto de Trabalho, tornando-<br />
-nos cada vez mais autónomas e mais<br />
responsáveis.<br />
Carla Teixeira, Bruna Fernandes, Carina<br />
Oliveira, Clara Ribeiro, Marta Cunha, 3º TAS
2018<br />
9<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Em destaque<br />
Mais umas Jornadas<br />
Culturais da Martins<br />
Sarmento<br />
Nos dias 21, 22 e 23 de março, a ESMS<br />
realizou as suas IX Jornadas Culturais,<br />
uma iniciativa que faz parte da<br />
tradição da nossa escola.<br />
Ao longo de três dias, a Martins<br />
Sarmento levou a cabo inúmeras atividades<br />
dirigidas a alunos, a pais e<br />
encarregados de educação e a toda<br />
a comunidade em geral. Todas os<br />
empreendimentos tiveram como objetivo<br />
principal desenvolver nos alunos,<br />
numa perspetiva integradora, competências<br />
cognitivas, sociais, cívicas<br />
e culturais. Pretendeu-se responder a<br />
um desafio dos próprios alunos: contactar<br />
com especialistas de diferentes<br />
áreas do saber e, desta forma, aprender<br />
em contextos diferentes da sala de<br />
aula. As palestras que fizeram parte<br />
do programa foram organizadas pelos<br />
diferentes grupos disciplinares, procurando<br />
ir ao encontro dos interesses<br />
do maior número possível de alunos.<br />
O momento musical da sessão de<br />
abertura foi a forma escolhida através<br />
da qual se recebeu os alunos das escolas<br />
básicas que, no primeiro dia destas<br />
Jornadas, participam nos já clássicos<br />
Laboratórios Abertos. Alunos e professores<br />
de diferentes cursos da ESMS<br />
organizaram atividades que pretendiam<br />
mostrar aos visitantes aquilo de<br />
que são capazes em contexto laboratorial.<br />
Estas iniciativas envolveram<br />
diferentes áreas do saber desde a Física<br />
e Química, à Biologia e Geologia,<br />
à Matemática, às Artes, passando<br />
pela Multimédia, pela Robótica, pela<br />
Saúde e pela Restauração. Neste dia,<br />
celebrou-se também o Dia Mundial da<br />
Árvore com a iniciativa Toma e Planta,<br />
organizada conjuntamente pelo Projeto<br />
Eco-Escola e pela Coordenadora da<br />
Segurança. Num gesto simbólico, foi<br />
oferecido a cada turma que nos visitou<br />
um exemplar de uma árvore a ser<br />
plantada nos jardins das suas escolas,<br />
tendo sido assinado um compromisso<br />
para o efeito.<br />
Nos dias 21 e 22 à noite, a ESMS abriu<br />
as portas aos pais e encarregados de<br />
educação com duas sessões Acompanhar<br />
e Responsabilizar: como fazer?,<br />
organizada pela Associação de pais e<br />
Encarregados de Educação da ESMS e<br />
apresentação do Plano de Ação Estratégica-<br />
Sucesso Escolar sob a tutela da<br />
Biblioteca e Centro de Recursos da escola.<br />
Foi possível refletir, com os pais<br />
e encarregados de educação, sobre estratégias<br />
facilitadoras e necessárias<br />
para que os nossos alunos possam<br />
atingir a excelência.<br />
Os Torneios Desportivos planeados<br />
pelo Grupo de Educação Física foram<br />
uma das atividades em que os alunos<br />
participaram mais ativamente e onde<br />
o mérito desportivo se manifestou. Ao<br />
longo dos dois primeiros dias, os torneios<br />
sucederam-se de forma intensa e<br />
envolveram toda a comunidade escolar,<br />
quer direta quer indiretamente.<br />
Os Torneios Desportivos<br />
organizados pelo Grupo de<br />
Educação Física foram uma<br />
das atividades em que os<br />
alunos participaram mais<br />
ativamente e onde o mérito<br />
desportivo se manifestou.<br />
Ao longo dos dois<br />
primeiros dias, os torneios<br />
sucederam-se de forma<br />
intensa e envolveram toda<br />
a comunidade escolar
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
10<br />
Em destaque<br />
No dia 22, pela manhã, foi altura<br />
para falar de Segurança na Internet.<br />
Elementos das Forças de Segurança,<br />
afetos ao Programa Escola Segura, vieram<br />
à escola para fazer recomendações<br />
sobre como fazer para criar e partilhar<br />
conteúdos na Internet, de forma responsável<br />
e consciente. Foi a data que<br />
a ESMS escolheu para assinalar a efeméride<br />
europeia - Dia da Internet mais<br />
Segura 2018 – que este ano tem como<br />
tema “Cria e partilha com responsabilidade:<br />
Uma Internet melhor começa<br />
contigo”.<br />
Ainda no dia 22, no período da tarde,<br />
falou-se de Conciliar é Preciso! Tarantini<br />
veio à ESMS conversar com os<br />
alunos e, durante cerca de 45 minutos,<br />
mostrou que é fundamental conciliar<br />
os estudos com a prática desportiva de<br />
alto rendimento. No presente ano letivo,<br />
a ESMS integra o Projeto-piloto<br />
Unidades de Apoio ao Alto Rendimento<br />
na Escola (UAARE). O seu objetivo<br />
principal é o de criar condições para<br />
que os jovens alunos e atletas possam<br />
conciliar, com sucesso, a atividade escolar<br />
com a prática desportiva quando<br />
enquadrados no regime de alto rendimento,<br />
seleções nacionais ou que<br />
revelem potencial desportivo elevado.<br />
A atividade cumpriu plenamente os<br />
seus propósitos e a adesão de alunos e<br />
professores foi significativa.<br />
Em paralelo a esta iniciativa, decorreu<br />
a final do concurso “Jovem<br />
Cozinheiro Martins Sarmento”. Este<br />
concurso já faz parte da cultura organizacional<br />
da ESMS e mostra os talentos<br />
dos nossos jovens cozinheiros. Nesta<br />
edição, o júri foi constituído por antigos<br />
alunos que já desenvolvem a sua<br />
atividade como chefes de cozinha em<br />
restaurantes de renome, designadamente<br />
no Grupo José Avillez.<br />
O Sarau Cultural, que se realizou no<br />
dia 23 de março, no Centro de Artes e<br />
Espetáculos S. Mamede, finalizou as<br />
IX Jornadas Culturais. O grande espetáculo<br />
da Martins Sarmento deu a<br />
oportunidade aos alunos de revelarem,<br />
mais uma vez, as suas aptidões<br />
artísticas e criativas e, simultaneamente,<br />
desenvolverem competências<br />
sociais e culturais. Nele foi visível o<br />
sentido de pertença de toda a comunidade<br />
ESMS. O envolvimento de alunos,<br />
pais, professores, assistentes, associação<br />
de estudantes e de pais mostra<br />
o valor que esta atividade tem para os<br />
que fazem parte da nossa comunidade<br />
educativa. Foi um espetáculo de<br />
som, luz e cor, repleto de momentos<br />
mágicos para todos os que nele participaram.<br />
A final do Liceu’ Got Talent<br />
pôs a descoberto talentos que poderão<br />
abrir caminhos de realização artística<br />
e influenciar a vida profissional futura<br />
dos concorrentes. Foi um desfecho<br />
cheio de profissionalismo e de espírito<br />
de solidariedade e de companheirismo<br />
bem patentes no momento da revelação<br />
do vencedor da edição deste ano.<br />
A cobertura fotográfica e vídeo de<br />
todo o evento esteve a cargo do Gabinete<br />
de Imagem da ESMS.<br />
Foram três dias nos quais a ESMS<br />
não parou, demonstrando claramente<br />
o dinamismo de todos quantos se envolveram<br />
para que esta iniciativa fosse<br />
um êxito.<br />
Ana Maria Silva, Diretora da ESMS
2018<br />
11<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
Foram três dias em que a Martins Sarmento não<br />
parou, demonstrando todo o seu dinamismo,<br />
numa abertura à comunidade envolvente
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
12<br />
Em destaque<br />
Atuações do Sarau em: https://www.youtube.com/user/ESMSARMENTO/<br />
videos
2018<br />
13<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Em destaque<br />
• Sarau Cultural 2018<br />
Lago dos Cisnes<br />
Como vem sendo habitual em espetáculos<br />
anteriores que a nossa escola tem o<br />
prazer de oferecer a toda a comunidade<br />
educativa, este ano o grupo de Educação<br />
Física apresentou uma atuação verdadeiramente<br />
memorável, digna, na nossa<br />
perspetiva, de um galardão (perdoem-<br />
-nos a escassez de modéstia!)<br />
E porque estamos sempre recetivos<br />
a qualquer desafio, desta feita,<br />
assumindo convictamente a nossa sensibilidade,<br />
delicadeza e talento inato,<br />
decidimos "recriar" o "Lago dos Cisnes",<br />
peça musical amplamente conhecida de<br />
Piotr Ilitch Tchaikovsky.<br />
Assim, após muito empenho e dedicação<br />
nos ensaios de preparação que o<br />
antecederam, somos de opinião que o<br />
Sarau 2018 foi engrandecido pela beleza<br />
de vários cisnes ( mais de umas do que<br />
de outros, é certo!).<br />
Foi um belo momento, de diversão, de<br />
romantismo, de feminilidade com a exibição<br />
de algumas aves mais musculosas!<br />
Enfim, um grupo eclético que se complementa<br />
e harmoniza! Um apreço e<br />
louvor a todos nós e a todos os que colaboraram<br />
dando o seu melhor!<br />
Agradecemos a oportunidade e prometemos<br />
cá estar para aceitar reptos<br />
futuros!<br />
Acreditamos que "juntos somos mais<br />
fortes" e, quando cada um de nós dá o<br />
melhor de si, atingimos o Sucesso!<br />
Parabéns a todos!<br />
Bom ano!<br />
O Grupo de Educação Física<br />
A atuação subiu ao palco da sala de<br />
espetáculos do São Mamede e foi o<br />
ponto alto da segunda parte da edição,<br />
deste ano, do Sarau Cultural da nossa<br />
Escola
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
14<br />
Em destaque<br />
• Jornadas Culturais<br />
Laboratórios abertos<br />
de Biologia, Geologia<br />
e Saúde<br />
Estamos em 2018, e, no dia 21 de março,<br />
mais um ano de participação ativa dos<br />
nossos alunos na dinamização dos Laboratórios<br />
Abertos de Biologia, Geologia e<br />
Saúde, atividade integrada nas Jornadas<br />
Culturais. Na área da Biologia, da Geologia<br />
e da Saúde, alunos e professores<br />
empenharam-se na receção aos jovens<br />
alunos de 9º ano de outras escolas, assim<br />
como na divulgação de algumas das<br />
atividades que vão sendo desenvolvidas<br />
nas várias disciplinas da área, ao longo<br />
do ano. Mais uma vez foi de realçar a<br />
interação em clima de boa disposição, a<br />
curiosidade e o grande empenho do público<br />
envolvido.<br />
No laboratório de Biologia, foi possível<br />
observar, manusear, identificar<br />
estruturas em órgãos de um mamífero<br />
e identificar odores específicos e ver os<br />
famosos pintainhos que todos os anos<br />
nascem nos nossos laboratórios, depois<br />
de um período de tempo de grande<br />
dedicação de alunos, de professor e funcionários<br />
da escola. No Laboratório de<br />
Geologia, foi possível observar e identificar<br />
amostras de rochas que, ao longo<br />
dos anos, vão sendo recolhidas por alunos<br />
e professores em cada nova aula de<br />
campo, catalogadas e guardadas na escola.<br />
No Laboratório de Saúde, os alunos<br />
do Curso Profissional de Técnico Auxiliar<br />
de Saúde ensinaram a fazer a manobra de<br />
Heimlich para a desobstrução de via aérea<br />
e a lavar corretamente as mãos, entre<br />
outras iniciativas.<br />
Obrigada a todos.<br />
Profª Frederica Sampaio<br />
A iniciativa de Laboratórios Abertos divulgou a ciência entre os jovens das escolas do<br />
1º. 2º e 3º ciclos , motivando-os para a Ciência e Tecnologia e, em particular, para a<br />
área da Biologia, Geologia e Saúde.<br />
O programa deste evento incluiu visitas a laboratórios, execução de experiências<br />
laboratoriais e demonstrações feitas pelos nossos alunos e professores.
2018<br />
15<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Em destaque<br />
• Jornadas Culturais: Serviço de Psicologia e Orientação<br />
Peça de teatro “Meu amor, dói”<br />
O Serviço de Psicologia e Orientação promoveu<br />
a peça de teatro “Meu amor, dói”, dinamizada<br />
pelo Projeto Tabu, com dramaturgia e encenação<br />
de Marcela Fernandes, para seis turmas de<br />
11.º e 12.º anos, no âmbito dos seus Projetos de<br />
Educação Sexual. No dia vinte e três de março de<br />
2018, a peça, apresentada em dois momentos, foi<br />
integrada no programa das Jornadas Culturais<br />
da Escola, e contou com a presença das turmas<br />
11.º CT1 e CT6, 3.º PM e PV. No dia vinte e seis de<br />
abril de 2018, a peça foi reposta para as turmas<br />
11.º SE1 e SE3.<br />
Cada peça foi constituída por três monólogos<br />
sobre violência sexual, baseados em relatos<br />
reais, em que o ambiente do espetáculo se desenrolava<br />
num cenário simbólico, ou seja, o limbo<br />
mental das personagens que iam descrevendo as<br />
suas histórias pessoais. A dramática história das<br />
personagens Ana, Eva, Varela e Zé tiveram um<br />
forte impacto, representando, metaforicamente,<br />
a problemática sexual que as personagens<br />
viveram e expondo abertamente todos os seus<br />
pensamentos sobre o que vivenciaram.<br />
Vocacionada para as questões da violência<br />
de género, a peça recorreu às artes cénicas<br />
como instrumento de intervenção social. A violência<br />
de género é considerada um obstáculo à<br />
concretização dos objetivos de igualdade, de desenvolvimento<br />
e paz, ao violar, dificultar e anular<br />
os direitos humanos e as liberdades fundamentais<br />
do ser humano. Os textos funcionaram como<br />
uma descarga elétrica da realidade, desencadeando<br />
nos espetadores um misto profundo de<br />
emoções e reações.<br />
As histórias foram um ponto de partida para<br />
o debate que permitiu a partilha de experiências<br />
por parte dos jovens e a troca de ideias sobre<br />
temas como a orientação sexual, a violência no<br />
namoro e a violência de género que incidiram na<br />
aceitação de papéis sexuais e na forma de abordar<br />
a sexualidade individual. O debate foi muito<br />
participado pelos alunos e professores, sendo<br />
as opiniões unânimes ao considerar a peça de<br />
grande utilidade, enriquecedora do ponto de<br />
vista das atitudes e valores e uma mais valia<br />
para os seus Projetos de Educação Sexual. Agradecemos<br />
ao Projeto Tabu a disponibilidade, a<br />
inovação e o profissionalismo com que vieram<br />
enriquecer a temática.<br />
Carla Sofia Rodrigues, Serviço<br />
de Psicologia e Orientação<br />
Psicóloga Diana Teixeira do Espaço Municipal para a Igualdade e atores<br />
Diana, Rafael e Marcela do Projeto Tabu<br />
Dinâmica de grupo sobre rótulos sociais e a forma como condicionam as<br />
relações interpessoais<br />
Peça “Meu amor, dói” apresentada às turmas de SE, na sala dos espelhos
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
16<br />
Em destaque<br />
• Serviço de Psicologia e Orientação<br />
Comportamentos<br />
autolesivos na adolescência<br />
A adolescência é considerada uma<br />
etapa de desenvolvimento e maturação<br />
entre a infância e a idade<br />
adulta, sendo um período de desenvolvimento<br />
humano em que os jovens<br />
desenham a sua identidade, escolhem<br />
o que querem fazer profissionalmente<br />
e preparam o seu projeto de vida. Pode<br />
ser um período vulnerável em que há<br />
busca de independência dos pais e<br />
maior valor dos amigos e vontade de<br />
exploração de novas situações, com<br />
as quais o jovem não sabe ainda como<br />
lidar. Desta forma, os comportamentos<br />
autolesivos em adolescentes são de<br />
grande relevância, estando associados<br />
a doença psiquiátrica e à maior probabilidade<br />
de suicídio futuro.<br />
Atendendo à complexidade da temática,<br />
o Serviço de Psicologia e<br />
Orientação dinamizou, no âmbito das<br />
Jornadas Culturais, no dia vinte e dois<br />
de março, uma palestra sobre comportamentos<br />
autolesivos na adolescência,<br />
à qual compareceram o primeiro e segundo<br />
anos do Curso Profissional de<br />
Saúde. Os comportamentos autolesivos<br />
na adolescência constituem um<br />
problema de saúde pública, resultando<br />
em riscos físicos, sociais e educacionais<br />
significativos. Segundo dados da<br />
Organização Mundial de Saúde, atinge<br />
2% da população mundial, com predominância<br />
do sexo feminino. Cerca<br />
de 10% dos adolescentes apresentam<br />
comportamentos autolesivos pelo menos<br />
uma vez ao longo da vida, sendo<br />
que 40 a 60% dos adolescentes com<br />
psicopatologia apresentam este tipo<br />
de comportamentos.<br />
O comportamento autolesivo pode<br />
ser encarado como um comportamento<br />
com resultado não fatal em que o<br />
individuo:<br />
- iniciou comportamento com intenção<br />
de causar lesões ao próprio (ex:<br />
cortar-se, queimar-se);<br />
- ingeriu uma substância numa dose<br />
excessiva em relação à dose terapêutica<br />
reconhecida;<br />
- ingeriu uma droga ilícita ou substância<br />
de recreio, num ato em que a<br />
pessoa vê como de autoagressão;<br />
- ingeriu uma substância ou objeto<br />
não ingerível, como detergentes,<br />
solventes.<br />
A automutilação é um dos comportamentos<br />
autolesivos mais frequentes,<br />
caracterizando-se como um comportamento<br />
direto, inaceitável e repetitivo,<br />
que causa ligeira a moderada lesão física,<br />
resultando em dano infligido no<br />
próprio corpo, em que há agressão direta<br />
ao corpo sem intenção consciente<br />
de suicídio e perturba o funcionamento<br />
fisiológico e psicológico do indivíduo<br />
e que não é social ou culturalmente<br />
aceite. O perfil clínico do adolescente<br />
com comportamentos autolesivos<br />
associa-se a ansiedade, depressão,<br />
impulsividade, agressividade, personalidade<br />
borderline, esquizotípica,<br />
dependente ou evitante, baixa autoestima<br />
ou consumo de substâncias.<br />
As estratégias de intervenção devem<br />
ser multidisciplinares, englobando Intervenções<br />
escolares que conduzam a<br />
uma redução do estigma sobre a saúde<br />
mental, a comportamentos de pedido<br />
de ajuda na situação de perturbação<br />
emocional e apostando no treino de<br />
estratégias de coping. Deve apostar-<br />
-se na formação dos profissionais<br />
escolares acerca dos comportamentos<br />
autolesivos, que permitam uma maior<br />
facilidade de identificação de jovens<br />
em risco, que capacitem os técnicos<br />
para lidar com estes jovens e que informem<br />
sobre o encaminhamento<br />
adequado a dar ao adolescente. Da<br />
mesma forma, deve haver uma maior<br />
facilitação do acesso aos cuidados de<br />
saúde mental dos jovens em risco, ou<br />
já com comportamentos autolesivos e<br />
capacitar os serviços de saúde mental<br />
que tratam os adolescentes em aceder<br />
a tratamentos do foro psicossocial. É<br />
importante promover o envolvimento<br />
do adolescente em atividades, na sua<br />
família e na sua comunidade.<br />
O encaminhamento para serviços<br />
técnico-pedagógicos das escolas,<br />
como o Serviço de Psicologia e Orientação,<br />
desempenha um papel fulcral. A<br />
psicoterapia é fundamental nos comportamentos<br />
autolesivos na medida em<br />
que: ajuda a identificar os problemas<br />
implícitos que provocam os comportamentos<br />
autolesivos; ajuda a procurar<br />
outras formas de lidar com a frustração;<br />
ajuda a regular a impulsividade e<br />
outras emoções; ajuda a gerir melhor<br />
a angústia/preocupação; permite desenvolver<br />
capacidades/aptidões de<br />
resolução de problemas mais assertivas;<br />
promove a autoestima e os<br />
relacionamentos sociais; fornece feedback<br />
e ativa rede de suporte.<br />
Desta forma, pode-se concluir que a<br />
intervenção deve ser abrangente e integrada,<br />
envolvendo vários domínios,<br />
como a família, a escola e a comunidade.<br />
Carla Sofia Rodrigues, Serviço<br />
de Psicologia e Orientação
2018<br />
17<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
• Dia Mundial da Árvore<br />
“Toma e Planta”<br />
No dia 21 de março, integrando as<br />
Jornadas Culturais da nossa escola, assinalamos<br />
o dia Mundial da Árvore, com a<br />
atividade “Toma e Planta”.<br />
Foi com entusiasmo que oferecemos<br />
uma pequena árvore a cada uma das escolas<br />
que nos visitou, não sem antes um<br />
responsável se comprometer a cuidar devidamente<br />
desse novo ser vivo.<br />
Passar pequenas plantas para as mãos<br />
de alunos, de crianças e jovens de outras<br />
escolas, e vendo a sua alegria, revelou-se<br />
um prazer. Temos a certeza que estarão<br />
bem entregues e que crescerão fortes<br />
juntos.<br />
Projeto Eco escola e<br />
Coordenadora da Segurança<br />
• Dia Aberto<br />
A ESMS abre as portas à Comunidade<br />
A promoção da escola junto da comunidade<br />
é uma das metas do nosso Projeto<br />
Educativo e, no dia 12 de maio, cumprimos<br />
mais uma etapa dessa divulgação.<br />
O Dia Aberto Martins Sarmento foi uma<br />
iniciativa concebida dentro do espaço escolar,<br />
mas voltada para a comunidade. Foi<br />
uma atividade muito positiva e este sentimento<br />
é partilhado por todos os que<br />
participaram na sua realização, bem como<br />
por aqueles que nos visitaram.<br />
Este ano, conseguimos superar as nossas<br />
expectativas. Estamos certos de que<br />
tudo o que projetamos pretende promover<br />
o serviço educativo de excelência<br />
que nos caracteriza, e que juntos conseguimos<br />
atingir a excelência desejada em<br />
todas as atividades que realizamos. Este<br />
dia é mais um exemplo disso!<br />
Ana Maria Silva, Diretora da Escola<br />
Os pais e alunos do ensino básico tiveram a oportunidade de conhecer as instalações,<br />
os cursos e algumas atividades que a escola desenvolve ao longo do ano.
