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Revista Coamo - Dezembro de 2018

Revista Coamo - Dezembro de 2018

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DINHEIRO RURAL: COAMO É A MELHOR COOPERATIVA AGRÍCOLA DO BRASIL<br />

www.coamo.com.br<br />

DEZEMBRO/<strong>2018</strong> ANO 44<br />

EDIÇÃO 487<br />

NOVO SITE<br />

Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

lança nova e mo<strong>de</strong>rna<br />

página na internet<br />

AGRICULTURA 4.0<br />

Produtores rurais<br />

em busca da<br />

conectivida<strong>de</strong> no<br />

campo<br />

Alexandre <strong>de</strong> Lima Moreira com o<br />

filho Gustavo, <strong>de</strong> Campo Mourão (PR)<br />

SOBRAS ACIMA<br />

DOS TRÊS DÍGITOS<br />

São R$ 109 milhões distribuídos aos associados conforme a movimentação<br />

<strong>de</strong> cada um na cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul


Se for dirigir, não beba.<br />

Dirigir sob efeito <strong>de</strong> álcool afeta a coor<strong>de</strong>nação motora e a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reação, além <strong>de</strong> ser uma infração gravíssima. E o valor da penalida<strong>de</strong> é<br />

multiplicada por 10.<br />

Quem for pego sob o efeito do álcool ou se recusar a fazer o teste do bafômetro,<br />

além <strong>de</strong> pagar a multa tem a carteira <strong>de</strong> habilitação suspensa por 12 meses.<br />

A Via Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros tem soluções para proteger seus bens e a<br />

sua vida. Mas o melhor jeito <strong>de</strong> garantir sua segurança é ter atitu<strong>de</strong>s<br />

responsáveis e respeitar as leis <strong>de</strong> trânsito.<br />

• Não use celular ao volante;<br />

• Dê preferência aos pe<strong>de</strong>stres;<br />

• Respeite os limites <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>;<br />

• Cuidado ao estacionar.<br />

Para mais informações, procure a unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> ou Credicoamo<br />

mais próxima da você!


EXPEDIENTE<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

Ano 44 | Edição 487 | <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8126/3599-8129<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />

Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Colaboração: Gerência <strong>de</strong> Assistência Técnica, Entrepostos e Milena Luiz Corrêa<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />

Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados<br />

ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />

www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº Agrº<br />

Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari. MEMBROS VOGAIS: Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, João Marco<br />

Nicaretta e Alessandro Gaspar Colombo.<br />

CONSELHO FISCAL: Halisson Claus Welz Lopes, Willian Ferreira Sehaber e Sidnei Hauenstein Fuchs (Efetivos). Jovelino Moreira, Diego Rogério Chitolina e Ven<strong>de</strong>lino Paulo<br />

Graf (Suplentes).<br />

SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;<br />

Técnico: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,41 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2017: R$ 11,07 bilhões. Tributos e taxas<br />

gerados e recolhidos em 2017: R$ 463,63 milhões.<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

24<br />

Credicoamo, 29 anos<br />

ATENÇÃO<br />

Com tantos Este produto motivos é perigoso à para saú<strong>de</strong> humana, comemorar, animal e ao meio ambiente. no Leia dia atentamente 16 <strong>de</strong> e siga rigorosamente novembro as instruções foram contidas no realizados rótulo,<br />

CONSULTE<br />

em<br />

SEMPRE<br />

todas as agências da<br />

na bula e na receita. Siga as recomendações <strong>de</strong> controle e restrições estaduais para os alvos <strong>de</strong>scritos na bula <strong>de</strong> cada produto. Utilize sempre os UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO.<br />

Credicoamo, equipamentos eventos <strong>de</strong> proteção para individual. comemorar Nunca permita a utilização os do produto 29 anos por menores da <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. cooperativa Faça o Manejo Integrado <strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito Pragas. dos VENDA SOB<br />

ASSOCIAÇÃO NACIONAL<br />

associados da <strong>Coamo</strong><br />

DE DEFESA VEGETAL<br />

Descarte corretamente as embalagens e restos do produto.<br />

RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.<br />

4 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


SUMÁRIO<br />

Entrevista<br />

Mario Sergio Cortella, professor e filósofo, é um dos maiores pensadores brasileiros da atualida<strong>de</strong><br />

e há mais <strong>de</strong> 30 anos vêm repassando o seu conhecimento, seja em palestras ou livros<br />

Novo site dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

Em concordância com o slogan “É <strong>de</strong> casa, po<strong>de</strong> confiar”, o site reflete os valores da cooperativa,<br />

apresentando um <strong>de</strong>sign familiar e <strong>de</strong> confiança, que aproxima ainda mais quem acessar a plataforma<br />

Antecipação das Sobras<br />

São R$ 109 milhões distribuídos conforme a movimentação <strong>de</strong> cada cooperado na comercialização<br />

<strong>de</strong> soja, trigo, milho e insumos. Antecipação das Sobras é uma tradição da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação<br />

08<br />

12<br />

14<br />

16<br />

Agricultura conectada<br />

A inserção da tecnologia <strong>de</strong> informação no mundo rural está caminhando para muito em breve se<br />

tornar uma realida<strong>de</strong> em todas as proprieda<strong>de</strong>s rurais. É um cenário que se transforma a passos largos<br />

Melhor Cooperativa Agrícola do Brasil<br />

Reconhecimento é da <strong>Revista</strong> Dinheiro Rural que premiou as melhores companhias do agronegócio<br />

do Brasil, no tradicional “As Melhores da Dinheiro Rural”, e no anuário com as melhores empresas<br />

110 anos da Imigração Japonesa<br />

31<br />

34<br />

Reportagem da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> visitou cooperados em Pinhão (PR) e Juranda (PR) com o intuito<br />

<strong>de</strong> resgatar a história <strong>de</strong> japoneses que escolheram o campo para trabalhar e progredir<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

5


EDITORIAL<br />

Gestão eficiente gera bons resultados<br />

O<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong> está<br />

chegando ao fim e<br />

po<strong>de</strong>mos antecipar<br />

que este será o melhor ano da<br />

<strong>Coamo</strong> em relação as receitas<br />

globais. Desta forma, agra<strong>de</strong>cemos<br />

a Deus por novamente<br />

encerrarmos um ano <strong>de</strong> maneira<br />

positiva, para a satisfação<br />

<strong>de</strong> todos os 28.700 associados<br />

e seus familiares.<br />

Completamos os 48<br />

anos da <strong>Coamo</strong> no dia 28 <strong>de</strong><br />

novembro, com a realização<br />

<strong>de</strong> eventos em todas as unida<strong>de</strong>s<br />

no Paraná, Santa Catarina e<br />

Mato Grosso do Sul, com significativa<br />

presença dos associados<br />

e celebração da alegria. Poucos<br />

dias <strong>de</strong>pois veio em outro esperado<br />

e grandioso evento, no dia<br />

10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, antecipamos<br />

as sobras do exercício.<br />

Nesse dia, em toda a<br />

<strong>Coamo</strong>, os milhares <strong>de</strong> associados<br />

ficaram felizes ao receber<br />

a primeira parte dos resultados<br />

do exercício <strong>de</strong> <strong>2018</strong>,<br />

com a tradicional antecipação<br />

das sobras. Neste ano, o montante<br />

antecipado e distribuído<br />

foi <strong>de</strong> R$ 109 milhões, o maior<br />

na história da <strong>Coamo</strong>, e muito<br />

comemorado em todas as regiões<br />

da cooperativa.<br />

O pagamento das Sobras<br />

nessa época do ano é<br />

consi<strong>de</strong>rado o 13º do agricultor<br />

associado à <strong>Coamo</strong>. Com<br />

esse dinheiro, direito por sua<br />

participação no exercício <strong>de</strong><br />

<strong>2018</strong>, ele po<strong>de</strong> usufruir da<br />

forma que melhor lhe convier,<br />

como por exemplo, investir<br />

na proprieda<strong>de</strong> ou aproveitar<br />

para as festas e viagens <strong>de</strong> final<br />

<strong>de</strong> ano. Sem contar, que<br />

esse dinheiro-extra serve para<br />

aquecer a economia e movimentar<br />

o comércio nas regiões<br />

<strong>de</strong> atuação da <strong>Coamo</strong>.<br />

Os bons resultados<br />

são possíveis graças a vários<br />

fatores. Entre eles <strong>de</strong>staco a<br />

excelente participação dos<br />

associados, no abastecimento<br />

dos insumos e na entrega da<br />

sua produção.<br />

A <strong>Coamo</strong> existe por<br />

causa dos seus associados e<br />

trabalha com foco para agregar<br />

valor às suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Sem os benefícios disponibilizados<br />

pela cooperativa, os<br />

associados certamente não<br />

teriam este gran<strong>de</strong> sucesso ao<br />

longo <strong>de</strong>sses anos.<br />

Na edição <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />

em ‘As Melhores da Dinheiro<br />

Rural’, a <strong>Revista</strong> Dinheiro<br />

Rural aponta os campeões<br />

do agronegócio <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - a<br />

<strong>Coamo</strong> recebeu os títulos <strong>de</strong><br />

‘Melhor Gestão Financeira’ e<br />

‘Melhor Cooperativa Agrícola<br />

do Brasil’.<br />

A editoria da <strong>Revista</strong><br />

Dinheiro Rural afirma que a<br />

<strong>Coamo</strong>, “Serve como exemplo<br />

<strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong>ntro e fora<br />

da porteira”. Recebemos com<br />

alegria esse reconhecimento<br />

da socieda<strong>de</strong> empresarial e<br />

partilhamos com associados,<br />

funcionários e toda a família<br />

<strong>Coamo</strong>.<br />

Este trabalho reconhecido<br />

pela socieda<strong>de</strong> é fruto<br />

<strong>de</strong> muita serieda<strong>de</strong>, soli<strong>de</strong>z e<br />

transparência, com boa administração,<br />

gestão e profissionalismo,<br />

o qual produz boas<br />

"A <strong>Coamo</strong> serve como<br />

exemplo <strong>de</strong> eficiência<br />

<strong>de</strong>ntro e fora da<br />

porteira”, conforme<br />

anuário da <strong>Revista</strong><br />

Dinheiro Rural <strong>2018</strong>.<br />

colheitas e o sucesso do quadro<br />

social e da cooperativa.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos por este<br />

ano abençoado e <strong>de</strong>sejamos Feliz<br />

Natal e próspero 2019 aos nossos<br />

cooperados, funcionários, clientes,<br />

fornecedores, consumidores<br />

e familiares. Com muita saú<strong>de</strong>,<br />

união, fé, amor, paz e prosperida<strong>de</strong>,<br />

para a realização dos sonhos<br />

e <strong>de</strong> que sejamos mais felizes em<br />

cada dia do novo ano.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

7


ENTREVISTA: MARIO SERGIO CORTELLA<br />

“A cooperação é a única forma <strong>de</strong> existirmos<br />

<strong>de</strong> maneira mais fértil na existência humana.”<br />

“<br />

A<br />

cooperação é a única balho. Como resumir 30 anos <strong>de</strong><br />

maneira <strong>de</strong> existirmos estrada?<br />

<strong>de</strong> maneira mais fértil na Cortella: São 38 livros que eu publiquei<br />

nesse tempo e <strong>de</strong> fato vai<br />

existência humana. A humanida<strong>de</strong><br />

só sobreviveu até hoje, porque sair uma coletânea com frases e<br />

foi capaz <strong>de</strong> em vários momentos pensamentos, chamado “O melhor<br />

cooperar." A entrevista com o filósofo,<br />

professor, escritor, político e alguém coloca um título <strong>de</strong>sse num<br />

do Cortella”. É engraçado quando<br />

palestrante, Mario Sergio Cortella, livro. A editora Planeta quis fazê-lo<br />

não po<strong>de</strong>ria começar diferente a<br />

porque “O Melhor do Cortella” dá<br />

não ser com uma frase. Ele é um<br />

uma certa sensação <strong>de</strong> elevação,<br />

mas sem falsa modéstia, porque<br />

dos maiores pensadores brasileiros<br />

da atualida<strong>de</strong> e, há mais <strong>de</strong> 30<br />

<strong>de</strong> fato ali há uma seleção daquilo<br />

que eu construí nesse tempo como<br />

anos, vem repassando o seu conhecimento,<br />

seja em palestras ou<br />

alguém que apren<strong>de</strong>u bastante e<br />

soube que também po<strong>de</strong> ensinar.<br />

livros. Confira a entrevista exclusiva<br />

à <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

Só é um bom ensinante quem for<br />

bom apren<strong>de</strong>nte. Por isso, esses 30<br />

anos me alegram fortemente, afinal<br />

eu aprendi a ler no ano 1960 em<br />

Londrina no grupo escolar Hugo<br />

Simas e, a partir <strong>de</strong> lá, não parei<br />

mais <strong>de</strong> ler e nem <strong>de</strong> escrever.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Quem é Mario<br />

Sergio Cortella?<br />

Mario Sergio Cortella: Sou um<br />

caipira, nascido em Londrina, mas<br />

moro na capital paulista há 50<br />

anos. Eu finquei minhas raízes no<br />

Paraná, mas não <strong>de</strong>ixei âncora nenhuma,<br />

pois a raíz alimenta e a âncora<br />

imobiliza. Por isso, sou alguém<br />

que constrói uma página da minha<br />

vida com outras pessoas, levo muitos<br />

comigo e outros ficam pelo caminho.<br />

Como educador, partilho<br />

daquilo que eu sei, aquilo que eu<br />

preciso saber e aquilo que eu gostaria<br />

<strong>de</strong> saber. Sou avô <strong>de</strong> quatro<br />

netos, pai <strong>de</strong> três filhos, amigo <strong>de</strong><br />

muita gente e adversário <strong>de</strong> vários.<br />

RC: Professor, com 30 anos escrevendo,<br />

o senhor está lançando<br />

uma coletânea <strong>de</strong> todo esse tra-<br />

RC: Aquilo que temos nem sempre<br />

nos <strong>de</strong>ixa felizes e o que não<br />

temos nos infelicita <strong>de</strong> maneira<br />

bem intensa, o senhor fala sobre<br />

isso em alguns livros. A i<strong>de</strong>ia da<br />

falta nos prejudica?<br />

Cortella: Quando a falta é algo<br />

que nos machuca, sem dúvida.<br />

Mas, há várias coisas que faltam,<br />

que nos fazem bem, pois exatamente<br />

faltam. Quando me falta<br />

ódio, doença, inveja, é bom <strong>de</strong>mais.<br />

Mas há faltas que seriam carências,<br />

aí elas se transformam em<br />

necessida<strong>de</strong> e eu preciso ter possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ultrapassá-las. De<br />

maneira geral, a falta po<strong>de</strong> ser que<br />

seja um símbolo que aquilo é meu<br />

<strong>de</strong>sejo para o futuro e, também,<br />

po<strong>de</strong> ser sinal do meu comodismo<br />

por não ter ido buscar o que<br />

queria. Preciso me arrepen<strong>de</strong>r e<br />

fazer uma revisão <strong>de</strong> mim mesmo.<br />

RC: Como a construção da ética<br />

po<strong>de</strong> colaborar com a prática do<br />

patriotismo?<br />

Cortella: A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> patriotismo<br />

precisa ser trabalhada para não<br />

per<strong>de</strong>r a noção <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>.<br />

