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EVENTO 16.° Encontro Valorpneu decorreu no Luso<br />
VISITA GUIADA Por dentro da Bandague<br />
A revista n.º 1<br />
<strong>dos</strong> profissionais<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
<strong>53</strong><br />
Dezembro 2018<br />
ANO IX | 5 euros<br />
Periodicidade: Bimestral<br />
Entrevista Aldo Machado<br />
Country manager da NEX Tyres Portugal<br />
abordou diversos temas pertinentes<br />
Yokohama<br />
Campanha “Drive for More”<br />
foi um <strong>dos</strong> pontos altos<br />
da ação realizada em Madrid<br />
Mercedes-Benz<br />
Revisto e melhorado, o C 220d<br />
Coupé é um desportivo com<br />
estatuto que tem tudo no sítio<br />
RENTING DE PNEUS<br />
Realidade<br />
sobre rodas<br />
Gestoras de frotas protagonizam nova forma de consumo no setor
C<br />
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Editorial<br />
Diretor<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Editor executivo<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Joana Calado<br />
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A segurança<br />
em primeiro lugar<br />
Diretor comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestor de clientes<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
JOÃO VIEIRA, Diretor<br />
Imagem<br />
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Arte<br />
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e contabilidade<br />
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interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
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DOS PNEUS<br />
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GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />
Consulte o Estatuto Editorial<br />
no site www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
om a chegada do frio e do mau<br />
tempo, as marcas recomendam<br />
que se mudem os pneus “normais”<br />
para pneus de inverno.<br />
Com temperaturas baixas, mesmo<br />
quando não se verifiquem situações de<br />
neve, os pneus “normais” revelam-se menos<br />
eficientes e atingem o seu limite muito rapidamente,<br />
contrariamente à performance <strong>dos</strong><br />
pneus de inverno. A adaptação <strong>dos</strong> pneus<br />
“normais” no inverno é bastante limitada em<br />
condições de frio e de humidade e em estradas<br />
cobertas com neve ou gelo.<br />
Em Portugal, ainda não existe legislação relacionada<br />
com a instalação de pneus de inverno<br />
em veículos, como acontece há muito anos<br />
no norte da Europa, onde os automobilistas<br />
só podem circular se tiverem os seus veículos<br />
equipa<strong>dos</strong> com pneus de inverno. Uma rotina<br />
perfeitamente instalada nesses países onde<br />
o inverno é mais rigoroso devido às baixas<br />
temperaturas, que levam à queda de neve<br />
e à formação de gelo na estrada. Há, nestas<br />
situações, uma alteração radical nas condições<br />
de condução. Mas com as condições climatéricas<br />
cada vez mais imprevisíveis, a utilização<br />
de pneus de inverno em Portugal justifica-se<br />
igualmente. Em primeiro lugar, para a segurança<br />
<strong>dos</strong> passageiros, mas, também, para o<br />
conforto de condução.<br />
Conduzir no inverno pode revelar-se intimidante<br />
e perigoso. Menor aderência significa<br />
maior distância no tempo de travagem, menos<br />
controlo, manuseamento mais difícil e maior<br />
risco de colisão. A solução para ultrapassar<br />
estas dificuldades são os pneus de inverno,<br />
que devem ser utiliza<strong>dos</strong> entre outubro e o<br />
início do verão. A utilização de pneus de inverno<br />
entre estes meses pode mesmo reduzir<br />
em 40% o risco de acidentes. Mas a escolha<br />
de pneus de inverno dependerá sempre das<br />
características do veículo, do tipo de estrada<br />
onde se circule e do estilo de condução.<br />
Diversos testes realiza<strong>dos</strong> pelos fabricantes,<br />
provaram que a distância de travagem de<br />
pneus “normais” na neve pode ser quase três<br />
vezes maior do que a de pneus de inverno.<br />
Mas, mesmo em condições não tão extremas,<br />
os pneus de inverno oferecem maior<br />
resposta, precisão e controlo do que os pneus<br />
de verão. Para os pneus de inverno, tanto o<br />
composto como o desenho do piso estão<br />
muito melhor adapta<strong>dos</strong> às condições de<br />
inverno, oferecendo uma maior segurança,<br />
aderência e desempenho em neve, gelo e<br />
lama, mas, também, em estradas molhadas e<br />
congeladas. São certifica<strong>dos</strong> e homologa<strong>dos</strong><br />
para esse efeito, dispondo no flanco de um<br />
símbolo em forma de guarda-chuva.<br />
Para além das oficinas aconselharem os automobilistas<br />
a substituírem os pneus “normais”<br />
<strong>dos</strong> seus veículos por pneus de inverno, é,<br />
também, muito importante sensibilizá-los<br />
para os perigos de conduzir à chuva, com neve<br />
ou nevoeiro. Se chover com intensidade e<br />
houver lençóis de água na estrada de alguma<br />
espessura, deve-se reduzir a velocidade. Nas<br />
estradas do interior e de montanha, geralmente<br />
sinuosas, a possibilidade de existir gelo nas<br />
curvas é muito real. Nestas condições, deve<br />
entrar sempre devagar nas curvas e acelerar<br />
do meio para o fim da curva, depois de verificar<br />
que não há gelo. Sendo previsível que<br />
a viagem demore mais de inverno e tenha<br />
mais imprevistos, programe as deslocações<br />
com mais tempo. A pressa é duplamente inimiga<br />
se as condições de aderência da via não<br />
forem as ideais.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Pirelli Scorpion All Terrain Plus<br />
Picada de escorpião<br />
O Scorpion All Terrain Plus é a nova estrela da Pirelli nas gamas de referência<br />
off-road. Concebido para uma utilização 40% em estrada e 60% fora dela, este pneu<br />
promete deixar marca no segmento 4x4 e pick-up<br />
Por: Jorge Flores<br />
Concebido para modelos 4x4 e pick-<br />
-up, o Scorpion All Terrain Plus é a<br />
nova aposta da Pirelli nas gamas<br />
de referência off-road. O produto<br />
estrela desta edição, já à venda em Portugal<br />
e Espanha, dispõe de um perfil de utilização<br />
40% para asfalto e 60% fora de estrada.<br />
Com visual agressivo, compostos, conceção<br />
de nova tecnologia e marcação 3PMSF, este<br />
pneu assegura máximas durabilidade e tração<br />
nas condições mais exigentes. E promete<br />
deixar a marca da sua picada nos segmentos<br />
procura<strong>dos</strong> pelos amantes do puro todo-o-<br />
-terreno, um campo historicamente ligado<br />
à própria Pirelli.<br />
Neste segmento, a importância do pneu na<br />
obtenção de boas prestações é determinante.<br />
Por estas razões, a elevada tecnologia deriva<br />
da própria investigação e da mesma obtida<br />
no mundo da competição. Recorde-se que<br />
o vínculo mais recente entre a Pirelli e o off-<br />
-road começa nos finais <strong>dos</strong> anos 80 com o<br />
espetacular Lamborghini LM002. Os pneus<br />
Scorpion específicos contavam com inovadora<br />
carcaça que utilizava Kevlar, entre outros<br />
materiais, e uma construção do tipo Run Flat.<br />
Nos anos posteriores, chegava a primeira referência<br />
especifica para os todo-o-terreno<br />
mais exigentes, Scorpion A/T, lança<strong>dos</strong> em<br />
1996, e a sua sucessora, batizada de Scorpion<br />
ATR, à venda desde 2006 até aos dias de hoje.<br />
TERCEIRA VAGA<br />
O Scorpion All Terrain Plus é o terceiro membro<br />
da saga. O seu desenho é considerado<br />
um composto da nova geração, rico em<br />
sílica e borracha natural. E a sua fórmula<br />
e método foram otimizadas para alcançar<br />
maiores durabilidade e tração, bem como<br />
aumentar a resistência aos furos e garantir<br />
a melhor integridade e segurança do pneu<br />
na utilização fora de estrada. A geometria<br />
e estrutura da carcaça seguem, de resto, os<br />
mesmos méto<strong>dos</strong>. A Pirelli optou por cintas<br />
a zero graus de elevada robustez, proporcionando<br />
à borracha uma grande estabilidade<br />
longitudinal e transversal, além de uma maior<br />
resistência aos impactos. Também foi considerado<br />
a redução da resistência ao rolamento,<br />
este obtido devido a uma ótima distribuição<br />
da zona de contacto com o solo.<br />
RESISTÊNCIA TOTAL<br />
A resistência aos furos e rasgos também<br />
envolve outro elemento fulcral de um pneu<br />
off-road: o flanco. Os engenheiros da Pirelli<br />
desenharam uns ombros dota<strong>dos</strong> de blocos<br />
para aumentar a resistência à fricção contra<br />
pedras e ramos afia<strong>dos</strong>. Além disso, a sua<br />
sequência converge, gradualmente, com<br />
o centro do piso, sendo um forte aliado na<br />
tração e na superação de obstáculos. O Pirelli<br />
Scorpion All Terrain Plus já está à venda com<br />
11 medidas disponíveis, desde jantes de 16”<br />
a 19” e uma largura de secção entre 235 e<br />
275 mm. ♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
af imprensa eurorepar pneus 220x320 jornal oficinas.indd 1 23/08/18 12:52
Equipamento do mês<br />
John Bean V2100<br />
Alinhamentos 3D<br />
A Domingos & Morgado passa a comercializar a<br />
nova coqueluche da John Bean para alinhamentos<br />
3D. O novo equipamento, designado V2100,<br />
promete revolucionar os tempos <strong>dos</strong> serviços<br />
nas oficinas e nas casas de pneus<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
John Bean, líder mundial em alinhamentos<br />
automóvel, através da representante<br />
Domingos & Morgado,<br />
acaba de lançar no mercado a nova<br />
alinhadora 3D. Um equipamento que recorre<br />
a uma nova tecnologia de medição dinâmica<br />
do veículo, de forma a tornar a operação de<br />
alinhamento de viaturas ainda mais célere.<br />
A máquina dá pelo nome de John Bean V2100<br />
e procura dar resposta à necessidade de poupança<br />
de tempo na realização <strong>dos</strong> serviços,<br />
de forma de maximizar a rentabilidade das<br />
oficinas e casas de pneus. Segundo a Domingos<br />
& Morgado, trata-se de “trilhar um novo<br />
caminho, criando uma máquina verdadeiramente<br />
revolucionária, em que se colocou de<br />
parte as tradicionais câmaras fotográficas de<br />
alta definição (UHR) para recorrer às novas<br />
câmaras de filmar em alta definição (HRD) para<br />
efetuar uma medição dinâmica, em vídeo”,<br />
explica a empresa.<br />
INDEPENDÊNCIA ASSEGURADA<br />
A revolucionária máquina passa, a partir de<br />
agora, a estar disponível no mercado nacional<br />
através da Domingos & Morgado. “Abdicando<br />
completamente da utilização de computadores<br />
de base Windows, deixamos de estar<br />
dependentes das vontades e alterações <strong>dos</strong><br />
sistemas implementa<strong>dos</strong> pela Microsoft, como<br />
tem sido norma até aqui. Total liberdade de<br />
criação e desenvolvimento, sem sujeições a<br />
softwares pré-formata<strong>dos</strong> por terceiros. Recorrendo<br />
às novas câmaras de filmar em alta<br />
definição (HRD), em vez de aguardar pelo fim<br />
do movimento para efetuar a medição, esta é<br />
feita durante o próprio movimento”, dá conta<br />
a Domingos & Morgado à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
DADOS TÉCNICOS<br />
Software<br />
New Generation Aligner<br />
Sistema Operativo<br />
Linux<br />
Monitor<br />
22” (Wide Range)<br />
Base de Da<strong>dos</strong><br />
OEM (aprox. 20 anos)<br />
Câmaras<br />
5,1Mp / 60fps<br />
Tecnologia<br />
Vídeo<br />
Garras<br />
AC100<br />
Jantes 13” a 22”<br />
Largura de Via 1,22m a 2,44m<br />
Alimentação<br />
230V/1Ph/60Hz<br />
VANTAGENS DO MÉTODO<br />
As vantagens da V2100 são várias, nomeadamente<br />
em termos de medição dinâmica da<br />
viatura. De que forma? Além de garantir uma<br />
medição muito mais rápida, permite ainda,<br />
recorrendo a elaboradíssimos algoritmos de<br />
cálculo, eliminar erros de leitura causa<strong>dos</strong><br />
por objetos acidentalmente calca<strong>dos</strong> pelas<br />
rodas durante o movimento. Por exemplo,<br />
diminuindo, deste modo, de forma quase<br />
total, a necessidade de repetição dessa<br />
mesma leitura.<br />
Com uma conceção tradicional, com as câmaras<br />
montadas na usual boom de alumínio<br />
anodizado, este equipamento poderá<br />
ser configurado de várias formas. Exemplos?<br />
Fixa, pivotante ou em torre móvel, de forma<br />
a maximizar as opções de funcionamento<br />
para o cliente. “E, já agora, porque não utilizar<br />
o telemóvel como monitor auxiliar, por<br />
exemplo, quando o profissional está a alinhar<br />
um eixo traseiro de um veículo particularmente<br />
difícil? Era ouro sobre azul, não? Pois<br />
não tem nada de mais!”, esclarecem ainda<br />
os responsáveis da Domingos & Morgado,<br />
deixando uma mensagem para o mercado:<br />
“Descarregue a app gratuita “MyAligner” da<br />
SnapOn Equipment, para o seu gadget Android<br />
e caso resolvido! Um monitor auxiliar<br />
de trazer no bolso!”, rematam. ♦<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
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Anúncio Falken NOV 2018_200x285.pdf 2 29/10/2018 17:46<br />
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Mercado<br />
Curva ascendente<br />
Em outubro de 2018, o mercado de pneus novos de substituição em Portugal,<br />
no segmento Consumer, cresceu 7,9% comparativamente a igual mês de 2017.<br />
Já no acumulado <strong>dos</strong> 10 meses do ano, verificou-se, também, uma subida: 2%<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Segundo da<strong>dos</strong> do Europool a que<br />
tivemos acesso, em outubro de 2018,<br />
no que ao mercado de pneus novos<br />
de substituição disse respeito, venderam-se,<br />
em Portugal, no segmento Consumer<br />
(ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e<br />
4x4), 252.090 unidades, ou seja, mais 18.451<br />
comparativamente ao período homólogo do<br />
ano passado. O que, na prática, traduziu-se<br />
num crescimento de 7,9%. Quanto ao acumulado<br />
<strong>dos</strong> 10 meses de 2018, registou-se,<br />
igualmente, uma subida, ainda que menos<br />
acentuada: 2% (2.454.428 unidades contra<br />
2.407.475 transacionadas entre janeiro e<br />
outubro de 2017).<br />
Na divisão por categorias, no 10.° mês de<br />
2018, o mercado nacional “absorveu” 215.309<br />
pneus radiais para veículos de passageiros<br />
(+9,6% do que em outubro de 2017), 23.382<br />
pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />
(+5,1%) e 13.399 pneus 4x4 (-10,5%). No<br />
acumulado de janeiro a outubro de 2018,<br />
por comparação com igual período do ano<br />
passado, o Europool revela que foram vendi<strong>dos</strong><br />
no nosso país 2.126.821 pneus radiais<br />
para veículos de passageiros (+4,3%), 194.242<br />
pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />
(+0,1%) e 133.365 pneus 4x4 (-23,1%).<br />
Analisando os segmentos, em outubro de<br />
2018, a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />
com 119.324 (+4,1%), seguindo-se os<br />
budget, com 76.898 (+15%), e os mid, com<br />
54.844 (+5,3%). No acumulado de janeiro<br />
a outubro deste ano, os números alteram-<br />
-se para 1.198.145 pneus premium (-3,5%),<br />
708.246 pneus budget (-3,4%) e <strong>53</strong>4.990<br />
pneus mid (+26,4%) comparativamente a<br />
igual período do ano transato.<br />
Quanto à tipologia, em outubro de 2018,<br />
foram comercializa<strong>dos</strong> 63.664 pneus HRD,<br />
ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para cima<br />
(+4,8%), 13.399 pneus SUV/4x4 (-10,5%), 8.697<br />
pneus RFT (-23,4%) e 2.850 pneus All Season<br />
(-125,3%). Números que, no acumulado de<br />
janeiro a outubro deste ano, alteram-se para<br />
626.816 pneus HRD (+3,1%), 133.365 pneus<br />
SUV/4x4 (-23,1%), 93.002 pneus RFT (-6,7%) e<br />
14.822 pneus All Season (+7,9%). ♦<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Europool<br />
UNIDADES OUTUBRO 2017 OUTUBRO 2018 VARIAÇÃO<br />
Passageiros 196.404 215.309 9,6%<br />
Comerciais 22.257 23.382 5,1%<br />
4x4 14.978 13.399 -10,5%<br />
TOTAL 233.639 252.090 7,9%<br />
All Season 1.265 2.850 125,3%<br />
HRD 60.761 63.664 4,8%<br />
RFT 11.355 8.697 -23,4%<br />
SUV/4x4 14.978 13.399 -10,5%<br />
Budget 66.886 76.898 15%<br />
Mid 52.061 54.844 5,3%<br />
Premium 114.577 119.324 4,1%<br />
12” 42 49 16,7%<br />
13” 10.<strong>53</strong>4 9.343 -11,3%<br />
14” 33.928 33.257 -2%<br />
15” 61.707 74.170 20,2%<br />
16” 66.552 70.583 6,1%<br />
17” 37.425 41.427 10,7%<br />
18” 11.611 15.457 33,1%<br />
19” 8.041 4.826 -40%<br />
20” 3.402 1.482 -56,4%<br />
21” 250 403 61,2%<br />
22” 32 69 115,6%<br />
23” - - -<br />
UNIDADES JAN./OUT. 2017 JAN./OUT. 2018 VARIAÇÃO<br />
Passageiros 2.039.833 2.126.821 4,3%<br />
Comerciais 194.138 194.242 0,1%<br />
4x4 173.504 133.365 -23,1%<br />
Total 2.407.475 2.454.428 2%<br />
All Season 13.743 14.822 7,9%<br />
HRD 608.239 626.816 3,1%<br />
RFT 99.705 93.002 -6,7%<br />
SUV/4x4 173.504 133.365 -23,1%<br />
Budget 733.332 708.246 -3,4%<br />
Mid 423.149 <strong>53</strong>4.990 26,4%<br />
Premium 1.241.714 1.198.145 -3,5%<br />
12” 249 368 47,8%<br />
13” 118.377 95.460 -19,4%<br />
14” 355.495 319.442 -10,1%<br />
15” 670.877 695.043 3,6%<br />
16” 644.958 704.252 9,2%<br />
17” 356.369 386.995 8,6%<br />
18” 139.470 158.222 13,4%<br />
19” 69.588 <strong>53</strong>.601 -23%<br />
20” 28.221 18.634 -34%<br />
21” 11.684 8.033 -31,2%<br />
22” 2.869 1.331 -<strong>53</strong>,6%<br />
23” 34 -2 -5,9%<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
Realidade sobre rodas<br />
De que modo está o renting a influenciar o consumo de pneus<br />
em Portugal? Será o renting uma nova forma de consumir pneus?<br />
Que consumo de pneus está afeto às gestoras de frotas?<br />
Neste artigo, procuramos responder a estas e outras questões, num<br />
mercado onde os da<strong>dos</strong> escasseiam ou simplesmente não existem<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Renting de pneus<br />
Serão poucos os negócios no setor<br />
automóvel que tenham uma<br />
oferta tão vasta e uma rivalidade<br />
tão grande como o <strong>dos</strong> pneus. O<br />
comércio destes componentes pretos de<br />
borracha com um buraco no meio está, por<br />
isso, mais democratizado do que nunca. O<br />
que, antes, era um negócio exclusivo das<br />
casas de pneus, hoje, contempla inúmeros<br />
players, como os centros auto, os operadores<br />
de serviços rápi<strong>dos</strong> e as redes oficinais. Para<br />
não falar das plataformas de vendas online<br />
B2C, ainda que estas pouca expressão assumam.<br />
Não admira, pois, que a concorrência<br />
se tenha tornado mais feroz, que as margens<br />
tivessem sido “esmagadas” e que o cliente<br />
passasse a ter à sua disposição uma escolha<br />
mais diversificada.<br />
MERCADO EM MUDANÇA<br />
Se observarmos as tendências do que poderá<br />
vir a ser o mercado automóvel no futuro<br />
(e convém frisar que esse futuro está<br />
a escrever-se hoje), é preciso perceber que,<br />
muito provavelmente, aquele que é, nos dias<br />
que correm, o consumidor de pneus, poderá<br />
vir a ter outro “rosto” dentro de pouco tempo.<br />
Hoje, é, essencialmente, o cliente particular<br />
quem adquire pneus, tal como adquire automóveis.<br />
E se olharmos para a tendência<br />
do setor automóvel, constatamos que o<br />
renting de veículos, que começou por ser<br />
um modelo de negócio direcionado para as<br />
empresas, é, hoje, cada vez mais opção para<br />
o cliente particular. Mediante o pagamento<br />
de uma mensalidade, o cliente (seja ele particular<br />
ou empresa) usufrui da utilização<br />
do automóvel, da manutenção, de seguro,<br />
de cartão de combustível e de pneus. Ou<br />
seja, tem acesso a um conjunto de soluções<br />
que podem ser incluídas no produto final.<br />
O renting, que por acaso também trabalha<br />
banner revista - GOODRIDE3.pdf 1 27/09/2018 17:16:41<br />
PUB<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
Renting de pneus<br />
com automóveis (e, por consequência, com<br />
pneus), é um produto financeiro.<br />
De acordo com a estimativa de produção<br />
acumulada de renting facultada pela ALF (Associação<br />
Portuguesa de Leasing, Factoring e<br />
Renting), em setembro de 2018 foram registadas<br />
27.785 viaturas (22.438 de passageiros<br />