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 18<br />
Notícias<br />
Conciliar Sucesso Escolar e desportivo<br />
Somos todos UAARE<br />
Terminada esta primeira experiência<br />
como Escola Piloto UAARE é possível<br />
fazer um balanço final do desenrolar de<br />
todo o processo de acompanhamento<br />
de Alunos/Atletas com carreiras duais,<br />
pertencentes por direito próprio ao Projeto<br />
UAARE – Martins Sarmento. Assim<br />
sendo, apesar de ter sido necessário trabalho<br />
árduo para promover uma forte<br />
e eficaz articulação de vontades, entre<br />
todos os envolvidos, tais como: Coordenador<br />
Nacional UAARE, Câmara<br />
Municipal, Diretora da Escola, Equipa<br />
da Sala de Estudo “Aprender+”, Diretores<br />
de Turma, Professores dos Conselhos<br />
de Turma, Alunos/Atletas, Encarregados<br />
de Educação, Federações, Clubes,<br />
Diretores Desportivos e Treinadores, foi<br />
alcançado com sucesso o desígnio para<br />
o qual todos nos propusemos. Não foi fácil,<br />
deu muito TRA-BA-LHO é verdade,<br />
no entanto, todo o esforço foi compensado,<br />
com a constatação de que todos os<br />
alunos/atletas, sem exceção, atingiram<br />
o sucesso escolar pretendido.<br />
Envolveu mudança de alguns paradigmas,<br />
compreensão das dificuldades/<br />
necessidades de gestão de carreiras<br />
duais, aulas de recuperação, adiamento<br />
de testes sumativos, adaptações curriculares,<br />
aulas de apoio individualizado,<br />
apoio à distância, reuniões, formações,<br />
entre outras. Não foi um trilho fácil, mas<br />
foi certamente um caminho que valeu a<br />
pena percorrer.<br />
A devida consideração para todos<br />
aqueles que cooperaram e acreditaram<br />
no projeto, tendo sempre presente que<br />
os alunos são a razão da nossa paixão.<br />
O justo reconhecimento ao trabalho/esforço/dedicação<br />
que todos os Alunos/<br />
Atletas demonstraram ao longo do ano,<br />
não só no seu percurso académico, mas<br />
também no seu percurso desportivo, o<br />
mérito também foi deles.<br />
A todos eles, manifesto a opinião de<br />
que nunca desanimem na vontade da<br />
procura dos seus sonhos.<br />
Votos de bom ano!<br />
Prof. Adelino Carvalho<br />
No passado dia 30 de julho, teve lugar, no auditório da ESMS,<br />
a assinatura do acordo de cooperação para o fomento das<br />
carreiras duais, que sentou à mesma mesa a Câmara Municipal<br />
de Guimarães, a Escola Secundária Martins Sarmento<br />
| Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, o Agrupamento<br />
de Escolas João de Meira e o Vitória Sport Clube. O<br />
acordo de cooperação contou com a presença de João Paulo<br />
Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto.
2018<br />
<strong>19</strong><br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
• Artes visuais e performativas<br />
Primeiro encontro de antigos<br />
alunos de artes da ESMS<br />
Registo Momentos 1 foi o nome escolhido<br />
para um encontro que reuniu<br />
os trabalhos artísticos de vários antigos<br />
alunos da Escola Secundária<br />
Martins Sarmento, no passado dia 5 de<br />
maio, no Museu Alberto Sampaio, em<br />
Guimarães.<br />
Esta iniciativa juntou cerca de 20<br />
criadores de várias áreas como a música,<br />
escultura, pintura, performances<br />
e vídeo, com a finalidade de criar um<br />
espaço de partilha entre variados diálogos<br />
artísticos. Segundo os seus<br />
impulsionadores, para além desse<br />
momento de comunhão, pretende-se<br />
que esse espaço seja de reflexão e de<br />
estímulo criativo em torno das problemáticas<br />
da arte em Guimarães e,<br />
até, em Portugal. A arte é, aqui, entendida<br />
como um conceito alargado que<br />
abrange o campo da prática artística e<br />
um outro mais próximo do âmbito industrial.<br />
A promoção da relação entre<br />
as vertentes educativa e artística também<br />
far-se-á com base nas vivências e<br />
nas expectativas das pessoas que participam<br />
neste projeto.<br />
A inauguração aconteceu no dia 5<br />
de maio, pelas 16 horas, e contou com<br />
a atuação de alguns músicos que passaram<br />
pela nossa escola, entre eles:<br />
Diogo Cosme, Manuel de Oliveira, Mathilda,<br />
Toulouse e Virar DaSquina.<br />
O registo do impacto que a criação<br />
artística teve e tem em cada um dos<br />
participantes, bem como a sua interação<br />
na comunidade em que estão<br />
inseridos, será ainda objeto dum próximo<br />
encontro, a realizar em julho, na<br />
Casa da Memória, em Guimarães.<br />
Prof. José Faria<br />
A inauguração aconteceu no dia 5 de maio, pelas 16 horas, e contou com a atuação de<br />
alguns músicos que passaram pela nossa escola, entre eles: Diogo Cosme, Manuel de<br />
Oliveira, Mathilda, Toulouse e Virar DaSquina.
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 20<br />
Notícias<br />
• Visita de Estudo com voluntariado<br />
Morabeza<br />
Dez ilhas vulcânicas, na região central<br />
do Oceano Atlântico, constituem a República<br />
de Cabo Verde. País insular que os<br />
exploradores portugueses descobriram<br />
e colonizaram no século XV. E o escolhido<br />
para o projeto Volunteen dos alunos do<br />
11CT2. Projeto aventura! Porque, de facto,<br />
foi à descoberta que partimos para a Ilha<br />
de Boa Vista. O objetivo? Oferecer o nosso<br />
tempo e as nossas ações voluntárias em jardins<br />
de infância da ilha. Paralelamente,<br />
diminuir a pegada ecológica que decorre<br />
da crescente oferta turística da ilha, através<br />
da limpeza de areais. É esta aventura<br />
que me pedem para descrever. Não é fácil,<br />
porém. Deveria sê-lo já que não foi<br />
imaginada. Foi real. Mas a dificuldade da<br />
sua redação prende-se com o embaraço<br />
de transformar em palavras as emoções<br />
que foram vividas, os toques, os abraços,<br />
os cheiros sentidos. As sensações são<br />
algo tão íntimo que, quando partilhadas,<br />
parecem perder a sua essência.<br />
“Morabeza!” Morabeza será a melhor<br />
resposta à questão que naturalmente<br />
ocorre após esta viagem. Cabo Verde<br />
é Morabeza. É ser genuinamente feliz. É<br />
ser amável, afável, delicado, gentil. Não<br />
se traduz. Sente-se.<br />
Foi de sentimentos este projeto. Muitos.<br />
Desde o seu início, um ano antes. Acreditar<br />
que a Escola Secundária Martins Sarmento<br />
poderia voar até terras africanas e “fazer diferente”.<br />
In loco. As empresas Filinto Mota,<br />
Donaire Portugal e Lasermind acreditaram<br />
e apoiaram o projeto. O Volunteen sentia-<br />
-se fortalecer. Os encarregados de educação<br />
não o deixaram esmorecer nunca. Todos os<br />
intervenientes tornaram o Volunteen humanamente<br />
sentido. Igualmente grande, e<br />
com especial destaque, o apoio da ONG Colcheia,<br />
sediada em Guimarães, na pessoa do<br />
professor Óscar Ribeiro, que nos ofereceu o<br />
seu know-how e nos guiou pelas ruas… pela<br />
terra batida da “Bubista”.<br />
Estar em Boa Vista é ser capaz de dar,<br />
abraçar e sentir. Sentir como, de tão pouco,<br />
se fazem dias plenos. Foram assim os<br />
nossos 7 dias: plenos. Desde o primeiro minuto<br />
em que o despertador toca à 01.00 da<br />
manhã de sábado, logo seguido de toques<br />
de chats em que alguém grita “estou a sentir-me<br />
preparado, AGORAAA!”, um dia<br />
inteiro de viagem para chegar a Boa Vista<br />
e sentir aquele primeiro impacto de…choque!!<br />
Cabo Verde?!! Mas é tudo castanho!!<br />
Cores desertas que se espraiam até mergulhar<br />
na frescura azul esverdeada das<br />
águas do Atlântico. A um lado. Porque, do<br />
outro… uma das raras ruas de Sal Rei, a capital<br />
da ilha, ladeada por lojas de comércio<br />
... Foi uma visita de estudo<br />
diferente, que nunca se<br />
irá apagar das nossas<br />
memórias. Para muitos foi<br />
a primeira vez que viajaram<br />
de avião, foi a primeira<br />
vez fora de Portugal, mas<br />
para todos esta viagem foi<br />
especial pela companhia,<br />
pelos sítios que visitamos e<br />
que muito nos marcaram...<br />
europeu… mas com sabores africanos oferecidos<br />
em bancas improvisadas na berma<br />
da calçada. Sair desta avenida significa<br />
entrar na Bubista que conheceríamos…<br />
na desorganização paisagística caótica,<br />
mas que se apresentaria bela. Porque<br />
há arte nos sorrisos das crianças que nos<br />
acolheram nas suas salas de aula. Não há<br />
muito mais.<br />
Tínhamos combinado não pesar as nossas<br />
malas com material escolar. Um ou<br />
outro par de conjuntos de lápis de cor e caderninhos,<br />
apenas. E essa foi a escolha<br />
acertada porque os jardins de infância que<br />
visitamos, que acolhem todas as crianças<br />
do bairro (degradado) da Boa Esperança,<br />
precisam mesmo é de quem possa ir até<br />
lá FAZER! Não há muitos educadores de<br />
infância nestes espaços. Há monitoras.<br />
Ávidas, elas próprias por aprender a fazer.<br />
E há crianças, sedentas de carinho!<br />
Muitas, em cada sala, que acariciam os<br />
nossos cabelos lisos e segredam que irão<br />
“casar com aquele titio”. Porque lhes oferecemos<br />
flores feitas de pedacinhos de<br />
papel fino, improvisadas no momento.
2018<br />
21<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
A pobreza destes espaços contrasta com<br />
a alegria da praia e do cais, ao fim da tarde.<br />
O nosso momento. A reflexão. Sentados<br />
em círculo, partilhando visões e concordando<br />
que esta experiência já era, desde<br />
o primeiro dia, reveladora… de que a falta<br />
de luxo não significa falta de bem-estar.<br />
O sentimento era de que nunca havíamos<br />
imaginado que esta experiência seria tão<br />
profunda… até pelo impacto que nós próprios<br />
causávamos em alguns dos locais<br />
que, demonstrando alguma desconfiança,<br />
ainda assim nos abordavam com um<br />
caloroso “high five”. Concordamos, no final<br />
da noite, que há uma escolha a fazer:<br />
fechar os olhos e não correr riscos ou meter<br />
mãos à obra e fazer a diferença.<br />
Levantamo-nos no dia seguinte para<br />
comprovar isso mesmo. A empresa KLS,<br />
Comércio e Distribuições, recebe-nos<br />
e mostra-nos que o sonho, realmente,<br />
“comanda a vida”. Uma empresa que é,<br />
ela própria, espelho da vida do seu diretor.<br />
Grande! Alguém que depois de sair<br />
do “seu” Brasil, vem para Portugal como<br />
jogador de futebol, mas, por infortúnio,<br />
perde “tudo”. Arregaça as mangas,<br />
aprende a fazer e levanta uma empresa<br />
em Cabo Verde cuja missão é “vender<br />
com qualidade”. Alguém que nos ensina<br />
a nunca desistirmos dos nossos sonhos.<br />
Foi na KLS que aprendemos um pouco<br />
da dinâmica das importações/ distribuições<br />
de produtos e foi com ela que<br />
honramos o compromisso com o meio<br />
ambiente, de fazer brilhar ainda mais as<br />
belas praias da ilha, tentando diminuir a<br />
grave pegada ecológica de que sofrem os<br />
areais de Sal Rei. Não demoramos mais<br />
do que 20 minutos a encher mais de uma<br />
dezena de sacos e caixotes com lixo deixado<br />
na praia…<br />
De manhã, no dia seguinte, o cenário<br />
é outro. Hora de conhecermos a Escola<br />
Secundária de Boa Vista e de sermos<br />
recebidos por uma turma de 11º ano.<br />
Não houve tempo para formalismos. A<br />
receção foi imediatamente calorosa. Assistimos<br />
às suas aulas de Português e de<br />
Química... até que nos convidam para<br />
a aula de Biologia. E lá fomos. Para a<br />
praia... recolher amostras de algas, numa<br />
aula que pareceu ter demorado 15/20 minutos.<br />
Calcorreando os extensos areais<br />
das praias circundantes, contavam-nos,<br />
orgulhosos, sobre a origem do nome de<br />
cada uma delas, e falavam-nos de como<br />
a Praia d’ Cruz acolhe o festival de verão<br />
em agosto.<br />
O último dia era chegado. E com ele<br />
uma experiência única. Um miminho<br />
que nos ofereceram. Uma volta à ilha.<br />
Primeiro, Rabil, para conhecer a arte da<br />
olaria local. E tocar uma morna com os<br />
músicos locais; depois, Povoação Velha,<br />
berço da primeira povoação da ilha. Duas<br />
ruas ladeadas por casas baixas e que<br />
“fervilha” com a chegada de jipes com<br />
turistas. Daí, uma reta interminável por<br />
caminhos que raramente conhecem a<br />
água…pedras, pedregulhos, uma árvore<br />
aqui e ali e dois montes a cortar a planície<br />
até sermos levados à praia de Sta Mónica.<br />
Maravilhosa. Linda. Mais uns quilómetros<br />
e chegamos a um cenário de cortar<br />
a respiração: um deserto à beira mar. O<br />
Deserto de Viana e, com ele, a magia de<br />
surfar naquele mar de areia.<br />
Foi assim a Bubista. Chegou, triste, a<br />
“ora di bai. Xei de Morabeza”.<br />
Profª Brigitte Gomes
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 22<br />
Notícias<br />
• Curso Profissional Técnico de Vendas<br />
Visita de estudo à Vista Alegre<br />
No passado dia 6 de março, as turmas<br />
dos 2º e 3º anos do Curso Profissional<br />
Técnico de Vendas tiveram o privilégio<br />
de visitar as instalações e de conhecer a<br />
riquíssima história da empresa Vista Alegre,<br />
em Ílhavo, Aveiro, fundada em 1824<br />
pelo visionário José Ferreira Pinto Basto,<br />
oriundo do Norte do país, mais precisamente<br />
de Cabeceiras de Basto.<br />
Esta empresa produz cerca de 50 000<br />
peças por dia, de gama média e alta, inseridas<br />
nos segmentos de porcelana de<br />
mesa, decoração, hotelaria, faiança e<br />
cristal, comercializadas nos mercados<br />
nacional e externo, representando este último<br />
uma quota superior a 60% do volume<br />
de negócios.<br />
A internacionalização da marca Vista<br />
Alegre deu os primeiros passos na década<br />
de 90, mas, atualmente, já se afirmou<br />
nos quatro cantos do mundo, tendo alcançado<br />
mercados improváveis como a Índia,<br />
onde inaugurou recentemente o último<br />
Showroom; a Coreia do Sul; os Estados<br />
Unidos e o Brasil, entre outros, sendo alguns<br />
dos seus clientes casas reais, como a<br />
rainha Isabel II.<br />
A Fábrica da Vista Alegre, que está prestes<br />
a comemorar o segundo centenário, já<br />
passou por períodos conturbados, tendo<br />
estado na iminência de colapso há menos<br />
de uma década. Porém, em 2009, foi integrada<br />
no Grupo Visabeira, detentor da<br />
maior parte do capital social, e agrega no<br />
seu portefólio as marcas Atlantis e Bordalo<br />
Pinheiro, bem como a loiça de mesa em<br />
grés, produzida pela Fábrica Ria Stone,<br />
cujo principal cliente e parceiro é o Ikea.<br />
O nosso anfitrião e guia, o Dr. Santiago,<br />
um dos responsáveis pelo marketing<br />
da Vista Alegre, começou a visita orientada<br />
pela capela privada, objeto de obras<br />
de restauro, na qual destacou as duas torres<br />
e dois púlpitos – características típicas<br />
das catedrais -, e o presépio Vista Alegre,<br />
com a presença física de Deus e a imagem<br />
da Padroeira “Nossa Senhora da Penha de<br />
França”, o túmulo do Bispo e reitor da universidade<br />
de Coimbra, nos finais do séc.<br />
XVII, D. Manuel de Moura Manoel, da autoria<br />
do escultor Claude Laprade, que se<br />
Esta empresa produz cerca de 50 000 peças por dia, inseridas nos<br />
segmentos de porcelana de mesa, decoração, hotelaria, faiança<br />
e cristal, comercializadas nos mercados nacional e externo.<br />
encontra na posição vertical. O guia partilhou<br />
connosco inúmeros episódios e<br />
curiosidades sobre a cultura ímpar da empresa,<br />
pela qual nutria enorme orgulho<br />
e abordava com fulgurante entusiasmo.<br />
Realçou que a Vista Alegre foi e é pioneira<br />
em várias vertentes sociais e recreativas.<br />
Assim, o primeiro desafio de futebol em<br />
Portugal foi organizado por esta empresa,<br />
assim como a primeira escola do país, em<br />
1826. Na mesma época, os trabalhadores<br />
foram brindados com um corpo de bombeiros<br />
e teatro privativos, um bairro<br />
operário cuja renda simbólica correspondia<br />
a um dia de salário, um grupo coral,<br />
refeitório, creche, pois a visão humanista<br />
e solidária, bem como o sentido comunitário<br />
de José Pinto Basto fez dele um<br />
empresário de sucesso, respeitado e venerado<br />
pelos seus trabalhadores, na medida<br />
em que procurava aliar o progresso da indústria<br />
ao investimento na educação e
2018<br />
23<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
O Museu Vista Alegre reúne no seu acervo mais de 30 000 peças<br />
dos séculos XIX, XX e XXI, entre as quais peças domésticas, de<br />
Christian Lacroix, da rainha Pia de Saboia, peças com rostos,<br />
coleções de aves em biscuit, sendo que um faisão tem um custo<br />
de 800€ e uma perdiz 20000€, com pigmentos naturais.<br />
cultura dos seus trabalhadores. Além de<br />
que era um requisito do recrutamento de<br />
novos colaboradores a apetência por um<br />
instrumento musical, a fim de integrarem<br />
a banda filarmónica. Ou seja, este<br />
empresário preocupava-se com o bem-<br />
-estar físico e psicológico de todos os que<br />
o rodeavam e com o seu desenvolvimento<br />
pessoal e profissional.<br />
No trajeto entre a Capela e o Museu, o<br />
Dr. Santiago fez alusão ao hotel de charme,<br />
de cinco estrelas, “Montebelo Vista Alegre<br />
Hotel”, inaugurado recentemente pelo Presidente<br />
da República, que esteve encerrado<br />
durante três dias para apresentação de novos<br />
modelos da marca.<br />
Já na receção do Museu Vista Alegre,<br />
deparamo-nos com dois imponentes fornos<br />
que remontam à origem da fábrica,<br />
mas que perduraram durante longos anos<br />
em atividade, atingindo temperaturas<br />
de 1300º e 1400º para a cozedura da porcelana.<br />
As principais matérias-primas<br />
utilizadas no fabrico da porcelana são argila<br />
branca (caulino), quartzo e feldspato,<br />
sendo a primeira proveniente de Ovar e a<br />
última de Viseu. A primeira sala a visitar<br />
foi a do vidro, já que, numa primeira fase,<br />
