Revista Coamo - Dezembro de 2018
Revista Coamo - Dezembro de 2018
Revista Coamo - Dezembro de 2018
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DINHEIRO RURAL: COAMO É A MELHOR COOPERATIVA AGRÍCOLA DO BRASIL<br />
www.coamo.com.br<br />
DEZEMBRO/<strong>2018</strong> ANO 44<br />
EDIÇÃO 487<br />
NOVO SITE<br />
Alimentos <strong>Coamo</strong><br />
lança nova e mo<strong>de</strong>rna<br />
página na internet<br />
AGRICULTURA 4.0<br />
Produtores rurais<br />
em busca da<br />
conectivida<strong>de</strong> no<br />
campo<br />
Alexandre <strong>de</strong> Lima Moreira com o<br />
filho Gustavo, <strong>de</strong> Campo Mourão (PR)<br />
SOBRAS ACIMA<br />
DOS TRÊS DÍGITOS<br />
São R$ 109 milhões distribuídos aos associados conforme a movimentação<br />
<strong>de</strong> cada um na cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul
Se for dirigir, não beba.<br />
Dirigir sob efeito <strong>de</strong> álcool afeta a coor<strong>de</strong>nação motora e a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reação, além <strong>de</strong> ser uma infração gravíssima. E o valor da penalida<strong>de</strong> é<br />
multiplicada por 10.<br />
Quem for pego sob o efeito do álcool ou se recusar a fazer o teste do bafômetro,<br />
além <strong>de</strong> pagar a multa tem a carteira <strong>de</strong> habilitação suspensa por 12 meses.<br />
A Via Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros tem soluções para proteger seus bens e a<br />
sua vida. Mas o melhor jeito <strong>de</strong> garantir sua segurança é ter atitu<strong>de</strong>s<br />
responsáveis e respeitar as leis <strong>de</strong> trânsito.<br />
• Não use celular ao volante;<br />
• Dê preferência aos pe<strong>de</strong>stres;<br />
• Respeite os limites <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>;<br />
• Cuidado ao estacionar.<br />
Para mais informações, procure a unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> ou Credicoamo<br />
mais próxima da você!
EXPEDIENTE<br />
Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />
Ano 44 | Edição 487 | <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong><br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />
Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />
Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />
Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />
Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />
Contato: (44) 3599-8126/3599-8129<br />
Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />
Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />
Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />
Colaboração: Gerência <strong>de</strong> Assistência Técnica, Entrepostos e Milena Luiz Corrêa<br />
Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />
Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />
É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados<br />
ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />
SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />
www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº Agrº<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari. MEMBROS VOGAIS: Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, João Marco<br />
Nicaretta e Alessandro Gaspar Colombo.<br />
CONSELHO FISCAL: Halisson Claus Welz Lopes, Willian Ferreira Sehaber e Sidnei Hauenstein Fuchs (Efetivos). Jovelino Moreira, Diego Rogério Chitolina e Ven<strong>de</strong>lino Paulo<br />
Graf (Suplentes).<br />
SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;<br />
Técnico: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />
Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,41 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2017: R$ 11,07 bilhões. Tributos e taxas<br />
gerados e recolhidos em 2017: R$ 463,63 milhões.<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />
3
SUMÁRIO<br />
24<br />
Credicoamo, 29 anos<br />
ATENÇÃO<br />
Com tantos Este produto motivos é perigoso à para saú<strong>de</strong> humana, comemorar, animal e ao meio ambiente. no Leia dia atentamente 16 <strong>de</strong> e siga rigorosamente novembro as instruções foram contidas no realizados rótulo,<br />
CONSULTE<br />
em<br />
SEMPRE<br />
todas as agências da<br />
na bula e na receita. Siga as recomendações <strong>de</strong> controle e restrições estaduais para os alvos <strong>de</strong>scritos na bula <strong>de</strong> cada produto. Utilize sempre os UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO.<br />
Credicoamo, equipamentos eventos <strong>de</strong> proteção para individual. comemorar Nunca permita a utilização os do produto 29 anos por menores da <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. cooperativa Faça o Manejo Integrado <strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito Pragas. dos VENDA SOB<br />
ASSOCIAÇÃO NACIONAL<br />
associados da <strong>Coamo</strong><br />
DE DEFESA VEGETAL<br />
Descarte corretamente as embalagens e restos do produto.<br />
RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.<br />
4 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
SUMÁRIO<br />
Entrevista<br />
Mario Sergio Cortella, professor e filósofo, é um dos maiores pensadores brasileiros da atualida<strong>de</strong><br />
e há mais <strong>de</strong> 30 anos vêm repassando o seu conhecimento, seja em palestras ou livros<br />
Novo site dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />
Em concordância com o slogan “É <strong>de</strong> casa, po<strong>de</strong> confiar”, o site reflete os valores da cooperativa,<br />
apresentando um <strong>de</strong>sign familiar e <strong>de</strong> confiança, que aproxima ainda mais quem acessar a plataforma<br />
Antecipação das Sobras<br />
São R$ 109 milhões distribuídos conforme a movimentação <strong>de</strong> cada cooperado na comercialização<br />
<strong>de</strong> soja, trigo, milho e insumos. Antecipação das Sobras é uma tradição da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação<br />
08<br />
12<br />
14<br />
16<br />
Agricultura conectada<br />
A inserção da tecnologia <strong>de</strong> informação no mundo rural está caminhando para muito em breve se<br />
tornar uma realida<strong>de</strong> em todas as proprieda<strong>de</strong>s rurais. É um cenário que se transforma a passos largos<br />
Melhor Cooperativa Agrícola do Brasil<br />
Reconhecimento é da <strong>Revista</strong> Dinheiro Rural que premiou as melhores companhias do agronegócio<br />
do Brasil, no tradicional “As Melhores da Dinheiro Rural”, e no anuário com as melhores empresas<br />
110 anos da Imigração Japonesa<br />
31<br />
34<br />
Reportagem da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> visitou cooperados em Pinhão (PR) e Juranda (PR) com o intuito<br />
<strong>de</strong> resgatar a história <strong>de</strong> japoneses que escolheram o campo para trabalhar e progredir<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />
5
EDITORIAL<br />
Gestão eficiente gera bons resultados<br />
O<br />
ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong> está<br />
chegando ao fim e<br />
po<strong>de</strong>mos antecipar<br />
que este será o melhor ano da<br />
<strong>Coamo</strong> em relação as receitas<br />
globais. Desta forma, agra<strong>de</strong>cemos<br />
a Deus por novamente<br />
encerrarmos um ano <strong>de</strong> maneira<br />
positiva, para a satisfação<br />
<strong>de</strong> todos os 28.700 associados<br />
e seus familiares.<br />
Completamos os 48<br />
anos da <strong>Coamo</strong> no dia 28 <strong>de</strong><br />
novembro, com a realização<br />
<strong>de</strong> eventos em todas as unida<strong>de</strong>s<br />
no Paraná, Santa Catarina e<br />
Mato Grosso do Sul, com significativa<br />
presença dos associados<br />
e celebração da alegria. Poucos<br />
dias <strong>de</strong>pois veio em outro esperado<br />
e grandioso evento, no dia<br />
10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, antecipamos<br />
as sobras do exercício.<br />
Nesse dia, em toda a<br />
<strong>Coamo</strong>, os milhares <strong>de</strong> associados<br />
ficaram felizes ao receber<br />
a primeira parte dos resultados<br />
do exercício <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />
com a tradicional antecipação<br />
das sobras. Neste ano, o montante<br />
antecipado e distribuído<br />
foi <strong>de</strong> R$ 109 milhões, o maior<br />
na história da <strong>Coamo</strong>, e muito<br />
comemorado em todas as regiões<br />
da cooperativa.<br />
O pagamento das Sobras<br />
nessa época do ano é<br />
consi<strong>de</strong>rado o 13º do agricultor<br />
associado à <strong>Coamo</strong>. Com<br />
esse dinheiro, direito por sua<br />
participação no exercício <strong>de</strong><br />
<strong>2018</strong>, ele po<strong>de</strong> usufruir da<br />
forma que melhor lhe convier,<br />
como por exemplo, investir<br />
na proprieda<strong>de</strong> ou aproveitar<br />
para as festas e viagens <strong>de</strong> final<br />
<strong>de</strong> ano. Sem contar, que<br />
esse dinheiro-extra serve para<br />
aquecer a economia e movimentar<br />
o comércio nas regiões<br />
<strong>de</strong> atuação da <strong>Coamo</strong>.<br />
Os bons resultados<br />
são possíveis graças a vários<br />
fatores. Entre eles <strong>de</strong>staco a<br />
excelente participação dos<br />
associados, no abastecimento<br />
dos insumos e na entrega da<br />
sua produção.<br />
A <strong>Coamo</strong> existe por<br />
causa dos seus associados e<br />
trabalha com foco para agregar<br />
valor às suas ativida<strong>de</strong>s.<br />
Sem os benefícios disponibilizados<br />
pela cooperativa, os<br />
associados certamente não<br />
teriam este gran<strong>de</strong> sucesso ao<br />
longo <strong>de</strong>sses anos.<br />
Na edição <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
em ‘As Melhores da Dinheiro<br />
Rural’, a <strong>Revista</strong> Dinheiro<br />
Rural aponta os campeões<br />
do agronegócio <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - a<br />
<strong>Coamo</strong> recebeu os títulos <strong>de</strong><br />
‘Melhor Gestão Financeira’ e<br />
‘Melhor Cooperativa Agrícola<br />
do Brasil’.<br />
A editoria da <strong>Revista</strong><br />
Dinheiro Rural afirma que a<br />
<strong>Coamo</strong>, “Serve como exemplo<br />
<strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong>ntro e fora<br />
da porteira”. Recebemos com<br />
alegria esse reconhecimento<br />
da socieda<strong>de</strong> empresarial e<br />
partilhamos com associados,<br />
funcionários e toda a família<br />
<strong>Coamo</strong>.<br />
Este trabalho reconhecido<br />
pela socieda<strong>de</strong> é fruto<br />
<strong>de</strong> muita serieda<strong>de</strong>, soli<strong>de</strong>z e<br />
transparência, com boa administração,<br />
gestão e profissionalismo,<br />
o qual produz boas<br />
"A <strong>Coamo</strong> serve como<br />
exemplo <strong>de</strong> eficiência<br />
<strong>de</strong>ntro e fora da<br />
porteira”, conforme<br />
anuário da <strong>Revista</strong><br />
Dinheiro Rural <strong>2018</strong>.<br />
colheitas e o sucesso do quadro<br />
social e da cooperativa.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos por este<br />
ano abençoado e <strong>de</strong>sejamos Feliz<br />
Natal e próspero 2019 aos nossos<br />
cooperados, funcionários, clientes,<br />
fornecedores, consumidores<br />
e familiares. Com muita saú<strong>de</strong>,<br />
união, fé, amor, paz e prosperida<strong>de</strong>,<br />
para a realização dos sonhos<br />
e <strong>de</strong> que sejamos mais felizes em<br />
cada dia do novo ano.<br />
JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />
Diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />
7
ENTREVISTA: MARIO SERGIO CORTELLA<br />
“A cooperação é a única forma <strong>de</strong> existirmos<br />
<strong>de</strong> maneira mais fértil na existência humana.”<br />
“<br />
A<br />
cooperação é a única balho. Como resumir 30 anos <strong>de</strong><br />
maneira <strong>de</strong> existirmos estrada?<br />
<strong>de</strong> maneira mais fértil na Cortella: São 38 livros que eu publiquei<br />
nesse tempo e <strong>de</strong> fato vai<br />
existência humana. A humanida<strong>de</strong><br />
só sobreviveu até hoje, porque sair uma coletânea com frases e<br />
foi capaz <strong>de</strong> em vários momentos pensamentos, chamado “O melhor<br />
cooperar." A entrevista com o filósofo,<br />
professor, escritor, político e alguém coloca um título <strong>de</strong>sse num<br />
do Cortella”. É engraçado quando<br />
palestrante, Mario Sergio Cortella, livro. A editora Planeta quis fazê-lo<br />
não po<strong>de</strong>ria começar diferente a<br />
porque “O Melhor do Cortella” dá<br />
não ser com uma frase. Ele é um<br />
uma certa sensação <strong>de</strong> elevação,<br />
mas sem falsa modéstia, porque<br />
dos maiores pensadores brasileiros<br />
da atualida<strong>de</strong> e, há mais <strong>de</strong> 30<br />
<strong>de</strong> fato ali há uma seleção daquilo<br />
que eu construí nesse tempo como<br />
anos, vem repassando o seu conhecimento,<br />
seja em palestras ou<br />
alguém que apren<strong>de</strong>u bastante e<br />
soube que também po<strong>de</strong> ensinar.<br />
livros. Confira a entrevista exclusiva<br />
à <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />
Só é um bom ensinante quem for<br />
bom apren<strong>de</strong>nte. Por isso, esses 30<br />
anos me alegram fortemente, afinal<br />
eu aprendi a ler no ano 1960 em<br />
Londrina no grupo escolar Hugo<br />
Simas e, a partir <strong>de</strong> lá, não parei<br />
mais <strong>de</strong> ler e nem <strong>de</strong> escrever.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Quem é Mario<br />
Sergio Cortella?<br />
Mario Sergio Cortella: Sou um<br />
caipira, nascido em Londrina, mas<br />
moro na capital paulista há 50<br />
anos. Eu finquei minhas raízes no<br />
Paraná, mas não <strong>de</strong>ixei âncora nenhuma,<br />
pois a raíz alimenta e a âncora<br />
imobiliza. Por isso, sou alguém<br />
que constrói uma página da minha<br />
vida com outras pessoas, levo muitos<br />
comigo e outros ficam pelo caminho.<br />
Como educador, partilho<br />
daquilo que eu sei, aquilo que eu<br />
preciso saber e aquilo que eu gostaria<br />
<strong>de</strong> saber. Sou avô <strong>de</strong> quatro<br />
netos, pai <strong>de</strong> três filhos, amigo <strong>de</strong><br />
muita gente e adversário <strong>de</strong> vários.<br />
RC: Professor, com 30 anos escrevendo,<br />
o senhor está lançando<br />
uma coletânea <strong>de</strong> todo esse tra-<br />
RC: Aquilo que temos nem sempre<br />
nos <strong>de</strong>ixa felizes e o que não<br />
temos nos infelicita <strong>de</strong> maneira<br />
bem intensa, o senhor fala sobre<br />
isso em alguns livros. A i<strong>de</strong>ia da<br />
falta nos prejudica?<br />
Cortella: Quando a falta é algo<br />
que nos machuca, sem dúvida.<br />
Mas, há várias coisas que faltam,<br />
que nos fazem bem, pois exatamente<br />
faltam. Quando me falta<br />
ódio, doença, inveja, é bom <strong>de</strong>mais.<br />
Mas há faltas que seriam carências,<br />
aí elas se transformam em<br />
necessida<strong>de</strong> e eu preciso ter possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ultrapassá-las. De<br />
maneira geral, a falta po<strong>de</strong> ser que<br />
seja um símbolo que aquilo é meu<br />
<strong>de</strong>sejo para o futuro e, também,<br />
po<strong>de</strong> ser sinal do meu comodismo<br />
por não ter ido buscar o que<br />
queria. Preciso me arrepen<strong>de</strong>r e<br />
fazer uma revisão <strong>de</strong> mim mesmo.<br />
RC: Como a construção da ética<br />
po<strong>de</strong> colaborar com a prática do<br />
patriotismo?<br />
Cortella: A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> patriotismo<br />
precisa ser trabalhada para não<br />
per<strong>de</strong>r a noção <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>.<br />
Ser patriota não significa ser exclusivista.<br />
Ser patriota não significa<br />
ser xenófobo. Xenos no grego<br />
antigo significa aquele que vem<br />
<strong>de</strong> fora, o estrangeiro e, é por<br />
isso, que xenofobia é aquela pessoa<br />
que recusa quem é forasteiro.<br />
Então, a ética, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
“Eu finquei minhas raízes<br />
no Paraná, mas não <strong>de</strong>ixei<br />
âncora nenhuma, pois a<br />
raiz alimenta e a âncora<br />
imobiliza. Por isso, sou<br />
alguém que constrói uma<br />
página da minha vida<br />
com outras pessoas, levo<br />
muitos comigo e outros<br />
ficam pelo caminho."<br />
8 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
Mario Sergio Cortella: "Como sou educador, partilho também nesta minha ativida<strong>de</strong> daquilo que eu sei, aquilo que eu preciso saber e aquilo que eu gostaria <strong>de</strong> saber."<br />
olhar o patriotismo como forma <strong>de</strong><br />
respeito e não <strong>de</strong> exclusão. É uma<br />
forma <strong>de</strong> admiração e honra, e<br />
não mais <strong>de</strong> segregação. Por isso,<br />
a ética é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> protegermos<br />
a nossa casa, <strong>de</strong> cuidar da<br />
nossa casa comum. A nossa casa<br />
comum em gran<strong>de</strong> escala é o nosso<br />
