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Revista dos Pneus 52

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TESTE EM CIRCUITO Nokian Tyres<br />

ADRENALINA EM PISTA Gama Davanti Tyres<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>52</strong><br />

Outubro 2018<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Bimestral<br />

Peugeot 3008<br />

Mudou o motor Diesel de média<br />

cilindrada, manteve-se a sedução<br />

Salão de Hanover<br />

Todas as novidades do<br />

setor na edição de 2018<br />

do certame germânico<br />

AgroGlobal<br />

<strong>Pneus</strong> agrícolas em grande<br />

destaque na maior feira<br />

nacional dedicada ao ramo<br />

Bridgestone<br />

O Ecopia H002 é a mais<br />

recente aposta do fabricante<br />

para a área <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong><br />

MESA REDONDA<br />

Distribuidores<br />

ganham peso<br />

Debate sobre a atualidade do mercado nacional de pneus para pesa<strong>dos</strong>


Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

joana.calado@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Aperfeiçoar a<br />

gestão do negócio<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Rua Consiglieri Pedroso, n.º 90, Casal<br />

de Sta. Leopoldina, 2730 - 053 Barcarena<br />

Tel: 214 345 444 | Fax: 214 345 494<br />

N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

Proprietário/Editor:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte:<br />

510447953<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

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2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

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Consulte o Estatuto Editorial<br />

no site www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

omo em qualquer outro negócio,<br />

o serviço de pneus é sempre<br />

um braço de ferro negocial<br />

entre o cliente e a oficina. Esta<br />

tenta repercutir os seus custos<br />

na fatura que passa ao cliente, enquanto que<br />

este está sempre a tentar obter qualquer tipo<br />

de vantagem.<br />

Seria irrealista não reconhecer isto, porque<br />

to<strong>dos</strong> os clientes, mesmo os que trabalham há<br />

muitos anos com a mesma oficina, perguntam<br />

sempre qual o custo de qualquer serviço que<br />

pretendam realizar. O cliente sabe que tem<br />

uma posição negocial mais forte, porque conduz<br />

e pode parar à porta de qualquer oficina,<br />

escolhendo a que mais lhe convém. No caso<br />

<strong>dos</strong> transportadores internacionais, as opções<br />

ultrapassam mesmo as fronteiras do país.<br />

As oficinas tentam enfrentar esta contingência<br />

estabelecendo preços fixos para determina<strong>dos</strong><br />

serviços mais procura<strong>dos</strong>, que são<br />

afixa<strong>dos</strong> nas instalações da empresa ou até<br />

podem estar disponíveis na sua página web.<br />

Esta solução resulta para os clientes ditos<br />

ocasionais, porque já vão à oficina sabendo<br />

antecipadamente quanto irão pagar pelo<br />

serviço pretendido. No caso <strong>dos</strong> clientes de<br />

maior volume de faturação, como os que dispõem<br />

de frotas de veículos, essa solução não<br />

tem a mesma viabilidade, porque o volume<br />

de serviço pode permitir ajustamentos de<br />

custos que não são possíveis noutros casos.<br />

Se não efetuar esses ajustamentos, que resultam<br />

de sinergias mais favoráveis, maior<br />

taxa de utilização da mão de obra e possíveis<br />

descontos na aquisição do produto, a oficina<br />

perde capacidade competitiva em relação a<br />

outros concorrentes do mercado.<br />

Noutros tempos, um empresário que era<br />

profissional de pneus ao mesmo tempo, mas,<br />

no fundo, não era uma coisa nem outra, podia<br />

dizer ao cliente “Eu mesmo faço isso! Não<br />

paga nada”. Ele podia fazer isso porque a<br />

margem do produto podia chegar aos 30%<br />

e a margem <strong>dos</strong> custos de mão de obra era<br />

muito folgada, devido aos baixos salários.<br />

No fundo, quem pagava o tempo ao cliente<br />

não era o dono da oficina, mas o fornecedor<br />

do pneu e os emprega<strong>dos</strong> da empresa. Nada<br />

disso é, neste momento, parecido com esses<br />

tempos, porque a extrema concorrência esmagou<br />

a margem do produto e os custos<br />

laborais dispararam em flecha.<br />

A única forma do empresário da oficina de<br />

pneus garantir uma margem de negócio<br />

atrativa nos tempos atuais é aperfeiçoar a<br />

gestão do seu negócio, tornando-o mais<br />

eficiente e produtivo. Diversificação, gestão<br />

de stocks, política de compras e maximização<br />

da taxa de ocupação da mão de obra são<br />

algumas das ferramentas que poderá utilizar<br />

nesse sentido.<br />

Por outro lado, a diversificação do negócio,<br />

que pode passar pelos serviços de travões,<br />

suspensão, filtros e outros, pode elevar, significativamente,<br />

a margem média no negócio,<br />

ao introduzir produtos com maiores margens<br />

de comercialização.<br />

Para manter o controlo das margens do negócio,<br />

o empresário deve apostar nos indicadores<br />

económicos de rentabilidade, que<br />

lhe podem ser forneci<strong>dos</strong> facilmente pelo<br />

assessor de contabilidade e/ou finanças da<br />

empresa. Através desses indicadores, poderá<br />

acompanhar o desempenho <strong>dos</strong> vários<br />

fatores chave de rentabilidade do negócio,<br />

introduzindo, oportunamente, as correções<br />

indispensáveis. As pessoas poderão achar que<br />

é muito complicado gerir um negócio, mas,<br />

utilizando os meios corretos de gestão, isso<br />

pode ser tão simples ou mais ainda do que<br />

conduzir um automóvel.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Michelin X Coach Z<br />

Tranquilidade absoluta<br />

O X Coach Z foi concebido para viajar de autocarro com absoluta tranquilidade.<br />

Quem o afirma é a Michelin, que já fez saber que os principais atributos deste<br />

novo pneu residem na maior capacidade de carga, na polivalência de utilização, na<br />

segurança e robustez melhoradas e ainda no conforto e eficiência ótimos<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

O<br />

novo Michelin X Coach Z vem dar<br />

resposta às principais expectativas<br />

<strong>dos</strong> fabricantes de autocarros<br />

e das frotas. Este polivalente pneu<br />

concebido para eixos direcionais e de tração<br />

anuncia uma capacidade de carga adaptada<br />

às novas gerações de veículos, oferecendo,<br />

de acordo com a marca que o produz, maior<br />

segurança e mobilidade em todas as estações<br />

do ano, ou não ostentasse ele as siglas M+S e<br />

3PMSF. As inovadoras tecnologias Regenion e<br />

Infinicoil de que faz uso permitem-lhe reivindicar<br />

uma robustez comprovada, um ótimo<br />

conforto para passageiros e condutor, uma<br />

maior eficiência e uma durabilidade superior<br />

em 16% face ao antecessor X Coach HL Z.<br />

Desenvolvido com o compromisso de garantir<br />

a consistência das suas performances do primeiro<br />

ao último quilómetro, o novo X Coach<br />

Z foi concebido à luz da estratégia “Michelin<br />

Long Lasting Performance”. O que significa que<br />

as suas prestações permitem ir ao encontro do<br />

grau de satisfação <strong>dos</strong> clientes, bem como proporcionam<br />

uma redução de custos assinalável.<br />

De acordo com a Michelin, tais argumentos<br />

devem-se a cinco características.<br />

l Maior segurança: a tecnologia Regenion faz<br />

com que o desenho da banda de rolamento<br />

seja evolutivo e vá “abrindo” à medida que o<br />

pneu se desgasta, garantindo um elevado nível<br />

de aderência durante toda a vida útil do<br />

produto, do primeiro ao último quilómetro.<br />

l Polivalência de utilização: o pneu está apto<br />

para todas as condições climatéricas, podendo<br />

ser utilizado em todo o tipo de estradas e em<br />

cidade, além de servir para equipar to<strong>dos</strong> os<br />

eixos do veículo. A marcação 3PMSF certifica<br />

que o novo X Coach Z foi homologado para<br />

condições invernais, respondendo, por isso, às<br />

regulamentações em vigor em muitos países.<br />

l Maior robustez e capacidade de carga: a<br />

estrutura no topo do novo X Coach Z foi reforçada<br />

com a tecnologia Infinicoil, que consiste<br />

num fio de aço enrolado em contínuo por toda<br />

a largura no topo do pneu. O que proporciona<br />

grande estabilidade e resistência, bem com<br />

uma maior capacidade de carga (até 7,5 toneladas<br />

por eixo em montagem simples).<br />

l Rentabilidade aumentada: o custo por<br />

quilómetro foi melhorado graças a mais 16%<br />

de rendimento quilométrico face ao antecessor<br />

X Coach HL Z. O pneus é reesculturável e<br />

recauchutável para ser utilizado no eixo de<br />

tração ou direcional.<br />

l Elevado conforto: a escultura evolutiva e a<br />

flexibilidade da carcaça proporcionam amortecimento<br />

e elevado silêncio de rolamento. O design<br />

linear e direcional da banda de rolamento<br />

assegura um conforto extra na condução. u<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Equipamento do mês<br />

Atek Junior 1400S<br />

Rapidez com eficácia<br />

Atenta às oportunidades de negócio e necessidades do mercado, a ALTARODA<br />

apresentou, recentemente, a Atek Junior 1400S, uma máquina de desempenar<br />

jantes que está acessível a todas as oficinas de reparação que queiram efetuar um<br />

investimento de €2.500<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Comercializada pela ALTARODA, a<br />

Atek é uma marca de origem turca<br />

que se estabeleceu, em Istambul,<br />

no ano de 1954, por Mustafa Keser.<br />

Uma década depois, após a morte do seu<br />

fundador, a esposa, Hatice Keser, e os três<br />

filhos, Altan, Turhan e Ertan Keser, decidiram<br />

fazer a formação necessária para continuar<br />

com a empresa. Hoje, a Atek é um grupo que<br />

dispõe de vários equipamentos para diversos<br />

setores de atividade. Conta com uma<br />

moderna fábrica, inclui um departamento<br />

de pesquisa e desenvolvimento autónomo<br />

e ostenta diversas certificações.<br />

Atenta às oportunidades de negócio e necessidades<br />

do mercado, a ALTARODA apresentou,<br />

recentemente, a Atek Junior 1400S,<br />

uma maquina de desempenar jantes que<br />

está acessível a todas as oficinas de reparação<br />

que queiram efetuar um investimento<br />

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />

Pressão do exercício<br />

140 bar<br />

Peso neto<br />

165 kg<br />

Motor hidráulico<br />

0,55 kW/0,75 cv<br />

Jantes compatíveis 10” a 24”<br />

Dimensões<br />

430 x 1233 x 1624 mm<br />

de €2.500. Na grande maioria <strong>dos</strong> casos, a<br />

compensação do desequilíbrio resultante<br />

de pequenos empenos das jantes é feito<br />

através da colocação de pesos e, em caso<br />

mais drásticos, com a utilização de maços de<br />

borracha. Com este equipamento da Atek,<br />

a oficina tem a oportunidade de prestar um<br />

serviço adicional ao cliente, sendo rápido e<br />

eficaz. O resultado final é um serviço de melhor<br />

qualidade, com a vantagem de todo o<br />

processo de reparação poder ser realizado<br />

“à frente” do cliente, passando, assim, uma<br />

imagem credível, profissional e diferenciadora<br />

relativamente à concorrência. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


af imprensa eurorepar oficinas set 18 190x270 revista pneus.indd 1 25/09/18 14:06


Mercado<br />

Direções opostas<br />

Em setembro deste ano, o mercado de pneus novos de substituição em Portugal,<br />

no segmento Consumer, caiu 12,1% comparativamente a igual mês de 2017.<br />

Já no acumulado de janeiro a setembro, verificou-se uma subida de 1,3%<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo da<strong>dos</strong> do Europool, em<br />

setembro de 2018, no que ao mercado<br />

de pneus novos de substituição<br />

disse respeito, venderam-se, em<br />

Portugal, no segmento Consumer (ligeiros<br />

de passageiros, comerciais ligeiros e 4x4),<br />

210.134 unidades, ou seja, menos 29.049<br />

unidades comparativamente ao período homólogo<br />

do ano passado. O que, na prática,<br />

traduziu-se numa queda de 12,1%. Quanto<br />

ao acumulado <strong>dos</strong> primeiros nove meses<br />

de 2018, registou-se uma subida de 1,3%:<br />

2.202.338 unidades contra 2.173.836 transacionadas<br />

entre janeiro e setembro de 2017.<br />

Na divisão por categorias, em setembro<br />

de 2018, o mercado nacional “absorveu”<br />

182.003 pneus radiais para veículos de<br />

passageiros (-11,2% do que em setembro<br />

de 2017), 16.917 pneus radiais para veículos<br />

comerciais ligeiros (-13,9%) e 11.214 pneus<br />

4x4 (-23,5%). No acumulado de janeiro a<br />

setembro de 2018, por comparação com<br />

igual período do ano passado, o Europool revela<br />

que foram 1.911.512 pneus radiais para<br />

veículos de passageiros (+3,7%), 170.860<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(-0,6%) e 119.966 pneus 4x4 (-24,3%).<br />

Observando os segmentos, em setembro<br />

de 2018, a maior fatia pertenceu aos premium,<br />

com 109.578 (-18,5%), seguindo-se<br />

os budget, com 56.801 (-13,7%), e os mid,<br />

com 43.234 (+11,5%). No acumulado de janeiro<br />

a setembro deste ano, foram 1.078.821<br />

pneus premium (-4,3%), 631.348 pneus budget<br />

(-5,3%) e 480.146 pneus mid (+29,4%)<br />

comparativamente a igual período do ano<br />

transato.<br />

Quanto à tipologia, em setembro de 2018,<br />

foram comercializa<strong>dos</strong> 53.629 pneus<br />

HRD, ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17”<br />

para cima (-7,7%), 11.214 pneus SUV/4x4<br />

(-23,5%), 6.692 pneus RFT (-3,9%) e 1.345<br />

pneus All Season (-13,3%). Números que,<br />

no acumulado de janeiro a setembro deste<br />

ano, alteram-se para 563.1<strong>52</strong> pneus HRD<br />

(+2,9%), 119.966 pneus SUV/4x4 (-24,3%),<br />

84.305 pneus RFT (-4,6%) e 11.972 pneus<br />

All Season (-4,1%). ♦<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Europool<br />

UNIDADES SETEMBRO 2017 SETEMBRO 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 204.892 182.003 -11,2%<br />

Comerciais 19.641 16.917 -13,9%<br />

4x4 14.650 11.214 -23,5%<br />

Total 239.183 210.134 -12,1%<br />

All Season 1.5<strong>52</strong> 1.345 -13,3%<br />

HRD 58.119 53.629 -7,7%<br />

RFT 6.967 6.692 -3,9%<br />

SUV/4x4 14.650 11.214 -23,5%<br />

Budget 65.837 56.801 -13,7%<br />

Mid 38.765 43.234 11,5%<br />

Premium 134.463 109.578 -18,5%<br />

12” 14 0 0,0%<br />

13” 10.749 8.536 -20,6%<br />

14” 33.981 23.334 -31,3%<br />

15” 71.165 61.980 -12,9%<br />

16” 65.037 62.134 -4,5%<br />

17” 37.266 34.880 -6,4%<br />

18” 13.172 12.882 -2,2%<br />

19” 5.339 3.601 -32,6%<br />

20” 1.611 1.666 3,4%<br />

21” 533 453 -15%<br />

22” 196 145 -26%<br />

23” 2 0 0,0%<br />

UNIDADES JAN./SET. 2017 JAN./SET. 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 1.843.429 1.911.512 +3,7%<br />

Comerciais 171.881 170.860 -0,6%<br />

4x4 158.<strong>52</strong>6 119.966 -24,3%<br />

Total 2.173.836 2.202.338 1,3%<br />

All Season 12.478 11.972 -4,1%<br />

HRD 547.478 563.1<strong>52</strong> 2,9%<br />

RFT 88.350 84.305 -4,6%<br />

SUV/4x4 158.<strong>52</strong>6 119.966 -24,3%<br />

Budget 666.446 631.348 -5,3%<br />

Mid 371.088 480.146 29,4%<br />

Premium 1.127.137 1.078.821 -4,3%<br />

12” 207 319 54,1%<br />

13” 107.843 86.117 -20,1%<br />

14” 321.567 286.185 -11%<br />

15” 609.170 620.873 1,9%<br />

16” 578.406 633.669 9,6%<br />

17” 318.944 345.568 8,3%<br />

18” 127.859 142.765 11,7%<br />

19” 61.547 48.775 -20,8%<br />

20” 24.819 17.1<strong>52</strong> -30,9%<br />

21” 11.434 7.630 -33,3%<br />

22” 2.837 1.262 -55,5%<br />

23” 34 -2 -5,9%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Mesa redonda<br />

Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Clima pouco leve no<br />

mercado de pesa<strong>dos</strong><br />

Os distribuidores do mercado de pneus pesa<strong>dos</strong> não vivem dias leves.<br />

Mas querem dar a volta por cima e ganhar espaço na cadeia de valor.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> organizou uma Mesa Redonda para dar conta da opinião<br />

de alguns <strong>dos</strong> principais players do setor<br />

Por: Bruno Castanheira, Jorge Flores e Joana Calado<br />

setor <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong><br />

não vive dias leves.<br />

Procura o caminho para<br />

se levantar, mas os obstáculos<br />

têm sido muitos. Tanto<br />

exteriores como interiores ao próprio canal.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> organizou mais uma<br />

Mesa Redonda para analisar o estado deste<br />

mercado. Para o efeito, convidou alguns <strong>dos</strong><br />

principais distribuidores do setor a deslocarem-se<br />

ao Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa.<br />

Apesar do desafio da nossa revista, nenhum<br />

<strong>dos</strong> fabricantes compareceu ao debate.<br />

Luís Aniceto, da S. José <strong>Pneus</strong> foi o primeiro<br />

a usar da palavra para dar o seu ponto de<br />

vista sobre a situação atual do setor. “Não<br />

tem sido um ano especialmente bom para<br />

falar do mercado de pneus pesa<strong>dos</strong>. Tem<br />

sido negativo e existem várias razões para<br />

isso. Mas, cada vez mais, é um mercado de<br />

especialistas, onde as marcas querem fazer<br />

exercer as suas influências. Isto é transversal<br />

às marcas ‘brancas’, premium e até ao setor<br />

da recauchutagem, onde as marcas também<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


<strong>Pneus</strong> pesa<strong>dos</strong><br />

Carlos Marques, Recauchutagem 31<br />

“Há 10 anos, produzia 40.000<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> por ano. No<br />

ano passado, produzi 15.000<br />

e sobrevivi. Fiz investimentos<br />

brutais em equipamentos<br />

de topo e foi precisamente<br />

nesse momento que deixo<br />

de ganhar dinheiro”<br />

já querem estar presentes”, avançou.<br />

Da parte da Tirso <strong>Pneus</strong>, Paulo Santos, concordou<br />

com a opinião exposta. “É sabido<br />

que o mercado tem vindo a decrescer nos<br />

últimos meses. De facto, algo melhorou face<br />

aos primeiros meses, mas, depois, houve um<br />

decréscimo brutal. Se, de facto, algo tem me-<br />

regra nova, que foi implantada sem praticamente<br />

ninguém se aperceber, porque o<br />

correto era que, a partir de uma certa data,<br />

os operadores fossem avisa<strong>dos</strong> da entrada<br />

em vigor do regulamento. Quando saiu a<br />

informação que, no dia seguinte, iria haver<br />

entradas num processo que se desenrolaria<br />

durante nove meses. À data da realização<br />

desta mesa redonda, faltará menos de um<br />

mês. Todas as pessoas que faziam as suas<br />

previsões para ter stock, têm de comprar. E<br />

para se comprar, têm de planear. E o planeamento<br />

passa pelos pneus que existem<br />

em stock, os que vão chegar, os que estão<br />

a caminho, os que vão partir. Portanto,<br />

defendemo-nos, fizemos as nossas regras,<br />

defendemos aquilo que entendemos e,<br />

claro, houve um decréscimo, porque chegámos<br />

a uma fase em que ninguém sabe<br />

quanto é que vai custar um pneu”, adiantou.<br />

E explicou. “Porque aquilo que, hoje,<br />

se fala em termos de valores, é uma coisa<br />

que está proposta, não é definitiva. Não se<br />

sabe se haverá uma subvenção comercial,<br />

não se sabe se haverá retroatividade. Portanto<br />

está tudo muito longe de ficar prelhorado,<br />

poderá ser devido, não só, ao que é<br />

vendido no país, nomeadamente nas marcas<br />

premium, mas, também, ao que é exportado.<br />

Está a ser um ano muito difícil para to<strong>dos</strong><br />

os players do mercado, tenham eles produtos<br />

premium, quality ou até mesmo marcas<br />

budget ou low cost”, adiantou o responsável.<br />

Carlos Marques, da Recauchutagem 31, enquadrou<br />

a sua visão com a experiência na<br />

atividade da recauchutagem. “Há 10 anos,<br />

produzia 40.000 pneus pesa<strong>dos</strong> por ano. No<br />

ano passado, produzi 15.000 e sobrevivi. Fiz<br />

investimentos brutais em equipamentos de<br />

topo e foi precisamente no momento em<br />

que os fiz que deixei de ganhar dinheiro”,<br />

lamentou. “O problema não é o mesmo do<br />

que o <strong>dos</strong> nossos colegas aqui presentes,<br />

que fazem venda de pneus novos, mas sim<br />

a concorrência que temos há vários anos. O<br />

regulamento anti-dumping de pneus de camião<br />

está, em princípio, a funcionar. Portanto,<br />

era completamente impossível estarmos num<br />

mercado em que eu vendia um pneu por €130<br />

ou €140 e comprava-se um pneu oriundo<br />

da China por €100. Era completamente<br />

impossível. Mas sobrevivi e ainda cá estou,<br />

principalmente porque somos uma empresa<br />

que aposta na diversidade. A concorrência,<br />

para mim, nunca foi preocupação, desde<br />

que seja leal. Os custos são mais eleva<strong>dos</strong><br />

para nós do que os que existem na China,<br />

tanto em termos de salários, eletricidade e<br />

combustíveis, como outros. Tem sido difícil,<br />

mas, nestes últimos meses, está a verificar-se<br />

um crescimento”, afirmou.<br />

REGRA NOVA E IMPREVISÍVEL<br />

Rui Chorado, da Dispnal, faz a mesma leitura.<br />

“Fomos ‘apanha<strong>dos</strong>’, em fevereiro, por uma<br />

Paulo Santos, Tirso <strong>Pneus</strong><br />

“O mercado tem vindo a<br />

decrescer nos últimos meses.<br />

Melhorou face aos primeiros<br />

meses, mas, depois, houve<br />

um decréscimo brutal (...).<br />

Está a ser um ano muito<br />

difícil para to<strong>dos</strong> os players<br />

do mercado, tenham eles<br />

produtos premium, quality<br />

ou até mesmo marcas<br />

budget ou low cost”<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Mesa redonda<br />