José Ferreira Pinto Basto se inicia na produção<br />
de vidro, aplicando o saber fazer<br />
do setor vidreiro à porcelana. Durante a<br />
passagem por este espaço e aquando da<br />
admiração das magníficas peças expostas,<br />
o Dr. Santiago sublinhou que a palavra<br />
é um dos valores chave da empresa e os<br />
pedidos de testemunho do seu mentor são<br />
cumpridos por todos. Na Sala do Fundador,<br />
a peça mais importante é o seu busto,<br />
onde se pode apreciar o fato bordado pelas<br />
filhas, a condecoração do Estado da figura<br />
nobre, empreendedora, católica e liberal,<br />
bem como a foto dos 100 anos da fábrica,<br />
o primeiro catálogo que data de 1824 e um<br />
LCD com vários tipos de catálogos – dos<br />
mais antigos aos mais modernos. A sala<br />
das Litofanias é reservada a exposições<br />
não permanentes: Feira de Paris, Frankfurt,<br />
Londres e Nova Iorque, e continha<br />
peças singulares.<br />
O Museu Vista Alegre reúne no seu acervo<br />
mais de 30 000 peças dos séculos XIX,<br />
XX e XXI, entre as quais peças domésticas,<br />
de Christian Lacroix, da rainha Pia de<br />
Saboia, peças com rostos, coleções de aves<br />
em biscuit, sendo que um faisão tem um<br />
custo de 800€ e uma perdiz 20000€, com<br />
pigmentos naturais. Há sempre um exemplar<br />
exposto, mesmo que se produza uma<br />
peça por encomenda, fica uma réplica na<br />
coleção, conforme eram os desejos do fundador.<br />
Contudo, as séries numeradas não<br />
se reproduzem. Uma outra curiosidade<br />
que, nos chamou a atenção, prendeu-se<br />
com o ouro cuja cor de origem é negra e,<br />
para ficar dourado, as peças vão ao forno<br />
a altas temperaturas, e com o facto de<br />
os pintores terem de possuir uma experiência/formação<br />
de 5 anos para estarem<br />
aptos a integrar a oficina de pintura que<br />
tivemos o prazer de visitar. Não é de estranhar<br />
que os preços de algumas peças<br />
sejam exorbitantes, uma vez que pudemos<br />
observar a minuciosidade a que está<br />
sujeita a sua pintura e os materiais preciosos<br />
que incorpora, assim como o<br />
recurso a artistas de alto gabarito - nacionais<br />
e estrangeiros -, onde constam (os<br />
que já desapareceram), numa tela decorada<br />
a preceito, que encima a escadaria<br />
de acesso, com uma árvore genealógica,<br />
dando relevo aos pintores que marcaram<br />
a história da empresa e que contribuíram<br />
para que se tornasse célebre no país<br />
e além fronteiras. Por último e antes de ingressarmos<br />
na loja principal, o anfitrião<br />
alertou-nos para um painel onde constam<br />
todos os logótipos desta instituição, que<br />
mudam sempre que há alteração do presidente<br />
do conselho de administração da<br />
empresa e peças de prestígio como coroas<br />
douradas.<br />
Na loja de artigos de gama alta, ficámos<br />
deslumbrados com a beleza, cores,<br />
motivos das pinturas, requinte e inovação<br />
de múltiplas peças, quer de serviços<br />
de mesa quer de decoração, em porcelana<br />
e vidro. Posteriormente, visitámos uma<br />
loja outlet nas imediações, com peças de<br />
gama média/baixa e a loja da marca Bordalo<br />
Pinheiro, onde pudemos apreciar<br />
soberbas peças decorativas de grande<br />
excentricidade.<br />
Após esta visita a uma empresa de vanguarda<br />
nacional no setor das porcelanas<br />
e sexta maior no mundo, seguimos para<br />
o centro da cidade de Aveiro, onde o almoço<br />
decorreu no Forum Aveiro, seguido<br />
da visita às várias lojas, com intuito de<br />
apreciarmos alguns detalhes de merchandising<br />
e técnicas de atendimento e vendas<br />
adotadas pelos lojistas locais, a fim de respondermos<br />
a um inquérito concebido pelas<br />
docentes organizadoras: Engrácia Bastos e<br />
Graça Ribeiro.<br />
Finalmente, fizemos um breve passeio<br />
pela cidade, num dia soalheiro, mas<br />
que foi ameaçado por um curto aguaceiro<br />
durante o qual contemplamos a bela paisagem<br />
e os seus canais, e alguns alunos<br />
experimentaram os famosos moliceiros e<br />
as bugas.<br />
Em suma, foi uma visita muito enriquecedora<br />
do ponto de vista dos<br />
conhecimentos técnicos do curso profissional<br />
de vendas, mas também ao nível<br />
cultural e social.<br />
Susana Silva e Vera Vieira, 3º PV
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 24<br />
Notícias<br />
• 10º SE2<br />
Visita de Estudo ao Banco de<br />
Portugal, Palácio da Bolsa e<br />
Super Bock Group<br />
No dia 8 de junho de 2018, foi organizada uma visita de<br />
estudo ao Banco de Portugal, Palácio da Bolsa e Super<br />
Bock Group, no âmbito da disciplina de Economia A.<br />
A visita iniciou-se com uma conferência<br />
no Banco de Portugal, no Porto,<br />
dividida em duas partes e intercalada por<br />
uma curta pausa para o lanche.<br />
Na abertura da conferência, visionamos<br />
um pequeno vídeo alusivo ao<br />
historial do Banco de Portugal, bem<br />
como às suas principais funções e missões.<br />
Seguidamente, foram abordadas,<br />
pela Dra. Cláudia e pela Dra. Helena, duas<br />
temáticas fundamentais: Contas de Depósitos<br />
à Ordem e Meios de Pagamento.<br />
Neste âmbito, fomos devidamente esclarecidos<br />
sobre a ficha de informação<br />
normalizada (FIN); o formulário de informação<br />
ao depositante (FID); o fundo<br />
de garantia de depósitos; a abertura de<br />
conta através de canais digitais, onde se<br />
procede à recolha de dados do cliente<br />
por videoconferência, para validação da<br />
sua identidade e atribuição de código de<br />
segurança através de SMS; o extrato bancário<br />
digital; a titularidade de contas;<br />
tipologias de contas bancárias - singulares,<br />
coletivas/conjuntas (solidárias e<br />
mistas); base de dados de contas (BDC);<br />
encerramento formal de contas; cheques;<br />
transferências bancárias, pagamentos<br />
digitais (cartão contactless – pagamento<br />
através da aproximação de um cartão a<br />
um terminal TPA); MB WAY (patente portuguesa),<br />
que equivale ao multibanco no<br />
telemóvel e permite efetuar transferências<br />
instantâneas através do telemóvel/<br />
tablet; MB NET; Débitos Diretos - nos<br />
quais é possível estabelecer limites de<br />
pagamento por meio de homebanking<br />
ou de ATM, para pagamentos automáticos<br />
de serviços de água, eletricidade<br />
ou outros, mas que pressupõe uma autorização<br />
formal dada pelo cliente ao<br />
credor (comerciante); cartões de débito<br />
e de crédito – no caso deste último, os<br />
encargos podem ser juros, anuidade e comissões<br />
para operações de pagamento no<br />
estrangeiro; Serviços Mínimos Bancários<br />
– possibilitam a manutenção das contas<br />
de depósitos à ordem e a realização<br />
de transferências intra e interbancárias<br />
(direitos e deveres dos depositantes, vantagens<br />
e custo simbólico associado de<br />
4,28€).<br />
A segunda parte da sessão de formação<br />
foi conduzida pela Dra. Cármen Pinheiro,<br />
tendo versado sobre o “Conhecimento<br />
da Nota e Moeda do Euro”, tema revestido<br />
de um caráter mais prático. Assim, a<br />
formadora começou por nos dizer que as<br />
notas de euro são produzidas na fábrica<br />
VALORA, no Carregado, e possuem alguns<br />
detalhes que nos permitem verificar<br />
se são genuínas ou falsas (bandeira europeia,<br />
assinatura do presidente do BCE e
2018<br />
25<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
respetiva sigla, elementos holográficos,<br />
a designação do euro e o símbolo copyright,<br />
filete de segurança, janela com<br />
retrato, número de série, marcas táteis, variantes<br />
linguísticas, etc.), sendo que um<br />
dos métodos que permite a distinção é o<br />
TOI (Tocar – Observar – Inclinar), havendo<br />
outros como a lupa para detetar microtextos,<br />
e a luz ultravioleta para observação<br />
das propriedades do papel (fibras e tintas).<br />
A Dra. Cármen informou-nos, também,<br />
acerca das duas séries da nota do euro e<br />
das suas especificidades; alertou-nos, ainda,<br />
para o facto de nunca contarmos as<br />
notas pelas pontinhas e que as pessoas cegas<br />
conseguem identificar se as notas são<br />
contrafeitas através das marcas táteis que<br />
emitem sons.<br />
Relativamente à moeda de euro, falou-nos<br />
das variantes comemorativa<br />
(sempre de 2€) e de coleção (2,50€, 3€,<br />
10€), ou seja, com valores faciais distintos<br />
das moedas tradicionais.<br />
Na sequência da sua exposição, que se<br />
pautou pela interação permanente connosco,<br />
tivemos o privilégio de fazermos<br />
experiências com notas falsas e genuínas<br />
com recurso a equipamento que funcionava<br />
a radiação ultravioleta.<br />
Após a palestra, a formadora transportou-nos<br />
até ao edifício imponente da filial<br />
do Banco de Portugal, no Porto, situado<br />
na Praça da Liberdade, no qual teve o cuidado<br />
de nos mostrar uma máquina que<br />
contava, de forma célere, grandes quantidades<br />
de moeda e convertia em notas<br />
de euro. Também nos deu a conhecer a<br />
maquete do edifício e falou dos vários pisos<br />
subterrâneos e departamentos.<br />
Na despedida da Dra. Cármen, fomos<br />
contemplados com um certificado relativo<br />
à formação e com a oferta de um<br />
livro sobre a nota e moeda de euro e um<br />
pequeno desdobrável informativo dos<br />
vários países da Zona Euro e símbolos<br />
das respetivas moedas euro.<br />
Fomos, então, almoçar na baixa portuense<br />
onde aproveitamos para conviver<br />
um pouco.<br />
Da parte da tarde, deslocamo-nos, a pé,<br />
até ao Palácio da Bolsa, passando nalgumas<br />
ruas mais emblemáticas do Porto.<br />
Já no Palácio, tivemos uma visita guiada<br />
A turma do 10º SE2 iniciou a visita com uma conferência no<br />
Banco de Portugal, no Porto, seguindo-se uma visita ao Palácio<br />
da Bolsa e à fábrica da cerveja da Super Bock e Museu da Cerveja<br />
pelo Dr. António, tendo os alunos ficado<br />
deslumbrados com a mistura de estilos<br />
arquitetónicos, desde os brasões dos aliados<br />
de Portugal expostos no Pátio das<br />
Nações, até aos Salões decorados a ouro,<br />
como o Salão Árabe, local onde tiramos<br />
uma foto conjunta para recordação, uma<br />
biblioteca, uma sala do antigo tribunal do<br />
Comércio e uma sala de reuniões da assembleia<br />
geral da Associação Industrial<br />
e Comercial do Porto. O nosso guia fez<br />
questão de salientar que o Palácio da Bolsa<br />
é um dos monumentos nacionais mais<br />
importantes e belos, sendo um dos mais<br />
visitados, imprescindível na agenda turística<br />
de personalidades que visitam o<br />
nosso país.<br />
Para concluir esta magnífica visita de<br />
estudo, os alunos dirigiram-se para a<br />
fábrica de cerveja Super Bock Group, antiga<br />
Unicer, a maior empresa portuguesa<br />
de bebidas, ativa nos cinco continentes<br />
e em 50 países. Esta empresa comercializa<br />
as marcas Superbock, Carlsberg,<br />
Cristal, Cheers, entre outras. Nesta empresa,<br />
começamos por ver pequenas<br />
amostras das matérias-primas: cereais<br />
(cevada e milho), lúpulo, malte, levedura<br />
e água. A seguir realizamos uma visita<br />
guiada a uma unidade fabril que agrupava<br />
todas as fases do processo produtivo<br />
e, posteriormente, visitamos as diferentes<br />
secções de produção, com enorme<br />
capacidade instalada, onde observamos<br />
a tecnologia de ponta utilizada de<br />
fabrico automático. Passamos, depois,<br />
ao departamento logístico no qual nos<br />
deparamos, novamente, com os processos<br />
automatizados de embalagem e de<br />
supervisão.<br />
Por fim, fomos guiados para o luxuoso<br />
Museu da Cerveja, onde tivemos uma explicação<br />
do historial da empresa e, antes<br />
de regressarmos a Guimarães, fomos ainda<br />
brindados com um lanche. Em suma,<br />
foi uma visita muito produtiva, pois o<br />
nosso conhecimento saiu fortalecido<br />
com estas experiências enriquecedoras.<br />
Resta-nos agradecer aos professores<br />
que nos acompanharam.<br />
Francisca Faria e Joana Picoto, 10º SE2
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 26<br />
Notícias<br />
• Ensino Superior<br />
Alunos da ESMS na 16ª<br />
Mostra Universidade do Porto<br />
Hoje em dia, a grande maioria dos estudantes<br />
do ensino secundário não<br />
está certa relativamente ao caminho a<br />
percorrer.<br />
De modo a contrariar esta tendência,<br />
inúmeras iniciativas foram (e são) criadas.<br />
Projetos como a Mostra da Universidade<br />
do Porto promovem a interação entre<br />
o público-alvo e professores e estudantes<br />
universitários, o que leva a uma partilha<br />
de informação mais detalhada e fidedigna<br />
sobre os cursos, instalações, processos<br />
de candidatura, planos de estudo, entre<br />
outros.<br />
Contudo, mesmo existindo a possibilidade<br />
de encontrar dados similares em<br />
várias plataformas (digitais ou físicas),<br />
é o contacto com as perspetivas dos diferentes<br />
indivíduos que vai causar mais<br />
impacto na decisão que vai guiar o destino<br />
profissional do futuro estudante<br />
universitário. De facto, ao conversarmos<br />
com estudantes dispostos a partilhar<br />
a sua experiência universitária (o que<br />
inclui as praxes, receções ao caloiro, alojamentos<br />
e residências, e, sobretudo, a<br />
sua opinião sobre a totalidade do percurso),<br />
as dúvidas sentidas por cada um<br />
de nós foram atenuadas e, consequentemente,<br />
tivemos o privilégio de ficar<br />
mais informados sobre as várias possibilidades<br />
existentes e a essência da<br />
universidade em si.<br />
Concluindo, depois de termos a oportunidade<br />
de vivenciar esta iniciativa,<br />
podemos, agora, afirmar com certeza que<br />
projetos desta dimensão servem não só<br />
os seus propósitos, mas tocam, também,<br />
os alunos de tal forma que os efeitos de<br />
algo, aparentemente tão simples, é, na<br />
realidade, o fator que promove o começo<br />
da jornada mais importante da vida de<br />
todos os jovens-adultos. Daí sermos capazes<br />
de repetir o slogan da 16° Mostra UP<br />
"Quatro dias de informação, experimentação<br />
e descoberta" e ainda acrescentar<br />
e enfatizar que, apesar de ser de curta<br />
duração, os seus efeitos manifestam-se<br />
muito para além das expectativas criadas,<br />
levando-nos a acreditar no poder da<br />
partilha correta de informação.<br />
Ana Beatriz Mendes, Ana<br />
Carneiro, Diana Silva, 12° CT1<br />
A visita à Mostra da Universidade do<br />
Porto foi uma experiência que permitiu,<br />
por um lado, percebermos a grande<br />
diversidade de cursos à disposição dos<br />
jovens e que, por outro lado, foi uma ajuda<br />
para decidirmos o nosso futuro, já que<br />
Joana Carvalheiro<br />
foi possível trocar impressões com alunos<br />
que frequentam diversos cursos do<br />
ensino superior e recolher informações<br />
adicionais acerca dos mesmos.<br />
Não é possível deixar de referir que o<br />
único aspeto negativo foi a quantidade<br />
exagerada de alunos que estavam a visitar<br />
em simultâneo a mostra.<br />
Luís Fonseca Rodrigues, 11º CT3
2018<br />
27<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
• 2º ano Profissional de Qualidade - Calçado e Marroquinaria<br />
Visitas de estudo: fábrica<br />
de solas Bolflex e a rota do<br />
Calçado<br />
Durante o presente ano letivo, a turma<br />
do 2º ano do curso Profissional<br />
de Qualidade - Calçado e Marroquinaria<br />
realizou duas visitas de estudo<br />
que vieram reforçar e complementar<br />
as aprendizagens adquiridas nas disciplinas<br />
técnicas, ao longo do curso,<br />
assim como consciencializar os alunos<br />
para a importância e dimensão da<br />
indústria do calçado no país.<br />
A primeira visita de estudo aconteceu<br />
a 6 de fevereiro, à fábrica de solas<br />
Bolflex, em Felgueiras, onde foi possível<br />
observar o processo criativo e<br />
produtivo de uma sola. A visita contemplou<br />
a parte criativa com uma<br />
visita ao gabinete de design e de desenvolvimento<br />
de amostras, seguida<br />
da parte de produção dos moldes para<br />
posterior injeção e vulcanização das<br />
solas. A empresa defende, também,<br />
uma forte política ambiental, nomeadamente<br />
no reaproveitamento e na<br />
reciclagem de todos os resíduos inerentes<br />
ao processo produtivo.<br />
Mais tarde, a 7 de maio, a turma voltou<br />
a sair a caminho de “A rota do Calçado”,<br />
em S. João da Madeira. Esta visita de estudo<br />
incluiu a ida ao Centro Tecnológico<br />
do Calçado de Portugal – CTCP (laboratório<br />
acreditado de referência na área do<br />
calçado), ao Instituto do Design e do Calçado,<br />
ao Museu do Calçado e à fábrica de<br />
calçado Evereste. Esta visita permitiu<br />
aos alunos terem diferentes perspetivas<br />
sobre a indústria do calçado, nomeadamente<br />
sobre: a relevância do controlo de<br />
qualidade em laboratório, a importância<br />
e a dimensão da formação profissional<br />
na área, o relevo do sapato do ponto de<br />
vista histórico e a sua evolução, além da<br />
visão industrial e, por fim, a produção<br />
do sapato e controlo de qualidade em<br />
produção/fábrica.<br />
Para além destas visitas, a turma<br />
participou, também, ao longo de grande<br />
parte do ano letivo, num projeto da<br />
Junior Achievement Portugal, que permitiu<br />
desenvolver competências em<br />
diferentes vertentes, destacando-se<br />
o empreendedorismo, a cooperação<br />
e a responsabilidade. A miniempresa<br />
Walkërs passou à segunda fase do<br />
projeto, Feira (I)limitada, com o seu<br />
produto desenvolvido produzindo<br />
uma mochila versátil com um kit<br />
multifunções.<br />
2º PQCM
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 28<br />
Notícias<br />
• Visita de Estudo de Biologia e Geologia<br />
Aula de campo no Parque Natural<br />
do Litoral Norte de Esposende<br />
Os alunos de Biologia e Geologia de<br />