e 5.347 comerciais), o que correspondeu a<br />
um aumento de 16,8% face a setembro de<br />
2017 (23.785 viaturas, das quais 19.224 de<br />
passageiros e 4.561 comerciais). Se olharmos<br />
para o valor (em euros), constatamos que a<br />
subida foi de 20,5%: 544.883 em setembro<br />
de 2018 (467.913 para passageiros e 76.970<br />
para comerciais) face a 452.171 em setembro<br />
de 2017 (383.869 para passageiros e 68.302<br />
para comerciais). Da<strong>dos</strong> sobre o consumo de<br />
pneus que está afeto às gestoras de frotas,<br />
não existem. Ou, pelo menos, não nos foram<br />
faculta<strong>dos</strong> pela ALF. Olhando paras as<br />
vendas de automóveis, vemos que o renting<br />
tem ganho expressão. Ou porque as empresas<br />
tiveram necessidade de renovar as suas<br />
frotas ou em virtude do novo método de<br />
homologação de consumos e emissões, que<br />
precipitou a troca de veículos. A tendência<br />
da venda de automóveis nos últimos anos<br />
aponta mais para o crescimento através<br />
deste canal e não tanto para o particular.<br />
No futuro, esteja ele mais ou menos distante,<br />
o consumidor deixará de comprar o automóvel,<br />
ainda que no nosso país o sentimento de<br />
propriedade seja bastante importante, para<br />
passar a usufruir da sua utilização durante o<br />
período de vigência do contrato, podendo<br />
trocar de veículo após o término do mesmo.<br />
NOVA FORMA DE CONSUMO<br />
A tendência do mercado aponta mesmo<br />
para que o cliente particular comece a deixar,<br />
cada vez mais, de escolher o produto no<br />
momento da instalação e de receber aconselhamento<br />
por parte da casa sobre que pneu<br />
deve colocar. E esta é uma realidade incontornável:<br />
as empresas de renting adquirem,<br />
para toda a sua frota, um determinado tipo<br />
de pneu que cumpre todas as características<br />
do que vem montado como equipamento<br />
de origem, podendo decidir, em função daquilo<br />
que venha a desenvolver, um pneu da<br />
marca “X”, “Y” ou “Z”. Ou, porventura, apenas<br />
da marca “X”. E, aqui, estamos a falar de um<br />
diferente tipo de player, que, não sendo novo<br />
no mercado, assume cada vez maior expressão.<br />
Este canal tem vindo a ganhar posição.<br />
De uma forma lógica e natural. Se já assume<br />
maior expressão na venda de automóveis,<br />
automaticamente acontece o mesmo em<br />
relação ao consumo de pneus.<br />
O renting é, cada vez mais, um “cliente” que<br />
está em crescimento no que diz respeito ao<br />
consumo de pneus, tendo ele o poder de<br />
decidir sobre que marca deve ser instalada<br />
em determinada viatura. Quando um veículo<br />
de uma gestora de frotas (serviço de renting)<br />
entra numa oficina para substituir pneus, é<br />
a gestora de frotas que dá a indicação sobre<br />
a marca e o modelo a colocar, com base<br />
nas condições negociais acordadas com as<br />
marcas de pneus. Mas atenção: nem todas<br />
as operações de renting contemplam pneus.<br />
Melhor dizendo: os pneus não estão incluí<strong>dos</strong><br />
em to<strong>dos</strong> os contratos de renting que<br />
se celebram em Portugal. A escolha é feita<br />
pelo cliente (seja ele particular ou empresa)<br />
em função das suas necessidades e daquilo<br />
que lhe é apresentado. Os pneus podem ser<br />
ilimita<strong>dos</strong> nos contratos de renting, podem<br />
estar contempla<strong>dos</strong> em número específico<br />
de unidades ou até podem pura e simplesmente<br />
não estar incluí<strong>dos</strong>.<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
TENDÊNCIA DE FUTURO<br />
No final <strong>dos</strong> anos 90, deram-se os primeiros<br />
passos no negócio de pneus com as gestoras<br />
de frotas. De então para cá, muita coisa<br />
mudou. Mas será que, no futuro, teremos a<br />
lógica da pirâmide invertida, com as gestoras<br />
de frotas a serem as únicas consumidoras<br />
de pneus? Não se sabe. Certo, é que, hoje,<br />
existem características às quais é preciso<br />
estar-se atento, nomeadamente o tipo de<br />
consumo e de consumidor. Os jovens atuais<br />
com idades compreendidas entre os 16 e<br />
os 18 anos não olham para o automóvel<br />
da mesma forma nem com o mesmo sentimento<br />
de propriedade do que as gerações<br />
mais velhas. Não causaria, por isso, espanto<br />
se os jovens mais urbanos optassem por<br />
plataformas que lhes proporcionassem ir do<br />
ponto “A” ao ponto “B” sem que tivessem de<br />
preocupar-se com estacionamento, seguro,<br />
manutenção e pneus. Se esta tendência se<br />
verificar, não teremos o cliente particular<br />
a ter influência no consumo de pneus de<br />
determinado automóvel, mas uma empresa<br />
que gere a sua frota. Mas atenção: poderá<br />
nem ser este tipo de empresa a preocupar-se<br />
com os pneus, porque, provavelmente, esses<br />
veículos não lhe pertencem. Ou seja, neste<br />
caso, será a empresa de renting a preocupar-<br />
-se com a manutenção do automóvel, onde<br />
se incluem, também, os pneus.<br />
Perante o cenário acima traçado, não será<br />
nem o particular a preocupar-se com os<br />
pneus nem o operador que adquiriu a viatura,<br />
podendo este tê-lo feito a uma empresa<br />
de renting. Portanto, o consumo de pneus<br />
poderá, no futuro, vir a deixar de ter um<br />
“rosto” para tornar-se numa “entidade” que<br />
está por detrás de tudo isto e que irá adquirir<br />
pneus para determinada viatura em função<br />
das negociações feitas a montante relacionadas<br />
com o consumo. Esta poderá ser, em<br />
termos globais, a tendência de futuro em<br />
relação à tipologia de consumo. u<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Evento<br />
Rumo à excelência<br />
A Yokohama reuniu, no Grande Salão do Círculo de Bellas Artes de Madrid,<br />
cerca de 200 parceiros espanhóis e portugueses para celebrar o sucesso<br />
da campanha “Drive for More”, lançada no início de setembro<br />
Por: João Vieira<br />
A<br />
campanha “Drive for More”, divulgada<br />
nos cinco principais merca<strong>dos</strong><br />
internacionais do fabricante<br />
japonês de pneus - Índia, Malásia,<br />
Vietname, França e Península Ibérica – é o<br />
maior investimento de marketing realizado<br />
pela Yokohama nos seus 100 anos de história.<br />
Didier Drogba, lenda do Chelsea FC e ícone<br />
do futebol a nível mundial, foi escolhido<br />
como o rosto da campanha, participando,<br />
ativamente, numa série de eventos VIP, como<br />
aconteceu no jantar de gala com os clientes<br />
da Yokohama Ibéria, realizado no passado<br />
dia 1 de dezembro, em Madrid. O magnífico<br />
espaço do Grande Salão do Círculo de Bellas<br />
Artes, requintadamente decorado, acolheu,<br />
com pompa e circunstância, os cerca de 200<br />
convida<strong>dos</strong>, que celebraram com os membros<br />
da direção da Yokohama o êxito da campanha<br />
“Drive for More”.<br />
NOTORIEDADE EM CRESCENDO<br />
Takaharu Fushimi, diretor de vendas e marketing<br />
da Yokohama, deu as boas-vindas a<br />
to<strong>dos</strong> os presentes e realçou a importância<br />
que a iniciativa tem para a marca. “Este foi o<br />
maior investimento em marketing alguma<br />
vez realizado pela Yokohama nos seus 100<br />
anos de história e o objetivo é muito claro:<br />
fazer crescer o nosso negócio em merca<strong>dos</strong><br />
onde a nossa quota é relativamente pequena.<br />
Escolhemos o maior desporto do mundo, o<br />
futebol, para fazer crescer a notoriedade da<br />
marca e patrocinamos um <strong>dos</strong> mais importantes<br />
clubes do mundo, o Chelsea FC, onde<br />
jogaram super estrelas do futebol mundial,<br />
muitas delas portugueses e espanholas.<br />
Desde que começou a nossa colaboração, em<br />
2015, a notoriedade e as vendas <strong>dos</strong> pneus<br />
Yokohama foram aumentando em todo o<br />
mundo, especialmente junto <strong>dos</strong> adeptos<br />
do Chelsea FC e <strong>dos</strong> fãs de futebol”, disse.<br />
“A quarta época que acaba de começar, consideramos<br />
ser a altura mais propícia para os<br />
nossos parceiros aumentarem as vendas.<br />
Graças à colaboração com o Chelsea FC,<br />
conseguimos criar uma extraordinária campanha<br />
em cinco importantes merca<strong>dos</strong>, onde<br />
se inclui Espanha e Portugal. As figuras em<br />
tamanho real <strong>dos</strong> jogadores do Chelsea FC<br />
estão em todas as lojas <strong>dos</strong> nossos parceiros e<br />
os clientes recebem merchandising da marca<br />
Chelsea Yokohama quando compram quatro<br />
pneus. Estes recursos estarão disponíveis para<br />
ajudar os revendedores de pneus em to<strong>dos</strong><br />
os merca<strong>dos</strong> a impulsionar as vendas”, frisou.<br />
“Esta noite, participa neste jantar especial<br />
o nosso embaixador da campanha ‘Drive<br />
for More’, Didier Drogba, junto com outra<br />
lenda do futebol, Paulo Ferreira. Graças<br />
à bem sucedida campanha de vendas, a<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Chelsea FC / Yokohama<br />
Yokohama alcançou grandes resulta<strong>dos</strong><br />
que esperamos melhorar no próximo ano.<br />
O nosso objetivo é aumentar a notoriedade<br />
da marca com o Chelsea FC e aumentar as<br />
oportunidades de negócio para os nossos<br />
parceiros. Por esta razão, peço a to<strong>dos</strong> a<br />
maior colaboração possível, pois acredito<br />
que, juntos, iremos ter grande sucesso nos<br />
próximos anos”, concluiu Takaharu Fushimi.<br />
AS PESSOAS SÃO O MAIS IMPORTANTE<br />
Após o discurso de boas-vindas do responsável<br />
da marca, foi a vez de Victor Cañizares,<br />
vice-presidente de vendas e marketing da<br />
Yokohama Ibéria agradecer a presença de<br />
to<strong>dos</strong> e lançar algumas questões: “Quem diz<br />
que as pessoas não são importantes? Quem<br />
diz que o profissionalismo e a experiência<br />
não é importante? E quem disse que to<strong>dos</strong><br />
os pneus são iguais? Num tempo em que<br />
vivemos num mercado algo anárquico, as<br />
minhas palavras são para dizer que nós, na<br />
Yokohama, juntamente com os nossos parceiros,<br />
aceitamos o desafio e dizemos que<br />
as pessoas são importantes, assim como o<br />
profissionalismo, a experiência e, também,<br />
os pneus e as suas características. Para termos<br />
sucesso no negócio, temos de estar<br />
basea<strong>dos</strong> numa relação de confiança com<br />
fornecedores, clientes e funcionários. Por<br />
isso, estamos a trabalhar nesta linha para<br />
construir um futuro melhor”.<br />
Sobre o patrocínio da Yokohama ao Chelsea<br />
FC, Victor Cañizares considera uma “parceria<br />
de enorme valor, pois as duas empresas<br />
encaixam bem, sendo ambas organizações<br />
internacionais líderes na inovação e no<br />
desempenho. Com esta parceria, a marca<br />
procura maximizar o valor do cliente e expandir<br />
o seu alcance global, com o objetivo<br />
de manter a sua liderança na indústria <strong>dos</strong><br />
pneus. Neste contexto, a aliança será uma<br />
oportunidade de mostrar a empresa a uma<br />
grande audiência mundial, graças à crescente<br />
popularidade do Chelsea FC”.<br />
Para Victor Cañizares, a duração do contrato<br />
permite que o logótipo da Yokohama apareça<br />
“nas camisolas da equipa, no estádio”,<br />
além das aparições <strong>dos</strong> jogadores em eventos<br />
e em material publicitário”. O responsável<br />
enalteceu ainda o facto de se tratarem de<br />
duas organizações com claro enfoque no<br />
“desempenho e na inovação” e com características<br />
comuns: “Uma grande ambição<br />
e uma cultura de êxito inquebrável”, disse.<br />
No clube londrino, o fabricante japonês encontra<br />
um parceiro que promove “iniciativas<br />
sociais, como a Fundação Chelsea, que<br />
trabalha com 30 países em todo o mundo,<br />
ajudando, to<strong>dos</strong> os anos, a melhorar a vida<br />
de muitas crianças e jovens”. u<br />
DUAS ESTRELAS NA YOKOHAMA<br />
Antes do jantar terminar, houve tempo para ouvir<br />
as vedetas Didier Drogba e Paulo Ferreira falarem<br />
sobre as grandes vitórias conquistadas ao serviço<br />
do Chelsea FC. Didier Drogba é o exemplo perfeito<br />
do slogan da campanha “Drive for More” como<br />
futebolista profissional. Estreou-se no Chelsea FC<br />
em agosto de 2004, protagonizando a contratação<br />
mais cara do clube até então.<br />
Por sua vez, Paulo Ferreira, um <strong>dos</strong> grandes laterais<br />
direitos portugueses, jogou no FC Porto, onde,<br />
em duas épocas, ganhou dois campeonatos, uma<br />
Taça de Portugal, uma Supertaça Portuguesa, uma<br />
Taça UEFA e uma Liga <strong>dos</strong> Campeões. Foi contratado<br />
pelo Chelsea por 20 milhões de euros, juntando-se,<br />
assim, a Ricardo Carvalho e ao treinador<br />
José Mourinho, onde ganhou na primeira época a<br />
Premier League e a Taça da Liga Inglesa.<br />
Questionado sobre as razões que levaram o Chelsea<br />
FC a ganhar dois campeonatos, Paulo Ferreira<br />
afirmou que “foi a união do grupo, que contava<br />
com jogadores extraordinários, como Didier Drogba,<br />
Ricardo Carvalho e Tiago, que trouxeram à<br />
equipa uma grande vontade de vencer. Tínhamos,<br />
também, José Mourinho, que estava muito motiva-<br />
do com o sucesso alcançado no FC Porto e, isso,<br />
ajudou bastante”. Sobre Didier Drogba, Paulo Ferreira<br />
diz ser “uma pessoa fantástica e um grande<br />
profissional” com quem teve o privilégio de jogar<br />
durante oito épocas. Um amigo muito divertido fora<br />
do campo, mas quando chegava a hora do trabalho,<br />
mostrava sempre uma grande concentração<br />
e muita convicção para melhorar, influenciando a<br />
restante equipa a fazer cada vez mais e melhor.<br />
Didier Drogba elogiou, também, Paulo Ferreira pelo<br />
seu profissionalismo e, sobretudo, pela inteligência<br />
com que jogava. “No Chelsea FC, to<strong>dos</strong> gostavam<br />
do Paulo e respeitavam-no. Era um grande profissional<br />
e continua com a mesma atitude. Por isso,<br />
é respeitado por to<strong>dos</strong> os jogadores de futebol”.<br />
Sobre o seu envolvimento na campanha “Drive for<br />
More”, Didier Drogba, embaixador da Yokohama,<br />
reconheceu que o Chelsea FC tem sido uma parte<br />
importante da sua carreira e da sua vida. “Estou<br />
muito orgulhoso pelo facto de a popularidade do<br />
clube continuar a crescer em todo o mundo. Estou<br />
muito satisfeito por trabalhar com o Chelsea FC e<br />
com a Yokohama nesta campanha e conhecer a<br />
comunidade da Yokohama e os fãs do clube em<br />
cada uma das regiões onde a campanha está a<br />
ser promovida”.<br />
Pela sua parte, a Yokohama lembra que “como<br />
jogador de futebol profissional, Didier Drogba representa<br />
o que o slogan ‘Drive for More’ significa.<br />
Ele fez a sua estreia no Chelsea FC em agosto de<br />
2004, depois de assinar um contrato sem precedentes<br />
para o clube. Como titular, venceu quatro<br />
edições da Premier League, marcou o penalti decisivo<br />
na final da Liga <strong>dos</strong> Campeões em 2012 e<br />
tornou-se no quarto maior goleador de to<strong>dos</strong> os<br />
tempos do Chelsea FC, tendo sido ainda eleito o<br />
Melhor Jogador Africano do Ano”. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Evento<br />
Reunião no Luso<br />
Nos passa<strong>dos</strong> dias 7 e 8 de novembro, teve lugar o 16.° Encontro Valorpneu. Mais de<br />
uma centena de pessoas rumaram ao Grande Hotel de Luso para marcar presença<br />
neste importante evento anual do setor<br />
Por: Joana Calado<br />
Dividido por dois dias, o encontro<br />
organizado pela Valorpneu<br />
contou com dois programas distintos:<br />
um de lazer e convívio,<br />
que decorreu ao longo do dia 7; outro de<br />
carácter mais profissional, que teve lugar<br />
no dia 8 e ficou marcado por uma sessão<br />
de trabalho que contou com a presença<br />
de vários oradores.<br />
No primeiro dia, os convida<strong>dos</strong> rumaram a<br />
Coimbra para visitar a parte mais antiga da<br />
Universidade, com particular destaque para<br />
a Biblioteca Joanina, tendo a ação terminado<br />
ao pôr do sol com um pequeno lanche<br />
acompanhado pelo sau<strong>dos</strong>o fado da cidade<br />
<strong>dos</strong> estudantes. Antes do jantar, a Valorpneu<br />
proporcionou aos convida<strong>dos</strong> a hipótese de<br />
visitarem as Caves Aliança, que alberga parte<br />
da coleção de arte do Grupo Bacalhoa, local<br />
onde decorreu, aliás, o repasto.<br />
ORADORES DE RENOME<br />
O segundo dia trouxe o lado “mais profissional”<br />
do encontro. Hélder Pedro, gerente da<br />
Valorpneu, abriu a sessão, dando particular<br />
ênfase à nova licença atribuída à entidade.<br />
De ressalvar as ações de sensibilização e<br />
educação <strong>dos</strong> diferentes públicos alvo e<br />
a investigação e desenvolvimento para a<br />
melhoria de processos de gestão e <strong>dos</strong> níveis<br />
de eficiência ambiental e económica<br />
do SGPU. A Valorpneu tem desenvolvido<br />
algumas ações para o setor da recauchutagem,<br />
nomeadamente no que diz respeito à<br />
inclusão de pneus recauchuta<strong>dos</strong> nas compras<br />
públicas ecológicas. “O fim do estatuto<br />
de resíduo, publicado no início deste ano,<br />
pode ser um importante contributo para o<br />
reconhecimento <strong>dos</strong> produtos deriva<strong>dos</strong><br />
de materiais concebi<strong>dos</strong> a partir de pneus<br />
usa<strong>dos</strong>”, afirmou o gerente.<br />
A acompanhar Hélder Pedro, na sessão de<br />
abertura, esteve Mercês Ferreira, vogal do<br />
Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do<br />
Ambiente (APA), que destacou o papel fulcral<br />
<strong>dos</strong> intervenientes, desde o consumidor ao<br />
distribuidor. No final da sua intervenção,<br />
deixou uma mensagem à entidade gestora<br />
de pneus em fim de vida: “Continuamos a<br />
contar com a proatividade da Valorpneu<br />
num caminho de transição de uma eco-<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
16.° Encontro Valorpneu<br />
nomia linear para uma economia circular”.<br />
Numa apresentação detalhada sobre a nova<br />
licença, Ana Cristina Carrola, diretora do Departamento<br />
de Resíduos da APA, explicou o<br />
novo enquadramento legal, a evolução <strong>dos</strong><br />
requisitos de qualificação <strong>dos</strong> operadores<br />
de tratamento e a nova abordagem <strong>dos</strong> novos<br />
modelos de licença, sintetizando o que<br />
mudou relativamente ao fluxo específico de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>. A diretora apresentou como<br />
principal alteração a não obrigatoriedade de<br />
identificar o peso e as unidades <strong>dos</strong> pneus<br />
entregues. Com a nova legislação, os centros<br />
de recolha poderão optar por apresentar os<br />
da<strong>dos</strong> em peso ou unidades.<br />
Climénia Silva, diretora-geral da Valorpneu,<br />
fez um balanço do ano de 2018 para a empresa,<br />
destacando a certificação do Sistema<br />
de Gestão de Qualidade e Ambiente, que<br />
considera ser mais uma representação do<br />
elevado nível de qualidade e de compromisso<br />
da entidade gestora. Para o próximo<br />
ano, a diretora-geral fixou o objetivo de recolha<br />
<strong>dos</strong> pneus anualmente produzi<strong>dos</strong> em<br />
96% e a reciclagem de, pelo menos, 65%<br />
SETOR SENTOU-SE À MESA<br />
Em representação da Ernst & Young, Rui<br />
Martins explicou os critérios utiliza<strong>dos</strong> na<br />
avaliação do desempenho <strong>dos</strong> centros de<br />
recolha. No final da apresentação, o responsável<br />
aproveitou a oportunidade para<br />
anunciar o vencedor da edição deste ano do<br />
concurso, Metais Jaime Dias, S.A, que, pela<br />
segunda vez, venceu o “Prémio Desempenho<br />
Valorpneu”.<br />
A encerrar a sessão de trabalho, António<br />
Pedreiro, da Recipneu, José Carvalho, da<br />
Biosafe, Luís Realista, da AVE, Nuno Jordão,<br />
da Ecomais, Pedro Barros, da Biogoma, e<br />
Rita Marques, da ANIRP, reuniram-se à mesa<br />
para debater a temática da “Gestão de <strong>Pneus</strong><br />
Usa<strong>dos</strong> no âmbito da Economia Circular”,<br />
tendo sido o debate moderado por Sofia<br />
Arnaud, da Cunha Vaz & Associa<strong>dos</strong>.<br />
O principal problema apresentado pelos recicladores<br />
disse respeito à dificuldade de escoamento<br />
do elevado stock de granula<strong>dos</strong> e<br />