planeta e, aí vamos reduzindo,<br />
nosso planeta, nosso continente e<br />
nosso país, nosso estado, nossa cida<strong>de</strong>,<br />
e nossa casa <strong>de</strong> família.<br />
RC: O senhor acredita que o brasileiro<br />
acordou e está mais patriota?<br />
Cortella: Não necessariamente. Em<br />
alguns momentos enten<strong>de</strong>mos o<br />
patriotismo numa direção que po<strong>de</strong><br />
estar equivocada. Já houve época,<br />
que se entendia o patriotismo como<br />
sendo apenas saudações aos símbolos<br />
nacionais. Em outros momentos<br />
era apenas a seleção brasileira <strong>de</strong> futebol<br />
colocada como sendo a nossa<br />
referência, como dizia Nelson Rodrigues,<br />
"seleção é a pátria <strong>de</strong> chuteiras".<br />
Há momentos que enten<strong>de</strong>mos<br />
aquilo que é patriótico, como sendo<br />
um projeto nacional que po<strong>de</strong> ser<br />
feito por homens e mulheres <strong>de</strong>centes.<br />
Algumas pessoas ao serem<br />
notadas naquilo que não <strong>de</strong>veriam<br />
fazer, acabam mostrando <strong>de</strong> fato o<br />
que não <strong>de</strong>ve ser feito. Nesse sentido,<br />
po<strong>de</strong>mos sim ser mais patriotas.<br />
Ainda estamos no começo da estrada.<br />
Como disse um dia Winston<br />
Churchill, "nós só estamos no fim<br />
do começo e não no começo do fim<br />
ainda".<br />
RC: O senhor escreve nos seus livros<br />
sobre a impunida<strong>de</strong>, a corrupção<br />
e leva os leitores à uma reflexão.<br />
O senhor acredita que a recusa a<br />
impunida<strong>de</strong> é o caminho e alavanca<br />
para sermos cidadãos melhores?<br />
Cortella: A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> crise é muito<br />
importante, porque a palavra crise<br />
tem origem no Sânscrito - um idioma<br />
utilizado no que hoje é a Índia.<br />
Kry em sânscrito significa purificação,<br />
que aliás é uma palavra que<br />
vem da agricultura. Quando você<br />
separa o joio do trigo, o feijão da<br />
pedra, o arroz da palha. Kry é purificação<br />
e toda a purificação dói. Estamos<br />
vivendo um momento febril,<br />
a febre não é uma doença, mas sim<br />
um sintoma, que incomoda e perturba.<br />
Estamos vivendo uma crise<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />
9
ENTREVISTA: MARIO SERGIO CORTELLA<br />
“UMA PESSOA GANANCIOSA É AQUELA QUE QUER PARA SI A QUALQUER CUSTO,<br />
ENQUANTO UMA PESSOA AMBICIOSA É AQUELA QUE QUER MAIS E MELHOR."<br />
que precisa ser vivida para que a<br />
gente não esqueça <strong>de</strong> algo que é<br />
importante <strong>de</strong>mais. Os ausentes<br />
nunca têm razão e, nesse sentido,<br />
a pessoa que se omite, é quem talvez<br />
não seja praticante daquilo que<br />
é o <strong>de</strong>svio ou mal feito. Mas se ela<br />
silencia, e se ela se omite, acaba<br />
sendo <strong>de</strong> alguma forma uma cúmplice<br />
ou conivente. Sob o ponto <strong>de</strong><br />
vista do resultado dá na mesma.<br />
RC: Sobre o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ser feliz cada<br />
um tem uma i<strong>de</strong>ia. Para o Cortella,<br />
o que é felicida<strong>de</strong>?<br />
Cortella: Ninguém é feliz o tempo<br />
todo, ninguém é infeliz o tempo<br />
todo. A felicida<strong>de</strong> não é um lugar<br />
que você chega, pelo contrário,<br />
são circunstâncias que você vive.<br />
A vida tem turbulência, dificulda<strong>de</strong><br />
e trauma, mas não tem só isso.<br />
Por isso, quando a felicida<strong>de</strong> vem,<br />
você tem que abraçá-la, falar e colocá-la<br />
no colo. Ela não vem sempre,<br />
ela vai embora, volta e, portanto,<br />
é preciso saber que quando<br />
ela vem preciso ser capaz <strong>de</strong> cuidar<br />
e ter afeto por ela. A felicida<strong>de</strong><br />
vem para mim <strong>de</strong> vários modos.<br />
Quando um neto pula no meu<br />
colo, me escala, quando eu consigo<br />
andar <strong>de</strong> mãos dadas com<br />
a Claudia com quem eu sou casado,<br />
quando sinto que algo que<br />
fiz e falei, obteve para as pessoas<br />
um efeito benéfico. É isso que me<br />
<strong>de</strong>ixa feliz e, é claro, ela não dura<br />
o tempo todo, ainda bem, pois assim<br />
dá vonta<strong>de</strong> que volte <strong>de</strong>pois.<br />
RC: Qual a importância da cooperação,<br />
com seus valores e, qual o<br />
paralelo entre uma pessoa ambiciosa<br />
e gananciosa?<br />
Cortella: A cooperação é a única<br />
maneira <strong>de</strong> existirmos <strong>de</strong> maneira<br />
mais fértil. A humanida<strong>de</strong> só sobreviveu<br />
até hoje, porque foi capaz <strong>de</strong><br />
cooperar em vários momentos. A<br />
competição é importante quando<br />
não avança no terreno da ganância,<br />
pois uma pessoa gananciosa é<br />
aquela que quer para si a qualquer<br />
Mario Sergio Cortella, escritor e filósofo<br />
“Ninguém é feliz o<br />
tempo todo e ninguém<br />
é infeliz o tempo todo.<br />
A vida tem turbulência,<br />
tem dificulda<strong>de</strong> e<br />
trauma, mas ela não tem<br />
só isso. Por isso, quando<br />
a felicida<strong>de</strong> vem, você<br />
tem que abraçá-la, falar e<br />
colocá-la no colo."<br />
custo, enquanto uma pessoa ambiciosa<br />
é aquela que quer mais e melhor.<br />
Por exemplo, quem trabalha<br />
com uma estrutura cooperativada<br />
tem que querer mais e melhor. O<br />
que não po<strong>de</strong> é só querer para si<br />
a qualquer custo. Esse tipo <strong>de</strong> ganância<br />
embora garanta sucesso<br />
imediato, não se mantém com o<br />
tempo. A gran<strong>de</strong> lógica do cooperativismo<br />
e da vida cooperada,<br />
está na substituição do conceito<br />
<strong>de</strong> cada um por si e Deus por todos,<br />
para uma noção <strong>de</strong> um por todos<br />
e todos por um. Aqueles que<br />
ficam, cada um por si e Deus por<br />
todos, acabam enfraquecendo a si<br />
mesmo e os outros. Aqueles que<br />
ficam à procura <strong>de</strong> todos por um e<br />
um por todos, ganham vitalida<strong>de</strong>,<br />
10 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
energia e o futuro.<br />
RC: Um <strong>de</strong> seus livros mais recentes<br />
é “A sorte segue a coragem”.<br />
Professor, a sorte segue a coragem<br />
e a coragem é a seguidora<br />
da sorte. Como é isso?<br />
Cortella: A sorte é a ocasião, circunstância<br />
que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> você.<br />
No interior, usamos a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que<br />
o cavalo passa arriado, mas não<br />
basta o cavalo estar arriado. É preciso<br />
saber montar, prestar atenção<br />
e ver aon<strong>de</strong> está passando, e para<br />
aon<strong>de</strong> vou. Não adianta nada o cavalo<br />
passar arriado e eu montá-lo.<br />
A coragem é a coragem acima <strong>de</strong><br />
qualquer coisa, é ter humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
saber que não sabemos <strong>de</strong> todas<br />
as coisas. É a coragem <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r<br />
aquilo que não conhece e, aí<br />
sim, fazer com que um momento<br />
propício e favorável, a sorte como<br />
a gente diz, possa ser aproveitado.<br />
De nada adianta o cavalo passar<br />
arriado duas vezes para algumas<br />
pessoas, pois não se trata <strong>de</strong> ‘vamos<br />
que vamos, primeiro a gente<br />
enlouquece e <strong>de</strong>pois vê como<br />
fica’. Coragem é quando se organiza<br />
e se estrutura. É claro, a sorte<br />
vai atrás disso, não adianta ela vir<br />
se nós não soubermos o que fazer<br />
com ela.<br />
RC: Com três décadas <strong>de</strong> estrada,<br />
o ser humano é simples ou<br />
complexo?<br />
Cortella: É sempre complexo, sou<br />
professor há 44 anos, por tanto eu<br />
lido com gente há 44 anos e sou<br />
gente há 65 anos.<br />
RC: É mais fácil hoje ou antes?<br />
Cortella: Varia muito da área. Era<br />
mais fácil em algumas coisas e<br />
não era em outras, a escola que<br />
eu cursei quando menino era<br />
uma escola que tinha autoritarismo,<br />
não tinha apenas autorida<strong>de</strong>s,<br />
mas ela tinha o exagero,<br />
em relação a memorização, tinha<br />
uma atenção ao conteúdo. Você<br />
tinha algumas relações muito<br />
machucantes entre várias pessoas.<br />
Portanto, é mais difícil hoje<br />
algumas coisas e outras não são.<br />
"A coragem é a<br />
coragem acima <strong>de</strong><br />
qualquer coisa. É ter<br />
humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber<br />
que não sabemos<br />
tudo. É a coragem <strong>de</strong><br />
apren<strong>de</strong>r aquilo que<br />
não conhecemos e,<br />
aí sim, fazer com que<br />
um momento propício<br />
e favorável possa ser<br />
aproveitado."<br />
Ao contrário do que se imagina,<br />
somos uma socieda<strong>de</strong> muito violenta.<br />
O que temos é mais recusa<br />
à violência, sem imaginar que há<br />
130 anos em nosso país, ainda<br />
tínhamos pessoas que eram proprietárias<br />
<strong>de</strong> outras pessoas, que<br />
podiam machucá-las, maltratá-<br />
-las, torturá-las, comprá-las e vendê-las.<br />
Tivemos um avanço significativo,<br />
é mais difícil, mas não é<br />
impossível.<br />
RC: Depois do processo eleitoral<br />
<strong>de</strong>ste ano que entrará para a história<br />
sob vários aspectos, o que o<br />
senhor espera do próximo governo?<br />
Quais as lições verificadas na<br />
eleição em vários Estados?<br />
Cortella: Espero que o governo<br />
tenha uma clarida<strong>de</strong> muito forte<br />
do que fará, mas que isso seja<br />
logo. Não tivemos tantas ocasiões<br />
<strong>de</strong> saber qual era o projeto<br />
<strong>de</strong> ambos candidatos que foram<br />
para o segundo turno <strong>de</strong> modo<br />
mais nítido, mas se tinha alguma<br />
informação com relação a algumas<br />
i<strong>de</strong>ias gerais. Não se sabe<br />
qual é o plano na Educação, na<br />
Saú<strong>de</strong>, no campo da agricultura.<br />
É um momento <strong>de</strong> atenção na<br />
cidadania, que não se esgota na<br />
eleição, mas continua no acompanhamento<br />
dos parlamentares.<br />
RC: Qual sua mensagem para<br />
o associados e funcionários da<br />
<strong>Coamo</strong> neste final <strong>de</strong> ano?<br />
Cortella: Eu sempre lembro <strong>de</strong><br />
uma frase do Ted Turner, um<br />
gran<strong>de</strong> homem da comunicação<br />
nos Estados Unidos e isso acabou<br />
se tornando um lema da minha<br />
vida. Ele dizia “Deseje o melhor<br />
e prepare-se para o pior”. Deseje<br />
o melhor, isto é o teu <strong>de</strong>sejo, a<br />
tua cabeça, a sua inclinação tem<br />
que ser em direção ao melhor,<br />
mas não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> se preparar para<br />
que as coisas não sejam como se<br />
<strong>de</strong>seja. Isso significa não que você<br />
<strong>de</strong>seja o pior, ao contrário, você<br />
<strong>de</strong>seja o melhor, mas você tem<br />
que estar preparado para a turbulência<br />
que aparece. Isso vale para<br />
que não sejamos surpreendidos.<br />
Isso, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da mudança<br />
<strong>de</strong> governo, pois vale para a vida,<br />
o tempo todo. Deseje o melhor e<br />
prepare-se para o pior.<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 11
12 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
ALIMENTOS COAMO<br />
<strong>Coamo</strong> lança novo site<br />
da linha alimentícia<br />
Estará no ar em 2019 o novo site dos Alimentos <strong>Coamo</strong>. O<br />
<strong>de</strong>senvolvimento teve como foco facilitar a navegação <strong>de</strong><br />
clientes e consumidores, trazendo uma interface mo<strong>de</strong>rna<br />
e intuitiva. Em concordância com o slogan “É <strong>de</strong> casa, po<strong>de</strong><br />
confiar”, o site reflete os valores da cooperativa, apresentando<br />
um <strong>de</strong>sign que aproxima ainda mais quem acessar, para que<br />
<strong>de</strong> fato se sinta navegando em uma plataforma familiar e <strong>de</strong><br />
confiança.<br />
A <strong>Coamo</strong> manteve as premissas <strong>de</strong> todos os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos<br />
pela cooperativa, em que o cliente ou consumidor <strong>de</strong>vem<br />
estar sempre em primeiro lugar. “Pensamos em <strong>de</strong>senvolver<br />
um site que aten<strong>de</strong>sse tanto os consumidores como os clientes, e<br />
que seu acesso seja o mais direto possível para obter informações<br />
sobre os produtos, notícias, campanhas, receitas, área <strong>de</strong> vendas e<br />
com interligação ao site da <strong>Coamo</strong>, fan page dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />
e outros links úteis”, revela Lucas Pacheco, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Inteligência<br />
Digital da G/PAC e E-tools. Ele acrescenta que, “em um mundo<br />
cada vez mais mobile e conectado, on<strong>de</strong> o celular representa o<br />
principal meio <strong>de</strong> acesso em 80% dos domicílios, existe um diferencial<br />
principal para o novo site, que é o fato <strong>de</strong>sta nova versão<br />
ser responsiva, trazendo gran<strong>de</strong>s benefícios para a plataforma.”<br />
O superinten<strong>de</strong>nte Comercial da <strong>Coamo</strong>, Alcir José Goldoni<br />
revela que o objetivo da cooperativa ao mudar o site foi <strong>de</strong><br />
aprimorar a experiência do usuário nos meios digitais. “Procuramos<br />
com todos os <strong>de</strong>talhes melhorar a visualização <strong>de</strong> nossos<br />
produtos e marcas, levando todo o conhecimento técnico do<br />
produto para facilitar a vida <strong>de</strong> nossos clientes e consumidores,<br />
e assim ampliar nosso relacionamento <strong>de</strong> confiança. ”<br />
Além disso, Goldoni ressalta que os Alimentos <strong>Coamo</strong><br />
são fruto do trabalho que começa nos campos dos mais <strong>de</strong> 28<br />
mil associados da <strong>Coamo</strong> e, por esta razão, <strong>de</strong>stacar a origem dos<br />
produtos foi um aspecto fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
site. "No campo começa a ca<strong>de</strong>ia produtiva dos alimentos, com<br />
segurança e <strong>de</strong>ntro dos parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exigidos pelas<br />
certificações, por isso, os Alimentos <strong>Coamo</strong> têm origem, já que<br />
a matéria-prima é produzida pelos donos da <strong>Coamo</strong>. É um trabalho<br />
focado na produção da matéria-prima com qualida<strong>de</strong>, no<br />
processo industrial, no cliente e no consumidor, para entregar um<br />
produto diferenciado. Essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> está firmada no selo que a<br />
<strong>Coamo</strong> está imprimindo em todas as embalagens para caracterizar<br />
que o produto é <strong>de</strong> cooperativa.”<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 13
ANTECIPAÇÃO DAS SOBRAS<br />
Associados têm 13º recheado<br />
COAMO ANTECIPA SOBRAS DESDE A SUA FUNDAÇÃO, GARANTINDO UM<br />
DINHEIRO EXTRA PARA O COOPERADO PASSAR O FINAL DE ANO COM A FAMÍLIA<br />
A<br />
movimentação em todas<br />
as unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong><br />
no Paraná, Santa Catarina<br />
e Mato Grosso do Sul começou<br />
logo cedo nesta segunda-feira, 10<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. O motivo é que os<br />
associados receberam a antecipação<br />
das sobras referentes ao Exercício<br />
<strong>de</strong> <strong>2018</strong>. São R$ 109 milhões<br />
distribuídos conforme a movimentação<br />
<strong>de</strong> cada cooperado na comercialização<br />
<strong>de</strong> soja, trigo, milho<br />
e insumos.<br />
A antecipação das Sobras,<br />
apelidada <strong>de</strong> 13º do produtor<br />
rural associado à <strong>Coamo</strong>, é uma<br />
tradição e ajuda a movimentar o<br />
comércio no final do ano nas cida<strong>de</strong>s<br />
em que a cooperativa está<br />
inserida.<br />
Alexandre <strong>de</strong> Lima Moreira, <strong>de</strong> Campo Mourão, diz que é uma satisfação receber esse dinheiro extra<br />
Lindaura Lanza Ribeiro, <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />
usará o dinheiro para viajar no final do ano<br />
Alexandre <strong>de</strong> Lima Moreira,<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-<br />
-Oeste do Paraná), diz que é uma<br />
satisfação receber esse dinheiro<br />
extra. “Há mais <strong>de</strong> 25 anos participo<br />
da distribuição das sobras.<br />
Essa antecipação utilizo para comprar<br />
algumas lembranças para a<br />
família e para as festas <strong>de</strong> final <strong>de</strong><br />
ano”, comenta.<br />
A associada Lindaura Lanza<br />
Ribeiro, também <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão, é <strong>de</strong> família cooperativista<br />
e tradicional da <strong>Coamo</strong>. Ela<br />
revela que usará o dinheiro para<br />
viajar no final do ano. “Já está tudo<br />
planejado. Vou visitar um irmão no<br />
interior <strong>de</strong> São Paulo e <strong>de</strong>pois vou<br />
à praia. Meus filhos já estão formados<br />
e com as suas respectivas famílias,<br />
então, uso o dinheiro para<br />