11ºano (CT1, CT3, CT4, CT5 e CT6) realizaram,<br />
ao longo do mês de maio,<br />
visitas de estudo ao Parque Natural do<br />
Litoral Norte de Esposende (PNLNE).<br />
Esta visita foi, na realidade, uma grande<br />
aula de campo para cada turma,<br />
onde foram trabalhados conteúdos da<br />
disciplina sob a orientação do professor<br />
Artur Viana do PNLNE.<br />
Ao longo da manhã, a aula foi<br />
essencialmente orientada para a interpretação<br />
dos diferentes ecossistemas<br />
que existem ao longo das margens<br />
do rio Cávado, que desagua entre Esposende<br />
e Ofir, para a técnica de<br />
observação da variedade de aves que<br />
habita na região e a importância da<br />
preservação da biodiversidade na manutenção<br />
do equilíbrio da Natureza.<br />
Ao longo do final da manhã e tarde, a<br />
aula de campo foi dedicada à geologia<br />
através da interpretação das diferentes<br />
litologias (formações rochosas) da<br />
região; os processos de transformação<br />
inerentes, uma caça aos fósseis<br />
de rastos trilobites (da era paleozoica)<br />
na praia de Apúlia, a observação do<br />
resultado da ocupação pelo Homem<br />
(ocupação antrópica) desta zona costeira<br />
ao longo das ultimas décadas e a<br />
análise dos efeitos das obras de engenharia<br />
que têm sido implementadas<br />
no sentido de minimizar os efeitos da<br />
ocupação antrópica.<br />
Com esta atividade, foi possível relacionar<br />
os conteúdos trabalhados nas<br />
aulas com a sua observação no terreno.<br />
Mas quem melhor para avaliar do<br />
que os próprios alunos. Junto segue o<br />
testemunho dos alunos Luís Pereira e<br />
Miguel Faria do 11º CT4.<br />
Grupo de professores de Biologia<br />
e Geologia, 11º ano<br />
Esposende, uma cidade geológica<br />
Durante o mês de maio de 2018, foram<br />
realizadas visitas de estudo a Esposende<br />
no âmbito da disciplina de Biologia e<br />
Geologia.<br />
A visita começou na margem sul da<br />
zona estuarina do rio Cávado, onde comparamos<br />
a biodiversidade existente no<br />
leito de cheia e na zona de margem. De<br />
seguida, fizemos um percurso pedonal<br />
até à restinga, e, aí, foram-nos dadas a<br />
conhecer as consequências de construção<br />
das obras de proteção costeira em<br />
Viana do Castelo. Falamos ainda da<br />
alimentação artificial da restinga com<br />
geotubos e da sua mobilidade com o passar<br />
do tempo.<br />
Fomos, também, à praia de Ofir, e, lá,<br />
analisamos rochas metamórficas com<br />
vestígios fósseis (icnofósseis de trilobites).<br />
Da parte da tarde, visitamos o<br />
Castro de São Lourenço, onde nos foi<br />
explicada a sua formação (devido a<br />
uma orogenia) e relembrados conteúdos<br />
programáticos do ano anterior, como<br />
transportes transmembranares.<br />
Durante a viagem de regresso, finalizamos<br />
determinadas respostas cujas<br />
perguntas nos tinham sido feitas no<br />
guião orientador da visita, observamos,<br />
no terreno, muitos assuntos que tínhamos<br />
abordado nas aulas, o que foi muito<br />
interessante, e percebemos, então, que<br />
aquele dia foi muito agradável e educativo<br />
e seria ótimo se fosse possível,<br />
fazermos mais aulas de campo, uma vez<br />
que se aprende melhor a Geologia.<br />
Miguel Amorim e Luís Pereira, 11º CT4
2018<br />
29<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
• Época desportiva<br />
Desporto na Martins Sarmento<br />
Foi nos últimos dias de aulas<br />
do 2º Período que se<br />
realizaram os Torneios das<br />
Jornadas Culturais. O Espírito<br />
Desportivo e Fair Play foi<br />
uma constante nas manhãs<br />
e tardes desse evento cultural<br />
e desportivo, salientando<br />
o trabalho de arbitragem da<br />
responsabilidade dos alunos<br />
federados e dos alunos dos<br />
cursos profissionais que colaboraram<br />
na organização.<br />
Como já tem vindo a acontecer há<br />
vários anos, os professores de Educação<br />
Física organizam, no final do 1º e<br />
2º períodos, torneios de várias modalidades<br />
desportivas. Neste sentido, este<br />
ano, realizaram-se torneios de Voleibol<br />
e Badminton, no final do 1º período<br />
nos dias 14 e 15 de dezembro e de Futebol<br />
e Basquetebol, nos dias 22 e 23 de<br />
março, final do segundo período.<br />
As inscrições foram abertas a rapazes<br />
e raparigas, e cerca de 1000 alunos<br />
da Escola Secundária Martins Sarmento<br />
participaram nesta experiência,<br />
distribuídos pelas várias modalidades,<br />
manifestando visivelmente a sua<br />
vontade de superação e dedicação nos<br />
vários eventos desportivos.<br />
Foi nos últimos dias de aulas do 2º<br />
Período que aconteceram os Torneios<br />
das Jornadas Culturais. O Espírito Desportivo<br />
e Fair Play foi uma constante<br />
nas manhãs e tardes desse evento<br />
cultural e desportivo, salientando o<br />
trabalho de arbitragem da responsabilidade<br />
dos alunos federados nas várias<br />
modalidades e dos alunos dos cursos<br />
profissionais que colaboraram na organização<br />
destes Torneios.<br />
Relativamente ao projeto Desporto<br />
Escolar, os alunos participaram no<br />
Mega Sprint e Mega Kilómetro Distrital,<br />
tendo sido apurada a aluna<br />
Carlota Ribeiro para os Nacionais. A<br />
Carlota conseguiu um excelente 7º Lugar<br />
na Final do campeonato Nacional<br />
de Mega Sprint, realizado em Lisboa,<br />
no dia 24 de março. Também ocorreram<br />
os campeonatos regionais de<br />
Natação em Bragança, nos quais ficaram<br />
apurados para a fase Distrital, no<br />
dia 28 de abril, os alunos Ricardo Faria,<br />
José Ribeiro e Inês Ferreira.<br />
Por último, a nossa escola também<br />
esteve representada no Regional Norte<br />
do Tiro com Arco, em Vila de Conde,<br />
no dia 18 de maio.<br />
Ao organizar estes torneios, os professores<br />
de Educação Física tiveram<br />
como objetivo envolver o maior número<br />
possível de jovens e estimular o<br />
seu interesse pelo desporto. Houve um<br />
consenso alargado de que estas atividades<br />
tiveram uma influência positiva<br />
sobre todos os participantes e se desenrolaram<br />
com o êxito esperado!<br />
Grupo de Educação Física
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 30<br />
Notícias<br />
• Projetos empreendedores<br />
Orçamento<br />
participativo das<br />
Escolas mobiliza<br />
alunos da ESMS<br />
edição online em<br />
www.esmsarmento.pt<br />
A Associação de Estudantes realizou várias<br />
atividades com o intuito de divulgar e<br />
promover a 2ª edição do Orçamento Participativo<br />
das Escolas. É uma iniciativa que<br />
pretende estimular o espírito cívico e democrático<br />
dos alunos, desafiando-os a<br />
desenvolver projetos no sentido de melhorar<br />
a escola e celebrar o dia do estudante,<br />
no dia 24 de março.<br />
Depois de todos os procedimentos<br />
que o projeto exige, apareceu apenas<br />
um projeto que deriva de uma necessidade<br />
premente, sentida por professores<br />
e alunos, isto é, a aquisição de quatro<br />
projetores multimédia para apetrechar<br />
quatro salas de aula.<br />
O projeto foi apresentado em sessão<br />
pública pelos proponentes e obteve 493<br />
votos no ato eleitoral realizado no dia 22<br />
de março.<br />
Os alunos participaram de forma ativa<br />
e manifestaram o seu contentamento<br />
por terem contribuído para reduzir as<br />
desigualdades pedagógicas sentidas no<br />
dia a dia dos alunos e dos professores da<br />
ESMS.<br />
Ana Maria Silva, Diretora da ESMS<br />
O OP é promovido pelo município de Guimarães abrangendo os 14 Agrupamentos de<br />
Escolas e as 2 Secundárias do concelho e prevê um montante máximo das propostas<br />
de 12.50,00€. As propostas desta edição foram enquadradas no âmbito das áreas de<br />
sustentabilidade ambiental, voluntariado e solidariedade e articulação com o projeto<br />
Pegadas. A sessão de apresentação dos projetos na nossa escola contou com a presença<br />
da Dra. Patrícia Ferreira da Câmara Municipal de Guimarães.
2018<br />
31<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
• Concurso<br />
Concurso Nacional de Curtas<br />
Metragens “Jovens Iluminados”:<br />
ESMS conquista o 2º lugar<br />
Curta em: https://www.youtube.com/watch?v=_GyDvpD4p54<br />
Em outubro de 2017, foi lançado,<br />
pelo Departamento de Matemática e<br />
Aplicações, da Universidade do Minho,<br />
o concurso nacional de criação<br />
de curtas-metragens denominado “Jovens<br />
Iluminados”, destinado a alunos<br />
do ensino secundário.<br />
Este inédito, e muito participado,<br />
evento nasceu sob o tema "José Anastácio<br />
da Cunha - o Tempo, as Ideias, a<br />
Obra...”, e visava homenagear o ilustre<br />
matemático. O principal objetivo do<br />
concurso foi o de instruir os jovens para<br />
uma “leitura” informada e crítica - do<br />
mundo que nos rodeia.<br />
O concurso, antecedido, (em 12 de<br />
outubro) pela participação dos alunos<br />
Cláudia Dinis, Francisco Moreira, Francisca Gonçalves<br />
e Joana Sousa foram os alunos responsáveis pela<br />
concepção da curta-metragem que conta a história<br />
de quatro jovens que viajam no tempo para encontrar<br />
Isaac Newton, o famoso físico e matemático inglês<br />
em 10 workshops, na UM, foi transversal<br />
a várias áreas do conhecimento:<br />
matemática, ciências da computação,<br />
história, balística, filosofia, literatura,<br />
música, etc. Estes encontros serviram<br />
de mote para as curtas.<br />
Para realizar o filme, os alunos Cláudia<br />
Dinis, Francisco Micael Moreira,<br />
M.ª Francisca Gonçalves e Joana Pinto<br />
Sousa (do 11.º AV1) aprenderam e<br />
trabalharam muito. Reuniram, durante<br />
uns meses (às quartas-feiras e<br />
noutros dias) com o professor da disciplina<br />
de Filosofia e, por vezes, com<br />
outros profissionais e alunos do Liceu.<br />
Partilharam ideias; leram; visionaram<br />
filmes e curtas; escreveram; contactaram<br />
com instituições (Museu de<br />
Alberto Sampaio, uma banda de música<br />
internacional, a UM); prepararam<br />
contínua na próxima página
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 32<br />
Notícias<br />
cenários; alugaram vestimentas do<br />
séc. XVI a XVIII e vestiram-nas várias<br />
vezes para as filmagens.<br />
Trataram da pré-produção, da produção<br />
e da pós-produção. Tiveram muitos<br />
problemas para resolver. Esqueceram<br />
as falas das personagens; deixaram<br />
as baterias das máquinas de filmar<br />
descarregar em momento cruciais;<br />
carregaram cabos, máquinas e tripés.<br />
Perceberam o que é ter problemas de<br />
som (falta de material adequado) e de<br />
luz... Reescreveram o guião e redesenharam<br />
a storyboard. Choveu quando<br />
precisavam de filmar à noite. Tiveram<br />
de regravar várias cenas; penaram horas<br />
a fio na edição; ouviram o professor<br />
dizer, vezes sem conta, “cortem, cortem:<br />
são 5 minutos e não mais do que<br />
5 minutos.” Afinaram os créditos, remasterizaram<br />
meia dúzia de vezes e,<br />
por fim, o filme ficou pronto. Nunca<br />
desistiram!<br />
Foram uma equipa fantástica. O<br />
anúncio dos vencedores atrasou duas<br />
semanas, mas a 8 de junho de 2018,<br />
lá fomos todos receber o 2.º prémio<br />
do concurso nacional, no Instituto do<br />
Design, Campus de Couros da UM. A<br />
cerimónia teve alguma pompa e circunstância.<br />
Os alunos das equipas<br />
vencedoras, para além dos prémios<br />
recebidos em palco, foram ainda contemplados<br />
com um prémio extra, uma<br />
participação em atividades do Verão<br />
no Campus, da Universidade do<br />
Minho.<br />
Deixo-vos agora com as palavras que<br />
a aluna Joana Sousa Pinto (realizadora)<br />
leu quando a equipa foi receber os<br />
prémios:<br />
“Recebemos a proposta de participação<br />
nas oficinas de sabedoria e no concurso<br />
nacional de curtas-metragens e cartaz,<br />
logo no início de outubro de 2018.<br />
Acho que nenhum de nós se imaginava<br />
a trabalhar num projeto como este,<br />
quando o ano começou! Mas, quando<br />
a oportunidade surgiu, através do<br />
professor Carlos Félix, abraçámos o<br />
desafio e o tema lançado pela Universidade<br />
do Minho: Jovens Iluminados.<br />
Definitivamente não tínhamos noção das<br />
horas e dedicação que viríamos a investir<br />
no projeto. Forçou-nos a sermos mais<br />
independentes e autónomos proporcionando-nos<br />
a colaborar com instituições<br />
como o Museu Alberto Sampaio, sem esquecer,<br />
claro, o apoio e colaboração de<br />
vários profissionais da Escola Secundária<br />
Martins Sarmento.<br />
Encontrar uma ideia interessante para<br />
a Curta não foi difícil. Sempre gostei<br />
imenso da ideia, de que não conhecemos<br />
realmente nada. Sempre me encantou<br />
acreditar que a dita “história”, que os<br />
factos e datas que nos enfiam na cabeça<br />
desde que aprendemos a ler e a escrever,<br />
não são mais do que suposições. Não<br />
passam de uma ficção escrita por alguém<br />
que decidiu interpretar os espaços<br />
em branco, os espaços sem registo. Deste<br />
modo perguntámo-nos: como preencheríamos<br />
nós os espaços em branco?<br />
E a ideia surgiu: E se em vez de contarmos<br />
a parte que o mundo já conhece,<br />
justificássemos as coisas que o mundo<br />
não entende?<br />
Primeiro procurámos uma vítima.<br />
Tenho de admitir, como adolescentes
2018<br />
33<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
normais que não distinguem génios do<br />
século XV de génios do século XVIII esta<br />
parte do processo foi a mais simples.<br />
Abrimos a wikipédia, pesquisamos por<br />
“iluminismo” e, algures naquele aglomerado<br />
de palavras azuis e pretas, o nome<br />
Isaac Newton salta-nos à vista. Boa! Cá<br />
está o nosso iluminado.<br />
Após algumas horas de pesquisa,<br />
sabíamos que Newton, para além de físico,<br />
também tinha uma queda para a<br />
alquimia. Fora membro da Royal Society.<br />
Criara um novo telescópio que usa<br />
espelhos em vez de lentes. E que a fatídica<br />
queda da maçã ocorrera quando ele se<br />
isolara dois anos na casa da sua família,<br />
protegendo-se da peste.<br />
A ideia da viagem no tempo surgiu algures<br />
nesta fase. Acho que pela necessidade<br />
de ilustrar um paralelismo entre o passado<br />
e o futuro. E o conceito nasceu: quatro<br />
jovens viajariam para o passado e seriam<br />
eles que ensinariam a Newton tudo pelo<br />
qual o físico é conhecido por ter “inventado”.<br />
Três dos jovens representam pessoas<br />
reais da vida de Newton. Nicolas Fatio<br />
de Duillier, também membro da Royal<br />
Society. Catherine Barton, sobrinha de<br />
Newton, e, Emilie du Châtelet, física<br />
francesa. Por fim, a última personagem<br />
representa todos aqueles jovens iluminados<br />
que são esquecidos ou não chegam<br />
sequer a ser reconhecidos pela sociedade.<br />
Estas iniciativas fortalecem o nosso<br />
espírito de equipa, porque no final de<br />
contas somos uma equipa. Por mais talentosos<br />
ou espertos que sejamos como<br />
indivíduos, a chave para o sucesso, a<br />
chave para criarmos algo do qual nos orgulhamos<br />
está na nossa capacidade para<br />
comunicar, entender e trabalhar uns com<br />
os outros.<br />
Se há oito meses nos perguntassem:<br />
“o que terão feito no fim do ano?”.<br />
Provavelmente não responderíamos:<br />
— Uma curta-metragem. Mas estamos<br />
certamente satisfeitos por podermos responder:<br />
— contámos uma história.<br />
Muito obrigada!<br />
Joana Pinto de Sousa, 11º AV1<br />
O Storyboard dos 'Iluminados com Futuro' foi da autoria da aluna Joana Pinto de<br />
Sousa, a realizadora e argumentista da curta-metragem.<br />
A tua escola no facebook. Acede através de: www.esmsarmento.pt
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 34<br />
Notícias<br />
• Biologia e Geologia<br />
Desenvolvimento<br />
sustentável em Guimarães<br />
No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, os alunos<br />
do 11º CT4 e 11º CT5 desenvolveram, ao longo do segundo<br />
e terceiro períodos, um projeto de investigação sobre Desenvolvimento<br />
Sustentável em Guimarães, associado à<br />
candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020.<br />
Durante este processo estabeleceram ligações com o meio<br />
(Câmara Municipal de Guimarães, Laboratório da Paisagem,<br />
Juntas de Freguesia, entre outras instituições). Organizaram-se<br />
em grupo para a distribuição de tarefas de pesquisa<br />
para o envio de mails para solicitar informação e para a realização<br />
de entrevistas para elaborar o trabalho final. Este foi<br />
apresentado nos dias 5 e 6 de junho, no Pequeno Auditório<br />
da Escola, sob a forma de poster, powerpoint e vídeos, entre<br />
outros tipos de divulgações. Demonstraram dinamismo<br />
e empenho na elaboração, cuidado, atenção e criatividade<br />
na apresentação.<br />
No entanto, apesar de Guimarães não ter saído vencedora<br />
do galardão, os vários grupos de trabalho deste projeto<br />
consideraram que é urgente e importante continuar-se o caminho<br />
do combate às alterações climáticas no sentido de<br />
diminuir o aquecimento global através da contínua redução<br />
das emissões de carbono; reduzindo a produção de<br />
resíduos, nomeadamente de plásticos, acelerando a transição<br />
da nossa cidade para uma mobilidade mais sustentável<br />
incrementando uma maior eficiência energética e prosseguindo<br />
os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e da<br />
Agenda de 2030.<br />
Mas nada melhor do que a leitura de alguns testemunhos<br />
dos jovens alunos para percebermos o impacto da realização<br />
desta atividade.<br />
Profª. Frederica Sampaio, dinamizadora do Projeto<br />
“Na nossa opinião, a realização deste trabalho trouxe um<br />
enorme reforço do nosso conhecimento acerca de Guimarães e<br />
de todas as medidas que estão a ser implementadas para tornar<br />
Guimarães numa cidade mais sustentável, assim como para<br />