<strong>Pneus</strong> pesa<strong>dos</strong><br />

visível. Os próprios fabricantes também<br />

estão apreensivos, até porque o mercado<br />

europeu é importante para eles”, frisou.<br />

“Apanhado de surpresa” é, também, a expressão<br />

utilizada por Filipe Bandeira, da AB<br />

Tyres, para descrever o que sentiu com as<br />

novas regras. “Em fevereiro, com a nova lei<br />

imposta, não sabíamos bem como reagir.<br />

Nem o mercado, que, depois, até reparámos<br />

que ficou um bocadinho confuso daí para<br />

a frente, com os stocks e o que está para<br />

vir e não está”, disse. “Tivemos, também,<br />

de adaptar-nos, mas sentimos alguma dificuldade<br />

naqueles primeiros tempos, pelo<br />

dumping, neste caso os pneus importa<strong>dos</strong><br />

diretamente da China. E, para nós, que tínhamos<br />

algumas marcas fortes nesse segmento<br />

e dessa origem, reduzimos, drasticamente,<br />

as vendas e tivemos de nos adaptar. Mas<br />

sentimos que, nesta segunda fase do ano,<br />

conseguimos recuperar”, afirmou.<br />

A terminar a primeira ronda, Paulo Santos, da<br />

AB Tyres, chamou a atenção para a ausência<br />

<strong>dos</strong> fabricantes na mesa, “uma vez que são<br />

uma peça importante no nosso mercado”.<br />

Registada a ausência, fez notar que existe,<br />

hoje, “uma maior pressão na venda por parte<br />

deles (fabricantes). De alguma forma, este<br />

desequilíbrio que existe no mercado, esta<br />

falta de informação, não nos permite ver qual<br />

será o caminho, porque, tal como refere Rui<br />

Chorado, há situações que são ambíguas<br />

e de interpretação dúbia”, disse. “Estamos<br />

numa fase bastante conturbada, que afetou<br />

to<strong>dos</strong> os presentes. Portanto, ainda não<br />

estamos a ver a tal ‘luz ao fundo do túnel’.<br />

Por outro lado, há uma pressão enorme, nomeadamente<br />

de distribuidores do nosso país<br />

vizinho, que entram em Portugal com outro<br />

tipo de marcas ou outras marcas neste segmento<br />

de produto. Em alguns casos, ponho<br />

até em causa a legalidade das operações. E<br />

não existe absolutamente nenhum controlo<br />

dessas situações”, alertou.<br />

ANTI-DUMPING: BOM OU MAU?<br />

O debate virou, de seguida, para o regulamento<br />

anti-dumping. Luís Aniceto, da S.<br />

José <strong>Pneus</strong>, ainda não sabe dizer ao certo<br />

se esta medida é positiva ou negativa para<br />

Paulo Santos, AB Tyres<br />

“Existe, hoje, uma maior<br />

pressão na venda por parte<br />

<strong>dos</strong> fabricantes. De alguma<br />

forma, este desequilíbrio<br />

que existe no mercado, esta<br />

falta de informação, não<br />

nos permite ver qual será o<br />

caminho (...). Estamos numa<br />

fase bastante conturbada,<br />

que afeta to<strong>dos</strong> os<br />

presentes”<br />

PAPEL DO DISTRIBUIDOR NA CADEIA DE VALOR<br />

Perante os assuntos aborda<strong>dos</strong> na Mesa Redonda,<br />

impunha-se a questão: qual será, afinal,<br />

o atual papel do distribuidor na cadeia de valor?<br />

Paulo Santos, da AB Tyres, defendeu que<br />

a importância será aquela que os “fabricantes<br />

querem que nós tenhamos”, afirmou. “E cada<br />

vez eles querem chegar a mais sítios e acabam<br />

por deixar-nos os locais onde é mais difícil chegar.<br />

Quer seja por que há mais risco financeiro,<br />

quer seja por questões logísticas. O que temos<br />

feito, e acho que é transversal a to<strong>dos</strong> os distribuidores,<br />

é utilizar marcas que não estejam<br />

ligadas a fabricantes, ou seja, aquelas em que<br />

somos nós os representantes em Portugal e não<br />

há outros intermediários, para que consigamos<br />

posicionar-se em pontos estratégicos sem estar<br />

sob a alçada de fabricantes”, revelou. Porém,<br />

“o que acontece com as marcas premium, em<br />

que somos sujeitos à vontade do fabricante, é<br />

que, no fim do ano, temos um grande volume<br />

de vendas, mas, em termos de rentabilidade, o<br />

resultado é pouco significativo”, concluiu.<br />

O raciocínio foi partilhado por Filipe Bandeira,<br />

também da AB Tyres. “É um tema sensível. Antigamente,<br />

os fabricantes vendiam ao distribuidor<br />

e este vendia à oficina. Neste momento, o<br />

fabricante já quer vender à oficina diretamente<br />

e, muitas vezes, até ao cliente final. Começam,<br />

agora, a criar as suas próprias redes oficinais.<br />

Muitas vezes, chegamos a uma oficina e a resposta<br />

que obtemos é que já têm um acordo direto<br />

com o fabricante”, esclareceu.<br />

Já Rui Chorado acredita que é necessário poder<br />

de “adaptação”. Na sua opinião, “quase<br />

não existe espaço para cometer erros. Temos<br />

de trabalhar sempre o melhor possível com as<br />

capacidades que temos. Porque, efetivamente,<br />

trabalhamos com grandes marcas em que, muitas<br />

vezes, os grandes grupos da Europa compram<br />

de uma só vez o que eu só posso comprar<br />

em seis meses ou um ano. E, aí, tenho de lutar<br />

contra a própria casa. É uma adaptação diária e<br />

uma constante procura de soluções. Há um ano<br />

ou dois, não trabalhávamos da mesma forma<br />

que trabalhamos hoje. Neste momento, o mercado<br />

pede-nos uma aceleração em que quase<br />

que o pneu tem de ser entregue mais rápido do<br />

que um medicamento, porque até o cliente que<br />

tem uma oficina na aldeia quer pedir o pneu<br />

de manhã e quer que seja entregue depois de<br />

almoço”, afirmou.<br />

Carlos Marques, da Recauchutagem 31, focou-<br />

-se no problema da logística. “Até aqui, oferecíamos<br />

um serviço ao nosso cliente sem cobrar<br />

nada. Nós é que habituámos o cliente a ter os<br />

pneus o mais rapidamente possível, acabámos<br />

com os stocks em casa do retalhista. O que<br />

está, aqui, em causa é o exagero de entregas. E<br />

temos de arranjar forma de fazê-los regredir”,<br />

alertou o responsável.<br />

Por sua vez, Paulo Santos, da Tirso <strong>Pneus</strong>,<br />

acrescentou que o facto de “as entregas serem<br />

feitas várias vezes ao dia, nós, no fundo, não podemos<br />

culpar ninguém, porque o que gerou isto<br />

foi a falta de rentabilidade do retalhista. Porque<br />

se o retalhista cada vez tem menos margem,<br />

logicamente verificamos mais problemas económicos.<br />

E quem é mais prejudicado é o distribuidor.<br />

Não vai ser possível regredir as entregas<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


o mercado. “Está e pronto. Importa, é óbvio<br />

que sim. Como tal, não temos de achar se<br />

é justa ou não. É o que é e faz sentido. Foi<br />

instituída muito mais à imagem da recauchutagem,<br />

mas, por detrás, haverá interesses das<br />

marcas em poderem vir a beneficiar dessa<br />

diretriz. Há um critério que me parece completamente<br />

desajustado: o facto de afetar<br />

tanto o pneu mais pequeno como um de<br />

grandes dimensões”, adiantou.<br />

Paulo Santos, da Tirso <strong>Pneus</strong>, é favorável em<br />

relação à taxa. “A minha principal marca, a<br />

Hankook, deslocalizou a sua produção da<br />

China para outros países e esta taxa acabou<br />

por beneficiar-me. Daí que, a partir de uma<br />

determinada altura do ano, veio ajudar-me,<br />

como recauchutadores, uma vez que o nosso<br />

grupo, Soledad, tem, também, essa vertente.<br />

Partilho totalmente da opinião do Carlos<br />

Marques. Entendo perfeitamente que se<br />

tratavam de preços completamente desajusta<strong>dos</strong><br />

da realidade, até tendo em conta<br />

Filipe Bandeira, AB Tyres<br />

“Tivemos de adaptar-nos,<br />

mas sentimos alguma<br />

dificuldade naqueles<br />

primeiros tempos, pelo<br />

dumping, neste caso<br />

os pneus importa<strong>dos</strong><br />

diretamente da China<br />

(...). Tínhamos marcas<br />

fortes nesse segmento e<br />

dessa origem, reduzimos,<br />

drasticamente, as vendas”<br />

PUB<br />

porque há uma falta de rentabilidade brutal”,<br />

disse. Mas esclareceu. “Não podemos dizer que<br />

o fabricante não quer este negócio, até porque<br />

temos um fabricante que criou uma nova empresa<br />

para fazer precisamente o mesmo que<br />

nós fazemos. O facto de eu representar umar<br />

marca que não depende de grandes fabricantes<br />

acaba por me ajudar a garantir a rentabilidade<br />

do meu negócio”, adiantou.<br />

Para Luís Aniceto, da S. José <strong>Pneus</strong>, o papel<br />

<strong>dos</strong> distribuidores é “fazer o que as marcas não<br />

querem fazer”. Significa isto que, “com as armas<br />

de que dispomos, temos de perceber qual<br />

é o nosso caminho e qual é o nosso melhor negócio.<br />

Vamos ter de fazer a logística que as marcas<br />

não estão vocacionadas para fazer, porque<br />

elas não estão preparadas para fazer entregas<br />

diárias nos grandes centros. Mas, mesmo assim,<br />

já há marcas a querer entrar nesse campo,<br />

reduzindo a nossa quota de mercado. A nossa<br />

logística é melhor do que a da farmácia e, sim,<br />

é possível voltar atrás na questão do excesso de<br />

entregas”, rematou.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Mesa redonda<br />

<strong>Pneus</strong> pesa<strong>dos</strong><br />

o custo da matéria-prima. Para mim, esta<br />

taxa é positiva”, referiu.<br />

Desde que o pneu chinês tenha qualidade,<br />

para Carlos Marques, da Recauchutagem 31,<br />

não existe problema, até porque, nesse caso,<br />

terá de custar mais. “E, se esse pneu tiver<br />

qualidade, pode ser recauchutado. Enquanto<br />

que, hoje, existem imensas marcas de baixa<br />

qualidade. Mas eu também recupero imensas<br />

carcaças de pneus chineses, não posso<br />

deitar tudo fora. O problema é que o pneu<br />

chinês começou a ser apelidado, em toda<br />

a Europa, como pneu de uma só vida. Um<br />

problema ambiental gravíssimo, uma vez<br />

que se está a colocar milhões de toneladas<br />

de pneus no mercado que não têm utilização<br />

nenhuma. Em termos de pneus quality ou<br />

premium, já falamos em pneus de quatro<br />

vidas”, disse.<br />

Segundo Rui Chorado, da Dispnal, “o mercado<br />

está num processo de transformação<br />

muito rápido. A questão do anti-dumping<br />

já se ouve falar há alguns anos, nos EUA,<br />

mas nós pensávamos que não chegasse a<br />

Portugal. Na minha opinião, acho que vem<br />

equilibrar algumas situações, até pelas assimetrias<br />

que haviam, como, por exemplo,<br />

Luís Aniceto, S. José <strong>Pneus</strong><br />

“Não tem sido um ano<br />

especialmente positivo (...).<br />

As marcas, cada vez mais,<br />

querem fazer exercer as suas<br />

influências. Isto é transversal<br />

às marcas ‘brancas’,<br />

premium e até ao setor da<br />

recauchutagem, onde as<br />

marcas também já querem<br />

estar presentes”<br />

venderem-se pneus de camião a um valor<br />

mais baixo face a um pneu ligeiro”, adiantou.<br />

“Com a agravante de que há centenas<br />

de fábricas na China e, hoje, realmente há<br />

marcas que têm o know-how de empresas<br />

premium e já fazem pneus com qualidade.<br />

Aliás, até acho que já não há produtos<br />

maus, mas sim produtos económicos. Esta<br />

taxa ainda não é definitiva. Há que haver<br />

duas taxas, para medidas diferentes. Agora,<br />

resta-nos aguardar a decisão da Comissão<br />

Europeia. Mas, fundamentalmente, a ideia<br />

de criar esta taxa na Europa foi para acabar<br />

com as assimetrias que existiam”, destacou.<br />

Filipe Bandeira, da AB Tyres, só quer que a<br />

medida seja justa. “Vai equilibrar os preços<br />

a nível do mercado europeu e acho que foi<br />

muito forçada até pelos fabricantes. Tenho<br />

de concordar com o Rui Chorado em relação<br />

aos produtos chineses que estão, significativamente,<br />

melhores em termos de qualidade<br />

e notamos essa alteração ao longo <strong>dos</strong> anos.<br />

A taxa anti-dumping está a começar nos<br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, mas, futuramente, deverá<br />

chegar aos ligeiros”, afirmou.<br />

Na generalidade, Paulo Santos, da AB Tyres,<br />

concorda com a taxa. Sobretudo, tendo em<br />

conta as assimetrias <strong>dos</strong> preços no mercado.<br />

Aquilo com que discorda é que “medidas<br />

díspares paguem o mesmo imposto”, assim<br />

como com o facto de todas as fábricas e<br />

todas as marcas serem julgadas pela mesma<br />

medida. Ou seja, “os nossos negócios não<br />

vivem com este tipo de indecisão e as notícias<br />

que saíram em relação a este tema<br />

deveriam ter sido coerentes e objetivas. Mas<br />

não foram. O que acabou por gerar uma<br />

grande instabilidade no mercado”, explicou<br />

o responsável.<br />

DESAFIOS ATUAIS<br />

Paulo Santos, da AB Tyres, é da opinião de<br />

que a missão atual <strong>dos</strong> distribuidores de<br />

pneus para pesa<strong>dos</strong> é complicada. “Cada<br />

vez há mais distribuidores, nomeadamente,<br />

do país vizinho, a entrarem no nosso mercado.<br />

Desde há uns anos que se tem vindo<br />

a notar uma luta desenfreada por parte <strong>dos</strong><br />

fabricantes para entrarem no mercado da<br />

distribuição. Não é fácil. Os custos continuam<br />

a existir de igual modo a anos anteriores.<br />

Para se conseguir manter o mesmo nível de<br />

vendas, é preciso muita astúcia e identificarmos<br />

alguns problemas diários que tentamos<br />

ultrapassar”, disse. “A AB Tyres”, acrescentou<br />

ainda o responsável, “tenta contrabalançar<br />

este aspeto do mercado, através da exportação,<br />

mas nem sempre é fácil”.<br />

Rui Chorado, da Dispnal, também deu conta<br />

de um “desafio diário e permanente”. Sem<br />

mais. “Somos confronta<strong>dos</strong> com a necessidade<br />

do cuidado que se tem, desde a<br />

compra, porque, hoje, compra-se por 10 e<br />

amanhã pode-se ser por seis. É evidente que<br />

as empresas que estão nesta situação devem<br />

ter isso em atenção. Devem compreender o<br />

mercado porque ele está, constantemente,<br />

a mudar”, adiantou.<br />

“O excesso de oferta”, para Carlos Marques,<br />

da Recauchutagem 31, é o principal problema<br />

do mercado. “A distribuição é muito<br />

complicada, porque tem uma grande concorrência<br />

inerente. Nunca mudará, porque<br />

tão depressa desaparecem players como<br />

aparecem novos”, contou.<br />

Paulo Santos, da Tirso <strong>Pneus</strong>, assina por<br />

baixo. “O excesso de oferta é, claramente,<br />

o fator que mais nos prejudica a to<strong>dos</strong>. Cada<br />

vez há mais players e mais oferta e, isto, não<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Rui Chorado, Dispnal<br />

“Fomos ‘apanha<strong>dos</strong>’, em<br />

fevereiro, por uma regra<br />

nova, que foi implantada<br />

sem praticamente ninguém<br />

se aperceber, porque o<br />

correto era que, a partir<br />

de uma certa data, os<br />

operadores fossem avisa<strong>dos</strong><br />

da entrada em vigor do<br />

regulamento anti-dumping”<br />

vai parar, vai sendo cada vez mais e mais. E,<br />

no fim, as empresas que estão há mais anos<br />

no mercado e que, efetivamente, têm uma<br />

política séria, vão distinguir-se das outras”,<br />

assegurou.<br />

“Um ato de coragem”. Para Luís Aniceto, da<br />

S. José <strong>Pneus</strong>, ser distribuidor de pneus em<br />

Portugal, hoje, é isso mesmo. E explicou.<br />

“Atualmente, os distribuidores encaram uma<br />

situação que é tudo menos confortável. Não<br />

fabricamos e, por isso, estamos sujeitos às<br />

políticas e às alterações feitas pelas marcas,<br />

até porque são elas que têm poder para fazer<br />

mudanças no mercado. Nós temos uma<br />

política interna que é não vender só por<br />

vender”, disse. “O nosso principal objetivo<br />

não diz respeito ao volume de vendas. De<br />

tal forma, que relegamos isso para segundo<br />

plano. Para nos mantermos competitivos, o<br />

que fazemos é manter grandes stocks, principalmente<br />

porque as marcas nos mandam<br />

para uma franja de mercado que nos obriga<br />

a ter em stock aquilo que a marca poderá<br />

não conseguir oferecer”, sublinhou. u<br />

DESAFIOS DA TELEMÁTICA NO SETOR DOS PESADOS<br />

A questão da telemática não podia ficar de<br />

fora do debate. Luís Aniceto, da S. José <strong>Pneus</strong>,<br />

acredita que esta “poderá ou não alterar o<br />

fator mais importante da vida de um pneu: a<br />

sua utilização na pressão adequada”. Ou seja,<br />

“a telemática permite fazer o controlo efetivo<br />

e permanente dessa pressão, num pneu que<br />

passará a ser utilizado em condições de pressão<br />

otimizadas e com reflexos as to<strong>dos</strong> os níveis,<br />

quer na quilometragem quer na utilização<br />

da sua carcaça, acabando por afetar to<strong>dos</strong> os<br />

parâmetros da utilização de um pneu. Sendo<br />

assim, é fundamental, porque, como sabem,<br />

na área da recauchutagem, um <strong>dos</strong> grandes<br />

problemas e a maior causa de deterioração<br />

<strong>dos</strong> pneus é a utilização com baixa pressão, o<br />

que acaba por criar reflexos futuros que diminuem<br />

o seu potencial de recauchutabilidade”,<br />

disse.<br />

Paulo Santos, da Tirso <strong>Pneus</strong>, considera a telemática<br />

“extremamente importante”, na medida<br />

em que permite um “controlo em tempo real<br />

da frota”, disse. “A nossa empresa está perfeitamente<br />

desenvolvida. Ao nível <strong>dos</strong> fabricantes<br />

ou até melhor. Principalmente para a Hankook,<br />

que é a marca que mais vendemos. Hoje, temos<br />

a possibilidade de oferecer isso aos nossos<br />

clientes diretos, o que lhes dá a oportunidade<br />

de fazer um acompanhamento em tempo<br />

real da sua frota. Em termos de temperatura e<br />

rotações, basicamente são fatores que fazem<br />

aumentar a durabilidade do produto, porque se<br />

tivermos a possibilidade de oferecer ao cliente<br />

uma plataforma que pode ser controlada em<br />

qualquer altura, estamos a oferecer uma mais-<br />

-valia”, contou.<br />

Carlos Marques, da Recauchutagem 31, foi ainda<br />

mais longe. “Se todas as frotas andassem<br />

devidamente controladas, quase não tínhamos<br />

reclamações. Há 30 anos, ia ao Brasil com as<br />

marcas e a maioria <strong>dos</strong> camiões já tinha sistemas<br />

de controlo de pressão <strong>dos</strong> pneus. Na Europa,<br />

hoje, já há até sistemas mais evoluí<strong>dos</strong>,<br />

mas, na altura, não existiam. É necessário que<br />

as frotas façam esse controlo e que os sistemas<br />

continuem a evoluir rapidamente para que<br />

possam reduzir custos”, exemplificou o orador.<br />

Rui Chorado, da Dispnal, crê que, “daqui para<br />

frente, a telemática continue a evoluir, até para<br />

ajudar no controlo de custos, porque uma pessoa<br />

que compra um pneu quer que ele dure o<br />

máximo de tempo possível”.<br />

Também Paulo Santos e Filipe Bandeira, ambos<br />

da AB Tyres, mencionaram o potencial de evolução<br />

da telemática. “Julgo que ainda estamos<br />

no início desta inovação tecnológica, mas é algo<br />

que, comparativamente com outros produtos do<br />

mercado, gera expectativa de evolução e nunca<br />

de retrocesso. Tornando-se cada mais otimizado<br />

e melhorado”, afirmou o primeiro. O segundo<br />

afinou pelo mesmo diapasão: “Com a constante<br />

evolução <strong>dos</strong> camiões, <strong>dos</strong> pneus e da própria<br />

telemática, que ajuda a controlar todas estas<br />

condições, a tendência é para que estes erros<br />

tendam a minimizar. Nós nunca vamos conseguir<br />

garantir que aquele pneu vai fazer aquele<br />

número de quilómetros. O que queremos é que<br />

aquele seja o pneu adequado para aquele tipo<br />

de serviço, E que tenha uma boa manutenção”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Atualidade<br />

Expectativas superadas<br />

A 67.ª edição do IAA, salão de veículos comerciais ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, que decorreu<br />

em Hanover, mostrou, para além das muitas novidades entre os construtores de<br />

veículos e implementos, um portefólio de pneus e serviços a eles destina<strong>dos</strong><br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

A<br />

edição de 2018 do Salão de Hanover,<br />

mostra principal a nível<br />

mundial para veículos industriais,<br />

revelou um setor em franca evolução<br />

e crescimento. A importância <strong>dos</strong> veículos<br />

de trabalho continua a crescer, mas,<br />

agora, com um sentido diferente. Os veículos<br />

do futuro, que são cada vez mais uma realidade<br />

e menos uma alternativa, apareceram<br />

em força. Desde elétricos a autónomos,<br />

passando por híbri<strong>dos</strong>, o certame alemão<br />

serviu para revelar que o mercado está de<br />

boa saúde. E que as marcas não poupam<br />

esforços para se destacarem.<br />

Entre os principais construtores de veículos<br />

comerciais e pesa<strong>dos</strong>, destacaram-se<br />

os stands <strong>dos</strong> fabricantes de componentes<br />

dedica<strong>dos</strong> a esta área de negócio, que tiveram<br />

uma presença de grande relevância ao<br />

ponto de este parecer um salão dedicado<br />

ao aftermarket. As marcas de pneus também<br />

estiveram representadas em peso e<br />

mostraram ao mundo o que de melhor se<br />

tem feito nesta área de negócio.<br />

Neste segmento, o mais importante acabam<br />

por ser os serviços associa<strong>dos</strong> ao produto,<br />

mais até do que o pneu em si. Ainda<br />

assim, este ano houve muitas novidades.<br />

Das inúmeras marcas de pneus que existem,<br />

atualmente, no mercado, apenas as mais<br />

“carismáticas” e com budgets mais eleva<strong>dos</strong><br />

se fizeram representar no IAA 2018. A <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> esteve lá e fala por experiência<br />

própria. Não havia um único espaço sem<br />

animação, a quantidade de visitantes nos<br />

dias de imprensa superou as expectativas e<br />

as marcas de pneus “famosas” fizeram questão<br />

em dizer presente para mostrarem o que<br />

se faz num <strong>dos</strong> negócios mais lucrativos do<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


<strong>Pneus</strong> no IAA<br />

Continental ContiConnect Live<br />

Continental Conti e.MotionPro<br />

aftermarket e do OEM, área sempre associada<br />

aos serviços ofereci<strong>dos</strong>.<br />

BRIDGESTONE<br />

Como marca de relevo, a Bridgestone tem<br />

sempre uma palavra a dizer num evento<br />

com estas características, principalmente ao<br />

nível <strong>dos</strong> veículos industriais, um negócio<br />

rentável e que inova tanto ou mais do que<br />

Bridgestone Ecopia H002<br />

o <strong>dos</strong> pneu para ligeiros. Enquanto empresa<br />

líder em pneus e aplicações de borracha a<br />

nível mundial, a Bridgestone tem como compromisso<br />

identificar e solucionar os desafios<br />

que as frotas de automóveis enfrentam,<br />

diariamente, através de pneus, tecnologias<br />

e serviços premium. Assim, nesta edição do<br />

IAA, a marca apresentou a sua nova geração<br />

de pneus Ecopia para camiões e autocarros.<br />

Estes novos pneus foram desenvolvi<strong>dos</strong> para<br />

várias vidas úteis graças aos processos de<br />

recauchutagem da Bandag.<br />

O Ecopia H002 (consultar páginas 34 e 35<br />

da presente edição) obteve a melhor classificação<br />

na categoria de eficiência de combustível,<br />

um selo europeu “A-A-A” que avalia<br />

uma combinação de resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> eixos<br />

direcionais, motrizes e de reboque. Além <strong>dos</strong><br />

benefícios a nível de eficiência de combustível,<br />

o Ecopia foi desenvolvido para garantir<br />

a segurança <strong>dos</strong> condutores nas condições<br />

de piso molhado mais desafiantes. Obteve<br />

ótimos resulta<strong>dos</strong> em aderência em piso<br />

molhado, com uma classificação europeia<br />

“B-B-B” para eixos direcionais, motrizes e<br />

de reboque.<br />

A Bridgestone anunciou ainda que, a partir<br />

de 2019, pneus de camiões e autocarros<br />

serão forneci<strong>dos</strong> com sistemas de rastreamento<br />

eletrónico RFID (identificação de<br />

radiofrequência no original). A adição da<br />

RFID acrescenta valor aos clientes de frota<br />

ao aumentar a rastreabilidade <strong>dos</strong> pneus e<br />

ao proporcionar um sistema mais preciso e<br />

eficiente de partilha e inserção de da<strong>dos</strong>.<br />

Os clientes poderão aceder livremente<br />

aos relatórios gera<strong>dos</strong>, que os ajudarão a<br />

saber mais sobre o seu negócio e otimizar<br />

o custo total de gestão das frotas. O RFID<br />

vai ser utilizado em to<strong>dos</strong> os interfaces da<br />

Bridgestone, alocando um valor significativo<br />

aos seus sistemas de gestão de pneus para<br />

frotas de veículos comerciais, geralmente<br />

conhecidas como “Total Tyre Care”.<br />

FIRESTONE<br />

A segunda marca da Bridgestone, também<br />

de grande relevo no mundo <strong>dos</strong> pneus, mostrou<br />

a tecnologia de amortecimento Airide<br />

Pro. Desenvolvida para reboques, garante<br />

um controlo total do corpo e <strong>dos</strong> eixos <strong>dos</strong><br />

veículos para proporcionar uma viagem melhor,<br />

um maior ciclo de vida útil do pneu e<br />

uma redução do custo total de operação.<br />

CONTINENTAL<br />

A Continental não quis deixar os créditos<br />

por mãos alheias e mostrou o seu novo<br />

estudo de pneu para montar em veículos<br />

elétricos. Assim, o Conti e.MotionPro surgiu<br />

montado no novo camião elétrico da MAN,<br />

o CitE, que serve de ponto de partida para<br />

o desenvolvimento de pneus para veículos<br />

de trabalho elétricos. Este pneu combina<br />

uma interessante faixa azul na parede lateral<br />

com um perfil esculpido à mão e fundo<br />

azul no piso.<br />

O design do pneu e do layout do pneu foi<br />

concertado com a MAN. Durante a produção<br />

do pneu “verde” na fábrica de Púchov Eslováquia,<br />

o revestimento lateral é fabricado<br />

à mão e a tinta “pulso azul” é aplicada na<br />

parede lateral enquanto o pneu ainda está<br />

quente. O perfil personalizado foi, então,<br />

criado num laborioso processo de corte<br />

robótico e aperfeiçoado por especialistas<br />

de pneus em Stöcken, Hanover.<br />

Ao mesmo tempo, pequenas peças de borracha<br />

foram coladas nas ranhuras de forma<br />

manual. A Continental é um <strong>dos</strong> poucos fabricantes<br />

de pneus que podem produzir,<br />

manualmente, desenhos individuais em pequenas<br />

quantidades. Enquanto este projeto<br />

não avança, os veículos elétricos podem ser<br />

equipa<strong>dos</strong> com pneus convencionais. Con-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Atualidade<br />

