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Paróquia São Francisco de Paula - Ordem dos Mínimos
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Arquidiocese do Rio de Janeiro - Vicariato de Jacarepaguá - 1ª Região Pastoral
Ano XIV - 231
Outubro / 2018
A MISSÃO DE
JESUS, MISSÃO
DE TODOS OS
BATIZADOS.
NOSSOS PASSOS
03
SUMÁRIO
Ed. Outubro/ 18
Diretor:
Frei Evelio de Jesús Muñoz
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Conselheiros:
Gilberto Rezende
Haroldo da Costa S.
Departamento de Comunicação e Marketing:
Armênio Soares
Maria Vitória Oliveira
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Jornalista Responsável:
Maria Vitória Oliveira
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AIRJ: 10059-82
Diagramação e Artes
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A Revista Nossos Passos é uma publicação da
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CLASSI SAÚDE OPINIÃO NOSSA CAMINHADA MATÉRIA DE CAPA
AVISOS
AVISOS PAROQUIAIS
P. 05
A MISSÃO DE JESUS, MISSÃO DE
TODOS OS BATIZADOS.
P. 06
NOSSO QUERIDO SANTO PAPA JOÃO PAULO II
P. 10
BEM-AVENTURDO PADRE NICOLAS BARRE
P. 12
FESTA DE ANIVERSÁRIO FREI DINO E FREI EVELIO.
P. 14
FILOSOFAR NA ATUALIDADE
P.16
O BRASIL PÓS ELEIÇÕES
P. 17
HONRA
P.18
PANTALEÃO DE NICOMÉDIA, MÉDICO E SANTO
P. 20
LESÕES DE ESFORÇO REPETITIVO (LER)
P.21
CLASSIFICADOS NOSSOS PASSOS
P. 24
04
OUTUBRO/ 18
EDITORIAL
“O Cristão e a missão em favor da vida”
EXPEDIENTE
PAROQUIAL
......eu vim para que todos tenham vida [...] em abundância (Jo 10,10).
Um filósofo diz que “ A mulher grávida leva dentro de si a própria
esperança”. Se Jesus no evangelho faz essa afirmação e muitos outros
homens e mulheres no mundo dedicam suas vidas à causa da defesa da vida,
o que o resto do mundo espera ainda para se colocar nessa missão? Já parou
para pensar que cada um espera do outro a compreensão, a amizade e a
alegria.Todos esperamos a própria felicidade; mas onde está a felicidade dos
outros? Quando alguém tira a vida está pensando na felicidade de quem? A
felicidade é entendida não como um sentimento agradável e mal definido,
mas como a realização de todos os nossos desejos e anseios; como a cura das
nossas feridas, a recuperação das nossas forças, a revelação do sentido de
tudo o que fomos, fizemos e sofremos.
Os séculos do anúncio do evangelho ensinou à cultura ocidental e a esta
terra de Santa Cruz que não somente vale a pena viver, mas que também dar
a vida pelos outros.
O cristianismo nasceu num mundo escuro que se cambaleava,
embriagado, entre a superstição e o esoterismo, entre o desespero do
tédio e o narcisismo insaciável, e abriu nele um caminho nobre, luminoso
e libertador. O cristianismo foi sentido realmente como um “lufada de ar
fresco”, como a boa nova de um novo sentido e propósito para a vida.
Os cristãos eram conhecidos pela bondade e a gentileza, a tolerância
— e sobretudo, como testemunham alguns documentos antigos, por não
exporem os próprios filhos à morte, como faziam os pagãos. O cristianismo
fez com que valesse a pena de novo não só viver, mas também dar a vida
a outros. Diferentemente dos pagãos, os cristãos não tentavam evitar ou
“interromper” a gestação, nem descartavam os filhos “indesejados”. Sabiam
que Deus velava por eles com amor, querendo-os como a seus filhos, e por
isso se tornaram capazes de cuidar dos outros com amor.
Eis o poder do amor que a religião de Cristo trouxe ao mundo. Nenhuma
outra religião se lhe assemelha; nenhuma promete o que ela promete;
nenhuma confirma as próprias promessas com um número tão grande de
amantes heroicos e maravilhas, isto é, com santos e milagres. Sob o reinado
do cristianismo, reconhecia-se o valor intrínseco da vida; e, com efeito, o seu
valor tornou-se “quase infinito” graças à divinização do homem realizada
pelos sacramentos e à vida eterna à qual eles conduzem.
Sob o reinado do cristianismo, reconhecia-se o valor intrínseco da vida.
No entanto, uma vez que a graça supõe a natureza, podemos dizer
também que a bondade da vida — o valor de estar vivo — é uma verdade
elementar. A humanidade inteira sente-se inquestionavelmente apegada à
vida, e não há quem não afirme que a vida é o bem primário e mais básico de
todos, sem o qual seria impossível haver qualquer outro bem. O coração de
quem realmente ama, além disso, anseia por vida e crescimento, assim como
a criança que é fruto natural do amor dos pais.
Por isso, chegar ao ponto em que evitamos a vida como se fosse uma
praga ou a descartamos como se não significasse nem valesse nada,
arrogando-nos o direito de decidir quando uma vida deve ou não ser vivida,
e não só a nossa, mas também a de outros — chegar a este ponto, ia dizendo,
é divorciar-se da realidade, é distanciar-se da bondade da vida, é cair na
ilusão de que a mesma é um problema sobre o qual nós temos a palavra final.
Nós mesmos, não havendo cometido nenhum crime que mereça a pena
de morte, não admitiríamos um suposto ‘direito’ dos outros sobre nossas
vidas. Muito menos no Brasil, onde a pena capital sequer existe. É portanto
uma contradição monstruosa que, ao mesmo tempo, reclamemos um poder
tirânico sobre a vida dos nascituros, de futuros homens e mulheres como
nós, que nada fizeram para merecer ser eliminados da existência.
Nessa luta contra o matrimônio, a procriação e a defesa da vida,
precisamos nos dar conta de que estamos diante de uma combinação
de niilismo metafísico e egoísmo espiritual muito mais poderosa do que
qualquer arma humana ou sistema político.
Trata-se de uma corrupção diabólica da inteligência e do coração que
não pode ser vencida a não ser pela oração, o jejum e o martírio, como os
erros e os crimes que os primeiros cristãos tiveram de enfrentar.
Pároco:
Frei Evelio de Jesús Muñoz
Padres:
Frei Zezinho - Vigário (Pe. José Antônio de Lima)
Frei Dino (Pe. Costantino Mandarino)
Igreja Santa Teresinha
Praça Desembargador Araújo Jorge, s/nº
Largo da Barra
Capela São Pedro - Ilha da Gigóia
Rua Dr. Sebastião de Aquino, nº 90 A
HORÁRIOS DAS MISSAS
• Paróquia São Francisco de Paula:
De segunda a sexta-feira: 7h30m e 19h.
Sábado: 17h (crianças) e 19h.
Domingo: 7h30m; 10h; 17h e 19h (jovens).
