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Revista Ferroviária Setembro/Outubro 2018

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R$ 243 milhões deverão ser aplicados em obras de resolução<br />

de potenciais conflitos urbanos; R$ 7,6 bilhões serão<br />

destinados à manutenção da infraestrutura e R$ 3,4 bilhões<br />

para a aquisição de frota.<br />

A proposta da ANTT chegou a um valor de R$ 2 bilhões<br />

negativos de outorga, sob a justificativa de que para antecipar<br />

a renovação é necessário amortizar mais de R$ 18 bilhões em<br />

investimentos feitos pela Vale na duplicação da EFC. Pelo relatório<br />

da agência, o valor seria zerado em caso de renovação.<br />

Representantes do governo do Pará questionaram os dados<br />

apontados pela agência reguladora e pediram mais tempo<br />

para debater a questão da outorga da Carajás. “Uma ferrovia<br />

do tamanho da Carajás, com garantia de cargas, terá<br />

outorga negativa? É vantajoso fazer uma renovação assim,<br />

de graça?”, questionou o secretário de Desenvolvimento<br />

Econômico do estado, Eduardo Leão.<br />

Segundo o procurador do estado do Pará, Ophir Cavalcante<br />

Júnior, os investimentos advindos da possível outorga<br />

só poderiam ser investidos na expansão ferroviária local. O<br />

procurador acusou o governo federal de colocar os estados<br />

uns contra os outros na briga por recursos. Disse que faltou<br />

transparência na condução do processo de renovação<br />

feito às pressas. Cavalcante questionou a legitimidade do<br />

governo federal de antecipar em dez anos a renovação de<br />

concessão, ainda mais em fim de gestão.<br />

O governo do Pará entrou como parte interessada na<br />

Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela<br />

Procuradora-Geral da República Raquel Dodge contra a Lei<br />

13.448, que regula as renovações. O governo estadual pede<br />

a paralisação do processo de concessão até que o Supremo<br />

Tribunal Federal julgue o mérito da ação. “Se as projeções<br />

considerassem o final do contrato em 2027, a Vale não seria<br />

credora, mas sim devedora do estado brasileiro”, ressaltou o<br />

procurador se referindo aos investimentos que precisariam<br />

ser indenizados antes da prorrogação.<br />

Parabéns pelos 75 anos de uma história que<br />

se funde com a história da ferrovia brasileira.<br />

Uma homenagem da Fitassul.

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