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fala, corretor!<br />
“Em 25 anos na área, vejo<br />
que a atuação vai ser mais<br />
profissionalizada. Existem<br />
alguns nichos de seguros<br />
pouco conhecidos na região<br />
Nordeste. Na medida em que<br />
a economia se desenvolve,<br />
amplia também a carteira de<br />
outros produtos que não são<br />
comercializados aqui. Em São<br />
Paulo, por exemplo, você tem<br />
um público que contrata mais<br />
seguros da área de benefícios. No Nordeste, o que ainda<br />
predomina é o seguro de automóvel. Com o surgimento de<br />
outros nichos, se o corretor procurar conhecer outras áreas<br />
e desenvolver outro tipo de carteira, ele vai estar sempre<br />
atuando. Mas, se ficar voltado aos seguros massificados e<br />
de fácil contratação, com certeza estará fora do mercado.”<br />
Adilson Santana de Oliveira,<br />
da Haven Seguros (Salvador – BA)<br />
“As ferramentas digitais já<br />
são realidade no segmento de<br />
seguros. Logo, os corretores<br />
com carteiras e produtos<br />
voltados para pessoa física<br />
(Automóvel, Vida e Residência)<br />
terão que se atualizar ou<br />
certamente podem ter problemas<br />
pela frente. As visitas e<br />
reuniões são cada vez menores<br />
em função das distâncias<br />
ou trânsito. A vídeoconferência<br />
é mais produtiva, pois hoje é comum a expressão ‘vamos<br />
fazer um call’. Vejo que o corretor de seguros do futuro será<br />
totalmente dependente da tecnologia, com exceção dos<br />
segmentos de seguros consultivos e corretores especialistas,<br />
onde o cliente não sabe o que precisa contratar. Nesses casos,<br />
o conhecimento técnico e a experiência prevalecerão.”<br />
Fauze Farhat,<br />
da Ayfa Seguros (São Paulo – SP)<br />
“Quanto mais o<br />
corretor do futuro se<br />
especializar em tecnologia,<br />
melhor. Ele tem<br />
que estar preparado<br />
para essa área. Existem<br />
ramos de seguros que<br />
são mais trabalhosos.<br />
Tudo será mais prático<br />
com a tecnologia. Já<br />
é, na verdade. Os aplicativos<br />
nos ajudam a<br />
ficar atento às renovações das apólices e isso faz com<br />
que o corretor ganhe diferencial em atendimento.<br />
Melhorias virão, mas mais na parte tecnológica ou<br />
então em diferencial de produtos dentro de um ramo<br />
específico no sentido de apresentar mais condição,<br />
mais novidades. Quanto mais você chamar atenção<br />
pela diferença e se destacar, melhor. O cliente gosta<br />
de novidade, garantia e segurança.”<br />
Valber Barbosa, da Nordeste Seguros (Recife – PE)<br />
“Tivemos um avanço gigantesco<br />
em tecnologia e o futuro do corretor<br />
será atrelado a isso e à legislação. Em<br />
automóvel, sairá do mercado o corretor<br />
que não tiver agilidade e informação<br />
na palma da mão, inclusive quem<br />
não disponibilizar o autoatendimento<br />
ao cliente. Isso será para os próximos<br />
dois, três anos, não está longe. Muitas<br />
corretoras já apresentam cotação via<br />
internet. As seguradoras tradicionais<br />
disponibilizam ao segurado o cálculo<br />
online e encaminham para algum corretor. Quanto mais agilidade<br />
a gente tiver, mais competitivo a gente se torna. Perderá o corretor<br />
que só vende o que o cliente pede. Aquele que se especializar em<br />
outros ramos tem a crescer, pois não perderá tanto para a tecnologia.<br />
A perspectiva é que até 2030 os sistemas façam sozinhos a maioria<br />
dos trabalhos repetitivos. Esse é o tipo de coisa que temos que nos<br />
preocupar, porque querendo ou não o corretor é um vendedor.”<br />
Diogo Macedo,<br />
da BemResolvido Corretora de Seguros (Porto Velho – RO)<br />
“Sou novo neste segmento, mas vejo grandes evoluções tanto nas seguradoras quanto<br />
na qualificação dos profissionais. Sistemas de cálculo online, emissão da apólice com mais<br />
rapidez, isenção de vistorias e apólice digital provavelmente serão tendência de mercado.<br />
A tecnologia é muito importante para o nosso dia a dia, porém não devemos esquecer do<br />
atendimento humano, que sempre faz a diferença. Mesmo com tanta tecnologia, o seguro<br />
é bastante complexo devido às suas propriedades e o cliente necessita do corretor para<br />
avaliar suas necessidades, até porque o brasileiro não tem como hábito fazer seguros. O<br />
próprio corretor deve valorizar sua profissão.”<br />
Edmundo Koscianski, da Hantschel Corretora de Seguros (São Bento do Sul – SC)<br />
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