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Revista dos Pneus 53

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EVENTO 16.° Encontro Valorpneu decorreu no Luso<br />

VISITA GUIADA Por dentro da Bandague<br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>53</strong><br />

Dezembro 2018<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Bimestral<br />

Entrevista Aldo Machado<br />

Country manager da NEX Tyres Portugal<br />

abordou diversos temas pertinentes<br />

Yokohama<br />

Campanha “Drive for More”<br />

foi um <strong>dos</strong> pontos altos<br />

da ação realizada em Madrid<br />

Mercedes-Benz<br />

Revisto e melhorado, o C 220d<br />

Coupé é um desportivo com<br />

estatuto que tem tudo no sítio<br />

RENTING DE PNEUS<br />

Realidade<br />

sobre rodas<br />

Gestoras de frotas protagonizam nova forma de consumo no setor


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Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

joana.calado@apcomunicacao.com<br />

A segurança<br />

em primeiro lugar<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

Proprietário/Editor:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte:<br />

5104479<strong>53</strong><br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 0<strong>53</strong><br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Consulte o Estatuto Editorial<br />

no site www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

om a chegada do frio e do mau<br />

tempo, as marcas recomendam<br />

que se mudem os pneus “normais”<br />

para pneus de inverno.<br />

Com temperaturas baixas, mesmo<br />

quando não se verifiquem situações de<br />

neve, os pneus “normais” revelam-se menos<br />

eficientes e atingem o seu limite muito rapidamente,<br />

contrariamente à performance <strong>dos</strong><br />

pneus de inverno. A adaptação <strong>dos</strong> pneus<br />

“normais” no inverno é bastante limitada em<br />

condições de frio e de humidade e em estradas<br />

cobertas com neve ou gelo.<br />

Em Portugal, ainda não existe legislação relacionada<br />

com a instalação de pneus de inverno<br />

em veículos, como acontece há muito anos<br />

no norte da Europa, onde os automobilistas<br />

só podem circular se tiverem os seus veículos<br />

equipa<strong>dos</strong> com pneus de inverno. Uma rotina<br />

perfeitamente instalada nesses países onde<br />

o inverno é mais rigoroso devido às baixas<br />

temperaturas, que levam à queda de neve<br />

e à formação de gelo na estrada. Há, nestas<br />

situações, uma alteração radical nas condições<br />

de condução. Mas com as condições climatéricas<br />

cada vez mais imprevisíveis, a utilização<br />

de pneus de inverno em Portugal justifica-se<br />

igualmente. Em primeiro lugar, para a segurança<br />

<strong>dos</strong> passageiros, mas, também, para o<br />

conforto de condução.<br />

Conduzir no inverno pode revelar-se intimidante<br />

e perigoso. Menor aderência significa<br />

maior distância no tempo de travagem, menos<br />

controlo, manuseamento mais difícil e maior<br />

risco de colisão. A solução para ultrapassar<br />

estas dificuldades são os pneus de inverno,<br />

que devem ser utiliza<strong>dos</strong> entre outubro e o<br />

início do verão. A utilização de pneus de inverno<br />

entre estes meses pode mesmo reduzir<br />

em 40% o risco de acidentes. Mas a escolha<br />

de pneus de inverno dependerá sempre das<br />

características do veículo, do tipo de estrada<br />

onde se circule e do estilo de condução.<br />

Diversos testes realiza<strong>dos</strong> pelos fabricantes,<br />

provaram que a distância de travagem de<br />

pneus “normais” na neve pode ser quase três<br />

vezes maior do que a de pneus de inverno.<br />

Mas, mesmo em condições não tão extremas,<br />

os pneus de inverno oferecem maior<br />

resposta, precisão e controlo do que os pneus<br />

de verão. Para os pneus de inverno, tanto o<br />

composto como o desenho do piso estão<br />

muito melhor adapta<strong>dos</strong> às condições de<br />

inverno, oferecendo uma maior segurança,<br />

aderência e desempenho em neve, gelo e<br />

lama, mas, também, em estradas molhadas e<br />

congeladas. São certifica<strong>dos</strong> e homologa<strong>dos</strong><br />

para esse efeito, dispondo no flanco de um<br />

símbolo em forma de guarda-chuva.<br />

Para além das oficinas aconselharem os automobilistas<br />

a substituírem os pneus “normais”<br />

<strong>dos</strong> seus veículos por pneus de inverno, é,<br />

também, muito importante sensibilizá-los<br />

para os perigos de conduzir à chuva, com neve<br />

ou nevoeiro. Se chover com intensidade e<br />

houver lençóis de água na estrada de alguma<br />

espessura, deve-se reduzir a velocidade. Nas<br />

estradas do interior e de montanha, geralmente<br />

sinuosas, a possibilidade de existir gelo nas<br />

curvas é muito real. Nestas condições, deve<br />

entrar sempre devagar nas curvas e acelerar<br />

do meio para o fim da curva, depois de verificar<br />

que não há gelo. Sendo previsível que<br />

a viagem demore mais de inverno e tenha<br />

mais imprevistos, programe as deslocações<br />

com mais tempo. A pressa é duplamente inimiga<br />

se as condições de aderência da via não<br />

forem as ideais.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Pirelli Scorpion All Terrain Plus<br />

Picada de escorpião<br />

O Scorpion All Terrain Plus é a nova estrela da Pirelli nas gamas de referência<br />

off-road. Concebido para uma utilização 40% em estrada e 60% fora dela, este pneu<br />

promete deixar marca no segmento 4x4 e pick-up<br />

Por: Jorge Flores<br />

Concebido para modelos 4x4 e pick-<br />

-up, o Scorpion All Terrain Plus é a<br />

nova aposta da Pirelli nas gamas<br />

de referência off-road. O produto<br />

estrela desta edição, já à venda em Portugal<br />

e Espanha, dispõe de um perfil de utilização<br />

40% para asfalto e 60% fora de estrada.<br />

Com visual agressivo, compostos, conceção<br />

de nova tecnologia e marcação 3PMSF, este<br />

pneu assegura máximas durabilidade e tração<br />

nas condições mais exigentes. E promete<br />

deixar a marca da sua picada nos segmentos<br />

procura<strong>dos</strong> pelos amantes do puro todo-o-<br />

-terreno, um campo historicamente ligado<br />

à própria Pirelli.<br />

Neste segmento, a importância do pneu na<br />

obtenção de boas prestações é determinante.<br />

Por estas razões, a elevada tecnologia deriva<br />

da própria investigação e da mesma obtida<br />

no mundo da competição. Recorde-se que<br />

o vínculo mais recente entre a Pirelli e o off-<br />

-road começa nos finais <strong>dos</strong> anos 80 com o<br />

espetacular Lamborghini LM002. Os pneus<br />

Scorpion específicos contavam com inovadora<br />

carcaça que utilizava Kevlar, entre outros<br />

materiais, e uma construção do tipo Run Flat.<br />

Nos anos posteriores, chegava a primeira referência<br />

especifica para os todo-o-terreno<br />

mais exigentes, Scorpion A/T, lança<strong>dos</strong> em<br />

1996, e a sua sucessora, batizada de Scorpion<br />

ATR, à venda desde 2006 até aos dias de hoje.<br />

TERCEIRA VAGA<br />

O Scorpion All Terrain Plus é o terceiro membro<br />

da saga. O seu desenho é considerado<br />

um composto da nova geração, rico em<br />

sílica e borracha natural. E a sua fórmula<br />

e método foram otimizadas para alcançar<br />

maiores durabilidade e tração, bem como<br />

aumentar a resistência aos furos e garantir<br />

a melhor integridade e segurança do pneu<br />

na utilização fora de estrada. A geometria<br />

e estrutura da carcaça seguem, de resto, os<br />

mesmos méto<strong>dos</strong>. A Pirelli optou por cintas<br />

a zero graus de elevada robustez, proporcionando<br />

à borracha uma grande estabilidade<br />

longitudinal e transversal, além de uma maior<br />

resistência aos impactos. Também foi considerado<br />

a redução da resistência ao rolamento,<br />

este obtido devido a uma ótima distribuição<br />

da zona de contacto com o solo.<br />

RESISTÊNCIA TOTAL<br />

A resistência aos furos e rasgos também<br />

envolve outro elemento fulcral de um pneu<br />

off-road: o flanco. Os engenheiros da Pirelli<br />

desenharam uns ombros dota<strong>dos</strong> de blocos<br />

para aumentar a resistência à fricção contra<br />

pedras e ramos afia<strong>dos</strong>. Além disso, a sua<br />

sequência converge, gradualmente, com<br />

o centro do piso, sendo um forte aliado na<br />

tração e na superação de obstáculos. O Pirelli<br />

Scorpion All Terrain Plus já está à venda com<br />

11 medidas disponíveis, desde jantes de 16”<br />

a 19” e uma largura de secção entre 235 e<br />

275 mm. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


af imprensa eurorepar pneus 220x320 jornal oficinas.indd 1 23/08/18 12:52


Equipamento do mês<br />

John Bean V2100<br />

Alinhamentos 3D<br />

A Domingos & Morgado passa a comercializar a<br />

nova coqueluche da John Bean para alinhamentos<br />

3D. O novo equipamento, designado V2100,<br />

promete revolucionar os tempos <strong>dos</strong> serviços<br />

nas oficinas e nas casas de pneus<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

John Bean, líder mundial em alinhamentos<br />

automóvel, através da representante<br />

Domingos & Morgado,<br />

acaba de lançar no mercado a nova<br />

alinhadora 3D. Um equipamento que recorre<br />

a uma nova tecnologia de medição dinâmica<br />

do veículo, de forma a tornar a operação de<br />

alinhamento de viaturas ainda mais célere.<br />

A máquina dá pelo nome de John Bean V2100<br />

e procura dar resposta à necessidade de poupança<br />

de tempo na realização <strong>dos</strong> serviços,<br />

de forma de maximizar a rentabilidade das<br />

oficinas e casas de pneus. Segundo a Domingos<br />

& Morgado, trata-se de “trilhar um novo<br />

caminho, criando uma máquina verdadeiramente<br />

revolucionária, em que se colocou de<br />

parte as tradicionais câmaras fotográficas de<br />

alta definição (UHR) para recorrer às novas<br />

câmaras de filmar em alta definição (HRD) para<br />

efetuar uma medição dinâmica, em vídeo”,<br />

explica a empresa.<br />

INDEPENDÊNCIA ASSEGURADA<br />

A revolucionária máquina passa, a partir de<br />

agora, a estar disponível no mercado nacional<br />

através da Domingos & Morgado. “Abdicando<br />

completamente da utilização de computadores<br />

de base Windows, deixamos de estar<br />

dependentes das vontades e alterações <strong>dos</strong><br />

sistemas implementa<strong>dos</strong> pela Microsoft, como<br />

tem sido norma até aqui. Total liberdade de<br />

criação e desenvolvimento, sem sujeições a<br />

softwares pré-formata<strong>dos</strong> por terceiros. Recorrendo<br />

às novas câmaras de filmar em alta<br />

definição (HRD), em vez de aguardar pelo fim<br />

do movimento para efetuar a medição, esta é<br />

feita durante o próprio movimento”, dá conta<br />

a Domingos & Morgado à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

DADOS TÉCNICOS<br />

Software<br />

New Generation Aligner<br />

Sistema Operativo<br />

Linux<br />

Monitor<br />

22” (Wide Range)<br />

Base de Da<strong>dos</strong><br />

OEM (aprox. 20 anos)<br />

Câmaras<br />

5,1Mp / 60fps<br />

Tecnologia<br />

Vídeo<br />

Garras<br />

AC100<br />

Jantes 13” a 22”<br />

Largura de Via 1,22m a 2,44m<br />

Alimentação<br />

230V/1Ph/60Hz<br />

VANTAGENS DO MÉTODO<br />

As vantagens da V2100 são várias, nomeadamente<br />

em termos de medição dinâmica da<br />

viatura. De que forma? Além de garantir uma<br />

medição muito mais rápida, permite ainda,<br />

recorrendo a elaboradíssimos algoritmos de<br />

cálculo, eliminar erros de leitura causa<strong>dos</strong><br />

por objetos acidentalmente calca<strong>dos</strong> pelas<br />

rodas durante o movimento. Por exemplo,<br />

diminuindo, deste modo, de forma quase<br />

total, a necessidade de repetição dessa<br />

mesma leitura.<br />

Com uma conceção tradicional, com as câmaras<br />

montadas na usual boom de alumínio<br />

anodizado, este equipamento poderá<br />

ser configurado de várias formas. Exemplos?<br />

Fixa, pivotante ou em torre móvel, de forma<br />

a maximizar as opções de funcionamento<br />

para o cliente. “E, já agora, porque não utilizar<br />

o telemóvel como monitor auxiliar, por<br />

exemplo, quando o profissional está a alinhar<br />

um eixo traseiro de um veículo particularmente<br />

difícil? Era ouro sobre azul, não? Pois<br />

não tem nada de mais!”, esclarecem ainda<br />

os responsáveis da Domingos & Morgado,<br />

deixando uma mensagem para o mercado:<br />

“Descarregue a app gratuita “MyAligner” da<br />

SnapOn Equipment, para o seu gadget Android<br />

e caso resolvido! Um monitor auxiliar<br />

de trazer no bolso!”, rematam. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


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Mercado<br />

Curva ascendente<br />

Em outubro de 2018, o mercado de pneus novos de substituição em Portugal,<br />

no segmento Consumer, cresceu 7,9% comparativamente a igual mês de 2017.<br />

Já no acumulado <strong>dos</strong> 10 meses do ano, verificou-se, também, uma subida: 2%<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo da<strong>dos</strong> do Europool a que<br />

tivemos acesso, em outubro de 2018,<br />

no que ao mercado de pneus novos<br />

de substituição disse respeito, venderam-se,<br />

em Portugal, no segmento Consumer<br />

(ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e<br />

4x4), 252.090 unidades, ou seja, mais 18.451<br />

comparativamente ao período homólogo do<br />

ano passado. O que, na prática, traduziu-se<br />

num crescimento de 7,9%. Quanto ao acumulado<br />

<strong>dos</strong> 10 meses de 2018, registou-se,<br />

igualmente, uma subida, ainda que menos<br />

acentuada: 2% (2.454.428 unidades contra<br />

2.407.475 transacionadas entre janeiro e<br />

outubro de 2017).<br />

Na divisão por categorias, no 10.° mês de<br />

2018, o mercado nacional “absorveu” 215.309<br />

pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(+9,6% do que em outubro de 2017), 23.382<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(+5,1%) e 13.399 pneus 4x4 (-10,5%). No<br />

acumulado de janeiro a outubro de 2018,<br />

por comparação com igual período do ano<br />

passado, o Europool revela que foram vendi<strong>dos</strong><br />

no nosso país 2.126.821 pneus radiais<br />

para veículos de passageiros (+4,3%), 194.242<br />

pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />

(+0,1%) e 133.365 pneus 4x4 (-23,1%).<br />

Analisando os segmentos, em outubro de<br />

2018, a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />

com 119.324 (+4,1%), seguindo-se os<br />

budget, com 76.898 (+15%), e os mid, com<br />

54.844 (+5,3%). No acumulado de janeiro<br />

a outubro deste ano, os números alteram-<br />

-se para 1.198.145 pneus premium (-3,5%),<br />

708.246 pneus budget (-3,4%) e <strong>53</strong>4.990<br />

pneus mid (+26,4%) comparativamente a<br />

igual período do ano transato.<br />

Quanto à tipologia, em outubro de 2018,<br />

foram comercializa<strong>dos</strong> 63.664 pneus HRD,<br />

ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para cima<br />

(+4,8%), 13.399 pneus SUV/4x4 (-10,5%), 8.697<br />

pneus RFT (-23,4%) e 2.850 pneus All Season<br />

(-125,3%). Números que, no acumulado de<br />

janeiro a outubro deste ano, alteram-se para<br />

626.816 pneus HRD (+3,1%), 133.365 pneus<br />

SUV/4x4 (-23,1%), 93.002 pneus RFT (-6,7%) e<br />

14.822 pneus All Season (+7,9%). ♦<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Europool<br />

UNIDADES OUTUBRO 2017 OUTUBRO 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 196.404 215.309 9,6%<br />

Comerciais 22.257 23.382 5,1%<br />

4x4 14.978 13.399 -10,5%<br />

TOTAL 233.639 252.090 7,9%<br />

All Season 1.265 2.850 125,3%<br />

HRD 60.761 63.664 4,8%<br />

RFT 11.355 8.697 -23,4%<br />

SUV/4x4 14.978 13.399 -10,5%<br />

Budget 66.886 76.898 15%<br />

Mid 52.061 54.844 5,3%<br />

Premium 114.577 119.324 4,1%<br />

12” 42 49 16,7%<br />

13” 10.<strong>53</strong>4 9.343 -11,3%<br />

14” 33.928 33.257 -2%<br />

15” 61.707 74.170 20,2%<br />

16” 66.552 70.583 6,1%<br />

17” 37.425 41.427 10,7%<br />

18” 11.611 15.457 33,1%<br />

19” 8.041 4.826 -40%<br />

20” 3.402 1.482 -56,4%<br />

21” 250 403 61,2%<br />

22” 32 69 115,6%<br />

23” - - -<br />

UNIDADES JAN./OUT. 2017 JAN./OUT. 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 2.039.833 2.126.821 4,3%<br />

Comerciais 194.138 194.242 0,1%<br />

4x4 173.504 133.365 -23,1%<br />

Total 2.407.475 2.454.428 2%<br />

All Season 13.743 14.822 7,9%<br />

HRD 608.239 626.816 3,1%<br />

RFT 99.705 93.002 -6,7%<br />

SUV/4x4 173.504 133.365 -23,1%<br />

Budget 733.332 708.246 -3,4%<br />

Mid 423.149 <strong>53</strong>4.990 26,4%<br />

Premium 1.241.714 1.198.145 -3,5%<br />

12” 249 368 47,8%<br />

13” 118.377 95.460 -19,4%<br />

14” 355.495 319.442 -10,1%<br />

15” 670.877 695.043 3,6%<br />

16” 644.958 704.252 9,2%<br />

17” 356.369 386.995 8,6%<br />

18” 139.470 158.222 13,4%<br />

19” 69.588 <strong>53</strong>.601 -23%<br />

20” 28.221 18.634 -34%<br />

21” 11.684 8.033 -31,2%<br />

22” 2.869 1.331 -<strong>53</strong>,6%<br />

23” 34 -2 -5,9%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Realidade sobre rodas<br />

De que modo está o renting a influenciar o consumo de pneus<br />

em Portugal? Será o renting uma nova forma de consumir pneus?<br />

Que consumo de pneus está afeto às gestoras de frotas?<br />

Neste artigo, procuramos responder a estas e outras questões, num<br />

mercado onde os da<strong>dos</strong> escasseiam ou simplesmente não existem<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Renting de pneus<br />