• Barramares:
quarto domingo do mês, às 17h.
• Capela São Pedro (Ilha da Gigóia):
Domingo, às 9h.
• Santa Teresinha:
Domingo às 19:30h
GRUPOS DE ORAÇÃO
• Paróquia São Francisco de Paula:
Quarta-feira, às 15h; quinta-feira, às 20h.
TERÇO DOS HOMENS
• Santa Teresinha:
Toda terça-feira do mês, às 20h.
ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
• Paróquia São Francisco de Paula:
Quinta-feira, o dia todo.
• Santa Teresinha:
Primeira quinta-feira do mês, às 20h.
NA PARÓQUIA
• Confissões:
De terça a sexta-feira, das 9 às 11h e das 15h às 17h;
Domingo, antes das missas.
• Hora Santa Vocacional:
Primeira sexta-feira do mês, às 17h30m.
• Inscrições para batizados:
Segunda-feira, das 18h30m às 19h30m;
quinta-feira, das 15 às 17h.
• Ambulatório Médico:
De seg a sexta-feira, das 8 às 12h e das 13 às 17h.
• Assistência Jurídica:
Quarta-feira, às 15h.
• Assistência Psicológica:
Quarta-feira, das 9 às 11h.
• Mediação Comunitária:
Terças e sextas-feiras das 9h às 12h e das 14h às 20h.
Nos meses de novembro e
dezembro as missas do Padre
Alexandre Paciolli não serão
realizadas.
O MINISTÉRIO DIACONAL
O diaconado é uma graça de Deus na vida da Igreja. Este
ministério, de origem apostólica, coloca em evidência o amor, a
solidariedade e a compaixão como instrumentos do mover do
Espírito Santo. O diácono é, pois, o sinal sacramental do Cristo-Servo
e a imagem da Igreja que, servidora e amorosa, continua a diaconia (o
serviço) de Cristo no mundo, educando os homens e as mulheres para
o amor, no Amor.
O ministério diaconal foi instituído pelos Apóstolos nos Sete
Helenistas (Cf. At 6,1-7). Convocaram, pois, a comunidade e escolheram
homens de boa reputação e cheios do Espírito Santo. Assim como
naquele tempo, Deus continua nos dias de hoje chamando homens
para serem servos e estarem a serviço da Igreja e do Evangelho.
No próximo dia 15 de dezembro, Dom Orani João Cadeal Tempesta
ordenará 11 novos diáconos. Estes se prepararam por cinco anos (um
ano de propedêutico e quatro de teologia na Escola Diaconal Santo
Efrém).
A rotina na Escola Diaconal começa cedo. Oração às Sete
horas da manhã, café e aulas até meio dia. Teologia sistemática,
História da Igreja, Direito Canônico, Antigo e Novo Testamento,
Mariologia, Teologia dos Sacramentos... Estuda-se muito! Reza-se
muito também. Antes do almoço reza-se a Hora Média e as aulas
continuam até às dezessete horas. É preciso, como os primeiros
diáconos, que os diáconos de hoje sejam homens cheios de sabedoria
e de santidade.
Peçamos ao Senhor Jesus, diácono do Pai, que abençoe estes
onze candidatos ao diaconado e suas famílias. Que Deus possa movêlos
em amor e santidade e que suas casas manifestem o suave odor
do Espírito Santo. Ficamos felizes com os diáconos permanentes de
nossa arquidiocese que, servidora e amorosa, continua a diaconia
de Cristo, educando outros homens e suas famílias para o amor e, no
Amor, para o serviço de Cristo-Servo.
Luciano Rocha
06
MATÉRIA
DE CAPA
OUTUBRO / 18
A MISSÃO DE JESUS, MISSÃO
DE TODOS OS BATIZADOS.
A nossa Santa Igreja Católica dedicou este mês
de outubro ás missões. A missão tem um fundamento
Trinitário; é por isso que cada batizado deveria ter,
consciência do chamado á missão.
A missão é de fato universal, isto porque a
mensagem de Jesus é universal. Foi Ele a revelar a todos
os homens o rosto do Pai: “Quem vê a mim vê o Pai” (Jo
14,9). Jesus, a revelação do Pai, veio trazer a salvação a
Todos. Esta salvação deve ser levada, anunciada até
os confins do mundo, para que todos sejam expressão
viva do Pai: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é
perfeito” (Mt. 5,48).
A missão de Jesus, enviada pelo Pai, é presente
nos anseios mais escondidos de cada ser humano,
apesar de muitas vezes parecer escondida, sufocada
pela cultura do consumo e da morte. Jesus veio realizar
a missão recebida do Pai de anunciar a Boa Nova aos
pobres, proclamar a remissão aos presos e aos cegos,
a recuperação da vista, para restituir a liberdade dos
oprimidos ( Lc. 4, 18-19), pregar e expulsar os demônios
(Mc 3,15); assim o missionário hoje, assume a luta que
Jesus iniciou, contra os poderes do mal que empobrecem
a vida do povo.
O missionário, todo batizado deve viver e
trabalhar de tal modo que se torne realidade o traço
escondido do rosto que há dentro de cada um de nós e,
aparecendo para fora se torne um Boa Nova para todos.
Convertido e transformado pelo toque do Espirito, o
missionário é movido pelo fogo que arde interiormente,
inquietude que o impulsiona a operar o querer de Deus.
O missionário prega a justiça e o direito. Ele anuncia a
paz pregando a fraternidade, a solidariedade, o amor e
o perdão.
A razão pela qual Jesus veio ao mundo deve
estar sempre presente na vida do missionário, como
realizadores do projeto do Pai: “Eu vim para que
tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Por isso, como consequência lógica, o seu lugar social
é sempre onde a vida está ameaçada, por causa do
sistema econômico injusto que exclui e marginaliza,
empobrecendo o povo cada vez mais, e onde o sistema
religioso já não revela o rosto do Pai, onde o Templo
é reduzido a um supermercado, a um lugar de show
gratuito, de manifestações de emoção superficial e
que anestesia o ser humano, deixando de ser lugar
de oração, de anúncio da Palavra, de alimento da
comunhão fraterna, “memória” de Jesus.
O batizado comprometido com a causa do
evangelho é chamado certamente a viver a sua missão,
na coerência, não somente nos sonhos, mas na vida
real. É preciso atitude, é preciso ser sal e luz na vida
de muitos homens e mulheres que ainda não conhecem
o Cristo ou o rejeitam. É preciso ser o sal e a luz do
evangelho na vida de muitos para que se transformem
em esperança, em boa noticia, e desse modo eles
revelem o rosto de Deus na sociedade como direito de
todos.
É do encontro com Jesus que nasce a missão. Por
isso é uma ação generosa, gratuita, que parte da uma
motivação interior, o missionário é movido por uma
força maior tão forte que nada poderá lhe conter, nem
as maledicências, calunias e nem sequer as ameaças. O
NOSSOS PASSOS
07
missionário é ciente, sabe que trabalha por causa do Reino
de Deus, e que todo o seu trabalho é para fazer fomentar
a massa.
