OLIMPICAMENTE
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SETEMBRO 2018
#009
Imagem Peace and Sport
“Iniciativa do Ano” Peace and Sports
Como promoção da Paz e do Desenvolvimento.
A 6 de Abril, 180 países, entre os quais Cabo Verde comemoraram
o Dia do Desporto “Peace and Sports”.
A adesão e o envolvimento tais, que o COC foi nomeado para
o troféu “Iniciativa do Ano”, pela forma como o país chamou
mais uma vez a atenção com uma mensagem clara;
Pela Paz e pelo Desenvolvimento.
Xadrez – Confederação Lusófona
Há sempre uma primeira vez.
Foi desta que Cabo verde esteve numas Olimpíadas de Xadrez.
Os xadrezistas pegaram nos seus tabuleiros, nas suas
peças e foram à Geórgia representar o país.
Entre vitórias e derrotas, uma experiência irrepetível, culminada
com a criação da Confederação Lusófona de Xadrez.
Imagem Sul
YCM - Maria Andrade em São Vicente.
Imagem Sul
A “Zézinha” do Taekwondo
É jovem, inspiradora e quer fazer parte da mudança.
Com ela, o projecto “YCM” esteve no Centro Nhô Djunga
em São Vicente. Uma actividade que reuniu dezenas de
crianças que mostraram o “White Card” pela Paz e pelo
Desenvolvimento, e agraciaram Maria Andrade, com o “pin”
olímpico.
Olympians for Sports 4Life
Davilson Morais serve o país como militar, e como cozinheiro.
Em São Vicente, onde reside.
É como pugilista e atleta olímpico que Cabo Verde o conhece.
Esteve no Rio 2016. Recebeu por isso o “pin” olímpico.
Foi na sua terra. Porto Novo, em Santo Antão, onde ajudou a
promover mais um evento “Sport 4Life”!
Imagem Sul
Imagem Sul
Natação em Cabo Verde
Há muito mar para nadar.
Foi com este pensamento que se organizou a natação em
Cabo Verde. De uma “braçada”, federação e selecção.
Nadadores da diáspora, Estados Unidos e Portugal, nadaram
pelas nossas cores no Campeonato Africano.
Foi em Argel, onde três Pina e uma Catarina deixaram a sua
marca na água.
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Setembro 2018
Desporto e felicidade
por Leonardo Cunha
Ao ler um artigo de Duarte Gomes,
que saiu a 25 de Setembro no Jornal
Desportivo Português
“A Bola” intitulado “O poder da
palavra” revi-me em muito naquilo
que acredito e que diz respeito
à força do Desporto para mudar a
vida das pessoas.
Imagem Sul
Neste mesmo artigo, Duarte
Gomes, refere 3 momentos de
puro brilhantismo do Professor
Manuel Sérgio no qual destaco
aquele que se relaciona em tudo
com este tema.
“O Treino dá saúde, claro que
sim. Mas a verdadeira saúde
advém da felicidade. De ser
feliz. Mais importante do que
correrem muito, do que comerem
menos sal ou evitarem
o açúcar, é pertencerem a uma
sociedade que crie condições
para que sejam felizes.
De que serve tratarem bem o
corpo, se vivem a sentir que
não vos pagam o que merecem
e exigem o que não podem
dar? Que saúde existe em viver
triste…”
Manuel Sérgio, que é um nome
incontornável para todos os que
pensam o Desporto, de uma
forma muito simples, esclarece
que o objetivo último é o caminho
para a felicidade. O desporto,
deve ser pensado como uma
“autoestrada”. Não para chegar
ao objetivo, mas para o próprio
objetivo ser a “autoestrada”.
Se lhe parecer confuso, vou
desconstruir este pensamento.
Gostaria que depois de ler isto,
que o leitor se transporte no
tempo e vá para aquele momento
que Cabo Verde garantiu
a qualificação para o CAN2013,
no qual o selecionador nacional
transportou a bandeira de Cabo
Verde dentro das quatro linhas.
Uma catarse enorme, partilhada
por todos os cabo-verdianos
de Santo Antão à Brava
e “quiçá” o momento de maior
união entre o povo das ilhas da
morabeza.
Este momento, demonstra
como, podemos logo relacionar-nos
com as emoções fortes
que o desporto provoca.
Mas este exemplo é apenas
efémero, porque para o simples
adepto pode ser um momento
de alegria momentâneo e que
não vá traduzir o longo efeito
que o desporto pode provocar
na construção da personalidade
como movimento de
transcendência do homem.