Serão poucos os negócios no setor<br />

automóvel que tenham uma<br />

oferta tão vasta e uma rivalidade<br />

tão grande como o <strong>dos</strong> pneus. O<br />

comércio destes componentes pretos de<br />

borracha com um buraco no meio está, por<br />

isso, mais democratizado do que nunca. O<br />

que, antes, era um negócio exclusivo das<br />

casas de pneus, hoje, contempla inúmeros<br />

players, como os centros auto, os operadores<br />

de serviços rápi<strong>dos</strong> e as redes oficinais. Para<br />

não falar das plataformas de vendas online<br />

B2C, ainda que estas pouca expressão assumam.<br />

Não admira, pois, que a concorrência<br />

se tenha tornado mais feroz, que as margens<br />

tivessem sido “esmagadas” e que o cliente<br />

passasse a ter à sua disposição uma escolha<br />

mais diversificada.<br />

MERCADO EM MUDANÇA<br />

Se observarmos as tendências do que poderá<br />

vir a ser o mercado automóvel no futuro<br />

(e convém frisar que esse futuro está<br />

a escrever-se hoje), é preciso perceber que,<br />

muito provavelmente, aquele que é, nos dias<br />

que correm, o consumidor de pneus, poderá<br />

vir a ter outro “rosto” dentro de pouco tempo.<br />

Hoje, é, essencialmente, o cliente particular<br />

quem adquire pneus, tal como adquire automóveis.<br />

E se olharmos para a tendência<br />

do setor automóvel, constatamos que o<br />

renting de veículos, que começou por ser<br />

um modelo de negócio direcionado para as<br />

empresas, é, hoje, cada vez mais opção para<br />

o cliente particular. Mediante o pagamento<br />

de uma mensalidade, o cliente (seja ele particular<br />

ou empresa) usufrui da utilização<br />

do automóvel, da manutenção, de seguro,<br />

de cartão de combustível e de pneus. Ou<br />

seja, tem acesso a um conjunto de soluções<br />

que podem ser incluídas no produto final.<br />

O renting, que por acaso também trabalha<br />

banner revista - GOODRIDE3.pdf 1 27/09/2018 17:16:41<br />

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Destaque<br />

Renting de pneus<br />

com automóveis (e, por consequência, com<br />

pneus), é um produto financeiro.<br />

De acordo com a estimativa de produção<br />

acumulada de renting facultada pela ALF (Associação<br />

Portuguesa de Leasing, Factoring e<br />

Renting), em setembro de 2018 foram registadas<br />

27.785 viaturas (22.438 de passageiros<br />

e 5.347 comerciais), o que correspondeu a<br />

um aumento de 16,8% face a setembro de<br />

2017 (23.785 viaturas, das quais 19.224 de<br />

passageiros e 4.561 comerciais). Se olharmos<br />

para o valor (em euros), constatamos que a<br />

subida foi de 20,5%: 544.883 em setembro<br />

de 2018 (467.913 para passageiros e 76.970<br />

para comerciais) face a 452.171 em setembro<br />

de 2017 (383.869 para passageiros e 68.302<br />

para comerciais). Da<strong>dos</strong> sobre o consumo de<br />

pneus que está afeto às gestoras de frotas,<br />

não existem. Ou, pelo menos, não nos foram<br />

faculta<strong>dos</strong> pela ALF. Olhando paras as<br />

vendas de automóveis, vemos que o renting<br />

tem ganho expressão. Ou porque as empresas<br />

tiveram necessidade de renovar as suas<br />

frotas ou em virtude do novo método de<br />

homologação de consumos e emissões, que<br />

precipitou a troca de veículos. A tendência<br />

da venda de automóveis nos últimos anos<br />

aponta mais para o crescimento através<br />

deste canal e não tanto para o particular.<br />

No futuro, esteja ele mais ou menos distante,<br />

o consumidor deixará de comprar o automóvel,<br />

ainda que no nosso país o sentimento de<br />

propriedade seja bastante importante, para<br />

passar a usufruir da sua utilização durante o<br />

período de vigência do contrato, podendo<br />

trocar de veículo após o término do mesmo.<br />

NOVA FORMA DE CONSUMO<br />

A tendência do mercado aponta mesmo<br />

para que o cliente particular comece a deixar,<br />

cada vez mais, de escolher o produto no<br />

momento da instalação e de receber aconselhamento<br />

por parte da casa sobre que pneu<br />

deve colocar. E esta é uma realidade incontornável:<br />

as empresas de renting adquirem,<br />

para toda a sua frota, um determinado tipo<br />

de pneu que cumpre todas as características<br />

do que vem montado como equipamento<br />

de origem, podendo decidir, em função daquilo<br />

que venha a desenvolver, um pneu da<br />

marca “X”, “Y” ou “Z”. Ou, porventura, apenas<br />

da marca “X”. E, aqui, estamos a falar de um<br />

diferente tipo de player, que, não sendo novo<br />

no mercado, assume cada vez maior expressão.<br />

Este canal tem vindo a ganhar posição.<br />

De uma forma lógica e natural. Se já assume<br />

maior expressão na venda de automóveis,<br />

automaticamente acontece o mesmo em<br />

relação ao consumo de pneus.<br />

O renting é, cada vez mais, um “cliente” que<br />

está em crescimento no que diz respeito ao<br />

consumo de pneus, tendo ele o poder de<br />

decidir sobre que marca deve ser instalada<br />

em determinada viatura. Quando um veículo<br />

de uma gestora de frotas (serviço de renting)<br />

entra numa oficina para substituir pneus, é<br />

a gestora de frotas que dá a indicação sobre<br />

a marca e o modelo a colocar, com base<br />

nas condições negociais acordadas com as<br />

marcas de pneus. Mas atenção: nem todas<br />

as operações de renting contemplam pneus.<br />

Melhor dizendo: os pneus não estão incluí<strong>dos</strong><br />

em to<strong>dos</strong> os contratos de renting que<br />

se celebram em Portugal. A escolha é feita<br />

pelo cliente (seja ele particular ou empresa)<br />

em função das suas necessidades e daquilo<br />

que lhe é apresentado. Os pneus podem ser<br />

ilimita<strong>dos</strong> nos contratos de renting, podem<br />

estar contempla<strong>dos</strong> em número específico<br />

de unidades ou até podem pura e simplesmente<br />

não estar incluí<strong>dos</strong>.<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


TENDÊNCIA DE FUTURO<br />

No final <strong>dos</strong> anos 90, deram-se os primeiros<br />

passos no negócio de pneus com as gestoras<br />

de frotas. De então para cá, muita coisa<br />

mudou. Mas será que, no futuro, teremos a<br />

lógica da pirâmide invertida, com as gestoras<br />

de frotas a serem as únicas consumidoras<br />

de pneus? Não se sabe. Certo, é que, hoje,<br />

existem características às quais é preciso<br />

estar-se atento, nomeadamente o tipo de<br />

consumo e de consumidor. Os jovens atuais<br />

com idades compreendidas entre os 16 e<br />

os 18 anos não olham para o automóvel<br />

da mesma forma nem com o mesmo sentimento<br />

de propriedade do que as gerações<br />

mais velhas. Não causaria, por isso, espanto<br />

se os jovens mais urbanos optassem por<br />

plataformas que lhes proporcionassem ir do<br />

ponto “A” ao ponto “B” sem que tivessem de<br />

preocupar-se com estacionamento, seguro,<br />

manutenção e pneus. Se esta tendência se<br />

verificar, não teremos o cliente particular<br />

a ter influência no consumo de pneus de<br />

determinado automóvel, mas uma empresa<br />

que gere a sua frota. Mas atenção: poderá<br />

nem ser este tipo de empresa a preocupar-se<br />

com os pneus, porque, provavelmente, esses<br />

veículos não lhe pertencem. Ou seja, neste<br />

caso, será a empresa de renting a preocupar-<br />

-se com a manutenção do automóvel, onde<br />

se incluem, também, os pneus.<br />

Perante o cenário acima traçado, não será<br />

nem o particular a preocupar-se com os<br />

pneus nem o operador que adquiriu a viatura,<br />

podendo este tê-lo feito a uma empresa<br />

de renting. Portanto, o consumo de pneus<br />

poderá, no futuro, vir a deixar de ter um<br />

“rosto” para tornar-se numa “entidade” que<br />

está por detrás de tudo isto e que irá adquirir<br />

pneus para determinada viatura em função<br />

das negociações feitas a montante relacionadas<br />

com o consumo. Esta poderá ser, em<br />

termos globais, a tendência de futuro em<br />

relação à tipologia de consumo. u<br />

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Evento<br />

Rumo à excelência<br />

A Yokohama reuniu, no Grande Salão do Círculo de Bellas Artes de Madrid,<br />

cerca de 200 parceiros espanhóis e portugueses para celebrar o sucesso<br />

da campanha “Drive for More”, lançada no início de setembro<br />

Por: João Vieira<br />

A<br />

campanha “Drive for More”, divulgada<br />

nos cinco principais merca<strong>dos</strong><br />

internacionais do fabricante<br />

japonês de pneus - Índia, Malásia,<br />

Vietname, França e Península Ibérica – é o<br />

maior investimento de marketing realizado<br />

pela Yokohama nos seus 100 anos de história.<br />

Didier Drogba, lenda do Chelsea FC e ícone<br />

do futebol a nível mundial, foi escolhido<br />

como o rosto da campanha, participando,<br />

ativamente, numa série de eventos VIP, como<br />

aconteceu no jantar de gala com os clientes<br />

da Yokohama Ibéria, realizado no passado<br />

dia 1 de dezembro, em Madrid. O magnífico<br />

espaço do Grande Salão do Círculo de Bellas<br />

Artes, requintadamente decorado, acolheu,<br />

com pompa e circunstância, os cerca de 200<br />

convida<strong>dos</strong>, que celebraram com os membros<br />

da direção da Yokohama o êxito da campanha<br />

“Drive for More”.<br />

NOTORIEDADE EM CRESCENDO<br />

Takaharu Fushimi, diretor de vendas e marketing<br />

da Yokohama, deu as boas-vindas a<br />

to<strong>dos</strong> os presentes e realçou a importância<br />

que a iniciativa tem para a marca. “Este foi o<br />

maior investimento em marketing alguma<br />

vez realizado pela Yokohama nos seus 100<br />

anos de história e o objetivo é muito claro:<br />

fazer crescer o nosso negócio em merca<strong>dos</strong><br />

onde a nossa quota é relativamente pequena.<br />

Escolhemos o maior desporto do mundo, o<br />

futebol, para fazer crescer a notoriedade da<br />

marca e patrocinamos um <strong>dos</strong> mais importantes<br />

clubes do mundo, o Chelsea FC, onde<br />

jogaram super estrelas do futebol mundial,<br />

muitas delas portugueses e espanholas.<br />

Desde que começou a nossa colaboração, em<br />

2015, a notoriedade e as vendas <strong>dos</strong> pneus<br />

Yokohama foram aumentando em todo o<br />

mundo, especialmente junto <strong>dos</strong> adeptos<br />

do Chelsea FC e <strong>dos</strong> fãs de futebol”, disse.<br />

“A quarta época que acaba de começar, consideramos<br />

ser a altura mais propícia para os<br />

nossos parceiros aumentarem as vendas.<br />

Graças à colaboração com o Chelsea FC,<br />

conseguimos criar uma extraordinária campanha<br />

em cinco importantes merca<strong>dos</strong>, onde<br />

se inclui Espanha e Portugal. As figuras em<br />

tamanho real <strong>dos</strong> jogadores do Chelsea FC<br />

estão em todas as lojas <strong>dos</strong> nossos parceiros e<br />

os clientes recebem merchandising da marca<br />

Chelsea Yokohama quando compram quatro<br />

pneus. Estes recursos estarão disponíveis para<br />

ajudar os revendedores de pneus em to<strong>dos</strong><br />

os merca<strong>dos</strong> a impulsionar as vendas”, frisou.<br />

“Esta noite, participa neste jantar especial<br />

o nosso embaixador da campanha ‘Drive<br />

for More’, Didier Drogba, junto com outra<br />

lenda do futebol, Paulo Ferreira. Graças<br />

à bem sucedida campanha de vendas, a<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Chelsea FC / Yokohama<br />

Yokohama alcançou grandes resulta<strong>dos</strong><br />

que esperamos melhorar no próximo ano.<br />

O nosso objetivo é aumentar a notoriedade<br />

da marca com o Chelsea FC e aumentar as<br />

oportunidades de negócio para os nossos<br />

parceiros. Por esta razão, peço a to<strong>dos</strong> a<br />

maior colaboração possível, pois acredito<br />

que, juntos, iremos ter grande sucesso nos<br />

próximos anos”, concluiu Takaharu Fushimi.<br />

AS PESSOAS SÃO O MAIS IMPORTANTE<br />

Após o discurso de boas-vindas do responsável<br />

da marca, foi a vez de Victor Cañizares,<br />

vice-presidente de vendas e marketing da<br />

Yokohama Ibéria agradecer a presença de<br />

to<strong>dos</strong> e lançar algumas questões: “Quem diz<br />

que as pessoas não são importantes? Quem<br />

diz que o profissionalismo e a experiência<br />

não é importante? E quem disse que to<strong>dos</strong><br />

os pneus são iguais? Num tempo em que<br />

vivemos num mercado algo anárquico, as<br />

minhas palavras são para dizer que nós, na<br />

Yokohama, juntamente com os nossos parceiros,<br />

aceitamos o desafio e dizemos que<br />

as pessoas são importantes, assim como o<br />

profissionalismo, a experiência e, também,<br />

os pneus e as suas características. Para termos<br />

sucesso no negócio, temos de estar<br />

basea<strong>dos</strong> numa relação de confiança com<br />

fornecedores, clientes e funcionários. Por<br />

isso, estamos a trabalhar nesta linha para<br />

construir um futuro melhor”.<br />

Sobre o patrocínio da Yokohama ao Chelsea<br />

FC, Victor Cañizares considera uma “parceria<br />

de enorme valor, pois as duas empresas<br />

encaixam bem, sendo ambas organizações<br />

internacionais líderes na inovação e no<br />

desempenho. Com esta parceria, a marca<br />

procura maximizar o valor do cliente e expandir<br />

o seu alcance global, com o objetivo<br />

de manter a sua liderança na indústria <strong>dos</strong><br />

pneus. Neste contexto, a aliança será uma<br />

oportunidade de mostrar a empresa a uma<br />

grande audiência mundial, graças à crescente<br />

popularidade do Chelsea FC”.<br />

Para Victor Cañizares, a duração do contrato<br />

permite que o logótipo da Yokohama apareça<br />

“nas camisolas da equipa, no estádio”,<br />

além das aparições <strong>dos</strong> jogadores em eventos<br />

e em material publicitário”. O responsável<br />

enalteceu ainda o facto de se tratarem de<br />

duas organizações com claro enfoque no<br />

“desempenho e na inovação” e com características<br />

comuns: “Uma grande ambição<br />

e uma cultura de êxito inquebrável”, disse.<br />

No clube londrino, o fabricante japonês encontra<br />

um parceiro que promove “iniciativas<br />

sociais, como a Fundação Chelsea, que<br />

trabalha com 30 países em todo o mundo,<br />

ajudando, to<strong>dos</strong> os anos, a melhorar a vida<br />

de muitas crianças e jovens”. u<br />

DUAS ESTRELAS NA YOKOHAMA<br />

Antes do jantar terminar, houve tempo para ouvir<br />

as vedetas Didier Drogba e Paulo Ferreira falarem<br />

sobre as grandes vitórias conquistadas ao serviço<br />

do Chelsea FC. Didier Drogba é o exemplo perfeito<br />

do slogan da campanha “Drive for More” como<br />

futebolista profissional. Estreou-se no Chelsea FC<br />

em agosto de 2004, protagonizando a contratação<br />

mais cara do clube até então.<br />

Por sua vez, Paulo Ferreira, um <strong>dos</strong> grandes laterais<br />

direitos portugueses, jogou no FC Porto, onde,<br />

em duas épocas, ganhou dois campeonatos, uma<br />

Taça de Portugal, uma Supertaça Portuguesa, uma<br />

Taça UEFA e uma Liga <strong>dos</strong> Campeões. Foi contratado<br />

pelo Chelsea por 20 milhões de euros, juntando-se,<br />

assim, a Ricardo Carvalho e ao treinador<br />

José Mourinho, onde ganhou na primeira época a<br />

Premier League e a Taça da Liga Inglesa.<br />

Questionado sobre as razões que levaram o Chelsea<br />

FC a ganhar dois campeonatos, Paulo Ferreira<br />

afirmou que “foi a união do grupo, que contava<br />

com jogadores extraordinários, como Didier Drogba,<br />

Ricardo Carvalho e Tiago, que trouxeram à<br />

equipa uma grande vontade de vencer. Tínhamos,<br />

também, José Mourinho, que estava muito motiva-<br />

do com o sucesso alcançado no FC Porto e, isso,<br />

ajudou bastante”. Sobre Didier Drogba, Paulo Ferreira<br />

diz ser “uma pessoa fantástica e um grande<br />

profissional” com quem teve o privilégio de jogar<br />

durante oito épocas. Um amigo muito divertido fora<br />

do campo, mas quando chegava a hora do trabalho,<br />

mostrava sempre uma grande concentração<br />

e muita convicção para melhorar, influenciando a<br />

restante equipa a fazer cada vez mais e melhor.<br />

Didier Drogba elogiou, também, Paulo Ferreira pelo<br />

seu profissionalismo e, sobretudo, pela inteligência<br />

com que jogava. “No Chelsea FC, to<strong>dos</strong> gostavam<br />

do Paulo e respeitavam-no. Era um grande profissional<br />

e continua com a mesma atitude. Por isso,<br />

é respeitado por to<strong>dos</strong> os jogadores de futebol”.<br />

Sobre o seu envolvimento na campanha “Drive for<br />

More”, Didier Drogba, embaixador da Yokohama,<br />

reconheceu que o Chelsea FC tem sido uma parte<br />

importante da sua carreira e da sua vida. “Estou<br />

muito orgulhoso pelo facto de a popularidade do<br />

clube continuar a crescer em todo o mundo. Estou<br />

muito satisfeito por trabalhar com o Chelsea FC e<br />

com a Yokohama nesta campanha e conhecer a<br />

comunidade da Yokohama e os fãs do clube em<br />

cada uma das regiões onde a campanha está a<br />

ser promovida”.<br />

Pela sua parte, a Yokohama lembra que “como<br />

jogador de futebol profissional, Didier Drogba representa<br />

o que o slogan ‘Drive for More’ significa.<br />

Ele fez a sua estreia no Chelsea FC em agosto de<br />

2004, depois de assinar um contrato sem precedentes<br />

para o clube. Como titular, venceu quatro<br />

edições da Premier League, marcou o penalti decisivo<br />

na final da Liga <strong>dos</strong> Campeões em 2012 e<br />

tornou-se no quarto maior goleador de to<strong>dos</strong> os<br />

tempos do Chelsea FC, tendo sido ainda eleito o<br />

Melhor Jogador Africano do Ano”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Evento<br />

Reunião no Luso<br />

Nos passa<strong>dos</strong> dias 7 e 8 de novembro, teve lugar o 16.° Encontro Valorpneu. Mais de<br />

uma centena de pessoas rumaram ao Grande Hotel de Luso para marcar presença<br />

neste importante evento anual do setor<br />

Por: Joana Calado<br />

Dividido por dois dias, o encontro<br />

organizado pela Valorpneu<br />

contou com dois programas distintos:<br />

um de lazer e convívio,<br />

que decorreu ao longo do dia 7; outro de<br />

carácter mais profissional, que teve lugar<br />

no dia 8 e ficou marcado por uma sessão<br />

de trabalho que contou com a presença<br />

de vários oradores.<br />

No primeiro dia, os convida<strong>dos</strong> rumaram a<br />

Coimbra para visitar a parte mais antiga da<br />

Universidade, com particular destaque para<br />

a Biblioteca Joanina, tendo a ação terminado<br />

ao pôr do sol com um pequeno lanche<br />

acompanhado pelo sau<strong>dos</strong>o fado da cidade<br />

<strong>dos</strong> estudantes. Antes do jantar, a Valorpneu<br />

proporcionou aos convida<strong>dos</strong> a hipótese de<br />

visitarem as Caves Aliança, que alberga parte<br />

da coleção de arte do Grupo Bacalhoa, local<br />

onde decorreu, aliás, o repasto.<br />

ORADORES DE RENOME<br />

O segundo dia trouxe o lado “mais profissional”<br />

do encontro. Hélder Pedro, gerente da<br />

Valorpneu, abriu a sessão, dando particular<br />

ênfase à nova licença atribuída à entidade.<br />

De ressalvar as ações de sensibilização e<br />

educação <strong>dos</strong> diferentes públicos alvo e<br />

a investigação e desenvolvimento para a<br />

melhoria de processos de gestão e <strong>dos</strong> níveis<br />

de eficiência ambiental e económica<br />

do SGPU. A Valorpneu tem desenvolvido<br />

algumas ações para o setor da recauchutagem,<br />

nomeadamente no que diz respeito à<br />

inclusão de pneus recauchuta<strong>dos</strong> nas compras<br />

públicas ecológicas. “O fim do estatuto<br />

de resíduo, publicado no início deste ano,<br />

pode ser um importante contributo para o<br />

reconhecimento <strong>dos</strong> produtos deriva<strong>dos</strong><br />

de materiais concebi<strong>dos</strong> a partir de pneus<br />

usa<strong>dos</strong>”, afirmou o gerente.<br />

A acompanhar Hélder Pedro, na sessão de<br />

abertura, esteve Mercês Ferreira, vogal do<br />

Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do<br />

Ambiente (APA), que destacou o papel fulcral<br />

<strong>dos</strong> intervenientes, desde o consumidor ao<br />

distribuidor. No final da sua intervenção,<br />

deixou uma mensagem à entidade gestora<br />

de pneus em fim de vida: “Continuamos a<br />

contar com a proatividade da Valorpneu<br />

num caminho de transição de uma eco-<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