pós de borracha deriva<strong>dos</strong> de pneus usa<strong>dos</strong><br />
existente em Portugal. O desajustamento<br />
entre a oferta e a procura destes materiais<br />
lidade”. Para os representantes do setor da<br />
reciclagem, o mais importante é encontrar,<br />
através das entidades responsáveis, soluções<br />
de escoamento de produtos no âmbito da<br />
economia circular.<br />
Rita Marques, em representação do setor da<br />
recauchutagem, admitiu que este mercado<br />
está a atravessar um período menos favorável,<br />
apontando como principais responsáveis<br />
a crise económica e a invasão de pneus<br />
asiáticos, “que vieram denegrir a imagem<br />
<strong>dos</strong> nossos produtos, que deixaram de ter<br />
espaço no mercado com uma concorrência<br />
desleal”. No último ano, a recauchutagem<br />
registou uma perda de 20%, Rita Marques<br />
prevê que o futuro seja, contudo, mais risonho,<br />
nomeadamente devido à integração de<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong> nas compras públicas<br />
ecológicas.<br />
“Nesta fileira em específico, como em outras,<br />
depois de todas as tentativas de valorizar<br />
e reciclar, surge a solução da valorização<br />
energética, dando sempre oportunidade de<br />
evitar o aterro” disse Luís Realista, da AVE.<br />
Atualmente, em Portugal, a valorização enerdesses<br />
mesmos pneus.<br />
A responsável aproveitou a sua intervenção<br />
para apresentar um plano de expansão para<br />
as ilhas, Madeira e Açores, que poderá ocorrer<br />
durante o ano de 2019, a par de outras<br />
iniciativas, como ações de sensibilização<br />
para produtores de pneus usa<strong>dos</strong>. As alterações<br />
que o sistema de entrega de pneus<br />
tem vindo a sofrer revelaram-se vantajosas,<br />
nomeadamente no que diz respeito às receções<br />
com atraso, que reduziram de 32%<br />
em 2007 para um valor previsto de 3% em<br />
2018. Também a adesão <strong>dos</strong> produtores sofreu<br />
grande evolução. Em 2003, existiam<br />
325 produtores regista<strong>dos</strong> na Valorpneu,<br />
sendo a previsão para o fecho do ano de<br />
2018 de 2160.<br />
deve-se, essencialmente, ao desconhecimento<br />
e à falta de reconhecimento de que<br />
estes produtos são alvo. António Pedreiro,<br />
da Recipneu, afirmou que “não é suficiente<br />
apresentar um produto reciclado de qualidade”.<br />
E que “é necessário que o mercado o<br />
reconheça como um produto de qualidade”.<br />
José Carvalho, da Biosafe, por seu turno,<br />
alertou para a importância de se começar<br />
a utilizar este produto em obras de cariz<br />
público, sendo que esta poderá ser uma<br />
das principais vias de escoamento destes<br />
produtos. No entanto, apesar do panorama<br />
parecer difícil, Pedro Barros, da Biogoma,<br />
adiantou que o fim do estatuto de resíduo<br />
“vai abrir novos merca<strong>dos</strong>, uma vez que este<br />
produto passa a ter uma certificação de quagética<br />
produz cerca de 280 mil toneladas<br />
de combustível alternativo, tendo na sua<br />
origem 20 mil toneladas de pneus nacionais.<br />
A valorização energética fecha o ciclo<br />
de aproveitamento <strong>dos</strong> pneus. Luís Realista<br />
expressou, no final da sua intervenção, um<br />
desejo: “Tenho esperança que a nova licença<br />
e a abertura do Unilex em fazer determina<strong>dos</strong><br />
ajustamentos propostos pela Valorpneu<br />
a esta licença tragam a reconhecida valorização<br />
material do coprocessamento”.<br />
A terminar o encontro, Sofia Ferreira, responsável<br />
de comunicação da Fundação Mata<br />
do Bussaco, alertou os convida<strong>dos</strong> para os<br />
efeitos da tempestade “Leslie” na mata e<br />
apresentou o novo projeto SOS Esquilos,<br />
a que a Valorpneu se associa. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Reportagem<br />
Quando um<br />
pneu ressuscita<br />
A recauchutagem é o processo que permite dar uma nova vida a um pneu usado.<br />
Em Portugal, esta tarefa especializou-se através da Bandague, empresa lusa com<br />
um reconhecido histórico nesta atividade. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> foi ver, in loco, o<br />
processo de recauchutagem de pneus a frio e conta-lhe tudo o que sabe<br />
Por: Ricardo Carvalho<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Bandague<br />
A<br />
Bandague é uma empresa portuguesa<br />
que se dedica à recauchutagem<br />
de pneus a frio e à<br />
comercialização de pneus novos.<br />
Iniciou a sua atividade em 1972 com a celebração<br />
de um contrato de franchising com a<br />
Bandag (marca de borracha para recauchutagem<br />
de uma empresa norte-americana,<br />
que foi comprada pela Bridgestone há 10<br />
anos). Desta forma, introduziu, em Portugal,<br />
uma tecnologia que a empresa apelida de<br />
pioneira, a recauchutagem de pneus a frio,<br />
assim chamada ainda que seja sempre feita<br />
a uma temperatura que ronda os 115°C.<br />
A empresa lusa dispõe de três unidades fabris<br />
distribuídas geograficamente pelo país<br />
(Braga, Pontão e Alcoitão), o que lhe permite<br />
uma maior proximidade com os clientes e<br />
uma excelente cobertura nacional. Conta com<br />
200 colaboradores no total das três fábricas e<br />
orgulha-se de fazer uso do equipamento mais<br />
avançado a nível mundial no que concerne à<br />
atividade de recauchutagem de pneus a frio.<br />
Ao longo de to<strong>dos</strong> estes anos, a Bandague<br />
tem vindo a fazer uma aposta na inovação,<br />
investindo em tecnologia avançada e na formação<br />
contínua <strong>dos</strong> seus colaboradores. O<br />
conceito de qualidade da empresa lusa passa<br />
pelo produto, pelo serviço de recauchutagem<br />
e pelo pós-venda, tendo como preocupação<br />
constante a satisfação das necessidades do<br />
mercado.<br />
CARCAÇAS DE QUALIDADE<br />
Sendo a borracha da Bandag fornecida pela<br />
Bridgestone, a Bandague não esconde que<br />
prefere recauchutar carcaças de marcas de<br />
qualidade, entre as quais está a Bridgestone).<br />
Neste artigo, abordamos o processo de recauchutagem<br />
de pneus a frio utilizado pela Bandague<br />
na unidade de Alcoitão, precisamente<br />
aquela que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou. Este<br />
processo é dividido por várias etapas, que<br />
culmina na carcaça recauchutada e pronta a<br />
utilizar com uma qualidade acima da média.<br />
A primeira dessas etapas é a inspeção inicial.<br />
Através da visão e do tato, técnicos competentes<br />
e experientes da empresa avaliam a<br />
fiabilidade e segurança da carcaça. Em seguida,<br />
a carcaça já selecionada passa para<br />
uma máquina chamada “sherográfica”. É<br />
precisamente neste ponto que começa a<br />
viagem do pneu recauchutado. A máquina<br />
faz uma avaliação exaustiva da carcaça com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Reportagem<br />
Bandague<br />
VANTAGENS DO<br />
PNEU RECAUCHUTADO<br />
• Trata-se de um produto “verde”<br />
• Prolonga a vida útil da carcaça, diminuindo<br />
a quantidade de resíduos<br />
• A produção de um pneu recauchutado<br />
implica a redução de cerca de 70%<br />
de consumo de petróleo<br />
• Reduz em cerca de 67% o consumo<br />
de eletricidade<br />
• Reduz em cerca de 35% o custo por<br />
quilómetro com pneus para o utilizador final<br />
a ajuda do técnico. A “sherográfica” tira 1.000<br />
fotografias à estrutura, permitindo detetar<br />
algum problema.<br />
Após esta avaliação e uma vez dado o “ok”, o<br />
pneu passa para uma máquina de impulsos<br />
elétricos. Estes impulsos detetam microfuros<br />
que não são visíveis a olho nu e que são, de<br />
seguida, tapa<strong>dos</strong>. Tendo em conta a nova<br />
utilização do pneu, definida no início da<br />
recauchutagem, é possível alterar o índice<br />
de velocidade.<br />
Segue-se o processo de raspagem, feito com<br />
uma raspadora automática de alta precisão,<br />
que retira toda a borracha desnecessária<br />
e restabelece a dinâmica de rolamento. A<br />
textura da superfície preparada funciona<br />
como fundação e, também, como superfície<br />
de ligação para o novo piso. Depois, é a vez<br />
da preparação e reparação da carcaça, sendo<br />
esta revitalizada até atingir praticamente as<br />
características de um pneu novo.<br />
RECAUCHUTAGEM A SUBIR<br />
A etapa seguinte diz respeito à aplicação<br />
do piso. O piso e a goma de ligação são<br />
aplica<strong>dos</strong> de forma homogénea na carcaça<br />
com precisão eletrónica através de uma máquina<br />
chamada “Extrusora”. A união torna-<br />
-se numa das partes mais fortes do pneu.<br />
A goma de ligação é da Bandag. Trata-se<br />
de uma borracha rica em componentes de<br />
aderência concebi<strong>dos</strong>, especificamente,<br />
para unir a forte borracha do piso a uma<br />
carcaça bem preparada. A penúltima etapa<br />
responde pelo nome de envelopagem e vulcanização.<br />
A vulcanização tem lugar num<br />
envelope flexível (o pneu é envolvido por<br />
uma espécie de capa) e colocada dentro<br />
de um cilindro onde vulcaniza a pressão<br />
e temperaturas moderadas, mantendo a<br />
integridade da carcaça.<br />
A baixa temperatura de vulcanização<br />
(aproximadamente, 115°C), a inexistência<br />
de calor excessivo e os moldes metálicos<br />
salvaguardam a carcaça da tensão associada<br />
a outros processos de recauchutagem. A<br />
etapa final é precisamente a inspeção, que<br />
assegura que to<strong>dos</strong> os registos da empresa<br />
são respeita<strong>dos</strong>. O pneu é analisado de forma<br />
meticulosa antes de ser entregue. A partir<br />
daqui, os pneus são armazena<strong>dos</strong> para serem<br />
devolvi<strong>dos</strong> aos clientes, que já eram<br />
donos das carcaças quando foram entregues<br />
à Bandague. Outros podem ser vendi<strong>dos</strong> no<br />
mercado de recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
Na fábrica da Bandague de Alcoitão, são<br />
“produzi<strong>dos</strong>” 60 pneus por dia. Cada um leva<br />
oito horas a recauchutar. Nas três unidades<br />
da empresa, estima-se que, em 2018, sejam<br />
recauchuta<strong>dos</strong> 41 mil pneus. Os números<br />
têm vindo a crescer ao longo <strong>dos</strong> anos, o que<br />
faz da Bandague o operador mais “famoso”<br />
e líder nesta atividade. u<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
C<br />
PROXESPORT.REVISTA PNEUS.pdf 1 21/07/2017 16:28:35<br />
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Entrevista<br />
Telmo Barradas<br />
Somos um<br />
fornecedor<br />
global de<br />
aftermarket<br />
Criada há 11 anos, a Euro Tyre é, desde 2015, quando se lançou na área das peças,<br />
um fornecedor global de aftermarket. Telmo Barradas, purchasing manager da<br />
unidade de pneus, o core business da empresa, explicou as razões que estão na<br />
génese do sucesso deste distribuidor de referência<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
om uma equipa constituída<br />
por 50 colaboradores, a Euro<br />
Tyre nasceu em 2007 para operar<br />
no negócio da distribuição<br />
de pneus. Presente, hoje, em<br />
Portugal e Espanha, a empresa liderada por<br />
Manuel Félix lançou-se, em 2015, na área das<br />
peças. E contratou, nesse ano, Telmo Barradas.<br />
Responsável pela unidade de pneus da Euro<br />
Tyre, que abrange diversas atividades (desde<br />
a compra ao call center, passando pelo pricing,<br />
pela gestão de stock e pelo nível de serviço<br />
prestado ao cliente), o purchasing manager<br />
tem como missão aumentar a rentabilidade<br />
do negócio de pneus dentro da organização.<br />
O que é isto de a Euro Tyre ser, hoje, um<br />
fornecedor global de aftermarket?<br />
Trata-se de um conceito que se baseia na<br />
diversificação da nossa atividade. Pensamos<br />
que o negócio da distribuição “convencional”<br />
de pneus, na verdadeira aceção da palavra,<br />
tem os dias conta<strong>dos</strong>. Pelo menos, não acreditamos<br />
no modelo de negócio da distribuição<br />
apenas de pneus. Não acreditamos que,<br />
no futuro, este negócio seja sustentável. Por<br />
isso, diversificámos a nossa atividade e somos,<br />
neste momento, um fornecedor global de<br />
aftermarket. Damos todas as soluções ao setor.<br />
Ou, melhor ainda, tentamos dar todas as<br />
soluções aos profissionais do setor. Quer sejam<br />
oficinas, operadores de retalho ou to<strong>dos</strong> os<br />
canais que possam absorver tudo o que envolve<br />
o aftermarket. Os pneus ainda são o core<br />
business da Euro Tyre, quanto mais não seja<br />
pelo valor de faturação que representam (cerca<br />
de 90%, ficando 10% para as peças). Apontamos<br />
para uma faturação de 36 milhões de<br />
euros em 2018, valor que será superior ao<br />
alcançado no ano anterior. Registaremos um<br />
crescimento de pneus em Portugal na ordem<br />
<strong>dos</strong> dois dígitos. Quer em número de unidades,<br />
quer em volume de faturação.<br />
É expectável que as peças venham a conquistar<br />
terreno aos pneus dentro da vossa<br />
organização?<br />
Sim. Até pela visão, estratégia, força e energia<br />
que estamos a aplicar na dinâmica de tudo<br />
o que é o aftermarket de peças com o projeto<br />
euroPARTNER. Pensamos dar estabilidade à<br />
velocidade de cruzeiro em tudo o que diga<br />
respeito a pneus. Pela dimensão do nosso<br />
país, não conseguiremos ter um crescimento<br />
exponencial, mas sim sustentável. Não estamos<br />
à procura de crescer por crescer. Estamos<br />
mais foca<strong>dos</strong> naquilo que é a rentabilidade.<br />
Penso que, de forma natural e tendo em conta<br />
o que estamos a fomentar no aftermarket de<br />
peças com o projeto euroPARTNER, o cresci-<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Purchasing Manager da Euro Tyre<br />
mento vá evoluir a curto e médio prazos para<br />
outros patamares. Estamos mais foca<strong>dos</strong> na<br />
perspetiva de rentabilizar o negócio de pneus<br />
para nos dar sustentabilidade nas outras áreas<br />
de negócio que temos.<br />
Hoje, na área <strong>dos</strong> pneus, a Euro Tyre trabalha<br />
com pneus ligeiros e de moto. Há três<br />
anos, deixaram de comercializar pneus<br />
pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas. Tratou-se<br />
de uma opção estratégica para diversificar<br />
o negócio e aumentar a rentabilidade?<br />
Correto. Tratou-se de uma decisão estratégica<br />
que tomámos, de facto, há três anos. Primeiro,<br />
porque não acreditamos no negócio da distribuição<br />
de pneus pesa<strong>dos</strong>, visto ser muito<br />
centralizado nos fabricantes e não permitir<br />
competir com a rentabilidade desejável e<br />
com a otimização logística ideal. Como os<br />
pneus pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas absorviam<br />
uma grande fatia do nosso orçamento,<br />
decidimos que esse valor seria melhor empregue<br />
no stock de peças. Hoje, chegamos à<br />
conclusão que foi uma decisão muitíssimo<br />
acertada, porque nos dá outra perspetiva de<br />
futuro e outra rentabilidade no negócio.<br />
Na área <strong>dos</strong> pneus, para além de seis marcas<br />
premium e de seis marcas quality, a<br />
Euro Tyre dispõe de três marcas próprias<br />
exclusivas...<br />
Nem mais. Estamos foca<strong>dos</strong> em 15 marcas,<br />
as quais trabalhamos toda a gama de A a Z.<br />
Dentro dessas, dispomos de três marcas próprias<br />
exclusivas (Achilles e Infinity para o<br />
segmento budget; Viking para o segmento<br />
quality). Mas o nosso portefólio contempla<br />
Michelin, Pirelli, Continental, Goodyear, Bridgestone<br />
e Dunlop para o mercado premium<br />
e Mabor, Cooper (pneus 4x4), Kumho, Firestone,<br />
Hankook e Nexen para o mercado quality. No<br />
segmento das duas rodas, trabalhamos com<br />
as principais marcas premium e com modelos<br />
de pneus 4x4. Não temos tudo, mas dispomos<br />
das medidas mais procuradas pelo mercado.<br />
Tem números que possa divulgar relaciona<strong>dos</strong><br />
com a atividade da Euro Tyre na área<br />
<strong>dos</strong> pneus?<br />
Neste momento, temos um stock nivelado<br />
que se situa entre as 125 mil e as 130 mil<br />
unidades, oscilando este número consoante<br />
as oportunidades que existam no mercado<br />
e as importações de marcas próprias provenientes<br />
da China que chegam por via marítima.<br />
Vendemos, em média, entre Portugal e Espanha,<br />
cerca de 55 mil unidades por mês. O<br />
nosso negócio de pneus divide-se entre 65%<br />
para Portugal e 35% para Espanha. Saem do<br />
nosso stock entre 800 a 1.000 pneus por dia<br />
para Espanha. No nosso país, é raro o dia em<br />
que não vendemos 1.500 unidades. Em média,<br />
este número oscila entre 1.500 e 2.500<br />
unidades por dia. Cobrimos cerca de 75% do<br />
território nacional com duas entregas diárias.<br />
Nos restantes 25%, não se consegue fazer<br />
mais do que uma entrega por dia, devido à<br />
tipologia das zonas. Temos uma rotação de<br />
stock a 70 dias.<br />
Onde acredita a Euro Tyre que faz a diferença<br />
no mercado?<br />
A nossa grande vantagem é a disponibilidade<br />
de stock. Depois, a qualidade do serviço que<br />
prestamos, quer ao nível do call center quer<br />
com a nossa distribuição direta para os distritos<br />
de Coimbra, Leiria, Aveiro e Viseu. O<br />
armazém que temos em Lisboa é outra mais-<br />
-valia, uma vez que dispõe de todo o nosso<br />
stock de pneus UHP disponível para o cliente,<br />
com quatro entregas diárias. No topo das<br />
nossas prioridades, está o stock, seguindo-<br />
-se-lhe a disponibilidade, o serviço e, só<br />
depois, o preço. Embora to<strong>dos</strong> estes fatores<br />
sejam essenciais na nossa atividade. Apostamos<br />
na rentabilidade. Sem ela, não existem<br />
negócios sustentáveis. Tentamos sempre<br />
ter um preço adequado aos produtos existentes<br />
em stock. Não estamos à procura de<br />
volume. O que vendemos tem de ser rentável.<br />
Continuamos com uma média de vendas<br />
de três unidades por encomenda.<br />
Que futuro perspetiva a Euro Tyre para o<br />
negócio da distribuição de pneus em Portugal?<br />
Estamos muito foca<strong>dos</strong> em nós e naquilo<br />
que podemos fazer para melhorar o nosso<br />
negócio. To<strong>dos</strong> os dias podemos criar valor<br />
e traçar uma perspetiva de sermos cada vez<br />
mais eficazes. Orienta<strong>dos</strong>, obviamente, para<br />
a rentabilidade. O que queremos sempre é<br />
comprar bem, ou seja, a um preço mais barato<br />
possível dentro das 15 marcas que<br />
trabalhamos. Tudo o que compramos tem<br />
de ser rentável. Caso contrário, não vale a<br />
pena comprar. Ter os fornecedores connosco<br />
(os independentes e os fabricantes) numa<br />
perspetiva de rentabilidade, é essencial. E<br />
estarem connosco é precisamente venderem-<br />
-nos pneus numa perspetiva de rentabilidade.<br />
Fomentar as três marcas próprias exclusivas<br />
de que dispomos, é outro <strong>dos</strong> objetivos que<br />
temos. Além disso, focamo-nos, também,<br />
em tudo o que é otimização de recursos.<br />
Como, por exemplo, baixar os custos de<br />
transporte e tornar o call center rentável, isto<br />
é, ouvir o cliente e tentar, sempre que possível,<br />
efetivar uma venda. Incentivamos<br />
bastante a compra (B2B) de pneus online.<br />
Não acreditamos no modelo de negócio<br />
online orientado para o consumidor final,<br />
uma vez que não nos aporta valor. Encaramos<br />
o futuro com otimismo. A Euro Tyre tem<br />
muita energia e muita dinâmica para dar ao<br />
mercado nos próximos anos. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Entrevista<br />
Aldo Machado<br />
Temos soluções para todas<br />
as necessidades do mercado<br />
Cumpri<strong>dos</strong> três anos<br />
de presença no<br />
mercado português,<br />
Aldo Machado, country<br />
manager da NEX<br />
Tyres Portugal, faz<br />
um balanço muito<br />
positivo da atividade<br />
da empresa. A<br />
mudança para as novas<br />
instalações veio dar um<br />
novo fôlego e fortalecer<br />
o seu posicionamento<br />
no mercado<br />
Por: João Vieira<br />
epois de três anos de trabalho<br />
árduo de toda a equipa, a NEX<br />
entrou numa fase de consolidação<br />
para dar continuidade<br />
a tudo o que tem vindo a desenvolver.<br />
A proximidade aos clientes é o seu<br />
ponto forte e não vai abdicar dele. Melhorar<br />
continuamente o nível de serviços, de aprovisionamento,<br />
