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REVISTA MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO #10

Márcia Travessoni - A essência da comunicadora movida pelo Empreendedorismo A missão de difundir um legado artístico assumida por DODORA GUIMARÃES + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

Márcia Travessoni - A essência da comunicadora movida pelo Empreendedorismo

A missão de difundir um legado artístico assumida por DODORA GUIMARÃES

+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

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<strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />

A essência da comunicadora movida<br />

pelo empreendedorismo<br />

A missão de difundir um legado<br />

artístico assumida por<br />

DODORA GUIMARÃES<br />

+ Cultura, Decoração, Estilo,<br />

Empreendedorismo e Gastronomia<br />

10


Creating new heights<br />

O novo Montblanc 1858 Geosphere.<br />

Explore o seu Espírito de Aventura.<br />

montblanc.com/1858<br />

2 MT<br />

Shopping Aldeota · Av. Dom Luís, 500 - 85 3458.1372<br />

Shopping Iguatemi · Av. Washington Soares 85 - 85 3278.2287<br />

Shopping Rio Mar · Rua Desembargador Lauro Nogueira, 1.500 – 85 3234.2442


 3


CONTEÚDO<br />

Ano II | Edição <strong>#10</strong><br />

EXPEDIENTE<br />

<strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong> GALERIA É<br />

UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL<br />

QUE ABORDA CULTURA,<br />

COMPORTAMENTO, NEGÓCIOS,<br />

MODA, GASTRONOMIA, VIAGENS,<br />

LUXO, GENTE E TUDO QUE ACON-<br />

TECE EM FORTALEZA.<br />

DIRETORA-GERAL<br />

Márcia Travessoni<br />

<strong>EDIÇÃO</strong><br />

Jéssica Colaço<br />

TEXTOS<br />

Aline Conde<br />

Jéssica Colaço<br />

Lucas Magno<br />

FOTOGRAFIA<br />

Alex Campelo<br />

Camila Lima<br />

Fernando Travessoni<br />

Marília Camelo<br />

Michell Santana<br />

Roni Vasconcelos<br />

PRODUÇÃO<br />

Lucas Magno<br />

COLABORADORES<br />

Marcos Monteiro<br />

Rejane Costa<br />

Rose Militão<br />

COODENAÇÃO DE MARKETING E COMERCIAL<br />

Naiara Martins<br />

PROJETO GRÁFICO<br />

LaBarca.Design (Porto/Portugal)<br />

DIAGRAMAÇÃO<br />

Allan Victor Vieira<br />

REVISÃO<br />

Eliezer Araújo<br />

IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />

Gráfica Santa Marta<br />

João Pessoa/PB<br />

5.000 exemplares<br />

→→WWW.MARCIA<strong>TRAVESSONI</strong>.COM.BR<br />

MARKETING E PUBLICIDADE<br />

Marcia Travessoni Comunicação e Eventos LTDA ME<br />

Direção: Fernando José Travessoni de Pinho<br />

Telefone: (85) 99410.3025<br />

E-mail: comercial@galeriamt.com.br<br />

CNPJ: 20.416.683/0001-70<br />

"(...) tenho<br />

essa vontade<br />

de realizar,<br />

não sei<br />

ficar quieta.<br />

E quando<br />

penso em<br />

fazer algo, é<br />

para mover<br />

um coletivo”<br />

58<br />

Com atuação em diversas vertentes<br />

da comunicação e administração,<br />

a diretora da Revista Galeria,<br />

Márcia Travessoni, sonha agora em<br />

dedicar-se a projetos sociais.<br />

4 MT


<strong>#10</strong><br />

18 42 50<br />

GALERIA VISITA<br />

Com um jardim exuberante e detalhes<br />

repletos de memórias afetivas,<br />

a casa de praia de Júlia Philomeno<br />

é espaço de encontros em família e<br />

histórias que atravessam gerações.<br />

EMPREENDEDORISMO<br />

Simão e Roberta Vasconcelos<br />

transformaram a fábrica de<br />

sorvetes criada pelo pai dele<br />

em uma das marcas mais<br />

tradicionais do Estado.<br />

PODER<br />

Por meio do Lide Ceará,<br />

Emília Buarque congrega<br />

empresários locais, tendências<br />

universais e ideias com foco no<br />

aquecimento da economia.<br />

72<br />

DELÍCIAS<br />

Insumos de primeira qualidade<br />

e a apresentação do<br />

prato fazem o diferencial<br />

do catering de Marcos<br />

Monteiro e Rejane Costa.<br />

88<br />

ARTE<br />

Com sucessos imortalizados nas<br />

vozes de diversos artistas, o cantor<br />

e compositor Nando Cordel<br />

segue exercitando a criação em<br />

todas as vertentes musicais.<br />

92<br />

DESIGN & DÉCOR<br />

As assinaturas de Acácio Gil<br />

Borsoi e Burle Marx são alguns<br />

dos marcos do imóvel-sede<br />

da CasaCor Ceará 2018.<br />

102 128<br />

ESPELHO<br />

ACONTECE<br />

As raízes cearenses e a busca Nomes de destaque do cenário<br />

por peças que unam conforto do business fashion e da<br />

e atemporalidade marcam o comunicação foram os convidados<br />

closet da estilista Mila Menezes<br />

da edição que marcou<br />

os 10 anos do Maxi Moda.<br />

 5


Conversa<br />

Chegamos a décima edição!<br />

Para comemorar esse número tão especial, decidi fazer algumas mudanças sonhadas<br />

desde as primeiras edições. A Revista Galeria por Márcia Travessoni agora é Márcia<br />

Travessoni — Galeria — uma mudança que simboliza o fortalecimento de uma<br />

carreira. Não à toa, esta edição comemorativa traz um pouco da minha história na<br />

capa, tão bem traduzida pela minha editora e jornalista Jéssica Colaço.<br />

Nas páginas desta edição, reunimos os depoimentos das personalidades que<br />

ilustraram as capas de nossas revistas até aqui. São pessoas que têm minha admiração<br />

por suas trajetórias de vida. Em tempos digitais, de reposicionamentos e de novos<br />

desafios, seguimos firme, seja no papel, na multitela, como porta-vozes e contadores de<br />

histórias de valor. Conectamos almas, vidas, pessoas.<br />

Em todas as sessões da Revista Márcia Travessoni — Galeria, mantém-se a essência<br />

de reunir os cearenses que estão perto e os que estão mundo afora construindo<br />

grandes histórias. Simão e Roberta Vasconcelos contam, no Empreendedorismo,<br />

a trajetória de sucesso iniciada com os sorvetes da 50 Sabores e que hoje se expandiu<br />

para o ramo do café. No Em Pauta, mostramos como a cidade tem se transformado<br />

a partir de intervenções que incentivam a ocupação dos espaços públicos e um estilo<br />

de vida mais saudável.<br />

Júlia Philomeno abre as portas de sua generosa casa no Cumbuco, enquanto Mila<br />

Menezes, Giovanna Gripp, Marina Bitu e Carol Yamazaki revelam detalhes de seus<br />

closets e, também, do estilo de vida de cada uma. Em Cultura, Dodora Guimarães<br />

explica as ações que encabeça para valorizar o acervo de Sérvulo Esmeraldo, enquanto<br />

em Arte, Nando Cordel abre o coração para falar do amor pela música. Tem ainda<br />

Gastronomia, mais Empreendedorismo, Poder, Comportamento e, claro, os registros<br />

dos melhores eventos da cidade.<br />

Boa leitura, have fun!<br />

@GALERIAMT<br />

6 MT


 7


VIVÊNCIAS<br />

MT<br />

8 MT


PATRIMÔNIO PARISIENSE<br />

Um dos mais tradicionais hotéis de Paris, com quartos<br />

que oferecem vista privilegiada da Torre Eiffel, o Le<br />

Bistrol é a união perfeita entre arte, requinte e alta<br />

gastronomia francesa. O local foi destino da diretora<br />

da Revista Galeria, Márcia Travessoni, em recente<br />

passagem pela capital francesa, e lá ela teve uma inesquecível<br />

experiência gastronômica degustando o menu assinado pelo<br />

chef Eric Frechon, que comanda a cozinha do 114 Faubourg,<br />

restautante do hotel. Pertencente à Oetker Collection,<br />

conglomerado de empresas comandado pelo industrial Rudolf<br />

August Oetker, o hotel é equipado com um luxuoso SPA e<br />

tem o jardim entre um dos destaques da estrutura, com três<br />

obras do escultor inglês Lynn Chadwick, famoso por produzir<br />

peças semi-abstratas.<br />

 9


CERÂMICAS DA VILA<br />

Após anos ensinando alunos a moldarem peças,<br />

a ceramista Olga Miranda lançou, recentemente,<br />

sua própria marca, Da Villa, com peças exclusivas e<br />

decoradas a partir de técnicas como a personalização<br />

de decalques e pinturas. A primeira coleção da marca,<br />

"Villa dos Afetos", foi apresentada durante a Casa Cor Ceará<br />

2018, onde está ainda em exposição; e as peças serão também<br />

vendidas na loja da Edisca, prevista para ser aberta no Shopping<br />

Iguatemi, no fim de outubro. Nas criações de sua marca, Olga<br />

deixa evidente as lembranças da vila onde nasceu, e que foram<br />

reconfiguradas por sua percepção artística. “Contar história por<br />

meio da arte, em peças exclusivas é a intenção maior dessas<br />

cerâmicas”, diz Olga. Os produtos podem ser encontrados também<br />

no Instagram: @davilla.arte.<br />

10 MT


 11


HIGHLIGHTS<br />

UMA CASA PARA<br />

TODOS OS ENCONTROS<br />

Os espaços compartilhados são cada vez mais comuns em Fortaleza,<br />

mas a Casa da Vila, pensada por André Figueiredo e Bolivar Gadelha,<br />

vai além disso. Inaugurado em junho deste ano, na Praia de Iracema, o local<br />

abriga, em um imóvel supercharmoso de aproximadamente 300 m², lojas,<br />

coworking, exposições de arte, espaço para eventos e ainda um restaurante.<br />

“Quando lançamos a ideia, pensamos em trazer o fluxo de um negócio<br />

para o outro. Quem tá comprando roupa e quer tomar um café; quem quer<br />

receber um cliente e leva no coworkig; o cara que tá trabalhando mas<br />

quer fazer uma pausa pra relaxar e tomar uma cerveja”, diz André. Além de<br />

sediar quatro lojas e um restaurante, a Casa da Vila oferece aulas de yoga e,<br />

uma vez por mês, jam sessions de vários estilos musicais.<br />

REPERCUSSÃO INTERNACIONAL<br />

DA ARTE CEARENSE<br />

Artista cearense que vem conquistando repercussão<br />

entre as maiores publicações de design e publicidade<br />

do mundo, Juca Máximo teve trabalhos classificados,<br />

em setembro deste ano, entre os anúncios mais criativos<br />

da América Latina, segundo o portal AdForum. As peças<br />

em questão, seis pinturas em acrílica com retalhos e<br />

linhas de costura, expressam o conceito de uma vida<br />

feita de fragmentos e cuja beleza depende da forma<br />

como esses pedaços são costurados. Também neste ano,<br />

Juca já foi considerado um dos 200 melhores ilustradores<br />

atuais pela revista austríaca Archive e figurou no livro do<br />

Hiiibrand Illustrator, concurso asiático de ilustração.<br />

FESTAS INESQUECÍVEIS EM<br />

CENARIOS PARADISÍACOS<br />

Não é de hoje que as festas de casamento<br />

vêm se transformando em eventos que são<br />

verdadeiras experiências para os noivos e<br />

convidados, indo desde comemorações com<br />

megaestruturas a cerimônias intimistas em<br />

cenários paradisíacos. Noivos do último mês<br />

de agosto, Ana Carolina Fontenele e Ivan<br />

Bezerra Filho (foto) escolheram a ilha grega<br />

de Míconos para realizarem o casamento,<br />

no pôr do sol do clima mediterrâneo. Um dia<br />

antes da cerimônia, eles promoveram uma<br />

festa para aquecer as comemorações junto dos vários cearenses que<br />

embarcaram junto deles para a Europa. Outra união em um destino cheio de<br />

romance foi a dos atores Klebber Toledo e Camila Queiroz, que disseram o<br />

“sim” um ao outro em Jericoacoara, no litoral cearense, com uma festa cheia<br />

de convidados globais.<br />

SEREIA DE OURO HOMENAGEIA<br />

PERSONALIDADES DO ESTADO<br />

Somando 48 edições, o Troféu Sereia de Ouro foi<br />

entregue, este ano, à ministra do Tribunal Superior do<br />

Trabalho (TST), Kátia Magalhães; ao artista plástico<br />

Descartes Gadelha (foto) ao médico Manoel Odorico<br />

de Moraes; e ao empresário Beto Studart. Criada pelo<br />

Sistema Verdes Mares para reconhecer a atuação<br />

de personalidades que contribuem para o desenvolvimento<br />

econômico, social e cultura do Estado,<br />

a comenda foi entregue em festa no Theatro José de<br />

Alencar, no fim de setembro.<br />

12 MT


MODA, TECNOLOGIA E TODAS<br />

AS CONEXÕES POSSÍVEIS<br />

A plateia do Teatro RioMar Fortaleza ficou<br />

mais uma vez lotada durante o dia de seminários<br />

do MaxiModa, que celebrou, em 2018,<br />

dez anos de realização. Os convidados deste<br />

ano foram o co-fundador e CEO do Basico.<br />

com, Daniel Cunha; a consultora da WGSN,<br />

líder mundial em previsões de tendências,<br />

Eva Farah; a gerente de Marketing<br />

Institucional da Natura, Fernanda Paiva;<br />

a jornalista e apresentadora da Globo News,<br />

Maria Prata; e a jornalista e consultora de<br />

moda Lilian Pacce; que compartilharam<br />

suas experiências no universo fashion<br />

guiados pelo tema “Moda é Movimento que<br />

Conecta Tecnologia e Pessoas”. Empresários<br />

do segmento, estudantes e outros interessados<br />

nesse contexto marcaram presença<br />

no evento, que contou ainda com sessão de<br />

autógrafos do livro “O biquíni made in Brazil”,<br />

de Lilian Pacce.<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Patrimônio<br />

histórico<br />

aberto ao<br />

público no<br />

Centro de<br />

Fortaleza<br />

MÃOS SUTIS PARA<br />

LAPIDAR BELEZAS REAIS<br />

Make-up artist e hair stylist há mais de 15 anos<br />

e nome de confiança de personalidades como<br />

Nicole Pinheiro, Mariana Ximenes, Alix Pinho<br />

e Paulinha Sampaio, Celso Férrer defende a<br />

máxima de que todo rosto é inédito e, por isso,<br />

a maquiagem deve valorizar a beleza única de<br />

cada indivíduo, e não encaixá-lo em um padrão.<br />

“Minha mão é sutil e consegue reconhecer<br />

e lapidar bem cada tipo de beleza, todos os<br />

tipos de traços”, estabelece ele, que revela ter<br />

aprendido a respeitar e valorizar os diversos<br />

tipos de rostos a partir da experiência obtida em<br />

São Paulo, onde trabalhou com várias revistas<br />

de moda. “Eu cuidava desde meninas que<br />

tinham traços indígenas até aqueles rostos que<br />

costumamos ver em campanhas convencionais<br />

e editoriais”, detalha Celso - que assina beauty<br />

e hair da diretora da Galeria, Márcia Travessoni,<br />

na capa desta edição. Tendo a preparação da<br />

pele como um dos pontos altos de seu trabalho,<br />

Celso diz inspirar-se também no universo das<br />

artes para fazer as produções das clientes.<br />

Uma das obras arquitetônicas mais<br />

antigas da capital cearense, a Casa<br />

do Barão de Camocim, localizada<br />

na Praça da Bandeira, no Centro da<br />

cidade, ganhou o título de centro<br />

cultural e foi aberta ao público em<br />

agosto deste ano. Na inauguração,<br />

o espaço recebeu a exposição<br />

“Nossas Janelas”, com pinturas do<br />

artista Descartes Gadelha, que fica<br />

disponível para visitação até 30<br />

de outubro. Bem tombado como<br />

Patrimônio Histórico-Cultural do<br />

município, a Casa do Barão de<br />

Camocim passou por intervenções e<br />

reformas ao longo de todo o ano de<br />

2017. Já neste ano, o imóvel sediou o<br />

69º Salão de Abril, com exposições<br />

e performances artísticas, até ser<br />

integrado ao Complexo Cultura Vila<br />

das Artes, da Secretaria de Cultura<br />

de Fortaleza (Secultfor).<br />

HIGHLIGHTS 13


MT ONLINE<br />

A plataforma Márcia Travessoni está on-line 24h por dia, a gente não para.<br />

Diariamente, a redação turbina site e redes sociais com matérias novas e notícias<br />

qualificadas, cheias de conteúdo. Destaque também para o #CanalMT, com vídeos<br />

novos toda quarta sobre lifestyle, cultura, gastronomia, arte, entrevistas e claro, os<br />

melhores eventos da cidade.<br />

#CanalMT<br />

→→WWW.MARCIA<strong>TRAVESSONI</strong>.COM.BR<br />

@GALERIAMT<br />

/MARCIA<strong>TRAVESSONI</strong><br />

/M<strong>TRAVESSONI</strong>​​<br />

@M<strong>TRAVESSONI</strong><br />

CULTURA POP<br />

No ano em que Sex and the City<br />

completou 20 anos, site MT fez um<br />

especial passeando por todas as<br />

aventuras e curiosidades das quatro<br />

moradoras mais ilustres de NYC: Carrie,<br />

Samantha, Miranda e Charlotte.<br />

CASAMENTO DE LUXO<br />

Mirella Bessa é acostumada a decorar os casamentos mais incríveis da<br />

cidade. Para o portal, ela apontou cinco tendências em décor para deixar<br />

esse momento ainda mais marcante.<br />

DE OLHO NELA<br />

Paulinha Sampaio viajou para acompanhar<br />

os detalhes da semana de moda de Londres<br />

e flagramos a influencer no momento do<br />

embarque. No site tem os highlights dessa<br />

viagem fashionista.<br />

GASTRONOMIA<br />

INTERNACIONAL<br />

Rafael Sudatti sabe bem como transformar<br />

um menu em uma verdadeira experiência<br />

gourmet. Entrevistamos o chef para<br />

saber as novidades que ele preparou<br />

para o Café 50.<br />

CONVERSA COM <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />

Tem série nova estreando no #CanalMT. No “Conversa com Márcia<br />

Travessoni”, nossa Publisher bate um papo descontraído e cheio de<br />

conteúdo com diversos personagens interessantes, que têm feito a<br />

diferença na sociedade.<br />

PASSEIO HISTÓRICO<br />

270 obras que passeiam por diversos movimentos da arte brasileira, entre os<br />

séculos XVI e XXI, sob o olhar de artistas nacionais e estrangeiros. Esse é o<br />

mote da exposição “Da Terra Brasilis à Aldeia Global“, que dialoga diretamente<br />

com a comemoração dos 45 anos da Unifor. Fizemos um tour, em vídeo,<br />

pela mostra. Play!<br />

14 MT


MT online 15


DEPOIMENTOS<br />

Quem<br />

passou<br />

por aqui<br />

Na edição comemorativa número<br />

10 da Revista Galeria, alguns dos<br />

nomes que já ilustraram a capa<br />

da publicação falam sobre a<br />

experiência em ter participado<br />

do projeto. Confira nas inserções<br />

ao longo das próximas páginas.<br />

16 MT


Afrânio Barreira<br />

Capa da Revista Galeria #2<br />

Empresário e fundador<br />

da rede de restaurantes<br />

Coco Bambu<br />

“Recebi com muito prazer o convite da Márcia Travessoni<br />

para estar na Revista Galeria. A Márcia faz um belo<br />

trabalho jornalístico, além de ser uma pessoa leve, do<br />

bem, que nos dá prazer em sermos amigos. Admiro nela<br />

a simplicidade e as manifestações sempre feitas com o<br />

coração. A Revista é moderna, de excelente qualidade, atual<br />

“e sempre cheia de matérias que nos prendem na leitura”.<br />

depoimentos 17


GALERIA<br />

VISITA<br />

18 MT


SOB O OLHAR DOS<br />

BOUGAINVILLES<br />

COM UM JARDIM DE ENCHER OS OLHOS, A CASA<br />

DE JÚLIA PHILOMENO, NO CUMBUCO, REPRESENTA<br />

A UNIÃO E OS BONS ENCONTROS DA FAMÍLIA<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Galeria Visita 19


Com mais de 400 m², a casa de praia da empresária<br />

Júlia Philomeno, no Cumbuco, tem cerca de 30 anos<br />

de existência e, por conta de todo esse tempo, guarda<br />

muita história a ser contada. “Essa casa tem muita<br />

razão de ser porque ficou um canto de família muito<br />

bom. Eu tenho dois filhos e o Alfredo, meu esposo,<br />

tem três. Aqui a gente reunia todo mundo e proporcionava<br />

momentos incríveis, quando eles eram menores. Nossos filhos,<br />

atualmente, já estão todos casados e já vêm todos com seus<br />

filhos. Temos só coisas boas para contar de experiência nessa<br />

casa”, comenta Júlia.<br />

Quando o portão de madeira da entrada se abre, já se sabe<br />

que um dos destaques do local é o jardim, que oferece um<br />

ambiente bonito e, principalmente, de paz para quem está<br />

curtindo a piscina e o deck. As diversas plantas também dão<br />

volta na varanda da casa, principalmente os bougainvilles,<br />

que ficam caindo do telhado do primeiro andar da casa e<br />

dão todo um charme, que Júlia faz questão de mostrar. “Têm<br />

épocas do ano que ficam ainda mais bonitos, tudo cheio e de<br />

uma ponta a outra da varanda”.<br />

No pé de jasmim-laranjeira, localizado na entrada, Júlia<br />

tem uma lembrança recente especial: “No Dia das Mães, fiz um<br />

pé de amor, com vários corações. Porque eu gosto muito<br />

desse tipo de produção e sempre que tenho oportunidade,<br />

faço algo. Então, reuni toda a família aqui, inclusive com<br />

a minha mãe [Beatriz Philomeno Gomes], e fizemos uma<br />

foto linda”, comenta a empresária sobre a data comemorativa<br />

do ano passado.<br />

Na frente da casa e integrado à piscina e ao deck, há um<br />

grande espaço em grama verde, onde já foram realizados<br />

muitos eventos da família. No dia anterior a nossa visita,<br />

por exemplo, houve uma festa de aniversário de um parente<br />

20 MT


PÉ DE AMOR<br />

No Dia das Mães do ano<br />

passado, uma das árvores do<br />

jardim de Júlia transformou-se<br />

em um pé de amor e rendeu<br />

uma linda foto de família<br />

da empresária. “Aqui eu já fiz festa de Carnaval, com desfile<br />

de fantasia e premiação, já foi um campo de futebol, quando<br />

os meninos eram menores, já montamos um acampamento<br />

com barracas, quando recebemos muitas pessoas, já houve<br />

até festa de casamento”, lista. O próximo sonho dela é fazer<br />

uma casa da árvore para os netos, em uma parte do espaço.<br />

A memória de Júlia revela o quanto a casa tem se adaptado<br />

às diversas fases da família. Assim como o campo de<br />

futebol, que foi substituído à medida que os filhos cresciam,<br />

a antiga sala de jogos do segundo andar, com mesa<br />

de pingue-pongue e sinuca, passou a ser a sala de televisão.<br />

Nesse espaço, ela também expõe objetos especiais que trouxe<br />

de viagens, como um barco do Lago Titicaca, no Peru,<br />

e um quadro em tecido e o bordado à mão que comprou<br />

na Índia. Os bordados, aliás, são bastante presentes na casa,<br />

elegantemente aplicados nas toalhas e centros de mesas que<br />

ficam no deck, varanda e sala de jantar.<br />

Apesar do cuidado que demonstra ter com cada cômodo<br />

da residência, Júlia pondera que a ideia é não se preocupar<br />

excessivamente com a ambientação do lugar. “É uma casa<br />

Galeria Visita 21


simples e ao mesmo tempo gostosa. O objetivo é não ter<br />

preocupação, os meninos, por exemplo, correm molhados<br />

pela casa. A ideia é se divertir”, diz a empresária.<br />

DETALHES<br />

O canto preferido de Júlia é o viveiro de pássaros<br />

artificiais que criou, onde ela gosta de sentar no banco<br />

de madeira perto das plantas. “Nesse cantinho aqui a gente<br />

senta e fica escutando o barulhinho do sino quando o vento<br />

bate. Esse sino eu trouxe da Tailândia. Tem em todos os<br />

templos de lá, para proteger contra os maus espíritos e<br />

eu trouxe para nos proteger também. O bom dessa casa é<br />

que você pode enxergar o céu, pode sentir o barulho do<br />

vento batendo”, descreve.<br />

Perto do viveiro, há um conjunto de cadeiras com uma<br />

mesinha de centro bem especial para a família. “Era do<br />

restaurante do meu pai, que ficava no Iracema Plaza Hotel,<br />

e eu coloquei aqui em casa porque acho que combina bem”.<br />

Mas a marca registrada da residência, de acordo com ela,<br />

é a caipirosca que a família serve aos convidados. “É bem<br />

decorada, colocamos uma flor, e é a nossa marca registrada.<br />

Todo mundo já sabe”, comenta, orgulhosa. ¤<br />

22 MT


@<br />

Azuli<br />

DO CEARÁ PARA O MUNDO<br />

Encante-se com a beleza da Azuli<br />

Extraída de pedreira própria,<br />

sua formação geológica única lhe<br />

confere charme e sofisticação de<br />

forma singular.<br />

Ideal para revestimentos, bancadas e afins.<br />

Surpreenda-se<br />

Show Room: Av. Desembargador Moreira, 333 - lojas 08 e 09 - Meireles – Fortaleza/CE<br />