curtir a vida. Já trabalhei bastante<br />
e mereço esse momento”, comemora.<br />
Neste ano também teve<br />
associado que recebeu a antecipa-<br />
14 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
ANTECIPAÇÃO DAS SOBRAS<br />
Pai e filho, Claudio Osmar Fulaneto e Claudio Fulaneto<br />
Junior, <strong>de</strong> Araruna, foram juntos à <strong>Coamo</strong> receber o seu 13º<br />
ção das sobras pela primeira vez.<br />
Andrey Castro da Silva, <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão, tem 20 anos e já sabe o<br />
que fazer com as primeiras sobras.<br />
“Trabalhamos o ano inteiro e no final<br />
do ano ter esse dinheiro para<br />
passar um fim <strong>de</strong> ano melhor é muito<br />
bom. Sou filho <strong>de</strong> produtor rural<br />
e esse ano estou tendo a minha parte<br />
pela primeira vez. Vou aproveitar<br />
para comprar algo para mim, mas<br />
também vou investir na aquisição<br />
<strong>de</strong> óleo diesel para a lavoura.”<br />
Pai e filho, Claudio Osmar<br />
Fulaneto e Claudio Fulaneto Junior,<br />
são <strong>de</strong> Araruna (Centro-Oeste<br />
do Paraná), vieram juntos à <strong>Coamo</strong><br />
receber cada um o seu 13º. “É<br />
fim <strong>de</strong> ano e esse valor sempre é<br />
esperado para promover a alegria<br />
da família. Eu vou aproveitar<br />
a antecipação para comprar uma<br />
lembranças e acertar algumas<br />
continhas que sempre tem (risos)”,<br />
conta ‘seo’ Claudio.<br />
Conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini,<br />
é uma satisfação para a diretoria<br />
da cooperativa antecipar as Sobras<br />
ao quadro social. “A <strong>Coamo</strong><br />
possui tradição do pagamento antecipado<br />
das sobras nesta época<br />
do ano. Essa condição é realizada<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação, há 48 anos”,<br />
comenta Gallassini.<br />
Ele <strong>de</strong>staca que a antecipação<br />
só é possível <strong>de</strong>vido a soli<strong>de</strong>z,<br />
administração, participação<br />
dos associados e bons resultados<br />
que a cooperativa vem obtendo.<br />
“Comemoramos novamente esses<br />
“É uma satisfação muito gran<strong>de</strong> que temos. Este é um<br />
dia <strong>de</strong> alegria para nós cooperados. Isso mostra, mais<br />
uma vez, a competência e serieda<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> por<br />
meio da sua diretoria, e, também o comprometimento<br />
do associado que busca participar sempre mais.” Tihago<br />
Dalbosco, <strong>de</strong> Laguna Carapã (MS).<br />
bons resultados, fruto da participação<br />
efetiva dos cooperados e<br />
da boa administração da diretoria.<br />
Neste ano que estamos prestes a<br />
encerrar, mais uma vez, o balanço<br />
é positivo. Apesar da crise que<br />
diversos setores do país vêm passando,<br />
a agricultura consegue se<br />
manter muito bem como âncora<br />
da economia, e ainda apresenta<br />
bons números, os quais são bem<br />
recebidos pelos associados”, assinala<br />
Gallassini.<br />
“As sobras chegam em uma boa hora e ajudam<br />
com nossos compromissos <strong>de</strong>ssa época. Uma parte<br />
será <strong>de</strong>stinada para as festas <strong>de</strong> final do ano a outra<br />
para investimentos na proprieda<strong>de</strong>. A <strong>Coamo</strong> é uma<br />
cooperativa diferenciada e nos <strong>de</strong>ixa satisfeitos.” Mauro<br />
Rosina, <strong>de</strong> Quilombo e cooperado em Xanxerê (SC).<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 15
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
Cooperados <strong>Coamo</strong> estão atentos às novida<strong>de</strong>s na<br />
área <strong>de</strong> tecnologia da informação para o agronegócio<br />
Agricultura conectada<br />
COM A DENOMINADA “AGRICULTURA 4.0”, O CAMPO PRODUZ INFORMAÇÕES DIGITAIS,<br />
FORNECENDO AO PRODUTOR RURAL DADOS PRECISOS SOBRE A PRODUÇÃO<br />
16 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
A<br />
inserção da tecnologia <strong>de</strong><br />
informação no mundo rural<br />
está caminhando para muito<br />
em breve se tornar uma realida<strong>de</strong><br />
em todas as proprieda<strong>de</strong>s rurais.<br />
Trata-se da <strong>de</strong>nominada “Agricultura<br />
4.0”, ou seja, o campo além <strong>de</strong><br />
produzir alimentos, está próximo <strong>de</strong><br />
produzir informações digitais, fornecendo<br />
ao produtor rural dados<br />
precisos sobre a produção em tempo<br />
real. É um cenário que se transforma<br />
a passos largos. O homem do<br />
campo, portanto, precisa se manter<br />
atualizado e correr atrás das novida<strong>de</strong>s<br />
que estão transformando o<br />
meio agrícola.<br />
São drones, aplicativos,<br />
tablets, programas via satélite, enfim,<br />
diversas ferramentas digitais<br />
para que o homem do campo tenha<br />
todas as informações da sua<br />
lavoura na palma da mão. Trata-se<br />
<strong>de</strong> uma área relativamente nova<br />
para a agricultura, mas que irá gerar<br />
gran<strong>de</strong> impacto no <strong>de</strong>sempenho,<br />
sustentabilida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>.<br />
Mas, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem o termo<br />
agricultura 4.0?<br />
Segundo o pesquisador<br />
da Embrapa Instrumentação, Ricardo<br />
Inamasu, pós-doutor em<br />
Engenharia <strong>de</strong> Biosistema pela<br />
Universida<strong>de</strong> do Nebraska/ EUA,<br />
o termo Agricultura 4.0, vem da Indústria<br />
4.0, on<strong>de</strong> existem sistemas<br />
conectados à internet e às coisas<br />
por meio <strong>de</strong> sensores. “É possível<br />
prever situações que não se vê<br />
pontualmente, mas <strong>de</strong> forma global.<br />
São tecnologias que habilitam<br />
a agricultura para caminhar para<br />
um próximo patamar tecnológico.<br />
Uma das ferramentas que está<br />
sendo colocada <strong>de</strong> uma forma<br />
muito forte é o monitoramento,<br />
conectivida<strong>de</strong> das máquinas agrícolas,<br />
conectivida<strong>de</strong> do sistema<br />
<strong>de</strong> produção agrícola ou pecuária.<br />
São informações sobre animais e<br />
plantas, ajudando na gestão do<br />
processo <strong>de</strong> produção da proprieda<strong>de</strong>.“<br />
Dentro <strong>de</strong>sse contexto,<br />
Inamasu ressalta a importância da<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão, uma tecnologia<br />
que já existe, e será a base<br />
para caminhar rumo à agricultura<br />
4.0. “Temos a agricultura <strong>de</strong> precisão<br />
vindo já há algum tempo e<br />
entrando numa situação cada vez<br />
mais madura. Quando se fala <strong>de</strong><br />
agricultura <strong>de</strong> precisão, se fala em<br />
várias tecnologias, com controle<br />
da fertilida<strong>de</strong>, irrigação <strong>de</strong> precisão,<br />
entre tantas outras funcionalida<strong>de</strong>s”,<br />
esclarece o pesquisador.<br />
Como integrar as tecnologias?<br />
O agricultor precisa estar<br />
antenado e acompanhar esses<br />
avanços tecnológicos. Porém,<br />
existe ainda uma dificulda<strong>de</strong> na<br />
integração e comunicação. Afinal<br />
<strong>de</strong> contas, são muitas informações<br />
que po<strong>de</strong>m ser coletadas. Mas,<br />
como levá-las <strong>de</strong> forma automática<br />
no campo on<strong>de</strong> não há 100%<br />
<strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong> e cobertura?<br />
Neste sentido, o pesquisador Ricardo<br />
Inamasu explica que há um<br />
<strong>de</strong>safio. “Haverá uma evolução,<br />
eu vejo vários atores buscando<br />
a conectivida<strong>de</strong> e alternativas. A<br />
Pesquisador da Embrapa<br />
Instrumentação, Ricardo Inamasu<br />
conexão po<strong>de</strong> até ser que exista,<br />
mas as vezes o curso não está a<strong>de</strong>quado,<br />
várias soluções estão sendo<br />
testadas. É uma tecnologia em<br />
evolução e em processo <strong>de</strong> criação,<br />
então quem estiver na frente,<br />
no futuro estará bem preparado.<br />
É preciso estar atento para fazer o<br />
investimento certo, e sempre estar<br />
experimentando e observando. ”<br />
Algumas <strong>de</strong>ssas tecnologias<br />
já apresentam resultados<br />
como é o caso da agricultura <strong>de</strong><br />
precisão. Os drones também já estão<br />
sobrevoando as lavouras, mas<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 17
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
Programa Gestor Rural ajuda no<br />
gerenciamento da proprieda<strong>de</strong><br />
HOJE, PRATICAMENTE TODAS AS PRINCIPAIS SOLUÇÕES DIGITAIS, A<br />
COOPERATIVA TEM CONDIÇÕES DE FORNECER AOS SEUS ASSOCIADOS<br />
<strong>de</strong> acordo com o pesquisador ainda<br />
não está com o funcionamento<br />
completamente maduro. “Em<br />
aspectos básicos os drones estão<br />
aten<strong>de</strong>ndo a maioria dos produtores,<br />
mas ainda existem muitas dificulda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> operação. Gran<strong>de</strong>s<br />
produtores, por exemplo, tiram<br />
600 fotos <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong><br />
e como trabalhar com 600 fotos,<br />
como organizar fotos <strong>de</strong> uma lavoura<br />
on<strong>de</strong> tudo parece muito<br />
igual? Essas técnicas estão sendo<br />
<strong>de</strong>senvolvidas e trabalhadas, e a<br />
conectivida<strong>de</strong> e a integração ainda<br />
estão por vir”, diz.<br />
O pesquisador da Embrapa<br />
Instrumentação ainda adianta que a<br />
área <strong>de</strong> tecnologia da informação<br />
está trabalhando para o agro. “Esse<br />
processo está numa evolução rápida<br />
e constante. Você po<strong>de</strong> aplicar a<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão no controle<br />
<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z do solo ou fertilida<strong>de</strong>,<br />
mas você po<strong>de</strong> avançar muito mais,<br />
com o controle <strong>de</strong> irrigação, controle<br />
<strong>de</strong> recomendação <strong>de</strong> sementes.<br />
Então estamos no meio <strong>de</strong>sse processo<br />
<strong>de</strong> evolução. É um momento<br />
único”, enfatiza.<br />
Essas tecnologias são,<br />
portanto, ferramentas para o<br />
agricultor, errar menos, ter uma<br />
produtivida<strong>de</strong> melhor e agregar<br />
mais valor ao produto. “Enxergar<br />
e acompanhar essas tecnologias<br />
e concentrar o seu conhecimento<br />
no campo é fundamental. Essas<br />
ferramentas não tiram do agricultor<br />
o po<strong>de</strong>r da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />
mas ajudarão a tomar uma melhor<br />
<strong>de</strong>cisão e ter a escolha correta. A<br />
i<strong>de</strong>ia é aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
trabalho humano. O mundo está<br />
mudando. Uma nova geração está<br />
chegando com uma visão e comportamento<br />
diferente. Com essas<br />
mudanças, as novas gerações po<strong>de</strong>m<br />
ajudar efetivamente a cuidar<br />
da terra, da lavoura, da produção e<br />
do equilíbrio biológico. Todo esse<br />
arsenal vem para ajudar essa nova<br />
geração para que se possa fazer<br />
uma agricultura muito melhor que<br />
no passado”, assinala Inamasu.<br />
Robson Schon, <strong>de</strong> Pitanga (Centro do Paraná), sempre<br />
buscou organizar as informções da proprieda<strong>de</strong><br />
18 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
Mobilida<strong>de</strong> Agronomia agiliza<br />
o trabalho dos agrônomos no campo<br />
Agricultura <strong>de</strong> Precisão faz o<br />
ajuste fino na área <strong>de</strong> produção<br />
Tecnologias para os associados<br />
A <strong>Coamo</strong> antenada à essa<br />
mudança <strong>de</strong> cenário, tem aliado<br />
as áreas <strong>de</strong> assistência técnica<br />
agronômica à tecnologia da informação,<br />
buscando soluções em<br />
aplicativos, softwares e agricultura<br />
<strong>de</strong> precisão, para os cooperados<br />
continuarem saindo na frente no<br />
campo da produção. O associado<br />
já conta com o Cooperado On-<br />
-line, Gestor Rural, Agricultura <strong>de</strong><br />
Precisão, enquanto que o agrônomo<br />
e veterinário, que prestam<br />
a assistência em campo, tem por<br />
Fabrício Correa, coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> Suporte Técnico da <strong>Coamo</strong><br />
meio do Mobilida<strong>de</strong> Agronomia,<br />
todas as informações da produção<br />
e área do cooperado para facilitar<br />
e agilizar o trabalho.<br />
O coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Suporte<br />
Técnico da <strong>Coamo</strong>, Fabrício<br />
Bueno Corrêa, afirma que a <strong>Coamo</strong><br />
está sempre acompanhando,<br />
estudando e validando todas<br />
novas tecnologias. “Com relação<br />
a Agricultura <strong>de</strong> Precisão e a era<br />
digital, estamos realizando trabalhos<br />
junto com instituições <strong>de</strong> pesquisa,<br />
com o intuito <strong>de</strong> conhecer e<br />
enten<strong>de</strong>r quais seus reais benefícios.”<br />
Corrêa explica que a<br />
<strong>Coamo</strong> oferece diversos serviços<br />
para o cooperado. “A cooperativa<br />
conta com o serviço <strong>de</strong> Agricultura<br />
<strong>de</strong> Precisão, on<strong>de</strong> realizamos<br />
amostragens <strong>de</strong> solo em gri<strong>de</strong>s<br />
e aplicação <strong>de</strong> fertilizantes em<br />
taxa variável. Está disponível para<br />
os sócios, o sistema Gestor Rural<br />
que permite aos cooperados<br />
realizarem a gestão <strong>de</strong> custos da<br />
proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma simples<br />
e autônoma, pois a plataforma<br />
possui o sistema integrado com<br />
a <strong>Coamo</strong>, permitindo assim que<br />
o custo <strong>de</strong> produção seja feito <strong>de</strong><br />
forma automática. Além disso, os<br />
engenheiros agrônomos e médicos<br />
veterinários, tem à disposição<br />
smartphones com aplicativos que<br />
permitem acesso à diversas informações,<br />
trazendo agilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>,<br />
permitindo que sejam feitas<br />
recomendações cada vez mais<br />
assertivas.”<br />
Na área da agricultura<br />
digital, o coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Suporte<br />
Técnico salienta que a <strong>Coamo</strong><br />
trabalha com parceiros que oferecem<br />
diversos serviços, entre<br />
eles: mapeamento do plantio, das<br />
pulverizações e <strong>de</strong> colheita, monitoramento<br />
por satélite para acompanhar<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />
lavouras entre outros. Isso permite<br />
que os agricultores tenham todas<br />
informações geradas na proprieda<strong>de</strong>,<br />
e com esses dados, melhores<br />
condições para as tomadas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisões. “Hoje, praticamente, as<br />
principais soluções digitais, a cooperativa<br />
tem condições <strong>de</strong> fornecer<br />
aos associados”, ressalta Corrêa.<br />
O engenheiro agrônomo<br />
alerta que essa nova <strong>de</strong>manda<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 19
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
TODAS TECNOLOGIAS TÊM O INTUITO DE CONTRIBUIR PARA<br />
MELHOR PERFORMANCE DAS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS<br />
digital traz alguns <strong>de</strong>safios para o<br />
segmento. “Os profissionais precisam<br />
apren<strong>de</strong>r a lidar com a multidisciplinarida<strong>de</strong>,<br />
pois cada vez<br />
mais, vamos ter eletrônicas embarcadas.<br />
Paradigmas precisam<br />
ser quebrados, principalmente<br />
com relação a mudança cultural<br />
dos produtores.”<br />
Corrêa ainda elenca o <strong>de</strong>safio<br />
da conectivida<strong>de</strong> em campo,<br />
fator <strong>de</strong>terminante para que <strong>de</strong><br />
fato se estabeleça a agricultura 4.0.<br />
“A partir do momento que quebrarmos<br />
a barreira da conectivida<strong>de</strong>,<br />
será mais simples aplicar as<br />
soluções digitais e <strong>de</strong> fato o produtor<br />
ter informações que auxiliem na<br />
tomada imediata <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.”<br />
As mudanças são constantes,<br />
<strong>de</strong> acordo com Fabrício Bueno<br />
Corrêa. Para que o produtor<br />
rural seja cada vez mais eficiente,<br />
é necessário que ele esteja sempre<br />
ciente das novas tecnologias e<br />
implantando <strong>de</strong> acordo com suas<br />
necessida<strong>de</strong>s. “Todas tecnologias<br />
têm o intuito <strong>de</strong> contribuir para<br />
melhor performance das ativida<strong>de</strong>s<br />
agropecuárias."<br />
Em tempo real<br />
Em <strong>2018</strong>, a <strong>Coamo</strong> e a Climate<br />
trouxeram para os cooperados o<br />
Climate FieldView, uma plataforma <strong>de</strong><br />
agricultura digital que coleta e processa<br />
automaticamente dados <strong>de</strong> campo<br />
e ajuda o agricultor a avaliar a performance<br />
<strong>de</strong> cada talhão, do plantio à<br />
colheita. A plataforma é composta por<br />
