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Um sistema linear, em tonalidade quente, escondido na<br />
arquitetura ilumina o forro de madeira que coroa o conjunto.<br />
Perfis lineares de LED, cuidadosamente integrados às<br />
molduras dos muxarabis, criam um espesso bloqueio luminoso<br />
à noite, ao mesmo tempo que definem de modo singular a<br />
arquitetura da casa.<br />
LUXO, CALMA<br />
E VOLÚPIA<br />
Texto: Gilberto Franco | Fotos: Adam Letch<br />
A ARQUITETURA<br />
Situada em uma pequena reentrância do extenso porto natural<br />
de Sydney, Austrália, esta luxuosa e bem-acabada residência de uma<br />
jovem família é um exemplo de convívio e interação arquitetônica<br />
com a natureza, alternando formas orgânicas e retilíneas e extensos<br />
planos de madeira com empenas de concreto aparente e vidro.<br />
Por ter suas fachadas à vista da rua, engenhosas telas translúcidas<br />
de policarbonato trançado na cor cinza (chamados de kaynemaile)<br />
funcionam como muxarabis, permitindo a visão de dentro para fora<br />
e obstruindo sua recíproca. Formas orgânicas, como o fechamento<br />
de ripas da escada, contrastam com a extensa cobertura de madeira<br />
que se debruça e emoldura a exuberante paisagem externa.<br />
No pavimento térreo, poucas são as divisões entre ambientes –<br />
as separações se dão em geral por desníveis ou escadas, permitindo<br />
ampla visualização do exterior, em particular a vista da baía. A<br />
casa é estruturada em “U”, com a entrada ao meio e um grande<br />
átrio central dividindo o lado da baía, onde se encontra a piscina<br />
mais as áreas de fruição externa, e o lado oposto, mais formal.<br />
O jardim, ligeiramente mais elevado, garante a privacidade da<br />
casa, além de dissolver a percepção de limite entre a propriedade<br />
e a área da baía, o que é reforçado pela orientação da piscina no<br />
sentido longitudinal, unindo visualmente ambas as áreas.<br />
O escritório de arquitetura SAOTA, sediado na África do<br />
Sul, utilizou-se também de materiais que se integrassem ao<br />
cenário de beira-mar: vidro, madeira, paredes brancas e pisos de<br />
travertino, mas sem perder sua assinatura, expressa em superfícies<br />
de concreto aparente e muxarabis translúcidos. Obras de arte<br />
permeiam todo o espaço.<br />
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