Contudo, para me ajudar a
exemplificar esta relação, outro
artigo surge esta semana
na edição escrita do expresso
das ilhas. O relato em primeira
pessoa do Presidente da Federação
Cabo-verdiana de Xadrez,
Francisco Carapinha.
Ao ler este artigo, o autor
descreve que até lhe surgiram
lagrimas nos olhos ao ver a
bandeira de Cabo Verde, na
cerimónia de abertura das
Olimpíadas de Xadrez a decorrer
na Geórgia, apercebi-me
da concretização de um longo
caminho de vida que ele percorreu
até este simbólico momento.
A felicidade está instalada, e
não foi um destino, mas sim um
trajeto (um caminho) que tem
um dos seus pontos altos esta
cerimónia de abertura.
Esta construção da personalidade
através do desporto, é
o que Manuel Sérgio se refere
quando diz que a verdadeira
saúde é encontrar uma sociedade
que lhe permita ser feliz e
realizado como individuo.
Uma sociedade que permita
fazer um percurso que se pode
encontrar através do desporto.
Este será o caso ideial para finalizar
com a frase de Jonh Lenon:
“A vida é aquilo que
acontece, enquanto você está
fazendo outros planos.”
Setembro 2018
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O Xadrez é a Nossa Bandeira!
Confederação Lusófona de Xadrez sede em Cabo Verde
Imagem COC
Os países lusófonos e suas federações de xadrez, decidiram jogar no mesmo tabuleiro, e alinhar as
peças numa Confederação.
O lance foi tomado durante as Olimpíadas de Xadrez, que se realizaram em Bantumi na Geórgia.
O xadrez “jogado” em português terá a sua sede, precisamente em Cabo Verde.
Segundo o presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez Francisco Carapinha, a comissão de
gestão estará em funções até à Olimpíada de 2020 e é constituída pelos presidentes das federações
de Cabo Verde, Brasil, Portugal e Timor-Leste. Fazem ainda parte desta confederação as federações
de Angola, de Macau, de Moçambique. A selecção cabo-verdiana de xadrez foi representada em Batumi
(Georgia) na 43ª Olimpíada de Xadrez, pelos xadrezistas Luís Barros, Luís de Pina Fernandes,
António Monteiro e Eder Márcio Pereira. A delegação foi chefiada pelo presidente federativo, Francisco
Carapinha.
Esta foi a primeira vez que Cabo Verde participa numa olimpíada da modalidade, desde a sua adesão
à Federação Internacional de Xadrez (FIDE), votada e aprovada por unanimidade a 11 de Setembro
de 2016 em Baku (Azerbaijão), durante o 87º congresso da organização que regula este desporto no
mundo.
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Setembro 2018
“Somos um país de mar”
Presidente da Federação de Natação
Imagem Sul
Não fazia sentido não haver oficialmente uma modalidade como a natação. Ainda por cima pode ser
popular, porque praticada por todos. E temos óptimos nadadores. Os primeiros escritos com que
abrimos esta peça, são ditos do presidente da federação de natação. Em Cabo Verde, ainda não tem
um ano, mas o país já se sentiu representado numa competição internacional de nível superior. Para
já, com atletas oriundos da diáspora, esse enorme “alforge” de potencialidades.
Foi no Campeonato Africano que decorreu em Argel. Os três irmãos Pina, Latroya, Troy e Jayla, residentes
nos Estados Unidos, e Catarina Ferreira radicada em Portugal. E pode escrever-se, que do
ponto de vista competitivo até não foi nada mau... os nadadores cabo-verdianos inscreveram os seus
resultados sensivelmente a meio dos rankings das provas em que participaram. Isto para além, como
é óbvio, da sensação de pela primeira vez, terem levado as cores do país às piscinas internacionais.
Contudo, a prioridade, segundo Avelino Bonifácio, é apostar na natação em “águas abertas”.
Existe um potencial imenso, espalhado um pouco por todas as praias do país, e a modalidade em já
um nível de competições mundiais de extremo nível, fazendo inclusivé parte do programa olímpico.
Os próximos passos, são, por um lado, criar condições para uma regular participação em competições,
potenciar contactos, e claro, apostar em escolas de natação. Há uma juventude ávida de
aprendizagem... o que se espera é que nadem, nadem... e tornem a nadar. É objectivo claro, massificar
a prática da natação.
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Setembro 2018
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Iniciativa do Ano – Peace and Sports
Imagem Peace and Sports
A 6 de Abril, 180 países realizaram mais de 2000 eventos para comemorar o Dia do Desporto pelo Desenvolvimento e pela Paz.