de recursos e de stocks, são as<br />
linhas mestras da estratégia da NEX Portugal,<br />
que procura acrescentar valor a to<strong>dos</strong> os<br />
serviços que disponibiliza aos clientes.<br />
A NEX está presente em Portugal desde<br />
novembro de 2015. Que balanço faz destes<br />
três anos de atividade?<br />
Cumprimos, no dia 9 de novembro, três anos<br />
de atividade em Portugal como empresa<br />
distribuidora grossista de pneus. Durante<br />
este tempo, para além do trabalho árduo que<br />
temos tido como equipa e tendo em conta<br />
fatores externos, como a competitividade e até<br />
mesmo a deterioração de algumas margens<br />
por via da excessiva competitividade, acho<br />
que temos tido um bom percurso e posso<br />
congratular-me, conjuntamente com a nossa<br />
equipa, de sermos, neste momento, uma empresa<br />
que é já uma referência na distribuição<br />
grossista de pneus. Num mercado bastante<br />
maduro, onde existem empresas com várias<br />
décadas de existência, a intromissão da NEX<br />
neste top de players de distribuição grossista<br />
é, para nós, um enorme orgulho e dá-nos<br />
uma perspetiva de continuidade e de futuro<br />
risonho para a empresa, sempre com o foco<br />
no cliente e com a vocação e dedicação que<br />
já nos é característica.<br />
Considera que a entrada da NEX em Portugal<br />
provocou alguma desestabilização<br />
no mercado?<br />
Há três anos, não existia a NEX, que, entretanto,<br />
veio ocupar o seu espaço no mercado.<br />
Esse espaço surgiu com muito trabalho, mas,<br />
desde que a NEX entrou no mercado até<br />
hoje, não vejo grandes players a sentirem<br />
mais dificuldades ou a perderem quotas de<br />
mercado significativas. O que quer dizer que<br />
o mercado terá absorvido a entrada da NEX,<br />
seja por via de uma eventual perda de quota<br />
<strong>dos</strong> fabricantes, pela introdução de pneus<br />
novos em detrimento de pneus usa<strong>dos</strong>, seja<br />
pela melhoria das condições económicas.<br />
Portanto, creio que a NEX, pela forma como<br />
se introduziu no mercado, não veio provocar<br />
nenhuma desestabilização.<br />
Que fatores mais destaca no funcionamento<br />
da empresa?<br />
A NEX destaca-se por ser uma empresa com<br />
uma grande proximidade com aos clientes<br />
através de vários fatores. Não só na vertente<br />
online - que é uma característica de quase<br />
to<strong>dos</strong> os players do mercado - mas, também,<br />
pelo fator humano, onde a NEX tem, neste<br />
momento, um grande reconhecimento por<br />
parte do mercado e <strong>dos</strong> seus clientes. Temos<br />
quatro gestores de conta/comerciais bastante<br />
dedica<strong>dos</strong> à relação entre a empresa e os clientes,<br />
bastante foca<strong>dos</strong> nas suas necessidades<br />
e este é, na minha opinião, o grande fator<br />
que nos distingue. São pessoas de grande<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Country Manager da NEX Tyres Portugal<br />
perfil e de reconhecidíssimo mérito que já<br />
têm muitos anos de mercado (assim como<br />
todas as equipas administrativa e logística,<br />
constituídas por excelentes profissionais e<br />
experientes neste setor), que nos permitem<br />
ter, não só, um serviço de qualidade, mas,<br />
acima de tudo, um foco total naquilo que<br />
são as necessidades do cliente. Outro fator<br />
relevante é a presença tranversal da NEX no<br />
mercado, ao abranger uma série de segmentos<br />
que acabam por complementar a sua oferta<br />
em pneus ligeiros, comerciais e pesa<strong>dos</strong> com<br />
pneus agrícolas, industriais e de moto, assim<br />
como várias soluções ao nível de equipamentos<br />
secundários, como é o caso das mousses e das<br />
câmaras de ar. Portanto, toda essa panóplia de<br />
produtos acaba por diferenciar-nos e vincular<br />
os clientes de forma a que a NEX seja tida<br />
como uma solução de fornecimento, quase<br />
diário, das suas necessidades.<br />
Em abril deste ano, mudaram de instalações.<br />
O que trouxe de positivo esta mudança?<br />
A mudança para as novas instalações foi<br />
extremamente positiva, para além de ser<br />
necessária. Estávamos num armazém com<br />
3.000 m 2 em Lisboa, que era insuficiente para<br />
a quantidade de produtos que estávamos a<br />
comercializar e para novas gamas que queríamos<br />
introduzir. As instalações já estavam<br />
a “colapsar”. Portanto, estes 5.000 m 2 que<br />
temos atualmente, em Póvoa de Santa Iria, já<br />
satisfazem as necessidades de proximidade de<br />
Lisboa. Continuamos a manter a plataforma<br />
no Porto, onde temos apenas pneus ligeiros,<br />
num stock médio na casa <strong>dos</strong> 8.000 pneus,<br />
e, depois, temos o suporte <strong>dos</strong> armazéns<br />
centrais de Espanha (no caso de Madrid, nos<br />
pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, encontrando-se toda<br />
a gama agrícola e industrial em Manresa).<br />
Também trabalhamos com pneus de moto<br />
no armazém central do nosso sócio (Rodi),<br />
em Barcelona. Com estas cinco plataformas,<br />
cobrimos praticamente todas as necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes e do mercado.<br />
Como é constituída a vossa gama atual<br />
de pneus?<br />
Comercializamos pneus para veículos ligeiros,<br />
pesa<strong>dos</strong>, agrícolas, industriais e motos. São<br />
segmentos transversais às necessidades da<br />
maioria <strong>dos</strong> clientes. Todo o retalho dedica<br />
uma grande parte da sua atividade a vários<br />
segmentos e somos, de facto, uma empresa<br />
multissegmento e multiproduto, apresentando<br />
várias soluções para to<strong>dos</strong> os níveis de<br />
necessidade <strong>dos</strong> clientes, desde o produto<br />
mais económico ao produto premium e em<br />
to<strong>dos</strong> estes segmentos, para que eles possam<br />
socorrer-se da NEX de modo a satisfazer as<br />
suas necessidades diárias.<br />
Falando, então, a nível de stock, quantos<br />
pneus têm, em média, em armazém?<br />
Em Lisboa, temos cerca de 45.000 pneus<br />
ligeiros e nos pneus pesa<strong>dos</strong> rondamos os<br />
5.000. Em stock das gamas agrícola e industrial,<br />
situamo-nos entre 1.500 e 2.000 pneus,<br />
não sendo, neste caso, um stock importante,<br />
porque, como referi, socorremo-nos do stock<br />
central em Espanha. No que diz respeito a<br />
pneus de moto, disponibilizamos cerca de<br />
2.000 a 2.500 unidades na plataforma de<br />
Lisboa. Fazendo contas ao stock disponível<br />
para o mercado português nas várias plataformas,<br />
falamos em cerca de 200.000 pneus<br />
ligeiros e pesa<strong>dos</strong> e mais de 1.000 toneladas<br />
de pneus agro-industriais, isto para além de<br />
50.000 pneus de moto.<br />
Quais as marcas que comercializam em<br />
exclusivo?<br />
Em to<strong>dos</strong> os segmentos de produto temos<br />
marcas exclusivas. Trabalhamos em regime<br />
de exclusividade na gama de ligeiros com a<br />
Kleber, uma marca histórica do Grupo Michelin,<br />
com a qual temos um plano de fidelização<br />
de clientes (a rede Kléber Service Center<br />
com a insígnia KSC). Também trabalhamos<br />
uma série de outras marcas budget, como<br />
é o caso da Taurus, também pertencente<br />
ao Grupo Michelin, e a Blacklion - tanto em<br />
pneus ligeiros como em pesa<strong>dos</strong> - que é uma<br />
marca asiática de referência no mercado com<br />
boa imagem e boa rentabilidade em termos<br />
de produto budget. E, depois, trabalhamos<br />
noutros segmentos com outras marcas. No<br />
caso <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, trabalhamos com a Riken,<br />
também proveniente do Grupo Michelin, que<br />
é a solução mais económica em termos de<br />
produto europeu. Vamos, agora, cumprir dois<br />
anos de parceria em exclusivo com a Kumho<br />
nos pneus pesa<strong>dos</strong> e nas marcas agrícolas<br />
temos a exclusividade da Özka, de origem<br />
turca. Neste momento, na gama moto temos<br />
apenas uma marca, que é Goldentyre. Em<br />
janeiro, iremos revelar uma novidade importante<br />
em matéria de produtos exclusivos,<br />
com uma marca europeia de referência em<br />
pneus ligeiros e de moto.<br />
Como tem evoluído a plataforma online e<br />
quais as suas funcionalidades?<br />
De facto, os nossos clientes estão bastante<br />
“apoia<strong>dos</strong>” nos nossos comerciais. No entanto,<br />
to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong>, seja via CRM, em que o<br />
comercial pode processar algum pedido,<br />
seja através da plataforma, são suporta<strong>dos</strong><br />
pelo B2B da NEX. É uma plataforma bastante<br />
dinâmica, a qual foi alvo de uma reestruturação<br />
significativa há cerca de um mês, onde<br />
transformámos o seu layout para algo mais<br />
intuitivo. No fundo, o objetivo principal foi<br />
tornar o portal mais user friendly, onde os<br />
clientes conseguem fazer compras rápidas,<br />
consultar com o máximo de detalhe todas as<br />
transações que têm com a NEX, sendo possível,<br />
neste momento, procurar uma fatura ou uma<br />
guia de remessa de um determinado pneu<br />
comprado em 2015, no ano passado ou há<br />
um mês, através de uma série de filtros que<br />
foram implementa<strong>dos</strong> e que permitem, rapidamente,<br />
aceder a to<strong>dos</strong> os documentos.<br />
É uma plataforma que satisfaz todas as necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes e onde estes podem<br />
consultar to<strong>dos</strong> os produtos, os seus preços e<br />
criar orçamentos, permitindo aceder a toda a<br />
informação necessária para o seu dia a dia e,<br />
inclusive, a informação histórica à qual (regra<br />
geral) não é fácil aceder.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Entrevista<br />
Aldo Machado<br />
Ao nível da logística, quantas entregas<br />
diárias estão a fazer?<br />
Trabalhamos com um transportador de referência<br />
no mercado, que nos permite fazer<br />
quatro entregas diárias na zona da Grande<br />
Lisboa. No Grande Porto e no norte, através<br />
do armazém do Porto, fazemos entregas<br />
duas vezes ao dia. Através da plataforma de<br />
Lisboa, conseguimos entregas bi-diárias num<br />
eixo que cobre as zonas de Leiria, Coimbra e<br />
Setúbal. Também no Algarve e em algumas<br />
zonas do Alentejo conseguimos garantir esta<br />
cadência. As entregas provenientes <strong>dos</strong> armazéns<br />
de Espanha demoram entre 24 e 48<br />
horas no que diz respeito a produto ligeiro e<br />
de moto. No produto, agrícola até 72 horas.<br />
O que têm feito para fidelizar os clientes?<br />
Por norma, para além das ações pontuais<br />
que partilhamos com alguns fabricantes premium<br />
com quem trabalhamos, tentamos<br />
dinamizar, ativamente, todas as nossas marcas<br />
exclusivas. Temos, para além do programa<br />
de fidelização da Kleber, várias campanhas<br />
ao longo do ano, associadas à aquisição de<br />
pneus desta marca. Também o fazemos nas<br />
outras marcas exclusivas, nomeadamente<br />
com a Blacklion, e de uma forma mais forte<br />
com a Kumho. Todas essas dinâmicas são<br />
introduzidas no B2B, sendo comunicadas no<br />
próprio portal através de pop-ups ou através<br />
de um eventual comunicado por email e,<br />
também, pela força comercial, que em todas<br />
as suas visitas dinamiza as campanhas que<br />
temos em desenvolvimento.<br />
Que avaliação faz do desempenho da NEX<br />
em 2018?<br />
A NEX tem tido objetivos ambiciosos. Agora<br />
de uma forma mais comedida porque, ao<br />
fim do terceiro ano, não se podem esperar<br />
crescimentos exponenciais. É natural que o<br />
crescimento seja percentualmente menos<br />
elevado do que em anos anteriores, mas, de<br />
facto, atingimos os objetivos preconiza<strong>dos</strong>.<br />
Estamos já com um volume de faturação<br />
interessante para o mercado e, em termos<br />
de resulta<strong>dos</strong> financeiros, temos um crescimento<br />
percentual significativo decorrente<br />
da conjuntura do mercado e da presença da<br />
NEX pelo terceiro ano no mercado. A nossa<br />
estratégia passa, agora, não pela penetração,<br />
mas pela consolidação da nossa presença,<br />
através da otimização e rentabilização de<br />
recursos, nomeadamente estruturais. Obviamente,<br />
pretendemos obter algum crescimento<br />
percentual das margens operacionais, porque<br />
os nossos produtos e serviços vão sendo<br />
reconheci<strong>dos</strong> pelo mercado e permitem, não<br />
apenas à NEX, mas, também, ao cliente, que<br />
é o nosso foco principal, gerar mais margem<br />
e acrescentar valor ao negócio.<br />
Ainda existem, então, oportunidades para<br />
novos players entrarem no mercado?<br />
No nosso caso, temos sempre de olhar de<br />
uma forma muito atenta para alguns nichos<br />
onde não estamos presentes. E, essa, é uma<br />
das razões pela qual apostaremos numa nova<br />
marca a partir de janeiro. Mas para quem entra<br />
de novo no mercado, tudo é mais difícil. Para<br />
nós, será uma estratégia de consolidação,<br />
mas para novos players será uma tarefa mais<br />
árdua, podendo o mercado ressentir-se ou<br />
não, dependendo da capacidade <strong>dos</strong> novos<br />
operadores que se possam instalar. Fala-se<br />
muito da entrada em 2019 de grandes players<br />
internacionais no mercado ibérico, numa<br />
altura em que o mercado anseia por alguma<br />
estabilidade e melhoria de margens. Com uma<br />
nova concorrência de dimensão internacional,<br />
provavelmente algumas das empresas já<br />
estabelecidas podem sofrer consequências.<br />
Penso que o mercado está maduro e estabilizado,<br />
mas a qualquer momento a dinâmica<br />
internacional existente pode inverter.<br />
Como analisa a compra de plataformas<br />
online por alguns fabricantes? Acredita que<br />
as vendas online e os grandes portais de<br />
comércio de pneus vão alterar o negócio?<br />
Em Portugal, a evolução do mercado B2C tem<br />
sido muito lenta e presumo que vá manter-se<br />
assim durante mais alguns anos. Os condutores<br />
atuais ainda estão muito fideliza<strong>dos</strong><br />
aos serviços das casas de pneus e oficinas<br />
em geral. Gostam de aconselhamento e de<br />
serem bem servi<strong>dos</strong> e acarinha<strong>dos</strong>. Por isso,<br />
não acredito que, no espaço de um ou dois<br />
anos, o B2C vá “disparar” e conquistar uma<br />
quota significativa de mercado. No entanto,<br />
temos de estar atentos, porque, em merca<strong>dos</strong><br />
próximos, como o francês, as vendas B2C já<br />
representam uma fatia importante do volume<br />
total. Por outro lado, a participação de fabricantes<br />
nas plataformas B2C faz sentido na sua<br />
estratégia de verticalização do setor, mas, no<br />
caso específico do mercado português, não<br />
é uma estratégia que irá produzir resulta<strong>dos</strong><br />
significativos a curto prazo.<br />
Como vê a evolução <strong>dos</strong> canais de venda,<br />
em particular o interesse que as oficinas<br />
de mecânica e os concessionários de automóveis<br />
estão a demonstrar pelos pneus?<br />
Hoje, já há poucas casas de pneus tradicionais,<br />
porque cada vez estão mais dedicadas<br />
à mecânica e serviços rápi<strong>dos</strong>. Por outro lado,<br />
as oficinas típicas de mecânica, que há dois<br />
ou três anos não queriam abordar o negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus, hoje já têm os seus equipamentos<br />
e pessoas dedicadas a esse serviço. Creio que<br />
o aftermarket cada vez mais tende a ser um<br />
todo, um conceito multisserviços, onde os<br />
concessionários de automóveis têm uma<br />
fatia muito interessante do mercado, assim<br />
como o conceito da nova distribuição, que<br />
continua em ascensão no mercado português.<br />
Penso que a transversalização desses serviços<br />
veio para ficar e, cada vez mais, será uma<br />
tendência, onde to<strong>dos</strong> os operadores têm de<br />
prestar todo o tipo de serviços, otimizando os<br />
seus recursos e tentando, assim, assegurar ou<br />
aumentar a rentabilidade do negócio, para,<br />
acima de tudo, não perderem os clientes<br />
que necessitem de substituir os pneus das<br />
suas viaturas. u<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
af imprensa eurorepar oficinas set 18 190x270 revista pneus.indd 1 25/09/18 14:06
Notícias<br />
Produto<br />
Continental <strong>Pneus</strong> entregou<br />
donativo às APSI e Estrada Viva<br />
A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal entregou à APSI e à Estrada<br />
Viva um donativo no valor de cerca de €500 a<br />
cada. Este montante resulta de um desafio lançado pela<br />
Continental a um grupo de clientes que participaram<br />
no evento anual que a empresa organiza. A escolha<br />
destas duas associações foi da responsabilidade <strong>dos</strong> dois<br />
clientes vencedores: Luís Leal, da Autocentro Realce,<br />
e Vítor Magano, da Tiresur. O desafio, integrado num<br />
evento B2B, foi pensado e idealizado em linha com os<br />
princípios orientadores da “Vision Zero” e teve como<br />
base uma experiência de condução cujos parâmetros<br />
em análise foram, não só, os tempos, mas, também,<br />
os comportamentos e as atitudes durante a condução,<br />
como, por exemplo, a utilização do telemóvel.<br />
Segundo Marco Barbosa, diretor de marketing da<br />
Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, “a empresa, sempre que<br />
possível, partilha com clientes, fornecedores e colaboradores<br />
os princípios e a missão do projeto ‘Vision<br />
Zero’, sensibilizando estes públicos para a importância<br />
<strong>dos</strong> comportamentos seguros durante a condução”.<br />
Euromaster celebra com êxito<br />
Convenção Ibérica 2018<br />
A Convenção Ibérica 2018 é um <strong>dos</strong> eventos mais importantes do ano para a Euromaster<br />
e a edição deste ano, em Madrid, foi considerada um êxito, ao juntar mais de<br />
250 pessoas pertencentes à rede de Portugal e Espanha, num evento para refletir,<br />
partilhar e conhecer as novidades oferecidas pelo setor e os planos de negócio que<br />
a Euromaster lançará nos próximos meses.<br />
Este evento teve como foco o projeto “Novo Rumo”, que está a passar por uma transformação<br />
que está a ser implementada com diferentes iniciativas na rede, com o<br />
objetivo de garantir que a vida <strong>dos</strong> colaboradores e clientes da Euromaster seja<br />
mais fácil e segura. Os membros da Euromaster conheceram, em primeira mão, a<br />
realidade atual do setor, oferecida pelos profissionais da GiPA e do Grupo EINA, onde<br />
foi explicada a visão sobre como a rede Euromaster continuará a desempenhar um<br />
papel fundamental para garantir que os seus clientes vivam uma experiência memorável<br />
quando visitam os centros. Digitalização, tratamento personalizado, máxima<br />
atenção aos detalhes, honestidade e transparência são alguns <strong>dos</strong> motes que a rede<br />
tem em atenção para se preparar para o futuro e acompanhar as necessidades <strong>dos</strong><br />
clientes quando estes visitam os seus centros.<br />
Triangle chega à Tiresur Portugal<br />
A Triangle volta a confiar na Tiresur para distribuir<br />
a sua marca em Portugal. Depois da concessão da<br />
distribuição exclusiva da gama PCR em Espanha, a<br />
Triangle optou por contar com o profissionalismo<br />
e com o conhecimento de mercado da Tiresur para<br />
distribuir a marca no nosso país. A Triangle é um <strong>dos</strong><br />
principais fabricantes a nível do mercado mundial,<br />
com uma produção anual que supera os 25 milhões de<br />
pneus, graças às suas fábricas inteligentes, aos centros<br />
de I&D localiza<strong>dos</strong> nos EUA e na China e às suas mais<br />
de 360 patentes. A Tiresur dá, assim, mais um passo<br />
na sua política de ampliação constante da gama, ao<br />
incorporar marcas de confiança ao seu portefólio,<br />
como é o caso da Triangle.<br />
Hankook Tire apresentou<br />
pneus futuristas no Salão de Essen<br />
A Hankook Tire voltou a apostar forte no Salão Automóvel de Essen de 2018, com a<br />
apresentação de dois concepts de pneus futuristas: Hexonic e Aeroflow. O Hexonic é<br />
um pneu inteligente para veículos autónomos de mobilidade partilhada. O designer<br />
considerou os veículos completamente autónomos sem condutor com padrão para<br />
as cidades do futuro e desenvolveu um pneu para veículos de utilização partilhada.<br />