Ser patriota não significa ser exclusivista.<br />

Ser patriota não significa<br />

ser xenófobo. Xenos no grego<br />

antigo significa aquele que vem<br />

<strong>de</strong> fora, o estrangeiro e, é por<br />

isso, que xenofobia é aquela pessoa<br />

que recusa quem é forasteiro.<br />

Então, a ética, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

“Eu finquei minhas raízes<br />

no Paraná, mas não <strong>de</strong>ixei<br />

âncora nenhuma, pois a<br />

raiz alimenta e a âncora<br />

imobiliza. Por isso, sou<br />

alguém que constrói uma<br />

página da minha vida<br />

com outras pessoas, levo<br />

muitos comigo e outros<br />

ficam pelo caminho."<br />

8 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


Mario Sergio Cortella: "Como sou educador, partilho também nesta minha ativida<strong>de</strong> daquilo que eu sei, aquilo que eu preciso saber e aquilo que eu gostaria <strong>de</strong> saber."<br />

olhar o patriotismo como forma <strong>de</strong><br />

respeito e não <strong>de</strong> exclusão. É uma<br />

forma <strong>de</strong> admiração e honra, e<br />

não mais <strong>de</strong> segregação. Por isso,<br />

a ética é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> protegermos<br />

a nossa casa, <strong>de</strong> cuidar da<br />

nossa casa comum. A nossa casa<br />

comum em gran<strong>de</strong> escala é o nosso<br />

planeta e, aí vamos reduzindo,<br />

nosso planeta, nosso continente e<br />

nosso país, nosso estado, nossa cida<strong>de</strong>,<br />

e nossa casa <strong>de</strong> família.<br />

RC: O senhor acredita que o brasileiro<br />

acordou e está mais patriota?<br />

Cortella: Não necessariamente. Em<br />

alguns momentos enten<strong>de</strong>mos o<br />

patriotismo numa direção que po<strong>de</strong><br />

estar equivocada. Já houve época,<br />

que se entendia o patriotismo como<br />

sendo apenas saudações aos símbolos<br />

nacionais. Em outros momentos<br />

era apenas a seleção brasileira <strong>de</strong> futebol<br />

colocada como sendo a nossa<br />

referência, como dizia Nelson Rodrigues,<br />

"seleção é a pátria <strong>de</strong> chuteiras".<br />

Há momentos que enten<strong>de</strong>mos<br />

aquilo que é patriótico, como sendo<br />

um projeto nacional que po<strong>de</strong> ser<br />

feito por homens e mulheres <strong>de</strong>centes.<br />

Algumas pessoas ao serem<br />

notadas naquilo que não <strong>de</strong>veriam<br />

fazer, acabam mostrando <strong>de</strong> fato o<br />

que não <strong>de</strong>ve ser feito. Nesse sentido,<br />

po<strong>de</strong>mos sim ser mais patriotas.<br />

Ainda estamos no começo da estrada.<br />

Como disse um dia Winston<br />

Churchill, "nós só estamos no fim<br />

do começo e não no começo do fim<br />

ainda".<br />

RC: O senhor escreve nos seus livros<br />

sobre a impunida<strong>de</strong>, a corrupção<br />

e leva os leitores à uma reflexão.<br />

O senhor acredita que a recusa a<br />

impunida<strong>de</strong> é o caminho e alavanca<br />

para sermos cidadãos melhores?<br />

Cortella: A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> crise é muito<br />

importante, porque a palavra crise<br />

tem origem no Sânscrito - um idioma<br />

utilizado no que hoje é a Índia.<br />

Kry em sânscrito significa purificação,<br />

que aliás é uma palavra que<br />

vem da agricultura. Quando você<br />

separa o joio do trigo, o feijão da<br />

pedra, o arroz da palha. Kry é purificação<br />

e toda a purificação dói. Estamos<br />

vivendo um momento febril,<br />

a febre não é uma doença, mas sim<br />

um sintoma, que incomoda e perturba.<br />

Estamos vivendo uma crise<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

9


ENTREVISTA: MARIO SERGIO CORTELLA<br />

“UMA PESSOA GANANCIOSA É AQUELA QUE QUER PARA SI A QUALQUER CUSTO,<br />

ENQUANTO UMA PESSOA AMBICIOSA É AQUELA QUE QUER MAIS E MELHOR."<br />

que precisa ser vivida para que a<br />

gente não esqueça <strong>de</strong> algo que é<br />

importante <strong>de</strong>mais. Os ausentes<br />

nunca têm razão e, nesse sentido,<br />

a pessoa que se omite, é quem talvez<br />

não seja praticante daquilo que<br />

é o <strong>de</strong>svio ou mal feito. Mas se ela<br />

silencia, e se ela se omite, acaba<br />

sendo <strong>de</strong> alguma forma uma cúmplice<br />

ou conivente. Sob o ponto <strong>de</strong><br />

vista do resultado dá na mesma.<br />

RC: Sobre o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ser feliz cada<br />

um tem uma i<strong>de</strong>ia. Para o Cortella,<br />

o que é felicida<strong>de</strong>?<br />

Cortella: Ninguém é feliz o tempo<br />

todo, ninguém é infeliz o tempo<br />

todo. A felicida<strong>de</strong> não é um lugar<br />

que você chega, pelo contrário,<br />

são circunstâncias que você vive.<br />

A vida tem turbulência, dificulda<strong>de</strong><br />

e trauma, mas não tem só isso.<br />

Por isso, quando a felicida<strong>de</strong> vem,<br />

você tem que abraçá-la, falar e colocá-la<br />

no colo. Ela não vem sempre,<br />

ela vai embora, volta e, portanto,<br />

é preciso saber que quando<br />

ela vem preciso ser capaz <strong>de</strong> cuidar<br />

e ter afeto por ela. A felicida<strong>de</strong><br />

vem para mim <strong>de</strong> vários modos.<br />

Quando um neto pula no meu<br />

colo, me escala, quando eu consigo<br />

andar <strong>de</strong> mãos dadas com<br />

a Claudia com quem eu sou casado,<br />

quando sinto que algo que<br />

fiz e falei, obteve para as pessoas<br />

um efeito benéfico. É isso que me<br />

<strong>de</strong>ixa feliz e, é claro, ela não dura<br />

o tempo todo, ainda bem, pois assim<br />

dá vonta<strong>de</strong> que volte <strong>de</strong>pois.<br />

RC: Qual a importância da cooperação,<br />

com seus valores e, qual o<br />

paralelo entre uma pessoa ambiciosa<br />

e gananciosa?<br />

Cortella: A cooperação é a única<br />

maneira <strong>de</strong> existirmos <strong>de</strong> maneira<br />

mais fértil. A humanida<strong>de</strong> só sobreviveu<br />

até hoje, porque foi capaz <strong>de</strong><br />

cooperar em vários momentos. A<br />

competição é importante quando<br />

não avança no terreno da ganância,<br />

pois uma pessoa gananciosa é<br />

aquela que quer para si a qualquer<br />

Mario Sergio Cortella, escritor e filósofo<br />

“Ninguém é feliz o<br />

tempo todo e ninguém<br />

é infeliz o tempo todo.<br />

A vida tem turbulência,<br />

tem dificulda<strong>de</strong> e<br />

trauma, mas ela não tem<br />

só isso. Por isso, quando<br />

a felicida<strong>de</strong> vem, você<br />

tem que abraçá-la, falar e<br />

colocá-la no colo."<br />

custo, enquanto uma pessoa ambiciosa<br />

é aquela que quer mais e melhor.<br />

Por exemplo, quem trabalha<br />

com uma estrutura cooperativada<br />

tem que querer mais e melhor. O<br />

que não po<strong>de</strong> é só querer para si<br />

a qualquer custo. Esse tipo <strong>de</strong> ganância<br />

embora garanta sucesso<br />

imediato, não se mantém com o<br />

tempo. A gran<strong>de</strong> lógica do cooperativismo<br />

e da vida cooperada,<br />

está na substituição do conceito<br />

<strong>de</strong> cada um por si e Deus por todos,<br />

para uma noção <strong>de</strong> um por todos<br />

e todos por um. Aqueles que<br />

ficam, cada um por si e Deus por<br />

todos, acabam enfraquecendo a si<br />

mesmo e os outros. Aqueles que<br />

ficam à procura <strong>de</strong> todos por um e<br />

um por todos, ganham vitalida<strong>de</strong>,<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


energia e o futuro.<br />

RC: Um <strong>de</strong> seus livros mais recentes<br />

é “A sorte segue a coragem”.<br />

Professor, a sorte segue a coragem<br />

e a coragem é a seguidora<br />

da sorte. Como é isso?<br />

Cortella: A sorte é a ocasião, circunstância<br />

que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> você.<br />

No interior, usamos a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que<br />

o cavalo passa arriado, mas não<br />

basta o cavalo estar arriado. É preciso<br />

saber montar, prestar atenção<br />

e ver aon<strong>de</strong> está passando, e para<br />

aon<strong>de</strong> vou. Não adianta nada o cavalo<br />

passar arriado e eu montá-lo.<br />

A coragem é a coragem acima <strong>de</strong><br />

qualquer coisa, é ter humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

saber que não sabemos <strong>de</strong> todas<br />

as coisas. É a coragem <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r<br />

aquilo que não conhece e, aí<br />

sim, fazer com que um momento<br />

propício e favorável, a sorte como<br />

a gente diz, possa ser aproveitado.<br />

De nada adianta o cavalo passar<br />

arriado duas vezes para algumas<br />

pessoas, pois não se trata <strong>de</strong> ‘vamos<br />

que vamos, primeiro a gente<br />

enlouquece e <strong>de</strong>pois vê como<br />

fica’. Coragem é quando se organiza<br />

e se estrutura. É claro, a sorte<br />

vai atrás disso, não adianta ela vir<br />

se nós não soubermos o que fazer<br />

com ela.<br />

RC: Com três décadas <strong>de</strong> estrada,<br />

o ser humano é simples ou<br />

complexo?<br />

Cortella: É sempre complexo, sou<br />

professor há 44 anos, por tanto eu<br />

lido com gente há 44 anos e sou<br />

gente há 65 anos.<br />

RC: É mais fácil hoje ou antes?<br />

Cortella: Varia muito da área. Era<br />

mais fácil em algumas coisas e<br />

não era em outras, a escola que<br />

eu cursei quando menino era<br />

uma escola que tinha autoritarismo,<br />

não tinha apenas autorida<strong>de</strong>s,<br />

mas ela tinha o exagero,<br />

em relação a memorização, tinha<br />

uma atenção ao conteúdo. Você<br />

tinha algumas relações muito<br />

machucantes entre várias pessoas.<br />

Portanto, é mais difícil hoje<br />

algumas coisas e outras não são.<br />

"A coragem é a<br />

coragem acima <strong>de</strong><br />

qualquer coisa. É ter<br />

humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber<br />

que não sabemos<br />

tudo. É a coragem <strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r aquilo que<br />

não conhecemos e,<br />

aí sim, fazer com que<br />

um momento propício<br />

e favorável possa ser<br />

aproveitado."<br />

Ao contrário do que se imagina,<br />

somos uma socieda<strong>de</strong> muito violenta.<br />

O que temos é mais recusa<br />

à violência, sem imaginar que há<br />

130 anos em nosso país, ainda<br />

tínhamos pessoas que eram proprietárias<br />

<strong>de</strong> outras pessoas, que<br />

podiam machucá-las, maltratá-<br />

-las, torturá-las, comprá-las e vendê-las.<br />

Tivemos um avanço significativo,<br />

é mais difícil, mas não é<br />

impossível.<br />

RC: Depois do processo eleitoral<br />

<strong>de</strong>ste ano que entrará para a história<br />

sob vários aspectos, o que o<br />

senhor espera do próximo governo?<br />

Quais as lições verificadas na<br />

eleição em vários Estados?<br />

Cortella: Espero que o governo<br />

tenha uma clarida<strong>de</strong> muito forte<br />

do que fará, mas que isso seja<br />

logo. Não tivemos tantas ocasiões<br />

<strong>de</strong> saber qual era o projeto<br />

<strong>de</strong> ambos candidatos que foram<br />

para o segundo turno <strong>de</strong> modo<br />

mais nítido, mas se tinha alguma<br />

informação com relação a algumas<br />

i<strong>de</strong>ias gerais. Não se sabe<br />

qual é o plano na Educação, na<br />

Saú<strong>de</strong>, no campo da agricultura.<br />

É um momento <strong>de</strong> atenção na<br />

cidadania, que não se esgota na<br />

eleição, mas continua no acompanhamento<br />

dos parlamentares.<br />

RC: Qual sua mensagem para<br />

o associados e funcionários da<br />

<strong>Coamo</strong> neste final <strong>de</strong> ano?<br />

Cortella: Eu sempre lembro <strong>de</strong><br />

uma frase do Ted Turner, um<br />

gran<strong>de</strong> homem da comunicação<br />

nos Estados Unidos e isso acabou<br />

se tornando um lema da minha<br />

vida. Ele dizia “Deseje o melhor<br />

e prepare-se para o pior”. Deseje<br />

o melhor, isto é o teu <strong>de</strong>sejo, a<br />

tua cabeça, a sua inclinação tem<br />

que ser em direção ao melhor,<br />

mas não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> se preparar para<br />

que as coisas não sejam como se<br />

<strong>de</strong>seja. Isso significa não que você<br />

<strong>de</strong>seja o pior, ao contrário, você<br />

<strong>de</strong>seja o melhor, mas você tem<br />

que estar preparado para a turbulência<br />

que aparece. Isso vale para<br />

que não sejamos surpreendidos.<br />

Isso, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da mudança<br />

<strong>de</strong> governo, pois vale para a vida,<br />

o tempo todo. Deseje o melhor e<br />

prepare-se para o pior.<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 11


12 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


ALIMENTOS COAMO<br />

<strong>Coamo</strong> lança novo site<br />

da linha alimentícia<br />

Estará no ar em 2019 o novo site dos Alimentos <strong>Coamo</strong>. O<br />

<strong>de</strong>senvolvimento teve como foco facilitar a navegação <strong>de</strong><br />

clientes e consumidores, trazendo uma interface mo<strong>de</strong>rna<br />

e intuitiva. Em concordância com o slogan “É <strong>de</strong> casa, po<strong>de</strong><br />

confiar”, o site reflete os valores da cooperativa, apresentando<br />

um <strong>de</strong>sign que aproxima ainda mais quem acessar, para que<br />

<strong>de</strong> fato se sinta navegando em uma plataforma familiar e <strong>de</strong><br />

confiança.<br />

A <strong>Coamo</strong> manteve as premissas <strong>de</strong> todos os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos<br />

pela cooperativa, em que o cliente ou consumidor <strong>de</strong>vem<br />

estar sempre em primeiro lugar. “Pensamos em <strong>de</strong>senvolver<br />

um site que aten<strong>de</strong>sse tanto os consumidores como os clientes, e<br />

que seu acesso seja o mais direto possível para obter informações<br />

sobre os produtos, notícias, campanhas, receitas, área <strong>de</strong> vendas e<br />

com interligação ao site da <strong>Coamo</strong>, fan page dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

e outros links úteis”, revela Lucas Pacheco, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Inteligência<br />

Digital da G/PAC e E-tools. Ele acrescenta que, “em um mundo<br />

cada vez mais mobile e conectado, on<strong>de</strong> o celular representa o<br />

principal meio <strong>de</strong> acesso em 80% dos domicílios, existe um diferencial<br />

principal para o novo site, que é o fato <strong>de</strong>sta nova versão<br />

ser responsiva, trazendo gran<strong>de</strong>s benefícios para a plataforma.”<br />

O superinten<strong>de</strong>nte Comercial da <strong>Coamo</strong>, Alcir José Goldoni<br />

revela que o objetivo da cooperativa ao mudar o site foi <strong>de</strong><br />

aprimorar a experiência do usuário nos meios digitais. “Procuramos<br />

com todos os <strong>de</strong>talhes melhorar a visualização <strong>de</strong> nossos<br />

produtos e marcas, levando todo o conhecimento técnico do<br />

produto para facilitar a vida <strong>de</strong> nossos clientes e consumidores,<br />

e assim ampliar nosso relacionamento <strong>de</strong> confiança. ”<br />

Além disso, Goldoni ressalta que os Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

são fruto do trabalho que começa nos campos dos mais <strong>de</strong> 28<br />

mil associados da <strong>Coamo</strong> e, por esta razão, <strong>de</strong>stacar a origem dos<br />

produtos foi um aspecto fundamental no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

site. "No campo começa a ca<strong>de</strong>ia produtiva dos alimentos, com<br />

segurança e <strong>de</strong>ntro dos parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exigidos pelas<br />

certificações, por isso, os Alimentos <strong>Coamo</strong> têm origem, já que<br />

a matéria-prima é produzida pelos donos da <strong>Coamo</strong>. É um trabalho<br />

focado na produção da matéria-prima com qualida<strong>de</strong>, no<br />

processo industrial, no cliente e no consumidor, para entregar um<br />

produto diferenciado. Essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> está firmada no selo que a<br />

<strong>Coamo</strong> está imprimindo em todas as embalagens para caracterizar<br />

que o produto é <strong>de</strong> cooperativa.”<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 13


ANTECIPAÇÃO DAS SOBRAS<br />

Associados têm 13º recheado<br />

COAMO ANTECIPA SOBRAS DESDE A SUA FUNDAÇÃO, GARANTINDO UM<br />

DINHEIRO EXTRA PARA O COOPERADO PASSAR O FINAL DE ANO COM A FAMÍLIA<br />

A<br />

movimentação em todas<br />

as unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong><br />

no Paraná, Santa Catarina<br />

e Mato Grosso do Sul começou<br />

logo cedo nesta segunda-feira, 10<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. O motivo é que os<br />

associados receberam a antecipação<br />

das sobras referentes ao Exercício<br />

<strong>de</strong> <strong>2018</strong>. São R$ 109 milhões<br />

distribuídos conforme a movimentação<br />

<strong>de</strong> cada cooperado na comercialização<br />

<strong>de</strong> soja, trigo, milho<br />

e insumos.<br />

A antecipação das Sobras,<br />

apelidada <strong>de</strong> 13º do produtor<br />

rural associado à <strong>Coamo</strong>, é uma<br />

tradição e ajuda a movimentar o<br />

comércio no final do ano nas cida<strong>de</strong>s<br />

em que a cooperativa está<br />

inserida.<br />

Alexandre <strong>de</strong> Lima Moreira, <strong>de</strong> Campo Mourão, diz que é uma satisfação receber esse dinheiro extra<br />

Lindaura Lanza Ribeiro, <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

usará o dinheiro para viajar no final do ano<br />

Alexandre <strong>de</strong> Lima Moreira,<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-<br />

-Oeste do Paraná), diz que é uma<br />

satisfação receber esse dinheiro<br />

extra. “Há mais <strong>de</strong> 25 anos participo<br />

da distribuição das sobras.<br />

Essa antecipação utilizo para comprar<br />

algumas lembranças para a<br />

família e para as festas <strong>de</strong> final <strong>de</strong><br />

ano”, comenta.<br />

A associada Lindaura Lanza<br />

Ribeiro, também <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, é <strong>de</strong> família cooperativista<br />

e tradicional da <strong>Coamo</strong>. Ela<br />

revela que usará o dinheiro para<br />

viajar no final do ano. “Já está tudo<br />

planejado. Vou visitar um irmão no<br />

interior <strong>de</strong> São Paulo e <strong>de</strong>pois vou<br />

à praia. Meus filhos já estão formados<br />

e com as suas respectivas famílias,<br />

então, uso o dinheiro para<br />

curtir a vida. Já trabalhei bastante<br />

e mereço esse momento”, comemora.<br />

Neste ano também teve<br />

associado que recebeu a antecipa-<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


ANTECIPAÇÃO DAS SOBRAS<br />

Pai e filho, Claudio Osmar Fulaneto e Claudio Fulaneto<br />

Junior, <strong>de</strong> Araruna, foram juntos à <strong>Coamo</strong> receber o seu 13º<br />

