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Analytica 98

Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas. Artigo 2 Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15 Espectrometria de massas A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas Análise de minerais O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos. E muito mais

Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em linha para as indústrias modernas.

Artigo 2
Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15

Espectrometria de massas
A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas

Análise de minerais
O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos.

E muito mais

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REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Ano 17 - Edição <strong>98</strong> - Dez/Jan 2019<br />

R$25,00<br />

ARTIGO 1<br />

Controle de processos industriais: instrumentação analítica de<br />

processos X laboratório tradicional.<br />

Parte II: importância dos analisadores em linha para as<br />

indústrias modernas.<br />

ARTIGO 2<br />

Caracterização da liga amorfa do tipo Co87Nb46B15<br />

ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />

A ionização química como fonte de íons na espectrometria de massas<br />

ANÁLISE DE MINERAIS<br />

O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados) na validação dos métodos analíticos.<br />

E muito mais


REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>98</strong> - Dez/Jan 2019<br />

ÍNDICE<br />

Artigo 1 10<br />

05 Editorial<br />

06 Agenda<br />

Controle de processos industriais:<br />

instrumentação analítica de<br />

processos X laboratório tradicional.<br />

Parte II: importância dos analisadores<br />

em linha para as indústrias modernas.<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

Artigo 2 24<br />

Caracterização da liga amorfa<br />

do tipo Co87Nb46B15<br />

Autores:<br />

Nascimento, Luciano 1*,<br />

Anastasiia Melnyk 2,<br />

Reza Jamshidi Rodbari 3,<br />

Lourdes Cristina L. Agostinho Jamshidi 4.<br />

30 Microbiologia<br />

32 Metrologia<br />

34 Espectrometria<br />

de Massa<br />

Análise de Minerais 36<br />

4<br />

Publieditorial Polar 38<br />

1º PCM feito no Brasil<br />

44 Em foco


REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>98</strong> - Dez/Jan 2019<br />

EDITORIAL<br />

2019 já é um novo começo<br />

Finalmente começou 2019, com suas esperanças e expectativas renovadas de um novo ciclo<br />

que se inicia. Parte disso se deve ao sentimento de recomeço, inerente ao ser humano. Entretanto.<br />

há também a questão política e econômica com o novo governo.<br />

E ao menos no que importa o otimismo, o Brasil tende a voltar aos trilhos. Afinal, segundo<br />

pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), apresenta que três<br />

em cada quatro brasileiros (75%) acreditam que o novo governo está "no caminho certo".<br />

Com isso, a possibilidade de um crescimento não é tão virtual. E consequência disso será a retomada<br />

da produção industrial, o que importa diretamente ao público da Revista <strong>Analytica</strong>. Afinal,<br />

o mercado de controle de qualidade depende, e muito, de novos investimentos em todas as áreas<br />

de produção para seu próprio desenvolvimento.<br />

Ante tudo isso, nós da <strong>Analytica</strong> estamos também muito esperançosos com isso. Quanto mais<br />

crescimento, maior a necessidade de pesquisas na área, de modo que teremos a cada edição<br />

novos conteúdos relevantes para compartilhar com nossos leitores.<br />

Boa leitura e esperamos 2019 com muita prosperidade para todos.<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 <strong>98</strong>357-<strong>98</strong>43 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Expediente<br />

Realização: DEN Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />

Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 <strong>98</strong>357-<strong>98</strong>43 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />

Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral<br />

5


agenda<br />

Agenda 2018<br />

6<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

7º Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos<br />

Data: 15 a 17/04/2019<br />

Local: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP - São Carlos / SP<br />

Informações: eventos.abcm.org.br/mecsol2019/<br />

7th Latin American Pesticide Residue Workshop (LAPRW)<br />

Data: 05 a 09/05/2019<br />

Local: Foz do Iguaçu / PR<br />

Informações: contato@laprw2019.com.br | (55) 3220 9458<br />

FCE Pharma<br />

Data: 21 a 23/05/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: fcepharma.com.br<br />

Analitica Latin America<br />

Data: 24 a 26/09/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: analiticanet.com.br<br />

