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Edição: novembro| dezembro de 2018

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LINHA<br />

Imagens: Maja Petrić<br />

¿QUÉ PASA?<br />

RASTROS DE LUZ<br />

Os ambientes construídos e a forma como são ocupados<br />

podem ter uma incrível capacidade de moldar as relações entre<br />

seus ocupantes, gerando um rastro de laços entre essas pessoas,<br />

que, na maioria das vezes, são invisíveis. Por meio da instalação<br />

imersiva We are all made of light, a artista croata, radicada nos<br />

Estados Unidos, Maja Petrić buscou torná-los visíveis, por meio<br />

do uso da tecnologia como ferramenta artística.<br />

A presença e a movimentação dos visitantes da exposição<br />

no espaço são registradas por uma combinação de luzes<br />

interativas, sons ambientes e inteligência artificial, que geram<br />

rastros audiovisuais individuais, encapsulados pelas luzes. A<br />

cada novo visitante, cresce a quantidade de trajetos registrados,<br />

o que reflete o desenvolvimento da história desse espaço. Uma<br />

espécie de universo estrelado se forma a partir da acumulação<br />

desses dados, que, em constante mutação, produzem espécies<br />

de constelações nas quais os rastros da presença de cada<br />

uma das pessoas que já esteve ali são conectados, unindo<br />

indivíduos do passado com os do presente e conectando-os<br />

com os futuros visitantes.<br />

O objetivo da instalação é explorar a interconectividade<br />

entre os humanos, revelando os invisíveis vínculos entre cada<br />

indivíduo e o restante do mundo. Com o passar do tempo, a<br />

instalação se tornará um arquivo da presença das pessoas e<br />

evidenciará a maneira como se conectam. “Meu desejo é que<br />

tal experiência leve à resposta para as seguintes perguntas:<br />

se pudéssemos vislumbrar os rastros deixados por nossos<br />

companheiros humanos, seríamos capazes de enxergar como<br />

configuramos, de maneira semelhante, a memória espacial do<br />

nosso ambiente? O que a experiência de estar inseridos nessa<br />

rede de rastros poderia nos ensinar acerca do entendimento um<br />

do outro e da nossa experiência coletiva?”, filosofa Petrić.<br />

A trilha sonora foi composta pelo artista local James<br />

Wenlock, e os componentes tecnológicos da obra foram<br />

desenvolvidos em colaboração com o diretor de pesquisa da<br />

Microsoft Mihai Jalobeanu, Ph.D. em inteligência artificial e<br />

robótica. A instalação foi aberta ao público no mês de setembro<br />

e ficará em exposição até o dia 1º de dezembro no MadArt<br />

Studio em Seattle, Estados Unidos – cidade onde a artista está<br />

estabelecida –, que atua em prol da divulgação de artistas locais<br />

e do incentivo ao desenvolvimento de obras de grande escala e<br />

desenvolvidas especificamente para o local. (D.T.)<br />

Fotógrafo Henrique Queiroga | Arquiteto David Guerra | Produção Sílvia Fraga | Loja Franccino BH.<br />

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