ção das sobras pela primeira vez.<br />

Andrey Castro da Silva, <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, tem 20 anos e já sabe o<br />

que fazer com as primeiras sobras.<br />

“Trabalhamos o ano inteiro e no final<br />

do ano ter esse dinheiro para<br />

passar um fim <strong>de</strong> ano melhor é muito<br />

bom. Sou filho <strong>de</strong> produtor rural<br />

e esse ano estou tendo a minha parte<br />

pela primeira vez. Vou aproveitar<br />

para comprar algo para mim, mas<br />

também vou investir na aquisição<br />

<strong>de</strong> óleo diesel para a lavoura.”<br />

Pai e filho, Claudio Osmar<br />

Fulaneto e Claudio Fulaneto Junior,<br />

são <strong>de</strong> Araruna (Centro-Oeste<br />

do Paraná), vieram juntos à <strong>Coamo</strong><br />

receber cada um o seu 13º. “É<br />

fim <strong>de</strong> ano e esse valor sempre é<br />

esperado para promover a alegria<br />

da família. Eu vou aproveitar<br />

a antecipação para comprar uma<br />

lembranças e acertar algumas<br />

continhas que sempre tem (risos)”,<br />

conta ‘seo’ Claudio.<br />

Conforme o presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini,<br />

é uma satisfação para a diretoria<br />

da cooperativa antecipar as Sobras<br />

ao quadro social. “A <strong>Coamo</strong><br />

possui tradição do pagamento antecipado<br />

das sobras nesta época<br />

do ano. Essa condição é realizada<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação, há 48 anos”,<br />

comenta Gallassini.<br />

Ele <strong>de</strong>staca que a antecipação<br />

só é possível <strong>de</strong>vido a soli<strong>de</strong>z,<br />

administração, participação<br />

dos associados e bons resultados<br />

que a cooperativa vem obtendo.<br />

“Comemoramos novamente esses<br />

“É uma satisfação muito gran<strong>de</strong> que temos. Este é um<br />

dia <strong>de</strong> alegria para nós cooperados. Isso mostra, mais<br />

uma vez, a competência e serieda<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> por<br />

meio da sua diretoria, e, também o comprometimento<br />

do associado que busca participar sempre mais.” Tihago<br />

Dalbosco, <strong>de</strong> Laguna Carapã (MS).<br />

bons resultados, fruto da participação<br />

efetiva dos cooperados e<br />

da boa administração da diretoria.<br />

Neste ano que estamos prestes a<br />

encerrar, mais uma vez, o balanço<br />

é positivo. Apesar da crise que<br />

diversos setores do país vêm passando,<br />

a agricultura consegue se<br />

manter muito bem como âncora<br />

da economia, e ainda apresenta<br />

bons números, os quais são bem<br />

recebidos pelos associados”, assinala<br />

Gallassini.<br />

“As sobras chegam em uma boa hora e ajudam<br />

com nossos compromissos <strong>de</strong>ssa época. Uma parte<br />

será <strong>de</strong>stinada para as festas <strong>de</strong> final do ano a outra<br />

para investimentos na proprieda<strong>de</strong>. A <strong>Coamo</strong> é uma<br />

cooperativa diferenciada e nos <strong>de</strong>ixa satisfeitos.” Mauro<br />

Rosina, <strong>de</strong> Quilombo e cooperado em Xanxerê (SC).<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 15


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

Cooperados <strong>Coamo</strong> estão atentos às novida<strong>de</strong>s na<br />

área <strong>de</strong> tecnologia da informação para o agronegócio<br />

Agricultura conectada<br />

COM A DENOMINADA “AGRICULTURA 4.0”, O CAMPO PRODUZ INFORMAÇÕES DIGITAIS,<br />

FORNECENDO AO PRODUTOR RURAL DADOS PRECISOS SOBRE A PRODUÇÃO<br />

16 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

A<br />

inserção da tecnologia <strong>de</strong><br />

informação no mundo rural<br />

está caminhando para muito<br />

em breve se tornar uma realida<strong>de</strong><br />

em todas as proprieda<strong>de</strong>s rurais.<br />

Trata-se da <strong>de</strong>nominada “Agricultura<br />

4.0”, ou seja, o campo além <strong>de</strong><br />

produzir alimentos, está próximo <strong>de</strong><br />

produzir informações digitais, fornecendo<br />

ao produtor rural dados<br />

precisos sobre a produção em tempo<br />

real. É um cenário que se transforma<br />

a passos largos. O homem do<br />

campo, portanto, precisa se manter<br />

atualizado e correr atrás das novida<strong>de</strong>s<br />

que estão transformando o<br />

meio agrícola.<br />

São drones, aplicativos,<br />

tablets, programas via satélite, enfim,<br />

diversas ferramentas digitais<br />

para que o homem do campo tenha<br />

todas as informações da sua<br />

lavoura na palma da mão. Trata-se<br />

<strong>de</strong> uma área relativamente nova<br />

para a agricultura, mas que irá gerar<br />

gran<strong>de</strong> impacto no <strong>de</strong>sempenho,<br />

sustentabilida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>.<br />

Mas, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem o termo<br />

agricultura 4.0?<br />

Segundo o pesquisador<br />

da Embrapa Instrumentação, Ricardo<br />

Inamasu, pós-doutor em<br />

Engenharia <strong>de</strong> Biosistema pela<br />

Universida<strong>de</strong> do Nebraska/ EUA,<br />

o termo Agricultura 4.0, vem da Indústria<br />

4.0, on<strong>de</strong> existem sistemas<br />

conectados à internet e às coisas<br />

por meio <strong>de</strong> sensores. “É possível<br />

prever situações que não se vê<br />

pontualmente, mas <strong>de</strong> forma global.<br />

São tecnologias que habilitam<br />

a agricultura para caminhar para<br />

um próximo patamar tecnológico.<br />

Uma das ferramentas que está<br />

sendo colocada <strong>de</strong> uma forma<br />

muito forte é o monitoramento,<br />

conectivida<strong>de</strong> das máquinas agrícolas,<br />

conectivida<strong>de</strong> do sistema<br />

<strong>de</strong> produção agrícola ou pecuária.<br />

São informações sobre animais e<br />

plantas, ajudando na gestão do<br />

processo <strong>de</strong> produção da proprieda<strong>de</strong>.“<br />

Dentro <strong>de</strong>sse contexto,<br />

Inamasu ressalta a importância da<br />

agricultura <strong>de</strong> precisão, uma tecnologia<br />

que já existe, e será a base<br />

para caminhar rumo à agricultura<br />

4.0. “Temos a agricultura <strong>de</strong> precisão<br />

vindo já há algum tempo e<br />

entrando numa situação cada vez<br />

mais madura. Quando se fala <strong>de</strong><br />

agricultura <strong>de</strong> precisão, se fala em<br />

várias tecnologias, com controle<br />

da fertilida<strong>de</strong>, irrigação <strong>de</strong> precisão,<br />

entre tantas outras funcionalida<strong>de</strong>s”,<br />

esclarece o pesquisador.<br />

Como integrar as tecnologias?<br />

O agricultor precisa estar<br />

antenado e acompanhar esses<br />

avanços tecnológicos. Porém,<br />

existe ainda uma dificulda<strong>de</strong> na<br />

integração e comunicação. Afinal<br />

<strong>de</strong> contas, são muitas informações<br />

que po<strong>de</strong>m ser coletadas. Mas,<br />

como levá-las <strong>de</strong> forma automática<br />

no campo on<strong>de</strong> não há 100%<br />

<strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong> e cobertura?<br />

Neste sentido, o pesquisador Ricardo<br />

Inamasu explica que há um<br />

<strong>de</strong>safio. “Haverá uma evolução,<br />

eu vejo vários atores buscando<br />

a conectivida<strong>de</strong> e alternativas. A<br />

Pesquisador da Embrapa<br />

Instrumentação, Ricardo Inamasu<br />

conexão po<strong>de</strong> até ser que exista,<br />

mas as vezes o curso não está a<strong>de</strong>quado,<br />

várias soluções estão sendo<br />

testadas. É uma tecnologia em<br />

evolução e em processo <strong>de</strong> criação,<br />

então quem estiver na frente,<br />

no futuro estará bem preparado.<br />

É preciso estar atento para fazer o<br />

investimento certo, e sempre estar<br />

experimentando e observando. ”<br />

Algumas <strong>de</strong>ssas tecnologias<br />

já apresentam resultados<br />

como é o caso da agricultura <strong>de</strong><br />

precisão. Os drones também já estão<br />

sobrevoando as lavouras, mas<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 17


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

Programa Gestor Rural ajuda no<br />

gerenciamento da proprieda<strong>de</strong><br />

HOJE, PRATICAMENTE TODAS AS PRINCIPAIS SOLUÇÕES DIGITAIS, A<br />

COOPERATIVA TEM CONDIÇÕES DE FORNECER AOS SEUS ASSOCIADOS<br />

<strong>de</strong> acordo com o pesquisador ainda<br />

não está com o funcionamento<br />

completamente maduro. “Em<br />

aspectos básicos os drones estão<br />

aten<strong>de</strong>ndo a maioria dos produtores,<br />

mas ainda existem muitas dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> operação. Gran<strong>de</strong>s<br />

produtores, por exemplo, tiram<br />

600 fotos <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong><br />

e como trabalhar com 600 fotos,<br />

como organizar fotos <strong>de</strong> uma lavoura<br />

on<strong>de</strong> tudo parece muito<br />

igual? Essas técnicas estão sendo<br />

<strong>de</strong>senvolvidas e trabalhadas, e a<br />

conectivida<strong>de</strong> e a integração ainda<br />

estão por vir”, diz.<br />

O pesquisador da Embrapa<br />

Instrumentação ainda adianta que a<br />

área <strong>de</strong> tecnologia da informação<br />

está trabalhando para o agro. “Esse<br />

processo está numa evolução rápida<br />

e constante. Você po<strong>de</strong> aplicar a<br />

agricultura <strong>de</strong> precisão no controle<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z do solo ou fertilida<strong>de</strong>,<br />

mas você po<strong>de</strong> avançar muito mais,<br />

com o controle <strong>de</strong> irrigação, controle<br />

<strong>de</strong> recomendação <strong>de</strong> sementes.<br />

Então estamos no meio <strong>de</strong>sse processo<br />

<strong>de</strong> evolução. É um momento<br />

único”, enfatiza.<br />

Essas tecnologias são,<br />

portanto, ferramentas para o<br />

agricultor, errar menos, ter uma<br />

produtivida<strong>de</strong> melhor e agregar<br />

mais valor ao produto. “Enxergar<br />

e acompanhar essas tecnologias<br />

e concentrar o seu conhecimento<br />

no campo é fundamental. Essas<br />

ferramentas não tiram do agricultor<br />

o po<strong>de</strong>r da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />

mas ajudarão a tomar uma melhor<br />

<strong>de</strong>cisão e ter a escolha correta. A<br />

i<strong>de</strong>ia é aumentar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho humano. O mundo está<br />

mudando. Uma nova geração está<br />

chegando com uma visão e comportamento<br />

diferente. Com essas<br />

mudanças, as novas gerações po<strong>de</strong>m<br />

ajudar efetivamente a cuidar<br />

da terra, da lavoura, da produção e<br />

do equilíbrio biológico. Todo esse<br />

arsenal vem para ajudar essa nova<br />

geração para que se possa fazer<br />

uma agricultura muito melhor que<br />

no passado”, assinala Inamasu.<br />

Robson Schon, <strong>de</strong> Pitanga (Centro do Paraná), sempre<br />

buscou organizar as informções da proprieda<strong>de</strong><br />

18 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

Mobilida<strong>de</strong> Agronomia agiliza<br />

o trabalho dos agrônomos no campo<br />

Agricultura <strong>de</strong> Precisão faz o<br />

ajuste fino na área <strong>de</strong> produção<br />

Tecnologias para os associados<br />

A <strong>Coamo</strong> antenada à essa<br />

mudança <strong>de</strong> cenário, tem aliado<br />

as áreas <strong>de</strong> assistência técnica<br />

agronômica à tecnologia da informação,<br />

buscando soluções em<br />

aplicativos, softwares e agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão, para os cooperados<br />

continuarem saindo na frente no<br />

campo da produção. O associado<br />

já conta com o Cooperado On-<br />

-line, Gestor Rural, Agricultura <strong>de</strong><br />

Precisão, enquanto que o agrônomo<br />

e veterinário, que prestam<br />

a assistência em campo, tem por<br />

Fabrício Correa, coor<strong>de</strong>nador<br />

<strong>de</strong> Suporte Técnico da <strong>Coamo</strong><br />

meio do Mobilida<strong>de</strong> Agronomia,<br />

todas as informações da produção<br />

e área do cooperado para facilitar<br />

e agilizar o trabalho.<br />

O coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Suporte<br />

Técnico da <strong>Coamo</strong>, Fabrício<br />

Bueno Corrêa, afirma que a <strong>Coamo</strong><br />

está sempre acompanhando,<br />

estudando e validando todas<br />

novas tecnologias. “Com relação<br />

a Agricultura <strong>de</strong> Precisão e a era<br />

digital, estamos realizando trabalhos<br />

junto com instituições <strong>de</strong> pesquisa,<br />

com o intuito <strong>de</strong> conhecer e<br />

enten<strong>de</strong>r quais seus reais benefícios.”<br />

Corrêa explica que a<br />

<strong>Coamo</strong> oferece diversos serviços<br />

para o cooperado. “A cooperativa<br />

conta com o serviço <strong>de</strong> Agricultura<br />

<strong>de</strong> Precisão, on<strong>de</strong> realizamos<br />

amostragens <strong>de</strong> solo em gri<strong>de</strong>s<br />

e aplicação <strong>de</strong> fertilizantes em<br />

taxa variável. Está disponível para<br />

os sócios, o sistema Gestor Rural<br />

que permite aos cooperados<br />

realizarem a gestão <strong>de</strong> custos da<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma simples<br />

e autônoma, pois a plataforma<br />

possui o sistema integrado com<br />

a <strong>Coamo</strong>, permitindo assim que<br />

o custo <strong>de</strong> produção seja feito <strong>de</strong><br />

forma automática. Além disso, os<br />

engenheiros agrônomos e médicos<br />

veterinários, tem à disposição<br />

smartphones com aplicativos que<br />

permitem acesso à diversas informações,<br />

trazendo agilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>,<br />

permitindo que sejam feitas<br />

recomendações cada vez mais<br />

assertivas.”<br />

Na área da agricultura<br />

digital, o coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Suporte<br />

Técnico salienta que a <strong>Coamo</strong><br />

trabalha com parceiros que oferecem<br />

diversos serviços, entre<br />

eles: mapeamento do plantio, das<br />

pulverizações e <strong>de</strong> colheita, monitoramento<br />

por satélite para acompanhar<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

lavouras entre outros. Isso permite<br />

que os agricultores tenham todas<br />

informações geradas na proprieda<strong>de</strong>,<br />

e com esses dados, melhores<br />

condições para as tomadas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisões. “Hoje, praticamente, as<br />

principais soluções digitais, a cooperativa<br />

tem condições <strong>de</strong> fornecer<br />

aos associados”, ressalta Corrêa.<br />

O engenheiro agrônomo<br />

alerta que essa nova <strong>de</strong>manda<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 19


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

TODAS TECNOLOGIAS TÊM O INTUITO DE CONTRIBUIR PARA<br />

MELHOR PERFORMANCE DAS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS<br />

digital traz alguns <strong>de</strong>safios para o<br />

segmento. “Os profissionais precisam<br />

apren<strong>de</strong>r a lidar com a multidisciplinarida<strong>de</strong>,<br />

pois cada vez<br />

mais, vamos ter eletrônicas embarcadas.<br />

Paradigmas precisam<br />

ser quebrados, principalmente<br />

com relação a mudança cultural<br />

dos produtores.”<br />

Corrêa ainda elenca o <strong>de</strong>safio<br />

da conectivida<strong>de</strong> em campo,<br />

fator <strong>de</strong>terminante para que <strong>de</strong><br />

fato se estabeleça a agricultura 4.0.<br />

“A partir do momento que quebrarmos<br />

a barreira da conectivida<strong>de</strong>,<br />

será mais simples aplicar as<br />

soluções digitais e <strong>de</strong> fato o produtor<br />

ter informações que auxiliem na<br />

tomada imediata <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.”<br />

As mudanças são constantes,<br />

<strong>de</strong> acordo com Fabrício Bueno<br />

Corrêa. Para que o produtor<br />

rural seja cada vez mais eficiente,<br />

é necessário que ele esteja sempre<br />

ciente das novas tecnologias e<br />

implantando <strong>de</strong> acordo com suas<br />

necessida<strong>de</strong>s. “Todas tecnologias<br />

têm o intuito <strong>de</strong> contribuir para<br />

melhor performance das ativida<strong>de</strong>s<br />

agropecuárias."<br />

Em tempo real<br />

Em <strong>2018</strong>, a <strong>Coamo</strong> e a Climate<br />

trouxeram para os cooperados o<br />

Climate FieldView, uma plataforma <strong>de</strong><br />

agricultura digital que coleta e processa<br />

automaticamente dados <strong>de</strong> campo<br />

e ajuda o agricultor a avaliar a performance<br />

<strong>de</strong> cada talhão, do plantio à<br />

colheita. A plataforma é composta por<br />

aplicativos e um dispositivo <strong>de</strong> coleta<br />

<strong>de</strong> dados. “Com o Climate FieldView,<br />

os agricultores po<strong>de</strong>m integrar seus<br />

dados em um só lugar, gerenciar suas<br />

operações com mais eficiência e maximizar<br />

sua produtivida<strong>de</strong>”, garante Guilherme<br />

Thad<strong>de</strong>u, representante Técnico<br />

da Climate.<br />

Thad<strong>de</strong>u acrescenta que, “o<br />

Climate Fieldview já está presente nos<br />

Estados Unidos, há um bom tempo. Várias<br />

funcionalida<strong>de</strong>s que foram feitas<br />

e <strong>de</strong>senvolvidas nos EUA já estão sendo<br />

aplicadas no Brasil, ou seja, ambos<br />

estão tendo uma experiência similar.<br />

Tem sido algo muito positivo que está<br />

gerando uma experiência positiva para<br />

todos que utilizam a ferramenta.”<br />

Na palma da mão<br />

Antenado a evolução tecnológica, Paulo Anterio<br />

Mansano, é associado em Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste<br />

do Paraná). Ele valoriza a tecnologia da informação e além<br />

<strong>de</strong> utilizar a agricultura <strong>de</strong> precisão, recentemente adquiriu o<br />