Cabo Verde foi um deles, promovendo uma enorme operação com base nos Clubes Olímpicos sediados
em todas as ilhas, e reunindo cerca de 8000 participantes de todas as idades.
Desporto pela Paz. Assim se nomeou a actividade.
Na capital, os festejos foram centralizados no Estádio Nacional, com a organização do Festival pelo
Desporto e pela Paz.
O acontecimento mereceu por parte da Peace and Sports, a nomeação do nosso país, através do
Comité Olímpico Cabo-verdiano, para o troféu “Iniciativa do Ano”.
Como quase sempre acontece com estes propósitos, mensagem simples, mas clara e objectiva.
Através do desporto, o desenvolvimento social, e a paz entre os povos.
O desiderato é a apresentação do White Card (cartão branco), como forma de chamar a atenção do
mundo, para estas realidades.
O Dia do Desporto pela Desenvolvimento e Paz celebrado a 06 de abril foi instituído em 2013 pelas
Nações Unidas.
Em Cabo Verde, o sucesso foi tal, e o envolvimento de todos tão determinante, que a par se realizou
pela primeira vez um Torneio de Futbolnet, reunindo cerca de 1600 crianças.
O vencedor do troféu “Iniciativa do Ano” será escolhido por uma comissão de Júri e anunciado durante
a cerimónia do Peace and Sports Awoards, que terá lugar a 18 de outubro, em Atenas na Grécia, e
será presidida pelo Príncipe Alberto II do Mónaco.
Mais uma grande oportunidade para Cabo Verde mostrar o trabalho que vem desenvolvido em prol do
desporto, e através dele contribuir para o desenvolvimento da sociedade cabo-verdiana, bem como
para criar ligações a organizações internacionais, e fortalecer laços no âmbito do Movimento Olímpico
Internacional.
Um enorme ganho para o Comité Olímpico Cabo-Verdiano, e obviamente para o país.
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Setembro 2018
Maria Andrade
Jovem Inspiradora de Mudança
Imagem Sul
Sente-se bem a vontade que esta jovem, atleta
olímpica por Cabo Verde, tem em inspirar,
em motivar, em ajudar.
Percebe-se bem, o quanto as dificuldades em
que cresceu, fizeram dela uma pessoa humilde,
lutadora.Mas também risonha, simpática e
optmista. Nasceu Maria. Maria Andrade. Cresceu
Zézinha. Foi assim em casa, na rua, na escola.
Zézinha para todos. Não foram fáceis os tempos
em Ribeirinha. Subúrbios do Mindelo, em
São Vicente. Cinco irmãos e os pais. Parcos rendimentos.
Foi com muito esforço que António, pintor de
construção civil há bem mais de quarenta anos,
e Madalena, cuidadora do lar, criaram os seus
filhos.
Zézinha sabe-o bem. Viveu-o na pele. Percebeu
a discriminação quando “engoliu” o primeiro ano
na escola primária. Como se de uma obrigação,
se de um tratamento para um mal.
Zézinha conta, que a primeira classe foi um
suplício. Não tinha
amigos, era criticada pelo que era, pelo que vestia,
pela forma como se apresentava.
Sentiu-se só. Foi buscar forças, e viveu.
Numa família pobre, humilde, mas digna e muito
feliz. Como ela afirma convicta; -” Nunca faltou
amor na família”! -
É o que se sente, quando visitamos a morada da
família de Zézinha.
Quis ser advogada, ainda alimenta esse sonho.
Aponta razões pessoais, para querer seguir
Direito.
Ainda frequentou a universidade, mas o taekwondo
trilhou-lhe outros caminhos. Talvez um dia,
consiga vestir a toga.
Está hoje na América. Onde reside há mais de
três anos. Num dos polos da grande diáspora
cabo-verdiana. Foi levada pelo seleccionador
nacional de taekwondo Joseph de Pina, que viu
nela um grande talento.
E com razão. Trabalhou, treinou, trabalhou e treinou.
E o labor deu frutos. Viçosos.
Coloridos. Com o apuramento para os Jogos
Olímpicos Rio 2016.
Quem diria... quando era nova, não tinha jeito
nenhum para o desporto.
Hoje beneficia da atribuição de uma Bolsa da Solidariedade
Olímpica, para continuar a sua preparação
nos Estados Unidos.
Setembro 2018
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Pelo taekwondo, para o taekwondo. É o foco.
Permanente. Treinava seis horas por dia.
