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Imagens: Carol Quintanilha<br />
¿QUÉ PASA?<br />
LUZ TAMBÉM É ARTE<br />
Além de apoio para uma obra de arte, a luz pode ser o<br />
trabalho de arte em si. Isso é o que apresenta a exposição<br />
Luz e Arte – reflexão e emissão, em cartaz desde o mês de<br />
outubro no Farol Santander, em São Paulo. Composta de<br />
duas instalações, distribuídas em dois andares do antigo<br />
Edifício Altino Arantes, com 300 metros quadrados cada,<br />
a mostra é apresentada pelo Ministério da Cultura e conta<br />
com direção artística de Facundo Guerra e direção de<br />
produção de Angela Magdalena.<br />
No 22º pavimento do centro cultural é apresentada a<br />
inédita obra Entreter, desenvolvida pelos artistas Gisela<br />
Motta e Leandro Lima. São apresentadas sete versões<br />
miniaturizadas das tradicionais atrações de um parque de<br />
diversões, como uma roda-gigante, uma montanha-russa<br />
e um carrossel, em escala aproximada de 5 : 1. Motta e<br />
Lima buscaram, por meio da simplificação das formas das<br />
estruturas, suprimir seu sentido de uso físico, com o intuito<br />
de estimular o exercício da observação e a memória de cada<br />
um dos visitantes, conforme circulam entre as instalações.<br />
Além disso, o movimento físico de cada atração também<br />
foi substituído pelo movimento audiovisual, executado por<br />
meio da programação dos pontos de luz que desenham os<br />
contornos das estruturas e que emulam a sua movimentação.<br />
Já no andar acima, os artistas italianos do NONE<br />
Collective apresentam a também inédita No Strata. Descrita<br />
como uma “paisagem nebulosa de uma cidade” e como uma<br />
“complexa floresta tecnológica”, a obra é uma metáfora das<br />
grandes metrópoles e simula a sua organização em camadas,<br />
por meio de 44 placas douradas vibratórias, instaladas em<br />
diferentes alturas e que, feitas de cobre, produzem sons<br />
metálicos. Ao caminhar entre elas, o visitante pode observar<br />
o contraste entre a escuridão das camadas mais baixas e a<br />
luminosidade das mais altas, iluminadas por 20 projetores,<br />
instalados no teto, que parecem “escanear o ambiente e o<br />
público, como um radar”, descrevem os autores. A obra é<br />
um convite para contemplar a paisagem da cidade, porém<br />
de maneira sinestésica, contrapondo o interior e o exterior<br />
do edifício no qual está instalada.<br />
Ambas as instalações contam com acessibilidade para<br />
pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida e também<br />
oferecem audioguias para deficientes visuais. A exposição<br />
ficará em cartaz até o início de janeiro de 2019. (D.T.)<br />
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