<strong>Pneus</strong> no IAA<br />

tudo, com a utilização de pneus específicos,<br />

o seu rendimento será superior.<br />

Mas houve mais. O fabricante alemão mostrou<br />

a versão mais recente da sua plataforma<br />

digital de monitorização de pneus: Conti-<br />

Connect Live. Disponível a partir do segundo<br />

trimestre de 2019, informa, imediatamente,<br />

os operadores de frotas de camiões e de<br />

autocarros caso existam problemas com a<br />

temperatura e pressão <strong>dos</strong> pneus, mesmo<br />

que o veículo esteja na estrada. Os da<strong>dos</strong><br />

são transferi<strong>dos</strong> para os servidores e para<br />

o portal web pela app ContiConnect Driver,<br />

que também é nova. Antes do final deste<br />

ano, a app será capaz de mostrar informação<br />

nos dispositivos de telemática Daimler<br />

Fleetboard e TomTom, bem como noutros<br />

dispositivos Android coloca<strong>dos</strong> na cabine<br />

do condutor. Com o ContiConnect Live,<br />

a Continental apresentou a mais recente<br />

evolução de um portefólio que foi lançado<br />

com grande sucesso em 15 merca<strong>dos</strong> sob a<br />

designação de ContiConnect Yard, um sistema<br />

que funciona utilizando uma estação<br />

de leitura no parque das frotas.<br />

GOODYEAR<br />

Chama-se Fuelmax Performance e promete<br />

ser a melhor gama de pneus da Goodyear<br />

para pesa<strong>dos</strong> com o melhor consumo de<br />

combustível até à data. Trata-se de um pneu<br />

que tem a banda de rolamento totalmente<br />

produzida em sílica. Estes pneus permitem<br />

Hankook exibiu pneu destinado a autocarros elétricos<br />

que frotas dedicadas ao transporte de longo<br />

curso maximizem a poupança de combustível.<br />

A Goodyear mostrou ainda duas novas<br />

aplicações Proactive Solutions para smartphones<br />

que oferecem benefícios adicionais<br />

para os gestores de frotas e motoristas. Estas<br />

aplicações são mais rentáveis quando<br />

combinadas com os novos pneus Fuelmax<br />

Performance.<br />

Os novos pneus foram desenvolvi<strong>dos</strong> para<br />

alcançar a máxima poupança de combustível<br />

com baixa produção de calor e baixa<br />

resistência ao rolamento, para aplicações<br />

dedicadas a longo curso. São os primeiros<br />

pneus para camiões da Goodyear a contar<br />

com tecnologia de composto da banda de<br />

rolamento em sílica, que consiste num elemento<br />

chave para o baixo consumo de combustível<br />

e para a aderência em piso molhado.<br />

Uma característica comum a esta gama é a<br />

etiqueta RFID gravada no interior de cada<br />

pneu, que permite uma identificação simples<br />

através de um dispositivo externo que se<br />

liga aos sistemas de gestão de pneus para<br />

garantir futuros benefícios de conectividade.<br />

Quanto às soluções de gestão, recebem,<br />

como já foi referido, a designação Goodyear<br />

Proactive Solutions. São compostas<br />

pelo Goodyear TPMS (sistema de controlo da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus) e pelo Goodyear Drive-<br />

-Over-Reader. Proporcionam uma supervisão<br />

precisa e em tempo real <strong>dos</strong> pneus, o que<br />

permite reduzir o consumo de combustível<br />

e as emissões de CO 2, minimizar o tempo de<br />

inatividade e aumentar a quilometragem,<br />

assim como a recauchutagem <strong>dos</strong> pneus.<br />

Um camião a circular com pneus com pressão<br />

correta de insuflação pode poupar cerca de<br />

€694 num ano face a um camião que circule<br />

com uma pressão de insuflação 1,5 bar abaixo<br />

GOODYEAR FUELMAX PERFORMANCE<br />

COMO SE DIVIDE A GAMA FUELMAX PERFORMANCE?<br />

Fuelmax S Performance - Os pneus para eixos direcionais incluem as medidas 315/70 R22,5<br />

e 385/55 R22,5. Os destina<strong>dos</strong> a eixos direcionais de medida 315/70 R22 dispõem de cinco<br />

nervuras e os 385/55 R22,5 contam com seis, ambos apresentando características que otimizam<br />

a distribuição da água e um desgaste equilibrado, mantendo a performance de travagem em piso<br />

molhado durante boa parte do ciclo de vida útil.<br />

Fuelmax D Performance - O pneu para eixo de tração é fabricado na medida 315/70R 22,5 com a<br />

tecnologia IntelliMax Groove a estar também presente. O desenho da banda de rolamento ajuda na<br />

tração e na limpeza, com sulcos de autogeração que aparecem com um desgaste de 60% da banda<br />

de rolamento para garantir uma tração de longa duração, uma elevada quilometragem e uma baixa<br />

resistência ao rolamento.<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


do recomendado. E pouparia até 510 litros de<br />

combustível e 1.330 kg de emissões de CO 2.<br />

HANKOOK<br />

Depois de ter apresentado o SmartCity<br />

AU04+, em abril, a Hankook mostrou no<br />

IAA 2018 a variante deste pneu destinada<br />

aos autocarros elétricos. Está disponível na<br />

medida 315/60 R22,5 e caracteriza-se por<br />

ter uma resistência ao rolamento muito reduzida,<br />

contribuindo, assim, para ajudar no<br />

funcionamento <strong>dos</strong> acumuladores e energia<br />

<strong>dos</strong> autocarros urbanos elétricos. Por causa<br />

do peso do veículo, ainda mais pesado do<br />

que um autocarro comum, este pneu tem<br />

uma carcaça especialmente estável e uma<br />

capacidade de carga superior. Está apto a<br />

suportar o equivalente a oito toneladas por<br />

eixo (a capacidade de um pneu destes para<br />

um autocarro “normal” é de sete toneladas<br />

por eixo.)<br />

Durante o desenvolvimento deste pneu, a<br />

Hankook prestou especial atenção à capacidade<br />

de tração e de travagem. Como um<br />

motor elétrico disponibiliza o binário total<br />

logo no arranque, este pneus reagem, também,<br />

de forma mais rápida, à velocidade e às<br />

BF Goodrich<br />

condições da estrada. A ideia é que o pneu<br />

tenha um desgaste normal e uniforme. Os<br />

flancos são reforça<strong>dos</strong> para protegerem os<br />

pneus <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> provoca<strong>dos</strong> pelo contacto<br />

com passeios ou buracos.<br />

BF GOODRICH<br />

A BF Goodrich, marca que pertence ao universo<br />

Michelin e que se destaca pelas propostas<br />

todo-o-terreno, marcou presença com<br />

os pneus que apresentou no ano passado.<br />

A gama ainda é recente e composta por um<br />

total de 53 referências, que equipam eixos de<br />

direção, de tração e de reboque para camiões<br />

de todas as dimensões. São pneus fabrica<strong>dos</strong><br />

na Europa destina<strong>dos</strong> aos transportadores<br />

europeus. Disponível em quatro diâmetros de<br />

jante, para 15”, 17.5”, 19.5” e 22.5”, esta gama<br />

cobre os principais segmentos de utilização<br />

do mercado de camiões, como são a estrada,<br />

a utilização mista e a utilização urbana. Para<br />

manter a aderência e a mobilidade, independentemente<br />

das condições meteorológicas,<br />

to<strong>dos</strong> os pneus são M+S e/ou 3PMSF.<br />

Os BF Goodrich Route Control, gama composta<br />

por 40 referências, oferece segurança<br />

e durabilidade, sendo reesculturável e recauchutável<br />

para reduzir o preço por quilómetro.<br />

Adapta-se, especificamente, às atuais<br />

necessidades das frotas, com montagens<br />

largas para os eixos de direção e perfis baixos<br />

(séries 60 e 50) para as configurações de<br />

conjuntos mega-camião. Já os BF Goodrich<br />

Urban Control, são pneus especificamente<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para autocarros, silenciosos<br />

e com boa performance em termos de segurança.<br />

Beneficia de uma proteção adicional<br />

nos flancos para os toques contra os passeios,<br />

e incorpora um chip RFID para facilitar<br />

a gestão do stock, o acompanhamento e a<br />

manutenção <strong>dos</strong> pneus. u<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Atualidade<br />

Continental ContiConnect<br />

Frotas inteligentes<br />

A Continental lançou uma nova plataforma digital de monitorização remota<br />

de pneus para veículos comerciais. Responde pelo nome de ContiConnect<br />

e promete tornar as frotas mais inteligentes e seguras<br />

Por: Jorge Flores<br />

Frotas mais inteligentes e seguras. Esta<br />

é a promessa da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal com a sua nova plataforma<br />

digital para monitorização remota<br />

de pneus para veículos comerciais: Conti-<br />

Connect. Com esta ferramenta, os gestores<br />

das frotas de pesa<strong>dos</strong> ficam a saber da<strong>dos</strong><br />

cruciais, como a pressão e a temperatura de<br />

to<strong>dos</strong> os pneus, sendo estes apresenta<strong>dos</strong><br />

num portal otimizado para plataformas<br />

móveis. A nova ferramenta foi apresentada<br />

à comunicação social, recentemente, em<br />

Lousado, Vila Nova de Famalicão.<br />

Com o ContiConnect, as frotas podem substituir<br />

a comum manutenção de rotina e manual<br />

<strong>dos</strong> pneus por uma manutenção direcionada,<br />

intervindo nas falhas previamente identificadas,<br />

o que representa uma poupança de<br />

tempo considerável em inspeções, correções<br />

e reparações. Segundo Carlos Oliveira, diretor<br />

da Divisão de <strong>Pneus</strong> para Veículos Comerciais,<br />

os benefícios da plataforma são evidentes.<br />

“O grande desafio <strong>dos</strong> gestores de frotas é<br />

a maximização do tempo de atividade e a<br />

eficiência de custos. A Continental disponibiliza<br />

ao mercado uma solução que permite<br />

responder de forma eficaz a este desafio. A<br />

monitorização digital torna os pneus (e as<br />

frotas) mais rentáveis e seguras, já que per-<br />

mite uma atualização permanente do estado<br />

do equipamento”, explicou.<br />

REDUZIR CUSTOS<br />

A expressão <strong>dos</strong> pneus na totalidade <strong>dos</strong><br />

custos operacionais de uma frota não são<br />

um detalhe. Basta recordar que interferem<br />

(e muito) com os consumos de combustível.<br />

Com a manutenção <strong>dos</strong> níveis de pressão<br />

sempre corretos, o desgaste será menor, proporcionado<br />

um aproveitamento maximizado<br />

da carcaça para uma segunda vida.<br />

Como funciona? Cada vez que um pesado<br />

entre em parque, a plataforma mede, em<br />

tempo real, a temperatura e a pressão interior<br />

do pneu, ajudando a prevenir paragens<br />

imprevistas e eventuais problemas futuros<br />

quando estiverem na estrada.<br />

O ContiConnect não depende de telemática<br />

ou de ligações over-the-road. Os da<strong>dos</strong> da<br />

plataforma digital são antes recolhi<strong>dos</strong> pelos<br />

sensores coloca<strong>dos</strong> na parte interior do pneu<br />

para evitar que estes sejam danifica<strong>dos</strong> por<br />

fricção contra os passeios ou roubos. E para<br />

garantir que detetam a temperatura e pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus sem influência do calor provocado<br />

pelo sistema de travagem. Quando o veículo<br />

regressa ao parque, o sistema lê os da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

sensores e transmite-os ao ContiConnect,<br />

através da rede móvel.<br />

ANTECIPAR PROBLEMAS<br />

A plataforma digital também permite notificações<br />

personalizáveis para enviar por email<br />

ou por sms, para que o responsável pela frota<br />

possa receber, imediatamente, os alertas de<br />

pressão baixa ou temperatura elevada. Para<br />

Carlos Oliveira, “com esta plataforma digital<br />

de monitorização, demos um enorme passo.<br />

O ContiConnect conduz a monitorização de<br />

pneus para um nível superior”.<br />

A monitorização da pressão e temperatura<br />

<strong>dos</strong> pneus oferece a integração de da<strong>dos</strong> com<br />

vários fornecedores de telemática. Integração<br />

esta que possibilita que a leitura <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong><br />

do pneu seja analisada nos monitores nas<br />

cabines <strong>dos</strong> veículos e no portal web. u<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


QUALIDADE PREÇO PERFORMANCE<br />

af imprensa eurorepar pecas 190x270 revista pneus.indd 1 21/09/18 15:59


Formação<br />

O que sabemos<br />

sobre pneus?<br />

A Bridgestone Europe – Sucursal de Portugal juntou um grupo de jornalistas<br />

especializa<strong>dos</strong> para uma formação em pneus para automóveis. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

não faltou à chamada e tirou as devidas notas sobre a matéria<br />

Por: Jorge Flores<br />

Será que realmente sabemos tudo o<br />

que importa sobre pneus? Ou pouco<br />

mais temos presente, sobre a única<br />

parte que entra em contacto com<br />

a estrada, do que a evidência de que estes<br />

não são meras “coisas pretas e redondas<br />

com um buraco no meio?”. A Bridgestone<br />

Europe - Sucursal de Portugal acredita na<br />

importância de uma sociedade rodoviária<br />

esclarecida sobre este assunto vital para a<br />

segurança e, de tempos a tempos, reúne os<br />

jornalistas da especialidade, nas suas instalações,<br />

no Passil, perto de Alcochete, para<br />

levar a cabo uma revisão da matéria dada. A<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> participou na “Formação<br />

sobre <strong>Pneus</strong> para Automóveis”, realizada em<br />

setembro último, comprovando, in loco, que<br />

há sempre muito a aprender sobre pneus.<br />

VÁRIOS COMPONENTES<br />

André Bettencourt, diretor de marketing da<br />

Bridgestone em Portugal, deu início à formação,<br />

enquadrando as origens do fabricante<br />

com o seu contexto na atualidade, passando,<br />

depois, a palavra a Ricardo Car<strong>dos</strong>o, coordenador<br />

do Departamento Técnico e Formação,<br />

que tratou de esmiuçar as características<br />

<strong>dos</strong> pneus, começando, precisamente, pela<br />

sua composição. De acordo com o responsável,<br />

estes podem ser constituí<strong>dos</strong> por um<br />

máximo de 15 diferentes tipos de borracha<br />

e, nada mais nada menos, do que 20 ingredientes<br />

por composto. No total, chegam a<br />

ter 30 componentes, entre teci<strong>dos</strong> e aço.<br />

Segundo explicou Ricardo Car<strong>dos</strong>o, pela<br />

sua própria função, os pneus são sujeitos a<br />

mais deformações do que qualquer outro<br />

elemento do veículo. “Suportam o desgaste<br />

e o arrancamento, contribuem com um baixo<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Bridgestone<br />

HOMOLOGAÇÕES E LEGISLAÇÃO<br />

CADUCIDADE EM QUESTÃO<br />

Durante a formação da sucursal portuguesa da Bridgestone Europe, abordou-se a questão da<br />

caducidade <strong>dos</strong> pneus. De acordo com o referido na sessão, a ETRTO (European Tyre and Rim<br />

Technical Organization) recomenda que, depois de cinco anos cumpri<strong>dos</strong> desde a primeira<br />

utilização, os pneus devem ser inspeciona<strong>dos</strong> por um especialista, pelo menos, uma vez por ano.<br />

A inspeção não deverá, contudo, substituir as verificações periódicas de manutenção (pressão de<br />

insuflação e do estado geral do pneu, como nível de desgaste, deformações). Deverá, antes, ser<br />

complementar. Por motivos de segurança, este organismo recomenda a substituição <strong>dos</strong> pneus<br />

por outros novos, dentro do prazo de 10 anos, cumpri<strong>dos</strong> com base na data de fabrico (anotada<br />

no flanco), mesmo que o nível de desgaste não tenha alcançado o limite mínimo legal (1,6 mm).<br />

nível de ruído e são produzi<strong>dos</strong> com materiais<br />

amigos do ambiente”. Em termos mecânicos,<br />

são recicláveis e têm a capacidade de<br />

“operar em condições não controladas, com<br />

elevada exatidão na produção, ao mesmo<br />

tempo que são elementos de segurança e<br />

de estética”, esclareceu. A formação avançou,<br />

de seguida, para as características da<br />

construção radial vs diagonal. A reter: as<br />

telas estabilizadoras, na construção radial,<br />

permitem a otimização da pegada durante<br />

a mudança de direção.<br />

Sobre os principais tipos de piso, o responsável<br />

da formação realçou três: simétrico,<br />

assimétrico e direcional. Em relação ao primeiro,<br />

o piso simétrico (efeito de espelho),<br />

os pontos fortes são, desde logo, a sua versatilidade,<br />

boa performance global e o facto<br />

de permitir uma utilização em quase todas<br />

as aplicações (UHP, 4x4). Considerações sobre<br />

a montagem destes pisos? Sem sentido<br />

de rotação e sem posição de montagem.<br />

Já o piso assimétrico (metades exterior e<br />

interior diferentes), apresenta como trunfos<br />

uma performance global muito boa, excelente<br />

imagem e um ombro exterior mais<br />

robusto. Atenção suplementar, na montagem,<br />

para a indicação outside, que terá de<br />

estar virada para o exterior do veículo, além<br />

de que não poderá fazer rotação na jante.<br />

O direcional apresenta como vantagens a<br />

sua utilização em pisos visualmente agressivos,<br />

sendo a melhor opção para casos de<br />

aquaplaning e aderência no molhado. Na<br />

montagem, deve considerar-se o seguinte:<br />

não deverá inverter-se o sentido da rotação.<br />

Além disso, os blocos que constituem o piso<br />

produzem um ruído mais elevado e podem<br />

desenvolver desgastes em dentes de serra.<br />

TIPOS DE PISOS<br />

Segundo Ricardo Car<strong>dos</strong>o, os pneus são<br />

construí<strong>dos</strong> “através da combinação de mais<br />

de 50 elementos, que acabam por determinar<br />

cada um <strong>dos</strong> aspetos da sua prestação”.<br />

O formador colocou, então, a questão. O<br />

que está num pneu? A resposta? Misturas<br />

de borracha: diferentes tipos de borracha,<br />

misturadas com químicos para melhorar<br />

as suas propriedades e para que tenham<br />

uma maior adesão com componentes de<br />

reforço. Fios de aço, juntos com a borracha<br />

e torci<strong>dos</strong> para formar talões; telas têxteis,<br />

ou seja, camadas de fios e têxteis aglutina<strong>dos</strong><br />

numa sandwich de mistura de kevlar,<br />

nylon e rayon; telas de fios de aço, ou seja,<br />

camadas de fios de aço aglutina<strong>dos</strong> numa<br />

sandwich de mistura de borracha.<br />

A sessão foi-se desenrolando e os assuntos<br />

continuaram a ser lança<strong>dos</strong> sobre o<br />

grupo de jornalistas do setor. Muitos temas<br />

e pormenores sobre pneus seriam ainda<br />

aborda<strong>dos</strong> na formação. Desde as cotas<br />

dimensionais às marcações no flanco, de<br />

tudo se aprendeu um pouco.<br />

TECNOLOGIA RUN FLAT<br />

Os pneus que podem rodar sem pressão,<br />

dota<strong>dos</strong> da tecnologia Run Flat, estiveram,<br />

igualmente, em destaque na formação. Na<br />

essência, tratam-se de pneus que, graças<br />

a uma construção reforçada ao nível <strong>dos</strong><br />

ombros, conseguem suportar o peso do<br />

veículo em caso de rodar a 80 km a uma<br />

velocidade máxima de 80 km/h com baixa<br />

pressão ou mesmo sem pressão alguma, na<br />

sequência de um furo. Como sublinhou Ricardo<br />

Car<strong>dos</strong>o, os benefícios desta tecnologia<br />

são inúmeros. Em matéria de segurança,<br />

“conseguem manter o controlo do veículo<br />

em caso de rápida perda de pressão e asseguram<br />

a mobilidade para se desviar de uma<br />

área perigosa”. A comodidade é outra das<br />

vantagens. “Possibilidade de deslocar-se até<br />

à próxima estação de serviço, baixo nível<br />

de ruído e máximo conforto de condução”,<br />

exemplificou.<br />

Por último, os pneus Run Flat conseguem<br />

ainda “poupar em peso e energia, ao eliminar<br />

a necessidade de transportar, no<br />

veículo, um pneu sobresselente”, o que,<br />

além de funcional, é uma questão ecológica.<br />

Esta é uma tecnologia bastante grata<br />

para Bridgestone. A marca é líder, com 30%<br />

do mercado, gozando de um crescimento<br />

exponencial no segmento, e continuando a<br />

desenvolver este produto para várias marcas<br />

premium (em breve, com 4G). Exemplos?<br />

BMW Séries 3 e 5, Mini R56 e Mercedes-Benz<br />

Classes A e M. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Reportagem<br />

Mudar a história<br />

Habituada a ser reconhecida como marca de referência em pneus de inverno, a<br />

Nokian Tyres quer mudar o rumo da sua história. Por isso, realizou, no Autódromo<br />

Internacional do Algarve, um evento onde mostrou duas novidades para o<br />

segmento de pneus de verão: os modelos Powerproof e Wetproof. Mika Häkkinen,<br />

ex-piloto de Fórmula 1, animou o programa<br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

O<br />

convite era, no mínimo, muito<br />

apelativo. Um dia inteiro no Autódromo<br />

Internacional do Algarve<br />

(AIA) para testar os novos pneus<br />

de verão da Nokian Tyres. É verdade que<br />

nenhum destes produtos é de competição,<br />

mas sendo que um deles assume o conceito<br />

UHP (altas prestações) e que o ex-piloto de<br />

Fórmula 1 Mika Häkkinen estaria presente,<br />

o programa prometia. As possibilidades de<br />

condução eram imensas, desde percursos<br />

mais lentos, provas de perícia no kartódromo<br />

ao volante de alguns BMW Série 1 e várias<br />

voltas aquele que é conhecido como um<br />

<strong>dos</strong> circuitos mais exigentes da Europa aos<br />

coman<strong>dos</strong> de alguns Audi RS 5 equipa<strong>dos</strong><br />

com motor V8 com cerca de... 400 cv. Para<br />

o final, estava reservado o momento mais<br />

apetecível: andar ao lado de Mika Hakkinen,<br />

bicampeão do mundo de Fórmula 1<br />

e, agora, um <strong>dos</strong> embaixadores da Nokian<br />

Tyres, marca finlandesa de pneus que tem<br />

conseguido ganhar cada vez mais terreno<br />

na Europa.<br />

POWERPROOF: 17” A 20”<br />

O mote foi a apresentação à imprensa <strong>dos</strong><br />

novos pneus de verão da Nokian Tyres,<br />

Powerproof e Wetproof, sinal de que a marca<br />

se quer transformar num fabricante global<br />

e assumir uma presença em toda a Europa.<br />

Mas há mais. Durante a conferência de imprensa<br />

que marcou o início do evento, os<br />

responsáveis da Nokian Tyres deram conta<br />

que a marca está a construir uma fábrica nos<br />

EUA, onde vai criar uma sede e começar a<br />

vender pneus, transformando a marca num<br />

projeto global e assumindo o otimismo no<br />

que a crescimento diz respeito. Voltando<br />

à apresentação das novidades, o primeiro<br />

<strong>dos</strong> dois novos modelos, Powerproof, consiste<br />

num pneu de verão que permite uma<br />

condução muito estável, proporcionando<br />

tranquilidade aos condutores tanto nas mudanças<br />

rápidas de faixa de rodagem como<br />

em travagens bruscas.<br />

Um <strong>dos</strong> segre<strong>dos</strong> do bom desempenho do<br />

Powerproof é o Dual Safety Zone, conceito<br />

desenvolvido pela Nokian Tyres, que garante<br />

que a superfície de contacto do pneu se<br />

mantém sempre igual, exata e precisa, em<br />

autoestradas ou estradas nacionais com<br />

pisos deslizantes provoca<strong>dos</strong> pela chuva<br />

ou em asfalto “queimado” pelo sol. A nova<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Nokian Tyres<br />

