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Revista Mais Sebrae nov-Futurismo

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CAPA<br />

3 PREVISÕES DOS FUTURISTAS<br />

O futuro é freelancer<br />

Cada vez mais, as pessoas vão buscar mais projetos<br />

e menos empregos, com jornadas mais curtas<br />

de trabalho, segundo o futurista Thomas Frey.<br />

Já Ray Kurzweil destaca que espaços físicos também<br />

vão deixar de ser importantes. Com a ajuda<br />

da realidade virtual, que estará mais imersiva, o<br />

home office vai se popularizar.<br />

recado com modelos atuais, baseados em recursos<br />

tangíveis e materiais, que se esgotam com o uso e<br />

garantem apenas resultados lineares”, diz. A futurista<br />

defende que, cada vez mais, matérias-primas<br />

intangíveis, como a criatividade, o conhecimento e<br />

as experiências, sejam o centro da produção, criando<br />

<strong>nov</strong>os modelos de gestão. Essa transição passa<br />

pela valorização do capital social, trazendo soluções<br />

para a sociedade; do capital ambiental, com um uso<br />

sustentável de recursos; e do capital cultural, gerando<br />

mais i<strong>nov</strong>ação e criatividade. Um exemplo dessa<br />

tendência é a economia criativa, que abrange áreas<br />

como o Design e a Arquitetura.<br />

Desde o início, na década de 1970, o futurismo<br />

vem sendo incorporado ao planejamento estratégico<br />

em grandes corporações. A multinacional<br />

Shell é pioneira em incluir a construção de cenários<br />

para explorar diferentes versões de futuro,<br />

mas gigantes como a PepsiCo e a Ford já incorporaram<br />

núcleos formados por futuristas nas suas<br />

estruturas organizacionais.<br />

Uma das técnicas mais difundidas é o “E se?”, utilizada<br />

pela Shell, que consiste em imaginar cenários<br />

plausíveis e possíveis a partir de decisões não<br />

lineares na área de gestão. “E se eu optasse por<br />

outro caminho em vez de seguir o mais seguro?”<br />

Para Macedo, pode ser um ponto de partida para as<br />

micro e pequenas empresas começarem a trazer o<br />

futurismo para seus negócios. “Hoje, na área de planejamento<br />

estratégico, pensando na i<strong>nov</strong>ação, se a<br />

empresa tem só uma rota, ela está indo de forma linear<br />

em um mundo que é complexo, cheio de crises<br />

econômicas. Essa forma linear de pensamento faz<br />

com que potencialmente não se antecipem riscos,<br />

e as empresas não estejam preparadas para serem<br />

surpreendidas”, diz.<br />

Para Deheinzelin, “nos negócios, nós fomos ensinados<br />

a pensar somente o passado. Compreendendo<br />

o futuro, no entanto, podemos fazer melhores escolhas<br />

no presente para os nossos empreendimentos,<br />

agregando valor e utilidade para a sociedade”. Desse<br />

modo, o futurismo pode ser um aliado, perpassando<br />

todos os setores da empresa, do transporte<br />

ao marketing. “O futurismo não pode ficar só nas<br />

elites, nas universidades e nas grandes empresas.<br />

O grande potencial, principalmente nesse mundo<br />

de crises constantes, é olhar os cenários futuros de<br />

forma qualitativa e ter cada vez mais pensamento<br />

crítico”, avalia Macedo.<br />

Robôs inteligentes<br />

Na década de 1950, Alan Turing afirmou que<br />

até o ano 2000 as máquinas conseguiriam<br />

enganar os humanos, que não saberiam mais<br />

se estavam interagindo com um artefato artificial<br />

ou com outra pessoa. Na prática, ultrapassariam<br />

os humanos em inteligência. Até<br />

hoje, se espera que alguma máquina passe no<br />

que ficou conhecido como “Teste de Turing”.<br />

Recentemente, Ray Kurzweil cravou um <strong>nov</strong>o<br />

ano para o acontecimento: 2029.<br />

Economia colaborativa<br />

Futuristas mais otimistas, como o economista<br />

Jeremy Rifkin, acreditam que cada vez mais a<br />

humanidade caminhará para um futuro sustentável.<br />

Segundo ele, estamos chegando a uma<br />

“Terceira Revolução Industrial”, na qual as pessoas<br />

vão produzir a própria energia de suas casas<br />

e compartilhar o excedente em uma espécie<br />

de “internet”, assim como já compartilhamos<br />

músicas e filmes. Impressoras 3D também vão<br />

se popularizar, e as pessoas vão poder imprimir<br />

objetos e roupas na sua própria casa, a partir de<br />

dados abertos.<br />

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