16.° Encontro Valorpneu<br />

nomia linear para uma economia circular”.<br />

Numa apresentação detalhada sobre a nova<br />

licença, Ana Cristina Carrola, diretora do Departamento<br />

de Resíduos da APA, explicou o<br />

novo enquadramento legal, a evolução <strong>dos</strong><br />

requisitos de qualificação <strong>dos</strong> operadores<br />

de tratamento e a nova abordagem <strong>dos</strong> novos<br />

modelos de licença, sintetizando o que<br />

mudou relativamente ao fluxo específico de<br />

pneus usa<strong>dos</strong>. A diretora apresentou como<br />

principal alteração a não obrigatoriedade de<br />

identificar o peso e as unidades <strong>dos</strong> pneus<br />

entregues. Com a nova legislação, os centros<br />

de recolha poderão optar por apresentar os<br />

da<strong>dos</strong> em peso ou unidades.<br />

Climénia Silva, diretora-geral da Valorpneu,<br />

fez um balanço do ano de 2018 para a empresa,<br />

destacando a certificação do Sistema<br />

de Gestão de Qualidade e Ambiente, que<br />

considera ser mais uma representação do<br />

elevado nível de qualidade e de compromisso<br />

da entidade gestora. Para o próximo<br />

ano, a diretora-geral fixou o objetivo de recolha<br />

<strong>dos</strong> pneus anualmente produzi<strong>dos</strong> em<br />

96% e a reciclagem de, pelo menos, 65%<br />

SETOR SENTOU-SE À MESA<br />

Em representação da Ernst & Young, Rui<br />

Martins explicou os critérios utiliza<strong>dos</strong> na<br />

avaliação do desempenho <strong>dos</strong> centros de<br />

recolha. No final da apresentação, o responsável<br />

aproveitou a oportunidade para<br />

anunciar o vencedor da edição deste ano do<br />

concurso, Metais Jaime Dias, S.A, que, pela<br />

segunda vez, venceu o “Prémio Desempenho<br />

Valorpneu”.<br />

A encerrar a sessão de trabalho, António<br />

Pedreiro, da Recipneu, José Carvalho, da<br />

Biosafe, Luís Realista, da AVE, Nuno Jordão,<br />

da Ecomais, Pedro Barros, da Biogoma, e<br />

Rita Marques, da ANIRP, reuniram-se à mesa<br />

para debater a temática da “Gestão de <strong>Pneus</strong><br />

Usa<strong>dos</strong> no âmbito da Economia Circular”,<br />

tendo sido o debate moderado por Sofia<br />

Arnaud, da Cunha Vaz & Associa<strong>dos</strong>.<br />

O principal problema apresentado pelos recicladores<br />

disse respeito à dificuldade de escoamento<br />

do elevado stock de granula<strong>dos</strong> e<br />

pós de borracha deriva<strong>dos</strong> de pneus usa<strong>dos</strong><br />

existente em Portugal. O desajustamento<br />

entre a oferta e a procura destes materiais<br />

lidade”. Para os representantes do setor da<br />

reciclagem, o mais importante é encontrar,<br />

através das entidades responsáveis, soluções<br />

de escoamento de produtos no âmbito da<br />

economia circular.<br />

Rita Marques, em representação do setor da<br />

recauchutagem, admitiu que este mercado<br />

está a atravessar um período menos favorável,<br />

apontando como principais responsáveis<br />

a crise económica e a invasão de pneus<br />

asiáticos, “que vieram denegrir a imagem<br />

<strong>dos</strong> nossos produtos, que deixaram de ter<br />

espaço no mercado com uma concorrência<br />

desleal”. No último ano, a recauchutagem<br />

registou uma perda de 20%, Rita Marques<br />

prevê que o futuro seja, contudo, mais risonho,<br />

nomeadamente devido à integração de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> nas compras públicas<br />

ecológicas.<br />

“Nesta fileira em específico, como em outras,<br />

depois de todas as tentativas de valorizar<br />

e reciclar, surge a solução da valorização<br />

energética, dando sempre oportunidade de<br />

evitar o aterro” disse Luís Realista, da AVE.<br />

Atualmente, em Portugal, a valorização enerdesses<br />

mesmos pneus.<br />

A responsável aproveitou a sua intervenção<br />

para apresentar um plano de expansão para<br />

as ilhas, Madeira e Açores, que poderá ocorrer<br />

durante o ano de 2019, a par de outras<br />

iniciativas, como ações de sensibilização<br />

para produtores de pneus usa<strong>dos</strong>. As alterações<br />

que o sistema de entrega de pneus<br />

tem vindo a sofrer revelaram-se vantajosas,<br />

nomeadamente no que diz respeito às receções<br />

com atraso, que reduziram de 32%<br />

em 2007 para um valor previsto de 3% em<br />

2018. Também a adesão <strong>dos</strong> produtores sofreu<br />

grande evolução. Em 2003, existiam<br />

325 produtores regista<strong>dos</strong> na Valorpneu,<br />

sendo a previsão para o fecho do ano de<br />

2018 de 2160.<br />

deve-se, essencialmente, ao desconhecimento<br />

e à falta de reconhecimento de que<br />

estes produtos são alvo. António Pedreiro,<br />

da Recipneu, afirmou que “não é suficiente<br />

apresentar um produto reciclado de qualidade”.<br />

E que “é necessário que o mercado o<br />

reconheça como um produto de qualidade”.<br />

José Carvalho, da Biosafe, por seu turno,<br />

alertou para a importância de se começar<br />

a utilizar este produto em obras de cariz<br />

público, sendo que esta poderá ser uma<br />

das principais vias de escoamento destes<br />

produtos. No entanto, apesar do panorama<br />

parecer difícil, Pedro Barros, da Biogoma,<br />

adiantou que o fim do estatuto de resíduo<br />

“vai abrir novos merca<strong>dos</strong>, uma vez que este<br />

produto passa a ter uma certificação de quagética<br />

produz cerca de 280 mil toneladas<br />

de combustível alternativo, tendo na sua<br />

origem 20 mil toneladas de pneus nacionais.<br />

A valorização energética fecha o ciclo<br />

de aproveitamento <strong>dos</strong> pneus. Luís Realista<br />

expressou, no final da sua intervenção, um<br />

desejo: “Tenho esperança que a nova licença<br />

e a abertura do Unilex em fazer determina<strong>dos</strong><br />

ajustamentos propostos pela Valorpneu<br />

a esta licença tragam a reconhecida valorização<br />

material do coprocessamento”.<br />

A terminar o encontro, Sofia Ferreira, responsável<br />

de comunicação da Fundação Mata<br />

do Bussaco, alertou os convida<strong>dos</strong> para os<br />

efeitos da tempestade “Leslie” na mata e<br />

apresentou o novo projeto SOS Esquilos,<br />

a que a Valorpneu se associa. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Reportagem<br />

Quando um<br />

pneu ressuscita<br />

A recauchutagem é o processo que permite dar uma nova vida a um pneu usado.<br />

Em Portugal, esta tarefa especializou-se através da Bandague, empresa lusa com<br />

um reconhecido histórico nesta atividade. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> foi ver, in loco, o<br />

processo de recauchutagem de pneus a frio e conta-lhe tudo o que sabe<br />

Por: Ricardo Carvalho<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Bandague<br />

A<br />

Bandague é uma empresa portuguesa<br />

que se dedica à recauchutagem<br />

de pneus a frio e à<br />

comercialização de pneus novos.<br />

Iniciou a sua atividade em 1972 com a celebração<br />

de um contrato de franchising com a<br />

Bandag (marca de borracha para recauchutagem<br />

de uma empresa norte-americana,<br />

que foi comprada pela Bridgestone há 10<br />

anos). Desta forma, introduziu, em Portugal,<br />

uma tecnologia que a empresa apelida de<br />

pioneira, a recauchutagem de pneus a frio,<br />

assim chamada ainda que seja sempre feita<br />

a uma temperatura que ronda os 115°C.<br />

A empresa lusa dispõe de três unidades fabris<br />

distribuídas geograficamente pelo país<br />

(Braga, Pontão e Alcoitão), o que lhe permite<br />

uma maior proximidade com os clientes e<br />

uma excelente cobertura nacional. Conta com<br />

200 colaboradores no total das três fábricas e<br />

orgulha-se de fazer uso do equipamento mais<br />

avançado a nível mundial no que concerne à<br />

atividade de recauchutagem de pneus a frio.<br />

Ao longo de to<strong>dos</strong> estes anos, a Bandague<br />

tem vindo a fazer uma aposta na inovação,<br />

investindo em tecnologia avançada e na formação<br />

contínua <strong>dos</strong> seus colaboradores. O<br />

conceito de qualidade da empresa lusa passa<br />

pelo produto, pelo serviço de recauchutagem<br />

e pelo pós-venda, tendo como preocupação<br />

constante a satisfação das necessidades do<br />

mercado.<br />

CARCAÇAS DE QUALIDADE<br />

Sendo a borracha da Bandag fornecida pela<br />

Bridgestone, a Bandague não esconde que<br />

prefere recauchutar carcaças de marcas de<br />

qualidade, entre as quais está a Bridgestone).<br />

Neste artigo, abordamos o processo de recauchutagem<br />

de pneus a frio utilizado pela Bandague<br />

na unidade de Alcoitão, precisamente<br />

aquela que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou. Este<br />

processo é dividido por várias etapas, que<br />

culmina na carcaça recauchutada e pronta a<br />

utilizar com uma qualidade acima da média.<br />

A primeira dessas etapas é a inspeção inicial.<br />

Através da visão e do tato, técnicos competentes<br />

e experientes da empresa avaliam a<br />

fiabilidade e segurança da carcaça. Em seguida,<br />

a carcaça já selecionada passa para<br />

uma máquina chamada “sherográfica”. É<br />

precisamente neste ponto que começa a<br />

viagem do pneu recauchutado. A máquina<br />

faz uma avaliação exaustiva da carcaça com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Reportagem<br />

Bandague<br />

VANTAGENS DO<br />

PNEU RECAUCHUTADO<br />

• Trata-se de um produto “verde”<br />

• Prolonga a vida útil da carcaça, diminuindo<br />

a quantidade de resíduos<br />

• A produção de um pneu recauchutado<br />

implica a redução de cerca de 70%<br />

de consumo de petróleo<br />

• Reduz em cerca de 67% o consumo<br />

de eletricidade<br />

• Reduz em cerca de 35% o custo por<br />

quilómetro com pneus para o utilizador final<br />

a ajuda do técnico. A “sherográfica” tira 1.000<br />

fotografias à estrutura, permitindo detetar<br />

algum problema.<br />

Após esta avaliação e uma vez dado o “ok”, o<br />

pneu passa para uma máquina de impulsos<br />

elétricos. Estes impulsos detetam microfuros<br />

que não são visíveis a olho nu e que são, de<br />

seguida, tapa<strong>dos</strong>. Tendo em conta a nova<br />

utilização do pneu, definida no início da<br />

recauchutagem, é possível alterar o índice<br />

de velocidade.<br />

Segue-se o processo de raspagem, feito com<br />

uma raspadora automática de alta precisão,<br />

que retira toda a borracha desnecessária<br />

e restabelece a dinâmica de rolamento. A<br />

textura da superfície preparada funciona<br />

como fundação e, também, como superfície<br />

de ligação para o novo piso. Depois, é a vez<br />

da preparação e reparação da carcaça, sendo<br />

esta revitalizada até atingir praticamente as<br />

características de um pneu novo.<br />

RECAUCHUTAGEM A SUBIR<br />

A etapa seguinte diz respeito à aplicação<br />

do piso. O piso e a goma de ligação são<br />

aplica<strong>dos</strong> de forma homogénea na carcaça<br />

com precisão eletrónica através de uma máquina<br />

chamada “Extrusora”. A união torna-<br />

-se numa das partes mais fortes do pneu.<br />

A goma de ligação é da Bandag. Trata-se<br />

de uma borracha rica em componentes de<br />

aderência concebi<strong>dos</strong>, especificamente,<br />

para unir a forte borracha do piso a uma<br />

carcaça bem preparada. A penúltima etapa<br />

responde pelo nome de envelopagem e vulcanização.<br />

A vulcanização tem lugar num<br />

envelope flexível (o pneu é envolvido por<br />

uma espécie de capa) e colocada dentro<br />

de um cilindro onde vulcaniza a pressão<br />

e temperaturas moderadas, mantendo a<br />

integridade da carcaça.<br />

A baixa temperatura de vulcanização<br />

(aproximadamente, 115°C), a inexistência<br />

de calor excessivo e os moldes metálicos<br />

salvaguardam a carcaça da tensão associada<br />

a outros processos de recauchutagem. A<br />

etapa final é precisamente a inspeção, que<br />

assegura que to<strong>dos</strong> os registos da empresa<br />

são respeita<strong>dos</strong>. O pneu é analisado de forma<br />

meticulosa antes de ser entregue. A partir<br />

daqui, os pneus são armazena<strong>dos</strong> para serem<br />

devolvi<strong>dos</strong> aos clientes, que já eram<br />

donos das carcaças quando foram entregues<br />

à Bandague. Outros podem ser vendi<strong>dos</strong> no<br />

mercado de recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

Na fábrica da Bandague de Alcoitão, são<br />

“produzi<strong>dos</strong>” 60 pneus por dia. Cada um leva<br />

oito horas a recauchutar. Nas três unidades<br />

da empresa, estima-se que, em 2018, sejam<br />

recauchuta<strong>dos</strong> 41 mil pneus. Os números<br />

têm vindo a crescer ao longo <strong>dos</strong> anos, o que<br />

faz da Bandague o operador mais “famoso”<br />

e líder nesta atividade. u<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


C<br />

PROXESPORT.REVISTA PNEUS.pdf 1 21/07/2017 16:28:35<br />

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Entrevista<br />

Telmo Barradas<br />

Somos um<br />

fornecedor<br />

global de<br />

aftermarket<br />

Criada há 11 anos, a Euro Tyre é, desde 2015, quando se lançou na área das peças,<br />

um fornecedor global de aftermarket. Telmo Barradas, purchasing manager da<br />

unidade de pneus, o core business da empresa, explicou as razões que estão na<br />

génese do sucesso deste distribuidor de referência<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

om uma equipa constituída<br />

por 50 colaboradores, a Euro<br />

Tyre nasceu em 2007 para operar<br />

no negócio da distribuição<br />

de pneus. Presente, hoje, em<br />

Portugal e Espanha, a empresa liderada por<br />

Manuel Félix lançou-se, em 2015, na área das<br />

peças. E contratou, nesse ano, Telmo Barradas.<br />

Responsável pela unidade de pneus da Euro<br />

Tyre, que abrange diversas atividades (desde<br />

a compra ao call center, passando pelo pricing,<br />

pela gestão de stock e pelo nível de serviço<br />

prestado ao cliente), o purchasing manager<br />

tem como missão aumentar a rentabilidade<br />

do negócio de pneus dentro da organização.<br />

O que é isto de a Euro Tyre ser, hoje, um<br />

fornecedor global de aftermarket?<br />

Trata-se de um conceito que se baseia na<br />

diversificação da nossa atividade. Pensamos<br />

que o negócio da distribuição “convencional”<br />

de pneus, na verdadeira aceção da palavra,<br />

tem os dias conta<strong>dos</strong>. Pelo menos, não acreditamos<br />

no modelo de negócio da distribuição<br />

apenas de pneus. Não acreditamos que,<br />

no futuro, este negócio seja sustentável. Por<br />

isso, diversificámos a nossa atividade e somos,<br />

neste momento, um fornecedor global de<br />

aftermarket. Damos todas as soluções ao setor.<br />

Ou, melhor ainda, tentamos dar todas as<br />

soluções aos profissionais do setor. Quer sejam<br />

oficinas, operadores de retalho ou to<strong>dos</strong> os<br />

canais que possam absorver tudo o que envolve<br />

o aftermarket. Os pneus ainda são o core<br />

business da Euro Tyre, quanto mais não seja<br />

pelo valor de faturação que representam (cerca<br />

de 90%, ficando 10% para as peças). Apontamos<br />

para uma faturação de 36 milhões de<br />

euros em 2018, valor que será superior ao<br />

alcançado no ano anterior. Registaremos um<br />

crescimento de pneus em Portugal na ordem<br />

<strong>dos</strong> dois dígitos. Quer em número de unidades,<br />

quer em volume de faturação.<br />

É expectável que as peças venham a conquistar<br />

terreno aos pneus dentro da vossa<br />

organização?<br />

Sim. Até pela visão, estratégia, força e energia<br />

que estamos a aplicar na dinâmica de tudo<br />

o que é o aftermarket de peças com o projeto<br />

euroPARTNER. Pensamos dar estabilidade à<br />

velocidade de cruzeiro em tudo o que diga<br />

respeito a pneus. Pela dimensão do nosso<br />

país, não conseguiremos ter um crescimento<br />

exponencial, mas sim sustentável. Não estamos<br />

à procura de crescer por crescer. Estamos<br />

mais foca<strong>dos</strong> naquilo que é a rentabilidade.<br />

Penso que, de forma natural e tendo em conta<br />

o que estamos a fomentar no aftermarket de<br />

peças com o projeto euroPARTNER, o cresci-<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Purchasing Manager da Euro Tyre<br />

mento vá evoluir a curto e médio prazos para<br />

outros patamares. Estamos mais foca<strong>dos</strong> na<br />

perspetiva de rentabilizar o negócio de pneus<br />

para nos dar sustentabilidade nas outras áreas<br />

de negócio que temos.<br />

Hoje, na área <strong>dos</strong> pneus, a Euro Tyre trabalha<br />

com pneus ligeiros e de moto. Há três<br />

anos, deixaram de comercializar pneus<br />

pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas. Tratou-se<br />

de uma opção estratégica para diversificar<br />

o negócio e aumentar a rentabilidade?<br />

Correto. Tratou-se de uma decisão estratégica<br />

que tomámos, de facto, há três anos. Primeiro,<br />

porque não acreditamos no negócio da distribuição<br />

de pneus pesa<strong>dos</strong>, visto ser muito<br />

centralizado nos fabricantes e não permitir<br />

competir com a rentabilidade desejável e<br />

com a otimização logística ideal. Como os<br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas absorviam<br />

uma grande fatia do nosso orçamento,<br />

decidimos que esse valor seria melhor empregue<br />

no stock de peças. Hoje, chegamos à<br />

conclusão que foi uma decisão muitíssimo<br />

acertada, porque nos dá outra perspetiva de<br />

futuro e outra rentabilidade no negócio.<br />

Na área <strong>dos</strong> pneus, para além de seis marcas<br />

premium e de seis marcas quality, a<br />

Euro Tyre dispõe de três marcas próprias<br />

exclusivas...<br />

Nem mais. Estamos foca<strong>dos</strong> em 15 marcas,<br />

as quais trabalhamos toda a gama de A a Z.<br />

Dentro dessas, dispomos de três marcas próprias<br />

exclusivas (Achilles e Infinity para o<br />

segmento budget; Viking para o segmento<br />

quality). Mas o nosso portefólio contempla<br />

Michelin, Pirelli, Continental, Goodyear, Bridgestone<br />

e Dunlop para o mercado premium<br />

e Mabor, Cooper (pneus 4x4), Kumho, Firestone,<br />

Hankook e Nexen para o mercado quality. No<br />

segmento das duas rodas, trabalhamos com<br />

as principais marcas premium e com modelos<br />

de pneus 4x4. Não temos tudo, mas dispomos<br />

das medidas mais procuradas pelo mercado.<br />

Tem números que possa divulgar relaciona<strong>dos</strong><br />

com a atividade da Euro Tyre na área<br />

<strong>dos</strong> pneus?<br />

Neste momento, temos um stock nivelado<br />

que se situa entre as 125 mil e as 130 mil<br />

unidades, oscilando este número consoante<br />

as oportunidades que existam no mercado<br />

e as importações de marcas próprias provenientes<br />

da China que chegam por via marítima.<br />

Vendemos, em média, entre Portugal e Espanha,<br />

cerca de 55 mil unidades por mês. O<br />

nosso negócio de pneus divide-se entre 65%<br />

para Portugal e 35% para Espanha. Saem do<br />

nosso stock entre 800 a 1.000 pneus por dia<br />

para Espanha. No nosso país, é raro o dia em<br />

que não vendemos 1.500 unidades. Em média,<br />

este número oscila entre 1.500 e 2.500<br />

unidades por dia. Cobrimos cerca de 75% do<br />

território nacional com duas entregas diárias.<br />

Nos restantes 25%, não se consegue fazer<br />

mais do que uma entrega por dia, devido à<br />

tipologia das zonas. Temos uma rotação de<br />

stock a 70 dias.<br />

Onde acredita a Euro Tyre que faz a diferença<br />

no mercado?<br />

A nossa grande vantagem é a disponibilidade<br />

de stock. Depois, a qualidade do serviço que<br />

prestamos, quer ao nível do call center quer<br />

com a nossa distribuição direta para os distritos<br />

de Coimbra, Leiria, Aveiro e Viseu. O<br />

armazém que temos em Lisboa é outra mais-<br />

-valia, uma vez que dispõe de todo o nosso<br />

stock de pneus UHP disponível para o cliente,<br />

com quatro entregas diárias. No topo das<br />

nossas prioridades, está o stock, seguindo-<br />

-se-lhe a disponibilidade, o serviço e, só<br />

depois, o preço. Embora to<strong>dos</strong> estes fatores<br />

sejam essenciais na nossa atividade. Apostamos<br />

na rentabilidade. Sem ela, não existem<br />

negócios sustentáveis. Tentamos sempre<br />

ter um preço adequado aos produtos existentes<br />

em stock. Não estamos à procura de<br />

volume. O que vendemos tem de ser rentável.<br />

Continuamos com uma média de vendas<br />

de três unidades por encomenda.<br />

Que futuro perspetiva a Euro Tyre para o<br />

negócio da distribuição de pneus em Portugal?<br />

Estamos muito foca<strong>dos</strong> em nós e naquilo<br />

que podemos fazer para melhorar o nosso<br />

negócio. To<strong>dos</strong> os dias podemos criar valor<br />

e traçar uma perspetiva de sermos cada vez<br />

mais eficazes. Orienta<strong>dos</strong>, obviamente, para<br />

a rentabilidade. O que queremos sempre é<br />

comprar bem, ou seja, a um preço mais barato<br />

possível dentro das 15 marcas que<br />

trabalhamos. Tudo o que compramos tem<br />

de ser rentável. Caso contrário, não vale a<br />

pena comprar. Ter os fornecedores connosco<br />

(os independentes e os fabricantes) numa<br />

perspetiva de rentabilidade, é essencial. E<br />

estarem connosco é precisamente venderem-<br />

-nos pneus numa perspetiva de rentabilidade.<br />

Fomentar as três marcas próprias exclusivas<br />

de que dispomos, é outro <strong>dos</strong> objetivos que<br />

temos. Além disso, focamo-nos, também,<br />

em tudo o que é otimização de recursos.<br />

Como, por exemplo, baixar os custos de<br />

transporte e tornar o call center rentável, isto<br />

é, ouvir o cliente e tentar, sempre que possível,<br />

efetivar uma venda. Incentivamos<br />

bastante a compra (B2B) de pneus online.<br />

Não acreditamos no modelo de negócio<br />

online orientado para o consumidor final,<br />

uma vez que não nos aporta valor. Encaramos<br />

o futuro com otimismo. A Euro Tyre tem<br />

muita energia e muita dinâmica para dar ao<br />

mercado nos próximos anos. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Entrevista<br />