30º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />

Data: 06 a 09/10/2019<br />

Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso - Maceió/AL<br />

Informações: sbmicrobiologia.org.br/30cbm2019/<br />

CURSOS<br />

Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />

14/01 a 20/01 - Fundamentos da metrologia<br />

14/01 a 24/01 - Validação de métodos de ensaios<br />

21/01 a 31/01 - Avaliação de conformidade<br />

21/01 a 08/02 - Incerteza da medição<br />

28/01 a 11/02 - Controle de Instrumentos de medição<br />

28/01 a 13/02 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial NBR ISO/IEC 17025<br />

28/01 a 13/02 - Indicadores de Desempenho da Qualidade<br />

11/02 a 21/02 - Auditoria Interna<br />

11/02 a 25/02 - Análise e interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />

11/02 a 27/02 - Gestão de riscos e oportunidades<br />

Mais informações em: metrologia.org.br


CONSUMÍVEIS AGILENT<br />

Aproveite a máxima eficiência dos seus equipamentos.<br />

www.lasdobrasil.com.br<br />

comercial@lasdobrasil.com.br<br />

Consulte nosso time de especialistas.


Las do Brasil 31<br />

REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>98</strong> - Dez/Jan 2019<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Analitica Lab 37<br />

Arena Técnica 31<br />

BCQ 52<br />

Greiner 45<br />

Grupo Polar 41<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Las do Brasil 7<br />

Nova Analítica 23 | 51<br />

Prime Cargo 47<br />

Veolia 2-3<br />

Waters 29<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

8<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />

Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />

Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />

de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />

Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />

Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />

Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Anastasiia Melnyk, Claudio Kiyoshi Hirai, Eduardo Pimenta de Almeida Melo, Ewerton Longoni Madruga, Juscély Santos Carvalho,<br />

Leonardo Sena Gomes Teixeira, Lourdes Cristina L. Agostinho Jamshidi, Luciano Nascimento, Luiz Carlos Lobato dos Santo, Márcio Luís de Souza Borges,<br />

Oscar Vega Bustillos, Reza Jamshidi Rodbari e Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto


PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A Revista <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato<br />

com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos<br />

de teses etc. Os editores levarão em<br />

consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação<br />

e o controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e<br />

qualquer conflito de interesse existente,<br />

em particular aqueles de natureza<br />

financeira relativo a companhias interessadas<br />

ou envolvidas em produtos<br />

ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito<br />

apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o<br />

termo de compromisso assinado por<br />

todos os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação<br />

de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos<br />

em português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave<br />

e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma<br />

original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-<br />

-mail, pedimos que a resolução do<br />

escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e enviados por e-mail, ordenados<br />

em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição<br />

onde o estudo foi realizado. Além disso,<br />

o nome do autor correspondente, com<br />

endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no<br />

texto com o sobrenome do devido autor,<br />

seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />

dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume,<br />

fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda<br />

não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />

Isso se deve ao fato que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico<br />

-, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é<br />

bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma média de três<br />

artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem<br />

seu material em outras publicações.<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Paolo Enryco – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 412 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

9


artigo 1<br />

Controle de processos industriais:<br />

instrumentação analítica de<br />

processos X laboratório tradicional.<br />

Parte II: importância dos analisadores<br />

em linha para as indústrias modernas.<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

