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LINHA<br />
Imagens: Maja Petrić<br />
¿QUÉ PASA?<br />
RASTROS DE LUZ<br />
Os ambientes construídos e a forma como são ocupados<br />
podem ter uma incrível capacidade de moldar as relações entre<br />
seus ocupantes, gerando um rastro de laços entre essas pessoas,<br />
que, na maioria das vezes, são invisíveis. Por meio da instalação<br />
imersiva We are all made of light, a artista croata, radicada nos<br />
Estados Unidos, Maja Petrić buscou torná-los visíveis, por meio<br />
do uso da tecnologia como ferramenta artística.<br />
A presença e a movimentação dos visitantes da exposição<br />
no espaço são registradas por uma combinação de luzes<br />
interativas, sons ambientes e inteligência artificial, que geram<br />
rastros audiovisuais individuais, encapsulados pelas luzes. A<br />
cada novo visitante, cresce a quantidade de trajetos registrados,<br />
o que reflete o desenvolvimento da história desse espaço. Uma<br />
espécie de universo estrelado se forma a partir da acumulação<br />
desses dados, que, em constante mutação, produzem espécies<br />
de constelações nas quais os rastros da presença de cada<br />
uma das pessoas que já esteve ali são conectados, unindo<br />
indivíduos do passado com os do presente e conectando-os<br />
com os futuros visitantes.<br />
O objetivo da instalação é explorar a interconectividade<br />
entre os humanos, revelando os invisíveis vínculos entre cada<br />
indivíduo e o restante do mundo. Com o passar do tempo, a<br />
instalação se tornará um arquivo da presença das pessoas e<br />
evidenciará a maneira como se conectam. “Meu desejo é que<br />
tal experiência leve à resposta para as seguintes perguntas:<br />
se pudéssemos vislumbrar os rastros deixados por nossos<br />
companheiros humanos, seríamos capazes de enxergar como<br />
configuramos, de maneira semelhante, a memória espacial do<br />
nosso ambiente? O que a experiência de estar inseridos nessa<br />
rede de rastros poderia nos ensinar acerca do entendimento um<br />
do outro e da nossa experiência coletiva?”, filosofa Petrić.<br />
A trilha sonora foi composta pelo artista local James<br />
Wenlock, e os componentes tecnológicos da obra foram<br />
desenvolvidos em colaboração com o diretor de pesquisa da<br />
Microsoft Mihai Jalobeanu, Ph.D. em inteligência artificial e<br />
robótica. A instalação foi aberta ao público no mês de setembro<br />
e ficará em exposição até o dia 1º de dezembro no MadArt<br />
Studio em Seattle, Estados Unidos – cidade onde a artista está<br />
estabelecida –, que atua em prol da divulgação de artistas locais<br />
e do incentivo ao desenvolvimento de obras de grande escala e<br />
desenvolvidas especificamente para o local. (D.T.)<br />
Fotógrafo Henrique Queiroga | Arquiteto David Guerra | Produção Sílvia Fraga | Loja Franccino BH.<br />
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