Identificando-se com Jesus, o missionário é
convidado a ser pobre (Lc 14,33). Sonhar com status,
poder, prosperidade, salários, carro último ano, conforto
e bem-estar que a religião do consumo prega, choca
profundamente com a insistência de Jesus para um
trabalho gratuito, despojado, apoiado na providência de
Deus (Lc 9,1-5).
O esvaziar-se como Jesus, que assumiu a nossa
condição humana (Fil 2,7), é o processo pelo qual todo
missionário deve passar. Fazendo-se pobre, ele é enviado
aos empobrecidos. Sómente fazendo a experiência de
pobreza junto aos pobres, é que o missionário vai sentir
a dureza da pobreza, fruto da injustiça, podendo receber
a iluminação e a força necessária para uma caminhada
libertadora ( Ex 3, 7-10).
A ação missionaria trazida por Cristo e acolhida
pelos batizados nos coloca perante muitos desafios.
Isto porque a Igreja está inserida num contexto em que
houve uma ruptura com a cultura de valores éticos,
morais e espirituais. No atual contexto histórico da nossa
sociedade podemos evidenciar toda uma geração sem
referencias morais, porque elas foram varridas sem
nenhuma reverencia e sem limites de uma ideologia
comunista que se instalou no Brasil por muitos anos e
há pouca descoberta. Esse vírus escondido na “carne”
na sociedade brasileira deve ser arrancado, através da
ação evangelizadora por cada cristão presente na terra
do Brasil. É preciso uma campanha para denunciar todos
os desvios de comportamento típico do nosso tempo.
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão
tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de
si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto
natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes,
cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia
dela. Destes afasta-te.” (2 Timóteo 3: 1-5). O texto somente
quer corroborar a reflexão e abrir os olhos e nos empurrar
a assumir o papel de missionário e de profeta.
Cruzar os braços e assistir passivamente o
falimento de uma sociedade, engolida pela degradação, a
imoralidade é pecado grave, e também é um crime pelo
qual deveremos responder. O cristão deve se interessar
pelos destinos da própria nação. Ficar acima do muro
assistindo os outros que vão para luta é sinal de covardia.
“Soldado que vai para a guerra e tem medo de morrer é um
covarde”. Pessoalmente concordo plenamente com esta
afirmação. Talvez se cada um vestisse a própria camisa
e se colocasse diante o Deus que o criou, diante da sua
própria consciência e de sua família, com certeza este país
seria melhor. É hora de acordar e de cada um trabalhar
pela construção do reino de Deus. Deste modo poderemos
realizar o encontro entre o céu e a terra.
>>Frei Evelio de Jesús Muñoz
SAO MIGUEL ARCANJO,
PADROEIRO DA ORDEM DOS MINIMOS
NOSSA SENHORA DO MILAGRE
PADROEIRA DA ORDEM DOS MÍNIMOS
ROGAI PELOS FIÉIS DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE PAULA E POR
TODAS AS VOCAÇÕES À VIDA RELIGIOSA E SACERDOTAL.
10
NOSSA
CAMINHADA
OUTUBRO/ 18
NOSSO QUERIDO SANTO
PAPA JOÃO PAULO II
Sabemos que Karol Wojtyla, o Sumo Pontífice
polonês da Igreja, foi recentemente canonizado, a 27
de abril de 2014, pelo Papa Francisco. O dia da sua
comemoração liturgicamente é 22 de outubro. São João
Paulo II foi sem dúvida um papa marcante na história
eclesiástica. Homem de intensa atividade e de fecundo
apostolado nos legou verdadeiros tesouros de santidade
e sabedoria. Foi ele que deu início a Jornada Mundial
da Juventude (JMJ), um evento realmente fantástico
e inspirador, o qual o nosso Rio de Janeiro obteve a
NOSSOS PASSOS
honra de acolher em suas ruas e na praia de Copacabana
em julho de 2013. Foi também sob o pontificado de João
Paulo II que vimos serem promulgados os atuais Código
de Direito Canônico (1983) e Catecismo da Igreja Católica
(1992), duas colunas que guiam e apresentam a disciplina
e a doutrina da nossa Mãe Igreja. Queremos chamar
atenção, todavia, para alguns de seus ensinamentos.
O nosso querido papa, o qual teve o terceiro maior
pontificado da história da Igreja, foi um ferrenho e
apaixonado defensor da vida. No documento Evangelium
Vitae, de 25 de março de 1995, ele aponta algumas
ameaças à vida humana e, dentre elas, reforça a posição
intransigente da Igreja em relação ao aborto. Visto que
este é um tema que perpassa o dia a dia de diversos locais,
é importante e iluminador ouvir a voz do papa: “dentre
todos os crimes que o homem pode realizar contra a
vida, o aborto provocado apresenta características que
o tornam particularmente grave e abjurável. O Concílio
Vaticano II define-o, juntamente com o infanticídio,
” (EV, n. 58). A questão é seríssima.
O papa, seguindo o CV II, coloca o aborto na mesma
fileira do infanticídio. O infanticídio é, como o nome já
diz, o assassinato de um infante, de uma criança, o que é
abominável. Ora, o aborto também é um crime abominável,
professa João Paulo II, porquanto ali é o assassinato de
uma pessoa, e, o que é gravíssimo, uma pessoa inocente
e indefesa tanto quanto uma criança já nascida. Pior, o
bebê no ventre da mãe ainda pode ser considerado mais
indefeso ainda porque nem o recurso do choro ele tem.
“A gravidade moral do aborto provocado aparece em toda
a sua verdade, quando se reconhece que se trata de um
homicídio e, particularmente, quando se consideram as
circunstâncias específicas que o qualificam. A pessoa
eliminada é um ser humano que começa a desabrochar
para a vida, isto é, o que de mais inocente, em absoluto,
se possa imaginar: nunca poderia ser considerado um
agressor, menos ainda um injusto agressor! É frágil,
indefeso, e numa medida tal que o deixa privado inclusive
daquela forma mínima de defesa constituída pela força
suplicante dos gemidos e do choro do recém-nascido. Está
totalmente entregue à proteção e aos cuidados daquela
que o traz no seio. E todavia, às vezes, é precisamente
ela, a mãe, quem decide e pede a sua eliminação, ou até
a provoca” (EV, n. 58). Portanto, não obstante existam
gestantes que por muitas dificuldades passem, em
nenhuma hipótese é permitido a elas pedir a eliminação
do seu bebê. Elas necessitam e merecem todo auxílio e
atenção possíveis, porém o aborto provocado diretamente
é um pecado gravíssimo, pois tira a vida do mais inocente
dos seres humanos. É, assim, um escândalo e uma injúria
ver posições de certas pessoas que se dizem católicas: as
“católicas pelo direito de decidir”, por exemplo.