aplicativos e um dispositivo <strong>de</strong> coleta<br />
<strong>de</strong> dados. “Com o Climate FieldView,<br />
os agricultores po<strong>de</strong>m integrar seus<br />
dados em um só lugar, gerenciar suas<br />
operações com mais eficiência e maximizar<br />
sua produtivida<strong>de</strong>”, garante Guilherme<br />
Thad<strong>de</strong>u, representante Técnico<br />
da Climate.<br />
Thad<strong>de</strong>u acrescenta que, “o<br />
Climate Fieldview já está presente nos<br />
Estados Unidos, há um bom tempo. Várias<br />
funcionalida<strong>de</strong>s que foram feitas<br />
e <strong>de</strong>senvolvidas nos EUA já estão sendo<br />
aplicadas no Brasil, ou seja, ambos<br />
estão tendo uma experiência similar.<br />
Tem sido algo muito positivo que está<br />
gerando uma experiência positiva para<br />
todos que utilizam a ferramenta.”<br />
Na palma da mão<br />
Antenado a evolução tecnológica, Paulo Anterio<br />
Mansano, é associado em Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste<br />
do Paraná). Ele valoriza a tecnologia da informação e além<br />
<strong>de</strong> utilizar a agricultura <strong>de</strong> precisão, recentemente adquiriu o<br />
Climate FieldView. Sem contar, que já estuda a aquisição <strong>de</strong><br />
um drone. “Temos utilizado a tecnologia <strong>de</strong> última geração, o<br />
que tem <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno que a <strong>Coamo</strong> tem disponibilizado<br />
para nós.”<br />
Paulo Mansano acompanha os dados da sua lavoura com o agrônomo, José Jean <strong>de</strong> Almeida<br />
20 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
Cooperado Paulo Mansano, <strong>de</strong><br />
Engenheiro Beltrão, <strong>de</strong>staca<br />
que a <strong>Coamo</strong> tem apoiado a<br />
evolução tecnológica<br />
Toda a área <strong>de</strong> Mansano<br />
é monitorada e já tem bons resultados<br />
para apresentar. “Depois da<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão, a produtivida<strong>de</strong><br />
aumentou e os custos da lavoura<br />
reduziram. É uma tecnologia<br />
que se converte em lucro, pois você<br />
sabe a área que precisa <strong>de</strong> mais ou<br />
menos adubo. A área que não precisa,<br />
você não coloca”, revela.<br />
Com GPS (Global Positioning<br />
System, que em português<br />
significa Sistema <strong>de</strong> Posicionamento<br />
Global), em todo o seu maquinário,<br />
Paulo Mansano, consegue mapear<br />
toda a produtivida<strong>de</strong> e formar<br />
um banco <strong>de</strong> dados para ter uma<br />
visão geral da lavoura e dos resultados<br />
que vêm obtendo. “Meu<br />
objetivo é sempre fazer um acompanhamento<br />
<strong>de</strong> 100% da área e<br />
pretendo comprar um drone para<br />
complementar esse trabalho.”<br />
Ele ainda ressalta que<br />
utiliza os serviços da <strong>Coamo</strong>, não<br />
somente para comprar e entregar<br />
a produção, uma vez que, a<br />
cooperativa também está antenada<br />
e trazendo essas novas tecnologias<br />
para o quadro social. “A<br />
<strong>Coamo</strong> tem nos apoiado 100%<br />
nessa evolução tecnológica. Esse<br />
apoio é fundamental para a segurança<br />
do cooperado. A gente<br />
acessa o Gestor Rural, por exemplo,<br />
e vê o que tem para ven<strong>de</strong>r<br />
e o que po<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r. Se você levanta<br />
<strong>de</strong> manhã e quer saber os<br />
preços, já vê na hora. É uma coisa<br />
fantástica. A tecnologia está mudando<br />
rapidamente nosso cotidiano.<br />
Agora, temos tudo a mão.”<br />
Segundo o engenheiro<br />
agrônomo, José Jean <strong>de</strong> Almeida,<br />
a tecnologia mais instrumental<br />
está dominando o mercado.<br />
“O Paulo gosta muito <strong>de</strong>sse tipo<br />
<strong>de</strong> investimento, é um cara que<br />
implementa tudo e dá um resultado<br />
legal. Cada ano que vem<br />
passando ele tem aumentado<br />
sua produtivida<strong>de</strong>, ele está há<br />
20 sacas em média à frente dos<br />
outros cooperados. Os próprios<br />
agrônomos têm todas as informações<br />
do cooperado na palma<br />
da mão e na lavoura conseguimos<br />
<strong>de</strong>finir o trabalho que será<br />
feito e todo o planejamento da<br />
produção.”<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 21
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
Um passo à frente<br />
Irmãos Gustavo e Robson Schon analisam os mapas gerados pelas tecnologias empregadas na proprieda<strong>de</strong><br />
Membro <strong>de</strong> uma nova geração<br />
<strong>de</strong> cooperados, Robson Cezar<br />
Schon <strong>de</strong> Pitanga (Centro do<br />
Paraná), acredita que o dinamismo<br />
da agricultura exige o constante<br />
investimento em tecnologias. Antes<br />
mesmo <strong>de</strong> ter acesso à plataformas<br />
como o Gestor Rural, ele<br />
já utilizava o Excel para tabular<br />
as informações da proprieda<strong>de</strong> e<br />
criar um banco <strong>de</strong> dados com produtivida<strong>de</strong><br />
e varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada<br />
talhão.<br />
Para Schon a gestão da<br />
proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser conectada.<br />
“Primeiro entramos com o<br />
FieldView, para pegar os pontos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência do solo com mapa<br />
acoplado nas colheita<strong>de</strong>iras, na<br />
aplicação <strong>de</strong> fungicidas e <strong>de</strong>ssecação<br />
para ver já aon<strong>de</strong> estão os<br />
<strong>de</strong>feitos da <strong>de</strong>ssecação <strong>de</strong> fungicidas<br />
para melhorar a produtivida<strong>de</strong>.<br />
Agora, vamos associar a<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão ao uso do<br />
aplicativo.”<br />
Ano a ano aumentando a<br />
média da produção, ele atribui o<br />
crescimento ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
tecnológico. “Com meu smartphone,<br />
consigo ver em casa ou<br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiver o que está acontecendo<br />
na minha proprieda<strong>de</strong> no<br />
momento do plantio, por exemplo.<br />
Sem contar que o nosso agrônomo<br />
consegue ver da <strong>Coamo</strong>,<br />
em tempo real a aplicação que<br />
está sendo feita. Isso, nos ajuda<br />
minimizar erros.”<br />
Robson Schon acredita<br />
que assim fica mais fácil planejar<br />
as safras subsequentes. “Consigo<br />
manter o histórico que já fazia no<br />
Excel, porém <strong>de</strong> forma automática.<br />
Posso ver o que foi feito <strong>de</strong><br />
adubação folear em cada pedaço,<br />
e estará tudo arquivado no mapa.<br />
É muito rápido e economiza tem-<br />
22 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
po, inclusive aparecem as datas<br />
que realizei cada trabalho. Fica<br />
muito mais fácil <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões”,<br />
consi<strong>de</strong>ra o agricultor.<br />
Conforme o engenheiro<br />
agrônomo, José Eduardo<br />
Frandsen Filho, se o produtor<br />
rural não tiver tudo na palma<br />
da mão ele não conseguirá<br />
acompanhar as transformações<br />
que estão acontecendo<br />
no mundo. “Cada vez mais, a<br />
Gustavo e Robson acompanham com José Eduardo os resultados do plantio<br />
ponta vai afinando e precisamos<br />
correr atrás disso. De <strong>de</strong>z<br />
anos para cá muita coisa mudou.<br />
Temos mais GPS e computador<br />
no trator do que em<br />
nossos automóveis. A tecnologia<br />
está aqui para nos ajudar,<br />
mas <strong>de</strong>vemos escolher<br />
as melhores tecnologias e a<br />
<strong>Coamo</strong> está à disposição do<br />
associado para realizar esse<br />
trabalho.”<br />
Visão global<br />
O pesquisador da Embrapa<br />
da área <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> solo e agricultura<br />
<strong>de</strong> precisão, Júlio Franchini,<br />
coor<strong>de</strong>na juntamente com a <strong>Coamo</strong>,<br />
um projeto piloto que vem sendo <strong>de</strong>senvolvido<br />
na proprieda<strong>de</strong> do cooperado<br />
Fernando Greggio, em Campo<br />
Mourão, para o uso <strong>de</strong> drones. “As<br />
imagens aéreas vêm para melhorar o<br />
conjunto das informações que o produtor<br />
rural já vem obtendo. Já temos<br />
a agricultura <strong>de</strong> precisão, com mapas<br />
<strong>de</strong> solo e <strong>de</strong> aplicação, e as imagens<br />
aéreas são o os olhos do produtor,<br />
mas, numa escala maior.”<br />
Franchini acompanha um<br />
talhão <strong>de</strong> 65 hectares da Fazenda<br />
Indáia, da família Greggio. “Com o<br />
drone se consegue uma imagem<br />
que resume todo o conjunto <strong>de</strong><br />
manejo que está sendo colocado<br />
naquela área. No caso do milho, é<br />
possível trabalhar com aplicação <strong>de</strong><br />
nitrogênio à taxa variável, ou seja,<br />
na prática é possível distribuir melhor<br />
o nitrogênio. Ele aplicará menos<br />
nitrogênio on<strong>de</strong> a planta já tem<br />
alto potencial, e mais on<strong>de</strong> tem um<br />
potencial menor”, esclarece.<br />
Para Júlio Franchini, o drone<br />
traz uma vantagem significativa<br />
para o trabalho no campo. “É possível<br />
conseguir uma imagem com<br />
nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> muito maior,<br />
para ter mais segurança no que se<br />
está observando. O monitoramento<br />
é uma ferramenta po<strong>de</strong>rosa e as<br />
imagens do drone somam nesse<br />
trabalho, para tomar a <strong>de</strong>cisão mais<br />
rápida, uma vez que, o tempo é <strong>de</strong>cisivo<br />
para a agricultura. ”<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 23
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
Fernando Greggio está em busca <strong>de</strong><br />
soluções tecnológicas para produzir mais<br />
Lavoura<br />
mapeada<br />
Da mesa do seu escritório<br />
na Fazenda Indaiá, o agricultor<br />
Fernando Greggio, <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão (Centro-Oeste do Paraná),<br />
consegue acompanhar todo o trabalho<br />
que é realizado na lavoura,<br />
por meio do seu smartphone, Ipad<br />
ou computador. Ele também conta<br />
com um banco <strong>de</strong> dados com<br />
informações <strong>de</strong> diferentes aspectos<br />
para que possa tomar a melhor<br />
<strong>de</strong>cisão. “Estou buscando soluções<br />
para produzir mais. O produtor<br />
rural <strong>de</strong>ve buscar as inovações<br />
tecnológicas para obter mais produtivida<strong>de</strong><br />
e lucrativida<strong>de</strong>. ”<br />
Greggio faz uso da agricultura<br />
<strong>de</strong> precisão e utiliza drones<br />
na proprieda<strong>de</strong>. Ele também<br />
adquiriu o software FieldView,<br />
aliando diversas tecnologias para<br />
obter o máximo <strong>de</strong> informações<br />
sobre a produção. “Todas informações<br />
coletadas nestas ferramentas<br />
estão formando um banco <strong>de</strong> dados<br />
da nossa fazenda. Analisamos<br />
o que é coletado para melhorar o<br />
<strong>de</strong>sempenho nas próximas safras.”<br />
Em 2011, ele enxergou na<br />
agricultura <strong>de</strong> precisão a porta <strong>de</strong><br />
entrada para um caminho <strong>de</strong> inovação<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento. “Comecei<br />
a trabalhar para tentar tirar as<br />
manchas do solo. Coletamos as informações<br />
e mandamos para análise.<br />
Agora estamos rumo à agricultura<br />
4.0 que é uma inovação<br />
para todos os produtores. Já faz<br />
dois anos que estamos trabalhan-<br />
24 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
TECNOLOGIA NO CAMPO<br />
do assim, colhendo dados e capacitando<br />
nossa equipe. No começo<br />
não é fácil, mas todo esse trabalho<br />
é para monitorar e planejar nossas<br />
ações daqui para frente”, analisa.<br />
O associado também está<br />
satisfeito com as informações que<br />
vem coletando com o FieldView.<br />
“Consigo monitorar o plantio para<br />
ver a velocida<strong>de</strong> da minha semeadura<br />
e a população, tirar relatórios<br />
individuais das planta<strong>de</strong>iras, verificar<br />
qual foi o rendimento <strong>de</strong> cada<br />
uma, como foi a distribuição e se<br />
teve problema em alguma linha.<br />
Além disso, consigo correlacionar<br />
os dados <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> e, no final,<br />
posso monitorar a produtivida<strong>de</strong>,<br />
que é o mais importante. É on<strong>de</strong><br />
faço o fechamento dos dados<br />
para correlacioná-los em cima do<br />
talhão e i<strong>de</strong>ntificar o que po<strong>de</strong> ter<br />
acontecido no talhão on<strong>de</strong> aparecem<br />
manchas <strong>de</strong> menor produtivida<strong>de</strong>.<br />
Assim, eu sei se foi compactação<br />
do solo, nematói<strong>de</strong>s,<br />
fertilida<strong>de</strong>, erro operacional, alagamento.<br />
”<br />
De acordo com Greggio,<br />
cada maquinário conta com um<br />
ipad que tem um chip. Tendo sinal<br />
<strong>de</strong> internet essas informações<br />
vão diretamente para a nuvem<br />
(memória com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
armazenamento em computadores<br />
e servidores compartilhados<br />
e interligados por meio da Internet).<br />
“Consigo i<strong>de</strong>ntificar tudo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ntro do escritório e se for em<br />
um lugar on<strong>de</strong> não pega celular,<br />
as informações ficam armazenadas<br />
no ipad e quando conectar no<br />
wifi, sincroniza me dando uma informação<br />
rápida e precisa. ”<br />
Com o drone, Greggio explica<br />
que está mapeando a partir<br />
da emergência, on<strong>de</strong> é possível<br />
fazer a contagem <strong>de</strong> plantas. “No<br />
meu plantio joguei uma <strong>de</strong>terminada<br />
população <strong>de</strong> sementes, e já<br />
consigo ver como ficou a população<br />
<strong>de</strong> plantas emergidas. Depois<br />
com o passar do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da cultura, juntamente com o mapa<br />
<strong>de</strong> satélite é possível correlacionar<br />
essas duas ferramentas para i<strong>de</strong>ntificar<br />
as manchas <strong>de</strong> solos e ver o<br />
que está acontecendo nos pontos<br />
mais fracos”, explica o cooperado.<br />
O engenheiro agrônomo,<br />
Guilherme da Silva Francicani,<br />
<strong>de</strong>staca que o associado Fernando<br />
Greggio, é um exemplo a ser<br />
seguido. “Esse trabalho do Fernando<br />
mostra os primeiros passos<br />
para um futuro <strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong><br />
em campo que não está tão distante.<br />
Temos que iniciar com essas<br />
ferramentas que estão disponíveis<br />
no mercado. Sabemos que a conexão<br />
<strong>de</strong> internet não está disponível<br />
em todas as proprieda<strong>de</strong>s,<br />
mas a tendência é melhorar e, se<br />
o agricultor começar aos poucos,<br />
no futuro será muito mais fácil. ”<br />
Francicani ressalta que o<br />
associado da <strong>Coamo</strong> conta com<br />
o apoio da cooperativa no uso<br />
<strong>de</strong>ssas ferramentas. “A agricultura<br />
<strong>de</strong> precisão é o ‘exame médico<br />
da lavoura’, on<strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificam e<br />
analisam os problemas, para <strong>de</strong>pois<br />
realizar a correção <strong>de</strong> solo.<br />
Depois, essas informações são casadas<br />
com os mapas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> colheita e plantabilida<strong>de</strong>.<br />
Além disso, é possível utilizar os<br />
drones e o software FieldView. Em<br />
toda a área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>,<br />
os agrônomos estão preparados<br />
para prestar assistência ao associado<br />
no uso e análise <strong>de</strong>ssas informações.”<br />
Cooperado Fernando e o engenheiro agrônomo Guilherme analisam em tempo real os dados obtidos<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 25
COOPERATIVISMO<br />
Faturamento das cooperativas do<br />
PR atinge R$ 83,5 bilhões em <strong>2018</strong><br />
NÚMEROS FORAM APRESENTADOS DURANTE ENCONTRO ESTADUAL DO SETOR EM<br />
CURITIBA. COAMO PARTICIPOU COM UMA COMITIVA DE CERCA DE 100 COOPERADOS<br />
José Roberto Ricken, presi<strong>de</strong>nte do<br />
Sistema Ocepar, na abertura do Encontro<br />
Estadual <strong>de</strong> Cooperativistas Paranaenses<br />
R$ 83,5 bilhões. Este é o faturamento<br />
que as 215 cooperativas<br />
vinculadas ao Sistema<br />
Ocepar <strong>de</strong>vem atingir em <strong>2018</strong>, o<br />
que representa um crescimento <strong>de</strong><br />
18,9% em relação ao montante obtido<br />
no ano passado, que foi <strong>de</strong> R$<br />
70,3 bilhões. O anúncio foi feito no<br />
dia 06 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, em Curitiba,<br />
pelo presi<strong>de</strong>nte da organização,<br />
José Roberto Ricken, na abertura<br />
do Encontro Estadual <strong>de</strong> Cooperativistas<br />
Paranaenses. “Mesmo com<br />
todas as dificulda<strong>de</strong>s vivenciadas no<br />
ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong>, o cooperativismo paranaense<br />