Climate FieldView. Sem contar, que já estuda a aquisição <strong>de</strong><br />

um drone. “Temos utilizado a tecnologia <strong>de</strong> última geração, o<br />

que tem <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno que a <strong>Coamo</strong> tem disponibilizado<br />

para nós.”<br />

Paulo Mansano acompanha os dados da sua lavoura com o agrônomo, José Jean <strong>de</strong> Almeida<br />

20 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

Cooperado Paulo Mansano, <strong>de</strong><br />

Engenheiro Beltrão, <strong>de</strong>staca<br />

que a <strong>Coamo</strong> tem apoiado a<br />

evolução tecnológica<br />

Toda a área <strong>de</strong> Mansano<br />

é monitorada e já tem bons resultados<br />

para apresentar. “Depois da<br />

agricultura <strong>de</strong> precisão, a produtivida<strong>de</strong><br />

aumentou e os custos da lavoura<br />

reduziram. É uma tecnologia<br />

que se converte em lucro, pois você<br />

sabe a área que precisa <strong>de</strong> mais ou<br />

menos adubo. A área que não precisa,<br />

você não coloca”, revela.<br />

Com GPS (Global Positioning<br />

System, que em português<br />

significa Sistema <strong>de</strong> Posicionamento<br />

Global), em todo o seu maquinário,<br />

Paulo Mansano, consegue mapear<br />

toda a produtivida<strong>de</strong> e formar<br />

um banco <strong>de</strong> dados para ter uma<br />

visão geral da lavoura e dos resultados<br />

que vêm obtendo. “Meu<br />

objetivo é sempre fazer um acompanhamento<br />

<strong>de</strong> 100% da área e<br />

pretendo comprar um drone para<br />

complementar esse trabalho.”<br />

Ele ainda ressalta que<br />

utiliza os serviços da <strong>Coamo</strong>, não<br />

somente para comprar e entregar<br />

a produção, uma vez que, a<br />

cooperativa também está antenada<br />

e trazendo essas novas tecnologias<br />

para o quadro social. “A<br />

<strong>Coamo</strong> tem nos apoiado 100%<br />

nessa evolução tecnológica. Esse<br />

apoio é fundamental para a segurança<br />

do cooperado. A gente<br />

acessa o Gestor Rural, por exemplo,<br />

e vê o que tem para ven<strong>de</strong>r<br />

e o que po<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r. Se você levanta<br />

<strong>de</strong> manhã e quer saber os<br />

preços, já vê na hora. É uma coisa<br />

fantástica. A tecnologia está mudando<br />

rapidamente nosso cotidiano.<br />

Agora, temos tudo a mão.”<br />

Segundo o engenheiro<br />

agrônomo, José Jean <strong>de</strong> Almeida,<br />

a tecnologia mais instrumental<br />

está dominando o mercado.<br />

“O Paulo gosta muito <strong>de</strong>sse tipo<br />

<strong>de</strong> investimento, é um cara que<br />

implementa tudo e dá um resultado<br />

legal. Cada ano que vem<br />

passando ele tem aumentado<br />

sua produtivida<strong>de</strong>, ele está há<br />

20 sacas em média à frente dos<br />

outros cooperados. Os próprios<br />

agrônomos têm todas as informações<br />

do cooperado na palma<br />

da mão e na lavoura conseguimos<br />

<strong>de</strong>finir o trabalho que será<br />

feito e todo o planejamento da<br />

produção.”<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 21


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

Um passo à frente<br />

Irmãos Gustavo e Robson Schon analisam os mapas gerados pelas tecnologias empregadas na proprieda<strong>de</strong><br />

Membro <strong>de</strong> uma nova geração<br />

<strong>de</strong> cooperados, Robson Cezar<br />

Schon <strong>de</strong> Pitanga (Centro do<br />

Paraná), acredita que o dinamismo<br />

da agricultura exige o constante<br />

investimento em tecnologias. Antes<br />

mesmo <strong>de</strong> ter acesso à plataformas<br />

como o Gestor Rural, ele<br />

já utilizava o Excel para tabular<br />

as informações da proprieda<strong>de</strong> e<br />

criar um banco <strong>de</strong> dados com produtivida<strong>de</strong><br />

e varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada<br />

talhão.<br />

Para Schon a gestão da<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser conectada.<br />

“Primeiro entramos com o<br />

FieldView, para pegar os pontos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência do solo com mapa<br />

acoplado nas colheita<strong>de</strong>iras, na<br />

aplicação <strong>de</strong> fungicidas e <strong>de</strong>ssecação<br />

para ver já aon<strong>de</strong> estão os<br />

<strong>de</strong>feitos da <strong>de</strong>ssecação <strong>de</strong> fungicidas<br />

para melhorar a produtivida<strong>de</strong>.<br />

Agora, vamos associar a<br />

agricultura <strong>de</strong> precisão ao uso do<br />

aplicativo.”<br />

Ano a ano aumentando a<br />

média da produção, ele atribui o<br />

crescimento ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

tecnológico. “Com meu smartphone,<br />

consigo ver em casa ou<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiver o que está acontecendo<br />

na minha proprieda<strong>de</strong> no<br />

momento do plantio, por exemplo.<br />

Sem contar que o nosso agrônomo<br />

consegue ver da <strong>Coamo</strong>,<br />

em tempo real a aplicação que<br />

está sendo feita. Isso, nos ajuda<br />

minimizar erros.”<br />

Robson Schon acredita<br />

que assim fica mais fácil planejar<br />

as safras subsequentes. “Consigo<br />

manter o histórico que já fazia no<br />

Excel, porém <strong>de</strong> forma automática.<br />

Posso ver o que foi feito <strong>de</strong><br />

adubação folear em cada pedaço,<br />

e estará tudo arquivado no mapa.<br />

É muito rápido e economiza tem-<br />

22 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

po, inclusive aparecem as datas<br />

que realizei cada trabalho. Fica<br />

muito mais fácil <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões”,<br />

consi<strong>de</strong>ra o agricultor.<br />

Conforme o engenheiro<br />

agrônomo, José Eduardo<br />

Frandsen Filho, se o produtor<br />

rural não tiver tudo na palma<br />

da mão ele não conseguirá<br />

acompanhar as transformações<br />

que estão acontecendo<br />

no mundo. “Cada vez mais, a<br />

Gustavo e Robson acompanham com José Eduardo os resultados do plantio<br />

ponta vai afinando e precisamos<br />

correr atrás disso. De <strong>de</strong>z<br />

anos para cá muita coisa mudou.<br />

Temos mais GPS e computador<br />

no trator do que em<br />

nossos automóveis. A tecnologia<br />

está aqui para nos ajudar,<br />

mas <strong>de</strong>vemos escolher<br />

as melhores tecnologias e a<br />

<strong>Coamo</strong> está à disposição do<br />

associado para realizar esse<br />

trabalho.”<br />

Visão global<br />

O pesquisador da Embrapa<br />

da área <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> solo e agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão, Júlio Franchini,<br />

coor<strong>de</strong>na juntamente com a <strong>Coamo</strong>,<br />

um projeto piloto que vem sendo <strong>de</strong>senvolvido<br />

na proprieda<strong>de</strong> do cooperado<br />

Fernando Greggio, em Campo<br />

Mourão, para o uso <strong>de</strong> drones. “As<br />

imagens aéreas vêm para melhorar o<br />

conjunto das informações que o produtor<br />

rural já vem obtendo. Já temos<br />

a agricultura <strong>de</strong> precisão, com mapas<br />

<strong>de</strong> solo e <strong>de</strong> aplicação, e as imagens<br />

aéreas são o os olhos do produtor,<br />

mas, numa escala maior.”<br />

Franchini acompanha um<br />

talhão <strong>de</strong> 65 hectares da Fazenda<br />

Indáia, da família Greggio. “Com o<br />

drone se consegue uma imagem<br />

que resume todo o conjunto <strong>de</strong><br />

manejo que está sendo colocado<br />

naquela área. No caso do milho, é<br />

possível trabalhar com aplicação <strong>de</strong><br />

nitrogênio à taxa variável, ou seja,<br />

na prática é possível distribuir melhor<br />

o nitrogênio. Ele aplicará menos<br />

nitrogênio on<strong>de</strong> a planta já tem<br />

alto potencial, e mais on<strong>de</strong> tem um<br />

potencial menor”, esclarece.<br />

Para Júlio Franchini, o drone<br />

traz uma vantagem significativa<br />

para o trabalho no campo. “É possível<br />

conseguir uma imagem com<br />

nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> muito maior,<br />

para ter mais segurança no que se<br />

está observando. O monitoramento<br />

é uma ferramenta po<strong>de</strong>rosa e as<br />

imagens do drone somam nesse<br />

trabalho, para tomar a <strong>de</strong>cisão mais<br />

rápida, uma vez que, o tempo é <strong>de</strong>cisivo<br />

para a agricultura. ”<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 23


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

Fernando Greggio está em busca <strong>de</strong><br />

soluções tecnológicas para produzir mais<br />

Lavoura<br />

mapeada<br />

Da mesa do seu escritório<br />

na Fazenda Indaiá, o agricultor<br />

Fernando Greggio, <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão (Centro-Oeste do Paraná),<br />

consegue acompanhar todo o trabalho<br />

que é realizado na lavoura,<br />

por meio do seu smartphone, Ipad<br />

ou computador. Ele também conta<br />

com um banco <strong>de</strong> dados com<br />

informações <strong>de</strong> diferentes aspectos<br />

para que possa tomar a melhor<br />

<strong>de</strong>cisão. “Estou buscando soluções<br />

para produzir mais. O produtor<br />

rural <strong>de</strong>ve buscar as inovações<br />

tecnológicas para obter mais produtivida<strong>de</strong><br />

e lucrativida<strong>de</strong>. ”<br />

Greggio faz uso da agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão e utiliza drones<br />

na proprieda<strong>de</strong>. Ele também<br />

adquiriu o software FieldView,<br />

aliando diversas tecnologias para<br />

obter o máximo <strong>de</strong> informações<br />

sobre a produção. “Todas informações<br />

coletadas nestas ferramentas<br />

estão formando um banco <strong>de</strong> dados<br />

da nossa fazenda. Analisamos<br />

o que é coletado para melhorar o<br />

<strong>de</strong>sempenho nas próximas safras.”<br />

Em 2011, ele enxergou na<br />

agricultura <strong>de</strong> precisão a porta <strong>de</strong><br />

entrada para um caminho <strong>de</strong> inovação<br />

e <strong>de</strong>senvolvimento. “Comecei<br />

a trabalhar para tentar tirar as<br />

manchas do solo. Coletamos as informações<br />

e mandamos para análise.<br />

Agora estamos rumo à agricultura<br />

4.0 que é uma inovação<br />

para todos os produtores. Já faz<br />

dois anos que estamos trabalhan-<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

do assim, colhendo dados e capacitando<br />

nossa equipe. No começo<br />

não é fácil, mas todo esse trabalho<br />

é para monitorar e planejar nossas<br />

ações daqui para frente”, analisa.<br />

O associado também está<br />

satisfeito com as informações que<br />

vem coletando com o FieldView.<br />

“Consigo monitorar o plantio para<br />

ver a velocida<strong>de</strong> da minha semeadura<br />

e a população, tirar relatórios<br />

individuais das planta<strong>de</strong>iras, verificar<br />

qual foi o rendimento <strong>de</strong> cada<br />

uma, como foi a distribuição e se<br />

teve problema em alguma linha.<br />

Além disso, consigo correlacionar<br />

os dados <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> e, no final,<br />

posso monitorar a produtivida<strong>de</strong>,<br />

que é o mais importante. É on<strong>de</strong><br />

faço o fechamento dos dados<br />

para correlacioná-los em cima do<br />

talhão e i<strong>de</strong>ntificar o que po<strong>de</strong> ter<br />

acontecido no talhão on<strong>de</strong> aparecem<br />

manchas <strong>de</strong> menor produtivida<strong>de</strong>.<br />

Assim, eu sei se foi compactação<br />

do solo, nematói<strong>de</strong>s,<br />

fertilida<strong>de</strong>, erro operacional, alagamento.<br />

”<br />

De acordo com Greggio,<br />

cada maquinário conta com um<br />

ipad que tem um chip. Tendo sinal<br />

<strong>de</strong> internet essas informações<br />

vão diretamente para a nuvem<br />

(memória com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

armazenamento em computadores<br />

e servidores compartilhados<br />

e interligados por meio da Internet).<br />

“Consigo i<strong>de</strong>ntificar tudo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro do escritório e se for em<br />

um lugar on<strong>de</strong> não pega celular,<br />

as informações ficam armazenadas<br />

no ipad e quando conectar no<br />

wifi, sincroniza me dando uma informação<br />

rápida e precisa. ”<br />

Com o drone, Greggio explica<br />

que está mapeando a partir<br />

da emergência, on<strong>de</strong> é possível<br />

fazer a contagem <strong>de</strong> plantas. “No<br />

meu plantio joguei uma <strong>de</strong>terminada<br />

população <strong>de</strong> sementes, e já<br />

consigo ver como ficou a população<br />

<strong>de</strong> plantas emergidas. Depois<br />

com o passar do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da cultura, juntamente com o mapa<br />

<strong>de</strong> satélite é possível correlacionar<br />

essas duas ferramentas para i<strong>de</strong>ntificar<br />

as manchas <strong>de</strong> solos e ver o<br />

que está acontecendo nos pontos<br />

mais fracos”, explica o cooperado.<br />

O engenheiro agrônomo,<br />

Guilherme da Silva Francicani,<br />

<strong>de</strong>staca que o associado Fernando<br />

Greggio, é um exemplo a ser<br />

seguido. “Esse trabalho do Fernando<br />

mostra os primeiros passos<br />

para um futuro <strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong><br />

em campo que não está tão distante.<br />

Temos que iniciar com essas<br />

ferramentas que estão disponíveis<br />

no mercado. Sabemos que a conexão<br />

<strong>de</strong> internet não está disponível<br />

em todas as proprieda<strong>de</strong>s,<br />

mas a tendência é melhorar e, se<br />

o agricultor começar aos poucos,<br />

no futuro será muito mais fácil. ”<br />

Francicani ressalta que o<br />

associado da <strong>Coamo</strong> conta com<br />

o apoio da cooperativa no uso<br />

<strong>de</strong>ssas ferramentas. “A agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão é o ‘exame médico<br />

da lavoura’, on<strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificam e<br />

analisam os problemas, para <strong>de</strong>pois<br />

realizar a correção <strong>de</strong> solo.<br />

Depois, essas informações são casadas<br />

com os mapas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> colheita e plantabilida<strong>de</strong>.<br />

Além disso, é possível utilizar os<br />

drones e o software FieldView. Em<br />

toda a área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>,<br />

os agrônomos estão preparados<br />

para prestar assistência ao associado<br />

no uso e análise <strong>de</strong>ssas informações.”<br />

Cooperado Fernando e o engenheiro agrônomo Guilherme analisam em tempo real os dados obtidos<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 25


COOPERATIVISMO<br />

Faturamento das cooperativas do<br />

PR atinge R$ 83,5 bilhões em <strong>2018</strong><br />

NÚMEROS FORAM APRESENTADOS DURANTE ENCONTRO ESTADUAL DO SETOR EM<br />

CURITIBA. COAMO PARTICIPOU COM UMA COMITIVA DE CERCA DE 100 COOPERADOS<br />

José Roberto Ricken, presi<strong>de</strong>nte do<br />

Sistema Ocepar, na abertura do Encontro<br />

Estadual <strong>de</strong> Cooperativistas Paranaenses<br />

R$ 83,5 bilhões. Este é o faturamento<br />

que as 215 cooperativas<br />

vinculadas ao Sistema<br />

Ocepar <strong>de</strong>vem atingir em <strong>2018</strong>, o<br />

que representa um crescimento <strong>de</strong><br />

18,9% em relação ao montante obtido<br />

no ano passado, que foi <strong>de</strong> R$<br />

70,3 bilhões. O anúncio foi feito no<br />

dia 06 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, em Curitiba,<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte da organização,<br />