Outro legado do nosso querido papa foram suas
catequeses (entre 1979 e 1984) a respeito da chamada
“teologia do corpo”. O matrimônio apresenta-se como
outra questão hodierna de extrema relevância. A família
é o berço do amor, o qual deve emanar da relação entre
os esposos. É urgente que os esposos compreendam a
dimensão e a responsabilidade das suas escolhas. “O corpo
humano na sua original masculinidade e feminilidade,
segundo o mistério da criação - como sabemos pela análise
de Gênesis 2, 23-25 - não é só fonte de fecundidade, isto é,
de procriação, mas desde ‘o princípio’ tem caráter esponsal:
quer dizer, é capaz de exprimir o amor com que o homempessoa
se torna dom verificando assim o profundo
sentido do próprio ser e do próprio existir”, porém, segue
ele mais à frente, “quanto mais a concupiscência domina
o coração, tanto menos este experimenta o significado
esponsal do corpo” (audiência geral de 23 de julho de
1980). O corpo do ser humano tem significado esponsal!
Não podem os casados se deixarem levar pela sedução da
concupiscência. Em resumo, os que possuem vocação ao
matrimônio devem experimentar o significado esponsal
do seu próprio corpo. O seu corpo não foi feito para ser
uma latinha de refrigerante, para ser usado e consumido
de qualquer maneira.
Enfim, rezemos pedindo a intercessão de São
João Paulo II para nossa Igreja e para o nosso mundo
conturbado. Peçamos sobretudo pelos bebês nos ventres
maternos e por essas mães que os carregam, por nossas
famílias e pelos casais católicos que, diante de Deus,
firmaram um compromisso de amor indissolúvel até que
a morte os separe. São João Paulo II, rogai por nós!
11
BEM-AVENTURDO PADRE
NICOLAS BARRE
OUTUBRO / 18
Nicolas
Barré nasceu em
Amiens (França)
em 21 de outubro
de 1621. Ele é o
filho mais velho de
pais comerciantes
que terão quatro
filhas depois dele.
Sua família
vivia uma certa
comodidade
economica, mas em
torno dela grande era so a miséria provocada pela guerra,
a fome, as epidemias.
Aluno dos jesuítas, ele faz estudos brilhantes e
desde novo ja promete um futuro brilhante. Mas aos 19
anos, ele decidiu se juntar à Ordem Religiosa dos Minimos
de São Francisco de Paula. Os Minimos de Amiens
trabalhavam junto com o povo. Assim como em muitas
outras cidades na França, eles eram chamados de “bonshommes”
(bons homens) por causa de sua proximidade,
gentileza e simplicidade. Seu lema é em uma palavra:
CHARITAS. Eles levam uma vida frugal, que testemunha
que a verdadeira felicidade não está nas riquezas, mas na
partilha e conversão do coração. É isso que o atrai, mas
também o desejo de poder pronunciar os votos e de ser
enviado em missão mais rapidamente do que em outras
Ordens religiosas.
Ele deixou Amiens para o noviciado de Nigeon,
perto de Paris (hoje Passy.) Suas habilidades intelectuais
foram notadas, e seus superiores decidiram mantê-lo
na capital, no Convento da Place Royale. Espera-se que
“um grande nome fosse feito nas altas especulações
de pensamento”. Aos 23 anos tornou-se professor de
filosofia, depois em 1647, após a sua ordenação, ensinava
teologia. Seis anos depois, assumme o importante cargo
de bibliotecário da ja famosa biblioteca conventual,
freqüentada por elites intelectuais do tempo; tal bibloteca
continha nada menos que quinze mil volumes. O anunciar
o evangelho o mais brevemente possivel e trabalhar pela
conversao dos pecadores.
O convento de Paris, sob a influencia de religiosos
brilhantes como Padre Mersenne era o ponto de encontro
dos eruditos e grandes cortesaos, tornava-se tambem uma
tentacao, tanto que muitos se afastavam da originaria
vocacao “minima. Este fato era motivo de sofrimento
para o Padre Barrè. Dedicava-se porem, a seu trabalho
e responsabilidade confiada pelos seus superiores, e a
direcao espiritual, a pregacao. Mas o excesso de trabalho
e a vida austera, o cansaço, os jejuns e abstinecas, sem
contar com as frustracoes do dia a dia o arrastaram
pouco a pouco para a “noite oscura”, a duvida. Assim por
muitos anos padre Nicolas Barré viveu a noite oscura. “Eu
emprego e empurro tudo o que tenho de Fé, Esperança,
Amor, paciência e coragem, gritando para o paraíso, e
ainda sem garantia de que meus gritos sejam ouvidos.”
Aos 36 anos, ele parece exausto, fisicamente,
psicologicamente e espiritualmente. Ele é então enviado
para o convento de Amiens, onde será sacristão por dois
anos. Lá, em uma vida mais simples, mais próxima dos
pobres, ele gradualmente reconstrói sua força. Pouco a
pouco abre-se nele um caminho: consentir com Deus nas
profundezas da escuridão de sua alma, entregar-se a Ele,
para que “por esta fome, em Deus, ele tenha todo o bem”.
Mais tarde ele escreverá:
“Esta noite é um ótimo dia, vemos tudo sem ver
nada, sabemos tudo sem saber de nada, temos tudo sem
medo ...” É no coração de sua própria experiência que
Nicolas Barré extrai seu excepcional talento como guia
espiritual das pessoas que foram testadas em sua fé.
Carregado pelas provações que ele foi capaz de atravessar
sem liberar a mão do Deus aparentemente ausente, ele
se tornou um instrumento pronto para receber Dele uma
nova missão. Em 1659, e embora sua saúde ainda era frágil,
ele é enviado a Rouen para pregar missões populares
que rapidamente trazem um grande número de pessoas
de todas as classes sociais solicitando espiritual. Dizem
que ele tem um dom especial para ler nos corações, e ele
consegue tantas transformações profundas, conversões,
que uma expressão quase proverbial percorre a cidade
quando se fala de um descrente: “deve ser levado ao Padre
Barre “.
Durante as Missões, ele é tocado pela miséria e
pelo abandono moral das crianças e jovens dos bairros da
classe trabalhadora. A maioria, especialmente meninas,
não sabe ler nem escrever e, batizados, não tem formação
cristã. Desde cedo, eles trabalham, imploram, roubam
ou são prostituídos. Às vezes eles também estão presos
nesses lugares de exclusão para alguns, reinserção para
outros, que são os “hospitais gerais”.
Durante uma missão pregada em Sotteville-les-
Rouen em 1662, logo em seguida na cidade de Rouen,
Nicolas Barré comunica sua preocupação a algumas
meninas e meninos que ele convida a se colocar,
corajosamente e desinteressados , a serviço da juventude
e da infância abandonadas.
Para ele combater a maldição da pobreza ataca
uma das raízes do mal: a falta de formação humana
e espiritual. Diante da humanidade desfigurada pela
miséria e injustiça, Nicolas Barré continua nos lembrando
que os seres humanos foram criados à imagem de Deus.
Numa época em que a criança é pouco considerada, este
apóstolo contemplativo fica impressionado com o fato de
que, se Deus, em Jesus, “não só se tornou homem, mas até
mesmo criança”. é estar perto dos humildes, dos menores,
dos mais pobres e eles podem conhecer o seu amor.
