REVISTA MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO #10
Márcia Travessoni - A essência da comunicadora movida pelo Empreendedorismo A missão de difundir um legado artístico assumida por DODORA GUIMARÃES + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
Márcia Travessoni - A essência da comunicadora movida pelo Empreendedorismo
A missão de difundir um legado artístico assumida por DODORA GUIMARÃES
+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
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<strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />
A essência da comunicadora movida<br />
pelo empreendedorismo<br />
A missão de difundir um legado<br />
artístico assumida por<br />
DODORA GUIMARÃES<br />
+ Cultura, Decoração, Estilo,<br />
Empreendedorismo e Gastronomia<br />
10
Creating new heights<br />
O novo Montblanc 1858 Geosphere.<br />
Explore o seu Espírito de Aventura.<br />
montblanc.com/1858<br />
2 MT<br />
Shopping Aldeota · Av. Dom Luís, 500 - 85 3458.1372<br />
Shopping Iguatemi · Av. Washington Soares 85 - 85 3278.2287<br />
Shopping Rio Mar · Rua Desembargador Lauro Nogueira, 1.500 – 85 3234.2442
3
CONTEÚDO<br />
Ano II | Edição <strong>#10</strong><br />
EXPEDIENTE<br />
<strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong> GALERIA É<br />
UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL<br />
QUE ABORDA CULTURA,<br />
COMPORTAMENTO, NEGÓCIOS,<br />
MODA, GASTRONOMIA, VIAGENS,<br />
LUXO, GENTE E TUDO QUE ACON-<br />
TECE EM FORTALEZA.<br />
DIRETORA-GERAL<br />
Márcia Travessoni<br />
<strong>EDIÇÃO</strong><br />
Jéssica Colaço<br />
TEXTOS<br />
Aline Conde<br />
Jéssica Colaço<br />
Lucas Magno<br />
FOTOGRAFIA<br />
Alex Campelo<br />
Camila Lima<br />
Fernando Travessoni<br />
Marília Camelo<br />
Michell Santana<br />
Roni Vasconcelos<br />
PRODUÇÃO<br />
Lucas Magno<br />
COLABORADORES<br />
Marcos Monteiro<br />
Rejane Costa<br />
Rose Militão<br />
COODENAÇÃO DE MARKETING E COMERCIAL<br />
Naiara Martins<br />
PROJETO GRÁFICO<br />
LaBarca.Design (Porto/Portugal)<br />
DIAGRAMAÇÃO<br />
Allan Victor Vieira<br />
REVISÃO<br />
Eliezer Araújo<br />
IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />
Gráfica Santa Marta<br />
João Pessoa/PB<br />
5.000 exemplares<br />
→→WWW.MARCIA<strong>TRAVESSONI</strong>.COM.BR<br />
MARKETING E PUBLICIDADE<br />
Marcia Travessoni Comunicação e Eventos LTDA ME<br />
Direção: Fernando José Travessoni de Pinho<br />
Telefone: (85) 99410.3025<br />
E-mail: comercial@galeriamt.com.br<br />
CNPJ: 20.416.683/0001-70<br />
"(...) tenho<br />
essa vontade<br />
de realizar,<br />
não sei<br />
ficar quieta.<br />
E quando<br />
penso em<br />
fazer algo, é<br />
para mover<br />
um coletivo”<br />
58<br />
Com atuação em diversas vertentes<br />
da comunicação e administração,<br />
a diretora da Revista Galeria,<br />
Márcia Travessoni, sonha agora em<br />
dedicar-se a projetos sociais.<br />
4 MT
<strong>#10</strong><br />
18 42 50<br />
GALERIA VISITA<br />
Com um jardim exuberante e detalhes<br />
repletos de memórias afetivas,<br />
a casa de praia de Júlia Philomeno<br />
é espaço de encontros em família e<br />
histórias que atravessam gerações.<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
Simão e Roberta Vasconcelos<br />
transformaram a fábrica de<br />
sorvetes criada pelo pai dele<br />
em uma das marcas mais<br />
tradicionais do Estado.<br />
PODER<br />
Por meio do Lide Ceará,<br />
Emília Buarque congrega<br />
empresários locais, tendências<br />
universais e ideias com foco no<br />
aquecimento da economia.<br />
72<br />
DELÍCIAS<br />
Insumos de primeira qualidade<br />
e a apresentação do<br />
prato fazem o diferencial<br />
do catering de Marcos<br />
Monteiro e Rejane Costa.<br />
88<br />
ARTE<br />
Com sucessos imortalizados nas<br />
vozes de diversos artistas, o cantor<br />
e compositor Nando Cordel<br />
segue exercitando a criação em<br />
todas as vertentes musicais.<br />
92<br />
DESIGN & DÉCOR<br />
As assinaturas de Acácio Gil<br />
Borsoi e Burle Marx são alguns<br />
dos marcos do imóvel-sede<br />
da CasaCor Ceará 2018.<br />
102 128<br />
ESPELHO<br />
ACONTECE<br />
As raízes cearenses e a busca Nomes de destaque do cenário<br />
por peças que unam conforto do business fashion e da<br />
e atemporalidade marcam o comunicação foram os convidados<br />
closet da estilista Mila Menezes<br />
da edição que marcou<br />
os 10 anos do Maxi Moda.<br />
5
Conversa<br />
Chegamos a décima edição!<br />
Para comemorar esse número tão especial, decidi fazer algumas mudanças sonhadas<br />
desde as primeiras edições. A Revista Galeria por Márcia Travessoni agora é Márcia<br />
Travessoni — Galeria — uma mudança que simboliza o fortalecimento de uma<br />
carreira. Não à toa, esta edição comemorativa traz um pouco da minha história na<br />
capa, tão bem traduzida pela minha editora e jornalista Jéssica Colaço.<br />
Nas páginas desta edição, reunimos os depoimentos das personalidades que<br />
ilustraram as capas de nossas revistas até aqui. São pessoas que têm minha admiração<br />
por suas trajetórias de vida. Em tempos digitais, de reposicionamentos e de novos<br />
desafios, seguimos firme, seja no papel, na multitela, como porta-vozes e contadores de<br />
histórias de valor. Conectamos almas, vidas, pessoas.<br />
Em todas as sessões da Revista Márcia Travessoni — Galeria, mantém-se a essência<br />
de reunir os cearenses que estão perto e os que estão mundo afora construindo<br />
grandes histórias. Simão e Roberta Vasconcelos contam, no Empreendedorismo,<br />
a trajetória de sucesso iniciada com os sorvetes da 50 Sabores e que hoje se expandiu<br />
para o ramo do café. No Em Pauta, mostramos como a cidade tem se transformado<br />
a partir de intervenções que incentivam a ocupação dos espaços públicos e um estilo<br />
de vida mais saudável.<br />
Júlia Philomeno abre as portas de sua generosa casa no Cumbuco, enquanto Mila<br />
Menezes, Giovanna Gripp, Marina Bitu e Carol Yamazaki revelam detalhes de seus<br />
closets e, também, do estilo de vida de cada uma. Em Cultura, Dodora Guimarães<br />
explica as ações que encabeça para valorizar o acervo de Sérvulo Esmeraldo, enquanto<br />
em Arte, Nando Cordel abre o coração para falar do amor pela música. Tem ainda<br />
Gastronomia, mais Empreendedorismo, Poder, Comportamento e, claro, os registros<br />
dos melhores eventos da cidade.<br />
Boa leitura, have fun!<br />
@GALERIAMT<br />
6 MT
7
VIVÊNCIAS<br />
MT<br />
8 MT
PATRIMÔNIO PARISIENSE<br />
Um dos mais tradicionais hotéis de Paris, com quartos<br />
que oferecem vista privilegiada da Torre Eiffel, o Le<br />
Bistrol é a união perfeita entre arte, requinte e alta<br />
gastronomia francesa. O local foi destino da diretora<br />
da Revista Galeria, Márcia Travessoni, em recente<br />
passagem pela capital francesa, e lá ela teve uma inesquecível<br />
experiência gastronômica degustando o menu assinado pelo<br />
chef Eric Frechon, que comanda a cozinha do 114 Faubourg,<br />
restautante do hotel. Pertencente à Oetker Collection,<br />
conglomerado de empresas comandado pelo industrial Rudolf<br />
August Oetker, o hotel é equipado com um luxuoso SPA e<br />
tem o jardim entre um dos destaques da estrutura, com três<br />
obras do escultor inglês Lynn Chadwick, famoso por produzir<br />
peças semi-abstratas.<br />
9
CERÂMICAS DA VILA<br />
Após anos ensinando alunos a moldarem peças,<br />
a ceramista Olga Miranda lançou, recentemente,<br />
sua própria marca, Da Villa, com peças exclusivas e<br />
decoradas a partir de técnicas como a personalização<br />
de decalques e pinturas. A primeira coleção da marca,<br />
"Villa dos Afetos", foi apresentada durante a Casa Cor Ceará<br />
2018, onde está ainda em exposição; e as peças serão também<br />
vendidas na loja da Edisca, prevista para ser aberta no Shopping<br />
Iguatemi, no fim de outubro. Nas criações de sua marca, Olga<br />
deixa evidente as lembranças da vila onde nasceu, e que foram<br />
reconfiguradas por sua percepção artística. “Contar história por<br />
meio da arte, em peças exclusivas é a intenção maior dessas<br />
cerâmicas”, diz Olga. Os produtos podem ser encontrados também<br />
no Instagram: @davilla.arte.<br />
10 MT
11
HIGHLIGHTS<br />
UMA CASA PARA<br />
TODOS OS ENCONTROS<br />
Os espaços compartilhados são cada vez mais comuns em Fortaleza,<br />
mas a Casa da Vila, pensada por André Figueiredo e Bolivar Gadelha,<br />
vai além disso. Inaugurado em junho deste ano, na Praia de Iracema, o local<br />
abriga, em um imóvel supercharmoso de aproximadamente 300 m², lojas,<br />
coworking, exposições de arte, espaço para eventos e ainda um restaurante.<br />
“Quando lançamos a ideia, pensamos em trazer o fluxo de um negócio<br />
para o outro. Quem tá comprando roupa e quer tomar um café; quem quer<br />
receber um cliente e leva no coworkig; o cara que tá trabalhando mas<br />
quer fazer uma pausa pra relaxar e tomar uma cerveja”, diz André. Além de<br />
sediar quatro lojas e um restaurante, a Casa da Vila oferece aulas de yoga e,<br />
uma vez por mês, jam sessions de vários estilos musicais.<br />
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL<br />
DA ARTE CEARENSE<br />
Artista cearense que vem conquistando repercussão<br />
entre as maiores publicações de design e publicidade<br />
do mundo, Juca Máximo teve trabalhos classificados,<br />
em setembro deste ano, entre os anúncios mais criativos<br />
da América Latina, segundo o portal AdForum. As peças<br />
em questão, seis pinturas em acrílica com retalhos e<br />
linhas de costura, expressam o conceito de uma vida<br />
feita de fragmentos e cuja beleza depende da forma<br />
como esses pedaços são costurados. Também neste ano,<br />
Juca já foi considerado um dos 200 melhores ilustradores<br />
atuais pela revista austríaca Archive e figurou no livro do<br />
Hiiibrand Illustrator, concurso asiático de ilustração.<br />
FESTAS INESQUECÍVEIS EM<br />
CENARIOS PARADISÍACOS<br />
Não é de hoje que as festas de casamento<br />
vêm se transformando em eventos que são<br />
verdadeiras experiências para os noivos e<br />
convidados, indo desde comemorações com<br />
megaestruturas a cerimônias intimistas em<br />
cenários paradisíacos. Noivos do último mês<br />
de agosto, Ana Carolina Fontenele e Ivan<br />
Bezerra Filho (foto) escolheram a ilha grega<br />
de Míconos para realizarem o casamento,<br />
no pôr do sol do clima mediterrâneo. Um dia<br />
antes da cerimônia, eles promoveram uma<br />
festa para aquecer as comemorações junto dos vários cearenses que<br />
embarcaram junto deles para a Europa. Outra união em um destino cheio de<br />
romance foi a dos atores Klebber Toledo e Camila Queiroz, que disseram o<br />
“sim” um ao outro em Jericoacoara, no litoral cearense, com uma festa cheia<br />
de convidados globais.<br />
SEREIA DE OURO HOMENAGEIA<br />
PERSONALIDADES DO ESTADO<br />
Somando 48 edições, o Troféu Sereia de Ouro foi<br />
entregue, este ano, à ministra do Tribunal Superior do<br />
Trabalho (TST), Kátia Magalhães; ao artista plástico<br />
Descartes Gadelha (foto) ao médico Manoel Odorico<br />
de Moraes; e ao empresário Beto Studart. Criada pelo<br />
Sistema Verdes Mares para reconhecer a atuação<br />
de personalidades que contribuem para o desenvolvimento<br />
econômico, social e cultura do Estado,<br />
a comenda foi entregue em festa no Theatro José de<br />
Alencar, no fim de setembro.<br />
12 MT
MODA, TECNOLOGIA E TODAS<br />
AS CONEXÕES POSSÍVEIS<br />
A plateia do Teatro RioMar Fortaleza ficou<br />
mais uma vez lotada durante o dia de seminários<br />
do MaxiModa, que celebrou, em 2018,<br />
dez anos de realização. Os convidados deste<br />
ano foram o co-fundador e CEO do Basico.<br />
com, Daniel Cunha; a consultora da WGSN,<br />
líder mundial em previsões de tendências,<br />
Eva Farah; a gerente de Marketing<br />
Institucional da Natura, Fernanda Paiva;<br />
a jornalista e apresentadora da Globo News,<br />
Maria Prata; e a jornalista e consultora de<br />
moda Lilian Pacce; que compartilharam<br />
suas experiências no universo fashion<br />
guiados pelo tema “Moda é Movimento que<br />
Conecta Tecnologia e Pessoas”. Empresários<br />
do segmento, estudantes e outros interessados<br />
nesse contexto marcaram presença<br />
no evento, que contou ainda com sessão de<br />
autógrafos do livro “O biquíni made in Brazil”,<br />
de Lilian Pacce.<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Patrimônio<br />
histórico<br />
aberto ao<br />
público no<br />
Centro de<br />
Fortaleza<br />
MÃOS SUTIS PARA<br />
LAPIDAR BELEZAS REAIS<br />
Make-up artist e hair stylist há mais de 15 anos<br />
e nome de confiança de personalidades como<br />
Nicole Pinheiro, Mariana Ximenes, Alix Pinho<br />
e Paulinha Sampaio, Celso Férrer defende a<br />
máxima de que todo rosto é inédito e, por isso,<br />
a maquiagem deve valorizar a beleza única de<br />
cada indivíduo, e não encaixá-lo em um padrão.<br />
“Minha mão é sutil e consegue reconhecer<br />
e lapidar bem cada tipo de beleza, todos os<br />
tipos de traços”, estabelece ele, que revela ter<br />
aprendido a respeitar e valorizar os diversos<br />
tipos de rostos a partir da experiência obtida em<br />
São Paulo, onde trabalhou com várias revistas<br />
de moda. “Eu cuidava desde meninas que<br />
tinham traços indígenas até aqueles rostos que<br />
costumamos ver em campanhas convencionais<br />
e editoriais”, detalha Celso - que assina beauty<br />
e hair da diretora da Galeria, Márcia Travessoni,<br />
na capa desta edição. Tendo a preparação da<br />
pele como um dos pontos altos de seu trabalho,<br />
Celso diz inspirar-se também no universo das<br />
artes para fazer as produções das clientes.<br />
Uma das obras arquitetônicas mais<br />
antigas da capital cearense, a Casa<br />
do Barão de Camocim, localizada<br />
na Praça da Bandeira, no Centro da<br />
cidade, ganhou o título de centro<br />
cultural e foi aberta ao público em<br />
agosto deste ano. Na inauguração,<br />
o espaço recebeu a exposição<br />
“Nossas Janelas”, com pinturas do<br />
artista Descartes Gadelha, que fica<br />
disponível para visitação até 30<br />
de outubro. Bem tombado como<br />
Patrimônio Histórico-Cultural do<br />
município, a Casa do Barão de<br />
Camocim passou por intervenções e<br />
reformas ao longo de todo o ano de<br />
2017. Já neste ano, o imóvel sediou o<br />
69º Salão de Abril, com exposições<br />
e performances artísticas, até ser<br />
integrado ao Complexo Cultura Vila<br />
das Artes, da Secretaria de Cultura<br />
de Fortaleza (Secultfor).<br />
HIGHLIGHTS 13
MT ONLINE<br />
A plataforma Márcia Travessoni está on-line 24h por dia, a gente não para.<br />
Diariamente, a redação turbina site e redes sociais com matérias novas e notícias<br />
qualificadas, cheias de conteúdo. Destaque também para o #CanalMT, com vídeos<br />
novos toda quarta sobre lifestyle, cultura, gastronomia, arte, entrevistas e claro, os<br />
melhores eventos da cidade.<br />
#CanalMT<br />
→→WWW.MARCIA<strong>TRAVESSONI</strong>.COM.BR<br />
@GALERIAMT<br />
/MARCIA<strong>TRAVESSONI</strong><br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
@M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
CULTURA POP<br />
No ano em que Sex and the City<br />
completou 20 anos, site MT fez um<br />
especial passeando por todas as<br />
aventuras e curiosidades das quatro<br />
moradoras mais ilustres de NYC: Carrie,<br />
Samantha, Miranda e Charlotte.<br />
CASAMENTO DE LUXO<br />
Mirella Bessa é acostumada a decorar os casamentos mais incríveis da<br />
cidade. Para o portal, ela apontou cinco tendências em décor para deixar<br />
esse momento ainda mais marcante.<br />
DE OLHO NELA<br />
Paulinha Sampaio viajou para acompanhar<br />
os detalhes da semana de moda de Londres<br />
e flagramos a influencer no momento do<br />
embarque. No site tem os highlights dessa<br />
viagem fashionista.<br />
GASTRONOMIA<br />
INTERNACIONAL<br />
Rafael Sudatti sabe bem como transformar<br />
um menu em uma verdadeira experiência<br />
gourmet. Entrevistamos o chef para<br />
saber as novidades que ele preparou<br />
para o Café 50.<br />
CONVERSA COM <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />
Tem série nova estreando no #CanalMT. No “Conversa com Márcia<br />
Travessoni”, nossa Publisher bate um papo descontraído e cheio de<br />
conteúdo com diversos personagens interessantes, que têm feito a<br />
diferença na sociedade.<br />
PASSEIO HISTÓRICO<br />
270 obras que passeiam por diversos movimentos da arte brasileira, entre os<br />
séculos XVI e XXI, sob o olhar de artistas nacionais e estrangeiros. Esse é o<br />
mote da exposição “Da Terra Brasilis à Aldeia Global“, que dialoga diretamente<br />
com a comemoração dos 45 anos da Unifor. Fizemos um tour, em vídeo,<br />
pela mostra. Play!<br />
14 MT
MT online 15
DEPOIMENTOS<br />
Quem<br />
passou<br />
por aqui<br />
Na edição comemorativa número<br />
10 da Revista Galeria, alguns dos<br />
nomes que já ilustraram a capa<br />
da publicação falam sobre a<br />
experiência em ter participado<br />
do projeto. Confira nas inserções<br />
ao longo das próximas páginas.<br />
16 MT
Afrânio Barreira<br />
Capa da Revista Galeria #2<br />
Empresário e fundador<br />
da rede de restaurantes<br />
Coco Bambu<br />
“Recebi com muito prazer o convite da Márcia Travessoni<br />
para estar na Revista Galeria. A Márcia faz um belo<br />
trabalho jornalístico, além de ser uma pessoa leve, do<br />
bem, que nos dá prazer em sermos amigos. Admiro nela<br />
a simplicidade e as manifestações sempre feitas com o<br />
coração. A Revista é moderna, de excelente qualidade, atual<br />
“e sempre cheia de matérias que nos prendem na leitura”.<br />
depoimentos 17
GALERIA<br />
VISITA<br />
18 MT
SOB O OLHAR DOS<br />
BOUGAINVILLES<br />
COM UM JARDIM DE ENCHER OS OLHOS, A CASA<br />
DE JÚLIA PHILOMENO, NO CUMBUCO, REPRESENTA<br />
A UNIÃO E OS BONS ENCONTROS DA FAMÍLIA<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Galeria Visita 19
Com mais de 400 m², a casa de praia da empresária<br />
Júlia Philomeno, no Cumbuco, tem cerca de 30 anos<br />
de existência e, por conta de todo esse tempo, guarda<br />
muita história a ser contada. “Essa casa tem muita<br />
razão de ser porque ficou um canto de família muito<br />
bom. Eu tenho dois filhos e o Alfredo, meu esposo,<br />
tem três. Aqui a gente reunia todo mundo e proporcionava<br />
momentos incríveis, quando eles eram menores. Nossos filhos,<br />
atualmente, já estão todos casados e já vêm todos com seus<br />
filhos. Temos só coisas boas para contar de experiência nessa<br />
casa”, comenta Júlia.<br />
Quando o portão de madeira da entrada se abre, já se sabe<br />
que um dos destaques do local é o jardim, que oferece um<br />
ambiente bonito e, principalmente, de paz para quem está<br />
curtindo a piscina e o deck. As diversas plantas também dão<br />
volta na varanda da casa, principalmente os bougainvilles,<br />
que ficam caindo do telhado do primeiro andar da casa e<br />
dão todo um charme, que Júlia faz questão de mostrar. “Têm<br />
épocas do ano que ficam ainda mais bonitos, tudo cheio e de<br />
uma ponta a outra da varanda”.<br />
No pé de jasmim-laranjeira, localizado na entrada, Júlia<br />
tem uma lembrança recente especial: “No Dia das Mães, fiz um<br />
pé de amor, com vários corações. Porque eu gosto muito<br />
desse tipo de produção e sempre que tenho oportunidade,<br />
faço algo. Então, reuni toda a família aqui, inclusive com<br />
a minha mãe [Beatriz Philomeno Gomes], e fizemos uma<br />
foto linda”, comenta a empresária sobre a data comemorativa<br />
do ano passado.<br />
Na frente da casa e integrado à piscina e ao deck, há um<br />
grande espaço em grama verde, onde já foram realizados<br />
muitos eventos da família. No dia anterior a nossa visita,<br />
por exemplo, houve uma festa de aniversário de um parente<br />
20 MT
PÉ DE AMOR<br />
No Dia das Mães do ano<br />
passado, uma das árvores do<br />
jardim de Júlia transformou-se<br />
em um pé de amor e rendeu<br />
uma linda foto de família<br />
da empresária. “Aqui eu já fiz festa de Carnaval, com desfile<br />
de fantasia e premiação, já foi um campo de futebol, quando<br />
os meninos eram menores, já montamos um acampamento<br />
com barracas, quando recebemos muitas pessoas, já houve<br />
até festa de casamento”, lista. O próximo sonho dela é fazer<br />
uma casa da árvore para os netos, em uma parte do espaço.<br />
A memória de Júlia revela o quanto a casa tem se adaptado<br />
às diversas fases da família. Assim como o campo de<br />
futebol, que foi substituído à medida que os filhos cresciam,<br />
a antiga sala de jogos do segundo andar, com mesa<br />
de pingue-pongue e sinuca, passou a ser a sala de televisão.<br />
Nesse espaço, ela também expõe objetos especiais que trouxe<br />
de viagens, como um barco do Lago Titicaca, no Peru,<br />
e um quadro em tecido e o bordado à mão que comprou<br />
na Índia. Os bordados, aliás, são bastante presentes na casa,<br />
elegantemente aplicados nas toalhas e centros de mesas que<br />
ficam no deck, varanda e sala de jantar.<br />
Apesar do cuidado que demonstra ter com cada cômodo<br />
da residência, Júlia pondera que a ideia é não se preocupar<br />
excessivamente com a ambientação do lugar. “É uma casa<br />
Galeria Visita 21
simples e ao mesmo tempo gostosa. O objetivo é não ter<br />
preocupação, os meninos, por exemplo, correm molhados<br />
pela casa. A ideia é se divertir”, diz a empresária.<br />
DETALHES<br />
O canto preferido de Júlia é o viveiro de pássaros<br />
artificiais que criou, onde ela gosta de sentar no banco<br />
de madeira perto das plantas. “Nesse cantinho aqui a gente<br />
senta e fica escutando o barulhinho do sino quando o vento<br />
bate. Esse sino eu trouxe da Tailândia. Tem em todos os<br />
templos de lá, para proteger contra os maus espíritos e<br />
eu trouxe para nos proteger também. O bom dessa casa é<br />
que você pode enxergar o céu, pode sentir o barulho do<br />
vento batendo”, descreve.<br />
Perto do viveiro, há um conjunto de cadeiras com uma<br />
mesinha de centro bem especial para a família. “Era do<br />
restaurante do meu pai, que ficava no Iracema Plaza Hotel,<br />
e eu coloquei aqui em casa porque acho que combina bem”.<br />
Mas a marca registrada da residência, de acordo com ela,<br />
é a caipirosca que a família serve aos convidados. “É bem<br />
decorada, colocamos uma flor, e é a nossa marca registrada.<br />
Todo mundo já sabe”, comenta, orgulhosa. ¤<br />
22 MT
@<br />
Azuli<br />
DO CEARÁ PARA O MUNDO<br />
Encante-se com a beleza da Azuli<br />
Extraída de pedreira própria,<br />
sua formação geológica única lhe<br />
confere charme e sofisticação de<br />
forma singular.<br />
Ideal para revestimentos, bancadas e afins.<br />
Surpreenda-se<br />
Show Room: Av. Desembargador Moreira, 333 - lojas 08 e 09 - Meireles – Fortaleza/CE<br />
Indústria: Anel Viário de Fortaleza – km 22 s/n - Urucutuba – Caucaia/CE<br />
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Galeria Visita 23
EM PAUTA<br />
EXPANDIR AS<br />
FRONTEIRAS<br />
INVESTIR NA EXPORTAÇÃO DO ARTESANATO CEARENSE É O FOCO DO SEBRAE-CE,<br />
QUE PROMOVE, EM NOVEMBRO, EVENTO INTERNACIONAL SOBRE O ASSUNTO<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS ALEX CAMPELO<br />
Aproximar a linguagem da tradição e da cultura<br />
