Material de apoio ao professor/a
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
MATERIAL DE APOIO AO/A<br />
PROFESSOR/A<br />
TAMBÉM SE APRENDE:<br />
BRINCANDO<br />
NA COMUNIDADE GUARANI<br />
PETECA<br />
E XAVANTE<br />
Ilustração: Edson Ikê<br />
Lucas Garcia, Mariana Probst, Patrick<br />
Machado e Vinícius Silveira
SUMÁRIO<br />
MENSAGEM AO PROFESSOR ............................. 04<br />
OS XAVANTE ............................................................ 05<br />
OS GUARANI ............................................................ 08<br />
A BRINCADEIRA DE PETECA ............................... 11<br />
COMPETIÇÕES ESPORTIVAS INDÍGENAS ....... 14<br />
BIBLIOGRAFIA ......................................................... 20
Querido/a <strong>professor</strong>/a,<br />
buscamos conhecer as raízes históricas da criação <strong>de</strong>ste<br />
disso,<br />
suas diferentes nomenclaturas pelos povos indígenas e<br />
brinquedo,<br />
por graduandos/as da disciplina <strong>de</strong> História Indígena da<br />
Elaborado<br />
do Estado <strong>de</strong> Santa Catarina, esse material busca<br />
Universida<strong>de</strong><br />
no que tange <strong>ao</strong> cumprimento da Lei Fe<strong>de</strong>ral 11.645/08<br />
auxiliá-lo/a<br />
como dar suporte às questões que dizem respeito tanto <strong>ao</strong><br />
bem<br />
<strong>de</strong> História Indígena, a <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> estereótipos<br />
ensino<br />
no ambiente escolar e tornar possível o<br />
reproduzidos<br />
<strong>de</strong> alguns povos indígenas e suas formas <strong>de</strong><br />
(re)conhecimento<br />
<strong>de</strong> conhecimento e cultura.<br />
produção<br />
uma discussão repleta <strong>de</strong> curiosida<strong>de</strong>s acerca <strong>de</strong> uma<br />
Construímos<br />
famosa pelos nossos alunos/as: a peteca! Mas para além<br />
brinca<strong>de</strong>ira<br />
diferentes formas <strong>de</strong> brincar, inscritas nas regras, entre esses<br />
as<br />
povos.<br />
diferentes<br />
esqueçamos que a nossa reflexão está embasada em uma<br />
Não<br />
histórica, e portanto, trabalharemos com os povos<br />
discussão<br />
e Xavante, a fim <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r suas trajetórias históricas e<br />
Guarani<br />
alguns conhecimentos acerca das duas comunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>mocratizar<br />
e suas formas <strong>de</strong> vivenciar uma mesma experiência.<br />
que no âmbito do Ensino Fundamental, o/a <strong>professor</strong>/a<br />
Sugerimos<br />
sua abordagem para o “brincar” relacionando o ensino <strong>de</strong><br />
direcione<br />
indígena com a brinca<strong>de</strong>ira. Já com os/as alunos/as <strong>de</strong><br />
história<br />
Médio, nossa sugestão é que a discussão tenda a partir da<br />
Ensino<br />
das populações indígenas no esporte e em diferentes<br />
participação<br />
esportivas.<br />
competições<br />
se preocupe! Todas as ferramentas para que a sua aula/oficina<br />
Não<br />
um sucesso estão disponíveis neste material. Temos certeza<br />
seja<br />
assim como apren<strong>de</strong>mos elaborando, você <strong>professor</strong>/a tem<br />
que<br />
a apren<strong>de</strong>r com os povos indígenas e muito a compartilhar<br />
muito<br />
em sala <strong>de</strong> aula.<br />
Aproveite!