1 Centro Universitário Regional do Brasil – UNIRB<br />

2 Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia – UFBA<br />

3 Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia – UFBA<br />

4 Braskem/UNIB<br />

*contato: vanjolopes@hotmail.com<br />

Imagem ilustrativa<br />

10<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Resumo<br />

As empresas com processos industriais precisam cada<br />

vez mais aumentar sua competitividade, tornando assim<br />

necessário uma maior eficiência no controle de variáveis<br />

de processos industriais e no monitoramento da qualidade<br />

das correntes de entrada, intermediárias e finais. Buscando<br />

eficiência e automatização, nas últimas décadas, a área<br />

de controle de processos industriais tem requerido maiores<br />

investimentos em instrumentação analítica, na qual a<br />

química analítica de processo – QAP vem se destacando<br />

e despertando um maior interesse nas indústrias modernas.<br />

A introdução de analisadores dedicados que supervisionam<br />

o processo de produção e emitem resultados em<br />

tempo real, tem possibilitado às empresas otimizações em<br />

sua linha de produção, aumentando a segurança de processo<br />

e garantindo a qualidade dos produtos, reduzindo<br />

custos e desperdícios. O principal objetivo deste trabalho<br />

é demonstrar, com exemplos de aplicações, a importância<br />

e aplicabilidade de cada tipo desses sistemas analíticos<br />

dedicados, que podem e devem coexistir junto aos demais<br />

sistemas existentes laboratórios tradicionais.<br />

Palavras-chaves: controle de processos; química<br />

analítica de processo; monitoração em tempo real.<br />

Abstract<br />

Companies with industrial processes increasingly need<br />

to improve their competitiveness, thus requiring greater<br />

efficiency in the control of industrial process variables and<br />

the monitoring of the quality of incoming, intermediate and<br />

final streams. Looking for efficiency and automation, in the<br />

last decades, the area of control of industrial processes<br />

has required greater investments in analytical instrumentation,<br />

in which the analytical chemistry of process - ACP<br />

has been emphasizing and arousing a greater interest<br />

in the modern industries. The introduction of dedicated<br />

analyzers that oversee the production process and deliver<br />

results in real time has enabled companies to optimize<br />

their production line, increasing process safety and ensuring<br />

product quality, reducing costs and waste. The main<br />

objective of this work is to demonstrate, with examples<br />

of applications, the importance and applicability of each<br />

type of these dedicated analytical systems, which can and<br />

should coexist with other traditional laboratorial systems.<br />

Keywords: process control; process analytical chemistry;<br />

real-time monitoring.