popular, inerente ao artesanato, do refinamento<br />
e inovação, tão presentes no design, é um movimento<br />
que o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro<br />
e Pequenas Empresas (Sebrae) se empenha em<br />
desenvolver há quase 20 anos. No Ceará, esse<br />
trabalho tem grande expressão, principalmente pelo grande<br />
volume de artesanato de qualidade que centenas de grupos<br />
executam em todo o Estado, e da parceria com designers,<br />
resultando em coleções especiais, artesãos que elevaram<br />
o próprio ofício ao patamar de grife e uma importante<br />
catalogação das tipologias artesanais espalhadas pela<br />
terrinha. Agora, os gestores desse segmento na instituição<br />
se preparam para iniciar um processo de internacionalização<br />
dos produtos, promovendo a II Jornada Iberoamericana<br />
de Design e Artesanato, duas décadas após a realização da<br />
primeira edição do evento.<br />
Prevista para acontecer em novembro, na sede do<br />
Sebrae-CE, a jornada vai reunir os responsáveis pelos<br />
programas de artesanato de países como México e Colômbia,<br />
considerados referência na exportação consciente desse<br />
tipo de produto. “Quando esse primeiro evento foi feito,<br />
há 20 anos, foram lançadas as bases para um termo de<br />
referência pra atuação de instituições, como o Sebrae,<br />
com o artesanato, considerando o mercado para isso.<br />
A importância dessa jornada é fazer uma atualização<br />
dessa base, ir pro digital, para os novos mercados”, explica<br />
o analista técnico do Sebrae-CE e coordenador estadual do<br />
Programa de Artesanato, Glauber Uchôa. O encontro será,<br />
também, uma oportunidade de capacitar designers que já<br />
atuam junto a grupos de artesãos, para que essa relação se<br />
consolide ainda mais.<br />
“Nós queremos fazer uma coisa estruturada, colocar o<br />
artesanato na vitrine de grandes lojas no exterior”, planeja<br />
o diretor-superintendente do Sebrae-CE, Joaquim Cartaxo.<br />
A realização, também no mês de novembro, do Encontro<br />
24 MT
SEBRAE<br />
Glauber Uchôa e<br />
Joaquim Cartaxo são os<br />
principais nomes, do<br />
Sebrae, que trabalham<br />
na aproximação entre<br />
artesanato e design<br />
Internacional de Negócios do Nordeste, acrescenta<br />
Joaquim, vai ajudar a projetar ainda mais o artesanato<br />
cearense, que será um dos tópicos debatidos<br />
no evento. “Hoje em dia a gente não tem comércio<br />
internacional de artesanato, é só o turista que vem e<br />
leva alguma coisa”, detalha.<br />
MESTRES PRODUTIVOS<br />
Estado que figura sempre entre as unidades com<br />
produção de artesanato mais expressiva do País, o Ceará<br />
tem destaque não apenas pelo volume de produtos,<br />
mas pela qualidade das peças feitas manualmente.<br />
“Quando realizamos rodadas de negócios, são gerados<br />
R$ 1,5 milhão, até R$ 2 milhões a cada edição, e os<br />
lojistas compram tudo o que os artesãos levarem,<br />
bolsas, renda, palha, boneca, filé, couro, madeira”, lista<br />
Glauber. Nos últimos três anos, cerca de 2.500 artesãos<br />
do Ceará, de aproximadamente 100 grupos produtivos,<br />
foram acompanhados pelo Sebrae-CE dentro do Brasil<br />
Original, um programa nacional cujo objetivo é valorizar<br />
o trabalho manual dentro da decoração.<br />
“A gente auxilia esses grupos no processo produtivo,<br />
desenvolvimento de embalagem pros produtos,<br />
criação de mercado e na colocação desses produtos em<br />
destaque, como fizemos em 2017 e este ano, na Casa Cor<br />
Ceará, aproximando artesãos e designers”, completa<br />
o analista técnico. Na Casa Cor 2018, o Sebrae-CE<br />
firmou uma parceria com a Secretaria de Cultura do<br />
Estado do Ceará (Secult-CE) e reuniu, em um mesmo<br />
ambiente, peças de artesãos reconhecidos pela Lei<br />
dos Tesouros Vivos da Cultura Tradicional Popular e<br />
criações de jovens designers cearenses. “Cada um falou<br />
de sua respectiva linguagem, em rodas de conversa que<br />
a gente promoveu no evento”, detalha o diretor do<br />
núcleo de artesanato.<br />
Enquanto os mestres dos ofícios manuais aprendem,<br />
junto dos técnicos e designers do Sebrae, a valorizar<br />
as próprias criações de forma cultural e financeira,<br />
do outro lado, os gestores do projeto se orgulham em<br />
ajudar a mudar a imagem dessas peças que representam<br />
a materialização de saberes culturais. “Artesanato já foi<br />
considerado como coisa de feirinha, mas hoje, se você<br />
observar a qualidade desses produtos, fazendo parte<br />
de coleções pensadas, o valor dessas peças, volume<br />
de negócios, é algo totalmente diferente, outra consciência”,<br />
conclui Glauber. ¤<br />
em pauta 25
EM PAUTA<br />
CONVITES PARA<br />
VIVER A CIDADE<br />
INTERVENÇÕES URBANAS REALIZADAS PELA PREFEITURA DE FORTALEZA TÊM<br />
ESTIMULADO AS PESSOAS A OCUPAREM A CAPITAL DE DIVERSAS MANEIRAS<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Quando escolheu a bicicleta como um dos meios<br />
de transporte, há quatro anos, a empresária Mara<br />
Delynie Feijó de Oliveira, 28, fazia um breve<br />
percurso de 1,5 km, da Rua Torres Câmara, onde<br />
morava, até a Avenida Antônio Sales, onde ficava<br />
seu local de trabalho. “Eu morava muito perto do<br />
trabalho, não tinha linha de ônibus (no trecho) e eu não<br />
gostava de andar da carro. Foi então que eu peguei uma<br />
bicicleta emprestada, comecei a ir e fui achando aquilo<br />
muito prático. Depois, passei a ir também de bicicleta para a<br />
faculdade, que já era um pouco mais longe”, lembra a ciclista,<br />
que estendeu o percurso, na época, para 7,5 km. Superando<br />
diariamente dificuldades como a falta de respeito de alguns<br />
motoristas que insistem em invadir o espaço destinado aos<br />
ciclistas, por exemplo, ela reconhece que a bicicleta é, hoje,<br />
parte de sua rotina. “Hoje eu faço tudo de bicicleta, desde ir<br />
trabalhar até ir no barzinho”, detalha ela, que é proprietária<br />
da Bitelli Bikes, espaço de venda, conserto e personalização<br />
de bicicletas e que funciona, ainda, como centro difusor da<br />
cultura do ciclismo.<br />
O exemplo de Mara é apenas um dos que ilustra a<br />
crescente população de ciclistas em Fortaleza, movimento<br />
alimentado tanto pela mudança de hábito das pessoas<br />
como de iniciativas da gestão municipal que visam ampliar<br />
a presença das bicicletas na malha urbana. Segundo a<br />
Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos<br />
(SCSP), entre 2012 e 2018, a rede cicloviária da cidade saltou<br />
de 68,2 km para os atuais 232,5 km, o que representa um<br />
aumento de 240%. E até 2020, a meta da SCSP é ultrapassar<br />
os 236 km de rede de deslocamento para ciclistas previstos<br />
no Plano Diretor Cicloviário Integrado, atingindo 350 km.<br />
Cada vez mais distribuídas pela Capital, as ciclofaixas e<br />
ciclovias contribuem para consolidar alternativas mais<br />
sustentáveis de deslocamento e estimulam, ainda, que os<br />
fortalezenses tenham uma nova percepção do lugar onde<br />
moram. “A gente não costuma olhar a cidade quando tá<br />
de carro ou de ônibus, porque entramos numa bolha e não<br />
percebemos o entorno. Quando você anda de bicicleta,<br />
consegue ver as paisagens, lugares que você nem sabia que<br />
estavam ali. Tudo é mais interessante, o contato com as<br />
pessoas ao seu redor, melhora o seu dia”, descreve Mara.<br />
Outro aspecto dessas novas rotinas, principalmente<br />
para aqueles que adotam as bicicletas como opção de deslocamento,<br />
é o cuidado, ainda que indireto, com a saúde,<br />
muito importante em tempos que se proliferam problemas<br />
relacionados ao sedentarismo. “Existe um conceito de cidade<br />
26 MT
saudável que cada vez mais vai ganhando força no mundo,<br />
de cidades que permitem aos cidadãos terem práticas<br />
diárias que sirvam como fator de promoção da saúde. Além<br />
disso, existe uma relação muito forte entre sedentarismo e<br />
dependência excessiva de automóvel”, associa o secretário<br />
executivo da SCSP, Luiz Alberto Saboia. Segundo ele,<br />
os investimentos em políticas de mobilidade têm interferência<br />
na questão da saúde pública, uma vez que 30%<br />
a 40% dos leitos da emergência de hospitais são ocupados<br />
por vítimas de acidentes de trânsito. “E o uso excessivo do<br />
automóvel tem relação direta com doenças do aparelho<br />
respiratório. Hoje, 62% da poluição de Fortaleza vem do<br />
automóvel, e não mais das fábricas”, acrescenta Saboia.<br />
ROTINAS SAUDÁVEIS<br />
Foi justamente para cuidar da saúde que o engenheiro<br />
mecânico Milton Sakahara, 51, começou, há nove anos,<br />
a pedalar pela cidade. “Perdi 15 kg só em cima da bike. Hoje,<br />
em pauta 27
EM PAUTA<br />
já sou líder de um grupo de ciclistas, fazemos passeios e até<br />
ações de caridade”, destaca ele. Atualmente, Milton divide<br />
a rotina entre Fortaleza e São Paulo, mas sem deixar de<br />
lado o hábito de pedalar. “Em São Paulo eu vou trabalhar<br />
de bicicleta, andando pela Av. Paulista, e aqui, nos fins de<br />
semana, faço passeios pra Região Metropolitana”, conta ele.<br />
Milton foi um dos que contribuiu para aumentar em 125%,<br />
nos últimos nove anos, o número de pessoas que praticam<br />
exercícios por mais de 150 minutos por semana na Capital,<br />
segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e<br />
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico<br />
2017, do Ministério da Saúde.<br />
E embora a bicicleta seja a maneira difundida de<br />
exercício físico utilizando os espaços públicos da Cidade,<br />
a Prefeitura tem investido em outras intervenções que<br />
favorecem essa prática, como a instalação de academias<br />
ao ar livre em praças e a criação das Areninhas. Somando<br />
as seis Regionais mais o Centro, são 135 academias ao<br />
EM PAUTA<br />
Mara Delynie e Milton<br />
Sakahara descobriram a<br />
cidade de outra maneira<br />
depois que começaram a<br />
andar de bicicleta<br />
28 MT
DIVULGAÇÃO<br />
Compartilhadas<br />
Sistema de bicicletas compartilhadas implantado<br />
há quatro anos em Fortaleza, o Bicicletar é mais<br />
um estímulo às rotinas saudáveis. Em 2015, um ano<br />
após receber as bikes do sistema, a Capital registrou<br />
a maior taxa de utilização desse tipo de veículo no<br />
País, contabilizando mais de 117 mil viagens em dias<br />
úteis entre junho e agosto daquele ano, superando o<br />
Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Hoje, o sistema<br />
chega a registrar 2 mil viagens diárias, em Fortaleza,<br />
que conta com quatro modos de compartilhamento<br />
de bicicletas: Bicicletar, Bicicleta Integrada, Bicicletar<br />
Corporativo e o Mini Bicicletar, cada um deles com<br />
propostas, características, públicos-alvo e lógicas<br />
de funcionamento distintas. Ao todo, as modalidades<br />
somam 1.240 bicicletas disponíveis para<br />
compartilhamento.<br />
Extensão de rede de deslocamento para ciclistas em Fortaleza<br />
103 km de ciclovia<br />
125,5 km de ciclofaixas<br />
3,9 km de ciclorrotas<br />
0,1 km de passeio compartilhado<br />
FONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS PÚBLICOS<br />
em pauta 29
EM PAUTA<br />
FOTO MARCOS MOURA<br />
FOTO MARCOS MOURA<br />
DIVULGAÇÃO<br />
ar livre disponíveis na Capital, além das ações do<br />
Projeto Atleta Cidadão, que disponibiliza gratuitamente<br />
atividades físicas e brincadeiras, orientadas por<br />
profissionais, em praças, equipamentos esportivos e<br />
associações de Fortaleza. Já o projeto das Areninhas,<br />
agrega transformação social à prática esportiva, uma vez<br />
que requalificou e urbanizou 22 campos de futebol em<br />
comunidades com altos índices de vulnerabilidade social<br />
e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),<br />
de acordo com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer<br />
(Secel), responsável pela iniciativa. Para 2019, já estão<br />
assinadas as ordens de serviço para a construção de<br />
outras 16 Areninhas. E assim, por meio do esporte e de<br />
alternativas de mobilidade, a Capital se torna, ainda<br />
que aos pouquinhos, um lugar cada vez mais acolhedor<br />
e instigante para seus moradores. ¤<br />
30 MT
em pauta 31
32 MT<br />
MODA
As cabeças da moda<br />
PIONEIRA NA DIFUSÃO DOS CHAPÉUS COMO ACESSÓRIO FASHION NO ESTADO, A DESIGNER JOMARA<br />
CID BUSCA, AGORA, INCORPORAR SUAS CRIAÇÕES NAS PRODUÇÕES DOS CEARENSES<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Há sete anos atuando no segmento de chapelaria<br />
no Estado, a designer Jomara Cid já percebe uma<br />
significativa evolução dos cearenses quando o<br />
assunto é usar chapéus. “Vejo nitidamente uma<br />
evolução no mercado, no consumidor. Quando eu<br />
comecei, as pessoas não sabiam a nomenclatura,<br />
o que era o fascinator, o que era o casquete”, relembra.<br />
Com um ateliê na Praia de Iracema, a designer de chapéus<br />
explica que os casamentos da realeza britânica contribuíram<br />
muito para despertar um pouco de interesse por parte de<br />
alguns consumidores. “Logo que eu me formei, e que eu<br />
fiz o meu primeiro curso, a Kate Middleton (Duquesa de<br />
Cambrigde, esposa do príncipe William) casou e acho que<br />
isso foi muito importante para já dar uma familiarizada e as<br />
pessoas já procuravam mesmo sem saber o nome. Ao longo<br />
desse tempo, vi que as coisas vinham evoluindo, de forma<br />
lenta mas vêm evoluindo”, relata.<br />
Apesar da melhoria na recepção do consumidor, Jomara<br />
ressalta que ainda há muitos desafios, tendo em vista que,<br />
segundo ela, o cearense geralmente usa chapéu em duas<br />
ocasiões: “quando viaja, que aí todo mundo tem coragem e<br />
usa, ou quando vai à praia”. Um dos objetivos do trabalho<br />
dela, atualmente, é ampliar o uso de chapéus em eventos<br />
sociais, o que ainda é muito difícil, segundo ela mesma<br />
pontua. “Mas as pessoas já usam tiaras, que são muito procuradas,<br />
casquetes, fascinators, pentinhos e coisas menores para<br />
moda 33
MODA<br />
Escala nacional<br />
Jomara Cid tem conquistado cada<br />
vez mais espaço na moda nacional:<br />
já assinou a chapelaria do desfile de<br />
Ronaldo Fraga no São Paulo Fashion<br />
Week, em 2017; também foi responsável<br />
pelos acessórios de cabeça que a<br />
cantora Claudia Leitte usou no Carnaval<br />
de Salvador, em 2017; e, no Baile da<br />
Vogue deste ano, assinou os acessórios<br />
de algumas influenciadoras digitais.<br />
esses eventos. Anteriormente, nem isso, nem as menores<br />
coisas a gente via na cabeça”, destaca.<br />
O perfil dos clientes atendidos pelo ateliê de Jomara<br />
Cid é 70% do público feminino e tem, como maior característica,<br />
a personalidade forte e a segurança. “São mulheres<br />
mais maduras, não em relação a idade, mas em relação ao<br />
emocional. Ela sabe o que quer, sabe quem ela é e respeita<br />
o próprio estilo. Então, as minhas clientes têm essa característica<br />
muito forte, do autoconhecimento. Se chegam<br />
aqui com um pouco de dúvida, procuro respeitar o estilo<br />
delas, porque a chapelaria é para você usar e se sentir linda,<br />
e ela vai arrancar olhares, sim. A gente sabe que o que não<br />
é comum, o que não está em massa, arranca olhares. Então,<br />
você precisa estar muito segura para sustentar esses olhares.<br />
Precisa ser fiel ao seu estilo”, detalha Jomara.<br />
O público masculino também busca as criações de<br />
Jomara, mas esses clientes, explica ela, são mais objetivos<br />
e demandam basicamente chapéus. “São muito básicos, você<br />
pode separar cinco modelos, são os cinco que saem para os<br />
homens. E tenho muitos clientes senhores, por incrível que<br />
pareça. Quando comecei a abordar meu público masculino,<br />
fazia muitas fotos com uma galera mais fashion, e não dava<br />
ibope, porque quem usa chapéu são, geralmente, homens<br />
mais velhos”, explica. O ateliê de Jomara também atende<br />
noivas e público infantil, sob encomenda.<br />
INFINITAS POSSIBILIDADES<br />
Pensando em um consumo consciente da moda, Jomara<br />
diz que procura criar peças com versatilidade, que possam<br />
ser utilizadas em diversos contextos. “É uma filosofia que<br />
eu acredito muito, do produto de moda não estar rotulado<br />
a uma determinada ocasião ou situação. Digo muito que<br />
o chapéu da praia pode sair para as ruas, você montando<br />
um look apropriado. A partir do momento em que você dá<br />
infinitas possibilidades a essa peça, ela consegue ser uma<br />
em cada produção”, sugere.<br />
O processo criativo da designer não se vincula às<br />
temporadas de inverno e verão, como a moda geralmente<br />
é regida. Acreditando na atemporalidade de suas peças,<br />
Jomara trabalha com coleções-cápsula, evitando produzir<br />
em repetição as peças. “Prefiro criar coleção que fale mais<br />
sobre mim, sobre uma viagem que fiz... Porque toda coleção<br />
de um designer, de um artista, fala dele, da vivência dele,<br />
do que ele aprendeu, do que chamou atenção dele. Então,<br />
quando crio uma coleção é mais para colocar para fora<br />
aquilo que mexeu comigo, aquilo que me incomodou de<br />
alguma forma. E não consigo ser um robô, que reproduz<br />
uma mesma peça várias vezes”, destaca a designer. ¤<br />
34 MT
moda 35
COMPORTAMENTO<br />
PAIXÃO EM<br />
DUAS RODAS<br />
PROPRIETÁRIOS DE MOTOS HARLEY-DAVIDSON COMPARTILHAM<br />
A PAIXÃO PELO ESTILO DE VIDA QUE INCLUI LONGAS VIAGENS<br />
E UMA VERDADEIRA IRMANDADE EM TORNO DA MOTOCICLETA<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Motores barulhentos, faróis acesos e algumas<br />
luzes neón, formas sinuosas e jaquetas de<br />
couro compõem os cenários onde normalmente<br />
se reúnem grupos de motociclistas.<br />
Mas quando os encontros são dos proprietários<br />
das famosas motos Harley-Davidson,<br />
uma característica fica mais evidente: a paixão por um<br />
veículo que representa um estilo de vida e, em muitos casos,<br />
a realização de sonhos alimentados desde a adolescência.<br />
Em Fortaleza, desde que a concessionária oficial da marca<br />
chegou, em 2012, os motores norte-americanos conquis-<br />
36 MT
taram ainda mais fãs, fortalecendo uma verdadeira<br />
família de “harleyro”, como eles próprios se denominam.<br />
No mundo todo, os membros dessa família<br />
pertencem ao Grupo dos Proprietários de Harley,<br />
o HOG (Harley Owner Groups, da sigla em inglês),<br />
que se ramifica em núcleos menores — como os<br />
Chapters, criados nas cidades onde a empresa tem<br />
um ponto de revenda. “Quando você compra uma<br />
Harley ganha um pacote em que tá incluso amigos<br />
e diversão”, descreve o empresário e presidente do<br />
Chapter de Fortaleza, Fernando Rocha, que contabiliza,<br />
informalmente, mais de 250 membros no grupo da<br />
capital. “Esse é um grupo em que a gente basicamente<br />
divulga a marca, mas sem fins lucrativos, e também<br />
pelo prazer de reunir os amigos e ainda fazer ações<br />
sociais”, acrescenta o presidente. Os encontros oficiais<br />
acontecem nas manhãs de sábado, na própria concessionária,<br />
onde é servido um café da manhã aos “harleyros”.<br />
“Mas a gente também organiza os passeios, as viagens<br />
de grupo, as ações beneficentes, como entrega de cestas<br />
básicas e de cadeiras de rodas”, detalha Fernando.<br />
O interesse do empresário pelas motocicletas<br />
robustas surgiu por influência do sogro, e ele se considera<br />
integrante da nova geração dos apaixonados por<br />
Harley. “Mas tem ‘harleyro’ aqui da década de 1970”,<br />
detalha ele, que hoje é proprietário de uma versão<br />
comemorativa da moto, em alusão aos 115 anos da<br />
marca, e da qual existem apenas 3.700 unidades em<br />
todo o mundo. O construtor Paulo André Rocha,<br />
37, teve a primeira experiência em uma Harley<br />
quando comprou uma motocicleta que era de um<br />
amigo, o que foi suficiente para deixá-lo fiel a esse<br />
estilo de vida. “Era uma mais esportiva, mas já me<br />
apaixonei por ela”, conta Paulo. Integrante do mesmo<br />
grupo de amigos “harleyros”, o também construtor<br />
Jorge Perdigão, 35, sempre gostou de se aventurar<br />
em motocicletas, mas admite ter iniciado um novo<br />
capítulo desse hobby após ter comprado sua primeira<br />
Harley-Davidson. “A Harley é um estilo de vida. Acho<br />
que não teria moto de outra marca, se for assim, prefiro<br />
nem ter” garante ele, que cita como um dos modelos<br />
mais icônicos a Fat Boy, imortalizada no filme O<br />
Exterminador do Futuro 2.<br />
ATÉ O FIM DO MUNDO<br />
Motociclista desde 1982, o empresário Ion Marcos<br />
Lepaus, 47, conta que pilotava “motos normais,<br />
menores”, em longas viagens, até 2007, quando ele<br />
comprou a primeira Harley. “O conceito de pegar a<br />
mala e ganhar o mundo é da vida toda, mas o sonho<br />
sempre foi fazer isso numa Harley, quem tem uma dessa,<br />
tá num estágio diferente da vida”, argumenta ele, que no<br />
ano passado fez um percurso de 32 dias em sua moto,<br />
um modelo Ultra, até Ushuaia, na Argentina, também<br />
comportamento 37
FOTO RONI VASCONCELOS<br />
conhecido entre os viajantes como fim do mundo<br />
por ser a cidade mais ao sul do planeta. “A gente<br />
viaja o país todo, e já fui pros Andes, pro Atacama.<br />
Em viagens assim, é sol, chuva, poeira, areia, tudo em<br />
cima da moto”, descreve.<br />
A esposa e os filhos de Ion também se inserem<br />
nesse universo “harleyro” por influência dele, inclusive<br />
o caçula Adam Leite, de 10 anos, que acompanha<br />
o pai em todos os encontros nacionais da marca e<br />
pilota versões menores e personalizadas de motocicletas<br />
— em áreas privadas e obedecendo aos padrões<br />
de segurança exigidos na modalidade. “Quando eles<br />
chegaram, esposa e filhos, eu já estava nesse mundo<br />
das motos, então eles tiveram que se encaixar”,<br />
brinca o empresário.<br />
Companheiro de algumas viagens de Ion, o engenheiro<br />
civil Ricardo Soares de Castro, 59, também<br />
iniciou cedo no ramo das motocicletas, por influência<br />
de um tio que representava a japonesa Honda no<br />
Brasil. “Com 17 anos eu comprei minha primeira<br />
Harley, era uma 1952, com marcha no tanque e 750<br />
cilindradas. Depois, tive uma muito rara, chamada<br />
Motovi, que foi de uma parceria que a Harley-<br />
-Davidson fez com uma empresa italiana”, lista.<br />
A experiência de pilotar uma motocicleta como<br />
a Harley e a irmandade compartilhada entre os<br />
proprietários são, para Ricardo, o grande diferencial.<br />
“A potência do motor, o próprio porte da moto,<br />
o prazer de pilotar, sem falar na família que você<br />
forma, em termos de amizade”, reforça. ¤<br />
38 MT
comportamento 39
DE 13/09<br />
A 23/10<br />
NA RUA VISCONDE<br />
DE MAUÁ, 950<br />
A CASA VIVA<br />
Este é o mote da CASACOR 2018. O maior evento de décor,<br />
arquitetura e paisagismo das Américas preparou para você<br />
uma experiência única e inesquecível. Venha ver, tocar,<br />
experimentar e se emocionar com ambientes que revelam<br />
a casa como um organismo vivo e afetivo. Não perca!<br />
TERÇA A SÁBADO: 17H ÀS 22H<br />
DOMINGOS E FERIADOS: 16H ÀS 21H<br />
40 MT
PATROCÍNIO NACIONAL<br />
PARCEIRO NACIONAL<br />
DE SUSTENTABILIDADE<br />
PATROCÍNIO LOCAL<br />
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL<br />
APOIO LOCAL<br />
FORNECEDOR OFICIAL<br />