José Roberto Ricken, na abertura<br />

do Encontro Estadual <strong>de</strong> Cooperativistas<br />

Paranaenses. “Mesmo com<br />

todas as dificulda<strong>de</strong>s vivenciadas no<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong>, o cooperativismo paranaense<br />

mantém firme sua estratégia<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, com planejamento<br />

e novos investimentos para<br />

aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda dos mercados.<br />

Profissionalização, inovação e mo-<br />

<strong>de</strong>rnização da gestão. Esse é o nosso<br />

jeito <strong>de</strong> funcionar, no passado, no<br />

presente e no futuro”, afirma.<br />

Mais pessoas também estão<br />

a<strong>de</strong>rindo ao cooperativismo<br />

paranaense, que abrange atualmente<br />

1,8 milhão <strong>de</strong> cooperados,<br />

ou seja 19,2% a mais em comparação<br />

ao registrado no ano passado<br />

(1,5 milhão). As exportações do<br />

setor atingiram US$ 3,9 bilhões<br />

neste ano, montante 3,8% superior<br />

ao <strong>de</strong> 2017 (US$ 3,3 bilhões).<br />

As cooperativas paranaenses também<br />

estão fechando o exercício<br />

contabilizando R$ 1,9 milhão em<br />

investimentos, R$ 2,1 milhões em<br />

impostos recolhidos e aumento<br />

<strong>de</strong> 3,8% nos empregos diretos gerados,<br />

passando <strong>de</strong> 93.144 postos<br />

em 2017 para 96.666 neste ano.<br />

“É importante frisar que<br />

gran<strong>de</strong> parte dos resultados obtidos<br />

pelas cooperativas se <strong>de</strong>ve<br />

à conquista <strong>de</strong> novos mercados,<br />

agregação <strong>de</strong> valor à produção,<br />

otimização das estruturas e o processo<br />

<strong>de</strong> integração em <strong>de</strong>senvolvimento<br />

no cooperativismo<br />

do Paraná”, frisa Ricken. “On<strong>de</strong><br />

há investimento, po<strong>de</strong> ter certeza<br />

que existe <strong>de</strong>manda por empregos.<br />

Em <strong>2018</strong>, as cooperativas<br />

paranaenses criaram 3.522 novos<br />

empregos, sendo comum a busca<br />

por trabalhadores <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> quilômetros<br />

para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda.<br />

Enfim, o que é isso senão <strong>de</strong>senvolvimento<br />

regional?”, acrescenta.<br />

De acordo com o presi-<br />

26 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


COOPERATIVISMO<br />

Cooperados <strong>de</strong> várias Unida<strong>de</strong>s da <strong>Coamo</strong> participaram do Encontro Estadual <strong>de</strong> Cooperativismo, em Curitiba<br />

Evento contou também com momentos <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> entre os participantes<br />

<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar, todos<br />

os ramos do cooperativismo paranaense<br />

têm obtido êxito em suas<br />

ativida<strong>de</strong>s. As agropecuárias, por<br />

exemplo, aumentaram sua participação<br />

no segmento e hoje são responsáveis<br />

por 60% do PIB agropecuário<br />

do Paraná. “No ramo crédito,<br />

as cooperativas crescem <strong>de</strong> forma<br />

segura e com alto nível <strong>de</strong> profissionalismo,<br />

tendo atingido em <strong>2018</strong> o<br />

número <strong>de</strong> 1 milhão e 600 mil associados,<br />

com crescimento <strong>de</strong> quase<br />

20% em relação ao ano anterior, viabilizando<br />

o acesso ao crédito para<br />

milhares <strong>de</strong> pessoas, em condições<br />

mais a<strong>de</strong>quadas e forte vínculo com<br />

as ações locais e regionais. Em 120<br />

municípios, as cooperativas <strong>de</strong> crédito<br />

são a única instituição financeira<br />

prestando bons serviços à população”,<br />

diz Ricken.<br />

Ele alerta ainda sobre a importância<br />

<strong>de</strong> ações integradas com<br />

outros segmentos para que essas<br />

ações tenham prosseguimento. “A<br />

continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho será<br />

possível se nos mantivermos integrados<br />

com as forças econômicas<br />

e políticas do Paraná, representado<br />

pelo G7 (grupo formado pelas<br />

principais fe<strong>de</strong>rações representativas<br />

do setor produtivo) e em<br />

sintonia com o governo do Paraná.<br />

É fundamental que prossigam<br />

as parcerias com as entida<strong>de</strong>s do<br />

Sistema S, como o Sebrae, Senar,<br />

Senai, Senac, Sest/Senat Sesc e o<br />

Sesi, essenciais para aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas<br />

dos empregados e cooperados<br />

das cooperativas”, sublinhou.<br />

“Nunca foi tão importante rever<br />

estratégias e replanejar o Sistema<br />

S. Se não houvesse este sistema<br />

organizado, quem faria esse importante<br />

trabalho? No caso do Sescoop,<br />

conseguimos aplicar 92%<br />

dos recursos na ativida<strong>de</strong> fim, com<br />

total sintonia com as cooperativas<br />

contribuintes”, complementa.<br />

Ricken falou ainda sobre<br />

a expectativa <strong>de</strong> que sejam implementadas<br />

melhorias no país para<br />

aumentar a competivida<strong>de</strong> brasileira.<br />

“Nosso <strong>de</strong>sejo é que sejam<br />

implementadas reformas consistentes<br />

que equacionem as <strong>de</strong>ficiências<br />

estruturais existentes, principalmente<br />

em relação à <strong>de</strong>manda<br />

por investimentos em infraestrutura<br />

tais como: portos, ferrovias,<br />

rodovias, energia, <strong>de</strong>ntre outras,<br />

origem dos custos elevados da logística<br />

que têm penalizado a nossa<br />

competitivida<strong>de</strong>, em especial para<br />

as comunida<strong>de</strong>s mais distantes<br />

dos centros consumidores. Talvez<br />

tenha sido necessário passar por<br />

tantas dificulda<strong>de</strong>s políticas e econômicas<br />

no Brasil para que as pessoas<br />

<strong>de</strong> bem se mobilizassem <strong>de</strong><br />

forma a apoiar as mudanças necessárias.<br />

O <strong>de</strong>sejo é que nossas instituições<br />

públicas se mo<strong>de</strong>rnizem,<br />

em benefício <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>”,<br />

ressalta. Fonte: Comunicação Ocepar.<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 27


Vista aérea das<br />

novas indústrias <strong>de</strong><br />

processamento <strong>de</strong> soja e<br />

refino <strong>de</strong> óleo<br />

Obras em Dourados chegam a 45%<br />

Quem passa pela rodovia<br />

BR-163, entre Dourados<br />

e Caarapó, no Mato Grosso<br />

do Sul, percebe a evolução nas<br />

obras das indústrias <strong>de</strong> processamento<br />

<strong>de</strong> soja e refinaria <strong>de</strong> óleo<br />

<strong>de</strong> soja da <strong>Coamo</strong>. O cronograma<br />

está <strong>de</strong>ntro da normalida<strong>de</strong>, atinge<br />

45% do total e conta com 1550<br />

trabalhadores <strong>de</strong> 68 empreiteiras<br />

contratadas. “A entrada em operação<br />

das novas indústrias está prevista<br />

para o segundo semestre <strong>de</strong><br />

2019 e já verificamos que o empreendimento<br />

vem impulsionando<br />

a economia da região”, informa<br />

Emerson Abrahão Mansano, gerente<br />

da Indústria <strong>de</strong> óleo da <strong>Coamo</strong><br />

em Dourados.<br />

A fase atual é <strong>de</strong> execução<br />

das obras civis com os trabalhos <strong>de</strong><br />

terraplanagem, estruturas metálicas,<br />

montagem mecânica e dos equipamentos,<br />

finalização das estacas,<br />

fabricação <strong>de</strong> pré-moldados na própria<br />

área industrial, concretagem nos<br />

blocos e lajes, e colocação dos pilares<br />

nos prédios principais. O novo<br />

empreendimento conta com uma<br />

indústria <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> soja<br />

para 3.000 toneladas <strong>de</strong> soja/dia,<br />

produção <strong>de</strong> farelo e óleo, e uma<br />

refinaria para 720 toneladas/dia <strong>de</strong><br />

óleo <strong>de</strong> soja refinado, equivalente a<br />

16 milhões <strong>de</strong> sacas <strong>de</strong> soja /ano.<br />

28 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


EVENTO TÉCNICO<br />

<strong>Coamo</strong> recebe Caravana da Soja<br />

Promovida pelo Canal<br />

Rural e Aprosoja, evento<br />

contou com apoio da<br />

<strong>Coamo</strong><br />

Realizada pelo sétimo ano<br />

consecutivo, o segundo no<br />

Estado do Paraná, A Caravana<br />

do Projeto Soja Brasil, <strong>de</strong>sembarcou<br />

no último dia 05 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro em Campo Mourão<br />

(Centro-Oeste do Paraná).<br />

Promovido pelo Canal Rural<br />

em parceria com a Associação<br />

dos Produtores <strong>de</strong> Soja do Brasil<br />

(Aprosoja Brasil) e cooperativas,<br />

com a coor<strong>de</strong>nação técnica da<br />

Embrapa Soja, em Campo Mourão<br />

o evento teve a <strong>Coamo</strong> como<br />

anfitriã e o círculo <strong>de</strong> palestras<br />

aconteceu na Associação do Engenheiros<br />

Agrônomos (AEACM),<br />

com a participação <strong>de</strong> centenas<br />

<strong>de</strong> cooperados e convidados.<br />

“Objetivo é disseminar<br />

informação para os produtores<br />

Gallassini na abertura do evento <strong>de</strong>stacou a importância do repasse <strong>de</strong> informações aos associados<br />

associados das cooperativas do<br />

Paraná, auxiliando-os sobre os<br />

mais diversos aspectos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

produção no campo até a comercialização<br />

da safra. Aproveitamos<br />

também para mostrar a todos o<br />

que é e como atua a Aprosoja no<br />

Estado e no Brasil”, esclarece o<br />

presi<strong>de</strong>nte da Aprosoja Paraná,<br />

Márcio Luiz Bonesi. “Quem participa<br />

fica muito mais informado e<br />

com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> tomar uma <strong>de</strong>cisão<br />

mais acertada e mais rápida”,<br />

garante.<br />

Durante o evento os participantes<br />

acompanham palestras<br />

sobre o Mercado, Câmbio e Perspectivas<br />

da Economia Brasileira,<br />

com o consultor técnico da Safras<br />

& Mercado Luiz Fernando Gutierrez;<br />

Boas Práticas <strong>de</strong> Produção,<br />

ministrada pelo pesquisador da<br />

Embrapa Soja Arnold Barbosa <strong>de</strong><br />

Oliveira; e Importância das Biotecnologias,<br />

com consultor técnico<br />

Alexandre Gazzola, do Conselho<br />

<strong>de</strong> Informações sobre Biotecnologia<br />

(CIB).<br />

Participantes acompanharam palestras sobre o mercado e perspectivas da economia, manejo <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> para altas produtivida<strong>de</strong>s e a importância das biotecnologia<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 29


CELEBRAÇÃO<br />

Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão comemora 50 anos<br />

Diversos fundadores, li<strong>de</strong>ranças<br />

do agronegócio <strong>de</strong><br />

Campo Mourão e <strong>de</strong> várias<br />

regiões do Estado do Paraná prestigiaram<br />

no dia 8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro a<br />

solenida<strong>de</strong> comemorativa dos 50<br />

anos <strong>de</strong> fundação do Sindicato Rural<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong><br />

fundada em março <strong>de</strong> 1968, Nelson<br />

Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, contou a história,<br />

as lutas e conquistas do Sindicato<br />

Rural. “É uma história muito<br />

bonita, o Sindicato suce<strong>de</strong>u a Associação<br />

Rural e sempre teve como<br />

missão a <strong>de</strong>fesa dos interesses dos<br />

produtores rurais, a promoção <strong>de</strong><br />

treinamentos para o aperfeiçoamento<br />

dos produtores e funcionários,<br />

visando a elevação das produtivida<strong>de</strong>s<br />

no setor agropecuário,<br />

bem como, a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida e geração <strong>de</strong> renda.”<br />

O ponto alto da cerimônia<br />

foi o momento <strong>de</strong> reconhecimento<br />

a <strong>de</strong>z agricultores, que fundaram<br />

o Sindicato Rural há 50 anos. São<br />

Agi<strong>de</strong> Meneguetti, presi<strong>de</strong>nte da Faep, com os fundadores do Sindicato Rural <strong>de</strong><br />

Campo Mourão, Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, José Aroldo Gallassini e Augusto Carneiro<br />

Eles: Antonio Roberto Azevedo<br />

Figueiredo, Augusto <strong>de</strong> Oliveira<br />

Carneiro, Henrique Schuwarz, José<br />

Aroldo Gallassini, José Carlos Carvalho,<br />

José Teodoro <strong>de</strong> Oliveira,<br />

Martin Kaiser, Nabi Assad, Nelson<br />

Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Pedro Jort e<br />

Rui Domingues Carneiro.<br />

“Os fundadores são os protagonistas,<br />

graças a iniciativa <strong>de</strong>stas<br />

pessoas, é que o Sindicato Rural<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão foi sonhado<br />

e criado. Essas pessoas tiveram um<br />

sonho e juntas <strong>de</strong>cidiram participar<br />

e abraçar uma causa, um i<strong>de</strong>al.<br />

Deste sonho nasceu o sindicato<br />

rural”, <strong>de</strong>stacou no seu pronunciamento,<br />

Ági<strong>de</strong> Meneguetti, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Fe<strong>de</strong>ração da Agricultura<br />

do Estado do Paraná (Faep), uma<br />

das várias autorida<strong>de</strong>s presentes<br />

no Recanto do Criador, anexo ao<br />

Parque <strong>de</strong> Exposição Getúlio Ferrari,<br />

em Campo Mourão.<br />

Fundadores do Sindicato foram homenageados durante a cerimônia em comemoração aos 50 anos do Sindicato Rural <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

30 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


DESEMPENHO<br />

<strong>Coamo</strong> recebe prêmio <strong>de</strong> melhor<br />

cooperativa agrícola do Brasil<br />

Gallassini recebeu a homenagem em<br />

nome dos 28,7 mil associados e dos<br />

7,5 mil funcionários. Entrega foi feita<br />

pela jornalista Vera On<strong>de</strong>i, editora da<br />

<strong>Revista</strong> Dinheiro Rural<br />

O<br />

engenheiro agrônomo e presi<strong>de</strong>nte<br />

da <strong>Coamo</strong> Agroindustrial Cooperativa<br />

recebeu na noite <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />

em São Paulo, o prêmio <strong>de</strong> Melhor Cooperativa<br />

Agrícola do Brasil. A cooperativa completou 48<br />

anos dia 28 <strong>de</strong> novembro e na noite <strong>de</strong> festa da<br />

Dinheiro Rural foi agraciada com dois prêmios -<br />

Melhor Gestão Financeira e Melhor na Categoria<br />

"Mega Cooperativas". A premiação é da <strong>Revista</strong><br />

Dinheiro Rural, da Editora Três e reconheceu as<br />

melhores companhias do agronegócio do país,<br />

no tradicional “As Melhores da Dinheiro Rural”.<br />

O evento premiou os melhores do ano<br />

em vários setores do Agronegócio e no seu<br />

anuário apresenta o ranking com as 300 melhores<br />

empresas do país na agropecuária brasileira.<br />

O ex-ministro da Agricultura e um dos<br />

expoentes do cooperativismo, Roberto Rodrigues,<br />

falou da importância da premiação da<br />

Dinheiro Rural. "É uma noite <strong>de</strong> colheita que<br />

estamos vivendo hoje, fruto <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong><br />

produtores que plantam suas safras com esperança,<br />

colhem altas produtivida<strong>de</strong>s e produzem<br />

alimentos para o Brasil e o mundo.”<br />

"O agronegócio é muito importante<br />

para o Brasil e vem alimentando o mundo e<br />

crescendo. A <strong>Coamo</strong> é <strong>de</strong>staque não só pelo<br />

seu tamanho com expressivos números <strong>de</strong> faturamento<br />

e volumes, mas também pelo excelente<br />

grau <strong>de</strong> eficiência em gestão corporativa<br />

e financeira", afirma Celso Masson, diretor <strong>de</strong><br />

Núcleo da Editora Três.<br />

Gallassini recebeu com alegria e gratidão<br />

a homenagem em nome dos 28,7 mil<br />

associados e dos 7,5 mil funcionários. "A<br />

<strong>Coamo</strong> é a melhor na Gestão Financeira e a<br />

melhor na categoria Mega Cooperativas. Partilhamos<br />

estas premiações com todos os associados<br />

e funcionários, como colheita <strong>de</strong> um<br />

ano muito positivo."<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 31


PONTO DE VISTA<br />

Brasil, o país que melhor cuida<br />

do meio ambiente no mundo<br />

Recentemente, participei em<br />

Lille, na França, da Conferência<br />

Mundial promovida<br />

pela Associação Internacional <strong>de</strong><br />

Soja Responsável (RTRS), representando<br />

a diretoria da <strong>Coamo</strong><br />

Agroindustrial Cooperativa.<br />

A Conferência Mundial recebeu<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 40 países dos cinco continentes,<br />