Indústria: Anel Viário de Fortaleza – km 22 s/n - Urucutuba – Caucaia/CE<br />

(85) 3242-0099 | multipolipedras@gmail.com | www.multipolipedras.com.br<br />

Galeria Visita 23


EM PAUTA<br />

EXPANDIR AS<br />

FRONTEIRAS<br />

INVESTIR NA EXPORTAÇÃO DO ARTESANATO CEARENSE É O FOCO DO SEBRAE-CE,<br />

QUE PROMOVE, EM NOVEMBRO, EVENTO INTERNACIONAL SOBRE O ASSUNTO<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS ALEX CAMPELO<br />

Aproximar a linguagem da tradição e da cultura<br />

popular, inerente ao artesanato, do refinamento<br />

e inovação, tão presentes no design, é um movimento<br />

que o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro<br />

e Pequenas Empresas (Sebrae) se empenha em<br />

desenvolver há quase 20 anos. No Ceará, esse<br />

trabalho tem grande expressão, principalmente pelo grande<br />

volume de artesanato de qualidade que centenas de grupos<br />

executam em todo o Estado, e da parceria com designers,<br />

resultando em coleções especiais, artesãos que elevaram<br />

o próprio ofício ao patamar de grife e uma importante<br />

catalogação das tipologias artesanais espalhadas pela<br />

terrinha. Agora, os gestores desse segmento na instituição<br />

se preparam para iniciar um processo de internacionalização<br />

dos produtos, promovendo a II Jornada Iberoamericana<br />

de Design e Artesanato, duas décadas após a realização da<br />

primeira edição do evento.<br />

Prevista para acontecer em novembro, na sede do<br />

Sebrae-CE, a jornada vai reunir os responsáveis pelos<br />

programas de artesanato de países como México e Colômbia,<br />

considerados referência na exportação consciente desse<br />

tipo de produto. “Quando esse primeiro evento foi feito,<br />

há 20 anos, foram lançadas as bases para um termo de<br />

referência pra atuação de instituições, como o Sebrae,<br />

com o artesanato, considerando o mercado para isso.<br />

A importância dessa jornada é fazer uma atualização<br />

dessa base, ir pro digital, para os novos mercados”, explica<br />

o analista técnico do Sebrae-CE e coordenador estadual do<br />

Programa de Artesanato, Glauber Uchôa. O encontro será,<br />

também, uma oportunidade de capacitar designers que já<br />

atuam junto a grupos de artesãos, para que essa relação se<br />

consolide ainda mais.<br />

“Nós queremos fazer uma coisa estruturada, colocar o<br />

artesanato na vitrine de grandes lojas no exterior”, planeja<br />

o diretor-superintendente do Sebrae-CE, Joaquim Cartaxo.<br />

A realização, também no mês de novembro, do Encontro<br />

24 MT


SEBRAE<br />

Glauber Uchôa e<br />

Joaquim Cartaxo são os<br />

principais nomes, do<br />

Sebrae, que trabalham<br />

na aproximação entre<br />

artesanato e design<br />

Internacional de Negócios do Nordeste, acrescenta<br />

Joaquim, vai ajudar a projetar ainda mais o artesanato<br />

cearense, que será um dos tópicos debatidos<br />

no evento. “Hoje em dia a gente não tem comércio<br />

internacional de artesanato, é só o turista que vem e<br />

leva alguma coisa”, detalha.<br />

MESTRES PRODUTIVOS<br />

Estado que figura sempre entre as unidades com<br />

produção de artesanato mais expressiva do País, o Ceará<br />

tem destaque não apenas pelo volume de produtos,<br />

mas pela qualidade das peças feitas manualmente.<br />

“Quando realizamos rodadas de negócios, são gerados<br />

R$ 1,5 milhão, até R$ 2 milhões a cada edição, e os<br />

lojistas compram tudo o que os artesãos levarem,<br />

bolsas, renda, palha, boneca, filé, couro, madeira”, lista<br />

Glauber. Nos últimos três anos, cerca de 2.500 artesãos<br />

do Ceará, de aproximadamente 100 grupos produtivos,<br />

foram acompanhados pelo Sebrae-CE dentro do Brasil<br />

Original, um programa nacional cujo objetivo é valorizar<br />

o trabalho manual dentro da decoração.<br />

“A gente auxilia esses grupos no processo produtivo,<br />

desenvolvimento de embalagem pros produtos,<br />

criação de mercado e na colocação desses produtos em<br />

destaque, como fizemos em 2017 e este ano, na Casa Cor<br />

Ceará, aproximando artesãos e designers”, completa<br />

o analista técnico. Na Casa Cor 2018, o Sebrae-CE<br />

firmou uma parceria com a Secretaria de Cultura do<br />

Estado do Ceará (Secult-CE) e reuniu, em um mesmo<br />

ambiente, peças de artesãos reconhecidos pela Lei<br />

dos Tesouros Vivos da Cultura Tradicional Popular e<br />

criações de jovens designers cearenses. “Cada um falou<br />

de sua respectiva linguagem, em rodas de conversa que<br />

a gente promoveu no evento”, detalha o diretor do<br />

núcleo de artesanato.<br />

Enquanto os mestres dos ofícios manuais aprendem,<br />

junto dos técnicos e designers do Sebrae, a valorizar<br />

as próprias criações de forma cultural e financeira,<br />

do outro lado, os gestores do projeto se orgulham em<br />

ajudar a mudar a imagem dessas peças que representam<br />

a materialização de saberes culturais. “Artesanato já foi<br />

considerado como coisa de feirinha, mas hoje, se você<br />

observar a qualidade desses produtos, fazendo parte<br />

de coleções pensadas, o valor dessas peças, volume<br />

de negócios, é algo totalmente diferente, outra consciência”,<br />

conclui Glauber. ¤<br />

em pauta 25


EM PAUTA<br />

CONVITES PARA<br />

VIVER A CIDADE<br />

INTERVENÇÕES URBANAS REALIZADAS PELA PREFEITURA DE FORTALEZA TÊM<br />

ESTIMULADO AS PESSOAS A OCUPAREM A CAPITAL DE DIVERSAS MANEIRAS<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Quando escolheu a bicicleta como um dos meios<br />

de transporte, há quatro anos, a empresária Mara<br />

Delynie Feijó de Oliveira, 28, fazia um breve<br />

percurso de 1,5 km, da Rua Torres Câmara, onde<br />

morava, até a Avenida Antônio Sales, onde ficava<br />

seu local de trabalho. “Eu morava muito perto do<br />

trabalho, não tinha linha de ônibus (no trecho) e eu não<br />

gostava de andar da carro. Foi então que eu peguei uma<br />

bicicleta emprestada, comecei a ir e fui achando aquilo<br />

muito prático. Depois, passei a ir também de bicicleta para a<br />

faculdade, que já era um pouco mais longe”, lembra a ciclista,<br />

que estendeu o percurso, na época, para 7,5 km. Superando<br />

diariamente dificuldades como a falta de respeito de alguns<br />

motoristas que insistem em invadir o espaço destinado aos<br />

ciclistas, por exemplo, ela reconhece que a bicicleta é, hoje,<br />

parte de sua rotina. “Hoje eu faço tudo de bicicleta, desde ir<br />

trabalhar até ir no barzinho”, detalha ela, que é proprietária<br />

da Bitelli Bikes, espaço de venda, conserto e personalização<br />

de bicicletas e que funciona, ainda, como centro difusor da<br />

cultura do ciclismo.<br />

O exemplo de Mara é apenas um dos que ilustra a<br />

crescente população de ciclistas em Fortaleza, movimento<br />

alimentado tanto pela mudança de hábito das pessoas<br />

como de iniciativas da gestão municipal que visam ampliar<br />

a presença das bicicletas na malha urbana. Segundo a<br />

Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos<br />

(SCSP), entre 2012 e 2018, a rede cicloviária da cidade saltou<br />

de 68,2 km para os atuais 232,5 km, o que representa um<br />

aumento de 240%. E até 2020, a meta da SCSP é ultrapassar<br />

os 236 km de rede de deslocamento para ciclistas previstos<br />

no Plano Diretor Cicloviário Integrado, atingindo 350 km.<br />

Cada vez mais distribuídas pela Capital, as ciclofaixas e<br />

ciclovias contribuem para consolidar alternativas mais<br />

sustentáveis de deslocamento e estimulam, ainda, que os<br />

fortalezenses tenham uma nova percepção do lugar onde<br />

moram. “A gente não costuma olhar a cidade quando tá<br />

de carro ou de ônibus, porque entramos numa bolha e não<br />

percebemos o entorno. Quando você anda de bicicleta,<br />

consegue ver as paisagens, lugares que você nem sabia que<br />

estavam ali. Tudo é mais interessante, o contato com as<br />

pessoas ao seu redor, melhora o seu dia”, descreve Mara.<br />

Outro aspecto dessas novas rotinas, principalmente<br />

para aqueles que adotam as bicicletas como opção de deslocamento,<br />

é o cuidado, ainda que indireto, com a saúde,<br />

muito importante em tempos que se proliferam problemas<br />

relacionados ao sedentarismo. “Existe um conceito de cidade<br />

26 MT


saudável que cada vez mais vai ganhando força no mundo,<br />

de cidades que permitem aos cidadãos terem práticas<br />

diárias que sirvam como fator de promoção da saúde. Além<br />

disso, existe uma relação muito forte entre sedentarismo e<br />

dependência excessiva de automóvel”, associa o secretário<br />

executivo da SCSP, Luiz Alberto Saboia. Segundo ele,<br />

os investimentos em políticas de mobilidade têm interferência<br />

na questão da saúde pública, uma vez que 30%<br />

a 40% dos leitos da emergência de hospitais são ocupados<br />

por vítimas de acidentes de trânsito. “E o uso excessivo do<br />

automóvel tem relação direta com doenças do aparelho<br />

respiratório. Hoje, 62% da poluição de Fortaleza vem do<br />

automóvel, e não mais das fábricas”, acrescenta Saboia.<br />

ROTINAS SAUDÁVEIS<br />

Foi justamente para cuidar da saúde que o engenheiro<br />

mecânico Milton Sakahara, 51, começou, há nove anos,<br />

a pedalar pela cidade. “Perdi 15 kg só em cima da bike. Hoje,<br />

em pauta 27


EM PAUTA<br />

já sou líder de um grupo de ciclistas, fazemos passeios e até<br />

ações de caridade”, destaca ele. Atualmente, Milton divide<br />

a rotina entre Fortaleza e São Paulo, mas sem deixar de<br />

lado o hábito de pedalar. “Em São Paulo eu vou trabalhar<br />

de bicicleta, andando pela Av. Paulista, e aqui, nos fins de<br />

semana, faço passeios pra Região Metropolitana”, conta ele.<br />

Milton foi um dos que contribuiu para aumentar em 125%,<br />

nos últimos nove anos, o número de pessoas que praticam<br />

exercícios por mais de 150 minutos por semana na Capital,<br />

segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e<br />

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico<br />

2017, do Ministério da Saúde.<br />

E embora a bicicleta seja a maneira difundida de<br />

exercício físico utilizando os espaços públicos da Cidade,<br />

a Prefeitura tem investido em outras intervenções que<br />

favorecem essa prática, como a instalação de academias<br />

ao ar livre em praças e a criação das Areninhas. Somando<br />

as seis Regionais mais o Centro, são 135 academias ao<br />

EM PAUTA<br />

Mara Delynie e Milton<br />

Sakahara descobriram a<br />

cidade de outra maneira<br />

depois que começaram a<br />

andar de bicicleta<br />

28 MT


DIVULGAÇÃO<br />

Compartilhadas<br />

Sistema de bicicletas compartilhadas implantado<br />

há quatro anos em Fortaleza, o Bicicletar é mais<br />

um estímulo às rotinas saudáveis. Em 2015, um ano<br />

após receber as bikes do sistema, a Capital registrou<br />

a maior taxa de utilização desse tipo de veículo no<br />

País, contabilizando mais de 117 mil viagens em dias<br />

úteis entre junho e agosto daquele ano, superando o<br />

Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Hoje, o sistema<br />

chega a registrar 2 mil viagens diárias, em Fortaleza,<br />

que conta com quatro modos de compartilhamento<br />

de bicicletas: Bicicletar, Bicicleta Integrada, Bicicletar<br />

Corporativo e o Mini Bicicletar, cada um deles com<br />

propostas, características, públicos-alvo e lógicas<br />

de funcionamento distintas. Ao todo, as modalidades<br />

somam 1.240 bicicletas disponíveis para<br />

compartilhamento.<br />

Extensão de rede de deslocamento para ciclistas em Fortaleza<br />

103 km de ciclovia<br />

125,5 km de ciclofaixas<br />

3,9 km de ciclorrotas<br />

0,1 km de passeio compartilhado<br />

FONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS PÚBLICOS<br />

em pauta 29


EM PAUTA<br />

FOTO MARCOS MOURA<br />

FOTO MARCOS MOURA<br />

DIVULGAÇÃO<br />

ar livre disponíveis na Capital, além das ações do<br />

Projeto Atleta Cidadão, que disponibiliza gratuitamente<br />

atividades físicas e brincadeiras, orientadas por<br />

profissionais, em praças, equipamentos esportivos e<br />

associações de Fortaleza. Já o projeto das Areninhas,<br />

agrega transformação social à prática esportiva, uma vez<br />

que requalificou e urbanizou 22 campos de futebol em<br />

comunidades com altos índices de vulnerabilidade social<br />

e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),<br />

de acordo com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer<br />

(Secel), responsável pela iniciativa. Para 2019, já estão<br />

assinadas as ordens de serviço para a construção de<br />

outras 16 Areninhas. E assim, por meio do esporte e de<br />

alternativas de mobilidade, a Capital se torna, ainda<br />

que aos pouquinhos, um lugar cada vez mais acolhedor<br />

e instigante para seus moradores. ¤<br />

30 MT


em pauta 31


32 MT<br />

MODA


As cabeças da moda<br />

PIONEIRA NA DIFUSÃO DOS CHAPÉUS COMO ACESSÓRIO FASHION NO ESTADO, A DESIGNER JOMARA<br />

CID BUSCA, AGORA, INCORPORAR SUAS CRIAÇÕES NAS PRODUÇÕES DOS CEARENSES<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Há sete anos atuando no segmento de chapelaria<br />

no Estado, a designer Jomara Cid já percebe uma<br />

significativa evolução dos cearenses quando o<br />

assunto é usar chapéus. “Vejo nitidamente uma<br />

evolução no mercado, no consumidor. Quando eu<br />

comecei, as pessoas não sabiam a nomenclatura,<br />

o que era o fascinator, o que era o casquete”, relembra.<br />

Com um ateliê na Praia de Iracema, a designer de chapéus<br />

explica que os casamentos da realeza britânica contribuíram<br />

muito para despertar um pouco de interesse por parte de<br />

alguns consumidores. “Logo que eu me formei, e que eu<br />

fiz o meu primeiro curso, a Kate Middleton (Duquesa de<br />

Cambrigde, esposa do príncipe William) casou e acho que<br />

isso foi muito importante para já dar uma familiarizada e as<br />

pessoas já procuravam mesmo sem saber o nome. Ao longo<br />

desse tempo, vi que as coisas vinham evoluindo, de forma<br />

lenta mas vêm evoluindo”, relata.<br />

Apesar da melhoria na recepção do consumidor, Jomara<br />

ressalta que ainda há muitos desafios, tendo em vista que,<br />

segundo ela, o cearense geralmente usa chapéu em duas<br />

ocasiões: “quando viaja, que aí todo mundo tem coragem e<br />

usa, ou quando vai à praia”. Um dos objetivos do trabalho<br />

dela, atualmente, é ampliar o uso de chapéus em eventos<br />

sociais, o que ainda é muito difícil, segundo ela mesma<br />

pontua. “Mas as pessoas já usam tiaras, que são muito procuradas,<br />

casquetes, fascinators, pentinhos e coisas menores para<br />

moda 33


MODA<br />

Escala nacional<br />

Jomara Cid tem conquistado cada<br />

vez mais espaço na moda nacional:<br />

já assinou a chapelaria do desfile de<br />

Ronaldo Fraga no São Paulo Fashion<br />

Week, em 2017; também foi responsável<br />

pelos acessórios de cabeça que a<br />

cantora Claudia Leitte usou no Carnaval<br />

de Salvador, em 2017; e, no Baile da<br />

Vogue deste ano, assinou os acessórios<br />

de algumas influenciadoras digitais.<br />

esses eventos. Anteriormente, nem isso, nem as menores<br />

coisas a gente via na cabeça”, destaca.<br />

O perfil dos clientes atendidos pelo ateliê de Jomara<br />

Cid é 70% do público feminino e tem, como maior característica,<br />

a personalidade forte e a segurança. “São mulheres<br />

mais maduras, não em relação a idade, mas em relação ao<br />

emocional. Ela sabe o que quer, sabe quem ela é e respeita<br />

o próprio estilo. Então, as minhas clientes têm essa característica<br />

muito forte, do autoconhecimento. Se chegam<br />

aqui com um pouco de dúvida, procuro respeitar o estilo<br />

delas, porque a chapelaria é para você usar e se sentir linda,<br />

e ela vai arrancar olhares, sim. A gente sabe que o que não<br />

é comum, o que não está em massa, arranca olhares. Então,<br />

você precisa estar muito segura para sustentar esses olhares.<br />

Precisa ser fiel ao seu estilo”, detalha Jomara.<br />

O público masculino também busca as criações de<br />

Jomara, mas esses clientes, explica ela, são mais objetivos<br />

e demandam basicamente chapéus. “São muito básicos, você<br />

pode separar cinco modelos, são os cinco que saem para os<br />

homens. E tenho muitos clientes senhores, por incrível que<br />

pareça. Quando comecei a abordar meu público masculino,<br />

fazia muitas fotos com uma galera mais fashion, e não dava<br />

ibope, porque quem usa chapéu são, geralmente, homens<br />

mais velhos”, explica. O ateliê de Jomara também atende<br />

noivas e público infantil, sob encomenda.<br />

INFINITAS POSSIBILIDADES<br />

Pensando em um consumo consciente da moda, Jomara<br />

diz que procura criar peças com versatilidade, que possam<br />

ser utilizadas em diversos contextos. “É uma filosofia que<br />

eu acredito muito, do produto de moda não estar rotulado<br />

a uma determinada ocasião ou situação. Digo muito que<br />

o chapéu da praia pode sair para as ruas, você montando<br />

um look apropriado. A partir do momento em que você dá<br />

infinitas possibilidades a essa peça, ela consegue ser uma<br />

em cada produção”, sugere.<br />

O processo criativo da designer não se vincula às<br />

temporadas de inverno e verão, como a moda geralmente<br />

é regida. Acreditando na atemporalidade de suas peças,<br />

Jomara trabalha com coleções-cápsula, evitando produzir<br />

em repetição as peças. “Prefiro criar coleção que fale mais<br />

sobre mim, sobre uma viagem que fiz... Porque toda coleção<br />

de um designer, de um artista, fala dele, da vivência dele,<br />

do que ele aprendeu, do que chamou atenção dele. Então,<br />

quando crio uma coleção é mais para colocar para fora<br />

aquilo que mexeu comigo, aquilo que me incomodou de<br />

alguma forma. E não consigo ser um robô, que reproduz<br />

uma mesma peça várias vezes”, destaca a designer. ¤<br />

34 MT


moda 35


COMPORTAMENTO<br />

PAIXÃO EM<br />

DUAS RODAS<br />

PROPRIETÁRIOS DE MOTOS HARLEY-DAVIDSON COMPARTILHAM<br />

A PAIXÃO PELO ESTILO DE VIDA QUE INCLUI LONGAS VIAGENS<br />

E UMA VERDADEIRA IRMANDADE EM TORNO DA MOTOCICLETA<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Motores barulhentos, faróis acesos e algumas<br />

luzes neón, formas sinuosas e jaquetas de<br />

couro compõem os cenários onde normalmente<br />

se reúnem grupos de motociclistas.<br />

Mas quando os encontros são dos proprietários<br />

das famosas motos Harley-Davidson,<br />

uma característica fica mais evidente: a paixão por um<br />

veículo que representa um estilo de vida e, em muitos casos,<br />

a realização de sonhos alimentados desde a adolescência.<br />

Em Fortaleza, desde que a concessionária oficial da marca<br />

chegou, em 2012, os motores norte-americanos conquis-<br />

36 MT


taram ainda mais fãs, fortalecendo uma verdadeira<br />

família de “harleyro”, como eles próprios se denominam.<br />

No mundo todo, os membros dessa família<br />

pertencem ao Grupo dos Proprietários de Harley,<br />

o HOG (Harley Owner Groups, da sigla em inglês),<br />

que se ramifica em núcleos menores — como os<br />

Chapters, criados nas cidades onde a empresa tem<br />

um ponto de revenda. “Quando você compra uma<br />

Harley ganha um pacote em que tá incluso amigos<br />

e diversão”, descreve o empresário e presidente do<br />

Chapter de Fortaleza, Fernando Rocha, que contabiliza,<br />

informalmente, mais de 250 membros no grupo da<br />

capital. “Esse é um grupo em que a gente basicamente<br />

divulga a marca, mas sem fins lucrativos, e também<br />

pelo prazer de reunir os amigos e ainda fazer ações<br />

sociais”, acrescenta o presidente. Os encontros oficiais<br />

acontecem nas manhãs de sábado, na própria concessionária,<br />

onde é servido um café da manhã aos “harleyros”.<br />

“Mas a gente também organiza os passeios, as viagens<br />

de grupo, as ações beneficentes, como entrega de cestas<br />

básicas e de cadeiras de rodas”, detalha Fernando.<br />

O interesse do empresário pelas motocicletas<br />

robustas surgiu por influência do sogro, e ele se considera<br />

integrante da nova geração dos apaixonados por<br />

Harley. “Mas tem ‘harleyro’ aqui da década de 1970”,<br />

detalha ele, que hoje é proprietário de uma versão<br />

comemorativa da moto, em alusão aos 115 anos da<br />

marca, e da qual existem apenas 3.700 unidades em<br />

todo o mundo. O construtor Paulo André Rocha,<br />

37, teve a primeira experiência em uma Harley<br />

quando comprou uma motocicleta que era de um<br />

amigo, o que foi suficiente para deixá-lo fiel a esse<br />

estilo de vida. “Era uma mais esportiva, mas já me<br />

apaixonei por ela”, conta Paulo. Integrante do mesmo<br />

grupo de amigos “harleyros”, o também construtor<br />

Jorge Perdigão, 35, sempre gostou de se aventurar<br />

em motocicletas, mas admite ter iniciado um novo<br />

capítulo desse hobby após ter comprado sua primeira<br />

Harley-Davidson. “A Harley é um estilo de vida. Acho<br />

que não teria moto de outra marca, se for assim, prefiro<br />

nem ter” garante ele, que cita como um dos modelos<br />

mais icônicos a Fat Boy, imortalizada no filme O<br />

Exterminador do Futuro 2.<br />

ATÉ O FIM DO MUNDO<br />

Motociclista desde 1982, o empresário Ion Marcos<br />

Lepaus, 47, conta que pilotava “motos normais,<br />

menores”, em longas viagens, até 2007, quando ele<br />

comprou a primeira Harley. “O conceito de pegar a<br />

mala e ganhar o mundo é da vida toda, mas o sonho<br />

sempre foi fazer isso numa Harley, quem tem uma dessa,<br />

tá num estágio diferente da vida”, argumenta ele, que no<br />

ano passado fez um percurso de 32 dias em sua moto,<br />

um modelo Ultra, até Ushuaia, na Argentina, também<br />

comportamento 37


FOTO RONI VASCONCELOS<br />

conhecido entre os viajantes como fim do mundo<br />

por ser a cidade mais ao sul do planeta. “A gente<br />

viaja o país todo, e já fui pros Andes, pro Atacama.<br />

Em viagens assim, é sol, chuva, poeira, areia, tudo em<br />

cima da moto”, descreve.<br />

A esposa e os filhos de Ion também se inserem<br />

nesse universo “harleyro” por influência dele, inclusive<br />

o caçula Adam Leite, de 10 anos, que acompanha<br />

o pai em todos os encontros nacionais da marca e<br />

pilota versões menores e personalizadas de motocicletas<br />

— em áreas privadas e obedecendo aos padrões<br />

de segurança exigidos na modalidade. “Quando eles<br />

chegaram, esposa e filhos, eu já estava nesse mundo<br />

das motos, então eles tiveram que se encaixar”,<br />

brinca o empresário.<br />

Companheiro de algumas viagens de Ion, o engenheiro<br />

civil Ricardo Soares de Castro, 59, também<br />

iniciou cedo no ramo das motocicletas, por influência<br />

de um tio que representava a japonesa Honda no<br />

Brasil. “Com 17 anos eu comprei minha primeira<br />

Harley, era uma 1952, com marcha no tanque e 750<br />

cilindradas. Depois, tive uma muito rara, chamada<br />

Motovi, que foi de uma parceria que a Harley-<br />

-Davidson fez com uma empresa italiana”, lista.<br />

A experiência de pilotar uma motocicleta como<br />

a Harley e a irmandade compartilhada entre os<br />

proprietários são, para Ricardo, o grande diferencial.<br />

“A potência do motor, o próprio porte da moto,<br />

o prazer de pilotar, sem falar na família que você<br />

forma, em termos de amizade”, reforça. ¤<br />

38 MT


comportamento 39


DE 13/09<br />

A 23/10<br />

NA RUA VISCONDE<br />

DE MAUÁ, 950<br />

A CASA VIVA<br />

Este é o mote da CASACOR 2018. O maior evento de décor,<br />

arquitetura e paisagismo das Américas preparou para você<br />

uma experiência única e inesquecível. Venha ver, tocar,<br />

experimentar e se emocionar com ambientes que revelam<br />

a casa como um organismo vivo e afetivo. Não perca!<br />

TERÇA A SÁBADO: 17H ÀS 22H<br />

DOMINGOS E FERIADOS: 16H ÀS 21H<br />

40 MT


PATROCÍNIO NACIONAL<br />

PARCEIRO NACIONAL<br />

DE SUSTENTABILIDADE<br />

PATROCÍNIO LOCAL<br />

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL<br />

APOIO LOCAL<br />

FORNECEDOR OFICIAL<br />

TINTA OFICIAL<br />

PORTARIA<br />

REMOTA<br />

HOTEL<br />

OFICIAL<br />

UNIVERSIDADE<br />

PARCEIRA<br />

PARCERIA SOCIAL<br />

MEDIA PARTNER<br />

REALIZAÇÃO<br />

comportamento 41


EMPREENDEDORISMO<br />

Sabores<br />

duradouros<br />

COM QUASE DUAS DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA NA GESTÃO<br />