TINTA OFICIAL<br />
PORTARIA<br />
REMOTA<br />
HOTEL<br />
OFICIAL<br />
UNIVERSIDADE<br />
PARCEIRA<br />
PARCERIA SOCIAL<br />
MEDIA PARTNER<br />
REALIZAÇÃO<br />
comportamento 41
EMPREENDEDORISMO<br />
Sabores<br />
duradouros<br />
COM QUASE DUAS DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA NA GESTÃO<br />
DO GRUPO 50 SABORES, SIMÃO E ROBERTA VASCONCELOS<br />
EXPANDEM, AGORA, PARA O RAMO DE CAFÉ<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
O<br />
produto final é colorido, lúdico e tem sabores<br />
que remetem às mais leves sensações: vender<br />
sorvete é compartilhar um pouquinho de alegria<br />
com cada cliente. Pelo riso solto de Simão e<br />
Roberta Vasconcelos, diretores do Grupo 50<br />
Sabores, é fácil deduzir que é mais ou menos<br />
dessa maneira que se estabelece boa parte da administração<br />
da rede de sorveterias fundada há 43 anos pelo pai dele,<br />
Raimundo Vasconcelos, ou “Seu Raimudim”. “A gente<br />
vende alegria”, brinca Roberta. Das mais de quatro décadas<br />
da empresa, os últimos 18 anos foram sob a gestão de Simão<br />
que, junto da esposa, renovou a imagem da sorveteria,<br />
42 MT
ampliou o número de lojas, expandiu em franquias para<br />
Pernambuco e, mais recentemente, inaugurou o Café 50,<br />
que ele considera “um filho da 50 Sabores”. “Eu acho que se<br />
meu pai não tivesse partido tão cedo, ele estaria tocando<br />
esse negócio da mesma maneira que estamos fazendo<br />
hoje”, orgulha-se o filho, constatando que aprendeu<br />
corretamente as lições de empreendedorismo passadas<br />
pelo sorveteiro “Raimundim”.<br />
Hoje, o casal administra 10 lojas em Fortaleza, sendo<br />
uma delas instalada em um espaço de 300 m², na Av.<br />
Beira Mar, integrada ao café — que tem direito a carta de<br />
vinhos, reproduções de obras de arte do Museu Hermitage,<br />
da Rússia, e menu de inspiração internacional assinado<br />
pelo chef Rafael Sudatti. “A ideia é que isso aqui semeie<br />
frutos e ramifique”, diz Simão, sobre os planos de expandir<br />
a atuação para outros cafés e até restaurantes. Embora<br />
esse novo modelo de negócio esteja agora entrando no<br />
portfólio de Simão e Roberta, é na produção artesanal<br />
de sorvetes que eles ainda concentram boa parte dos<br />
investimentos e reúnem uma expertise única. “Apesar de<br />
ser uma empresa brasileira, a 50 Sabores é a que compra<br />
mais insumos italianos para sorvete no Brasil, mas com<br />
know-how todo cearense. Buscamos sempre valorizar o<br />
nosso cajá, nossa tapioca, nossa manga, goiaba, sapoti,<br />
siriguela”, lista Roberta.<br />
Especialmente num período em que o mercado gastronômico<br />
busca reproduzir receitas estrangeiras de gelatos<br />
e outras sobremesas do tipo, Simão foi certeiro ao adotar,<br />
para seu produto, uma assinatura genuinamente brasileira.<br />
“Existe a valorização do gelato italiano, que é absolutamente<br />
normal, porque o mercado pede novidade, mas a<br />
gente viu essa necessidade de afirmar o sorvete brasileiro,<br />
também num momento em que o brasileiro estava muito<br />
desacreditado no Brasil”, resgata o empresário.<br />
ARTESANAL E FARTO<br />
Com uma rotina de produção que inclui processos<br />
como a caramelização de castanhas e a torra de coco ralado<br />
feitas manualmente, a fabricação mensal de sorvetes da<br />
50 Sabores soma 30 toneladas, incluindo sorvetes lisos,<br />
como são chamados os sabores simples, a exemplo de<br />
frutas; e sorvetes montados, seguindo receitas que foram<br />
incluídas a partir de 2007, com sabores como pudim,<br />
brownie, biscoito com doce de leite e biscoito com<br />
ganache. “Eu estava comendo um alfajor, um dia, e vi o<br />
formato dele: camadas de biscoito e recheio. Daí pensei<br />
EMPREENDEDORISMO 43
Café com sorvete<br />
Aberto em junho deste ano, o Café<br />
50 representa, para Simão e Roberta<br />
Vasconcelos, um momento simbólico de<br />
expansão: além de marcar o investimento<br />
do casal em um segmento diferente,<br />
é também o retorno para o Mucuripe,<br />
bairro onde ficava a última unidade<br />
da 50 Sabores inaugurada ainda pelo<br />
fundador, Raimundo Vasconcelos.<br />
Com um ambiente refinado e ao mesmo<br />
tempo aconchegante, o café reflete,<br />
segundo Roberta, o melhor da família<br />
deles: a paixão por viagens, receitas de<br />
cardápios internacionais e ingredientes<br />
de alta qualidade. Ovos beneditinos,<br />
croque monsieur e café da manhã com<br />
direito a torradas e geleia de acerola são<br />
alguns dos itens do menu.<br />
em fazer o mesmo com sorvete, e foi assim que surgiram<br />
sabores como charlotte, manjar dos deuses e café com<br />
tapioca”, conta Simão.<br />
A unidade que conta com mais sabores de sorvete<br />
disponíveis para os clientes é a do Shopping Del Paseo,<br />
que exibe nada menos que 150 variações no menu. Já a do<br />
Shopping Iguatemi passou recentemente por uma expansão<br />
e oferece, agora, 132 tipos da iguaria. “Na fábrica, temos<br />
350 receitas prontas para serem executadas, que a gente vai<br />
implementando de acordo com o gosto do público. Agora,<br />
por exemplo, tá muito em alta os sabores com Nutella”,<br />
acrescenta Roberta, lembrando ser a criadora do famoso<br />
sorvete com sabor de pudim de leite.<br />
A fartura da lista de sabores se reproduz também na<br />
casquinha: o sorvete simples da 50 Sabores, ou “1 sabor”,<br />
segundo descreve o cardápio, tem cerca de 220 g do produto<br />
— enquanto a média das demais sorveterias é de 90 g —,<br />
sem falar nas coberturas de morango, leite condensado e<br />
marshmallow, que podem ser colocadas à gosto por quem vai<br />
apreciar a sobremesa. “Com a 50 Sabores, são bolas bondosas,<br />
produtos bondosos, sem pena”, atesta Simão, reproduzindo<br />
mais um dos ensinamentos do fundador da empresa.<br />
LIÇÃO DE FAMÍLIA<br />
A partir do pouco convívio que teve com "Seu<br />
Raimundim", Simão, que perdeu o pai aos 16 anos, definiu<br />
como missão dar seguimento àquele negócio. “A gente<br />
conversava muito e hoje eu percebo que tenho um compromisso<br />
com ele, é uma coisa muito intensa, muito forte”,<br />
diz ele, que considera a preocupação com os funcioná-<br />
44 MT
TOQUE<br />
MT<br />
Balcão colorido<br />
Os sabores “Manjar dos deuses”,<br />
“Biscoito ganache”, “Qualquer coisa”<br />
(um mix de frutas com massa de biscoito)<br />
e “Charlotte” são os mais pedidos na<br />
sorveteria 50 Sabores. E se na hora de<br />
escolher o sorvete a indecisão for mais<br />
forte, vale pedir ajuda ao vendedor:<br />
todos eles possuem, no crachá, ao lado<br />
do nome, o sabor favorito na casa.<br />
Os proprietários também já têm definidos<br />
os favoritos: Simão escolhe sempre o<br />
“Romeu e Julieta”, enquanto Roberta é<br />
apaixonada por “Chocolate crocante”.<br />
rios o maior legado de gestão que ele herdou. “Ter uma<br />
equipe é como uma grande família, e isso inclui sair um<br />
pouco da nossa agenda e ir cumprimentar o funcionário,<br />
perguntar sobre a família dele, se preocupar de verdade<br />
com ele. Temos 10 lojas e, na nossa cabeça, é uma coisa<br />
só”, detalha Simão.<br />
Essa mesma visão familiar se aplica à maneira como ele<br />
e Roberta pensam o crescimento da 50 Sabores: de forma<br />
planejada e em passos cuidadosos, assim como os pais<br />
preparam um filho para ser independente. “Eu não acredito<br />
em sucesso sem trabalho, você tem que estar lá dentro,<br />
tocando o negócio, e tem que ter o ‘jeitinho Raimundo’<br />
de gerenciar. Se for franqueado da 50 Sabores, tem que<br />
estudar a história do Seu Raimundim”, garante Simão.<br />
As duas franquias da sorveteria, inauguradas no ano<br />
passado, em Recife, são conduzidas por empresários que<br />
têm a mesma visão do casal, do negócio que cresce de<br />
forma mais lenta, desde que seja sólido e com bases éticas.<br />
“Eu vejo a 50 Sabores crescendo no futuro, mas de maneira<br />
muito responsável”, define Simão. ¤<br />
EMPREENDEDORISMO 45
EMPREENDEDORISMO<br />
Conta digital<br />
para pagamento<br />
de funcionários<br />
UMA DAS PIONEIRAS NO SEGMENTO DE FINTECHS<br />
NO CEARÁ, A SOMA CONTA DIGITAL TEM DEIXADO SERVIÇOS<br />
FINANCEIROS MAIS ACESSÍVEIS PARA DIVERSOS USUÁRIOS<br />
POR ALINE CONDE<br />
Criada em 2015, em Fortaleza, a Soma Conta Digital<br />
é uma fintech — termo utilizado para negócios que<br />
unem tecnologia com serviços financeiros — que<br />
traz um modelo inteligente de pagamento de<br />
funcionários em empresas. “A Soma Conta Digital<br />
foi criada para desburocratizar a folha de pagamento<br />
das empresas, de forma simples e segura, e ao mesmo tempo<br />
proporcionar uma inclusão social de várias pessoas que não<br />
conseguem abrir conta em banco comum. Não é porque está<br />
no SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) ou Serasa que elas<br />
vão deixar de abrir uma conta. Aqui, nós oferecemos conta<br />
digital com saque, pagamento de contas, transferências,<br />
compras com o cartão Soma e muito mais”, explica o presidente<br />
da Soma, Fernando Gurgel, destacando que a empresa<br />
é uma das pioneiras no segmento, no Ceará.<br />
Os clientes da Soma dividem-se, basicamente, nas empresas<br />
que contratam o serviço de pagamento de salários e nos<br />
usuários, que são os funcionários dessas companhias e terão<br />
acesso aos serviços e transações bancárias. Atualmente,<br />
a Soma atende mais de 350 empresas e 30 mil usuários de<br />
diversos segmentos, como bares, restaurantes, supermercados,<br />
postos de gasolina, empresas de terceirização de mão de obra<br />
e varejo. O segmento da construção civil foi o primeiro a<br />
demandar os benefícios da companhia. O serviço também<br />
já ultrapassou Fortaleza e Região Metropolitana, para atuar<br />
em Sobral e Juazeiro do Norte. “A maioria dessas empresas<br />
sentia dificuldade de abrir conta para todos os funcionários”,<br />
detalha o presidente.<br />
BENEFÍCIOS<br />
A maior vantagem para a utilização do serviços da Soma<br />
é a automatização. “A gente está totalmente integrado com<br />
sistemas de folha de pagamento que as empresas usam. Eles<br />
conseguem, com o clique de um botão, mandar todas as<br />
informações para a gente, nosso sistema processa isso e faz o<br />
depósito na conta de todo mundo que está naquela folha de<br />
pagamento. É uma maneira automatizada e ajuda muito o<br />
pessoal do RH das empresas”, garante Fernando.<br />
Outro benefício pontuado por ele é em relação à abertura<br />
da conta, feita on-line, evitando que o funcionário perca<br />
muito tempo em agências bancárias, como acontece com os<br />
bancos convencionais. Pensando no usuário final, que são os<br />
colaboradores das empresas, o presidente afirma que a relação<br />
fica mais próxima. “Com as facilidades que ele tem de acessar o<br />
dinheiro e usar, a gente consegue realmente estar mais próximo<br />
dele, para, inclusive, poder sentir a necessidade dele”, pontua.<br />
O usuário recebe um cartão e pode sacar o dinheiro ou<br />
fazer outras transações, nos cerca de 40 caixas eletrônicos<br />
distribuídos em Fortaleza e região metropolitana, além de<br />
poder sacar dinheiro em farmácias e supermercados parceiros.<br />
Na capital cearense há caixas eletrônicos em shoppings<br />
como RioMar Fortaleza, Iguatemi e North Shopping, além<br />
46 MT
FOTO MARÍLIA CAMELO<br />
de duas agências de atendimento presencial da própria<br />
Soma. “Os usuários podem ir lá que temos funcionários<br />
que vão atendê-los, para tirar dúvidas, fazer segunda<br />
via do cartão ou outros serviços. As agências ficam no<br />
Centro e na Messejana”, orienta Fernando. O aplicativo<br />
para celular, disponível nas lojas virtuais, também facilita<br />
o acesso do usuário.<br />
EXPANSÃO<br />
Atualmente, explica Fernando, a empresa está consolidando<br />
o negócio no Ceará para, então, expandir para outros<br />
locais do Nordeste. “Temos essa pretensão realmente de<br />
levar esse nosso produto para outras praças. Temos trabalhado,<br />
hoje, no lançamento de alguns produtos novos, como<br />
o Cartão Prêmio e uma conta para pessoa jurídica. A ideia<br />
é no próximo ano já sairmos para os estados vizinhos”,<br />
projeta o presidente. . ¤<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
EMPREENDEDORISMO 47
DEPOIMENTOS<br />
““Senti-me muito honrada de ter sido convidada e de fazer parte<br />
da história da Revista. Sempre me emociono em relembrar todo<br />
o caminho percorrido nesses mais de 30 anos de Água de Coco.<br />
Tenho muito orgulho do reconhecimento e de ter recebido tanto<br />
destaque em um veículo que admiro. A Márcia é um exemplo<br />
de mulher forte e perseverante, que construiu uma carreira<br />
sensacional como comunicadora. Acho muito importante a<br />
publicação, principalmente nos tempos atuais, onde a mídia<br />
impressa vem sofrendo tantos abalos. A Revista Galeria mostra<br />
o que temos de melhor em nosso Estado de uma forma leve,<br />
contando a história de tão bons exemplos da nossa terra.<br />
Liana Thomaz<br />
Capa da Revista Galeria #3<br />
Empresária e fundadora<br />
da Água de Coco<br />
Que tenha uma vida longa e que venham mais comemorações!”<br />
48 MT
Everardo Telles<br />
Capa da Revista Galeria #4<br />
Engenheiro agrônomo e<br />
presidente do Grupo Telles<br />
“Foi muito bom revisitar toda a minha história empresarial<br />
através de uma entrevista tão leve; desde as captações de<br />
imagem, feitas com total competência através do Fernando<br />
Travessoni, até o elegante coquetel de lançamento. Entendo a<br />
relevância que a Revista possui na Cidade, e que por ela passam<br />
grandes personalidades e pessoas inspiradoras e inovadoras.<br />
Estar entre uma delas significa muito. Da Márcia Travessoni,<br />
“admiro sua competência, dinamismo, simpatia e carisma”.<br />
depoimentos 49
50 MT<br />
PODER
NEGÓCIOS E<br />
IDEIAS EM REDE<br />
PRESIDENTE DO LIDE CEARÁ, A EMPRESÁRIA EMÍLIA BUARQUE FALA<br />
SOBRE OS DESAFIOS EM COLOCAR O ESTADO NAS PAUTAS NACIONAIS<br />
E INTERLIGAR OS EMPRESÁRIOS LOCAIS ÀS CONEXÕES GLOBAIS<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Quando Emília Buarque completou 16 anos,<br />
foi emancipada pelo pai para que pudesse<br />
empreender e abriu, na época, uma empresa<br />
no segmento de distribuição. A jovem Emília<br />
daquela época já dizia muito do que seria a<br />
escolhida para a seção Poder desta edição da<br />
Revista: uma mulher responsável por seus próprios negócios.<br />
Desde 1998, Emília atua em outro segmento, o de turismo<br />
corporativo e de negócios, e agora, tem ainda outra missão<br />
importante destacada em seu currículo, a de presidir o<br />
Grupo de Líderes Empresariais (Lide), no Ceará, organização<br />
global que completa dois anos de atuação no Estado,<br />
em outubro. “Sempre procurei me engajar em ambientes<br />
que tivessem como premissa dois fatores-chave, que são o<br />
desenvolvimento da iniciativa privada e os propósitos para<br />
o bem comum. Com isso, eu participei, na época, como<br />
coordenadora geral da Associação de Jovens Empresários<br />
(AJE) em 2003, que foi uma experiência incrível. Depois eu<br />
fui vice-presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC),<br />
de 2004 a 2008. Também atuei na diretoria da Câmara de<br />
Comércio Brasil-Portugal, de 2008 a 2010. Até que passado<br />
o tempo surgiu o Lide”, pontua a empresária, que tem<br />
formação em Turismo e Pós-Graduação em Gestão Pública<br />
Empresarial pela Universidade Federal do Ceará (UFC).<br />
A atuação de Emília no setor empresarial é tão relevante<br />
que ela já foi, inclusive, agraciada com a Medalha do Mérito<br />
Anhanguera, em 2017, pelo Governo de Goiás. O Lide Global<br />
é uma organização privada fundada pelo atual prefeito de<br />
São Paulo, João Dória, em 2003. “Começou de pequenos<br />
encontros entre empresários que viam neste networking uma<br />
possibilidade tanto de ampliar os negócios como também de<br />
discutir um país melhor”, comenta. Atualmente, o grupo é<br />
presidido pelo ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e<br />
Comércio Exterior do governo Lula, Luiz Fernando Furlan.<br />
O Lide reúne quase 1.800 empresas, no Brasil, de médio e<br />
grande porte, e representa 52% do Produto Interno Bruto<br />
(PIB) privado do País. Emília destaca que o grupo ainda tem<br />
mais relevância por possuir 16 unidades espalhadas pelos<br />
estados brasileiros, além de núcleos internacionais em países<br />
como China, Itália, Alemanha, Portugal, Estados Unidos,<br />
Argentina e Paraguai.<br />
LOCAL E GLOBAL<br />
A história do Lide se entrelaçou com a de Emília por<br />
volta de 2014, quando ela começou a ser sondada pelos dirigentes<br />
nacionais do grupo para tomar a frente da iniciativa<br />
no Ceará. O surgimento no Estado se deu em 2016. “Nosso<br />
objetivo é fortalecer a livre iniciativa e discutir o ambiente<br />
para um Brasil melhor. É uma organização que atua de forma<br />
muito independente, moderna, com ampla respeitabilidade<br />
nas diversas esferas e conexão no mundo inteiro. Então, para<br />
pessoas que valorizam o compromisso social das empresas,<br />
ter uma agenda de contatos com os maiores empresários<br />
do Brasil, além de lideranças políticas relevantes, é muito<br />
poder 51
PODER<br />
Pacto pela educação<br />
A empresária e presidente do Lide, Emília<br />
Buarque, acredita que o Brasil ainda não terá as<br />
mudanças necessárias nos próximos anos. “Há de se<br />
ter uma mudança de mentalidade geral. Eu acho que<br />
o setor produtivo está pronto para dar um grande<br />
salto em produtividade e desenvolvimento, mas nós<br />
precisamos de um Brasil com menos impostos,<br />
menos burocracia, com ajuste fiscal, com foco na<br />
educação, com o governo exercendo o seu papel,<br />
que é oferecer serviços de qualidade para a grande<br />
população. Se isso acontecesse, os empresários<br />
fariam a parte que é acelerar o desenvolvimento e<br />
gerar empregos”, sugere Emília. Para ela, é necessário<br />
um pacto pela educação entre o Governo, iniciativa<br />
privada e sociedade. “É o compromisso de todos de<br />
investirem nisso. Por exemplo, o Governo Federal,<br />
Estadual, Municipal investirem em escola de tempo<br />
integral, em cursos profissionalizantes de mais alto<br />
nível, em tecnologia, em universidades. Os próprios<br />
empresários fazerem a sua parte, que é dar canais<br />
para o desenvolvimento de seus colaboradores.<br />
A sociedade, principalmente a população de<br />
baixa renda, entender que só vai mudar o seu<br />
patamar se as crianças estiverem na escola. É uma<br />
consciência geral de todos sobre a importância da<br />
educação”, argumenta.<br />
52 MT
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
EMÍLIA BUARQUE<br />
Acima, Emília Buarque<br />
com o presidente do Lide<br />
Global, Luiz Fernando Furlan;<br />
e à direita, em evento<br />
promovido pela entidade,<br />
com o economista<br />
Paulo Guedes.<br />
representativo. Trazer isso aqui para o ambiente do Ceará<br />
e, por outro lado, também levar o que há de melhor do<br />
Ceará para o Brasil e para o mundo, foi realmente um<br />
convite irrecusável”, relembra Emília, comentando que<br />
um dos focos principais do Lide é a pauta global. “Logicamente,<br />
tentando trazer o máximo de contribuições dessa<br />
discussão global para o desenvolvimento do nosso Estado<br />
e dos nossos empresários”. Um ponto a ser destacado do<br />
Lide é a reunião de empresários de diversos setores. “Acho<br />
que os nossos membros já se apropriaram do quanto é rico<br />
esse ambiente de troca de ideias e relacionamento entre<br />
os diversos setores. Inclusive, é um dos feedbacks que eles<br />
mais dão, que eles não avaliavam antes a importância de<br />
estarem se integrando com diversos segmentos, como<br />
indústria, comércio, agronegócio. Essa troca é muito rica,<br />
porque uma experiência de um setor pode ser útil a outro<br />
segmento”, acredita ela. Dentro da organização há um<br />
comitê de diretorias específicas de cada área (Agronegócio,<br />
Indústria, Segurança, Tecnologia, Mulher, entre outras)<br />
e um empresário para liderar cada uma dessas células.<br />
O Lide acontece por meio de reuniões mensais, com temas<br />
específicos, que englobam os diversos segmentos.<br />
CONTRIBUIÇÕES AO CEARÁ<br />
“Um canal de safe network”, é como a empresária<br />
define a importância da associação para os empresários<br />
cearenses. Ela diz que ainda há a necessidade do empresariado<br />
local em aproveitar o propósito maior do Lide<br />
Global, que são as interações internacionais. “O nosso<br />
grupo aqui precisa avançar ainda, se apropriar mais disso.<br />
Todo mundo reconhece que é um ambiente de troca de<br />
ideias local interessante. Mas nós temos o propósito<br />
maior que é essa conexão com o mundo inteiro. Então,<br />
o empresário que quer fazer negócio com a China, busca<br />
o Lide China. Porque é um ambiente seguro de entrar<br />
naquele país, fazer contato com os empresários chineses”,<br />
explica. Além disso, o Lide contribui com o Estado ao<br />
propor pautas políticas para “discutir um Brasil melhor”.<br />
Durante a campanha eleitoral deste ano, por exemplo,<br />
os economistas dos candidatos à Presidência participaram<br />
de debates com os empresários cearenses e abordaram<br />
diversos assuntos, inclusive o desenvolvimento do<br />
Nordeste. “Nós temos um gap que amarga há mais de 50<br />
anos, isso não pode ser esquecido. Então, é nosso papel<br />
trazer essas pautas também. Buscar a nossa melhoria.<br />
Não temos que ter privilégios, mas por muitos anos<br />
nós fomos esquecidos, tivemos pouco investimento em<br />
infraestrutura. É colocar o Ceará e o Nordeste na pauta<br />
nacional, é a nossa voz se fazendo valer. Então, nossas<br />
discussões com esses economistas foram diversas: vai ter<br />
investimento em infraestrutura aqui? Qual vai ser o papel<br />
da Sudene e do Banco do Nordeste?”, pontua Emília. ¤<br />
poder 53
DEPOIMENTOS<br />
““Foi uma grande surpresa, além de uma honra e uma enorme<br />
alegria, receber esse convite. A Revista Galeria traz a marca<br />
registrada da Márcia, com um conteúdo construtivo e elegância<br />
na abordagem, buscando sempre inspirar a sociedade com<br />
histórias verdadeiras de luta e busca pelo melhor. Ela tem<br />
generosidade e consegue enxergar o melhor em cada pessoa.<br />
Márcia trouxe uma nova abordagem social, que vai muito<br />
além da simples exposição de rostos e figuras. Tem o cuidado<br />
de levar essência e conteúdo no entorno de tudo isso”.<br />
Niedja Bezerra<br />
Capa da Revista Galeria #5<br />
Médica e fundadora do<br />
grupo Panapaná<br />
54 MT
Renato Aragão<br />
Capa da Revista Galeria #6<br />
Comediante<br />
“Ser entrevistado pela Revista Galeria foi uma honra e um<br />
privilégio. Todos os profissionais envolvidos demonstraram<br />
profissionalismo e competência. A Revista Galeria tem a alma<br />
cearense perfumando e dando vida às suas páginas, por isso, é de<br />
valor inestimável para todos que amam nosso estado do Ceará.<br />
Na Márcia Travessoni, admiro sua capacidade e perspicácia,<br />
“consegue sempre tirar o melhor dos seus entrevistados”.<br />
depoimentos 55
56 MT<br />
Abra novas<br />
portas.