Aldo Machado<br />

Temos soluções para todas<br />

as necessidades do mercado<br />

Cumpri<strong>dos</strong> três anos<br />

de presença no<br />

mercado português,<br />

Aldo Machado, country<br />

manager da NEX<br />

Tyres Portugal, faz<br />

um balanço muito<br />

positivo da atividade<br />

da empresa. A<br />

mudança para as novas<br />

instalações veio dar um<br />

novo fôlego e fortalecer<br />

o seu posicionamento<br />

no mercado<br />

Por: João Vieira<br />

epois de três anos de trabalho<br />

árduo de toda a equipa, a NEX<br />

entrou numa fase de consolidação<br />

para dar continuidade<br />

a tudo o que tem vindo a desenvolver.<br />

A proximidade aos clientes é o seu<br />

ponto forte e não vai abdicar dele. Melhorar<br />

continuamente o nível de serviços, de aprovisionamento,<br />

de recursos e de stocks, são as<br />

linhas mestras da estratégia da NEX Portugal,<br />

que procura acrescentar valor a to<strong>dos</strong> os<br />

serviços que disponibiliza aos clientes.<br />

A NEX está presente em Portugal desde<br />

novembro de 2015. Que balanço faz destes<br />

três anos de atividade?<br />

Cumprimos, no dia 9 de novembro, três anos<br />

de atividade em Portugal como empresa<br />

distribuidora grossista de pneus. Durante<br />

este tempo, para além do trabalho árduo que<br />

temos tido como equipa e tendo em conta<br />

fatores externos, como a competitividade e até<br />

mesmo a deterioração de algumas margens<br />

por via da excessiva competitividade, acho<br />

que temos tido um bom percurso e posso<br />

congratular-me, conjuntamente com a nossa<br />

equipa, de sermos, neste momento, uma empresa<br />

que é já uma referência na distribuição<br />

grossista de pneus. Num mercado bastante<br />

maduro, onde existem empresas com várias<br />

décadas de existência, a intromissão da NEX<br />

neste top de players de distribuição grossista<br />

é, para nós, um enorme orgulho e dá-nos<br />

uma perspetiva de continuidade e de futuro<br />

risonho para a empresa, sempre com o foco<br />

no cliente e com a vocação e dedicação que<br />

já nos é característica.<br />

Considera que a entrada da NEX em Portugal<br />

provocou alguma desestabilização<br />

no mercado?<br />

Há três anos, não existia a NEX, que, entretanto,<br />

veio ocupar o seu espaço no mercado.<br />

Esse espaço surgiu com muito trabalho, mas,<br />

desde que a NEX entrou no mercado até<br />

hoje, não vejo grandes players a sentirem<br />

mais dificuldades ou a perderem quotas de<br />

mercado significativas. O que quer dizer que<br />

o mercado terá absorvido a entrada da NEX,<br />

seja por via de uma eventual perda de quota<br />

<strong>dos</strong> fabricantes, pela introdução de pneus<br />

novos em detrimento de pneus usa<strong>dos</strong>, seja<br />

pela melhoria das condições económicas.<br />

Portanto, creio que a NEX, pela forma como<br />

se introduziu no mercado, não veio provocar<br />

nenhuma desestabilização.<br />

Que fatores mais destaca no funcionamento<br />

da empresa?<br />

A NEX destaca-se por ser uma empresa com<br />

uma grande proximidade com aos clientes<br />

através de vários fatores. Não só na vertente<br />

online - que é uma característica de quase<br />

to<strong>dos</strong> os players do mercado - mas, também,<br />

pelo fator humano, onde a NEX tem, neste<br />

momento, um grande reconhecimento por<br />

parte do mercado e <strong>dos</strong> seus clientes. Temos<br />

quatro gestores de conta/comerciais bastante<br />

dedica<strong>dos</strong> à relação entre a empresa e os clientes,<br />

bastante foca<strong>dos</strong> nas suas necessidades<br />

e este é, na minha opinião, o grande fator<br />

que nos distingue. São pessoas de grande<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Country Manager da NEX Tyres Portugal<br />

perfil e de reconhecidíssimo mérito que já<br />

têm muitos anos de mercado (assim como<br />

todas as equipas administrativa e logística,<br />

constituídas por excelentes profissionais e<br />

experientes neste setor), que nos permitem<br />

ter, não só, um serviço de qualidade, mas,<br />

acima de tudo, um foco total naquilo que<br />

são as necessidades do cliente. Outro fator<br />

relevante é a presença tranversal da NEX no<br />

mercado, ao abranger uma série de segmentos<br />

que acabam por complementar a sua oferta<br />

em pneus ligeiros, comerciais e pesa<strong>dos</strong> com<br />

pneus agrícolas, industriais e de moto, assim<br />

como várias soluções ao nível de equipamentos<br />

secundários, como é o caso das mousses e das<br />

câmaras de ar. Portanto, toda essa panóplia de<br />

produtos acaba por diferenciar-nos e vincular<br />

os clientes de forma a que a NEX seja tida<br />

como uma solução de fornecimento, quase<br />

diário, das suas necessidades.<br />

Em abril deste ano, mudaram de instalações.<br />

O que trouxe de positivo esta mudança?<br />

A mudança para as novas instalações foi<br />

extremamente positiva, para além de ser<br />

necessária. Estávamos num armazém com<br />

3.000 m 2 em Lisboa, que era insuficiente para<br />

a quantidade de produtos que estávamos a<br />

comercializar e para novas gamas que queríamos<br />

introduzir. As instalações já estavam<br />

a “colapsar”. Portanto, estes 5.000 m 2 que<br />

temos atualmente, em Póvoa de Santa Iria, já<br />

satisfazem as necessidades de proximidade de<br />

Lisboa. Continuamos a manter a plataforma<br />

no Porto, onde temos apenas pneus ligeiros,<br />

num stock médio na casa <strong>dos</strong> 8.000 pneus,<br />

e, depois, temos o suporte <strong>dos</strong> armazéns<br />

centrais de Espanha (no caso de Madrid, nos<br />

pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, encontrando-se toda<br />

a gama agrícola e industrial em Manresa).<br />

Também trabalhamos com pneus de moto<br />

no armazém central do nosso sócio (Rodi),<br />

em Barcelona. Com estas cinco plataformas,<br />

cobrimos praticamente todas as necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes e do mercado.<br />

Como é constituída a vossa gama atual<br />

de pneus?<br />

Comercializamos pneus para veículos ligeiros,<br />

pesa<strong>dos</strong>, agrícolas, industriais e motos. São<br />

segmentos transversais às necessidades da<br />

maioria <strong>dos</strong> clientes. Todo o retalho dedica<br />

uma grande parte da sua atividade a vários<br />

segmentos e somos, de facto, uma empresa<br />

multissegmento e multiproduto, apresentando<br />

várias soluções para to<strong>dos</strong> os níveis de<br />

necessidade <strong>dos</strong> clientes, desde o produto<br />

mais económico ao produto premium e em<br />

to<strong>dos</strong> estes segmentos, para que eles possam<br />

socorrer-se da NEX de modo a satisfazer as<br />

suas necessidades diárias.<br />

Falando, então, a nível de stock, quantos<br />

pneus têm, em média, em armazém?<br />

Em Lisboa, temos cerca de 45.000 pneus<br />

ligeiros e nos pneus pesa<strong>dos</strong> rondamos os<br />

5.000. Em stock das gamas agrícola e industrial,<br />

situamo-nos entre 1.500 e 2.000 pneus,<br />

não sendo, neste caso, um stock importante,<br />

porque, como referi, socorremo-nos do stock<br />

central em Espanha. No que diz respeito a<br />

pneus de moto, disponibilizamos cerca de<br />

2.000 a 2.500 unidades na plataforma de<br />

Lisboa. Fazendo contas ao stock disponível<br />

para o mercado português nas várias plataformas,<br />

falamos em cerca de 200.000 pneus<br />

ligeiros e pesa<strong>dos</strong> e mais de 1.000 toneladas<br />

de pneus agro-industriais, isto para além de<br />

50.000 pneus de moto.<br />

Quais as marcas que comercializam em<br />

exclusivo?<br />

Em to<strong>dos</strong> os segmentos de produto temos<br />

marcas exclusivas. Trabalhamos em regime<br />

de exclusividade na gama de ligeiros com a<br />

Kleber, uma marca histórica do Grupo Michelin,<br />

com a qual temos um plano de fidelização<br />

de clientes (a rede Kléber Service Center<br />

com a insígnia KSC). Também trabalhamos<br />

uma série de outras marcas budget, como<br />

é o caso da Taurus, também pertencente<br />

ao Grupo Michelin, e a Blacklion - tanto em<br />

pneus ligeiros como em pesa<strong>dos</strong> - que é uma<br />

marca asiática de referência no mercado com<br />

boa imagem e boa rentabilidade em termos<br />

de produto budget. E, depois, trabalhamos<br />

noutros segmentos com outras marcas. No<br />

caso <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, trabalhamos com a Riken,<br />

também proveniente do Grupo Michelin, que<br />

é a solução mais económica em termos de<br />

produto europeu. Vamos, agora, cumprir dois<br />

anos de parceria em exclusivo com a Kumho<br />

nos pneus pesa<strong>dos</strong> e nas marcas agrícolas<br />

temos a exclusividade da Özka, de origem<br />

turca. Neste momento, na gama moto temos<br />

apenas uma marca, que é Goldentyre. Em<br />

janeiro, iremos revelar uma novidade importante<br />

em matéria de produtos exclusivos,<br />

com uma marca europeia de referência em<br />

pneus ligeiros e de moto.<br />

Como tem evoluído a plataforma online e<br />

quais as suas funcionalidades?<br />

De facto, os nossos clientes estão bastante<br />

“apoia<strong>dos</strong>” nos nossos comerciais. No entanto,<br />

to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong>, seja via CRM, em que o<br />

comercial pode processar algum pedido,<br />

seja através da plataforma, são suporta<strong>dos</strong><br />

pelo B2B da NEX. É uma plataforma bastante<br />

dinâmica, a qual foi alvo de uma reestruturação<br />

significativa há cerca de um mês, onde<br />

transformámos o seu layout para algo mais<br />

intuitivo. No fundo, o objetivo principal foi<br />

tornar o portal mais user friendly, onde os<br />

clientes conseguem fazer compras rápidas,<br />

consultar com o máximo de detalhe todas as<br />

transações que têm com a NEX, sendo possível,<br />

neste momento, procurar uma fatura ou uma<br />

guia de remessa de um determinado pneu<br />

comprado em 2015, no ano passado ou há<br />

um mês, através de uma série de filtros que<br />

foram implementa<strong>dos</strong> e que permitem, rapidamente,<br />

aceder a to<strong>dos</strong> os documentos.<br />

É uma plataforma que satisfaz todas as necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes e onde estes podem<br />

consultar to<strong>dos</strong> os produtos, os seus preços e<br />

criar orçamentos, permitindo aceder a toda a<br />

informação necessária para o seu dia a dia e,<br />

inclusive, a informação histórica à qual (regra<br />

geral) não é fácil aceder.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Entrevista<br />

Aldo Machado<br />

Ao nível da logística, quantas entregas<br />

diárias estão a fazer?<br />

Trabalhamos com um transportador de referência<br />

no mercado, que nos permite fazer<br />

quatro entregas diárias na zona da Grande<br />

Lisboa. No Grande Porto e no norte, através<br />

do armazém do Porto, fazemos entregas<br />

duas vezes ao dia. Através da plataforma de<br />

Lisboa, conseguimos entregas bi-diárias num<br />

eixo que cobre as zonas de Leiria, Coimbra e<br />

Setúbal. Também no Algarve e em algumas<br />

zonas do Alentejo conseguimos garantir esta<br />

cadência. As entregas provenientes <strong>dos</strong> armazéns<br />

de Espanha demoram entre 24 e 48<br />

horas no que diz respeito a produto ligeiro e<br />

de moto. No produto, agrícola até 72 horas.<br />

O que têm feito para fidelizar os clientes?<br />

Por norma, para além das ações pontuais<br />

que partilhamos com alguns fabricantes premium<br />

com quem trabalhamos, tentamos<br />

dinamizar, ativamente, todas as nossas marcas<br />

exclusivas. Temos, para além do programa<br />

de fidelização da Kleber, várias campanhas<br />

ao longo do ano, associadas à aquisição de<br />

pneus desta marca. Também o fazemos nas<br />

outras marcas exclusivas, nomeadamente<br />

com a Blacklion, e de uma forma mais forte<br />

com a Kumho. Todas essas dinâmicas são<br />

introduzidas no B2B, sendo comunicadas no<br />

próprio portal através de pop-ups ou através<br />

de um eventual comunicado por email e,<br />

também, pela força comercial, que em todas<br />

as suas visitas dinamiza as campanhas que<br />

temos em desenvolvimento.<br />

Que avaliação faz do desempenho da NEX<br />

em 2018?<br />

A NEX tem tido objetivos ambiciosos. Agora<br />

de uma forma mais comedida porque, ao<br />

fim do terceiro ano, não se podem esperar<br />

crescimentos exponenciais. É natural que o<br />

crescimento seja percentualmente menos<br />

elevado do que em anos anteriores, mas, de<br />

facto, atingimos os objetivos preconiza<strong>dos</strong>.<br />

Estamos já com um volume de faturação<br />

interessante para o mercado e, em termos<br />

de resulta<strong>dos</strong> financeiros, temos um crescimento<br />

percentual significativo decorrente<br />

da conjuntura do mercado e da presença da<br />

NEX pelo terceiro ano no mercado. A nossa<br />

estratégia passa, agora, não pela penetração,<br />

mas pela consolidação da nossa presença,<br />

através da otimização e rentabilização de<br />

recursos, nomeadamente estruturais. Obviamente,<br />

pretendemos obter algum crescimento<br />

percentual das margens operacionais, porque<br />

os nossos produtos e serviços vão sendo<br />

reconheci<strong>dos</strong> pelo mercado e permitem, não<br />

apenas à NEX, mas, também, ao cliente, que<br />

é o nosso foco principal, gerar mais margem<br />

e acrescentar valor ao negócio.<br />

Ainda existem, então, oportunidades para<br />

novos players entrarem no mercado?<br />

No nosso caso, temos sempre de olhar de<br />

uma forma muito atenta para alguns nichos<br />

onde não estamos presentes. E, essa, é uma<br />

das razões pela qual apostaremos numa nova<br />

marca a partir de janeiro. Mas para quem entra<br />

de novo no mercado, tudo é mais difícil. Para<br />

nós, será uma estratégia de consolidação,<br />

mas para novos players será uma tarefa mais<br />

árdua, podendo o mercado ressentir-se ou<br />

não, dependendo da capacidade <strong>dos</strong> novos<br />

operadores que se possam instalar. Fala-se<br />

muito da entrada em 2019 de grandes players<br />

internacionais no mercado ibérico, numa<br />

altura em que o mercado anseia por alguma<br />

estabilidade e melhoria de margens. Com uma<br />

nova concorrência de dimensão internacional,<br />

provavelmente algumas das empresas já<br />

estabelecidas podem sofrer consequências.<br />

Penso que o mercado está maduro e estabilizado,<br />

mas a qualquer momento a dinâmica<br />

internacional existente pode inverter.<br />

Como analisa a compra de plataformas<br />

online por alguns fabricantes? Acredita que<br />

as vendas online e os grandes portais de<br />

comércio de pneus vão alterar o negócio?<br />

Em Portugal, a evolução do mercado B2C tem<br />

sido muito lenta e presumo que vá manter-se<br />

assim durante mais alguns anos. Os condutores<br />

atuais ainda estão muito fideliza<strong>dos</strong><br />

aos serviços das casas de pneus e oficinas<br />

em geral. Gostam de aconselhamento e de<br />

serem bem servi<strong>dos</strong> e acarinha<strong>dos</strong>. Por isso,<br />

não acredito que, no espaço de um ou dois<br />

anos, o B2C vá “disparar” e conquistar uma<br />

quota significativa de mercado. No entanto,<br />

temos de estar atentos, porque, em merca<strong>dos</strong><br />

próximos, como o francês, as vendas B2C já<br />

representam uma fatia importante do volume<br />

total. Por outro lado, a participação de fabricantes<br />

nas plataformas B2C faz sentido na sua<br />

estratégia de verticalização do setor, mas, no<br />

caso específico do mercado português, não<br />

é uma estratégia que irá produzir resulta<strong>dos</strong><br />

significativos a curto prazo.<br />

Como vê a evolução <strong>dos</strong> canais de venda,<br />

em particular o interesse que as oficinas<br />

de mecânica e os concessionários de automóveis<br />

estão a demonstrar pelos pneus?<br />

Hoje, já há poucas casas de pneus tradicionais,<br />

porque cada vez estão mais dedicadas<br />

à mecânica e serviços rápi<strong>dos</strong>. Por outro lado,<br />

as oficinas típicas de mecânica, que há dois<br />

ou três anos não queriam abordar o negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus, hoje já têm os seus equipamentos<br />

e pessoas dedicadas a esse serviço. Creio que<br />

o aftermarket cada vez mais tende a ser um<br />

todo, um conceito multisserviços, onde os<br />

concessionários de automóveis têm uma<br />

fatia muito interessante do mercado, assim<br />

como o conceito da nova distribuição, que<br />

continua em ascensão no mercado português.<br />

Penso que a transversalização desses serviços<br />

veio para ficar e, cada vez mais, será uma<br />

tendência, onde to<strong>dos</strong> os operadores têm de<br />

prestar todo o tipo de serviços, otimizando os<br />

seus recursos e tentando, assim, assegurar ou<br />

aumentar a rentabilidade do negócio, para,<br />

acima de tudo, não perderem os clientes<br />

que necessitem de substituir os pneus das<br />

suas viaturas. u<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


af imprensa eurorepar oficinas set 18 190x270 revista pneus.indd 1 25/09/18 14:06


Notícias<br />

Produto<br />

Continental <strong>Pneus</strong> entregou<br />

donativo às APSI e Estrada Viva<br />

A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal entregou à APSI e à Estrada<br />

Viva um donativo no valor de cerca de €500 a<br />

cada. Este montante resulta de um desafio lançado pela<br />

Continental a um grupo de clientes que participaram<br />

no evento anual que a empresa organiza. A escolha<br />

destas duas associações foi da responsabilidade <strong>dos</strong> dois<br />

clientes vencedores: Luís Leal, da Autocentro Realce,<br />

e Vítor Magano, da Tiresur. O desafio, integrado num<br />

evento B2B, foi pensado e idealizado em linha com os<br />

princípios orientadores da “Vision Zero” e teve como<br />

base uma experiência de condução cujos parâmetros<br />

em análise foram, não só, os tempos, mas, também,<br />

os comportamentos e as atitudes durante a condução,<br />

como, por exemplo, a utilização do telemóvel.<br />

Segundo Marco Barbosa, diretor de marketing da<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, “a empresa, sempre que<br />

possível, partilha com clientes, fornecedores e colaboradores<br />

os princípios e a missão do projeto ‘Vision<br />

Zero’, sensibilizando estes públicos para a importância<br />

<strong>dos</strong> comportamentos seguros durante a condução”.<br />

Euromaster celebra com êxito<br />

Convenção Ibérica 2018<br />

A Convenção Ibérica 2018 é um <strong>dos</strong> eventos mais importantes do ano para a Euromaster<br />

e a edição deste ano, em Madrid, foi considerada um êxito, ao juntar mais de<br />

250 pessoas pertencentes à rede de Portugal e Espanha, num evento para refletir,<br />

partilhar e conhecer as novidades oferecidas pelo setor e os planos de negócio que<br />

a Euromaster lançará nos próximos meses.<br />

Este evento teve como foco o projeto “Novo Rumo”, que está a passar por uma transformação<br />

que está a ser implementada com diferentes iniciativas na rede, com o<br />

objetivo de garantir que a vida <strong>dos</strong> colaboradores e clientes da Euromaster seja<br />

mais fácil e segura. Os membros da Euromaster conheceram, em primeira mão, a<br />

realidade atual do setor, oferecida pelos profissionais da GiPA e do Grupo EINA, onde<br />

foi explicada a visão sobre como a rede Euromaster continuará a desempenhar um<br />

papel fundamental para garantir que os seus clientes vivam uma experiência memorável<br />

quando visitam os centros. Digitalização, tratamento personalizado, máxima<br />

atenção aos detalhes, honestidade e transparência são alguns <strong>dos</strong> motes que a rede<br />

tem em atenção para se preparar para o futuro e acompanhar as necessidades <strong>dos</strong><br />

clientes quando estes visitam os seus centros.<br />

Triangle chega à Tiresur Portugal<br />

A Triangle volta a confiar na Tiresur para distribuir<br />

a sua marca em Portugal. Depois da concessão da<br />

distribuição exclusiva da gama PCR em Espanha, a<br />

Triangle optou por contar com o profissionalismo<br />

e com o conhecimento de mercado da Tiresur para<br />

distribuir a marca no nosso país. A Triangle é um <strong>dos</strong><br />

principais fabricantes a nível do mercado mundial,<br />

com uma produção anual que supera os 25 milhões de<br />

pneus, graças às suas fábricas inteligentes, aos centros<br />

de I&D localiza<strong>dos</strong> nos EUA e na China e às suas mais<br />

de 360 patentes. A Tiresur dá, assim, mais um passo<br />

na sua política de ampliação constante da gama, ao<br />

incorporar marcas de confiança ao seu portefólio,<br />

como é o caso da Triangle.<br />

Hankook Tire apresentou<br />

pneus futuristas no Salão de Essen<br />

A Hankook Tire voltou a apostar forte no Salão Automóvel de Essen de 2018, com a<br />

apresentação de dois concepts de pneus futuristas: Hexonic e Aeroflow. O Hexonic é<br />

um pneu inteligente para veículos autónomos de mobilidade partilhada. O designer<br />

considerou os veículos completamente autónomos sem condutor com padrão para<br />

as cidades do futuro e desenvolveu um pneu para veículos de utilização partilhada.<br />