1. Introdução<br />

Manter determinado processo sob<br />

controle operacional é uma tarefa<br />

complexa e, para tanto, a indústria<br />

moderna vem dispondo maior atenção<br />

às tecnologias que permitem<br />

o acompanhamento, registro e supervisão<br />

das variáveis processuais<br />

(pressão, nível, temperatura, etc.) e<br />

dos parâmetros de controle de qualidade<br />

(caracterizações e análises físico-químicas)<br />

das plantas industriais<br />

operacionais. Este controle propicia a<br />

manufatura de produtos com melhor<br />

qualidade, segurança operacional, e<br />

maior eficiência no uso de matéria-<br />

-prima, insumos e energia (MOREI-<br />

RA, 2011; OLIVEIRA, 1991).<br />

O conceito de controle de qualidade<br />

total diz respeito à constante tentativa<br />

para maximizar a produção e<br />

obtenção do produto final com a melhor<br />

qualidade possível. Para tanto,<br />

são aplicados esforços conjuntos de<br />

boas práticas de fabricação (BPF) por<br />

parte de toda empresa. Para atingir<br />

seus objetivos, as BPF são aplicadas<br />

nas técnicas operacionais de fabricação<br />

em conjunto aos critérios de<br />

segurança e controle, necessários<br />

para produção (MOREIRA, 2011;<br />

OZZY, 2006).<br />

Trevisan e Poppi (2006) afirmam<br />

que o desenvolvimento de sensores<br />

com capacidade de determinações<br />

físico-químicas processuais trata-se<br />

de uma área promissora nas pesquisas<br />

acadêmicas. Porém, nos trabalhos<br />

publicados até àquele momento,<br />

poucos levavam em consideração o<br />

fator “tempo de determinação”.<br />

Devido à necessidade de constante<br />

avaliação das variações dos<br />

parâmetros de controle de qualidade<br />

e de segurança operacional, o<br />

“tempo de determinação” é um dos<br />

fatores de maior importância dentro<br />

de uma indústria. Esta verificação é<br />

realizada em ciclos temporais, onde<br />

o tempo entre a coleta da amostra e<br />

a disponibilização do resultado aferido<br />

deve ser o mais curto possível,<br />

considerando a possível necessidade<br />

de aplicação de ajustes operacionais<br />

urgentes (MOREIRA, 2011). Vale ressaltar<br />

que, no controle de processos,<br />

é imprescindível a preservação da<br />

amostra até que ela seja avaliada,<br />

pois qualquer alteração pode resultar<br />

em dados equivocados.<br />

Para a monitoração das variáveis<br />

físico-químicas, para garantia das<br />

especificações, são necessárias a<br />

retiradas regulares de várias amostras<br />

da linha de produção, as quais<br />

serão submetidas a tratamentos<br />

adequados e analisadas. Estas análises<br />

podem ser realizadas em laboratórios<br />

tradicionais (análises em<br />

bancada) ou através de instrumentos<br />

automatizados e acoplados à linha<br />

de produção (analisadores em linha).<br />

A química analítica utilizada em laboratórios<br />

tradicionais foi debatida na<br />

primeira parte deste trabalho (LOPES<br />

NETO, TEIXEIRA, CARVALHO, 2017).<br />

A química analítica pode ser entendida<br />

como uma ciência informativa,<br />

cujo objetivo é prover informações<br />

de resultados (bio)químicos<br />

com a menor incerteza possível.<br />

Dentre outros aspectos, esta ciência<br />

tende a evoluir no desenvolvimento<br />

de sistemas analíticos mais rápidos<br />

e automatizados, e que possam ser<br />

monitorados remotamente com a<br />

menor intervenção humana possível.<br />

Indubitavelmente, tais avanços permitem<br />

que análises físico-químicas<br />

sejam realizadas in loco, fora dos<br />

laboratórios convencionais e in situ,<br />