Em 1669, ofereceu a mulheres jovens que haviam
se engajado por alguns anos na educação popular (escolas
livres, catecismos, oficinas, alfabetização e treinamento de
mulheres cristãs) para viver “em união uns com os outros”
e assim formar uma comunidade secular, sem votos
NOSSOS PASSOS
13
religiosos, em uma vida arriscada a causa do Evangelho.
Ele faz isso de maneira habitual, direta, sem mascarar as
dificuldades, depois orar por muito tempo e verificado que
a inspiração vem do Espírito Santo. Sem hesitação e com
um coração muito grande, estas mulheres que ele formou
diariamente para uma vida à maneira dos apóstolos,
respondem:
“Sim, queremos e nos entregamos à Divina
Providência em total desinteresse”.
Esta comunidade continuará crescendo e se
desenvolvendo em toda a França durante a vida de Nicolas
Barré, que continua a inspirar zelo, amor aos pobres,
desinteresse, humildade, simplicidade. Isso lhe renderá
muitas oposições e mal-entendidos, inclusive na Ordem dos
Minimos.
Mas também se multiplicará para dar nascimento a
novos grupos, como em Reims com Nicolas Roland (Irmãs do
Menino Jesus), ou para ajudar temporariamente a formação
de outros Institutos, como em Lyon (Irmãs de São Carlos), a
Lisieux (Irmãs da Providência) etc ... O trabalho de Nicolás
Barré e, em especial, o espírito que o inspira, tornam-se
referência, em meio a muitas dificuldades e contradições.
De 1675 até sua morte em 1686, Nicolas Barré está
novamente em Paris, onde segue a mesma missão que
em Rouen, apoia o nascimento de escolas populares. Ele
continua a ser um diretor espiritual muito competente para
as pessoas que sofrem de dores interiores e um ardente
pregador do Evangelho.
Em várias ocasiões, ele é consultado por John Baptist
de la Salle. Ele mesmo percebeu como era difícil para os
jovens sobreviverem nessa profissão de professor popular,
tão desprezado na época. Ele não podia fazer, daqueles que
se engajaram nessa ação educacional, um grupo constituído
em comunidade como ele percebeu com as jovens mulheres.
É por isso que ele aconselha João Batista para si escolhas
radicais, que será decisivo na fundação dos Irmãos Cristãos.
Sem deixar-se abater pela doença, ou pelo profundo
sentimento de sua própria pobreza, Nicolas Barré continua
acompanhando, iluminando, fortalecendo aqueles que vêm
buscar a luz dele.
“Muitas vezes um diretor recebe muita luz e dons
celestes para derramar sobre as almas, ele é rico nos bens
dos outros, e se alguém separa o que é dado aos outros de
suas graças e virtudes pessoais. seria quase nu e pobre
e miserável ... Mas quando se esquece de si mesmo para
trabalhar para a salvação das almas. Deus nos chama. ele
toma um cuidado especial com a pessoa que sacrifica a
serviço das almas “.
Para mais e mais jovens mulheres, e para os poucos
jovens que vêm oferecer-se para o serviço educacional de
crianças pobres, ele aprende a explorar a contemplação de
“Deus feito homem e até criancinha”. o amor, a paciência, a
coragem, o desinteresse, a liberdade interior necessária aos
educadores. Para a comunidade formada pelas “amantes de
caridade” dispersas na maior parte da França, ela oferece um
mínimo de organização, mas nenhuma segurança material
que garanta a duração. “Não deve ser feito depender de
meios comuns à sabedoria e prudência humana.” Seus
únicos fundamentos sólidos são o Abandono a Deus e a
total liberdade do apóstolo. Para aqueles que sofrem moral
ou espiritualmente, ele aprende com paciência e segurança,
nascido de sua própria jornada, para não fugir do teste, mas
para torná-lo o mesmo lugar onde Deus se encontra, para
produzir a fonte de uma paz indescritível.
Ele morreu em Paris em 31 de maio de 1686. Ao saber
de sua morte, multidões correram para seu convento no
distrito de Marais, exclamando: “o santo dos Mínimos está
morto!”
>>Frei Evelio de Jesús Muñoz
ORACAO DO BEM-AVENTURADO NICOLA BARRÉ..
“Senhor, não desejo mais nada, nada quero, para me colocar em
atitude de desejar aquilo que Tu queres, assim como Tu o queres”.
Tu me vedes meu Deus, Tu tens interesse por mim, tu tens tudo
aquilo que me interessa, tu sabe tudo aquilo que me acontece.
Nada pode fugir do teu controle e da tua guia adorável e isso é
suficiente.
Oh Jesus, Tu es o amor, Tu es o meu Deus, o meu Tudo!. Tu es o centro
da bondade, da imensidão e de grandeza. Senhor, tu me possuis, agi
na minha vida, agi em mim. Faz tudo aquilo que te agrada e eu
procurarei desejar, agir e de te seguir para onde for, em tudo e por
todo lugar, sem receios e sem limites.
Em fim, Senhor, desejo te pertencer, desejo ser teu inteiramente.
Não quero mais divisões nem nesta vida e nem na outra. Não desejo
angustias, e nem tristeza na terra ou no céu.
Oh meu amado Senhor, quero ser somente teu para sempre. Oh
Jesus, oh Amor”.
14 OUTUBRO / 18
FESTA DE ANIVERSÁRIO FREI DINO E FREI EVELIO REALIZADO
NO ALFA BARRA CLUBE, NO DIA 11 DE NOVEMBRO.
PARABÉNS AOS ANIVERSARIANTES!!!
NOSSOS PASSOS
15
16
OPINIÃO
FILOSOFAR NA ATUALIDADE
Bem- vindos ao século 21. Muito foi imaginado
sobre como seria o mundo e as relações humanas após
a virada para os anos 2000. A imaginação voou. Desde
o apocalipse do fim dos tempos até carros voadores e
androides convivendo com seres humanos, o futuro
sempre trouxe uma indagação e espanto. O que sera que
nos esperava no limiar do fim do século 20?
Já nos encontramos na 2ª década do século 21 e
em um tempo tão curto foram muitos os acontecimentos
que chocaram o mundo. Guerras, atentados, revoluções
dividiram as manchetes de jornais do mundo inteiro.
Encontramos aguas em Marte que possivelmente
podem conter vidas, entre outras, novidades no ramo
das indústrias de alimentos, de informática e das
indústrias farmacêuticas.
Não é possível fazer uma analise histórica do que
vivenciamos dada a nossa proximidade em relação ao
“agora”. Para se fazer história, é preciso de tempo fluido
como um rio observado a distancia para compreender
a sua movimentação. O futuro nos dirá qual foi o nosso
papel nesse momento repleto de fatos e versões. Muito
foi conquistado, mas ainda existem enormes desafios
a serem superados. O mundo não para e continua a
existir e a exigir que o olhemos de frente e repensemos
nossa relação com ele, com a sociedade e claro com nós
mesmos.
