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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

Ameloblastos<br />

Esmaltes<br />

Dentina<br />

Odontoblastos<br />

figura 15.5 A<br />

fotomicrogra fia de um corte de dente imaturo mostra esmalte e dentina. Os ameloblastos (células produtoras de esmalte) e odontoblastos (células produtoras de<br />

dentina) estão ambos dispostos em paliçada. (Coloração: pararrosanilina e toluidina. Médio aumento.)<br />

A matriz produzida pelos odontoblastos é inicialmente<br />

não mineralizada e denomina-se pré-dentina (Figuras 15.5<br />

e 15.6). A mineralização da dentina em desenvolvimento<br />

começa quando vesículas circundadas por membrana - as<br />

vesículas da matriz - aparecem, produzidas pelos odontoblastos.<br />

Em virn1de de um elevado conteúdo de íons cálcio<br />

e fosfato no seu interior, elas facilitam o aparecimento<br />

de cristais pequenos de hid roxiapatita que crescem e servem<br />

como sítios de nucleação para deposição adicional de<br />

m inerais sobre as fibrilas colágenas circundantes.<br />

A dentina é sensível a diversos estímulos como calor,<br />

frio, trauma e pH ácido, sendo todos esses estímulos percebidos<br />

como dor. Embora a polpa seja muito inervada,<br />

a dentina contém poucas fibras nervosas amielínicas que<br />

penetram os túbulos na sua porção pulpar. De acordo com<br />

a teoria hidrodinâmica, os diferentes estímulos podem causar<br />

movimento de fluidos no interior do túbulo dentinário,<br />

estimulando assim as fibras nervosas localizadas junto aos<br />

prolongamentos odontoblásticos.<br />

.; 0<br />

<strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Diferentemente do osso, a dentina persiste por muito tempo como<br />

tecido mineralizado, mesmo após a morte dos odontoblastos. ~ possí­<br />

~I. portanto, manter dentes cuja polpa e odontoblastos tenham sido<br />

destruídos por infecÇio ou trauma. A endodonba (tratamento de canal)<br />

remove os restos pulpares do canal radicular. Em dentes adultos, adestruiÇio<br />

do esmalte que recobre a coroa por erosão devido ao uso, ou por<br />

cáries dentárias, geralmente estimula uma reaÇio nos odontoblastos,<br />

levando-os a retomar ou acelerar a síntese decomponentesdentinários.<br />

Essa reação protege os odontoblastos, distanciando-os da lesão, e pode<br />

ser estimulada por medicamentos locais contendo hidróxido de cálcio.<br />

Esmalte<br />

O esmalte é o componente mais duro do corpo hwnano.<br />

consistindo em cerca de 96% de mineral, cerca de 1 % de<br />

matéria orgânica e 3% de água. Assim corno em outros tecidos<br />

mineralizados, o componente inorgãnico do esmalte é<br />

composto principalmente por cristais de hidroxiapatita.<br />

Outros íons como estrôncio, m agnésio, chumbo e fluoreto,<br />

se existentes durante a síntese do esmalte, podem ser incorporados<br />

ou adsorvidos pelos cristais.<br />

Apenas d urante o desenvolvimento do dente, o esmalte<br />

é produzido por células de origem ectodérmica, os ameloblastos<br />

{Figura 15.5) (a maioria das outras estruturas<br />

dentais deriva do mesoderma ou células da crista neural).<br />

A matriz orgânica do esmalte não é composta por<br />

fibrilas colágenas, mas sim por pelo menos duas classes<br />

heterogêneas de proteínas denominadas amelogeninas<br />

e enamelinas. O papel dessas proteínas na organização<br />

do componente mineral do esmalte está sob investigação<br />

intensa.<br />

O esm alte consiste em colunas alongadas - prismas do<br />

esmal te - que estão unidas ent re si pelo esmalte intel"­<br />

prismático. Tanto os prismas quanto o esm alte interprism<br />

ático são formados por cristais de hidroxiapatita; eles<br />

diferem apenas na orientação dos cristais. Cada prisma<br />

se estende por toda a espessura da camada de esmalte e<br />

tem um trajeto sinuoso; o arranjo dos prismas em grupos<br />

é muito importante para as propriedades mecânicas<br />

do esmalte.<br />

Os ameloblastos (Figura 15.5) são células colunares altas<br />

que contêm numerosas mitocôndrias na região abaixo do<br />

núcleo. Retículo endoplasmático granuloso e um complexo<br />

de Golgi bem desenvolvido são observados acima do

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