5 CONCEITOS NOKIAN TYRES<br />

• O composto Aqua Hybrid oferece segurança adicional para o tempo mais chuvoso. Trata-se de<br />

um composto de borracha, de última geração, que faz uso de polímeros avança<strong>dos</strong> e de uma<br />

estrutura de sílica aprimorada. Minimiza os perigos do tempo chuvoso, os sulcos principais<br />

poli<strong>dos</strong> conferem ao pneu uma aparência elegante e servem uma função importante, já que a<br />

água flui fácil e eficientemente através <strong>dos</strong> sulcos principais lisos e poli<strong>dos</strong>.<br />

• O Silent Groove Design confere maior conforto na condução. As reentrâncias hemisféricas,<br />

que fazem lembrar o padrão de uma bola de golfe, nas paredes das nervuras longitudinais<br />

proporcionam conforto de condução adicional. Esta inovação reduz tanto o ruído no interior<br />

como o ruído de rolamento no exterior do veículo. O design também reduz a resistência do ar e<br />

arreferece a superfície do pneu, melhorando a resistência ao desgaste.<br />

• O Composto de borracha especial Clinch diminui o ruído e a resistência ao rolamento.<br />

Pressiona, de forma flexível, a falange da jante, proporcionando maior durabilidade ao talão<br />

do pneu. Esta inovação também minimiza, efetivamente, o ruído interior e a resistência ao<br />

rolamento.<br />

• A Dupla Zona de Segurança oferece estabilidade e comportamento preciso em estrada seca e<br />

molhada. A Zona de Potência no ombro externo melhora o comportamento, enquanto a Zona<br />

de Segurança em Piso Molhado, no ombro interno, otimiza a aderência e a resistência ao<br />

aquaplaning em superfícies molhadas.<br />

• A Zona de Potência proporciona um comportamento preciso. A nova estrutura resistente, o<br />

padrão de piso aperfeiçoado, os blocos de piso firmes e os sulcos Slope Groove Design, com<br />

paredes inclinadas, tornam a condução em asfalto precisa e controlada.<br />

A VOLTA PERFEITA<br />

Para dar uma volta perfeita ao Autódromo<br />

Internacional do Algarve, é preciso ser-se<br />

piloto ou... ser guiado por um. Mika Hakkinen<br />

levou o jornalista da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> a<br />

percorrer duas voltas num Mercedes-AMG<br />

C43, uma pérola desenvolvida pela divisão<br />

desportiva da Mercedes-Benz e que conta<br />

com um motor V6 biturbo de 3,0 litros<br />

com 390 cv. Só o som do motor já inebria,<br />

mas a facilidade com que o experiente<br />

piloto conduz em pista, é impressionante.<br />

Equipado com Nokian Powerproof, fomos<br />

recebendo algumas indicações da forma<br />

como o pneu se comporta nos limites. Tendo<br />

em conta que se trata de um pneu UHP,<br />

facilmente se adapta a este veículo mais<br />

potente. Mika Häkkinen estava maravilhado<br />

com a durabilidade do pneu e com a forma<br />

como este mantinha intactas todas as<br />

suas características, mesmo ao fim de<br />

um dia intenso, com voltas constantes. É<br />

verdade que o piloto é “suspeito”, porque é<br />

embaixador da marca, mas a honestidade<br />

do finlandês foi uma constante ao longo<br />

do tempo que passou connosco. Ficámos<br />

maravilha<strong>dos</strong> com a souplesse com que<br />

o piloto conduz. Mika Häkkinen até podia<br />

fazer uma condução desportiva e servir um<br />

café ao co-piloto ao mesmo tempo, tal é<br />

a simplicidade com que vira o volante no<br />

ângulo certo. Quem sabe, sabe...<br />

estrutura, mais dura, e o composto de borracha<br />

de aderência mais dinâmica (Dynamic<br />

Grip), permitem maximizar a aderência. Este<br />

pneu de ultra altas prestações estará disponível<br />

numa gama de dimensões muito<br />

extensa, que inclui 51 referências entre 17” e<br />

20”, com índices de velocidade W (270 km/h)<br />

e Y (300 km/h). A sua chegada ao mercado<br />

acontecerá na primavera de 2019.<br />

WETPROOF: 14” A 20”<br />

A segunda novidade, Wetproof, também<br />

consiste num pneu de verão que pretende<br />

ser seguro e fiável, tendo sido especialmente<br />

desenhado para veículos ligeiros que circulam<br />

nas estradas da Europa Central. As<br />

principais características do Wetproof são<br />

a sua excelente capacidade de travagem<br />

em piso molhado e a sua elevada resistência<br />

ao aquaplaning, tornando a condução<br />

simples e confortável, mesmo em dias de<br />

muita chuva. Esta nova geração de pneus de<br />

verão inclui, entre as suas capacidades, uma<br />

tecnologia única de segurança, designada<br />

Safety Zone Technology, especialmente de-<br />

senvolvida para as alterações climatéricas<br />

que, por vezes, acontecem em pleno verão,<br />

especialmente na Europa Central.<br />

Por seu turno, a zona de estabilidade (Stability<br />

Zone) oferece um comportamento<br />

cómodo e silencioso. O novo Wetproof será<br />

proposto com índices de velocidade T (190<br />

km/h), H (210 km/h), V (240 km/h) e W (270<br />

km/h), disponibilizando vários tamanhos:<br />

46 versões que vão de 14” a 20”. Tal como<br />

o Powerproof, o Wetproof começará a ser<br />

comercializado na primavera de 2019. Em<br />

Portugal, a Nokian Tyres é distribuída pela<br />

VTS, criada há precisamente dois anos para<br />

importar a marca finlandesa. A empresa tem<br />

vindo a aumentar o seu portefólio de pneus<br />

e dará início à comercialização destes dois<br />

novos produtos no próximo ano. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Reportagem<br />

<strong>Pneus</strong> agrícolas<br />

mostram novidades<br />

Os pneus agrícolas foram os grandes protagonistas da feira AgroGlobal, o maior<br />

evento nacional do setor, tendo, inclusive, sido palco da apresentação mundial<br />

da nova gama de pneus TractorMaster e CombineMaster da Continental<br />

Por: João Vieira<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Feira AgroGlobal 2018<br />

A<br />

maior feira agrícola nacional,<br />

que decorreu no passado mês de<br />

março, nos campos da lezíria do<br />

Tejo, contou com toda a fileira do<br />

setor agrícola, onde não faltaram as marcas<br />

de pneus, que aproveitaram o certame para<br />

apresentarem os mais recentes modelos<br />

das suas gamas. A edição deste ano foi a<br />

maior de sempre, tendo participado 390<br />

expositores e mais de 50.000 visitantes,<br />

com um número recorde de 120 máquinas<br />

em trabalho real. Dentro da AgroGlobal,<br />

decorreram várias “pequenas feiras” promovidas<br />

pelos expositores, que, este ano,<br />

se empenharam ainda mais em organizar<br />

encontros de negócios, debates e visitas<br />

aos campos de demonstração instala<strong>dos</strong><br />

nos 200 hectares da Quinta do Mocho.<br />

No espaço Agro-Inov Moneris e na Tech<br />

Stage, cerca de 60 empresas e entidades<br />

apresentaram, de forma dinâmica e<br />

interativa, as tendências da inovação na<br />

atividade agrícola, em áreas como a robótica,<br />

a análise de da<strong>dos</strong> e equipamentos<br />

ou agricultura 4.0. Inovações tecnológicas<br />

que criam novos produtos, novos serviços<br />

e, no geral, uma renovação natural nos<br />

processos agrícolas. Outra novidade da<br />

edição de 2018 foi o Business Center, um<br />

espaço dedicado às empresas, onde foi<br />

possível criar negócios, fazer contactos e<br />

estabelecer parcerias.<br />

A feira foi encerrada com a presença do<br />

Primeiro-Ministro, António Costa, que<br />

afirmou que “a AgroGlobal é uma feira<br />

onde se compreende como a inovação, o<br />

conhecimento científico e a modernização<br />

tecnológica podem melhorar a nossa capacidade<br />

de produzir”. u<br />

CONTINENTAL<br />

Os pneus estiveram representa<strong>dos</strong> ao mais<br />

alto nível, com destaque para a marca Continental,<br />

que aproveitou a feira para fazer o<br />

lançamento oficial das duas novas gamas de<br />

pneus premium para o setor agrícola: Tractor-<br />

Master e CombineMaster.<br />

Pedro Teixeira, responsável pela Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, destacou o regresso da marca<br />

que lidera ao mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas<br />

como um marco significativo no posicionamento<br />

da empresa no mercado nacional. “Este<br />

é um passo importante na complementaridade<br />

da gama de produtos já disponibiliza<strong>dos</strong><br />

pela empresa. As perspetivas de mercado são<br />

extremamente interessantes para este tipo<br />

de pneus, aliadas à forte expansão do nosso<br />

portefólio, seguramente potenciarão o nosso<br />

crescimento neste competitivo segmento. Te-<br />

mos, hoje, uma oferta global em to<strong>dos</strong> os segmentos,<br />

que vem consolidar a nossa imagem<br />

de parceiro preferencial entre os clientes”.<br />

O novo portefólio de pneus radiais premium é<br />

fabricado na unidade de produção em Lousado,<br />

inaugurada em setembro de 2017, fruto de<br />

um investimento de 49,9 milhões de euros. Foi<br />

ainda efetuado um investimento adicional de<br />

2,5 milhões de euros no novo centro de investigação,<br />

análise e testes. “A nossa unidade de<br />

produção de pneus agrícolas, em Lousado, é<br />

a única fábrica no Grupo Continental a fabricar<br />

estes produtos e das mais avançadas de toda<br />

a indústria de pneus agrícolas”, referiu Pedro<br />

Carreira, presidente do Conselho de Administração<br />

da Continental Mabor.<br />

Máquinas de aplicação de piso inovadoras<br />

garantem que os materiais são distribuí<strong>dos</strong><br />

uniformemente para criar um pneu topo de<br />

gama e a tecnologia ASIC é utilizada para<br />

assegurar, de forma consistente, uma distribuição<br />

de baixa temperatura, quer no interior<br />

quer no exterior do pneu durante o processo<br />

de vulcanização, diminuindo, deste modo, a<br />

resistência ao rolamento.<br />

O aumento da eficiência foi o ponto central<br />

no desenvolvimento <strong>dos</strong> novos pneus TractorMaster<br />

e CombineMaster, projeta<strong>dos</strong> para<br />

melhorar a eficácia do equipamento agrícola.<br />

Os dois novos modelos partilham o selo “Engineered<br />

for Efficiency” graças ao inovador<br />

talão e à tecnologia nylon, que lhe conferem<br />

características de robustez e durabilidade, ao<br />

mesmo tempo que asseguram baixa compactação<br />

do solo, elevada tração e conforto de<br />

condução.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Reportagem<br />

Feira AgroGlobal 2018<br />

DISPNAL<br />

A Dispnal esteve presente com as várias marcas<br />

de pneus agrícolas que comercializa, nomeadamente<br />

a Petlas, com quem trabalha desde<br />

o início. Destaque, também, para a gama de<br />

pneus Taurus, uma marca que a empresa distribui<br />

desde 2008. Para complementar a gama<br />

de pneus agrícolas, a Dispnal comercializa as<br />

marcas Michelin e Kleber. A Galaxy é outra marca<br />

representada pela Dispnal, destacando-se o<br />

modelo AG Radial, um pneu muito procurado<br />

porque tem características multisserviço e uma<br />

durabilidade bastante significativa. Deste modo,<br />

a Dispnal reafirmou a sua posição no mercado<br />

de pneus agrícolas, onde está presente com<br />

um portefólio alargado de marcas e modelos. A<br />

nível das vendas, Rui Chorado, gerente, referiu<br />

que o primeiro semestre foi um pouco atípico,<br />

devido á chuva intensiva na primavera, mas<br />

está confiante que o mercado vai recuperar no<br />

último trimestre.<br />

S. JOSÉ PNEUS<br />

A presença da S. José <strong>Pneus</strong> na feira AgroGlobal<br />

é já uma tradição, sendo a quinta vez que marca<br />

presença neste certame. Para Luís Aniceto, gerente,<br />

é muito importante estar presente, porque é<br />

uma feira, essencialmente, profissional, em que o<br />

agricultor é o principal visitante e é o indivíduo que<br />

usa o trator e que sabe do que está a falar, reconhecendo<br />

a importância de um bom pneu para o<br />

seu negócio. “Este ano, viemos apresentar o topo<br />

ao fornecimento de pneus de reboques agrícolas<br />

para primeiro equipamento <strong>dos</strong> principais fabricantes<br />

nacionais. Relativamente às novas tecnologias<br />

para medição de pressão de pneus através<br />

de sensores e telemática, Luís Aniceto referiu<br />

que “há pneus agrícolas BKT que podem circular<br />

sem problemas em alcatrão com a mesma baixa<br />

pressão que lavram o terreno, porque estão construí<strong>dos</strong><br />

para suportar muitas baixas pressões sem<br />

danificarem a sua estrutura, como é o caso <strong>dos</strong><br />

IF e VF Flecto. Nestes, torna-se desnecessário o<br />

cliente investir num equipamento de controlo de<br />

pressão, mas, no futuro, vai haver interesse <strong>dos</strong><br />

agricultores mais sensíveis à baixa compactação<br />

<strong>dos</strong> solos em adquirirem estes equipamentos”.<br />

Relativamente à evolução do mercado, Luís Aniceto<br />

afirma que “cada vez estamos a aumentar<br />

mais as vendas nos pneus de grandes dimensões<br />

e para tratores de grandes potências. Esta tendência<br />

é importante porque este é um mercado<br />

disputado por marcas premium e os pneus BKT<br />

conseguem ter índices de satisfação ao nível dessas<br />

marcas e com custos por hora, no mínimo<br />

iguais ou melhores do que qualquer marca, com<br />

um investimento inicial inferior. Hoje, o pneu BKT<br />

é visto como uma opção válida, num segmento<br />

de mercado onde, antes, só entravam as marcas<br />

premium”.<br />

Para finalizar, Luís Aniceto referiu que “atualmente,<br />

a S. José <strong>Pneus</strong> tem o maior stock de pneus<br />

agrícolas da Península Ibérica, conseguindo garantir<br />

às casas de pneus os modelos que estas<br />

precisam para vender aos clientes finais. Ao mesmo<br />

tempo, aumentámos bastante a diversidade<br />

de medidas e de gamas. Devido ao facto de estarmos<br />

presentes em Espanha, tal obrigou-nos a<br />

aumentar o número de referências relativamente<br />

ao que tínhamos há uns anos atrás”.<br />

de gama da marca BKT, o modelo VF Flecto, que<br />

foi apresentado no ano passado nas principais feiras<br />

internacionais do setor. Trata-se de um pneu<br />

com alta capacidade de carga e baixa compactação<br />

do solo, trabalhando com pressões muito<br />

baixas. Mostrámos, também, a linha tradicional<br />

que temos com tecnologia IF, que é um upgrade<br />

relativamente ao que é normal na aplicação de<br />

pneus agrícolas. Este ano, também temos o pneu<br />

de trator para transporte em estrada, o Ride Max<br />

IT 697, utilizado em tratores que fazem, essencialmente,<br />

estrada de alcatrão e que tem um tipo de<br />

piso que lhe reduz a tração e aumenta bastante<br />

o conforto. De referir, também, o pneu de ceifeira<br />

e os novos pneus industriais com o piso de tacos<br />

para gruas telescópicas”, disse Luís Aniceto.<br />

A S. José <strong>Pneus</strong> mostrou outra vertente do negócio<br />

que está a desenvolver e que diz respeito<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


MICHELIN<br />

O desafio da Michelin consistiu em equipar os<br />

tratores de potências média e alta com pneus<br />

que melhorem a sua potência útil, a sua eficiência<br />

agronómica e o seu rendimento, protegendo,<br />

ao mesmo tempo, o terreno e reduzindo<br />

o consumo de combustível. Durante a passada<br />

edição da AgroGlobal, a Michelin apresentou<br />

dois produtos que cumprem estas exigências:<br />

Evobib e Axiobib 2. O Michelin Evobib é<br />

um pneu evolutivo, um “2 em 1” cuja forma e<br />

marca no terreno se adapta às necessidades<br />

do agricultor. A pressão muito baixa, o pneu<br />

reduz a compactação do terreno e aumenta a<br />

tração. A pressão mais alta, o pneu transforma-<br />

-se de tal modo que apenas a parte central está<br />

em contacto com o terreno, permitindo poupar<br />

combustível, trazendo maior segurança e uma<br />

condução mais suave e sem vibrações.<br />

O Michelin Axiobib 2 oferece a melhor capacidade<br />

de carga do mercado na sua categoria,<br />

uma pressão no terreno muito baixa e um nível<br />

de tração nos campos muito elevado. A gama<br />

Axiobib 2 foi concebida para tratores de média<br />

e alta potência, que evoluíram bastante, com<br />

umas utilizações mais intensivas, maior pressão<br />

na procura de rendimento e mais necessidade<br />

de economizar. O Axiobib 2 proporciona<br />

estas performances graças à combinação de<br />

três inovações chave: melhor capacidade de<br />

carga do mercado na sua categoria; alto rendimento<br />

em tração a baixa pressão no campo;<br />

plena compatibilidade com os sistemas de tele-<br />

-enchimento.<br />

“Os tratores equipa<strong>dos</strong> com estes pneus VF<br />

(Very High Flexion) serão capazes de suportar<br />

uma carga de trabalho superior ou trabalhar a<br />

pressões ainda mais baixas, preservando, ao<br />

mesmo tempo, o terreno, pois estes pneus beneficiam,<br />

também, da tecnologia Michelin Ultraflex.<br />

Trata-se de uma tecnologia inovadora para<br />

pneus de baixa pressão que limita a compactação<br />

do terreno, melhora a tração e reduz o consumo<br />

de combustível. Esta menor compactação<br />

também permite diminuir o efeito <strong>dos</strong> trilhos, o<br />

que reduz a água a escorrer, melhora a proteção<br />

do terreno e aumenta a absorção de água nos<br />

campos”, disse Hélio Fraústo, account manager<br />

da Michelin, Companhia Luso-Pneu. u<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Reportagem<br />

Feira AgroGlobal 2018<br />

SOBRALPNEUS<br />

A Sobralpneus esteve presente na AgroGlobal<br />

2018 onde apresentou a sua nova representação<br />

de pneus agrícolas e agroindustriais da marca<br />

Vredestein. António Eduardo, gerente, destacou:<br />

“Já iniciámos a comercialização desta marca há<br />

algum tempo, mas aproveitámos a feira AgroGlobal<br />

para fazer o lançamento oficial. É uma marca<br />

reconhecida internacionalmente e uma mais-valia<br />

para a nossa empresa, pois reforça o portefólio<br />

de produtos nesta área de pneus agrícolas, onde<br />

não tínhamos nenhuma marca de referência. A<br />

Vredestein encaixa na nossa estratégia, pois dispõe<br />

de uma gama extensa de produtos, desde os<br />

tratores vinhateiros até aos de maiores dimensões,<br />

passando pelos pequenos equipamentos,<br />

enfardadeiras e ceifeiras. Com esta representação,<br />

estaremos mais perto <strong>dos</strong> nossos clientes de<br />

pneus agrícolas competindo com um produto de<br />

excelência”.<br />

A Sobralpneus aproveitou a feira para receber<br />

os clientes e confraternizar, num ambiente mais<br />

descontraído. Para a empresa do Carregado, as<br />

vendas têm vindo acrescer, fruto da diversificação<br />

da oferta, como é o caso das jantes Alcoa Wheels,<br />

que têm sido muito bem aceites pelos clientes e<br />

pelo mercado em geral.<br />

TRELLEBORG<br />

A presença da Trelleborg na AgroGlobal teve como<br />

objetivo relançar as marcas Trelleborg, Mitas e<br />

Cultor junto do seu público alvo, ou seja, de to<strong>dos</strong><br />

os agricultores que visitaram a feira. Esta presença<br />

coincidiu com o início de uma nova estratégia<br />

comercial do grupo em Portugal. “Antes, tínhamos<br />

um colaborador no mercado dedicado à Trelleborg<br />

e outro à Mitas, mas, este ano, decidimos dividir o<br />

país a meio e ter dois comerciais para cada zona.<br />

Somos especialistas em pneus agrícolas, pois não<br />

vendemos apenas pneus mas soluções, damos<br />

assistência no terreno e aconselhamos os clientes<br />

sobre os pneus corretos para as suas necessidades.<br />

É um serviço completo de fornecimento de<br />

pneus. Vendemos as três marcas, mas podemos<br />

decidir qual a marca a vender em determinada<br />

zona. Temos o privilégio de ter uma formação de<br />

alto nível, que nos permite ser consultores <strong>dos</strong><br />

clientes e ajudá-los a fazerem a melhor escolha”,<br />

refere Frederico Carvalho, responsável de Portugal<br />

– Zona Norte, da Trelleborg Whell Systems.<br />

Para o responsável, existem dois tipos de agricultores:<br />

o profissional e o agricultor de fim de<br />

semana, que não precisa de pneus com alto desempenho<br />

e procura um produto mais económico.<br />

Para este último tipo cliente, a empresa oferece<br />

produtos da marca do segmento budget Cultor,<br />

que têm um bom desempenho e cumprem as necessidades.<br />

Relativamente à Trelleborg, foi dado destaque ao<br />

maior pneu agrícola do mundo, o IF 900/60R46,<br />

cuja altura tem como referência Pau Gasol. Chama<br />

muito a atenção e só existe uma máquina no<br />

nosso país que consegue montar este pneu.<br />

Equipamento de origem das principais marcas de<br />

tratores, a Trelleborg desenvolve pneus específicos<br />

para os modelos de tratores mais potentes e<br />

modernos do mercado. Para além do TM1000 HP,<br />

a marca deu destaque ao novo piso Progressive<br />

Traction, que tem como principal característica o<br />

facto de dispor de duplo taco, que permite criar<br />

dois pontos de ancoragem sobre o solo, facilitando<br />

a tração e fazendo com que o trator não esforce<br />

tanto a mecânica e consuma menos combustível.<br />

Para além de aumentar a tração e o tempo que<br />

o agricultor passa no campo, este novo piso desgasta-se<br />

muito menos em estrada por causa da<br />

densidade de borracha que tem concentrada. O<br />

segundo taco dá estabilidade e o primeiro facilita<br />

a progressão no terreno, aumentando a tração.<br />

Este piso Progressive Traction foi apresentado na<br />

AgroGlobal nos modelos VF – Very High Flexion<br />

TM1060 e, também, na nova versão do TM700,<br />

lançado há pouco tempo com piso Progressive<br />

Traction. Para além disso, a marca destacou ainda<br />

as soluções de rodas completas.<br />

“Quando o cliente quer fazer a transformação <strong>dos</strong><br />

pneus standard para pneus estreitos, destina<strong>dos</strong><br />

aos cultivos em linha, nós fazemos o aconselhamento<br />

técnico e explicamos quais são as medidas<br />

indicadas para o trator e para o tipo de trabalho<br />

que vai ser realizado. Destacamos, também, o<br />

novo pneu TH500, que é um pneu agroindustrial<br />

para telescópicas e que tem tido bastante aceitação<br />

no mercado. E já estamos a montar nos equipamentos<br />

de origem”, disse Frederico Carvalho.<br />

“Na Mitas, quisemos mostrar a gama completa<br />

que dispõe de produtos fiáveis e de qualidade.<br />

Trouxemos os modelos mais adequa<strong>dos</strong> ao mercado<br />

português já com as novas soluções HCM,<br />

que são pneus destina<strong>dos</strong> tanto para estrada<br />

como para neve e lama, pois garantem muita tração<br />

nesses tipos de pisos. São pneus indica<strong>dos</strong><br />

para trabalho de estrada, pois têm uma construção<br />

com banda de aço, o que faz que tenham uma<br />

resistência de rolamento muito baixa. Segundo os<br />

agricultores que já o testaram, dizem que, em vez<br />

de terem um trator, passaram a ter um carro, um<br />

pouco maior e mais potente. Da gama da Mitas,<br />

também foi apresentado o pneu com a medida<br />

mais procurada no mercado: a 560/60R22,5 no<br />

modelo AR 02”.<br />

Outro destaque foi a Cultor, que é a marca budget<br />

do grupo, produzida na Europa. Embora seja pouco<br />

conhecida, disponibiliza modelos de pneus já<br />

com qualidade comprovada no mercado há muitos<br />

anos, que não dão problemas e mantêm um<br />

preço bastante competitivo face a outras propostas<br />

da classe. u<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Apresentação<br />