ligadas à ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />

da soja e discutiu várias questões<br />

referente a produção e fornecimento,<br />

incluindo também o papel<br />

dos governos e os riscos sociais.<br />

Esta foi a primeira vez que<br />

o setor produtivo brasileiro esteve<br />

no evento, representado por seis<br />

cooperativas agrícolas – das quais<br />

cinco do Estado do Paraná- que,<br />

juntas produzem 11% da produção<br />

brasileira <strong>de</strong> soja.<br />

Entendo ter sido muito importante<br />

a participação do nosso<br />

setor produtivo, haja vista a oportunida<strong>de</strong><br />

para rebater várias críticas<br />

feitas ao Brasil no tocante a produção<br />

agrícola e ao meio ambiente.<br />

Na oportunida<strong>de</strong>, mostramos<br />

ao mundo que o Brasil não<br />

é do jeito que eles pensam. Escutamos<br />

críticas <strong>de</strong> estrangeiros, <strong>de</strong><br />

ONG´s e até mesmo <strong>de</strong> brasileiros,<br />

<strong>de</strong> pessoas mal-intencionadas<br />

que, com suas i<strong>de</strong>ologias, retrataram<br />

um país que não cuida do<br />

meio ambiente, <strong>de</strong> terras estéreis<br />

e <strong>de</strong> agricultores que não usam<br />

tecnologia e estão empobrecendo,<br />

o que não é verda<strong>de</strong>.<br />

Mostramos ao mundo a<br />

verda<strong>de</strong>ira situação do nosso país,<br />

a qual é bem diferente do cenário<br />

apresentado por essas pessoas<br />

mal-intencionadas. O Brasil é o<br />

país que mais preserva o meio<br />

ambiente e vem aumentado a sua<br />

produção exatamente por contar<br />

com agricultores tecnificados e<br />

empreen<strong>de</strong>dores, preocupados<br />

com a natureza.<br />

Muitos países produtores<br />

<strong>de</strong> soja estão na verda<strong>de</strong> assustados<br />

com o crescimento agrícola do Brasil<br />

e fazendo <strong>de</strong> tudo para complicar e<br />

rebaixar a agricultura brasileira. Ao<br />

contrário do que eles tentam dizer,<br />

nós produzimos bem com responsabilida<strong>de</strong><br />

e sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

Indagamos no evento se<br />

os representantes <strong>de</strong> outros países<br />

tinham o CAR [Cadastro Ambiental<br />

Rural] – que é um registro<br />

eletrônico e obrigatório para todos<br />

os imóveis rurais, que integra<br />

as informações ambientais das<br />

áreas <strong>de</strong> preservação permanente,<br />

áreas <strong>de</strong> Reserva Legal, das florestas,<br />

vegetação nativa, e das áreas<br />

consolidadas das proprieda<strong>de</strong>s e<br />

posses rurais do país- e ninguém<br />

tinha, por isso ficaram mudos.<br />

Informamos também na<br />

oportunida<strong>de</strong>, que no Sul do Brasil<br />

20% da área <strong>de</strong> uma proprieda<strong>de</strong><br />

rural é <strong>de</strong>stinada para reserva<br />

legal - no Cerrado esse número<br />

sobe para 35% e na Amazônia é<br />

<strong>de</strong> 80% - e o agricultor não tem<br />

nenhuma remuneração por isso.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma situação<br />

bem diferente do que vimos por<br />

exemplo, na Alemanha, on<strong>de</strong> 100<br />

m² <strong>de</strong> pousio é subsidiado pelo<br />

valor <strong>de</strong> 6.000 euros, equivalente<br />

a cerca <strong>de</strong> R$ 25 mil. Diante da<br />

posição brasileira eles novamente<br />

ficaram silenciosos, haja vista que<br />

Engº Agrº Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, diretor-secretário<br />

da <strong>Coamo</strong> Agroindustrial Cooperativa, um dos<br />

precursores do Plantio Direto na região <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, segunda cida<strong>de</strong> no Brasil a implantar esta<br />

importante tecnologia na safra 1973/74.<br />

somente 7,3% da área brasileira<br />

é utilizada para uso da agricultura<br />

e o restante é ocupado com<br />

rios, matas, florestas e parques,<br />

enquanto que eles não têm mais<br />

área para plantio.<br />

Destacamos na Conferência<br />

Mundial <strong>de</strong> Soja Sustentável<br />

como pontos relevantes a prática<br />

pelos agricultores brasileiros do<br />

sistema <strong>de</strong> Plantio Direto, que foi<br />

a revolução da nossa agricultura, e<br />

a <strong>de</strong>volução e <strong>de</strong>stinação correta<br />

das embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos<br />

agrícolas, on<strong>de</strong> o Brasil se<br />

<strong>de</strong>staca tirando do campo milhares<br />

<strong>de</strong> embalagens que po<strong>de</strong>riam<br />

prejudicar o meio ambiente.<br />

Quando a gente vê notícias<br />

falando mal da agricultura<br />

brasileira é porque tem alguma<br />

coisa por trás, tem outros interesses.<br />

Tivemos um gran<strong>de</strong> orgulho<br />

em mostrar na França para o mundo<br />

que o agricultor brasileiro faz<br />

e muito bem a lição <strong>de</strong> casa, que<br />

o nosso país é o que melhor cuida<br />

do meio ambiente no mundo.<br />

Diante <strong>de</strong>ssa afirmação, eles ficaram<br />

em silêncio.<br />

32 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


RECONHECIMENTO<br />

Em <strong>2018</strong>, a cooperativa homenageou 389 funcionários com 10, 20, 30 e 40 anos <strong>de</strong> casa. Na imagem, os funcionários com 30 e 40 anos <strong>de</strong> <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Coamo</strong> homenageia funcionários no<br />

TEMPO DE CASA<br />

O<br />

programa Tempo <strong>de</strong> casa valoriza e<br />

reconhece os recursos humanos da<br />

cooperativa, um dos alicerces para o<br />

sucesso da <strong>Coamo</strong>. Uma cooperativa que investe<br />

no treinamento e na formação dos seus<br />

funcionários.<br />

Durante este ano <strong>de</strong> <strong>2018</strong> foram homenageados<br />

389 funcionários, dos quais 240<br />

com 10 anos, 80 com 20 anos, 63 com 30<br />

anos e 5 com 40 anos <strong>de</strong> trabalho na <strong>Coamo</strong>,<br />

Credicoamo, Via Sollus, Fups e Arcam.<br />

No total dos funcionários ativos na<br />

cooperativa, 2092 têm mais <strong>de</strong> 10 anos <strong>de</strong><br />

serviços ao grupo <strong>Coamo</strong>, sendo 10 com<br />

40 anos, 279 com 30, 543 com 20, e 1.267<br />

com 10 anos.<br />

Funcionários com 40 anos <strong>de</strong> <strong>Coamo</strong> em <strong>2018</strong>: Paulo Gilmar Fuzeto, gerente da<br />

Arcam, Val<strong>de</strong>licia Ribeiro Gonzales, Indústria <strong>de</strong> Óleo em Campo Mourão, Alcir<br />

José Goldoni, superinten<strong>de</strong>nte Comercial, José Aroldo Gallassini, Claudio Francisco<br />

Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, Luiz Celso Drancka, Roncador, e José<br />

Aparecido Bernardo, gerente Administrativo da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 33


‘Seo’ Terumi, cooperado em Pinhão,<br />

com a esposa Masako Suzuki<br />

UM LEGADO DA IMIGRAÇÃO<br />

JAPONESA PARA O CAMPO<br />

EQUIPE DE REPORTAGEM DA REVISTA COAMO VISITOU COOPERADOS EM<br />

PINHÃO (PR) E JURANDA (PR) PARA RESGATAR A HISTÓRIA DE JAPONESES<br />

QUE ESCOLHERAM O CAMPO PARA TRABALHAR E PROGREDIR<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />

‘Seo’ Terumi chegou no Brasil em 1968 e após <strong>de</strong>sembarcar do navio em Santos partiu para Guarapuava<br />

Dois mil e <strong>de</strong>zoito é um ano<br />

especial para os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> japoneses que<br />

vivem no Brasil, pois comemoram<br />

110 anos <strong>de</strong> imigração. Foi em 18<br />

<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1908 que o navio Kasato<br />

Maru atracou em Santos com os<br />

primeiros 781 imigrantes do Japão.<br />

As famílias ainda cultivam tradições<br />

trazidas na bagagem e comemoram<br />

a permanência e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

no país que os acolheu,<br />

sempre valorizando a terra, família e<br />

a cultura. Parte <strong>de</strong>sta história é contada<br />

por associados da <strong>Coamo</strong> que<br />

emigraram em busca <strong>de</strong> uma vida<br />

melhor em solo brasileiro.<br />

A reportagem da <strong>Revista</strong><br />

<strong>Coamo</strong> visitou cooperados em Pinhão<br />

(Centro-Sul do Paraná) e em<br />

Juranda (Centro-Oeste do Paraná)<br />

com o intuito <strong>de</strong> resgatar a história<br />

<strong>de</strong> quem escolheu o campo para<br />

trabalhar e progredir. ‘Seo’ Terumi<br />

Suzuki, hoje com 74 anos, veio do<br />

Japão ainda jovem, com 23 anos <strong>de</strong><br />

ida<strong>de</strong>. Ele conta que a escolha pelo<br />

Brasil foi para realizar um sonho:<br />

ser agricultor. “No Japão isso não<br />

seria possível, pois não tinha área.<br />

Eu queria ser gran<strong>de</strong> agricultor. Na<br />

época, estudava em um colégio<br />

agrícola e uns três anos antes <strong>de</strong> eu<br />

vir para o Brasil colegas já tinham<br />

vindo e isso me incentivou”, revela o<br />

associado.<br />

‘Seo’ Terumi chegou no<br />

Brasil em 1968 e após <strong>de</strong>sembarcar<br />

do navio em Santos partiu para<br />

Guarapuava para trabalhar em plantações<br />

<strong>de</strong> batata. “Na época não<br />

existia soja. Somente trigo no inverno<br />

e batata no verão”, diz. Antes <strong>de</strong><br />

se mudar para Pinhão, ele ainda foi<br />

para o interior <strong>de</strong> São Paulo, on<strong>de</strong><br />

conheceu a esposa Masako Suzuki,<br />

também nascida no Japão e veio<br />

para o Brasil aos 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

“Chegamos em Pinhão em 1977 e<br />

compramos duas áreas. Uma <strong>de</strong><br />

150 alqueires e outra <strong>de</strong> 200. Só<br />

que era tudo mato. Adquirimos dois<br />

tratores <strong>de</strong> esteira para <strong>de</strong>stocar e<br />

plantar batata. Naquela época os japoneses<br />

só cultivavam batata, frutas<br />

e hortaliças.” O cooperado recorda<br />

que no início chegou a trabalhar<br />

com ameixa, mas era muito complicado<br />

porque para armazenar tinha<br />

que levar a fruta em Guarapuava,<br />

pois em Pinhão não tinha energia<br />

elétrica. Era uma viagem <strong>de</strong> 50 quilômetros<br />

todos os dias por estrada<br />

<strong>de</strong> terra.”<br />

‘Seo’ Terumi é associado<br />

da <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999. Ele se<br />

No <strong>de</strong>staque, 'seo' Terumi, com o grupo <strong>de</strong> imigrantes, em 1968, no navio Brazil - Maru<br />

‘Seo’ Terumi Suzuki, <strong>de</strong> Pinhão (PR), veio do<br />

Japão ainda jovem, com 23 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 35


110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />

COMUNIDADE JAPONESA NO BRASIL AINDA CULTIVA TRADIÇÕES E COMEMORA A<br />

PERMANÊNCIA E O DESENVOLVIMENTO NO PAÍS VALORIZANDO A TERRA E A FAMÍLIA<br />

diz realizado e agra<strong>de</strong>cido por ter sido acolhido<br />

pelo Brasil. “Eu era um jovem corajoso porque<br />

vim sozinho. Vendo tudo o que passou, digo que<br />

valeu a pena. Hoje temos 330 alqueires <strong>de</strong> terra,<br />

mas não tinha nada. Comecei do zero. Se tivesse<br />

ficado no Japão hoje seria funcionário <strong>de</strong> alguma<br />

firma. Porém, meu sonho era ser agricultor e só<br />

po<strong>de</strong>ria ser realizado no Brasil. Sinto sauda<strong>de</strong> do<br />

Japão, mas só para passear”, pon<strong>de</strong>ra o associado<br />

que é pai <strong>de</strong> três filhos.<br />

‘Seo’ Terumi com a esposa Masako Suzuki, também nascida<br />

no Japão e veio para o Brasil com 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

No navio, durante a viagem para o Brasil, ‘seo’<br />

Terumi aproveitava o tempo para praticar Kendo<br />

Novas oportunida<strong>de</strong>s no Brasil<br />

Hirotaka Matsuda com o gerente da <strong>Coamo</strong> em Pinhão, Mercilo Bertolini<br />

Hirotaka Matsuda, também <strong>de</strong> Pinhão, saiu<br />

do Japão no final <strong>de</strong> 1959 e <strong>de</strong>sembarcou no Brasil<br />

no dia 20 fevereiro <strong>de</strong> 1960. Ele tinha 11 anos e<br />

foram mais <strong>de</strong> 60 dias com a família a bordo <strong>de</strong> um<br />

navio cargueiro. Na época, a crise pós-guerra assolava<br />

os japoneses e a propaganda <strong>de</strong> que no Brasil<br />

havia prosperida<strong>de</strong> chamou a atenção do pai do ‘seo’<br />

Hirotaka, que trabalhava no Japão fazendo frete com<br />

um pequeno caminhão.<br />

Logo que chegaram foram trabalhar em lavouras<br />

<strong>de</strong> tomate em Socorro, no interior <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Começaram como empregados e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> meeiros.<br />

Tempos <strong>de</strong>pois iniciaram com o plantio <strong>de</strong> hortaliças<br />

que eram vendidas em feiras. Em 1974, mudaram<br />

para o cultivo <strong>de</strong> batatas o que os levaram a conhecer<br />

Guarapuava e, <strong>de</strong>pois, Pinhão on<strong>de</strong> estão até hoje.<br />

“Ficamos sabendo que existia Guarapuava porque<br />

36 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />

vimos um caminhão com a placa<br />

do município. Eu e meu irmão ficamos<br />

curiosos e visitamos a cida<strong>de</strong>,<br />

on<strong>de</strong> ficamos três anos e <strong>de</strong>pois<br />

viemos para Pinhão. Estou aqui há<br />

mais <strong>de</strong> 30 anos, trabalhando com<br />

batata e <strong>de</strong>pois cereais.”<br />

O associado da <strong>Coamo</strong><br />

está hoje com 69 anos. Ele diz<br />

que os pais fizeram a escolha<br />

certa na época e se tivessem<br />

ficado no Japão não teriam a<br />

mesma oportunida<strong>de</strong> que tiveram<br />

no Brasil. “Temos parentes<br />

que continuam no Japão. Eles<br />

levam uma vida boa, mas o Brasil<br />

nos <strong>de</strong>u mais condições <strong>de</strong><br />

trabalhar e prosperar”, recorda.<br />

O pai do ‘seo’ Hirotaka faleceu<br />

há cerca <strong>de</strong> cinco anos e a mãe<br />

<strong>de</strong>le vive no interior <strong>de</strong> São Paulo,<br />

com 90 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

Hirotaka Matsuda veio do<br />

Japão com 11 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

O primeiro japonês em Pinhão<br />

Casal Kesao e Mituko, em 1980, em uma das lavouras <strong>de</strong> batata cultivadas em Pinhão, e ao lado com os filhos Cristina, Eduardo e Cláudio<br />

Kesao Yamazaki foi o primeiro<br />

japonês a morar em Pinhão.<br />

Ele residia em Mogi das Cruzes,<br />

interior <strong>de</strong> São Paulo, e chegou no<br />

município em 1974 para, também,<br />

trabalhar em lavouras <strong>de</strong> batata.<br />

Em São Paulo, trabalhava com os<br />

pais e a opção pela mudança foi<br />

em busca <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong> uma vida mais próspera.<br />

“Aqui se plantavam gran<strong>de</strong>s<br />

safras <strong>de</strong> batatas e era a chance<br />

<strong>de</strong> crescer. Vim com um cunhado.<br />

Durante vários anos trabalhamos<br />

somente com a batata. Há algum<br />

tempo partimos para a produção<br />

<strong>de</strong> cereais. Hoje trabalhamos com<br />

as duas ativida<strong>de</strong>s”, comenta. Ele<br />

recorda que quando chegaram<br />

no município, a situação era bem<br />

diferente, com estradas sem asfalto<br />

e pouca estrutura para investimentos.<br />

Os pais do ‘seo’ Kesao<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 37


110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />

SÃO MUITOS OS EXEMPLOS DE FAMÍLIAS QUE TROCARAM O JAPÃO PELO BRASIL,<br />

E ENCONTRARAM NOVAS OPORTUNIDADES, SEJA NO CAMPO OU NA CIDADE<br />

vieram da região <strong>de</strong> Nagano, por volta <strong>de</strong> 1936. Segundo<br />

ele, os primeiros imigrantes queriam vir para o<br />

Brasil, ganhar dinheiro e voltar para o Japão. “Porém,<br />

isso nunca aconteceu. Quem veio ficou, até mesmo<br />

porque não ganharam a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dinheiro que<br />

imaginavam”, comenta o associado que é casado<br />

com a também <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> japonês Mituko Yamazaki.<br />

Kesao Yamazaki com a esposa<br />

Mituko. Trabalho em família e<br />

parceria com a <strong>Coamo</strong><br />

Produção com foco, fé e união<br />

Os irmãos João, Toshinori<br />

e Francisco Maeda, <strong>de</strong> Juranda<br />

(Centro-Oeste do Paraná), estão<br />

na segunda geração <strong>de</strong> japoneses<br />

no Brasil. A história <strong>de</strong>les<br />

começou com o pai Masanori, já<br />

falecido, que veio do Japão aos<br />

17 anos. Eles vieram ainda jovens<br />

<strong>de</strong> Martinópolis, interior <strong>de</strong><br />

São Paulo e resi<strong>de</strong>m na região <strong>de</strong><br />

Boa Esperança e Juranda, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1960. Juntos, administram uma<br />

área <strong>de</strong> 49 alqueires e suas médias<br />

<strong>de</strong> produção estão em torno<br />

<strong>de</strong> 180 sacas <strong>de</strong> soja e 260 sacas<br />

<strong>de</strong> milho safrinha.<br />

Na época, a família veio<br />

para o Paraná para trabalhar com<br />

lavouras <strong>de</strong> café, mas acabaram<br />

não tendo sucesso já que o clima<br />

frio não ajudava a condução da<br />

ativida<strong>de</strong>. João explica que, <strong>de</strong>pois<br />

do café, a família passou para<br />

o cultivo <strong>de</strong> algodão. “Naquele<br />

tempo, a região tinha muito mais<br />

moradores do que hoje, eram<br />

muitas as famílias que trabalhavam<br />

e tiravam sua renda do trabalho<br />

com o algodão. Tínhamos<br />

gran<strong>de</strong>s comunida<strong>de</strong>s, era muita<br />

gente, bem diferente do que temos<br />

hoje”, lembra.<br />

A agricultura sempre foi o<br />

carro-chefe da família. Seu João<br />

recorda que apren<strong>de</strong>u a trabalhar<br />

no campo com o pai, seguindo os<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