OS XAVANTE<br />
um conjunto etnolinguístico conhecido na<br />
Tocantins,<br />
antropológica como Acuen, pertencente à família<br />
literatura<br />
essas i<strong>de</strong>ntificações foram criadas por não<br />
brasileiro,<br />
e não são reconhecidas pelos Acuen como suas<br />
indígenas,<br />
no que diz respeito à suas i<strong>de</strong>ntificações. Pensar em<br />
indígena)<br />
tão pessoal como nossos nomes e i<strong>de</strong>ntificações<br />
algo<br />
a serem <strong>de</strong>finidos por outro grupo causa no mínimo,<br />
culturais<br />
estranhamento.<br />
certo<br />
Xavante - auto<strong>de</strong>nominados A´uwe (“gente”) - formam<br />
“Os<br />
os Xerente (auto<strong>de</strong>nominados Akwe) do Estado do<br />
com<br />
lingüística Jê, do tronco Macro-Jê.” (Pib Socio Ambiental)<br />
período colonial e imperial, os grupos Acuen também<br />
No<br />
i<strong>de</strong>ntificados pelos etnônimos “xacriabá” e “acroá”. De<br />
foram<br />
a i<strong>de</strong>ntificar e distinguir os diversos sub-grupos Acuen<br />
modo<br />
controlavam um amplo território no centro-oeste<br />
que<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s.<br />
além <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>signações, po<strong>de</strong>mos encontrar na<br />
Para<br />
<strong>de</strong> viajantes, ban<strong>de</strong>irantes e missionários os Acuen,<br />
literatura<br />
grupos do chamado Brasil Central, os quais ficaram<br />
como<br />
como Tapuias, em oposição <strong>ao</strong>s grupos do<br />
conhecidos<br />
Tupi, <strong>de</strong>nominados Tamoios e localizados no litoral<br />
tronco<br />
brasileiro.<br />
modo geral, já no início <strong>de</strong> nossos estudos sobre os<br />
De<br />
po<strong>de</strong>mos perceber a intromissão do outro (o não<br />
Xavante,<br />
reflexão é um pontapé inicial para pensarmos com um<br />
Essa<br />
empático sobre a história indígena <strong>de</strong> modo geral, para<br />
olhar<br />
do grupo Xavante, <strong>de</strong> modo a construir significados<br />
além<br />
das intencionalida<strong>de</strong>s oriundas dos escritos não<br />
acerca<br />
e das <strong>de</strong>nominações homogeneizantes as quais<br />
indígenas<br />
grupos eram submetidos.<br />
diversos
Os Xavante na atualida<strong>de</strong>, sabemos que em em 2007,<br />
Sobre<br />
<strong>de</strong> 13.000 pessoas eram abrigadas em diversas Terras<br />
cerca<br />
outras localida<strong>de</strong>s, existem Terras Indígenas em:<br />
Dentre<br />
Preto e Ubawawee, Marechal Rondom, Maraiwatse<strong>de</strong>,<br />
Chão<br />
compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que<br />
indígena,<br />
os laços i<strong>de</strong>ntitários<br />
maneira<br />
Xavante ou outro grupo,<br />
sejam<br />
construídos, e pensar que<br />
são<br />
e sim um modo<br />
verda<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> se viver e se<br />
diferente<br />
que constituem parte do seu antigo território <strong>de</strong><br />
Indígenas<br />
tradicional há pelo menos 180 anos, na região<br />
ocupação<br />
pela Serra do Roncador e pelos vales dos rios<br />
compreendida<br />
Mortes, Kuluene, Couto <strong>de</strong> Magalhães, Batovi e Garças,<br />
das<br />
no leste matogrossense.<br />
Marcos, Pimentel Barbosa, Areões e Sangradouro/Volta<br />
São<br />
- po<strong>de</strong>ndo ser essas terras contínuas ou<br />
Gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scontínuas.<br />
interessante pensar no aspecto<br />
É<br />
relacionado à<br />
geográfico<br />
anterior. Nosso<br />
afirmação<br />
não está habituado a<br />
imaginário<br />
em grupos que ocupem<br />
pensar<br />
contínuas e <strong>de</strong>scontínuas,<br />
terras<br />
relações sociais e culturais<br />
nossas<br />
são mais limitadas.<br />
geralmente<br />
enquanto exercício<br />
Constitui-se<br />
<strong>ao</strong> pensar a história<br />
fundamental<br />
Localização dos Xavante no Brasil, 2012<br />
realida<strong>de</strong>s não<br />
nossas<br />
o padrão ou a<br />
representam<br />
reconhecer no mundo.
experiências distintas <strong>de</strong> contato, a língua comum,<br />
referidas<br />
padrões <strong>de</strong> organização social e instituições, as práticas<br />
os<br />
em meio a um conjunto <strong>de</strong> bacias hidrográficas<br />
“Localizadas<br />
pela rica biodiversida<strong>de</strong> regional e, portanto,<br />
responsáveis<br />
do modo <strong>de</strong> vida tradicional indígena, a região em que<br />
base<br />
Xavante vivem, vem sofrendo impactos ambientais<br />
os<br />
reversíveis) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1960 <strong>de</strong>vido à<br />
(dificilmente<br />
incorporação pela agropecuária extensiva, processo<br />
sua<br />
a partir da década <strong>de</strong> 1980 pela crescente<br />
intensificado<br />
da produção <strong>de</strong> grãos para exportação, em<br />
implementação<br />
especial, a soja.” (Pib Socioambiental)<br />
além <strong>de</strong> algumas diferenças notadas pelos etnógrafos<br />
“Para<br />
os diversos grupos locais xavante por conta das<br />
entre<br />
e a cosmologia <strong>de</strong>finem os Xavante como uma<br />
cerimoniais<br />
social.<br />
totalida<strong>de</strong><br />
Tradicional Corrida <strong>de</strong> Toras dos Xavante. Revista Manchete, Sem Data.