Hoje parte do dia, ocupa-a trabalhando também.
Prepara “Share the dream 2020”. Com muitas saudades
da sua Ribeirinha.
Maria Andrade, foi escolhida pelo Comité Olímpico
Internacional, como Jovem Inspiradora de Mudança
(YCM). Diz sentir um orgulho enorme pela
confiança
“...finalmente posso fazer algo para ajudar os outros.”
-, explica. O que só por si é bem revelador
das qualidades pessoais da atleta olímpica.
Neste âmbito, esteve recentemente no Japão,
onde espera estar de novo daqui a dois anos, a
participar em várias actividades com jovens locais.
A ideia, foi a da partilha da sua experiência,
não só como atleta olímpica, mas também como
mensageira dos ideais
do Olimpismo. Uma forma de estar, de ser... que
Zézinha, parece praticar à letra. Aproveitou para
fazer uma cuidada apresentação do seu Cabo
Verde, e teve ainda oportunidade para novos contactos,
novas tecnologias, com uma visita a um
polo fabril
da Panasonic, patrocinador Premium do Comité
Olímpico Internacional.
O que percebemos pelo tempo que, em São Vicente,
com ela partilhamos é, que o Japão foi uma
experiência muito enriquecedora. Diz ter adorado
as pessoas, os alunos das escolas que visitou, e
ter sido muito bem tratada. “Foi muito divertido” -
acrescenta. Há-de voltar, escrevemos nós.
Zézinha voltou à sua Ribeirinha. Esteve uns dias
de férias. Matou saudades da sua família. São
tantas, que só “deu para matar algumas”. Visitou
amigos, as escolas e deu continuidade ao programa
em que está envolvida.
Foi no Centro Nhô Djunga. Uma extensão do
ICCA em São Vicente, dirigida por Jandir
Oliveira, que alberga mais de trinta crianças, e
que em parceria com clubes e associações, cria
condições para que jovens tenham mais e melhor
Imagem Sul
acesso ao desporto e sua prática.
Combater as situações de risco, e potenciar o
rendimento escolar e promover a igualdade e a
inclusão.
No dia 29 de Setembro, numa organização coordenada
pelo Clube Olímpico de São Vicente,
dezenas de crianças festejaram o desporto, e
sentiram a forma inspiradora com que Maria Andrade
os motivou.
O evento culminou com todo o mundo a empunhar
o “White Card” pela Paz e pelo Desenvolvimento,
Maria Andrade, recebeu das mãos das crianças,
o “pin” Olímpico atribuído pelo COI, e que atesta
a sua participação no Rio 2016.
Tudo isto, antes de partir para Buenos Aires, como
embaixadora da juventude olímpica.
Uma vez olímpica... olímpica sempre.
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Setembro 2018
Davilson Morais
Desporto para a Vida!
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Chama-se Abufador. O lugar de
Porto Novo. Em Santo Antão.
Onde nasceu, Davilson Morais.
É lá que mora a sua família.
Pais, irmã e sobrinhos. É por
aqui que reencontra os amigos
de sempre. Como o Ivan, praticante
de Karaté.
O nosso atleta olímpico optou
pelo boxe. Não se pense, contudo,
que a escolha surgiu
naturalmente. Nada. Quando
era puto, Davilson tem hoje
vinte e nove anos, ninguém sa-
bia em Porto Novo, o que era
isso de ser boxeur.
O gosto só lhe surgirá bem mais
tarde, já na tropa.
Quando foi chamado para servir
as armas de Cabo Verde.
Sempre gostou do desporto,
mas como acontece com quase
todas as crianças do país,
primeiro aparecem as corridas
na rua, ou os “chutos” na bola.
Filho, como tantos, de uma
família bem humilde.
O pai pescador desde sempre,
e a mãe a cuidar da casa. Foi
assim, durante anos em Santo
Antão.
Há atributos que foram crescendo
com Davilson, e que são hoje
características dominantes
da sua personalidade. Vontade,
garra e determinação. Como
muitos, amigos e vizinhos, o
seu horizonte estava para além
daquele mar, com que ele conviveu
anos a fio na praia de pedras
de Abufador.
O futuro parecia, e confir-
Imagem Sul
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mou-se, não passar por Santo
Antão. Depois da malandrice
da adolescência, passada entre
a escola e a rua, chegou a
hora de responder à chamada.
Foi no Sal, enquanto cumpria o
serviço militar, que o boxe lhe
bateu à porta.
