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Revista Apólice #237

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fala, corretor!<br />

“Em 25 anos na área, vejo<br />

que a atuação vai ser mais<br />

profissionalizada. Existem<br />

alguns nichos de seguros<br />

pouco conhecidos na região<br />

Nordeste. Na medida em que<br />

a economia se desenvolve,<br />

amplia também a carteira de<br />

outros produtos que não são<br />

comercializados aqui. Em São<br />

Paulo, por exemplo, você tem<br />

um público que contrata mais<br />

seguros da área de benefícios. No Nordeste, o que ainda<br />

predomina é o seguro de automóvel. Com o surgimento de<br />

outros nichos, se o corretor procurar conhecer outras áreas<br />

e desenvolver outro tipo de carteira, ele vai estar sempre<br />

atuando. Mas, se ficar voltado aos seguros massificados e<br />

de fácil contratação, com certeza estará fora do mercado.”<br />

Adilson Santana de Oliveira,<br />

da Haven Seguros (Salvador – BA)<br />

“As ferramentas digitais já<br />

são realidade no segmento de<br />

seguros. Logo, os corretores<br />

com carteiras e produtos<br />

voltados para pessoa física<br />

(Automóvel, Vida e Residência)<br />

terão que se atualizar ou<br />

certamente podem ter problemas<br />

pela frente. As visitas e<br />

reuniões são cada vez menores<br />

em função das distâncias<br />

ou trânsito. A vídeoconferência<br />

é mais produtiva, pois hoje é comum a expressão ‘vamos<br />

fazer um call’. Vejo que o corretor de seguros do futuro será<br />

totalmente dependente da tecnologia, com exceção dos<br />

segmentos de seguros consultivos e corretores especialistas,<br />

onde o cliente não sabe o que precisa contratar. Nesses casos,<br />

o conhecimento técnico e a experiência prevalecerão.”<br />

Fauze Farhat,<br />

da Ayfa Seguros (São Paulo – SP)<br />

“Quanto mais o<br />

corretor do futuro se<br />

especializar em tecnologia,<br />

melhor. Ele tem<br />

que estar preparado<br />

para essa área. Existem<br />

ramos de seguros que<br />

são mais trabalhosos.<br />

Tudo será mais prático<br />

com a tecnologia. Já<br />

é, na verdade. Os aplicativos<br />

nos ajudam a<br />

ficar atento às renovações das apólices e isso faz com<br />

que o corretor ganhe diferencial em atendimento.<br />

Melhorias virão, mas mais na parte tecnológica ou<br />

então em diferencial de produtos dentro de um ramo<br />

específico no sentido de apresentar mais condição,<br />

mais novidades. Quanto mais você chamar atenção<br />

pela diferença e se destacar, melhor. O cliente gosta<br />

de novidade, garantia e segurança.”<br />

Valber Barbosa, da Nordeste Seguros (Recife – PE)<br />

“Tivemos um avanço gigantesco<br />

em tecnologia e o futuro do corretor<br />

será atrelado a isso e à legislação. Em<br />

automóvel, sairá do mercado o corretor<br />

que não tiver agilidade e informação<br />

na palma da mão, inclusive quem<br />

não disponibilizar o autoatendimento<br />

ao cliente. Isso será para os próximos<br />

dois, três anos, não está longe. Muitas<br />

corretoras já apresentam cotação via<br />

internet. As seguradoras tradicionais<br />

disponibilizam ao segurado o cálculo<br />

online e encaminham para algum corretor. Quanto mais agilidade<br />

a gente tiver, mais competitivo a gente se torna. Perderá o corretor<br />

que só vende o que o cliente pede. Aquele que se especializar em<br />

outros ramos tem a crescer, pois não perderá tanto para a tecnologia.<br />

A perspectiva é que até 2030 os sistemas façam sozinhos a maioria<br />

dos trabalhos repetitivos. Esse é o tipo de coisa que temos que nos<br />

preocupar, porque querendo ou não o corretor é um vendedor.”<br />

Diogo Macedo,<br />

da BemResolvido Corretora de Seguros (Porto Velho – RO)<br />

“Sou novo neste segmento, mas vejo grandes evoluções tanto nas seguradoras quanto<br />

na qualificação dos profissionais. Sistemas de cálculo online, emissão da apólice com mais<br />

rapidez, isenção de vistorias e apólice digital provavelmente serão tendência de mercado.<br />

A tecnologia é muito importante para o nosso dia a dia, porém não devemos esquecer do<br />

atendimento humano, que sempre faz a diferença. Mesmo com tanta tecnologia, o seguro<br />

é bastante complexo devido às suas propriedades e o cliente necessita do corretor para<br />

avaliar suas necessidades, até porque o brasileiro não tem como hábito fazer seguros. O<br />

próprio corretor deve valorizar sua profissão.”<br />

Edmundo Koscianski, da Hantschel Corretora de Seguros (São Bento do Sul – SC)<br />

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