mantém firme sua estratégia<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, com planejamento<br />
e novos investimentos para<br />
aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda dos mercados.<br />
Profissionalização, inovação e mo-<br />
<strong>de</strong>rnização da gestão. Esse é o nosso<br />
jeito <strong>de</strong> funcionar, no passado, no<br />
presente e no futuro”, afirma.<br />
Mais pessoas também estão<br />
a<strong>de</strong>rindo ao cooperativismo<br />
paranaense, que abrange atualmente<br />
1,8 milhão <strong>de</strong> cooperados,<br />
ou seja 19,2% a mais em comparação<br />
ao registrado no ano passado<br />
(1,5 milhão). As exportações do<br />
setor atingiram US$ 3,9 bilhões<br />
neste ano, montante 3,8% superior<br />
ao <strong>de</strong> 2017 (US$ 3,3 bilhões).<br />
As cooperativas paranaenses também<br />
estão fechando o exercício<br />
contabilizando R$ 1,9 milhão em<br />
investimentos, R$ 2,1 milhões em<br />
impostos recolhidos e aumento<br />
<strong>de</strong> 3,8% nos empregos diretos gerados,<br />
passando <strong>de</strong> 93.144 postos<br />
em 2017 para 96.666 neste ano.<br />
“É importante frisar que<br />
gran<strong>de</strong> parte dos resultados obtidos<br />
pelas cooperativas se <strong>de</strong>ve<br />
à conquista <strong>de</strong> novos mercados,<br />
agregação <strong>de</strong> valor à produção,<br />
otimização das estruturas e o processo<br />
<strong>de</strong> integração em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
no cooperativismo<br />
do Paraná”, frisa Ricken. “On<strong>de</strong><br />
há investimento, po<strong>de</strong> ter certeza<br />
que existe <strong>de</strong>manda por empregos.<br />
Em <strong>2018</strong>, as cooperativas<br />
paranaenses criaram 3.522 novos<br />
empregos, sendo comum a busca<br />
por trabalhadores <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> quilômetros<br />
para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda.<br />
Enfim, o que é isso senão <strong>de</strong>senvolvimento<br />
regional?”, acrescenta.<br />
De acordo com o presi-<br />
26 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
COOPERATIVISMO<br />
Cooperados <strong>de</strong> várias Unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong> participaram do Encontro Estadual <strong>de</strong> Cooperativismo, em Curitiba<br />
Evento contou também com momentos <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> entre os participantes<br />
<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar, todos<br />
os ramos do cooperativismo paranaense<br />
têm obtido êxito em suas<br />
ativida<strong>de</strong>s. As agropecuárias, por<br />
exemplo, aumentaram sua participação<br />
no segmento e hoje são responsáveis<br />
por 60% do PIB agropecuário<br />
do Paraná. “No ramo crédito,<br />
as cooperativas crescem <strong>de</strong> forma<br />
segura e com alto nível <strong>de</strong> profissionalismo,<br />
tendo atingido em <strong>2018</strong> o<br />
número <strong>de</strong> 1 milhão e 600 mil associados,<br />
com crescimento <strong>de</strong> quase<br />
20% em relação ao ano anterior, viabilizando<br />
o acesso ao crédito para<br />
milhares <strong>de</strong> pessoas, em condições<br />
mais a<strong>de</strong>quadas e forte vínculo com<br />
as ações locais e regionais. Em 120<br />
municípios, as cooperativas <strong>de</strong> crédito<br />
são a única instituição financeira<br />
prestando bons serviços à população”,<br />
diz Ricken.<br />
Ele alerta ainda sobre a importância<br />
<strong>de</strong> ações integradas com<br />
outros segmentos para que essas<br />
ações tenham prosseguimento. “A<br />
continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho será<br />
possível se nos mantivermos integrados<br />
com as forças econômicas<br />
e políticas do Paraná, representado<br />
pelo G7 (grupo formado pelas<br />
principais fe<strong>de</strong>rações representativas<br />
do setor produtivo) e em<br />
sintonia com o governo do Paraná.<br />
É fundamental que prossigam<br />
as parcerias com as entida<strong>de</strong>s do<br />
Sistema S, como o Sebrae, Senar,<br />
Senai, Senac, Sest/Senat Sesc e o<br />
Sesi, essenciais para aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas<br />
dos empregados e cooperados<br />
das cooperativas”, sublinhou.<br />
“Nunca foi tão importante rever<br />
estratégias e replanejar o Sistema<br />
S. Se não houvesse este sistema<br />
organizado, quem faria esse importante<br />
trabalho? No caso do Sescoop,<br />
conseguimos aplicar 92%<br />
dos recursos na ativida<strong>de</strong> fim, com<br />
total sintonia com as cooperativas<br />
contribuintes”, complementa.<br />
Ricken falou ainda sobre<br />
a expectativa <strong>de</strong> que sejam implementadas<br />
melhorias no país para<br />
aumentar a competivida<strong>de</strong> brasileira.<br />
“Nosso <strong>de</strong>sejo é que sejam<br />
implementadas reformas consistentes<br />
que equacionem as <strong>de</strong>ficiências<br />
estruturais existentes, principalmente<br />
em relação à <strong>de</strong>manda<br />
por investimentos em infraestrutura<br />
tais como: portos, ferrovias,<br />
rodovias, energia, <strong>de</strong>ntre outras,<br />
origem dos custos elevados da logística<br />
que têm penalizado a nossa<br />
competitivida<strong>de</strong>, em especial para<br />
as comunida<strong>de</strong>s mais distantes<br />
dos centros consumidores. Talvez<br />
tenha sido necessário passar por<br />
tantas dificulda<strong>de</strong>s políticas e econômicas<br />
no Brasil para que as pessoas<br />
<strong>de</strong> bem se mobilizassem <strong>de</strong><br />
forma a apoiar as mudanças necessárias.<br />
O <strong>de</strong>sejo é que nossas instituições<br />
públicas se mo<strong>de</strong>rnizem,<br />
em benefício <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>”,<br />
ressalta. Fonte: Comunicação Ocepar.<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 27
Vista aérea das<br />
novas indústrias <strong>de</strong><br />
processamento <strong>de</strong> soja e<br />
refino <strong>de</strong> óleo<br />
Obras em Dourados chegam a 45%<br />
Quem passa pela rodovia<br />
BR-163, entre Dourados<br />
e Caarapó, no Mato Grosso<br />
do Sul, percebe a evolução nas<br />
obras das indústrias <strong>de</strong> processamento<br />
<strong>de</strong> soja e refinaria <strong>de</strong> óleo<br />
<strong>de</strong> soja da <strong>Coamo</strong>. O cronograma<br />
está <strong>de</strong>ntro da normalida<strong>de</strong>, atinge<br />
45% do total e conta com 1550<br />
trabalhadores <strong>de</strong> 68 empreiteiras<br />
contratadas. “A entrada em operação<br />
das novas indústrias está prevista<br />
para o segundo semestre <strong>de</strong><br />
2019 e já verificamos que o empreendimento<br />
vem impulsionando<br />
a economia da região”, informa<br />
Emerson Abrahão Mansano, gerente<br />
da Indústria <strong>de</strong> óleo da <strong>Coamo</strong><br />
em Dourados.<br />
A fase atual é <strong>de</strong> execução<br />
das obras civis com os trabalhos <strong>de</strong><br />
terraplanagem, estruturas metálicas,<br />
montagem mecânica e dos equipamentos,<br />
finalização das estacas,<br />
fabricação <strong>de</strong> pré-moldados na própria<br />
área industrial, concretagem nos<br />
blocos e lajes, e colocação dos pilares<br />
nos prédios principais. O novo<br />
empreendimento conta com uma<br />
indústria <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> soja<br />
para 3.000 toneladas <strong>de</strong> soja/dia,<br />
produção <strong>de</strong> farelo e óleo, e uma<br />
refinaria para 720 toneladas/dia <strong>de</strong><br />
óleo <strong>de</strong> soja refinado, equivalente a<br />
16 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja /ano.<br />
28 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
EVENTO TÉCNICO<br />
<strong>Coamo</strong> recebe Caravana da Soja<br />
Promovida pelo Canal<br />
Rural e Aprosoja, evento<br />
contou com apoio da<br />
<strong>Coamo</strong><br />
Realizada pelo sétimo ano<br />
consecutivo, o segundo no<br />
Estado do Paraná, A Caravana<br />
do Projeto Soja Brasil, <strong>de</strong>sembarcou<br />
no último dia 05 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro em Campo Mourão<br />
(Centro-Oeste do Paraná).<br />
Promovido pelo Canal Rural<br />
em parceria com a Associação<br />
dos Produtores <strong>de</strong> Soja do Brasil<br />
(Aprosoja Brasil) e cooperativas,<br />
com a coor<strong>de</strong>nação técnica da<br />
Embrapa Soja, em Campo Mourão<br />
o evento teve a <strong>Coamo</strong> como<br />
anfitriã e o círculo <strong>de</strong> palestras<br />
aconteceu na Associação do Engenheiros<br />
Agrônomos (AEACM),<br />
com a participação <strong>de</strong> centenas<br />
<strong>de</strong> cooperados e convidados.<br />
“Objetivo é disseminar<br />
informação para os produtores<br />
Gallassini na abertura do evento <strong>de</strong>stacou a importância do repasse <strong>de</strong> informações aos associados<br />
associados das cooperativas do<br />
Paraná, auxiliando-os sobre os<br />
mais diversos aspectos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
produção no campo até a comercialização<br />
da safra. Aproveitamos<br />
também para mostrar a todos o<br />
que é e como atua a Aprosoja no<br />
Estado e no Brasil”, esclarece o<br />
presi<strong>de</strong>nte da Aprosoja Paraná,<br />
Márcio Luiz Bonesi. “Quem participa<br />
fica muito mais informado e<br />
com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> tomar uma <strong>de</strong>cisão<br />
mais acertada e mais rápida”,<br />
garante.<br />
Durante o evento os participantes<br />
acompanham palestras<br />
sobre o Mercado, Câmbio e Perspectivas<br />
da Economia Brasileira,<br />
com o consultor técnico da Safras<br />
& Mercado Luiz Fernando Gutierrez;<br />
Boas Práticas <strong>de</strong> Produção,<br />
ministrada pelo pesquisador da<br />
Embrapa Soja Arnold Barbosa <strong>de</strong><br />
Oliveira; e Importância das Biotecnologias,<br />
com consultor técnico<br />
Alexandre Gazzola, do Conselho<br />
<strong>de</strong> Informações sobre Biotecnologia<br />
(CIB).<br />
Participantes acompanharam palestras sobre o mercado e perspectivas da economia, manejo <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> para altas produtivida<strong>de</strong>s e a importância das biotecnologia<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 29
CELEBRAÇÃO<br />
Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão comemora 50 anos<br />
Diversos fundadores, li<strong>de</strong>ranças<br />
do agronegócio <strong>de</strong><br />
Campo Mourão e <strong>de</strong> várias<br />
regiões do Estado do Paraná prestigiaram<br />
no dia 8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro a<br />
solenida<strong>de</strong> comemorativa dos 50<br />
anos <strong>de</strong> fundação do Sindicato Rural<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong><br />
fundada em março <strong>de</strong> 1968, Nelson<br />
Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, contou a história,<br />
as lutas e conquistas do Sindicato<br />
Rural. “É uma história muito<br />
bonita, o Sindicato suce<strong>de</strong>u a Associação<br />
Rural e sempre teve como<br />
missão a <strong>de</strong>fesa dos interesses dos<br />
produtores rurais, a promoção <strong>de</strong><br />
treinamentos para o aperfeiçoamento<br />
dos produtores e funcionários,<br />
visando a elevação das produtivida<strong>de</strong>s<br />
no setor agropecuário,<br />
bem como, a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida e geração <strong>de</strong> renda.”<br />
O ponto alto da cerimônia<br />
foi o momento <strong>de</strong> reconhecimento<br />
a <strong>de</strong>z agricultores, que fundaram<br />
o Sindicato Rural há 50 anos. São<br />
Agi<strong>de</strong> Meneguetti, presi<strong>de</strong>nte da Faep, com os fundadores do Sindicato Rural <strong>de</strong><br />
Campo Mourão, Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, José Aroldo Gallassini e Augusto Carneiro<br />
Eles: Antonio Roberto Azevedo<br />
Figueiredo, Augusto <strong>de</strong> Oliveira<br />
Carneiro, Henrique Schuwarz, José<br />
Aroldo Gallassini, José Carlos Carvalho,<br />
José Teodoro <strong>de</strong> Oliveira,<br />
Martin Kaiser, Nabi Assad, Nelson<br />
Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Pedro Jort e<br />
Rui Domingues Carneiro.<br />
“Os fundadores são os protagonistas,<br />
graças a iniciativa <strong>de</strong>stas<br />
pessoas, é que o Sindicato Rural<br />
<strong>de</strong> Campo Mourão foi sonhado<br />
e criado. Essas pessoas tiveram um<br />
sonho e juntas <strong>de</strong>cidiram participar<br />
e abraçar uma causa, um i<strong>de</strong>al.<br />
Deste sonho nasceu o sindicato<br />
rural”, <strong>de</strong>stacou no seu pronunciamento,<br />
Ági<strong>de</strong> Meneguetti, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Fe<strong>de</strong>ração da Agricultura<br />
do Estado do Paraná (Faep), uma<br />
das várias autorida<strong>de</strong>s presentes<br />
no Recanto do Criador, anexo ao<br />
Parque <strong>de</strong> Exposição Getúlio Ferrari,<br />
em Campo Mourão.<br />
Fundadores do Sindicato foram homenageados durante a cerimônia em comemoração aos 50 anos do Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
30 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
DESEMPENHO<br />
<strong>Coamo</strong> recebe prêmio <strong>de</strong> melhor<br />
cooperativa agrícola do Brasil<br />
Gallassini recebeu a homenagem em<br />
nome dos 28,7 mil associados e dos<br />
7,5 mil funcionários. Entrega foi feita<br />
pela jornalista Vera On<strong>de</strong>i, editora da<br />
<strong>Revista</strong> Dinheiro Rural<br />
O<br />
engenheiro agrônomo e presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Coamo</strong> Agroindustrial Cooperativa<br />
recebeu na noite <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
em São Paulo, o prêmio <strong>de</strong> Melhor Cooperativa<br />
Agrícola do Brasil. A cooperativa completou 48<br />
anos dia 28 <strong>de</strong> novembro e na noite <strong>de</strong> festa da<br />
Dinheiro Rural foi agraciada com dois prêmios -<br />
Melhor Gestão Financeira e Melhor na Categoria<br />
"Mega Cooperativas". A premiação é da <strong>Revista</strong><br />
Dinheiro Rural, da Editora Três e reconheceu as<br />
melhores companhias do agronegócio do país,<br />
no tradicional “As Melhores da Dinheiro Rural”.<br />
O evento premiou os melhores do ano<br />
em vários setores do Agronegócio e no seu<br />
anuário apresenta o ranking com as 300 melhores<br />
empresas do país na agropecuária brasileira.<br />
O ex-ministro da Agricultura e um dos<br />
expoentes do cooperativismo, Roberto Rodrigues,<br />
falou da importância da premiação da<br />
Dinheiro Rural. "É uma noite <strong>de</strong> colheita que<br />
estamos vivendo hoje, fruto <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong><br />
produtores que plantam suas safras com esperança,<br />
colhem altas produtivida<strong>de</strong>s e produzem<br />
alimentos para o Brasil e o mundo.”<br />
"O agronegócio é muito importante<br />
para o Brasil e vem alimentando o mundo e<br />
crescendo. A <strong>Coamo</strong> é <strong>de</strong>staque não só pelo<br />
seu tamanho com expressivos números <strong>de</strong> faturamento<br />
e volumes, mas também pelo excelente<br />
grau <strong>de</strong> eficiência em gestão corporativa<br />
e financeira", afirma Celso Masson, diretor <strong>de</strong><br />
Núcleo da Editora Três.<br />
Gallassini recebeu com alegria e gratidão<br />
a homenagem em nome dos 28,7 mil<br />
associados e dos 7,5 mil funcionários. "A<br />
<strong>Coamo</strong> é a melhor na Gestão Financeira e a<br />
melhor na categoria Mega Cooperativas. Partilhamos<br />
estas premiações com todos os associados<br />
e funcionários, como colheita <strong>de</strong> um<br />
ano muito positivo."<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 31
PONTO DE VISTA<br />
Brasil, o país que melhor cuida<br />
do meio ambiente no mundo<br />
Recentemente, participei em<br />
Lille, na França, da Conferência<br />
Mundial promovida<br />
pela Associação Internacional <strong>de</strong><br />
Soja Responsável (RTRS), representando<br />
a diretoria da <strong>Coamo</strong><br />
Agroindustrial Cooperativa.<br />
A Conferência Mundial recebeu<br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
mais <strong>de</strong> 40 países dos cinco continentes,<br />
ligadas à ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />
da soja e discutiu várias questões<br />
referente a produção e fornecimento,<br />
incluindo também o papel<br />
dos governos e os riscos sociais.<br />
Esta foi a primeira vez que<br />
o setor produtivo brasileiro esteve<br />
no evento, representado por seis<br />
cooperativas agrícolas – das quais<br />
cinco do Estado do Paraná- que,<br />
juntas produzem 11% da produção<br />
brasileira <strong>de</strong> soja.<br />
Entendo ter sido muito importante<br />
a participação do nosso<br />
setor produtivo, haja vista a oportunida<strong>de</strong><br />
para rebater várias críticas<br />
feitas ao Brasil no tocante a produção<br />
