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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

Secreção<br />

Glândulas<br />

Figura 22.22 Ourante a fase luteal as glândulas uterinas se tornam tortuosas e o seu<br />

lúmen é preenchido por secreção. Certo grau de edema é observado no tecido conjuntivo.<br />

(Fotomlcrografia. HE. Médio aumento.)<br />

Figura 22.21 Glândulas uterinas retilíneas em um endométrio na fase proliferativa. Observa-se<br />

também músculo liso do miométrio. (Fotomicrografia. HE. Pequeno aumento.)<br />

da sua atividade secretora. Ao término da fase proliferativa,<br />

o endométrio mede cerca de 2 a 3 mm de espessura.<br />

Fase secretória ou luteal<br />

A fase secretória começa depois da ovulação e resulta<br />

da ação de progesterona secretada pelo corpo lúteo que se<br />

forma após a ovulação. A progesterona continua estimulando<br />

as células epiteliais das glândulas que já haviam crescido<br />

na fase proliferativa por ação do estrógeno. As células<br />

epiteliais começam a acumular glicogênio na porção<br />

infranuclear. Em seguida, a quantidade de glicogênio das<br />

células diminui, e produtos de secreção dilatam o lúmen<br />

das glândulas. Uma característica morfológica importante<br />

desta fase é o fato de as glândulas se tornarem muito tortuosas<br />

(Figuras 22.22). Nesta fase, o endométrio alcança sua<br />

máxima espessura (cerca de 5 mm) como resultado do crescimento<br />

da mucosa, do acúmulo de secreção e do edema no<br />

estroma. Mitoses são raras durante a fase secretória.<br />

Se tiver ocorrido fertilização, o embrião terá sido transportado<br />

ao útero e aderido ao epitélio uterino durante a fase<br />

secretória, cerca de 7 ou 8 dias depois da ovulação. É possível<br />

que a secreção das glândulas seja uma fonte de nutrição<br />

para o embrião antes de sua implantação no endométrio.<br />

Um papel importante da progesterona é inibir contrações<br />

das células musculares lisas do miométrio, que poderiam<br />

interferir na implantação do embrião.<br />

Fase menstrual<br />

Se não ocorre a fertilização do ovócito e a implantação<br />

do embrião, o corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 12 clias<br />

depois da ovulação. Em consequência, diminuem rapidamente<br />

os níveis de e~1rógenos e, principalmente, progesterona<br />

no sangue. Ocorrem vários ciclos de contração das<br />

artérias espirais do endométrio que são fonte para a irrigação<br />

da camada funcional. Disso resulta bloqueio do fluxo<br />

de sangue, produzindo isquemia e causando morte (por<br />

necrose) das paredes das artérias, assim como das células<br />

da porção da camada funcional do endométrio irrigada por<br />

esses vasos. As artérias se rompem após os locais de constrição<br />

e o sangramento começa. A maior parte da camada<br />

funcional do endométrio é separada da mucosa e cai no<br />

lúmen uterino, fazendo parte do fluido menstrual. O resto<br />

do endométrio encolhe devido à perda de fluido intersticial.<br />

A quantidade de endométrio e sangue perdida varia de<br />

uma mulher para outra, e até mesmo na mesma mulher em<br />

diferentes ciclos.<br />

Ao término da fase menstrual, o endométrio é reduzido<br />

a uma espessura muito delgada (a camada basal). O<br />

endométrio está, assim, pronto para iniciar um novo ciclo,<br />

pois suas células começam a se dividir para reconstituir<br />

a mucosa por ação de estrógenos secretados em quanti-

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