uma sensibilização acerca do que deve ser melhorado para a<br />
tornar mais sustentável. (…) Acima de tudo, assumimos este<br />
trabalho com responsabilidade, agarrando todas as possibilidades<br />
de descoberta e procura, pisando o terreno. No entanto,<br />
sentimos algumas dificuldades como: apresentar o trabalho<br />
com criatividade, com algo de novo/ inovador, e o tratamento<br />
das entrevistas realizadas junto da população vimaranense,<br />
uma vez que obtivemos opiniões muito variadas sobre o que<br />
tem sido feito.”<br />
Ana Sofia Poleri, Mariana Torres e Rafaela Vilar (11º CT4)<br />
e crítica relativamente a estes temas. Foi também uma importante<br />
forma de sensibilização, pois tomei consciência de que<br />
posso melhorar alguns hábitos relacionados com a preservação<br />
do ambiente na minha cidade, assim como tomar algumas<br />
medidas que podem contribuir para melhorar o nosso planeta.”<br />
Maria Inês Coelho, 11º CT5<br />
A realização deste trabalho permitiu-me colmatar as dúvidas<br />
existentes no meu conhecimento relativamente ao desenvolvimento<br />
sustentável que vem sendo implementado na nossa cidade<br />
Guimarães, e perceber que a procura por uma cidade melhor, a<br />
nível ambiental, é um caminho a ser percorrido por gerações.”<br />
Joana Machado, 11º CT5<br />
“O trabalho de investigação realizado na disciplina de Biologia<br />
e Geologia acerca da candidatura de Guimarães a Capital<br />
Verde Europeia 2020, nos subtemas EcoInovação e Emprego<br />
Sustentável e ainda o diagnóstico de situações que resultam<br />
da ocupação antrópica, levaram-me a adquirir novos conhecimentos<br />
e despertaram-me para novas prioridades. Contudo,<br />
também me deparei com algumas dificuldades, as quais fui ultrapassando<br />
ao longo do desenvolvimento de todo o projeto,<br />
como por exemplo, que locais visitar no âmbito dos subtemas<br />
do meu trabalho e descobrir o significado de emprego sustentável.<br />
Além disso, descobri bastante acerca do contributo de<br />
algumas freguesias de Guimarães para a candidatura do Concelho<br />
a Capital Verde Europeia 2020.<br />
Apesar de Guimarães não ser uma das finalistas ao Galardão<br />
Capital Verde Europeia 2020, é muito importante que os<br />
cidadãos continuem a ter atitudes amigas do ambiente. A participação<br />
neste projeto ajudou-me a valorizar mais o meio<br />
ambiente e a prestar mais atenção ao que me rodeia, nomeadamente,<br />
na identificação de situações que resultaram da<br />
ocupação antrópica e que ainda não foram solucionadas.”<br />
Ana Beatriz Frade, 11º CT5<br />
“O que aprendi de novo?"<br />
A realização deste projeto permitiu-me passar a prestar mais<br />
atenção aos problemas relacionados com a sustentabilidade e<br />
a ocupação antrópica de Guimarães e a ser mais participativa
2018<br />
35<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Notícias<br />
• Física<br />
Masterclasses<br />
Internacionais em Física de<br />
Partículas 2018<br />
No passado dia 2 de março, os alunos<br />
do 12º CT3 levaram com uma<br />
onda de informação particularmente<br />
interessante.<br />
A Física não é novidade nenhuma<br />
para qualquer pessoa, visto ser uma<br />
das ciências mais reconhecidas e mais<br />
respeitadas, porém esta é apenas o<br />
tronco de vários ramos, sendo um deles<br />
a Física de Partículas, tal como<br />
estes alunos puderam constatar.<br />
Por entre o burburinho inicial,<br />
numa das salas da Universidade do<br />
Minho, local desta International Masterclass,<br />
ouviam-se uns “Não sei bem<br />
o que é isto” ou “O que viemos aqui fazer?”.<br />
Pois, para perceber o que estes<br />
alunos realmente fizeram, é preciso<br />
primeiro compreender o que é a Física<br />
de Partículas.<br />
A Física de Partículas estuda os<br />
constituintes elementares da matéria<br />
e da radiação, assim como as<br />
suas interações e aplicações. É também<br />
conhecida como “Física das altas<br />
energias” visto que estas partículas só<br />
podem ser criadas com energias muito<br />
elevadas.<br />
Todos estes conceitos foram explicados<br />
na palestra inicial, assim como<br />
alguns métodos gerais da Física, a<br />
título de exemplo, a lei das áreas de Kepler.<br />
Segundo esta, um raio vetor que<br />
liga um planeta ao Sol descreve áreas<br />
iguais em intervalos de tempo iguais.<br />
Assim sendo, os diferentes planetas<br />
têm não só velocidades diferentes<br />
entre si, como também velocidades diferentes<br />
na sua trajetória, pois esta é<br />
elíptica e não circular.<br />
Porém, os olhares brilharam quando<br />
o assunto foi a matéria e a energia negra.<br />
Algo que não interage com o nosso “mundo<br />
comum”, mas que é essencial à sua<br />
existência, é simplesmente impressionante!<br />
Quem diria que apenas conhecemos<br />
5% da constituição do Universo!<br />
A Física de Partículas estuda os constituintes elementares<br />
da matéria e da radiação, assim como as suas<br />
interações e aplicações. É também conhecida como “Física<br />
das altas energias” visto que estas partículas só<br />
podem ser criadas com energias muito elevadas.<br />
Explicados todos estes conceitos,<br />
chegou o momento de atribuir uma tarefa<br />
aos alunos. Estes iriam avaliar a<br />
existência de duas partículas elementares,<br />
Bosão Z e Bosão de Higgs.<br />
Bosão Z decai num par muão-antimuão<br />
ou num par eletrão-positrão<br />
Bosão de Higgs decai em 2 Bosões Z<br />
e pode originar 2 fotões.<br />
Após as análises dos resultados,<br />
estes foram partilhados com outros<br />
países presentes no projeto e com o<br />
próprio CERN (Conseil Européen pour<br />
la Recherche Nucléaire).<br />
Para terminar o dia, os alunos puderam<br />
ainda ouvir o testemunho de<br />
um aluno da universidade que teve o<br />
privilégio de trabalhar nesse local tão<br />
prestigiado.<br />
Após tudo isto, quem sabe se o 12º<br />
CT3 não terá um futuro físico de partículas<br />
entre eles?<br />
Prof. João Paulo
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 36<br />
Universo ESMS<br />
• Escola Secundária Martins Sarmento<br />
Projetos de Futuro<br />
Pregão<br />
Pregão, o grito audível e visível da<br />
nossa existência; a voz que ajudou, ao<br />
som dos tambores, a projectar esta escola<br />
e os seus alunos no calendário das<br />
mais concorridas festas estudantis.<br />
Mas o processo relacional não poderia<br />
ficar por aqui. Afinal, sou um jornal escolar<br />
e estas páginas têm de reflectir a<br />
realidade que é uma escola (...) As diferentes<br />
atividades dinamizadas pelos<br />
vários clubes e projectos são uma espécie<br />
de laboratório onde se ensaiam e<br />
exploram as novas aprendizagens.<br />
Prof. António Leite<br />
“As minhas asas, - deu-mas<br />
O tanto sonhar eu poder gritar-te, ó<br />
Morte:<br />
-Inútil! Podes vir<br />
Acabar de matar as mortes do meu ser!<br />
Tu podes vir buscá-lo, podes vir!<br />
Mas eu não sou de morrer!<br />
Eu vou voando!<br />
Sou asas para o Porvir...”<br />
José Régio<br />
Voluntariado MS<br />
O Voluntariado MS pretende promover<br />
a solidariedade, a cidadania,<br />
colaborar para a formação dos alunos,<br />
contactar diretamente com a realidade<br />
, criar laços afetivos entre diferentes<br />
gerações e incentivar e promover a prática<br />
do voluntariado, - Despender de<br />
tempo EM PROL DOS OUTROS<br />
Assim, no âmbito da promoção dos<br />
valores essenciais do projeto, durante<br />
o passado ano letivo, desenvolvemos<br />
várias atividades em parceria com alguns<br />
organismos da nossa cidade.<br />
Deste modo, cooperamos com a Cruz<br />
Vermelha nos projetos: recolha de alimentos;<br />
fizemos embrulhos na época<br />
do Natal, junto da superfície comercial<br />
Continente. Continuamos, no Hospital<br />
Senhora da Oliveira, com a iniciativa<br />
Hospital Divertido, na Consulta externa<br />
de pediatria. Juntamente com a<br />
União de Freguesias, colaboramos na<br />
recolha de alimentos junto do Supermercado<br />
Pingo Doce e dinamizamos o<br />
centro de dia do Lar de Santos Passos<br />
com oficinas de iniciação à informática.<br />
Com o projeto ERDAL, estivemos<br />
em duas provas, auxiliando na logística.<br />
Colaboramos, também, no auxílio<br />
aos utentes do Lar de Santos Passos. E,<br />
finalmente, participamos na logística<br />
no Campeonato Mundial de Ginástica.<br />
No próximo ano letivo, pensamos<br />
centrar-nos mais na escola, lançando<br />
o desafio à comunidade educativa<br />
(professores, alunos e funcionários),<br />
para que o grupo de Voluntários MS<br />
seja mais alargado e esteja presente em<br />
mais iniciativas da nossa escola.<br />
Profª Helena Rodas<br />
Escola Com Pedalada<br />
A “Escola Com Pedalada” é um Eco<br />
projeto no âmbito da sustentabilidade<br />
ambiental da nossa escola que é<br />
feita de múltiplos projetos interessantes<br />
e que mobilizam, ao longo do ano,<br />
muitos alunos em atividades de enriquecimento<br />
pessoal e educativo.<br />
A escolha do transporte para as<br />
nossas deslocações diárias pode melhorar<br />
a qualidade de vida das cidades<br />
e, consequentemente, da nossa Escola,<br />
tornando-a mais sustentável e agradável.<br />
Os mais jovens deslocam-se todos<br />
os dias para a escola e a maioria recorre<br />
ao transporte motorizado, mesmo residindo<br />
nas proximidades.<br />
“Escola com Pedalada” dispõe de<br />
10 bicicletas para estimular na comunidade<br />
educativa uma mudança de<br />
hábitos no domínio da mobilidade,<br />
no sentido da sustentabilidade e combate<br />
ao sedentarismo das deslocações<br />
para a escola, contando para tal com<br />
a parceria da “ERDAL” e de “Guimarães<br />
+ verde”. O projeto está em marcha<br />
e as bicicletas foram utilizadas pelos<br />
alunos nas aulas de Educação Física,<br />
faltando um uso mais frequente em vários<br />
contextos.<br />
No próximo ano letivo, pretende-se<br />
aprovar o documento que estabelece<br />
as normas de cedência das bicicletas e<br />
regula a sua adequada utilização. Estas<br />
bicicletas destinam-se a toda a comunidade<br />
educativa da ESMS mediante<br />
um registo de adesão e apresentação<br />
de termo de responsabilidade assinado<br />
pelo Encarregado de Educação quando<br />
o requisitante for menor, ficando este<br />
responsável por qualquer dano causado<br />
na via pública e pelo bom uso dos<br />
equipamentos.<br />
Esta medida poderá potenciar as<br />
deslocações de bicicleta para a escola,<br />
recuperando um hábito antigo e saudável<br />
e, simultaneamente, a utilização<br />
regular da futura Ecovia por parte da<br />
comunidade educativa, dada a sua proximidade.<br />
Este projeto também poderá<br />
interferir positivamente nos níveis de<br />
poluição junto das escolas e melhorar<br />
as condições de segurança rodoviária.<br />
Prof. Ricardo Lopes
2018<br />
37<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
O projeto Eco Escola<br />
Eco Escolas é um programa internacional<br />
direcionado para a educação<br />
ambiental, desenvolvido em Portugal<br />
desde <strong>19</strong>96 pela ABAE e que conta a nível<br />
internacional com cerca de 20000<br />
escolas, distribuídas por 46 países. A<br />
nossa escola adotou este projeto desde<br />
o ano letivo de 2006/2007.<br />
O programa “Eco-Escolas” promove<br />
o desenvolvimento de atividades<br />
direcionadas para a melhoria do desempenho<br />
ambiental quotidiano da<br />
escola, contribuindo para a alteração<br />
de comportamentos.<br />
Na prática, o programa visa criar hábitos<br />
de participação e de cidadania,<br />
envolvendo os alunos na tomada de<br />
decisões e implementação das ações<br />
planeadas, procurando encontrar soluções<br />
que permitam melhorar a<br />
qualidade de vida na escola e na comunidade.<br />
As ações desenvolvidas<br />
pelos alunos e por toda a comunidade<br />
educativa proporcionam a tomada de<br />
consciência de que simples atitudes individuais<br />
contribuem, no seu conjunto,<br />
para melhorar o ambiente global.<br />
Divulgar boas práticas ambientais,<br />
fomentar o trabalho em<br />
equipa, familiarizar os alunos com<br />
a fauna e flora da região, estimular<br />
o aluno na construção do seu saber<br />
são objetivos a atingir. Este programa<br />
abrange iniciativas direcionadas<br />
para as temáticas da água, resíduos,<br />
energia, floresta, mar, geodiversidade,<br />
biodiversidade, alimentação saudável,<br />
alterações climáticas, ruído e mobilidade<br />
sustentável.<br />
Contamos com a tua energia. Não<br />
deixes de participar!<br />
Profª Gisela Freitas<br />
Projeto Nicolinas<br />
Este Projeto pretende colaborar na<br />
divulgação e preservação das Festas<br />
Nicolinas na comunidade educativa,<br />
informando e colaborando no que for<br />
necessário com todas as Instituições/<br />
Associações responsáveis pela sua<br />
concretização anualmente.<br />
No âmbito deste projeto, temos<br />
realizado o "Jantar Nicolino" na noite<br />
do Pinheiro, na Escola Secundária<br />
Martins Sarmento, aberto a toda a comunidade;<br />
participamos sempre no<br />
Cortejo das Maçâzinhas, assim como,<br />
no Pregão; colaboramos com a Comissão<br />
de Festas na realização de palestras<br />
sobre este tema aos alunos de 10º ano.<br />
Mas o que devemos saber sobre as<br />
Nicolinas? Segue um breve texto que<br />
podes consultar no site da ESMS:<br />
As tradicionais e seculares Festas<br />
Nicolinas decorrem de 29 de Novembro<br />
até 7 de Dezembro de cada ano.<br />
As Festas Nicolinas têm a sua origem<br />
na devoção religiosa dedicada a<br />
São Nicolau que era oriundo da Ásia<br />
Menor e terá vivido nos séc. III e IV.<br />
Julga-se que terá sido Bispo em Mira,<br />
Turquia. A devoção a este santo deve-<br />
-se à sua proteção às raparigas pobres,<br />
perseguidos, comerciantes, presos,<br />
crianças, infelizes, abandonados à sua<br />
sorte e estudantes.<br />
Este culto terá chegado até Guimarães<br />
através dos peregrinos de vários<br />
pontos do país e do estrangeiro que<br />
aqui se deslocavam para venerarem<br />
Nossa Senhora de Guimarães (Padroeira<br />
de Portugal até ao séc. XVII),<br />
e também através da passagem de<br />
romeiros de/e para Santiago de Compostela<br />
que terão deixado como marca<br />
a sua devoção a S. Nicolau.<br />
São as festas mais antigas de Guimarães<br />
e durante estes dias, os estudantes<br />
tinham e têm várias “atividades” que<br />
fazem parte da estrutura da Festa. São<br />
os designados Números Nicolinos, os<br />
quais são fundamentais conhecer para<br />
entender o espírito destas Festas:<br />
- as Novenas;<br />
- as Ceias Nicolinas;<br />
- o Pinheiro;<br />
- as Posses<br />
- o Magusto;<br />
- as Roubalheiras;<br />
- o Pregão;<br />
- as Maçãzinhas;<br />
- as Danças de S. Nicolau;<br />
- o Baile Nicolino<br />
Ao longos dos tempos, as Festas<br />
Nicolinas têm sofrido algumas alterações<br />
em função do evoluir normal da<br />
civilização, mas a sua essência mantém-se<br />
e representa um testemunho<br />
intangível do património cultural<br />
vimaranense.<br />
Prof. Filipe Freitas
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 38<br />
Universo ESMS<br />
Clube de Programação<br />
e Robótica<br />
O Clube de Programação e Robótica<br />
(CPR) da Escola Secundária Martins<br />
Sarmento (ESMS) foi criado em 2004,<br />
no âmbito do Curso Tecnológico de<br />
Informática, mantendo a sua atividade<br />
e o seu compromisso profissional,<br />
sem interregno, até ao presente, com o<br />
Curso Profissional de Gestão e Programação<br />
de Sistemas Informáticos.<br />
É um centro de interesses educativos<br />
e científicos, de inovação e tecnologia,<br />
na área da automação e robótica criativa<br />
e competitiva, que estabelece a<br />
união entre a vertente académica e prática,<br />
garantindo competências gerais<br />
no crescimento académico, pessoal e<br />
humano dos jovens.<br />
Ambiciona, assim, que a Escola<br />
ganhe, cada vez mais, um lugar de<br />
destaque na comunidade, em termos<br />
tecnológicos e de engenharia. Neste<br />
sentido, objetivamos que o Clube apresente<br />
sempre, e de forma renovada,<br />
um potencial de construção de mecanismos<br />
robóticos, com utilidade e<br />
aplicabilidade em trabalhos de laboratório,<br />
no desenvolvimento das Provas<br />
de Aptidão Profissional (PAP’s) e no<br />
investimento em experiência mais especializada,<br />
de modo a adequá-los aos<br />
projetos de Formação em Contexto<br />
de Trabalho (FCT). Numa perspectiva<br />
de projeção do interior (escola) para<br />
o exterior (comunidade) e vice versa,<br />
procuraremos e desenharemos, como é<br />
nossa prática, uma dinamização e participação<br />
em competições e eventos.<br />
De modo a alargar o nosso raio de<br />
ação, protocolamos diversas parcerias<br />
empresariais e institucionais com<br />
variados objetivos de cooperação e de<br />
interação.<br />
Os resultados mais ambicionados<br />
remetem-nos para a conquista de competências<br />
dos alunos que são atraídos<br />
para o clube. A efetiva evolução das<br />
suas capacidades de autoconhecimento<br />
leva-os a serem responsáveis e<br />
agentes do seu próprio processo educativo,<br />
na versatilidade que passamos a<br />
elencar: na comunicação; na agilidade;<br />
na adaptação; na interacção; na partilha<br />
colaborativa; na diversidade e<br />
interesse na aprendizagem e trabalho<br />
em equipa; num espírito competitivo,<br />
criativo, curioso, imaginativo, inovador<br />
e no pensamento crítico. Entenda-<br />
-se que tudo é arquitetado e pensado<br />
numa perspetiva de construção e projeção<br />
no futuro.<br />
Além disso, destaca-se, no presente<br />
ano letivo, o projeto do concurso “Melhor<br />
Projeto PAP da Escola”. Por ter sido<br />
a sua primeira edição neste evento foi<br />
especialmente acarinhado e objecto de<br />
um sucesso notório e visível. Com efeito,<br />