agrícola e ao meio ambiente.<br />
Na oportunida<strong>de</strong>, mostramos<br />
ao mundo que o Brasil não<br />
é do jeito que eles pensam. Escutamos<br />
críticas <strong>de</strong> estrangeiros, <strong>de</strong><br />
ONG´s e até mesmo <strong>de</strong> brasileiros,<br />
<strong>de</strong> pessoas mal-intencionadas<br />
que, com suas i<strong>de</strong>ologias, retrataram<br />
um país que não cuida do<br />
meio ambiente, <strong>de</strong> terras estéreis<br />
e <strong>de</strong> agricultores que não usam<br />
tecnologia e estão empobrecendo,<br />
o que não é verda<strong>de</strong>.<br />
Mostramos ao mundo a<br />
verda<strong>de</strong>ira situação do nosso país,<br />
a qual é bem diferente do cenário<br />
apresentado por essas pessoas<br />
mal-intencionadas. O Brasil é o<br />
país que mais preserva o meio<br />
ambiente e vem aumentado a sua<br />
produção exatamente por contar<br />
com agricultores tecnificados e<br />
empreen<strong>de</strong>dores, preocupados<br />
com a natureza.<br />
Muitos países produtores<br />
<strong>de</strong> soja estão na verda<strong>de</strong> assustados<br />
com o crescimento agrícola do Brasil<br />
e fazendo <strong>de</strong> tudo para complicar e<br />
rebaixar a agricultura brasileira. Ao<br />
contrário do que eles tentam dizer,<br />
nós produzimos bem com responsabilida<strong>de</strong><br />
e sustentabilida<strong>de</strong>.<br />
Indagamos no evento se<br />
os representantes <strong>de</strong> outros países<br />
tinham o CAR [Cadastro Ambiental<br />
Rural] – que é um registro<br />
eletrônico e obrigatório para todos<br />
os imóveis rurais, que integra<br />
as informações ambientais das<br />
áreas <strong>de</strong> preservação permanente,<br />
áreas <strong>de</strong> Reserva Legal, das florestas,<br />
vegetação nativa, e das áreas<br />
consolidadas das proprieda<strong>de</strong>s e<br />
posses rurais do país- e ninguém<br />
tinha, por isso ficaram mudos.<br />
Informamos também na<br />
oportunida<strong>de</strong>, que no Sul do Brasil<br />
20% da área <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong><br />
rural é <strong>de</strong>stinada para reserva<br />
legal - no Cerrado esse número<br />
sobe para 35% e na Amazônia é<br />
<strong>de</strong> 80% - e o agricultor não tem<br />
nenhuma remuneração por isso.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma situação<br />
bem diferente do que vimos por<br />
exemplo, na Alemanha, on<strong>de</strong> 100<br />
m² <strong>de</strong> pousio é subsidiado pelo<br />
valor <strong>de</strong> 6.000 euros, equivalente<br />
a cerca <strong>de</strong> R$ 25 mil. Diante da<br />
posição brasileira eles novamente<br />
ficaram silenciosos, haja vista que<br />
Engº Agrº Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, diretor-secretário<br />
da <strong>Coamo</strong> Agroindustrial Cooperativa, um dos<br />
precursores do Plantio Direto na região <strong>de</strong> Campo<br />
Mourão, segunda cida<strong>de</strong> no Brasil a implantar esta<br />
importante tecnologia na safra 1973/74.<br />
somente 7,3% da área brasileira<br />
é utilizada para uso da agricultura<br />
e o restante é ocupado com<br />
rios, matas, florestas e parques,<br />
enquanto que eles não têm mais<br />
área para plantio.<br />
Destacamos na Conferência<br />
Mundial <strong>de</strong> Soja Sustentável<br />
como pontos relevantes a prática<br />
pelos agricultores brasileiros do<br />
sistema <strong>de</strong> Plantio Direto, que foi<br />
a revolução da nossa agricultura, e<br />
a <strong>de</strong>volução e <strong>de</strong>stinação correta<br />
das embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos<br />
agrícolas, on<strong>de</strong> o Brasil se<br />
<strong>de</strong>staca tirando do campo milhares<br />
<strong>de</strong> embalagens que po<strong>de</strong>riam<br />
prejudicar o meio ambiente.<br />
Quando a gente vê notícias<br />
falando mal da agricultura<br />
brasileira é porque tem alguma<br />
coisa por trás, tem outros interesses.<br />
Tivemos um gran<strong>de</strong> orgulho<br />
em mostrar na França para o mundo<br />
que o agricultor brasileiro faz<br />
e muito bem a lição <strong>de</strong> casa, que<br />
o nosso país é o que melhor cuida<br />
do meio ambiente no mundo.<br />
Diante <strong>de</strong>ssa afirmação, eles ficaram<br />
em silêncio.<br />
32 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
RECONHECIMENTO<br />
Em <strong>2018</strong>, a cooperativa homenageou 389 funcionários com 10, 20, 30 e 40 anos <strong>de</strong> casa. Na imagem, os funcionários com 30 e 40 anos <strong>de</strong> <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Coamo</strong> homenageia funcionários no<br />
TEMPO DE CASA<br />
O<br />
programa Tempo <strong>de</strong> casa valoriza e<br />
reconhece os recursos humanos da<br />
cooperativa, um dos alicerces para o<br />
sucesso da <strong>Coamo</strong>. Uma cooperativa que investe<br />
no treinamento e na formação dos seus<br />
funcionários.<br />
Durante este ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong> foram homenageados<br />
389 funcionários, dos quais 240<br />
com 10 anos, 80 com 20 anos, 63 com 30<br />
anos e 5 com 40 anos <strong>de</strong> trabalho na <strong>Coamo</strong>,<br />
Credicoamo, Via Sollus, Fups e Arcam.<br />
No total dos funcionários ativos na<br />
cooperativa, 2092 têm mais <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong><br />
serviços ao grupo <strong>Coamo</strong>, sendo 10 com<br />
40 anos, 279 com 30, 543 com 20, e 1.267<br />
com 10 anos.<br />
Funcionários com 40 anos <strong>de</strong> <strong>Coamo</strong> em <strong>2018</strong>: Paulo Gilmar Fuzeto, gerente da<br />
Arcam, Val<strong>de</strong>licia Ribeiro Gonzales, Indústria <strong>de</strong> Óleo em Campo Mourão, Alcir<br />
José Goldoni, superinten<strong>de</strong>nte Comercial, José Aroldo Gallassini, Claudio Francisco<br />
Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, Luiz Celso Drancka, Roncador, e José<br />
Aparecido Bernardo, gerente Administrativo da <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 33
‘Seo’ Terumi, cooperado em Pinhão,<br />
com a esposa Masako Suzuki<br />
UM LEGADO DA IMIGRAÇÃO<br />
JAPONESA PARA O CAMPO<br />
EQUIPE DE REPORTAGEM DA REVISTA COAMO VISITOU COOPERADOS EM<br />
PINHÃO (PR) E JURANDA (PR) PARA RESGATAR A HISTÓRIA DE JAPONESES<br />
QUE ESCOLHERAM O CAMPO PARA TRABALHAR E PROGREDIR<br />
34 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />
‘Seo’ Terumi chegou no Brasil em 1968 e após <strong>de</strong>sembarcar do navio em Santos partiu para Guarapuava<br />
Dois mil e <strong>de</strong>zoito é um ano<br />
especial para os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> japoneses que<br />
vivem no Brasil, pois comemoram<br />
110 anos <strong>de</strong> imigração. Foi em 18<br />
<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1908 que o navio Kasato<br />
Maru atracou em Santos com os<br />
primeiros 781 imigrantes do Japão.<br />
As famílias ainda cultivam tradições<br />
trazidas na bagagem e comemoram<br />
a permanência e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
no país que os acolheu,<br />
sempre valorizando a terra, família e<br />
a cultura. Parte <strong>de</strong>sta história é contada<br />
por associados da <strong>Coamo</strong> que<br />
emigraram em busca <strong>de</strong> uma vida<br />
melhor em solo brasileiro.<br />
A reportagem da <strong>Revista</strong><br />
<strong>Coamo</strong> visitou cooperados em Pinhão<br />
(Centro-Sul do Paraná) e em<br />
Juranda (Centro-Oeste do Paraná)<br />
com o intuito <strong>de</strong> resgatar a história<br />
<strong>de</strong> quem escolheu o campo para<br />
trabalhar e progredir. ‘Seo’ Terumi<br />
Suzuki, hoje com 74 anos, veio do<br />
Japão ainda jovem, com 23 anos <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>. Ele conta que a escolha pelo<br />
Brasil foi para realizar um sonho:<br />
ser agricultor. “No Japão isso não<br />
seria possível, pois não tinha área.<br />
Eu queria ser gran<strong>de</strong> agricultor. Na<br />
época, estudava em um colégio<br />
agrícola e uns três anos antes <strong>de</strong> eu<br />
vir para o Brasil colegas já tinham<br />
vindo e isso me incentivou”, revela o<br />
associado.<br />
‘Seo’ Terumi chegou no<br />
Brasil em 1968 e após <strong>de</strong>sembarcar<br />
do navio em Santos partiu para<br />
Guarapuava para trabalhar em plantações<br />
<strong>de</strong> batata. “Na época não<br />
existia soja. Somente trigo no inverno<br />
e batata no verão”, diz. Antes <strong>de</strong><br />
se mudar para Pinhão, ele ainda foi<br />
para o interior <strong>de</strong> São Paulo, on<strong>de</strong><br />
conheceu a esposa Masako Suzuki,<br />
também nascida no Japão e veio<br />
para o Brasil aos 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
“Chegamos em Pinhão em 1977 e<br />
compramos duas áreas. Uma <strong>de</strong><br />
150 alqueires e outra <strong>de</strong> 200. Só<br />
que era tudo mato. Adquirimos dois<br />
tratores <strong>de</strong> esteira para <strong>de</strong>stocar e<br />
plantar batata. Naquela época os japoneses<br />
só cultivavam batata, frutas<br />
e hortaliças.” O cooperado recorda<br />
que no início chegou a trabalhar<br />
com ameixa, mas era muito complicado<br />
porque para armazenar tinha<br />
que levar a fruta em Guarapuava,<br />
pois em Pinhão não tinha energia<br />
elétrica. Era uma viagem <strong>de</strong> 50 quilômetros<br />
todos os dias por estrada<br />
<strong>de</strong> terra.”<br />
‘Seo’ Terumi é associado<br />
da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999. Ele se<br />
No <strong>de</strong>staque, 'seo' Terumi, com o grupo <strong>de</strong> imigrantes, em 1968, no navio Brazil - Maru<br />
‘Seo’ Terumi Suzuki, <strong>de</strong> Pinhão (PR), veio do<br />
Japão ainda jovem, com 23 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 35
110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />
COMUNIDADE JAPONESA NO BRASIL AINDA CULTIVA TRADIÇÕES E COMEMORA A<br />
PERMANÊNCIA E O DESENVOLVIMENTO NO PAÍS VALORIZANDO A TERRA E A FAMÍLIA<br />
diz realizado e agra<strong>de</strong>cido por ter sido acolhido<br />
pelo Brasil. “Eu era um jovem corajoso porque<br />
vim sozinho. Vendo tudo o que passou, digo que<br />
valeu a pena. Hoje temos 330 alqueires <strong>de</strong> terra,<br />
mas não tinha nada. Comecei do zero. Se tivesse<br />
ficado no Japão hoje seria funcionário <strong>de</strong> alguma<br />
firma. Porém, meu sonho era ser agricultor e só<br />
po<strong>de</strong>ria ser realizado no Brasil. Sinto sauda<strong>de</strong> do<br />
Japão, mas só para passear”, pon<strong>de</strong>ra o associado<br />
que é pai <strong>de</strong> três filhos.<br />
‘Seo’ Terumi com a esposa Masako Suzuki, também nascida<br />
no Japão e veio para o Brasil com 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
No navio, durante a viagem para o Brasil, ‘seo’<br />
Terumi aproveitava o tempo para praticar Kendo<br />
Novas oportunida<strong>de</strong>s no Brasil<br />
Hirotaka Matsuda com o gerente da <strong>Coamo</strong> em Pinhão, Mercilo Bertolini<br />
Hirotaka Matsuda, também <strong>de</strong> Pinhão, saiu<br />
do Japão no final <strong>de</strong> 1959 e <strong>de</strong>sembarcou no Brasil<br />
no dia 20 fevereiro <strong>de</strong> 1960. Ele tinha 11 anos e<br />
foram mais <strong>de</strong> 60 dias com a família a bordo <strong>de</strong> um<br />
navio cargueiro. Na época, a crise pós-guerra assolava<br />
os japoneses e a propaganda <strong>de</strong> que no Brasil<br />
havia prosperida<strong>de</strong> chamou a atenção do pai do ‘seo’<br />
Hirotaka, que trabalhava no Japão fazendo frete com<br />
um pequeno caminhão.<br />
Logo que chegaram foram trabalhar em lavouras<br />
<strong>de</strong> tomate em Socorro, no interior <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Começaram como empregados e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> meeiros.<br />
Tempos <strong>de</strong>pois iniciaram com o plantio <strong>de</strong> hortaliças<br />
que eram vendidas em feiras. Em 1974, mudaram<br />
para o cultivo <strong>de</strong> batatas o que os levaram a conhecer<br />
Guarapuava e, <strong>de</strong>pois, Pinhão on<strong>de</strong> estão até hoje.<br />
“Ficamos sabendo que existia Guarapuava porque<br />
36 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />
vimos um caminhão com a placa<br />
do município. Eu e meu irmão ficamos<br />
curiosos e visitamos a cida<strong>de</strong>,<br />
on<strong>de</strong> ficamos três anos e <strong>de</strong>pois<br />
viemos para Pinhão. Estou aqui há<br />
mais <strong>de</strong> 30 anos, trabalhando com<br />
batata e <strong>de</strong>pois cereais.”<br />
O associado da <strong>Coamo</strong><br />
está hoje com 69 anos. Ele diz<br />
que os pais fizeram a escolha<br />
certa na época e se tivessem<br />
ficado no Japão não teriam a<br />
mesma oportunida<strong>de</strong> que tiveram<br />
no Brasil. “Temos parentes<br />
que continuam no Japão. Eles<br />
levam uma vida boa, mas o Brasil<br />
nos <strong>de</strong>u mais condições <strong>de</strong><br />
trabalhar e prosperar”, recorda.<br />
O pai do ‘seo’ Hirotaka faleceu<br />
há cerca <strong>de</strong> cinco anos e a mãe<br />
<strong>de</strong>le vive no interior <strong>de</strong> São Paulo,<br />
com 90 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
Hirotaka Matsuda veio do<br />
Japão com 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
O primeiro japonês em Pinhão<br />
Casal Kesao e Mituko, em 1980, em uma das lavouras <strong>de</strong> batata cultivadas em Pinhão, e ao lado com os filhos Cristina, Eduardo e Cláudio<br />
Kesao Yamazaki foi o primeiro<br />
japonês a morar em Pinhão.<br />
Ele residia em Mogi das Cruzes,<br />
interior <strong>de</strong> São Paulo, e chegou no<br />
município em 1974 para, também,<br />
trabalhar em lavouras <strong>de</strong> batata.<br />
Em São Paulo, trabalhava com os<br />
pais e a opção pela mudança foi<br />
em busca <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s<br />
e <strong>de</strong> uma vida mais próspera.<br />
“Aqui se plantavam gran<strong>de</strong>s<br />
safras <strong>de</strong> batatas e era a chance<br />
<strong>de</strong> crescer. Vim com um cunhado.<br />
Durante vários anos trabalhamos<br />
somente com a batata. Há algum<br />
tempo partimos para a produção<br />
<strong>de</strong> cereais. Hoje trabalhamos com<br />
as duas ativida<strong>de</strong>s”, comenta. Ele<br />
recorda que quando chegaram<br />
no município, a situação era bem<br />
diferente, com estradas sem asfalto<br />
e pouca estrutura para investimentos.<br />
Os pais do ‘seo’ Kesao<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 37
110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />
SÃO MUITOS OS EXEMPLOS DE FAMÍLIAS QUE TROCARAM O JAPÃO PELO BRASIL,<br />
E ENCONTRARAM NOVAS OPORTUNIDADES, SEJA NO CAMPO OU NA CIDADE<br />
vieram da região <strong>de</strong> Nagano, por volta <strong>de</strong> 1936. Segundo<br />
ele, os primeiros imigrantes queriam vir para o<br />
Brasil, ganhar dinheiro e voltar para o Japão. “Porém,<br />
isso nunca aconteceu. Quem veio ficou, até mesmo<br />
porque não ganharam a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dinheiro que<br />
imaginavam”, comenta o associado que é casado<br />
com a também <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> japonês Mituko Yamazaki.<br />
Kesao Yamazaki com a esposa<br />
Mituko. Trabalho em família e<br />
parceria com a <strong>Coamo</strong><br />
Produção com foco, fé e união<br />
Os irmãos João, Toshinori<br />
e Francisco Maeda, <strong>de</strong> Juranda<br />
(Centro-Oeste do Paraná), estão<br />
na segunda geração <strong>de</strong> japoneses<br />
no Brasil. A história <strong>de</strong>les<br />
começou com o pai Masanori, já<br />
falecido, que veio do Japão aos<br />
17 anos. Eles vieram ainda jovens<br />
<strong>de</strong> Martinópolis, interior <strong>de</strong><br />
São Paulo e resi<strong>de</strong>m na região <strong>de</strong><br />
Boa Esperança e Juranda, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1960. Juntos, administram uma<br />
área <strong>de</strong> 49 alqueires e suas médias<br />
<strong>de</strong> produção estão em torno<br />
<strong>de</strong> 180 sacas <strong>de</strong> soja e 260 sacas<br />
<strong>de</strong> milho safrinha.<br />
Na época, a família veio<br />
para o Paraná para trabalhar com<br />
lavouras <strong>de</strong> café, mas acabaram<br />
não tendo sucesso já que o clima<br />
frio não ajudava a condução da<br />
ativida<strong>de</strong>. João explica que, <strong>de</strong>pois<br />
do café, a família passou para<br />
o cultivo <strong>de</strong> algodão. “Naquele<br />
tempo, a região tinha muito mais<br />
moradores do que hoje, eram<br />
muitas as famílias que trabalhavam<br />
e tiravam sua renda do trabalho<br />
com o algodão. Tínhamos<br />
gran<strong>de</strong>s comunida<strong>de</strong>s, era muita<br />
gente, bem diferente do que temos<br />
hoje”, lembra.<br />
A agricultura sempre foi o<br />
carro-chefe da família. Seu João<br />
recorda que apren<strong>de</strong>u a trabalhar<br />
no campo com o pai, seguindo os<br />
