REVISTA PENHA | novembro 2018

A requalificação da Parada do Alto
“ de S. João tem de avançar
No último ano, sensivelmente, foram
apresentados vários planos que
trariam grandes melhorias para a
Freguesia: Parada do Alto de São
João, Vale de Santo António, Calçada
das Lages. Há algum que esteja para
avançar brevemente?
Para a Junta de Freguesia, a Parada
do Alto de S. João tem de começar
para o ano, em 2019. Por motivos
diversos não chegou a ter projeto
terminado no mandato anterior, mas
agora já há um rascunho final de
projeto, já houve uma sessão pública
em que os moradores manifestaram
preocupações que a CML recebeu
e espero que muito em breve seja
apresentada uma nova versão,
incluindo esses contributos. A CML
não pode demorar mais para começar
a requalificação da Parada.
Tem datas concretas?
O projeto está em revisão, mas como
disse na resposta anterior, este é um
projeto que não pode esperar mais.
Quanto ao Plano de Pormenor da
Calçada das Lages é um processo que
demorou mais, há muito tempo que o
esperávamos, e que para a Junta de
Freguesia tem uma particularidade
interessante: sendo esta uma
Freguesia muito carente em termos
de espaços verdes, contempla a
existência de três espaços verdes só
nessa zona, o que muito nos agradou.
Também tem uma preocupação
com as vistas existentes e por isso é
prudente em termos de construção,
prevendo ainda a construção de
equipamentos sociais que ali fazem
falta. Foi feito com cuidado e está
muito adequado às necessidades
daquele território.
“
Até 2021 contamos com um grande espaço verde na Freguesia
E o Vale de Santo António?
É um projeto muito ambicioso, a todos
os títulos. É o maior projeto de renda
acessível que a cidade de Lisboa vai
ter, e só por isso já é muito relevante;
vai trazer muitas pessoas novas para
a Freguesia, que, não sendo das mais
envelhecidas de Lisboa, é, ainda
assim, envelhecida; vai trazer uma
grande requalificação da Freguesia.
Todo aquele vale vai ser renovado,
vai ter um grande parque urbano e,
sobretudo, vai urbanizar uma zona
expectante muito grande da cidade
(também abrange S. Vicente) e na
qual depositamos grande esperança
quanto à ligação ao desenvolvimento
da Freguesia da Penha de França no
âmbito mais geral da cidade de Lisboa.
Tínhamos ficado entre a zona histórica
turística e as novas zonas de expansão,
a Expo98, e esta área aqui no meio vai
agora também ser objeto de atenção
e requalificação por parte da CML.
Acresce que o facto de virem para aqui
morar muitas mais pessoas vai implicar
que a rede de transportes públicos
seja bastante reforçada, sendo este
um dos problemas que temos na
Penha de França. São tudo boas
notícias para a Freguesia da Penha de
França.
Há alguns prazos que possa avançar?
A requalificação vai agora começar na
Vila Macieira, em S. Vicente. Na Penha
de França há o compromisso da CML
de que ainda neste mandato avançará
o parque urbano e esta Junta insistirá
para que seja realidade até 2021. A
CML tem consciência, como nós, da
carência de espaços verdes nesta
zona e, aliás, está a decorrer a revisão
do Plano de Urbanização para os
aumentar. Aproveitando as condições
naturais do terreno, o Vale tem uma
parte verde que pode ser modelada
para construir um verdadeiro parque
urbano e, também, a Câmara entende
que a aposta no parque será uma
das imagens de marca do programa
de renda acessível no Vale de Santo
António: a sustentabilidade ambiental
e a sua integração e convivência com
as zonas residenciais, equipamentos
sociais e a envolvente que já existe.
Finalmente, esta será uma obra da
CML, enquanto os prédios dependem
da iniciativa de privados.
A obra em curso na Rua Castelo
Branco Saraiva, vai dar novas
condições de mobilidade nesta rua,
importantes, nomeadamente, para
idosos e para crianças. Há outras
intervenções previstas?
A segunda fase da Rua Amiga do Peão,
plano de acessibilidade pedonal da
CML, vai avançar na Avenida General
Roçadas. E dando continuidade ao
trabalho do mandato anterior, a Junta,
sempre que possível, vai proceder a
pequenas intervenções no espaço
público. Por exemplo, até ao final do
ano está prevista a colocação de 269
m2 de calçada mista, o tradicional
calcário misturado com granito, para
evitar que as pessoas escorreguem.
Ou colocando novos bancos, fazendo
melhoramentos, ainda que estéticos,
do espaço público, ou instalando
baloiços para bebés em todos os
parques infantis – algo que as pessoas
nos diziam faltar. Estamos a estudar a
forma de instalar equipamentos para
pessoas com mobilidade reduzida,
fruto de conversas com o CDS na
Assembleia de Freguesia. Vamos
continuar a política de pequenas
obras, não necessariamente muito
avultadas em termos de investimento,
mas que às vezes fazem toda a
diferença.
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