OS GUARANI<br />
RS, SC, PR, SP, MS, RJ, ES, PA e TO. Entre as diferentes<br />
<strong>de</strong><br />
encontramos os Kaiowás, Mbya, Ñan<strong>de</strong>va, ava-<br />
populações<br />
guaraios, izozeños e os tapietés, sendo os três<br />
xiriguanos,<br />
presentes no Brasil. É importante pensarmos nas<br />
primeiros<br />
porém, diferentes no modo <strong>de</strong> falar a língua<br />
sociopolíticas,<br />
<strong>de</strong> praticar sua religião e distintos na forma que se<br />
guarani,<br />
Esses grupos reconhecem a origem e<br />
exclusivas.<br />
histórica, linguística e cultural e, <strong>ao</strong> mesmo<br />
proximida<strong>de</strong><br />
diferenciam-se entre si como forma <strong>de</strong> manter suas<br />
tempo,<br />
sociopolíticas e econômicas. (Pib<br />
organizações<br />
Na Argentina a população<br />
Sul.<br />
é quase exclusivamente<br />
Guarani<br />
Guaranis, <strong>ao</strong> contrário do que normalmente se pensa, não<br />
Os<br />
um grupo único, mas sim um grupo étnico que abrange<br />
são<br />
populações em torno da língua Tupi-Guarani, <strong>de</strong>ntro<br />
diversas<br />
Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil nos estados<br />
da<br />
dos grupos para não colocarmos estereótipos<br />
diferenças<br />
em nossa socieda<strong>de</strong> não-indígena e para assim, os<br />
baseados<br />
vermos enquanto distintos e com culturas próprias.<br />
diferentes grupos são muito semelhantes entre si, nos<br />
Os<br />
fundamentais <strong>de</strong> sua cultura e organizações<br />
aspectos<br />
com o meio ambiente, cumprindo o papel <strong>de</strong><br />
relacionam<br />
étnicos, distinguindo comunida<strong>de</strong>s políticas<br />
marcadores<br />
Socioambiental)<br />
Brasil, tomando-se por base<br />
No<br />
aproximados, haveria,<br />
cálculos<br />
os dados da Funasa e Funai<br />
segundo<br />
2008, aproximadamente 51.000<br />
em<br />
Guaranis, sendo 31.000<br />
indivíduos<br />
entre 13.000 Ñan<strong>de</strong>va e<br />
Kaiowa,<br />
Mbya, localizados<br />
7.000<br />
no Mato Grosso do<br />
principalmente<br />
e concentra-se na província <strong>de</strong><br />
Mbya<br />
em torno <strong>de</strong> 5.500 pessoas.<br />
Misiones<br />
Localização dos Guarani<br />
(Pib Socioambiental)
com chefia espiritual própria, um espaço políticosocial<br />
extensa<br />
fundamentado na religião e na agricultura <strong>de</strong><br />
apenas Guarani no MS e no Paraguai como Chiripa,<br />
como<br />
se reconhecem pelo termo Ñan<strong>de</strong>va, que é o que<br />
porém<br />
Guarani Mbya<br />
grupo Mbya representavam uma gran<strong>de</strong> região no sul do<br />
O<br />
estando presentes na extensão do litoral atlântico e<br />
país,<br />
em torno <strong>de</strong> parentescos. Agrupam-se no<br />
ligando-se<br />
tekoa, o qual po<strong>de</strong>mos qualificar como o lugar que<br />
chamado<br />
condições físicas (geográficas e ecológicas) e<br />
reúne<br />
que permitem compor, a partir <strong>de</strong> uma família<br />
estratégicas<br />
subsistência (LADEIRA, 1992, 97).<br />
seus primeiros contatos com o europeu, foram colocados<br />
Em<br />
forma generalizada enquanto Caingua ou Kayguá, que<br />
<strong>de</strong><br />
“habitante das matas”, já que faziam parte <strong>de</strong> grupos<br />
significa<br />
escaparam dos portugueses e se estabeleceram em<br />
que<br />
inacessíveis. Em sua linguagem, <strong>de</strong>nominam o<br />
territórios<br />
<strong>de</strong> “Jurua” que significa, literalmente, “boca com<br />
branco<br />
cabelo’’, uma referência à barba e <strong>ao</strong> bigo<strong>de</strong> dos portugueses.<br />
os Mbya, a noção <strong>de</strong> território supera os limites físicos<br />
Para<br />
suas al<strong>de</strong>ias e implica em um noção <strong>de</strong> mundo e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> espaços, sendo realizadas dinâmicas<br />
compartilhamento<br />
econômicas, políticas e <strong>de</strong> movimentos migratórios.<br />
sociais,<br />
assim com que se mantenha parte <strong>de</strong> seu território<br />
Fazendo<br />
através <strong>de</strong> diversas al<strong>de</strong>ias no Paraguai, na<br />
tradicional<br />
Argentina, no Uruguai e no Brasil.<br />
Guarani Ñan<strong>de</strong>va<br />
termo ñan<strong>de</strong>va significa “nós”, “todos nós” no dialeto<br />
O<br />
mas ainda recebem diversos outros nomes<br />
Apapukuva,<br />
quando falam sua língua, permitindo também que<br />
utilizam<br />
sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> como tal.<br />
fortaleçam
Mesmo distâncias não provocam a perda <strong>de</strong><br />
Guarani.<br />
dos que estão longe, sempre lembrados nas<br />
vínculos<br />
Ñan<strong>de</strong>va habitam uma área que até o início do século XX<br />
Os<br />
fora do processo <strong>de</strong> colonização, servindo<br />
permaneceram<br />
<strong>de</strong> refúgio para indígenas <strong>de</strong> regiões litorâneas que<br />
assim<br />
expulsos ou fugiram dos europeus. Porém na década<br />
foram<br />
1920, iniciou-se um forte processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
indígenas pelos colonos brancos, com consequências<br />
terras<br />
visíveis nos dias atuais.<br />
Guaranis jamais se organizaram no espaço territorial <strong>de</strong><br />
Os<br />