Ofensiva britânica<br />

A Davanti Tyres passou a integrar o portefólio da AB Tyres. Com produtos<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> na Europa e para a Europa, a marca inglesa quer posicionar-se no<br />

segmento quality e conquistar o mercado através da honestidade e qualidade <strong>dos</strong><br />

seus modelos. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> foi ao Autódromo Internacional do Algarve<br />

testar os produtos e ouvir quem realmente sabe do que fala<br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

A<br />

proposta era tentadora. Rumar até<br />

ao Autódromo Internacional do Algarve<br />

(AIA) para, em conjunto com<br />

a racing school ali sediada, testar<br />

os pneus de uma marca nascida em 2015.<br />

De origem britânica, a Davanti Tyres surgiu<br />

da “carolice” de um <strong>dos</strong> mais importantes<br />

distribuidores da pneus do Reino Unido<br />

(ver caixa, nestas páginas), sendo, agora,<br />

um fabricante de pneus à escala mundial,<br />

que tem, inclusivamente, uma parceria com<br />

o Autódromo Internacional do Algarve para<br />

fornecimento de pneus a to<strong>dos</strong> os veículos<br />

da escola de condução desportiva da<br />

pista algarvia. Apercebendo-se do potencial<br />

da marca inglesa, a AB Tyres não perdeu<br />

tempo e chegou a acordo com a Davanti<br />

Tyres para representar, de forma exclusiva,<br />

este fabricante em Portugal. Depois de algumas<br />

conversações e testes aos produtos,<br />

o acordo estava feito e a apresentação podia<br />

ser preparada.<br />

Segundo aquilo que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

apurou, a ideia não é, para já, ganhar grande<br />

volume. O objetivo passa, isso sim, por trabalhar<br />

a imagem de marca, o chamado brand<br />

awareness, para, a partir daí, começar-se a<br />

dinamizar um produto que, aparentemente,<br />

tem potencial para se tornar numa marca de<br />

grande visibilidade. Peter Cross, diretor-geral<br />

da Davanti Tyres e filho do dono do famoso<br />

distribuidor de pneus britânico, esteve à conversa<br />

com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> (ver caixa,<br />

nestas páginas) e não negou que a produção<br />

é feita na China, mas que toda a tecnologia<br />

é europeia. Na sede da empresa, perto de<br />

Liverpool, no Reino Unido, trabalham vários<br />

engenheiros que desenvolvem tecnologia<br />

específica para os pneus da Davanti Tyres,<br />

sempre com o que de melhor se faz neste<br />

mercado para um produto quality.<br />

GAMA COMPLETA<br />

Não deixa de ser curioso o facto de, em três<br />

anos, a Davanti Tyres ter já uma gama de<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Davanti Tyres<br />

pneus muito completa. O leque de opções é<br />

composto pelos modelos DX 240, DX 290, DX<br />

420 (específico para táxis), DX 440 (veículos<br />

comerciais), DX 640 (os que foram testa<strong>dos</strong><br />

no autódromo, em várias dimensões e condições<br />

de utilização) com referências UHP<br />

e DX 740 para SUV. Para off-road mais puro<br />

e duro, a marca propõe pneus mistos de<br />

utilização 50/50, que recebem a designação<br />

TerraToura e que só vão estar à venda a partir<br />

de janeiro de 2019.<br />

A apresentação no Algarve contou com a<br />

presença de 16 clientes da AB Tyres, oriun<strong>dos</strong><br />

de várias zonas do país, que, por sua vez,<br />

trouxeram alguns clientes. A própria Davanti<br />

Tyres convidou parceiros muito importantes<br />

do leste da Europa. Após o briefing, dado por<br />

Miguel Praia, responsável pela racing school<br />

e antigo piloto de duas rodas, os convida<strong>dos</strong><br />

estavam prontos para a adrenalina gerada<br />

pela condução em pista. Cinco carros com<br />

mais de 300 cv equipa<strong>dos</strong> com o modelo DX<br />

670 esperavam pelos pilotos de ocasião. Entre<br />

as muitas gargalhadas e boa disposição,<br />

to<strong>dos</strong> iam contando as suas peripécias ao<br />

volante. “Na reta da meta, não cheguei aos<br />

250 km/h”, diziam uns. Outros, revelavam<br />

o prazer de ter um instrutor a seu lado que<br />

lhes dizia para acelerar em vez de... travar.<br />

Partilharam-se experiências e falou-se sobre<br />

pneus.<br />

Depois da pista, seguiu-se o kartódromo,<br />

que serviu de palco para um exercício de<br />

perícia a baixa velocidade, que simulava piso<br />

molhado e piso gelado. Neste teste de habilidade,<br />

foi possível avaliar as qualidades do<br />

pneu, a forma como a borracha se “molda”<br />

ao solo, a aderência proporcionada pelo<br />

pneu quando “provocado” e como este se<br />

comportava no “gelo” para voltar a colocar<br />

o veículo nos “eixos”, colocando-o na trajetória<br />

certa. E foi este o exercício que acabou<br />

por convencer grande parte <strong>dos</strong> clientes,<br />

que já estavam satisfeitos com as qualidades<br />

<strong>dos</strong> pneus Davanti Tyres. Para o final<br />

do evento, ficou guardado o teste off-road<br />

ao TerraToura, para comprovar a aderência<br />

em pisos arenosos e com pedras soltas. O<br />

jantar final selou negócios e reforçou laços<br />

entre a AB Tyres e os seus clientes, com a<br />

promessa de que esta será mais uma marca<br />

para colocar, com sucesso, no mercado nacional<br />

de pneus. u<br />

“<br />

TEMOS A EXPERIÊNCIA<br />

DO DISTRIBUIDOR<br />

”<br />

Peter Cross, diretor-geral da Davanti Tyres<br />

Peter Cross, responsável máximo da Davanti<br />

Tyres, relembrou-nos a história da marca<br />

e os seus três anos de vida, mas com<br />

muito para contar. A marca está presente<br />

em 45 países em todo o mundo, sendo<br />

que, na Europa, o país mais expressivo é<br />

Itália, bem como as nações de leste. Em<br />

Espanha, a marca começa, agora, a ser<br />

lançada, tal como em Portugal. Para o ano<br />

que vem, será a vez da Alemanha e do<br />

Luxemburgo. “Somos uma marca privada<br />

estabelecida em Liverpool. A produção<br />

é feita em outsourcing na China, mas<br />

tudo o que é desenvolvimento, pesquisa<br />

e testes, ocorre na Europa. Os materiais<br />

são europeus”, referiu Peter Cross.<br />

A parceria com a AB Tyres começou no<br />

início de 2018. “Lançámos-lhe um desafio<br />

e eles aceitaram. Fizeram testes e acharam<br />

que era uma boa marca para trabalharem<br />

em exclusivo. O que é importante para<br />

nós, até porque, desta forma, conseguimos<br />

dar alguma imagem à marca”, continuou.<br />

“Somos um produtor de segmento médio,<br />

que tem feito imensos testes com pneus<br />

concorrentes, nos quais temos obtido<br />

grandes resulta<strong>dos</strong>”, frisou. A gama da<br />

Davanti Tyres é vasta. Começa nas 13” e<br />

termina nas 22”. Há pneus para ligeiros<br />

de passageiros e comerciais ligeiros.<br />

“Começámos com pouco mais de 70<br />

referências e já temos 300, entre pneus de<br />

verão, inverno e off-road”, disse Peter Cross.<br />

Em Portugal, o objetivo da marca é “ajudar”<br />

a AB Tyres a vender pneus, dizendo-lhe o<br />

que se destaca em determinado modelo<br />

para que passe a mensagem ao cliente.<br />

Peter Cross confidenciou-nos que, em<br />

2019, a marca será pneu OEM de um<br />

modelo a lançar no decorrer desse ano.<br />

“ A DAVANTI TYRES É UMA PROPOSTA DE VALOR ”<br />

Rita Lopo, administradora da AB Tyres<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> falou, também, com Rita Lopo, administradora da AB Tyres, com<br />

responsabilidades na área do marketing, que partilhou a sua visão sobre a chegada da Davanti Tyres<br />

ao mercado nacional. “Para a AB Tyres, esta é uma marca que vai acrescentar valor ao negócio.<br />

É uma marca única, que é representada, de forma exclusiva, por nós. Logo, será comercializada<br />

apenas pelos nossos clientes. O produto é bom, mas o outro motivo de satisfação prende-se com<br />

o facto de ter um posicionamento que apresenta muitas semelhanças com os princípios que a AB<br />

Tyres defende, ou seja, valorizar muito as relações. Mais importante do que vender uma grande<br />

quantidade de pneus, é ter um bom relacionamento com o distribuidor. Depois, trabalha essa relação,<br />

porque eles conhecem o outro lado. Foram revendedores de várias marcas e, depois, criaram a sua<br />

própria. Trata-se de uma marca que se posiciona no segmento quality mas que tem uma relação<br />

preço/qualidade excelente. Claro que ainda não tem uma imagem muito forte, mas, a seu tempo, lá<br />

chegará. E mesmo sendo desenhada e desenvolvida por engenheiros ingleses, a marca não deixa de<br />

ser produzida na China, que é um facto que não podemos contornar. Contudo, atenção: não se trata<br />

de nenhuma marca chinesa. A Davanti Tyres tem uma proposta de valor única”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Apresentação<br />

Pesa<strong>dos</strong> todo o ano<br />

A Bridgestone apresentou, em Portugal, o seu mais recente pneu para pesa<strong>dos</strong>.<br />

O Ecopia H002 foi concebido para eixos direcional, motriz e de reboque, podendo<br />

ser utilizado durante todo o ano, desde o sul ao norte da Europa. Agregado a este<br />

modelo, surgem novos serviços de monitorização<br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

Depois da apresentação mundial,<br />

que aconteceu em pleno IAA<br />

(Salão de Veículos Comerciais e<br />

Pesa<strong>dos</strong>, que decorreu, no passado<br />

mês de setembro, em Hanover), a<br />

Bridgestone exibiu, em Portugal, o novo<br />

Ecopia H002, que pode ser utlizado nos<br />

eixos direcional, motriz e de reboque, assumindo-se<br />

como um pneu holístico, ou<br />

seja, que pode equipar o camião como um<br />

todo. As características e vantagens do novo<br />

Ecopia H002 foram explicadas à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> por Ludgero Pinheiro, responsável<br />

pela divisão de pneus pesa<strong>dos</strong> da Bridgestone<br />

Europe – Sucursal em Portugal, que<br />

garantiu que este produto permite que as<br />

grandes frotas reduzam o seu custo total<br />

de operação, graças à melhor eficiência de<br />

combustível da sua categoria, sem comprometer<br />

a quilometragem.<br />

Tendo em conta que o pneu é o único<br />

elemento que liga o veículo ao solo, a sua<br />

importância é extrema. Correndo o risco<br />

de algumas afirmações que constam neste<br />

artigo parecerem lugares-comuns, a verdade<br />

é que a Bridgestone garante que este<br />

novo pneu, além <strong>dos</strong> benefícios a nível de<br />

eficiência de combustível, foi, também, desenvolvido<br />

para garantir a segurança <strong>dos</strong><br />

condutores em condições de piso molhado<br />

mais desafiantes. Além disso, este novo<br />

pneu foi ainda considerado o melhor da<br />

sua categoria na tração em piso molhado,<br />

ultrapassando a concorrência, conforme<br />

avaliado e comprovado pela TÜV SÜD.<br />

CLASSIFICAÇÃO EUROPEIA “B-B-B”<br />

O novo Ecopia H002 obteve, também, bons<br />

resulta<strong>dos</strong> na aderência em piso molhado,<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Bridgestone Ecopia H002<br />

tendo registado a classificação europeia<br />

“B-B-B” para eixos direcionais, motrizes e<br />

de reboque. Esta nova geração de pneus<br />

está totalmente preparada para o inverno<br />

enquanto único pneu de frotas de longo<br />

curso disponível para to<strong>dos</strong> os eixos do<br />

veículo, ostentando as siglas 3PMSF e M+S.<br />

Significa isto, portanto, que a gama é totalmente<br />

compatível com as várias legislações<br />

de inverno existentes em toda a Europa. E<br />

que as frotas podem usufruir da conveniência<br />

e conforto deste novo produto durante<br />

todo o ano.<br />

Com lançamento agendado para o próximo<br />

mês de novembro, o novo Ecopia H002 estará<br />

disponível nas medidas 315/70R22.5<br />

para eixos direcional e motriz. Já para eixos<br />

de reboque, contará com a dimensão<br />

385/55R22.5. A gama completa, incluindo<br />

as séries 60, será disponibilizada em 2019,<br />

de forma a cobrir todas as medidas de longo<br />

curso. O novo Ecopia H002 já se encontra,<br />

também, em processo de homologação<br />

para se transformar em OEM das principais<br />

marcas e fabricantes de veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

u<br />

Ludgero Pinheiro, responsável pela divisão de pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> da Bridgestone Europe - Sucursal em<br />

Portugal, explicou as vantagens do novo Ecopia H002<br />

FLEETPULSE<br />

SERVIR PEQUENAS FROTAS<br />

A partir do primeiro trimestre de 2019, a Bridgestone vai lançar no mercado um novo serviço<br />

que pode complementar o funcionamento do Ecopia H002 nas frotas de camiões. Chama-se<br />

FleetPulse e está integrado na estratégia Tyre Care do fabricante japonês.<br />

Este sistema, destinado a frotas até 50 veículos, consiste em caixas de sensores que são<br />

coloca<strong>dos</strong> no pneu e que podem ser monitoriza<strong>dos</strong> através de uma app no smartphone ou<br />

por intermédio de um computador portátil pelo condutor. Este pode ainda enviar informações<br />

através de um programa acerca de outras avarias do veículo. Trata-se de uma solução “três<br />

em um” composta por uma aplicação para telemóvel, um site centralizado e um hardware<br />

de sistema de monitorização da pressão do pneu (SMPP). No portal online e centralizado<br />

da FleetPulse, gestores de frotas e da sua manutenção podem aceder, através da cloud, a<br />

atualizações do estado de toda a frota, incluindo defeitos, danos e da<strong>dos</strong> de desempenho.<br />

Possível é, também, a emissão de pedi<strong>dos</strong> aos técnicos ou condutores, incluindo novas<br />

listagens, reservas ou até mesmo a remoção de veículos da estrada, através das notificações<br />

da aplicação. O FleetPulse consiste na única solução do mercado que combina inspeções<br />

do veículo, serviços de reserva, gestão de frota e SMPP numa única plataforma, ao mesmo<br />

tempo que permite a comunicação, em tempo real, entre condutores, técnicos e gestores<br />

de frota através de cloud. A FleetPulse pode ser utilizada a qualquer hora, por qualquer<br />

utilizador, para todas as marcas de pneus, estando disponível para os dispositivos Android.<br />

BANDAG FAZ PARTE DA ESTRATÉGIA<br />

A apresentação à imprensa do novo Ecopia H002 decorreu na fábrica da<br />

Bandag, em Alcoitão. A empresa de recauchutagem de pneus, fundada<br />

em 1972 e propriedade da Bridgestone há cerca de 10 anos, consiste<br />

numa vulcanizadora de renome existente no mercado. Atualmente, efetua<br />

recauchutagens de pneus a frio em carcaças Bridgestone, visto pertencerlhe,<br />

mas “lida” ainda com outras marcas, dependendo do cliente. Contudo,<br />

a Bandag não esconde que prefere recauchutar pneus Bridgestone por<br />

questões que estão relacionadas com a qualidade. O novo Ecopia H002<br />

surge “ligado” à Bandag pelo simples facto de que, dentro de um ano,<br />

também ele poder ser recauchutado, passando, neste caso, a chamar-se<br />

Fuel Tech da Bandag. Mantendo todas as características do pneu original e<br />

podendo, inclusivamente, fazer uma segunda recauchutagem. Na próxima<br />

edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> (dezembro), daremos a conhecer mais<br />

detalhes sobre a Bandag e sobre as suas fábricas existentes em Portugal.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Notícias<br />

EMPRESAS<br />

Rota Firestone em Portugal<br />

com The Legendary Tigerman<br />

REIFEN esteve na Automechanika<br />

A grande inovação da 25.ª edição da Automechanika Frankfurt foi a incorporação do<br />

Salão REIFEN no pavilhão 12. A indústria internacional de pneus e o mercado de peças<br />

estiveram, assim, juntos, pela primeira vez, num certame dedicado ao aftermarket. É<br />

uma solução que oferece várias sinergias para os visitantes, uma vez que se trata de<br />

merca<strong>dos</strong> em crescimento e que cria novas oportunidades de negócio. Ocupando<br />

uma grande área do novo pavilhão 12, os pneus estiveram presentes nesta edição<br />

da Automechanika com algumas marcas de referência, como BKT, Petlas, Al Dobowi<br />

Group, Delticom, Linglong e Kyoto Japan Tire, entre outras.<br />

A ASA - Associação Alemã <strong>dos</strong> Fabricantes de Equipamentos, esteve presente com<br />

apresentações sobre a digitalização das oficinas de pneus e a otimização <strong>dos</strong> processos<br />

de assistência e reparação. De acordo com o presidente da ASA, Frank Beaujean, “os<br />

serviços de pneus são um negócio tradicional para os concessionários de automóveis<br />

e oficinas independentes. E, nos últimos anos em particular, o setor mostrou como programas<br />

de serviços atraentes podem ser usa<strong>dos</strong> ​para recapturar negócios perdi<strong>dos</strong>”.<br />

Demonstrações ao vivo evidenciaram como os serviços de pneus podem ser realiza<strong>dos</strong><br />

em rede, desde a montagem ao equilíbrio de rodas, passando, também, pelo alinhamento<br />

de direções.<br />

Tiresur ampliou oferta global 360º<br />

A oferta da Tiresur está mais ampla do que nunca, com mais de 500.000 pneus em<br />

stock a nível ibérico e com um <strong>dos</strong> portefólios mais completos do mercado. Este é o<br />

conceito que a Tiresur denominou de 360º: o distribuidor fecha o círculo com uma<br />

das ofertas mais amplas, que abrange pneus de turismo, comerciais, 4x4/SUV, camião,<br />

agrícolas, industriais, moto, Eco, UHP, Allroad, All Season, inverno, premium, quality,<br />

budget, preço, garantia, conforto, segurança, consumo, performance e durabilidade.<br />

A Tiresur pretende que os seus parceiros possam responder ao cliente final com uma<br />

oferta completa. Esta é a base do conceito 360º que a Tiresur está a desenvolver com<br />

a sua política de ampliação contínua de gama e<br />

de marcas. São exemplo desta estratégia de crescimento,<br />

as últimas incorporações das marcas<br />

MRL, GTK e Grenlander ao portefólio da empresa,<br />

sendo que todas são distribuídas pela Tiresur em<br />

regime de exclusividade. A Tiresur conta, assim,<br />

com um leque de fabricantes que confiaram na<br />

companhia para a distribuição exclusiva das suas<br />

marcas de referência: GT Radial, Ovation, Sunfull,<br />

Austone, Grenlander, Uniroyal, Kelly, MRL e GTK,<br />

sendo fundamental contar com um distribuidor<br />

forte, especialista e com mais de 85 anos de experiência<br />

no setor, que assegure uma distribuição<br />

com garantias.<br />

A Firestone, marca pertencente ao Grupo Bridgestone,<br />

trouxe a Portugal, pela primeira vez este ano,<br />

a Rota Firestone 2018: um roadshow de concertos<br />

que tem como objetivo apoiar a “música de estrada”.<br />

Tendo começado em 2017 e com uma ótima adesão,<br />

a rota regressou este ano, sem nunca comprometer a<br />

essência da primeira edição, ao seguir um caminho<br />

circular e decorrendo em salas de espetáculo emblemáticas<br />

de vários pontos de Espanha e, agora, de<br />

Portugal. Este ano, a digressão inclui Madrid, Corunha,<br />

Barcelona, Valência, Sevilha e Lisboa. Em Portugal, a<br />

estreia foi feita com um concerto de Paulo Furtado,<br />

mais conhecido como The Legendary Tigerman.<br />

O músico português editou, este ano, o seu nono<br />

álbum de originais, Misfit, que apresentou em território<br />

nacional e em alguns países europeus durante<br />

o último verão.<br />

Hankook Tire celebrou<br />

Design Insight Forum<br />

No decorrer do mês de outubro, a Hankook celebrou<br />

o “Design Insight Forum” no Technodome, o seu<br />

centro de I+D global em Daejeon, na Coreia do Sul,<br />

onde se discutiram tópicos que incluíram o futuro da<br />

mobilidade e da indústria <strong>dos</strong> pneus. Trata-se de um<br />

projeto de I+D da Hankook que se celebra a cada dois<br />

anos, em colaboração com diversas universidades de<br />

design mais prestigiadas do mundo, com o objetivo<br />

de propor um planeamento da condução do futuro<br />

e oferecer uma solução através <strong>dos</strong> pneus. Este ano,<br />

19 estudantes de design industrial do prestigiado<br />

Royal College of Art, do Reino Unido, colaboraram<br />

com a Hankook Tire para fazer crescer um sistema<br />

de pneus que possa gerar valor e que seja adequado<br />

para a condução do futuro em 2035.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Recauchutagem Ramôa em dupla comemoração<br />

No passado dia 29 de setembro, realizou-se a<br />

festa do 50.º aniversário da Recauchutagem<br />

Ramôa e, paralelamente, o 90.º aniversário<br />

do seu fundador, Manuel Ramôa. Num dia<br />

repleto de emoções, as festividades começaram<br />

com uma missa, pelas 16h30, seguida de<br />

uma “foto de família” junto ao posto de ligeiros<br />

em Dume (Braga), que foi, recentemente,<br />

ampliado. Ao final da tarde, os convida<strong>dos</strong><br />

rumaram a uma quinta nos arredores da cidade<br />

<strong>dos</strong> arcebispos, onde decorreu o jantar.<br />

A animação musical visou agradar a to<strong>dos</strong> os<br />

gostos, com a atuação de um saxofonista, um<br />

tenor, uma fadista, um músico popular e um<br />

DJ. Ponto alto da noite foi a passagem de um<br />

vídeo com episódios marcantes da história<br />

da empresa e da vida de Manuel Ramôa. O<br />

reconhecimento aos colaboradores foi, também,<br />

um ponto que não ficou esquecido<br />

e houve lugar a uma distinção para os funcionários<br />

com 30 e 40 anos de atividade na<br />

empresa.<br />

Entre os convida<strong>dos</strong>, esteve presente Enrico<br />

Centi, area manager da Marangoni Retreading<br />

Systems, que entregou a Manuel<br />

Ramôa uma placa comemorativa assinada<br />

pelo presidente Vittorio Marangoni. A empresa<br />

portuguesa, fundada a 31 de agosto de<br />

1968, opera há 50 anos no setor <strong>dos</strong> pneus<br />

e, também, na recauchutagem de pneus TBR,<br />

utilizando tecnologias de ponta, como o sistema<br />

Ringtread da Marangoni. Inteiramente<br />

controlada pela família fundadora, a Recauchutagem<br />

Ramôa tem uma história cheia de<br />

sucessos e vive uma constante e forte expansão.<br />

Além de dispor de nove pontos venda<br />

localiza<strong>dos</strong> estrategicamente nas regiões em<br />

que opera, a empresa sustentou este crescimento<br />

através de uma série de investimentos<br />

orienta<strong>dos</strong> em aumentar ainda mais a qualidade<br />

<strong>dos</strong> seus pneus recauchuta<strong>dos</strong>. Entre os<br />

mais recentes, assinala-se a compra, ocorrida<br />

em 2012, de uma inspecionadora Sfera 3000,<br />

que utiliza a tecnologia xerográfica para garantir<br />

a absoluta integridade <strong>dos</strong> produtos.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Empresas<br />

