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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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11 1 Sistema Orculatório<br />

9 Para saber mais<br />

.<br />

Sistema condutor do impulso do coração<br />

Tanto os ramos do simpático quanto do parassimpático (divisões<br />

do sistema nervoso autõnomo) contribuem para a inervação do<br />

coração e formam um plexo extenso na base deste. Células nervosas<br />

ganglionares e fibras nervosas são encontradas nas regiões próximas<br />

aos nodos sinoatrial e atrioventricular. Embora esses nervos<br />

não afetem a geração do batimento cardíaco, processo atribuído<br />

ao nodo sinoatrial (marca-passo), eles afetam o ritmo do coração<br />

durante várias situações (exercício, condições fisiológicas, emoções).<br />

A estimulação do parassimpático (nervo vago) diminui os<br />

batimentos cardíacos, enquanto a estimulação do simpático tem<br />

efeito contrário .<br />

.l- 0<br />

<strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Entre as fibras musculares do miocárdio existem numerosas<br />

terminações nervosas livres e aferentes (levam impulsos para o<br />

sistema nervoso central). Essas terminações nervosas são relacionadas<br />

com a sensibilidade à dor. A obstruçao parcial das artérias<br />

coronárias causa um suprimento deficiente de oxigênio para<br />

o miocárdio e consequente dor (angina do peito). Esta mesma<br />

inervaçao sensorial é estimulada durante o infarto do miocárdio<br />

(ataque cardíaco isquêmico). Nesses casos a dor é muito intensa<br />

porque as fibras musculares morrem como consequência dos baixos<br />

niveis de oxigênio.<br />

• Sistema vascular linfático<br />

Além dos vasos sangulneos, o corpo humano tem um<br />

sistema de canais de paredes finas revestidas por endotélio<br />

que coleta o fluido dos espaços intersticiais e o retorna<br />

para o sangue. Este fluido é denominado linfa e, diferentemente<br />

do sangue, circula somente na direção do coração.<br />

Os capilares linfáticos originam-se como vasos finos<br />

e sem aberturas terminais (fundo de saco). que consistem<br />

em uma única camada de endotélio e uma lâmina basal<br />

incompleta (Figuras 1 l. l, 11.21 e l l.22). Capilares linfáticos<br />

são mantidos abertos por meio de numerosas microfibrilas<br />

elásticas, as quais também se ancoram firmemente<br />

ao tecido conjuntivo que os envolve (Figura l l.21). Os<br />

finos vasos linfáticos convergem gradualmente e final ­<br />

mente terminam em dois grandes troncos - o dueto torácico<br />

e o dueto linfático direito, que desembocam na junção<br />

das veias jugular interna esquerda com a veia subclávia<br />

esquerda na confluência da veia subclávia direita e a veia<br />

jugular direita interna. Ao longo de seu trajeto, os vasos<br />

linfáticos atravessam os li11fonodos, cujas características<br />

morfológicas e funções são discutidas no Capítulo 14.<br />

Vasos linfáticos são encontrados na maioria dos órgãos,<br />

com raras exceções, tais como o sistema nervoso central e<br />

a medula óssea.<br />

Os vasos linfáticos têm uma estrutura semelhante à<br />

das veias, a não ser pelas paredes mais finas e por não<br />

AF<br />

Figura 11.21 Estrutura de um capilar linfático como visto ao microscópio eletrônico.<br />

Note a sobreposição das bordas livres das células endotelials, a lâmina basal descontínua<br />

(setas) e a trama de fibrilas colágenas de ancoragem (AF). (Cortesia de J. James.)<br />

apresentarem uma separação clara entre as túnicas<br />

(íntima, média, adventícia). Eles também apresentam<br />

maior número de válvulas no seu interior (Figura 11.22).<br />

Nas porções entre as válvulas, os vasos linfáticos apresentam-se<br />

dilatados e exibem um aspecto nodular ou<br />

"em colar de contas''.<br />

Como nas veias, a circulação li11fática é ajudada pela<br />

ação de forças externas (p. ex., contração dos músculos<br />

esqueléticos circunjacentes) sobre as suas paredes. Essas<br />

forças, que agem intermitentemente, associadas à grande<br />

quantidade de válvulas, impulsionam a linfa em un1 fluxo<br />

unidirecional. A contração rítmica da musculatura lisa da<br />

parede das veias linfáticas maiores ajuda a impulsionar a<br />

linfa na direção do coração.<br />

9 Para saber mais<br />

•<br />

Estrutura e função dos vasos linfáticos<br />

A estrutura dos grandes duetos linfáticos (dueto torácico e dueto<br />

linfático direito) é semelhante à das veias, exibindo uma camada média<br />

reforçada por músculo liso. Esses feixes musculares se organizam nas<br />

direções longitudinal e circular, com predominância de fibras longitlldinais.<br />

A adventícia é relativamente pouco desenvolvida. Como as artérias<br />

e as veias, os duetos linfáticos de grande porte também contem vasa<br />

vasorum e uma rica rede neural.<br />

A função do sistema linfático é retornar ao sangue o fluido dos<br />

espaços intersticiais. Ao entrar nos vasos capilares linfáticos, esse<br />

fluido contribui para a formação da parte líquida da linfa. Contribui<br />

ainda para a circulação de linfócitos e outros fatores imunológicos<br />

que penetram os vasos linfáticos quando eles atravessam os órgãos<br />

linfoides.

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