envolveu todos os alunos de todos<br />
os cursos profissionais e contou com a<br />
participação de um júri externo, com<br />
diversas individualidades empresariais<br />
e representativas de instituições<br />
da comunidade.<br />
Prof.ª Luísa Vieira<br />
Gabinete de Imagem<br />
Nove de julho 2018, pouco falta para<br />
as nove da manhã, um grupo já está<br />
no Centro Cultural Vila Flor a preparar<br />
o equipamento e a verificar o mapa<br />
de atividades para o dia. Alunos e professores.<br />
Objetivo, apoiar, a nível de<br />
imagem e vídeo, o V Encontro Internacional<br />
da Casa das Ciências, este<br />
ano a decorrer em Guimarães, ao longo<br />
de três dias, e cuja colaboração foi<br />
solicitada ao Gabinete de Imagem. Na<br />
escola, o grupo de editores prepara-<br />
-se também para receber e editar as<br />
primeiras imagens de forma a serem<br />
divulgadas o mais cedo possível. Na<br />
sala de multimédia, mais alunos e professores.<br />
Durante os três dias em que<br />
se realizou o Encontro, a azáfama foi<br />
muita, as equipas revezaram-se e, entre<br />
fotografias, vídeos, o leva e traz de<br />
equipamentos e conteúdos, muitas<br />
edições, os grupos mostraram o seu<br />
desembaraço. O mais gratificante foi<br />
aceder às plataformas da organização<br />
e verificar que o trabalho estava a ser<br />
apreciado. É sempre a melhor parte, a<br />
sensação de fazer e fazer bem!<br />
Quando nos perguntam em que consiste<br />
este projeto, a melhor resposta é<br />
o trabalho feito, nomeadamente, as<br />
reportagens de fotografia e de vídeo<br />
(que alimentam a página eletrónica<br />
da escola ou as suas redes sociais,<br />
trabalhos que fazemos para entidades<br />
exteriores quando nos é pedido).<br />
Além da divulgação da imagem da<br />
escola, as atividades junto da comunidade<br />
escolar e local são alguns<br />
dos nossos objetivos, sendo que<br />
o principal pretende envolver os<br />
alunos na dinâmica da escola e deste<br />
projeto. Criado para envolver,<br />
especialmente, os alunos do curso de<br />
Multimédia, integra alunos de Artes<br />
Visuais, Ciências e Tecnologias, Línguas<br />
e Humanidades, Informática e<br />
Restauração.<br />
A nossa intenção visa colocar as<br />
equipas em situações o mais próximo<br />
possível do mundo do trabalho,<br />
de modo a que os participantes se<br />
apercebam do que pode ser um futuro<br />
relacionado com esta área.<br />
Orientamos a Rádio Escola e o<br />
Estúdio Multimédia, publicamos<br />
conteúdos na página da escola e no<br />
facebook. Além disso, criamos conteúdos<br />
de vídeo para a LiceuTV,<br />
com reportagens fotográficas e audiovisuais.<br />
Ainda, elaboramos os<br />
suportes gráficos para a divulgação<br />
de diversas atividades, entre outras, a<br />
coordenação multimédia do Sarau, o<br />
desenvolvimento de atividades específicas<br />
(em momentos pontuais das<br />
Jornadas Culturais ou o Dia Aberto)<br />
e… não menos importante, paginamos<br />
este jornal, o ‘O Pregão’.<br />
Por isso, se te imaginas a fazer algumas<br />
destas tarefas, esta é a tua<br />
equipa!<br />
Prof.ª Raquel Silva<br />
edição online em<br />
www.esmsarmento.pt
2018<br />
39<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
• Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno<br />
A Educação para a Sexualidade<br />
também é trabalhada no<br />
ensino secundário<br />
O GAIA, ou Gabinete de Apoio e Informação<br />
ao Aluno, funciona na nossa<br />
escola em articulação com os alunos,<br />
professores, assistentes operacionais,<br />
pais e encarregados de educação. Tem<br />
como principais áreas de intervenção<br />
a Cidadania, a Educação para a<br />
Saúde e Sexualidade. Além disso, articula<br />
com a Direção no sentido do<br />
acompanhamento de alunos que revelam<br />
problemas de integração escolar,<br />
assiduidade, sociabilidade ou outros<br />
aspetos psicopedagógicos.<br />
Ao longo do ano, foram realizadas<br />
sessões sobre o tema “Saber ser, saber<br />
estar” para todas as turmas de 10º<br />
ano dos cursos de ciências e tecnologias<br />
e 1º ano dos cursos profissionais<br />
(cerca de 550 alunos), nas quais foram<br />
abordados, entre outros pontos, a fundamentação<br />
ética do estatuto do aluno<br />
e a ética escolar, pelo professor António<br />
Moura. Os alunos estiveram envolvidos<br />
na sua elaboração e avaliação.<br />
No GAIA, também se proporciona<br />
um atendimento individualizado,<br />
com encaminhamento para outro serviço,<br />
nomeadamente o Serviço de<br />
Psicologia, sempre que solicitado por<br />
um aluno, o diretor de turma, o professor<br />
e a Diretora, essencialmente.<br />
Houve ainda a preocupação de acompanhar<br />
vários alunos para a orientação<br />
vocacional no Serviço de Psicologia.<br />
Além disso, foram levadas a cabo<br />
várias sessões sobre questões ligadas<br />
à Saúde e Educação para a sexualidade<br />
a nível de turma, 28 turmas no<br />
total (cerca de 784 alunos) abordando<br />
temas como a sexualidade e os<br />
afetos; questões de atitude; postura<br />
e assertividade dos jovens; IST’s e<br />
relações sexuais e métodos contracetivos;<br />
sexualidade; prevenção de<br />
comportamentos desviantes, nomeadamente<br />
os que são tipificados como<br />
crimes sexuais (como os detetar, como<br />
os enfrentar); a violência no namoro e<br />
a violência pela internet. Estas sessões<br />
foram dinamizadas pelos docentes<br />
do GAIA, António Moura e Frederica<br />
Sampaio e pela psicóloga Carla Sofia<br />
Rodrigues, do SPO, à medida que<br />
alunos e respetivos professores responsáveis<br />
pelo Projeto de Educação<br />
Sexual da Turma foram solicitando a<br />
sua colaboração. Considera-se que os<br />
alunos estiveram envolvidos na preparação,<br />
dinamização, participação e<br />
avaliação das atividades. Sobre estas<br />
sessões, os alunos fizeram uma avaliação<br />
anónima, com sugestões de temas<br />
para novas intervenções, acerca das<br />
quais se juntam alguns testemunhos.<br />
Prof. Frederica Sampaio,<br />
Coordenadora da Educação para a<br />
Saúde e Sexualidade e do GAIA<br />
“Na minha opinião, achei muito interessante<br />
esta sessão, pois falamos<br />
da diferença entre sexo e amor e muita<br />
gente, de certeza, achava que o sexo poderia<br />
ser mais importante do que o amor<br />
e, nesta sessão, foi possível debatermos<br />
as nossas opiniões de forma tão aberta,<br />
para esclarecer dúvidas existentes, sem<br />
o desconforto e a vergonha, geralmente<br />
associados. Numa próxima sessão, acho<br />
que podíamos abordar melhor as relações<br />
entre as pessoas que têm relações<br />
sexuais e também sobre a dúvida, a incerteza<br />
e a pressão por uma das partes<br />
em relação à outra.”<br />
Aluno anónimo<br />
“Com esta sessão aprendi bastante sobre<br />
a diferença entre sexo e amor. Isto<br />
fez me refletir sobre quando é que estarei<br />
preparado(a) para ter relações sexuais e<br />
como hei de lidar com as minhas ideias<br />
acerca do assunto. Obrigada pela sua<br />
presença, que volte mais vezes, pois foi<br />
um diálogo muito produtivo e que nem<br />
sempre nos é possível.”<br />
Aluno anónimo<br />
“Penso que esta sessão foi importante,<br />
pois na escola nunca temos sessões<br />
tão abertas como estas e acho que é interessante<br />
porque muitas pessoas têm<br />
dúvidas em relação à sexualidade e têm<br />
medo de perguntar ou questionar alguém<br />
sobre o tema.”<br />
Aluno anónimo
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 40<br />
Universo ESMS<br />
•Por decisão da autora, este texto não obedece ao novo acordo ortográfico<br />
• Projeto Voltar à Escola<br />
“Dê 10 minutos à Língua Portuguesa”:<br />
No encerrar de um projecto<br />
Apresentação da edição manuscrita<br />
de “Os Lusíadas”,<br />
promovida pelo grupo “Voltar<br />
à Escola”<br />
Sociedade Martins Sarmento, 2018-06-10<br />
No ano lectivo que agora termina,<br />
o grupo “Voltar à Escola” decidiu,<br />
por sugestão da colega Salete Pinto,<br />
promover uma cópia integral de “Os<br />
Lusíadas”, manuscrita colectivamente.<br />
Em sessão realizada a 16 de Novembro,<br />
na Escola Martins Sarmento, convidámos<br />
os vimaranenses a colaborar<br />
nesse projecto, que intitulámos “Dê 10<br />
minutos à Língua Portuguesa”. Com a<br />
consciência de que estávamos em contraciclo,<br />
explicitámos então os nossos<br />
objectivos:<br />
1. Homenagear a língua portuguesa,<br />
o mais valioso património nacional<br />
imaterial, que temos o dever de conhecer,<br />
estudar, defender e valorizar;<br />
2. Propiciar o espírito de colaboração<br />
e de entreajuda;<br />
3. Exercitar a escrita manual como<br />
meio de desenvolver a atenção e a destreza,<br />
e facilitar a memorização.<br />
A Escola Martins Sarmento, a Sociedade<br />
Martins Sarmento e a Biblioteca<br />
Municipal Raul Brandão, instituições<br />
parceiras na nossa iniciativa desde o<br />
primeiro momento, puseram à disposição<br />
dos eventuais copistas as<br />
respectivas bibliotecas. E foi assim, entre<br />
livros, que o nosso livro nasceu e foi<br />
crescendo.<br />
A meio da maratona da escrita, tivemos<br />
uma agradável surpresa: a turma<br />
de Artes Visuais do 12.º ano da Escola<br />
Martins Sarmento brindou-nos com<br />
um projecto próprio, a que foi dada a<br />
sugestiva designação de “Tempo de<br />
ilustrar a Língua Portuguesa”: em ambiente<br />
de aula, cada aluno criou uma<br />
ilustração para uma diferente estrofe<br />
de “Os Lusíadas”. Os trabalhos foram<br />
apresentados e estiveram expostos na<br />
Sociedade Martins Sarmento, e posteriormente<br />
na Escola durante a Semana<br />
Cultural, e também na Biblioteca Raul<br />
Brandão, voltando alguns a estarem<br />
hoje, dia da apresentação, de novo<br />
presentes.<br />
Em meados de Maio, a cópia do poema<br />
de Camões, feita vagarosamente,<br />
de forma paciente e esforçada, estava<br />
praticamente concluída.<br />
Dez cantos; 1 102 estrofes; 8 816 versos;<br />
muitas horas de trabalho não<br />
contabilizadas, 100? 180? ; cerca de 450<br />
escreventes, cujas assinaturas constam<br />
no final do volume, como marca<br />
pessoal de cada participante. Uma<br />
tarefa a que aderiu um número significativo<br />
de jovens estudantes de<br />
várias escolas, mas também antigos<br />
alunos, professores, funcionários, profissionais<br />
dos mais variados sectores<br />
de actividade, donas de casa, reformados,<br />
turistas de passagem; pessoas de
2018<br />
41<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
todas as idades, o mais novo apenas de<br />
6 anos (um rapazinho que acelerou o<br />
seu processo de aprendizagem da escrita<br />
para poder participar), o mais<br />
velho contando 95 primaveras; portugueses,<br />
obviamente em maioria, mas<br />
também alguns estrangeiros: meia dúzia<br />
de entusiásticos brasileiros, um<br />
luso-brasileiro escritor, galegos, belgas,<br />
uma francesa, um italiano, uma<br />
americana, um angolano; desde o<br />
mais anónimo de todos nós, até algumas<br />
personalidades bem conhecidas<br />
no nosso meio, autarcas, antigos autarcas,<br />
universitários, directores de<br />
instituições culturais, etc… O Senhor<br />
Presidente da República, Professor<br />
Marcelo Rebelo de Sousa, deu-nos a<br />
honra de escrever as três últimas estrofes<br />
do Poema.<br />
E aí está, finalmente, ainda por encadernar<br />
para mais facilmente poder<br />
ser mostrada, a nossa edição manuscrita<br />
de “Os Lusíadas”, obra de muitas<br />
mãos, produto de caligrafias diferentes.<br />
Ei-la, como já foi referido, junto a<br />
um dos raríssimos exemplares da primeira<br />
edição impressa do Poema, feita<br />
em 1572, ainda em vida de Camões –<br />
que, por deferência da Direcção da<br />
Sociedade Martins Sarmento, volta<br />
a estar exposto neste dia. É uma<br />
presença que não pode deixar de nos<br />
emocionar.<br />
Está a nossa cópia enriquecida com<br />
uma introdução da autoria do poeta<br />
Carlos Poças Falcão e com 12 ilustrações<br />
originais, distribuídas pelos<br />
diversos cantos. Carlos Falcão, naquele<br />
dizer diferente de que só os poetas<br />
são capazes, considera a nossa versão,<br />
manuscrita no século XXI, como<br />
“um belo e consciente anacronismo”.<br />
E continua: “…a edição que aqui se<br />
apresenta é, mais do que porventura<br />
qualquer outra, uma homenagem<br />
de afeição, um anacronismo de amor<br />
a Camões e a "Os Lusíadas”. Refere<br />
depois a importância de Os Lusíadas<br />
enquanto “monumento maior da nossa<br />
língua”, capaz de “conseguir dizer os<br />
mundos todos, visíveis e invisíveis”, “a<br />
voz (…) que melhor nos desenha a vida<br />
e a história (…)”.<br />
Teremos atingido os objectivos que<br />
formulámos em Novembro? Numa autoavaliação<br />
honesta, cremos que sim:<br />
agitámos a bandeira da língua e cerca<br />
de 450 pessoas seguiram-nos, comungando<br />
do nosso sentir. Ler e copiar<br />
uma estrofe de “Os Lusíadas” é tarefa<br />
modesta, mas pode ser o despertar de<br />
um interesse, o desejo de entender melhor,<br />
a admiração pelo Poema e pelo<br />
Poeta, o respeito por uma língua que<br />
foi a dele, mas que hoje é nossa. Acreditamos<br />
que o menino de seis anos e os<br />
jovens do 12.º AV guardarão por muito<br />
tempo uma lembrança positiva da sua<br />
participação neste projecto.<br />
Houve quem confidenciasse: “Há<br />
quanto tempo não ouvia falar de “Os<br />
Lusíadas”! Ou ainda “Há quantos anos<br />
não escrevia à mão!”<br />
Em relação ao grupo “Voltar à Escola”,<br />
a experiência foi enriquecedora.<br />
Fez-nos sair da nossa zona de conforto,<br />
estabelecer contactos, tomar<br />
decisões, aceitar críticas, sugestões<br />
e encorajamentos. Entre nós, houve<br />
quem pela primeira vez tivesse a<br />
oportunidade de ler integralmente “Os<br />
Lusíadas”; quem se ficasse num determinado<br />
episódio ainda lembrado ou já<br />
esquecido; quem voltasse a desenhar;<br />
quem se espantasse com a profunda<br />
cultura clássica de Camões, com a riqueza<br />
imaginativa do dizer, ou com a<br />
musicalidade do verso.<br />
E hoje, os nossos sentimentos são<br />
de satisfação por termos chegado<br />
ao fim e de gratidão para com todos<br />
os companheiros de viagem. De um<br />
modo especial, queremos renovar publicamente<br />
o nosso agradecimento<br />
à Escola Martins Sarmento, à Biblioteca<br />
Municipal Raul Brandão e à<br />
Sociedade Martins Sarmento, pela disponibilidade<br />
com que nos acolheram;<br />
pelo entusiasmo com que adoptaram a<br />
nossa iniciativa; pelas ajudas que nos<br />
dispensaram; pela atenção sempre vigilante;<br />
pelo cuidado e carinho posto<br />
nas pequenas coisas. E também pela<br />
intervenção de há pouco do Dr. Paulo,<br />
da Dr.ª Ana Maria e da senhora Vice-<br />
-Presidente da Câmara Municipal de<br />
Guimarães, Dr.ª Adelina Paula.<br />
Não esquecemos os muitos que deram<br />
"10 minutos à Língua Portuguesa<br />
"(ou mesmo um pouco mais). As nossas<br />
últimas palavras só podem ser<br />
estas: Bem hajam! Obrigada!<br />
Dra. Manuela de Alcântara<br />
Santos, Projeto Voltar à escola
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 42<br />
Universo ESMS<br />
• Projeto Voltar à Escola<br />
A sublime e sempre jovem<br />
Língua Portuguesa<br />
Língua moderna de civilização transcontinental<br />
Excelentíssimos Membros da Mesa<br />
Distinta Assembleia<br />
Com cerca de 270 milhões de falantes,<br />
é a Língua Portuguesa a 3.ª maior<br />
da Europa, entre mais de 60, e a 6.ª<br />
mais falada no mundo, entre milhares<br />
de outras línguas. Falada em todos<br />
os continentes, é Língua oficial de 9<br />
países, e faz parte dos currículos de<br />
escolas não só do Uruguai, Argentina,<br />
Paraguai, Venezuela e Bolívia, mas<br />
também da República do Congo, Senegal,<br />
Namíbia, Suazilândia, Costa do<br />
Marfim e África do Sul, entre outras.<br />
Na universidade de Goa tem um mestrado<br />
em Estudos Portugueses desde<br />
<strong>19</strong>88. Para além da sua presença em<br />
comunidades europeias, com destaque<br />
para o Luxemburgo onde é língua<br />
materna de <strong>19</strong>% da população, é falada<br />
em pequenas comunidades do Zanzibar<br />
(na Tanzânia), da costa oriental da<br />
África, de Macau, Goa, Damão e Diu,<br />
de Malaca (na Malásia), de Java (na<br />
Indonésia), da Austrália e Nova Zelândia<br />
(na Oceânia), e, nas palavras<br />
do poeta, “se mais mundo houvera, lá<br />
chegara!” (VII, 14). Enquanto Língua<br />
Transoceânica e Transcontinental<br />
está o Português em franca expansão,<br />
aumentando significativamente<br />
o seu interesse na China; e, nos países<br />
de língua espanhola limítrofes do Brasil,<br />
está a introduzir-se e a expandir-se<br />
para lá das fronteiras do país lusófono.<br />
Com cerca de 270 milhões de falantes,<br />
perspetiva-se que, por volta<br />
de 2050, tenha cerca de 400 milhões,<br />
sendo atualmente, de acordo com a<br />
UNESCO, “o idioma que tem maior potencial<br />
de crescimento como língua<br />
internacional na África Austral e na<br />
América do Sul”.<br />
A grandiosidade da Língua Portuguesa<br />
vai muito para além do seu<br />
espaço linguístico no mundo. O Português<br />
é língua de prestígio, língua<br />
sublime e distinta naquilo que de tão<br />
especial nos oferece. Língua difícil,<br />
afirmam todos, mas, talvez por isso<br />
e pelas suas particularidades distintivas,<br />
língua de estudos e de teses<br />
frequentes por especialistas estrangeiros.<br />
Língua de civilização, a par<br />
da inglesa, espanhola e francesa, é a<br />
Língua Portuguesa senhora de uma<br />
riqueza tão sem igual, que podemos<br />
afirmar que nós, porque tivemos e temos<br />
o privilégio de a falar, somos<br />
os prediletos, os eleitos entre todos<br />
os povos. Não hesitemos, por isso,<br />