dentro dos próprios sistemas. Para<br />

obter sucesso neste desenvolvimento,<br />

deve haver forte interação com<br />

outras áreas do conhecimento, tais<br />

como: instrumentação, informática,<br />

robótica e outras. (VALCÁRCEL e<br />

CÁRDENAS, 2000).<br />

Deste modo, o emprego de sistemas<br />

analíticos dedicados, localizado<br />

na área operacional levou a criação<br />

de um novo campo acadêmico, a<br />

Química Analítica de Processo – QAP.<br />

Inicialmente, a QAP foi considerada<br />

como uma subdisciplina da Química<br />

Analítica (OLIVEIRA, 1991; TREVISAN<br />

e POPPI, 2006); posteriormente pesquisadores<br />

passaram a considera-<br />

-la como um ramo da Tecnologia<br />

Analítica de Processos – TAP, que<br />

é uma disciplina mais ampla, que<br />

abarca determinações químicas e<br />

físicas, além de considerações sobre<br />

instrumentação, amostragem,<br />

transporte de amostra, comunicação<br />

com controladores, administração de<br />

projetos, quimiometria, engenharia<br />

de fluxo. (TREVISAN e POPPI, 2006).<br />

Contudo, por vezes, profissionais menos<br />

informados confundem os instrumentos<br />

de análises químicas com<br />

a instrumentação clássica, utilizada<br />

para monitorar variáveis processuais,<br />

como pressão, nível, temperatura e<br />

vazão, vibração (COHN, 2006).<br />

Esta nova área em muito se assemelha<br />

à química analítica tradicional,<br />

onde não se trata apenas da exaustiva<br />

rotina de análises. Ela estende-<br />

-se à exploração de novos métodos<br />

analíticos e projetos experimentais,<br />

avaliação de sistemas específicos de<br />

amostragem e o desenvolvimento de<br />

técnicas de calibração, padronização,<br />

e otimização destes instrumentos.<br />

Devido à grande quantidade de<br />

informações (resultados analíticos)<br />

geradas, deve-se desenvolver sistemas<br />

estatísticos peculiares para a<br />

interpretação desses dados (HARVEY,<br />

2000).<br />

De modo geral, o papel fundamental<br />

dos instrumentos acoplados na<br />

linha de produção, inclusive os analíticos,<br />

é assegurar alta produtividade,<br />

segurança do processo e o controle<br />

de qualidade. Estes sistemas serão<br />

debatidos, com exemplificações, ao<br />

longo deste artigo, de modo a se<br />

mostrar o emprego destes analisadores<br />

em empresas do segmento<br />

petroquímico.<br />

2. Tecnologia analítica<br />

de processos<br />

A tecnologia analítica de processos<br />

consiste no conjunto de sistemas implementados<br />

em linha de produção<br />

para o acompanhamento e verificação<br />

de possíveis não conformidades<br />

no processo produtivo (MOREIRA,<br />

2011). Os sistemas dedicados às<br />

determinações físico-químicas das<br />

substâncias ou misturas envolvidas<br />

no processo são conhecidos como<br />

analisadores on line ou contínuos, ou<br />

simplesmente analisadores.<br />

Estes sistemas atuam como instrumentos<br />

analíticos (densímetros,<br />

cromatografos, fotômetros, etc.) convencionais,<br />

preparados para verificar,<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

11


artigo 1<br />

Imagem ilustrativa<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

12<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Figura 1: Evolução dos sistemas instrumentais de análises: 1A bureta manual;<br />

1B bureta automatizada com controle manual; 1C bureta programável<br />

acoplada a sensor/registrador de sinal analítico; 1D bureta automática<br />

acoplada a sensor/registrador de sinal analítico; 1E bureta automática<br />

acoplada a sensor/registrador de sinal analítico interligada à sala de controle<br />