homogênea, estruturados em “al<strong>de</strong>ias” redondas,<br />
forma<br />
ou em fileiras <strong>de</strong> casas como concebido no<br />
semicirculares<br />
do homem oci<strong>de</strong>ntal. Se organizam, como os<br />
imaginário<br />
em agrupamentos familiares nos tekoa. A importância<br />
Mbya<br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> parentesco é realçada em qualquer situação<br />
das<br />
do cotidiano, além <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> visitação e<br />
conversas<br />
que mantêm os parentes constantemente<br />
comunicação<br />
informados entre si. (Pib Socioambiental)<br />
Guarani Mbya no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 2015<br />
Al<strong>de</strong>ia<br />
Vherá Poty e Danilo Christidis / Divulgação<br />
Foto:
A BRINCADEIRA DE PETECA<br />
nome “peteca” – <strong>de</strong> origem Tupi e que significa “tapear”,<br />
O<br />
com as mãos” – é hoje o mais popular entre todos os<br />
“golpear<br />
<strong>de</strong>sse brinquedo tão conhecido no Brasil.<br />
nomes<br />
hoje muitas pessoas aguardam o tempo das colheitas<br />
Ainda<br />
ainda fortes, trançando o tobdaé – a “peteca” dos<br />
mãos,<br />
Além dos olhos e das mãos, o senhor Toptiro utiliza<br />
Xavante.<br />
um dos <strong>de</strong>dos do pé. Amarra nele o fio <strong>de</strong> buriti,<br />
também<br />
esticado ajuda no acabamento em espiral do fundo do<br />
que<br />
Esse <strong>de</strong>talhe o diferencia <strong>de</strong> outros mo<strong>de</strong>los,<br />
brinquedo.<br />
veremos a seguir.<br />
como<br />
elaborar seus brinquedos. Com as palhas do milho<br />
para<br />
diferentes amarras e laços e criam petecas <strong>de</strong> vários<br />
traçam<br />
formatos.<br />
senhor Toptiro é cacique da al<strong>de</strong>ia Xavante Abelhinha, no<br />
O<br />
Grosso e costuma dizer que uma única brinca<strong>de</strong>ira por<br />
Mato<br />
é suficiente para animar as crianças. Para quem vive o<br />
dia<br />
acelerado das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong> parecer incrível<br />
tempo<br />
um grupo <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 4 a 13 anos consiga permanecer<br />
que<br />
um dia inteiro com apenas uma brinca<strong>de</strong>ira. Só a<br />
ocupado<br />
das palhas na roça já garante muitas aventuras no<br />
busca<br />
caminho.<br />
o material nas mãos, é preciso estar bem atento para<br />
Com<br />
uma peteca. É preciso ter tempo para olhar, tentar,<br />
fazer<br />
errar, refazer e apren<strong>de</strong>r.<br />
senhor Toptiro exibe um sorriso maroto quando se vê<br />
O<br />
por meninos e meninas que acompanham suas<br />
ro<strong>de</strong>ado<br />
<strong>de</strong> pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para<br />
Depois<br />
usado em um jogo que exige as mesmas habilida<strong>de</strong>s dos<br />
ser<br />
participantes: leveza e agilida<strong>de</strong>.
cada colheita do milho, as partidas recomeçam e, assim,<br />
A<br />
muita diversão para as crianças xavante. Dos campos<br />
trazem<br />
um índio Guarani, é um <strong>professor</strong> muito querido e<br />
Nicolau,<br />
<strong>de</strong> mangá com as crianças <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>. Existe<br />
brinca<br />
brinca<strong>de</strong>ira indígena é muito parecida com uma partida<br />
Essa<br />
“queimada” – aquele jogo <strong>de</strong> arremessar a bola no<br />
<strong>de</strong><br />
– mas há algumas diferenças: troca-se a bola por<br />
adversário<br />
dúzia <strong>de</strong> tobdaés; não existe um campo <strong>de</strong>finido por<br />
meia<br />
no chão; e, no lugar das duas equipes, dois adversários<br />
linhas<br />
a partida.<br />
disputam<br />
jogador começa a partida com uns três tobdaé nas<br />
Cada<br />
Ao mesmo tempo em que faz seus lançamentos,<br />
mãos.<br />
fugir dos arremessos do adversário para não ser<br />
precisa<br />
Esse “corre e pega” só termina quando uma<br />
queimado.<br />
é atingida por um dos tobdaé do outro. A pessoa<br />
pessoa<br />
sai do jogo e dá a vez para um novo jogador, e a<br />
“queimada”<br />
disputa recomeça.<br />
cerrado do Mato Grosso, on<strong>de</strong> está localizada a al<strong>de</strong>ia<br />
do<br />
às florestas <strong>de</strong> mata atlântica em São Paulo,<br />
Xavante,<br />
por comunida<strong>de</strong>s indígenas Guarani, este<br />
habitadas<br />
passa por várias mudanças.<br />
brinquedo<br />
é o nome dado pelos Guarani a esse brinquedo - o<br />
Mangá<br />
avô das petecas encontradas principalmente no<br />
verda<strong>de</strong>iro<br />
interior paulista.<br />
palha do milho está <strong>de</strong>ntro e fora do brinquedo. Recheia o<br />
A<br />
apóia o fundo circular <strong>ao</strong> mesmo tempo em que<br />
interior,<br />
amarra as pernas com um laço forte e resistente.<br />
o yó, um outro tipo <strong>de</strong> peteca que não é feito com a<br />
também<br />
do milho, mas com o sabugo partido <strong>ao</strong> meio. Duas<br />
palha<br />
<strong>de</strong> galinhas do mesmo tamanho são cuidadosamente<br />
penas<br />
no centro do sabugo, dando <strong>ao</strong> brinquedo um<br />
colocadas<br />
giratório que imita as hélices <strong>de</strong> um helicóptero<br />
movimento<br />
ar. O <strong>de</strong>safio é ver quem consegue jogar mais longe o seu<br />
no<br />
yó.