em prestar-lhe justiça, colocando-<br />
-a, por distinção, no pódio das mais<br />
polidas e mais completas línguas do<br />
mundo. Rica na abundância dos seus<br />
sinónimos, é, quando comparada à<br />
francesa ou à inglesa, única na expressividade<br />
dos seus aumentativos e<br />
diminutivos, como podemos ver em “rapagão”<br />
ou em “rapazinho” e “rapazito”;<br />
única na semântica contida no adjetivo<br />
“quentinho”, que, totalmente diferente<br />
do significado de “quente” e de “muito<br />
quente”, traduz aqui, graças ao sufixo, o<br />
calor exato do aconchego e do bem-estar;<br />
única no uso, conceito e expressividade<br />
dos termos “menino” (muito mais terno<br />
e doce do que “criança”), “formoso” (que<br />
está para além de “belo”), “jeito” (tão diferente<br />
de “habilidade”), ou “saudade”,<br />
cuja riqueza semântica não permite encontrar<br />
par nas outras línguas; rica e<br />
completa na sua conjugação verbal de
2018<br />
43<br />
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todos os tempos e modos, não precisando,<br />
salvo algumas exceções, da presença<br />
do pronome sujeito para sabermos qual<br />
a pessoa referida, pois o morfema de<br />
pessoa e número contido na forma verbal<br />
dispensa a pronúncia e a grafia<br />
desse pronome. “Quando estavas em<br />
casa, trabalhávamos em conjunto”, frase<br />
exemplificativa da ausência gráfica e<br />
fónica do “tu” e do “nós”, necessários na<br />
enunciação das frases em inglês e francês,<br />
sob pena de ruído na receção da<br />
mensagem; única capaz de se referir à 2.ª<br />
pessoa com a forma verbal da 3.ª – “O senhor<br />
estuda português?”; “você não sabe<br />
onde deixou os óculos? - particularidade<br />
de difícil compreensão para estrangeiros.<br />
E se estes exemplos não bastam,<br />
atentemos na exclusiva, morfológica e<br />
semanticamente exata utilização das<br />
formas de agradecimento “obrigado” ou<br />
“obrigada” com as suas variantes de número,<br />
que, incorretamente usadas por<br />
muitos portugueses, são de difícil entendimento<br />
para falantes de outras<br />
línguas. Tão diferente da língua francesa<br />
no emprego diferenciado entre o<br />
pretérito perfeito simples e o composto!<br />
Esta língua abundante, enérgica,<br />
concisa e elegante, para cuja perfeição<br />
tanto contribuíram reis como D. Dinis<br />
ou D. Duarte, e para cujo poder comunicativo<br />
encontramos eco em Fernão<br />
Lopes, mostrou esse grau de perfeição,<br />
aquele vigor expressivo em Camões,<br />
Garrett ou Pessoa, aquela força argumentativa<br />
em António Vieira, aquela<br />
dor e ansiedade em Florbela Espanca,<br />
aquela paixão telúrica em Torga, aquele<br />
poder interventivo em Sttau<br />
Monteiro ou Manuel da Fonseca, aquela<br />
denúncia sentida em Ary dos Santos,<br />
aquela busca de justiça em Sofia, aquele<br />
reconhecimento internacional em<br />
Saramago, aquela candura e inebriante<br />
doçura em Matilde Rosa Araújo.<br />
Esta sublime idoneidade, este grande<br />
caráter, esta nobre energia, esta<br />
elegância e capacidade da nossa Língua<br />
deveriam colocar os seus falantes,<br />
compreensivelmente orgulhosos, no<br />
píncaro linguístico europeu e mundial.<br />
Mas esta Língua de ouro está a<br />
ser delapidada, profanada e desonrada<br />
por alguns dos seus falantes. De Língua<br />
de glória está, para e por certos (ir)<br />
responsáveis, a transformar-se num<br />
idioma sem ambição, pela desprezível<br />
e ingénua “mania de quererem parecer<br />
estrangeiros na sua própria pátria.”<br />
Esta bela Língua Portuguesa está a ser<br />
ameaçada pelo desnecessário, despropositado<br />
e abusivo uso de palavras<br />
estrangeiras na conversação, nos discursos<br />
públicos, na publicidade. Esta<br />
ignorante presunção está a prostituir<br />
este nosso Tesouro, introduzindo-lhe<br />
ou tentando introduzir-lhe termos<br />
que, disfarçados em português, ou<br />
não, negam o uso e a riqueza dos sinónimos<br />
que a nossa Língua possui<br />
e que, seguramente, contêm igual ou<br />
maior expressividade do que aqueles.<br />
Com o orgulho linguístico que nos<br />
brota do coração, sempre certos de<br />
que a Língua Portuguesa, tal como todas<br />
as línguas vivas, não pode estar<br />
“couraçada em si própria”, mas, em<br />
natural e permanente evolução, aberta<br />
à influência de outras línguas, que<br />
a ajudam seguramente a remoçar-se;<br />
sempre aberta, por conseguinte, às<br />
entradas lexicais de que necessita, e<br />
criando, simultaneamente, outras palavras<br />
no seu seio e atribuindo novos<br />
significados às já existentes; conscientes<br />
ainda de que, para esta permanente<br />
renovação que “lhe mantém a pujança<br />
da saúde e do vigor”, o contributo<br />
de todos é indispensável, urge pôr cobro<br />
àqueles portugueses que, atrás<br />
referidos, por razões inaceitáveis,<br />
de “peraltice ou jactância”, às vezes<br />
com intuito de ascensão social, dão a<br />
conhecer simultaneamente a milhares<br />
de portugueses novos vocábulos<br />
e expressões estrangeiras inúteis, e,<br />
por isso, de emprego despropositado<br />
na nossa Língua, classificando-os<br />
o linguista Amadeu Torres “de um<br />
zebroidismo bacoco”, “de um falar<br />
exibicionista e assarampelado”. Digamos-lhes<br />
que a Língua Portuguesa<br />
não é um tecido com traça que precise<br />
de remendos; que a Língua Portuguesa<br />
dispensa a ajuda dos que já não<br />
acreditam ou procedem como se não<br />
acreditassem nas suas inesgotáveis<br />
capacidades. Esta infeliz teimosia de<br />
certos (ir)responsáveis em tornar esta<br />
Língua de ouro numa manta de retalhos,<br />
nunca aceitaremos. Esta nossa<br />
persistência neste ponto deve-se à<br />
responsabilidade acrescida e, nas palavras<br />
de Amadeu Torres, e cito, aos<br />
“cuidados múltiplos em ordem à manutenção<br />
e salvaguarda [do nosso<br />
património] contra os agentes deterioradores<br />
que imperceptivelmente<br />
pervadem e infestam os escaninhos<br />
do léxico e da gramática”; contra, e volto<br />
a citar, «“os yuppies” do léxico e da<br />
pontuação, […] apodados [por alguns]<br />
de zebras da imprensa em alarde canhestro,<br />
e retalhistas de café.» (fim de<br />
citação). E recordando o conto “Bobok”<br />
de Dostoiewsky, conclui o linguista<br />
que “quem tão mal fala a sua língua<br />
sabe a defunto.”<br />
Este nosso magnificente idioma – 3.º<br />
mais falado na Europa – na sua sublime<br />
perfeição, no seu permanente rejuvenescimento<br />
e, consequentemente,<br />
na sua total capacidade de realização,<br />
parece não ter sido criado para<br />
todos, refiro-me novamente àqueles<br />
que atrás mencionei, mas para uso<br />
dos ungidos, dos selecionados, que<br />
encontram a seiva, o mel, a vida nos<br />
distintamente consagrados, como<br />
Eça, Eugénio de Andrade, Agustina,<br />
Pessoa ou Camões.<br />
“Tenho, num sentido, um alto sentimento<br />
patriótico. A minha Pátria é a<br />
Língua Portuguesa”, afirmou Pessoa.<br />
E o linguista, várias vezes por mim<br />
citado, acrescenta que «a verdadeira<br />
mundialização da Língua Portuguesa,<br />
adentro dos limites da Lusofonia ou<br />
para além deles, sempre atual e lídima,<br />
sempre outra e sempre a mesma,<br />
teve o condão de, pela sua universalidade<br />
transcontinental tornar-se, tal<br />
como a proclamou o então Presidente<br />
Mário Soares em <strong>19</strong>89, “uma pátria de<br />
muitas pátrias”, uma “língua de afeto,<br />
uma língua de liberdade”».<br />
Professor Doutor João Ferreira,<br />
Projeto Voltar à Escola
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Spoken Word<br />
Moods<br />
A poesia performática - recitação ou,<br />
em inglês “spoken word” - é uma forma<br />
de arte em que o texto existe para ser<br />
dito mais do que lido. A performance<br />
é um ato emocional, gentil ou agressivo,<br />
reflexivo ou até violento, de índole<br />
marcadamente interventiva. Nos anos<br />
80, foram organizadas as primeiras<br />
poetry slams: competições de recitais<br />
de poesia em locais mais populares,<br />
retirando a poesia da academia e espalhando-a<br />
por todo o lado. De enorme<br />
adesão pelos jovens, existem já competições<br />
a nível mundial e centenas de<br />
vídeos são postados no youtube todos<br />
os meses, com a gravação de performances<br />
únicas. De referir Harry Baker<br />
e o seu poema “49”, ou Darius Simpson<br />
& Scout Bostley, com o poema "Lost<br />
Voices" ou Rudy Francisco com "Things<br />
I Strongly Believe".<br />
Um dos desafios que coloquei há minha<br />
turma de 12º foi o de escreverem<br />
uma peça interventiva. Algo que fosse<br />
sentido, emocional, para ser dito com<br />
garra e vontade: que “saísse de dentro<br />
e nos fizesse tremer”. Como sempre,<br />
aderiram, porque são pessoas excecionais<br />
e alunos curiosos.<br />
Apresento-vos quatro na impossibilidade<br />
de mostrar todos, como gostaria.<br />
Foram todos lidos. E aí, mais uma vez,<br />
estes alunos mostraram compreensão<br />
plena e pessoal da razão de ser desta<br />
forma de arte. Convido-vos a lê-los.<br />
Façam-no em voz alta! Bem alta. Com<br />
vigor! Com vontade! Porque estes textos<br />
merecem-no.<br />
I suffer from drastic mood changes<br />
You might be thinking «here she comes with that thing»<br />
It´s super hard to understand what mood changes are if you don´t suffer from them<br />
People don´t understand that it can ruin your day, your relationships or friendships<br />
There are days that I'm feeling great and all of the sudden I feel super sad<br />
This is one of the worst feelings on the world, because you don`t know why or what is happening<br />
You don´t have guarantees of how your mood is going to be<br />
You lost your mind, because it´s all so weird<br />
You start to cry but you are not sad<br />
You get nervous without having reasons to be<br />
Nothing makes sense, you don´t know how to control your own feelings<br />
But what can be the worst is the fact of people making fun of you because they don´t understand what you are going trough<br />
It hurts so much<br />
It hurts knowing that you can be laughing so hard it hurts or you can be crying your heart out<br />
All in the same day, and sometimes with not much difference of timing<br />
It hurts because you have no idea of what to do, or how to behave<br />
Maria Martins, 12º CT5<br />
https://www.inprnt.com/gallery/stvn-h/mood-swings/
2018<br />
45<br />
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Universo ESMS<br />
Forgotten<br />
Lately, I’ve been approached by people asking the same questions.<br />
“Hey, aren’t you the granddaughter?”,<br />
“Is he okay?”,<br />
“How is your mother?”.<br />
And every time it’s the same answers.<br />
“Yes, I am”,<br />
“He´s okay”,<br />
“She’s fine”.<br />
Even if I give such small replies, they try to start a conversation.<br />
They start saying that it must be complicated, that we must be strong.<br />
Are you kidding me, what do you know?<br />
It’s terrifying.<br />
Knowing the day is coming when your loved one won’t know you<br />
Is the most horrific feeling of them all for an Alzheimer’s caregiver.<br />
Is like riding the world’s biggest, scariest and emotional roller coaster.<br />
People tend to get frustrated because of their loved ones who have Alzheimer's.<br />
“Oh, he doesn't recognize me anymore, how can I recognize this person, if they don't recognize me? They're not the same person.”<br />
Well, they are the same person, but they've got a brain disease.<br />
And it's not their fault they've got this disease.<br />
Do you actually think that a person prays to have Alzheimer´s?<br />
And he may not recognize me, but I recognize him.<br />
Loving a patient with Alzheimer’s is like loving a haunted house.<br />
It’s fun to visit once a year, but no one wants to live there.<br />
It´s not easy to have something, and in the next moment it disappears.<br />
The thing that I miss the most is the scrunching the nose gesture that we always did.<br />
I never gave importance when he did it, I just responded to it equally.<br />
But now, when I’m with him, I’m the only one that makes it.<br />
It saddens me knowing that he doesn´t understand.<br />
It saddens me that I can’t even demonstrate that I’m sad.<br />
It saddens me that my mother and uncle are in a worst position.<br />
It infuriates me that people keep talking when they know nothing.<br />
So, to those people that keep talking and saying that we must be strong,<br />
Thank you very much for the unneeded information.<br />
But mind your damn business.<br />
Filipa Guimarães, 12º CT6<br />
https://abrilexame.files.wordpress.com/2018/01/alzheimer1.jpg?quality=70&st<br />
rip=info&w=530&h=453&crop=1
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 46<br />
Universo ESMS<br />
Euthanasia<br />
Euthanasia, the current favorite theme of the Portuguese people<br />
Euthanasia, the theme on which everyone has an opinion<br />
Euthanasia, who has the right to decide?<br />
Euthanasia, to what extent should individual liberty go?<br />
I've heard arguments like:<br />
"euthanasia is a violation of human life";<br />
“life is sacred”;<br />
"only the "creator" can take someone's life"<br />
Well, to these arguments I answer:<br />
"Non-Euthanasia" is violence to Human Dignity;<br />
The choice of life is sacred;<br />
Only we are the owners of our lives.<br />
Put yourself in this situation:<br />
Trapped to a hospital bed,<br />
Unable to breathe alone,<br />
Unable to eat alone,<br />
Without any quality of life,<br />
With unbearable pains,<br />
Without any hope,<br />
Simply waiting…<br />
What would you do?<br />
I can state,<br />
With all my certainties<br />
That no one deserves a slow, gradual and painful death<br />
Everyone should have the right to end their suffering<br />
Everyone should be entitled to a dignified death.<br />
If life is a right, then death is too.<br />
Ana Luísa Azadinho, 12º CT5<br />
One Percent<br />
When I stroll around my thoughts,<br />
I analyse words and their phonetics.<br />
"Cul-ture"…<br />
Is it an unpleasant word?<br />
Since, sometimes, it seems that powerful people<br />
Fear its sound.<br />
Is it too mighty for them?<br />
Culture,<br />
Why don't they help you?<br />
Those who wear pompous black suits that,<br />
Perfectly,<br />
Match with the darkness of their<br />
Self-styled cultured souls.<br />
Your museums' walls hold colourful paintings<br />
Portraying someone's mind,<br />
Feelings an artist didn't left behind.<br />
It's called an a-bil-i-ty.<br />
Those who wear black suits don't have<br />
Sensibility.<br />
Books are touchable knowledge,<br />
The place where truth lives.<br />
Those who manipulate run away<br />
From their fears.<br />
Plays depict society in a jocular way.<br />
Oppressors avoid citizens who have something<br />
To say.<br />
Your sound has a revolutionary rhythm,<br />
It unites by causing<br />
A reaction.<br />
Those who tyrannize citizens keep them<br />
Under distraction.<br />
Without Culture,<br />
We would be small dots in a desert's empty immensity.<br />
Indistinguishable.<br />
The vastness' silence would be out of tune.<br />
Culture,<br />
You're too true and<br />
Humanized lies can't stand you.<br />
Matilde Reitor Ramos, 12º CT6<br />
https://www.youthvoices.live/2017/12/02/voluntary-euthanasia-survey/<br />
http://culturalconundrums.theblogpress.com/files/2014/03/Culture_by_AagaardDS.jpg
2018<br />
47<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
• Momentos de ref lexão<br />
A propósito de “O avanço<br />
da ciência e o recuo de<br />
Deus”…<br />
No passado dia 30 de abril, a nossa escola<br />
teve a oportunidade de receber, como orador<br />
convidado, o Sr. Prof. Álvaro Balsas. Trata-se<br />
de uma pessoa com um nível de conhecimento<br />
excecional, não só pelo alto grau de<br />
sabedoria que possui em várias temáticas,<br />
mas também pela diversidade de disciplinas<br />
que o seu saber engloba, desde a Teologia à<br />
Física. É também de salientar o modo como,<br />
enquanto professor, é capaz de transmitir as<br />
suas ideias e fazer com que o seu auditório as<br />
compreenda.<br />
O professor foi convidado pelos alunos<br />
do 11º CT3, no âmbito da disciplina de Filosofia,<br />
com o intuito de expor um pouco<br />
daquilo que expressa no seu livro "O Avanço<br />
da Ciência e o Recuo de Deus" e desenvolver<br />
um pouco mais este tema. Antes de iniciar o<br />
seu discurso, o professor pediu que os alunos<br />
colocassem questões, de modo a que ele<br />
pudesse, mais eficazmente, satisfazer a sua<br />
curiosidade. As perguntas, todas pertinentes,<br />
variaram desde “Será que Deus existe?”<br />
a “Qual é a relação entre a ciência e a Igreja?”.<br />
A isto, seguiu-se cerca de uma hora em<br />
que o orador, em constante interação com<br />
os alunos, foi esclarecendo o que lhe havia<br />
sido questionado. Deste modo, desenvolveu<br />
alguns temas, entre os quais: as bases da<br />
ciência; a sua origem relacionada com o cristianismo;<br />
a sua evolução e os requisitos para<br />
que se possa praticar a ciência. Abordou todas<br />
estas questões, recorrendo sempre a<br />
exemplos ilustrativos, como o contraste entre<br />
a teoria de Einstein e de Newton para<br />
demonstrar que, mesmo as crenças mais<br />
fortes, que se aceitam como completamente<br />
certas, podem, na verdade, não o ser.<br />
Por fim, todos se despediram do Sr. Prof.<br />
António Balsas com um forte e sincero<br />
aplauso, nunca duvidando que fora uma<br />
palestra produtiva, já que nela toda a gente<br />
aprendeu algo ou, pelo menos, ficou algum<br />
estímulo para a reflexão.<br />
Luís Fonseca Rodrigues, 11º CT3<br />
Este livro destina-se ao mercado universitário, aos cursos e alunos de<br />
filosofia, sociologia, ética, e bioética, ciências cognitivas, psicologia, filosofia<br />
das ciências, só para citar alguns.