110 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA<br />

passos e seus ensinamentos. “É preciso<br />

acompanhar a evolução, sem<br />

tecnologia não vamos progredir.<br />

Tivemos sempre o apoio da <strong>Coamo</strong><br />

e agra<strong>de</strong>cemos ao cooperativismo.<br />

Des<strong>de</strong> o início, sempre fomos bem<br />

servidos com a <strong>Coamo</strong>, se não fosse<br />

ela, estaria ruim. A assistência técnica<br />

ajudou a melhorar muito a nossa<br />

produção e a renda da família.”<br />

Toshinori lembra que foi<br />

com seu pai seu início na agricultura<br />

nos bons tempos do algodão,<br />

quando a enxada era o principal<br />

instrumento <strong>de</strong> trabalho. “A enxada<br />

está esquecida, pois tudo está mais<br />

mo<strong>de</strong>rno. A nova geração <strong>de</strong> agricultores<br />

tem novas ferramentas e<br />

mais comodida<strong>de</strong> para trabalhar.”<br />

Ele acrescenta que os tempos<br />

são outros e as novas tecnologias<br />

estão ajudando a impulsionar<br />

a produção no campo. “Hoje colhemos<br />

até 200 sacas <strong>de</strong> soja por<br />

alqueire, antigamente, se a gente<br />

colhesse 80 sacas já estava bom<br />

<strong>de</strong>mais. A <strong>Coamo</strong> nos ajudou muito<br />

nessa evolução. Está à frente para<br />

nos apoiar e difundir as novas e mo<strong>de</strong>rnas<br />

técnicas.”<br />

Com sauda<strong>de</strong>s do pai e das<br />

boas lições, o irmão Francisco agra<strong>de</strong>ce<br />

o repasse <strong>de</strong> informações passadas<br />

por ele há algumas décadas.<br />

“Meu pai nos ensinou muito, trabalhávamos<br />

<strong>de</strong> sol a sol e conseguimos<br />

evoluir. Após a morte do pai, ficamos<br />

só nós os irmãos Maeda, mas<br />

sempre unidos e trabalhando junto<br />

com a família.”<br />

‘Seo’ Francisco agra<strong>de</strong>ce a<br />

cooperativa por fazer parte da história<br />

da família. “Graças ao apoio da<br />

<strong>Coamo</strong>, temos comodida<strong>de</strong> e segurança<br />

para fazer um plantio bem feito<br />

e colher bem, e com boas safras<br />

temos boa renda.”<br />

Acima os irmãos João, Francisco e Toshinori; e abaixo a família Maeda<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 39


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<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


EM MEMÓRIA<br />

Cooperativismo per<strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> professor: Albino Gavlak<br />

"Sempre procurei ensinar e fazer o aluno pensar, refletir e organizar<br />

seu pensamento, e pensar sobre o que querem para a vida"<br />

A<br />

diretoria da <strong>Coamo</strong> lamenta o falecimento<br />

do professor Albino Gavlak,<br />

85, ocorrido dia 29 <strong>de</strong> novembro em<br />

Curitiba. Gavlak esteve à frente <strong>de</strong> 16 turmas<br />

do Programa <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens<br />

Cooperativistas. Este programa iniciou em<br />

1998, agraciado em 2004 como o melhor projeto<br />

<strong>de</strong> Educação Cooperativista do Brasil e<br />

dia 27 <strong>de</strong> novembro formou a sua 22ª turma.<br />

“Sempre procurei ensinar e fazer<br />

o aluno pensar, refletir e organizar seu<br />

pensamento. O meu papel foi <strong>de</strong>spertar e<br />

fazer com que os jovens refletissem e pensassem<br />

o que querem para a vida. Fico feliz<br />

ao lembrar do sucesso dos trabalhos com<br />

as diversas turmas na <strong>Coamo</strong> e a certeza<br />

<strong>de</strong> que a educação é o alicerce do cooperativismo”,<br />

disse há alguns anos o professor<br />

Albino Gavlak.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, José<br />

Aroldo Gallassini, a atuação do professor<br />

Albino Gavlak foi muito importante para a<br />

construção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto<br />

<strong>de</strong> educação cooperativista. “O professor<br />

Albino tinha um gran<strong>de</strong> conhecimento, pedagogia<br />

e experiência para repassar ensinamentos<br />

à milhares <strong>de</strong> alunos na sua trajetória<br />

<strong>de</strong> educador e professor.”<br />

O trabalho da <strong>Coamo</strong> na educação<br />

cooperativista com os jovens vem contabilizando<br />

bons resultados, provocando mudanças<br />

no comportamento e gerenciamento das<br />

ativida<strong>de</strong>s. “Estamos cumprindo o objetivo<br />

<strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>sta nova geração <strong>de</strong> produtores<br />

empreen<strong>de</strong>dores com ênfase para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento dos seus potenciais <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>rança, gestão e administração, e o professor<br />

Albino foi muito importante”, explica<br />

Gallassini.<br />

Atributos<br />

"O seu Albino foi um homem com<br />

uma vida profissional voltada ao cooperativismo<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados da década <strong>de</strong> 60. Foi<br />

um professor, conferencista maravilhoso, formou<br />

inúmeras turmas motivando, dividindo<br />

experiências e isso o tornava ímpar. Como<br />

marido, pai, avô e bisavô era carinhoso com<br />

todos e sempre preocupado com o bem-<br />

-estar dos familiares. Foi um homem <strong>de</strong> fé,<br />

otimista e um professor. Uma pessoa que<br />

olhava as pessoas com ternura, carinho e<br />

amor. Um educador, pessoa amiga que sonhava<br />

em transformar o mundo para melhor<br />

e conseguiu. E fazia um churrasquinho <strong>de</strong><br />

dar água na boca", disse um dos seus familiares<br />

em sua homenagem.<br />

Albino Gavlak esteve à frente <strong>de</strong> 16 turmas do Programa<br />

<strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Cooperativistas<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA<br />

41


FORMAÇÃO NO CAMPO<br />

<strong>Coamo</strong> forma 22ª turma <strong>de</strong><br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas<br />

Cerca <strong>de</strong> 50 associados, representando<br />

várias unida<strong>de</strong>s<br />

da <strong>Coamo</strong> no Paraná<br />

e Santa Catarina, participaram no<br />

dia 27 <strong>de</strong> novembro da formatura<br />

da 22ª turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />

Cooperativistas. O curso é realizado<br />

anualmente e são realizados<br />

diversos módulos até a formatu-<br />

Daniel Carriel Rickli, <strong>de</strong> Reserva, foi o orador da turma<br />

ra, com aulas em Campo Mourão<br />

(Centro-Oeste do Paraná).<br />

A <strong>Coamo</strong> acredita que o<br />

processo <strong>de</strong> mudança para tornar<br />

o cooperativismo e o agronegócio<br />

mais produtivo e eficiente passa<br />

pela formação, educação e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos cooperados.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, José<br />

Aroldo Gallasini, os jovens cooperados<br />

representam o presente e o<br />

futuro promissor do cooperativismo<br />

e do agronegócio e, por isso,<br />

a diretoria é a principal apoiadora<br />

e incentivadora para a realização<br />

<strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> formação.<br />

O formando André Luís<br />

Tonet, <strong>de</strong> Campo Mourão (Centro-Oeste<br />

do Paraná), observa<br />

que levará todo conhecimento e<br />

experiência adquiridos no curso,<br />

para o seu dia a dia, seja profissional<br />

ou pessoal. “O curso abre<br />

caminhos. Fazemos amiza<strong>de</strong>s e<br />

trocamos informações com cooperados<br />

que têm outras realida<strong>de</strong>s.<br />

Apren<strong>de</strong>mos conduzir nossa<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma mais eficiente<br />

e traçamos metas para a nossa<br />

vida”, comenta.<br />

O programa capacita a<br />

geração <strong>de</strong> cooperados para<br />

<strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong> forma gradual<br />

42 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


FORMAÇÃO NO CAMPO<br />

Liana Faccio, <strong>de</strong> Ipuaçu (SC)<br />

Marcos André Paludo, <strong>de</strong> São Domingos (SC)<br />

André Luís Tonet, <strong>de</strong> Campo Mourão (PR)<br />

e contínua o seu potencial <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança,<br />

gestão e administração<br />

na ativida<strong>de</strong> rural. Liana Faccio,<br />

<strong>de</strong> Ipuaçu (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />

comenta que o curso foi<br />

uma superação e uma experiência<br />

que não imaginava passar.<br />

“Sabia que seria um <strong>de</strong>safio. Foi<br />

um curso que superou as expectativas.<br />

De todos os módulos, o<br />

mais interessante foi o que trabalhou<br />

com a li<strong>de</strong>rança. Volto<br />

para casa com mais confiança e<br />

conhecimento para agregar no<br />

meu dia a dia.”<br />

Daniel Rickly, <strong>de</strong> Reserva<br />

(Centro-Norte do Paraná), foi o<br />

orador da turma. Segundo ele, o<br />

curso oportunizou novos conhecimentos<br />

e interação junto aos colegas<br />

e professores. "Adquirimos<br />

muito conhecimento, e apren<strong>de</strong>mos<br />

que um conhecimento sem<br />

transformação não é sabedoria.<br />

Então vamos nos transformar, continuar<br />

nos transformando e aplicar<br />

os novos aprendizados em nossa<br />

vida. Vamos colocar em prática<br />

para apren<strong>de</strong>r mais, pois é fazendo<br />

que se apren<strong>de</strong>."<br />

De acordo com o associado<br />

Marcos André Paludo, <strong>de</strong> São<br />

Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />

o curso proporciona mais<br />

conhecimento e participação nas<br />

ativida<strong>de</strong>s técnicas, educacionais<br />

e sociais da cooperativa, além<br />

<strong>de</strong> ampliar as habilida<strong>de</strong>s profissionais<br />

com uma visão <strong>de</strong> futuro.<br />

“Conheci um pouco mais sobre a<br />

<strong>Coamo</strong>. É uma satisfação ser sócio<br />

<strong>de</strong> uma cooperativa que valoriza<br />

os associados e que tem o<br />

doutor Aroldo à frente com toda<br />

honestida<strong>de</strong> e simplicida<strong>de</strong>. Com<br />

o curso, melhorei em vários aspectos<br />

e estou aberto à novos conhecimentos.<br />

”<br />

Com a formação, os jovens<br />

passam a ser responsáveis<br />

pela implantação <strong>de</strong> um novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> administração rural,<br />

muito mais profissional. Na gestão<br />

dos negócios na proprieda<strong>de</strong>,<br />

ou mesmo quando atuam<br />

em parceria em os pais, eles trabalham<br />

<strong>de</strong> forma arrojada, sem<br />

esquecer das lições geradas por<br />

suas famílias. Com os pés no chão<br />

e a mente no futuro, eles buscam<br />

resultados concretos baseados<br />

na prática do planejamento e gerenciamento,<br />

e o sucesso do seu<br />

empreendimento.<br />

O professor Juacir João<br />

Wischneski, instrutor do curso,<br />

comenta que o programa é vitorioso<br />

e vem transformando as<br />

li<strong>de</strong>ranças da <strong>Coamo</strong> para melhor.<br />

"Gallassini vem ensinando<br />

ao longo <strong>de</strong>ssas décadas o que<br />

é dignida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> e perseverança.<br />

Com seu exemplo<br />

aprendi que ser íntegro não é<br />

obrigação, assim como integrida<strong>de</strong><br />

não é regra. Esse grupo<br />

<strong>de</strong> jovens é íntegro, criaram, se<br />

<strong>de</strong>senvolveram e estão fortalecidos.<br />

Po<strong>de</strong>m continuar assumindo<br />

compromissos porque<br />

a <strong>Coamo</strong> precisa continuar a se<br />

<strong>de</strong>senvolver e crescer. Um gran<strong>de</strong><br />

caminho é continuar <strong>de</strong>senvolvendo<br />

lí<strong>de</strong>res para compartilhar<br />

esta integrida<strong>de</strong> e fazer a<br />

socieda<strong>de</strong> ser muito melhor."<br />

O programa Jovens Lí<strong>de</strong>res<br />

da <strong>Coamo</strong> foi premiado em<br />

2004 pela Organização das Cooperativas<br />

do Brasil (OCB) e <strong>Revista</strong><br />

Globo Rural como o “Melhor Programa<br />

<strong>de</strong> Educação Cooperativista”,<br />

do Brasil.<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 43


NATAL DE LUZES<br />

reúne milhares <strong>de</strong> pessoas na <strong>Coamo</strong><br />

Evento contou com<br />

apresentação artística,<br />

acendimento das luzes <strong>de</strong><br />

Natal e chegada do Papai Noel<br />

Foi realizado na noite <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> novembro,<br />

data em que a <strong>Coamo</strong> comemorou<br />

48 anos <strong>de</strong> fundação, o<br />

tradicional Natal <strong>de</strong> Luzes. Com o tema<br />

“Quero ver neste Natal o mundo se enchendo<br />

<strong>de</strong> paz e amor”, o evento abriu<br />

as festivida<strong>de</strong>s natalinas em Campo<br />

Mourão (Centro-Oeste do Paraná).<br />

A programação contou com<br />

apresentação do Grupo Vesná, <strong>de</strong> Roncador,<br />

que vem movimentado e divulgando<br />

a cultura ucraniana, e recentemente<br />

representou a Ucrânia na Feira<br />

das Embaixadas, em Brasília. Cantando<br />

músicas alusivas ao Natal, o grupo en-<br />

44 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


FESTIVIDADE<br />

Chegada do Papai Noel emocionou e encantou a todos<br />

Programação contou com apresentação do Grupo Vesná, <strong>de</strong> Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />

cantou milhares <strong>de</strong> pessoas que prestigiaram<br />

o tradicional evento promovido<br />

pelo <strong>Coamo</strong>. A associada da Arcam,<br />

Anna Paula Rodrigues, interpretou a música<br />

tema do Natal <strong>de</strong> Luzes <strong>Coamo</strong> e<br />

emocionou a todos.<br />

O acendimento das luzes no prédio<br />

da Administração Central e a queima<br />

<strong>de</strong> fogos foram um show à parte. A chegada<br />

do Papai Noel encantou e mexeu<br />

com o imaginário <strong>de</strong> crianças e adultos.<br />

Até o final do ano a iluminação continuará<br />

acesa, fazendo do local um cartão postal<br />

para a população <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

e para quem visita a cida<strong>de</strong>.<br />

Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong> José Aroldo Gallassini recebeu homenagem do grupo<br />

Associada da Arcam, Anna Paula Rodrigues, interpretou a música tema do Natal <strong>de</strong> Luzes <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 45


ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />

COAMO 48 ANOS,<br />

<strong>de</strong> sucesso e soli<strong>de</strong>z<br />

Cooperados fundadores: Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Martin Kaiser, José Aroldo Gallassini e Moacir José Ferri, no evento <strong>de</strong> comemoração em Campo Mourão<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> comemorou no<br />

dia 28 <strong>de</strong> novembro, 48<br />

anos <strong>de</strong> fundação. Para<br />

celebrar, foram realizados eventos<br />

alusivos à data em todas as unida<strong>de</strong>s<br />

da cooperativa no Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />

Em Campo Mourão, na Administração<br />

Central da <strong>Coamo</strong>, a comemoração<br />

reuniu, a diretoria, fundadores,<br />

cooperados e funcionários.<br />

“Parabenizamos os cooperados e<br />

funcionários e, por extensão, seus<br />

familiares, clientes, fornecedores<br />

e consumidores. Juntos formamos<br />

uma família <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 120<br />

mil pessoas e com alegria e satisfação,<br />

nos reunimos para celebrar<br />

os 48 anos da <strong>Coamo</strong>”, comenta o<br />

i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>,<br />

José Aroldo Gallassini.<br />

A <strong>Coamo</strong> foi fundada<br />

no dia 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1970<br />

por 79 agricultores pioneiros <strong>de</strong><br />

Campo Mourão. “A <strong>Coamo</strong> é uma<br />

cooperativa <strong>de</strong> sucesso, é orgulho<br />

do campo, do Brasil e do mundo<br />

para a satisfação dos mais <strong>de</strong> 28<br />

mil associados e mais <strong>de</strong> 7,5 mil<br />

funcionários. Assim, a <strong>Coamo</strong> vem<br />

contabilizando números positivos<br />

ao longo <strong>de</strong>sses 48 anos <strong>de</strong> existência”,<br />

comenta.<br />

A <strong>Coamo</strong> nasceu e cresceu<br />

conjugando a força, união e<br />

trabalho dos associados, diretoria<br />

e funcionários, e vem proporcionando<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento direto<br />

e a melhoria da produção, da renda<br />

e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para<br />

milhares <strong>de</strong> pessoas. “Nesses 48<br />

anos, ultrapassamos e vencemos<br />

muitos <strong>de</strong>safios, e juntos, estamos<br />

preparados para enfrentar<br />

e vencer os <strong>de</strong>safios do presente<br />

e futuro. Sempre com a missão<br />

<strong>de</strong> gerar renda aos cooperados,<br />

com <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />

do agronegócio, e ser a melhor<br />

opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento aos<br />

cooperados, realização profissional<br />

aos funcionários, produtos aos<br />

clientes e negócios aos parceiros”,<br />

salienta Gallassini.<br />

A cooperativa é uma das<br />

maiores da América Latina, respon<strong>de</strong>ndo<br />

por 3,5% <strong>de</strong> toda a<br />

46 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />

produção nacional <strong>de</strong> grãos e fibras e 16% da safra<br />

paranaense. O forte relacionamento com o quadro<br />

social tem garantido à <strong>Coamo</strong> resultados cada vez<br />

mais expressivos. “Os bons resultados geram tributos,<br />

empregos e divisas, e contribuem para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do nosso país”, comemora Gallassini.<br />