Já o Aeroflow, trata-se de um pneu desenvolvido para uma utilização mais desportiva,<br />
melhorando a aerodinâmica. Por isso, a roda foi desenvolvida com uma banda de<br />
rolamento separada, otimizando a aderência do pneu. As rodas contam com jantes<br />
com formato de turbina para absorver o ar durante a marcha e gerar, a partir daí,<br />
carga aerodinâmica adicional.<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Tecnologia Spotech da BKT<br />
melhora eficácia<br />
A tecnologia Spotech, desenvolvida pela BKT para pneus OTR e portuários, permite<br />
fornecer informações sobre a posição certa das máquinas, traçada pelo satélite, que<br />
pode ser programado e personalizado, de acordo com o site de aplicação, os volumes<br />
e os veículos. O objetivo é proceder a uma análise cinemática do movimento: o<br />
sistema inclui um acelerómetro triaxial, posicionado na máquina, por forma a poder<br />
registar os seus movimentos latitudinais, longitudinais, verticais e as forças envolvidas,<br />
além da velocidade, da duração <strong>dos</strong> ciclos e de outros parâmetros úteis para<br />
tornar eficiente o trabalho do cliente nos setores do movimento em terra e portuário.<br />
Todas as informações obtidas pela Spotech permitem criar um verdadeiro “estudo”<br />
da utilização do pneu, mesmo em função <strong>dos</strong> seus efeitos e consequências sobre<br />
a máquina em que está montado. Em âmbito OTR, para o qual este dispositivo foi<br />
inicialmente projetado, as máquinas efetuam ciclos geralmente repetitivos, sendo,<br />
assim, possível avaliar o valor TKPH, ou seja, o esforço do dumper, analisando, aproximadamente,<br />
qual é o peso que transporta e por quantos km/h.<br />
Michelin exibe novo pneu<br />
homologado para BMW R 1250 GS<br />
O novo Michelin Anakee Adventure, que será posto à<br />
venda em janeiro de 2019, foi homologado para a BMW<br />
R 1250 GS. O Anakee Adventure une-se à gama Trail do<br />
grupo francês, juntamente com os já existentes Road 5<br />
Trail (para uma utilização 100% em estrada) e Anakee<br />
Wild (50% asfalto e 50% off-road). Com esta última<br />
incorporação na gama, que foi concebida para uma<br />
utilização de 80% em estrada e 20% off-road, cobre-se<br />
um espectro ainda mais alargado de necessidades <strong>dos</strong><br />
condutores de trails, dependendo da frequência com<br />
que rodam fora de estrada. Destaca-se, especialmente,<br />
pela sua excecional aderência em piso molhado, devido<br />
à nova geração de compostos de sílica melhora<strong>dos</strong>.<br />
Também oferece uma magnífica performance em<br />
piso seco, combinando estabilidade e resistência ao<br />
desgaste, graças a duas tecnologias patentadas pela<br />
Michelin: Dual Compound 2CT e Dual Compound 2CT<br />
+. O novo desenho da banda de rolamento, com um<br />
rasto mais aberto, proporciona a tração necessária<br />
quando se circula por pistas e trilhos não asfalta<strong>dos</strong>.<br />
Bridgestone tem<br />
novo pneu para agricultura<br />
A Bridgestone apresentou a sua mais recente adição ao segmento agrícola de elevado<br />
rendimento: o VX-TRACTOR. Este pneu foi criado com vista à necessidade que os seus<br />
utilizadores têm de conseguir uma maior produtividade e eficiência, permitindo-lhes<br />
operar de forma mais rápida e levar cargas mais pesadas, sem comprometer o tempo<br />
de vida útil. A primeira preocupação <strong>dos</strong> engenheiros deste pneu foi o seu desempenho.<br />
Querendo que os seus utilizadores se sentissem confiantes com o VX-TRACTOR,<br />
a Bridgestone incorporou o seu design de ombro patenteado, tornando-o mais longo<br />
e largo, com um volume 20% maior do que os <strong>dos</strong> seus concorrentes diretos. Este aumento<br />
do volume do ombro representa, também, uma maior profundidade <strong>dos</strong> sulcos<br />
do que aquela que é oferecida pelas restantes marcas. Paralelamente, o invólucro do<br />
pneu foi desenvolvido de forma a minimizar a<br />
pressão interna do mesmo, o que permite um<br />
ótimo desempenho a alta velocidade e com<br />
cargas mais pesadas, com uma pressão até<br />
2.4 bar. O volume extra da borracha aumenta<br />
a força e minimiza os efeitos de erosão, fricção<br />
e uso. A cinta de piso premium, com seis<br />
camadas, também ajuda a proteger contra<br />
danos e potenciais furos. A área das paredes<br />
laterais foi, também, reduzida e reforçada,<br />
diminuindo ainda mais a vulnerabilidade do<br />
pneu a furos.<br />
Falken apresenta pneu UHP<br />
Azenis FK510<br />
A Falken, fabricante de pneus de altas prestações do<br />
Grupo Sumitomo, organizou, em Barcelona, uma sessão<br />
de track days para clientes. O evento, que contou<br />
com a colaboração do European Speed Club, tinha<br />
como objetivo que os convida<strong>dos</strong> testassem em pista<br />
o Azenis FK510, pneu UHP da Falken, marca que, em<br />
Portugal, é representada pela AB Tyres. Ao longo de<br />
um percurso de quase 5 km e com automóveis com<br />
potências até 400 cv, os clientes Falken puderam apreciar<br />
as prestações e a potência de oito Porsche 991T.<br />
O programa incluiu ainda uma formação completa<br />
sobre os produtos para pista, assim como algumas<br />
atividades especiais em Barcelona. Este modelo tem<br />
vindo a convencer tanto pilotos como ensaiadores<br />
independentes profissionais. Este foi um <strong>dos</strong> três primeiros<br />
pneus no teste de 2017 da revista Autobild,<br />
tendo ficado classificado entre as marcas premium<br />
no teste da revista Auto Zeitung, o que confirma o<br />
seu excelente rendimento em pisos molhado e seco.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29
Notícias<br />
Produto<br />
PUB<br />
Continental lança EcoContact 6:<br />
pneu mais sustentável<br />
A Continental apresentou o seu novo pneu EcoContact 6 para automóveis ligeiros,<br />
um pneu de verão de alta tecnologia que oferece melhorias substanciais no que a<br />
resistência de rolamento, quilometragem, precisão da direção e distância de travagem<br />
diz respeito. Comparativamente ao modelo anterior, o novo é 20% mais<br />
durável e tem uma resistência ao rolamento 15% inferior. Permite ainda uma<br />
manobrabilidade mais precisa e reduz as distâncias de travagem em piso seco e<br />
molhado. A marca já recebeu 12 aprovações de fabricantes europeus de veículos<br />
para a instalação de origem do Ecocontact 6. Este pneu inclui o inovador composto<br />
GreenChili 2.0, que permite que o piso se adapte da melhor forma ao asfalto,<br />
obrigando a uma menor força de travagem. Logo, a um desgaste inferior.<br />
Nova BMW S1000 RR<br />
traz pneus Bridgestone<br />
A Bridgestone anunciou que o seu pneu<br />
Battlax Hypersport S21 foi selecionado e<br />
aprovado pela BMW Motorrad como equipamento<br />
original do novo modelo S1000RR. A<br />
marca desenvolveu uma versão específica do<br />
Battlax S21 para este novo modelo da BMW.<br />
O pneu dianteiro foi desenvolvido com um<br />
perfil de coroa otimizado para uma condução<br />
mais precisa em curva e uma maior sensação<br />
neutra, em conjunto com um composto de<br />
tripla camada e um enchimento granulado<br />
de elevada rigidez para maior otimização do<br />
amortecimento e da estabilidade. O pneu S21<br />
traseiro inclui maior estabilidade e aderência<br />
através do composto de alto nível e de uma<br />
maior rigidez da coroa graças à tecnologia<br />
Mono Spiral Belt da Bridgestone.<br />
Alliance apresenta<br />
novo A389 VF-Imp para<br />
transporte agrícola<br />
A Alliance realizou, na Dinamarca, testes para<br />
apresentar o novo A389 VF-Imp, um pneu<br />
“muito delicado e respeitador para com o<br />
piso”. Durante os testes, duas combinações<br />
idênticas de trator com reboque fizeram<br />
várias passagens num terreno arado ao<br />
mesmo tempo. Como dizem na Alliance, “as<br />
medições realizadas com um penetrómetro<br />
demonstram que a compactação do solo por<br />
onde passaram os pneus A389 VF-Imp era,<br />
notavelmente, inferior e a profundidade da<br />
pegada era, claramente, menor do que as do<br />
reboque equipado com pneus “normais”. O<br />
modelo A389 VF-Imp oferece a melhor solução<br />
possível para a proteção do solo com<br />
implementos pesa<strong>dos</strong>, reboques de grão,<br />
cisternas de farinha e outros reboques agrícolas.<br />
Graças à combinação eficaz da flutuação<br />
com a tecnologia de alta flexão (Very High<br />
Flexion - VF), o novo A389-VF Imp é um pneu<br />
muito fiável que proporciona enorme flutuação,<br />
compactação mínima do solo, grande<br />
capacidade de carga, estabilidade a todas<br />
as velocidades e nível reduzido de desgaste,<br />
que se traduz numa longa vida útil.<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Pneu da Hankook para elétricos<br />
recebe prémio IDEA<br />
O Kinergy AS ev da Hankook, pneu concebido para veículos ligeiros<br />
elétricos da segunda geração, foi premiado pelos International Design<br />
Excellence Awards (IDEA) de 2018 na categoria automobilismo<br />
e transporte. Com o seu conceito futurista de pneus, a Hankook<br />
já convenceu, várias vezes, nos últimos anos, nestes prémios. Este<br />
pneu caracteriza-se, entre outras coisas, por um ruído de rolamento<br />
especialmente baixo, otimizado para veículos elétricos. O conforto, o<br />
rendimento e a manobrabilidade do Kinergy AS ev são equiparáveis<br />
aos pneus de altas prestações para ligeiros. O desenho <strong>dos</strong> blocos<br />
imita os circuitos elétricos e o desenho <strong>dos</strong> flancos garante uma<br />
aerodinâmica melhorada e um comportamento ótimo durante a<br />
marcha. Foram utilizadas várias tecnologias para reduzir ruí<strong>dos</strong>.<br />
Desta forma, a Hankook integrou uma tecnologia para reduzir<br />
determinadas audiofrequências geradas.<br />
banner revista sjose 2018_final.pdf 1 27/09/2018 17:10:23<br />
Goodyear apresenta<br />
solução “Roll by”<br />
A Goodyear apresentou, nos EUA, uma nova experiência de compra e<br />
montagem de pneus, denominada “Roll by Goodyear”. Eis como funciona:os<br />
clientes iniciam a sua compra na Internet, com uma experiência<br />
sem sobressaltos em RollByGoodyear.com ou num concessionário. Os<br />
concessionários da “Roll by Goodyear” estão situa<strong>dos</strong> em centros comerciais<br />
onde as pessoas vivem, trabalham e fazem as suas compras. Uma<br />
vez adquiri<strong>dos</strong> os pneus pela Internet ou na loja, os clientes podem escolher<br />
entre várias opções de montagem. Podem deixar as suas chaves<br />
num concessionário e desfrutar do entretenimento próximo ou a “Roll by<br />
Goodyear” proporcionará um serviço de guarda de automóveis, que recolherá<br />
o veículo de um cliente no lugar por este escolhido e o devolverá<br />
onde este estiver. Os clientes também podem programar uma instalação<br />
através de uma unidade móvel, que irá onde eles estiverem e montará<br />
os pneus. Toda a instalação será acompanhada de atualizações de estado<br />
em tempo real por correio eletrónico ou mensagem de texto, pelo que o<br />
cliente não perderá tempo a pensar quando estará pronto o seu veículo.<br />
A Goodyear levou a cabo vários testes de mercado prévios para a Roll e os<br />
resulta<strong>dos</strong> foram extremamente favoráveis em to<strong>dos</strong> os grupos da população,<br />
especialmente entre os millennials.<br />
PUB<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Notícias<br />
Empresas<br />
Prometeon Tire Group investe<br />
115 milhões de dólares na Turquia<br />
O Prometeon Tire Group, fabricante de pneus para camiões,<br />
autocarros, agricultura e OTR sob a licença da<br />
Pirelli, vai investir 115 milhões de dólares no período<br />
compreendido entre 2018 e 2020 na Turquia, de forma<br />
a aumentar a sua capacidade produtiva e a implementar<br />
tecnologia avançada na sua fábrica de Izmit, a primeira<br />
unidade de pneus estabelecida na Turquia. Com o aumento<br />
da capacidade produtiva como resultado do<br />
novo investimento, a Prometeon vai incorporar mais<br />
150 postos de trabalho diretos e 750 indiretos. To<strong>dos</strong><br />
serão novas contratações. Estes novos colaboradores<br />
vão unir-se aos 2.000 postos diretos e 10.000 indiretos.<br />
Para além da capacidade produtiva anual de pneus, a<br />
fábrica turca vai aumentar em 75%, até 2020, a exportação<br />
para merca<strong>dos</strong> estrangeiros, que deverá duplicar, sendo<br />
uma importante contribuição para a balança do país.<br />
Gastronomia Ibérica<br />
brilha no Guia Michelin<br />
BKT projeta<br />
nova unidade fabril nos EUA<br />
A Balkrishna Industries Limited (BKT), liderada por Arvind<br />
Poddar, um <strong>dos</strong> fabricantes líderes de pneus off-highway,<br />
com sede principal na Índia, volta às manchetes ao anunciar<br />
o seu novo projeto de construção de uma unidade<br />
produtiva no valor de 100 milhões de dólares para servir,<br />
não apenas os merca<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> EUA, mas, também, toda<br />
a região americana. Esta nova unidade de produção<br />
será a primeira do grupo multinacional fora da Índia. O<br />
projeto para a construção de uma unidade de produção<br />
de pneus nos EUA, constituindo um investimento<br />
de capital total de, aproximadamente, 100 milhões de<br />
dólares americanos, encontra-se, de momento, na sua<br />
fase inicial. A empresa está à procura de um terreno<br />
adequado, o qual será escolhido até final de 2018, para<br />
que a aquisição do mesmo tenha lugar até ao fim do<br />
primeiro trimestre de 2019. Estima-se que o projeto fique<br />
concluído até 31 de março de 2021.<br />
A Michelin lançou a edição de 2019 do Guia Michelin Espanha & Portugal, engalanado<br />
com um novo estabelecimento no seleto clube <strong>dos</strong> três estrelas, quatro restaurantes<br />
galardoa<strong>dos</strong> com duas estrelas e 25 novidades na categoria de uma estrela.<br />
O restaurante Dani García, na localidade de Marbella, conseguiu três estrelas. Os<br />
inspetores do guia fizeram questão de destacar que Dani García obteve a mais alta<br />
distinção graças à sua forma única de reformular a cozinha andaluza numa nota<br />
contemporânea, fazendo com que cada elaboração narre uma história diferente,<br />
com base num produto que se conjuga com a tradição local. Quanto ao facto de<br />
realizar a primeira gala de apresentação do guia em terras portuguesas, Gwendal<br />
Poullennec, diretor internacional <strong>dos</strong> guias Michelin, declarou que “Portugal tornou-<br />
-se num destino turístico de referência e boa parte desse êxito assenta no auge da<br />
sua gastronomia. É certo que a cozinha tradicional lusa sempre contou com o beneplácito<br />
do público estrangeiro. Sem dúvida, hoje temos a confirmação de um<br />
vigoroso impulso na alta gastronomia deste país, habitualmente a cargo de uma<br />
geração de jovens chefes”.<br />
Em Portugal, o restaurante Alma, de Lisboa, situado no boémio e turístico Chiado,<br />
criou muito boa impressão junto <strong>dos</strong> avaliadores e foi galardoado com duas estrelas.<br />
O chefe Henrique Sá Pessoa cativou-os com uma proposta muito técnica, divertida e<br />
repleta de matizes. Cada pedaço levou-os a viajar no tempo e no espaço, graças aos<br />
sabores tradicionais e autênticos, que transportam para paragens mediterrâneas ou<br />
de outras latitudes. Relativamente aos novos restaurantes com uma estrela, estão<br />
dispersos por todo o país, exceto o caso do Midori, em Sintra (primeiro restaurante<br />
de cozinha japonesa com estrela em terras lusas). Os avaliadores Michelin encontraram<br />
pepitas de ouro gastronómicas em locais por vezes insólitos e isola<strong>dos</strong>.<br />
Errata<br />
Na passada edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> (outubro de 2018), por lapso, a empresa Bandague<br />
surge mal grafada. Em vez de Bandag (marca de borracha para recauchutagem de uma<br />
empresa norte-americana, que foi, há 10 anos, adquirida pela Bridgestone), devia constar<br />
Bandague. A Bandague, S.A. é uma empresa portuguesa que nasceu em 1972 e que detém,<br />
hoje, três fábricas em solo nacional destinadas à recauchutagem de pneus a frio, comercializando,<br />
também, pneus novos. Utiliza carcaças de marcas de qualidade no seu processo<br />
de recauchutagem e prevê encerrar o ano de 2018 com 41 mil pneus recauchuta<strong>dos</strong>. À<br />
Bandague e aos leitores, pedimos desculpa pelo sucedido.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
<strong>Pneus</strong> Pirelli para Fórmula 1<br />
vão ter apenas três cores<br />
Os pneus Pirelli P Zero vão ter apenas três cores na<br />
próxima temporada de Fórmula 1. Serão os mesmos<br />
para cada corrida (branco, amarelo e vermelho) com<br />
uma opção mais dura disponível, do tipo média e mais<br />
macia, respetivamente. No entanto, esta relação não<br />
indica que o número de compostos reduziu. Os pneus<br />
macio, médio e duro continuam, trocando de composto<br />
a cada circuito com a finalidade de adaptação às características<br />
de cada pista. Por exemplo, a borracha com<br />
o flanco a vermelho (macio) para o Mónaco vai alterar,<br />
substancialmente, quanto ao nível de dureza da opção<br />
com a mesma cor de Silverstone ou Suzuka. O novo<br />
espectro de compostos de 2019 será comunicado em<br />
dezembro de 2018, após a respetiva homologação por<br />
parte da FIA. Antes de cada corrida, a Pirelli revelará<br />
as nomeações precisas <strong>dos</strong> compostos.<br />
Fábrica da Vipal fez formação<br />
a parceiro espanhol<br />
A Recauchuta<strong>dos</strong> Muralla, da cidade de Avila, em Castilla e Leon, esteve cinco dias<br />
em atividades nas instalações da empresa brasileira Vipal. Com esta intenção, a Vipal<br />
promoveu, entre os dias 10 e 14 de setembro, nas suas instalações fabris na cidade<br />
de Nova Prata, no Rio Grande do Sul, Brasil, a formação “Capacitação de Gestores de<br />
Empresas de Recauchutagem”, promovido pela Univipal, universidade corporativa<br />
da Vipal Borrachas, à parceira espanhola Recauchuta<strong>dos</strong> Muralla. Na ocasião, participaram<br />
os proprietários da Recauchutagem Muralla, David Rodriguez Muñoz e Enrique<br />
Jimenez Sanches, acompanha<strong>dos</strong> pelo coordenador comercial da Vipal Europa,<br />
Fabricio Nedeff. Em cinco dias de intensa agenda, conheceram de perto a estrutura<br />
fabril e tecnológica da Vipal. Os visitantes estiveram no Centro Técnico Vicencio Paludo,<br />
que realiza formações e testes, na VipalTec, empresa ligada à Vipal que dispõe de<br />
um laboratório onde são realiza<strong>dos</strong> ensaios com pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong>, e no<br />
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, um amplo laboratório, que responde a todas<br />
as necessidades relacionadas com a homologação de matérias-primas, melhoria de<br />
produtos e processos, além de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Na<br />
formação, receberam informações de diversos temas, como segurança, linha de produtos<br />
Vipal, recauchutagem de pneus de carga, aplicação de reparações e seleção de<br />
desenhos de bandas de rodagem, entre outros.<br />
PUB<br />
MANUEL GUEDES MARTINS, UNIPESSOAL, LDA.<br />
ASSISTÊNCIA TÉCNICA 24 HORAS A ELEVADORES PARA VIATURAS<br />
Contacto móvel: 914 068 071 - email: geral@mgm.com.pt<br />
Serviços Centrais: Rua do Agro, 150 | 4410-089 Serzedo | V.N.G | Tel.: 22 764 27 22 | 22 744 64 09 | Fax: 22 741 98 65 | www.mgm.com.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
Notícias<br />
Empresas<br />
Continental atualizou plataforma<br />
ContiConnect<br />
A Continental apresentou uma nova atualização da sua plataforma<br />
de controlo digital de pneus: Conticonnect. O portal web tem, agora,<br />
mais funções e a aparência da aplicação também foi melhorada. As<br />
novas características relacionam diretamente os serviços da Conticonnect<br />
com as operações de frotas. Para além disso, a gestão <strong>dos</strong><br />
pneus otimiza-se ao aplicar os da<strong>dos</strong> extraí<strong>dos</strong> do controlo digital<br />
<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> na manutenção física <strong>dos</strong> pneus. Eis as principais novas<br />
características que já estão disponíveis para to<strong>dos</strong> os utilizadores<br />
da ContiConnect:<br />