(adaptado de Valcárcel, 1999).<br />

quantificar e qualificar as características<br />

físico-químicas dos produtos<br />

na linha de produção, porém com<br />

o mínimo de intervenção humana.<br />

Estes instrumentos também podem<br />

determinar variáveis de processo,<br />

tendo como um dos atributos positivo,<br />

a possibilidade de atuar em uma<br />

malha de controle, alterando outras<br />

variáveis de processo automaticamente,<br />

conforme o resultado da determinação<br />

(COHN, 2006).<br />

O método tradicional de análises<br />

em bancadas consiste nas seguintes<br />

etapas: amostragem, transporte<br />

de amostra, tratamento da amostra,<br />

análise, tratamento de dados e<br />

comunicação. Os sistemas de QAP<br />

possibilitam, dentre outras vantagens,<br />

amostragem direta para o<br />

equipamento, comunicação direta<br />

do resultado para a sala de controle,<br />

diminuindo algumas etapas das análises<br />

em bancada, proporcionando<br />

determinações mais rápidas e emissão<br />

de resultados em menor tempo<br />

para a planta com possibilidade de<br />

tomadas de decisões mais céleres.<br />

Os analisadores on line podem<br />

ser considerados uma evolução dos<br />

equipamentos clássicos de bancada,<br />

em que a robustez e a sofisticação<br />

instrumental, aliadas aos avanços<br />

da eletrônica e da informática, são<br />

os principais responsáveis pelo desenvolvimento<br />

dos analisadores. Tal<br />

afirmação pode ser verificada na<br />

Figura 1.<br />

Devido à sua simplicidade e fácil<br />

compreensão, a volumetria de<br />

titulação é uma das técnicas clássicas<br />

mais difundidas em laboratórios<br />

químicos, sejam acadêmicos<br />

ou industriais. Para ser executada,<br />

conforme se observa na Figura 1A<br />

acima, é necessária vidraria simples<br />

(buretas, Erlenmeyers, pipetas)<br />

e uma balança analítica. Contudo,<br />

é uma determinação lenta, onde há<br />

grande intervenção humana, o que<br />

gera fontes de erros (percepção da<br />

viragem, leitura inicial e final dos volumes<br />

do titulante, adição do titulado,<br />

etc.). Com o avanço da instrumentação,<br />

foi desenvolvida uma bureta<br />

semiautomática manual (operador<br />

controla a adição de titulante), mais<br />

precisa e exata que as tradicionais,<br />

cujos maiores trunfos são o melhor<br />

controle de adição do titulante e leitura<br />

digitalizada do volume final de<br />

titulação (Figura 1B).<br />

Na Figura 1C, observa-se evolução<br />

do sistema anterior, onde a bureta<br />

automática, programável para adição,<br />

com vazão constante, no titulado, é<br />

interligada a um sensor (de pH por<br />

exemplo), onde a medida que o titulante<br />

é adicionado é realizada leitura<br />

da variável sensorial. Após adição de<br />

determinada quantidade volumétrica,<br />

também programável, é gerado um<br />

gráfico (volume titulante X variável<br />

sensorial) que será interpretado pelo<br />

operador, suscitando no resultado<br />

analítico. Neste sistema, é dispensável<br />

a adição de indicador e a intervenção<br />

do operador foi diminuída.<br />

Com o avanço da informática e da<br />

quimiometria, pôde-se criar sistemas<br />

onde os dados de volume titulante<br />

X variável sensorial são transferidos<br />

para um computador, que controla a<br />

vazão de titulante, que é diminuída<br />

nas proximidades do ponto de viragem,<br />

e interpreta o gráfico. No fim da


titulação, apresenta-se o gráfico e o<br />

resultado analítico para o operador,<br />

que o remete para sala controle (Figura<br />

1D). Observa-se que nas Figuras<br />

1A, 1B, 1C e 1D há a necessidade<br />

de coleta, transporte e colocação<br />

da amostra no vasilhame reacional,<br />

assim como o operador deve emitir<br />

o resultado para o controle operacional.<br />

Com a devida intervenção humana,<br />

estes sistemas podem ser comutados<br />

para realizar determinações<br />

de amostras de diferentes pontos da<br />

área operacional.<br />

Com maiores incrementos na instrumentação,<br />

eletrônica e comunicação<br />

de dados, sistemas de volumetria<br />

de titulação, representados pela<br />

Figura 1E, são desenvolvidos para<br />

serem instalados na área operacional,<br />

dedicados a um ponto específico<br />

(ou mais de um ponto). Nesses<br />

sistemas, existe a possibilidade de<br />

amostragem automática do titulado<br />

(amostra), para então ocorrer a<br />

adição também controlada automaticamente<br />

do titulante (com controle<br />

de vazão) para, finalmente se gerar<br />

e interpretar os dados. O descarte<br />

do líquido reacional e lavagem de<br />

célula de reação para realização de<br />

uma nova medição podem também<br />

serem feitos de maneira automatizada.<br />

O gráfico volume titulante X variável<br />

sensorial fica disponível em uma<br />

CPU e pode ser acessado pela sala<br />

de controle ou pelo laboratório. Por<br />

estarem localizados fora dos laboratórios<br />

e sujeitos a intempéries, eles<br />

devem ser encapsulados, a fim de<br />

garantir robustez.<br />

Estes sistemas automáticos operam<br />

em ciclo predeterminado, sem<br />

qualquer intervenção humana, e<br />

possuem particularidade de serem<br />

dedicados exclusivamente àquela(s)<br />

amostra(s), daquele(s) determinado(s)<br />

ponto(s) da área operacional. Em alguns<br />

casos, determinadas variações<br />

físico-químicas na amostra levam<br />

o equipamento a emitir resultados<br />

inexatos e/ou imprecisos, o que torna<br />

necessário a intervenção humana<br />

para a realização de uma manutenção<br />

corretiva e calibração.<br />

Didaticamente, os sistemas de<br />

análises podem ser classificados em<br />

cinco grupos: A) Off-line (bancada),<br />

B) At-line, C) On-line (extrativo), D)<br />

In-line (in situ) e E) Non-invasive;<br />

podendo ser estrategicamente instalados<br />

na planta operacional, conforme<br />

as necessidades. Na Figura<br />

2, um fluxograma de uma unidade<br />

de produção de polietileno (PE), com<br />

catalisadores Ziegler-Natta, ilustrara<br />

o emprego destes princípios.<br />

Figura 2: Fluxograma resumido de planta de polietileno com catalisadores<br />

Ziegler-Natta contendo analisadores: 2A Off-line; 2B At-line, 2C On-line; 2D<br />