DO GRUPO 50 SABORES, SIMÃO E ROBERTA VASCONCELOS<br />

EXPANDEM, AGORA, PARA O RAMO DE CAFÉ<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

O<br />

produto final é colorido, lúdico e tem sabores<br />

que remetem às mais leves sensações: vender<br />

sorvete é compartilhar um pouquinho de alegria<br />

com cada cliente. Pelo riso solto de Simão e<br />

Roberta Vasconcelos, diretores do Grupo 50<br />

Sabores, é fácil deduzir que é mais ou menos<br />

dessa maneira que se estabelece boa parte da administração<br />

da rede de sorveterias fundada há 43 anos pelo pai dele,<br />

Raimundo Vasconcelos, ou “Seu Raimudim”. “A gente<br />

vende alegria”, brinca Roberta. Das mais de quatro décadas<br />

da empresa, os últimos 18 anos foram sob a gestão de Simão<br />

que, junto da esposa, renovou a imagem da sorveteria,<br />

42 MT


ampliou o número de lojas, expandiu em franquias para<br />

Pernambuco e, mais recentemente, inaugurou o Café 50,<br />

que ele considera “um filho da 50 Sabores”. “Eu acho que se<br />

meu pai não tivesse partido tão cedo, ele estaria tocando<br />

esse negócio da mesma maneira que estamos fazendo<br />

hoje”, orgulha-se o filho, constatando que aprendeu<br />

corretamente as lições de empreendedorismo passadas<br />

pelo sorveteiro “Raimundim”.<br />

Hoje, o casal administra 10 lojas em Fortaleza, sendo<br />

uma delas instalada em um espaço de 300 m², na Av.<br />

Beira Mar, integrada ao café — que tem direito a carta de<br />

vinhos, reproduções de obras de arte do Museu Hermitage,<br />

da Rússia, e menu de inspiração internacional assinado<br />

pelo chef Rafael Sudatti. “A ideia é que isso aqui semeie<br />

frutos e ramifique”, diz Simão, sobre os planos de expandir<br />

a atuação para outros cafés e até restaurantes. Embora<br />

esse novo modelo de negócio esteja agora entrando no<br />

portfólio de Simão e Roberta, é na produção artesanal<br />

de sorvetes que eles ainda concentram boa parte dos<br />

investimentos e reúnem uma expertise única. “Apesar de<br />

ser uma empresa brasileira, a 50 Sabores é a que compra<br />

mais insumos italianos para sorvete no Brasil, mas com<br />

know-how todo cearense. Buscamos sempre valorizar o<br />

nosso cajá, nossa tapioca, nossa manga, goiaba, sapoti,<br />

siriguela”, lista Roberta.<br />

Especialmente num período em que o mercado gastronômico<br />

busca reproduzir receitas estrangeiras de gelatos<br />

e outras sobremesas do tipo, Simão foi certeiro ao adotar,<br />

para seu produto, uma assinatura genuinamente brasileira.<br />

“Existe a valorização do gelato italiano, que é absolutamente<br />

normal, porque o mercado pede novidade, mas a<br />

gente viu essa necessidade de afirmar o sorvete brasileiro,<br />

também num momento em que o brasileiro estava muito<br />

desacreditado no Brasil”, resgata o empresário.<br />

ARTESANAL E FARTO<br />

Com uma rotina de produção que inclui processos<br />

como a caramelização de castanhas e a torra de coco ralado<br />

feitas manualmente, a fabricação mensal de sorvetes da<br />

50 Sabores soma 30 toneladas, incluindo sorvetes lisos,<br />

como são chamados os sabores simples, a exemplo de<br />

frutas; e sorvetes montados, seguindo receitas que foram<br />

incluídas a partir de 2007, com sabores como pudim,<br />

brownie, biscoito com doce de leite e biscoito com<br />

ganache. “Eu estava comendo um alfajor, um dia, e vi o<br />

formato dele: camadas de biscoito e recheio. Daí pensei<br />

EMPREENDEDORISMO 43


Café com sorvete<br />

Aberto em junho deste ano, o Café<br />

50 representa, para Simão e Roberta<br />

Vasconcelos, um momento simbólico de<br />

expansão: além de marcar o investimento<br />

do casal em um segmento diferente,<br />

é também o retorno para o Mucuripe,<br />

bairro onde ficava a última unidade<br />

da 50 Sabores inaugurada ainda pelo<br />

fundador, Raimundo Vasconcelos.<br />

Com um ambiente refinado e ao mesmo<br />

tempo aconchegante, o café reflete,<br />

segundo Roberta, o melhor da família<br />

deles: a paixão por viagens, receitas de<br />

cardápios internacionais e ingredientes<br />

de alta qualidade. Ovos beneditinos,<br />

croque monsieur e café da manhã com<br />

direito a torradas e geleia de acerola são<br />

alguns dos itens do menu.<br />

em fazer o mesmo com sorvete, e foi assim que surgiram<br />

sabores como charlotte, manjar dos deuses e café com<br />

tapioca”, conta Simão.<br />

A unidade que conta com mais sabores de sorvete<br />

disponíveis para os clientes é a do Shopping Del Paseo,<br />

que exibe nada menos que 150 variações no menu. Já a do<br />

Shopping Iguatemi passou recentemente por uma expansão<br />

e oferece, agora, 132 tipos da iguaria. “Na fábrica, temos<br />

350 receitas prontas para serem executadas, que a gente vai<br />

implementando de acordo com o gosto do público. Agora,<br />

por exemplo, tá muito em alta os sabores com Nutella”,<br />

acrescenta Roberta, lembrando ser a criadora do famoso<br />

sorvete com sabor de pudim de leite.<br />

A fartura da lista de sabores se reproduz também na<br />

casquinha: o sorvete simples da 50 Sabores, ou “1 sabor”,<br />

segundo descreve o cardápio, tem cerca de 220 g do produto<br />

— enquanto a média das demais sorveterias é de 90 g —,<br />

sem falar nas coberturas de morango, leite condensado e<br />

marshmallow, que podem ser colocadas à gosto por quem vai<br />

apreciar a sobremesa. “Com a 50 Sabores, são bolas bondosas,<br />

produtos bondosos, sem pena”, atesta Simão, reproduzindo<br />

mais um dos ensinamentos do fundador da empresa.<br />

LIÇÃO DE FAMÍLIA<br />

A partir do pouco convívio que teve com "Seu<br />

Raimundim", Simão, que perdeu o pai aos 16 anos, definiu<br />

como missão dar seguimento àquele negócio. “A gente<br />

conversava muito e hoje eu percebo que tenho um compromisso<br />

com ele, é uma coisa muito intensa, muito forte”,<br />

diz ele, que considera a preocupação com os funcioná-<br />

44 MT


TOQUE<br />

MT<br />

Balcão colorido<br />

Os sabores “Manjar dos deuses”,<br />

“Biscoito ganache”, “Qualquer coisa”<br />

(um mix de frutas com massa de biscoito)<br />

e “Charlotte” são os mais pedidos na<br />

sorveteria 50 Sabores. E se na hora de<br />

escolher o sorvete a indecisão for mais<br />

forte, vale pedir ajuda ao vendedor:<br />

todos eles possuem, no crachá, ao lado<br />

do nome, o sabor favorito na casa.<br />

Os proprietários também já têm definidos<br />

os favoritos: Simão escolhe sempre o<br />

“Romeu e Julieta”, enquanto Roberta é<br />

apaixonada por “Chocolate crocante”.<br />

rios o maior legado de gestão que ele herdou. “Ter uma<br />

equipe é como uma grande família, e isso inclui sair um<br />

pouco da nossa agenda e ir cumprimentar o funcionário,<br />

perguntar sobre a família dele, se preocupar de verdade<br />

com ele. Temos 10 lojas e, na nossa cabeça, é uma coisa<br />

só”, detalha Simão.<br />

Essa mesma visão familiar se aplica à maneira como ele<br />

e Roberta pensam o crescimento da 50 Sabores: de forma<br />

planejada e em passos cuidadosos, assim como os pais<br />

preparam um filho para ser independente. “Eu não acredito<br />

em sucesso sem trabalho, você tem que estar lá dentro,<br />

tocando o negócio, e tem que ter o ‘jeitinho Raimundo’<br />

de gerenciar. Se for franqueado da 50 Sabores, tem que<br />

estudar a história do Seu Raimundim”, garante Simão.<br />

As duas franquias da sorveteria, inauguradas no ano<br />

passado, em Recife, são conduzidas por empresários que<br />

têm a mesma visão do casal, do negócio que cresce de<br />

forma mais lenta, desde que seja sólido e com bases éticas.<br />

“Eu vejo a 50 Sabores crescendo no futuro, mas de maneira<br />

muito responsável”, define Simão. ¤<br />

EMPREENDEDORISMO 45


EMPREENDEDORISMO<br />

Conta digital<br />

para pagamento<br />

de funcionários<br />

UMA DAS PIONEIRAS NO SEGMENTO DE FINTECHS<br />

NO CEARÁ, A SOMA CONTA DIGITAL TEM DEIXADO SERVIÇOS<br />

FINANCEIROS MAIS ACESSÍVEIS PARA DIVERSOS USUÁRIOS<br />

POR ALINE CONDE<br />

Criada em 2015, em Fortaleza, a Soma Conta Digital<br />

é uma fintech — termo utilizado para negócios que<br />

unem tecnologia com serviços financeiros — que<br />

traz um modelo inteligente de pagamento de<br />

funcionários em empresas. “A Soma Conta Digital<br />

foi criada para desburocratizar a folha de pagamento<br />

das empresas, de forma simples e segura, e ao mesmo tempo<br />

proporcionar uma inclusão social de várias pessoas que não<br />

conseguem abrir conta em banco comum. Não é porque está<br />

no SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) ou Serasa que elas<br />

vão deixar de abrir uma conta. Aqui, nós oferecemos conta<br />

digital com saque, pagamento de contas, transferências,<br />

compras com o cartão Soma e muito mais”, explica o presidente<br />

da Soma, Fernando Gurgel, destacando que a empresa<br />

é uma das pioneiras no segmento, no Ceará.<br />

Os clientes da Soma dividem-se, basicamente, nas empresas<br />

que contratam o serviço de pagamento de salários e nos<br />

usuários, que são os funcionários dessas companhias e terão<br />

acesso aos serviços e transações bancárias. Atualmente,<br />

a Soma atende mais de 350 empresas e 30 mil usuários de<br />

diversos segmentos, como bares, restaurantes, supermercados,<br />

postos de gasolina, empresas de terceirização de mão de obra<br />

e varejo. O segmento da construção civil foi o primeiro a<br />

demandar os benefícios da companhia. O serviço também<br />

já ultrapassou Fortaleza e Região Metropolitana, para atuar<br />

em Sobral e Juazeiro do Norte. “A maioria dessas empresas<br />

sentia dificuldade de abrir conta para todos os funcionários”,<br />

detalha o presidente.<br />

BENEFÍCIOS<br />

A maior vantagem para a utilização do serviços da Soma<br />

é a automatização. “A gente está totalmente integrado com<br />

sistemas de folha de pagamento que as empresas usam. Eles<br />

conseguem, com o clique de um botão, mandar todas as<br />

informações para a gente, nosso sistema processa isso e faz o<br />

depósito na conta de todo mundo que está naquela folha de<br />

pagamento. É uma maneira automatizada e ajuda muito o<br />

pessoal do RH das empresas”, garante Fernando.<br />

Outro benefício pontuado por ele é em relação à abertura<br />

da conta, feita on-line, evitando que o funcionário perca<br />

muito tempo em agências bancárias, como acontece com os<br />

bancos convencionais. Pensando no usuário final, que são os<br />

colaboradores das empresas, o presidente afirma que a relação<br />

fica mais próxima. “Com as facilidades que ele tem de acessar o<br />

dinheiro e usar, a gente consegue realmente estar mais próximo<br />

dele, para, inclusive, poder sentir a necessidade dele”, pontua.<br />

O usuário recebe um cartão e pode sacar o dinheiro ou<br />

fazer outras transações, nos cerca de 40 caixas eletrônicos<br />

distribuídos em Fortaleza e região metropolitana, além de<br />

poder sacar dinheiro em farmácias e supermercados parceiros.<br />

Na capital cearense há caixas eletrônicos em shoppings<br />

como RioMar Fortaleza, Iguatemi e North Shopping, além<br />

46 MT


FOTO MARÍLIA CAMELO<br />

de duas agências de atendimento presencial da própria<br />

Soma. “Os usuários podem ir lá que temos funcionários<br />

que vão atendê-los, para tirar dúvidas, fazer segunda<br />

via do cartão ou outros serviços. As agências ficam no<br />

Centro e na Messejana”, orienta Fernando. O aplicativo<br />

para celular, disponível nas lojas virtuais, também facilita<br />

o acesso do usuário.<br />

EXPANSÃO<br />

Atualmente, explica Fernando, a empresa está consolidando<br />

o negócio no Ceará para, então, expandir para outros<br />

locais do Nordeste. “Temos essa pretensão realmente de<br />

levar esse nosso produto para outras praças. Temos trabalhado,<br />

hoje, no lançamento de alguns produtos novos, como<br />

o Cartão Prêmio e uma conta para pessoa jurídica. A ideia<br />

é no próximo ano já sairmos para os estados vizinhos”,<br />

projeta o presidente. . ¤<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

EMPREENDEDORISMO 47


DEPOIMENTOS<br />

““Senti-me muito honrada de ter sido convidada e de fazer parte<br />

da história da Revista. Sempre me emociono em relembrar todo<br />

o caminho percorrido nesses mais de 30 anos de Água de Coco.<br />

Tenho muito orgulho do reconhecimento e de ter recebido tanto<br />

destaque em um veículo que admiro. A Márcia é um exemplo<br />

de mulher forte e perseverante, que construiu uma carreira<br />

sensacional como comunicadora. Acho muito importante a<br />

publicação, principalmente nos tempos atuais, onde a mídia<br />

impressa vem sofrendo tantos abalos. A Revista Galeria mostra<br />

o que temos de melhor em nosso Estado de uma forma leve,<br />

contando a história de tão bons exemplos da nossa terra.<br />

Liana Thomaz<br />

Capa da Revista Galeria #3<br />

Empresária e fundadora<br />

da Água de Coco<br />

Que tenha uma vida longa e que venham mais comemorações!”<br />

48 MT


Everardo Telles<br />

Capa da Revista Galeria #4<br />

Engenheiro agrônomo e<br />

presidente do Grupo Telles<br />

“Foi muito bom revisitar toda a minha história empresarial<br />

através de uma entrevista tão leve; desde as captações de<br />

imagem, feitas com total competência através do Fernando<br />

Travessoni, até o elegante coquetel de lançamento. Entendo a<br />

relevância que a Revista possui na Cidade, e que por ela passam<br />

grandes personalidades e pessoas inspiradoras e inovadoras.<br />

Estar entre uma delas significa muito. Da Márcia Travessoni,<br />

“admiro sua competência, dinamismo, simpatia e carisma”.<br />

depoimentos 49


50 MT<br />

PODER


NEGÓCIOS E<br />

IDEIAS EM REDE<br />

PRESIDENTE DO LIDE CEARÁ, A EMPRESÁRIA EMÍLIA BUARQUE FALA<br />

SOBRE OS DESAFIOS EM COLOCAR O ESTADO NAS PAUTAS NACIONAIS<br />

E INTERLIGAR OS EMPRESÁRIOS LOCAIS ÀS CONEXÕES GLOBAIS<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Quando Emília Buarque completou 16 anos,<br />

foi emancipada pelo pai para que pudesse<br />

empreender e abriu, na época, uma empresa<br />

no segmento de distribuição. A jovem Emília<br />

daquela época já dizia muito do que seria a<br />

escolhida para a seção Poder desta edição da<br />

Revista: uma mulher responsável por seus próprios negócios.<br />

Desde 1998, Emília atua em outro segmento, o de turismo<br />

corporativo e de negócios, e agora, tem ainda outra missão<br />

importante destacada em seu currículo, a de presidir o<br />

Grupo de Líderes Empresariais (Lide), no Ceará, organização<br />

global que completa dois anos de atuação no Estado,<br />

em outubro. “Sempre procurei me engajar em ambientes<br />

que tivessem como premissa dois fatores-chave, que são o<br />

desenvolvimento da iniciativa privada e os propósitos para<br />

o bem comum. Com isso, eu participei, na época, como<br />

coordenadora geral da Associação de Jovens Empresários<br />

(AJE) em 2003, que foi uma experiência incrível. Depois eu<br />

fui vice-presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC),<br />

de 2004 a 2008. Também atuei na diretoria da Câmara de<br />

Comércio Brasil-Portugal, de 2008 a 2010. Até que passado<br />

o tempo surgiu o Lide”, pontua a empresária, que tem<br />

formação em Turismo e Pós-Graduação em Gestão Pública<br />

Empresarial pela Universidade Federal do Ceará (UFC).<br />

A atuação de Emília no setor empresarial é tão relevante<br />

que ela já foi, inclusive, agraciada com a Medalha do Mérito<br />

Anhanguera, em 2017, pelo Governo de Goiás. O Lide Global<br />

é uma organização privada fundada pelo atual prefeito de<br />

São Paulo, João Dória, em 2003. “Começou de pequenos<br />

encontros entre empresários que viam neste networking uma<br />

possibilidade tanto de ampliar os negócios como também de<br />

discutir um país melhor”, comenta. Atualmente, o grupo é<br />

presidido pelo ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e<br />

Comércio Exterior do governo Lula, Luiz Fernando Furlan.<br />

O Lide reúne quase 1.800 empresas, no Brasil, de médio e<br />

grande porte, e representa 52% do Produto Interno Bruto<br />

(PIB) privado do País. Emília destaca que o grupo ainda tem<br />

mais relevância por possuir 16 unidades espalhadas pelos<br />

estados brasileiros, além de núcleos internacionais em países<br />

como China, Itália, Alemanha, Portugal, Estados Unidos,<br />

Argentina e Paraguai.<br />

LOCAL E GLOBAL<br />

A história do Lide se entrelaçou com a de Emília por<br />

volta de 2014, quando ela começou a ser sondada pelos dirigentes<br />

nacionais do grupo para tomar a frente da iniciativa<br />

no Ceará. O surgimento no Estado se deu em 2016. “Nosso<br />

objetivo é fortalecer a livre iniciativa e discutir o ambiente<br />

para um Brasil melhor. É uma organização que atua de forma<br />

muito independente, moderna, com ampla respeitabilidade<br />

nas diversas esferas e conexão no mundo inteiro. Então, para<br />

pessoas que valorizam o compromisso social das empresas,<br />

ter uma agenda de contatos com os maiores empresários<br />

do Brasil, além de lideranças políticas relevantes, é muito<br />

poder 51


PODER<br />

Pacto pela educação<br />

A empresária e presidente do Lide, Emília<br />

Buarque, acredita que o Brasil ainda não terá as<br />

mudanças necessárias nos próximos anos. “Há de se<br />

ter uma mudança de mentalidade geral. Eu acho que<br />

o setor produtivo está pronto para dar um grande<br />

salto em produtividade e desenvolvimento, mas nós<br />

precisamos de um Brasil com menos impostos,<br />

menos burocracia, com ajuste fiscal, com foco na<br />

educação, com o governo exercendo o seu papel,<br />

que é oferecer serviços de qualidade para a grande<br />

população. Se isso acontecesse, os empresários<br />

fariam a parte que é acelerar o desenvolvimento e<br />

gerar empregos”, sugere Emília. Para ela, é necessário<br />

um pacto pela educação entre o Governo, iniciativa<br />

privada e sociedade. “É o compromisso de todos de<br />

investirem nisso. Por exemplo, o Governo Federal,<br />

Estadual, Municipal investirem em escola de tempo<br />

integral, em cursos profissionalizantes de mais alto<br />

nível, em tecnologia, em universidades. Os próprios<br />

empresários fazerem a sua parte, que é dar canais<br />

para o desenvolvimento de seus colaboradores.<br />

A sociedade, principalmente a população de<br />

baixa renda, entender que só vai mudar o seu<br />

patamar se as crianças estiverem na escola. É uma<br />

consciência geral de todos sobre a importância da<br />

educação”, argumenta.<br />

52 MT


FOTO DIVULGAÇÃO<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

EMÍLIA BUARQUE<br />

Acima, Emília Buarque<br />

com o presidente do Lide<br />

Global, Luiz Fernando Furlan;<br />

e à direita, em evento<br />

promovido pela entidade,<br />

com o economista<br />

Paulo Guedes.<br />

representativo. Trazer isso aqui para o ambiente do Ceará<br />

e, por outro lado, também levar o que há de melhor do<br />

Ceará para o Brasil e para o mundo, foi realmente um<br />

convite irrecusável”, relembra Emília, comentando que<br />

um dos focos principais do Lide é a pauta global. “Logicamente,<br />

tentando trazer o máximo de contribuições dessa<br />

discussão global para o desenvolvimento do nosso Estado<br />

e dos nossos empresários”. Um ponto a ser destacado do<br />

Lide é a reunião de empresários de diversos setores. “Acho<br />

que os nossos membros já se apropriaram do quanto é rico<br />

esse ambiente de troca de ideias e relacionamento entre<br />

os diversos setores. Inclusive, é um dos feedbacks que eles<br />

mais dão, que eles não avaliavam antes a importância de<br />

estarem se integrando com diversos segmentos, como<br />

indústria, comércio, agronegócio. Essa troca é muito rica,<br />

porque uma experiência de um setor pode ser útil a outro<br />

segmento”, acredita ela. Dentro da organização há um<br />

comitê de diretorias específicas de cada área (Agronegócio,<br />

Indústria, Segurança, Tecnologia, Mulher, entre outras)<br />

e um empresário para liderar cada uma dessas células.<br />

O Lide acontece por meio de reuniões mensais, com temas<br />

específicos, que englobam os diversos segmentos.<br />

CONTRIBUIÇÕES AO CEARÁ<br />

“Um canal de safe network”, é como a empresária<br />

define a importância da associação para os empresários<br />

cearenses. Ela diz que ainda há a necessidade do empresariado<br />

local em aproveitar o propósito maior do Lide<br />

Global, que são as interações internacionais. “O nosso<br />

grupo aqui precisa avançar ainda, se apropriar mais disso.<br />

Todo mundo reconhece que é um ambiente de troca de<br />

ideias local interessante. Mas nós temos o propósito<br />

maior que é essa conexão com o mundo inteiro. Então,<br />

o empresário que quer fazer negócio com a China, busca<br />

o Lide China. Porque é um ambiente seguro de entrar<br />

naquele país, fazer contato com os empresários chineses”,<br />

explica. Além disso, o Lide contribui com o Estado ao<br />

propor pautas políticas para “discutir um Brasil melhor”.<br />

Durante a campanha eleitoral deste ano, por exemplo,<br />

os economistas dos candidatos à Presidência participaram<br />

de debates com os empresários cearenses e abordaram<br />

diversos assuntos, inclusive o desenvolvimento do<br />

Nordeste. “Nós temos um gap que amarga há mais de 50<br />

anos, isso não pode ser esquecido. Então, é nosso papel<br />

trazer essas pautas também. Buscar a nossa melhoria.<br />

Não temos que ter privilégios, mas por muitos anos<br />

nós fomos esquecidos, tivemos pouco investimento em<br />

infraestrutura. É colocar o Ceará e o Nordeste na pauta<br />

nacional, é a nossa voz se fazendo valer. Então, nossas<br />

discussões com esses economistas foram diversas: vai ter<br />

investimento em infraestrutura aqui? Qual vai ser o papel<br />

da Sudene e do Banco do Nordeste?”, pontua Emília. ¤<br />

poder 53


DEPOIMENTOS<br />

““Foi uma grande surpresa, além de uma honra e uma enorme<br />

alegria, receber esse convite. A Revista Galeria traz a marca<br />

registrada da Márcia, com um conteúdo construtivo e elegância<br />

na abordagem, buscando sempre inspirar a sociedade com<br />

histórias verdadeiras de luta e busca pelo melhor. Ela tem<br />

generosidade e consegue enxergar o melhor em cada pessoa.<br />

Márcia trouxe uma nova abordagem social, que vai muito<br />

além da simples exposição de rostos e figuras. Tem o cuidado<br />

de levar essência e conteúdo no entorno de tudo isso”.<br />

Niedja Bezerra<br />

Capa da Revista Galeria #5<br />

Médica e fundadora do<br />

grupo Panapaná<br />

54 MT


Renato Aragão<br />

Capa da Revista Galeria #6<br />

Comediante<br />

“Ser entrevistado pela Revista Galeria foi uma honra e um<br />

privilégio. Todos os profissionais envolvidos demonstraram<br />

profissionalismo e competência. A Revista Galeria tem a alma<br />

cearense perfumando e dando vida às suas páginas, por isso, é de<br />

valor inestimável para todos que amam nosso estado do Ceará.<br />

Na Márcia Travessoni, admiro sua capacidade e perspicácia,<br />

“consegue sempre tirar o melhor dos seus entrevistados”.<br />

depoimentos 55


56 MT<br />

Abra novas<br />

portas.