• Possibilidade de configuração individual das notificações em função<br />
da temperatura do pneu e da pressão com limites personaliza<strong>dos</strong>;<br />
• O novo assistente de enchimento permite uma maior precisão<br />
no enchimento do pneu independentemente da temperatura<br />
do mesmo;<br />
• A exportação <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> permite uma análise individualizada e o<br />
seu processamento em outros sistemas;<br />
• A subida manual de da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> pneus no portal web chamado<br />
ContiConnect Light permite o controlo <strong>dos</strong> pneus sem necessidade<br />
de existir uma estação recetora na sede da frota nem a sua<br />
integração telemática.<br />
Cometil recebeu prémio Hevea<br />
para Melhor Equipamento<br />
Realizou-se, em outubro, a 1.ª edição <strong>dos</strong> prémios Hevea da indústria<br />
<strong>dos</strong> pneus, uma iniciativa da revista Euro<strong>Pneus</strong>. A cerimónia<br />
de entrega <strong>dos</strong> prémios decorreu nas instalações da IFEMA, em<br />
Madrid, tendo sido atribuí<strong>dos</strong> toféus às 12 categorias que estavam<br />
a concurso. A Cometil foi a empresa premiada na categoria “Melhor<br />
Equipamento Oficinal” com o modelo Hunter Revolution Walkaway.<br />
Nesta primeira edição <strong>dos</strong> prémios Hevea, participaram como nomeadas<br />
um grande número de empresas que, no seu conjunto,<br />
representam o presente e o futuro do setor do pós-venda. Foram<br />
regista<strong>dos</strong> e valida<strong>dos</strong> 7.829 votos de profissionais, um número<br />
muito significativo e que mostra a força e a dinâmica do mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus em Espanha. Assistiram à gala <strong>dos</strong> prémios Hevea mais<br />
de 200 pessoas, na sua maioria diretores-gerais, diretores comerciais<br />
e de marketing das principais empresas do setor <strong>dos</strong> pneus e da<br />
mecânica rápida, representantes de instituições e associações e os<br />
principais meios de comunicação especializada.<br />
Gripen Wheels Ibéria<br />
cessou atividade<br />
Pretendendo focar a sua atividade e concentrar os seus recursos de investimento<br />
noutros merca<strong>dos</strong> mais consistentes, o Grupo Gripen Wheels<br />
decidiu cessar a sua atividade em Portugal e Espanha e, consequentemente,<br />
proceder ao encerramento definitivo das respetivas instalações.<br />
Assim, em virtude do encerramento da empresa, o posto de trabalho<br />
de Luís Martins, diretor-geral da Gripen Wheels Ibéria, foi concomitantemente<br />
extinto, tendo as partes chegado a um acordo de rescisão amigável.<br />
Irá prosseguir com a atividade de encerramento António Martins<br />
(Tel. 220 991 400), que continuará ao dispor <strong>dos</strong> clientes até que estejam<br />
concluí<strong>dos</strong> os trabalhos de liquidação da sociedade.<br />
“Orgulhamo-nos muito de ter disponibilizado ao mercado produtos de<br />
qualidade superior, que comparámos sempre com as mais prestigiadas<br />
marcas económicas a nível mundial, mas, também, através <strong>dos</strong> nossos<br />
parceiros distribuidores, ter oferecido o melhor serviço do mercado”, referiu<br />
Luís Martins. “Foi sempre uma quádrupla parceria entre fabricante,<br />
fornecedores, distribuidores e utilizador final. É, pois, chegada a hora de<br />
me despedir de to<strong>dos</strong> os clientes e agradecer a amizade, o respeito, a<br />
consideração, o apoio e a colaboração com que sempre me honraram”,<br />
acrescentou. “Estou, neste momento, em busca de um novo desafio profissional,<br />
preferencialmente nesta mesma área de negócio de que tanto<br />
gosto e onde tenho acumulado experiências, sentindo-me particularmente<br />
feliz e realizado”, concluiu na hora da despedida desta etapa da<br />
sua carreira profissional.<br />
Hankook já equipa<br />
(quase) toda a gama da BMW<br />
Com o fornecimento de pneus como equipamento de origem para o Série 6 Gran<br />
Turismo, a Hankook completa o leque de entregas de produto à BMW. Para além de<br />
outros modelos, a Hankook também já equipa o BMW Série 7 com pneus de verão<br />
e de inverno UHP. O Série<br />
6 Gran Turismo vai passar<br />
a utilizar o pneu de verão<br />
Ventus S1 evo 2 de altas<br />
prestações na versão Run<br />
Flat, sendo produzido na<br />
fábrica europeia altamente<br />
moderna que a empresa<br />
tem na Hungria. Muito<br />
cómodo em movimento<br />
e com uma dinâmica de<br />
condução desportiva, as<br />
características do Série 6<br />
Gran Turismo saem reforçadas com o novo pneu da Hankook. Este pneu equipa<br />
o modelo acima mencionado nas dimensões 245/45 R19 98Y RSC para eixo<br />
dianteiro e 275/40 R19 101Y RSC para eixo traseiro.<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Doublestar Group anuncia António<br />
Smith como novo diretor-geral ibérico<br />
O Qingdao Doublestar Group, o maior fabricante chinês de pneus<br />
e uma das 500 maiores empresas da Ásia, anuncia a nomeação<br />
de António Smith Montero como novo diretor-geral para Espanha<br />
e Portugal. Com esta nomeação, a empresa proprietária<br />
das marcas Doublestar, Crossleader, Aosen ou a recentemente<br />
adquirida Kumho Tire, enfatiza a sua aposta no mercado ibérico<br />
de pneus. “É, para mim, uma honra e um enorme objetivo que<br />
o principal fabricante de pneus da China tenha<br />
depositado a sua confiança na minha pessoa<br />
para a distribuição e comercialização das<br />
suas marcas em Espanha e Portugal”, disse o<br />
responsável recém-nomeado. “Acredito que,<br />
nos próximo meses, os pneus Doublestar<br />
sejam reconheci<strong>dos</strong> no mercado ibérico<br />
como produtos de grande fiabilidade e<br />
segurança. Queremos fazer gala do<br />
lema da empresa e construir uma<br />
marca de pneus ligeiros de maior<br />
segurança. Os produtos Doublestar<br />
são produzi<strong>dos</strong> de acordo com<br />
a etiqueta de pneus europeia, com<br />
designs apelativos e sob os mais modernos<br />
padrões de produção”, acrescentou.<br />
Recambios Frain<br />
inicia atividade m Portugal<br />
A partir do próximo dia 1 de Janeiro de 2019, iniciará funções em Portugal a<br />
RFP - Recambios Frain Unipessoal Lda.. Esta nova empresa chegou a acordo<br />
com a marca Nokian Tyres, para a distribuição exclusiva da sua gama de turismo,<br />
comercial, 4x4, camião, agrícola, industrial e florestal em todo o território<br />
português. O apoio incondicional da Nokian para com a RFP, unido à força de<br />
vendas que a empresa tem tido em Portugal desde há muitos anos, faz com<br />
que o gerente Francisco Dorado Vizcaíno, tenha total confiança no sucesso e<br />
no êxito deste novo projeto.<br />
“Esta nova empresa, nasce como consequência da nossa continua intenção<br />
de melhorar constantemente, tendo sempre em conta os valores que nos<br />
caracterizam: stock e serviço. A nossa nova estrutura, formada por um armazém<br />
na Maia, um call center, e uma equipa comercial, permitir-nos-á abordar<br />
o mercado português com uma nova visão, agilizando as nossas entregas e<br />
melhorando as relações com os nossos clientes”, referiu Francisco Vizcaíno.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
<strong>Pneus</strong> da Gândara<br />
FALKEN É APOSTA GANHA<br />
Situada na Figueira da Foz, a <strong>Pneus</strong> da Gândara abraçou a marca Falken há<br />
três anos, graças à parceria de grande proximidade que mantém com a AB Tyres<br />
Fundada em 1999 por Pedro Gaspar,<br />
na localidade de Bom Sucesso, Figueira<br />
da Foz, a <strong>Pneus</strong> da Gândara<br />
tem feito o seu caminho no comércio<br />
de pneus de todas as marcas e nos serviços<br />
de montagem, equilibragem e alinhamento.<br />
Em 2001, devido aos efeitos da crise, a empresa<br />
ganhou um segundo sócio, José Ramos,<br />
tendo conseguindo manter-se sempre<br />
na rota suave do crescimento e atuando em<br />
varia<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, como é o caso, por exemplo,<br />
das reparações nas áreas industriais e<br />
agrícolas, este último um setor forte e com<br />
bastante tradição na região.<br />
A qualidade do serviço é uma das mais-<br />
-valias da empresa. “Vamos às terras tirar<br />
as rodas <strong>dos</strong> tratores e estamos disponíveis<br />
24 horas por dia. As reparações continuam<br />
a ser o grosso da nossa atividade”, revelou<br />
o responsável.<br />
Há três anos, graças à relação de grande<br />
proximidade com a AB Tyres, Pedro Gaspar<br />
decidiu abraçar a marca Falken. Uma aposta<br />
determinante e ponderada, até porque o responsável<br />
da empresa já trabalhara, há mais<br />
de 20 anos, ainda na condição de empregado,<br />
com a marca e sempre conservou uma<br />
opinião muito positiva do produto. “Deixei<br />
de a trabalhar devido ao meu antigo patrão”,<br />
contou. Hoje, tudo mudou. As decisões são<br />
suas e do seu sócio. E os resulta<strong>dos</strong> estão à<br />
vista. “Em apenas três anos, a Falken representa<br />
já perto de 40% no negócio <strong>dos</strong> pneus<br />
ligeiros e continua a crescer”, afiançou à <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. “Gosto muito do produto.<br />
Já há 20 anos gostava dele. Por isso, quando<br />
surgiu a oportunidade aproveitei. São pneus<br />
com uma excelente relação qualidade/preço.<br />
Não tenho quaisquer reclamações e quando<br />
surge alguma questão, eles estão sempre<br />
disponíveis para apoiar”, disse.<br />
Pedro Gaspar não poupou elogios à parceria<br />
com a AB Tyres e, em particular, à administração<br />
da empresa. “São praticamente uma<br />
família para nós. Acredito que, porventura,<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Publireportagem<br />
PARCEIROS DA AB TYRES<br />
EQUIPA DE CONFIANÇA<br />
Parceira de negócio da AB Tyres, a <strong>Pneus</strong> da Gândara<br />
ocupa, atualmente, umas instalações com<br />
200 m 2 disponíveis para a oficina e outros 200<br />
m 2 para o armazém, com capacidade para perto<br />
de 2.000 pneus. A equipa é composta por quatro<br />
pessoas. To<strong>dos</strong> eles com uma vasta experiência<br />
profissional. Segundo palavras de Pedro Gaspar,<br />
um <strong>dos</strong> grandes trunfos da empresa reside, justamente,<br />
na sua matéria humana. “Os clientes<br />
confiam bastante no trabalho de toda a equipa”,<br />
reforçou.<br />
Entre a carteira de clientes, de resto, as empresas<br />
representam, aproximadamente, 40% da<br />
faturação. “São empresas das boas, daquelas que<br />
pagam”, brincou o gerente. O restante são clientes<br />
finais “fideliza<strong>dos</strong>”, confidenciou Pedro Gaspar.<br />
Uma fatia considerável do negócio da <strong>Pneus</strong> da<br />
Gândara passa ainda pelos trabalhos agrícolas,<br />
sendo que os clientes deste setor “confiam plenamente<br />
nos nossos serviços e produtos”, concluiu.<br />
seja a única casa onde ainda conseguimos<br />
falar diretamente com o próprio patrão.<br />
Sempre que temos alguma questão, ligamos-lhe.<br />
E, isso, é algo fundamental para<br />
a nossa atividade. Dar o rosto é muito importante.<br />
É muito diferente <strong>dos</strong> negócios<br />
onde tudo se passa online”, sublinhou ainda<br />
Pedro Gaspar.<br />
Evolução natural<br />
Para Pedro Gaspar, fator crucial nas gamas<br />
da marca Falken é a sua própria capacidade<br />
de evolução. “O produto está melhor do<br />
que nunca. Eles estão sempre a melhorar.<br />
Quando entendem que é altura de mudar<br />
PNEUS DA GÂNDARA<br />
Gerente Pedro Gaspar<br />
Morada Estrada Nacional 109,<br />
Armazém 8, 3080 - 751 Bom<br />
Sucesso (Figueira da Foz)<br />
Telefone 233 929 888<br />
Email pneusdagandara@hotmail.com<br />
um piso, não hesitam: mudam-no mesmo.<br />
Além disso, têm sempre pneus disponíveis<br />
para entrega. É realmente tudo muito bom”,<br />
adiantou. Por esse motivo, o responsável não<br />
tem dúvidas quanto ao desenvolvimento da<br />
relação com a marca. “O futuro? É vender<br />
pneus Falken”, frisou.<br />
A <strong>Pneus</strong> da Gândara é a única casa, na região,<br />
a comercializar as gamas da Falken, mas Pedro<br />
Gaspar reconheceu que o mercado de<br />
pneus é, hoje, extremamente competitivo.<br />
Um problema que interfere com os preços.<br />
“Felizmente, a nossa qualidade de serviço<br />
diferencia-nos da concorrência. É por aí que<br />
conquistamos os clientes”. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37
Técnica<br />
Alinhamento da direção<br />
Bom alinhamento<br />
aumenta a segurança<br />
Para alinhar corretamente a direção, é necessário ter bem claros conceitos como<br />
camber ou caster, que, em traços gerais, se referem aos desvios e inclinações nos eixos<br />
<strong>dos</strong> veículos, provoca<strong>dos</strong> por pancadas, desgaste das suspensões ou <strong>dos</strong> pneus<br />
A<br />
melhor opção para otimizar o alinhamento<br />
da direção é contar com<br />
um sistema totalmente informatizado<br />
baseado em sensores (quatro,<br />
seis ou até oito), que se colocam no veículo e<br />
transmitem a informação a um computador,<br />
onde é processado um modelo 3D com todas<br />
as modificações a realizar para que o veículo<br />
volte aos valores de alinhamento de fábrica.<br />
O QUE É MEDIDO?<br />
As máquinas de alinhamento de direção permitem<br />
realizar verificações estáticas acerca<br />
do estado <strong>dos</strong> eixos dianteiros e traseiros. No<br />
entanto, quais são as medições que realizam?<br />
Com que da<strong>dos</strong> e conceitos há que trabalhar<br />
para se saber que ajustes são necessários?<br />
As medições de uma máquina de alinhamento<br />
de direção baseiam-se, fundamentalmente, na<br />
posição das rodas e <strong>dos</strong> eixos. Em função disso,<br />
devem ter-se em conta diferentes fatores.<br />
Segundo a posição das rodas<br />
Ângulo de saída: é o compreendido entre<br />
a perpendicular do centro da roda e o eixo<br />
de rotação do conjunto da roda, definido por<br />
pontos de rotação superiores e inferiores. É<br />
medido em graus.<br />
Ângulo de queda: mede a perpendicular<br />
do centro da roda e a vertical de simetria do<br />
conjunto da roda. É medido em graus.<br />
Ângulo de avanço: define o ângulo existente<br />
desde a perpendicular ao centro da<br />
roda e o eixo de rotação do conjunto da roda,<br />
definido por pontos de rotação superiores e<br />
inferiores. Também é medido em graus.<br />
Ângulo de convergência: é o que mede<br />
a linha média da roda e o eixo longitudinal<br />
de simetria do veículo. Pode ser medido em<br />
graus, milímetros ou polegadas.<br />
Muitos equipamentos de alinhamento modernos<br />
estão prepara<strong>dos</strong> para verificar a<br />
compensação do desvio e, desta forma, obter<br />
uma medida precisa <strong>dos</strong> ângulos na qual<br />
não influem os desvios que podem ocorrer<br />
devido a erros geométricos existentes nas<br />
jantes ou na fixação das rodas.<br />
Segundo a posição <strong>dos</strong> eixos<br />
Divergência na viragem: é a diferença<br />
entre os ângulos do raio de viragem das rodas.<br />
As verificações realizam-se com ângulos<br />
de viragem de 10º, 20º e viragem máxima.<br />
Em to<strong>dos</strong> os casos, calcula-se a medida <strong>dos</strong><br />
ângulos de rotação e avanço. A medição faz-<br />
-se em graus.<br />
Desalinhamento das rodas: é a diferença<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
de posição entre as rodas do mesmo eixo,<br />
tanto dianteiro como traseiro, em relação à<br />
perpendicular do eixo longitudinal de simetria<br />
do veículo.<br />
A posição das rodas e <strong>dos</strong> eixos é fundamental<br />
para o equilíbrio do veículo na estrada. Os<br />
desvios nos ângulos de queda, avanço ou no<br />
resto <strong>dos</strong> conceitos que vimos, traduzem-se<br />
em mudanças no comportamento do automóvel<br />
e nas sensações de condução, fazendo<br />
com que perca eficácia nas curvas, nas retas<br />
ou em ambas. O alinhamento da direção deve<br />
fazer-se sempre tendo em conta as características<br />
e da<strong>dos</strong> técnicos do veículo.<br />
ALINHAMENTO, PARALELISMO OU<br />
GEOMETRIA DA DIREÇÃO<br />
É possível que um cliente chegue à oficina<br />
e refira que, ao circular a cerca de 90 km/h,<br />
o veículo tende a subvirar, a vibrar ou que o<br />
volante treme. Nesse caso, é muito provável<br />
que seja necessário realizar um alinhamento<br />
da direção.<br />
CAUSAS DA OSCILAÇÃO, DO TREMOR<br />
OU DA VIBRAÇÃO<br />
Perante esta circunstância, o veículo gera uma<br />
oscilação, tremor ou vibração, o que origina<br />
perdas de estabilidade e reduz o controlo da<br />
direção. Isto provoca insegurança no condutor,<br />
visto que tem uma sensação de flutuação<br />
do veículo gerada por uma imprecisão<br />
na direção, que obriga o mesmo a corrigir o<br />
volante para um lado ou para o outro.<br />
Muitas vezes, os motivos para o surgimento<br />
destes problemas são a má calibragem das<br />
jantes pela perda de um chumbo, subir um<br />
passeio de forma brusca, acertar num buraco,<br />
ter algum componente em mau estado (jantas<br />
ovalizadas, folga nas rótulas, amortecedores<br />
danifica<strong>dos</strong>) ou pressão de insuflação <strong>dos</strong><br />
pneus inadequada.<br />
Para solucionar estes incidentes, é necessário<br />
realizar um alinhamento da direção, trabalho<br />
que, também, recebe o nome de geometria<br />
ou paralelismo.<br />
COMO SE REALIZA<br />
O ALINHAMENTO DA DIREÇÃO?<br />
O processo de alinhamento da direção é um<br />
trabalho simples, mas exige grande destreza.<br />
Em condições normais, esta atuação implica<br />
apenas alguns minutos de trabalho, embora<br />
dependa da “qualidade de vida” a que o veículo<br />
tenha estado sujeito.<br />
Preliminares<br />
Antes de iniciar o próprio processo de alinhamento,<br />
é necessário realizar uma série<br />
de ações prévias para garantir um trabalho<br />
bem sucedido.<br />
Em primeiro lugar, deve corrigir-se a pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus, adaptando-a aos valores recomenda<strong>dos</strong><br />
segundo o fabricante do veículo.<br />
Nesta fase, é importante visualizar o estado<br />
<strong>dos</strong> pneus e verificar que tipo de desgaste<br />
sofrem. Em função do tipo de desgaste, poderemos<br />
prever o tipo de regulação que se<br />
deve realizar:<br />
l O desgaste <strong>dos</strong> pneus no interior e no exterior<br />
é sinal de que circularam com baixa<br />
pressão;<br />
l O desgaste no centro evidencia que circularam<br />
com uma pressão excessiva;<br />
l Quando se desgastam no interior ou no<br />
exterior (não em ambas as zonas simultaneamente),<br />
é possível que algum elemento<br />
da direção esteja danificado;<br />
l Também é possível que os pneus apresentem<br />
um piso irregular, ou seja, que contem<br />
com um desgaste irregular em forma de<br />
“dentes de serra”. As causas mais prováveis<br />
deste dano são o mau estado da suspensão<br />
ou <strong>dos</strong> amortecedores. Ou uma regulação<br />
geométrica incorreta. Por to<strong>dos</strong> estes possíveis<br />
desgastes nos pneus, será necessáriorealizar<br />
a calibragem das rodas e verificar o<br />
estado <strong>dos</strong> amortecedores.<br />
A última ação que devemos realizar antes de<br />
iniciar o alinhamento da direção é verificar o<br />
estado das rótulas das barras de acoplamento,<br />
que podem ter ganho folga. Neste caso, será<br />
necessária a substituição das mesmas.<br />
PROCESSO DE ALINHAMENTO DA DIREÇÃO<br />
O processo de alinhamento da direção necessita<br />
de um sistema especializado para tal fim,<br />
que consiste em quatro captadores (niveladores)<br />
e um software informático, através do<br />
qual podemos visualizar as quotas em que o<br />
veículo se encontra.<br />
Devem colocar-se os quatro captadores nas<br />
jantes do veículo, situado num elevador que<br />
assegure a sua correta posição para tal trabalho.<br />
O software, para além de apresentar a<br />
leitura <strong>dos</strong> valores <strong>dos</strong> ângulos relativos aos<br />
eixos do veículo, também disponibiliza os valores<br />
nominais recomenda<strong>dos</strong> pelo fabricante.<br />
Deste modo, podem ajustar-se os referi<strong>dos</strong><br />
valores mediante os excêntricos situa<strong>dos</strong><br />
na barra de acoplamento ou cremalheira da<br />