Na <strong>Coamo</strong>, trabalho, profissionalismo, honestida<strong>de</strong><br />

e união são valores cultuados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

fundação da cooperativa. Tudo é planejado com<br />

visão <strong>de</strong> futuro, buscando agregar mais valor à<br />

produção dos cooperados. O segredo <strong>de</strong> todo o<br />

sucesso está alicerçado em quatro fatores básicos:<br />

a política <strong>de</strong> capitalização, a estabilida<strong>de</strong> administrativa,<br />

o apoio incondicional dos cooperados e a<br />

harmonia existente entre a diretoria, cooperados<br />

e funcionários. “Toda essa trajetória <strong>de</strong> sucesso<br />

Evento em Campo Mourão reuniu diretoria, cooperados e funcionários<br />

da <strong>Coamo</strong> é fruto <strong>de</strong> muito trabalho e <strong>de</strong>dicação.<br />

Um trabalho alicerçado pelo tripé - diretoria, cooperados<br />

e funcionários. Com todos puxando para<br />

o mesmo lado, o resultado não po<strong>de</strong>ria ser outro”,<br />

<strong>de</strong>staca o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>.<br />

Fundadores na comemoração<br />

A cerimônia em comemoração aos 48 da<br />

<strong>Coamo</strong>, em Campo Mourão contou com a presença<br />

<strong>de</strong> três dos 79 fundadores que assinaram a ata <strong>de</strong><br />

instalação da cooperativa, em novembro <strong>de</strong> 1970.<br />

Martin Kaiser, cooperado número 12, Moacir José<br />

Ferri, número 32, e Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira,<br />

número 48. Eles se juntaram a outros cooperados,<br />

funcionários e diretoria na celebração do aniversário<br />

da <strong>Coamo</strong>.<br />

Martin Kaiser recorda que na época da<br />

instalação, poucos acreditavam na i<strong>de</strong>ia, já que<br />

outras cinco cooperativas não tiveram sucesso. “Foi<br />

um gran<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> convencer os agricultores<br />

e, hoje, vemos que valeu a pena todo esforço. Sinto<br />

muito orgulho em ter feito parte da história e <strong>de</strong><br />

agora ter nossos filhos e netos ‘tocando’ as lavouras e<br />

participando da <strong>Coamo</strong>”, assinala.<br />

Olhando o seu nome no ‘Momento dos<br />

Pioneiros’, Moacir José Ferri diz que passa um filme<br />

em sua cabeça. “Quando fundamos a <strong>Coamo</strong>, jamais<br />

imaginamos que chegaria on<strong>de</strong> está. Pretendíamos<br />

unir os agricultores para termos mais força na<br />

compra <strong>de</strong> insumos e na comercialização da nossa<br />

produção. A i<strong>de</strong>ia era boa e a cooperativa foi<br />

crescendo, fortalecendo, ganhando cooperados,<br />

Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Martin Kaiser, José<br />

Aroldo Gallassini, Moacir José Ferri e Claudio Francisco Bianchi Rizzatto<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 47


ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />

A COAMO É UMA COOPERATIVA DE SUCESSO. É ORGULHO DO CAMPO, DO BRASIL E DO<br />

MUNDO, PARA A SATISFAÇÃO DOS MAIS DE 28 MIL ASSOCIADOS E 7,5 FUNCIONÁRIOS<br />

sempre cumprindo o seu papel. Me orgulho <strong>de</strong> ter<br />

participado do início da <strong>Coamo</strong>, que é a melhor e<br />

maior cooperativa do Brasil.”<br />

O cooperado Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira é<br />

<strong>de</strong> família pioneira <strong>de</strong> Campo Mourão. Ele lembra que<br />

participou junto com o i<strong>de</strong>alizador e presi<strong>de</strong>nte da<br />

<strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini, das primeiras reuniões<br />

com agricultores do município com o objetivo <strong>de</strong><br />

fundar a cooperativa. “As dificulda<strong>de</strong>s eram gran<strong>de</strong>s,<br />

mas os sonhos e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong>sse certo<br />

era ainda maior. Tínhamos dificulda<strong>de</strong>s para plantar<br />

e, principalmente, para ven<strong>de</strong>r nossa produção. Fico<br />

emocionado em participar <strong>de</strong> mais uma comemoração<br />

<strong>de</strong> aniversário da <strong>Coamo</strong>.”<br />

<strong>Coamo</strong> conta com mais <strong>de</strong> 28,7 mil cooperados e 7,5 mil<br />

funcionários no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul<br />

Novas gerações cooperativistas<br />

São mais <strong>de</strong> 28,7 mil<br />

cooperados em toda a área<br />

<strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>. Muitos<br />

<strong>de</strong>les fazem parte da segunda<br />

ou terceira geração <strong>de</strong> associados<br />

e cresceram acompanhando<br />

os avôs e pais na<br />

cooperativa. Calebe Honório<br />

Welz Negri, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná),<br />

é filho e neto <strong>de</strong> cooperado<br />

e faz parte do Conselho<br />

Fiscal da Credicoamo<br />

- cooperativa <strong>de</strong> crédito dos<br />

associados da <strong>Coamo</strong>. “É<br />

um privilégio fazer parte da<br />

<strong>Coamo</strong> que tem uma gran<strong>de</strong><br />

importância na nossa família.<br />

Tudo o que precisamos para<br />

conduzir a ativida<strong>de</strong> agrícola<br />

encontramos. É um orgulho<br />

dizer que essa cooperativa é<br />

nossa e que está do lado no<br />

produtor rural.”<br />

Ricieri Zanatta Neto,<br />

<strong>de</strong> Mamborê (Centro-Oeste<br />

do Paraná), também integra<br />

o Conselho Fiscal da Credicoamo<br />

e está na segunda<br />

geração <strong>de</strong> cooperativista da<br />

família. “A <strong>Coamo</strong> se preocupa<br />

em proporcionar o melhor<br />

resultado para os cooperados<br />

e familiares. Com certeza, a<br />

cooperativa ajudou a <strong>de</strong>senvolver<br />

a região incentivando a<br />

adoção <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

e melhorando o sistema produtivo.<br />

Hoje é um dia importante,<br />

<strong>de</strong> lembrar da história e<br />

dos pioneiros que fundaram a<br />

cooperativa.”<br />

Ricieri Zanatta Neto, <strong>de</strong> Mamborê<br />

Calebe Honório Welz Negri, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão<br />

48 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


ANIVERSÁRIO DA COAMO<br />

Comemoração dos 48 anos nas Unida<strong>de</strong>s<br />

Dez <strong>de</strong> Maio (Oeste do Paraná)<br />

Goioxim (Centro-Sul do Paraná)<br />

Honório Serpa (Sudoeste do Paraná)<br />

Itaporã (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />

Palmital (Centro do Paraná)<br />

Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Tupãssi (Oeste do Paraná)<br />

Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 49


CURSOS SOCIAIS<br />

Delícias para o seu Natal<br />

Cronograma <strong>de</strong> cursos da cooperativa encerra sempre com temas relacionados às festas <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano<br />

Panetone doce e salgado,<br />

bolachas <strong>de</strong>coradas, pão <strong>de</strong><br />

mel, pastel, bombom, bolos<br />

e tortas. Estas são as receitas que<br />

as cooperadas, esposas e filhas <strong>de</strong><br />

cooperados da <strong>Coamo</strong> apren<strong>de</strong>m<br />

ao participar do tradicional curso<br />

“Delícias <strong>de</strong> Natal”. O cronograma<br />

<strong>de</strong> cursos da cooperativa encerra<br />

sempre com temas relacionados<br />

às festas <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano. Neste<br />

ano, o último curso realizado foi<br />

em Juranda (Centro-Oeste do Paraná),<br />

e as <strong>de</strong>lícias ensinadas foram<br />

justamente as natalinas.<br />

Roseli Men<strong>de</strong>s participou<br />

<strong>de</strong> vários cursos no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste<br />

ano e acredita que “Delícias <strong>de</strong><br />

Natal”, fechou com chave <strong>de</strong> ouro<br />

o cronograma <strong>de</strong> <strong>2018</strong>. “Foi maravilhoso.<br />

Sem contar, que fazer essas<br />

receitas já no clima natalino foi<br />

Cursos sociais integram e levam aprendizado para a família cooperada<br />

ótimo. Saíram receitas saborosas<br />

que vou fazer para minha família<br />

neste Natal. A ceia <strong>de</strong>ste ano será<br />

recheada <strong>de</strong> boas novida<strong>de</strong>s.”<br />

Para Maria Lucia Malacozski,<br />

o curso também foi proveitoso.<br />

“Foi um curso muito bem ministrado,<br />

com o tempo bem aproveitado<br />

para que pudéssemos<br />

apren<strong>de</strong>r diversas receitas. Para<br />

mim, será ótimo para este Natal.<br />

Terá muita novida<strong>de</strong> em casa e minha<br />

família já ficou na expectativa<br />

quando contei que iria participar<br />

<strong>de</strong>sse curso”, conta.<br />

Maria Lucia ainda revela<br />

que não imaginava que as receitas<br />

eram tão práticas. “Eu me<br />

surpreendi com a facilida<strong>de</strong> das<br />

receitas. Pensava que o panetone<br />

era difícil <strong>de</strong> fazer, até mesmo<br />

os bolos natalinos eu não tinha<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> como fazer. Sem contar,<br />

os enfeites que também achava<br />

complicados. Mas, a professora<br />

nos ensinou, são receitas simples<br />

e práticas. Quem tiver vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer po<strong>de</strong> vir sem medo.”<br />

A instrutora do Serviço<br />

Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem do<br />

50 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


CURSOS SOCIAIS<br />

Panetone bolo <strong>de</strong>lícia<br />

Cooperativismo (Sescoop/PR),<br />

Marlene Had<strong>de</strong>k, revela que o<br />

último curso <strong>de</strong> ano foi movido<br />

pela alegria das participantes,<br />

com receitas para rechear não<br />

somente o Natal, mas outras festas.<br />

“Elas se envolveram muito<br />

durante o curso e como eu disse<br />

para elas, daqui para frente<br />

é possível <strong>de</strong>ixar a criativida<strong>de</strong><br />

fluir. Com o que elas apren<strong>de</strong>ram<br />

é possível aprimorar e <strong>de</strong>senvolver<br />

outras receitas lindíssimas e<br />

saborosas para a ceia <strong>de</strong> Natal e<br />

outros eventos como aniversários,<br />

ano novo.”<br />

Os cursos sociais são<br />

realizados pela <strong>Coamo</strong> em parceria<br />

com o Serviço Nacional <strong>de</strong><br />

Aprendizagem do Cooperativismo,<br />

nos Estados do Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul.<br />

Quem ainda não participou não<br />

precisa se preocupar. Para o próximo<br />

ano, o cronograma <strong>de</strong> cursos<br />

continua e o tema “Delícias<br />

<strong>de</strong> Natal” faz parte do portfólio.<br />

Basta entrar em contato com o<br />

<strong>de</strong>partamento Técnico da <strong>Coamo</strong><br />

e manifestar os temas <strong>de</strong> interesse<br />

da sua comunida<strong>de</strong>.<br />

Ingredientes<br />

250 gramas <strong>de</strong> açúcar refinado<br />

4 gemas <strong>de</strong> ovos<br />

4 claras em neve<br />

1 xícara <strong>de</strong> Margarina <strong>Coamo</strong> Extra<br />

Cremosa<br />

1 colher (chá) <strong>de</strong> baunilha<br />

2 colheres (sopa) <strong>de</strong> mel<br />

1 colher (café) <strong>de</strong> canela em pó<br />

1 colher (café) <strong>de</strong> cravo moído<br />

Raspas <strong>de</strong> limão ou laranja<br />

Preparo<br />

½ xícara <strong>de</strong> Óleo <strong>de</strong> soja <strong>Coamo</strong><br />

250 ml <strong>de</strong> leite frio<br />

500 gramas <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo<br />

<strong>Coamo</strong><br />

2 colheres (sopa) <strong>de</strong> fermento em pó<br />

Recheio<br />

100 gramas <strong>de</strong> uvas passas branca<br />

100 gramas <strong>de</strong> uvas passas preta<br />

100 gramas <strong>de</strong> frutas cristalizadas<br />

50 gramas <strong>de</strong> cerejas<br />

Bata a Margarina <strong>Coamo</strong> Extra Cremosa, açúcar e gemas, em seguida, junte os<br />

<strong>de</strong>mais ingredientes alternando com o leite. Acrescente o recheio e as claras em neve.<br />

Coloque em formas <strong>de</strong> Panetone <strong>de</strong> 250 gramas e leve para assar.<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 51


CURSOS SOCIAIS<br />

Mais um ano <strong>de</strong> aprendizado e integração<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> encerra mais um ano com a ampla<br />

participação <strong>de</strong> cooperadas, esposas e filhas<br />

cooperados nos cursos sociais realizados<br />

pela cooperativa em parceria com o Serviço Nacional<br />

<strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Nos<br />

Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul, elas se envolveram e apren<strong>de</strong>ram receitas,<br />

artesanatos e produção <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> limpeza<br />

para inovar no dia a dia da casa e, principalmente,<br />

incrementar a renda da família.<br />

Docinhos para festas, em Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Curso <strong>de</strong> culinária básica, em São Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />

Panificação, em Cândido <strong>de</strong> Abreu (Centro-Norte do Paraná)<br />

Culinária básica com morangos, em Cantagalo (Centro-Sul do Paraná)<br />

Salgadinhos assados, em Dois Irmãos (Oeste do Paraná)<br />

Lanches e sanduíches, em Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Receitas a base <strong>de</strong> mandioca, em Santa Maria do Oeste (Centro-Sul do Paraná)<br />

Bordados em fitas, em Luiziana (Centro-Oeste do Paraná)<br />

52 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


COOPERATIVA DE CRÉDITO<br />

Credicoamo lança logomarca<br />

em comemoração aos 30 anos<br />

Cooperativa completará<br />

três décadas em<br />

novembro <strong>de</strong> 2019<br />

A<br />

Credicoamo Crédito<br />

Rural Cooperativa<br />

irá comemorar<br />

em novembro <strong>de</strong> 2019<br />

seus 30 anos <strong>de</strong> fundação.<br />

A cooperativa promoverá<br />

várias ativida<strong>de</strong>s durante o<br />

próximo ano e nesta edição<br />

da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong> lança a<br />

logomarca<br />

comemorativa<br />

dos 30 anos. “A mensagem<br />

da logomarca Credicoamo<br />

30 anos reforça a parceria<br />

entre associados e a cooperativa,<br />

agra<strong>de</strong>ce a confiança<br />

e a participação <strong>de</strong>les,<br />

e reforça a missão da<br />

Credicoamo no apoio ao<br />

quadro social por meio <strong>de</strong><br />

produtos e serviços. Os associados<br />

po<strong>de</strong>m continuar<br />

contando com a sua cooperativa,<br />

pois eles cuidam<br />

da terra com muito amor<br />

e merecem crédito”, afirma<br />

o engenheiro agrônomo<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Credicoamo.<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong> REVISTA 53


Bolo Rei<br />

Ingredientes<br />

Massa<br />

- 3 xícaras <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong><br />

- 1 xícara <strong>de</strong> Margarina <strong>Coamo</strong> Extra Cremosa em temperatura<br />

ambiente<br />

- Raspas <strong>de</strong> 1 laranja<br />

- ½ xícara <strong>de</strong> açúcar<br />

- 2 ovos<br />

- 2 envelopes <strong>de</strong> fermento biológico<br />

- ½ xícara <strong>de</strong> vinho do porto<br />

- ½ xícara <strong>de</strong> leite<br />

Complemento<br />

- 800g <strong>de</strong> frutas cristalizadas<br />

- Abacaxi em calda cortado em triângulos<br />

- Figos em calda cortados ao meio<br />

- Cerejas cortadas ao meio<br />

- Mel<br />

Modo <strong>de</strong> preparo<br />

Misture a farinha com o fermento e adicione os <strong>de</strong>mais ingredientes<br />

da massa até obter uma massa bem leve e macia. Forme uma bola<br />

e <strong>de</strong>ixe crescer até dobrar <strong>de</strong> volume. Adicione à massa parte das<br />

frutas cristalizadas (reserve um pouco para <strong>de</strong>corar) e amasse<br />

bem. Unte com margarina uma forma <strong>de</strong> orifício central, polvilhe<br />

com farinha e arranje parte das frutas cortadas (abacaxi, figos e<br />

cerejas), coloque a massa por cima e <strong>de</strong>ixe crescer novamente até<br />

ficar fofinha (mais 30 minutos). Leve ao forno, a temperatura<br />

média /baixa e asse por 40 minutos aproximadamente. Desenforme,<br />

pincele com mel e <strong>de</strong>core com o restante das frutas.<br />

Para mais receitas acesse:<br />

www.facebook.com/alimentoscoamo<br />

www.alimentoscoamo.com.br<br />

54 REVISTA<br />

<strong>Dezembro</strong>/<strong>2018</strong>


Envolventes pelo aroma.<br />

Apaixonantes pelo sabor.<br />

alimentoscoamo.com.br<br />

facebook.com/alimentoscoamo

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