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equipamentos<br />
❙❙<br />
Janete Tani, da Argo<br />
franca expansão e poucas seguradoras<br />
oferecem coberturas completas. Ofertamos<br />
coberturas com a possibilidade de<br />
incluir garantia a equipamentos portáteis<br />
e no interior do consultório na mesma<br />
apólice, o que atualmente não é comum<br />
no mercado”, afirma a gerente de Riscos<br />
Patrimoniais, Janete Tani.<br />
A executiva acredita que ainda existem<br />
muitas oportunidades que podem ser<br />
melhor exploradas, como distribuição do<br />
seguro diretamente através dos fabricantes<br />
e importadores, utilizar-se de canais<br />
como franqueadores deste segmento,<br />
como por exemplo clínicas odontológicas;<br />
além de fazer cross-selling com<br />
os segurados de Responsabilidade Civil<br />
Profissional.<br />
Medicina diagnóstica<br />
Apesar da desaceleração da economia<br />
do país, o ano de 2017 registrou um<br />
aumento de 15% no volume de equipamentos<br />
e dispositivos médicos importados<br />
para o Brasil. Consequentemente, a<br />
procura por seguros deste tipo também<br />
acelerou, fazendo com que as seguradoras<br />
adaptassem sua linha de produtos para<br />
atender a demanda. Na Bradesco Auto/<br />
RE, o crescimento no volume de vendas<br />
para esses equipamentos foi da ordem de<br />
18% nos últimos 12 meses. “Neste segmento,<br />
o segurado tem a necessidade de<br />
translado de seus equipamentos devido a<br />
necessidade de prestação de serviços em<br />
clínicas e hospitais, gerando uma procura<br />
maior em virtude da exposição do risco<br />
diante do cenário atual em que o país<br />
18<br />
se encontra”, explica o diretor técnico,<br />
Saint’Clair Pereira Lima.<br />
Há boas oportunidades a serem exploradas,<br />
embora o seguro ainda seja uma<br />
questão cultural. Infelizmente, muitos<br />
segurados não o visualizam como algo<br />
necessário para a garantia de seus bens.<br />
“Ao contrário do mercado nacional, o<br />
mercado exterior está mais evoluído”,<br />
compara. Neste caso, não se trata de um<br />
risco comum ao segurado e ao segurador.<br />
Diferentemente do segmento agrícola, o<br />
segmento médico possui, em sua maioria,<br />
um valor em risco menor, porém com<br />
uma exposição maior ao roubo e danos<br />
elétricos. Além disso, os equipamentos<br />
têm vida útil inferior aos demais segmentos<br />
face a grande utilização e necessidade<br />
de adaptação – cada vez mais inovador,<br />
o mercado cria novas máquinas para<br />
atender novas necessidades das pessoas.<br />
Gerente de Marketing da Safer Corretora,<br />
Aylson Santos frisa que a tecnologia<br />
voa e o setor apenas segue seu rastro,<br />
cenário que também pode interferir na<br />
evolução do seguro para equipamentos<br />
médicos. “Temos disponível na ponta<br />
de diversas companhias as ferramentas<br />
de cálculos para itens mais conhecidos,<br />
mas a tecnologia não para e todos os dias<br />
surgem solicitações de cotações para um<br />
novo tipo de equipamento que não está<br />
disponível no rol e precisamos solicitar<br />
uma análise específica de aceitação. São<br />
itens que vão deixando de ser utilizados<br />
como estacionários e passam a ser portáteis,<br />
como ultrassons, equipamentos<br />
estimuladores musculares que antes eram<br />
❙❙Aylson Santos, da Safer Corretora<br />
❙❙Saint’Clair Pereira Lima, da Bradesco<br />
utilizados em ambiente como clínicas<br />
estéticas e agora se tornaram febre em atividades<br />
físicas nas academias, deixando<br />
confusas as próprias companhias quanto<br />
ao enquadramento e/ou os muitos novos<br />
equipamentos desconhecidos até mesmo<br />
pela classe médica”, pontua.<br />
Tudo isso demanda um esforço<br />
maior das companhias para prever riscos<br />
sobre os quais, muitas vezes, não<br />
possuem dados estatísticos suficientes<br />
para geração de preços e regras de<br />
comercialização, e ainda dificultam o<br />
desenvolvimento na ponta. Para Santos,<br />
há uma responsabilidade ainda maior do<br />
profissional de seguros neste segmento,<br />
principalmente em relação ao enquadramento<br />
desses itens, que não está claro<br />
nem mesmo para as seguradoras. “O<br />
equipamento pode ter o mesmo modelo<br />
e o uso ser totalmente diferente. Sua<br />
descrição incorreta pode ser percebida<br />
apenas em um eventual sinistro, gerando<br />
assim prejuízos ao segurado. Isso o torna<br />
ainda mais dependente da orientação e<br />
auxílio do corretor”.<br />
Por ser um nicho estritamente profissional,<br />
o custo do seguro é ainda mais<br />
baixo. Por influenciar diretamente na<br />
geração de renda do profissional ou da<br />
empresa, não há sentido em arriscar a<br />
estabilidade financeira por tão pouco. As<br />
seguradoras que atuam neste segmento já<br />
gozam de alta credibilidade e confiança<br />
do mercado. “Portanto, é uma questão<br />
elementar principalmente para a classe<br />
médica, que é muito bem instruída”,<br />
conclui Santos.