direção (dependerá da marca e modelo do<br />
veículo). Para que a medição seja o mais exata<br />
possível, devem ajustar-se os eixos dianteiro<br />
e traseiro, prestando especial atenção e corrigindo<br />
a inclinação, queda, convergência e<br />
ângulo do eixo de translação.<br />
Uma vez ajusta<strong>dos</strong> os referi<strong>dos</strong> valores, é necessário<br />
confirmar se to<strong>dos</strong> os componentes<br />
da direção e da suspensão funcionam corretamente<br />
e se os pneus assentam adequadamente<br />
no chão, rodando paralelos entre si.<br />
A fim de verificar se o trabalho realizado foi<br />
bem sucedido, deve ser testado o veículo<br />
numa via, o mais reta e plana possível, e<br />
confirmar se a circulação do mesmo é totalmente<br />
reta, ou seja, se o volante não tende<br />
a desviar para qualquer <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>.<br />
Um correto alinhamento da direção garantirá<br />
uma vida útil apropriada <strong>dos</strong> componentes<br />
relaciona<strong>dos</strong> com o mesmo, uma<br />
maior precisão da direção, uma travagem<br />
regular, uma distância de travagem adequad<br />
e diminuirá o risco de aquaplaning. Em suma,<br />
um bom alinhamento aumenta a segurança<br />
na estrada. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Técnica<br />
Méto<strong>dos</strong> de reparação de pneus<br />
Cumprir os padrões<br />
de segurança<br />
O pneu de qualquer veículo ligeiro ou pesado deve ser reparado de forma imediata<br />
quando apresente anomalias, sempre que exista viabilidade para a reparação do<br />
dano e se possa garantir um nível de segurança normal após a reparação<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
O<br />
pneu é o único componente do<br />
veículo que está em contacto direto<br />
com o pavimento. Daí a sua<br />
importância no que respeita ao<br />
conforto e à segurança durante a condução.<br />
Além disso, cabe ao mesmo suportar todo o<br />
peso do veículo e contribui para um melhor<br />
comportamento <strong>dos</strong> sistemas de travagem,<br />
amortecimento, direção e transmissão.<br />
Salvaguardando os necessários standards<br />
de segurança, a reparação, assim como a<br />
recauchutagem, são formas efetivas para<br />
a redução de custos com os pneus, constituindo,<br />
também, processos de reciclagem,<br />
extremamente benéficos em termos ambientais.<br />
Com estes processos, a indústria <strong>dos</strong> transportes<br />
de um país pode economizar largos<br />
milhões de euros por ano.<br />
CRITÉRIOS PARA DETERMINAR<br />
SE O PNEU É REPARÁVEL<br />
Existem danos, como a rutura, a deformação<br />
perimetral no flanco ou a presença de bolsas<br />
de ar entre a borracha e a lona da carcaça,<br />
entre outros, que não são reparáveis e exigem<br />
que o pneu seja substituído.<br />
Uma vez realizada esta avaliação, determina-<br />
-se que tipos de reparações admite o pneu<br />
em questão, conforme seja o veículo no qual<br />
é montado.<br />
Furos nos pneus<br />
Os furos podem ser repara<strong>dos</strong> em qualquer<br />
tipo de borracha, sempre que a perfuração<br />
não se situe sobre a nomenclatura do pneu,<br />
tenha um diâmetro superior a 15 mm e/ou o<br />
pneu não esteja classificado com um código<br />
de velocidade elevado (a partir de códigos<br />
H, não se aconselha a reparação de furos).<br />
Processos de reparação de pneus fura<strong>dos</strong><br />
Existem dois tipos de processos de reparação<br />
de pneus fura<strong>dos</strong>: sistemas de reparação<br />
temporária e sistemas de reparação homologa<strong>dos</strong><br />
para circular com segurança.<br />
SISTEMAS DE REPARAÇÃO TEMPORÁRIA<br />
Destinam-se a selar o furo durante um tempo<br />
limitado. Uma vez efetuado o processo de<br />
reparação, o pneu pode ser cheio para evitar<br />
os danos que poderiam ocorrer caso se<br />
circulasse com baixa pressão ou sem pressão<br />
de ar. Distinguem-se os kits de espuma<br />
antifuros e as tiras de borracha conhecidas<br />
como “mechas” ou “esparguetes”.<br />
Estes sistemas de reparação não estão homologa<strong>dos</strong><br />
pelos fabricantes de veículos<br />
para circular de forma continuada, pelo que<br />
são uma solução temporária que, posteriormente,<br />
requer uma reparação do furo homologada<br />
que possibilite uma circulação<br />
segura.<br />
1REPARAÇÃO COM KITS DE ESPUMA<br />
ANTIFUROS<br />
Estes kits estão a ser introduzi<strong>dos</strong> por alguns<br />
fabricantes de automóveis como substituto<br />
da tradicional roda sobressalente. Permitem<br />
uma selagem muito limitada do furo,<br />
o que obriga a efetuar uma condução mais<br />
moderada e a circular apenas o número de<br />
quilómetros imprescindível para chegar até<br />
à oficina.<br />
O seu principal inconveniente é que podem<br />
desequilibrar a roda e deixam resíduos no<br />
interior do pneu, que devem ser retira<strong>dos</strong><br />
antes de se efetuar a reparação homologada<br />
do furo.<br />
2REPARAÇÃO COM TIRAS DE BORRACHA<br />
Este sistema de reparação proporciona<br />
uma selagem mais duradoura sem necessidade<br />
de se atuar sobre a parte interna do<br />
pneu. Além disso, permite que a condução<br />
não fique limitada a uma quilometragem<br />
concreta. Apesar disso, não é um sistema<br />
de reparação de furos homologado pelos<br />
fabricantes, pelo que tem de ser utilizado<br />
como reparação temporária.<br />
O processo que deve ser seguido para reparar<br />
o furo com este sistema, é o seguinte:<br />
l Encher o pneu;<br />
l Retirar o elemento que tiver provocado<br />
o furo;<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Serviço<br />
Méto<strong>dos</strong> de reparação de pneus<br />
l Passar o escareador específico pelo furo<br />
para alargá-lo e possibilitar que a “mecha”<br />
entre no orifício;<br />
l Colocar uma tira de borracha sobre a ferramenta<br />
específica que permitirá a sua<br />
colocação no interior do orifício do furo;<br />
l Pôr cola sobre a tira de borracha;<br />
l Introduzir a tira de borracha exercendo<br />
pressão. É necessário verificar se existe<br />
pressão de ar suficiente no pneu para se<br />
poder introduzir a tira. Caso isso não aconteça,<br />
é necessário encher o pneu;<br />
l Cortar o excesso de tira saliente.;<br />
l Encher o pneu com a pressão de ar indicada<br />
pelo fabricante.<br />
SISTEMAS DE REPARAÇÃO HOMOLOGADOS<br />
Neste caso, os sistemas utiliza<strong>dos</strong> oferecem<br />
uma selagem mais eficaz e duradoura do<br />
dano, pelo que a segurança durante a condução<br />
está garantida. Estão homologa<strong>dos</strong><br />
pelos fabricantes e permitem uma condução<br />
sem restrições de velocidade.<br />
Existem dois tipos de sistemas de reparação<br />
homologa<strong>dos</strong>: os realiza<strong>dos</strong> com remen-<br />
<strong>dos</strong> de reparação por perfuração, também<br />
conheci<strong>dos</strong> como remen<strong>dos</strong> do tipo “cogumelo”,<br />
e as vulcanizações.<br />
Antes de se iniciar a reparação, é imprescindível<br />
colocar luvas de proteção mecânica<br />
e óculos de segurança, verificar se o furo é<br />
reparável e desmontar o pneu. Do mesmo<br />
modo, após finalizar a reparação, tem de<br />
se montar o pneu, enchê-lo, equilibrá-lo e<br />
verificar se não existem fugas antes de se<br />
montar a roda.<br />
1REPARAÇÃO COM REMENDO TIPO<br />
“COGUMELO”<br />
Este método de reparação é um <strong>dos</strong> mais<br />
recomendáveis, visto que o remendo dispõe<br />
de um espigão que se introduz no furo e de<br />
uma base que sela a superfície circundante<br />
interior do pneu, tudo isso reforçado com<br />
uma cola específica.<br />
O processo que deve ser seguido para reparar<br />
um furo com este tipo de remendo<br />
é o seguinte:<br />
l Escolher o remendo tipo “cogumelo” que<br />
melhor se ajuste ao diâmetro do furo;<br />
l Alargar o diâmetro do furo utilizando um<br />
berbequim e uma broca que se adeque<br />
ao remendo selecionado;<br />
l Limpar, lixar e escovar a zona interior do<br />
pneu onde se vai colocar o remendo. Para<br />
isso, utilizar um disco de corindo ou de<br />
raspas de tungsténio. Caso o cliente tenha<br />
utilizado o kit de espuma anteriormente<br />
mencionado, deve eliminar-se qualquer<br />
resíduo deste produto;<br />
l Soprar a superfície e desengordurar a zona<br />
com um produto de limpeza específico<br />
que não agrida a borracha;<br />
l Aplicar o produto de aderência sobre a zona<br />
de colocação do remendo com a precaução<br />
de cobrir uma extensão ligeiramente<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
superior ao diâmetro da base do remendo;<br />
l A partir da face interna do pneu, introduzir<br />
o espigão do remendo no orifício;<br />
l Puxar a extremidade do espigão que sai<br />
pela face externa do pneu;<br />
l Pressionar a base do remendo com a<br />
certeza que não ficam dobras, bolsas de<br />
ar nem zonas abertas no rebordo do remendo.<br />
Para isso, há que utilizar um rolo<br />
de pressão ou ferramenta similar;<br />
l Cortar a parte restante do espigão que sai<br />
pela face exterior do pneu.<br />
2REPARAÇÃO COM REMENDO<br />
VULCANIZADO<br />
Trata-se de outro sistema que oferece a<br />
possibilidade de reparar furos de forma<br />
duradoura. Os remen<strong>dos</strong> disponíveis no<br />
mercado são endureci<strong>dos</strong> através de um<br />
processo de vulcanização a frio (autovulcanizável)<br />
ou com contribuição térmica. Podem<br />
combinar-se ambos os sistemas para reparar<br />
certos danos.<br />
Este é um processo genérico para efetuar<br />
este tipo de reparação:<br />
l Lixar a zona sobre a qual se vai colocar o<br />
remendo pela face interna (entre 100 e<br />
150 mm em redor do remendo) e abrir e<br />
biselar os rebor<strong>dos</strong> do dano na face exterior<br />
utilizando fresas rotativas e discos<br />
abrasivos. Com ambas as ações, a superfície<br />
de contacto aumenta e garante-se a sua<br />
durabilidade. Caso se utilizem inserções de<br />
borracha pré-vulcanizadas, o processo de<br />
biselamento simplifica-se notavelmente;<br />
l Escovar a zona para eliminar os resíduos<br />
de borracha lima<strong>dos</strong>;<br />
l Limpar e desengordurar a superfície de<br />
atuação;<br />
l Aplicar o acelerador de união sobre a zona<br />
lixada e o primário de tratamento prévio<br />
na superfície biselada que, posteriormente,<br />
será tapada com composto de borracha;<br />
l Escolher o tipo de remendo que mais<br />
convenha segundo a extensão do dano<br />
e o processo de cura escolhido (a frio ou<br />
com calor);<br />
l Colocar o remendo na face interna de<br />
forma a que cubra a zona lixada e fique<br />
centrado em relação ao dano;<br />
l Pressionar o remendo com um rolo de pressão<br />
para eliminar bolsas de ar e assegurar<br />
o máximo contacto possível do remendo;<br />
l Aplicar o composto de borracha vulcanizante<br />
sobre a zona biselada e pressioná-la<br />
com o rolo de pressão para selar convenientemente<br />
a junta existente entre o pneu<br />
e o remendo;<br />
l Tapar o resto do dano com o composto de<br />
borracha vulcanizante, dar-lhe forma para<br />
igualar a superfície, pressionar com o rolo<br />
de pressão e colocar película de proteção<br />
(apenas para vulcanização a quente).<br />
- Caso se tenham utilizado remen<strong>dos</strong> de vulcanização<br />
a quente, colocar o pneu sobre o<br />
equipamento de vulcanização e posicionar<br />
a placa de calor sobre o remendo de forma<br />
a que gere uma pressão uniforme. Nesse<br />
momento, há que esperar que o remendo<br />
vulcanize e desligar a placa sem deixar de<br />
fazer pressão até que o conjunto arrefeça;<br />
l Aplicar cola seladora ao longo de todo o<br />
perímetro do remendo com o objetivo de<br />
selar a união;<br />
l Nivelar a superfície do pneu através do<br />
lixamento da zona;<br />
l Reesculturar o desenho na face exterior<br />
do pneu caso seja necessário.<br />
RECAUCHUTAGEM E REESCULTURA<br />
A recauchutagem permite restituir a banda<br />
de rodagem do pneu através de um processo<br />
de vulcanização a frio ou a quente. Inversamente,<br />
a reescultura possibilita que o desenho<br />
do pneu seja reproduzido quando este<br />
apresenta desgaste e tenha sido reparado.<br />
Ambas as operações são quase exclusivas de<br />
veículos industriais pesa<strong>dos</strong> e são efetuadas<br />
para aumentar o rendimento <strong>dos</strong> pneus e<br />
reduzir o elevado custo resultante de uma<br />
substituição <strong>dos</strong> mesmos.<br />
A SEGURANÇA PRIMEIRO QUE TUDO<br />
Existem múltiplos sistemas para a reparação<br />
de pneus. Cada um deles apresenta umas<br />
características concretas que o profissional<br />
da oficina tem de conhecer para efetuar<br />
reparações de qualidade que cumpram os<br />
padrões de segurança. Só desta forma a<br />
reparação de um pneu é viável. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Serviço<br />
Elevadores de veículos<br />
Rentabilidade<br />
e produtividade<br />
Tal como em qualquer outro tipo de equipamento, mais importante do que o preço de<br />
um elevador, é a garantia do fabricante ou distribuidor e a respetiva assistência técnica<br />
e disponibilidade de peças de substituição que devem ser analisadas com atenção<br />
Elevar veículos e mantê-los em segurança<br />
a determinada altura enquanto<br />
se trabalha sob eles, é uma operação<br />
repetida com grande frequência nas<br />
oficinas. Para o efeito, os elevadores devem<br />
satisfazer as diferentes necessidades, em função<br />
do tipo de intervenção sobre o veículo,<br />
do seu peso e das suas dimensões. Apresentamos,<br />
neste artigo, informações detalhadas<br />
sobre as possibilidades, limitações e utilizações<br />
de diferentes elevadores existentes<br />
no mercado, para que a oficina disponha<br />
de da<strong>dos</strong> fiáveis — tanto descritivos como<br />
de aplicação — caso pretenda renovar ou<br />
adquirir este tipo de equipamento.<br />
TIPOLOGIA DE ELEVADORES<br />
A variedade de tipos de elevadores, cada um<br />
com diferentes prestações, permite que estes<br />
satisfaçam todas as exigências e cumpram os<br />
requisitos de segurança. A tecnologia mais<br />
utilizada nos elevadores é a eletrohidráulica,<br />
a que permite movimentar “massas” mais<br />
importantes, com uma potência menor <strong>dos</strong><br />
motores. Os elevadores hidráulicos exigem<br />
obra civil de grande importância e são relativamente<br />
lentos, tanto na subida como<br />
na descida, mas são ainda os preferi<strong>dos</strong> das<br />
oficinas de automóveis.<br />
ELEVADOR DE DUAS COLUNAS<br />
As suas duas robustas colunas, em conjunto<br />
com os seus braços móveis, onde são apoia<strong>dos</strong><br />
os estribos do veículo, permitem elevar e<br />
suportar ligeiros, todo-o-terreno e, inclusive,<br />
veículos industriais ligeiros, sem limitações<br />
no que respeita a peso, dimensões ou configuração,<br />
o que explica a sua ampla utilização<br />
em oficinas.<br />
Este tipo de elevador proporciona fácil acesso<br />
às rodas e à parte inferior do veículo. Estas<br />
características, aliadas à sua excelente fiabilidade,<br />
inclusive quando utilizado com grande<br />
frequência ao longo do dia, justificam a sua<br />
utilização, principalmente em oficinas ou<br />
postos de trabalho que desenvolvam intervenções<br />
de mecânica. Dentro deste tipo,<br />
podem encontrar-se elevadores simétricos<br />
e assimétricos. A diferença entre eles reside<br />
nos braços de apoio. Os assimétricos contam<br />
com dois braços longos e dois curtos. Isto<br />
permite colocar o veículo de forma a que<br />
tanto as colunas como os braços do elevador<br />
permaneçam afasta<strong>dos</strong> das suas portas, permitindo<br />
o acesso ao habitáculo com maior<br />
facilidade e espaço. Não obstante, não evita<br />
que existam zonas com acesso limitado nas<br />
laterais do veículo, nas quais não será possível<br />
intervir de forma adequada.<br />
ELEVADORES DE TESOURA<br />
O elevador de tesoura não tem esta limitação,<br />
visto que o veículo está apoiado sobre um<br />
par de plataformas, elevadas através de um<br />
mecanismo de tesoura (duplo ou simples),<br />
que permite acesso livre a todo o perímetro<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
e a grande parte da zona inferior do veículo.<br />
As possibilidades de acessibilidade desta<br />
tipologia de elevadores tornam-os opções<br />
válidas para equipar qualquer posto de<br />
trabalho da oficina, independentemente<br />
da utilização dada, embora sejam especialmente<br />
recomendáveis em carroçaria, visto<br />
que permitem intervir, com muito poucas<br />
limitações, em qualquer parte do veículo. Na<br />
posição recolhida, os elevadores de tesoura<br />
permanecem ao nível do solo ou, inclusivamente,<br />
podem encaixar no solo ao recolher.<br />
Desta forma, o posto de trabalho permanece<br />
desobstruído e o elevador não impede a realização<br />
de outras tarefas quando não está a<br />
ser utilizado. Esta característica proporciona<br />
grande versatilidade aos postos de trabalho<br />
que dispõem deste tipo de elevador. Também<br />
são adequa<strong>dos</strong> para equipar os postos<br />
de receção da oficina, proporcionando<br />
condições ideais para a inspeção do veículo<br />
e para o desenvolvimento do processo de<br />
atendimento ao cliente.<br />
É possível classificar estes elevadores de<br />
tesouras em função do tamanho das suas<br />
plataformas. Com base nesta característica,<br />
podemos encontrar elevadores com plataformas<br />
pequenas ou grandes. Nas primeiras,<br />
o veículo é apoiado sobre os seus estribos<br />
com a ajuda de calços de apoio que, além de<br />
evitarem danos na carroçaria, são indispensáveis<br />
do ponto de vista da segurança. Desta<br />
forma, as rodas e to<strong>dos</strong> os componentes da<br />
direção e da suspensão permanecem livres<br />
para manipulação.<br />
Por outro lado, nos elevadores de tesoura que<br />
contam com plataformas grandes, os veículos<br />
são apoia<strong>dos</strong> diretamente sobre as suas<br />
rodas. São ideais para realizar a medição da<br />
geometria da direção, embora para as tarefas<br />
de ajuste seja necessária a ajuda de uma travessa<br />
com macaco de elevação ou tabuleiro<br />
elevador auxiliar sobre as plataformas, para<br />
sustentar os eixos do veículo e, assim, deixar<br />
as rodas livres de peso.<br />
ELEVADOR DE QUATRO COLUNAS<br />
O elevador de quatro colunas oferece maior<br />
versatilidade no que respeita a capacidade de<br />
peso, graças às suas quatro robustas colunas.<br />
É uma boa opção em oficinas especializadas<br />
em veículos industriais ou naquelas em que<br />
este parâmetro deva ser tido em conta em<br />
caso de reparações frequentes de veículos<br />
todo-o-terreno de grandes dimensões. Além<br />
do mais, as suas grandes plataformas agilizam<br />
em grande medida as operações de colocação<br />
do veículo. Por conseguinte, devem<br />
ser considera<strong>dos</strong> em postos de trabalhos de<br />
mecânica rápi<strong>dos</strong>, embora, tal como no caso<br />
anterior, devam ser combina<strong>dos</strong> com algum<br />
meio de elevação adicional para libertar as<br />
rodas, caso também seja necessário intervir<br />
sobre estes elementos.<br />
O elevador permanece<br />
como a opção mais<br />
válida para aumentar<br />
o acesso à parte<br />
inferior do veículo<br />
e a ergonomia <strong>dos</strong><br />
operadores<br />
ELEVADOR DE COLUNAS MÓVEIS<br />
O elevador de colunas móveis é a opção<br />
ideal para veículos de grandes dimensões e<br />
muito pesa<strong>dos</strong>. Este tipo de elevador proporciona<br />
flexibilidade e capacidade de elevação<br />
para adaptação a qualquer tipo de veículo<br />
industrial. Adicionalmente, os modelos mais<br />
avança<strong>dos</strong> dispõem de comunicação sem fios<br />
para operar de forma simultânea sobre oito<br />
colunas independentes. A mobilidade das<br />
colunas é outra das suas principais vantagens:<br />
podem ser utilizadas em qualquer posto de<br />
trabalho, sem a necessidade de deslocar o veículo<br />
e colocadas em local adequado quando<br />
não forem necessárias.<br />
ELEVADOR DE CILINDRO<br />
Um pistão encastrado no solo é o sistema<br />
utilizado no acionamento <strong>dos</strong> elevadores<br />
cilíndricos. A sua principal característica é<br />
