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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

• No segundo estágio de desenvolvimento ocorre deposição<br />

irregular de protelna elastina entre as microfibrilas<br />

oxitalânicas, formando as fibras elaunínicas. Estas<br />

estruturas são encontradas ao redor das glândulas sudoríparas<br />

e na derme<br />

• No terceiro estágio, a elastina continua a acumular-se<br />

gradualmente até ocupar todo o centro do feixe de<br />

microfibrilas, as quais permanecem livres apenas na<br />

região periférica. Estas são as fibras elásticas, o componente<br />

mais numeroso do sistema elástico.<br />

As fibras oxitalãnicas não têm elasticidade, mas são altamente<br />

resistentes a forças de tração, enquanto as fibras elásticas,<br />

ricas em protelna elastina, distendem-se facilmente<br />

quando tracionadas. Por usar diferentes proporções de elastina<br />

e microfibrilas, o sistema elástico constitui uma família<br />

de fibras com características funcionais variáveis capazes de<br />

se adaptar às necessidades locais dos tecidos.<br />

As principais células produtoras de elastina são os<br />

fibroblastos e o músculo liso dos vasos sanguíneos. Antes<br />

da elastina madura forma-se a proelastina, uma molécula<br />

globular de 70 kDa de massa, que, no espaço ext racelular,<br />

polimeriza-se para formar a elastina, uma glicoproteína<br />

com consistência de borracha que predomina nas fibras<br />

elásticas maduras. A elastina é resistente à fervura, à<br />

extração com álcalis e com ácido e à digestão com proteases<br />

us uais, mas é facilmente hidrolisada pela elastase<br />

pancreática.<br />

Como a proteína colágeno, a elastina é rica em glicina<br />

e em prolina. Além destes, a elastina contém dois aminoácidos<br />

incomuns, a desmosina e a isodesmosina, formados<br />

por ligações covalentes entre quatro resíduos de lisina. Estas<br />

ligações cruzadas parecem ser responsáveis pela consistência<br />

elástica da elas ti na, que é cinco vezes mais extensível<br />

do que a borracha. A Figura 5.26 mostra wn modelo que<br />

ilustra a elasticidade da elastina.<br />

A elastina também ocorre na forma não fibrilar, formando<br />

as membranas fenestradas (lâminas elásticas)<br />

encontradas nas paredes de alguns vasos sanguíneos.<br />

~O <strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Mutações no gene da fibrilina, localizado no cromossomo 1 S, resultam<br />

na síndrome de Marfan, uma doença caracterizada pela falta de<br />

resiS1ênóa dos tecidos ricos em fibras elásticas. Por causa da riqueza em<br />

componentes do sistema elástico, grandes artérias como a aortl, que<br />

são submetida.s a alta pressão de sangue, rompem-se com faólidade<br />

em pacientes portadores da slndrome de Marfan. uma condição de alto<br />

risco de morte.<br />

... Substância fundamental<br />

A substância intercelular fundamental é uma mistura<br />

complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas<br />

(glicosaminoglicanos e proteoglic:u1os) e glkoproteínas<br />

multiadesivas. Esta complexa mistura molecular é incolor<br />

e tra nsparente. Ela preenche os espaços entre as células<br />

e fibras do tecido conjuntivo e, como é viscosa, atua ao<br />

mesmo tempo como lubrificante e como barreira à penetração<br />

de microrganismos invasores. Quando adequadamente<br />

fixada para análises histológicas, seus componentes<br />

se agregam e precipitam nos tecidos como wn material granular<br />

que pode ser identificado em micrografias eletrônicas<br />

(Figura 5.27).<br />

--<br />

Tracionado i<br />

l Relaxado<br />

Ligação Molécula<br />

cruzada de elastina<br />

Figura 5.26 As moléculas de elaS1ina são unidas por pontes covalentes que geram<br />

uma rede intercooectada e extensl~L Como cada uma das moléculas de elastina contida<br />

na rede pode expandir-se em qualquer direção, resulta que a rede inteira pode esticar-se<br />

e encolher-se como um fJO de elástico. (Repioduzida, com autorização, de Alberts 8 et ai.:<br />

MokrularBiologyofthe(t/L Gar1and, 1983.)<br />

• t<br />

c._r '<br />

Figura 5.27 Microscopia eletrônica mostrando a matriz extracelular do conjuntivo de<br />

útero de camundongo (estroma endometrial) após a fixação com glutaraldeido-safranina<br />

O. Observe que nestas condições os proteoglicanos da substância fundamental preópitam<br />

formando uma rede que preenche os espaços intercelulares. Obselve que os filamentos de<br />

proteoglicanos (setas) estão em grande proximidade com a superlióe dos fibroblastos (f].<br />

E. fibra elástica. (Médio aumento. Imagem de T.M. l Zorn e C. Grec.a.)

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