In-line; 2E) Non-invasive<br />

O PE é um termoplástico, de baixo custo, fácil processamento, boas resistências<br />

elétrica e química, além de seus produtos finais serem bastante compactos.<br />

No início dos anos 50, com os trabalhos dos professores Karl Ziegler (EUA)<br />

e Giulio Natta (Itália), foram descobertos os catalisadores estereoespecíficos,<br />

conhecidos como Ziegler-Natta, capazes de permitir a polimerização a pressões<br />

baixas, o que aumentou a produtividade de PE e revolucionou a fabricação<br />

de polímeros em geral (COUTINHO, MARIA, MELLO, 2003; MANO e MENDES,<br />

1999; MILES e BRISTON, 1975; WALSILKOSKI, 2002).<br />

Os sistemas off-line são os tradicionais métodos laboratoriais, que envolvem<br />

a retirada da amostra, transporte até o laboratório de controle de qualidade,<br />

onde são realizadas, com aparelhos e técnicos especializados, determinações<br />

físico-químicas (MOREIRA, 2011; OLIVEIRA, 1991; TREVISAN e POPPI, 2006).<br />

Na Figura 2, (A) representa a amostragem do PE, em forma de pó, para que<br />

suas características, como por exemplo a densidade, sejam analisadas em<br />

laboratório. Este princípio é descontínuo e possui duas desvantagens: longo<br />

período temporal entre a amostragem e a recepção de resultados pelo controle<br />

operacional (TREVISAN e POPPI, 2006) e ciclos de amostragens longos, que<br />

podem levar dezenas de minutos ou mesmo horas. Deste modo, em processos<br />

reacionais com cinéticas elevadas, como é o caso da produção de PE com<br />

catalisadores Ziegler-Natta, na casa de 15–20 ton.h-1, quando o operador de<br />

painel recebe um relatório com resultado não conforme, pode-se ter perdas de<br />

dezenas toneladas de produtos.<br />

Contudo, com avanço de sistemas de modelagens quimiométricas, aparelhos<br />

off-line são utilizados com eficiência, pois o processo controla outras<br />

propriedades (pressão, temperatura, composição molar, etc.) reacionais por<br />

sistemas mais rápidos, que, quando modeladas corretamente, fornecem indicativo<br />

sobre a tendência (queda, estabilidade ou aumento) por sistemas off-<br />

-line da propriedade controlada. Deste modo, a propriedade é controlada de<br />

forma indireta, através de outras características, sendo amostrada e levada<br />

ao laboratório para confirmar e/ou confrontar a indicação da modelagem. Na<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