Já o Aeroflow, trata-se de um pneu desenvolvido para uma utilização mais desportiva,<br />

melhorando a aerodinâmica. Por isso, a roda foi desenvolvida com uma banda de<br />

rolamento separada, otimizando a aderência do pneu. As rodas contam com jantes<br />

com formato de turbina para absorver o ar durante a marcha e gerar, a partir daí,<br />

carga aerodinâmica adicional.<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Tecnologia Spotech da BKT<br />

melhora eficácia<br />

A tecnologia Spotech, desenvolvida pela BKT para pneus OTR e portuários, permite<br />

fornecer informações sobre a posição certa das máquinas, traçada pelo satélite, que<br />

pode ser programado e personalizado, de acordo com o site de aplicação, os volumes<br />

e os veículos. O objetivo é proceder a uma análise cinemática do movimento: o<br />

sistema inclui um acelerómetro triaxial, posicionado na máquina, por forma a poder<br />

registar os seus movimentos latitudinais, longitudinais, verticais e as forças envolvidas,<br />

além da velocidade, da duração <strong>dos</strong> ciclos e de outros parâmetros úteis para<br />

tornar eficiente o trabalho do cliente nos setores do movimento em terra e portuário.<br />

Todas as informações obtidas pela Spotech permitem criar um verdadeiro “estudo”<br />

da utilização do pneu, mesmo em função <strong>dos</strong> seus efeitos e consequências sobre<br />

a máquina em que está montado. Em âmbito OTR, para o qual este dispositivo foi<br />

inicialmente projetado, as máquinas efetuam ciclos geralmente repetitivos, sendo,<br />

assim, possível avaliar o valor TKPH, ou seja, o esforço do dumper, analisando, aproximadamente,<br />

qual é o peso que transporta e por quantos km/h.<br />

Michelin exibe novo pneu<br />

homologado para BMW R 1250 GS<br />

O novo Michelin Anakee Adventure, que será posto à<br />

venda em janeiro de 2019, foi homologado para a BMW<br />

R 1250 GS. O Anakee Adventure une-se à gama Trail do<br />

grupo francês, juntamente com os já existentes Road 5<br />

Trail (para uma utilização 100% em estrada) e Anakee<br />

Wild (50% asfalto e 50% off-road). Com esta última<br />

incorporação na gama, que foi concebida para uma<br />

utilização de 80% em estrada e 20% off-road, cobre-se<br />

um espectro ainda mais alargado de necessidades <strong>dos</strong><br />

condutores de trails, dependendo da frequência com<br />

que rodam fora de estrada. Destaca-se, especialmente,<br />

pela sua excecional aderência em piso molhado, devido<br />

à nova geração de compostos de sílica melhora<strong>dos</strong>.<br />

Também oferece uma magnífica performance em<br />

piso seco, combinando estabilidade e resistência ao<br />

desgaste, graças a duas tecnologias patentadas pela<br />

Michelin: Dual Compound 2CT e Dual Compound 2CT<br />

+. O novo desenho da banda de rolamento, com um<br />

rasto mais aberto, proporciona a tração necessária<br />

quando se circula por pistas e trilhos não asfalta<strong>dos</strong>.<br />

Bridgestone tem<br />

novo pneu para agricultura<br />

A Bridgestone apresentou a sua mais recente adição ao segmento agrícola de elevado<br />

rendimento: o VX-TRACTOR. Este pneu foi criado com vista à necessidade que os seus<br />

utilizadores têm de conseguir uma maior produtividade e eficiência, permitindo-lhes<br />

operar de forma mais rápida e levar cargas mais pesadas, sem comprometer o tempo<br />

de vida útil. A primeira preocupação <strong>dos</strong> engenheiros deste pneu foi o seu desempenho.<br />

Querendo que os seus utilizadores se sentissem confiantes com o VX-TRACTOR,<br />

a Bridgestone incorporou o seu design de ombro patenteado, tornando-o mais longo<br />

e largo, com um volume 20% maior do que os <strong>dos</strong> seus concorrentes diretos. Este aumento<br />

do volume do ombro representa, também, uma maior profundidade <strong>dos</strong> sulcos<br />

do que aquela que é oferecida pelas restantes marcas. Paralelamente, o invólucro do<br />

pneu foi desenvolvido de forma a minimizar a<br />

pressão interna do mesmo, o que permite um<br />

ótimo desempenho a alta velocidade e com<br />

cargas mais pesadas, com uma pressão até<br />

2.4 bar. O volume extra da borracha aumenta<br />

a força e minimiza os efeitos de erosão, fricção<br />

e uso. A cinta de piso premium, com seis<br />

camadas, também ajuda a proteger contra<br />

danos e potenciais furos. A área das paredes<br />

laterais foi, também, reduzida e reforçada,<br />

diminuindo ainda mais a vulnerabilidade do<br />

pneu a furos.<br />

Falken apresenta pneu UHP<br />

Azenis FK510<br />

A Falken, fabricante de pneus de altas prestações do<br />

Grupo Sumitomo, organizou, em Barcelona, uma sessão<br />

de track days para clientes. O evento, que contou<br />

com a colaboração do European Speed Club, tinha<br />

como objetivo que os convida<strong>dos</strong> testassem em pista<br />

o Azenis FK510, pneu UHP da Falken, marca que, em<br />

Portugal, é representada pela AB Tyres. Ao longo de<br />

um percurso de quase 5 km e com automóveis com<br />

potências até 400 cv, os clientes Falken puderam apreciar<br />

as prestações e a potência de oito Porsche 991T.<br />

O programa incluiu ainda uma formação completa<br />

sobre os produtos para pista, assim como algumas<br />

atividades especiais em Barcelona. Este modelo tem<br />

vindo a convencer tanto pilotos como ensaiadores<br />

independentes profissionais. Este foi um <strong>dos</strong> três primeiros<br />

pneus no teste de 2017 da revista Autobild,<br />

tendo ficado classificado entre as marcas premium<br />

no teste da revista Auto Zeitung, o que confirma o<br />

seu excelente rendimento em pisos molhado e seco.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

Produto<br />

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Continental lança EcoContact 6:<br />

pneu mais sustentável<br />

A Continental apresentou o seu novo pneu EcoContact 6 para automóveis ligeiros,<br />

um pneu de verão de alta tecnologia que oferece melhorias substanciais no que a<br />

resistência de rolamento, quilometragem, precisão da direção e distância de travagem<br />

diz respeito. Comparativamente ao modelo anterior, o novo é 20% mais<br />

durável e tem uma resistência ao rolamento 15% inferior. Permite ainda uma<br />

manobrabilidade mais precisa e reduz as distâncias de travagem em piso seco e<br />

molhado. A marca já recebeu 12 aprovações de fabricantes europeus de veículos<br />

para a instalação de origem do Ecocontact 6. Este pneu inclui o inovador composto<br />

GreenChili 2.0, que permite que o piso se adapte da melhor forma ao asfalto,<br />

obrigando a uma menor força de travagem. Logo, a um desgaste inferior.<br />

Nova BMW S1000 RR<br />

traz pneus Bridgestone<br />

A Bridgestone anunciou que o seu pneu<br />

Battlax Hypersport S21 foi selecionado e<br />

aprovado pela BMW Motorrad como equipamento<br />

original do novo modelo S1000RR. A<br />

marca desenvolveu uma versão específica do<br />

Battlax S21 para este novo modelo da BMW.<br />

O pneu dianteiro foi desenvolvido com um<br />

perfil de coroa otimizado para uma condução<br />

mais precisa em curva e uma maior sensação<br />

neutra, em conjunto com um composto de<br />

tripla camada e um enchimento granulado<br />

de elevada rigidez para maior otimização do<br />

amortecimento e da estabilidade. O pneu S21<br />

traseiro inclui maior estabilidade e aderência<br />

através do composto de alto nível e de uma<br />

maior rigidez da coroa graças à tecnologia<br />

Mono Spiral Belt da Bridgestone.<br />

Alliance apresenta<br />

novo A389 VF-Imp para<br />

transporte agrícola<br />

A Alliance realizou, na Dinamarca, testes para<br />

apresentar o novo A389 VF-Imp, um pneu<br />

“muito delicado e respeitador para com o<br />

piso”. Durante os testes, duas combinações<br />

idênticas de trator com reboque fizeram<br />

várias passagens num terreno arado ao<br />

mesmo tempo. Como dizem na Alliance, “as<br />

medições realizadas com um penetrómetro<br />

demonstram que a compactação do solo por<br />

onde passaram os pneus A389 VF-Imp era,<br />

notavelmente, inferior e a profundidade da<br />

pegada era, claramente, menor do que as do<br />

reboque equipado com pneus “normais”. O<br />

modelo A389 VF-Imp oferece a melhor solução<br />

possível para a proteção do solo com<br />

implementos pesa<strong>dos</strong>, reboques de grão,<br />

cisternas de farinha e outros reboques agrícolas.<br />

Graças à combinação eficaz da flutuação<br />

com a tecnologia de alta flexão (Very High<br />

Flexion - VF), o novo A389-VF Imp é um pneu<br />

muito fiável que proporciona enorme flutuação,<br />

compactação mínima do solo, grande<br />

capacidade de carga, estabilidade a todas<br />

as velocidades e nível reduzido de desgaste,<br />

que se traduz numa longa vida útil.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Pneu da Hankook para elétricos<br />

recebe prémio IDEA<br />

O Kinergy AS ev da Hankook, pneu concebido para veículos ligeiros<br />

elétricos da segunda geração, foi premiado pelos International Design<br />

Excellence Awards (IDEA) de 2018 na categoria automobilismo<br />

e transporte. Com o seu conceito futurista de pneus, a Hankook<br />

já convenceu, várias vezes, nos últimos anos, nestes prémios. Este<br />

pneu caracteriza-se, entre outras coisas, por um ruído de rolamento<br />

especialmente baixo, otimizado para veículos elétricos. O conforto, o<br />

rendimento e a manobrabilidade do Kinergy AS ev são equiparáveis<br />

aos pneus de altas prestações para ligeiros. O desenho <strong>dos</strong> blocos<br />

imita os circuitos elétricos e o desenho <strong>dos</strong> flancos garante uma<br />

aerodinâmica melhorada e um comportamento ótimo durante a<br />

marcha. Foram utilizadas várias tecnologias para reduzir ruí<strong>dos</strong>.<br />

Desta forma, a Hankook integrou uma tecnologia para reduzir<br />

determinadas audiofrequências geradas.<br />

banner revista sjose 2018_final.pdf 1 27/09/2018 17:10:23<br />

Goodyear apresenta<br />

solução “Roll by”<br />

A Goodyear apresentou, nos EUA, uma nova experiência de compra e<br />

montagem de pneus, denominada “Roll by Goodyear”. Eis como funciona:os<br />

clientes iniciam a sua compra na Internet, com uma experiência<br />

sem sobressaltos em RollByGoodyear.com ou num concessionário. Os<br />

concessionários da “Roll by Goodyear” estão situa<strong>dos</strong> em centros comerciais<br />

onde as pessoas vivem, trabalham e fazem as suas compras. Uma<br />

vez adquiri<strong>dos</strong> os pneus pela Internet ou na loja, os clientes podem escolher<br />

entre várias opções de montagem. Podem deixar as suas chaves<br />

num concessionário e desfrutar do entretenimento próximo ou a “Roll by<br />

Goodyear” proporcionará um serviço de guarda de automóveis, que recolherá<br />

o veículo de um cliente no lugar por este escolhido e o devolverá<br />

onde este estiver. Os clientes também podem programar uma instalação<br />

através de uma unidade móvel, que irá onde eles estiverem e montará<br />

os pneus. Toda a instalação será acompanhada de atualizações de estado<br />

em tempo real por correio eletrónico ou mensagem de texto, pelo que o<br />

cliente não perderá tempo a pensar quando estará pronto o seu veículo.<br />

A Goodyear levou a cabo vários testes de mercado prévios para a Roll e os<br />

resulta<strong>dos</strong> foram extremamente favoráveis em to<strong>dos</strong> os grupos da população,<br />

especialmente entre os millennials.<br />

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C<br />

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CM<br />

MY<br />

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CMY<br />

K<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Notícias<br />

Empresas<br />

Prometeon Tire Group investe<br />

115 milhões de dólares na Turquia<br />

O Prometeon Tire Group, fabricante de pneus para camiões,<br />

autocarros, agricultura e OTR sob a licença da<br />

Pirelli, vai investir 115 milhões de dólares no período<br />

compreendido entre 2018 e 2020 na Turquia, de forma<br />

a aumentar a sua capacidade produtiva e a implementar<br />

tecnologia avançada na sua fábrica de Izmit, a primeira<br />

unidade de pneus estabelecida na Turquia. Com o aumento<br />

da capacidade produtiva como resultado do<br />

novo investimento, a Prometeon vai incorporar mais<br />

150 postos de trabalho diretos e 750 indiretos. To<strong>dos</strong><br />

serão novas contratações. Estes novos colaboradores<br />

vão unir-se aos 2.000 postos diretos e 10.000 indiretos.<br />

Para além da capacidade produtiva anual de pneus, a<br />

fábrica turca vai aumentar em 75%, até 2020, a exportação<br />

para merca<strong>dos</strong> estrangeiros, que deverá duplicar, sendo<br />

uma importante contribuição para a balança do país.<br />

Gastronomia Ibérica<br />

brilha no Guia Michelin<br />

BKT projeta<br />

nova unidade fabril nos EUA<br />

A Balkrishna Industries Limited (BKT), liderada por Arvind<br />

Poddar, um <strong>dos</strong> fabricantes líderes de pneus off-highway,<br />

com sede principal na Índia, volta às manchetes ao anunciar<br />

o seu novo projeto de construção de uma unidade<br />

produtiva no valor de 100 milhões de dólares para servir,<br />

não apenas os merca<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> EUA, mas, também, toda<br />

a região americana. Esta nova unidade de produção<br />

será a primeira do grupo multinacional fora da Índia. O<br />

projeto para a construção de uma unidade de produção<br />

de pneus nos EUA, constituindo um investimento<br />

de capital total de, aproximadamente, 100 milhões de<br />

dólares americanos, encontra-se, de momento, na sua<br />

fase inicial. A empresa está à procura de um terreno<br />

adequado, o qual será escolhido até final de 2018, para<br />

que a aquisição do mesmo tenha lugar até ao fim do<br />

primeiro trimestre de 2019. Estima-se que o projeto fique<br />

concluído até 31 de março de 2021.<br />

A Michelin lançou a edição de 2019 do Guia Michelin Espanha & Portugal, engalanado<br />

com um novo estabelecimento no seleto clube <strong>dos</strong> três estrelas, quatro restaurantes<br />

galardoa<strong>dos</strong> com duas estrelas e 25 novidades na categoria de uma estrela.<br />

O restaurante Dani García, na localidade de Marbella, conseguiu três estrelas. Os<br />

inspetores do guia fizeram questão de destacar que Dani García obteve a mais alta<br />

distinção graças à sua forma única de reformular a cozinha andaluza numa nota<br />

contemporânea, fazendo com que cada elaboração narre uma história diferente,<br />

com base num produto que se conjuga com a tradição local. Quanto ao facto de<br />

realizar a primeira gala de apresentação do guia em terras portuguesas, Gwendal<br />

Poullennec, diretor internacional <strong>dos</strong> guias Michelin, declarou que “Portugal tornou-<br />

-se num destino turístico de referência e boa parte desse êxito assenta no auge da<br />

sua gastronomia. É certo que a cozinha tradicional lusa sempre contou com o beneplácito<br />

do público estrangeiro. Sem dúvida, hoje temos a confirmação de um<br />

vigoroso impulso na alta gastronomia deste país, habitualmente a cargo de uma<br />

geração de jovens chefes”.<br />

Em Portugal, o restaurante Alma, de Lisboa, situado no boémio e turístico Chiado,<br />

criou muito boa impressão junto <strong>dos</strong> avaliadores e foi galardoado com duas estrelas.<br />

O chefe Henrique Sá Pessoa cativou-os com uma proposta muito técnica, divertida e<br />

repleta de matizes. Cada pedaço levou-os a viajar no tempo e no espaço, graças aos<br />

sabores tradicionais e autênticos, que transportam para paragens mediterrâneas ou<br />

de outras latitudes. Relativamente aos novos restaurantes com uma estrela, estão<br />

dispersos por todo o país, exceto o caso do Midori, em Sintra (primeiro restaurante<br />

de cozinha japonesa com estrela em terras lusas). Os avaliadores Michelin encontraram<br />

pepitas de ouro gastronómicas em locais por vezes insólitos e isola<strong>dos</strong>.<br />

Errata<br />

Na passada edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> (outubro de 2018), por lapso, a empresa Bandague<br />

surge mal grafada. Em vez de Bandag (marca de borracha para recauchutagem de uma<br />

empresa norte-americana, que foi, há 10 anos, adquirida pela Bridgestone), devia constar<br />

Bandague. A Bandague, S.A. é uma empresa portuguesa que nasceu em 1972 e que detém,<br />

hoje, três fábricas em solo nacional destinadas à recauchutagem de pneus a frio, comercializando,<br />

também, pneus novos. Utiliza carcaças de marcas de qualidade no seu processo<br />

de recauchutagem e prevê encerrar o ano de 2018 com 41 mil pneus recauchuta<strong>dos</strong>. À<br />

Bandague e aos leitores, pedimos desculpa pelo sucedido.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


<strong>Pneus</strong> Pirelli para Fórmula 1<br />

vão ter apenas três cores<br />

Os pneus Pirelli P Zero vão ter apenas três cores na<br />

próxima temporada de Fórmula 1. Serão os mesmos<br />

para cada corrida (branco, amarelo e vermelho) com<br />

uma opção mais dura disponível, do tipo média e mais<br />

macia, respetivamente. No entanto, esta relação não<br />

indica que o número de compostos reduziu. Os pneus<br />

macio, médio e duro continuam, trocando de composto<br />

a cada circuito com a finalidade de adaptação às características<br />

de cada pista. Por exemplo, a borracha com<br />

o flanco a vermelho (macio) para o Mónaco vai alterar,<br />

substancialmente, quanto ao nível de dureza da opção<br />

com a mesma cor de Silverstone ou Suzuka. O novo<br />

espectro de compostos de 2019 será comunicado em<br />

dezembro de 2018, após a respetiva homologação por<br />

parte da FIA. Antes de cada corrida, a Pirelli revelará<br />

as nomeações precisas <strong>dos</strong> compostos.<br />

Fábrica da Vipal fez formação<br />

a parceiro espanhol<br />

A Recauchuta<strong>dos</strong> Muralla, da cidade de Avila, em Castilla e Leon, esteve cinco dias<br />

em atividades nas instalações da empresa brasileira Vipal. Com esta intenção, a Vipal<br />

promoveu, entre os dias 10 e 14 de setembro, nas suas instalações fabris na cidade<br />

de Nova Prata, no Rio Grande do Sul, Brasil, a formação “Capacitação de Gestores de<br />

Empresas de Recauchutagem”, promovido pela Univipal, universidade corporativa<br />

da Vipal Borrachas, à parceira espanhola Recauchuta<strong>dos</strong> Muralla. Na ocasião, participaram<br />

os proprietários da Recauchutagem Muralla, David Rodriguez Muñoz e Enrique<br />

Jimenez Sanches, acompanha<strong>dos</strong> pelo coordenador comercial da Vipal Europa,<br />

Fabricio Nedeff. Em cinco dias de intensa agenda, conheceram de perto a estrutura<br />

fabril e tecnológica da Vipal. Os visitantes estiveram no Centro Técnico Vicencio Paludo,<br />

que realiza formações e testes, na VipalTec, empresa ligada à Vipal que dispõe de<br />

um laboratório onde são realiza<strong>dos</strong> ensaios com pneus novos e recauchuta<strong>dos</strong>, e no<br />

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, um amplo laboratório, que responde a todas<br />

as necessidades relacionadas com a homologação de matérias-primas, melhoria de<br />

produtos e processos, além de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Na<br />

formação, receberam informações de diversos temas, como segurança, linha de produtos<br />

Vipal, recauchutagem de pneus de carga, aplicação de reparações e seleção de<br />

desenhos de bandas de rodagem, entre outros.<br />

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MANUEL GUEDES MARTINS, UNIPESSOAL, LDA.<br />

ASSISTÊNCIA TÉCNICA 24 HORAS A ELEVADORES PARA VIATURAS<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Notícias<br />