em sala <strong>de</strong> aula, um exemplar pronto (peteca)<br />
Levar<br />
e estimular a brinca<strong>de</strong>ira em sala <strong>de</strong> aula.<br />
exibir<br />
o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> que nem “todo índio é igual”,<br />
Colocar<br />
nas brinca<strong>de</strong>ira quanto nas suas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
tanto<br />
sociabilida<strong>de</strong>.<br />
lembranças <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>iras (como a<br />
Provocar<br />
das memórias individuais das pessoas que<br />
peteca),<br />
estarão na exibição/ativida<strong>de</strong>.<br />
ali<br />
estes exemplos, vimos<br />
Com<br />
alguns povos fabricam a<br />
como<br />
própria peteca e<br />
sua<br />
que este<br />
<strong>de</strong>scobrimos<br />
é tão popular entre<br />
brinquedo<br />
povos indígenas como entre<br />
os<br />
os não índios.<br />
A Peteca<br />
SUGESTÃO DE ATIVIDADE<br />
as diferentes formas <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira realizada<br />
Trazer<br />
o mesmo objeto, evi<strong>de</strong>nciando as<br />
com<br />
das diferentes comunida<strong>de</strong>s, os<br />
peculiarida<strong>de</strong>s<br />
os Xavantes.<br />
Guaranis
COMPETIÇÕES ESPORTIVAS INDÍGENAS<br />
é muito comum em nosso cotidiano o contato<br />
Professor,<br />
indígenas em situações <strong>de</strong>gradantes, principalmente<br />
com<br />
portanto motivo <strong>de</strong> “passar longe”, sem <strong>ao</strong> menos<br />
estranhos,<br />
neles a partir <strong>de</strong>les mesmos. Esse tipo <strong>de</strong> imagem,<br />
pensar<br />
Competição entre indígenas nos Jogos Mundiais Indígenas, 2015. Reprodução.<br />
gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, fato que muitas vezes nos leva a ter<br />
nas<br />
imagem estereotipada a respeito <strong>de</strong>sses sujeitos. Muitas<br />
uma<br />
pela <strong>de</strong>sinformação e pelo preconceito presente em<br />
vezes<br />
socieda<strong>de</strong> acabamos encarando-os apenas como<br />
nossa<br />
com outros estereótipos, é muito comum na socieda<strong>de</strong><br />
junto<br />
pois a nossa educação e história construíram,<br />
brasileira,<br />
e levaram esse pensamento <strong>de</strong> forma difundida<br />
ensinaram<br />
as pessoas como forma <strong>de</strong> manter os indígenas em<br />
para<br />
posição inferior na socieda<strong>de</strong>. Esses estereótipos são<br />
uma<br />
<strong>de</strong> um preconceito institucionalizado e sobrevivem<br />
fruto<br />
da mera falta <strong>de</strong> informação. Entre os exemplos mais<br />
apenas<br />
está a generalização do termo “Índio”, que<br />
comuns<br />
a diversida<strong>de</strong> existente entre os diferentes povos<br />
invisibiliza<br />
e a exigência <strong>de</strong> parte da opinião pública da<br />
indígenas<br />
no que é ser indígena, como se por usar um<br />
imutabilida<strong>de</strong><br />
ou roupas <strong>de</strong> marca alguém <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> ser o que é,<br />
celular,<br />
como se os portugueses ainda se vestissem como em 1500.