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depoimentos 57
CAPA<br />
58 MT GALERIA
SERENIDADE<br />
INQUIETA<br />
NA <strong>EDIÇÃO</strong> ESPECIAL NÚMERO 10 DA <strong>REVISTA</strong> GALERIA,<br />
A DIRETORA DA PUBLICAÇÃO, <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong>, FALA DE SUA<br />
ESSÊNCIA E DOS PROJETOS QUE DESEJA CONCRETIZAR<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO E FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />
capa 59
O<br />
sorriso pacífico e agregador de Márcia Travessoni é<br />
uma impressão que fica em qualquer um que cruze<br />
com ela — seja nos rápidos encontros em eventos<br />
sociais, nas aparições na televisão, na convivência<br />
profissional e familiar diária ou mesmo através das<br />
redes sociais. O sorriso é mesmo uma janela para a<br />
personalidade de Márcia e instiga a conhecer mais sobre essa<br />
mulher leve, mas cheia de força, e que equilibra calmaria espiritual<br />
e inquietude criativa em uma mesma mente. “O que me<br />
move é saber que sou capaz de qualquer coisa, de alcançar o<br />
que está logo ali na frente, e fazer bem feito”, assume. Na edição<br />
número 10 da Revista Galeria — um feito e tanto em tempos<br />
em que o mercado editorial passa por turbulências —, Márcia<br />
se fez inquieta e corajosa, mais uma vez, vindo em destaque na<br />
primeira página da publicação. Estar na capa da revista que ela<br />
mesma dirige é um ato de ousadia e coragem, sim, porque ao se<br />
colocar como entrevistada, Márcia falou da energia que a move,<br />
mas também compartilhou suas vulnerabilidades, mostrou-se<br />
como um ser humano ainda em construção, que pode acertar e<br />
errar. Chegou perto dos leitores, seguidores e demais pessoas que<br />
de alguma forma acompanham seu trabalho para, então, reverberar<br />
a própria voz. “Eu quero desenvolver cada vez mais a parte<br />
da minha comunicação, ser voz, dar voz pras pessoas que não<br />
têm esse poder, fazer minha opinião ser ouvida”, estabelece ela.<br />
Embora apareça hoje como algo tão genuíno na personalidade<br />
de Márcia, a vocação para a comunicação foi descoberta há<br />
relativamente pouco tempo, associada à paixão dela pelo universo<br />
da moda. Mais precisamente em 2001, quando o marido dela,<br />
Fernando Travessoni, foi designado para elaborar a grade de<br />
programação da TV Diário e deu a Márcia a oportunidade de<br />
ter seu próprio programa. “Eu sempre gostei de moda, de assistir<br />
aos desfiles, mas sentia falta de um programa que falasse sobre<br />
isso aqui no Ceará, e a gente sempre foi tão criativo em relação<br />
a isso. Foi então que o Fernando falou ‘Vamo fazer um programa<br />
de moda?’ e eu falei ‘Vamo!’”, lembra ela, contando a história de<br />
como nasceu o M de Moda, programa de entrevistas e cobertura de<br />
semanas de moda que ficou no ar durante 10 anos e marcou toda<br />
60 MT
capa 61
62 MT
“Eu sou muito movida<br />
a desafios, acho que<br />
sou muito inquieta,<br />
e tudo o que chega<br />
pra mim, realmente<br />
encaro, vou atrás de<br />
me capacitar. Eu acho<br />
que a gente nunca está<br />
pronto pras coisas, mas<br />
se elas vêm, é porque<br />
você tem capacidade<br />
para abraçar”<br />
uma geração. Antes disso, Márcia construiu uma trajetória<br />
empreendedora por trás das câmeras, mas repleta de decisões<br />
que deixaram evidente seu espírito inovador e criativo.<br />
Tudo começou em 1992, quando Márcia era a única<br />
mulher no grupo de seis pessoas selecionadas para o primeiro<br />
programa de trainee do Grupo Edson Queiroz. A carreira se<br />
encaminhava para transformá-la em uma grande administradora<br />
quando ela decidiu abrir mão do mundo executivo<br />
e criar a própria agência de publicidade, junto do marido.<br />
“Fernando viu uma grande oportunidade, eu reconheci que<br />
era, então pedi demissão e começamos a trabalhar em casa.<br />
Fizemos uma campanha publicitária e eu fui aprendendo<br />
tudo, toda a parte de mídia, produção, atendimento era<br />
comigo”, lista. Com a entrada no mercado publicitário,<br />
Márcia usou de todas as ferramentas que podia para desempenhar<br />
aquele trabalho da melhor maneira possível: pedia<br />
ajuda a amigos que já eram da área, visitava veículos de<br />
comunicação para entender como funcionavam os processos<br />
e até ingressou numa especialização em Propaganda e<br />
Marketing, na Universidade de Fortaleza (Unifor). “Eu sou<br />
muito movida a desafios, acho que sou muito inquieta,<br />
e tudo o que chega pra mim, realmente encaro, vou atrás<br />
de me capacitar. Eu acho que a gente nunca está pronto<br />
pras coisas, mas se elas vêm, é porque você tem capacidade<br />
para abraçar”, constata Márcia, aconselhando a partir da<br />
própria filosofia de vida.<br />
COMUNICADORA FASHION<br />
A experiência com o M de Moda foi o primeiro passo para<br />
que Márcia começasse a se perceber enquanto comunicadora.<br />
“Fui estudar de novo, meter as caras, ver as revistas, saber<br />
quem era quem, fazer roteiros do São Paulo Fashion Week”,<br />
lembra ela, que sempre contou com o apoio de uma equipe<br />
de jornalistas, mas coordenava toda a linha editorial dos<br />
conteúdos. Da TV Diário ela foi para o Diário do Nordeste,<br />
onde passou a assinar uma coluna de estilo no caderno<br />
Zoeira e, depois, no caderno Eva e na revista Siará, ambos<br />
extintos. Em paralelo, apresentava o quadro “Moda em<br />
Destaque”, dentro do programa Destaque VM, na TV Verdes<br />
Mares. Em 2015, foi convidada a ser editora do caderno<br />
Gente, também no Diário, assinando ainda a coluna social<br />
do periódico. Foi ainda no contexto de trabalhar com moda<br />
capa 63
“As empresas de<br />
moda daqui eram<br />
familiares, nasciam<br />
dentro de casa, e<br />
tinha uma geração<br />
que ainda não<br />
trabalhava a questão<br />
da gestão, de buscar<br />
conhecimento. Com o<br />
MaxiModa eu queria<br />
trazer esses cases”<br />
e comunicação que ela criou o MaxiModa, seminário de business,<br />
moda e comunicação que completou 10 anos em 2018.<br />
Entre os nomes importantes que dividiram experiências<br />
com o público local, podem ser citados Costanza Pascolato,<br />
Alexandre Birman, Giovani Bianco e Oscar Metsavaht.<br />
“Tudo de diferente que a gente buscava, tinha que ir<br />
pra São Paulo, então eu tive a ideia de fazer o MaxiModa.<br />
Formatamos nesse modelo de palestras e debates com<br />
cases da moda brasileira. Minha ideia era realmente fazer<br />
o intercâmbio com o empresariado local. As empresas<br />
de moda daqui eram familiares, nasciam dentro de casa,<br />
e tinha uma geração que ainda não trabalhava a questão<br />
da gestão, de buscar conhecimento. Com o MaxiModa eu<br />
queria trazer esses cases”, argumenta. Além do engajamento<br />
com o negócio da moda, não há como deixar de citar uma<br />
característica peculiar de Márcia, que tem bastante peso<br />
para quem circula no universo fashion: um impecável senso<br />
de estética, que ela acredita ter herdado da mãe. “Minha mãe<br />
era muito vaidosa, gostava de estar bem vestida, fazia roupas<br />
com tecidos que vinham da zona franca, ela estava sempre<br />
impecável”, lembra ela, citando ainda o intercâmbio que<br />
fez em Londres, ao fim da adolescência, como experiência<br />
agregadora para o interesse que sempre nutriu por moda.<br />
“MUITO AINDA A FAZER”<br />
Hoje, pode-se dizer que Márcia tem uma múltipla definição:<br />
comunicadora, empresária, influenciadora digital,<br />
mobilizadora social, mãe, esposa e, claro, figura inspiradora.<br />
“Mas se eu pudesse, faria ainda mais coisas, eu tenho essa<br />
vontade de realizar, não sei ficar quieta. E quando penso<br />
em fazer algo, é para mover um coletivo”, atesta. Mas antes<br />
de se reconhecer como figura mobilizadora, Márcia se veste<br />
de humildade e demonstra uma sincera gratidão por todos<br />
aqueles que passaram pelas diversas fases da vida dela, aprenderam<br />
com ela e também a ensinaram. “Eu acho que cada<br />
um cumpriu seu papel ali, a gente vai construindo e assim<br />
é a vida. A gente sempre tá aprendendo, nunca podemos<br />
dizer que sabemos de tudo. Essa troca entre as pessoas é<br />
isso, uma eterna construção, e é muito bom estar cercada<br />
por pessoas jovens, cheias de oxigênio, energia”, assume.<br />
A vertente social é que move os projetos que Márcia<br />
planeja executar daqui pra frente. “Tem algo que eu preciso<br />
fazer que é pautar mais o assunto do empoderamento<br />
feminino e da luta pelo fim da violência contra a mulher,<br />
além do abuso sexual infantil, que é algo que me incomoda<br />
muito”, revela. Por enquanto, palestras, seminários e encontros<br />
são a forma mais viável que ela enxerga de levantar<br />
essas discussões. “E essa causa da mulher é porque minha<br />
irmã foi vítima disso [de feminicídio]. Tem 30 anos que a<br />
Telma morreu e eu nunca quis vestir a camisa e levantar<br />
a bandeira porque é uma dor, eu não conseguia. Mas hoje<br />
eu sei que posso”, externa, tocando na ferida que até hoje<br />
machuca sua essência.<br />
A BASE DE TUDO<br />
A perda precoce da irmã, aliás, fez Márcia conectar-se<br />
ainda mais com algo que sempre foi seu porto-seguro:<br />
o núcleo familiar. “É a base de tudo, toda a energia pra<br />
fazer qualquer coisa. Tem que estar bem aqui dentro de casa,<br />
senão o dia não funciona, não rende”, garante. Junto desse<br />
64 MT
capa 65
2<br />
1<br />
4<br />
5<br />
1 - Márcia Travessoni na festa em que ela foi anunciada, em 2015, editora do caderno Gente, do Diário do Nordeste<br />
2 - Márcia Travessoni com a consultora de moda Costanza Pascolato, em 2011, durante o MaxiModa.<br />
3 - Nos estúdios da TV Diário, no início das gravações do programa M de Moda<br />
4 - Registro das gravações do quadro "Moda em Destaque", para o programa Destaque VM, da TV Verdes Mares<br />
5 - A diretora da Revista Galeria junto da advogada e professora Raquel Machado, da empresária Ticiana Rolim Queiroz e da secretária municipal<br />
do Meio Ambiente, Águeda Muniz, durante o evento "Mulheres e Poder", que Márcia criou para estimular o empoderamento feminino.<br />
3<br />
apoio, que vem essencialmente do marido, dos filhos e dos<br />
pais, ela tem seu equilíbrio fortalecido pela fé, sentimento<br />
também compartilhado em família. “Eu descobri uma<br />
afinidade muito grande com Nossa Senhora e a fé está<br />
muito presente em tudo na minha vida, no trabalho.<br />
Eu não consigo viver só nesse mundo, a ligação espiritual<br />
é o meu esteio, é o que me faz respirar. Quando eu sinto<br />
que minha respiração tá curta, vejo que tô muito só na<br />
terra e preciso me conectar, silenciar, rezar”, reforça.<br />
Da irmã que se foi, Márcia guarda não apenas as<br />
saudades, mas também uma série de ensinamentos espirituais<br />
e sociais. “Telma me ensinou muito. Desde criança<br />
ela foi muito solidária, ia em creches, trazia crianças pra<br />
casa. Ela deixou muito isso pra mim e pra minha mãe<br />
sobre a maneira de ver o outro, tratar bem quem quer<br />
que seja, foi uma herança que realmente ela deixou pra<br />
mim”, reconhece. Para o futuro, Márcia admite se ver<br />
tocando algum projeto social, como uma forma de manter<br />
ainda mais viva essa ligação com a irmã e se fortalecer do<br />
amor que floresce a partir dessas trocas. “Por enquanto,<br />
eu vou ajudando naquilo que puder, mas a gente tem<br />
que retribuir sempre, somos muito privilegiados”, atesta.<br />
Enquanto esse momento não chega, Márcia segue<br />
desempenhando seu papel de comunicadora e mobilizadora.<br />
“Se eu tenho um canal de mídia, eu quero que<br />
seja usado pra mover, mexer as pessoas, conscientizar,<br />
levantar causas”, diz ela. Nem Márcia, tampouco seus<br />
familiares, amigos e demais pessoas próximas dela podem<br />
prever o que o futuro trará. De um fato, contudo, todos<br />
podem estar certos: independente do que vier, será<br />
abraçado por Márcia, trabalhado e tocado da maneira<br />
mais apaixonada, competente e carinhosa que ela possa<br />
fazer, porque sempre foi assim, continua desta forma<br />
e certamente será. ¤<br />
66 MT
HÁ 15 ANOS<br />
TRAZENDO O MELHOR DA<br />
CULINÁRIA JAPONESA<br />
S h o p p i n g B u g a n v í l i a - 3 2 2 4 . 9 9 9 7<br />
S h o p p i n g I g u a t e m i - E M B R E V E<br />
/ r e s t a u r a n t e r y o r i<br />
capa 67
68 MT
capa 69
TOQUE MT<br />
70 MT
TOQUE<br />
MT<br />
FUSILLI COM COGUMELOS<br />
FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Quem gosta de preparar uma receita com sabor especial sem passar muito tempo na produção pode apostar na praticidade do “Fusilli<br />
com Cogumelos”, prato compartilhado pela jornalista Izakeline Ribeiro, especializada em Gastronomia e responsável pelo portal Sabores<br />
da Cidade. O ponto forte do prato, segundo ela, são os cogumelos. “Adoro cogumelos. É um ingrediente que tem chegado mais próximo da<br />
nossa realidade, antes era mais difícil de encontrar. Além disso, é uma ótima opção para quem não quer comer carne”, explica a jornalista.<br />
Para acompanhar o prato, Izakeline sugere um vinho branco. “O Leopoldina Chardonnay, da Casa Valduga, combina perfeitamente”, indica.<br />
Tempo de preparo: 30 min<br />
Rendimento: 6 porções<br />
Ingredientes:<br />
500 g de shitake fresco<br />
500 g de cogumelos Paris fresco<br />
500 g de shimeji<br />
1 pacote de massa Fusilli Adria Grano Duro<br />
200 g de queijo parmesão<br />
4 dentes de alho<br />
½ cebola<br />
200 ml de azeite<br />
100 g de manteiga<br />
Sal<br />
Pimenta<br />
Modo de preparo:<br />
1 - Coloque a água para esquentar com um pouco de sal;<br />
2 - Fatie os cogumelos e corte a cebola e o alho em pequenos cubos;<br />
3 - Refogue a cebola e o alho e, em seguida, acrescente os cogumelos.<br />
Mexa até ficarem macios;<br />
5 - Quando a água ferver, adicione a massa Fusilli Adria Grano Duro e siga o<br />
tempo de cozimento sugerido na embalagem. Depois, escorra em água fria;<br />
6 - Acrescente aos cogumelos para uma última refogada, agregando os<br />
sabores dos legumes ao da massa Fusilli Adria Grano Duro.<br />
Para ver o passo a passo dessa e outras receitas se inscreva em nosso #CanalMT, do Youtube!<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
toque MT 71
DELÍCIAS<br />
Por Marcos Monteiro e Rejane Costa<br />
Catering e<br />
alta gastronomia<br />
FOTOS: MARÍLIA CAMELO<br />
Os maiores benefícios<br />
do serviço<br />
de catering são,<br />
sem dúvidas,<br />
a praticidade e<br />
comodidade para<br />
o cliente. Tendência que tem se<br />
fortalecido cada vez mais na última<br />
década, no mercado gastronômico,<br />
o catering leva a cozinha para o<br />
espaço de quem contrata, podendo<br />
ser uma recepção em uma loja,<br />
jantar em residência, casamento ou<br />
mesmo outros formatos.<br />
O atendimento começa com<br />
a montagem da cozinha no<br />
ambiente e inclui até finalização<br />
dos alimentos e, para fazer chegar<br />
até as pessoas, é ideal ter uma<br />
equipe de qualidade, que entenda<br />
o andamento do evento e não deixe<br />
faltar nada. Costumamos falar que<br />
o catering leva um “grande restaurante”<br />
para dentro da casa das<br />
pessoas. A ideia é cuidar de todos<br />
os passos do evento, em relação ao<br />
que será servido como alimentos<br />
e bebidas, não deixando que os<br />
clientes se preocupem com nada.<br />
No nosso caso, esse restaurante<br />
72 MT
oferece, no serviço de catering, a alta<br />
gastronomia, apresentada por meio<br />
de um sabor único, onde os pratos<br />
são elaborados, decorados e trabalhados<br />
como arte.<br />
Nosso grande desafio é apresentar<br />
muito bem o produto. Tendo em vista<br />
que, muitas vezes, as pessoas nos<br />
eventos sociais estão conversando<br />
ou entretidas em outras atividades,<br />
a comida precisa estar muito bem<br />
exibida e exposta para chamar a<br />
atenção dos convidados. Tudo começa<br />
pela apresentação. Então, apostamos<br />
em uma montagem bonita e em deixar<br />
aquele prato colorido. Depois disso,<br />
o desafio é fazer com que as pessoas<br />
gostem do sabor, sintam as texturas<br />
da receita e apreciem os aromas<br />
do prato. No cardápio, os insumos<br />
sofisticados, na linha dos pratos<br />
quentes, são usados desde finos<br />
fingers food até os pratos principais.<br />
Testamos e harmonizamos diferentes<br />
sabores, e um dos mais pedidos é o<br />
Toast de Salmão Marinado ao Capim<br />
Limão e ovas tipo caviar. Vale a pena<br />
experimentar! ¤<br />
→ → O CHEF MARCOS MONTEIRO E REJANE COSTA SÃO<br />
OS RESPONSÁVEIS PELO MONTEIRO GASTRO-<br />
NOMIA, QUE ATUA NO MERCADO CEARENSE<br />
HÁ QUASE TRÊS ANOS, OFERECENDO ALTA<br />
GASTRONOMIA E CATERING PARA EVENTOS EM<br />
DIVERSOS FORMATOS. OS DOIS ACREDITAM QUE A<br />
SOFISTICAÇÃO DO SERVIÇO E A QUALIDADE DAS<br />
RECEITAS FAZEM A DIFERENÇA NO MERCADO.<br />
delícias 73
GASTRONOMIA<br />
Para todos<br />
os gostos<br />
PRATOS CLÁSSICOS E AUTORAIS DIVIDEM ESPAÇO NO MENU<br />
DO FASHION GOURMET, BUFFET E SERVIÇO DE CATERING<br />
COMANDANDO PELA CHEF CAMILA CÂMARA<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Receitas contemporâneas, pratos de família<br />
reinventados e criações autorais com insumos<br />
de alta qualidade compõem o menu do Fashion<br />
Gourmet, buffet conduzido pela chef Camila<br />
Câmara e que oferece tanto o serviço de catering<br />
como a realização de eventos. No cardápio fixo<br />
desenvolvido pela chef, uma das receitas queridinhas é o<br />
Filé Diplomata, que guarda um significado especial para<br />
Camila. “Peguei como base o filé que eu comia na casa da<br />
minha bisavó. O que ela fazia era com passas, champignon,<br />
palmito, molho escuro e vinho. Reinventei a receita utilizando<br />
ingredientes mais modernos, então fiz um filé que<br />
vai funghi, passas, bacon, molho rôti, gorgonzola e creme<br />
de leite fresco. É um molho que todo mundo ama e o prato<br />
mais pedido da gente”, define.<br />
Ainda no menu de carnes, outra opção é o Filé na<br />
74 MT
Mais clientes<br />
Após sete anos atendendo na Av.<br />
Santos Dumont, Camila Câmara<br />
inicia agora uma nova etapa à frente<br />
de seu Fashion Gourmet, em novo<br />
endereço. O espaço fica no Meireles<br />
e deve continuar a atender, com mais<br />
qualidade e comodidade, os mais<br />
variados tipos de eventos, além<br />
do serviço de catering. A intenção,<br />
segundo Camila, é fidelizar os clientes<br />
que buffet já possui e buscar novos<br />
consumidores. “Nós queremos que<br />
o negócio cresça mais e que a gente<br />
consiga ter sempre mais clientes.<br />
Já temos uma clientela fiel e isso é<br />
muito legal”, afirma a chef.<br />
gastronomia 75
GASTRONOMIA<br />
Crosta de Gorgonzola, com molho de shitaque e mini<br />
batatas ao murro. O Camarão Oriental, acompanhado<br />
de couve crocante, farinha panko e um molho adocicado,<br />
acrescenta Camila, é outro campeão de elogios no menu.<br />
O crustáceo vai, ainda, em outra receita especial da chef,<br />
com molho de moquequinha, feito à base de leite de coco,<br />
verduras e dendê, com farofa de banana e couve. No menu<br />
de saladas, a mais comentada, segundo ela, é a Salada Verde<br />
com Salmão Cru, Gergelim e Amêndoas. Para finalizar a<br />
refeição, a lista de sobremesas contempla preparos como<br />
cheesecakes, Pavê de Brownie e Strudel de Pêra.<br />
Dentre as receitas que têm a assinatura de Camila,<br />
o Rondele com Massa Fresca é uma das que ela destaca.<br />
“A gente faz a massa fresca, recheada com queijos, molho<br />
de vinho branco e um patê de trufas negras. As trufas vêm<br />
de fora”, pontua. Na cozinha de Camila há espaço, ainda,<br />
para pedidos personalizados dos clientes, a exemplo de<br />
um aniversário com inspiração regional que ela serviu<br />
recentemente. “Fizemos galinha caipira e à cabidela, paçoca<br />
e feijão verde”, lembra. Parte das encomendas que o Fashion<br />
Gourmet recebe, descreve a chef, é para ocasiões como<br />
refeições em casas de praia e demais encontros em que<br />
muitas pessoas precisam ser servidas e o prato precisa<br />
estar pronto. “Um filé, uma carne do sol com gorgonzola,<br />
uma quiche, uma sobremesa e até mesmo entradinhas finas.<br />
O nosso mini hambúrguer sai muito”, explica.<br />
COZINHANDO ENTRE AMIGOS<br />
Formada em Gastronomia pela Universidade do Vale<br />
do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, Camila Câmara<br />
começou a trabalhar na área há 12 anos, cozinhando para<br />
pessoas próximas a ela. “Comecei a fazer almoços, toda<br />
sexta-feira, na casa da minha mãe, para as amigas. Depois,<br />
as amigas foram chamando outras amigas e o negócio foi<br />
crescendo”, comenta, afirmando que passou dois anos<br />
trabalhando com este modelo de serviço.<br />
Em seguida, a chef decidiu abrir a própria cozinha para<br />
fazer o serviço de catering e, depois de dois anos, em 2011,<br />
abriu o Fashion Gourmet Bristô, que ficava na Av. Santos<br />
Dumont. “Era restaurante de dia, com self-service, e à noite,<br />
o espaço era só para eventos, onde fizemos casamentos,<br />
aniversários, bodas, coquetéis, confraternizações e até<br />
eventos corporativos”, destaca. Depois de um tempo,<br />
ela decidiu encerrar o restaurante e manter apenas o serviço<br />
de eventos e catering, quando passou a ser denominado de<br />
Espaço Fashion Gourmet. ¤<br />
76 MT
gastronomia 77
78 MT<br />
CULTURA
LEGADO EM<br />
MOVIMENTO<br />
DEFININDO-SE COMO CURADORA DA OBRA DE SÉRVULO ESMERALDO,<br />
DODORA GUIMARÃES ENCABEÇA UM ROBUSTO PROJETO PARA<br />
MANTER VIBRANTE A MEMÓRIA DO ESCULTOR CEARENSE<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Cultura 79
CULTURA<br />
A<br />
relação entre mestre e aprendiz caracteriza parte<br />
da parceria de vida estabelecida entre a curadora<br />
Dodora Guimarães, 64, e o artista plástico<br />