que a maior parte do sistema de elevação<br />
permanece oculta sob o solo, com a exceção<br />
do cilindro e <strong>dos</strong> componentes onde o veículo<br />
é apoiado. O resultado desta solução é uma<br />
área de trabalho com excelente acesso e, em<br />
geral, melhor aspeto estético. Os elevadores<br />
de cilindro permitem diferentes configurações,<br />
sendo possível a instalação de várias<br />
unidades para elevar veículos de grandes<br />
dimensões e peso elevado, bem como a<br />
combinação com sistemas de apoio basea<strong>dos</strong><br />
em braços ou plataformas.<br />
ELEVADORES DE PINTURA<br />
Os postos de preparação de superfícies,<br />
operação anterior à aplicação <strong>dos</strong> produtos<br />
de acabamento, são alguns <strong>dos</strong> pontos da<br />
oficina nos quais a instalação de meios de<br />
elevação de veículos se revela mais interessante.<br />
O tempo destinado aos processos de<br />
lixamento é importante e parte da tarefa tem,<br />
obrigatoriamente, de ser realizada de joelhos,<br />
pelo que, se na oficina existir um elevador<br />
para adaptar a altura do veículo à do pintor,<br />
as condições ergonómicas do posto melhoram<br />
consideravelmente. Nos elevadores de<br />
pintura, não é necessária uma grande altura<br />
de elevação, sendo suficiente uma altura<br />
máxima de cerca de 1,2 ou 1,5 metros, mas<br />
devem estar adapta<strong>dos</strong> para utilização em<br />
atmosferas com riscos de explosão e cumprir<br />
as exigências da norma ATEX de aplicação<br />
nesta área.<br />
ELEVADORES PORTÁTEIS<br />
Os elevadores portáteis, que costumam ser<br />
compostos por pequenos elevadores de<br />
tesoura ou de uma só coluna, tornaram-se<br />
numa opção viável para satisfazer parte das<br />
necessidades de elevação de veículos nas oficinas<br />
de reparação. São móveis, o que permite<br />
que sejam coloca<strong>dos</strong> com rapidez no posto<br />
de trabalho onde forem necessários meios<br />
de elevação. Esta característica e a pequena<br />
superfície que ocupam são as suas principais<br />
vantagens. Por outro lado, as prestações no<br />
que respeita a altura e peso máximos são<br />
inferiores. Se a oficina dispuser de um conjunto<br />
adequado de elevadores que ofereçam<br />
garantias suficientes ao nível da ergonomia<br />
e da segurança, será possível tirar o máximo<br />
partido da mão de obra aplicada nos processos<br />
de trabalho. Para o efeito, é necessário ter<br />
em consideração as características e pontos<br />
fortes <strong>dos</strong> diferentes tipos de elevadores e<br />
escolher entre as várias opções a solução que<br />
melhor se adaptar às necessidades do posto<br />
de trabalho em causa. u<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Melhoria de nota<br />
Retocado esteticamente e revisto no conteúdo, o Mercedes-Benz C 220d Coupé registou<br />
uma melhoria de nota. Com 194 cv e 400 Nm extraí<strong>dos</strong> a partir de um motor Diesel<br />
common rail de 1.950 cc, que são transmiti<strong>dos</strong> às rodas traseiras por intermédio de uma<br />
caixa automática de nove velocidades, este desportivo tem tudo no sítio<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
ma das razões que está na génese<br />
do sucesso do Classe C<br />
deve-se à vasta gama de opções<br />
que disponibiliza, onde<br />
se incluem, também, duas variantes<br />
desportivas com duas portas cada: o<br />
coupé, lançado no final de 2015, e o cabriolet,<br />
disponível desde o verão de 2016. O design<br />
de ambos é um <strong>dos</strong> principais argumentos<br />
que tem permitido à marca alemã conquistar<br />
inumeros dlienteais argumentos que tem<br />
conquistado inlúmeros clientes na Europa. Os<br />
dois modelos de duas portas são produzi<strong>dos</strong><br />
na fábrica da Mercedes-Benz de Bremen.<br />
ESTATUTO ELEVADO<br />
O C Coupé é apelativo seja qual for a cor.<br />
Por isso, mesmo não sendo das mais exuberantes,<br />
o cinzento “Selenite” (€1.000) também<br />
agrada. Sobretudo, quando surge associado<br />
a jantes AMG escuras de 18” com cinco raios<br />
duplos (fazem parte da linha de design ex-<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Mercedes-Benz C 220d Coupé<br />
Motor Diesel common<br />
rail de 1.950 cc com<br />
194 cv e 400 Nm, caixa<br />
automática de nove<br />
velocidades, estilo<br />
sedutor e estatuto<br />
elevado. Mais não se<br />
pode pedir a este coupé<br />
terior AMG, disponível por €2.650). Além do<br />
perfil musculado, <strong>dos</strong> faróis expressivos, <strong>dos</strong><br />
vidros escureci<strong>dos</strong> (inseri<strong>dos</strong> no pack Night)<br />
e da grelha diamante, o C 220d Coupé deve<br />
grande parte da sua elegância aos vincos da<br />
secção lateral, aos “piscas” integra<strong>dos</strong> nos retrovisores,<br />
às duas nervuras que percorrem<br />
o capot, ao para-choques que integra duas<br />
saídas de escape com efeito triangular e à<br />
ligeira proeminência da tampa da mala, que<br />
lembra um aileron.<br />
No interior, mantém-se a tónica desportiva.<br />
Além de espaçoso q.b., bem construído,<br />
rodeado de fortes medidas de segurança e<br />
dotado de um posto de condução ergonómico,<br />
o habitáculo está bem apetrechado em<br />
termos de equipamento. Para mais, contando<br />
esta unidade com alguns extras. A saber: pack<br />
integração de smartphone (€450), pack Night<br />
(€600) e pack Premium (€7.250). O interior<br />
desportivo, com os bancos independentes<br />
de aparência integral, caracteriza-se pela<br />
qualidade percebida e pelas formas fluidas<br />
aprimoradas. O facelift operado transporta<br />
este coupé para a era digital. A consola central<br />
dispõe de um elegante elemento de acabamento<br />
fluente. Em opção, estão disponíveis<br />
novos materiais: noz de cor castanha com<br />
poros abertos ou carvalho antracite, também<br />
com poros abertos. A combinação Magma<br />
cinza/preto está disponível como nova opção<br />
de cor. A função de arranque Keyless-Go é<br />
proposta de série e o botão start/stop apresenta<br />
um novo design, em forma de turbina.<br />
A chave exibe, também ela, um novo look.<br />
Os clientes têm, agora, a possibilidade de<br />
escolher entre três variantes de acabamento,<br />
em função das suas preferências e gostos<br />
individuais de personalização: preto com cromado<br />
de alto brilho, branco com cromado ou<br />
branco brilhante com acabamento cromado<br />
mate. E tendo este modelo os olhos postos<br />
no futuro, o revisto e melhorado C 220d<br />
Coupé pode ser requisitado com display de<br />
instrumentos totalmente digital, que está<br />
disponível por €950.<br />
DINÂMICA APURADA<br />
Se existe área que joga, também, totalmente<br />
a favor do novo C 220d Coupé, é a dinâmica.<br />
Equipado com suspensão Agility Control de<br />
afinação desportiva, direção incisiva (de assistência<br />
eletromecânica variável), célere caixa<br />
automática de nove velocidades (9G-Tro-<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Mercedes-Benz C 220d Coupé<br />
Continental EcoContact 6<br />
Composto GreenChili 2.0<br />
w O revisto e melhorado Mercedes-Benz C 220d Coupé que a <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado com o novo Continental EcoContact<br />
6, de medida 225/45 R18 95Y XL no eixo dianteiro e 245/40 R18 97Y XL<br />
no eixo traseiro. Este pneu de verão de elevado conteúdo tecnológico<br />
anuncia melhorias substanciais em resistência ao rolamento (15%<br />
inferior), quilometragem (20% superior), precisão de direção e distâncias<br />
de travagem otimizadas face ao antecessor. O composto GreenChili 2.0 é<br />
um <strong>dos</strong> «segre<strong>dos</strong>» deste novo modelo da Continental, ao integrar uma<br />
nova formulação da borracha no piso e aditivos inovadores para ajudar a<br />
zona de contacto a adaptar-se melhor à superfície da estrada. Isto permite<br />
uma transmissão mais eficaz das forças de aceleração/travagem.<br />
nic) dotada de patilhas no volante, travões<br />
potentes e umas opcionais “borrachas” que<br />
o mantêm colado ao asfalto como uma lapa<br />
(Continental EcoContact 6, de medida 225/45<br />
R18 95Y XL no eixo dianteiro e 245/40 R18<br />
97Y XL no eixo traseiro), este desportivo é deveras<br />
eficaz. Para mais, dispondo de enorme<br />
estabilidade e merecendo a aderência os mais<br />
rasga<strong>dos</strong> elogios. Envolvente e reativo como<br />
poucos (nem parece ter 4,68 metros de comprimento<br />
e 1.650 kg de peso), tudo o que faz,<br />
faz bem. E à primeira. Sempre com a maior<br />
das facilidades e em total segurança. E se<br />
houver excesso de otimismo, o controlo de<br />
estabilidade está lá para (pelo menos tentar)<br />
repor a ordem natural das coisas.<br />
O principal responsável pelas performances<br />
ótimas do C 220d Coupé é o motor de 1.950 cc<br />
com 194 cv e 400 Nm. Registando consumos<br />
comedi<strong>dos</strong>, este bloco de quatro cilindros,<br />
dotado de injeção common rail, dispõe de<br />
turbo, intercooler, quatro válvulas por cilindro<br />
e três conversores catalíticos (entre eles, o<br />
Bem construído,<br />
com um posto<br />
de condução<br />
ergonómico e<br />
dotado de um<br />
elevado conteúdo<br />
tecnológico, o C 220d<br />
Coupé tem tudo o<br />
que faz falta<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cilindros em linha Diesel,<br />
longitudinal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1950<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,0x92,3<br />
Taxa de compressão 15,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 194/3800<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/1600-2800<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção common rail<br />
Sobrealimentação<br />
turbo VTG + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
Caixa de velocidades<br />
traseira com ESP<br />
automática de 9+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (eletromecânica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,2<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (305)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (300)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
Traseira<br />
Barra estabilizadora frente/trás<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 240<br />
0-100 km/h (s) 7,0<br />
independente<br />
multilink<br />
sim/sim<br />
CONSUMOS (L/100 KM)<br />
Extraurbano/combinado/urbano 4,1/4,6/5,4<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 126<br />
Nível de emissões<br />
Euro 6d-TEMP<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,26<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4686/1810/1405<br />
Distância entre eixos (mm) 2840<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1563/1546<br />
Capacidade do depósito (l) 41<br />
Capacidade da mala (l) 380<br />
Peso (kg) 1650<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 8,50<br />
Jantes de série<br />
7Jx17”<br />
<strong>Pneus</strong> de série<br />
225/50R17 94W<br />
PNEUS TESTE<br />
Continental EcoContact 6<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €224,98<br />
Preço (s/ despesas) €52.950<br />
Unidade testada €64.118<br />
225/45 R18 95Y XL (fr.)<br />
245/40 R18 97Y XL (tr.)<br />
filtro de partículas). O sistema start/stop (bem<br />
calibrado) também faz parte do seu elenco<br />
técnico. Resta acrescentar que este coupé dispõe<br />
de cinco mo<strong>dos</strong> de condução. Em sentido<br />
ascendente: “Eco”, “Comfort”, “Sport”, “Sport+”<br />
e “Individual”. Cada um, altera uma série de<br />
parâmetros através de um toque no botão<br />
“Dynamic”, situado no prolongamento da<br />
consola central.<br />
Só depois de se privar uns dias com este sedutor<br />
coupé é que se compreende que os<br />
€64.118 que custa a unidade ensaiada fazem,<br />
de facto, todo o sentido, ainda que uma boa<br />
parte vá diretamente para os cofres do Estado.<br />
Mas entre os €46.950 do C 200d Coupé de<br />
160 cv com caixa manual e os €122.600 do<br />
AMG C 63 S Coupé de 510 cv, há muito por<br />
onde escolher. Isto para já não falar das<br />
restantes carroçarias. Ao todo, são quatro:<br />
limousine, station, coupé e cabrio. ♦<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Hyundai Tucson 1.6 CRDi DCT7 Premium<br />
Ofensiva sul-coreana<br />
Fiat Tipo SW 1.6 Multijet S Design<br />
Italiano vero<br />
w Pintado de cinzento “Metropoli” (€450) e aprimorado por umas<br />
jantes de 18”diamantadas (€350), o Tipo SW 1.6 Multijet S Design<br />
está disponível por €26.100. Um preço irresistível atendendo ao<br />
amplo espaço que oferece para ocupantes e bagagem, ao bom<br />
nível de prestações que alcança, aos consumos reduzi<strong>dos</strong> que<br />
regista e ao nível de equipamento recheado, onde não faltam<br />
to<strong>dos</strong> os itens que, hoje, se tornaram indispensáveis numa proposta<br />
de cariz familiar, como barras de tejadilho, cruise control,<br />
sistema mirroring smartphone Apple CarPlay e Android Auto,<br />
ar condicionado automático, vidros escureci<strong>dos</strong>, sensores de<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus e faróis de<br />
Xénon com luzes diurnas de<br />
LED, só para citarmos alguns<br />
exemplos. Menos convincente<br />
é a qualidade de alguns materiais.<br />
Já o desempenho dinâmico,<br />
carece de maior solidez.<br />
Para mais, sendo o comando<br />
da caixa manual de seis velocidades<br />
pouco preciso e não<br />
evidenciando a direção a assertividade que seria desejável. No<br />
entanto, o Tipo SW consegue proporcionar bons momentos<br />
ao volante, quanto mais não seja pela pronta capacidade de<br />
resposta <strong>dos</strong> 120 cv e 320 Nm às solicitações do pé direito. O<br />
controlo de estabilidade dá uma ajuda para refrear os ímpetos<br />
de toda esta apetência para andar para a frente, acabando por<br />
minimizar as perdas de tração e as subviragens em curva.<br />
w Poucos são os que conseguem ficar indiferentes ao novo Tucson,<br />
que se posiciona na oferta SUV da Hyundai entre os modelos<br />
KAUAI e Santa Fé. Se a cor “Moon Rock” da carroçaria e as jantes<br />
de 18” conferem imponência ao conjunto, já a volumosa grelha<br />
cromada dá-lhe um toque premium, que condiz precisamente<br />
com o seu nível de equipamento. Na verdade, não há nada que<br />
falte ao novo Tucson a este nível. Desde conforto a soluções<br />
práticas, passando por espaço e mordomias, este SUV foi feito<br />
para servir os interesses de<br />
um público-alvo, digamos,<br />
mais “burguês”. Para mais,<br />
sendo o posto de condução<br />
muito boa e a qualidade de<br />
construção convincente. E<br />
consegue deixar-nos de<br />
olhos em bico ainda por<br />
outras razões. Primeira: a<br />
boa solidez do conjunto.<br />
Nem mesmo circulando por pisos irregulares este SUV perde<br />
a compostura. Não estamos perante um modelo de vocação<br />
desportiva, é certo, mas a dinâmica merece nota elevada. Segunda:<br />
as prestações interessantes. Mesmo tendo 1.664 kg de<br />
peso, o Tucson mexe-se bastante à-vontade, facto que não é<br />
alheia a caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades<br />
que o equipa, que é rápida, inteligente e aumenta o<br />
conforto. Os cinco anos de garantia sem limite de quilómetros,<br />
se falta de argumentos houvesse, é mais um trunfo deste SUV<br />
da marca sul-coreana.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/3750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 200<br />
0-100 km/h (s) 10,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 121<br />
Preço €26.100<br />
IUC €157,01<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Goodyear Eagle F1<br />
225/40R18 92Y<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 136/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 320/2000-2250<br />
Velocidade máxima (km/h) 180<br />
0-100 km/h (s) 11,8<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,8<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 126<br />
Preço €35.090<br />
IUC €157,01<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Hankook Ventus Prime 3 X<br />
225/55R18 98V<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Seat Leon ST 1.4 TGI Style<br />
A todo o gás<br />
Škoda Karoq 1.6 TDI DSG Style<br />
Escolha inteligente<br />
w Robusto, elegante, evoluído, eficaz. Com o Karoq, um SUV de<br />
dimensões médias, a Škoda conseguiu criar um automóvel dotado<br />
de soluções inteligentes. A começar pelo cockpit virtual e a acabar<br />
nos inúmeros dispositivos de assistência à condução. Nesta unidade,<br />
dotada do nível de equipamento Style, a presença de €6.515 de<br />
extras contribui sobremaneira para a agradável estadia a bordo. A<br />
saber: Bluetooth+WLAN+rSAP+LTE com carregamento por indução<br />
(€470); Driver Alert - detetor de fadiga no condutor (€40); estofos<br />
em pele (€1.430); Front Assist com cruise control adaptativo até<br />
160 km/h (€260); jantes de 18”<br />
Braga prateadas (€415); Lane<br />
Assist + Blind Spot Detect<br />
(€360); mesas retráteis no encostos<br />
<strong>dos</strong> bancos dianteiros<br />
(€90); Pack LED interior (€290);<br />
pintura metalizada (€215); receção<br />
digital do sinal de rádio<br />
(€100); sistema de infoentretenimento<br />
com navegação Columbus<br />
(€1.045); Sunset (€145); tejadilho panorâmico (€990); Travel<br />
Assist - reconhecimento <strong>dos</strong> sinais de trânsito (€65); Varioflex (€405).<br />
Equipado com motor 1.6 TDI de 115 cv, que traz acoplada caixa<br />
DSG de sete velocidades, o Karoq oferece uma condução assertiva<br />
e segura, embora sem ritmos muito endiabra<strong>dos</strong>. Os consumos são<br />
reduzi<strong>dos</strong> em todas as circunstâncias e o habitáculo prima pelo<br />
amplo espaço para ocupantes e bagagem.<br />
w São 1.200 km de autonomia no conjunto <strong>dos</strong> dois depósitos<br />
de combustível: o de gasolina (50 litros) e o de gás<br />
natural comprimido (15 kg), este último alojado no fundo<br />
da bagageira, na zona habitualmente reservada ao pneu<br />
sobressalente. Por fora, apenas a sigla TGI distingue o Leon<br />
ST “a gás” das restantes versões. O design bem elaborado da<br />
carroçaria é apenas um <strong>dos</strong> muitos argumentos desta carrinha.<br />
No interior, espaço<br />
não falta. Equipamento,<br />
também não. O posto de<br />
condução é confortável e<br />
ergonómico e a dinâmica<br />
pauta-se pela facilidade e<br />
honestidade de todas as<br />
reações. Equipado com um<br />
motor 1.4 turbo a gasolina<br />
de 110 cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades,<br />
o Leon ST TGI tem muito “gás” mas apenas no depósito,<br />
uma vez que as prestações são muito, mas mesmo muito<br />
modestas. As acelerações até nem são o pior. Ao contrário<br />
das recuperações, que são lentas. Contudo, não é aqui que<br />
está o principal argumento desta versão. Com uma redução<br />
nas emissões quando circula a gás comparativamente ao<br />
modo de funcionamento a gasolina, esta carrinha percorre<br />
cerca de 350 km. Uma vez acabado o gás, o modo muda,<br />
automaticamente, para gasolina, sem que o condutor<br />
perceba ou tenha de fazer algo. Depois, ainda há cerca de<br />
850 km para percorrer. Reabastecer em Portugal com gás<br />
natural comprimido, não sendo este um veículo de transporte<br />
público, é que já não é nada fácil. É pena.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 115/3250-4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 188<br />
0-100 km/h (s) 10,9<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,3<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 114<br />
Preço €35.981<br />
IUC €127,44<br />
<strong>Pneus</strong> teste Michelin Primacy 3<br />
215/50R18 92W<br />
Motor<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1395<br />
Potência máxima (cv/rpm) 110/4800-6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 200/1500-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 194<br />
0-100 km/h (s) 11,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 3,6<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 124<br />
Preço €28.730<br />
IUC €157,01<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Bridgestone Turanza T001<br />
225/45R17 91W<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018
A EQUIPA DA AP COMUNICAÇÃO DESEJA<br />
FELIZ<br />
NATAL<br />
& BOM ANO DE 2019<br />
A TODOS OS NOSSOS PARCEIROS, FORNECEDORES E AMIGOS