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depoimentos 57


CAPA<br />

58 MT GALERIA


SERENIDADE<br />

INQUIETA<br />

NA <strong>EDIÇÃO</strong> ESPECIAL NÚMERO 10 DA <strong>REVISTA</strong> GALERIA,<br />

A DIRETORA DA PUBLICAÇÃO, <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong>, FALA DE SUA<br />

ESSÊNCIA E DOS PROJETOS QUE DESEJA CONCRETIZAR<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO E FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />

capa 59


O<br />

sorriso pacífico e agregador de Márcia Travessoni é<br />

uma impressão que fica em qualquer um que cruze<br />

com ela — seja nos rápidos encontros em eventos<br />

sociais, nas aparições na televisão, na convivência<br />

profissional e familiar diária ou mesmo através das<br />

redes sociais. O sorriso é mesmo uma janela para a<br />

personalidade de Márcia e instiga a conhecer mais sobre essa<br />

mulher leve, mas cheia de força, e que equilibra calmaria espiritual<br />

e inquietude criativa em uma mesma mente. “O que me<br />

move é saber que sou capaz de qualquer coisa, de alcançar o<br />

que está logo ali na frente, e fazer bem feito”, assume. Na edição<br />

número 10 da Revista Galeria — um feito e tanto em tempos<br />

em que o mercado editorial passa por turbulências —, Márcia<br />

se fez inquieta e corajosa, mais uma vez, vindo em destaque na<br />

primeira página da publicação. Estar na capa da revista que ela<br />

mesma dirige é um ato de ousadia e coragem, sim, porque ao se<br />

colocar como entrevistada, Márcia falou da energia que a move,<br />

mas também compartilhou suas vulnerabilidades, mostrou-se<br />

como um ser humano ainda em construção, que pode acertar e<br />

errar. Chegou perto dos leitores, seguidores e demais pessoas que<br />

de alguma forma acompanham seu trabalho para, então, reverberar<br />

a própria voz. “Eu quero desenvolver cada vez mais a parte<br />

da minha comunicação, ser voz, dar voz pras pessoas que não<br />

têm esse poder, fazer minha opinião ser ouvida”, estabelece ela.<br />

Embora apareça hoje como algo tão genuíno na personalidade<br />

de Márcia, a vocação para a comunicação foi descoberta há<br />

relativamente pouco tempo, associada à paixão dela pelo universo<br />

da moda. Mais precisamente em 2001, quando o marido dela,<br />

Fernando Travessoni, foi designado para elaborar a grade de<br />

programação da TV Diário e deu a Márcia a oportunidade de<br />

ter seu próprio programa. “Eu sempre gostei de moda, de assistir<br />

aos desfiles, mas sentia falta de um programa que falasse sobre<br />

isso aqui no Ceará, e a gente sempre foi tão criativo em relação<br />

a isso. Foi então que o Fernando falou ‘Vamo fazer um programa<br />

de moda?’ e eu falei ‘Vamo!’”, lembra ela, contando a história de<br />

como nasceu o M de Moda, programa de entrevistas e cobertura de<br />

semanas de moda que ficou no ar durante 10 anos e marcou toda<br />

60 MT


capa 61


62 MT


“Eu sou muito movida<br />

a desafios, acho que<br />

sou muito inquieta,<br />

e tudo o que chega<br />

pra mim, realmente<br />

encaro, vou atrás de<br />

me capacitar. Eu acho<br />

que a gente nunca está<br />

pronto pras coisas, mas<br />

se elas vêm, é porque<br />

você tem capacidade<br />

para abraçar”<br />

uma geração. Antes disso, Márcia construiu uma trajetória<br />

empreendedora por trás das câmeras, mas repleta de decisões<br />

que deixaram evidente seu espírito inovador e criativo.<br />

Tudo começou em 1992, quando Márcia era a única<br />

mulher no grupo de seis pessoas selecionadas para o primeiro<br />

programa de trainee do Grupo Edson Queiroz. A carreira se<br />

encaminhava para transformá-la em uma grande administradora<br />

quando ela decidiu abrir mão do mundo executivo<br />

e criar a própria agência de publicidade, junto do marido.<br />

“Fernando viu uma grande oportunidade, eu reconheci que<br />

era, então pedi demissão e começamos a trabalhar em casa.<br />

Fizemos uma campanha publicitária e eu fui aprendendo<br />

tudo, toda a parte de mídia, produção, atendimento era<br />

comigo”, lista. Com a entrada no mercado publicitário,<br />

Márcia usou de todas as ferramentas que podia para desempenhar<br />

aquele trabalho da melhor maneira possível: pedia<br />

ajuda a amigos que já eram da área, visitava veículos de<br />

comunicação para entender como funcionavam os processos<br />

e até ingressou numa especialização em Propaganda e<br />

Marketing, na Universidade de Fortaleza (Unifor). “Eu sou<br />

muito movida a desafios, acho que sou muito inquieta,<br />

e tudo o que chega pra mim, realmente encaro, vou atrás<br />

de me capacitar. Eu acho que a gente nunca está pronto<br />

pras coisas, mas se elas vêm, é porque você tem capacidade<br />

para abraçar”, constata Márcia, aconselhando a partir da<br />

própria filosofia de vida.<br />

COMUNICADORA FASHION<br />

A experiência com o M de Moda foi o primeiro passo para<br />

que Márcia começasse a se perceber enquanto comunicadora.<br />

“Fui estudar de novo, meter as caras, ver as revistas, saber<br />

quem era quem, fazer roteiros do São Paulo Fashion Week”,<br />

lembra ela, que sempre contou com o apoio de uma equipe<br />

de jornalistas, mas coordenava toda a linha editorial dos<br />

conteúdos. Da TV Diário ela foi para o Diário do Nordeste,<br />

onde passou a assinar uma coluna de estilo no caderno<br />

Zoeira e, depois, no caderno Eva e na revista Siará, ambos<br />

extintos. Em paralelo, apresentava o quadro “Moda em<br />

Destaque”, dentro do programa Destaque VM, na TV Verdes<br />

Mares. Em 2015, foi convidada a ser editora do caderno<br />

Gente, também no Diário, assinando ainda a coluna social<br />

do periódico. Foi ainda no contexto de trabalhar com moda<br />

capa 63


“As empresas de<br />

moda daqui eram<br />

familiares, nasciam<br />

dentro de casa, e<br />

tinha uma geração<br />

que ainda não<br />

trabalhava a questão<br />

da gestão, de buscar<br />

conhecimento. Com o<br />

MaxiModa eu queria<br />

trazer esses cases”<br />

e comunicação que ela criou o MaxiModa, seminário de business,<br />

moda e comunicação que completou 10 anos em 2018.<br />

Entre os nomes importantes que dividiram experiências<br />

com o público local, podem ser citados Costanza Pascolato,<br />

Alexandre Birman, Giovani Bianco e Oscar Metsavaht.<br />

“Tudo de diferente que a gente buscava, tinha que ir<br />

pra São Paulo, então eu tive a ideia de fazer o MaxiModa.<br />

Formatamos nesse modelo de palestras e debates com<br />

cases da moda brasileira. Minha ideia era realmente fazer<br />

o intercâmbio com o empresariado local. As empresas<br />

de moda daqui eram familiares, nasciam dentro de casa,<br />

e tinha uma geração que ainda não trabalhava a questão<br />

da gestão, de buscar conhecimento. Com o MaxiModa eu<br />

queria trazer esses cases”, argumenta. Além do engajamento<br />

com o negócio da moda, não há como deixar de citar uma<br />

característica peculiar de Márcia, que tem bastante peso<br />

para quem circula no universo fashion: um impecável senso<br />

de estética, que ela acredita ter herdado da mãe. “Minha mãe<br />

era muito vaidosa, gostava de estar bem vestida, fazia roupas<br />

com tecidos que vinham da zona franca, ela estava sempre<br />

impecável”, lembra ela, citando ainda o intercâmbio que<br />

fez em Londres, ao fim da adolescência, como experiência<br />

agregadora para o interesse que sempre nutriu por moda.<br />

“MUITO AINDA A FAZER”<br />

Hoje, pode-se dizer que Márcia tem uma múltipla definição:<br />

comunicadora, empresária, influenciadora digital,<br />

mobilizadora social, mãe, esposa e, claro, figura inspiradora.<br />

“Mas se eu pudesse, faria ainda mais coisas, eu tenho essa<br />

vontade de realizar, não sei ficar quieta. E quando penso<br />

em fazer algo, é para mover um coletivo”, atesta. Mas antes<br />

de se reconhecer como figura mobilizadora, Márcia se veste<br />

de humildade e demonstra uma sincera gratidão por todos<br />

aqueles que passaram pelas diversas fases da vida dela, aprenderam<br />

com ela e também a ensinaram. “Eu acho que cada<br />

um cumpriu seu papel ali, a gente vai construindo e assim<br />

é a vida. A gente sempre tá aprendendo, nunca podemos<br />

dizer que sabemos de tudo. Essa troca entre as pessoas é<br />

isso, uma eterna construção, e é muito bom estar cercada<br />

por pessoas jovens, cheias de oxigênio, energia”, assume.<br />

A vertente social é que move os projetos que Márcia<br />

planeja executar daqui pra frente. “Tem algo que eu preciso<br />

fazer que é pautar mais o assunto do empoderamento<br />

feminino e da luta pelo fim da violência contra a mulher,<br />

além do abuso sexual infantil, que é algo que me incomoda<br />

muito”, revela. Por enquanto, palestras, seminários e encontros<br />

são a forma mais viável que ela enxerga de levantar<br />

essas discussões. “E essa causa da mulher é porque minha<br />

irmã foi vítima disso [de feminicídio]. Tem 30 anos que a<br />

Telma morreu e eu nunca quis vestir a camisa e levantar<br />

a bandeira porque é uma dor, eu não conseguia. Mas hoje<br />

eu sei que posso”, externa, tocando na ferida que até hoje<br />

machuca sua essência.<br />

A BASE DE TUDO<br />

A perda precoce da irmã, aliás, fez Márcia conectar-se<br />

ainda mais com algo que sempre foi seu porto-seguro:<br />

o núcleo familiar. “É a base de tudo, toda a energia pra<br />

fazer qualquer coisa. Tem que estar bem aqui dentro de casa,<br />

senão o dia não funciona, não rende”, garante. Junto desse<br />

64 MT


capa 65


2<br />

1<br />

4<br />

5<br />

1 - Márcia Travessoni na festa em que ela foi anunciada, em 2015, editora do caderno Gente, do Diário do Nordeste<br />

2 - Márcia Travessoni com a consultora de moda Costanza Pascolato, em 2011, durante o MaxiModa.<br />

3 - Nos estúdios da TV Diário, no início das gravações do programa M de Moda<br />

4 - Registro das gravações do quadro "Moda em Destaque", para o programa Destaque VM, da TV Verdes Mares<br />

5 - A diretora da Revista Galeria junto da advogada e professora Raquel Machado, da empresária Ticiana Rolim Queiroz e da secretária municipal<br />

do Meio Ambiente, Águeda Muniz, durante o evento "Mulheres e Poder", que Márcia criou para estimular o empoderamento feminino.<br />

3<br />

apoio, que vem essencialmente do marido, dos filhos e dos<br />

pais, ela tem seu equilíbrio fortalecido pela fé, sentimento<br />

também compartilhado em família. “Eu descobri uma<br />

afinidade muito grande com Nossa Senhora e a fé está<br />

muito presente em tudo na minha vida, no trabalho.<br />

Eu não consigo viver só nesse mundo, a ligação espiritual<br />

é o meu esteio, é o que me faz respirar. Quando eu sinto<br />

que minha respiração tá curta, vejo que tô muito só na<br />

terra e preciso me conectar, silenciar, rezar”, reforça.<br />

Da irmã que se foi, Márcia guarda não apenas as<br />

saudades, mas também uma série de ensinamentos espirituais<br />

e sociais. “Telma me ensinou muito. Desde criança<br />

ela foi muito solidária, ia em creches, trazia crianças pra<br />

casa. Ela deixou muito isso pra mim e pra minha mãe<br />

sobre a maneira de ver o outro, tratar bem quem quer<br />

que seja, foi uma herança que realmente ela deixou pra<br />

mim”, reconhece. Para o futuro, Márcia admite se ver<br />

tocando algum projeto social, como uma forma de manter<br />

ainda mais viva essa ligação com a irmã e se fortalecer do<br />

amor que floresce a partir dessas trocas. “Por enquanto,<br />

eu vou ajudando naquilo que puder, mas a gente tem<br />

que retribuir sempre, somos muito privilegiados”, atesta.<br />

Enquanto esse momento não chega, Márcia segue<br />

desempenhando seu papel de comunicadora e mobilizadora.<br />

“Se eu tenho um canal de mídia, eu quero que<br />

seja usado pra mover, mexer as pessoas, conscientizar,<br />

levantar causas”, diz ela. Nem Márcia, tampouco seus<br />

familiares, amigos e demais pessoas próximas dela podem<br />

prever o que o futuro trará. De um fato, contudo, todos<br />

podem estar certos: independente do que vier, será<br />

abraçado por Márcia, trabalhado e tocado da maneira<br />

mais apaixonada, competente e carinhosa que ela possa<br />

fazer, porque sempre foi assim, continua desta forma<br />

e certamente será. ¤<br />

66 MT


HÁ 15 ANOS<br />

TRAZENDO O MELHOR DA<br />

CULINÁRIA JAPONESA<br />

S h o p p i n g B u g a n v í l i a - 3 2 2 4 . 9 9 9 7<br />

S h o p p i n g I g u a t e m i - E M B R E V E<br />

/ r e s t a u r a n t e r y o r i<br />

capa 67


68 MT


capa 69


TOQUE MT<br />

70 MT


TOQUE<br />

MT<br />

FUSILLI COM COGUMELOS<br />

FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Quem gosta de preparar uma receita com sabor especial sem passar muito tempo na produção pode apostar na praticidade do “Fusilli<br />

com Cogumelos”, prato compartilhado pela jornalista Izakeline Ribeiro, especializada em Gastronomia e responsável pelo portal Sabores<br />

da Cidade. O ponto forte do prato, segundo ela, são os cogumelos. “Adoro cogumelos. É um ingrediente que tem chegado mais próximo da<br />

nossa realidade, antes era mais difícil de encontrar. Além disso, é uma ótima opção para quem não quer comer carne”, explica a jornalista.<br />

Para acompanhar o prato, Izakeline sugere um vinho branco. “O Leopoldina Chardonnay, da Casa Valduga, combina perfeitamente”, indica.<br />

Tempo de preparo: 30 min<br />

Rendimento: 6 porções<br />

Ingredientes:<br />

500 g de shitake fresco<br />

500 g de cogumelos Paris fresco<br />

500 g de shimeji<br />

1 pacote de massa Fusilli Adria Grano Duro<br />

200 g de queijo parmesão<br />

4 dentes de alho<br />

½ cebola<br />

200 ml de azeite<br />

100 g de manteiga<br />

Sal<br />

Pimenta<br />

Modo de preparo:<br />

1 - Coloque a água para esquentar com um pouco de sal;<br />

2 - Fatie os cogumelos e corte a cebola e o alho em pequenos cubos;<br />

3 - Refogue a cebola e o alho e, em seguida, acrescente os cogumelos.<br />

Mexa até ficarem macios;<br />

5 - Quando a água ferver, adicione a massa Fusilli Adria Grano Duro e siga o<br />

tempo de cozimento sugerido na embalagem. Depois, escorra em água fria;<br />

6 - Acrescente aos cogumelos para uma última refogada, agregando os<br />

sabores dos legumes ao da massa Fusilli Adria Grano Duro.<br />

Para ver o passo a passo dessa e outras receitas se inscreva em nosso #CanalMT, do Youtube!<br />

/M<strong>TRAVESSONI</strong>​<br />

toque MT 71


DELÍCIAS<br />

Por Marcos Monteiro e Rejane Costa<br />

Catering e<br />

alta gastronomia<br />

FOTOS: MARÍLIA CAMELO<br />

Os maiores benefícios<br />

do serviço<br />

de catering são,<br />

sem dúvidas,<br />

a praticidade e<br />

comodidade para<br />

o cliente. Tendência que tem se<br />

fortalecido cada vez mais na última<br />

década, no mercado gastronômico,<br />

o catering leva a cozinha para o<br />

espaço de quem contrata, podendo<br />

ser uma recepção em uma loja,<br />

jantar em residência, casamento ou<br />

mesmo outros formatos.<br />

O atendimento começa com<br />

a montagem da cozinha no<br />

ambiente e inclui até finalização<br />

dos alimentos e, para fazer chegar<br />

até as pessoas, é ideal ter uma<br />

equipe de qualidade, que entenda<br />

o andamento do evento e não deixe<br />

faltar nada. Costumamos falar que<br />

o catering leva um “grande restaurante”<br />

para dentro da casa das<br />

pessoas. A ideia é cuidar de todos<br />

os passos do evento, em relação ao<br />

que será servido como alimentos<br />

e bebidas, não deixando que os<br />

clientes se preocupem com nada.<br />

No nosso caso, esse restaurante<br />

72 MT


oferece, no serviço de catering, a alta<br />

gastronomia, apresentada por meio<br />

de um sabor único, onde os pratos<br />

são elaborados, decorados e trabalhados<br />

como arte.<br />

Nosso grande desafio é apresentar<br />

muito bem o produto. Tendo em vista<br />

que, muitas vezes, as pessoas nos<br />

eventos sociais estão conversando<br />

ou entretidas em outras atividades,<br />

a comida precisa estar muito bem<br />

exibida e exposta para chamar a<br />

atenção dos convidados. Tudo começa<br />

pela apresentação. Então, apostamos<br />

em uma montagem bonita e em deixar<br />

aquele prato colorido. Depois disso,<br />

o desafio é fazer com que as pessoas<br />

gostem do sabor, sintam as texturas<br />

da receita e apreciem os aromas<br />

do prato. No cardápio, os insumos<br />

sofisticados, na linha dos pratos<br />

quentes, são usados desde finos<br />

fingers food até os pratos principais.<br />

Testamos e harmonizamos diferentes<br />

sabores, e um dos mais pedidos é o<br />

Toast de Salmão Marinado ao Capim<br />

Limão e ovas tipo caviar. Vale a pena<br />

experimentar! ¤<br />

→ → O CHEF MARCOS MONTEIRO E REJANE COSTA SÃO<br />

OS RESPONSÁVEIS PELO MONTEIRO GASTRO-<br />

NOMIA, QUE ATUA NO MERCADO CEARENSE<br />

HÁ QUASE TRÊS ANOS, OFERECENDO ALTA<br />

GASTRONOMIA E CATERING PARA EVENTOS EM<br />

DIVERSOS FORMATOS. OS DOIS ACREDITAM QUE A<br />

SOFISTICAÇÃO DO SERVIÇO E A QUALIDADE DAS<br />

RECEITAS FAZEM A DIFERENÇA NO MERCADO.<br />

delícias 73


GASTRONOMIA<br />

Para todos<br />

os gostos<br />

PRATOS CLÁSSICOS E AUTORAIS DIVIDEM ESPAÇO NO MENU<br />

DO FASHION GOURMET, BUFFET E SERVIÇO DE CATERING<br />

COMANDANDO PELA CHEF CAMILA CÂMARA<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Receitas contemporâneas, pratos de família<br />

reinventados e criações autorais com insumos<br />

de alta qualidade compõem o menu do Fashion<br />

Gourmet, buffet conduzido pela chef Camila<br />

Câmara e que oferece tanto o serviço de catering<br />

como a realização de eventos. No cardápio fixo<br />

desenvolvido pela chef, uma das receitas queridinhas é o<br />

Filé Diplomata, que guarda um significado especial para<br />

Camila. “Peguei como base o filé que eu comia na casa da<br />

minha bisavó. O que ela fazia era com passas, champignon,<br />

palmito, molho escuro e vinho. Reinventei a receita utilizando<br />

ingredientes mais modernos, então fiz um filé que<br />

vai funghi, passas, bacon, molho rôti, gorgonzola e creme<br />

de leite fresco. É um molho que todo mundo ama e o prato<br />

mais pedido da gente”, define.<br />

Ainda no menu de carnes, outra opção é o Filé na<br />

74 MT


Mais clientes<br />

Após sete anos atendendo na Av.<br />

Santos Dumont, Camila Câmara<br />

inicia agora uma nova etapa à frente<br />

de seu Fashion Gourmet, em novo<br />

endereço. O espaço fica no Meireles<br />

e deve continuar a atender, com mais<br />

qualidade e comodidade, os mais<br />

variados tipos de eventos, além<br />

do serviço de catering. A intenção,<br />

segundo Camila, é fidelizar os clientes<br />

que buffet já possui e buscar novos<br />

consumidores. “Nós queremos que<br />

o negócio cresça mais e que a gente<br />

consiga ter sempre mais clientes.<br />

Já temos uma clientela fiel e isso é<br />

muito legal”, afirma a chef.<br />

gastronomia 75


GASTRONOMIA<br />

Crosta de Gorgonzola, com molho de shitaque e mini<br />

batatas ao murro. O Camarão Oriental, acompanhado<br />

de couve crocante, farinha panko e um molho adocicado,<br />

acrescenta Camila, é outro campeão de elogios no menu.<br />

O crustáceo vai, ainda, em outra receita especial da chef,<br />

com molho de moquequinha, feito à base de leite de coco,<br />

verduras e dendê, com farofa de banana e couve. No menu<br />

de saladas, a mais comentada, segundo ela, é a Salada Verde<br />

com Salmão Cru, Gergelim e Amêndoas. Para finalizar a<br />

refeição, a lista de sobremesas contempla preparos como<br />

cheesecakes, Pavê de Brownie e Strudel de Pêra.<br />

Dentre as receitas que têm a assinatura de Camila,<br />

o Rondele com Massa Fresca é uma das que ela destaca.<br />

“A gente faz a massa fresca, recheada com queijos, molho<br />

de vinho branco e um patê de trufas negras. As trufas vêm<br />

de fora”, pontua. Na cozinha de Camila há espaço, ainda,<br />

para pedidos personalizados dos clientes, a exemplo de<br />

um aniversário com inspiração regional que ela serviu<br />

recentemente. “Fizemos galinha caipira e à cabidela, paçoca<br />

e feijão verde”, lembra. Parte das encomendas que o Fashion<br />

Gourmet recebe, descreve a chef, é para ocasiões como<br />

refeições em casas de praia e demais encontros em que<br />

muitas pessoas precisam ser servidas e o prato precisa<br />

estar pronto. “Um filé, uma carne do sol com gorgonzola,<br />

uma quiche, uma sobremesa e até mesmo entradinhas finas.<br />

O nosso mini hambúrguer sai muito”, explica.<br />

COZINHANDO ENTRE AMIGOS<br />

Formada em Gastronomia pela Universidade do Vale<br />

do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, Camila Câmara<br />

começou a trabalhar na área há 12 anos, cozinhando para<br />

pessoas próximas a ela. “Comecei a fazer almoços, toda<br />

sexta-feira, na casa da minha mãe, para as amigas. Depois,<br />

as amigas foram chamando outras amigas e o negócio foi<br />

crescendo”, comenta, afirmando que passou dois anos<br />

trabalhando com este modelo de serviço.<br />

Em seguida, a chef decidiu abrir a própria cozinha para<br />

fazer o serviço de catering e, depois de dois anos, em 2011,<br />

abriu o Fashion Gourmet Bristô, que ficava na Av. Santos<br />

Dumont. “Era restaurante de dia, com self-service, e à noite,<br />

o espaço era só para eventos, onde fizemos casamentos,<br />

aniversários, bodas, coquetéis, confraternizações e até<br />

eventos corporativos”, destaca. Depois de um tempo,<br />

ela decidiu encerrar o restaurante e manter apenas o serviço<br />

de eventos e catering, quando passou a ser denominado de<br />

Espaço Fashion Gourmet. ¤<br />

76 MT


gastronomia 77


78 MT<br />

CULTURA


LEGADO EM<br />

MOVIMENTO<br />

DEFININDO-SE COMO CURADORA DA OBRA DE SÉRVULO ESMERALDO,<br />

DODORA GUIMARÃES ENCABEÇA UM ROBUSTO PROJETO PARA<br />

MANTER VIBRANTE A MEMÓRIA DO ESCULTOR CEARENSE<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Cultura 79