Empresas<br />

Continental atualizou plataforma<br />

ContiConnect<br />

A Continental apresentou uma nova atualização da sua plataforma<br />

de controlo digital de pneus: Conticonnect. O portal web tem, agora,<br />

mais funções e a aparência da aplicação também foi melhorada. As<br />

novas características relacionam diretamente os serviços da Conticonnect<br />

com as operações de frotas. Para além disso, a gestão <strong>dos</strong><br />

pneus otimiza-se ao aplicar os da<strong>dos</strong> extraí<strong>dos</strong> do controlo digital<br />

<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> na manutenção física <strong>dos</strong> pneus. Eis as principais novas<br />

características que já estão disponíveis para to<strong>dos</strong> os utilizadores<br />

da ContiConnect:<br />

• Possibilidade de configuração individual das notificações em função<br />

da temperatura do pneu e da pressão com limites personaliza<strong>dos</strong>;<br />

• O novo assistente de enchimento permite uma maior precisão<br />

no enchimento do pneu independentemente da temperatura<br />

do mesmo;<br />

• A exportação <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> permite uma análise individualizada e o<br />

seu processamento em outros sistemas;<br />

• A subida manual de da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> pneus no portal web chamado<br />

ContiConnect Light permite o controlo <strong>dos</strong> pneus sem necessidade<br />

de existir uma estação recetora na sede da frota nem a sua<br />

integração telemática.<br />

Cometil recebeu prémio Hevea<br />

para Melhor Equipamento<br />

Realizou-se, em outubro, a 1.ª edição <strong>dos</strong> prémios Hevea da indústria<br />

<strong>dos</strong> pneus, uma iniciativa da revista Euro<strong>Pneus</strong>. A cerimónia<br />

de entrega <strong>dos</strong> prémios decorreu nas instalações da IFEMA, em<br />

Madrid, tendo sido atribuí<strong>dos</strong> toféus às 12 categorias que estavam<br />

a concurso. A Cometil foi a empresa premiada na categoria “Melhor<br />

Equipamento Oficinal” com o modelo Hunter Revolution Walkaway.<br />

Nesta primeira edição <strong>dos</strong> prémios Hevea, participaram como nomeadas<br />

um grande número de empresas que, no seu conjunto,<br />

representam o presente e o futuro do setor do pós-venda. Foram<br />

regista<strong>dos</strong> e valida<strong>dos</strong> 7.829 votos de profissionais, um número<br />

muito significativo e que mostra a força e a dinâmica do mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus em Espanha. Assistiram à gala <strong>dos</strong> prémios Hevea mais<br />

de 200 pessoas, na sua maioria diretores-gerais, diretores comerciais<br />

e de marketing das principais empresas do setor <strong>dos</strong> pneus e da<br />

mecânica rápida, representantes de instituições e associações e os<br />

principais meios de comunicação especializada.<br />

Gripen Wheels Ibéria<br />

cessou atividade<br />

Pretendendo focar a sua atividade e concentrar os seus recursos de investimento<br />

noutros merca<strong>dos</strong> mais consistentes, o Grupo Gripen Wheels<br />

decidiu cessar a sua atividade em Portugal e Espanha e, consequentemente,<br />

proceder ao encerramento definitivo das respetivas instalações.<br />

Assim, em virtude do encerramento da empresa, o posto de trabalho<br />

de Luís Martins, diretor-geral da Gripen Wheels Ibéria, foi concomitantemente<br />

extinto, tendo as partes chegado a um acordo de rescisão amigável.<br />

Irá prosseguir com a atividade de encerramento António Martins<br />

(Tel. 220 991 400), que continuará ao dispor <strong>dos</strong> clientes até que estejam<br />

concluí<strong>dos</strong> os trabalhos de liquidação da sociedade.<br />

“Orgulhamo-nos muito de ter disponibilizado ao mercado produtos de<br />

qualidade superior, que comparámos sempre com as mais prestigiadas<br />

marcas económicas a nível mundial, mas, também, através <strong>dos</strong> nossos<br />

parceiros distribuidores, ter oferecido o melhor serviço do mercado”, referiu<br />

Luís Martins. “Foi sempre uma quádrupla parceria entre fabricante,<br />

fornecedores, distribuidores e utilizador final. É, pois, chegada a hora de<br />

me despedir de to<strong>dos</strong> os clientes e agradecer a amizade, o respeito, a<br />

consideração, o apoio e a colaboração com que sempre me honraram”,<br />

acrescentou. “Estou, neste momento, em busca de um novo desafio profissional,<br />

preferencialmente nesta mesma área de negócio de que tanto<br />

gosto e onde tenho acumulado experiências, sentindo-me particularmente<br />

feliz e realizado”, concluiu na hora da despedida desta etapa da<br />

sua carreira profissional.<br />

Hankook já equipa<br />

(quase) toda a gama da BMW<br />

Com o fornecimento de pneus como equipamento de origem para o Série 6 Gran<br />

Turismo, a Hankook completa o leque de entregas de produto à BMW. Para além de<br />

outros modelos, a Hankook também já equipa o BMW Série 7 com pneus de verão<br />

e de inverno UHP. O Série<br />

6 Gran Turismo vai passar<br />

a utilizar o pneu de verão<br />

Ventus S1 evo 2 de altas<br />

prestações na versão Run<br />

Flat, sendo produzido na<br />

fábrica europeia altamente<br />

moderna que a empresa<br />

tem na Hungria. Muito<br />

cómodo em movimento<br />

e com uma dinâmica de<br />

condução desportiva, as<br />

características do Série 6<br />

Gran Turismo saem reforçadas com o novo pneu da Hankook. Este pneu equipa<br />

o modelo acima mencionado nas dimensões 245/45 R19 98Y RSC para eixo<br />

dianteiro e 275/40 R19 101Y RSC para eixo traseiro.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Doublestar Group anuncia António<br />

Smith como novo diretor-geral ibérico<br />

O Qingdao Doublestar Group, o maior fabricante chinês de pneus<br />

e uma das 500 maiores empresas da Ásia, anuncia a nomeação<br />

de António Smith Montero como novo diretor-geral para Espanha<br />

e Portugal. Com esta nomeação, a empresa proprietária<br />

das marcas Doublestar, Crossleader, Aosen ou a recentemente<br />

adquirida Kumho Tire, enfatiza a sua aposta no mercado ibérico<br />

de pneus. “É, para mim, uma honra e um enorme objetivo que<br />

o principal fabricante de pneus da China tenha<br />

depositado a sua confiança na minha pessoa<br />

para a distribuição e comercialização das<br />

suas marcas em Espanha e Portugal”, disse o<br />

responsável recém-nomeado. “Acredito que,<br />

nos próximo meses, os pneus Doublestar<br />

sejam reconheci<strong>dos</strong> no mercado ibérico<br />

como produtos de grande fiabilidade e<br />

segurança. Queremos fazer gala do<br />

lema da empresa e construir uma<br />

marca de pneus ligeiros de maior<br />

segurança. Os produtos Doublestar<br />

são produzi<strong>dos</strong> de acordo com<br />

a etiqueta de pneus europeia, com<br />

designs apelativos e sob os mais modernos<br />

padrões de produção”, acrescentou.<br />

Recambios Frain<br />

inicia atividade m Portugal<br />

A partir do próximo dia 1 de Janeiro de 2019, iniciará funções em Portugal a<br />

RFP - Recambios Frain Unipessoal Lda.. Esta nova empresa chegou a acordo<br />

com a marca Nokian Tyres, para a distribuição exclusiva da sua gama de turismo,<br />

comercial, 4x4, camião, agrícola, industrial e florestal em todo o território<br />

português. O apoio incondicional da Nokian para com a RFP, unido à força de<br />

vendas que a empresa tem tido em Portugal desde há muitos anos, faz com<br />

que o gerente Francisco Dorado Vizcaíno, tenha total confiança no sucesso e<br />

no êxito deste novo projeto.<br />

“Esta nova empresa, nasce como consequência da nossa continua intenção<br />

de melhorar constantemente, tendo sempre em conta os valores que nos<br />

caracterizam: stock e serviço. A nossa nova estrutura, formada por um armazém<br />

na Maia, um call center, e uma equipa comercial, permitir-nos-á abordar<br />

o mercado português com uma nova visão, agilizando as nossas entregas e<br />

melhorando as relações com os nossos clientes”, referiu Francisco Vizcaíno.<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


<strong>Pneus</strong> da Gândara<br />

FALKEN É APOSTA GANHA<br />

Situada na Figueira da Foz, a <strong>Pneus</strong> da Gândara abraçou a marca Falken há<br />

três anos, graças à parceria de grande proximidade que mantém com a AB Tyres<br />

Fundada em 1999 por Pedro Gaspar,<br />

na localidade de Bom Sucesso, Figueira<br />

da Foz, a <strong>Pneus</strong> da Gândara<br />

tem feito o seu caminho no comércio<br />

de pneus de todas as marcas e nos serviços<br />

de montagem, equilibragem e alinhamento.<br />

Em 2001, devido aos efeitos da crise, a empresa<br />

ganhou um segundo sócio, José Ramos,<br />

tendo conseguindo manter-se sempre<br />

na rota suave do crescimento e atuando em<br />

varia<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, como é o caso, por exemplo,<br />

das reparações nas áreas industriais e<br />

agrícolas, este último um setor forte e com<br />

bastante tradição na região.<br />

A qualidade do serviço é uma das mais-<br />

-valias da empresa. “Vamos às terras tirar<br />

as rodas <strong>dos</strong> tratores e estamos disponíveis<br />

24 horas por dia. As reparações continuam<br />

a ser o grosso da nossa atividade”, revelou<br />

o responsável.<br />

Há três anos, graças à relação de grande<br />

proximidade com a AB Tyres, Pedro Gaspar<br />

decidiu abraçar a marca Falken. Uma aposta<br />

determinante e ponderada, até porque o responsável<br />

da empresa já trabalhara, há mais<br />

de 20 anos, ainda na condição de empregado,<br />

com a marca e sempre conservou uma<br />

opinião muito positiva do produto. “Deixei<br />

de a trabalhar devido ao meu antigo patrão”,<br />

contou. Hoje, tudo mudou. As decisões são<br />

suas e do seu sócio. E os resulta<strong>dos</strong> estão à<br />

vista. “Em apenas três anos, a Falken representa<br />

já perto de 40% no negócio <strong>dos</strong> pneus<br />

ligeiros e continua a crescer”, afiançou à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. “Gosto muito do produto.<br />

Já há 20 anos gostava dele. Por isso, quando<br />

surgiu a oportunidade aproveitei. São pneus<br />

com uma excelente relação qualidade/preço.<br />

Não tenho quaisquer reclamações e quando<br />

surge alguma questão, eles estão sempre<br />

disponíveis para apoiar”, disse.<br />

Pedro Gaspar não poupou elogios à parceria<br />

com a AB Tyres e, em particular, à administração<br />

da empresa. “São praticamente uma<br />

família para nós. Acredito que, porventura,<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Publireportagem<br />

PARCEIROS DA AB TYRES<br />

EQUIPA DE CONFIANÇA<br />

Parceira de negócio da AB Tyres, a <strong>Pneus</strong> da Gândara<br />

ocupa, atualmente, umas instalações com<br />

200 m 2 disponíveis para a oficina e outros 200<br />

m 2 para o armazém, com capacidade para perto<br />

de 2.000 pneus. A equipa é composta por quatro<br />

pessoas. To<strong>dos</strong> eles com uma vasta experiência<br />

profissional. Segundo palavras de Pedro Gaspar,<br />

um <strong>dos</strong> grandes trunfos da empresa reside, justamente,<br />

na sua matéria humana. “Os clientes<br />

confiam bastante no trabalho de toda a equipa”,<br />

reforçou.<br />

Entre a carteira de clientes, de resto, as empresas<br />

representam, aproximadamente, 40% da<br />

faturação. “São empresas das boas, daquelas que<br />

pagam”, brincou o gerente. O restante são clientes<br />

finais “fideliza<strong>dos</strong>”, confidenciou Pedro Gaspar.<br />

Uma fatia considerável do negócio da <strong>Pneus</strong> da<br />

Gândara passa ainda pelos trabalhos agrícolas,<br />

sendo que os clientes deste setor “confiam plenamente<br />

nos nossos serviços e produtos”, concluiu.<br />

seja a única casa onde ainda conseguimos<br />

falar diretamente com o próprio patrão.<br />

Sempre que temos alguma questão, ligamos-lhe.<br />

E, isso, é algo fundamental para<br />

a nossa atividade. Dar o rosto é muito importante.<br />

É muito diferente <strong>dos</strong> negócios<br />

onde tudo se passa online”, sublinhou ainda<br />

Pedro Gaspar.<br />

Evolução natural<br />

Para Pedro Gaspar, fator crucial nas gamas<br />

da marca Falken é a sua própria capacidade<br />

de evolução. “O produto está melhor do<br />

que nunca. Eles estão sempre a melhorar.<br />

Quando entendem que é altura de mudar<br />

PNEUS DA GÂNDARA<br />

Gerente Pedro Gaspar<br />

Morada Estrada Nacional 109,<br />

Armazém 8, 3080 - 751 Bom<br />

Sucesso (Figueira da Foz)<br />

Telefone 233 929 888<br />

Email pneusdagandara@hotmail.com<br />

um piso, não hesitam: mudam-no mesmo.<br />

Além disso, têm sempre pneus disponíveis<br />

para entrega. É realmente tudo muito bom”,<br />

adiantou. Por esse motivo, o responsável não<br />

tem dúvidas quanto ao desenvolvimento da<br />

relação com a marca. “O futuro? É vender<br />

pneus Falken”, frisou.<br />

A <strong>Pneus</strong> da Gândara é a única casa, na região,<br />

a comercializar as gamas da Falken, mas Pedro<br />

Gaspar reconheceu que o mercado de<br />

pneus é, hoje, extremamente competitivo.<br />

Um problema que interfere com os preços.<br />

“Felizmente, a nossa qualidade de serviço<br />

diferencia-nos da concorrência. É por aí que<br />

conquistamos os clientes”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Técnica<br />

Alinhamento da direção<br />

Bom alinhamento<br />

aumenta a segurança<br />

Para alinhar corretamente a direção, é necessário ter bem claros conceitos como<br />

camber ou caster, que, em traços gerais, se referem aos desvios e inclinações nos eixos<br />

<strong>dos</strong> veículos, provoca<strong>dos</strong> por pancadas, desgaste das suspensões ou <strong>dos</strong> pneus<br />

A<br />

melhor opção para otimizar o alinhamento<br />

da direção é contar com<br />

um sistema totalmente informatizado<br />

baseado em sensores (quatro,<br />

seis ou até oito), que se colocam no veículo e<br />

transmitem a informação a um computador,<br />

onde é processado um modelo 3D com todas<br />

as modificações a realizar para que o veículo<br />

volte aos valores de alinhamento de fábrica.<br />

O QUE É MEDIDO?<br />

As máquinas de alinhamento de direção permitem<br />

realizar verificações estáticas acerca<br />

do estado <strong>dos</strong> eixos dianteiros e traseiros. No<br />

entanto, quais são as medições que realizam?<br />

Com que da<strong>dos</strong> e conceitos há que trabalhar<br />

para se saber que ajustes são necessários?<br />

As medições de uma máquina de alinhamento<br />

de direção baseiam-se, fundamentalmente, na<br />

posição das rodas e <strong>dos</strong> eixos. Em função disso,<br />

devem ter-se em conta diferentes fatores.<br />

Segundo a posição das rodas<br />

Ângulo de saída: é o compreendido entre<br />

a perpendicular do centro da roda e o eixo<br />

de rotação do conjunto da roda, definido por<br />

pontos de rotação superiores e inferiores. É<br />

medido em graus.<br />

Ângulo de queda: mede a perpendicular<br />

do centro da roda e a vertical de simetria do<br />

conjunto da roda. É medido em graus.<br />

Ângulo de avanço: define o ângulo existente<br />

desde a perpendicular ao centro da<br />

roda e o eixo de rotação do conjunto da roda,<br />

definido por pontos de rotação superiores e<br />

inferiores. Também é medido em graus.<br />

Ângulo de convergência: é o que mede<br />

a linha média da roda e o eixo longitudinal<br />

de simetria do veículo. Pode ser medido em<br />

graus, milímetros ou polegadas.<br />

Muitos equipamentos de alinhamento modernos<br />

estão prepara<strong>dos</strong> para verificar a<br />

compensação do desvio e, desta forma, obter<br />

uma medida precisa <strong>dos</strong> ângulos na qual<br />

não influem os desvios que podem ocorrer<br />

devido a erros geométricos existentes nas<br />

jantes ou na fixação das rodas.<br />

Segundo a posição <strong>dos</strong> eixos<br />

Divergência na viragem: é a diferença<br />

entre os ângulos do raio de viragem das rodas.<br />

As verificações realizam-se com ângulos<br />

de viragem de 10º, 20º e viragem máxima.<br />

Em to<strong>dos</strong> os casos, calcula-se a medida <strong>dos</strong><br />

ângulos de rotação e avanço. A medição faz-<br />

-se em graus.<br />

Desalinhamento das rodas: é a diferença<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


de posição entre as rodas do mesmo eixo,<br />

tanto dianteiro como traseiro, em relação à<br />

perpendicular do eixo longitudinal de simetria<br />

do veículo.<br />

A posição das rodas e <strong>dos</strong> eixos é fundamental<br />

para o equilíbrio do veículo na estrada. Os<br />

desvios nos ângulos de queda, avanço ou no<br />

resto <strong>dos</strong> conceitos que vimos, traduzem-se<br />

em mudanças no comportamento do automóvel<br />

e nas sensações de condução, fazendo<br />

com que perca eficácia nas curvas, nas retas<br />

ou em ambas. O alinhamento da direção deve<br />

fazer-se sempre tendo em conta as características<br />

e da<strong>dos</strong> técnicos do veículo.<br />

ALINHAMENTO, PARALELISMO OU<br />

GEOMETRIA DA DIREÇÃO<br />

É possível que um cliente chegue à oficina<br />

e refira que, ao circular a cerca de 90 km/h,<br />

o veículo tende a subvirar, a vibrar ou que o<br />

volante treme. Nesse caso, é muito provável<br />

que seja necessário realizar um alinhamento<br />

da direção.<br />

CAUSAS DA OSCILAÇÃO, DO TREMOR<br />

OU DA VIBRAÇÃO<br />

Perante esta circunstância, o veículo gera uma<br />

oscilação, tremor ou vibração, o que origina<br />

perdas de estabilidade e reduz o controlo da<br />

direção. Isto provoca insegurança no condutor,<br />

visto que tem uma sensação de flutuação<br />

do veículo gerada por uma imprecisão<br />

na direção, que obriga o mesmo a corrigir o<br />

volante para um lado ou para o outro.<br />

Muitas vezes, os motivos para o surgimento<br />

destes problemas são a má calibragem das<br />

jantes pela perda de um chumbo, subir um<br />

passeio de forma brusca, acertar num buraco,<br />

ter algum componente em mau estado (jantas<br />

ovalizadas, folga nas rótulas, amortecedores<br />

danifica<strong>dos</strong>) ou pressão de insuflação <strong>dos</strong><br />

pneus inadequada.<br />

Para solucionar estes incidentes, é necessário<br />

realizar um alinhamento da direção, trabalho<br />

que, também, recebe o nome de geometria<br />

ou paralelismo.<br />

COMO SE REALIZA<br />

O ALINHAMENTO DA DIREÇÃO?<br />

O processo de alinhamento da direção é um<br />

trabalho simples, mas exige grande destreza.<br />

Em condições normais, esta atuação implica<br />

apenas alguns minutos de trabalho, embora<br />

dependa da “qualidade de vida” a que o veículo<br />

tenha estado sujeito.<br />

Preliminares<br />

Antes de iniciar o próprio processo de alinhamento,<br />

é necessário realizar uma série<br />

de ações prévias para garantir um trabalho<br />

bem sucedido.<br />

Em primeiro lugar, deve corrigir-se a pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus, adaptando-a aos valores recomenda<strong>dos</strong><br />

segundo o fabricante do veículo.<br />

Nesta fase, é importante visualizar o estado<br />

<strong>dos</strong> pneus e verificar que tipo de desgaste<br />

sofrem. Em função do tipo de desgaste, poderemos<br />

prever o tipo de regulação que se<br />

deve realizar:<br />

l O desgaste <strong>dos</strong> pneus no interior e no exterior<br />

é sinal de que circularam com baixa<br />

pressão;<br />

l O desgaste no centro evidencia que circularam<br />

com uma pressão excessiva;<br />

l Quando se desgastam no interior ou no<br />

exterior (não em ambas as zonas simultaneamente),<br />

é possível que algum elemento<br />

da direção esteja danificado;<br />

l Também é possível que os pneus apresentem<br />

um piso irregular, ou seja, que contem<br />

com um desgaste irregular em forma de<br />

“dentes de serra”. As causas mais prováveis<br />

deste dano são o mau estado da suspensão<br />

ou <strong>dos</strong> amortecedores. Ou uma regulação<br />

geométrica incorreta. Por to<strong>dos</strong> estes possíveis<br />

desgastes nos pneus, será necessáriorealizar<br />

a calibragem das rodas e verificar o<br />

estado <strong>dos</strong> amortecedores.<br />

A última ação que devemos realizar antes de<br />

iniciar o alinhamento da direção é verificar o<br />

estado das rótulas das barras de acoplamento,<br />

que podem ter ganho folga. Neste caso, será<br />

necessária a substituição das mesmas.<br />

PROCESSO DE ALINHAMENTO DA DIREÇÃO<br />

O processo de alinhamento da direção necessita<br />

de um sistema especializado para tal fim,<br />

que consiste em quatro captadores (niveladores)<br />

e um software informático, através do<br />

qual podemos visualizar as quotas em que o<br />

veículo se encontra.<br />

Devem colocar-se os quatro captadores nas<br />

jantes do veículo, situado num elevador que<br />

assegure a sua correta posição para tal trabalho.<br />

O software, para além de apresentar a<br />

leitura <strong>dos</strong> valores <strong>dos</strong> ângulos relativos aos<br />

eixos do veículo, também disponibiliza os valores<br />

nominais recomenda<strong>dos</strong> pelo fabricante.<br />

Deste modo, podem ajustar-se os referi<strong>dos</strong><br />

valores mediante os excêntricos situa<strong>dos</strong><br />

na barra de acoplamento ou cremalheira da<br />

direção (dependerá da marca e modelo do<br />

veículo). Para que a medição seja o mais exata<br />

possível, devem ajustar-se os eixos dianteiro<br />

e traseiro, prestando especial atenção e corrigindo<br />

a inclinação, queda, convergência e<br />

ângulo do eixo de translação.<br />

Uma vez ajusta<strong>dos</strong> os referi<strong>dos</strong> valores, é necessário<br />

confirmar se to<strong>dos</strong> os componentes<br />

da direção e da suspensão funcionam corretamente<br />

e se os pneus assentam adequadamente<br />

no chão, rodando paralelos entre si.<br />

A fim de verificar se o trabalho realizado foi<br />

bem sucedido, deve ser testado o veículo<br />

numa via, o mais reta e plana possível, e<br />

confirmar se a circulação do mesmo é totalmente<br />

reta, ou seja, se o volante não tende<br />

a desviar para qualquer <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>.<br />