Talvez em nenhum outro momento da
humanidade, pudesse existir tamanha conexão global.
O mundo se conectou de tal forma que conseguimos em
poucos segundos falar com pessoas em outros países e
saber de notícias que acabaram de acontecer. Falamos
com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo
e ainda uns poucos sortudos podem até falar com os
astronautas quando estão em orbita do planeta.
Pessoas que nunca vimos em nossas vidas sabem
mais do que se passa conosco do que aqueles que moram
na mesma casa. Nunca tivemos tão virtualmente
cercados de pessoas e nunca as relações humanas
estiveram tão frágeis. Globalizamos as relações,
conseguimos multiplicar rapidamente as conexões
com o mundo, as fronteiras mundiais estão cada vez
mais diluídas e, no entanto todas essas quantidades de
possibilidades que se descortinam diante de nós, não
possuem a qualidade necessária e inerente aos que
podemos de chamar de relações humanas.
Somos seres cada vez mais individualizados, pois
não deixamos mais espaço para o “nós” existe cada vez
mais o “eu”.
“Em nosso mundo de furiosa individualização” os
relacionamentos são bênçãos, pois o não reconhecimento
do outro também faz parte de uma violência. Os danos
que o não reconhecimento pode causar na sociedade
são imensos, cabem às ações políticas concretas feitas
no seio da sociedade buscar o entendimento e o respeito
de forma a garantir a sobrevivência dos homens.
NOSSOS PASSOS
17
O BRASIL
PÓS
ELEIÇÕES
Todos nós sabemos como foi e
experimentamos o período da campanha eleitoral.
Tivemos que olhar para o caos fora e dentro de
cada um de nós. As contradições, as adversidades,
as falas hostis e até mesmo rupturas nas relações.
O fato é que esse período nos chamou e ainda
chama, a atenção para a seguinte questão.
Qual a medida da sua tolerância?
O que esse período trouxe para seu aprendizado
enquanto cidadão?
Devemos compreender que as “guerras” nas
redes sociais, as desavenças pessoais e até mesmo as
ofensas, nos chamou para duas virtudes: o respeito e a
responsabilidade.
A maneira como agimos ou reagimos
após esse mês de grandes decisões e mudancas,
nos leva a refletir sobre o respeito e as
responsabilidades individuais e coletivas também.
Responsabilidade = responder com habilidade àquilo
que nos provoca.
Essa segunda virtude, aqui colocada, esta
diretamente ligada com a primeira. Diria até, que
uma é extensão da outra, no meu ponto de vista.
Passado essa turbulência, o que ficou de conceito sobre
o respeito e responsabilidade para cada um de nós?
De que forma a responsabilidade está na sua vida
como guia das suas decisões, ações e postura de vida?
A mudança já começou, e com vai exigir
novas posturas (internas inclusive), novas atitudes
e disponibilidade para que o exercício do respeito
se manifeste de forma pacífica. Que a resposta
seja adequada à cada situação que se apresentar.
Que a habilidade seja a condutora na sua forma mais
completa de ser.
E que assim possamos definitivamente entender
que, como filhos e filhas de Deus estamos indo de
encontro à nossa essência primaria: o Amor.
>> Juliana Cinelli
Psicologia Transpessoal
Crp- 53010
CARTAZ ENCONTRADO EM UMA
IGREJA NA FRANÇA ...
“QUANDO VOCÊ ENTRA NESTA IGREJA,
PODE SER POSSÍVEL QUE VOCÊ OUÇA” O
CHAMADO DE DEUS.”
NO ENTANTO, É IMPROVÁVEL QUE ELE
LIGUE PARA VOCÊ NO SEU CELULAR.
OBRIGADO POR DESLIGAR SEUS TELE-
FONES.
SE VOCÊ QUISER FALAR COM DEUS, EN-
TRE, ESCOLHA UM LUGAR TRANQUILO E
FALE COM ELE.
SE VOCÊ QUISER VÊ-LO, ENVIE-LHE UM
TEXTO ENQUANTO ESTIVER DIRIGINDO.”
18 OUTUBRO / 18
HONRA
Eu tive o prazer de ser apresentado à boa leitura
e aos bons filmes na infância.
Minha mãe cobria-me de livros, enquanto o meu
pai trazia os filmes clássicos, por vezes em preto e branco
e quase sempre em duplo VHS. Curioso inveterado que
sou, não demorou para que me embrenhasse naquele
material todo, mesmo que não entendendo patavina na
maioria das vezes.
Claro que não me envergonho por ter dado
preferências aos atlas de astronomia, enciclopédias
ilustradas e ao manual do escoteiro mirim que trazia os
sobrinhos do Pato Donald na capa.
Os filmes de capa e espada foram os primeiros,
mas os clássicos como “Os dez mandamentos” de De
Mille e “Rei dos Reis”, seguido de “Jesus de Nazareth”,
logo me chamaram a atenção.
Não demorou e livros como “Os Irmãos corsos”
foram tomando o lugar dos ilustrados.
O tempo passou e uma idéia em particular me
intrigou, desafiando a minha parca inteligência pueril
aos nove anos de idade. Afinal de contas, o que era a
tal da honra, pela qual matava-se, morria e sacrificavase?
Que sentimento ou ideia tão poderosa era essa que
cabia em uma palavra tão pequena, mas que despertava
tanta paixão, bravura, heroísmo e abnegação?
Não demorou muito e lá estava eu, aos dez anos
de idade, lendo (tentando ler...) Ivanhoe, nessa altura
com a alma já fervilhando e louco por compreender
o que era a tal da honra. Mas afinal de contas, o que
alguém que acorda todo dia às seis da manhã para ir
para escola sabe disso?
Minha rotina resumia-se ao café da manhã,
seguido das ordens do meu pai qdo do retorno da escola.
Ajudar a minha mãe a encerar o chão (nessa época
passava-se cera e enceradeira, pois ainda não havia
tacolac ou coisa semelhante), capinar o quintal, lustrar
as botas do meu pai ou qualquer outra coisa que um
guri dos seus dez anos pudesse fazer para ajudar nos
afazeres domésticos.
O fim da tarde era dedicado aos deveres de casa,
e das seis até às dez da noite eu poderia me ralar nas
ruas de paralelepípedos, brincando de esconde-esconde,
policia e ladrão, pique bandeirinha ou queimada. De
futebol nunca gostei e nessas horas sentava na calçada
só pra assistir o “quebra-canela”.
Ou seja, se não éramos ricos, longe estava eu de
não ter uma infância normal e até feliz. Poucas eram as
dificuldades e a minha maior preocupação era não ficar
NOSSOS PASSOS
19
para recuperação em matemática ou português.
Filho e neto de militares, descendente de católicos
portugueses e estudante do Instituto Maria Auxiliadora,
não seria novidade que toda e qualquer obediência,
solicitude ou gentileza para com os meus pais e qualquer
“mais velho”, nada mais fosse do que algo natural, ou até
mesmo vital, como respirar e me alimentar.