Sérvulo Esmeraldo, morto em fevereiro de 2017.<br />
Juntos por quase quatro décadas, eles compartilhavam,<br />
além da vida de casal, um amor único<br />
pelo processo de criação artística. “Quando nos conhecemos,<br />
eu tinha 25 anos e o Sérvulo, 50. Ele trazia uma bagagem<br />
artística enorme e eu tinha uma curiosidade do tamanho<br />
do mundo, sobre tudo. Foi toda uma vida de compartilhamento<br />
de trabalho”, lembra ela, colocando-se como uma<br />
pupila do artista ao dizer que foi preparada por ele. Mais<br />
do que o entendimento necessário para lidar com a obra<br />
do cratense que está entre os pioneiros da arte cinética,<br />
Dodora incorporou, ao longo desses anos, uma espécie de<br />
missão: garantir que o legado de Sérvulo siga tão dinâmico<br />
e lembrado como se ele ainda estivesse aqui, em plena atividade<br />
criativa. “Hoje, o meu trabalho é, além de preservar<br />
as obras que ele deixou, atuar na conservação desse acervo,<br />
tornar conhecida a parte dos projetos que ele nunca realizou.<br />
Conservar essa memória”, estabelece.<br />
Parte desse trabalho iniciou em 2013, com a criação do<br />
Instituto Sérvulo Esmeraldo, quando o artista era vivo.<br />
“Ele sofria muito com o estado de abandono de algumas<br />
obras públicas e nós criamos o Instituto para estar sempre<br />
atentos a essas peças, checar se as pessoas estavam fazendo<br />
a manutenção. O Instituto foi criado exatamente para<br />
conservar e divulgar a obra de Sérvulo Esmeraldo e da<br />
arte contemporânea”, detalha Dodora. Um dos feitos mais<br />
expressivos da entidade foi a restauração, este ano, de quatro<br />
obras de arte e a devolução delas aos seus locais de origem,<br />
em pontos estratégicos da Cidade. Com apoio da Prefeitura<br />
de Fortaleza, a escultura Pulsação (1980) foi instalada sob<br />
o viaduto Reitor Antônio Martins Filho, no Cocó; Infinito<br />
(1983), recolocada na Praça Murilo Borges, no Centro; Ballet<br />
Gráfico (2002) voltou a compor o cenário da Praça da Sé;<br />
e La Femme Bateau (1994) foi colocada sobre a Ponte dos<br />
Ingleses. Essa última teve uma repercussão ainda maior ao<br />
ser arrastada pela ressaca do mar, em março, e encontrada<br />
três dias depois. “Foi uma movimentação muito grande<br />
nas redes sociais. Depois, gente que eu nem conhecia,<br />
me perguntava pela La Femme Bateau”, recorda ela.<br />
80 MT
As próximas iniciativas de restauro, segundo Dodora,<br />
estão atualmente em fase de orçamento e captação de<br />
recursos e são para uma obra doada por Sérvulo no Crato,<br />
cidade natal dele, e uma escultura-fonte criada em homenagem<br />
aos 75 anos do Departamento Nacional de Obras<br />
Contra a Seca (Dnocs), mas que acabou desaparecendo. “Ela<br />
tinha 60 bicos pulverizadores em nove pórticos, fazia uma<br />
chuva e, em certas condições de luz, se formavam vários<br />
arco-íris. Antes de ela desaparecer, a fonte foi desativada<br />
porque as pessoas reclamavam que molhava, por isso nós<br />
estamos negociando instalar no Parque do Cocó, lá não vai<br />
ter esse problema”, argumenta Dodora, expondo o distanciamento<br />
ainda tão forte entre a sociedade e a produção<br />
artística contemporânea. Nesse contexto, ainda amarga,<br />
para a curadora, o atual estado da escultura Monumento<br />
ao Jangadeiro, instalada no calçadão da Av. Beira Mar após<br />
ter sido danificada em uma das obras de requalificação do<br />
trecho. “Com a reforma, a escultura desapareceu e, um ano<br />
depois, descobrimos que ela estava jogada em um canteiro<br />
de obras”, lamenta a curadora.<br />
"HOMEM DE PROJETOS"<br />
O restauro das esculturas é apenas uma parte da tarefa<br />
planejada por Dodora para imortalizar o acervo de seu<br />
companheiro. Definido por ela como um homem de “muitos,<br />
FOTO: THIAGO MATINE<br />
muitos projetos”, o escultor deixou, em caderninhos de<br />
anotações, o registro detalhado de todas as suas criações<br />
e ideias, instigando-a ainda mais na dinamização dessa<br />
memória. “A escultura Pulsação, por exemplo, foi totalmente<br />
reconstruída porque o Sérvulo deixou um caderno completo<br />
com anotações sobre a estrutura, estudos, maquetes e até os<br />
cartões de fornecedores e orçamentos”, revela a curadora,<br />
que também foi surpreendida pelos detalhes. Além das esculturas,<br />
projetos de exposições individuais e coletivas, museus<br />
e até a impressão de livros constam entre as notas do artista.<br />
“Eu estive recentemente com o Flávio Shiró (pintor<br />
japonês radicado no Brasil) e ele me lembrou de um<br />
projeto que o Sérvulo tinha de fazer um livrinho com ele.<br />
Isso despertou minha memória pra uma coisa que estava<br />
adormecida. A gente tinha criado uma editora em casa para<br />
fazer livros de artistas”, resgata Dodora. As impressões eram<br />
feitas no próprio ateliê de Sérvulo, em papel artesanal e por<br />
meio de uma prensa de gravuras trazida do Rio de Janeiro,<br />
nomeada por ele de “Prensa Osvaldo Goeldi”. “Chegamos a<br />
fazer livros do Leonilson e do Aldemir Martins”, acrescenta.<br />
A criação do museu de esculturas a céu aberto é outra<br />
concepção de Sérvulo que Dodora tem se empenhado em<br />
fazer sair do papel. “Ele dizia que Fortaleza era a Grécia<br />
sem esculturas, por isso queria fazer o museu, e lutou muito<br />
por isso, mas não conseguiu porque custa caro. Foi então<br />
FEMME BATEAU<br />
A escultura cinética<br />
La Femme Bateau<br />
foi reinstalada na<br />
Ponte dos Ingleses,<br />
mas levada durante<br />
a ressaca do mar, no<br />
início deste ano<br />
Cultura 81
CULTURA<br />
que surgiu o conceito das esculturas efêmeras, que geraram<br />
duas exposições”, pondera. As duas edições da Exposição<br />
Internacional de Esculturas Efêmeras aconteceram em 1986<br />
e 1991, no Parque Adahil Barreto, sendo que a primeira delas<br />
reuniu criações de 81 artistas, oriundos de 17 países. Para<br />
ter sua obra exposta, o artista deveria enviar um projeto<br />
de escultura passível de ser executado por terceiros e com<br />
materiais de baixos custo — uma forma de provar que é<br />
possível tornar a arte acessível e itinerante. “Nós temos a<br />
ideia e as condições técnicas de tornar possível esse museu,<br />
e o Instituto pode ser um agente catalisador da ideia,<br />
mas tem que ter vontade política dos gestores”, expõe ela.<br />
ELOS EM CADEIA<br />
O papel de Dodora como curadora desse acervo quase<br />
mítico de Sérvulo Esmeraldo ultrapassa as criações dele e<br />
se estende para a valorização da produção artística contemporânea<br />
como um todo. “A arte depende de um sistema,<br />
e eu sou apenas um elo dessa cadeia. Eu sinto muita falta<br />
desses outros elos, deveríamos ter muitos museus aqui em<br />
Fortaleza, mas falta a organização desse sistema e vontade<br />
política dos governantes e da sociedade”, estabelece.<br />
"Uma cidade do tamanho de Fortaleza, e com intensa<br />
movimentação financeira e cultural, tem uma expressão<br />
artística muito aquém do potencial", analisa Dodora.<br />
“De 1961 a 1998, Fortaleza só tinha um museu de arte, que era<br />
o da UFC (Universidade Federal do Ceará). E hoje, quantas<br />
galerias nós temos? Quantos artistas nós temos, vivendo só<br />
de sua arte? Quantos críticos de arte temos em Fortaleza?<br />
Quantos historiadores de arte?”, questiona ela — que insiste<br />
em não reconhecer-se como uma grande curadora da arte<br />
contemporânea cearense como um todo, mas parece não<br />
perder a energia para manter girando as engrenagens da<br />
arte, ainda que em pequenas escalas. ¤<br />
82 MT
Cultura 83
DEPOIMENTOS<br />
““Fiquei muito feliz de participar da 8ª edição da Revista<br />
Galeria, pois pude compartilhar nossas ideias e ações em<br />
prol do desenvolvimento social da Cidade. Em meio a tantos<br />
absurdos atos de violência que testemunhamos diariamente<br />
em Fortaleza, vejo que a Revista Galeria encontrou uma<br />
forma de não ficar alheia aos temas mais atuais, mas não<br />
caiu na armadilha de se ater às catástrofes. Pelo contrário,<br />
assumiu uma postura propositiva, de esperança, buscando<br />
assim inspirar mais e mais pessoas a buscarem soluções<br />
para nossos problemas coletivos. Um sopro de luz em meio<br />
a tanta dureza. A Márcia é uma profissional inspiradora.<br />
Curiosa, perseverante, energética, sempre disposta a inovar<br />
e quebrar barreiras. Ela abraça desafios e se abre para<br />
descobrir o que há de novo, sem medo de encarar mudanças”.<br />
Beatriz Fiuza<br />
Barros<br />
Capa da Revista Galeria #8<br />
Diretora executiva do Instituto<br />
Beatriz e Lauro Fiuza<br />
84 MT
depoimentos 85
DEPOIMENTOS<br />
Zelma Madeira<br />
Capa da Revista Galeria #9<br />
Professora universitária e<br />
coordenadora Especial de<br />
Políticas Públicas para a<br />
Promoção da Igualdade Racial<br />
“Estar na Revista Galeria foi uma experiência gratificante,<br />
de reconhecimento do potencial que têm negros e negras<br />
no Ceará e também de afirmação do meu trabalho na busca<br />
de cidadania, justiça e igualdade racial. O que me encantou<br />
foi a qualidade da entrevista, o respeito pelas minhas falas<br />
e minhas concepções. A revista fez o que muitos não fazem,<br />
de levar para uma categoria de capa uma reportagem<br />
sobre algo que, nesse País, é tão negado, que é a questão<br />
do preconceito racial. Eu fiquei muito orgulhosa com essa<br />
aposta. A Márcia Travessoni tem uma verdade nos afetos, é<br />
respeitosa e tem uma energia muito verdadeira do propósito<br />
e do interesse dela com a Revista aqui no Estado. Quando ela<br />
coloca a reportagem na capa, ela tem um comprometimento,<br />
“ela ousa, faz diferente e afirma algo que é negado”.<br />
86 MT
depoimentos 87
ARTE<br />
TODAS AS<br />
POSSIBILIDADES<br />
DA MÚSICA<br />
COM MAIS DE 1.500 COMPOSIÇÕES GRAVADAS E 30 ANOS<br />
DE CARREIRA, O PERNAMBUCANO NANDO CORDEL SEGUE<br />
EXPLORANDO A CRIATIVIDADE SONORA EM DIVERSAS VERTENTES<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
88 MT
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
Iluminar a alma, fazer o bem às pessoas, deixar uma<br />
comunidade ou um país, até mesmo o planeta, mais<br />
felizes — é assim, de maneira quase transcedental,<br />
que o cantor e compositor pernambucano Nando<br />
Cordel, 64, define a música, nesse caso, uma força<br />
que orienta não só o trabalho, mas a vida dele,<br />
há pelo menos três décadas. Com mais de 1.500 canções<br />
popularizadas nas vozes de diversos artistas nacionais<br />
e experiências sonoras que contemplam da MPB ao<br />
universo infantil, passando pelos mantras e reggae,<br />
Nando demonstra estar ainda em plena atividade<br />
musical, num ciclo em que ele se nutre da música e<br />
também atua como energia motora dela. “Tenho muita<br />
coisa pra fazer ainda, mas a música é meu projeto<br />
permanente”, estabelece.<br />
A ligação com essa expressão artística foi algo que<br />
Nando percebeu e cultivou desde muito cedo, quando<br />
ele uniu a influência do pai, um repentista que o aproximou<br />
do forró, toada e bumba-meu-boi, à inspiração<br />
em nomes como Chico Buarque, Tom Jobim e outros<br />
expoentes da MPB, que eram muito presentes em seu<br />
dia a dia. A decisão não poderia ser outra, senão viver<br />
da música e concretizar a “vontade de fazer as pessoas<br />
pensarem e mergulharem no mundo lindo da música”.<br />
“Mas quando eu saí daqui (de Pernambuco) pro Sul,<br />
a minha música era considerada boa, como é até hoje,<br />
mas não vendia. Demorei muito para conseguir uma<br />
gravadora e, quando eu consegui, meus dois primeiros<br />
CDs não venderam nada, fui expulso”, conta o compositor.<br />
Nando já estava na terceira tentativa de gravadora<br />
quando seguiu o conselho de um amigo que o orientou<br />
a “popularizar a música”, o que significava apresentar<br />
algo com acordes mais simples e uma letra mais direta.<br />
“Me deram um tempo pra fazer as músicas, eu fiz<br />
12 e mostrei pra eles, disseram que ia arrebentar.<br />
O primeiro sucesso foi ‘Você endoideceu meu coração’,<br />
e na sequência veio outra, do mesmo disco, ‘É de dar<br />
água na boca’, que gravei com Amelinha”, lembra.<br />
A partir daí, a sequência foi de músicas que viraram<br />
hits e formam coro até hoje, a exemplo de “Minha<br />
Doce Estrela”; “Isso Aqui Tá Bom Demais”, gravada<br />
em parceria com Dominguinhos; “Gostoso Demais”,<br />
interpretada por Maria Bethânia; e “De Volta Pro<br />
Aconchego”, que fez um estrondoso sucesso na voz de<br />
Elba Ramalho como tema da novela Roque Santeiro,<br />
da TV Globo. “Depois, Xuxa me ligou. Ela estava no<br />
auge e queria que eu fosse trabalhar um tempo com<br />
ela, e foi aí que eu fiz ‘Hoje É Dia de Folia’, que foi<br />
primeiro lugar em vários países”, acrescenta ele, reconhecendo<br />
que não consegue elencar quais foram os<br />
momentos mais importantes da carreira, porque eles<br />
ainda estão em curso.<br />
DISPOSTO PARA TUDO<br />
Tão visível quanto a íntima relação de Nando<br />
Cordel com a música e todas as possibilidades que<br />
arte 89
ARTE<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
ela cria é a humildade do compositor em reconhecer<br />
quando precisa mudar e a versatilidade em se adequar<br />
às diferentes fases que a vida impõe. Foi assim em 1985,<br />
quando ele abriu mão do conceito que havia definido para<br />
a própria música e enveredou por um estilo mais comercial;<br />
e também algum tempo depois, quando teve de aprender<br />
a cantar, afinal, segundo ele próprio argumenta, “não se<br />
paga as contas sendo só compositor no Brasil, mesmo com<br />
um volume grande de músicas”. “Eu não sei cantar nada.<br />
Já canto ruim hoje, e na época eu cantava pior ainda,<br />
mas aprendi a afinar um pouco, colocar a voz, e me lancei<br />
como cantor. Decidi arranjar um padrão pra mim, dentro<br />
do meu processo, mas o que eu sempre quis mesmo foi ser<br />
compositor”, assume.<br />
Após consolidar a carreira, como cantor e compositor,<br />
Nando pôde, enfim, se dedicar mais à sua fruição musical.<br />
“Comecei a fazer uma produtora pra poder jorrar toda<br />
essa gama de coisas”, diz ele, recordando que chegou a ser<br />
questionado por Luiz Gonzaga pelo fato de investir em<br />
estilos musicais diferentes do forró e variáveis nordestinas.<br />
90 MT
TOQUE<br />
MT<br />
A família<br />
cearense de Nando<br />
A ligação de Nando Cordel<br />
com o Ceará vai além das<br />
relações musicais: amigo<br />
de longa data de Márcia e<br />
Fernando Travessoni, ele vê<br />
no casal uma segunda família.<br />
“Conheci o Fernando pelas<br />
televisões e ele me convidou<br />
pra fazer o single da TV Diário.<br />
A amizade foi crescendo e<br />
virou família, a gente briga,<br />
discute, mas se ama e não se<br />
larga”, atesta o compositor.<br />
“Dominguinhos foi meu parceiro durante 30 anos e me<br />
defendeu, dizendo que eu não era só forrozeiro. Ele e<br />
Luiz Gonzaga foram meus grandes parceiros, mas eu não<br />
queria ficar rotulado, do jeito que eles ficaram”, defende.<br />
Um projeto com músicas voltadas para a cultura da<br />
paz é um dos marcos dessa versatilidade do compositor,<br />
com destaque para a canção “Paz pela Paz”. “Depois eu<br />
fiz mais de 15 CDs de músicas para meditação, música<br />
relaxante, e um projeto de mantras com cheiro nordestino,<br />
que tomou o mundo inteiro, em diferentes camadas<br />
de público”, enumera. Um disco com composições de<br />
chorinho e um álbum voltado para o público infantil,<br />
intitulado “A Terra é Nossa Casa”, lançado em junho<br />
deste ano, integram a extensa discografia do pernambucano<br />
— que continua em expansão. “Eu tô fazendo um<br />
projeto chamado ‘Turminha do Cordel’, em que vamos<br />
abordar vários temas sociais de forma bem simples e<br />
musicada, pra abrir os olhos das pessoas para temas como<br />
gentileza e respeito à natureza; tô intensificando um<br />
projeto na área de mantras, para convidar as pessoas<br />
a mergulharem em si; e queremos também atuar com<br />
palestras”, adianta.<br />
SUCESSO COMPARTILHADO<br />
Outra característica evidente de Nando Cordel é a<br />
ativa participação social, aspecto que cresceu junto de<br />
uma espécie de tomada de consciência do papel dele no<br />
mundo. “Eu comecei a viajar, conhecer pessoas e quis<br />
entender o que eu tô fazendo aqui nesse planeta. Será<br />
que é só isso, viajar, ter fama e grana? Parei um pouco<br />
e me dediquei às emoções, foi quando nos reunimos na<br />
família e resolvemos fazer esse trabalho”, detalha ele, referindo-se<br />
ao projeto Lar do Amanhã, fundado em 1996,<br />
que contempla uma creche e um lar permanente de idosos<br />
em Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana<br />
de Recife. “Isso é o que me completa”, estabelece. ¤<br />
arte 91
DESIGN & DECOR<br />
Tesouro<br />
arquitetônico<br />
PROJETO ICÔNICO DE ACÁCIO GIL BORSOI E ROBERTO<br />
BURLE MARX EM FORTALEZA, O IMÓVEL QUE SEDIOU<br />
A CASA COR CEARÁ 2018 GUARDA MEMÓRIAS<br />
FAMILIARES E DA ARQUITETURA DA CAPITAL<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
Não é segredo que a memória arquitetônica de<br />
Fortaleza, e mesmo do País, tem poucas evidências<br />
ainda erguidas e enfrenta diariamente os<br />
obstáculos da preservação. Mas também não<br />
deve ser segredo que, ainda nesse cenário<br />
pouco generoso com a História, Fortaleza<br />
abriga um importante símbolo da arquitetura moderna,<br />
reunindo memórias de família e aspectos de um estilo de<br />
vida inspirado na inovação. O imóvel em questão é uma<br />
imponente casa de 10 mil metros quadrados, ocupando<br />
uma quadra inteira na Aldeota, e que é propriedade do<br />
Grupo J. Macêdo. Construída em 1969, a edificação sediou,<br />
este ano, a edição comemorativa de 20 anos da Casa Cor<br />
Ceará e guarda dois títulos importantes: o de ser o único<br />
92 MT
projeto ainda de pé, no Ceará, dentre os desenvolvidos<br />
pelo arquiteto Acácio Gil Borsoi, um dos responsáveis<br />
por difundir o pensamento moderno na arquitetura da<br />
região Nordeste; e o de ser o primeiro trabalho do célebre<br />
paisagista Roberto Burle Marx na capital cearense. “O Borsoi<br />
chegou a dizer que essa foi a melhor casa que ele fez na vida<br />
dele, por conta do espírito empreendedor do proprietário,<br />
Benedito Macêdo, e também porque foi o primeiro projeto<br />
que ele conseguiu fazer em conjunto com o Burle Marx<br />
aqui, e essa era uma parceria que o Burle Marx só teve,<br />
além dele, com outros dois arquitetos”, pontua a arquiteta,<br />
pesquisadora e coordenadora dos cursos de pós-graduação<br />
em Arquitetura da Universidade de Fortaleza (Unifor),<br />
Fernanda Rocha, que incluiu o imóvel entre as construções<br />
analisadas em seu mestrado. Entre os pontos marcantes<br />
do lugar, destaca a arquiteta, está a metáfora da jangada:<br />
um dos blocos de concreto da residência tem traços curvos,<br />
semelhantes aos do casco de um jangada, que navega sobre<br />
verdes mares, nesse caso, as ondulações do terreno, cobertas<br />
pela grama verde do jardim. “O Borsoi e o Burle Marx trabalharam<br />
muito integrados e toda a topografia do terreno<br />
foi pensada para o assentamento da casa”, acrescenta ela.<br />
O contraste entre as formas geométricas percebidas na<br />
casa e as linhas sinuosas presentes nas áreas mais distantes,<br />
diz Fernanda, demonstram outro padrão de Borsoi.<br />
“Próximo da casa ele usa um padrão mais geométrico,<br />
o piso retilíneo e, à medida que se distancia, vai ficando<br />
um padrão mais orgânico, criando esse contraponto”,<br />
DESIGN & DECOR 93
DESIGN E DECOR<br />
descreve. A arquiteta chama atenção, ainda, para detalhes<br />
como o uso de bancos ondulados no jardim, recurso que<br />
Burle Marx havia pensado antes para o Parque da Jaqueira,<br />
em Recife; o desenho de uma espécie de tabuleiro de xadrez,<br />
com azulejos pretos e brancos, reproduzindo um modelo<br />
que o paisagista costumava empregar apenas em lugares<br />
públicos; e o espaço antes destinado a uma escultura feita<br />
por Bruno Giorgi. “Era uma escultura que foi premiada na<br />
segunda Bienal de Artes de São Paulo, conhecida como a<br />
Bienal do Guernica”, complementa.<br />
Nos 7 mil metros quadrados de jardim desenhados por<br />
Burle Marx, em parceria com Borsoi, a arquiteta destaca<br />
o fato de, quase 50 anos depois da construção, a estrutura<br />
formada por palmeiras e arbustos permanecer como no<br />
projeto original. “A gente percebe também que ele vai<br />
usando cajueiros, carnaúbas, que são plantas nativas,<br />
mas tem também plantas exóticas, como o abricó de macaco,<br />
que foi implantado depois na Praça da Imprensa”, ilustra.<br />
O projeto contava, ainda, com um ripado, espaço destinado<br />
à produção de mudas para abastecer o jardim, mas que foi<br />
substituído por um pequeno prédio, em 1974, quando a<br />
construção passou a ser sede da holding do Grupo J. Macêdo.<br />
RESIDÊNCIA SENHORIAL<br />
A parte interna da casa abriga ideias ousadas para a<br />
época, como um generoso auditório, pensado para apresentações<br />
musicais dos filhos do dono da casa, e uma adega com<br />
traços medievais, que contava com câmara frigorífica e onde<br />
eram realizadas festas. As obras de arte eram praticamente<br />
incrustadas nas paredes da residência, a exemplo dos painéis<br />
de Francisco Brennand e dos vitrais de Marianne Peretti —<br />
também responsável por desenvolver os vitrais da catedral<br />
de Brasília. “Você imagine que, em 1968, essa casa era toda<br />
climatizada, e foi criado um lago, no jardim, para resfriar<br />
o sistema de ar condicionado”, destaca Fernanda. Outro<br />
espaço bastante admirado pela arquiteta era o jardim feito<br />
94 MT
Lar tecnológico<br />
Filha de Benedito Macêdo, o empresário visionário<br />