Foi crescendo o entusiasmo,
o talento parecia estar lá, e rapidamente
Davilson percebeu
que era isso que queria. Ser
campeão de boxe.
E foi. Começou a competir e
a ganhar. Em Santiago e São
Vicente. Foi campeão nacional
em 2010, apesar de, como ele
diz “não sabia nada”.
Ficou nas forças armadas, em
São Vicente, e foi lá que se tornou
o atleta que é hoje, e que
há dois anos, esteve nos Jogos
Olímpicos do Rio, após um
apuramento conseguido nuns
campeonatos realizados nos
Camarões.
Foi um feito histórico. Para si,
para a sua família, para Santo
Antão, e claro para o país.
No Brasil não passou do primeiro
combate, o adversário era
muito poderoso, mas Davilson
tem um orgulho enorme em ter
representado Cabo Verde.
Orgulho e responsabilidade.
Quase como “carregar o país às
costas”.
Que o leva a integrar o projecto
“Olympians for Sport 4Life”.
Desporto para a vida.
Com ele esteve na sua terra,
precisamente a convite do
Clube Olímpico de Porto Novo,
liderado por Isaura Maocha,
uma inspiradora local da prática
desportiva.
O evento foi muito participado.
Dezenas de crianças tiveram os
primeiros contactos com o boxe,
numa demonstração efectuada
por Davilson, bem como outros
desportos praticados na Praça
dos Pescadores, junto à Praia
do armazém.
Ao princípio da noite, no fecho
da actividade, o boxeur foi agraciado
com o “pin” olímpico, fruto
da sua participação no Rio
2016, e o todo o mundo empunhou
o “White Card”, como mensagem
de promoção da paz do
desenvolvimento, da igualdade
e da inclusão.
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Setembro 2018
Amizade Cabo Verde-Itália
Maria Silva
Imagem COC
A Federação Italiana de Esgrima distinguiu a cidadã cabo-verdiana Maria Silva, pelo empenho na
implementação da modalidade em Cabo Verde. A homenagem teve lugar na gala anual da Esgrima
Italiana, que se realizou em Vila Alba di Gardone, Riviera. Maria Silva é vice-presidente da recém-criada
Federação Cabo-verdiana de Esgrima, que é presidida pelo oficial das forças armadas, Tenente
Isaías Brito. A homenageada é residente na Itália e Presidente da Kriol-Itá, associação de amizade entre
Cabo Verde e Itália, e tem sido uma das grandes impulsionadoras da introdução desta modalidade
olímpica no país, usando os seus contatos com a federação italiana da modalidade, que resultaram
também em acções de formação de militares cabo-verdianos, para a propagação do desporto entre
nós. O Comité Olímpico Cabo-verdiano é um empolgado parceiro e apoiante deste desiderato.
Imagem SUL
Campeões Africanos de Andebol
A Federação Cabo-verdiana de Andebol (FCA) venceu a candidatura
para organizar o 41º Campeonato Africano dos Clubes de
Campeões, que vai realizar-se em outubro de 2019.
O país passou no teste.
A Confederação Africana de Andebol, personificada no dirigente
angolano Pedro Godinho visitou a ilha de Santiago,
esteve na Praia, em Assomada, e no Tarrafal.
Inspecionou infraestruturas desportivas, para competição e
treinos, instalações sanitárias e condições de alojamento.
Reuniu-se com os mais destacados dirigentes do país. governo,
federação de andebol e Comité Olímpico. Percebeu o
enorme empenho de todos, para a formalização da candidatura
à organização do evento.
Há poucos dias, a CAHB, decidiu-se a favor de Cabo Verde,
e assim, dentro de aproximadamente um ano, estarão na
ilha de Santiago cerca de 500 pessoas, entre atletas, dirigentes
e operacionais, representando 20 equipas. Nelson
Martins confirmou a escolha, e anunciou que está na forja
a corrida federativa para a organização do CAN 2024 de
Seniores Femininos.
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Maratona de Berlim
Ruben Sança em 29º lugar
Imagem COC
Ruben Sança quer estar em Tóquio 2020. E a avaliar pela sua evolução, pelos seus mais recentes
registos, é algo que não parece muito distante. Para estar nos próximos Jogos Olímpicos, o atleta
cabo-verdiano precisa de realizar uma maratona em menos de duas horas e dezanove minutos.
2h19m.. É este o tempo mínimo para se conseguir entrada directa na mais marcante competição do
programa olímpico. Sança correu em Berlim, naquele que é habitualmente considerado como um dos
mais rápidos percursos para os 42, 195 Km no mundo, e efectuou um registo condizente.