Um correto alinhamento da direção garantirá<br />

uma vida útil apropriada <strong>dos</strong> componentes<br />

relaciona<strong>dos</strong> com o mesmo, uma<br />

maior precisão da direção, uma travagem<br />

regular, uma distância de travagem adequad<br />

e diminuirá o risco de aquaplaning. Em suma,<br />

um bom alinhamento aumenta a segurança<br />

na estrada. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Técnica<br />

Méto<strong>dos</strong> de reparação de pneus<br />

Cumprir os padrões<br />

de segurança<br />

O pneu de qualquer veículo ligeiro ou pesado deve ser reparado de forma imediata<br />

quando apresente anomalias, sempre que exista viabilidade para a reparação do<br />

dano e se possa garantir um nível de segurança normal após a reparação<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


O<br />

pneu é o único componente do<br />

veículo que está em contacto direto<br />

com o pavimento. Daí a sua<br />

importância no que respeita ao<br />

conforto e à segurança durante a condução.<br />

Além disso, cabe ao mesmo suportar todo o<br />

peso do veículo e contribui para um melhor<br />

comportamento <strong>dos</strong> sistemas de travagem,<br />

amortecimento, direção e transmissão.<br />

Salvaguardando os necessários standards<br />

de segurança, a reparação, assim como a<br />

recauchutagem, são formas efetivas para<br />

a redução de custos com os pneus, constituindo,<br />

também, processos de reciclagem,<br />

extremamente benéficos em termos ambientais.<br />

Com estes processos, a indústria <strong>dos</strong> transportes<br />

de um país pode economizar largos<br />

milhões de euros por ano.<br />

CRITÉRIOS PARA DETERMINAR<br />

SE O PNEU É REPARÁVEL<br />

Existem danos, como a rutura, a deformação<br />

perimetral no flanco ou a presença de bolsas<br />

de ar entre a borracha e a lona da carcaça,<br />

entre outros, que não são reparáveis e exigem<br />

que o pneu seja substituído.<br />

Uma vez realizada esta avaliação, determina-<br />

-se que tipos de reparações admite o pneu<br />

em questão, conforme seja o veículo no qual<br />

é montado.<br />

Furos nos pneus<br />

Os furos podem ser repara<strong>dos</strong> em qualquer<br />

tipo de borracha, sempre que a perfuração<br />

não se situe sobre a nomenclatura do pneu,<br />

tenha um diâmetro superior a 15 mm e/ou o<br />

pneu não esteja classificado com um código<br />

de velocidade elevado (a partir de códigos<br />

H, não se aconselha a reparação de furos).<br />

Processos de reparação de pneus fura<strong>dos</strong><br />

Existem dois tipos de processos de reparação<br />

de pneus fura<strong>dos</strong>: sistemas de reparação<br />

temporária e sistemas de reparação homologa<strong>dos</strong><br />

para circular com segurança.<br />

SISTEMAS DE REPARAÇÃO TEMPORÁRIA<br />

Destinam-se a selar o furo durante um tempo<br />

limitado. Uma vez efetuado o processo de<br />

reparação, o pneu pode ser cheio para evitar<br />

os danos que poderiam ocorrer caso se<br />

circulasse com baixa pressão ou sem pressão<br />

de ar. Distinguem-se os kits de espuma<br />

antifuros e as tiras de borracha conhecidas<br />

como “mechas” ou “esparguetes”.<br />

Estes sistemas de reparação não estão homologa<strong>dos</strong><br />

pelos fabricantes de veículos<br />

para circular de forma continuada, pelo que<br />

são uma solução temporária que, posteriormente,<br />

requer uma reparação do furo homologada<br />

que possibilite uma circulação<br />

segura.<br />

1REPARAÇÃO COM KITS DE ESPUMA<br />

ANTIFUROS<br />

Estes kits estão a ser introduzi<strong>dos</strong> por alguns<br />

fabricantes de automóveis como substituto<br />

da tradicional roda sobressalente. Permitem<br />

uma selagem muito limitada do furo,<br />

o que obriga a efetuar uma condução mais<br />

moderada e a circular apenas o número de<br />

quilómetros imprescindível para chegar até<br />

à oficina.<br />

O seu principal inconveniente é que podem<br />

desequilibrar a roda e deixam resíduos no<br />

interior do pneu, que devem ser retira<strong>dos</strong><br />

antes de se efetuar a reparação homologada<br />

do furo.<br />

2REPARAÇÃO COM TIRAS DE BORRACHA<br />

Este sistema de reparação proporciona<br />

uma selagem mais duradoura sem necessidade<br />

de se atuar sobre a parte interna do<br />

pneu. Além disso, permite que a condução<br />

não fique limitada a uma quilometragem<br />

concreta. Apesar disso, não é um sistema<br />

de reparação de furos homologado pelos<br />

fabricantes, pelo que tem de ser utilizado<br />

como reparação temporária.<br />

O processo que deve ser seguido para reparar<br />

o furo com este sistema, é o seguinte:<br />

l Encher o pneu;<br />

l Retirar o elemento que tiver provocado<br />

o furo;<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Serviço<br />

Méto<strong>dos</strong> de reparação de pneus<br />

l Passar o escareador específico pelo furo<br />

para alargá-lo e possibilitar que a “mecha”<br />

entre no orifício;<br />

l Colocar uma tira de borracha sobre a ferramenta<br />

específica que permitirá a sua<br />

colocação no interior do orifício do furo;<br />

l Pôr cola sobre a tira de borracha;<br />

l Introduzir a tira de borracha exercendo<br />

pressão. É necessário verificar se existe<br />

pressão de ar suficiente no pneu para se<br />

poder introduzir a tira. Caso isso não aconteça,<br />

é necessário encher o pneu;<br />

l Cortar o excesso de tira saliente.;<br />

l Encher o pneu com a pressão de ar indicada<br />

pelo fabricante.<br />

SISTEMAS DE REPARAÇÃO HOMOLOGADOS<br />

Neste caso, os sistemas utiliza<strong>dos</strong> oferecem<br />

uma selagem mais eficaz e duradoura do<br />

dano, pelo que a segurança durante a condução<br />

está garantida. Estão homologa<strong>dos</strong><br />

pelos fabricantes e permitem uma condução<br />

sem restrições de velocidade.<br />

Existem dois tipos de sistemas de reparação<br />

homologa<strong>dos</strong>: os realiza<strong>dos</strong> com remen-<br />

<strong>dos</strong> de reparação por perfuração, também<br />

conheci<strong>dos</strong> como remen<strong>dos</strong> do tipo “cogumelo”,<br />

e as vulcanizações.<br />

Antes de se iniciar a reparação, é imprescindível<br />

colocar luvas de proteção mecânica<br />

e óculos de segurança, verificar se o furo é<br />

reparável e desmontar o pneu. Do mesmo<br />

modo, após finalizar a reparação, tem de<br />

se montar o pneu, enchê-lo, equilibrá-lo e<br />

verificar se não existem fugas antes de se<br />

montar a roda.<br />

1REPARAÇÃO COM REMENDO TIPO<br />

“COGUMELO”<br />

Este método de reparação é um <strong>dos</strong> mais<br />

recomendáveis, visto que o remendo dispõe<br />

de um espigão que se introduz no furo e de<br />

uma base que sela a superfície circundante<br />

interior do pneu, tudo isso reforçado com<br />

uma cola específica.<br />

O processo que deve ser seguido para reparar<br />

um furo com este tipo de remendo<br />

é o seguinte:<br />

l Escolher o remendo tipo “cogumelo” que<br />

melhor se ajuste ao diâmetro do furo;<br />

l Alargar o diâmetro do furo utilizando um<br />

berbequim e uma broca que se adeque<br />

ao remendo selecionado;<br />

l Limpar, lixar e escovar a zona interior do<br />

pneu onde se vai colocar o remendo. Para<br />

isso, utilizar um disco de corindo ou de<br />

raspas de tungsténio. Caso o cliente tenha<br />

utilizado o kit de espuma anteriormente<br />

mencionado, deve eliminar-se qualquer<br />

resíduo deste produto;<br />

l Soprar a superfície e desengordurar a zona<br />

com um produto de limpeza específico<br />

que não agrida a borracha;<br />

l Aplicar o produto de aderência sobre a zona<br />

de colocação do remendo com a precaução<br />

de cobrir uma extensão ligeiramente<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


superior ao diâmetro da base do remendo;<br />

l A partir da face interna do pneu, introduzir<br />

o espigão do remendo no orifício;<br />

l Puxar a extremidade do espigão que sai<br />

pela face externa do pneu;<br />

l Pressionar a base do remendo com a<br />

certeza que não ficam dobras, bolsas de<br />

ar nem zonas abertas no rebordo do remendo.<br />

Para isso, há que utilizar um rolo<br />

de pressão ou ferramenta similar;<br />

l Cortar a parte restante do espigão que sai<br />

pela face exterior do pneu.<br />

2REPARAÇÃO COM REMENDO<br />

VULCANIZADO<br />

Trata-se de outro sistema que oferece a<br />

possibilidade de reparar furos de forma<br />

duradoura. Os remen<strong>dos</strong> disponíveis no<br />

mercado são endureci<strong>dos</strong> através de um<br />

processo de vulcanização a frio (autovulcanizável)<br />

ou com contribuição térmica. Podem<br />

combinar-se ambos os sistemas para reparar<br />

certos danos.<br />

Este é um processo genérico para efetuar<br />

este tipo de reparação:<br />

l Lixar a zona sobre a qual se vai colocar o<br />

remendo pela face interna (entre 100 e<br />

150 mm em redor do remendo) e abrir e<br />

biselar os rebor<strong>dos</strong> do dano na face exterior<br />

utilizando fresas rotativas e discos<br />

abrasivos. Com ambas as ações, a superfície<br />

de contacto aumenta e garante-se a sua<br />

durabilidade. Caso se utilizem inserções de<br />

borracha pré-vulcanizadas, o processo de<br />

biselamento simplifica-se notavelmente;<br />

l Escovar a zona para eliminar os resíduos<br />

de borracha lima<strong>dos</strong>;<br />

l Limpar e desengordurar a superfície de<br />

atuação;<br />

l Aplicar o acelerador de união sobre a zona<br />

lixada e o primário de tratamento prévio<br />

na superfície biselada que, posteriormente,<br />

será tapada com composto de borracha;<br />

l Escolher o tipo de remendo que mais<br />

convenha segundo a extensão do dano<br />

e o processo de cura escolhido (a frio ou<br />

com calor);<br />

l Colocar o remendo na face interna de<br />

forma a que cubra a zona lixada e fique<br />

centrado em relação ao dano;<br />

l Pressionar o remendo com um rolo de pressão<br />

para eliminar bolsas de ar e assegurar<br />

o máximo contacto possível do remendo;<br />

l Aplicar o composto de borracha vulcanizante<br />

sobre a zona biselada e pressioná-la<br />

com o rolo de pressão para selar convenientemente<br />

a junta existente entre o pneu<br />

e o remendo;<br />

l Tapar o resto do dano com o composto de<br />

borracha vulcanizante, dar-lhe forma para<br />

igualar a superfície, pressionar com o rolo<br />

de pressão e colocar película de proteção<br />

(apenas para vulcanização a quente).<br />

- Caso se tenham utilizado remen<strong>dos</strong> de vulcanização<br />

a quente, colocar o pneu sobre o<br />

equipamento de vulcanização e posicionar<br />

a placa de calor sobre o remendo de forma<br />

a que gere uma pressão uniforme. Nesse<br />

momento, há que esperar que o remendo<br />

vulcanize e desligar a placa sem deixar de<br />

fazer pressão até que o conjunto arrefeça;<br />

l Aplicar cola seladora ao longo de todo o<br />

perímetro do remendo com o objetivo de<br />

selar a união;<br />

l Nivelar a superfície do pneu através do<br />

lixamento da zona;<br />

l Reesculturar o desenho na face exterior<br />

do pneu caso seja necessário.<br />

RECAUCHUTAGEM E REESCULTURA<br />

A recauchutagem permite restituir a banda<br />

de rodagem do pneu através de um processo<br />

de vulcanização a frio ou a quente. Inversamente,<br />

a reescultura possibilita que o desenho<br />

do pneu seja reproduzido quando este<br />

apresenta desgaste e tenha sido reparado.<br />

Ambas as operações são quase exclusivas de<br />

veículos industriais pesa<strong>dos</strong> e são efetuadas<br />

para aumentar o rendimento <strong>dos</strong> pneus e<br />

reduzir o elevado custo resultante de uma<br />

substituição <strong>dos</strong> mesmos.<br />

A SEGURANÇA PRIMEIRO QUE TUDO<br />

Existem múltiplos sistemas para a reparação<br />

de pneus. Cada um deles apresenta umas<br />

características concretas que o profissional<br />

da oficina tem de conhecer para efetuar<br />

reparações de qualidade que cumpram os<br />

padrões de segurança. Só desta forma a<br />

reparação de um pneu é viável. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Serviço<br />

Elevadores de veículos<br />

Rentabilidade<br />

e produtividade<br />

Tal como em qualquer outro tipo de equipamento, mais importante do que o preço de<br />

um elevador, é a garantia do fabricante ou distribuidor e a respetiva assistência técnica<br />

e disponibilidade de peças de substituição que devem ser analisadas com atenção<br />

Elevar veículos e mantê-los em segurança<br />

a determinada altura enquanto<br />

se trabalha sob eles, é uma operação<br />

repetida com grande frequência nas<br />

oficinas. Para o efeito, os elevadores devem<br />

satisfazer as diferentes necessidades, em função<br />

do tipo de intervenção sobre o veículo,<br />

do seu peso e das suas dimensões. Apresentamos,<br />

neste artigo, informações detalhadas<br />

sobre as possibilidades, limitações e utilizações<br />

de diferentes elevadores existentes<br />

no mercado, para que a oficina disponha<br />

de da<strong>dos</strong> fiáveis — tanto descritivos como<br />

de aplicação — caso pretenda renovar ou<br />

adquirir este tipo de equipamento.<br />

TIPOLOGIA DE ELEVADORES<br />

A variedade de tipos de elevadores, cada um<br />

com diferentes prestações, permite que estes<br />

satisfaçam todas as exigências e cumpram os<br />

requisitos de segurança. A tecnologia mais<br />

utilizada nos elevadores é a eletrohidráulica,<br />

a que permite movimentar “massas” mais<br />

importantes, com uma potência menor <strong>dos</strong><br />

motores. Os elevadores hidráulicos exigem<br />

obra civil de grande importância e são relativamente<br />

lentos, tanto na subida como<br />

na descida, mas são ainda os preferi<strong>dos</strong> das<br />

oficinas de automóveis.<br />

ELEVADOR DE DUAS COLUNAS<br />

As suas duas robustas colunas, em conjunto<br />

com os seus braços móveis, onde são apoia<strong>dos</strong><br />

os estribos do veículo, permitem elevar e<br />

suportar ligeiros, todo-o-terreno e, inclusive,<br />

veículos industriais ligeiros, sem limitações<br />

no que respeita a peso, dimensões ou configuração,<br />

o que explica a sua ampla utilização<br />

em oficinas.<br />

Este tipo de elevador proporciona fácil acesso<br />

às rodas e à parte inferior do veículo. Estas<br />

características, aliadas à sua excelente fiabilidade,<br />

inclusive quando utilizado com grande<br />

frequência ao longo do dia, justificam a sua<br />

utilização, principalmente em oficinas ou<br />

postos de trabalho que desenvolvam intervenções<br />

de mecânica. Dentro deste tipo,<br />

podem encontrar-se elevadores simétricos<br />

e assimétricos. A diferença entre eles reside<br />

nos braços de apoio. Os assimétricos contam<br />

com dois braços longos e dois curtos. Isto<br />

permite colocar o veículo de forma a que<br />

tanto as colunas como os braços do elevador<br />

permaneçam afasta<strong>dos</strong> das suas portas, permitindo<br />

o acesso ao habitáculo com maior<br />

facilidade e espaço. Não obstante, não evita<br />

que existam zonas com acesso limitado nas<br />

laterais do veículo, nas quais não será possível<br />

intervir de forma adequada.<br />

ELEVADORES DE TESOURA<br />

O elevador de tesoura não tem esta limitação,<br />

visto que o veículo está apoiado sobre um<br />

par de plataformas, elevadas através de um<br />

mecanismo de tesoura (duplo ou simples),<br />

que permite acesso livre a todo o perímetro<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