que encomendou o ousado projeto do imóvel,<br />
a arquiteta Maria Isa Craveiro de Macêdo, 62, lembra<br />
especialmente dos aspectos tecnológicos presentes na<br />
casa onde ela morou por cinco anos. “Um ponto que<br />
eu achava interessantíssimo era que o portão, naquela<br />
época, já funcionava com controle remoto”, diz ela,<br />
lembrando do quanto aquilo representava, em termos<br />
de inovação, na década de 1970. O sistema de interfone<br />
que conectava todos os cômodos da casa e um dimmer<br />
para controlar a intensidade da iluminação inclusive nos<br />
lustres do imóvel são outros detalhes que Isa lembra<br />
com clareza. “Meu pai era um visionário. Mais do que<br />
edificar, ele buscou harmonia, tecnologia e o belo<br />
naquele momento da Arquitetura brasileira”, define.<br />
Pequenas surpresas<br />
Os compromissos profissionais ligados ao Grupo<br />
J. Macêdo não impediam que as visitas de Patrícia<br />
Macêdo ao imóvel fossem permeadas de momentos<br />
quase mágicos. Atualmente ocupando o cargo de<br />
secretária municipal de Relações Internacionais e Federativas,<br />
Patrícia foi, entre 1988 e 1993, responsável pelas<br />
atividades institucionais do Grupo e de um dos diretores,<br />
Amarílio Macêdo — com quel ela é casada —, razão pela<br />
qual ela ia sempre ao local. “De qualquer lugar, a visão<br />
do imóvel me tocava pela beleza: as curvas harmoniosas<br />
do jardim, as linhas do prédio… O interior me chamava<br />
muita atenção pela várias possibilidades criadas pelo<br />
gênio do Borsoi de aproveitamento e captação da luz e<br />
da brisa da nossa terra”, descreve. O reflexo colorido dos<br />
vitrais, a varidade de espécies que compunham o jardim<br />
a deixavam encantada e a circulação natural de ar eram<br />
aspectos que deixavam Patrícia encantada.<br />
dentro da casa, na área que separava os quartos dos demais<br />
cômodos. “Foi criado esse pátio para iluminar a área até<br />
chegar no estar íntimo, e era uma composição de cuias,<br />
seixos rolados e jatos d’água num desenho bem geométrico”,<br />
descreve ela, concluindo que o imóvel representa “a arquitetura<br />
moderna, e uma das melhores”. “Ao mesmo tempo em<br />
que é uma casa senhorial em termos de dimensão, execução<br />
e tratamento dos espaços, ela guarda uma relação com nossa<br />
cultura e ancestralidade”, estabelece Fernanda.<br />
Quem compartilha dessa mesma paixão ao se referir<br />
à construção é a diretora da Casa Cor Ceará, Neuma<br />
Figueirêdo. “São poucos os imóveis que temos desse<br />
porte, em Fortaleza, com essa arquitetura, localização”,<br />
diz ela. O complexo arquitetônico já sediou, na verdade,<br />
uma edição da mostra de decoração, em 2009, quando o<br />
Grupo J. Macêdo celebrou 70 anos de fundação. “Pra gente<br />
foi uma honra porque fizemos parte dessa festa. Na época foi<br />
uma Casa Cor linda e tivemos aumento de 50% do público.<br />
Neste ano, quando os profissionais souberam que seria aqui<br />
de novo, todo mundo quis participar, quase não demos<br />
conta. O imóvel dos 20 anos tinha que ser mesmo muito<br />
especial”, confessa. ¤<br />
Design e Decor 95
DESIGN E DECOR<br />
Versatilidade e elegância<br />
marcam espaço<br />
inspirado na publisher<br />
A diretora da Revista Galeria,<br />
Márcia Travessoni, teve participação<br />
especial na Casa Cor Ceará 2018,<br />
inspirando o espaço assinado pela<br />
arquiteta Fabiane Tavares. O ambiente<br />
de 110 m², onde antes funcionava um<br />
dos escritórios do Grupo J. Macêdo,<br />
transformou-se no Studio da Publisher,<br />
idealizado para ser multifuncional e<br />
cheio de referências contemporâneas,<br />
tal qual a personalidade de Márcia.<br />
Esse conceito, explica a arquiteta,<br />
se materializou em características<br />
como o uso de pedras naturais<br />
mescladas com laca nos móveis e no<br />
contraste entre painéis amadeirados<br />
e vasos de plantas com o branco de<br />
persianas laqueadas. “Nosso ambiente<br />
é marcado por detalhes. Destaco o<br />
forro de gesso geométrico com iluminação<br />
indireta, que marca o lounge de<br />
entrevistas; o painel de memórias com<br />
FOTOS ALEX CAMPELO<br />
fotografias da Márcia em momentos<br />
marcantes de sua carreira, com frisos<br />
e letreiro em neon; e os painéis em<br />
pedra Azuli, com efeito livro aberto,<br />
uma paginação que valoriza os<br />
veios dessa pedra natural de origem<br />
vulcânica com esse ar exótico e super<br />
elegante”, lista Fabiane. O espaço<br />
foi usado, ao longo da mostra, para<br />
a realização de entrevistas e ações<br />
com parceiros de Márcia Travessoni.<br />
Na Casa Cor Ceará do ano passado,<br />
Fabiane projetou a cozinha, trabalho<br />
de grande repercussão e que deixou<br />
evidente a versatilidade da arquiteta.<br />
“Versatilidade está no meu DNA. Adoro<br />
o desafio de colocá-la em prática<br />
em ambientes com necessidades<br />
completamente diferentes. O ponto<br />
em comum entre eles é a elegância<br />
e a vontade de trazer algo sempre<br />
inovador para marcar o espaço”, define.<br />
96 MT
AQUI A CULTURA ESTÁ<br />
SEMPRE EM PAUTA<br />
O Shopping Benfica, que completa 19 anos, parabeniza a<br />
10ª Edição de Galeria por Márcia Travessoni!<br />
Design e Decor 97
TOQUE MT<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
Sensibilidade<br />
para iluminar<br />
FOTOS CAMILA LIMA/ DIVULGAÇÃO<br />
Há 15 anos no mercado de estrutura e iluminação no Ceará,<br />
a Smart Luz tem, como uma das grandes apostas para se destacar<br />
em um segmento bastante competitivo, a personalização e a<br />
criatividade em propor inovações. “Tem que sentir o perfil<br />
do evento. Junto do decorador, produtor e cerimonialista,<br />
vou sentir a necessidade do cliente. Muitas vezes eu fabrico<br />
o material para um evento. Hoje vai muito mais da criatividade e da<br />
inovação do que adquirir equipamentos”, afirma o sócio-diretor da<br />
empresa, Leonardo Pinto.<br />
Além dos equipamentos de alta qualidade, acrescenta o diretor,<br />
o envolvimento no evento e a sensibilidade para usar a iluminação de<br />
maneira estratégica são o diferencial da Smart Luz. “Nós mexemos com<br />
a emoção das pessoas. Para um casamento, por exemplo, vai muito mais<br />
do olhar do iluminador, do profissional, do que locar os equipamentos.<br />
Tanto que eu digo para a minha equipe que, a cada dia que passa, eles<br />
vão ter que deixar de ser montadores de luz para serem light designers,<br />
que já têm uma sensibilidade para perceber a luz ideal, o foco ideal, criar<br />
temperatura de cores”, comenta.<br />
Até mesmo a adequação das luzes do ambiente para os fotógrafos<br />
é pensada pela equipe coordenada por Leonardo. “A primeira atitude<br />
da minha equipe é procurar o fotógrafo para fazer testes e saber se está<br />
tudo adequado. Quem contrata o nosso serviço quer que a filmagem e<br />
98 MT
FOTO CAMILA LIMA<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
a fotografia consigam captar tudo. Antes a gente usava<br />
refletores, canhão seguidor e chuva de papel picado, hoje,<br />
trabalhamos com 50 itens, então tenho que chegar para o<br />
fotógrafo e conseguir fazer com que ele capte todos esses<br />
elementos e efeitos”, argumenta ele, acrescentando que essa<br />
preocupação se estende para a qualidade das imagens que<br />
os convidados costumam registrar em seus smartphones.<br />
Com exceção de shows em locais abertos ao público,<br />
a Smart Luz atende eventos projetados para receberem até<br />
50 mil pessoas, desde casamentos até festas corporativas.<br />
Palco, pista para dança, tablados, tendas e cenografia em<br />
geral integram o acervo da empresa. ¤<br />
toque mt 99
100 MT
toque mt 101
ESPELHO<br />
Essência<br />
cearense<br />
Natural de São Paulo, a<br />
estilista Mila Menezes<br />
herdou a vaidade da<br />
família nordestina e<br />
reproduz esse estilo<br />
em seu próprio ateliê<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MICHELL SANTANA<br />
102 MT
TOQUE<br />
MT<br />
Se o Ceará inspirou Mila<br />
Menezes a ser cuidadosa com ela<br />
mesma, em troca, ela deixa a própria<br />
assinatura em produções que<br />
desfilam em eventos da sociedade<br />
cearense. O vestido do casamento da<br />
prima Amanda Távora, realizado em<br />
outubro de 2016, na praia da Taíba,<br />
foi desenvolvido por Mila, assim como<br />
as produções de algumas convidadas.<br />
O DFB Festival também tem um significado<br />
especial para a estilista: aos 16<br />
anos, pouco depois de descobrir<br />
que queria seguir carreira na Moda,<br />
ela trabalhou no backstage do festival,<br />
relação que se estende até hoje,<br />
uma vez que a mais recente coleção<br />
do Tanden Atelier, “Colheita Grande”,<br />
foi desfilada no festival deste ano.<br />
Filha, neta e sobrinha de mulheres do Ceará —<br />
mas nascida e criada na urbe paulista —, a estilista<br />
Mila Menezes, 30, se considera uma cearense<br />
por tabela, principalmente no que diz respeito à<br />
vaidade. “As mulheres cearenses são bem vaidosas,<br />
frequentam o salão de beleza semanalmente e<br />
não costumam sair de casa desarrumadas. Essa é uma das<br />
características que está na minha personalidade e criação”,<br />
define. Além desse cuidado com a própria imagem,<br />
o conforto é outro aspecto que define o modo como Mila<br />
escolhe as peças de seu closet e, também, conduz a rotina.<br />
À frente do Tanden Atelier, marca que ela criou em<br />
parceria com um sócio, mas que conduz de maneira solo<br />
há pouco mais de um ano e meio, a estilista revela que as<br />
peças criadas para as coleções acabam sendo um espelho do<br />
estilo dela. “Com certeza, tudo o que eu crio, me imagino<br />
usando. Penso onde, com quem, em qual situação. Algumas<br />
vezes chamo amigas, peço opiniões, converso muito com<br />
as clientes que vêm até o Atelier, para saber o que elas<br />
estão precisando no guarda-roupa e, quando começo a<br />
desenvolver, coloco 100% da Mila”, estabelece.<br />
O resultado são peças atemporais, com inspiração<br />
em modelos clássicos, e que permitem a combinação de<br />
cores. “Como não sou muito atraída por estampas ou<br />
bordados, estou sempre vendo uma maneira diferente<br />
de usar as cores ou fazer sobreposições de peças”, acrescenta<br />
a estilista. O toque final das produções vem com<br />
acessórios como brincos, itens indispensáveis para Mila,<br />
e sapatos, de preferência os mini-saltos, que são a paixão<br />
mais recente dela. ¤<br />
espelho 103
ESPELHO<br />
Novas<br />
descobertas<br />
Com a chegada<br />
do primeiro filho,<br />
Benício, a empresária<br />
Giovanna Gripp tem<br />
descoberto novos<br />
sentidos para a vida<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
104 MT
Costume que vem da<br />
mãe e que passou para<br />
Giovanna Gripp e as demais<br />
irmãs, o cantinho da viagem,<br />
na residência da empresária,<br />
é o lugar onde ela reúne todas<br />
as lembrancinhas que traz de<br />
passeios para destinos como<br />
Turquia e Portugal. O local é<br />
mais especial ainda porque a<br />
mesa de madeira, que sustenta<br />
os objetos, foi uma herança da<br />
mãe e traz boas lembranças a<br />
Giovanna. “Eu tenho uma foto<br />
de um aninho tirada embaixo<br />
dessa mesa”, recorda.<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Ao abrir a porta de casa para falar um pouco<br />
da própria rotina, a empresária Giovanna<br />
Gripp demonstrou, logo ao primeiro contato,<br />
ser uma mulher que estava se descobrindo mãe<br />
aos poucos. Há quatro meses nasceu Benício,<br />
primeiro filho dela e, desde então, Giovanna<br />
tem tido um cotidiano bem diferente. “Sempre fui muito<br />
ativa, porque fico responsável pela confecção, produção<br />
e desenvolvimento de produto da Lasso Lingerie.<br />
Mas minha vida mudou completamente com a maternidade<br />
e eu estou vivendo um momento muito feliz”, revela<br />
ela, citando o trabalho na label de moda íntima que ela<br />
divide com uma sócia.<br />
Quando o bebê completou um mês de vida, Giovanna<br />
já decidiu voltar a trabalhar. Ela passa as manhãs na<br />
loja e se divide entre as obrigações e a amamentação de<br />
Benício. “A maternidade me fez valorizar ainda mais o meu<br />
trabalho. Agora vejo mais ainda a importância de eu ter a<br />
minha independência e perceber que posso, sim, ser mãe e<br />
continuar trabalhando, porque no começo estava apreensiva<br />
em relação a isso”, pontua.<br />
Para ajudar a se adptar a essa rotina, a empresária tem<br />
apostado em peças de roupas confortáveis. “Como eu lido<br />
com a produção e ao mesmo tempo com a loja, tenho<br />
que estar arrumadinha e confortável porque vou suar na<br />
produção”, comenta, explicando ainda que o estilo clássico,<br />
com toques modernos, é o preferido dela. “Sempre coloco,<br />
por exemplo, um top ou uma camisetinha de renda para<br />
ter um toque sensual”, ilustra.<br />
Uma cor que pode definir o closet da empresária é a<br />
branca, detalhe que faz Giovanna já ser conhecida entre<br />
amigos e familiares. Quando questionada sobre o motivo<br />
pelo qual gosta tanto da cor, Giovanna explica que se sente<br />
mais bonita quando veste peças em branco. O preto e o<br />
bege vêm em seguida. “Você nunca, ou raramente, vai me<br />
encontrar com estampas, vermelho ou laranja”, garante. ¤<br />
espelho 105
ESPELHO<br />
Natural<br />
e original<br />
Após experimentar<br />
diversas fases e<br />
estilos, a designer de<br />
moda Marina Bitu<br />
encontrou a própria<br />
identidade fashion<br />
em peças repletas<br />
de significados<br />
POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
106 MT
TOQUE<br />
MT<br />
Roupas com história<br />
Produzir moda com significado é a essência<br />
do trabalho que Marina Bitu desenvolve em seu<br />
ateliê, onde são produzidas peças em pequena<br />
escala e também sob medida. “Eu acredito muito<br />
nessa relação de ter uma peça de vestuário que<br />
marque, que acompanhe a gente em algum evento<br />
importante, por isso sigo a linha das roupas que<br />
fazem história”, explica. Nesse contexto, ela desenhou<br />
o vestido Palhano, confeccionado em chiffon de seda<br />
pura com detalhes em palha no decote e no punho<br />
— e é a peça que a diretora da Galeria, Márcia<br />
Travessoni, usou para as fotos da capa. “Eu sempre<br />
gosto de dar nomes às criações com lugares ou<br />
experiencias que me marcaram, e com essa peça<br />
nao foi diferente: conheci Palhano e Itaiçaba numa<br />
viagem de pesquisa”, detalha a designer, que usou<br />
o mesmo modelo na cerimônia do próprio noivado,<br />
em agosto desse ano.<br />
Nas fases pelas quais a designer de moda Marina<br />
Bitu, 28, já passou, ligadas à construção da<br />
própria identidade, a relação com o vestir<br />
se projetava como algo essencial em todas<br />
elas. “Eu já quis ser da Marinha por conta do<br />
uniforme azul e branco, quis ser médica para<br />
andar toda de branco, queria ser advogada pra andar de<br />
blazer. Aí eu notei que tudo o que eu queria ser, era por<br />
causa da indumentária”, lembra ela, contando parte do<br />
processo que a levou a estudar Moda. Depois de experimentar<br />
diversos estilos, enquanto criadora e consumidora<br />
de moda, ela acredita ter alcançado, hoje, uma espécie<br />
de maturidade do próprio estilo, processo que culminou<br />
também na criação de seu ateliê. “Nós, da área criativa,<br />
somos muito de época, mas esse estilo e o que eu faço no<br />
ateliê é algo que eu já gostei e parece com algo com que vou<br />
me identificar por muito tempo. Hoje sinto que realmente<br />
me encontrei, em termos estéticos”, estabelece.<br />
Tecidos naturais, a exemplo de seda, linho e crepe, além<br />
de matérias-primas como couro, corda e juta, são itens<br />
presentes nas produções diárias da designer, que busca<br />
sempre o máximo de conforto naquilo que veste —<br />
e também nas criações do ateliê. “Visualmente, eu gosto<br />
de balanço, movimento, fluidez, leveza, jamais é algo colado,<br />
ou que aperta. Tem que ser fluida e natural, do jeito que<br />
a mulher é”, argumenta, revelando uma percepção mais<br />
holística sobre a própria indumentária. Essa maturidade de<br />
Marina se expressa além do vestir, abrangendo a maneira<br />
como ela percebe toda a cadeia da moda. “Até a forma que<br />
eu passei a consumir ficou diferente. Eu realmente tentei<br />
deixar de lado os tecidos sintéticos, tenho encontrado muito<br />
mais significado nas peças que eu mesma crio, por saber<br />
exatamente quem faz, numa cadeia em que cada profissional<br />
tem seu espaço e sabe da sua importância”, enfatiza. ¤<br />
espelho 107
ESPELHO<br />
Razão<br />
de ser<br />
A busca pela<br />
felicidade, mesmo<br />
diante dos obstáculos,<br />
e o amor pela família<br />
são os pilares da vida<br />
de Carol Yamazaki<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
108 MT
TOQUE<br />
MT<br />
Um<br />
das atividades da rotina de Carol<br />
Yamazaki é a participação no Grupo<br />
Panapaná, coletivo de mulheres que<br />
presta apoio a pacientes em tratamento<br />
contra o câncer. “O lenço [do Panapaná]<br />
me acompanha sempre, me faz lembrar<br />
da minha missão como borboleta, além<br />
de me trazer à memória minha querida<br />
irmã Paula, que desde 2015 não está<br />
mais aqui comigo”, revela Carol, que faz<br />
parte do grupo desde 2014. A fundadora<br />
do Panapaná é a médica Niedja Bezerra,<br />
que foi capa da quinta edição da<br />
Revista Galeria.<br />
Se a empresária Carol Yamazaki pudesse<br />
ser definida em apenas uma palavra, esta<br />
seria “praticidade”. Veloz e bastante racional,<br />
ela consegue dar conta das diversas tarefas<br />
que tem no dia, sem se perder pelo caminho.<br />
Uma de suas filosofias de vida a ajuda a<br />
ter foco. “Sou uma pessoa extremamente prática,<br />
que procura a felicidade nas adversidades da vida.<br />
Tenho como filosofia de vida ver o lado positivo em<br />
todas as situações, sempre colocando minha família<br />
em primeiro lugar”, revela.<br />
Carol leva em conta as diversas atividades na rotina<br />
para lidar com a moda. “Me considero uma pessoa que<br />
gosta de moda, porém atualmente prezo muito pelo<br />
conforto. Tenho uma filha de 2 anos e agora outra na<br />
barriga, e isso, atualmente, conta muito na hora de<br />
escolher o que vestir. Por exemplo, gosto de roupas<br />
de tecidos que não amassam muito, confortáveis e ao<br />
mesmo tempo com alguma informação. Preciso estar<br />
bem para trabalhar, sair com minha filha, marido,<br />
ir ao supermercado...”, detalha. Peças com estampas<br />
e bastante fluidez são as preferidas da empresária.<br />
Outra característica de Carol que diz muito<br />
sobre a sua personalidade é o amor pela família.<br />
Um dos objetos que demonstra isso e que ela mais<br />
tem apreço é a aliança de noivado, herdada da mãe.<br />
“Quando minha filha nasceu, minha mãe me deu esse<br />
anel e significa muito para mim. Eu adoro heranças<br />
familiares!”, comenta. Assim como o anel, o quadro<br />
que ela ganhou da amiga Joana Laprovítera tem<br />
destaque na casa e também um grande significado.<br />
“Foi pintado pelo pai dela, Totonho Laprovítera,<br />
e o fundo do quadro é o meu convite de casamento.<br />
Acho muito lindo”. ¤<br />
espelho 109
BELEZA E<br />
BEM-ESTAR<br />
Contra a queda<br />
de cabelo<br />
PROCEDIMENTOS CLÍNICOS COMO<br />
O MICROAGULHAMENTO E A MMP<br />
DESPONTAM ENTRE OS TRATAMENTOS MAIS<br />
EFICAZES CONTRA A PERDA DOS FIOS<br />
POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />
A<br />
queda intensa de cabelo é sinal clínico de que<br />
algo está alterado no corpo, diagnostica a<br />
dermatologista Marília Crisóstimo, uma das<br />
especialistas do Instituto de Medicina do<br />
Cabelo. Moldura do rosto, o cabelo tem muita<br />
importância principalmente porque serve<br />
de proteção física e mecânica para o couro cabeludo.<br />
“As pessoas precisam entender que é normal cair cabelo e<br />
que a quantidade normal de queda depende de cada pessoa.<br />
Mas, se a gente quiser numerar, são entre 90 e 150 fios por<br />
dia. Quando a quantidade de cabelo está caindo mais,<br />
então é um sinal de alerta para que a pessoa procure fazer<br />
um diagnóstico”, afirma Marília, que possui pós-graduação<br />
em Tricologia e fellowship em Dermatologia Capilar em<br />
Miami (EUA) e em Paris (FR).<br />
110 MT
Existem inúmeras causas para a queda de cabelo, como<br />
alterações hormonais, dietas muito restritivas e anemia.<br />
A mais comum, no entanto, é a calvície (alopecia androgenética).<br />
“É mais comum nos homens, 70% deles vão ter<br />
algum grau de calvície ao longo da vida e 50% deles vão<br />
perder metade do cabelo aos 50 anos”, explica Marília,<br />
afirmando ainda que cerca de 25% dos casos de queda de<br />
cabelo anormal no público feminino é de calvície.<br />
A boa notícia é que existe uma variedade de tratamentos<br />
e procedimentos que ajudam a lidar com esses<br />
problemas. De acordo com a Dra. Marília, dois tratamentos<br />
clínicos recentes têm oferecido respostas cada vez mais<br />
eficazes contra a calvície porque retardam a queda e<br />
contribuem no fortalecimento dos fios: o microagulhamento<br />
e a MMP (Microinfusao de Medicamentos na Pele).<br />
“O protocolo vai ser indicado pelo médico e depende de<br />
cada caso. A gente verifica a situação da pessoa fazendo<br />
uma análise do couro cabeludo e também por meio de<br />
exames que solicitamos”, explica a dermatologista.<br />
MICROAGULHAMENTO<br />
Procedimento médico já aplicado no rosto e no corpo,<br />
o microagulhamento foi estendido para o couro cabeludo.<br />
“Em regra geral, os médicos usam um rolinho, que tem<br />
várias agulhinhas”, ilustra. O procedimento consiste numa<br />
rolagem no couro cabeludo, onde as agulhas vão fazendo<br />