Não era difícil viver, bastava me comportar,
obedecer, brincar e não ser molenga, o resto vinha
naturalmente, assim como as frutas na mesa ou a roupa
limpa no guarda roupa.
Percebe-se aqui a enorme distância entre a minha
vida, e as vicissitudes necessárias para que o caráter
humano seja posto à prova, criando assim as condições
em que se possa compreender por completo o significado
da palavra honra.
Para a língua portuguesa o “pai dos burros” guarda
a seguinte definição sobre a honra:
“substantivo feminino
Princípio que leva alguém a ter uma conduta
proba, virtuosa, corajosa, e que lhe permite gozar de bom
conceito junto à sociedade.”
Entre tantas outras definições que só confundiram
ainda mais a minha cabecinha na época.
Posto que ser probo (isso eu entendia quando lido
o significado) e corajoso era algo praticamente natural,
na cabecinha do jovem cristão, que ficava todo garboso
quando o pai fardado chegava em casa, ainda me faltava
a compreensão do que era tal coisa que fazia cavaleiros
brandirem espadas contra multidões inimigas, pessoas
morrerem, mas não entregarem seus companheiros
quando capturados, ou simplesmente suportar a penúria
com dignidade em vez do roubo.
O tempo foi passando e a tal da honra ainda me era
um bicho de sete cabeças, uma vaga ideia, e na verdade
mais palavra do que fato.
Lá pelos onze anos já era bem vivo, e participava
com maior frequência de conversas com minha mãe, pai e
tios vez por outra. Aos treze lembro-me bem quando certa
vez minha mãe disse de forma hipotética, “passaríamos
fome todos juntos, mas jamais me desonraria se necessário
fosse”.
A ideia de passar fome não me pareceu nem um
pouco agradável, ainda mais quando me lembrava das
histórias da mesma mãe, que muita penúria passou na
infância e adolescência, em que um pão alimentava nove
e coco-ralado com açúcar deveria ser agradecido em
joelhos por tão grande maná (hoje vejo como a ausência de
experiência realmente não me permitiria à compreensão).
Ler sobre o sepuku aos 15 anos tão pouco melhorou
a minha compreensão da coisa. Já não bastava perder a
luta? Teria também que perder a vida?
Nesse ponto comecei a compreender o quanto a
cultura oriental se distanciava da ocidental. Seriam eles
muito evoluídos e nós muito pobres de espírito, ou esse
povo de olho puxado era neurótico mesmo? E olha que
eu adorava os filmes do Van Damme, Bruce Lee e toda
sorte de filmes em que Samurais voavam pelo ar com suas
katanas.
Essa questão povoou minha cabeça na adolescência,
principalmente porque eu não parava de ouvir sobre isso
ao conversar com praticantes de artes marciais.
Confesso que nessa época, mesmo sem ler a Ayn
Rand (eu ainda nem sabia quem era ela), a idéia de honra
me pareceu uma coisa forçada, pois no final eu sempre
chegava à conclusão de que a tal “atitude honrada” era
motivada por algum loro ou auto punição.
Pensava comigo: “se ando certinho sou
recompensado e bem visto, se saio da linha sou punido e
visto como mau. Essa “coisa” de honra no final das contas
mais parecia auto-preservação”.
Somente com o passar dos anos, à medida que
tomei “gosto” pelo virtuosismo no que executava e adquiri
a boa sensação de ver um trabalho bem concluído, foi que
passei a compreender uma parte daquilo chamado honra.
Pois se a boa execução me trazia satisfação, a má execução
deixava-me cheio de vergonha.
Passei finalmente a entender a desonra em não dar
o meu melhor, em não me esmerar e consequentemente
não conseguir atingir o objetivo ao qual me propus.
E, infelizmente, com erros e consequências
entendi a invalidade do relativismo, e passei a sentir
vergonha por qualquer má conduta, não mais evitando
o erro pelo medo da punição, mas por legítima vontade
de ser correto, diligente e justo, entendendo que os meus
atos jamais poderiam ser motivo de dano para segundos
ou terceiros. E que a assim chamada “causa fortuita” não
poderia ser nada menos do que uma tempestado ou um
ciclone tropical.
Por fim, somente adulto compreendi o quanto
era medíocre procrastinar na minha reforma íntima,
passando a entender a minha “obrigação” em perseguir o
meu aprimoramento como ser humano.
Estou certo de que ainda estou longe de
compreender o que é honra, e por muitas vezes precisarei
de discernimento para não confundi-la com orgulho. Mas
espero ter a sabedoria necessária para distinguir uma da
outra.
Falo de honra hoje por um motivo bem simples. Se
a compreensão desse principio fizesse parte do nosso dia
a dia, mais do que o exercício de dogmas, certamente o
nosso caminho recente teria sido menos tortuoso, então
procuremos ensinar verdadeiramente os nossos filhos
o que é honra, para que ela não se torne uma simples
alegoria ou mera figura de retorica. Talvez assim o nosso
caminho se cumpra de uma forma mais suave e produtiva.
Bom dia!
Obs: Se você chegou até aqui parabéns, pois sim, eu sou
prolixo...
>> André Luís - Fisioterapeuta
Credito-2/99941-F
20 OUTUBRO / 18
PANTALEÃO DE
NICOMÉDIA,
MÉDICO E SANTO
Assistir a uma formatura de médicos é uma
experiência humana muito interessante. Os jovens
formandos, além dos discursos de praxe, fazem um
juramento. Por alguns séculos já, eles prometem, em
síntese: Os deveres que o médico deve ter em sua
profissão são a integridade na vida, a assistência aos
doentes, e o desprezo pela sua própria pessoa.
É uma promessa muitíssimo radical, proposta
por Hipócrates de Cós, um genial médico nascido no
Século IV a.C., e que praticou esse difícil juramento por
toda a vida, até o Século V a.C., após muito ter estudado,
viajado, e sobretudo curado enfermos. Alguns dos seus
ensinamentos são válidos até os dias de hoje.
Mas eis que sugiro que o médico Católico
siga também a reflexão de outro colega, nascido
em Nicomédia, hoje chamada de Izmit, na Turquia.
Nicomédia era o limite mais oriental do Império
Romano, e já no tempo de Pantaleão era importante
porto e centro comercial. Sim, São Pantaleão, protetor
dos médicos.
Nascido oito séculos após o Mestre Hipócrates,
no ano IV da era Cristã, o jovem Pantaleão desde muito
cedo foi genial estudante. Brilhante o suficiente para
que o Imperador Galério o contratasse como médico.
No auge da sua fama profissional - e Pantaleão tinha
apenas 22 anos - descobre-se que ele havia abraçado
a Fé Cristã. Pantaleão se tornara Cristão, e cuidava
incansavelmente dos irmãos e irmãs em Cristo, além de
manter o Imperador em boa saúde.