e a grande parte da zona inferior do veículo.<br />

As possibilidades de acessibilidade desta<br />

tipologia de elevadores tornam-os opções<br />

válidas para equipar qualquer posto de<br />

trabalho da oficina, independentemente<br />

da utilização dada, embora sejam especialmente<br />

recomendáveis em carroçaria, visto<br />

que permitem intervir, com muito poucas<br />

limitações, em qualquer parte do veículo. Na<br />

posição recolhida, os elevadores de tesoura<br />

permanecem ao nível do solo ou, inclusivamente,<br />

podem encaixar no solo ao recolher.<br />

Desta forma, o posto de trabalho permanece<br />

desobstruído e o elevador não impede a realização<br />

de outras tarefas quando não está a<br />

ser utilizado. Esta característica proporciona<br />

grande versatilidade aos postos de trabalho<br />

que dispõem deste tipo de elevador. Também<br />

são adequa<strong>dos</strong> para equipar os postos<br />

de receção da oficina, proporcionando<br />

condições ideais para a inspeção do veículo<br />

e para o desenvolvimento do processo de<br />

atendimento ao cliente.<br />

É possível classificar estes elevadores de<br />

tesouras em função do tamanho das suas<br />

plataformas. Com base nesta característica,<br />

podemos encontrar elevadores com plataformas<br />

pequenas ou grandes. Nas primeiras,<br />

o veículo é apoiado sobre os seus estribos<br />

com a ajuda de calços de apoio que, além de<br />

evitarem danos na carroçaria, são indispensáveis<br />

do ponto de vista da segurança. Desta<br />

forma, as rodas e to<strong>dos</strong> os componentes da<br />

direção e da suspensão permanecem livres<br />

para manipulação.<br />

Por outro lado, nos elevadores de tesoura que<br />

contam com plataformas grandes, os veículos<br />

são apoia<strong>dos</strong> diretamente sobre as suas<br />

rodas. São ideais para realizar a medição da<br />

geometria da direção, embora para as tarefas<br />

de ajuste seja necessária a ajuda de uma travessa<br />

com macaco de elevação ou tabuleiro<br />

elevador auxiliar sobre as plataformas, para<br />

sustentar os eixos do veículo e, assim, deixar<br />

as rodas livres de peso.<br />

ELEVADOR DE QUATRO COLUNAS<br />

O elevador de quatro colunas oferece maior<br />

versatilidade no que respeita a capacidade de<br />

peso, graças às suas quatro robustas colunas.<br />

É uma boa opção em oficinas especializadas<br />

em veículos industriais ou naquelas em que<br />

este parâmetro deva ser tido em conta em<br />

caso de reparações frequentes de veículos<br />

todo-o-terreno de grandes dimensões. Além<br />

do mais, as suas grandes plataformas agilizam<br />

em grande medida as operações de colocação<br />

do veículo. Por conseguinte, devem<br />

ser considera<strong>dos</strong> em postos de trabalhos de<br />

mecânica rápi<strong>dos</strong>, embora, tal como no caso<br />

anterior, devam ser combina<strong>dos</strong> com algum<br />

meio de elevação adicional para libertar as<br />

rodas, caso também seja necessário intervir<br />

sobre estes elementos.<br />

O elevador permanece<br />

como a opção mais<br />

válida para aumentar<br />

o acesso à parte<br />

inferior do veículo<br />

e a ergonomia <strong>dos</strong><br />

operadores<br />

ELEVADOR DE COLUNAS MÓVEIS<br />

O elevador de colunas móveis é a opção<br />

ideal para veículos de grandes dimensões e<br />

muito pesa<strong>dos</strong>. Este tipo de elevador proporciona<br />

flexibilidade e capacidade de elevação<br />

para adaptação a qualquer tipo de veículo<br />

industrial. Adicionalmente, os modelos mais<br />

avança<strong>dos</strong> dispõem de comunicação sem fios<br />

para operar de forma simultânea sobre oito<br />

colunas independentes. A mobilidade das<br />

colunas é outra das suas principais vantagens:<br />

podem ser utilizadas em qualquer posto de<br />

trabalho, sem a necessidade de deslocar o veículo<br />

e colocadas em local adequado quando<br />

não forem necessárias.<br />

ELEVADOR DE CILINDRO<br />

Um pistão encastrado no solo é o sistema<br />

utilizado no acionamento <strong>dos</strong> elevadores<br />

cilíndricos. A sua principal característica é<br />

que a maior parte do sistema de elevação<br />

permanece oculta sob o solo, com a exceção<br />

do cilindro e <strong>dos</strong> componentes onde o veículo<br />

é apoiado. O resultado desta solução é uma<br />

área de trabalho com excelente acesso e, em<br />

geral, melhor aspeto estético. Os elevadores<br />

de cilindro permitem diferentes configurações,<br />

sendo possível a instalação de várias<br />

unidades para elevar veículos de grandes<br />

dimensões e peso elevado, bem como a<br />

combinação com sistemas de apoio basea<strong>dos</strong><br />

em braços ou plataformas.<br />

ELEVADORES DE PINTURA<br />

Os postos de preparação de superfícies,<br />

operação anterior à aplicação <strong>dos</strong> produtos<br />

de acabamento, são alguns <strong>dos</strong> pontos da<br />

oficina nos quais a instalação de meios de<br />

elevação de veículos se revela mais interessante.<br />

O tempo destinado aos processos de<br />

lixamento é importante e parte da tarefa tem,<br />

obrigatoriamente, de ser realizada de joelhos,<br />

pelo que, se na oficina existir um elevador<br />

para adaptar a altura do veículo à do pintor,<br />

as condições ergonómicas do posto melhoram<br />

consideravelmente. Nos elevadores de<br />

pintura, não é necessária uma grande altura<br />

de elevação, sendo suficiente uma altura<br />

máxima de cerca de 1,2 ou 1,5 metros, mas<br />

devem estar adapta<strong>dos</strong> para utilização em<br />

atmosferas com riscos de explosão e cumprir<br />

as exigências da norma ATEX de aplicação<br />

nesta área.<br />

ELEVADORES PORTÁTEIS<br />

Os elevadores portáteis, que costumam ser<br />

compostos por pequenos elevadores de<br />

tesoura ou de uma só coluna, tornaram-se<br />

numa opção viável para satisfazer parte das<br />

necessidades de elevação de veículos nas oficinas<br />

de reparação. São móveis, o que permite<br />

que sejam coloca<strong>dos</strong> com rapidez no posto<br />

de trabalho onde forem necessários meios<br />

de elevação. Esta característica e a pequena<br />

superfície que ocupam são as suas principais<br />

vantagens. Por outro lado, as prestações no<br />

que respeita a altura e peso máximos são<br />

inferiores. Se a oficina dispuser de um conjunto<br />

adequado de elevadores que ofereçam<br />

garantias suficientes ao nível da ergonomia<br />

e da segurança, será possível tirar o máximo<br />

partido da mão de obra aplicada nos processos<br />

de trabalho. Para o efeito, é necessário ter<br />

em consideração as características e pontos<br />

fortes <strong>dos</strong> diferentes tipos de elevadores e<br />

escolher entre as várias opções a solução que<br />

melhor se adaptar às necessidades do posto<br />

de trabalho em causa. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Avaliação obrigatória<br />

Melhoria de nota<br />

Retocado esteticamente e revisto no conteúdo, o Mercedes-Benz C 220d Coupé registou<br />

uma melhoria de nota. Com 194 cv e 400 Nm extraí<strong>dos</strong> a partir de um motor Diesel<br />

common rail de 1.950 cc, que são transmiti<strong>dos</strong> às rodas traseiras por intermédio de uma<br />

caixa automática de nove velocidades, este desportivo tem tudo no sítio<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

ma das razões que está na génese<br />

do sucesso do Classe C<br />

deve-se à vasta gama de opções<br />

que disponibiliza, onde<br />

se incluem, também, duas variantes<br />

desportivas com duas portas cada: o<br />

coupé, lançado no final de 2015, e o cabriolet,<br />

disponível desde o verão de 2016. O design<br />

de ambos é um <strong>dos</strong> principais argumentos<br />

que tem permitido à marca alemã conquistar<br />

inumeros dlienteais argumentos que tem<br />

conquistado inlúmeros clientes na Europa. Os<br />

dois modelos de duas portas são produzi<strong>dos</strong><br />

na fábrica da Mercedes-Benz de Bremen.<br />

ESTATUTO ELEVADO<br />

O C Coupé é apelativo seja qual for a cor.<br />

Por isso, mesmo não sendo das mais exuberantes,<br />

o cinzento “Selenite” (€1.000) também<br />

agrada. Sobretudo, quando surge associado<br />

a jantes AMG escuras de 18” com cinco raios<br />

duplos (fazem parte da linha de design ex-<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Mercedes-Benz C 220d Coupé<br />

Motor Diesel common<br />

rail de 1.950 cc com<br />

194 cv e 400 Nm, caixa<br />

automática de nove<br />

velocidades, estilo<br />

sedutor e estatuto<br />

elevado. Mais não se<br />

pode pedir a este coupé<br />

terior AMG, disponível por €2.650). Além do<br />

perfil musculado, <strong>dos</strong> faróis expressivos, <strong>dos</strong><br />

vidros escureci<strong>dos</strong> (inseri<strong>dos</strong> no pack Night)<br />

e da grelha diamante, o C 220d Coupé deve<br />

grande parte da sua elegância aos vincos da<br />

secção lateral, aos “piscas” integra<strong>dos</strong> nos retrovisores,<br />

às duas nervuras que percorrem<br />

o capot, ao para-choques que integra duas<br />

saídas de escape com efeito triangular e à<br />

ligeira proeminência da tampa da mala, que<br />

lembra um aileron.<br />

No interior, mantém-se a tónica desportiva.<br />

Além de espaçoso q.b., bem construído,<br />

rodeado de fortes medidas de segurança e<br />

dotado de um posto de condução ergonómico,<br />

o habitáculo está bem apetrechado em<br />

termos de equipamento. Para mais, contando<br />

esta unidade com alguns extras. A saber: pack<br />

integração de smartphone (€450), pack Night<br />

(€600) e pack Premium (€7.250). O interior<br />

desportivo, com os bancos independentes<br />

de aparência integral, caracteriza-se pela<br />

qualidade percebida e pelas formas fluidas<br />

aprimoradas. O facelift operado transporta<br />

este coupé para a era digital. A consola central<br />

dispõe de um elegante elemento de acabamento<br />

fluente. Em opção, estão disponíveis<br />

novos materiais: noz de cor castanha com<br />

poros abertos ou carvalho antracite, também<br />

com poros abertos. A combinação Magma<br />

cinza/preto está disponível como nova opção<br />

de cor. A função de arranque Keyless-Go é<br />

proposta de série e o botão start/stop apresenta<br />

um novo design, em forma de turbina.<br />

A chave exibe, também ela, um novo look.<br />

Os clientes têm, agora, a possibilidade de<br />

escolher entre três variantes de acabamento,<br />

em função das suas preferências e gostos<br />

individuais de personalização: preto com cromado<br />

de alto brilho, branco com cromado ou<br />

branco brilhante com acabamento cromado<br />

mate. E tendo este modelo os olhos postos<br />

no futuro, o revisto e melhorado C 220d<br />

Coupé pode ser requisitado com display de<br />

instrumentos totalmente digital, que está<br />

disponível por €950.<br />

DINÂMICA APURADA<br />

Se existe área que joga, também, totalmente<br />

a favor do novo C 220d Coupé, é a dinâmica.<br />

Equipado com suspensão Agility Control de<br />

afinação desportiva, direção incisiva (de assistência<br />

eletromecânica variável), célere caixa<br />

automática de nove velocidades (9G-Tro-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Avaliação obrigatória<br />

Mercedes-Benz C 220d Coupé<br />

Continental EcoContact 6<br />

Composto GreenChili 2.0<br />

w O revisto e melhorado Mercedes-Benz C 220d Coupé que a <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado com o novo Continental EcoContact<br />

6, de medida 225/45 R18 95Y XL no eixo dianteiro e 245/40 R18 97Y XL<br />

no eixo traseiro. Este pneu de verão de elevado conteúdo tecnológico<br />

anuncia melhorias substanciais em resistência ao rolamento (15%<br />

inferior), quilometragem (20% superior), precisão de direção e distâncias<br />

de travagem otimizadas face ao antecessor. O composto GreenChili 2.0 é<br />

um <strong>dos</strong> «segre<strong>dos</strong>» deste novo modelo da Continental, ao integrar uma<br />

nova formulação da borracha no piso e aditivos inovadores para ajudar a<br />

zona de contacto a adaptar-se melhor à superfície da estrada. Isto permite<br />

uma transmissão mais eficaz das forças de aceleração/travagem.<br />

nic) dotada de patilhas no volante, travões<br />

potentes e umas opcionais “borrachas” que<br />

o mantêm colado ao asfalto como uma lapa<br />

(Continental EcoContact 6, de medida 225/45<br />

R18 95Y XL no eixo dianteiro e 245/40 R18<br />

97Y XL no eixo traseiro), este desportivo é deveras<br />

eficaz. Para mais, dispondo de enorme<br />

estabilidade e merecendo a aderência os mais<br />

rasga<strong>dos</strong> elogios. Envolvente e reativo como<br />

poucos (nem parece ter 4,68 metros de comprimento<br />

e 1.650 kg de peso), tudo o que faz,<br />

faz bem. E à primeira. Sempre com a maior<br />

das facilidades e em total segurança. E se<br />

houver excesso de otimismo, o controlo de<br />

estabilidade está lá para (pelo menos tentar)<br />

repor a ordem natural das coisas.<br />

O principal responsável pelas performances<br />

ótimas do C 220d Coupé é o motor de 1.950 cc<br />

com 194 cv e 400 Nm. Registando consumos<br />

comedi<strong>dos</strong>, este bloco de quatro cilindros,<br />

dotado de injeção common rail, dispõe de<br />

turbo, intercooler, quatro válvulas por cilindro<br />

e três conversores catalíticos (entre eles, o<br />

Bem construído,<br />

com um posto<br />

de condução<br />

ergonómico e<br />

dotado de um<br />

elevado conteúdo<br />

tecnológico, o C 220d<br />

Coupé tem tudo o<br />

que faz falta<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha Diesel,<br />

longitudinal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1950<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,0x92,3<br />

Taxa de compressão 15,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 194/3800<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1600-2800<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção common rail<br />

Sobrealimentação<br />

turbo VTG + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

traseira com ESP<br />

automática de 9+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (eletromecânica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,2<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (305)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (300)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 240<br />

0-100 km/h (s) 7,0<br />

independente<br />

multilink<br />

sim/sim<br />

CONSUMOS (L/100 KM)<br />

Extraurbano/combinado/urbano 4,1/4,6/5,4<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 126<br />

Nível de emissões<br />

Euro 6d-TEMP<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,26<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4686/1810/1405<br />

Distância entre eixos (mm) 2840<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1563/1546<br />

Capacidade do depósito (l) 41<br />

Capacidade da mala (l) 380<br />

Peso (kg) 1650<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 8,50<br />

Jantes de série<br />

7Jx17”<br />

<strong>Pneus</strong> de série<br />

225/50R17 94W<br />

PNEUS TESTE<br />

Continental EcoContact 6<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €224,98<br />

Preço (s/ despesas) €52.950<br />

Unidade testada €64.118<br />

225/45 R18 95Y XL (fr.)<br />

245/40 R18 97Y XL (tr.)<br />

filtro de partículas). O sistema start/stop (bem<br />

calibrado) também faz parte do seu elenco<br />

técnico. Resta acrescentar que este coupé dispõe<br />

de cinco mo<strong>dos</strong> de condução. Em sentido<br />

ascendente: “Eco”, “Comfort”, “Sport”, “Sport+”<br />

e “Individual”. Cada um, altera uma série de<br />

parâmetros através de um toque no botão<br />

“Dynamic”, situado no prolongamento da<br />

consola central.<br />

Só depois de se privar uns dias com este sedutor<br />

coupé é que se compreende que os<br />

€64.118 que custa a unidade ensaiada fazem,<br />

de facto, todo o sentido, ainda que uma boa<br />

parte vá diretamente para os cofres do Estado.<br />

Mas entre os €46.950 do C 200d Coupé de<br />

160 cv com caixa manual e os €122.600 do<br />

AMG C 63 S Coupé de 510 cv, há muito por<br />

onde escolher. Isto para já não falar das<br />

restantes carroçarias. Ao todo, são quatro:<br />

limousine, station, coupé e cabrio. ♦<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Hyundai Tucson 1.6 CRDi DCT7 Premium<br />

Ofensiva sul-coreana<br />

Fiat Tipo SW 1.6 Multijet S Design<br />

Italiano vero<br />

w Pintado de cinzento “Metropoli” (€450) e aprimorado por umas<br />

jantes de 18”diamantadas (€350), o Tipo SW 1.6 Multijet S Design<br />

está disponível por €26.100. Um preço irresistível atendendo ao<br />

amplo espaço que oferece para ocupantes e bagagem, ao bom<br />

nível de prestações que alcança, aos consumos reduzi<strong>dos</strong> que<br />

regista e ao nível de equipamento recheado, onde não faltam<br />

to<strong>dos</strong> os itens que, hoje, se tornaram indispensáveis numa proposta<br />

de cariz familiar, como barras de tejadilho, cruise control,<br />

sistema mirroring smartphone Apple CarPlay e Android Auto,<br />

ar condicionado automático, vidros escureci<strong>dos</strong>, sensores de<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus e faróis de<br />

Xénon com luzes diurnas de<br />

LED, só para citarmos alguns<br />

exemplos. Menos convincente<br />

é a qualidade de alguns materiais.<br />

Já o desempenho dinâmico,<br />

carece de maior solidez.<br />

Para mais, sendo o comando<br />

da caixa manual de seis velocidades<br />

pouco preciso e não<br />

evidenciando a direção a assertividade que seria desejável. No<br />

entanto, o Tipo SW consegue proporcionar bons momentos<br />

ao volante, quanto mais não seja pela pronta capacidade de<br />

resposta <strong>dos</strong> 120 cv e 320 Nm às solicitações do pé direito. O<br />

controlo de estabilidade dá uma ajuda para refrear os ímpetos<br />

de toda esta apetência para andar para a frente, acabando por<br />

minimizar as perdas de tração e as subviragens em curva.<br />

w Poucos são os que conseguem ficar indiferentes ao novo Tucson,<br />

que se posiciona na oferta SUV da Hyundai entre os modelos<br />

KAUAI e Santa Fé. Se a cor “Moon Rock” da carroçaria e as jantes<br />

de 18” conferem imponência ao conjunto, já a volumosa grelha<br />

cromada dá-lhe um toque premium, que condiz precisamente<br />

com o seu nível de equipamento. Na verdade, não há nada que<br />

falte ao novo Tucson a este nível. Desde conforto a soluções<br />

práticas, passando por espaço e mordomias, este SUV foi feito<br />

para servir os interesses de<br />

um público-alvo, digamos,<br />

mais “burguês”. Para mais,<br />

sendo o posto de condução<br />

muito boa e a qualidade de<br />

construção convincente. E<br />

consegue deixar-nos de<br />

olhos em bico ainda por<br />

outras razões. Primeira: a<br />

boa solidez do conjunto.<br />

Nem mesmo circulando por pisos irregulares este SUV perde<br />

a compostura. Não estamos perante um modelo de vocação<br />

desportiva, é certo, mas a dinâmica merece nota elevada. Segunda:<br />

as prestações interessantes. Mesmo tendo 1.664 kg de<br />

peso, o Tucson mexe-se bastante à-vontade, facto que não é<br />

alheia a caixa automática de dupla embraiagem com sete velocidades<br />

que o equipa, que é rápida, inteligente e aumenta o<br />

conforto. Os cinco anos de garantia sem limite de quilómetros,<br />

se falta de argumentos houvesse, é mais um trunfo deste SUV<br />

da marca sul-coreana.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/3750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 10,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,9<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 121<br />

Preço €26.100<br />

IUC €157,01<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Goodyear Eagle F1<br />

225/40R18 92Y<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 136/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 320/2000-2250<br />

Velocidade máxima (km/h) 180<br />

0-100 km/h (s) 11,8<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,8<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 126<br />

Preço €35.090<br />

IUC €157,01<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Hankook Ventus Prime 3 X<br />

225/55R18 98V<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Seat Leon ST 1.4 TGI Style<br />

A todo o gás<br />

Škoda Karoq 1.6 TDI DSG Style<br />

Escolha inteligente<br />

w Robusto, elegante, evoluído, eficaz. Com o Karoq, um SUV de<br />

dimensões médias, a Škoda conseguiu criar um automóvel dotado<br />

de soluções inteligentes. A começar pelo cockpit virtual e a acabar<br />

nos inúmeros dispositivos de assistência à condução. Nesta unidade,<br />

dotada do nível de equipamento Style, a presença de €6.515 de<br />

extras contribui sobremaneira para a agradável estadia a bordo. A<br />

saber: Bluetooth+WLAN+rSAP+LTE com carregamento por indução<br />

(€470); Driver Alert - detetor de fadiga no condutor (€40); estofos<br />

em pele (€1.430); Front Assist com cruise control adaptativo até<br />

160 km/h (€260); jantes de 18”<br />

Braga prateadas (€415); Lane<br />

Assist + Blind Spot Detect<br />

(€360); mesas retráteis no encostos<br />

<strong>dos</strong> bancos dianteiros<br />

(€90); Pack LED interior (€290);<br />

pintura metalizada (€215); receção<br />

digital do sinal de rádio<br />

(€100); sistema de infoentretenimento<br />

com navegação Columbus<br />

(€1.045); Sunset (€145); tejadilho panorâmico (€990); Travel<br />

Assist - reconhecimento <strong>dos</strong> sinais de trânsito (€65); Varioflex (€405).<br />

Equipado com motor 1.6 TDI de 115 cv, que traz acoplada caixa<br />

DSG de sete velocidades, o Karoq oferece uma condução assertiva<br />

e segura, embora sem ritmos muito endiabra<strong>dos</strong>. Os consumos são<br />

reduzi<strong>dos</strong> em todas as circunstâncias e o habitáculo prima pelo<br />

amplo espaço para ocupantes e bagagem.<br />

w São 1.200 km de autonomia no conjunto <strong>dos</strong> dois depósitos<br />

de combustível: o de gasolina (50 litros) e o de gás<br />

natural comprimido (15 kg), este último alojado no fundo<br />

da bagageira, na zona habitualmente reservada ao pneu<br />

sobressalente. Por fora, apenas a sigla TGI distingue o Leon<br />

ST “a gás” das restantes versões. O design bem elaborado da<br />

carroçaria é apenas um <strong>dos</strong> muitos argumentos desta carrinha.<br />

No interior, espaço<br />

não falta. Equipamento,<br />

também não. O posto de<br />

condução é confortável e<br />

ergonómico e a dinâmica<br />

pauta-se pela facilidade e<br />

honestidade de todas as<br />

reações. Equipado com um<br />

motor 1.4 turbo a gasolina<br />

de 110 cv, que traz acoplada caixa manual de seis velocidades,<br />

o Leon ST TGI tem muito “gás” mas apenas no depósito,<br />

uma vez que as prestações são muito, mas mesmo muito<br />

modestas. As acelerações até nem são o pior. Ao contrário<br />

das recuperações, que são lentas. Contudo, não é aqui que<br />

está o principal argumento desta versão. Com uma redução<br />

nas emissões quando circula a gás comparativamente ao<br />

modo de funcionamento a gasolina, esta carrinha percorre<br />

cerca de 350 km. Uma vez acabado o gás, o modo muda,<br />

automaticamente, para gasolina, sem que o condutor<br />

perceba ou tenha de fazer algo. Depois, ainda há cerca de<br />

850 km para percorrer. Reabastecer em Portugal com gás<br />

natural comprimido, não sendo este um veículo de transporte<br />

público, é que já não é nada fácil. É pena.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/3250-4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 188<br />

0-100 km/h (s) 10,9<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,3<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 114<br />

Preço €35.981<br />

IUC €127,44<br />

<strong>Pneus</strong> teste Michelin Primacy 3<br />

215/50R18 92W<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1395<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/4800-6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 200/1500-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 194<br />

0-100 km/h (s) 11,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,6<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 124<br />

Preço €28.730<br />

IUC €157,01<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Bridgestone Turanza T001<br />

225/45R17 91W<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Dezembro 2018


A EQUIPA DA AP COMUNICAÇÃO DESEJA<br />

FELIZ<br />

NATAL<br />

& BOM ANO DE 2019<br />

A TODOS OS NOSSOS PARCEIROS, FORNECEDORES E AMIGOS

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