38 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />
passos e seus ensinamentos. “É preciso<br />
acompanhar a evolução, sem<br />
tecnologia não vamos progredir.<br />
Tivemos sempre o apoio da <strong>Coamo</strong><br />
e agra<strong>de</strong>cemos ao cooperativismo.<br />
Des<strong>de</strong> o início, sempre fomos bem<br />
servidos com a <strong>Coamo</strong>, se não fosse<br />
ela, estaria ruim. A assistência técnica<br />
ajudou a melhorar muito a nossa<br />
produção e a renda da família.”<br />
Toshinori lembra que foi<br />
com seu pai seu início na agricultura<br />
nos bons tempos do algodão,<br />
quando a enxada era o principal<br />
instrumento <strong>de</strong> trabalho. “A enxada<br />
está esquecida, pois tudo está mais<br />
mo<strong>de</strong>rno. A nova geração <strong>de</strong> agricultores<br />
tem novas ferramentas e<br />
mais comodida<strong>de</strong> para trabalhar.”<br />
Ele acrescenta que os tempos<br />
são outros e as novas tecnologias<br />
estão ajudando a impulsionar<br />
a produção no campo. “Hoje colhemos<br />
até 200 sacas <strong>de</strong> soja por<br />
alqueire, antigamente, se a gente<br />
colhesse 80 sacas já estava bom<br />
<strong>de</strong>mais. A <strong>Coamo</strong> nos ajudou muito<br />
nessa evolução. Está à frente para<br />
nos apoiar e difundir as novas e mo<strong>de</strong>rnas<br />
técnicas.”<br />
Com sauda<strong>de</strong>s do pai e das<br />
boas lições, o irmão Francisco agra<strong>de</strong>ce<br />
o repasse <strong>de</strong> informações passadas<br />
por ele há algumas décadas.<br />
“Meu pai nos ensinou muito, trabalhávamos<br />
<strong>de</strong> sol a sol e conseguimos<br />
evoluir. Após a morte do pai, ficamos<br />
só nós os irmãos Maeda, mas<br />
sempre unidos e trabalhando junto<br />
com a família.”<br />
‘Seo’ Francisco agra<strong>de</strong>ce a<br />
cooperativa por fazer parte da história<br />
da família. “Graças ao apoio da<br />
<strong>Coamo</strong>, temos comodida<strong>de</strong> e segurança<br />
para fazer um plantio bem feito<br />
e colher bem, e com boas safras<br />
temos boa renda.”<br />
Acima os irmãos João, Francisco e Toshinori; e abaixo a família Maeda<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 39
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<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
EM MEMÓRIA<br />
Cooperativismo per<strong>de</strong> um<br />
gran<strong>de</strong> professor: Albino Gavlak<br />
"Sempre procurei ensinar e fazer o aluno pensar, refletir e organizar<br />
seu pensamento, e pensar sobre o que querem para a vida"<br />
A<br />
diretoria da <strong>Coamo</strong> lamenta o falecimento<br />
do professor Albino Gavlak,<br />
85, ocorrido dia 29 <strong>de</strong> novembro em<br />
Curitiba. Gavlak esteve à frente <strong>de</strong> 16 turmas<br />
do Programa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens<br />
Cooperativistas. Este programa iniciou em<br />
1998, agraciado em 2004 como o melhor projeto<br />
<strong>de</strong> Educação Cooperativista do Brasil e<br />
dia 27 <strong>de</strong> novembro formou a sua 22ª turma.<br />
“Sempre procurei ensinar e fazer<br />
o aluno pensar, refletir e organizar seu<br />
pensamento. O meu papel foi <strong>de</strong>spertar e<br />
fazer com que os jovens refletissem e pensassem<br />
o que querem para a vida. Fico feliz<br />
ao lembrar do sucesso dos trabalhos com<br />
as diversas turmas na <strong>Coamo</strong> e a certeza<br />
<strong>de</strong> que a educação é o alicerce do cooperativismo”,<br />
disse há alguns anos o professor<br />
Albino Gavlak.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, José<br />
Aroldo Gallassini, a atuação do professor<br />
Albino Gavlak foi muito importante para a<br />
construção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto<br />
<strong>de</strong> educação cooperativista. “O professor<br />
Albino tinha um gran<strong>de</strong> conhecimento, pedagogia<br />
e experiência para repassar ensinamentos<br />
à milhares <strong>de</strong> alunos na sua trajetória<br />
<strong>de</strong> educador e professor.”<br />
O trabalho da <strong>Coamo</strong> na educação<br />
cooperativista com os jovens vem contabilizando<br />
bons resultados, provocando mudanças<br />
no comportamento e gerenciamento das<br />
ativida<strong>de</strong>s. “Estamos cumprindo o objetivo<br />
<strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>sta nova geração <strong>de</strong> produtores<br />
empreen<strong>de</strong>dores com ênfase para<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento dos seus potenciais <strong>de</strong><br />
li<strong>de</strong>rança, gestão e administração, e o professor<br />
Albino foi muito importante”, explica<br />
Gallassini.<br />
Atributos<br />
"O seu Albino foi um homem com<br />
uma vida profissional voltada ao cooperativismo<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados da década <strong>de</strong> 60. Foi<br />
um professor, conferencista maravilhoso, formou<br />
inúmeras turmas motivando, dividindo<br />
experiências e isso o tornava ímpar. Como<br />
marido, pai, avô e bisavô era carinhoso com<br />
todos e sempre preocupado com o bem-<br />
-estar dos familiares. Foi um homem <strong>de</strong> fé,<br />
otimista e um professor. Uma pessoa que<br />
olhava as pessoas com ternura, carinho e<br />
amor. Um educador, pessoa amiga que sonhava<br />
em transformar o mundo para melhor<br />
e conseguiu. E fazia um churrasquinho <strong>de</strong><br />
dar água na boca", disse um dos seus familiares<br />
em sua homenagem.<br />
Albino Gavlak esteve à frente <strong>de</strong> 16 turmas do Programa<br />
<strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Cooperativistas<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />
41
FORMAÇÃO NO CAMPO<br />
<strong>Coamo</strong> forma 22ª turma <strong>de</strong><br />
Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas<br />
Cerca <strong>de</strong> 50 associados, representando<br />
várias unida<strong>de</strong>s<br />
da <strong>Coamo</strong> no Paraná<br />
e Santa Catarina, participaram no<br />
dia 27 <strong>de</strong> novembro da formatura<br />
da 22ª turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />
Cooperativistas. O curso é realizado<br />
anualmente e são realizados<br />
diversos módulos até a formatu-<br />
Daniel Carriel Rickli, <strong>de</strong> Reserva, foi o orador da turma<br />
ra, com aulas em Campo Mourão<br />
(Centro-Oeste do Paraná).<br />
A <strong>Coamo</strong> acredita que o<br />
processo <strong>de</strong> mudança para tornar<br />
o cooperativismo e o agronegócio<br />
mais produtivo e eficiente passa<br />
pela formação, educação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
dos cooperados.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, José<br />
Aroldo Gallasini, os jovens cooperados<br />
representam o presente e o<br />
futuro promissor do cooperativismo<br />
e do agronegócio e, por isso,<br />
a diretoria é a principal apoiadora<br />
e incentivadora para a realização<br />
<strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> formação.<br />
O formando André Luís<br />
Tonet, <strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-Oeste<br />
do Paraná), observa<br />
que levará todo conhecimento e<br />
experiência adquiridos no curso,<br />
para o seu dia a dia, seja profissional<br />
ou pessoal. “O curso abre<br />
caminhos. Fazemos amiza<strong>de</strong>s e<br />
trocamos informações com cooperados<br />
que têm outras realida<strong>de</strong>s.<br />
Apren<strong>de</strong>mos conduzir nossa<br />
ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma mais eficiente<br />
e traçamos metas para a nossa<br />
vida”, comenta.<br />
O programa capacita a<br />
geração <strong>de</strong> cooperados para<br />
<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong> forma gradual<br />
42 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
FORMAÇÃO NO CAMPO<br />
Liana Faccio, <strong>de</strong> Ipuaçu (SC)<br />
Marcos André Paludo, <strong>de</strong> São Domingos (SC)<br />
André Luís Tonet, <strong>de</strong> Campo Mourão (PR)<br />
e contínua o seu potencial <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança,<br />
gestão e administração<br />
na ativida<strong>de</strong> rural. Liana Faccio,<br />
<strong>de</strong> Ipuaçu (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />
comenta que o curso foi<br />
uma superação e uma experiência<br />
que não imaginava passar.<br />
“Sabia que seria um <strong>de</strong>safio. Foi<br />
um curso que superou as expectativas.<br />
De todos os módulos, o<br />
mais interessante foi o que trabalhou<br />
com a li<strong>de</strong>rança. Volto<br />
para casa com mais confiança e<br />
conhecimento para agregar no<br />
meu dia a dia.”<br />
Daniel Rickly, <strong>de</strong> Reserva<br />
(Centro-Norte do Paraná), foi o<br />
orador da turma. Segundo ele, o<br />
curso oportunizou novos conhecimentos<br />
e interação junto aos colegas<br />
e professores. "Adquirimos<br />
muito conhecimento, e apren<strong>de</strong>mos<br />
que um conhecimento sem<br />
transformação não é sabedoria.<br />
Então vamos nos transformar, continuar<br />
nos transformando e aplicar<br />
os novos aprendizados em nossa<br />
vida. Vamos colocar em prática<br />
para apren<strong>de</strong>r mais, pois é fazendo<br />
que se apren<strong>de</strong>."<br />
De acordo com o associado<br />
Marcos André Paludo, <strong>de</strong> São<br />
Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />
o curso proporciona mais<br />
conhecimento e participação nas<br />
ativida<strong>de</strong>s técnicas, educacionais<br />
e sociais da cooperativa, além<br />
<strong>de</strong> ampliar as habilida<strong>de</strong>s profissionais<br />
com uma visão <strong>de</strong> futuro.<br />
“Conheci um pouco mais sobre a<br />
<strong>Coamo</strong>. É uma satisfação ser sócio<br />
<strong>de</strong> uma cooperativa que valoriza<br />
os associados e que tem o<br />
doutor Aroldo à frente com toda<br />
honestida<strong>de</strong> e simplicida<strong>de</strong>. Com<br />
o curso, melhorei em vários aspectos<br />
e estou aberto à novos conhecimentos.<br />
”<br />
Com a formação, os jovens<br />
passam a ser responsáveis<br />
pela implantação <strong>de</strong> um novo<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> administração rural,<br />
muito mais profissional. Na gestão<br />
dos negócios na proprieda<strong>de</strong>,<br />
ou mesmo quando atuam<br />
em parceria em os pais, eles trabalham<br />
<strong>de</strong> forma arrojada, sem<br />
esquecer das lições geradas por<br />
suas famílias. Com os pés no chão<br />
e a mente no futuro, eles buscam<br />
resultados concretos baseados<br />
na prática do planejamento e gerenciamento,<br />
e o sucesso do seu<br />
empreendimento.<br />
O professor Juacir João<br />
Wischneski, instrutor do curso,<br />
comenta que o programa é vitorioso<br />
e vem transformando as<br />
li<strong>de</strong>ranças da <strong>Coamo</strong> para melhor.<br />
"Gallassini vem ensinando<br />
ao longo <strong>de</strong>ssas décadas o que<br />
é dignida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> e perseverança.<br />
Com seu exemplo<br />
aprendi que ser íntegro não é<br />
obrigação, assim como integrida<strong>de</strong><br />
não é regra. Esse grupo<br />
<strong>de</strong> jovens é íntegro, criaram, se<br />
<strong>de</strong>senvolveram e estão fortalecidos.<br />
Po<strong>de</strong>m continuar assumindo<br />
compromissos porque<br />
a <strong>Coamo</strong> precisa continuar a se<br />
<strong>de</strong>senvolver e crescer. Um gran<strong>de</strong><br />
caminho é continuar <strong>de</strong>senvolvendo<br />
lí<strong>de</strong>res para compartilhar<br />
esta integrida<strong>de</strong> e fazer a<br />
socieda<strong>de</strong> ser muito melhor."<br />
O programa Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />
da <strong>Coamo</strong> foi premiado em<br />
2004 pela Organização das Cooperativas<br />
do Brasil (OCB) e <strong>Revista</strong><br />
Globo Rural como o “Melhor Programa<br />
<strong>de</strong> Educação Cooperativista”,<br />
do Brasil.<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 43
NATAL DE LUZES<br />
reúne milhares <strong>de</strong> pessoas na <strong>Coamo</strong><br />
Evento contou com<br />
apresentação artística,<br />
acendimento das luzes <strong>de</strong><br />
Natal e chegada do Papai Noel<br />
Foi realizado na noite <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> novembro,<br />
data em que a <strong>Coamo</strong> comemorou<br />
48 anos <strong>de</strong> fundação, o<br />
tradicional Natal <strong>de</strong> Luzes. Com o tema<br />
“Quero ver neste Natal o mundo se enchendo<br />
<strong>de</strong> paz e amor”, o evento abriu<br />
as festivida<strong>de</strong>s natalinas em Campo<br />
Mourão (Centro-Oeste do Paraná).<br />
A programação contou com<br />
apresentação do Grupo Vesná, <strong>de</strong> Roncador,<br />
que vem movimentado e divulgando<br />
a cultura ucraniana, e recentemente<br />
representou a Ucrânia na Feira<br />
das Embaixadas, em Brasília. Cantando<br />
músicas alusivas ao Natal, o grupo en-<br />
44 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
FESTIVIDADE<br />
Chegada do Papai Noel emocionou e encantou a todos<br />
Programação contou com apresentação do Grupo Vesná, <strong>de</strong> Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />
cantou milhares <strong>de</strong> pessoas que prestigiaram<br />
o tradicional evento promovido<br />
pelo <strong>Coamo</strong>. A associada da Arcam,<br />
Anna Paula Rodrigues, interpretou a música<br />
tema do Natal <strong>de</strong> Luzes <strong>Coamo</strong> e<br />
emocionou a todos.<br />
O acendimento das luzes no prédio<br />
da Administração Central e a queima<br />
<strong>de</strong> fogos foram um show à parte. A chegada<br />
do Papai Noel encantou e mexeu<br />
com o imaginário <strong>de</strong> crianças e adultos.<br />
Até o final do ano a iluminação continuará<br />
acesa, fazendo do local um cartão postal<br />
para a população <strong>de</strong> Campo Mourão<br />
e para quem visita a cida<strong>de</strong>.<br />
Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> José Aroldo Gallassini recebeu homenagem do grupo<br />
Associada da Arcam, Anna Paula Rodrigues, interpretou a música tema do Natal <strong>de</strong> Luzes <strong>Coamo</strong><br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 45
ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />
COAMO 48 ANOS,<br />
<strong>de</strong> sucesso e soli<strong>de</strong>z<br />
Cooperados fundadores: Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Martin Kaiser, José Aroldo Gallassini e Moacir José Ferri, no evento <strong>de</strong> comemoração em Campo Mourão<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> comemorou no<br />
dia 28 <strong>de</strong> novembro, 48<br />
anos <strong>de</strong> fundação. Para<br />
celebrar, foram realizados eventos<br />
alusivos à data em todas as unida<strong>de</strong>s<br />
da cooperativa no Paraná, Santa<br />
Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />
Em Campo Mourão, na Administração<br />
Central da <strong>Coamo</strong>, a comemoração<br />
reuniu, a diretoria, fundadores,<br />
cooperados e funcionários.<br />
“Parabenizamos os cooperados e<br />
funcionários e, por extensão, seus<br />
familiares, clientes, fornecedores<br />
e consumidores. Juntos formamos<br />
uma família <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 120<br />
mil pessoas e com alegria e satisfação,<br />
nos reunimos para celebrar<br />
os 48 anos da <strong>Coamo</strong>”, comenta o<br />
i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>,<br />
José Aroldo Gallassini.<br />
A <strong>Coamo</strong> foi fundada<br />
no dia 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970<br />
por 79 agricultores pioneiros <strong>de</strong><br />
Campo Mourão. “A <strong>Coamo</strong> é uma<br />
cooperativa <strong>de</strong> sucesso, é orgulho<br />
do campo, do Brasil e do mundo<br />
para a satisfação dos mais <strong>de</strong> 28<br />
mil associados e mais <strong>de</strong> 7,5 mil<br />
funcionários. Assim, a <strong>Coamo</strong> vem<br />
contabilizando números positivos<br />
ao longo <strong>de</strong>sses 48 anos <strong>de</strong> existência”,<br />
comenta.<br />
A <strong>Coamo</strong> nasceu e cresceu<br />
conjugando a força, união e<br />
trabalho dos associados, diretoria<br />
e funcionários, e vem proporcionando<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento direto<br />
e a melhoria da produção, da renda<br />
e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para<br />
milhares <strong>de</strong> pessoas. “Nesses 48<br />
anos, ultrapassamos e vencemos<br />
muitos <strong>de</strong>safios, e juntos, estamos<br />
preparados para enfrentar<br />
e vencer os <strong>de</strong>safios do presente<br />
e futuro. Sempre com a missão<br />
<strong>de</strong> gerar renda aos cooperados,<br />
com <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />
do agronegócio, e ser a melhor<br />
opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento aos<br />
cooperados, realização profissional<br />
aos funcionários, produtos aos<br />