CULTURA<br />

A<br />

relação entre mestre e aprendiz caracteriza parte<br />

da parceria de vida estabelecida entre a curadora<br />

Dodora Guimarães, 64, e o artista plástico<br />

Sérvulo Esmeraldo, morto em fevereiro de 2017.<br />

Juntos por quase quatro décadas, eles compartilhavam,<br />

além da vida de casal, um amor único<br />

pelo processo de criação artística. “Quando nos conhecemos,<br />

eu tinha 25 anos e o Sérvulo, 50. Ele trazia uma bagagem<br />

artística enorme e eu tinha uma curiosidade do tamanho<br />

do mundo, sobre tudo. Foi toda uma vida de compartilhamento<br />

de trabalho”, lembra ela, colocando-se como uma<br />

pupila do artista ao dizer que foi preparada por ele. Mais<br />

do que o entendimento necessário para lidar com a obra<br />

do cratense que está entre os pioneiros da arte cinética,<br />

Dodora incorporou, ao longo desses anos, uma espécie de<br />

missão: garantir que o legado de Sérvulo siga tão dinâmico<br />

e lembrado como se ele ainda estivesse aqui, em plena atividade<br />

criativa. “Hoje, o meu trabalho é, além de preservar<br />

as obras que ele deixou, atuar na conservação desse acervo,<br />

tornar conhecida a parte dos projetos que ele nunca realizou.<br />

Conservar essa memória”, estabelece.<br />

Parte desse trabalho iniciou em 2013, com a criação do<br />

Instituto Sérvulo Esmeraldo, quando o artista era vivo.<br />

“Ele sofria muito com o estado de abandono de algumas<br />

obras públicas e nós criamos o Instituto para estar sempre<br />

atentos a essas peças, checar se as pessoas estavam fazendo<br />

a manutenção. O Instituto foi criado exatamente para<br />

conservar e divulgar a obra de Sérvulo Esmeraldo e da<br />

arte contemporânea”, detalha Dodora. Um dos feitos mais<br />

expressivos da entidade foi a restauração, este ano, de quatro<br />

obras de arte e a devolução delas aos seus locais de origem,<br />

em pontos estratégicos da Cidade. Com apoio da Prefeitura<br />

de Fortaleza, a escultura Pulsação (1980) foi instalada sob<br />

o viaduto Reitor Antônio Martins Filho, no Cocó; Infinito<br />

(1983), recolocada na Praça Murilo Borges, no Centro; Ballet<br />

Gráfico (2002) voltou a compor o cenário da Praça da Sé;<br />

e La Femme Bateau (1994) foi colocada sobre a Ponte dos<br />

Ingleses. Essa última teve uma repercussão ainda maior ao<br />

ser arrastada pela ressaca do mar, em março, e encontrada<br />

três dias depois. “Foi uma movimentação muito grande<br />

nas redes sociais. Depois, gente que eu nem conhecia,<br />

me perguntava pela La Femme Bateau”, recorda ela.<br />

80 MT


As próximas iniciativas de restauro, segundo Dodora,<br />

estão atualmente em fase de orçamento e captação de<br />

recursos e são para uma obra doada por Sérvulo no Crato,<br />

cidade natal dele, e uma escultura-fonte criada em homenagem<br />

aos 75 anos do Departamento Nacional de Obras<br />

Contra a Seca (Dnocs), mas que acabou desaparecendo. “Ela<br />

tinha 60 bicos pulverizadores em nove pórticos, fazia uma<br />

chuva e, em certas condições de luz, se formavam vários<br />

arco-íris. Antes de ela desaparecer, a fonte foi desativada<br />

porque as pessoas reclamavam que molhava, por isso nós<br />

estamos negociando instalar no Parque do Cocó, lá não vai<br />

ter esse problema”, argumenta Dodora, expondo o distanciamento<br />

ainda tão forte entre a sociedade e a produção<br />

artística contemporânea. Nesse contexto, ainda amarga,<br />

para a curadora, o atual estado da escultura Monumento<br />

ao Jangadeiro, instalada no calçadão da Av. Beira Mar após<br />

ter sido danificada em uma das obras de requalificação do<br />

trecho. “Com a reforma, a escultura desapareceu e, um ano<br />

depois, descobrimos que ela estava jogada em um canteiro<br />

de obras”, lamenta a curadora.<br />

"HOMEM DE PROJETOS"<br />

O restauro das esculturas é apenas uma parte da tarefa<br />

planejada por Dodora para imortalizar o acervo de seu<br />

companheiro. Definido por ela como um homem de “muitos,<br />

FOTO: THIAGO MATINE<br />

muitos projetos”, o escultor deixou, em caderninhos de<br />

anotações, o registro detalhado de todas as suas criações<br />

e ideias, instigando-a ainda mais na dinamização dessa<br />

memória. “A escultura Pulsação, por exemplo, foi totalmente<br />

reconstruída porque o Sérvulo deixou um caderno completo<br />

com anotações sobre a estrutura, estudos, maquetes e até os<br />

cartões de fornecedores e orçamentos”, revela a curadora,<br />

que também foi surpreendida pelos detalhes. Além das esculturas,<br />

projetos de exposições individuais e coletivas, museus<br />

e até a impressão de livros constam entre as notas do artista.<br />

“Eu estive recentemente com o Flávio Shiró (pintor<br />

japonês radicado no Brasil) e ele me lembrou de um<br />

projeto que o Sérvulo tinha de fazer um livrinho com ele.<br />

Isso despertou minha memória pra uma coisa que estava<br />

adormecida. A gente tinha criado uma editora em casa para<br />

fazer livros de artistas”, resgata Dodora. As impressões eram<br />

feitas no próprio ateliê de Sérvulo, em papel artesanal e por<br />

meio de uma prensa de gravuras trazida do Rio de Janeiro,<br />

nomeada por ele de “Prensa Osvaldo Goeldi”. “Chegamos a<br />

fazer livros do Leonilson e do Aldemir Martins”, acrescenta.<br />

A criação do museu de esculturas a céu aberto é outra<br />

concepção de Sérvulo que Dodora tem se empenhado em<br />

fazer sair do papel. “Ele dizia que Fortaleza era a Grécia<br />

sem esculturas, por isso queria fazer o museu, e lutou muito<br />

por isso, mas não conseguiu porque custa caro. Foi então<br />

FEMME BATEAU<br />

A escultura cinética<br />

La Femme Bateau<br />

foi reinstalada na<br />

Ponte dos Ingleses,<br />

mas levada durante<br />

a ressaca do mar, no<br />

início deste ano<br />

Cultura 81


CULTURA<br />

que surgiu o conceito das esculturas efêmeras, que geraram<br />

duas exposições”, pondera. As duas edições da Exposição<br />

Internacional de Esculturas Efêmeras aconteceram em 1986<br />

e 1991, no Parque Adahil Barreto, sendo que a primeira delas<br />

reuniu criações de 81 artistas, oriundos de 17 países. Para<br />

ter sua obra exposta, o artista deveria enviar um projeto<br />

de escultura passível de ser executado por terceiros e com<br />

materiais de baixos custo — uma forma de provar que é<br />

possível tornar a arte acessível e itinerante. “Nós temos a<br />

ideia e as condições técnicas de tornar possível esse museu,<br />

e o Instituto pode ser um agente catalisador da ideia,<br />

mas tem que ter vontade política dos gestores”, expõe ela.<br />

ELOS EM CADEIA<br />

O papel de Dodora como curadora desse acervo quase<br />

mítico de Sérvulo Esmeraldo ultrapassa as criações dele e<br />

se estende para a valorização da produção artística contemporânea<br />

como um todo. “A arte depende de um sistema,<br />

e eu sou apenas um elo dessa cadeia. Eu sinto muita falta<br />

desses outros elos, deveríamos ter muitos museus aqui em<br />

Fortaleza, mas falta a organização desse sistema e vontade<br />

política dos governantes e da sociedade”, estabelece.<br />

"Uma cidade do tamanho de Fortaleza, e com intensa<br />

movimentação financeira e cultural, tem uma expressão<br />

artística muito aquém do potencial", analisa Dodora.<br />

“De 1961 a 1998, Fortaleza só tinha um museu de arte, que era<br />

o da UFC (Universidade Federal do Ceará). E hoje, quantas<br />

galerias nós temos? Quantos artistas nós temos, vivendo só<br />

de sua arte? Quantos críticos de arte temos em Fortaleza?<br />

Quantos historiadores de arte?”, questiona ela — que insiste<br />

em não reconhecer-se como uma grande curadora da arte<br />

contemporânea cearense como um todo, mas parece não<br />

perder a energia para manter girando as engrenagens da<br />

arte, ainda que em pequenas escalas. ¤<br />

82 MT


Cultura 83


DEPOIMENTOS<br />

““Fiquei muito feliz de participar da 8ª edição da Revista<br />

Galeria, pois pude compartilhar nossas ideias e ações em<br />

prol do desenvolvimento social da Cidade. Em meio a tantos<br />

absurdos atos de violência que testemunhamos diariamente<br />

em Fortaleza, vejo que a Revista Galeria encontrou uma<br />

forma de não ficar alheia aos temas mais atuais, mas não<br />

caiu na armadilha de se ater às catástrofes. Pelo contrário,<br />

assumiu uma postura propositiva, de esperança, buscando<br />

assim inspirar mais e mais pessoas a buscarem soluções<br />

para nossos problemas coletivos. Um sopro de luz em meio<br />

a tanta dureza. A Márcia é uma profissional inspiradora.<br />

Curiosa, perseverante, energética, sempre disposta a inovar<br />

e quebrar barreiras. Ela abraça desafios e se abre para<br />

descobrir o que há de novo, sem medo de encarar mudanças”.<br />

Beatriz Fiuza<br />

Barros<br />

Capa da Revista Galeria #8<br />

Diretora executiva do Instituto<br />

Beatriz e Lauro Fiuza<br />

84 MT


depoimentos 85


DEPOIMENTOS<br />

Zelma Madeira<br />

Capa da Revista Galeria #9<br />

Professora universitária e<br />

coordenadora Especial de<br />

Políticas Públicas para a<br />

Promoção da Igualdade Racial<br />

“Estar na Revista Galeria foi uma experiência gratificante,<br />

de reconhecimento do potencial que têm negros e negras<br />

no Ceará e também de afirmação do meu trabalho na busca<br />

de cidadania, justiça e igualdade racial. O que me encantou<br />

foi a qualidade da entrevista, o respeito pelas minhas falas<br />

e minhas concepções. A revista fez o que muitos não fazem,<br />

de levar para uma categoria de capa uma reportagem<br />

sobre algo que, nesse País, é tão negado, que é a questão<br />

do preconceito racial. Eu fiquei muito orgulhosa com essa<br />

aposta. A Márcia Travessoni tem uma verdade nos afetos, é<br />

respeitosa e tem uma energia muito verdadeira do propósito<br />

e do interesse dela com a Revista aqui no Estado. Quando ela<br />

coloca a reportagem na capa, ela tem um comprometimento,<br />

“ela ousa, faz diferente e afirma algo que é negado”.<br />

86 MT


depoimentos 87


ARTE<br />

TODAS AS<br />

POSSIBILIDADES<br />

DA MÚSICA<br />

COM MAIS DE 1.500 COMPOSIÇÕES GRAVADAS E 30 ANOS<br />

DE CARREIRA, O PERNAMBUCANO NANDO CORDEL SEGUE<br />

EXPLORANDO A CRIATIVIDADE SONORA EM DIVERSAS VERTENTES<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

88 MT


FOTO DIVULGAÇÃO<br />

Iluminar a alma, fazer o bem às pessoas, deixar uma<br />

comunidade ou um país, até mesmo o planeta, mais<br />

felizes — é assim, de maneira quase transcedental,<br />

que o cantor e compositor pernambucano Nando<br />

Cordel, 64, define a música, nesse caso, uma força<br />

que orienta não só o trabalho, mas a vida dele,<br />

há pelo menos três décadas. Com mais de 1.500 canções<br />

popularizadas nas vozes de diversos artistas nacionais<br />

e experiências sonoras que contemplam da MPB ao<br />

universo infantil, passando pelos mantras e reggae,<br />

Nando demonstra estar ainda em plena atividade<br />

musical, num ciclo em que ele se nutre da música e<br />

também atua como energia motora dela. “Tenho muita<br />

coisa pra fazer ainda, mas a música é meu projeto<br />

permanente”, estabelece.<br />

A ligação com essa expressão artística foi algo que<br />

Nando percebeu e cultivou desde muito cedo, quando<br />

ele uniu a influência do pai, um repentista que o aproximou<br />

do forró, toada e bumba-meu-boi, à inspiração<br />

em nomes como Chico Buarque, Tom Jobim e outros<br />

expoentes da MPB, que eram muito presentes em seu<br />

dia a dia. A decisão não poderia ser outra, senão viver<br />

da música e concretizar a “vontade de fazer as pessoas<br />

pensarem e mergulharem no mundo lindo da música”.<br />

“Mas quando eu saí daqui (de Pernambuco) pro Sul,<br />

a minha música era considerada boa, como é até hoje,<br />

mas não vendia. Demorei muito para conseguir uma<br />

gravadora e, quando eu consegui, meus dois primeiros<br />

CDs não venderam nada, fui expulso”, conta o compositor.<br />

Nando já estava na terceira tentativa de gravadora<br />

quando seguiu o conselho de um amigo que o orientou<br />

a “popularizar a música”, o que significava apresentar<br />

algo com acordes mais simples e uma letra mais direta.<br />

“Me deram um tempo pra fazer as músicas, eu fiz<br />

12 e mostrei pra eles, disseram que ia arrebentar.<br />

O primeiro sucesso foi ‘Você endoideceu meu coração’,<br />

e na sequência veio outra, do mesmo disco, ‘É de dar<br />

água na boca’, que gravei com Amelinha”, lembra.<br />

A partir daí, a sequência foi de músicas que viraram<br />

hits e formam coro até hoje, a exemplo de “Minha<br />

Doce Estrela”; “Isso Aqui Tá Bom Demais”, gravada<br />

em parceria com Dominguinhos; “Gostoso Demais”,<br />

interpretada por Maria Bethânia; e “De Volta Pro<br />

Aconchego”, que fez um estrondoso sucesso na voz de<br />

Elba Ramalho como tema da novela Roque Santeiro,<br />

da TV Globo. “Depois, Xuxa me ligou. Ela estava no<br />

auge e queria que eu fosse trabalhar um tempo com<br />

ela, e foi aí que eu fiz ‘Hoje É Dia de Folia’, que foi<br />

primeiro lugar em vários países”, acrescenta ele, reconhecendo<br />

que não consegue elencar quais foram os<br />

momentos mais importantes da carreira, porque eles<br />

ainda estão em curso.<br />

DISPOSTO PARA TUDO<br />

Tão visível quanto a íntima relação de Nando<br />

Cordel com a música e todas as possibilidades que<br />

arte 89


ARTE<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

ela cria é a humildade do compositor em reconhecer<br />

quando precisa mudar e a versatilidade em se adequar<br />

às diferentes fases que a vida impõe. Foi assim em 1985,<br />

quando ele abriu mão do conceito que havia definido para<br />

a própria música e enveredou por um estilo mais comercial;<br />

e também algum tempo depois, quando teve de aprender<br />

a cantar, afinal, segundo ele próprio argumenta, “não se<br />

paga as contas sendo só compositor no Brasil, mesmo com<br />

um volume grande de músicas”. “Eu não sei cantar nada.<br />

Já canto ruim hoje, e na época eu cantava pior ainda,<br />

mas aprendi a afinar um pouco, colocar a voz, e me lancei<br />

como cantor. Decidi arranjar um padrão pra mim, dentro<br />

do meu processo, mas o que eu sempre quis mesmo foi ser<br />

compositor”, assume.<br />

Após consolidar a carreira, como cantor e compositor,<br />

Nando pôde, enfim, se dedicar mais à sua fruição musical.<br />

“Comecei a fazer uma produtora pra poder jorrar toda<br />

essa gama de coisas”, diz ele, recordando que chegou a ser<br />

questionado por Luiz Gonzaga pelo fato de investir em<br />

estilos musicais diferentes do forró e variáveis nordestinas.<br />

90 MT


TOQUE<br />

MT<br />

A família<br />

cearense de Nando<br />

A ligação de Nando Cordel<br />

com o Ceará vai além das<br />

relações musicais: amigo<br />

de longa data de Márcia e<br />

Fernando Travessoni, ele vê<br />

no casal uma segunda família.<br />

“Conheci o Fernando pelas<br />

televisões e ele me convidou<br />

pra fazer o single da TV Diário.<br />

A amizade foi crescendo e<br />

virou família, a gente briga,<br />

discute, mas se ama e não se<br />

larga”, atesta o compositor.<br />

“Dominguinhos foi meu parceiro durante 30 anos e me<br />

defendeu, dizendo que eu não era só forrozeiro. Ele e<br />

Luiz Gonzaga foram meus grandes parceiros, mas eu não<br />

queria ficar rotulado, do jeito que eles ficaram”, defende.<br />

Um projeto com músicas voltadas para a cultura da<br />

paz é um dos marcos dessa versatilidade do compositor,<br />

com destaque para a canção “Paz pela Paz”. “Depois eu<br />

fiz mais de 15 CDs de músicas para meditação, música<br />

relaxante, e um projeto de mantras com cheiro nordestino,<br />

que tomou o mundo inteiro, em diferentes camadas<br />

de público”, enumera. Um disco com composições de<br />

chorinho e um álbum voltado para o público infantil,<br />

intitulado “A Terra é Nossa Casa”, lançado em junho<br />

deste ano, integram a extensa discografia do pernambucano<br />

— que continua em expansão. “Eu tô fazendo um<br />

projeto chamado ‘Turminha do Cordel’, em que vamos<br />

abordar vários temas sociais de forma bem simples e<br />

musicada, pra abrir os olhos das pessoas para temas como<br />

gentileza e respeito à natureza; tô intensificando um<br />

projeto na área de mantras, para convidar as pessoas<br />

a mergulharem em si; e queremos também atuar com<br />

palestras”, adianta.<br />

SUCESSO COMPARTILHADO<br />

Outra característica evidente de Nando Cordel é a<br />

ativa participação social, aspecto que cresceu junto de<br />

uma espécie de tomada de consciência do papel dele no<br />

mundo. “Eu comecei a viajar, conhecer pessoas e quis<br />

entender o que eu tô fazendo aqui nesse planeta. Será<br />

que é só isso, viajar, ter fama e grana? Parei um pouco<br />

e me dediquei às emoções, foi quando nos reunimos na<br />

família e resolvemos fazer esse trabalho”, detalha ele, referindo-se<br />

ao projeto Lar do Amanhã, fundado em 1996,<br />

que contempla uma creche e um lar permanente de idosos<br />

em Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana<br />

de Recife. “Isso é o que me completa”, estabelece. ¤<br />

arte 91


DESIGN & DECOR<br />

Tesouro<br />

arquitetônico<br />

PROJETO ICÔNICO DE ACÁCIO GIL BORSOI E ROBERTO<br />

BURLE MARX EM FORTALEZA, O IMÓVEL QUE SEDIOU<br />

A CASA COR CEARÁ 2018 GUARDA MEMÓRIAS<br />

FAMILIARES E DA ARQUITETURA DA CAPITAL<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