Vamos nos ater aqui <strong>ao</strong> futebol para os Gavião<br />
socieda<strong>de</strong>!<br />
Kyikatêjê.<br />
sentido, é essencial estimular um <strong>de</strong>bate sobre a nossa<br />
Nesse<br />
história <strong>de</strong> forma a valorizar as diferenças e<br />
própria<br />
os povos indígenas como sujeitos da história do<br />
apresentar<br />
e <strong>de</strong> sua própria história (WITTMANN, 2015, p.10), algo<br />
Brasil<br />
já é proposto pela educação escolar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a aprovação<br />
que<br />
Lei 11.645/2008, a qual estabelece as diretrizes e bases da<br />
da<br />
nacional, para incluir no currículo oficial da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
educação<br />
a obrigatorieda<strong>de</strong> da temática “História e cultura afro-<br />
ensino<br />
e indígena”. Por esses motivos, <strong>professor</strong>, buscamos<br />
brasileira<br />
abordar a temática dos jogos indígenas a partir <strong>de</strong> uma<br />
aqui<br />
visão focada neles mesmos.<br />
com o futebol, esporte inventado por europeus<br />
Começamos<br />
no século XIX e que se encaixa em um daqueles<br />
lá<br />
que temos em relação <strong>ao</strong>s indígenas fazendo<br />
estereótipos<br />
que não remetem a sua cultura “original”. Afinal, você<br />
coisas<br />
havia parado para pensar que indígenas também jogam<br />
já<br />
e isso não faz <strong>de</strong>les menos indígenas? Muita gente<br />
futebol<br />
estranho ver os indígenas nessa posição, mesmo com as<br />
acha<br />
representações <strong>de</strong> indígenas no futebol através <strong>de</strong><br />
diversas<br />
como o Guarani <strong>de</strong> Campinas e a Chapecoense <strong>de</strong><br />
clubes<br />
Catarina e justamente por isso vale a pena trabalhar<br />
Santa<br />
os alunos as diferentes representações dos indígenas<br />
com<br />
sentido para discutir o preconceito em nossa<br />
nesse<br />
o PIB Socioambiental, o nome "Gavião" foi<br />
Segundo<br />
a diferentes grupos Timbira por viajantes do século<br />
atribuído<br />
que <strong>de</strong>stacavam seu caráter belicoso. Hoje esses<br />
passado<br />
grupos, entre eles o Kyikatêjê, se auto<strong>de</strong>nominam<br />
diferentes<br />
Indígena Parkatêjê", ocupam a região do<br />
"Comunida<strong>de</strong><br />
do Pará, pertencendo à família linguística Jê e<br />
estado<br />
cerca <strong>de</strong> 650 pessoas. Já o Gavião Kyikatejê<br />
totalizando<br />
Clube surgiu em 2009 com a profissionalização do<br />
Futebol<br />
junto a Fe<strong>de</strong>ração Paraense, a partir antiga equipe da<br />
time<br />
marabaense Castanheira Esporte Clube.<br />
liga
Em 2014, ele contava com 28 jogadores e<br />
reformulações.<br />
ainda eram <strong>de</strong> origem indígena, sendo que dois,<br />
quatro<br />
absolutos. O meio-campo Watiwai e Aru no ataque,<br />
titulares<br />
que somente nas fases preliminares do estadual<br />
artilheiro<br />
usando o preto <strong>de</strong> guerra e o vermelho <strong>de</strong> força e<br />
Paraense,<br />
que são símbolos da etnia.<br />
vonta<strong>de</strong><br />
interessante nesse caso é que o Gavião foi o primeiro clube<br />
O<br />
na elite <strong>de</strong> um estadual, isso em 2014, on<strong>de</strong> inclusive<br />
indígena<br />
presi<strong>de</strong>nte do clube, Zeca Gavião, era também lí<strong>de</strong>r<br />
o<br />
da etnia. Muita representativida<strong>de</strong>, não é?! Para<br />
indígena<br />
até a primeira divisão do Paraense, o elenco do Gavião<br />
chegar<br />
antes era só formado por indígenas sofreu diversas<br />
que<br />
assinalou oito gols.<br />
Aru no centro da imagem, em partida pelo Paraense <strong>de</strong> 2014. Foto: Globoesporte.<br />
gran<strong>de</strong> questão a ser discutida aqui é que mesmo o<br />
A<br />
sendo um esporte criado por europeus e<br />
futebol<br />
conceituado entre pessoas brancas, os<br />
extremamente<br />
da etnia Gavião conseguiram transformar o futebol<br />
indígenas<br />
algo mais próximo <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> diversos<br />
em<br />
e práticas próprias <strong>de</strong> sua cultura, transformando<br />
símbolos<br />
si só toda uma realida<strong>de</strong>. Por exemplo: Aru, o artilheiro<br />
por<br />
equipe, jogou pintado na estréia do campeonato<br />
da
da se<strong>de</strong> do Gavião e em entrevista <strong>de</strong> 2014 disse:<br />
local<br />
fui contratado, pensei que encontraria algo mais<br />
“Quando<br />
mas cheguei e vi o pessoal bem atualizado, inclusive<br />