clientes e negócios aos parceiros”,<br />
salienta Gallassini.<br />
A cooperativa é uma das<br />
maiores da América Latina, respon<strong>de</strong>ndo<br />
por 3,5% <strong>de</strong> toda a<br />
46 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />
produção nacional <strong>de</strong> grãos e fibras e 16% da safra<br />
paranaense. O forte relacionamento com o quadro<br />
social tem garantido à <strong>Coamo</strong> resultados cada vez<br />
mais expressivos. “Os bons resultados geram tributos,<br />
empregos e divisas, e contribuem para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do nosso país”, comemora Gallassini.<br />
Na <strong>Coamo</strong>, trabalho, profissionalismo, honestida<strong>de</strong><br />
e união são valores cultuados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
fundação da cooperativa. Tudo é planejado com<br />
visão <strong>de</strong> futuro, buscando agregar mais valor à<br />
produção dos cooperados. O segredo <strong>de</strong> todo o<br />
sucesso está alicerçado em quatro fatores básicos:<br />
a política <strong>de</strong> capitalização, a estabilida<strong>de</strong> administrativa,<br />
o apoio incondicional dos cooperados e a<br />
harmonia existente entre a diretoria, cooperados<br />
e funcionários. “Toda essa trajetória <strong>de</strong> sucesso<br />
Evento em Campo Mourão reuniu diretoria, cooperados e funcionários<br />
da <strong>Coamo</strong> é fruto <strong>de</strong> muito trabalho e <strong>de</strong>dicação.<br />
Um trabalho alicerçado pelo tripé - diretoria, cooperados<br />
e funcionários. Com todos puxando para<br />
o mesmo lado, o resultado não po<strong>de</strong>ria ser outro”,<br />
<strong>de</strong>staca o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>.<br />
Fundadores na comemoração<br />
A cerimônia em comemoração aos 48 da<br />
<strong>Coamo</strong>, em Campo Mourão contou com a presença<br />
<strong>de</strong> três dos 79 fundadores que assinaram a ata <strong>de</strong><br />
instalação da cooperativa, em novembro <strong>de</strong> 1970.<br />
Martin Kaiser, cooperado número 12, Moacir José<br />
Ferri, número 32, e Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira,<br />
número 48. Eles se juntaram a outros cooperados,<br />
funcionários e diretoria na celebração do aniversário<br />
da <strong>Coamo</strong>.<br />
Martin Kaiser recorda que na época da<br />
instalação, poucos acreditavam na i<strong>de</strong>ia, já que<br />
outras cinco cooperativas não tiveram sucesso. “Foi<br />
um gran<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> convencer os agricultores<br />
e, hoje, vemos que valeu a pena todo esforço. Sinto<br />
muito orgulho em ter feito parte da história e <strong>de</strong><br />
agora ter nossos filhos e netos ‘tocando’ as lavouras e<br />
participando da <strong>Coamo</strong>”, assinala.<br />
Olhando o seu nome no ‘Momento dos<br />
Pioneiros’, Moacir José Ferri diz que passa um filme<br />
em sua cabeça. “Quando fundamos a <strong>Coamo</strong>, jamais<br />
imaginamos que chegaria on<strong>de</strong> está. Pretendíamos<br />
unir os agricultores para termos mais força na<br />
compra <strong>de</strong> insumos e na comercialização da nossa<br />
produção. A i<strong>de</strong>ia era boa e a cooperativa foi<br />
crescendo, fortalecendo, ganhando cooperados,<br />
Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Martin Kaiser, José<br />
Aroldo Gallassini, Moacir José Ferri e Claudio Francisco Bianchi Rizzatto<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 47
ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />
A COAMO É UMA COOPERATIVA DE SUCESSO. É ORGULHO DO CAMPO, DO BRASIL E DO<br />
MUNDO, PARA A SATISFAÇÃO DOS MAIS DE 28 MIL ASSOCIADOS E 7,5 FUNCIONÁRIOS<br />
sempre cumprindo o seu papel. Me orgulho <strong>de</strong> ter<br />
participado do início da <strong>Coamo</strong>, que é a melhor e<br />
maior cooperativa do Brasil.”<br />
O cooperado Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira é<br />
<strong>de</strong> família pioneira <strong>de</strong> Campo Mourão. Ele lembra que<br />
participou junto com o i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte da<br />
<strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini, das primeiras reuniões<br />
com agricultores do município com o objetivo <strong>de</strong><br />
fundar a cooperativa. “As dificulda<strong>de</strong>s eram gran<strong>de</strong>s,<br />
mas os sonhos e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>sse certo<br />
era ainda maior. Tínhamos dificulda<strong>de</strong>s para plantar<br />
e, principalmente, para ven<strong>de</strong>r nossa produção. Fico<br />
emocionado em participar <strong>de</strong> mais uma comemoração<br />
<strong>de</strong> aniversário da <strong>Coamo</strong>.”<br />
<strong>Coamo</strong> conta com mais <strong>de</strong> 28,7 mil cooperados e 7,5 mil<br />
funcionários no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul<br />
Novas gerações cooperativistas<br />
São mais <strong>de</strong> 28,7 mil<br />
cooperados em toda a área<br />
<strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>. Muitos<br />
<strong>de</strong>les fazem parte da segunda<br />
ou terceira geração <strong>de</strong> associados<br />
e cresceram acompanhando<br />
os avôs e pais na<br />
cooperativa. Calebe Honório<br />
Welz Negri, <strong>de</strong> Engenheiro<br />
Beltrão (Centro-Oeste do Paraná),<br />
é filho e neto <strong>de</strong> cooperado<br />
e faz parte do Conselho<br />
Fiscal da Credicoamo<br />
- cooperativa <strong>de</strong> crédito dos<br />
associados da <strong>Coamo</strong>. “É<br />
um privilégio fazer parte da<br />
<strong>Coamo</strong> que tem uma gran<strong>de</strong><br />
importância na nossa família.<br />
Tudo o que precisamos para<br />
conduzir a ativida<strong>de</strong> agrícola<br />
encontramos. É um orgulho<br />
dizer que essa cooperativa é<br />
nossa e que está do lado no<br />
produtor rural.”<br />
Ricieri Zanatta Neto,<br />
<strong>de</strong> Mamborê (Centro-Oeste<br />
do Paraná), também integra<br />
o Conselho Fiscal da Credicoamo<br />
e está na segunda<br />
geração <strong>de</strong> cooperativista da<br />
família. “A <strong>Coamo</strong> se preocupa<br />
em proporcionar o melhor<br />
resultado para os cooperados<br />
e familiares. Com certeza, a<br />
cooperativa ajudou a <strong>de</strong>senvolver<br />
a região incentivando a<br />
adoção <strong>de</strong> novas tecnologias<br />
e melhorando o sistema produtivo.<br />
Hoje é um dia importante,<br />
<strong>de</strong> lembrar da história e<br />
dos pioneiros que fundaram a<br />
cooperativa.”<br />
Ricieri Zanatta Neto, <strong>de</strong> Mamborê<br />
Calebe Honório Welz Negri, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão<br />
48 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />
Comemoração dos 48 anos nas Unida<strong>de</strong>s<br />
Dez <strong>de</strong> Maio (Oeste do Paraná)<br />
Goioxim (Centro-Sul do Paraná)<br />
Honório Serpa (Sudoeste do Paraná)<br />
Itaporã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />
Palmital (Centro do Paraná)<br />
Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná)<br />
Tupãssi (Oeste do Paraná)<br />
Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 49
CURSOS SOCIAIS<br />
Delícias para o seu Natal<br />
Cronograma <strong>de</strong> cursos da cooperativa encerra sempre com temas relacionados às festas <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano<br />
Panetone doce e salgado,<br />
bolachas <strong>de</strong>coradas, pão <strong>de</strong><br />
mel, pastel, bombom, bolos<br />
e tortas. Estas são as receitas que<br />
as cooperadas, esposas e filhas <strong>de</strong><br />
cooperados da <strong>Coamo</strong> apren<strong>de</strong>m<br />
ao participar do tradicional curso<br />
“Delícias <strong>de</strong> Natal”. O cronograma<br />
<strong>de</strong> cursos da cooperativa encerra<br />
sempre com temas relacionados<br />
às festas <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano. Neste<br />
ano, o último curso realizado foi<br />
em Juranda (Centro-Oeste do Paraná),<br />
e as <strong>de</strong>lícias ensinadas foram<br />
justamente as natalinas.<br />
Roseli Men<strong>de</strong>s participou<br />
<strong>de</strong> vários cursos no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste<br />
ano e acredita que “Delícias <strong>de</strong><br />
Natal”, fechou com chave <strong>de</strong> ouro<br />
o cronograma <strong>de</strong> <strong>2018</strong>. “Foi maravilhoso.<br />
Sem contar, que fazer essas<br />
receitas já no clima natalino foi<br />
Cursos sociais integram e levam aprendizado para a família cooperada<br />
ótimo. Saíram receitas saborosas<br />
que vou fazer para minha família<br />
neste Natal. A ceia <strong>de</strong>ste ano será<br />
recheada <strong>de</strong> boas novida<strong>de</strong>s.”<br />
Para Maria Lucia Malacozski,<br />
o curso também foi proveitoso.<br />
“Foi um curso muito bem ministrado,<br />
com o tempo bem aproveitado<br />
para que pudéssemos<br />
apren<strong>de</strong>r diversas receitas. Para<br />
mim, será ótimo para este Natal.<br />
Terá muita novida<strong>de</strong> em casa e minha<br />
família já ficou na expectativa<br />
quando contei que iria participar<br />
<strong>de</strong>sse curso”, conta.<br />
Maria Lucia ainda revela<br />
que não imaginava que as receitas<br />
eram tão práticas. “Eu me<br />
surpreendi com a facilida<strong>de</strong> das<br />
receitas. Pensava que o panetone<br />
era difícil <strong>de</strong> fazer, até mesmo<br />
os bolos natalinos eu não tinha<br />
i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> como fazer. Sem contar,<br />
os enfeites que também achava<br />
complicados. Mas, a professora<br />
nos ensinou, são receitas simples<br />
e práticas. Quem tiver vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer po<strong>de</strong> vir sem medo.”<br />
A instrutora do Serviço<br />
Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem do<br />
50 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
CURSOS SOCIAIS<br />
Panetone bolo <strong>de</strong>lícia<br />
Cooperativismo (Sescoop/PR),<br />
Marlene Had<strong>de</strong>k, revela que o<br />
último curso <strong>de</strong> ano foi movido<br />
pela alegria das participantes,<br />
com receitas para rechear não<br />
somente o Natal, mas outras festas.<br />
“Elas se envolveram muito<br />
durante o curso e como eu disse<br />
para elas, daqui para frente<br />
é possível <strong>de</strong>ixar a criativida<strong>de</strong><br />
fluir. Com o que elas apren<strong>de</strong>ram<br />
é possível aprimorar e <strong>de</strong>senvolver<br />
outras receitas lindíssimas e<br />
saborosas para a ceia <strong>de</strong> Natal e<br />
outros eventos como aniversários,<br />
ano novo.”<br />
Os cursos sociais são<br />
realizados pela <strong>Coamo</strong> em parceria<br />
com o Serviço Nacional <strong>de</strong><br />
Aprendizagem do Cooperativismo,<br />
nos Estados do Paraná, Santa<br />
Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />
Quem ainda não participou não<br />
precisa se preocupar. Para o próximo<br />
ano, o cronograma <strong>de</strong> cursos<br />
continua e o tema “Delícias<br />
<strong>de</strong> Natal” faz parte do portfólio.<br />
Basta entrar em contato com o<br />
<strong>de</strong>partamento Técnico da <strong>Coamo</strong><br />
e manifestar os temas <strong>de</strong> interesse<br />
da sua comunida<strong>de</strong>.<br />
Ingredientes<br />
250 gramas <strong>de</strong> açúcar refinado<br />
4 gemas <strong>de</strong> ovos<br />
4 claras em neve<br />
1 xícara <strong>de</strong> Margarina <strong>Coamo</strong> Extra<br />
Cremosa<br />
1 colher (chá) <strong>de</strong> baunilha<br />
2 colheres (sopa) <strong>de</strong> mel<br />
1 colher (café) <strong>de</strong> canela em pó<br />
1 colher (café) <strong>de</strong> cravo moído<br />
Raspas <strong>de</strong> limão ou laranja<br />
Preparo<br />
½ xícara <strong>de</strong> Óleo <strong>de</strong> soja <strong>Coamo</strong><br />
250 ml <strong>de</strong> leite frio<br />
500 gramas <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo<br />
<strong>Coamo</strong><br />
2 colheres (sopa) <strong>de</strong> fermento em pó<br />
Recheio<br />
100 gramas <strong>de</strong> uvas passas branca<br />
100 gramas <strong>de</strong> uvas passas preta<br />
100 gramas <strong>de</strong> frutas cristalizadas<br />
50 gramas <strong>de</strong> cerejas<br />
Bata a Margarina <strong>Coamo</strong> Extra Cremosa, açúcar e gemas, em seguida, junte os<br />
<strong>de</strong>mais ingredientes alternando com o leite. Acrescente o recheio e as claras em neve.<br />
Coloque em formas <strong>de</strong> Panetone <strong>de</strong> 250 gramas e leve para assar.<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 51
CURSOS SOCIAIS<br />
Mais um ano <strong>de</strong> aprendizado e integração<br />
A<br />
<strong>Coamo</strong> encerra mais um ano com a ampla<br />
participação <strong>de</strong> cooperadas, esposas e filhas<br />
cooperados nos cursos sociais realizados<br />
pela cooperativa em parceria com o Serviço Nacional<br />
<strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Nos<br />
Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso<br />
do Sul, elas se envolveram e apren<strong>de</strong>ram receitas,<br />
artesanatos e produção <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> limpeza<br />
para inovar no dia a dia da casa e, principalmente,<br />
incrementar a renda da família.<br />
Docinhos para festas, em Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná)<br />
Curso <strong>de</strong> culinária básica, em São Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />
Panificação, em Cândido <strong>de</strong> Abreu (Centro-Norte do Paraná)<br />
Culinária básica com morangos, em Cantagalo (Centro-Sul do Paraná)<br />
Salgadinhos assados, em Dois Irmãos (Oeste do Paraná)<br />
Lanches e sanduíches, em Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />
Receitas a base <strong>de</strong> mandioca, em Santa Maria do Oeste (Centro-Sul do Paraná)<br />
Bordados em fitas, em Luiziana (Centro-Oeste do Paraná)<br />
52 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
COOPERATIVA DE CRÉDITO<br />
Credicoamo lança logomarca<br />
em comemoração aos 30 anos<br />
Cooperativa completará<br />
três décadas em<br />
novembro <strong>de</strong> 2019<br />
A<br />
Credicoamo Crédito<br />
Rural Cooperativa<br />
irá comemorar<br />
em novembro <strong>de</strong> 2019<br />
seus 30 anos <strong>de</strong> fundação.<br />
A cooperativa promoverá<br />
várias ativida<strong>de</strong>s durante o<br />
próximo ano e nesta edição<br />
da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> lança a<br />
logomarca<br />
comemorativa<br />
dos 30 anos. “A mensagem<br />
da logomarca Credicoamo<br />
30 anos reforça a parceria<br />
entre associados e a cooperativa,<br />
agra<strong>de</strong>ce a confiança<br />
e a participação <strong>de</strong>les,<br />
e reforça a missão da<br />
Credicoamo no apoio ao<br />
quadro social por meio <strong>de</strong><br />
produtos e serviços. Os associados<br />
po<strong>de</strong>m continuar<br />
contando com a sua cooperativa,<br />
pois eles cuidam<br />
da terra com muito amor<br />
e merecem crédito”, afirma<br />
o engenheiro agrônomo<br />
José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Credicoamo.<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 53
Bolo Rei<br />
Ingredientes<br />
Massa<br />
- 3 xícaras <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong><br />
- 1 xícara <strong>de</strong> Margarina <strong>Coamo</strong> Extra Cremosa em temperatura<br />
ambiente<br />
- Raspas <strong>de</strong> 1 laranja<br />
- ½ xícara <strong>de</strong> açúcar<br />
- 2 ovos<br />
- 2 envelopes <strong>de</strong> fermento biológico<br />
- ½ xícara <strong>de</strong> vinho do porto<br />
- ½ xícara <strong>de</strong> leite<br />
Complemento<br />
- 800g <strong>de</strong> frutas cristalizadas<br />
- Abacaxi em calda cortado em triângulos<br />
- Figos em calda cortados ao meio<br />
- Cerejas cortadas ao meio<br />
- Mel<br />
Modo <strong>de</strong> preparo<br />
Misture a farinha com o fermento e adicione os <strong>de</strong>mais ingredientes<br />
da massa até obter uma massa bem leve e macia. Forme uma bola<br />
e <strong>de</strong>ixe crescer até dobrar <strong>de</strong> volume. Adicione à massa parte das<br />
frutas cristalizadas (reserve um pouco para <strong>de</strong>corar) e amasse<br />
bem. Unte com margarina uma forma <strong>de</strong> orifício central, polvilhe<br />
com farinha e arranje parte das frutas cortadas (abacaxi, figos e<br />
cerejas), coloque a massa por cima e <strong>de</strong>ixe crescer novamente até<br />
ficar fofinha (mais 30 minutos). Leve ao forno, a temperatura<br />
média /baixa e asse por 40 minutos aproximadamente. Desenforme,<br />
pincele com mel e <strong>de</strong>core com o restante das frutas.<br />
Para mais receitas acesse:<br />
www.facebook.com/alimentoscoamo<br />
www.alimentoscoamo.com.br<br />
54 REVISTA<br />
<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>
Envolventes pelo aroma.<br />
Apaixonantes pelo sabor.<br />
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