Duas horas, vinte e um minutos e trinta e nove segundos. Apenas pouco mais de 2 minutos acima dos
mínimos olímpicos. Numa prova em que participaram milhares de atletas, Ruben Sança foi vigésimo
nono classificado. Nada mau, portanto. A partir de Janeiro do próximo ano, veremos Sança, que se
prepara com uma bolsa da Solidariedade Olímpica, competindo e acreditando numa presença na
capital do Japão.
Imagem IAAF
Ora entre os milhares de participantes em Berlim, há um que se destacou duplamente. Por ter sido o
mais rápido, logo o vencedor da corrida, e por tê-lo conseguido obtendo o melhor registo da história
da Maratona. E nem precisou de apresentação. Kipchoge, Eliud Kipchoge já nos habituou a resultados
extraordinários. Mesmo na capital alemã, onde ganhou pela terceira vez. O atleta queniano fez o tempo
de duas horas, um minuto e trinta e nove segundos. 2H01m39s.. Olhando bem para este registo magnífico,
é possível prever que não está muito distante, o dia em que Kipchoge, ou outro atleta, consiga
correr a mais importante corrida do atletismo, em menos de duas horas.
Recorde histórico em Berlim, como foi o dia para os atletas quenianos, que conquistaram o pleno no
pódio masculino, e o triunfo com Galdys Cherono que correndo em 2h18m11s, venceu a competição
feminina.
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Buenos Aires Missão
Jogos Olímpicos da Juventude
Imagem COC
Buenos Aires, a cidade com maior concentração de teatros
do mundo, é palco dos Jogos Olímpicos da Juventude.
Cabo Verde, no âmbito do Comité Olímpico levou a
cabo uma missão, inicialmente prevendo a participação
de três atletas. Adriana Almeida, a recordista nacional
dos 100 metros e Marcelo Gomes, no atletismo. Nicalas
Fernandes, no taekwondo, em quem se depositavam
enormes esperanças para a competição, acabou por não
conseguir responder à chamada. Tentar encontrar o peso
ideal para a melhor performance, resultou num risco para
a saúde do atleta. Que assim não se apresentou nas
melhores condições.
Isso mesmo foi confirmado pelo seu treinador Joseph de
Pina. Estamos, portanto, de olhos, nas provas de
atletismo. A missão olímpica é chefiada por Maximilian
Stipanov. De relevar também o acompanhamento de
Maria “Zézinha” Andrade, no âmbito do programa YCM,
que como se sabe foi considerada pelo COI, uma Jovem
Inspiradora de Mudança, e que estará na capital argentina,
motivando os seus compatriotas, e participando em
JOJ Senegal 2022
“É a hora de África “
várias iniciativas durante a competição.
“Em relação à competição estamos esperançosos de
fazer uma boa participação, apesar de ser de nível
mundial, mantemos sempre a esperança em bons resultados,
salienta o chefe de missão, que acrescentou; -
“Nós faremos todo o possível para que os nossos atletas
tenham todas as condições para fazerem a sua melhor
prestação em representação do seu país”.
Destaque igualmente para a presença no evento,
de Filomena Fortes, presidente do COC, e do seu
secretário-executivo Leonardo Cunha, que à margem
da competição, assistirão a reuniões, no âmbito do movimento
olímpico. Estes Jogos são as III Olimpíadas
da Juventude e irão reunir na capital argentina mais de
3000 atletas de todo o mundo. É a terceira participação
de Cabo Verde. Em 2022, os jogos terão lugar em Dakar,
no Senegal.
Na edição de outubro do Olimpicamente, daremos conta
de todos os feitos que os nossos atletas realizaram
em Buenos Aires.
Senegal será o primeiro anfitrião africano de quaisquer Jogos Olímpicos.O Comité Olímpico Internacional, escolheu.
Está escolhido. Em 2022. Dakar receberá os Jogos Olímpicos da Juventude. As outras candidatas eram,
Gaborone em Botswana, Abuja na Nigéria, e uma cidade projecto na Tunísia. Na hora de anunciar a atribuição,
Thomas Bach presidente do Comité Olímpico Internacional afirmou: “Chegou o momento de África. África é um
continente de juventude.”
COMITÉ OLÍMPICO
CABO-VERDIANO
Presidente
Filomena Fortes
Secretário-Executivo
Leonardo Cunha
Secretário-Geral
Nelson Martins
Travessa Pierre de Coubertin, Nº1
ASA Praia - Santiago
Imagem COI