simples,<br />
a internet”.<br />
acessando<br />
como: Peikrãn (peteca), natação, Kaipy (arco e<br />
modalida<strong>de</strong>s,<br />
Jikunahati (futebol com uso da cabeça <strong>ao</strong> invés dos<br />
flecha),<br />
Futebol, Corrida <strong>de</strong> cem metros, Corrida com tora,<br />
pés),<br />
Cabo <strong>de</strong> força, Arremesso <strong>de</strong> lança e etc.<br />
Canoagem,<br />
disso, diversos jogos indígenas tradicionais, como a<br />
Além<br />
<strong>de</strong> tora fazem parte da rotina <strong>de</strong> treinamento da<br />
corrida<br />
e diversos jogadores passaram a caçar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
equipe<br />
para a equipe. Em outro exemplo po<strong>de</strong>mos ver<br />
entraram<br />
as coisas na al<strong>de</strong>ia indígena funcionam em contradição<br />
como<br />
que foi difundido através dos estereótipos: o jogador Peri<br />
<strong>ao</strong><br />
tem 30 anos e jogou por diversos clubes no país ficou<br />
que<br />
com o que viu <strong>ao</strong> chegar a Bom Jesus do Tocantins,<br />
surpreso<br />
exemplo muito enriquecedor foi o gran<strong>de</strong><br />
Um<br />
em 2015 aqui no Brasil dos Jogos Mundiais<br />
acontecimento<br />
Povos Indígenas, uma competição organizada pelo Brasil<br />
dos<br />
pela ONU (Organização das Nações Unidas) que reuniu <strong>ao</strong><br />
e<br />
23 etnias nacionais, entre elas os Gavião Parkatejê e<br />
todo<br />
e povos <strong>de</strong> 24 países. A disputa possuía 16<br />
Kykatejê<br />
Cerimônia <strong>de</strong> Abertura dos Jogos Mundiais Indígenas
através <strong>de</strong>sses exemplos esperamos ter<br />
Professor,<br />
mostrar um pouco da diversida<strong>de</strong> indígena em<br />
conseguido<br />
evento foi <strong>de</strong> extrema importância por promover através<br />
O<br />
esporte o <strong>de</strong>bate sobre a urgência da valorização da<br />
do<br />
indígena na nossa socieda<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> socializar e<br />
cultura<br />
diferentes etnias e culturas em torno do tema da<br />
integrar<br />
indígena e da luta por direitos dos povos<br />
diversida<strong>de</strong><br />
tendo o próprio evento como palco <strong>de</strong> diversas<br />
indígenas,<br />
por parte dos povos indígenas. Nesse mesmo<br />
manifestações<br />
é muito importante <strong>de</strong>stacar o papel social do<br />
sentido,<br />
como agente político na socieda<strong>de</strong>, principalmente<br />
esporte<br />
seu caráter <strong>de</strong>mocrático e que valoriza as diferenças, em<br />
pelo<br />
diferentes culturas e em diferentes contextos históricos.<br />
Protesto contra o genocídio indígena nos Jogos Mundiais Indígenas em 2015.<br />
diversida<strong>de</strong>, as formas com que indígenas se relacionam<br />
sua<br />
diferentes aspectos culturais e as formas com que se<br />
com<br />
em torno <strong>de</strong> sua cultura, todos esses aspectos<br />
organizam<br />
a visão do indígena sobre ele mesmo.<br />
ressaltando
sentem e experienciam e que <strong>de</strong>ve ser entendida<br />
fazem,<br />
<strong>de</strong>les mesmos, para que assim possamos viver em<br />
através<br />
causar o estranhamento e puxar em seguida a<br />
futebol,<br />
sobre estereótipos com indígenas na socieda<strong>de</strong><br />
discussão<br />
Em seguida, estimular o <strong>de</strong>bate em torno da<br />
brasileira.<br />
indígena, trazendo o exemplo dos Jogos<br />
diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrar como vários preconceitos e<br />
Buscamos<br />
com indígenas são infundados, como as<br />
estereótipos<br />
indígenas são feitas <strong>de</strong> pessoas que se<br />
populações<br />
com o mundo, que mudam, se mo<strong>de</strong>rnizam,<br />
relacionam<br />
vivem tudo o que nós vivemos, mas que vivem com<br />
que<br />
visão específica <strong>de</strong> mundo que abrange tudo que<br />
uma<br />
socieda<strong>de</strong> mais inclusiva, diversificada, respeitosa e<br />
uma<br />
<strong>de</strong>mocrática.<br />
Sugestão <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong><br />
o que os alunos sabem sobre a participação dos<br />
Perguntar<br />
na socieda<strong>de</strong> e no futebol brasileiro. Trazer para<br />
indígenas<br />
<strong>de</strong> aula imagens do Gavião Kyikatêjê FC para discutir<br />
sala<br />
os alunos a visão <strong>de</strong>les a respeito <strong>de</strong> indígenas no<br />
com<br />
Indígenas e da valorização da cultura indígena para<br />
Mundiais<br />
socieda<strong>de</strong> mais diversificada. Por fim, discutir o papel<br />