furinhos. “O princípio básico é justamente fazer essa<br />
agressão na pele, para sangrar mesmo. Por sangrar, ele vai<br />
recrutar plaquetas e, junto com as plaquetas, vão vir os<br />
AS DERMATOLOGISTAS<br />
Marília Crisóstomo e<br />
Larissa Soares trabalham<br />
sob a orientação do<br />
cirurgião plástico<br />
Márcio Crisóstomo,<br />
diretor do Instituto de<br />
Medicina do Cabelo.<br />
fatores de crescimento que estimulam a microcirculação.<br />
Com isso, há uma recuperação da pele e, nessa recuperação,<br />
o cabelo vai se regenerar, gerar novos fios e produzir colágeno<br />
também”, detalha.<br />
Além disso, afirma Marília, a criação dos furinhos por<br />
meio das agulhas permite colocar a medicação de forma<br />
mais aprofundada na pele, fazendo com que chegue o<br />
mais próximo do folículo capilar, proporcionando uma<br />
ação mais intensa e prolongada. “Este procedimento é<br />
conhecido como ‘drug delivery’. A gente coloca as vitaminas,<br />
medicamentos, a depender de cada caso e até os fatores<br />
de crescimento”, diz.<br />
MMP<br />
Técnica patenteada por um dermatologista brasileiro,<br />
a Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP) também<br />
utiliza microagulhas, mas se diferencia do microagulhamento<br />
porque as próprias agulhas, no procedimento,<br />
levam o ativo ou medicamento direto para o folículo,<br />
como explica a dermatologista Larissa Soares, também<br />
do Instituto de Medicina do Cabelo.<br />
“Através de movimentos de vai e vem, as pequenas<br />
agulhinhas vão perfurando a derme e já fazem a infusão<br />
da medicação. Na hora que a agulha entra, já vai levando<br />
a medicação para o folículo. Dessa maneira, você consegue<br />
tratar toda a área”, explica Larissa, destacando que todos<br />
os medicamentos são “estéreis e com a manipulação regulamentada<br />
pela Anvisa”. As substâncias injetadas podem ser<br />
desde de vasodilatadores e vitaminas até fatores de crescimento.<br />
“A MMP proporciona ao paciente um resultado<br />
mais acelerado e ajuda a potencializar o tratamento clínico<br />
proposto pelos dermatologistas. O paciente já consegue ter<br />
resultados logo nas primeiras sessões”, garante Larissa. ¤<br />
Beleza e bem-estar 111
TOQUE MT<br />
FOTO DIVULGAÇÃO<br />
Experiência de voo<br />
A BUSINESS CLASS DOS VOOS DA KLM E DA AIR FRANCE, QUE LIGAM<br />
A CAPITAL CEARENSE DIRETAMENTE À EUROPA, OFERECE CONFORTO,<br />
ALTA GASTRONOMIA E ITENS DE LUXO AOS PASSAGEIROS<br />
FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />
Embarcar num voo direto rumo à Amsterdã,<br />
partindo de Fortaleza, é uma experiência cheia<br />
de detalhes refinados para os passageiros que<br />
escolhem a Business Class para o percurso. O diferencial<br />
começa na cabine e nas poltronas, cujo<br />
desenho e desenvolvimento dos revestimentos<br />
são assinados pela designer holandesa Hella Jongerius,<br />
que priorizou a utilização de materiais frescos e confortáveis<br />
para proporcionar o máximo de aconchego aos<br />
passageiros. Projetadas para passarem a sensação de<br />
casulo, as poltronas têm 2,07 m e trazem bordada a coroa<br />
da logo da KLM. Já o carpete, criado pela própria designer,<br />
utiliza fios de antigos uniformes de aeromoças da KLM em<br />
sua composição. O estilo da designer holandesa é também<br />
presente nas nécessaires que guardam os kits de amenidades:<br />
foi o designer Jan Tamioniau quem criou as versões<br />
masculina e feminina das pequenas bolsas, disponíveis<br />
em 12 cores diferentes. As opções de entretenimento,<br />
exibidas em telas de 17 polegadas, incluem desde filmes<br />
recém-saídos do cinema e que foram sucesso de bilheteria<br />
a programas de TV e até cursos de idiomas, com uma<br />
programação que atende a todos os gostos e idades.<br />
Ponto emblemático da maioria das viagens aéreas,<br />
as refeições à bordo da aeronave com destino à capital<br />
holandesa unem o melhor da estrelada gastronomia<br />
brasileira às tradições em servir típicas da Holanda.<br />
O menu é assinado pelo chef brasileiro Rodrigo Oliveira,<br />
já eleito “Chef do Ano”, e proprietário dos restaurantes<br />
“Esquina Mocotó” — que ostenta uma estrela Michelin<br />
— e Mocotó, ambos sediados em São Paulo. Os pratos são<br />
112 MT
servidos numa louça especial, desenvolvida pelo designer<br />
holandês Marcel Wanders. A harmonização é completa<br />
com uma rica carta de vinhos, que inclui rótulos de países<br />
como Áustria, Argentina, França, África do Sul, França<br />
e Itália. Importante ressaltar que o menu do voo pode<br />
ser consultado até 31 dias antes da viagem e passageiros<br />
com restrições alimentares podem solicitar alterações no<br />
cardápio antecipadamente no site da KLM. Para encerrar<br />
o percurso com chave de ouro, os passageiros da Business<br />
Class recebem um mimo que já é tradição na KLM:<br />
as famosas casinhas Delft Blue, reprodução em porcelana<br />
das residências holandesas, contendo um frasco de gim,<br />
presente oferecido desde a década de 1950.<br />
NA VOLTA, OS ANFITRIÕES SÃO FRANCESES<br />
Despedir-se de Paris, pelo menos gastronomicamente,<br />
é algo que pode ser feito a bordo das aeronaves<br />
da Air France — operadas pela Joon — que saem da<br />
Toque mt 113
Frequência<br />
Logo da implantação do hub<br />
da Air France/KLM no Fortaleza<br />
Airport, a capital contava com<br />
quatro frequências para Paris<br />
e Amsterdã. A partir de 31 de<br />
outubro, serão seis frequências,<br />
três com destino a Paris<br />
(domingos, quartas e sextas)<br />
e três com destino a Amsterdã<br />
(segundas, quintas e sábados).<br />
A partir de 2019, Fortaleza<br />
terá mais uma frequência,<br />
com destino a Holanda, totalizando<br />
sete voos semanais da<br />
Air France/KLM.<br />
O CONFORTO DE ASSENTO<br />
que vira cama da classe<br />
executiva da Joon<br />
Desde 1950 a KLM presenteia seus<br />
passageiros com miniaturas de típicas<br />
casas da Holanda, em porcelana azul<br />
Delft, contendo genebra holandesa<br />
capital francesa com destino a Fortaleza. Como em um<br />
restaurante francês, o passageiro é recebido com uma<br />
taça de champanhe ou suco de frutas e tem à disposição<br />
um menu atualizado a cada três meses por renomados<br />
chefs franceses como Régis Marcon, Michel Roth e Guy<br />
Martin. Além disso, a carta de vinhos da Business Class<br />
da Air France foi elaborada por Paolo Basso, sommelier<br />
ítalo-suíço, vencedor da competição Melhor Sommelier<br />
do Mundo de 2013.<br />
No quesito conforto, a viagem pela companhia aérea<br />
francesa não deixa a desejar, uma vez que os assentos de<br />
todas as classes foram renovados. Entre as comodidades da<br />
poltrona, destaque para a possibilidade de se transformar<br />
totalmente uma cama de 180º. ¤<br />
114 MT
Toque mt 115
VIAGEM<br />
Por Márcia Travessoni<br />
AMSTERDÃ:<br />
ENERGIA INSTIGANTE<br />
FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />
116 MT
Estive pela primeira vez em<br />
Amsterdã quando tinha<br />
19 anos e fico pensando<br />
porque demorei tanto a<br />
voltar nesse lugar imerso<br />
numa energia contagiante.<br />
A capital holandesa faz o estilo dos<br />
meus destinos favoritos, daqueles que<br />
deixam sempre a vontade de voltar e<br />
conhecer mais e estão sempre em movimento.<br />
Movimento, aliás, é o que não<br />
falta por lá, a começar pelas bicicletas:<br />
em toda a Holanda são cerca de 20<br />
milhões de bikes, distribuídas em uma<br />
população de 16 milhões de habitantes.<br />
Quanto esse país ganha com um hábito<br />
tão saudável de vida? Muito, segundo a<br />
Organização Mundial de Saúde (OMS),<br />
ao afirmar que, nos próximos 15 anos,<br />
a Holanda não sofrerá com problemas<br />
de obesidade — e olha que eles amam<br />
batata frita, queijo e torta de maçã!<br />
Crianças, adultos e idosos se locomovem<br />
o tempo inteiro em bicicletas,<br />
ao longo das centenas de quilômetros<br />
de ciclofaixas da cidade, em alguns<br />
trechos, dividindo espaço com trens<br />
e carros. Essa agitação é presente<br />
em todos os locais de Amsterdã,<br />
principalmente nos parques, a exemplo<br />
do Volden Park, que visitei durante a<br />
viagem. Lindo e super bem cuidado,<br />
ele recebe atividades como campeonato<br />
de skates, encontros em piqueniques,<br />
passeios de patins e conta, ainda,<br />
com diversos restaurantes no entorno.<br />
Aproveitando esse convite para estar<br />
nas ruas de Amsterdã, desfrutei de vários<br />
espaços próximos do hotel onde estava<br />
hospedada, o NH City Centre, que fica<br />
entre a The Nine Streets e a praça Dam<br />
— longe do fluxo turístico, mas integrada<br />
à rotina da cidade. Livrarias, restaurantes<br />
e cafés foram minhas paradas favoritas.<br />
A The Nine Streets, aliás, um complexo<br />
de nove ruazinhas cheias de charme,<br />
abriga diversas lojas descoladas de<br />
design, brechós e muita gente bonita,<br />
quase um Soho de Nova York. Em outro<br />
ponto da cidade, a Fashion District é<br />
uma rua que concentra as boutiques<br />
de luxo, ótimo para se deleitar nas<br />
vitrines e nas compras.<br />
ESPAÇOS DE ARTE<br />
Pausa na vida local para se debruçar<br />
sobre o imenso patrimônio artístico<br />
exposto nos diversos museus de<br />
Amsterdã. Além do famoso Museu Anne<br />
Frank, a cidade conta com o Van Gogh<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Volta ao tempo dos moinhos<br />
Distante 22 km de Amsterdã,<br />
a cidade de Zaance Schans é<br />
um pedacinho vivo da história<br />
do país. Ela foi criada na década<br />
de 1970 para retratar a Holanda<br />
dos séculos XVII e XIX, quando<br />
a vida no campo, cercada<br />
pelos icônicos moinhos e<br />
fazendas, sintetizavam o modelo<br />
econômico da época. Nessa<br />
viagem, fiz uma visita rápida ao<br />
destino, mas suficiente para ter a<br />
sensação de voltar no tempo —<br />
e aproveitar para fazer registros<br />
super charmosos dos cenários.<br />
viagem 117
Museum, dedicado à obra do<br />
célebre pintor; Stedelijk Museum<br />
e o Moco Museum, com foco na<br />
arte moderna; e o Rijksmuseum,<br />
que reúne cerca de 800 anos<br />
de história da Holanda e Países<br />
Baixos; um verdadeiro mergulho<br />
no conhecimento!<br />
É sempre uma grande emoção<br />
visitar museus porque há uma<br />
nova descoberta, uma emoção<br />
por trás da história de cada tela.<br />
Um acervo tão rico, cuidado,<br />
preservado, valorizado pela<br />
história de um povo. Amsterdã é,<br />
definitivamente, uma cidade que<br />
propaga sua história e cultura,<br />
iniciativa que faz a diferença<br />
na educação e na formação da<br />
identidade de cada morador de lá.<br />
ACONCHEGO MULTICULTURAL<br />
Uma cidade de pessoas felizes,<br />
assim eu percebo Amsterdã,<br />
com um povo simpático e cordial,<br />
sempre dispostos a nos receber<br />
com um sorriso estampado<br />
no rosto e de coração aberto<br />
para nos abraçar, assim como<br />
fazem com as cerca de 180<br />
nacionalidades que se misturam<br />
e convivem diariamente pela<br />
cidade. Uma linda diversidade<br />
de etnias. ¤<br />
118 MT
TOQUE<br />
MT<br />
Muito para degustar!<br />
A diversidade cultural de<br />
Amsterdã fica ainda mais<br />
evidente quando o assunto<br />
é gastronomia. Não faltam<br />
opções, desde os frutos do mar<br />
até as receitas com insumos<br />
veganos e orgânicos. Nesta<br />
viagem, conheci dois lugares<br />
que merecem atenção. Um deles<br />
é o Seafood Bar Amsterdam,<br />
super disputado e que oferece<br />
uma tentadora variedade de<br />
crustáceos, e onde vale a pena<br />
provar o mix grill de frutos<br />
do mar. Outro delicioso é o<br />
Hamprheys, fora do circuito<br />
turístico, mas muito requisitado,<br />
e onde se come fartamente por<br />
apenas 27 euros. As refeições<br />
incluíam entrada, prato principal<br />
e sobremesa, todos impecáveis.<br />
viagem 119
PUBLIEDITORIAL<br />
TRADIÇÃO<br />
RELOJOEIRA<br />
A tradição relojoeira da Montblanc<br />
Villeret começou em 1858, quando<br />
Charles-Yvan Robert fundou uma oficina<br />
de fabricação de relógios no Vale<br />
de Saint-Imier, Suíça. Menos de três<br />
décadas depois, Minerva ganhava reconhecimento<br />
internacional pela precisão<br />
dos seus cronômetros e pela inovação<br />
dos seus relógios de bolso dourados,<br />
que podiam receber corda manual sem<br />
o auxílio de uma chave específica. De lá<br />
para cá, Minerva se tornou uma especialista<br />
líder na fabricação de relógios e<br />
cronômetros profissionais, de altíssima<br />
precisão, tornando-se uma das primeiras<br />
manufaturas a produzir um movimento<br />
de alta frequência, capaz de medir 1/100º<br />
de segundo. Esses desenvolvimentos<br />
simbolizam o nível de domínio e<br />
inovação obtidos pela Minerva, desde<br />
1858, e consolidam seu prestígio na<br />
fabricação de relógios cronógrafos.<br />
Duas manufaturas,<br />
uma paixão<br />
MONTBLANC CELEBRA O 160º ANIVERSÁRIO<br />
DA SUA MANUFATURA DE RELÓGIOS EM<br />
VILLERET, NA SUÍÇA<br />
O<br />
ano de 2018 marca o 160ºaniversário de fundação<br />
da Minerva — manufatura com rica tradição<br />
na fina relojoaria Suíça — que permanece viva<br />
através da Montblanc. Séculos de conhecimento e<br />
centenas de horas de trabalho dedicado se encontram<br />
em todos os relógios Montblanc, criados por<br />
relojoeiros que colocaram todo seu orgulho profissional,<br />
paixão e habilidade artesanal na criação de cada peça.<br />
Com mais de 160 anos de herança relojoeira suíça ininterrupta,<br />
a Montblanc foi construída em uma configuração<br />
única, unindo duas fabricações, para criar os melhores<br />
relógios e os calibres mais inovadores. A manufatura<br />
em Villeret está localizada no mesmo edifício em que a<br />
lendária Minerva foi fundada, em 1858. Ali se concentra o<br />
desenvolvimento, prototipagem e montagem de todos os<br />
movimentos manufaturados encontrados nas inovadoras e<br />
revolucionárias sofisticações, da alta complexidade até às<br />
pequenas funcionalidades.<br />
Em Le Locle, funciona o Centro de Excelência e<br />
Qualidade Relojoeira da Montblanc. É onde a relojoaria<br />
tradicional se funde com as mais recentes tecnologias.<br />
Do design estético à construção, prototipagem e montagem<br />
final, todos os conhecimentos necessários para criar um<br />
relógio icônico estão ali concentrados.<br />
A Manufatura em Le Locle possui o Montblanc Laboratory<br />
Test 500, um teste para máxima precisão e perfeição<br />
absoluta, onde, por 500 horas, os relógios são submetidos<br />
a uma variedade de condições extremas: desgaste da vida<br />
diária, numerosas configurações e ajustes, diferentes condições<br />
climáticas, bem como a verificação de todas as funções<br />
específicas. Um procedimento exigente e difícil, que garante<br />
a funcionalidade impecável até de características tecnicamente<br />
mais complexas, como, por exemplo, as incluídas na<br />
coleção Montblanc 1858. ¤<br />
120 MT
Você está<br />
preparado<br />
para o<br />
mundo?<br />
Obtenha o diploma de seu<br />
curso na Unifor e também<br />
em uma universidade na<br />
Europa. Essa é a Dupla<br />
Titulação! Confira os<br />
cursos participantes:<br />
Administração<br />
Ciências Econômicas<br />
Comércio Exterior<br />
www.unifor.br<br />
Publieditorial 121
CONSUMO<br />
BOLSA CULT GAIA<br />
BOLSA BORDADA D&G<br />
BLUSA CANNETTE CROPPED OFF-WHITE<br />
Alta<br />
Temporada<br />
CAMISETA CRYING<br />
PORTRAIT MOSCHINO<br />
MACACÃO ASSIMÉTRICO<br />
COLOR BLOCK ISABEL SANCHIS<br />
Cores ultraquentes, logomania, o poder do tênis chunky,<br />
acessórios com aplicações e bordados... A democracia do<br />
verão vai de encontro ao puro luxo das passarelas e invade<br />
as ruas com looks versáteis, cheios de perfume cool.<br />
A regra é não ter regra. Selecionamos os itens que devem<br />
fazer a cabeça dos fashionistas na estação.<br />
SANDÁLIA SOPHIA WEBSTER<br />
CINTO LOGO GUCCI<br />
TOP PRENE<br />
LA GARCONNE<br />
ÓCULOS DE SOL COM APLICAÇÃO<br />
DOLCE & GABBANA<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Frescor Natural<br />
As altas temperaturas brasileiras<br />
pedem hidratação máxima do corpo.<br />
Pensando nisso, a Naturágua, que há<br />
23 anos transforma o simples ato de<br />
beber água em uma experiência, lança<br />
sua nova garrafa de água mineral com<br />
gás, de 500ml, sugerindo novas possibilidades<br />
gustativas e mais saudáveis.<br />
TÊNIS TRIPLE S BALENCIAGA<br />
Que tal trocar o refrigerante industrial<br />
por uma opção natural? É possível<br />
com o produto da marca, utilizando na<br />
receita frutas cítricas como o limão e a<br />
laranja, que, além de deixar de lado os<br />
conservantes, resulta em um saboroso<br />
drink com ares refrescantes. Que tal?<br />
122 MT
consumo 123
CARTAS PARA O CEARÁ<br />
Descoberta<br />
estrangeira<br />
MORANDO NO CANADÁ HÁ 10 ANOS,<br />
O ESTILISTA JOÃO PAULO GUEDES<br />
CONSTRUIU TODA A CARREIRA<br />
FORA DA TERRA NATAL MAS<br />
MANTÉM FORTE RELAÇÃO COM<br />
AS PASSARELAS BRASILEIRAS<br />
POR JÉSSICA COLAÇO<br />
FOTOS ARQUIVO PESSOAL<br />
Do desejo de<br />
estudar inglês<br />
fora do País ao<br />
reconhecimento<br />
como o melhor<br />
estilista emergente<br />
do Canadá, a trajetória do estilista<br />
João Paulo Guedes no exterior<br />
sintetiza o processo de auto-descoberta<br />
dele enquanto profissional<br />
da moda, impulsionado por uma<br />
característica tipicamente cearense:<br />
a perseverança. Morando há dez<br />
anos em Toronto, ele dirige hoje<br />
uma marca de moda masculina<br />
que leva seu próprio nome,<br />
já foi destaque em publicações<br />
internacionais do mundo fashion<br />
e expressa sua assinatura criativa<br />
em peças para indivíduos urbanos,<br />
contemporâneos e originais. “A vida<br />
é muita curta e você precisa<br />
arriscar o quanto antes. A minha<br />
carreira realmente começou<br />
quando decidi seguir meus sonhos<br />
e fazer exatamente o que sempre<br />
quis: ser estilista”, estabelece.<br />
A aventura de João Paulo<br />
além das fronteiras cearenses<br />
iniciou com a escolha do Canadá<br />
para ser residência e local de<br />
estudos por um ano, devido<br />
aos custos acessíveis e relativa<br />
proximidade com o Brasil. Lá, ele<br />
encontrou o incentivo necessário<br />
para aprofundar a afinidade que<br />
sempre teve com a moda, mas que<br />
nunca havia cultivado. “Eu sempre<br />
tive interesse em ser estilista,<br />
mas na época resolvi estudar<br />
Publicidade e Propaganda na<br />
Unifor (Universidade de Fortaleza)<br />
porque nós não tínhamos muitas<br />
escolas de moda disponíveis.<br />
Naquela época as pessoas tinham<br />
muito preconceito com o curso de<br />
Estilismo e Moda, e a homofobia<br />
era bem maior. Me arrependo<br />
bastante de não ter seguido meus<br />
sonhos e carreira preocupado com<br />
a opinião dos outros, mas aprendi a<br />
lição”, confessa.<br />
Foi na George Brown College,<br />
considerada uma das melhores<br />
escolas técnicas de Toronto,<br />
que João Paulo estudou Moda<br />
e, um ano depois de formado,<br />
em 2013, foi selecionado para um<br />
estágio de três meses em Nova<br />
Deli, na Índia, por um programa que<br />
envia estudantes canadenses para<br />
estagiar em outros países. “Nesse<br />
período, eu tive a oportunidade<br />
de criar roupas para India Fashion<br />
Week. Coordenei um photoshoot na<br />
cidade de Mumbai durante cinco<br />
dias para uma marca, criei uma<br />
página impressa na Revista Vogue<br />
Índia, além de uma coleção masculina<br />
para uma marca, uma coleção<br />
de uniformes para um dos maiores<br />
chefes de cozinha italianos do<br />
mundo, Aldo Zilli, que na época<br />
estava abrindo o seu primeiro<br />
restaurante nas terras indianas.<br />
Uma experiência incrível”, descreve<br />
ele, que trabalhou diretamente com<br />
dois dos maiores estilistas indianos,<br />
Shantanu e Nikhil.<br />
PASSARELAS PELO MUNDO<br />
Desde que criou a própria<br />
marca, João Paulo já lançou<br />
cinco coleções tanto em eventos<br />
124 MT
de moda canadenses como no<br />
Dragão Fashion Brasil, em Fortaleza.<br />
“A minha ultima coleção,<br />
intitulada ‘Ilusões’, foi lançada no<br />
Dragão Fashion Brasil em maio e<br />
será lançada na Toronto Fashion<br />
Week, em setembro. Pela primeira<br />
vez eu criei uma coleção exclusiva<br />
para as passarelas brasileiras e<br />
lancei no Brasil primeiro. Para esta<br />
coleção, eu realmente quis mostrar<br />
que, com criatividade, é possível<br />
enxergar o tradicional sob uma<br />
perspectiva diferente”, descreve.<br />
Outra novidade da mais recente<br />
coleção do estilista é o lançamento<br />
de peças femininas, acrescenta ele.<br />
CORAÇÃO LITORÂNEO<br />
Nas vindas anuais ao Ceará,<br />
para participar do Dragão Fashion,<br />
João Paulo une a paixão pela moda<br />
à oportunidade de amenizar as<br />
saudades da família. “Amo voltar<br />
à minha terrinha natal, curtir um<br />
sol, família, amigos e trazer as<br />
novas tendências internacionais<br />
para a passarela brasileira”, afirma<br />
ele, acrescentando que o calor e<br />
as praias estão entre os aspectos<br />
que ele mais sente falta. “Você<br />
precisa gostar de frio para morar no<br />
Canadá. O frio começa no final de<br />
setembro e vai até março”, pondera.<br />
Em contrapartida, a liberdade<br />
e diversidade tão evidentes<br />
no país onde ele mora atualmente<br />
o fazem querer prolongar a estadia<br />
fora do Brasil. “Mais de cinquenta<br />
línguas são faladas nas ruas de<br />
Toronto. Pessoas de várias partes<br />
do mundo vivendo em um mesmo<br />
lugar. Um país super avançado,<br />
organizado, seguro e de mente<br />
aberta. O casamento gay é<br />
legalizado também, uma grande<br />
vantagem para a comunidade<br />
LGBTS”, reforça ele, que admite<br />