Um jovem tão notável e prodigioso não poderia
ter se tornado Cristão! E imediatamente foi preso e
conduzido a julgamento. O Imperador tentou ainda
inocenta-lo, dizendo que não servia aos deuses de
Roma, mas também a nenhum outro, já que era
ateu. Pantaleão protesta, e apregoa bem alto a sua
Fé. Enquanto o julgamento tem prosseguimento, eis
que um conhecido paralítico, cuidado por Pantaleão,
adentra à sala, caminhando. A inusitada aparição,
do ex paralítico que diz ter se tornado Cristão, causa
grande polêmica.
O fato traz perplexidade a todos, exceto ao jovem
médico, que vê nesse fato uma mensagem de Deus.
Pantaleão apregoa mais alto, com mais convicção, sua
fé Cristã inabalável.
O establishment político-religioso propõe então
a morte de Pantaleão, que deveria ser queimado, visto
que sua Fé estava conectada com artimanhas mágicas.
A fogueira é armada, o jovem médico amarrado ao poste,
mas eis que o fogo não prospera de nenhuma forma.
Debalde os algozes tentam reacende-lo, sem nunca o
conseguirem. A multidão exulta, pedindo outra pena.
Pantaleão é então recolhido à prisão, e sua morte
recomendada na categoria de Cristão, sendo lançado
às feras, para o público, em dia de festa cívica. Para
a perplexidade de todos, o bravio leão vem lhe lamber
os pés. Outra vez é recolhido à prisão, e agora será
martirizado pelo fio da espada. Em praça pública, os
algozes o decepam para o júbilo da massa popular. O
jovem médico tinha então 23 anos.
A igreja Católica tem quatorze Santos Auxiliares,
e Pantaleão é um deles. O famoso e milenar Mosteiro
do Monte Athos, na Grécia, é dedicado a ele. Também
a cidade do Porto é a ele dedicada, estando em sua
igreja relíquias do Santo. As relíquias viajaram
desde Constantinopla até Portugal, levadas por fieis
Armênios, que fugiam da invasão dos Otomanos.
Buenos Aires tem também uma igreja de São Pantaleão,
tradição trazida por emigrantes Italianos. O número de
devotos Argentinos é significativo.
Sim, estimado Paroquiano, estimada Paroquiana,
o Juramento de Hipócrates é abnegado e genial,
muitíssimo oportuno. Mas seria muito justo, nos
dias difíceis de hoje, que todos, inclusive os médicos,
lembrassem da oração do Padroeiro da Medicina:
“Senhor, concedei-nos por intercessão de São Pantaleão,
nos socorrer em todas as circunstâncias da nossa
existência”.
>>Luiz Rocha Neto
Professor da UFRJ
NOSSOS PASSOS
SAÚDE
21
LESÕES DE ESFORÇO
REPETITIVO (LER)
LER (Lesão por Esforço Repetitivo) é uma síndrome
causada por tarefas repetitivas e diárias como digitar,
dirigir, manipular máquinas, britadeiras, tocar teclado,
piano, ou bateria, fazer tricô, teclar no celular, dentre
outras, e que é constituída por diversas patologias como
tendinite, peritendinite, bursite, epicondilite, lesão do
manguito rotador, cervicalgia, lombalgia, síndrome do
túnel do carpo, dores musculares e muitas outras. Pode
ser entendida como uma doença ocupacional – DORT
(Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho),
sempre que existir incompatibilidade entre os requisitos
da atividade e a capacidade física do ser humano, onde
postura incorreta, levantamento de peso inadequado e
movimentos repetitivos contribuem para o surgimento da
lesão. Ou seja, quase em sua totalidade, estão relacionadas
ao ambiente de trabalho. A prevalência é maior no sexo
feminino.
O diagnóstico é clínico, baseado na dor podendo
haver sintomas associados como dificuldade de movimento,
parestesia e outros, dependendo da patologia causadora.
Sempre é importante questionar sobre o ambiente e
processo de trabalho, além de suas condições, como por
exemplo, tempo de repouso ou intervalo de repetição de
atividades. Exames de imagem podem ser solicitados
para confirmação diagnostica, como radiografias,
ultrassonografia e ressonância magnética. Contudo, o
mais importante é se identificar o agente causador da
patologia, mas sua correlação nem sempre é fácil de ser
concretizada.
O tratamento varia de acordo com o diagnóstico
da patologia causadora estabelecido pelo médico,
mas normalmente são utilizados anti-inflamatórios e
analgésicos, além de repouso, podendo ser associado à
fisioterapia e até mesmo acupuntura, RPG e Pilates. Em
casos crônicos e refratários, pode ser considerado o uso de
corticóides, sempre com a devida cautela.
A prevenção, como mudança de hábitos e posturas,
investimento em boa ergonomia, é a melhor forma de se
evitar tais lesões, evitando assim, gastos ao empregador e
danos à saúde do trabalhador. Portanto, procure ter uma
postura correta, sentar em cadeiras e assentos adequados,
dormir de forma adequada e em colchão apropriado, ter
uma boa ergonomia em seu trabalho, não ficar por muitas
horas na mesma posição, cuidado com o uso excessivo
de celular e fazer alongamentos visando ter uma vida
saudável.
>> Ígor Clare Pochmann da Silva
Ortopedia e Traumatologia / Cirurgia do Quadril
www.igorpochmann.com.br
NOSSOS PASSOS
23
1 Álvaro Alberto Guerra Ventura
1 Rubem da Cunha Ferreira
2 Antonia Iramir da Silva Cardoso
2 Neuza Maria Cossettin de Medeiros
3 Anna Maria Bittencourt da Silva Ruivo
4 Helena Simões Correa
5 Maria Luiza da Costa Rosa
7 Manuel José Aguieiras Alves
8 Gilson Fernando Buccos Filhagosa
8 Hilda Maria Pinheiro Coré
9 Hélio Francisco da Silva
10 Bottino Natale Neto
10 Vanja Maria Cascardo Nassar
10 Vera Lúcia Monteiro Pereira
12 Marly M. Giannotti
12 Shirley Thereza Pumar Henriques
12 Zélia Coimbra Thomé
13 Valeria Vilela Torres
14 Daniele de Souza Santos
17 Celina Silva de Magalhães
17 Isaura dos Reis Lavouras
17 Teresinha Maria Bertoti
18 Olga Marysa Martins Politzer
19 Beatriz Maria Miné Costa
20 Elisa Scheide Nazareth
20 Manoel Marques Simões
21 Ana Maria Fernandez Frutuoso da Silva
22 Hortência Maria Maciel Sales
23 Aline de Almeida Pacheco
25 Domenica Alfano Afflisio
25 Elio Da Cas
26 Paulo Cesar Dias de Lima
27 André Luiz Soares Coutinho
27 Senilda de Andrade Marinho
29 Luiz Fernando Azevedo Miranda
29 Wallace Ferreira de Carvalho
31 Clóvis Gelbcke de Mattos
31 Paulo dos Santos Cunha
31 Sílvia de Abreu Santo
ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, a minha oferta.
Ela representa a minha gratidão
e o meu reconhecimento, pois o que tenho
eu o recebi de Vós.
Amém!
24
OUTUBRO / 18
CLASSIFICADOS
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NOSSOS PASSOS
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