uma<br />
social do indígena e do esporte no Brasil.<br />
Competição <strong>de</strong> Arco e Flecha nos Jogos Mundiais Indígenas. Foto: Reprodução
BIBLIOGRAFIA<br />
Lei Fe<strong>de</strong>ral 11.645/08:<br />
A<br />
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11645-10-marco-2008-<br />
informações sobre povos indígenas no Brasil:<br />
Para<br />
https://pib.socioambiental.org/pt/P%C3%A1gina_principal<br />
Maria Regina Celestino <strong>de</strong>. Os índios na História do Brasil.<br />
ALMEIDA,<br />
<strong>de</strong> Janeiro: FGV, 2010.<br />
Rio<br />
Gersem. Entrevista. Revista História Hoje, Dossiê Ensino <strong>de</strong><br />
BANIWA,<br />
Indígena, vol.1, n.2, 2012.<br />
História<br />
Circe Maria Fernan<strong>de</strong>s. História das populações<br />
BITTENCOURT,<br />
na escola: memórias e esquecimentos. In: PEREIRA, Amilcar<br />
indígenas<br />
MONTEIRO, Ana Maria (Orgs.). Ensino <strong>de</strong> histórias afrobrasileiras<br />
Araujo;<br />
e indígenas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Pallas, 2013. p. 101-132.<br />
Manuela Carneiro da (org). História dos Índios no Brasil. São<br />
CUNHA,<br />
Companhia das Letras, 1992.<br />
Paulo:<br />
Davi. A queda do céu. São Paulo: Companhia das Letras,<br />
KOPENAWA,<br />
2015.<br />
John Manuel. “Armas e armadilhas: História e resistência<br />
MONTEIRO,<br />
índios”. In: NOVAIS, Adauto (org.) A Outra Margem do Oci<strong>de</strong>nte.<br />
dos<br />
João Pacheco <strong>de</strong>. (org.). A viagem <strong>de</strong> volta: etnicida<strong>de</strong>,<br />
OLIVEIRA,<br />
e reelaboração cultural no nor<strong>de</strong>ste indígena. 2a ed. Rio <strong>de</strong><br />
política<br />
Kilza; LADEIRA, Maria Inês Martins. The Guarani tribe build a<br />
SETTI,<br />
in the urban context of greater São Paulo. Tradional Dwellings<br />
village<br />
Settlements: Working Papers Series, s.l. : s.ed., v. 50, s.n., p. 71-105,<br />
and<br />
1992.<br />
Materiais <strong>de</strong> <strong>apoio</strong>:<br />
572787-publicac<strong>ao</strong>original-96087-pl.html<br />
Sobre a brinca<strong>de</strong>ira: https://mirim.org/como-vivem/brinca<strong>de</strong>iras<br />
Alguns referenciais teóricos:<br />
São Paulo: Companhia das Letras, 1999.<br />
Janeiro, Contracapa, 2004.
Luisa Tombini (org.). Ensino (d)e História Indígena. Belo<br />
WITTMANN,<br />
Editora Autêntica, 2015.<br />
Horizonte:<br />
reporter/noticia/2014/03/cacique-divi<strong>de</strong>-tribo-por-futebol-e-ve-sonho-<br />
surgir-um-indio-na-selec<strong>ao</strong>.html<br />
http://globoesporte.globo.com/to/noticia/2015/10/conheca-16-<br />
modalida<strong>de</strong>s-dos-jogos-mundiais-dos-povos-indigenas.html<br />
al<strong>de</strong>ia-para-ganhar-os-campos-<strong>de</strong>-futebol-do-para,1117171<br />
https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/noticia/2015/08/os-<br />
guarani-mbya-apresenta-fotografias-<strong>de</strong>-al<strong>de</strong>ias-indigenas-do-estado-<br />
seguem-com-<strong>de</strong>monstra%C3%A7%C3%B5es-<strong>de</strong>-modalida<strong>de</strong>s-<br />
tradicionais<br />
DE CASTRO, Eduardo. No Brasil todo Mundo é Índio, exceto<br />
VIVEIROS<br />
não é. Entrevista. Revista Aconteceu. São Paulo, 2006.<br />
quem<br />
Sites utilizados:<br />
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Gavi%C3%A3o_Parkat%C3%AAj<br />
%C3%AA<br />
https://www.bbc.com/portuguese/vi<strong>de</strong>os_e_fotos/2014/07/140703_clube<br />
_futebol_indios_kb<br />
http://globoesporte.globo.com/pa/futebol/times/gavi<strong>ao</strong>/noticia/2014/01/<br />
primeiro-clube-indigena-<strong>de</strong>-primeira-divis<strong>ao</strong>-vive-expectativa-daestreia.html<br />
http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-<br />
https://www.suapesquisa.com/indios/jogos_mundiais_indigenas.htm<br />
https://esportes.estad<strong>ao</strong>.com.br/noticias/futebol,gavi<strong>ao</strong>-kyikateje-sai-da-<br />
Link das imagens:<br />
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xavante<br />
https://pt.wikiversity.org/wiki/Wikinativa/Xavante<br />
4824851.html<br />
http://www.seplan.pa.gov.br/jogos-mundiais-ind%C3%ADgenas-<br />
http://www.revistamissoes.org.br/2015/10/8833/<br />
https://novaescola.org.br/conteudo/1545/diversida<strong>de</strong>-etnico-racial-porum-ensino-<strong>de</strong>-varias-cores<br />
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151015_jogos_mundia<br />
is_indigenas_boicote_ms_rb<br />
http://www.brasil.gov.br/noticias/esporte/2015/10/confira-aprogramac<strong>ao</strong>-dos-jogos-mundiais-indigenas