não ter planos de voltar a morar no<br />
Brasil, mas não descarta totalmente<br />
essa possibilidade. “Você nunca<br />
sabe o futuro”.<br />
TORONTO, POR<br />
JOÃO PAULO<br />
GUEDES<br />
Comer<br />
“Um restaurante japonês autêntico com<br />
culinária izakaya, o Kinka Izakaya”<br />
Aproveitar<br />
“Toronto Island, um lugar perfeito para aproveitar<br />
a vista da cidade, andar de bicicleta e<br />
fazer um bom piquenique”.<br />
Cultura local<br />
“Ver gente de varios países do mundo<br />
inteiro dividindo o mesmo lugar. Toronto é a<br />
cidade com maior diversidade linguística do<br />
Canadá e uma das mais diversas do mundo,<br />
aproximadamente 200 línguas diferentes<br />
são faladas aqui. Ou, ainda, falar a palavra<br />
'sorry' nas ruas, que significa ‘desculpa’.<br />
Você escuta em todo lugar o tempo inteiro,<br />
uma população bem civilizada e educada.”<br />
CARTAS PARA O CEARÁ 125
126 MT
CARTAS PARA O CEARÁ 127
ACONTECE<br />
CONFIRA OS<br />
MELHORES<br />
MOMENTOS DA<br />
11ª <strong>EDIÇÃO</strong> DO<br />
MAXIMODA<br />
Fotos: Alex Campêlo / Camila Lima<br />
Gian Franco<br />
e Charles Aragão<br />
Reunindo Eva Farah, Lilian Pacce, Maria<br />
Prata, Daniel Cunha e Fernanda Paiva no<br />
palco do Teatro RioMar Fortaleza, a 11ª<br />
edição do MaxiModa 2018 se consolidou como<br />
um dos eventos mais importantes de business<br />
de moda do Nordeste. Comandado por Márcia<br />
Travessoni, todos os anos o evento movimenta<br />
a cadeia da indústria cearense trazendo para<br />
discussão o que é tendência e inovador na área.<br />
Lindebergue Fernandes<br />
e Glaucia Mota<br />
128 MT
Camille Cidrão,<br />
Ana Cláudia Farias,<br />
Renata Santiago<br />
e Marcella Cidrão<br />
Márcia Travessoni<br />
e Brígida Frazão<br />
Consuelda Azevedo,<br />
Tane Albuquerque,<br />
Ivone Figueiredo<br />
e Etel Rios<br />
Inez Villaventura,<br />
Lilian Pacce<br />
e Lino Villaventura<br />
Weny Filho,<br />
Kelly Mota,<br />
Lívia Ferreira,<br />
Rosimeire Rocha<br />
e Eveline Costa<br />
Márcia Travessoni<br />
e Raí Meirelles<br />
Deborah Bandeira<br />
ACONTECE 129
ACONTECE<br />
Mostra<br />
Santos Dumont<br />
OS DETALHES<br />
DA ABERTURA<br />
DA MOSTRA<br />
“SANTOS-DUMONT<br />
- COLEÇÃO<br />
BRASILIANA ITAÚ”<br />
Fotos: Camila Lima<br />
O<br />
Espaço Cultural Unifor realizou a abertura da<br />
exposição “Santos-Dumont – Coleção Brasiliana Itaú”.<br />
Com curadoria da jornalista Luciana Garbin e do Itaú<br />
Cultural, a mostra reúne mais de 500 itens de um vasto<br />
acervo que traça a vida e carreira do projetista brasileiro.<br />
Acompanhada de membros da família, a presidente da<br />
Fundação Edson Queiroz, Lenise Rocha recepcionou<br />
um grupo de convidados especiais para apresentar<br />
a mostra. Na exposição, o público poderá conferir em<br />
primeira mão itens como documentos, fotos e objetos<br />
que representam dirigíveis, aeroplanos e balões, além<br />
de uma reprodução fiel da biblioteca pessoal do aviador.<br />
A exposição fica aberta para visitação até 9 de dezembro.<br />
Ricardo e Manoela<br />
Bacelar<br />
130 MT
Felipe e Bento Rocha<br />
e Paulinha Sampaio<br />
Ana Quezado<br />
e Márcia Travessoni<br />
Renata Jereissati,<br />
Lenise Rocha<br />
e Mirela Rappaport<br />
Silvio Frota,<br />
Antonio Almeida<br />
e Randal Pompeu<br />
Marília Queiroz<br />
e Victor Perlingeiro<br />
Cláudio Rocha<br />
e Paulo Mindello<br />
ACONTECE 131
ACONTECE<br />
Suyane e Cláudio<br />
Dias Branco<br />
ESCOLA DE<br />
GASTRONOMIA<br />
SOCIAL IVENS<br />
DIAS BRANCO<br />
É INAUGURADA<br />
NO BAIRRO<br />
VICENTE PINZÓN<br />
Fotos: Roni Vasconcelos<br />
O<br />
Governo do Estado do Ceará inaugurou a Escola<br />
de Gastronomia Social Ivens Dias Branco. A escola<br />
funciona na região do Bairro Vicente Pinzón e tem o<br />
objetivo de capacitar e formar em panificação e confeitaria<br />
jovens de 18 a 29 anos que buscam qualificação<br />
profissional. O projeto foi uma doação do Grupo M. Dias<br />
Branco ao Governo do Estado. A festa de inauguração<br />
contou com a presença do governador do Ceará, Camilo<br />
Santana, além de representantes do Grupo M. Dias Branco.<br />
Ainda na ocasião, houve homenagens aos cozinheiros do<br />
bairro. A programação musical contou com apresentação<br />
de artistas da região, além de show especial da cantora<br />
carioca Mart’nália e da banda de forró Painel de Controle.<br />
Freitas Cordeiro<br />
e Águeda Muniz<br />
132 MT
Paulo Linhares,<br />
Izolda Cela<br />
e Fabiano Piúba<br />
Eliseu Gomes<br />
e Élcio Batista<br />
Paulo Henrique,<br />
Van Régia, Léo Gondim<br />
e João Lima<br />
Tereza Dequinta<br />
e Robézio<br />
Coronel Romero,<br />
Fabiano Piúba<br />
e Cristiano Fontenele<br />
Adriana Ximenes<br />
e Luiz Victor Torres<br />
ACONTECE 133
ACONTECE<br />
SARA BRASIL<br />
E LUCAS ASFOR<br />
ESCOLHERAM<br />
GUARAMIRANGA<br />
PARA SELAR<br />
A UNIÃO<br />
Fotos: Camila Lima<br />
Sandra, Cláudio<br />
e Sara Brasil,<br />
Lucas, Gerusa<br />
e José Maria Asfor<br />
Em cerimônia emocionante que aconteceu<br />
em Guaramiranga, o casal Sara Brasil e<br />
Lucas Asfor selou a união. Em seguida,<br />
os noivos, filhos de Sandra e Cláudio Brasil e<br />
Gerusa e José Maria Asfor, respectivamente,<br />
recepcionaram a família e os amigos em uma<br />
festa animada no condomínio Villagio da Serra.<br />
A Celebre Eventos assinou o cerimonial e a<br />
produção do casamento. Já Gil Santos, com<br />
toda a sua maestria, foi a responsável pela<br />
decoração da festança. O La Maison subiu a<br />
serra e assinou o menu, os doces, os chocolates<br />
e os coquetéis do casório. Sara escolheu um<br />
modelo da YOLANCRIS para seu grande dia.<br />
Ageu, Ricardo<br />
e Rafaela Brasil<br />
134 MT
Alcimor, Fabiola,<br />
Patrícia e Alcimor Rocha<br />
Fernanda Esteves,<br />
Nathália Brasil<br />
e Nicole Benevides<br />
Anna e Raquel Macedo,<br />
Jayana Porcino,<br />
Nicole Pinheiro<br />
e Manuela Melo<br />
Ana Carolina Fontenele<br />
e Ivan Bezerra<br />
Alcimor Rocha, Cláudio<br />
e Cláudio Brasil<br />
Amanda e Leonardo Vidal<br />
Fernanda Levy<br />
ACONTECE 135
Aderaldo e Maira Silva<br />
Alexandre<br />
e Isabel Pereira<br />
Ana Luiza Ary,<br />
Simone Jereissati<br />
e Tereza Ximenes<br />
Cristine e Pedro Ary<br />
Tiago e Rafaela Asfor<br />
Tiago e Priscila Leal<br />
136 MT
ACONTECE 137
ACONTECE<br />
OS DETALHES<br />
DA INAUGURAÇÃO<br />
DO INÉDITO<br />
CAFÉ 50,<br />
NA BEIRA MAR<br />
Fotos: Roni Vasconcelos<br />
Inauguração Café 50<br />
Um espaço que une conforto, aconchego e os<br />
melhores aromas da cidade. Assim é o Café 50,<br />
inaugurado na Avenida Beira Mar. Como não<br />
poderia deixar de ser, muita gente boa da sociedade<br />
cearense fez questão de conferir a nova empreitada de<br />
Roberta e Simão Vasconcelos, da 50 Sabores. Márcia<br />
Travessoni foi a promoter do encontro prestigiado por<br />
personalidades como a primeira-dama do município,<br />
Carol Bezerra, Stella Rolim, Ailza Ventura, Márcio<br />
e Manoela Crisóstomo, entre outros. O Café 50 foi<br />
inaugurado junto com uma unidade da 50 Sabores<br />
Premium, tudo projetado pelo arquiteto João de Paula<br />
Neto. O chef Rafael Sudatti é quem assina o menu e<br />
aproveitou para deliciar as presenças com sanduíches<br />
requintados, recheados de ingredientes do Brasil e do<br />
mundo. Na coordenação do cerimonial da noite, Raí<br />
Meirelles recepcionou os convidados com carinho.<br />
Roberta Vasconcelos<br />
e Márcia Travessoni<br />
138 MT
Carol Bezerra,<br />
Simão e Roberta<br />
Vasconcelos<br />
Isabele e Raissa<br />
Vasconcelos<br />
Rafael e Ticiana Sudatti<br />
Manoela e Márcio<br />
Crisóstomo<br />
Michelle Aragão<br />
e Suyane Dias Branco<br />
Rodrigo Maia<br />
e João de Paula Neto<br />
Paula Villas-Boas<br />
ACONTECE 139
Stella Rolim,<br />
Fernanda Mattoso<br />
e Vânia Macedo<br />
Paula e Ricardo<br />
Villas-Boas<br />
Vitor e Camila Moreira<br />
Themis Briand<br />
e Lucitânia Feijão<br />
Ailza e Itala Ventura<br />
Claudiane Juaçaba,<br />
Rose Batista<br />
e Karisia Ponte<br />
140 MT
ACONTECE 141
ACONTECE<br />
MAYARA RIOS<br />
E DANIEL<br />
AYRES DIZEM<br />
“SIM” EM<br />
CERIMÔNIA<br />
REPLETA DE<br />
ROMANCE<br />
Fotos: Camila Lima<br />
Evandro, Zóia<br />
e Daniel Ayres,<br />
Mayara Rios,<br />
Artur Bruno<br />
e Natércia Rios<br />
De um lado, a deslumbrante noiva<br />
Mayara Rios vestindo Maison<br />
Cris. Do outro lado, o noivo Daniel<br />
Ayres, com o semblante de homem mais<br />
feliz do mundo. Em clima de romance, os<br />
filhos de Natércia Rios e Artur Bruno e<br />
de Zóia Tânia e Gilberto Correia disseram<br />
“sim” no Le Jardin Buffet. Destaque<br />
para a décor de Sandra Cruz, com trilha<br />
sonora de Elane Araújo e Banda, Banda<br />
Frenesi, bolo assinado pela Magnificake<br />
e chocolates da Toca Fina Cozinha.<br />
Giovanna, Gisela,<br />
Herbert e Giulia Vieira<br />
142 MT
Jonila e Anchieta Bezerra<br />
Débora, Sarah<br />
e Beatriz Rios<br />
Raimundo Bruno<br />
e Ireuda Andrade<br />
Bosco e Maria<br />
Hortência Rios<br />
Candido<br />
e Rebeca Albuquerque<br />
Marina, Iago<br />
e Rodolfo Machado<br />
Rebeca Fernandes<br />
ACONTECE 143
ACONTECE<br />
BELEZA E<br />
TECNOLOGIA<br />
SÃO PAUTAS<br />
EM SUNSET<br />
DE MANOELA<br />
CRISÓSTOMO<br />
E <strong>MÁRCIA</strong><br />
<strong>TRAVESSONI</strong><br />
Fotos: Roni Vasconcelos<br />
Etel Rios<br />
e Tane Albuquerque<br />
Manoela Crisóstomo e Márcia<br />
Travessoni receberam um seleto<br />
grupo de convidadas, na cobertura<br />
da dermatologista, para um bate-papo<br />
sobre estética e beleza. A primeira edição<br />
do projeto “Beauty Sunset“, idealizado na<br />
hora do pôr do sol e ao som do DJ Thales<br />
Aurélio, teve como objetivo tirar dúvidas<br />
sobre procedimentos estéticos e ressaltar<br />
os pontos positivos de cada um, além de<br />
mostrar a ciência por trás da beleza. Não<br />
faltaram mulheres bonitas e inteligentes.<br />
Sunset com<br />
Manoela Crisóstomo<br />
144 MT
Ana Luiza Picanço<br />
e Raquel Machado<br />
Manoela Crisóstomo,<br />
Eveline Fujita<br />
e Suzane Farias<br />
Luciana Praciano<br />
e Angela Cunha<br />
Melaine Diogo,<br />
Jussara Regás<br />
e Manoela Crisóstomo<br />
Camile Campos<br />
e Priscila Tavora<br />
Nanette Castelo Branco,<br />
Sandra Lazera<br />
e Marize Castelo Branco<br />
ACONTECE 145
ACONTECE<br />
Consuelda Azevedo,<br />
Paulo Roberto Borges,<br />
Anna Andrade<br />
Zac, Sue e Gary Johnston<br />
OS<br />
MELHORES<br />
REGISTROS<br />
DO<br />
CASAMENTO<br />
DE ANNA<br />
E ZAC<br />
Fotos: Alex Campêlo<br />
No Porto das Dunas, os noivos Anna<br />
Andrade e Zac Johnston recepcionaram<br />
seus convidados para uma celebração<br />
digna de filmes românticos. Em meio à<br />
decoração luxuosa de Nascimento Junior e uma<br />
benção lindíssima de Dom Luis Fernando, o<br />
enlace dos filhos de Maria Consuelda Andrade<br />
Azevedo e Paulo Roberto Borges de Lima e de<br />
Sue e Gary Johnston foi pura magia. A festa<br />
teve playlist do DJ Thiago Freire e Batuque<br />
Bacana, buffet assinado por Ilmar Gourmet,<br />
chocolates finos da Carol Chocolates, bolo<br />
da Magnificake, sorvetes saborosos da 50<br />
Sabores e os bons drinks do Coktelitas.<br />
Anna Andrade<br />
e Zac Johnston<br />
146 MT
Casamento<br />
de Anna e Zac<br />
Tatiana Aquino<br />
Sawana Sampaio,<br />
Camila Bitar,<br />
Anna Andrade<br />
Raina Sindeaux,<br />
Carol Cavalcante<br />
Camila Bitar<br />
e João Rafael<br />
Zac Johnston<br />
e Anna Andrade<br />
Osvaldo Rodrigues,<br />
Gleyde Beviláqua<br />
e Ester Rodrigues<br />
Lucas Santiago<br />
e Bárbara Matos<br />
ACONTECE 147
ACONTECE<br />
Amarílio<br />
e Patrícia Macedo,<br />
Fernanda Levy<br />
e Omar Macedo<br />
OS HIGHLIGHTS<br />
DA ABERTURA<br />
OFICIAL DA<br />
CASACOR CE 2018<br />
Fotos: Alex Campêlo / Camila Lima<br />
Na Rua Visconde de Mauá, 950, está localizada<br />
uma casa no coração de Fortaleza, projetada<br />
pelo arquiteto Acácio Gil Borsoi, e com um dos<br />
mais belos jardins residenciais da cidade, planejado<br />
pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx. O<br />
imóvel que foi lar de Benedito Dias Macêdo e depois<br />
sede da J. Macêdo abriga pela segunda vez (a primeira<br />
vez foi em 2009) a CASACOR Ceará 2018, no ano em<br />
que a mostra de arquitetura, design e paisagismo das<br />
Américas completa 20 anos. A diretora Neuma Figueiredo<br />
recebeu profissionais, convidados e amigos, incluindo a<br />
diretora geral da CASACOR no Brasil, Lívia Pedreira, para<br />
apresentar o espaço em um coquetel de inauguração<br />
bem requisitado. Nossa cap Márcia Travessoni ganhou<br />
o Studio da Publisher, ambiente feito com muito carinho<br />
pela arquiteta Fabiane Tavares, em parceria com a<br />
engenheira Silvana Fialho. Com um design inovador,<br />
moderno e versátil, e aplique de pedras naturais da<br />
Multipolipedras, o Studio receberá as gravações da<br />
série Conversa com Márcia Travessoni no Youtube.<br />
Paulinha Sampaio<br />
148 MT
Fabiane Tavares,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Lívia Pedreira<br />
Élcio Batista,<br />
Neuma Figueiredo,<br />
Carol Bezerra<br />
e Silvio Frota<br />
Roberta,<br />
Cadeh Juaçaba,<br />
Anik Mourão<br />
e Victor Perlingeiro<br />
Vitor, Silvio<br />
e Paula Frota<br />
Marcelo e Susana Fiúza<br />
Olga Leite Barbosa,<br />
Edyr Rolim<br />
e Isabel Araújo<br />
Carolina Figueiredo<br />
ACONTECE 149
Rodrigo Porto,<br />
Diego Studart<br />
e Rodrigo Maia<br />
Ana Vírginia Furlani<br />
e Fernando Novais<br />
Guilherme Leicam<br />
Branca<br />
e Racine Mourão<br />
Marcus e Lucas Novais<br />
Roberto Rodrigues,<br />
Natasha Brígido<br />
e Rafael Magalhães<br />
150 MT
ACONTECE 151
ACONTECE<br />
CAROLINA<br />
E MATTHEW:<br />
CELEBRAÇÃO<br />
AO AMOR<br />
EM NOITE<br />
INESQUECÍVEL<br />
Fotos: Camila Lima<br />
Silvana, Tarquilio<br />
e Carolina Fialho,<br />
Matthew, Vivian<br />
e Cristopher Hartenau<br />
Carolina Fialho e Matthew Hartenau queriam uma<br />
noite feita para celebrar o amor que unisse todas<br />
as presenças que fizeram parte dessa história<br />
tão bonita e inspiradora. E foi assim que o jovem casal<br />
trocou alianças, em uma cerimônia tomada pelos bons<br />
sentimentos, realizada na Igreja de Nossa Senhora do<br />
Líbano. Emocionante, cada momento do enlace parecia<br />
um filme romântico. Após o “sim”, os filhos de Tarquilio<br />
Pimentel e Silvana Fialho e de Christopher e Vivian<br />
Hartenau receberam os convidados em uma festa à<br />
altura no Espaço Coco Bambu por Toca. A decoração<br />
do ambiente foi assinada por Branca Mourão e a<br />
estrutura pela Smart Luz. Os tradicionais bem casados<br />
foram confeccionados por Célia Bezerra e o cerimonial<br />
do evento comandado pela Celebre Eventos.<br />
Carolina<br />
e Silvana Fialho<br />
152 MT
Lenice Figueiredo,<br />
Consuelo e Regina<br />
Dias Branco<br />
Marcela, Suyane, Gisela<br />
e Lissa Dias Branco<br />
Claudiane Juaçaba,<br />
Márcia Travessoni,<br />
Alessandra Arrais<br />
e Denise Rolim<br />
Graça e Jório<br />
da Escóssia<br />
Morgana e Luciano<br />
Dias Branco<br />
Cadeh e Roberta Juaçaba<br />
Tais Fialho<br />
ACONTECE 153
ACONTECE<br />
Ritelza Cabral<br />
e Beatriz Fiúza<br />
OS DETALHES<br />
SOBRE A<br />
FESTA DE<br />
LANÇAMENTO<br />
DA 9ª <strong>EDIÇÃO</strong><br />
DA <strong>REVISTA</strong><br />
GALERIA<br />
Fotos: Roni Vasconcelos<br />
O<br />
lançamento da edição 9 da Revista Galeria<br />
aconteceu em um clima aconchegante,<br />
no jardim do Shopping Buganvília. Márcia<br />
Travessoni recebeu convidados especiais para<br />
celebrar a capa com a professora da Universidade<br />
Estadual do Ceará (UECE) e Coordenadora<br />
Especial de Políticas Públicas para a Promoção<br />
da Igualdade Racial do Estado do Ceará, Zelma<br />
Madeira, que subiu no palco montado no<br />
espaço e fez um discurso especial. “Pra mim<br />
é motivo de orgulho estar dividindo a minha<br />
trajetória na nona edição da revista”, celebrou.<br />
As presenças você confere agora no nosso álbum.<br />
DJ Rômulo Bravo<br />
154 MT
Marcos Lessa<br />
Roberta Vasconcelos,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Manoela Crisóstomo<br />
Lançamento<br />
Revista Galeria<br />
Jardson Cruz,<br />
Paulo Ponte<br />
e Fábio Zech<br />
Laura Paiva<br />
e Maurício Filizola<br />
Fernanda Mattoso,<br />
Christiane Leite<br />
e Lilia Quinderé<br />
Roberta Quaranta<br />
ACONTECE 155
O MELHOR RESTAURANTE DE<br />
FRUTOS DO MAR DO BRASIL<br />
APRECIE COM MODERAÇÃO<br />
FORTALEZA TERESINA SALVADOR SÃO LUÍS CAMPINAS RIBEIRÃO PRETO BRASÍLIA<br />
GOIÂNIA VILA VELHA SÃO PAULO BELO HORIZONTE CURITIBA RECIFE PORTO ALEGRE<br />
ÁGUAS CLARAS / DF MANAUS ALPHAVILLE / SP UBERLÂNDIA<br />
BREVE 2018/2019:<br />
SANTO ANDRÉ / SP SPMARKET / SP OSASCO / SP LONDRINA<br />
CAMPO GRANDE CUIABÁ LOUNGE MUSIC TERESINA<br />
156 MT
SERVIÇO<br />
Serviço<br />
Bitelli Bikes<br />
Rua Lívio Barreto, 528-A<br />
- Joaquim Távora<br />
Tel.: (85) 9 8875 6230<br />
Café 50<br />
Av Beira Mar, 4050 - Mucuripe<br />
instagram.com/cafe50sabores<br />
Casa do Barão de Camocim<br />
Rua General<br />
Sampaio, 1632 - Centro<br />
instagram.com/secultfor<br />
Casa Cor<br />
Rua Visconde de<br />
Mauá, 950 - Aldeota<br />
Tel.: (85)3261 3533/ (85) 3261 2615<br />
Casa da Vila<br />
Rua Torquato de Aguiar, 50 -<br />
casa 6 - Meireles<br />
Tel.: (85) 98158 4041<br />
Fashion Gourmet<br />
Rua Frei Mansueto, 1015 - Meireles<br />
instagram/espacofashiongourmet<br />
Instituto de Medicina do Cabelo<br />
Rua Leonardo Mota, 2429 -<br />
Dionísio Torres<br />
Tel.: (85) 3032 2020<br />
Jomara Cid Chapelaria<br />
Rua Gonçalves Ledo,<br />
481 - Praia Iracema<br />
Tel.: (85) 3212 0898 / 9 9686 1849<br />
Rua Tibúrcio Cavalcante,<br />
1905 - Aldeota<br />
Tel.: (85) 9 9826 1172<br />
Rua Professor Dias da<br />
Rocha, 542 - Meireles<br />
Tel: (85) 9 8129 8114<br />
Marina Bitu Ateliê<br />
instagram.com/ateliemarinabitu<br />
Tel.: (85) 9 9655 7687<br />
Monteiro Gastronomia<br />
Rua Castro Monte, 1111 - Varjota<br />
Tel.: (85) 9 9775 8288<br />
Newroad Harley-Davidson<br />
Av. Senador Virgílio Távora,<br />
554 - Meireles<br />
Tel.: (85) 3133 4750<br />
Smart Luz<br />
instagram.com/smartluz<br />
Tel.: (85) 3261 7933/ 9 8861 2039<br />
Soma Conta Digital<br />
Av. Engenheiro Santana Júnior,<br />
3000, 8º andar - Cocó<br />
Tel.: (85) 3215 6666<br />
Sorveteria 50 Sabores<br />
querosorvete.com.br/nossas-lojas/<br />
Tel.: (85) 3032 5851<br />
Tanden Atelier<br />
instagram.com/tandenatelier<br />
Tel.: (11) 3045 5262<br />
Lasso Lingerie<br />
Rua Monsenhor<br />
Catão, 1155 - Aldeota<br />
Tel: (85) 9 9181 3725<br />
Serviço 157
PODEROSA<br />
ESSÊNCIA<br />
Por Rose Militão<br />
UM CAMINHO PARA<br />
A CURA SISTÊMICA<br />
A Constelação Familiar é uma técnica conhecida<br />
como intervenção terapêutica breve, focada nos<br />
padrões negativos de comportamentos que se repetem<br />
nos sistemas familiares ao longo das gerações e que<br />
trazem emaranhados (dificuldades) à vida das pessoas.<br />
Entende-se por “heranças transgeracionais”, localizadas<br />
na família, onde reside grande parte dos nossos<br />
problemas, que nos impedem de ter uma vida plena.<br />
Como terapia sistêmica breve, as Constelações<br />
Familiares podem acontecer em grupo ou em atendimentos<br />
individuais — abrangendo as suas várias<br />
áreas de atuação: na saúde, na clínica psicológica,<br />
nas escolas, nas empresas, no Judiciário e, naturalmente,<br />
na família. Por exemplo, atualmente, grande<br />
parte dos Tribunais de Justiça do Brasil utiliza a técnica<br />
nas Varas de Família.<br />
Não existem limitações para aqueles que querem<br />
ser tratados por essa intervenção terapêutica, assim,<br />
qualquer pessoa pode ser beneficiada. Costumamos<br />
receber pessoas do Brasil inteiro com questões<br />
relacionadas a destinos trágicos de algum antepassado,<br />
como mortes precoces, abortos, suicídios,<br />
assassinatos, brigas constantes na família, desajustes<br />
no casamento, litígios longos, repetições de padrões<br />
(acidentes, doenças, mortes), conflitos com o trabalho,<br />
dificuldades na relação com o dinheiro, com os filhos,<br />
transtornos emocionais, vícios, falta de sentido para a<br />
vida — e muito mais.<br />
E quais os resultados após uma Constelação?<br />
Geralmente, o participante sai mais leve, com a sua<br />
questão resolvida. Podemos falar de cura sistêmica,<br />
porque o “entulho” que adoecia o sistema familiar em<br />
que o paciente estava inserido foi removido, liberando<br />
fluidez e paz para a sua vida, através da restauração<br />
das três Ordens do Amor que formam os pilares das<br />
Constelações Sistêmicas Familiares.<br />
A primeira é o “Pertencimento” familiar: olhar a todos<br />
como iguais, importantes, merecedores. A segunda é a<br />
“Precedência”: honrar aqueles que vieram antes de nós,<br />
principalmente os pais. A terceira ordem é o “Equilíbrio<br />
entre dar e receber”: em todos os relacionamentos,<br />
respeitando o acordado, na justa medida das relações.<br />
Finalmente, as Constelações Sistêmicas Familiares<br />
são uma resposta consistente a antigos problemas que<br />
se repetem geração após geração, frutos de lealdades<br />
invisíveis, provocando sofrimento. Essa técnica permite<br />
que você veja a sua vida transformada com liberdade<br />
para seguir adiante, com mais leveza e alegria de viver.<br />
→ → ROSE MILITÃO É PSICÓLOGA CLÍNICA, ESPECIALISTA EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR E<br />
DIRETORA CLÍNICA DO CENTRO SISTÊMICO DE PSICOLOGIA (CESP). CONHECE A CONSTE-<br />
LAÇÃO FAMÍLIA HÁ MAIS DE UMA DÉCADA, PROPORCIONANDO A ELA E SUA FAMÍLIA UMA<br />
“HISTÓRIA DE AMOR, RESPEITO E CURA”.<br />
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