Pavnext venceu prémio Arrisca C<br />

A solução inovadora de segurança rodoviária Pavnext<br />

foi a vencedora do Prémio Arrisca C, tendo arrecadado<br />

este ano o prémio Inov.Ação da Valorpneu, na área <strong>dos</strong><br />

negócios e inovações. O pavimento proposto pela Pavnext<br />

derivado <strong>dos</strong> pneus em fim de vida é uma solução<br />

pioneira na área da segurança rodoviária, ao permitir a<br />

redução da velocidade de circulação automóvel de 50<br />

km/h para 30 km/h em zonas urbanas, sem qualquer<br />

ação por parte <strong>dos</strong> condutores. Tal é possível através de<br />

uma tecnologia que capta a energia cinética <strong>dos</strong> veículos,<br />

transformando-a em eletricidade para iluminação <strong>dos</strong><br />

próprios locais onde se pretende promover a segurança<br />

rodoviária e o abrandamento da velocidade, como na<br />

aproximação a passadeiras e junto de escolas, hospitais<br />

e zonas residenciais. O produto proposto pela Pavnext<br />

tem uma superfície feita de borracha de pneu reciclado e<br />

incorpora uma tecnologia que permite absorver a energia<br />

cinética captada na superfície, convertendo-a em energia<br />

elétrica, sem emissões associadas. Adicionalmente,<br />

dispõe de um sensor que monitoriza os da<strong>dos</strong> de tráfego<br />

e de energia, fornecendo-os, diretamente, à entidade<br />

gestora da infraestrutura (por exemplo, os municípios)<br />

e permitindo otimizar o consumo energético do local<br />

e tornar a cidade mais eficiente.<br />

BKT equipa primeiro trator<br />

com condução autónoma<br />

Foi apresentado, no passado dia 6 de setembro, o Automated Concept Tractor: o primeiro<br />

trator com condução autónoma rigorosamente equipado com pneus radiais<br />

assina<strong>dos</strong> pela BKT. O novo trator foi desvendado por ocasião do Escorts Exclusive<br />

2018, um evento dedicado aos dealers, parceiros e clientes do principal grupo de<br />

engenharia indiano. A divisão Escorts Agri Machinery apresentou o novo projeto de<br />

soluções de agricultura automatizada baseadas na utilização das novas tecnologias<br />

e nos veículos digitais de próxima geração, no âmbito da agricultura de precisão.<br />

A BKT fez a apresentação da gama de pneus radiais AGRIMAX, com os quais equipa<br />

estes tratores de vanguarda. A BKT desde sempre dedica um cuidado especial à<br />

investigação e ao desenvolvimento de pneus devidamente projeta<strong>dos</strong> para estas<br />

máquinas, criando gamas de produtos especializa<strong>dos</strong> para cada exigência.<br />

Point S Portugal<br />

deu prémios aos clientes<br />

Na campanha que se realizou de 1 de maio a 31<br />

de junho na rede Point S a nível europeu, que se baseava<br />

na compra de quatro pneus das marcas Point S<br />

e Goodyear, o cliente escolhia oito números através<br />

de preenchimento de um subscrito colocado numa<br />

tômbola. No final da campanha, esta tômbola era aberta<br />

e os subscritos eram recolhi<strong>dos</strong> e envia<strong>dos</strong> para Paris,<br />

onde se realizou o sorteio “Totoloto”, com o prémio<br />

máximo de €40.000 para os oito números, €30.000 para<br />

sete, €20.000 euros para seis e €10.000 euros para cinco.<br />

Com seis números, o contemplado foi um cliente da<br />

rede Point S em Portugal. Pela primeira vez no nosso<br />

país, foi realizado um sorteio desta dimensão para uma<br />

compra de quatro pneus.<br />

Solução My Speedy ajuda condutores<br />

a cuidarem <strong>dos</strong> seus veículos<br />

A Bridgestone irá anunciar o lançamento de uma solução de manutenção preventiva<br />

de pneus e veículos, que será disponibilizada por toda a Europa. O conceito foi<br />

desenvolvido como “Bridgestone Connect” com o objetivo de criar uma solução<br />

para automóveis conecta<strong>dos</strong>, proporcionando mais confiança e conforto aos condutores.<br />

Será comercializada, inicialmente, pela rede de concessionários da Speedy<br />

como My Speedy. Através de monitorização, em tempo real, do estado do veículo<br />

para alertar e prevenir problemas de manutenção, a solução My Speedy ajuda os<br />

condutores a evitar incidentes potencialmente perigosos e que poderão acarretar<br />

custos de tempo e dinheiro. Surgida de uma investigação pan-europeia e alimentada<br />

por ferramentas digitais, a My Speedy é a solução da Bridgestone que ajuda os<br />

condutores a conseguirem uma melhor manutenção <strong>dos</strong> seus veículos.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


www.hankooktire.com/es<br />

Alto rendimento desportivo para<br />

SUV's Premium, desenha<strong>dos</strong> com<br />

tecnologia inovadora para superfícies<br />

em seco e com chuva<br />

Pneu de altas prestações para SUV's<br />

para todas as estações do ano, com a<br />

tecnologia mais avançada para a sua<br />

vida diária<br />

SINTA A CONEXÃO<br />

<strong>Pneus</strong> Hankook para SUV's. Sinta a inovação<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

oferece descontos<br />

Até ao próximo dia 15 de novembro, as empresas de transporte<br />

portuguesas usufruem do reembolso de €10 ou €20<br />

por pneu numa compra mínima de dois pneus Continental<br />

de camião com jante 17,5”, 19,5” e 22,5”, respetivamente. A<br />

campanha da responsabilidade da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />

com o slogan “Carregamos as melhores ofertas”, é válida para<br />

empresas de transporte com domicílio fiscal em Portugal e para<br />

compras efetuadas na rede de agentes Conti360 aderentes<br />

indicada no site www.campanhapesa<strong>dos</strong>continental.pt. A frota<br />

poderá fazer o registo no site e carregar a fatura até o dia 7 de<br />

dezembro de 2018. Após validação do registo e verificação<br />

da fatura, será feita a transferência do valor correspondente<br />

ao número de pneus fatura<strong>dos</strong>/regista<strong>dos</strong>.<br />

Plataforma 07ZR<br />

comemora dois anos em Portugal<br />

Dois anos após a sua implementação em Portugal e após mais de 11 anos de<br />

experiência nos principais merca<strong>dos</strong> da Europa, a plataforma B2B de venda<br />

de pneus e jantes para profissionais 07ZR consolida a sua presença no mercado<br />

luso. E fá-lo por ser fiel ao objetivo que a tornou líder <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de<br />

pneus europeus: facilitar o dia a dia <strong>dos</strong> profissionais de mecânica, proporcionando<br />

a melhor oferta de pneus e jantes de qualidade em apenas um clique.<br />

Para celebrar a confiança concedida pelos instaladores portugueses, a 07ZR<br />

lançou uma interessante campanha promocional, que está em vigor até dia 7<br />

de outubro. Em virtude disso, clientes novos e atuais da plataforma poderão<br />

beneficiar de preços especiais na aquisição de pneus de diferentes medidas<br />

das marcas Continental, Firemax, Hankook, Michelin e Mabor.<br />

Bridgestone torna-se Parceiro<br />

Paralímpico Mundial<br />

O Comité Paralímpico Internacional (CPI) e a Bridgestone<br />

Corporation anunciaram que a empresa líder em<br />

pneus e aplicações em borracha se tornou na sétima<br />

Parceira Olímpica Mundial. Sendo já Parceiro Olímpico<br />

Mundial até 2024, a Bridgestone detém, agora, direitos<br />

globais para a promoção e apoio do Movimento Paralímpico<br />

durante o mesmo período. Enquanto parceira<br />

do Movimento Paralímpico da mais alta instância, a<br />

Bridgestone irá receber direitos globais do CPI, em<br />

categorias que incluem pneus, serviços associa<strong>dos</strong> a<br />

pneus e serviços associa<strong>dos</strong> a automóveis, bicicletas<br />

autopropulsadas, rolamentos de isolamento sísmico<br />

e uma ampla variedade de produtos industriais e<br />

de construção. A Bridgestone é, também, Parceira de<br />

Ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e parceira<br />

das equipas paralímpicas do Japão, Tailândia e EUA. A<br />

empresa apoiou vários atletas paralímpicos internacionais,<br />

incluindo oito colaboradores da Bridgestone, que<br />

se encontram em treinos de qualificação para os Jogos<br />

Paralímpicos de Tóquio 2020.<br />

Pneucity123.com tem garantia<br />

vitalícia para marcas da “casa”<br />

Futuramente, os utilizadores <strong>dos</strong> pneus Goodride, Star Performer ou Nankang<br />

podem ficar financeiramente mais descansa<strong>dos</strong>. A partir de agora, a Pneucity123.com<br />

passa a oferecer uma garantia vitalícia para pneus da marca própria<br />

Star Performer, assim como para outras marcas da casa Delticom, dando, assim,<br />

fortes argumentos de venda aos seus comerciantes. No caso de defeitos<br />

de fabrico ou de material e mesmo no caso de danos irreparáveis resultantes<br />

da utilização diária, a Pneucity123.com concede um pneu de substituição gratuito<br />

ou grandes descontos. Assim, os pneus com defeito e que apresentem<br />

uma profundidade restante do perfil equivalente a seis milímetros ou mais, são<br />

substituí<strong>dos</strong> por um pneu novo. Caso contrário, os clientes recebem um desconto<br />

de até 80% relativamente ao preço atual no dia de execução da garantia.<br />

Assim, os comerciantes podem oferecer uma alternativa boa e eficaz aos clientes<br />

finais mais atentos ao preço, que dão grande importância a uma excelente<br />

relação custo/benefício.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Roady festeja 20.º aniversário<br />

Os centros auto Roady estão a celebrar o seu 20.º aniversário em Portugal.<br />

E, para comemorar esta data, a insígnia do Grupo Os Mosqueteiros anuncia<br />

um mês recheado de ofertas para to<strong>dos</strong> aqueles que visitem os centros auto<br />

neste período. Sob o mote “Há 20 anos a cuidar do seu automóvel”, de 25 de<br />

outubro a 25 de novembro, os centros auto Roady, de norte a sul do país, festejam<br />

com os clientes duas décadas de presença em Portugal. Durante este<br />

período e por cada compra equivalente ou superior a €30, será entregue ao<br />

cliente uma vinheta (Roadynha), através da qual se poderá ganhar mais de<br />

40 mil prémios, onde se incluem TV’s LED e smartphones da Samsung, tablets,<br />

vales de combustível, vales de lavagem auto, estadias para duas pessoas em<br />

hotéis de todo o país, atividades em família e atividades desportivas. O melhor<br />

cliente de cada loja irá receber ainda uma viagem à Europa. Serão seis<br />

os destinos (Madrid, Barcelona, Londres, Paris, Milão e Amesterdão) à escolha<br />

para os melhores clientes.<br />

“Quisemos comemorar duas décadas de presença em Portugal com aqueles<br />

que nos acompanham diariamente: os nossos clientes. São eles o foco do nosso<br />

trabalho e é para eles que trabalhamos to<strong>dos</strong> os dias, num esforço diário<br />

de superação. Foram os nossos clientes que nos trouxeram até aqui e impulsionaram<br />

este sucesso, que nos enche de orgulho. No nosso 20.º aniversário,<br />

queremos agradecer estes 20 anos de confiança e premiar os nossos clientes<br />

com muitas ofertas, porque esta celebração também é deles,” referiu Eduardo<br />

Santos, administrador da Roady. Esta grande campanha multimeios foi pensada<br />

em conjunto com o parceiro operacional TLC Marketing e chegará aos<br />

consumidores através de TV, rádio e digital.<br />

Michelin Pilot Sport é protagonista da<br />

temporada de Formula E<br />

A quinta temporada da ABB FIA Fórmula E teve, oficialmente,<br />

início no dia 16 de outubro, em Valência. O<br />

Circuito Ricardo Tormo acolheu quatro dias de testes<br />

conjuntos, em que, pela primeira vez, pôde ser visto<br />

em pista o novo monolugar, equipado com pneus Pilot<br />

Sport que a Michelin fornecerá às 11 equipas participantes<br />

nesta nova edição. Este pneu segue a esteira<br />

do Pilot Sport EV, desenvolvido para Formula E, que<br />

representou uma autêntica revolução aquando da sua<br />

estreia. Ao contrário de outras competições, em que<br />

são utiliza<strong>dos</strong> pneus com compostos de diferentes<br />

durezas, ou variantes específicas para condições de<br />

piso seco ou molhado, com um único Pilot Sport EV<br />

dever-se-ia garantir a máxima performance e duração<br />

nos treinos, na qualificação e na corrida, independentemente<br />

das condições climatéricas.. Ao mesmo tempo,<br />

em busca do aproveitamento das suas inovadoras<br />

tecnologias <strong>dos</strong> pneus para os desportivos de estrada,<br />

os monolugares de Formula E foram concebi<strong>dos</strong> para<br />

utilização com jantes e pneus de 18”. Estas características<br />

especiais fazem com que a Formula E seja um autêntico<br />

laboratório de investigação para a Michelin. A<br />

experiência recolhida nesta competição tem o seu reflexo<br />

nos pneus que o fabricante oferecer aos clientes,<br />

com a máxima performance, duração e prestações, que,<br />

simultaneamente, satisfazem as exigências de veículos<br />

que cada vez mais respeitadores do meio ambiente.<br />

<strong>Pneus</strong> Pirelli para Fórmula 1 vão ter apenas três cores<br />

Os pneus Pirelli P Zero vão ter apenas três cores na próxima temporada<br />

de Fórmula 1. Serão os mesmos para cada corrida (branco, amarelo e<br />

vermelho) com uma opção mais dura disponível, do tipo média e mais<br />

macia, respetivamente. No entanto, esta relação não indica que o número<br />

de compostos reduziu.<br />

Os pneus macio, médio e duro continuam, trocando de composto a cada<br />

circuito com a finalidade de adaptação às características de cada pista. Por<br />

exemplo, a borracha com o flanco a vermelho (macio) para o Mónaco vai<br />

alterar, substancialmente, quanto ao nível de dureza da opção com a mesma<br />

cor de Silverstone ou Suzuka.<br />

O novo espectro de compostos de 2019 será comunicado em dezembro,<br />

após a respetiva homologação por parte da FIA. Antes de cada corrida, a<br />

Pirelli revelará as nomeações precisas <strong>dos</strong> compostos para cada fim de<br />

semana.<br />

Este novo sistema simplificará a identificação visual <strong>dos</strong> pneus a to<strong>dos</strong> os<br />

seus aficiona<strong>dos</strong>, que, em conjunto, segue o comunicado da dureza real<br />

da borracha para quem deseje informações mais detalhadas. As cores <strong>dos</strong><br />

pneus Cinturato Intermédios e Full Wet de 2019, não sofrem alterações<br />

(verde e azul, respetivamente).<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Notícias<br />

Empresas<br />

Nokian Tyres é o melhor fabricante<br />

de pneus para os alemães<br />

A Nokian Tyres foi galardoada com o prémio Favorito<br />

<strong>dos</strong> Consumidores 2018 no ranking de satisfação realizado<br />

pela revistas de negócios alemãs Focus Money e Deutschland<br />

Test. O inquérito aos consumidores de carácter<br />

nacional levado a cabo na Alemanha analisa quais as<br />

marcas que gozam do favor e de maior popularidade<br />

entre os consumidores. Na elaboração do estudo, foram<br />

analisa<strong>dos</strong> 53 milhões de depoimentos deixa<strong>dos</strong> nas<br />

redes sociais e mais de 350 milhões de fontes na Internet<br />

com relação a 3.000 marcas de produto de consumo<br />

de 146 setores industriais, no período compreendido<br />

entre junho de 2017 e maio de 2018. Foram avalia<strong>dos</strong><br />

os números de Internet e as redes sociais sobre preços,<br />

serviços, qualidade e imagem global da empresa.<br />

Kumho Tire Europe<br />

tem novo presidente<br />

Kyungtai Ju foi nomeado presidente da Kumho Tire<br />

Europe, com efeitos imediatos em substituição de Chagrin<br />

Suk, que regressa à sede central da Coreia do Sul para<br />

assumir os seu novo cargo como responsável de vendas<br />

a nível mundial. Kyungtai Ju ocupou diversos postos<br />

na empresa em cerca de 30 anos. Assim, o novo presidente<br />

da Kumho Tire Europe começou a sua carreira na<br />

sede central da Coreia do Sul, em 1990, e o seu primeiro<br />

cargo de responsabilidade no mercado internacional<br />

aconteceu em 1996, como diretor da filial do México.<br />

Posteriormente, em 2003, trabalhou na Europa como<br />

responsável pela delegação da Kumho em Milão. Em<br />

2011, foi para a Kumho Tire USA, para voltar, mais tarde,<br />

para a Coreia do Sul, com o cargo de vice-presidente<br />

senior de marketing global. No ano passado, subiu a<br />

vice-presidente executivo, assumindo, pouco depois,<br />

o cargo de responsável de vendas globais. Kyungtai Ju<br />

tem 51 anos.<br />

Yokohama anunciou campanha<br />

“Rumo à excelência”<br />

Como parte da parceria oficial da Yokohama com o Chelsea FC, os vencedores de<br />

cinco campeonatos na Premier League estão a trabalhar em colaboração com a<br />

marca para ajudar a ativar uma nova campanha de vendas a nível global, utilizando<br />

o seu posicionamento criativo “Rumo à excelência”. A campanha vai ser divulgada<br />

nos cinco principais merca<strong>dos</strong> internacionais do fabricante japonês de pneus - Índia,<br />

Malásia, Vietname, França e Península Ibérica - para ajudar a promover as vendas<br />

de novos parceiros e <strong>dos</strong> parceiros de distribuição existentes, bem como para<br />

cativar os fãs internacionais do clube de futebol. Didier Drogba, lenda do Chelsea<br />

FC e ícone do futebol a nível mundial, foi anunciado como o rosto da campanha da<br />

Yokohama e vai participar numa série de eventos VIP B2B em cada território, que<br />

vão proporcionar aos clientes a oportunidade de conhecer a superestrela mundial.<br />

A mesma vai ser, também, divulgada através de uma série de iniciativas de ponto<br />

de venda B2C, incluindo recompensas e materiais de marketing premium centra<strong>dos</strong><br />

no clube. Estes recursos vão ser disponibiliza<strong>dos</strong> aos distribuidores de pneus em<br />

cada mercado local para incentivar as vendas.<br />

Falken é patrocinador<br />

do Atlético de Madrid<br />

O fabricante de pneus Falken assinou um acordo de patrocínio com o Atlético de<br />

Madrid para a época de 2018/2019. A equipa de Madrid ocupa, presentemente, o<br />

segundo lugar no ranking da UEFA e venceu a Liga Europa na última temporada.<br />

Além disso, a equipa treinada por Diego Simeone venceu, também, a Supertaça<br />

Europeia da UEFA, em Talin, na Estónia, frente ao Real Madrid. Deste modo, a marca<br />

de pneus Falken amplia o seu compromisso com o futebol europeu, colaborando<br />

com clubes de Espanha, Alemanha, Inglaterra, Itália, França, Polónia e Holanda. A<br />

estes, soma-se a Suécia. No total, são 21 as equipas de futebol que a Falken patrocina.<br />

A colaboração com Atlético de Madrid inclui os direitos de patrocínio habituais,<br />

com hospitality, presença na pool de patrocinadores do clube, ações promocionais,<br />

branding e ainda visibilidade no estádio Wanda Metropolitano durante to<strong>dos</strong> os<br />

jogos de La Liga e Copa del Rey que o clube jogue como visitado.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Agentes ContiService<br />

reuni<strong>dos</strong> em convenção<br />

Com o objetivo de debater os desafios e as oportunidades para a rede,<br />

bem como explorar as melhores práticas do setor e os desafios para o<br />

futuro, cerca de 40 agentes ContiService estiveram reuni<strong>dos</strong> nos passa<strong>dos</strong><br />

dias 12, 13 e 14 outubro, em S. João da Madeira, na terceira edição<br />

da convenção da rede, que, este ano, teve como lema “Construir o Futuro<br />

em Família”.<br />

Os trabalhos iniciaram-se com um breve balanço do ano de 2018. A caracterização<br />

da evolução do mercado e do modelo de negócio, o plano<br />

estratégico de crescimento, as expectativas e os desafios a curto e médio<br />

prazos, foram mais alguns <strong>dos</strong> temas em debate. “O setor onde a rede<br />

ContiService atua está a atravessar um momento de grandes mudanças<br />

e transformações. O próprio consumidor está a mudar. Temos de estar<br />

prepara<strong>dos</strong> para dar a melhor resposta, com a máxima eficiência e, como<br />

tal, precisamos de acompanhar bem de perto as novas tendências do<br />

mercado”, destacou Sandra Melo, responsável pela rede ContiService.<br />

O programa de formação mecânica que a rede irá levar a cabo em parceria<br />

com um player de referência no setor, o reforço da pegada digital que<br />

vai dotar os agentes de uma presença digital consistente e que vá ao encontro<br />

das necessidades <strong>dos</strong> consumidores, bem como a aposta na continuidade<br />

do programa de certificação da qualidade que se irá prolongar<br />

por três anos e que permitirá dotar os parceiros da rede de importantes<br />

ferramentas competitivas, foram os principais tópicos em discussão.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Notícias<br />

PRODUTO<br />

Point S lança a nova geração<br />

do Winterstar 4<br />

A Point S anunciou o lançamento da nova versão<br />

do seu pneu de marca própria Winterstar 4. Depois<br />

de se mostrarem muito satisfeitos com as prestações<br />

do Winterstar 3, partiram exatamente daqui para desenvolverem<br />

o Winterstar 4. Face ao 3, as melhorias<br />

são várias. Para compor ainda mais a gama de pneus<br />

de marca própria da Point S, que inclui Summerstar,<br />

Winterstar ST e Point S 4 Seasons, a marca criou este<br />

novo pneu. De realçar que a gama foi desenhada e é<br />

produzida na Europa por um fabricante de renome<br />

e com as mais recentes tecnologias. O Winterstar 4<br />

cobre 39 dimensões e pode ser utilizada em veículos<br />

ligeiros, desde berlinas a SUV. A gama vai até às<br />

17”. Existe ainda uma versão dedicada aos veículos<br />

comerciais, chamada Winterstar 4 Van.<br />

Vredestein apresentou pneus<br />

para clássicos modernos<br />

Para responder à crescente procura de veículos clássicos modernos, a Vredestein decidiu<br />

responder ampliando a sua gama de pneus. Desenha<strong>dos</strong> especialmente para o<br />

lendário Audi Ur Quattro, o primeiro pneu da Vredestein para este tipo de modelos foi<br />

apresentado no passado mês de setembro de 2018. No seu desenvolvimento, participou<br />

nada mais nada menos do que Jochen Mass, campeão de Fórmula 1 e embaixador<br />

da Vredestein. “Cada vez mais se valorizam automóveis <strong>dos</strong> anos 70, 80 e 90,<br />

conheci<strong>dos</strong> como clássicos modernos”, afirmou Jochen Mass. A Vredestein acrescenta<br />

a estes pneus para clássicos modernos a banda de rolamento adequada e um flanco<br />

de desenho elegante. A sua produção baseia-se nos méto<strong>dos</strong> mais inovadores e nos<br />

requisitos de qualidade mais exigentes. Isto oferece aos condutores uma aderência<br />

otimizada e, ao mesmo tempo, um aspeto retro. Este modelo é comercializado na Europa<br />

com a designação Sprint +. O primeiro será um modelo muito especial, de medida<br />

215/50 R15, para o lendário Audi Ur Quattro.<br />

Novo Fiesta traz de série<br />

modelo Quatrac 5 da Vredestein<br />

A Apollo Vredestein anunciou que a Ford escolheu<br />

o modelo Quatrac 5 como equipamento de série para<br />

a sua mais recente geração do Fiesta. O Ford Fiesta vai<br />

estar equipado com uma versão de 17” do Quatrac<br />

5 (205/45 R17 88V XL) na Europa. Apresentado em<br />

2014, este pneu aproveita as décadas de experiência<br />

da Apollo Vredestein no segmento <strong>dos</strong> pneus para<br />

todas as estações. O Vredestein Quatrac 5 oferece<br />

uma aderência excelente em curvas, assim com uma<br />

aceleração rápida, inclusivamente em superfícies<br />

molhadas. Este pneu também inclui o símbolo <strong>dos</strong><br />

três flocos de neve numa montanha, que indica que<br />

cumpre as diretrizes <strong>dos</strong> países nos quais é obrigatório<br />

utilizar pneus de inverno.<br />

E-Cube eleva serviço de pneus<br />

a outra dimensão<br />

O TMG (Techno Marketing Group) mostrou, na Automechanika Frankfurt 2018, como<br />