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 48<br />
Universo ESMS<br />
Erasmus+<br />
em Eindhoven<br />
Diário de viagem…<br />
Segunda-feira, dia 14 de maio, começou cedo. Perto<br />
das 06:15, toda a equipa portuguesa se encontrou na Escola<br />
Secundária Martins Sarmento - nosso ponto de encontro -,<br />
para todos nos dirigirmos ao aeroporto, onde apanharíamos<br />
um avião, por volta das 09:15, que nos levaria para Eindhoven,<br />
Holanda. Apesar do inevitável atraso do avião que nos<br />
fez perder parte das atividades marcadas para o primeiro<br />
dia do encontro, assim que chegamos, parecia que já lá estávamos<br />
há semanas! Foram todos tão generosos e amáveis<br />
connosco e as amizades estabeleceram-se tão rapidamente,<br />
que nos sentimos imediatamente bem acolhidos.<br />
Quando chegamos ao centro de Eindhoven, por volta das<br />
três horas da tarde, começamos por fazer um peddy-paper,<br />
onde teríamos que descobrir mais sobre a cidade e interagir<br />
com estrangeiros. Depois desta atividade, todas as equipas<br />
(austríaca, espanhola, holandesa, turca, finlandesa e portuguesa)<br />
se juntaram para tirar a primeira fotografia de grupo.<br />
Mais tarde, dirigimo-nos ao De Zonnewende, hotel no qual<br />
ficamos instalados.<br />
Na primeira noite, no hotel, preparamos o quarto, jantamos<br />
e criamos laços com os alunos dos outros países. E,<br />
apesar de ter sido apenas o primeiro dia de projeto, onde<br />
apenas estivemos menos de doze horas rodeados dos<br />
alunos dos outros países, desde o primeiro instante apercebemo-nos<br />
do quão única esta oportunidade fora e o quão<br />
maravilhosa acabaria por ser.<br />
Inês Cruz, 10º CT4<br />
necessárias para enfrentar o dia. De seguida, apanhamos<br />
um autocarro que nos levou ao “Nemo Science Centre”, um<br />
museu de ciência fabuloso, repleto de atividades interativas<br />
e versátil, pois abordava um leque variadíssimo de temas!<br />
À tarde, fomos visitar Amsterdão, algo que todos esperávamos<br />
com ansiedade! Tiramos imensas fotos, rimos sem<br />
limite e jantamos num dos cafés mais bonitos onde eu já<br />
tinha estado! Bonito, mas até nem era pela decoração, era<br />
mesmo pelo aconchego, pelo bom ambiente que transmitia,<br />
pelo facto de a cozinha ser mesmo, ali, diante dos nossos<br />
olhos e de pairar no ar um cheiro delicioso a bolos acabadinhos<br />
de fazer! Quando acabamos a refeição, voltamos para o<br />
“De Zonnewende” e cada um pôde divertir-se à sua maneira!<br />
E, agora, vem a parte mais hilariante do dia! Vou eu, mais<br />
A manhã de terça feira, 15 de maio, acordou-nos muito<br />
cedo e, com ela, todos os que estavam na “De Zonnewende"<br />
(ah, porque se queríamos aproveitar o dia, tínhamos de<br />
levantar cedo!). O sol espreitou por entre as árvores e trouxe<br />
o calor. Trouxe um dia quente e soalheiro, ótimo para<br />
desfrutar!<br />
Após o maravilhoso pequeno-almoço, que devo assinalar,<br />
diariamente, manteve essa qualidade, apesar de sermos<br />
muitos, proporcionando-nos um carregamento de energias<br />
duas amigas e o professor, andar numa espécie de baloiço<br />
para quatro pessoas, cujos assentos eram pneus suspensos<br />
por um ferro (como podem ver na fotografia), sentados<br />
frente a frente, dois a dois. Como ninguém se ofereceu para<br />
nos empurrar, começa o professor a subir e a descer daquela<br />
engenhoca, de modo a poder “dar lanço” para o baloiço andar.<br />
Pouco depois, decidiu sair e, como sem ele aquilo perdia<br />
toda a graça, resolvi descer também. Não é que me ponho a<br />
olhar para o lado, muito sossegada, quando, de repente, vejo
2018<br />
49<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
uma coisa preta enorme a aproximar-se e a bater-me com<br />
força na cara! Era um pneu que vinha ainda com todo o lanço!<br />
Olho para os professores e estão eles desmanchados a<br />
rir! E eu, ali, com a cara dormente e cheia de comichão por<br />
causa das picadas dos mosquitos!!! É claro que, num instante,<br />
também desatei a rir de mim mesma e pensei: “Tu eras<br />
a única a quem poderia acontecer isto!!!”. Só mesmo a mim!<br />
Este é o relato de apenas um dia desta grandiosa semana<br />
que passamos e que vai ficar gravada, para sempre, na história<br />
do meu coração!<br />
Marta Soares, 12º CT5<br />
No período da manhã, divertimo-nos com os mais diversos<br />
jogos, entre os quais o que mais me marcou foi o Jogo do<br />
Javali que consistia em tentar acertar com dardos em áreas<br />
delimitadas, e o Jogo Sueco que foi o meu preferido, visto<br />
que fomos obrigados a responder a questões relacionadas<br />
com “Olympics”.<br />
Depois de uma manhã intensiva a treinar para as competições<br />
que iríamos ter à tarde com estes mesmos jogos,<br />
soube mesmo bem o almoço que nos serviram.<br />
Fizemos a digestão e estávamos novamente prontinhos<br />
para disputar os desafios. Pessoalmente, gostei da forma<br />
como eles organizaram os jogos, pois estes tanto testavam a<br />
componente física como a intelectual. Assim, por exemplo,<br />
no jogo de obstáculos era necessária uma estratégia bem<br />
definida para conseguirmos fazer um percurso em menos<br />
tempo possível.<br />
Neste dia, quarta-feira, 16 de maio, era suposto que<br />
todos nos dedicássemos à concretização do projeto previsto<br />
para este mês “Olympics”.<br />
Começamos naturalmente o dia, com um pequeno almoço<br />
completo e saudável. Seguimos, imediatamente, para<br />
o anfiteatro onde todos fomos divididos por 5 equipas, as<br />
quais constavam de diversas pessoas oriundas de países<br />
diferentes. Tive a sorte de ficar com Roos e Wenxi, duas raparigas<br />
holandesas que conhecera no dia anterior.<br />
Às 16:00 horas, começou o torneio de futebol, aquele que<br />
culminou com o meu braço partido (eu sei que futebol se joga<br />
com o pé! Ahahah!). Seja como for, esta situação permitiu-<br />
-me conhecer o hospital de Eindhoven, onde percorri imensas<br />
salas. Estive ainda entretida a falar com o meu professor acompanhante,<br />
professor João Paulo, e uma senhora holandesa<br />
relacionada com o projeto Erasmus+, que, amavelmente, me<br />
explicou como funcionava o sistema educativo holandês.<br />
Enquanto isso, as minhas colegas divertiam-se com danças<br />
e música no tal anfiteatro. Nessa mesma noite, decorreu<br />
a chamada “Feira dos Países”, onde cada país colocou, em exposição,<br />
a sua gastronomia típica e lembranças alusivas às<br />
suas tradições, que podíamos tocar, provar e mesmo levar
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 50<br />
Universo ESMS<br />
connosco de recordação.<br />
Quando cheguei, após "o chorrilho" habitual de perguntas,<br />
acabei o meu dia, como considero que deveria acontecer,<br />
essencialmente, num programa Erasmus, rindo, falando e partilhando<br />
pedaços da nossa cultura com um rapaz austríaco da<br />
nossa idade e um outro holandês de 13 anos, juntamente com as<br />
minhas colegas Bárbara e Mafalda. E foi bom, porque uma pessoa<br />
como eu, com um futuro povoado provavelmente de viagens<br />
pela frente, estas experiências são as mais importantes, porque<br />
me preparam, e, ao mesmo tempo, deixam uma marca doce na<br />
minha memória.<br />
Joana Cruz, 12º CT3<br />
Nesse dia, quinta-feira, 17 de maio, levantámo-nos, fomos<br />
tomar o pequeno-almoço e preparamos o nosso almoço.<br />
Entrámos no autocarro e fizemos a viagem até Noord-Holland,<br />
Enkhuizen, um lugar muito frio. Lá, visitamos várias casas,<br />
cada uma com a sua história, vimos um moinho, águas limpas<br />
e paisagens magníficas. Almoçamos e, depois, continuamos a<br />
nossa visita. Seguidamente, fizemos a viagem de volta a Zonnewende<br />
e jantamos.<br />
Este dia, sexta-feira, 18 de maio, começou exatamente<br />
como qualquer outro dia desta semana, mas todas sabíamos que<br />
provavelmente seria o dia mais triste desta jornada magnífica.<br />
Estávamos todas com pouca vontade de nos levantarmos e de<br />
dizer adeus àquele que foi o nosso abrigo durante uma semana.<br />
Assim que todas ganhamos coragem para nos levantarmos,<br />
umas mais tarde que outras, procedemos à rotina habitual que<br />
tínhamos criado. Tomamos o pequeno-almoço, despedindo-<br />
-nos do refeitório e da mesa que tinha sido “nossa”, sabendo que<br />
aquela seria a última refeição ali.<br />
Com muita tristeza, acabamos de fazer as malas e deixamos o<br />
quarto arrumado, tal como tinha sido encontrado.<br />
Nenhuma de nós estava preparada para deixar aquele lugar e<br />
as pessoas maravilhosas que conhecemos, mas sabíamos que,<br />
quanto mais cedo o fizéssemos, melhor.<br />
Tínhamos combinado encontrar-nos às 09:45 de modo a nos<br />
dirigirmos para a paragem de autocarro que ficava a 15 minutos<br />
daquele lugar. Como era de esperar, não partimos à hora combinada,<br />
porque a despedida era muito difícil, pois tivemos que<br />
dizer adeus à Espanha, à Holanda e à Turquia e foi muito comovente!<br />
Só conseguia olhar para toda a gente a chorar e a querer<br />
ficar mais uns dias, uma semana quem sabe.<br />
Mas, para mim, o momento mais emotivo, ainda, foi quando<br />
caminhávamos para a paragem de autocarro e fomos seguidas<br />
por um grupo de alunos mais próximos de nós, que não nos<br />
queriam deixar partir e nos acompanharam até metade do percurso.<br />
Quando se aperceberam que tinhamos de nos despedir,<br />
começaram a dançar uma música portuguesa que o nosso grupo<br />
lhes tinha ensinado. Foi realmente muito bonito ver que, em<br />
tão pouco tempo, conseguimos transmitir tanto a outras culturas!<br />
Mas a partida foi inevitável!<br />
Nesta noite, pude conhecer melhor as pessoas de outros países,<br />
pois fiquei a saber como é a vida e a cultura deles. Esta foi a<br />
última e a melhor noite de convívio de uns com os outros. Nessa<br />
noite é que nos apercebemos que teríamos de nos despedir e de<br />
voltar à nossa vida, cada um para o seu país.<br />
Desta experiência fica uma grande certeza, a de que estas pessoas<br />
e este país permanecerão nas minhas memórias!<br />
Inês Reis, 10º CT4<br />
Chegamos a uma cidade que ainda não conhecíamos e foi nos<br />
dado algum tempo para a visitarmos sozinhos e almoçar. Nessa<br />
cidade, depois da refeição, tivemos de dizer adeus à Finlândia<br />
e à Áustria que ficariam para trás. Não tardava já estávamos a<br />
chegar ao aeroporto, onde teríamos de fazer um jantar rápido,<br />
porque a hora do voo aproximava-se.<br />
Fiquei isolada do grupo no voo, pois não tinha ninguém que conhecesse<br />
perto de mim e, infelizmente, não tinha nada com que<br />
me entreter, porque o meu telemóvel tinha ficado sem bateria.
2018<br />
51<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
Eindhoven<br />
1 .<br />
dia 3<br />
Então, a única coisa que eu podia fazer era lembrar-me dos momentos<br />
únicos que tinha passado naquela semana, com pessoas<br />
tão diferentes e de culturas tão diversas que chegava a ser engraçado<br />
como conseguíamos darmo-nos bem, sendo tão diferentes!<br />
Pensei nos amigos daquele projeto que levarei para a vida.<br />
Pensei também no quão bem recebidos fomos pelos holandeses<br />
e o quão acessível era o alojamento e qualquer professor responsável<br />
assim como as alunas! Pensei, por último, nos momentos<br />
fantásticos que nos tinham sido proporcionados, nas visitas às<br />
cidades, nos jogos de equipa, e no convívio entre todos!<br />
Foi realmente uma das melhores experiências que vivi na<br />
minha vida e quero levar comigo. E fico feliz por, no próximo<br />
ano, estar de novo neste projeto fantástico para poder rever a<br />
maior parte destas pessoas.<br />
Inês Almeida, 10º CT4<br />
Ao acordar, na manhã daquela quinta-feira, 17 de maio, todos<br />
os participantes que integravam o projeto Erasmus se sentiam<br />
invadidos pela mesma sensação, à medida que o regresso se<br />
aproximava - já era possível sentir o cheiro de Casa! Uns com<br />
vontade de ficar, outros com vontade de voltar – eu, para todos<br />
os efeitos, já fantasiava com uma cama que não fosse um<br />
beliche!<br />
Como plano para aquela última quinta-feira, foi organizada<br />
uma visita ao Museu Zuiderzee em Enkhuizen, na zona Norte<br />
da Holanda. Sem qualquer ideia para onde nos levavam, e<br />
longe de sequer poder pronunciar este nosso destino, partimos<br />
num autocarro igualmente repleto de jovens meio-acordados e<br />
crianças sob o efeito energético do açúcar (que, misturado com<br />
o entusiasmo da experiência, resultava na produção e reprodução<br />
de sons altos e repetitivos, causadores de uma profunda dor<br />
de cabeça aos primeiros).<br />
Passadas cerca de três horas do início da viagem, havíamos<br />
chegado ao Museu. Bastou um pé fora do autocarro para<br />
sermos abalroados pelos ventos locais que, diria eu, não se<br />
encaixam muito bem na estatura e resistência portuguesas.<br />
Gélidos, abraçados a nós próprios e com dentes a bater uns nos<br />
outros, corremos para o interior do edifício, onde nos foi feita<br />
uma breve introdução àquilo que iríamos encontrar naquele<br />
local. Era essencialmente uma recriação das cidades e vidas<br />
passadas dos Holandeses, onde, tanto podíamos encontrar pequenas<br />
casinhas, cujo interior facilmente nos introduzia para a<br />
cultura doméstica nórdica, como descobríamos ruinhas estreitas<br />
que nos levavam ao passado assim que as atravessávamos.<br />
Sem receios ou anseios, deixei-me perder por aquele local tão<br />
amistoso, que mais parecia uma cidade “a brincar” – é curioso<br />
como dificilmente nos sentimos perdidos em locais bonitos.<br />
Sem dar conta para onde os diferentes trilhos me levavam, segui-os<br />
cega e fielmente (e ainda bem que o fiz!). Vi-me perante<br />
uma paisagem de uma beleza inimaginável, tão magnífica que<br />
qualquer descrição por palavras ficaria aquém da realidade, por<br />
isso, fotografei-a.<br />
De olhos cheios, as fantasias com camas que não fossem beliches<br />
subitamente desapareceram – naquele momento, não<br />
havia motivos para estar em qualquer outro lugar. Podia não<br />
ser a despedida do projeto, nem tão pouco era uma despedida<br />
da Holanda, mas foi um bonito até já. Acho que, se me pedirem<br />
para resumir toda a minha experiência como parte desta iniciativa<br />
de Erasmus, resumi-la-ia neste momento em que fui,<br />
sem pensar em ser, e vi, sem pensar naquilo que estava diante<br />
mim. Não houve qualquer outro local, experiência ou conversa<br />
que me proporcionasse igual sensação. É aí que brilham estes<br />
projetos, que proporcionam uma partilha de vivências e costumes<br />
impossíveis de experienciar de qualquer outra forma.<br />
Na Holanda fui holandesa.<br />
Mafalda Costa, 12º LH3
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 52<br />
Universo ESMS<br />
• Artes Visuais<br />
Sketch books<br />
Gabriela Duarte, 10º AV<br />
Gabriela Duarte, 10º AV<br />
Gabriela Duarte, 10º AV<br />
Beatriz Salgado, 10º AV<br />
Renata Mendes, 11º AV<br />
SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º <strong>19</strong><br />
GARUPA; GASTOS; AI; RAM; ERA; SI; S; RITA; ORIA; M; SANAR; MORDE; C; MAME; ELAI; R; AS; MAL; TAS; FE; MAR; RA; RR; TAC; ARIA; D; I; PODA; RA; TROCA-<br />
DO; AP; A; IA; TU; I; ARU; MU; ME; ARU; GATA; A; O; ORAL; EDITAR; RAPARA; MALETA; AMARAR.
2018<br />
53<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
Célia Vieira, 11º AV2<br />
Vera Rodrigues 11º AV2<br />
Gabriela Duarte, 10º AV<br />
Célia Vieira, 11º AV2<br />
Célia Vieira, 11º AV2<br />
Sara Novais, 12º AV2<br />
Marta Marques, 12º AV2<br />
Joana Arantes, 12º AV2
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão 54<br />
Universo ESMS<br />
• Artes Visuais<br />
Cidades invisíveis<br />
Adriana Oliveira<br />
Bárbara Castro<br />
Carolina Salgado<br />
Ana Catarina Lopes<br />
Bárbara Lopes<br />
Ana Helena Costa<br />
Hernâni Fernandes<br />
Andreia Costa<br />
Adriana Lopes<br />
Cátia Abreu
2018<br />
55<br />
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão<br />
Universo ESMS<br />
“A cidade de Leónia refaz-se a si própria<br />
cada dia que passa: todas as<br />
manhãs a população acorda no meio de<br />
lençóis frescos, lava-se com sabonetes<br />
acabados de tirar da embalagem, veste<br />
roupas novinhas em folha, extrai do<br />
mais aperfeiçoado frigorífico frascos e<br />
latas ainda intactos, ouvindo as últimas<br />
canções no último modelo de aparelho de<br />
rádio. (…)”<br />
In Italo Calvino, As Cidades Invisíveis<br />
Em “As Cidades Invisíveis”, considerada<br />
a obra mais emblemática de Italo<br />
Calvino, o escritor cria um diálogo fantástico<br />
entre o imperador mongol<br />
Kublai Khan e Marco Polo, conhecido<br />
por ser o maior viajante de todos os<br />
tempos. Khan, ao perceber a impossibilidade<br />
de conhecer os seus domínios<br />
por inteiro, utiliza os olhos de Marco<br />
Polo para visualizar as suas terras.<br />
Deparámo-nos com 55 cidades com<br />
nomes femininos que surgem como<br />
personagens dotadas de diferentes carácteres.<br />
Incluídas em onze temas,<br />
vão indicando o assunto abordado:<br />
memória, desejo, sinais, subtilezas,<br />
trocas, olhos, nome, mortos, céu, contínuas<br />
e ocultas.<br />
O grupo do 12º ano AV2 apresentou,<br />
na Semana da Leitura, um trabalho de<br />
ilustração sustentado nesta obra que,<br />
entre outras, incluiu as cidades de Zenóbia<br />
com as suas palafitas, Armilla,<br />
que não tem nada que a faça parecer<br />
uma cidade, Octávia, a cidade teia de<br />
aranha, Sofrónia, com duas meias cidades,<br />
ou Leónia cujo lixo, pouco a<br />
pouco, invadiria o mundo.<br />
Prof.ª Raquel Silva<br />
Filipe Rocha<br />
Pedro Berbereia<br />
Pedro Guimarães<br />
Lara Ribas<br />
Inês Gonçalves<br />
Sara Novais<br />
Marta Marques<br />
Joana Arantes<br />
Lídia Lemos
<strong>Jornal</strong> ‘O Pregão’<br />
online: issuu.com/opregao<br />
impresso: biblioteca e sala de estudo<br />
Pede uma cópia impressa na reprografia.<br />
Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no<br />
jornal da escola, envia-o para o email:<br />
o.pregao@esmsarmento.pt<br />
Equipa de ‘O Pregão’<br />
Fátima Caldas<br />
Joana B. Silva<br />
Jorge C. Faria<br />
José L. Faria<br />
M. Fátima Lopes<br />
Raquel Silva<br />
www.esmsarmento.pt<br />
<strong>19</strong><br />
Editorial (continuação)<br />
Do regresso à Escola de muitos<br />
docentes que celebram a<br />
língua pátria, passando pe-<br />
-la I Mostra de Projetos dos<br />
Cursos Profissionais, pelas Jornadas<br />
Culturais, pelo Liceu’s<br />
Got Talent, até ao desporto, aos<br />
concursos e às estimulantes visitas<br />
de estudo e voluntariado,<br />
há muito para ler, fruir e guardar<br />
para memória futura.<br />
A Escola conjuga passado,<br />
presente e futuro. A Escola permite<br />
ensinar e aprender. Por isso<br />
a Escola é uma grande, multifacetada,<br />
séria e amistosa conversa<br />
que temos uns com os outros.<br />
Ensinando e partilhando... tal<br />
como Darwin caminhava com<br />
o seu mestre nas charnecas, ou<br />
como Aristóteles passeava com<br />
Platão. Todos, ontem e hoje, procuramos<br />
construir e descobrir o<br />
mundo em que vivemos. Dar-lhe<br />
um sentido. Sejam, pois, todos<br />
bem-vindos, a este novo ano letivo<br />
de 2018-20<strong>19</strong>. Como José<br />
Régio dissera, ganhemos asas,<br />
sonhemos, — folheiem-me! —<br />
somos asas para o Porvir.<br />
Prof. Carlos Félix<br />
Palavras Cruzadas <strong>19</strong><br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Cartoon (Sofia Carmo, 11º AV2)<br />
4<br />
5<br />
J<br />
6<br />
T<br />
U<br />
7<br />
D<br />
E<br />
S<br />
C<br />
A<br />
N<br />
S<br />
O<br />
2<br />
0<br />
1<br />
8<br />
8<br />
A<br />
Prof. António Costa<br />
9<br />
S T O<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
H 1 Parte posterior do cavalo, entre o lombo e a<br />
cauda; despesas.<br />
2 Momento; memória de computador; época<br />
histórica; nota musical.<br />
3 Nome feminino; língua indiana falada no<br />
Orixá, estado do Nordeste da Índia.<br />
4 Recobrar a saúde; ferra.<br />
5 Engane; prendei.<br />
6 Elas; antónimo de bem; bigorna de aço,<br />
sem hastes, usada pelos ferradores e nos<br />
estabelecimentos de cunhar moedas; crença.<br />
7 Lago de grandes dimensões; rádio (s.q.);<br />
“Rádio Renascença”; “tomografia axial<br />
computorizada”.<br />
8 Peça musical para uma só voz, dotada de<br />
unidade própria apesar de pertencer a uma<br />
composição maior; corte.<br />
9 “Região Autónoma”; confundido com outro;<br />
“Área Protegida”.<br />
10 Atravessava; pronome pessoal que designa a<br />
segunda pessoa do singular.<br />
11 Nota musical; operação de salvamento; ástato.<br />
12 Anfíbio anuro, nativo da América do Sul, de<br />
cor acastanhada, corpo achatado, cabeça com<br />
focinho pontiagudo e patas traseiras com<br />
membranas; mulo; “Ministério da Economia”;<br />
espécie de sapo das regiões amazónicas.<br />
13 Mulher considerada atraente; exame realizado<br />
com base em perguntas e respostas de viva voz.<br />
14 Publicar; cortara rente.<br />
15 Mala pequena; pousar no mar o hidroavião.<br />
V 1 Fluido gasoso, combustível, utilizado para<br />
aquecimento, aplicação culinária e iluminação;<br />
convivência amigável.<br />
2 Instante; nome feminino; ermida fora do<br />
povoado.<br />
3 Memória de computador; ridiculariza;<br />
proveitoso.<br />
4 Expelir pela uretra; embaraçar; amarre.<br />
5 Painel de inclinação nula; sobre; “Aeródromo<br />
de Trânsito”.<br />
6 Pálido; transpirara.<br />
8 Estudo das propriedades dos «seres<br />
geométricos» que são invariantes para as<br />
operações de um grupo de transformações;<br />
fruto silvestre.<br />
9 Inventariar; telúrio (s.q.); amerício (s.q.).<br />
10 Abandonaras; grande vaso de barro destinado a<br />
conter líquidos; balandrau.<br />
11 Juntei; porco; ferir.<br />
12 Aqueles; mulher bela e bondosa; mentira.<br />
13 Anuência; repetir sumariamente.<br />
edição online em<br />
www.esmsarmento.pt<br />
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