Não é segredo que a memória arquitetônica de<br />

Fortaleza, e mesmo do País, tem poucas evidências<br />

ainda erguidas e enfrenta diariamente os<br />

obstáculos da preservação. Mas também não<br />

deve ser segredo que, ainda nesse cenário<br />

pouco generoso com a História, Fortaleza<br />

abriga um importante símbolo da arquitetura moderna,<br />

reunindo memórias de família e aspectos de um estilo de<br />

vida inspirado na inovação. O imóvel em questão é uma<br />

imponente casa de 10 mil metros quadrados, ocupando<br />

uma quadra inteira na Aldeota, e que é propriedade do<br />

Grupo J. Macêdo. Construída em 1969, a edificação sediou,<br />

este ano, a edição comemorativa de 20 anos da Casa Cor<br />

Ceará e guarda dois títulos importantes: o de ser o único<br />

92 MT


projeto ainda de pé, no Ceará, dentre os desenvolvidos<br />

pelo arquiteto Acácio Gil Borsoi, um dos responsáveis<br />

por difundir o pensamento moderno na arquitetura da<br />

região Nordeste; e o de ser o primeiro trabalho do célebre<br />

paisagista Roberto Burle Marx na capital cearense. “O Borsoi<br />

chegou a dizer que essa foi a melhor casa que ele fez na vida<br />

dele, por conta do espírito empreendedor do proprietário,<br />

Benedito Macêdo, e também porque foi o primeiro projeto<br />

que ele conseguiu fazer em conjunto com o Burle Marx<br />

aqui, e essa era uma parceria que o Burle Marx só teve,<br />

além dele, com outros dois arquitetos”, pontua a arquiteta,<br />

pesquisadora e coordenadora dos cursos de pós-graduação<br />

em Arquitetura da Universidade de Fortaleza (Unifor),<br />

Fernanda Rocha, que incluiu o imóvel entre as construções<br />

analisadas em seu mestrado. Entre os pontos marcantes<br />

do lugar, destaca a arquiteta, está a metáfora da jangada:<br />

um dos blocos de concreto da residência tem traços curvos,<br />

semelhantes aos do casco de um jangada, que navega sobre<br />

verdes mares, nesse caso, as ondulações do terreno, cobertas<br />

pela grama verde do jardim. “O Borsoi e o Burle Marx trabalharam<br />

muito integrados e toda a topografia do terreno<br />

foi pensada para o assentamento da casa”, acrescenta ela.<br />

O contraste entre as formas geométricas percebidas na<br />

casa e as linhas sinuosas presentes nas áreas mais distantes,<br />

diz Fernanda, demonstram outro padrão de Borsoi.<br />

“Próximo da casa ele usa um padrão mais geométrico,<br />

o piso retilíneo e, à medida que se distancia, vai ficando<br />

um padrão mais orgânico, criando esse contraponto”,<br />

DESIGN & DECOR 93


DESIGN E DECOR<br />

descreve. A arquiteta chama atenção, ainda, para detalhes<br />

como o uso de bancos ondulados no jardim, recurso que<br />

Burle Marx havia pensado antes para o Parque da Jaqueira,<br />

em Recife; o desenho de uma espécie de tabuleiro de xadrez,<br />

com azulejos pretos e brancos, reproduzindo um modelo<br />

que o paisagista costumava empregar apenas em lugares<br />

públicos; e o espaço antes destinado a uma escultura feita<br />

por Bruno Giorgi. “Era uma escultura que foi premiada na<br />

segunda Bienal de Artes de São Paulo, conhecida como a<br />

Bienal do Guernica”, complementa.<br />

Nos 7 mil metros quadrados de jardim desenhados por<br />

Burle Marx, em parceria com Borsoi, a arquiteta destaca<br />

o fato de, quase 50 anos depois da construção, a estrutura<br />

formada por palmeiras e arbustos permanecer como no<br />

projeto original. “A gente percebe também que ele vai<br />

usando cajueiros, carnaúbas, que são plantas nativas,<br />

mas tem também plantas exóticas, como o abricó de macaco,<br />

que foi implantado depois na Praça da Imprensa”, ilustra.<br />

O projeto contava, ainda, com um ripado, espaço destinado<br />

à produção de mudas para abastecer o jardim, mas que foi<br />

substituído por um pequeno prédio, em 1974, quando a<br />

construção passou a ser sede da holding do Grupo J. Macêdo.<br />

RESIDÊNCIA SENHORIAL<br />

A parte interna da casa abriga ideias ousadas para a<br />

época, como um generoso auditório, pensado para apresentações<br />

musicais dos filhos do dono da casa, e uma adega com<br />

traços medievais, que contava com câmara frigorífica e onde<br />

eram realizadas festas. As obras de arte eram praticamente<br />

incrustadas nas paredes da residência, a exemplo dos painéis<br />

de Francisco Brennand e dos vitrais de Marianne Peretti —<br />

também responsável por desenvolver os vitrais da catedral<br />

de Brasília. “Você imagine que, em 1968, essa casa era toda<br />

climatizada, e foi criado um lago, no jardim, para resfriar<br />

o sistema de ar condicionado”, destaca Fernanda. Outro<br />

espaço bastante admirado pela arquiteta era o jardim feito<br />

94 MT


Lar tecnológico<br />

Filha de Benedito Macêdo, o empresário visionário<br />

que encomendou o ousado projeto do imóvel,<br />

a arquiteta Maria Isa Craveiro de Macêdo, 62, lembra<br />

especialmente dos aspectos tecnológicos presentes na<br />

casa onde ela morou por cinco anos. “Um ponto que<br />

eu achava interessantíssimo era que o portão, naquela<br />

época, já funcionava com controle remoto”, diz ela,<br />

lembrando do quanto aquilo representava, em termos<br />

de inovação, na década de 1970. O sistema de interfone<br />

que conectava todos os cômodos da casa e um dimmer<br />

para controlar a intensidade da iluminação inclusive nos<br />

lustres do imóvel são outros detalhes que Isa lembra<br />

com clareza. “Meu pai era um visionário. Mais do que<br />

edificar, ele buscou harmonia, tecnologia e o belo<br />

naquele momento da Arquitetura brasileira”, define.<br />

Pequenas surpresas<br />

Os compromissos profissionais ligados ao Grupo<br />

J. Macêdo não impediam que as visitas de Patrícia<br />

Macêdo ao imóvel fossem permeadas de momentos<br />

quase mágicos. Atualmente ocupando o cargo de<br />

secretária municipal de Relações Internacionais e Federativas,<br />

Patrícia foi, entre 1988 e 1993, responsável pelas<br />

atividades institucionais do Grupo e de um dos diretores,<br />

Amarílio Macêdo — com quel ela é casada —, razão pela<br />

qual ela ia sempre ao local. “De qualquer lugar, a visão<br />

do imóvel me tocava pela beleza: as curvas harmoniosas<br />

do jardim, as linhas do prédio… O interior me chamava<br />

muita atenção pela várias possibilidades criadas pelo<br />

gênio do Borsoi de aproveitamento e captação da luz e<br />

da brisa da nossa terra”, descreve. O reflexo colorido dos<br />

vitrais, a varidade de espécies que compunham o jardim<br />

a deixavam encantada e a circulação natural de ar eram<br />

aspectos que deixavam Patrícia encantada.<br />

dentro da casa, na área que separava os quartos dos demais<br />

cômodos. “Foi criado esse pátio para iluminar a área até<br />

chegar no estar íntimo, e era uma composição de cuias,<br />

seixos rolados e jatos d’água num desenho bem geométrico”,<br />

descreve ela, concluindo que o imóvel representa “a arquitetura<br />

moderna, e uma das melhores”. “Ao mesmo tempo em<br />

que é uma casa senhorial em termos de dimensão, execução<br />

e tratamento dos espaços, ela guarda uma relação com nossa<br />

cultura e ancestralidade”, estabelece Fernanda.<br />

Quem compartilha dessa mesma paixão ao se referir<br />

à construção é a diretora da Casa Cor Ceará, Neuma<br />

Figueirêdo. “São poucos os imóveis que temos desse<br />

porte, em Fortaleza, com essa arquitetura, localização”,<br />

diz ela. O complexo arquitetônico já sediou, na verdade,<br />

uma edição da mostra de decoração, em 2009, quando o<br />

Grupo J. Macêdo celebrou 70 anos de fundação. “Pra gente<br />

foi uma honra porque fizemos parte dessa festa. Na época foi<br />

uma Casa Cor linda e tivemos aumento de 50% do público.<br />

Neste ano, quando os profissionais souberam que seria aqui<br />

de novo, todo mundo quis participar, quase não demos<br />

conta. O imóvel dos 20 anos tinha que ser mesmo muito<br />

especial”, confessa. ¤<br />

Design e Decor 95


DESIGN E DECOR<br />

Versatilidade e elegância<br />

marcam espaço<br />

inspirado na publisher<br />

A diretora da Revista Galeria,<br />

Márcia Travessoni, teve participação<br />

especial na Casa Cor Ceará 2018,<br />

inspirando o espaço assinado pela<br />

arquiteta Fabiane Tavares. O ambiente<br />

de 110 m², onde antes funcionava um<br />

dos escritórios do Grupo J. Macêdo,<br />

transformou-se no Studio da Publisher,<br />

idealizado para ser multifuncional e<br />

cheio de referências contemporâneas,<br />

tal qual a personalidade de Márcia.<br />

Esse conceito, explica a arquiteta,<br />

se materializou em características<br />

como o uso de pedras naturais<br />

mescladas com laca nos móveis e no<br />

contraste entre painéis amadeirados<br />

e vasos de plantas com o branco de<br />

persianas laqueadas. “Nosso ambiente<br />

é marcado por detalhes. Destaco o<br />

forro de gesso geométrico com iluminação<br />

indireta, que marca o lounge de<br />

entrevistas; o painel de memórias com<br />

FOTOS ALEX CAMPELO<br />

fotografias da Márcia em momentos<br />

marcantes de sua carreira, com frisos<br />

e letreiro em neon; e os painéis em<br />

pedra Azuli, com efeito livro aberto,<br />

uma paginação que valoriza os<br />

veios dessa pedra natural de origem<br />

vulcânica com esse ar exótico e super<br />

elegante”, lista Fabiane. O espaço<br />

foi usado, ao longo da mostra, para<br />

a realização de entrevistas e ações<br />

com parceiros de Márcia Travessoni.<br />

Na Casa Cor Ceará do ano passado,<br />

Fabiane projetou a cozinha, trabalho<br />

de grande repercussão e que deixou<br />

evidente a versatilidade da arquiteta.<br />

“Versatilidade está no meu DNA. Adoro<br />

o desafio de colocá-la em prática<br />

em ambientes com necessidades<br />

completamente diferentes. O ponto<br />

em comum entre eles é a elegância<br />

e a vontade de trazer algo sempre<br />

inovador para marcar o espaço”, define.<br />

96 MT


AQUI A CULTURA ESTÁ<br />

SEMPRE EM PAUTA<br />

O Shopping Benfica, que completa 19 anos, parabeniza a<br />

10ª Edição de Galeria por Márcia Travessoni!<br />

Design e Decor 97


TOQUE MT<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

Sensibilidade<br />

para iluminar<br />

FOTOS CAMILA LIMA/ DIVULGAÇÃO<br />

Há 15 anos no mercado de estrutura e iluminação no Ceará,<br />

a Smart Luz tem, como uma das grandes apostas para se destacar<br />

em um segmento bastante competitivo, a personalização e a<br />

criatividade em propor inovações. “Tem que sentir o perfil<br />

do evento. Junto do decorador, produtor e cerimonialista,<br />

vou sentir a necessidade do cliente. Muitas vezes eu fabrico<br />

o material para um evento. Hoje vai muito mais da criatividade e da<br />

inovação do que adquirir equipamentos”, afirma o sócio-diretor da<br />

empresa, Leonardo Pinto.<br />

Além dos equipamentos de alta qualidade, acrescenta o diretor,<br />

o envolvimento no evento e a sensibilidade para usar a iluminação de<br />

maneira estratégica são o diferencial da Smart Luz. “Nós mexemos com<br />

a emoção das pessoas. Para um casamento, por exemplo, vai muito mais<br />

do olhar do iluminador, do profissional, do que locar os equipamentos.<br />

Tanto que eu digo para a minha equipe que, a cada dia que passa, eles<br />

vão ter que deixar de ser montadores de luz para serem light designers,<br />

que já têm uma sensibilidade para perceber a luz ideal, o foco ideal, criar<br />

temperatura de cores”, comenta.<br />

Até mesmo a adequação das luzes do ambiente para os fotógrafos<br />

é pensada pela equipe coordenada por Leonardo. “A primeira atitude<br />

da minha equipe é procurar o fotógrafo para fazer testes e saber se está<br />

tudo adequado. Quem contrata o nosso serviço quer que a filmagem e<br />

98 MT


FOTO CAMILA LIMA<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

a fotografia consigam captar tudo. Antes a gente usava<br />

refletores, canhão seguidor e chuva de papel picado, hoje,<br />

trabalhamos com 50 itens, então tenho que chegar para o<br />

fotógrafo e conseguir fazer com que ele capte todos esses<br />

elementos e efeitos”, argumenta ele, acrescentando que essa<br />

preocupação se estende para a qualidade das imagens que<br />

os convidados costumam registrar em seus smartphones.<br />

Com exceção de shows em locais abertos ao público,<br />

a Smart Luz atende eventos projetados para receberem até<br />

50 mil pessoas, desde casamentos até festas corporativas.<br />

Palco, pista para dança, tablados, tendas e cenografia em<br />

geral integram o acervo da empresa. ¤<br />

toque mt 99


100 MT


toque mt 101


ESPELHO<br />

Essência<br />

cearense<br />

Natural de São Paulo, a<br />

estilista Mila Menezes<br />

herdou a vaidade da<br />

família nordestina e<br />

reproduz esse estilo<br />

em seu próprio ateliê<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MICHELL SANTANA<br />

102 MT


TOQUE<br />

MT<br />

Se o Ceará inspirou Mila<br />

Menezes a ser cuidadosa com ela<br />

mesma, em troca, ela deixa a própria<br />

assinatura em produções que<br />

desfilam em eventos da sociedade<br />

cearense. O vestido do casamento da<br />

prima Amanda Távora, realizado em<br />

outubro de 2016, na praia da Taíba,<br />

foi desenvolvido por Mila, assim como<br />

as produções de algumas convidadas.<br />

O DFB Festival também tem um significado<br />

especial para a estilista: aos 16<br />

anos, pouco depois de descobrir<br />

que queria seguir carreira na Moda,<br />

ela trabalhou no backstage do festival,<br />

relação que se estende até hoje,<br />

uma vez que a mais recente coleção<br />

do Tanden Atelier, “Colheita Grande”,<br />

foi desfilada no festival deste ano.<br />

Filha, neta e sobrinha de mulheres do Ceará —<br />

mas nascida e criada na urbe paulista —, a estilista<br />

Mila Menezes, 30, se considera uma cearense<br />

por tabela, principalmente no que diz respeito à<br />

vaidade. “As mulheres cearenses são bem vaidosas,<br />

frequentam o salão de beleza semanalmente e<br />

não costumam sair de casa desarrumadas. Essa é uma das<br />

características que está na minha personalidade e criação”,<br />

define. Além desse cuidado com a própria imagem,<br />

o conforto é outro aspecto que define o modo como Mila<br />

escolhe as peças de seu closet e, também, conduz a rotina.<br />

À frente do Tanden Atelier, marca que ela criou em<br />

parceria com um sócio, mas que conduz de maneira solo<br />

há pouco mais de um ano e meio, a estilista revela que as<br />

peças criadas para as coleções acabam sendo um espelho do<br />

estilo dela. “Com certeza, tudo o que eu crio, me imagino<br />

usando. Penso onde, com quem, em qual situação. Algumas<br />

vezes chamo amigas, peço opiniões, converso muito com<br />

as clientes que vêm até o Atelier, para saber o que elas<br />

estão precisando no guarda-roupa e, quando começo a<br />

desenvolver, coloco 100% da Mila”, estabelece.<br />

O resultado são peças atemporais, com inspiração<br />

em modelos clássicos, e que permitem a combinação de<br />

cores. “Como não sou muito atraída por estampas ou<br />

bordados, estou sempre vendo uma maneira diferente<br />

de usar as cores ou fazer sobreposições de peças”, acrescenta<br />

a estilista. O toque final das produções vem com<br />

acessórios como brincos, itens indispensáveis para Mila,<br />

e sapatos, de preferência os mini-saltos, que são a paixão<br />

mais recente dela. ¤<br />

espelho 103


ESPELHO<br />

Novas<br />

descobertas<br />

Com a chegada<br />

do primeiro filho,<br />

Benício, a empresária<br />

Giovanna Gripp tem<br />

descoberto novos<br />

sentidos para a vida<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

104 MT


Costume que vem da<br />

mãe e que passou para<br />

Giovanna Gripp e as demais<br />

irmãs, o cantinho da viagem,<br />

na residência da empresária,<br />

é o lugar onde ela reúne todas<br />

as lembrancinhas que traz de<br />

passeios para destinos como<br />

Turquia e Portugal. O local é<br />

mais especial ainda porque a<br />

mesa de madeira, que sustenta<br />

os objetos, foi uma herança da<br />

mãe e traz boas lembranças a<br />

Giovanna. “Eu tenho uma foto<br />

de um aninho tirada embaixo<br />

dessa mesa”, recorda.<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Ao abrir a porta de casa para falar um pouco<br />