é possível elevar a outra dimensão o serviço de troca de pneus. Até agora, um serviço<br />

móvel de troca de pneus resumia-se a um técnico, um furgão, cinco ou seis ferramentas<br />

de trabalho e um espaço exíguo. Na feira de Frankfurt, o TMG mostrou uma nova<br />

aproximação a este problema. Chama-se E-Cube system. Trata-se de um novo tipo de<br />

serviço revolucionário, desenvolvido em parceria com a Gaither Tool Co. Incorporated,<br />

sendo uma unidade desenvolvida, especificamente, para este setor de mercado. O E-<br />

-Cube representa um conceito original que oferece um adicional à oficina pela forma<br />

como permite ao mecânico trabalhar. Em pouco espaço, consegue fazer de tudo o<br />

que se faz numa loja de pneus. O E-Cube system é comercializado em Portugal pela<br />

empresa ALTARODA.<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


O piso do pneu AS2+ foi pensado para oferecer uma melhor<br />

performance em termos de drenagem.<br />

Foi concebido para proporcionar uma condução segura em to<strong>dos</strong> os tipos de condições climatéricas,<br />

oferecendo ao mesmo tempo uma elevada durabilidade.<br />

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Notícias<br />

Produto<br />

Hankook apresenta pneu<br />

para se posicionar no topo da gama<br />

A Hankook Tire vai lançar, no início de 2019, o Ventus S1 evo3, um pneu de altas prestações<br />

para ligeiros e SUV. Tal como acontece com todas as bandas de rolamento da<br />

Hankook, os engenheiros focaram-se na segurança e nas especificações do produto<br />

neste mais recente modelo. Desta forma, a marca reforçou a aposta em áreas como a<br />

aderência em piso molhado e a precisão em manobrabilidade nesta terceira geração<br />

do S1 evo. Os engenheiros deram especial atenção na redução da resistência ao rolamento,<br />

ao mesmo tempo que mantiveram a elevada quilometragem oferecida pelo<br />

seu antecessor. Assim, a nova gama de produtos de altas prestações Ventus combina<br />

um excelente rendimento do S1 evo e as suas características de conforto, confirmadas<br />

em distintos testes independentes de produtos, com propriedades ambientais significativamente<br />

melhoradas. O novo Hankook Ventus S1 evo3 vai estar disponível no<br />

mercado europeu em 72 medidas, que se estendem das 17” às 22”.<br />

Uniroyal aumentou gama<br />

TH40 para reboques<br />

A Uniroyal aumentou a sua gama TH40 com os<br />

novos pneus de 17,5” para reboques de plataforma<br />

baixas, nas dimensões 215/75, 235/75 e 245/70.<br />

Estes pneus de altas prestações para o transporte<br />

regional combinado e de longa distância oferecem<br />

grande resistência, impressionante quilometragem<br />

e ótima tração, inclusivamente em pisos molha<strong>dos</strong>.<br />

Graças a estes pneus de plataforma rebaixada TH<br />

40, os profissionais podem enfrentar o transporte<br />

de cargas pesadas com confiança total. Especificamente<br />

desenha<strong>dos</strong> para transportar grandes cargas,<br />

os pneus TH40 para plataforma baixa proporcionam<br />

um elevado rendimento em duração, robustez e<br />

quilometragem. O desgaste reduzido destes pneus<br />

assegura elevada quilometragem, enquanto o talão<br />

da carcaça reforçado garante uma maior resistência<br />

e uma excelente capacidade de recauchutagem. O<br />

seu composto especial torna-os especialmente resistentes<br />

aos danos por cortes e ao seu desenho de<br />

perfil, com novo desenvolvimento que oferece uma<br />

extraordinária segurança em estradas molhadas, característica<br />

que está em consonância com a tradição<br />

da marca Uniroyal.<br />

Falken revelou novo pneu<br />

RI151 para autocarros<br />

Com o objetivo de responder às crescentes necessidades<br />

do mercado, a Falken decidiu incrementar a sua<br />

gama de produtos com o lançamento de novas versões<br />

para autocarros RI151. Este pneu foi desenhado para<br />

cumprir as necessidades específicas do transporte<br />

regional de autocarros, assim como para se converter<br />

no pneu ideal para uma utilização polivalente. O<br />

pneu oferece excelentes prestações em qualquer<br />

condição meteorológica, com homologação 3PMS.<br />

O RI151 está disponível em versões de carga elevada<br />

nas dimensões 295/80R22,5, 315/60R22,5 e<br />

315/70R22,5, todas com capacidade de carga por<br />

eixo até oito toneladas (dependendo do modelo).<br />

Para evitar confusões e a necessidade de duplicar o<br />

armazenamento, estas versões de alta carga substituem<br />

os modelos precedentes de carga normal. Incorporam<br />

ainda um composto inovador capaz de superar as mais<br />

duras condições meteorológicas.<br />

Novas bandas Hankook<br />

completam gama SmartWork<br />

As novas bandas de rolamento para uma utilização<br />

combinada em estradas asfaltadas ou por asfaltar<br />

completam a gama Smartwork da Hankook. Os novos<br />

produtos Smartwork AM11 para eixo de direção, os<br />

DM11 para eixo motriz e os pneus para reboques TM11<br />

foram desenha<strong>dos</strong> para se adaptarem às necessidades<br />

de trabalho em obras e estaleiros. Desta<br />

forma, a nova gama não só<br />

convence nas obras com<br />

características de tração,<br />

como, também, nas estradas<br />

asfaltadas.<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Novos Rotalla All Seasons<br />

vão ser lança<strong>dos</strong> em 2019<br />

Kleber mostrou nova gama<br />

de pneus de verão<br />

A Enjoy Tire anunciou que vai introduzir a sua primeira<br />

gama de pneus All Season da Rotalla no início de 2019. A<br />

nova gama da marca será inicialmente introduzida com dois<br />

padrões de desenho, sendo um de alta performance/UHP<br />

e o segundo para o mercado LTC. Existirão cerca de 100<br />

dimensões disponíveis. Os pneus de alta performance vão<br />

incluir mais de 80 tamanhos de 13” a 19”, enquanto os LTC<br />

disponibilizarão 20 dimensões entre 14” e 17”.<br />

Após dois anos de desenvolvimento, a Kleber apresentou os seus novos pneus de<br />

verão: Dynaxer UHP e Dynaxer HP4. Os pneus Kleber sempre garantiram a segurança<br />

e a tranquilidade <strong>dos</strong> condutores, ao conjugarem prestações que combinam um controlo<br />

e uma aderência excelentes sobre superfície molhada com uma notável relação<br />

qualidade/preço. Os novos pneus Dynaxer UHP e Dynaxer HP4 dão continuidade a esta<br />

reputação e vão ainda mais além, melhorando as suas prestações por comparação com<br />

a geração anterior: Dynaxer HP3. Esta nova gama oferece uma performance melhorada,<br />

reduzindo a distância de travagem sobre piso molhado (-4,7 m) e, também, em superfície<br />

seca (-1,5 m), graças ao novo composto patenteado da banda de rolamento e às<br />

lamelas autoblocantes, que reduzem a deformação do pneu. Os novos pneus contam<br />

com uma classificação «A» na etiqueta europeia, no caso de pneus para jantes com<br />

diâmetros de 16” e 17”, e «B» para jantes de 14” e 15”.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Notícias<br />

Produto<br />

Goodyear apresentou pneus<br />

Fuelmax Performance<br />

Falken anunciou aumento da gama<br />

de pneus de inverno<br />

Com o inverno a chegar, a Falken, distribuída em Portugal pela AB Tyres, anunciou<br />

o aumento da gama <strong>dos</strong> seus pneus Eurowinter HS01, que passa de 66 para 99 dimensões,<br />

com as quais cobre as medidas mais comuns do mercado. A versão para<br />

SUV deste pneu de inverno Eurowinter HS01 SUV viu a gama ampliada de 10 para 39<br />

dimensões. É um pneu que impressiona os condutores pela sua excelente capacidade<br />

de aderência em neve, gelo ou neve derretida. Ou pela resistência ao aquaplaning e<br />

pela sua grande estabilidade direcional. Os testes da ADAC e os seus hómologos austríacos<br />

OAMTC obtiveram excelentes resulta<strong>dos</strong> com este modelo nos testes de pneus<br />

de inverno, especialmente nos de aquaplaning longitudunal e lateral. O Eurowinter<br />

HS01, na dimensões 195/65 R15 91T, foi ainda provado pelos pilotos de testes em<br />

terrenos com neve e em piso seco. Neste caso, os veículos de teste sobressaíram pela<br />

distância de travagem muito curta em ambos.<br />

A Goodyear apresentou, no Salão Internacional<br />

de Veículos Comerciais 2018 (IAA), em Hanover, a<br />

nova gama Fuelmax Performance. O novo pneu, o<br />

primeiro da Goodyear para camiões com tecnologia<br />

de composto da banda de rolamento totalmente<br />

fabricado com sílica, alcança a classificação “A” de<br />

pneus da UE para eficiência de combustível e cumpre<br />

os requisitos <strong>dos</strong> pneus de inverno com a sigla<br />

“Three Peak Mountain Snow Flake (3PMSF)”. Estes<br />

pneus permitem a frotas dedicadas ao transporte de<br />

longo curso maximizar a poupança de combustível<br />

e ajuda os fabricantes de camiões a cumprir os cada<br />

vez mais ambiciosos objetivos de emissões de CO 2<br />

da UE. A combinação entre as Goodyear Proactive<br />

Solutions e os Fuelmax Performance é essencial para<br />

maximizar a performance e reduzir ainda mais o custo<br />

total de propriedade e as emissões. Os novos pneus<br />

antecipam uma proposta de legislação da UE para<br />

reduzir as emissões de CO 2<br />

<strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong> em<br />

15% em 2025 e em 30% no ano de 2030.<br />

DriveGuard estará disponível nas<br />

principais gamas da Bridgestone<br />

Maxam lançou Skid Steer MS706<br />

A Maxam Tire lançou um novo pneu desenhado para as mais extremas condições de trabalho<br />

em construção. A sua maior camada de borracha permite aumentar três vezes mais<br />

a sua durabilidade face a um pneu “convencional”. Este novo modelo incorpora um padrão<br />

ultra robusto desenhado, especificamente, para trabalhos pesa<strong>dos</strong>, incluindo reciclagem de<br />

asfalto, pavimentação, trabalhos em cimento e centros de reciclagem de metal. Sendo um<br />

pneu de manutenção zero, elimina as ameaças de furos e rasgos causa<strong>dos</strong> por pregos ou<br />

saliências nas paredes. Este modelo vem diretamente da Maxam como um pneu completo e<br />

uma solução de montagem muito simples. É um pneu desmontável que pode ser comprado<br />

em qualquer revendedor.<br />

A Bridgestone está comprometida em apresentar<br />

soluções para os problemas reais que os condutores<br />

enfrentam diariamente na estrada. Viagens interrompidas<br />

por furos ou pneus danifica<strong>dos</strong> podem originar<br />

atrasos, inconveniências ou mesmo situações perigosas.<br />

Para combater esta realidade, a Bridgestone<br />

anunciou a expansão da sua tecnologia patenteada<br />

e revolucionária DriveGuard, disponibilizando-a nas<br />

principais gamas <strong>dos</strong> seus produtos a partir de novembro<br />

de 2018. Esta é uma evolução para os condutores<br />

diários a nível de segurança, conveniência e proteção,<br />

uma vez que os pneus DriveGuard permite-lhes continuar<br />

a viagem mesmo que sofram um furo. Mesmo<br />

se sofrer danos, furos ou em caso de perda de pressão,<br />

os pneus com tecnologia DriveGuard da Bridgestone<br />

permitem que o condutor continue a sua viagem em<br />

segurança durante 80 km a uma velocidade de até 80<br />

km/h. Os consumidores poderão, agora, beneficiar<br />

desta funcionalidade de segurança tão importante<br />

em conjunto com o elevado desempenho das gamas<br />

de pneus Turanza, Blizzak e Weather Control. Os pneus<br />

da Bridgestone com DriveGuard podem ser instala<strong>dos</strong><br />

em qualquer veículo equipado com TPMS.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Kenda Emera A1 venceu Taiwan<br />

Excellence Award 2018<br />

O Kenda Emera A1 venceu o prémio Taiwan Excellence Award<br />

2018 nas categorias “R&D”, “Design”, “Qualidade” e “Marketing”, confirmando,<br />

mais uma vez, que os Kenda UHP de verão estão entre<br />

os melhores do segmento. Este pneu oferece um equilíbrio entre<br />

segurança, aderência em piso molhado e propriedades de aquaplaning,<br />

bem como bom desempenho em curva. O júri mencionou<br />

a Kenda com especial ênfase no desenvolvimento estratégico da<br />

marca. Certificado de acordo com as norma ISO 9000 , ISO 14001<br />

e padrões TMQ (Total Quality Management), a Kenda alinha o seu<br />

desenvolvimento de produto não só com as obrigações <strong>dos</strong> seus<br />

merca<strong>dos</strong>, como Taiwan, China e Sudeste da Ásia, mas, também,<br />

de acordo com os padrões e regulamentos europeus.<br />

Goodyear equipa DS7 Crossback<br />

com Eagle F1 Asymmetric 3 SUV<br />

É o mais recente modelo da Goodyear da gama Eagle F1 Asymmetric e foi<br />

especificamente desenvolvido para proporcionar um desempenho de exceção<br />

aos condutores de SUV. O pneu sublinha o equilíbrio entre robustez<br />

e elegância do veículo. Estas características são combinadas com a UHP<br />

Cool Cushion Layer, tecnologia que melhora o comportamento, ao mesmo<br />

tempo que reduz a resistência ao rolamento, resultando numa melhor<br />

eficiência de combustível. Atributo determinante do novo Eagle F1 Asymmetric<br />

3 SUV é a sua Tecnologia de Travagem Ativa. Quando em travagem,<br />

a superfície de contacto do pneu com a estrada e, por consequência, a sua<br />

aderência, aumentam, o que permite obter distâncias de travagem mais<br />

curtas, tanto em condições de piso seco como molhado.<br />

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<strong>Pneus</strong> fiáveis num<br />

mundo em constante<br />

evolução<br />

Campos enlamaça<strong>dos</strong>, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus<br />

Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipa<strong>dos</strong> em vários tipos de<br />

máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os<br />

agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.<br />

Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.<br />

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Serviço<br />

As quatro vidas do pneu de camião<br />

Otimizar<br />

o investimento<br />

O pneu de camião competitivo tem, neste momento, quatro fases na sua existência,<br />

ou quatro vidas (novo; reesculturado; recauchutado; reesculturado),<br />

que conseguem aumentar 150% a sua duração total, a custos controla<strong>dos</strong><br />

A<br />

primeira vida será o uso do pneu<br />

até ao limite legal de profundidade<br />

da banda de rolamento, cerca de<br />

2 mm. Em seguida, a banda de rolamento<br />

do pneu pode ser aprofundada novamente,<br />

porque os pneus já são fabrica<strong>dos</strong><br />

de origem com uma espessura de borracha<br />

que permite essa operação (até 6 a 8mm de<br />

profundidade), que proporciona a segunda<br />

vida do pneu.<br />

Chega<strong>dos</strong> novamente ao limite de desgaste<br />

autorizado, o pneu pode ser recauchutado,<br />

partindo da hipótese de que a carcaça ainda<br />

está em bom estado, iniciando-se a terceira<br />

vida do pneu. Finalmente, chega<strong>dos</strong>, outra<br />

vez, ao limite de desgaste da banda de rolamento,<br />

esta pode ser novamente aprofundada,<br />

entrando-se na quarta vida do pneu.<br />

Teoricamente, este ciclo poderia ser prolongado<br />

indefinidamente, até a carcaça deixar<br />

de ser recauchutável, como acontece com<br />

os pneus de aeronaves, que chegam a ser<br />

recauchuta<strong>dos</strong> 12 vezes. Para isso, no entanto,<br />

os pesa<strong>dos</strong> teriam de ter uma utilização muito<br />

cuidada, incluindo uma condução defensiva<br />

e prudente, para além de circularem, prioritariamente,<br />

em vias bem pavimentadas e pouco<br />

abrasivas. Como estas condições raramente<br />

estão reunidas, também um pneu de camião<br />

será raramente recauchutado mais do que<br />

uma vez ou duas, no máximo.<br />

De qualquer modo, as três vidas suplementares<br />

prolongam, de forma muito conveniente,<br />

a vida do pneu (+100% para a recauchutagem<br />

e +25% para cada uma das operações de<br />

aprofundamento da banda de rolamento, o<br />

que permite reduzir os custos operacionais<br />

de forma significativa).<br />

QUANTO SE PODE GANHAR?<br />

Os dígitos dependem apenas da dimensão da<br />

frota, mas é possível ganhar muito dinheiro<br />

com a gestão adequada <strong>dos</strong> pneus. Em primeiro<br />

lugar, ganha-se mais 25% de quilometragem<br />

em cada operação de recortar<br />

e aprofundar a banda de rolamento. Mas o<br />

lucro não fica por aqui. Como o pneu recupera<br />

aderência e tração, mas não aumenta<br />

o diâmetro, o seu formato mais compacto<br />

reduz as deformações em andamento e, consequentemente,<br />

a resistência ao rolamento,<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


eneficiando o consumo de combustível.<br />

Se forem só recupera<strong>dos</strong> os pneus do eixo<br />

de tração, pode ganhar-se 2,5% em gasóleo.<br />

Mas se forem to<strong>dos</strong> os pneus de um conjunto<br />

articulado completo, esse ganho já pode ser<br />

de 6%.<br />

Relativamente à recauchutagem, a quilometragem<br />

possível com o pneu renovado<br />

é idêntica à de um pneu novo, mas o custo<br />

da operação é 50 a 70% menor do que o<br />

preço de um pneu novo. Dependendo da<br />

dimensão da frota, basta multiplicar os pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> pelo preço de um pneu novo<br />

e dividir por dois, ou mesmo por 1,5, para<br />

termos o lucro líquido alcançado.<br />

ENQUADRAMENTO LEGAL<br />

Neste momento, os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

têm uma qualidade final e uma garantia<br />

idênticas à de um pneu novo. No caso <strong>dos</strong><br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, na maior parte das situações<br />

são recauchuta<strong>dos</strong> pelo próprio fabricante<br />

de pneus novos, ao abrigo de contratos e<br />

convénios com as transportadoras. To<strong>dos</strong> os<br />

grandes fabricantes de primeira linha oferecem<br />

um conjunto de serviços para frotas<br />

muito semelhante e atrativo, devido à grande<br />

concorrência, estimulada pelos volumes de<br />

negócio muito consideráveis.<br />

A tecnologia utilizada atualmente na recauchutagem<br />

de pneus, é idêntica à utilizada<br />

nos pneus de aeronaves, com os mesmos<br />

padrões de qualidade, estando sujeita à regulamentação<br />

109 da UNECE (United Nations<br />

Economic Commission for Europe). Os pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> têm de trazer no flanco a gravação<br />

do acordo, que pode ser, por exemplo,<br />

109R-002439. Qualquer pneu recauchutado<br />

que não esteja identificado deste modo, é,<br />

portanto, suspeito.<br />

Basicamente, existem duas tecnologias de<br />

recauchutagem de pneus: “a frio” e “a quente”.<br />

No primeiro caso, diz-se “a frio”, porque a<br />

banda de rolamento já está vulcanizada e<br />

pronta para ser montada na carcaça. Esta<br />

deve, no entanto, estar em muito bom estado<br />

e com os flancos e talões impecáveis.<br />

O processo decorre num forno a 110º C e a<br />

uma pressão de 7 bar, durante o qual uma<br />

borracha especial colocada entre a carcaça e<br />

a banda de rolamento provoca a perfeita aderência<br />

e ligação dessas duas partes do pneu.<br />

A vantagem deste processo para a carcaça<br />

é não suportar pressões e temperaturas tão<br />

elevadas como na recauchutagem “a quente”,<br />

preservando-se mais.<br />

A recauchutagem “a quente” assemelha-se<br />

em tudo ao fabrico de um pneu novo, sendo<br />

a nova banda de rolamento e os flancos vulcaniza<strong>dos</strong><br />

na carcaça a uma temperatura de<br />

150º C e a uma pressão de 14 bar. No final,<br />

temos um pneu praticamente novo.<br />

Logicamente, o resultado final depende, em<br />

grande medida, da qualidade da carcaça e<br />

do tratamento que lhe é prestado. Pequenos<br />

defeitos podem ser repara<strong>dos</strong> com garantia,<br />

mas, a partir de uma certa dimensão, os danos<br />

são irreparáveis e o pneu tem de ser enviado<br />

para valorização. Testes à lupa da estrutura<br />

fazem parte da seleção das carcaças que são<br />

recauchutadas.<br />

E QUANTO AO AMBIENTE?<br />

O processo de gestão <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong><br />

em quatro vidas, pelo menos, é favorável ao<br />

ambiente, tanto em termos de conservação<br />

de recursos, como em economia energética.<br />

Uma carcaça, que é aquilo que o pneu conserva<br />

ao longo das suas quatro vidas, representa<br />

70% do peso total de um pneu, o que<br />

diz tudo sobre o que significa aprofundar e<br />

recauchutar um pneu, levando-o a praticamente<br />

triplicar a quilometragem percorrida<br />

no final da vida útil.<br />

Globalmente, tendo em conta a frota europeia<br />

de transportes rodoviários, a economia<br />

de borracha natural, borracha sintética<br />

(derivada do petróleo) e aço (para as telas e<br />

talões) atinge valores muito consideráveis, o<br />

que, naturalmente, são boas notícias para o<br />

ambiente. Se a isto juntarmos a redução de<br />

energia gasta na produção de pneus novos<br />

e respetivas carcaças, bem como as emissões<br />

de CO 2<br />

que se evitam, até se poderia dizer<br />

que este devia ser o padrão normal na gestão<br />

<strong>dos</strong> pneus das frotas de pesa<strong>dos</strong>.<br />

ECONOMIA COM QUALIDADE<br />

Seria desastroso, em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong> do<br />

termo, que a busca de reduções nos custos<br />

operacionais das frotas significasse uma degradação<br />

das normas de segurança rodoviária.<br />

Felizmente, grande parte do processo de<br />

otimização da utilização <strong>dos</strong> pneus decorre<br />

no circuito das grandes marcas, cujos padrões<br />

de qualidade não merecem qualquer reparo.<br />

Claro que isso não poderia ser um pretexto<br />

para criar o monopólio de três ou quatro<br />

marcas, devendo ser preservada a hipótese<br />

de outros recauchutadores terem (como têm)<br />

as suas oportunidades no mercado. Se, no<br />

caso da recauchutagem, os padrões estão<br />

claramente defini<strong>dos</strong> para a Europa e até a<br />

nível global, no caso das operações de recortar<br />

e aprofundar a banda de rolamento<br />

<strong>dos</strong> pneus é preciso, também, evitar que se<br />

corram riscos desnecessários. Um trabalho<br />

pouco profissional e mal executado pode<br />

colocar em risco a segurança do pneu, provocando<br />

a separação <strong>dos</strong> seus elementos,<br />

furos e rebentamentos, entre outros.<br />

Os padrões de qualidade que estão a ser segui<strong>dos</strong><br />

nesta atividade são os da E.T.R.T.O.<br />

(European Tyre and Rim Technical Organization),<br />

exigindo profissionais qualifica<strong>dos</strong><br />

e o respeito estrito das recomendações do<br />

fabricante do pneu. O desgaste máximo da<br />

banda de rolamento do pneu não deve exceder<br />

2 ou 4 mm de profundidade residual e o<br />

aprofundamento efetuado não deve exceder<br />

os 6 a 8 mm, dependendo do tipo de pneu<br />

e do seu fabricante. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Serviço<br />