da própria rotina, a empresária Giovanna<br />

Gripp demonstrou, logo ao primeiro contato,<br />

ser uma mulher que estava se descobrindo mãe<br />

aos poucos. Há quatro meses nasceu Benício,<br />

primeiro filho dela e, desde então, Giovanna<br />

tem tido um cotidiano bem diferente. “Sempre fui muito<br />

ativa, porque fico responsável pela confecção, produção<br />

e desenvolvimento de produto da Lasso Lingerie.<br />

Mas minha vida mudou completamente com a maternidade<br />

e eu estou vivendo um momento muito feliz”, revela<br />

ela, citando o trabalho na label de moda íntima que ela<br />

divide com uma sócia.<br />

Quando o bebê completou um mês de vida, Giovanna<br />

já decidiu voltar a trabalhar. Ela passa as manhãs na<br />

loja e se divide entre as obrigações e a amamentação de<br />

Benício. “A maternidade me fez valorizar ainda mais o meu<br />

trabalho. Agora vejo mais ainda a importância de eu ter a<br />

minha independência e perceber que posso, sim, ser mãe e<br />

continuar trabalhando, porque no começo estava apreensiva<br />

em relação a isso”, pontua.<br />

Para ajudar a se adptar a essa rotina, a empresária tem<br />

apostado em peças de roupas confortáveis. “Como eu lido<br />

com a produção e ao mesmo tempo com a loja, tenho<br />

que estar arrumadinha e confortável porque vou suar na<br />

produção”, comenta, explicando ainda que o estilo clássico,<br />

com toques modernos, é o preferido dela. “Sempre coloco,<br />

por exemplo, um top ou uma camisetinha de renda para<br />

ter um toque sensual”, ilustra.<br />

Uma cor que pode definir o closet da empresária é a<br />

branca, detalhe que faz Giovanna já ser conhecida entre<br />

amigos e familiares. Quando questionada sobre o motivo<br />

pelo qual gosta tanto da cor, Giovanna explica que se sente<br />

mais bonita quando veste peças em branco. O preto e o<br />

bege vêm em seguida. “Você nunca, ou raramente, vai me<br />

encontrar com estampas, vermelho ou laranja”, garante. ¤<br />

espelho 105


ESPELHO<br />

Natural<br />

e original<br />

Após experimentar<br />

diversas fases e<br />

estilos, a designer de<br />

moda Marina Bitu<br />

encontrou a própria<br />

identidade fashion<br />

em peças repletas<br />

de significados<br />

POR JÉSSICA COLAÇO FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

106 MT


TOQUE<br />

MT<br />

Roupas com história<br />

Produzir moda com significado é a essência<br />

do trabalho que Marina Bitu desenvolve em seu<br />

ateliê, onde são produzidas peças em pequena<br />

escala e também sob medida. “Eu acredito muito<br />

nessa relação de ter uma peça de vestuário que<br />

marque, que acompanhe a gente em algum evento<br />

importante, por isso sigo a linha das roupas que<br />

fazem história”, explica. Nesse contexto, ela desenhou<br />

o vestido Palhano, confeccionado em chiffon de seda<br />

pura com detalhes em palha no decote e no punho<br />

— e é a peça que a diretora da Galeria, Márcia<br />

Travessoni, usou para as fotos da capa. “Eu sempre<br />

gosto de dar nomes às criações com lugares ou<br />

experiencias que me marcaram, e com essa peça<br />

nao foi diferente: conheci Palhano e Itaiçaba numa<br />

viagem de pesquisa”, detalha a designer, que usou<br />

o mesmo modelo na cerimônia do próprio noivado,<br />

em agosto desse ano.<br />

Nas fases pelas quais a designer de moda Marina<br />

Bitu, 28, já passou, ligadas à construção da<br />

própria identidade, a relação com o vestir<br />

se projetava como algo essencial em todas<br />

elas. “Eu já quis ser da Marinha por conta do<br />

uniforme azul e branco, quis ser médica para<br />

andar toda de branco, queria ser advogada pra andar de<br />

blazer. Aí eu notei que tudo o que eu queria ser, era por<br />

causa da indumentária”, lembra ela, contando parte do<br />

processo que a levou a estudar Moda. Depois de experimentar<br />

diversos estilos, enquanto criadora e consumidora<br />

de moda, ela acredita ter alcançado, hoje, uma espécie<br />

de maturidade do próprio estilo, processo que culminou<br />

também na criação de seu ateliê. “Nós, da área criativa,<br />

somos muito de época, mas esse estilo e o que eu faço no<br />

ateliê é algo que eu já gostei e parece com algo com que vou<br />

me identificar por muito tempo. Hoje sinto que realmente<br />

me encontrei, em termos estéticos”, estabelece.<br />

Tecidos naturais, a exemplo de seda, linho e crepe, além<br />

de matérias-primas como couro, corda e juta, são itens<br />

presentes nas produções diárias da designer, que busca<br />

sempre o máximo de conforto naquilo que veste —<br />

e também nas criações do ateliê. “Visualmente, eu gosto<br />

de balanço, movimento, fluidez, leveza, jamais é algo colado,<br />

ou que aperta. Tem que ser fluida e natural, do jeito que<br />

a mulher é”, argumenta, revelando uma percepção mais<br />

holística sobre a própria indumentária. Essa maturidade de<br />

Marina se expressa além do vestir, abrangendo a maneira<br />

como ela percebe toda a cadeia da moda. “Até a forma que<br />

eu passei a consumir ficou diferente. Eu realmente tentei<br />

deixar de lado os tecidos sintéticos, tenho encontrado muito<br />

mais significado nas peças que eu mesma crio, por saber<br />

exatamente quem faz, numa cadeia em que cada profissional<br />

tem seu espaço e sabe da sua importância”, enfatiza. ¤<br />

espelho 107


ESPELHO<br />

Razão<br />

de ser<br />

A busca pela<br />

felicidade, mesmo<br />

diante dos obstáculos,<br />

e o amor pela família<br />

são os pilares da vida<br />

de Carol Yamazaki<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

108 MT


TOQUE<br />

MT<br />

Um<br />

das atividades da rotina de Carol<br />

Yamazaki é a participação no Grupo<br />

Panapaná, coletivo de mulheres que<br />

presta apoio a pacientes em tratamento<br />

contra o câncer. “O lenço [do Panapaná]<br />

me acompanha sempre, me faz lembrar<br />

da minha missão como borboleta, além<br />

de me trazer à memória minha querida<br />

irmã Paula, que desde 2015 não está<br />

mais aqui comigo”, revela Carol, que faz<br />

parte do grupo desde 2014. A fundadora<br />

do Panapaná é a médica Niedja Bezerra,<br />

que foi capa da quinta edição da<br />

Revista Galeria.<br />

Se a empresária Carol Yamazaki pudesse<br />

ser definida em apenas uma palavra, esta<br />

seria “praticidade”. Veloz e bastante racional,<br />

ela consegue dar conta das diversas tarefas<br />

que tem no dia, sem se perder pelo caminho.<br />

Uma de suas filosofias de vida a ajuda a<br />

ter foco. “Sou uma pessoa extremamente prática,<br />

que procura a felicidade nas adversidades da vida.<br />

Tenho como filosofia de vida ver o lado positivo em<br />

todas as situações, sempre colocando minha família<br />

em primeiro lugar”, revela.<br />

Carol leva em conta as diversas atividades na rotina<br />

para lidar com a moda. “Me considero uma pessoa que<br />

gosta de moda, porém atualmente prezo muito pelo<br />

conforto. Tenho uma filha de 2 anos e agora outra na<br />

barriga, e isso, atualmente, conta muito na hora de<br />

escolher o que vestir. Por exemplo, gosto de roupas<br />

de tecidos que não amassam muito, confortáveis e ao<br />

mesmo tempo com alguma informação. Preciso estar<br />

bem para trabalhar, sair com minha filha, marido,<br />

ir ao supermercado...”, detalha. Peças com estampas<br />

e bastante fluidez são as preferidas da empresária.<br />

Outra característica de Carol que diz muito<br />

sobre a sua personalidade é o amor pela família.<br />

Um dos objetos que demonstra isso e que ela mais<br />

tem apreço é a aliança de noivado, herdada da mãe.<br />

“Quando minha filha nasceu, minha mãe me deu esse<br />

anel e significa muito para mim. Eu adoro heranças<br />

familiares!”, comenta. Assim como o anel, o quadro<br />

que ela ganhou da amiga Joana Laprovítera tem<br />

destaque na casa e também um grande significado.<br />

“Foi pintado pelo pai dela, Totonho Laprovítera,<br />

e o fundo do quadro é o meu convite de casamento.<br />

Acho muito lindo”. ¤<br />

espelho 109


BELEZA E<br />

BEM-ESTAR<br />

Contra a queda<br />

de cabelo<br />

PROCEDIMENTOS CLÍNICOS COMO<br />

O MICROAGULHAMENTO E A MMP<br />

DESPONTAM ENTRE OS TRATAMENTOS MAIS<br />

EFICAZES CONTRA A PERDA DOS FIOS<br />

POR ALINE CONDE FOTOS MARÍLIA CAMELO<br />

A<br />

queda intensa de cabelo é sinal clínico de que<br />

algo está alterado no corpo, diagnostica a<br />

dermatologista Marília Crisóstimo, uma das<br />

especialistas do Instituto de Medicina do<br />

Cabelo. Moldura do rosto, o cabelo tem muita<br />

importância principalmente porque serve<br />

de proteção física e mecânica para o couro cabeludo.<br />

“As pessoas precisam entender que é normal cair cabelo e<br />

que a quantidade normal de queda depende de cada pessoa.<br />

Mas, se a gente quiser numerar, são entre 90 e 150 fios por<br />

dia. Quando a quantidade de cabelo está caindo mais,<br />

então é um sinal de alerta para que a pessoa procure fazer<br />

um diagnóstico”, afirma Marília, que possui pós-graduação<br />

em Tricologia e fellowship em Dermatologia Capilar em<br />

Miami (EUA) e em Paris (FR).<br />

110 MT


Existem inúmeras causas para a queda de cabelo, como<br />

alterações hormonais, dietas muito restritivas e anemia.<br />

A mais comum, no entanto, é a calvície (alopecia androgenética).<br />

“É mais comum nos homens, 70% deles vão ter<br />

algum grau de calvície ao longo da vida e 50% deles vão<br />

perder metade do cabelo aos 50 anos”, explica Marília,<br />

afirmando ainda que cerca de 25% dos casos de queda de<br />

cabelo anormal no público feminino é de calvície.<br />

A boa notícia é que existe uma variedade de tratamentos<br />

e procedimentos que ajudam a lidar com esses<br />

problemas. De acordo com a Dra. Marília, dois tratamentos<br />

clínicos recentes têm oferecido respostas cada vez mais<br />

eficazes contra a calvície porque retardam a queda e<br />

contribuem no fortalecimento dos fios: o microagulhamento<br />

e a MMP (Microinfusao de Medicamentos na Pele).<br />

“O protocolo vai ser indicado pelo médico e depende de<br />

cada caso. A gente verifica a situação da pessoa fazendo<br />

uma análise do couro cabeludo e também por meio de<br />

exames que solicitamos”, explica a dermatologista.<br />

MICROAGULHAMENTO<br />

Procedimento médico já aplicado no rosto e no corpo,<br />

o microagulhamento foi estendido para o couro cabeludo.<br />

“Em regra geral, os médicos usam um rolinho, que tem<br />

várias agulhinhas”, ilustra. O procedimento consiste numa<br />

rolagem no couro cabeludo, onde as agulhas vão fazendo<br />

furinhos. “O princípio básico é justamente fazer essa<br />

agressão na pele, para sangrar mesmo. Por sangrar, ele vai<br />

recrutar plaquetas e, junto com as plaquetas, vão vir os<br />

AS DERMATOLOGISTAS<br />

Marília Crisóstomo e<br />

Larissa Soares trabalham<br />

sob a orientação do<br />

cirurgião plástico<br />

Márcio Crisóstomo,<br />

diretor do Instituto de<br />

Medicina do Cabelo.<br />

fatores de crescimento que estimulam a microcirculação.<br />

Com isso, há uma recuperação da pele e, nessa recuperação,<br />

o cabelo vai se regenerar, gerar novos fios e produzir colágeno<br />

também”, detalha.<br />

Além disso, afirma Marília, a criação dos furinhos por<br />

meio das agulhas permite colocar a medicação de forma<br />

mais aprofundada na pele, fazendo com que chegue o<br />

mais próximo do folículo capilar, proporcionando uma<br />

ação mais intensa e prolongada. “Este procedimento é<br />

conhecido como ‘drug delivery’. A gente coloca as vitaminas,<br />

medicamentos, a depender de cada caso e até os fatores<br />

de crescimento”, diz.<br />

MMP<br />

Técnica patenteada por um dermatologista brasileiro,<br />

a Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP) também<br />

utiliza microagulhas, mas se diferencia do microagulhamento<br />

porque as próprias agulhas, no procedimento,<br />

levam o ativo ou medicamento direto para o folículo,<br />

como explica a dermatologista Larissa Soares, também<br />

do Instituto de Medicina do Cabelo.<br />

“Através de movimentos de vai e vem, as pequenas<br />

agulhinhas vão perfurando a derme e já fazem a infusão<br />

da medicação. Na hora que a agulha entra, já vai levando<br />

a medicação para o folículo. Dessa maneira, você consegue<br />

tratar toda a área”, explica Larissa, destacando que todos<br />

os medicamentos são “estéreis e com a manipulação regulamentada<br />

pela Anvisa”. As substâncias injetadas podem ser<br />

desde de vasodilatadores e vitaminas até fatores de crescimento.<br />

“A MMP proporciona ao paciente um resultado<br />

mais acelerado e ajuda a potencializar o tratamento clínico<br />

proposto pelos dermatologistas. O paciente já consegue ter<br />

resultados logo nas primeiras sessões”, garante Larissa. ¤<br />

Beleza e bem-estar 111


TOQUE MT<br />

FOTO DIVULGAÇÃO<br />

Experiência de voo<br />

A BUSINESS CLASS DOS VOOS DA KLM E DA AIR FRANCE, QUE LIGAM<br />

A CAPITAL CEARENSE DIRETAMENTE À EUROPA, OFERECE CONFORTO,<br />

ALTA GASTRONOMIA E ITENS DE LUXO AOS PASSAGEIROS<br />

FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />

Embarcar num voo direto rumo à Amsterdã,<br />

partindo de Fortaleza, é uma experiência cheia<br />

de detalhes refinados para os passageiros que<br />

escolhem a Business Class para o percurso. O diferencial<br />

começa na cabine e nas poltronas, cujo<br />

desenho e desenvolvimento dos revestimentos<br />

são assinados pela designer holandesa Hella Jongerius,<br />

que priorizou a utilização de materiais frescos e confortáveis<br />

para proporcionar o máximo de aconchego aos<br />

passageiros. Projetadas para passarem a sensação de<br />

casulo, as poltronas têm 2,07 m e trazem bordada a coroa<br />

da logo da KLM. Já o carpete, criado pela própria designer,<br />

utiliza fios de antigos uniformes de aeromoças da KLM em<br />

sua composição. O estilo da designer holandesa é também<br />

presente nas nécessaires que guardam os kits de amenidades:<br />

foi o designer Jan Tamioniau quem criou as versões<br />

masculina e feminina das pequenas bolsas, disponíveis<br />

em 12 cores diferentes. As opções de entretenimento,<br />

exibidas em telas de 17 polegadas, incluem desde filmes<br />

recém-saídos do cinema e que foram sucesso de bilheteria<br />

a programas de TV e até cursos de idiomas, com uma<br />

programação que atende a todos os gostos e idades.<br />

Ponto emblemático da maioria das viagens aéreas,<br />

as refeições à bordo da aeronave com destino à capital<br />

holandesa unem o melhor da estrelada gastronomia<br />

brasileira às tradições em servir típicas da Holanda.<br />

O menu é assinado pelo chef brasileiro Rodrigo Oliveira,<br />

já eleito “Chef do Ano”, e proprietário dos restaurantes<br />

“Esquina Mocotó” — que ostenta uma estrela Michelin<br />

— e Mocotó, ambos sediados em São Paulo. Os pratos são<br />

112 MT


servidos numa louça especial, desenvolvida pelo designer<br />

holandês Marcel Wanders. A harmonização é completa<br />

com uma rica carta de vinhos, que inclui rótulos de países<br />

como Áustria, Argentina, França, África do Sul, França<br />

e Itália. Importante ressaltar que o menu do voo pode<br />

ser consultado até 31 dias antes da viagem e passageiros<br />

com restrições alimentares podem solicitar alterações no<br />

cardápio antecipadamente no site da KLM. Para encerrar<br />

o percurso com chave de ouro, os passageiros da Business<br />

Class recebem um mimo que já é tradição na KLM:<br />

as famosas casinhas Delft Blue, reprodução em porcelana<br />

das residências holandesas, contendo um frasco de gim,<br />

presente oferecido desde a década de 1950.<br />

NA VOLTA, OS ANFITRIÕES SÃO FRANCESES<br />

Despedir-se de Paris, pelo menos gastronomicamente,<br />

é algo que pode ser feito a bordo das aeronaves<br />

da Air France — operadas pela Joon — que saem da<br />

Toque mt 113


Frequência<br />

Logo da implantação do hub<br />

da Air France/KLM no Fortaleza<br />

Airport, a capital contava com<br />

quatro frequências para Paris<br />

e Amsterdã. A partir de 31 de<br />

outubro, serão seis frequências,<br />

três com destino a Paris<br />

(domingos, quartas e sextas)<br />

e três com destino a Amsterdã<br />

(segundas, quintas e sábados).<br />

A partir de 2019, Fortaleza<br />

terá mais uma frequência,<br />

com destino a Holanda, totalizando<br />

sete voos semanais da<br />

Air France/KLM.<br />

O CONFORTO DE ASSENTO<br />

que vira cama da classe<br />

executiva da Joon<br />

Desde 1950 a KLM presenteia seus<br />

passageiros com miniaturas de típicas<br />

casas da Holanda, em porcelana azul<br />

Delft, contendo genebra holandesa<br />

capital francesa com destino a Fortaleza. Como em um<br />

restaurante francês, o passageiro é recebido com uma<br />

taça de champanhe ou suco de frutas e tem à disposição<br />

um menu atualizado a cada três meses por renomados<br />

chefs franceses como Régis Marcon, Michel Roth e Guy<br />

Martin. Além disso, a carta de vinhos da Business Class<br />

da Air France foi elaborada por Paolo Basso, sommelier<br />

ítalo-suíço, vencedor da competição Melhor Sommelier<br />

do Mundo de 2013.<br />

No quesito conforto, a viagem pela companhia aérea<br />

francesa não deixa a desejar, uma vez que os assentos de<br />

todas as classes foram renovados. Entre as comodidades da<br />

poltrona, destaque para a possibilidade de se transformar<br />

totalmente uma cama de 180º. ¤<br />

114 MT


Toque mt 115


VIAGEM<br />

Por Márcia Travessoni<br />

AMSTERDÃ:<br />

ENERGIA INSTIGANTE<br />

FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />

116 MT


Estive pela primeira vez em<br />

Amsterdã quando tinha<br />

19 anos e fico pensando<br />

porque demorei tanto a<br />

voltar nesse lugar imerso<br />

numa energia contagiante.<br />

A capital holandesa faz o estilo dos<br />

meus destinos favoritos, daqueles que<br />

deixam sempre a vontade de voltar e<br />

conhecer mais e estão sempre em movimento.<br />

Movimento, aliás, é o que não<br />

falta por lá, a começar pelas bicicletas:<br />

em toda a Holanda são cerca de 20<br />

milhões de bikes, distribuídas em uma<br />

população de 16 milhões de habitantes.<br />

Quanto esse país ganha com um hábito<br />

tão saudável de vida? Muito, segundo a<br />

Organização Mundial de Saúde (OMS),<br />

ao afirmar que, nos próximos 15 anos,<br />

a Holanda não sofrerá com problemas<br />

de obesidade — e olha que eles amam<br />

batata frita, queijo e torta de maçã!<br />

Crianças, adultos e idosos se locomovem<br />

o tempo inteiro em bicicletas,<br />

ao longo das centenas de quilômetros<br />

de ciclofaixas da cidade, em alguns<br />

trechos, dividindo espaço com trens<br />

e carros. Essa agitação é presente<br />

em todos os locais de Amsterdã,<br />

principalmente nos parques, a exemplo<br />

do Volden Park, que visitei durante a<br />

viagem. Lindo e super bem cuidado,<br />

ele recebe atividades como campeonato<br />

de skates, encontros em piqueniques,<br />

passeios de patins e conta, ainda,<br />

com diversos restaurantes no entorno.<br />

Aproveitando esse convite para estar<br />

nas ruas de Amsterdã, desfrutei de vários<br />

espaços próximos do hotel onde estava<br />

hospedada, o NH City Centre, que fica<br />

entre a The Nine Streets e a praça Dam<br />

— longe do fluxo turístico, mas integrada<br />

à rotina da cidade. Livrarias, restaurantes<br />

e cafés foram minhas paradas favoritas.<br />

A The Nine Streets, aliás, um complexo<br />

de nove ruazinhas cheias de charme,<br />

abriga diversas lojas descoladas de<br />

design, brechós e muita gente bonita,<br />

quase um Soho de Nova York. Em outro<br />

ponto da cidade, a Fashion District é<br />

uma rua que concentra as boutiques<br />

de luxo, ótimo para se deleitar nas<br />

vitrines e nas compras.<br />

ESPAÇOS DE ARTE<br />

Pausa na vida local para se debruçar<br />

sobre o imenso patrimônio artístico<br />

exposto nos diversos museus de<br />

Amsterdã. Além do famoso Museu Anne<br />

Frank, a cidade conta com o Van Gogh<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Volta ao tempo dos moinhos<br />

Distante 22 km de Amsterdã,<br />

a cidade de Zaance Schans é<br />

um pedacinho vivo da história<br />

do país. Ela foi criada na década<br />

de 1970 para retratar a Holanda<br />

dos séculos XVII e XIX, quando<br />

a vida no campo, cercada<br />

pelos icônicos moinhos e<br />

fazendas, sintetizavam o modelo<br />

econômico da época. Nessa<br />

viagem, fiz uma visita rápida ao<br />

destino, mas suficiente para ter a<br />

sensação de voltar no tempo —<br />

e aproveitar para fazer registros<br />

super charmosos dos cenários.<br />

viagem 117


Museum, dedicado à obra do<br />

célebre pintor; Stedelijk Museum<br />

e o Moco Museum, com foco na<br />

arte moderna; e o Rijksmuseum,<br />

que reúne cerca de 800 anos<br />

de história da Holanda e Países<br />

Baixos; um verdadeiro mergulho<br />

no conhecimento!<br />

É sempre uma grande emoção<br />

visitar museus porque há uma<br />

nova descoberta, uma emoção<br />

por trás da história de cada tela.<br />

Um acervo tão rico, cuidado,<br />

preservado, valorizado pela<br />

história de um povo. Amsterdã é,<br />

definitivamente, uma cidade que<br />

propaga sua história e cultura,<br />

iniciativa que faz a diferença<br />

na educação e na formação da<br />

identidade de cada morador de lá.<br />

ACONCHEGO MULTICULTURAL<br />

Uma cidade de pessoas felizes,<br />

assim eu percebo Amsterdã,<br />

com um povo simpático e cordial,<br />

sempre dispostos a nos receber<br />

com um sorriso estampado<br />

no rosto e de coração aberto<br />

para nos abraçar, assim como<br />

fazem com as cerca de 180<br />

nacionalidades que se misturam<br />

e convivem diariamente pela<br />

cidade. Uma linda diversidade<br />

de etnias. ¤<br />

118 MT


TOQUE<br />

MT<br />

Muito para degustar!<br />

A diversidade cultural de<br />

Amsterdã fica ainda mais<br />

evidente quando o assunto<br />

é gastronomia. Não faltam<br />

opções, desde os frutos do mar<br />

até as receitas com insumos<br />

veganos e orgânicos. Nesta<br />

viagem, conheci dois lugares<br />

que merecem atenção. Um deles<br />

é o Seafood Bar Amsterdam,<br />

super disputado e que oferece<br />

uma tentadora variedade de<br />

crustáceos, e onde vale a pena<br />

provar o mix grill de frutos<br />

do mar. Outro delicioso é o<br />

Hamprheys, fora do circuito<br />

turístico, mas muito requisitado,<br />

e onde se come fartamente por<br />

apenas 27 euros. As refeições<br />

incluíam entrada, prato principal<br />

e sobremesa, todos impecáveis.<br />

viagem 119


PUBLIEDITORIAL<br />

TRADIÇÃO<br />

RELOJOEIRA<br />

A tradição relojoeira da Montblanc<br />

Villeret começou em 1858, quando<br />

Charles-Yvan Robert fundou uma oficina<br />

de fabricação de relógios no Vale<br />

de Saint-Imier, Suíça. Menos de três<br />

décadas depois, Minerva ganhava reconhecimento<br />

internacional pela precisão<br />

dos seus cronômetros e pela inovação<br />

dos seus relógios de bolso dourados,<br />

que podiam receber corda manual sem<br />

o auxílio de uma chave específica. De lá<br />

para cá, Minerva se tornou uma especialista<br />

líder na fabricação de relógios e<br />

cronômetros profissionais, de altíssima<br />

precisão, tornando-se uma das primeiras<br />

manufaturas a produzir um movimento<br />

de alta frequência, capaz de medir 1/100º<br />

de segundo. Esses desenvolvimentos<br />

simbolizam o nível de domínio e<br />

inovação obtidos pela Minerva, desde<br />

1858, e consolidam seu prestígio na<br />

fabricação de relógios cronógrafos.<br />

Duas manufaturas,<br />

uma paixão<br />

MONTBLANC CELEBRA O 160º ANIVERSÁRIO<br />

DA SUA MANUFATURA DE RELÓGIOS EM<br />

VILLERET, NA SUÍÇA<br />

O<br />

ano de 2018 marca o 160ºaniversário de fundação<br />

da Minerva — manufatura com rica tradição<br />

na fina relojoaria Suíça — que permanece viva<br />

através da Montblanc. Séculos de conhecimento e<br />

centenas de horas de trabalho dedicado se encontram<br />

em todos os relógios Montblanc, criados por<br />

relojoeiros que colocaram todo seu orgulho profissional,<br />

paixão e habilidade artesanal na criação de cada peça.<br />

Com mais de 160 anos de herança relojoeira suíça ininterrupta,<br />

a Montblanc foi construída em uma configuração<br />

única, unindo duas fabricações, para criar os melhores<br />

relógios e os calibres mais inovadores. A manufatura<br />

em Villeret está localizada no mesmo edifício em que a<br />

lendária Minerva foi fundada, em 1858. Ali se concentra o<br />

desenvolvimento, prototipagem e montagem de todos os<br />

movimentos manufaturados encontrados nas inovadoras e<br />

revolucionárias sofisticações, da alta complexidade até às<br />

pequenas funcionalidades.<br />

Em Le Locle, funciona o Centro de Excelência e<br />

Qualidade Relojoeira da Montblanc. É onde a relojoaria<br />

tradicional se funde com as mais recentes tecnologias.<br />

Do design estético à construção, prototipagem e montagem<br />

final, todos os conhecimentos necessários para criar um<br />

relógio icônico estão ali concentrados.<br />

A Manufatura em Le Locle possui o Montblanc Laboratory<br />

Test 500, um teste para máxima precisão e perfeição<br />

absoluta, onde, por 500 horas, os relógios são submetidos<br />

a uma variedade de condições extremas: desgaste da vida<br />

diária, numerosas configurações e ajustes, diferentes condições<br />

climáticas, bem como a verificação de todas as funções<br />

específicas. Um procedimento exigente e difícil, que garante<br />

a funcionalidade impecável até de características tecnicamente<br />

mais complexas, como, por exemplo, as incluídas na<br />

coleção Montblanc 1858. ¤<br />

120 MT


Você está<br />

preparado<br />

para o<br />

mundo?<br />

Obtenha o diploma de seu<br />

curso na Unifor e também<br />

em uma universidade na<br />

Europa. Essa é a Dupla<br />

Titulação! Confira os<br />

cursos participantes:<br />

Administração<br />

Ciências Econômicas<br />

Comércio Exterior<br />

www.unifor.br<br />

Publieditorial 121


CONSUMO<br />

BOLSA CULT GAIA<br />

BOLSA BORDADA D&G<br />

BLUSA CANNETTE CROPPED OFF-WHITE<br />

Alta<br />

Temporada<br />

CAMISETA CRYING<br />

PORTRAIT MOSCHINO<br />

MACACÃO ASSIMÉTRICO<br />

COLOR BLOCK ISABEL SANCHIS<br />

Cores ultraquentes, logomania, o poder do tênis chunky,<br />

acessórios com aplicações e bordados... A democracia do<br />

verão vai de encontro ao puro luxo das passarelas e invade<br />

as ruas com looks versáteis, cheios de perfume cool.<br />

A regra é não ter regra. Selecionamos os itens que devem<br />

fazer a cabeça dos fashionistas na estação.<br />

SANDÁLIA SOPHIA WEBSTER<br />

CINTO LOGO GUCCI<br />

TOP PRENE<br />

LA GARCONNE<br />

ÓCULOS DE SOL COM APLICAÇÃO<br />

DOLCE & GABBANA<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Frescor Natural<br />