Pressão <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong><br />

Controlo de pressão<br />

e rentabilidade<br />

Os pneus com a pressão correta duram mais tempo e correm um risco muito menor<br />

de sofrer danos e furos, proporcionando maior segurança, quer para o veículo<br />

e operadores quer para a circulação rodoviária. Por outro lado, as carcaças ficam<br />

em melhores condições de serem recauchutadas<br />

Os argumentos a favor do controlo<br />

da pressão de insuflação <strong>dos</strong><br />

pneus são já do conhecimento<br />

geral e a sua importância é evidente,<br />

mas alguma coisa “impede” que exista<br />

uma verdadeira política de controlo da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus, tanto em veículos ligeiros,<br />

como pesa<strong>dos</strong>.<br />

Já não estamos a falar em montar sistemas<br />

de controlo eletrónico da pressão <strong>dos</strong> pneus,<br />

porque, aí, os argumentos contra aumentam,<br />

“porque não há dinheiro”, “as empresas vão<br />

à falência” e outras justificações do género.<br />

Entretanto, os sistemas de controlo de pressão<br />

já passaram a ser obrigatórios na origem<br />

e argumentos deste tipo deixam de fazer<br />

qualquer sentido.<br />

Antes destes sistemas de controlo da pressão<br />

de pneus, a pressão destes podia (e devia) ser<br />

imperativamente verificada e corrigida sistematicamente<br />

pelos motoristas e por to<strong>dos</strong><br />

os que vivem das frotas de transporte. Isso<br />

não exige custos significativos e constitui<br />

um <strong>dos</strong> mínimos requisitos profissionais <strong>dos</strong><br />

operadores. Apesar disso, alguma coisa “impede”<br />

que o óbvio aconteça, sem que haja<br />

penalizações para os incumpridores, tanto<br />

dentro das empresas, como na estrada.<br />

Mas, deixemos, entretanto, de lado estes<br />

“enigmas” do pós-venda automóvel e abordemos<br />

os aspetos bem mais interessantes<br />

e positivos resultantes de um controlo responsável<br />

da pressão especificada <strong>dos</strong> pneus.<br />

<strong>52</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Os pneus com a pressão correta correm<br />

1 um risco muito menor de sofrer danos<br />

e furos, proporcionando maior segurança,<br />

quer para o veículo e operadores quer para<br />

a circulação rodoviária. Por outro lado, os<br />

pneus duram mais e as carcaças ficam em<br />

melhores condições de serem recauchutadas.<br />

Poupando custos de reparação <strong>dos</strong> pneus e<br />

de imobilização <strong>dos</strong> veículos, o saldo é ainda<br />

mais positivo.<br />

Claro que a pressão correta também diminui<br />

o consumo de combustível. Num<br />

2<br />

conjunto articulado de 12 pneus, 10% de<br />

pressão a menos nos pneus dá um prejuízo<br />

na bomba que varia de €500 a €1.000 por<br />

ano, dependendo da carga e da velocidade<br />

de circulação, entre outros fatores. Numa frota<br />

de 100 veículos, basta fazer as contas para ver<br />

o prejuízo que a empresa pode ter.<br />

Havendo menor consumo, também há<br />

3 benefício para a conservação <strong>dos</strong> recursos<br />

(ou reservas de petróleo) e para a saúde do<br />

meio ambiente, com menos emissões de CO 2,<br />

NOx, partículas e HC.<br />

Logicamente, com os pneus à pressão<br />

4 correta, os veículos são mais facilmente<br />

conduzi<strong>dos</strong> e controla<strong>dos</strong> nas situações mais<br />

exigentes, como curvas, travagens e manobras,<br />

tornando as deslocações mais rápidas e<br />

mais seguras. Mais serviço, menos acidentes<br />

e menores custos = a maior rentabilidade da<br />

frota.<br />

O pneu enchido à pressão especificada<br />

5 dura, como é evidente, muito mais, reduzindo<br />

os custos da frota com pneus. Só os<br />

tais 10% de pressão a menos são suficientes<br />

para reduzir a vida do pneu em 5%, mas a<br />

partir daí para baixo, as consequências são<br />

muito mais dramáticas. De pouco valem as<br />

técnicas de aumentar a profundidade <strong>dos</strong><br />

pneus, a recauchutagem e a correta gestão<br />

<strong>dos</strong> pneus, que em condições normais podem<br />

aumentar a vida de um pneu novo em<br />

150%. Sem pressão correta, tudo isso é tempo<br />

e dinheiro perdi<strong>dos</strong>.<br />

SISTEMAS TPMS<br />

Há, basicamente, dois sistemas de controlo<br />

eletrónico da pressão <strong>dos</strong> pneus, que têm<br />

vindo a melhorar a cada nova geração, tanto<br />

em termos de fiabilidade, como de resistência<br />

ao desgaste. Os de medição indireta e os e<br />

medição direta da pressão. Nos primeiros, é<br />

utilizado o sinal do sensor do cubo da roda do<br />

sistema ABS, que é transformado pelo software<br />

da unidade de controlo em pressão, devido a<br />

diminuição do diâmetro da roda com menor<br />

pressão, que é obrigada a dar mais voltas para<br />

percorrer a mesma distância das outras.<br />

Nos sistemas de medição direta, é instalado<br />

um sensor de pressão na válvula do pneu ou<br />

mesmo no interior da banda de rolamento<br />

do pneu. O sinal do sensor de pressão é, geralmente,<br />

transmitido por uma tecnologia<br />

sem fios (rádio frequência, por exemplo) à<br />

unidade de controlo, que verifica quando a<br />

pressão desce abaixo do mínimo autorizado.<br />

Em qualquer <strong>dos</strong> casos, é emitido um sinal<br />

acústico e/ou visual ao condutor ou encarregado<br />

de manutenção da frota, que mais<br />

não tem do que acertar a pressão do pneu<br />

em causa, verificando, se possível, a origem<br />

do problema. Se a pressão se mantiver estável,<br />

o sistema apenas confere o estado <strong>dos</strong><br />

pneus de 15 em 15 minutos. O sistema tem<br />

um interface na cabina que permite ao condutor<br />

visualizar to<strong>dos</strong> os pneus do veículo e<br />

as respetivas pressões em tempo real.<br />

Claro que, se o motorista não o fazia antes,<br />

não é pelo aviso do sistema TPMS que irá fazê-<br />

-lo depois de o ter montado no veículo. No<br />

entanto, nas frotas mais evoluídas, o sistema<br />

de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus está ligado<br />

diretamente ao centro de controlo de frotas,<br />

via telemétrica, permitindo ao gestor de frota<br />

exercer vigilância sobre os que controlam ou<br />

não a pressão <strong>dos</strong> pneus. Mesmo assim, só<br />

quando estiverem disponíveis os avança<strong>dos</strong><br />

sistemas de controlo automático de pressão<br />

de pneus de pesa<strong>dos</strong>, que corrige a pressão<br />

através do cubo da roda, é que o problema<br />

ficará totalmente resolvido.<br />

CUSTO VS RENTABILIDADE<br />

O custo atual de um sistema de controlo da<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus fica por apenas €25 por<br />

pneu na origem, sendo a sua montagem<br />

extremamente simples. Isto significa que o<br />

veículo amortiza o investimento na primeira<br />

viagem média/longa e começa a rentabilizar<br />

logo a partir da segunda viagem. No caso<br />

de veículos que não trazem o sistema TPMS<br />

de origem, a montagem de um sistema num<br />

conjunto trator com seis rodas e num reboque<br />

com três eixos de roda<strong>dos</strong> simples e seis rodas<br />

(12 no total), a instalação de um sistema de<br />

controlo de pressão pode variar entre €1.000<br />

e €1.500, dependendo do sistema e respetivas<br />

funções. Nos veículos com reboque ou<br />

semirreboque, este tem de dispor de uma<br />

unidade de controlo independente, que fica<br />

ligada à unidade central de processamento.<br />

Isso torna o sistema mais caro do que num<br />

camião sem reboque de seis rodas.<br />

De qualquer modo, a amortização num veículo<br />

de transporte de utilização intensiva<br />

é extremamente rápida, mesmo contando<br />

apenas com a economia proporcionada em<br />

combustível e em pneus. Se considerarmos<br />

as avarias que evita e os possíveis acidentes<br />

causa<strong>dos</strong> por pneus, o investimento é amortizado<br />

logo à partida e ainda sobra muito<br />

dinheiro. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Avaliação obrigatória<br />

Garras afiadas<br />

Detentor de 47 prémios internacionais, o Peugeot 3008 continua a seduzir tudo e to<strong>dos</strong>.<br />

Agora, com o novo motor 1.5 BlueHDi de 130 cv, que substitui o 1.6 BlueHDi de 120<br />

cv, este leão afiou (ainda mais) as suas garras. Até porque as prestações subiram e os<br />

consumos e emissões desceram<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

<strong>dos</strong> SUV mais apelativos<br />

do mercado e, porventura,<br />

o mais atraente do seu segmento.<br />

Com a segunda geração<br />

do 3008, a Peugeot<br />

redefiniu novos padrões na classe. Disponível<br />

em versões gasolina e Diesel, com caixa<br />

manual ou automática, dispondo de diversos<br />

acabamentos, a última novidade da gama<br />

dá pelo nome de 1.5 BlueHDi. Este novo<br />

motor a gasóleo, de 130 cv , substitui o 1.6<br />

BlueHDi de 120 cv. As prestações subiram,<br />

os consumos e emissões desceram. As versão<br />

aqui em apreço, com tração dianteira<br />

e caixa manual de seis velocidades, é fértil<br />

em atributos.<br />

SEDUTOR NATO<br />

Não há ninguém que consiga ficar indiferente<br />

à presença do 3008. Sobretudo, no<br />

caso da versão GT Line, que dispõe de jantes<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Peugeot 3008 GT Line 1.5 BlueHDi<br />

Funcional, futurista, bem construído.<br />

O habitáculo do 3008 lembra o cockpit<br />

de uma aeronave, graças, sobretudo,<br />

aos botões da consola central e painel<br />

de instrumentos<br />

boa e o banco proporciona apoios lateral e<br />

lombar eficazes. Depois, ainda temos a boa<br />

visibilidade e a colocação ergonómica <strong>dos</strong><br />

pedais, alavanca da caixa e coman<strong>dos</strong> secundários.<br />

Não demora, de facto, muito tempo<br />

até encontrarmos a melhor postura ao volante,<br />

até pela boa amplitude de ajustes.<br />

O equipamento e os dispositivos de segurança<br />

são outras áreas em destaque neste<br />

SUV francês. Da extensa lista, destacamos<br />

os seis airbags (frontais, laterais e de cortina),<br />

o travão de estacionamento elétrico, o Pack<br />

Safety Plus, o sistema de alerta de transposição<br />

involuntária de faixa (AFIL), o sistema<br />

de deteção de fadiga, o reconhecimento <strong>dos</strong><br />

sinais de velocidade, a ajuda ao estacionamento<br />

traseiro, o teto “Black Diamond”, os<br />

retrovisores rebatíveis eletricamente com<br />

“Lion Spotlight”, o Pack City 1 (ajuda gráfica<br />

e sonora ao estacionamento dianteiro<br />

+ Visiopark 1), o ecrã tátil de 8” com painel<br />

de instrumentos digital 12,3’’ e o sistema<br />

Connect Nav 3D (navegação conectada 3D<br />

com reconhecimento vocal + MirrorScreen).<br />

POSTURA CONFIANTE<br />

Confortável, seguro, eficaz. Como um felino.<br />

Ainda que, nesta versão, as prestações não<br />

sejam, de todo, fulgurantes. O novo motor<br />

1.5 BlueHDi de 130 cv desloca os 1.417<br />

“Detroit” de 18’’ em dois tons de verniz brilhante,<br />

inserções cromadas, barras de teto<br />

longitudinais em cromado, vidros laterais<br />

traseiros e óculo traseiro escureci<strong>dos</strong> e saídas<br />

de escape retangulares. Os grupos óticos<br />

bem desenha<strong>dos</strong> (contam com tecnologia<br />

full LED) e a imponente grelha escura vincam<br />

a personalidade deste SUV. Seja qual for a<br />

cor da carroçaria e o ângulo de observação,<br />

o 3008 é sempre atraente e exibe uma pose<br />

sedutora. Por dentro, mantém-se a irreverência.<br />

O volante pequeno, o i-Cockpit e os<br />

botões da consola central são os elementos<br />

mais marcantes do habitáculo. A qualidade<br />

de construção situa-se em bom plano, tal<br />

como o espaço para ocupantes e bagagem.<br />

Já o posto de condução é simplesmente...<br />

ótimo. O volante oferece uma pega muito<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Avaliação obrigatória<br />

Peugeot 3008 GT Line 1.5 BlueHDi<br />

Goodyear EfficientGrip<br />

Tecnologia FuelSaving<br />

w O Peugeot 3008 que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado com Michelin<br />

Primacy 3, de medida 225/55R18 98V, em ambos os eixos. De acordo<br />

com o fabricante francês (de pneus), trata-se de um modelo que oferece uma<br />

combinação perfeita entre segurança e longevidade. Este pneu, ao contrário<br />

<strong>dos</strong> standards, que não mantém toda a sua superfície de contacto com o solo<br />

(que o afirma é a Michelin), faz uso de uma nova escultura com lamelas autoblocantes,<br />

que mantêm toda a superfície do pneu em contacto com a estrada.<br />

Já a nova borracha patenteada que integra, otimiza a aderência em todas as<br />

condições. E a verdade é que o desempenho eficaz e confortável do Peugeot<br />

3008 sai beneficiado com os pneus Michelin Primacy 3. Para mais, não sendo<br />

o ruído de rolamento elevado.<br />

kg de peso do conjunto com relativo à-<br />

-vontade, é verdade, mas nada de euforias.<br />

A caixa manual de seis velocidades agrada<br />

mais pelo seu escalonamento do que pelo<br />

comando, que é pouco rápido e nem sempre<br />

preciso nas solicitações mais exigentes.<br />

Quanto à direção, é comunicativa q.b. e permite<br />

inserir com facilidade a frente em curva.<br />

Confortável sem exibir um rolamento em<br />

curva exagerado, o 3008 faz-se ainda valer<br />

de uns travões competentes, de uns pneus<br />

que se revelam uma escolha acertada (ver<br />

caixa, nestas páginas) e de um modo “Sport”<br />

que o torna mais acutilante.<br />

Na nova versão 1.5 BlueHDi, o 3008 pode<br />

receber, em alternativa à caixa manual de<br />

seis velocidades, uma caixa automática de<br />

oito relações. O que muda com esta última?<br />

Bem, para além do preço (a variante automática<br />

obriga a despender mais dinheiro),<br />

aumenta o conforto no exercício da condução<br />

e a rapidez de engrenagem das<br />

mudanças. Além disso, o prolongamento<br />

As jantes “Detroit”<br />

de 18” e as diversas<br />

inserções cromadas,<br />

características do<br />

nível GT Line, elevam<br />

ainda mais o apelo<br />

do Peugeot 3008<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

Cilindrada (cc) 1499<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

75,0x84,8<br />

Taxa de compressão 16,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 130/3750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750<br />

Distribuição<br />

Alimentação<br />

Sobrealimentação<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

Assistência<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,6<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm)<br />

Traseiros (ø mm)<br />

ABS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

injeção common rail<br />

turbo VTG + intercooler<br />

dianteira com ESP<br />

manual de 6+ma<br />

pinhão e cremalheira<br />

sim (elétrica)<br />

discos ventila<strong>dos</strong> (n.d.)<br />

discos maciços (n.d.)<br />

sim, com REF+AFU<br />

McPherson<br />

eixo semirrígido<br />

sim/não<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 192<br />

0-100 km/h (s) 10,8<br />

CONSUMOS (L/100 KM)<br />

Extraurbano/combinado/urbano 3,8/4,2/4,7<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 109<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4447/1841/1624<br />

Distância entre eixos (mm) 2675<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1593/1601<br />

Capacidade do depósito (l) 53<br />

Capacidade da mala (l) <strong>52</strong>0-1482<br />

Peso (kg) 1417<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 10,9<br />

Jantes de série 225/55R18<br />

<strong>Pneus</strong> de série<br />

PNEUS TESTE<br />

Michelin Primacy 3<br />

da consola central assume um visual mais<br />

futurista, uma vez que a alavanca da caixa<br />

automática lembra, tal como os botões croma<strong>dos</strong><br />

da consola central, o cockpit de uma<br />

aeronave. Comparativamente ao punho da<br />

caixa manual, a diferença de estilo ainda<br />

é grande.<br />

Com preços que se iniciam nos €29.830, o<br />

3008 é já um <strong>dos</strong> maiores casos de sucesso<br />

da Peugeot. Assumindo-se, agora, como um<br />

7 1/2Jx18”<br />

225/55R18 98V<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €127,44<br />

Preço (sem despesas) €36.570<br />

Unidade testada €36.570<br />

SUV, abandonando, assim, o conceito de<br />

crossover (termo que se utiliza quando não<br />

se sabe bem definir se um modelo é mais um<br />

SUV do que um monovolume ou vice-versa),<br />

o 3008 está disponível nos acabamentos<br />

Active, Allure, GT Line e GT. Já os motores,<br />

são três. Um a gasolina (1.2 PureTech de 130<br />

cv) e dois Diesel (1.5 BlueHDi de 130 cv e 2.0<br />

BlueHDi de 180 cv, este último apenas com<br />

caixa automática de oito velocidades). ♦<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Kia Ceed 1.4 T-GDi TX<br />

Subida de forma<br />

w Mais elegante, melhor construído, melhor equipado, mais<br />

evoluído em termos de conectividade e segurança, mais competente.<br />

O novo Ceed (agora grafa-se Ceed em vez de Cee’d)<br />

registou uma notável subida de forma face ao modelo da<br />

anterior geração. Desde logo, pela imagem bem mais apelativa<br />

que exibe, onde as entradas de ar em preto e as jantes de 17”<br />

da carroçaria de cinco portas são características essenciais.<br />

Depois, abrindo uma das portas que assegura um bom acesso<br />

ao interior, é notório o ambiente discreto mas bem elaborado.<br />

Prevalece a cor preta, é verdade, mas os coman<strong>dos</strong> estão bem<br />

distribuí<strong>dos</strong> e são de fácil leitura. E o ambiente nada tem de<br />

sombrio. O posto de condução,<br />

esse, é de grande nível.<br />

Tal como a habitabilidade e<br />

mala. Equipamento e dispositivos<br />

de segurança também<br />

não faltam. E para “contrariar”<br />

a supremacia das versões a<br />

gasóleo, a Kia disponibiliza<br />

dois motores: 1.0 T-GDi de<br />

120 cv e 1.4 T-GDi de 140 cv.<br />

Foi sobre este último, com caixa manual de seis velocidade,<br />

que incidiu este ensaio. Com prestações francamente boas e<br />

consumos não tão apetecíveis, o Ceed evidencia um desempenho<br />

dinâmico de elevado gabarito. A solidez do conjunto e<br />

a honestidade de todas as reações são as tónicas dominantes.<br />

O preço é outra das mais-valias: €23.190. Para já não falar <strong>dos</strong><br />

sete anos de garantia e do desconto de campanha.<br />

Volvo XC60 D4 Geartronic Inscription<br />

Topo da classe<br />

w Com o novo XC60, a Volvo posiciona-se no topo da classe<br />

SUV. Na versão D4, que traz acoplada caixa automática de oito<br />

velocidades (Geartronic) e surge associada ao nível de equipamento<br />

Inscription, não há nada, mas mesmo nada, que desiluda<br />

neste modelo nórdico. A começar pelas linhas imponentes<br />

e apelativas da carroçaria de cinco portas, que beneficiam<br />

com os grupos óticos expressivos e com as elegantes jantes<br />

de 19”. Por dentro, o novo XC60 propõe qualidade elevada,<br />

espaço de bom nível para ocupantes e bagagem, equipamento<br />

recheado, muita tecnologia<br />

e, claro, fortes medidas<br />

de segurança. O posto de<br />

condução é ergonómico<br />

e facilmente adaptável a<br />

qualquer estatura, ou não<br />

tivessem as regulações do<br />

banco uma boa amplitude.<br />

Com 190 cv e 400 Nm, o<br />

novo XC60, apesar <strong>dos</strong> seus<br />

mais de 2.000 kg de peso e quase 4,7 metros de comprimento,<br />

mexe-se com uma energia digna de elogios. Não estamos<br />

perante um modelo com prestações fulgurantes, é certo, mas<br />

está perfeitamente à altura de uma condução desportiva, tudo<br />

embalado por um nível de conforto acima da média e por<br />

uma grande sensação de controlo. Para mais, existem vários<br />

mo<strong>dos</strong> de condução que estão disponíveis em função das<br />

necessidades do momento. Na versão Inscription, o novo XC60<br />

D4 Geartronic custa (sem extras) €58.589.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1353<br />

Potência máxima (cv/rpm) 140/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 242/1500-3200<br />

Velocidade máxima (km/h) 210<br />

0-100 km/h (s) 8,9<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,9<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 135<br />

Preço €23.190<br />

IUC €157,01<br />

<strong>Pneus</strong> teste Michelin Pilot Sport 4<br />

225/45R17 91V<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1969<br />

Potência máxima (cv/rpm) 190/4250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 8,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,2<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 136<br />

Preço €58.589<br />

IUC €224,98<br />

<strong>Pneus</strong> teste Michelin Latitude Sport 3<br />

235/55R19 105V<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Toyota Hilux Challenge 2.4 D-4D<br />

Destino: aventura<br />

w Lançada em 1968, a Hilux comemora 50 anos desde que marcou<br />

a definição de pick-up, tornando-se num modelo lendário da<br />

Toyota e sendo reconhecida como um exemplo de durabilidade<br />

ímpar. Para marcar este legado, a marca japonesa concebeu uma<br />

versão especial de lazer. Denominada Challenge, trata-se de uma<br />

versão pensada, em exclusivo, para o mercado português. Baseada<br />

na Toyota Hilux de cabine dupla com caixa metálica e tração 4x4,<br />

esta vistosa variante, pintada de branco “Antártida” e com autocolantes<br />

cinzentos, foi pensada para quem procura a liberdade na<br />

natureza e locais remotos e de mais difícil acesso, em trilhos fora<br />

de estrada e de aventura. Na<br />

versão de cinco lugares, custa<br />

€41.804 (a de três lugares está<br />

disponível por €35.269). A Hilux<br />

Challenge está equipada<br />

com acessórios exclusivos<br />

Toyota em preto que lhe<br />

confere a aparência robusta<br />

e destemida que a caracteriza.<br />

Além disso, recorre aos<br />

préstimos do motor 2.4 D-4D<br />

de 150cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades,<br />

que lhe imprime a força necessária para ultrapassar obstáculos<br />

difíceis. Para mais, estando equipada com pneus BF Goodrich All-<br />

-Terrain A/T, de medida 265/65R17, gancho de reboque e sensores<br />

de estacionamento traseiros. A escolha entre tração traseira ou<br />

integral, sem esquecer a opção pelas chamadas “redutoras”, faz-se<br />

através de um botão circular.<br />

Seat Ibiza 1.0 TSI DSG Xcellence<br />

Ouro sobre azul<br />

w O Seat Ibiza 1.0 TSI de 115 cv com caixa DSG de sete velocidades<br />

e nível de equipamento Xcellence é um modelo onde<br />

a expressão ouro sobre azul assenta que nem uma luva.<br />

Primeiro, porque a vistosa carroçaria de cinco portas está<br />

pintada precisamente de... azul. Depois, porque dispõe de<br />

um recheio completo, é movido por um motor económico<br />

que oferece prestações muito interessantes, custa €21.<strong>52</strong>4<br />

e situa-se no escalão mais baixo de IUC. Detalhando um<br />

pouco mais, pode dizer-se<br />

que o posto de condução<br />

é muito bom, que o nível<br />

de qualidade satisfaz, que<br />

o espaço para ocupantes<br />

e bagagem cumpre os requisitos<br />

de uma utilização<br />

mais familiar e que o desempenho<br />

dinâmico é<br />

de grande nível, mesmo não tendo jantes grandes nem<br />

suspensão demasiado firme. Já o motor de três cilindros<br />

com injeção direta de gasolina, revela-se perfeitamente<br />

à altura das qualidades do chassis. Para mais, sendo bem<br />

explorado por intermédio de uma caixa automática de sete<br />

velocidades rápida e inteligente. E nem a função start/stop<br />

foi esquecida, o que permite que os consumos, já de si<br />

comedi<strong>dos</strong>, se tornem ainda mais baixos. E nem mesmo em<br />

condução desportiva o Seat Ibiza 1.0 TSI DSG revela grande<br />

apetência para consumir gasolina. O condutor agradece.<br />

E o ambiente também.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2393<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/3400<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1600-2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 170<br />

0-100 km/h (s) 13,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 7,0<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 185<br />

Preço €41.804<br />

IUC €329,16<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

BF Goodrich All-Terrain A/T<br />

265/65T17 120/117S<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/5000-5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 200/2000-3500<br />

Velocidade máxima (km/h) 193<br />

0-100 km/h (s) 9,5<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 112<br />

Preço €21.<strong>52</strong>4<br />

IUC €93,27<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Bridgestone Turanza T001<br />

195/55R16 91V<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2018


ULTRAPASSANDO A LINHA DO HORIZONTE<br />

A vasta carteira de produtos da BKT inclui gamas de pneus específicos, na vanguarda, para atender<br />

os pedi<strong>dos</strong> mais exigentes em múltiplos campos, tais como a agricultura, a construção e o OTR, bem<br />

como aplicações de transporte e agroindustriais.<br />

DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL Zona Industrial , Lote 13 Apt. 53<br />

3060-197 Cantanhede<br />

Tel: 231 419 290 - Fax: 231 419 299<br />

geral@sjosepneus .com<br />

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