As altas temperaturas brasileiras<br />

pedem hidratação máxima do corpo.<br />

Pensando nisso, a Naturágua, que há<br />

23 anos transforma o simples ato de<br />

beber água em uma experiência, lança<br />

sua nova garrafa de água mineral com<br />

gás, de 500ml, sugerindo novas possibilidades<br />

gustativas e mais saudáveis.<br />

TÊNIS TRIPLE S BALENCIAGA<br />

Que tal trocar o refrigerante industrial<br />

por uma opção natural? É possível<br />

com o produto da marca, utilizando na<br />

receita frutas cítricas como o limão e a<br />

laranja, que, além de deixar de lado os<br />

conservantes, resulta em um saboroso<br />

drink com ares refrescantes. Que tal?<br />

122 MT


consumo 123


CARTAS PARA O CEARÁ<br />

Descoberta<br />

estrangeira<br />

MORANDO NO CANADÁ HÁ 10 ANOS,<br />

O ESTILISTA JOÃO PAULO GUEDES<br />

CONSTRUIU TODA A CARREIRA<br />

FORA DA TERRA NATAL MAS<br />

MANTÉM FORTE RELAÇÃO COM<br />

AS PASSARELAS BRASILEIRAS<br />

POR JÉSSICA COLAÇO<br />

FOTOS ARQUIVO PESSOAL<br />

Do desejo de<br />

estudar inglês<br />

fora do País ao<br />

reconhecimento<br />

como o melhor<br />

estilista emergente<br />

do Canadá, a trajetória do estilista<br />

João Paulo Guedes no exterior<br />

sintetiza o processo de auto-descoberta<br />

dele enquanto profissional<br />

da moda, impulsionado por uma<br />

característica tipicamente cearense:<br />

a perseverança. Morando há dez<br />

anos em Toronto, ele dirige hoje<br />

uma marca de moda masculina<br />

que leva seu próprio nome,<br />

já foi destaque em publicações<br />

internacionais do mundo fashion<br />

e expressa sua assinatura criativa<br />

em peças para indivíduos urbanos,<br />

contemporâneos e originais. “A vida<br />

é muita curta e você precisa<br />

arriscar o quanto antes. A minha<br />

carreira realmente começou<br />

quando decidi seguir meus sonhos<br />

e fazer exatamente o que sempre<br />

quis: ser estilista”, estabelece.<br />

A aventura de João Paulo<br />

além das fronteiras cearenses<br />

iniciou com a escolha do Canadá<br />

para ser residência e local de<br />

estudos por um ano, devido<br />

aos custos acessíveis e relativa<br />

proximidade com o Brasil. Lá, ele<br />

encontrou o incentivo necessário<br />

para aprofundar a afinidade que<br />

sempre teve com a moda, mas que<br />

nunca havia cultivado. “Eu sempre<br />

tive interesse em ser estilista,<br />

mas na época resolvi estudar<br />

Publicidade e Propaganda na<br />

Unifor (Universidade de Fortaleza)<br />

porque nós não tínhamos muitas<br />

escolas de moda disponíveis.<br />

Naquela época as pessoas tinham<br />

muito preconceito com o curso de<br />

Estilismo e Moda, e a homofobia<br />

era bem maior. Me arrependo<br />

bastante de não ter seguido meus<br />

sonhos e carreira preocupado com<br />

a opinião dos outros, mas aprendi a<br />

lição”, confessa.<br />

Foi na George Brown College,<br />

considerada uma das melhores<br />

escolas técnicas de Toronto,<br />

que João Paulo estudou Moda<br />

e, um ano depois de formado,<br />

em 2013, foi selecionado para um<br />

estágio de três meses em Nova<br />

Deli, na Índia, por um programa que<br />

envia estudantes canadenses para<br />

estagiar em outros países. “Nesse<br />

período, eu tive a oportunidade<br />

de criar roupas para India Fashion<br />

Week. Coordenei um photoshoot na<br />

cidade de Mumbai durante cinco<br />

dias para uma marca, criei uma<br />

página impressa na Revista Vogue<br />

Índia, além de uma coleção masculina<br />

para uma marca, uma coleção<br />

de uniformes para um dos maiores<br />

chefes de cozinha italianos do<br />

mundo, Aldo Zilli, que na época<br />

estava abrindo o seu primeiro<br />

restaurante nas terras indianas.<br />

Uma experiência incrível”, descreve<br />

ele, que trabalhou diretamente com<br />

dois dos maiores estilistas indianos,<br />

Shantanu e Nikhil.<br />

PASSARELAS PELO MUNDO<br />

Desde que criou a própria<br />

marca, João Paulo já lançou<br />

cinco coleções tanto em eventos<br />

124 MT


de moda canadenses como no<br />

Dragão Fashion Brasil, em Fortaleza.<br />

“A minha ultima coleção,<br />

intitulada ‘Ilusões’, foi lançada no<br />

Dragão Fashion Brasil em maio e<br />

será lançada na Toronto Fashion<br />

Week, em setembro. Pela primeira<br />

vez eu criei uma coleção exclusiva<br />

para as passarelas brasileiras e<br />

lancei no Brasil primeiro. Para esta<br />

coleção, eu realmente quis mostrar<br />

que, com criatividade, é possível<br />

enxergar o tradicional sob uma<br />

perspectiva diferente”, descreve.<br />

Outra novidade da mais recente<br />

coleção do estilista é o lançamento<br />

de peças femininas, acrescenta ele.<br />

CORAÇÃO LITORÂNEO<br />

Nas vindas anuais ao Ceará,<br />

para participar do Dragão Fashion,<br />

João Paulo une a paixão pela moda<br />

à oportunidade de amenizar as<br />

saudades da família. “Amo voltar<br />

à minha terrinha natal, curtir um<br />

sol, família, amigos e trazer as<br />

novas tendências internacionais<br />

para a passarela brasileira”, afirma<br />

ele, acrescentando que o calor e<br />

as praias estão entre os aspectos<br />

que ele mais sente falta. “Você<br />

precisa gostar de frio para morar no<br />

Canadá. O frio começa no final de<br />

setembro e vai até março”, pondera.<br />

Em contrapartida, a liberdade<br />

e diversidade tão evidentes<br />

no país onde ele mora atualmente<br />

o fazem querer prolongar a estadia<br />

fora do Brasil. “Mais de cinquenta<br />

línguas são faladas nas ruas de<br />

Toronto. Pessoas de várias partes<br />

do mundo vivendo em um mesmo<br />

lugar. Um país super avançado,<br />

organizado, seguro e de mente<br />

aberta. O casamento gay é<br />

legalizado também, uma grande<br />

vantagem para a comunidade<br />

LGBTS”, reforça ele, que admite<br />

não ter planos de voltar a morar no<br />

Brasil, mas não descarta totalmente<br />

essa possibilidade. “Você nunca<br />

sabe o futuro”.<br />

TORONTO, POR<br />

JOÃO PAULO<br />

GUEDES<br />

Comer<br />

“Um restaurante japonês autêntico com<br />

culinária izakaya, o Kinka Izakaya”<br />

Aproveitar<br />

“Toronto Island, um lugar perfeito para aproveitar<br />

a vista da cidade, andar de bicicleta e<br />

fazer um bom piquenique”.<br />

Cultura local<br />

“Ver gente de varios países do mundo<br />

inteiro dividindo o mesmo lugar. Toronto é a<br />

cidade com maior diversidade linguística do<br />

Canadá e uma das mais diversas do mundo,<br />

aproximadamente 200 línguas diferentes<br />

são faladas aqui. Ou, ainda, falar a palavra<br />

'sorry' nas ruas, que significa ‘desculpa’.<br />

Você escuta em todo lugar o tempo inteiro,<br />

uma população bem civilizada e educada.”<br />

CARTAS PARA O CEARÁ 125


126 MT


CARTAS PARA O CEARÁ 127


ACONTECE<br />

CONFIRA OS<br />

MELHORES<br />

MOMENTOS DA<br />

11ª <strong>EDIÇÃO</strong> DO<br />

MAXIMODA<br />

Fotos: Alex Campêlo / Camila Lima<br />

Gian Franco<br />

e Charles Aragão<br />

Reunindo Eva Farah, Lilian Pacce, Maria<br />

Prata, Daniel Cunha e Fernanda Paiva no<br />

palco do Teatro RioMar Fortaleza, a 11ª<br />

edição do MaxiModa 2018 se consolidou como<br />

um dos eventos mais importantes de business<br />

de moda do Nordeste. Comandado por Márcia<br />

Travessoni, todos os anos o evento movimenta<br />

a cadeia da indústria cearense trazendo para<br />

discussão o que é tendência e inovador na área.<br />

Lindebergue Fernandes<br />

e Glaucia Mota<br />

128 MT


Camille Cidrão,<br />

Ana Cláudia Farias,<br />

Renata Santiago<br />

e Marcella Cidrão<br />

Márcia Travessoni<br />

e Brígida Frazão<br />

Consuelda Azevedo,<br />

Tane Albuquerque,<br />

Ivone Figueiredo<br />

e Etel Rios<br />

Inez Villaventura,<br />

Lilian Pacce<br />

e Lino Villaventura<br />

Weny Filho,<br />

Kelly Mota,<br />

Lívia Ferreira,<br />

Rosimeire Rocha<br />

e Eveline Costa<br />

Márcia Travessoni<br />

e Raí Meirelles<br />

Deborah Bandeira<br />

ACONTECE 129


ACONTECE<br />

Mostra<br />

Santos Dumont<br />

OS DETALHES<br />

DA ABERTURA<br />

DA MOSTRA<br />

“SANTOS-DUMONT<br />

- COLEÇÃO<br />

BRASILIANA ITAÚ”<br />

Fotos: Camila Lima<br />

O<br />

Espaço Cultural Unifor realizou a abertura da<br />

exposição “Santos-Dumont – Coleção Brasiliana Itaú”.<br />

Com curadoria da jornalista Luciana Garbin e do Itaú<br />

Cultural, a mostra reúne mais de 500 itens de um vasto<br />

acervo que traça a vida e carreira do projetista brasileiro.<br />

Acompanhada de membros da família, a presidente da<br />

Fundação Edson Queiroz, Lenise Rocha recepcionou<br />

um grupo de convidados especiais para apresentar<br />

a mostra. Na exposição, o público poderá conferir em<br />

primeira mão itens como documentos, fotos e objetos<br />

que representam dirigíveis, aeroplanos e balões, além<br />

de uma reprodução fiel da biblioteca pessoal do aviador.<br />

A exposição fica aberta para visitação até 9 de dezembro.<br />

Ricardo e Manoela<br />

Bacelar<br />

130 MT


Felipe e Bento Rocha<br />

e Paulinha Sampaio<br />

Ana Quezado<br />

e Márcia Travessoni<br />

Renata Jereissati,<br />

Lenise Rocha<br />

e Mirela Rappaport<br />

Silvio Frota,<br />

Antonio Almeida<br />

e Randal Pompeu<br />

Marília Queiroz<br />

e Victor Perlingeiro<br />

Cláudio Rocha<br />

e Paulo Mindello<br />

ACONTECE 131


ACONTECE<br />

Suyane e Cláudio<br />

Dias Branco<br />

ESCOLA DE<br />

GASTRONOMIA<br />

SOCIAL IVENS<br />

DIAS BRANCO<br />

É INAUGURADA<br />

NO BAIRRO<br />

VICENTE PINZÓN<br />

Fotos: Roni Vasconcelos<br />

O<br />

Governo do Estado do Ceará inaugurou a Escola<br />

de Gastronomia Social Ivens Dias Branco. A escola<br />

funciona na região do Bairro Vicente Pinzón e tem o<br />

objetivo de capacitar e formar em panificação e confeitaria<br />

jovens de 18 a 29 anos que buscam qualificação<br />

profissional. O projeto foi uma doação do Grupo M. Dias<br />

Branco ao Governo do Estado. A festa de inauguração<br />

contou com a presença do governador do Ceará, Camilo<br />

Santana, além de representantes do Grupo M. Dias Branco.<br />

Ainda na ocasião, houve homenagens aos cozinheiros do<br />

bairro. A programação musical contou com apresentação<br />

de artistas da região, além de show especial da cantora<br />

carioca Mart’nália e da banda de forró Painel de Controle.<br />

Freitas Cordeiro<br />

e Águeda Muniz<br />

132 MT


Paulo Linhares,<br />

Izolda Cela<br />

e Fabiano Piúba<br />

Eliseu Gomes<br />

e Élcio Batista<br />

Paulo Henrique,<br />

Van Régia, Léo Gondim<br />

e João Lima<br />

Tereza Dequinta<br />

e Robézio<br />

Coronel Romero,<br />

Fabiano Piúba<br />

e Cristiano Fontenele<br />

Adriana Ximenes<br />

e Luiz Victor Torres<br />

ACONTECE 133


ACONTECE<br />

SARA BRASIL<br />

E LUCAS ASFOR<br />

ESCOLHERAM<br />

GUARAMIRANGA<br />

PARA SELAR<br />

A UNIÃO<br />

Fotos: Camila Lima<br />

Sandra, Cláudio<br />

e Sara Brasil,<br />

Lucas, Gerusa<br />

e José Maria Asfor<br />

Em cerimônia emocionante que aconteceu<br />

em Guaramiranga, o casal Sara Brasil e<br />

Lucas Asfor selou a união. Em seguida,<br />

os noivos, filhos de Sandra e Cláudio Brasil e<br />

Gerusa e José Maria Asfor, respectivamente,<br />

recepcionaram a família e os amigos em uma<br />

festa animada no condomínio Villagio da Serra.<br />

A Celebre Eventos assinou o cerimonial e a<br />

produção do casamento. Já Gil Santos, com<br />

toda a sua maestria, foi a responsável pela<br />

decoração da festança. O La Maison subiu a<br />

serra e assinou o menu, os doces, os chocolates<br />

e os coquetéis do casório. Sara escolheu um<br />

modelo da YOLANCRIS para seu grande dia.<br />

Ageu, Ricardo<br />

e Rafaela Brasil<br />

134 MT


Alcimor, Fabiola,<br />

Patrícia e Alcimor Rocha<br />

Fernanda Esteves,<br />

Nathália Brasil<br />

e Nicole Benevides<br />

Anna e Raquel Macedo,<br />

Jayana Porcino,<br />

Nicole Pinheiro<br />

e Manuela Melo<br />

Ana Carolina Fontenele<br />

e Ivan Bezerra<br />

Alcimor Rocha, Cláudio<br />

e Cláudio Brasil<br />

Amanda e Leonardo Vidal<br />

Fernanda Levy<br />

ACONTECE 135


Aderaldo e Maira Silva<br />

Alexandre<br />

e Isabel Pereira<br />

Ana Luiza Ary,<br />

Simone Jereissati<br />

e Tereza Ximenes<br />

Cristine e Pedro Ary<br />

Tiago e Rafaela Asfor<br />

Tiago e Priscila Leal<br />

136 MT


ACONTECE 137


ACONTECE<br />

OS DETALHES<br />

DA INAUGURAÇÃO<br />

DO INÉDITO<br />

CAFÉ 50,<br />

NA BEIRA MAR<br />

Fotos: Roni Vasconcelos<br />

Inauguração Café 50<br />

Um espaço que une conforto, aconchego e os<br />

melhores aromas da cidade. Assim é o Café 50,<br />

inaugurado na Avenida Beira Mar. Como não<br />

poderia deixar de ser, muita gente boa da sociedade<br />

cearense fez questão de conferir a nova empreitada de<br />

Roberta e Simão Vasconcelos, da 50 Sabores. Márcia<br />

Travessoni foi a promoter do encontro prestigiado por<br />

personalidades como a primeira-dama do município,<br />

Carol Bezerra, Stella Rolim, Ailza Ventura, Márcio<br />

e Manoela Crisóstomo, entre outros. O Café 50 foi<br />

inaugurado junto com uma unidade da 50 Sabores<br />

Premium, tudo projetado pelo arquiteto João de Paula<br />

Neto. O chef Rafael Sudatti é quem assina o menu e<br />

aproveitou para deliciar as presenças com sanduíches<br />

requintados, recheados de ingredientes do Brasil e do<br />

mundo. Na coordenação do cerimonial da noite, Raí<br />

Meirelles recepcionou os convidados com carinho.<br />

Roberta Vasconcelos<br />

e Márcia Travessoni<br />

138 MT


Carol Bezerra,<br />

Simão e Roberta<br />

Vasconcelos<br />

Isabele e Raissa<br />

Vasconcelos<br />

Rafael e Ticiana Sudatti<br />

Manoela e Márcio<br />

Crisóstomo<br />

Michelle Aragão<br />

e Suyane Dias Branco<br />

Rodrigo Maia<br />

e João de Paula Neto<br />

Paula Villas-Boas<br />

ACONTECE 139


Stella Rolim,<br />

Fernanda Mattoso<br />

e Vânia Macedo<br />

Paula e Ricardo<br />

Villas-Boas<br />

Vitor e Camila Moreira<br />

Themis Briand<br />

e Lucitânia Feijão<br />

Ailza e Itala Ventura<br />

Claudiane Juaçaba,<br />

Rose Batista<br />

e Karisia Ponte<br />

140 MT


ACONTECE 141


ACONTECE<br />

MAYARA RIOS<br />

E DANIEL<br />

AYRES DIZEM<br />

“SIM” EM<br />

CERIMÔNIA<br />

REPLETA DE<br />

ROMANCE<br />

Fotos: Camila Lima<br />

Evandro, Zóia<br />

e Daniel Ayres,<br />

Mayara Rios,<br />

Artur Bruno<br />

e Natércia Rios<br />

De um lado, a deslumbrante noiva<br />

Mayara Rios vestindo Maison<br />

Cris. Do outro lado, o noivo Daniel<br />

Ayres, com o semblante de homem mais<br />

feliz do mundo. Em clima de romance, os<br />

filhos de Natércia Rios e Artur Bruno e<br />

de Zóia Tânia e Gilberto Correia disseram<br />

“sim” no Le Jardin Buffet. Destaque<br />

para a décor de Sandra Cruz, com trilha<br />

sonora de Elane Araújo e Banda, Banda<br />

Frenesi, bolo assinado pela Magnificake<br />

e chocolates da Toca Fina Cozinha.<br />

Giovanna, Gisela,<br />

Herbert e Giulia Vieira<br />

142 MT


Jonila e Anchieta Bezerra<br />

Débora, Sarah<br />

e Beatriz Rios<br />

Raimundo Bruno<br />

e Ireuda Andrade<br />

Bosco e Maria<br />

Hortência Rios<br />

Candido<br />

e Rebeca Albuquerque<br />

Marina, Iago<br />

e Rodolfo Machado<br />

Rebeca Fernandes<br />

ACONTECE 143


ACONTECE<br />

BELEZA E<br />

TECNOLOGIA<br />

SÃO PAUTAS<br />

EM SUNSET<br />

DE MANOELA<br />

CRISÓSTOMO<br />

E <strong>MÁRCIA</strong><br />

<strong>TRAVESSONI</strong><br />

Fotos: Roni Vasconcelos<br />

Etel Rios<br />

e Tane Albuquerque<br />

Manoela Crisóstomo e Márcia<br />

Travessoni receberam um seleto<br />

grupo de convidadas, na cobertura<br />

da dermatologista, para um bate-papo<br />

sobre estética e beleza. A primeira edição<br />

do projeto “Beauty Sunset“, idealizado na<br />

hora do pôr do sol e ao som do DJ Thales<br />

Aurélio, teve como objetivo tirar dúvidas<br />

sobre procedimentos estéticos e ressaltar<br />

os pontos positivos de cada um, além de<br />

mostrar a ciência por trás da beleza. Não<br />

faltaram mulheres bonitas e inteligentes.<br />

Sunset com<br />

Manoela Crisóstomo<br />

144 MT


Ana Luiza Picanço<br />

e Raquel Machado<br />

Manoela Crisóstomo,<br />

Eveline Fujita<br />

e Suzane Farias<br />

Luciana Praciano<br />

e Angela Cunha<br />

Melaine Diogo,<br />

Jussara Regás<br />

e Manoela Crisóstomo<br />

Camile Campos<br />

e Priscila Tavora<br />

Nanette Castelo Branco,<br />

Sandra Lazera<br />

e Marize Castelo Branco<br />

ACONTECE 145


ACONTECE<br />

Consuelda Azevedo,<br />

Paulo Roberto Borges,<br />

Anna Andrade<br />

Zac, Sue e Gary Johnston<br />

OS<br />

MELHORES<br />

REGISTROS<br />

DO<br />

CASAMENTO<br />

DE ANNA<br />

E ZAC<br />

Fotos: Alex Campêlo<br />

No Porto das Dunas, os noivos Anna<br />

Andrade e Zac Johnston recepcionaram<br />

seus convidados para uma celebração<br />

digna de filmes românticos. Em meio à<br />

decoração luxuosa de Nascimento Junior e uma<br />

benção lindíssima de Dom Luis Fernando, o<br />

enlace dos filhos de Maria Consuelda Andrade<br />

Azevedo e Paulo Roberto Borges de Lima e de<br />

Sue e Gary Johnston foi pura magia. A festa<br />

teve playlist do DJ Thiago Freire e Batuque<br />

Bacana, buffet assinado por Ilmar Gourmet,<br />

chocolates finos da Carol Chocolates, bolo<br />

da Magnificake, sorvetes saborosos da 50<br />

Sabores e os bons drinks do Coktelitas.<br />

Anna Andrade<br />

e Zac Johnston<br />

146 MT


Casamento<br />

de Anna e Zac<br />

Tatiana Aquino<br />

Sawana Sampaio,<br />

Camila Bitar,<br />

Anna Andrade<br />

Raina Sindeaux,<br />

Carol Cavalcante<br />

Camila Bitar<br />

e João Rafael<br />

Zac Johnston<br />

e Anna Andrade<br />

Osvaldo Rodrigues,<br />

Gleyde Beviláqua<br />

e Ester Rodrigues<br />

Lucas Santiago<br />

e Bárbara Matos<br />

ACONTECE 147


ACONTECE<br />

Amarílio<br />

e Patrícia Macedo,<br />

Fernanda Levy<br />

e Omar Macedo<br />

OS HIGHLIGHTS<br />

DA ABERTURA<br />

OFICIAL DA<br />

CASACOR CE 2018<br />

Fotos: Alex Campêlo / Camila Lima<br />

Na Rua Visconde de Mauá, 950, está localizada<br />

uma casa no coração de Fortaleza, projetada<br />

pelo arquiteto Acácio Gil Borsoi, e com um dos<br />

mais belos jardins residenciais da cidade, planejado<br />

pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx. O<br />

imóvel que foi lar de Benedito Dias Macêdo e depois<br />

sede da J. Macêdo abriga pela segunda vez (a primeira<br />

vez foi em 2009) a CASACOR Ceará 2018, no ano em<br />

que a mostra de arquitetura, design e paisagismo das<br />

Américas completa 20 anos. A diretora Neuma Figueiredo<br />

recebeu profissionais, convidados e amigos, incluindo a<br />

diretora geral da CASACOR no Brasil, Lívia Pedreira, para<br />

apresentar o espaço em um coquetel de inauguração<br />

bem requisitado. Nossa cap Márcia Travessoni ganhou<br />

o Studio da Publisher, ambiente feito com muito carinho<br />

pela arquiteta Fabiane Tavares, em parceria com a<br />

engenheira Silvana Fialho. Com um design inovador,<br />

moderno e versátil, e aplique de pedras naturais da<br />

Multipolipedras, o Studio receberá as gravações da<br />

série Conversa com Márcia Travessoni no Youtube.<br />

Paulinha Sampaio<br />

148 MT


Fabiane Tavares,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Lívia Pedreira<br />

Élcio Batista,<br />

Neuma Figueiredo,<br />

Carol Bezerra<br />

e Silvio Frota<br />

Roberta,<br />

Cadeh Juaçaba,<br />

Anik Mourão<br />

e Victor Perlingeiro<br />

Vitor, Silvio<br />

e Paula Frota<br />

Marcelo e Susana Fiúza<br />

Olga Leite Barbosa,<br />

Edyr Rolim<br />

e Isabel Araújo<br />

Carolina Figueiredo<br />

ACONTECE 149


Rodrigo Porto,<br />

Diego Studart<br />

e Rodrigo Maia<br />

Ana Vírginia Furlani<br />

e Fernando Novais<br />

Guilherme Leicam<br />

Branca<br />

e Racine Mourão<br />

Marcus e Lucas Novais<br />

Roberto Rodrigues,<br />

Natasha Brígido<br />

e Rafael Magalhães<br />

150 MT


ACONTECE 151


ACONTECE<br />

CAROLINA<br />

E MATTHEW:<br />

CELEBRAÇÃO<br />

AO AMOR<br />

EM NOITE<br />

INESQUECÍVEL<br />

Fotos: Camila Lima<br />

Silvana, Tarquilio<br />

e Carolina Fialho,<br />

Matthew, Vivian<br />

e Cristopher Hartenau<br />

Carolina Fialho e Matthew Hartenau queriam uma<br />

noite feita para celebrar o amor que unisse todas<br />

as presenças que fizeram parte dessa história<br />

tão bonita e inspiradora. E foi assim que o jovem casal<br />

trocou alianças, em uma cerimônia tomada pelos bons<br />

sentimentos, realizada na Igreja de Nossa Senhora do<br />

Líbano. Emocionante, cada momento do enlace parecia<br />

um filme romântico. Após o “sim”, os filhos de Tarquilio<br />

Pimentel e Silvana Fialho e de Christopher e Vivian<br />

Hartenau receberam os convidados em uma festa à<br />

altura no Espaço Coco Bambu por Toca. A decoração<br />

do ambiente foi assinada por Branca Mourão e a<br />

estrutura pela Smart Luz. Os tradicionais bem casados<br />

foram confeccionados por Célia Bezerra e o cerimonial<br />

do evento comandado pela Celebre Eventos.<br />

Carolina<br />

e Silvana Fialho<br />

152 MT


Lenice Figueiredo,<br />

Consuelo e Regina<br />

Dias Branco<br />

Marcela, Suyane, Gisela<br />

e Lissa Dias Branco<br />

Claudiane Juaçaba,<br />

Márcia Travessoni,<br />

Alessandra Arrais<br />

e Denise Rolim<br />

Graça e Jório<br />

da Escóssia<br />

Morgana e Luciano<br />

Dias Branco<br />

Cadeh e Roberta Juaçaba<br />

Tais Fialho<br />

ACONTECE 153


ACONTECE<br />

Ritelza Cabral<br />

e Beatriz Fiúza<br />

OS DETALHES<br />

SOBRE A<br />

FESTA DE<br />

LANÇAMENTO<br />

DA 9ª <strong>EDIÇÃO</strong><br />

DA <strong>REVISTA</strong><br />

GALERIA<br />

Fotos: Roni Vasconcelos<br />

O<br />

lançamento da edição 9 da Revista Galeria<br />

aconteceu em um clima aconchegante,<br />

no jardim do Shopping Buganvília. Márcia<br />

Travessoni recebeu convidados especiais para<br />

celebrar a capa com a professora da Universidade<br />

Estadual do Ceará (UECE) e Coordenadora<br />

Especial de Políticas Públicas para a Promoção<br />

da Igualdade Racial do Estado do Ceará, Zelma<br />

Madeira, que subiu no palco montado no<br />

espaço e fez um discurso especial. “Pra mim<br />

é motivo de orgulho estar dividindo a minha<br />

trajetória na nona edição da revista”, celebrou.<br />

As presenças você confere agora no nosso álbum.<br />

DJ Rômulo Bravo<br />

154 MT


Marcos Lessa<br />

Roberta Vasconcelos,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Manoela Crisóstomo<br />

Lançamento<br />

Revista Galeria<br />

Jardson Cruz,<br />

Paulo Ponte<br />

e Fábio Zech<br />

Laura Paiva<br />

e Maurício Filizola<br />

Fernanda Mattoso,<br />

Christiane Leite<br />

e Lilia Quinderé<br />

Roberta Quaranta<br />

ACONTECE 155


O MELHOR RESTAURANTE DE<br />

FRUTOS DO MAR DO BRASIL<br />

APRECIE COM MODERAÇÃO<br />

FORTALEZA TERESINA SALVADOR SÃO LUÍS CAMPINAS RIBEIRÃO PRETO BRASÍLIA<br />

GOIÂNIA VILA VELHA SÃO PAULO BELO HORIZONTE CURITIBA RECIFE PORTO ALEGRE<br />

ÁGUAS CLARAS / DF MANAUS ALPHAVILLE / SP UBERLÂNDIA<br />

BREVE 2018/2019:<br />

SANTO ANDRÉ / SP SPMARKET / SP OSASCO / SP LONDRINA<br />

CAMPO GRANDE CUIABÁ LOUNGE MUSIC TERESINA<br />

156 MT


SERVIÇO<br />

Serviço<br />

Bitelli Bikes<br />

Rua Lívio Barreto, 528-A<br />

- Joaquim Távora<br />

Tel.: (85) 9 8875 6230<br />

Café 50<br />

Av Beira Mar, 4050 - Mucuripe<br />

instagram.com/cafe50sabores<br />

Casa do Barão de Camocim<br />

Rua General<br />

Sampaio, 1632 - Centro<br />

instagram.com/secultfor<br />

Casa Cor<br />

Rua Visconde de<br />

Mauá, 950 - Aldeota<br />

Tel.: (85)3261 3533/ (85) 3261 2615<br />

Casa da Vila<br />

Rua Torquato de Aguiar, 50 -<br />

casa 6 - Meireles<br />

Tel.: (85) 98158 4041<br />

Fashion Gourmet<br />

Rua Frei Mansueto, 1015 - Meireles<br />

instagram/espacofashiongourmet<br />

Instituto de Medicina do Cabelo<br />

Rua Leonardo Mota, 2429 -<br />

Dionísio Torres<br />

Tel.: (85) 3032 2020<br />

Jomara Cid Chapelaria<br />

Rua Gonçalves Ledo,<br />

481 - Praia Iracema<br />

Tel.: (85) 3212 0898 / 9 9686 1849<br />

Rua Tibúrcio Cavalcante,<br />

1905 - Aldeota<br />

Tel.: (85) 9 9826 1172<br />

Rua Professor Dias da<br />

Rocha, 542 - Meireles<br />

Tel: (85) 9 8129 8114<br />

Marina Bitu Ateliê<br />

instagram.com/ateliemarinabitu<br />

Tel.: (85) 9 9655 7687<br />

Monteiro Gastronomia<br />

Rua Castro Monte, 1111 - Varjota<br />

Tel.: (85) 9 9775 8288<br />

Newroad Harley-Davidson<br />

Av. Senador Virgílio Távora,<br />

554 - Meireles<br />

Tel.: (85) 3133 4750<br />

Smart Luz<br />

instagram.com/smartluz<br />

Tel.: (85) 3261 7933/ 9 8861 2039<br />

Soma Conta Digital<br />

Av. Engenheiro Santana Júnior,<br />

3000, 8º andar - Cocó<br />

Tel.: (85) 3215 6666<br />

Sorveteria 50 Sabores<br />

querosorvete.com.br/nossas-lojas/<br />

Tel.: (85) 3032 5851<br />

Tanden Atelier<br />

instagram.com/tandenatelier<br />

Tel.: (11) 3045 5262<br />

Lasso Lingerie<br />

Rua Monsenhor<br />

Catão, 1155 - Aldeota<br />

Tel: (85) 9 9181 3725<br />

Serviço 157


PODEROSA<br />

ESSÊNCIA<br />

Por Rose Militão<br />

UM CAMINHO PARA<br />

A CURA SISTÊMICA<br />

A Constelação Familiar é uma técnica conhecida<br />

como intervenção terapêutica breve, focada nos<br />

padrões negativos de comportamentos que se repetem<br />

nos sistemas familiares ao longo das gerações e que<br />

trazem emaranhados (dificuldades) à vida das pessoas.<br />

Entende-se por “heranças transgeracionais”, localizadas<br />

na família, onde reside grande parte dos nossos<br />

problemas, que nos impedem de ter uma vida plena.<br />

Como terapia sistêmica breve, as Constelações<br />

Familiares podem acontecer em grupo ou em atendimentos<br />

individuais — abrangendo as suas várias<br />

áreas de atuação: na saúde, na clínica psicológica,<br />

nas escolas, nas empresas, no Judiciário e, naturalmente,<br />

na família. Por exemplo, atualmente, grande<br />

parte dos Tribunais de Justiça do Brasil utiliza a técnica<br />

nas Varas de Família.<br />

Não existem limitações para aqueles que querem<br />

ser tratados por essa intervenção terapêutica, assim,<br />

qualquer pessoa pode ser beneficiada. Costumamos<br />

receber pessoas do Brasil inteiro com questões<br />

relacionadas a destinos trágicos de algum antepassado,<br />

como mortes precoces, abortos, suicídios,<br />

assassinatos, brigas constantes na família, desajustes<br />

no casamento, litígios longos, repetições de padrões<br />

(acidentes, doenças, mortes), conflitos com o trabalho,<br />

dificuldades na relação com o dinheiro, com os filhos,<br />

transtornos emocionais, vícios, falta de sentido para a<br />

vida — e muito mais.<br />

E quais os resultados após uma Constelação?<br />

Geralmente, o participante sai mais leve, com a sua<br />

questão resolvida. Podemos falar de cura sistêmica,<br />

porque o “entulho” que adoecia o sistema familiar em<br />

que o paciente estava inserido foi removido, liberando<br />

fluidez e paz para a sua vida, através da restauração<br />

das três Ordens do Amor que formam os pilares das<br />

Constelações Sistêmicas Familiares.<br />

A primeira é o “Pertencimento” familiar: olhar a todos<br />

como iguais, importantes, merecedores. A segunda é a<br />

“Precedência”: honrar aqueles que vieram antes de nós,<br />

principalmente os pais. A terceira ordem é o “Equilíbrio<br />

entre dar e receber”: em todos os relacionamentos,<br />

respeitando o acordado, na justa medida das relações.<br />

Finalmente, as Constelações Sistêmicas Familiares<br />

são uma resposta consistente a antigos problemas que<br />

se repetem geração após geração, frutos de lealdades<br />

invisíveis, provocando sofrimento. Essa técnica permite<br />

que você veja a sua vida transformada com liberdade<br />

para seguir adiante, com mais leveza e alegria de viver.<br />

→ → ROSE MILITÃO É PSICÓLOGA CLÍNICA, ESPECIALISTA EM CONSTELAÇÃO FAMILIAR E<br />

DIRETORA CLÍNICA DO CENTRO SISTÊMICO DE PSICOLOGIA (CESP). CONHECE A CONSTE-<br />

LAÇÃO FAMÍLIA HÁ MAIS DE UMA DÉCADA, PROPORCIONANDO A ELA E SUA FAMÍLIA UMA<br />

“HISTÓRIA DE AMOR, RESPEITO E CURA”.<br />

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