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artigo 1<br />

Imagem ilustrativa<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

14<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

busca por projeções mais confiáveis,<br />

a modelagem é constantemente retroalimentada<br />

com os resultados da<br />

bancada, principalmente nos casos<br />

de divergência, onde a modelagem<br />

indica uma tendência e o laboratório<br />

comprova resultado diferente.<br />

Para avançar, foram desenvolvidos<br />

os sistemas at-line, que empregam<br />

metodologias sensoriais, onde o<br />

equipamento de medição é inserido<br />

periodicamente, ou quando necessário,<br />

em um ponto pré-determinado da<br />

linha de produção, utilizando-se de<br />

válvulas de amostragem específicas<br />

para esta finalidade. Normalmente,<br />

assim que o operador visualiza o resultado<br />

no display do aparelho, ele<br />

o informa, via rádio, para a sala de<br />

controle. Estes equipamentos apresentam<br />

desvantagens, tais como: a<br />

necessidade de disponibilização de<br />

um técnico para execução destas<br />

tarefas (MOREIRA, 2011); equipamentos<br />

não robustos para ficarem<br />

permanentemente instalados na área<br />

operacional; inexistência de sistema<br />

de comunicação instrumento e sala<br />

de controle; e problema ambiental,<br />

principalmente, em correntes gasosas,<br />

já que a amostra é purgada<br />

para o ambiente, sem qualquer tratamento<br />

prévio. O sistema at-line (B),<br />

observado na Figura 2, determina o<br />

teor de água no reator, injetada no<br />

sistema para parar a reação de polimerização.<br />

Diante da necessidade de monitoramentos<br />

mais rápidos, foram<br />

criados analisadores on-line automatizados,<br />

instalados diretamente<br />

na planta e dedicados à determinada<br />

corrente do processo. Nestes sistemas,<br />

uma porção da corrente a ser<br />

investigada é enviada diretamente<br />

para o instrumento analítico. Estes<br />

sistemas podem ser subdivididos<br />

em dois conjuntos: os intermitentes,<br />

onde periodicamente uma porção do<br />

fluxo é transferida para o analisador;<br />

e os contínuos, em que uma porção<br />

da amostra passa ininterruptamente<br />

por uma câmara de medição, gerando<br />

resultados contínuos (TREVISAN e<br />

POPPI, 2006). Em ambos os casos,<br />

pelo menos uma grande parte da<br />

corrente desviada pode ser reciclada.<br />

Nestes sistemas, são necessários<br />

sistemas auxiliares para condicionar<br />

e preparar amostras (redução e estabilização<br />

da pressão, por exemplo),<br />

limpeza do equipamento analítico<br />

pós-análise, controle de temperatura<br />

das análises, calibração e purga de<br />

amostra. Qualquer falha neste sistema<br />

poderá ocasionar em dados incorretos<br />

gerados pelo analisador.<br />

Na produção de PE, cromatografos<br />

on line podem ser utilizados<br />

para verificação da proporção dos<br />

gases reacionais (hidrogênio, eteno<br />

e buteno/hexeno) (Figura 2 (C)). Por<br />

serem obtidos de forma mais rápida,<br />

esta informação pode alimentar<br />

modelagens quimiométricas de<br />

propriedades que são determinadas<br />

exclusivamente em sistemas off-line,<br />

tais como a densidade e a massa<br />

molecular média do PE. Apesar de<br />

diminuírem o tempo de análise e<br />

possibilitar feedback automático, os<br />

cromatógrafos necessitam de sistema<br />

de amostragem, que pode causar<br />

delay no tempo de resposta e<br />

ter problemas de representatividade,<br />

caso não seja construído de maneira<br />

correta. Cromatógrafos on line são<br />

equipamentos muito usados em processos<br />

petroquímicos.<br />

Para os analisadores in situ, em geral,<br />

os sistemas de condicionamento<br />

de amostra são desnecessários, pois<br />

o elemento sensor é instalado em<br />

contato direto com a corrente do processo,<br />

no interior do processo (linha<br />

de produção, vaso, reator, chaminé,<br />

etc.). Sistemas de comunicação de<br />

dados são acoplados ao equipamento,<br />

garantindo acompanhando do<br />

processo em tempo real (TREVISAN<br />

e POPPI, 2006). Um exemplo de analisador<br />

in situ está representado na<br />

Figura 2 (D) pelo acompanhamento<br />

da concentração de oxigênio, um veneno<br />

para catalisadores Ziegler-Natta,<br />

na corrente de nitrogênio através<br />

de analisadores paramagnéticos.<br />

Como estão in situ, os pré-requisitos<br />

de instalação (especificação) devem<br />

ser profundamente conhecidos e<br />

estudados antes da instalação para<br />

evitar desgastes, obstruções e erros<br />

nos resultados causados por interferentes<br />

(químicos e/ou físicos). Para<br />

garantir a confiabilidade dos resultados,<br />

os equipamentos instalados in<br />

situ devem ter robustez suficiente e<br />

passar por calibrações e manutenções<br />

periódicas, de preferência em<br />

intervalos grandes em paradas operacionais.<br />

Nos sistemas non-invasive, utiliza-se<br />

a estratégia que acopla um<br />

sensor fora da linha da amostra, de<br />

modo que não entre em contato e<br />

nem consome a amostra. Assim, o<br />

sensor não estará exposto às condições<br />

extremas de temperatura e<br />

pressão e não se contaminará com a<br />

amostra (OLIVEIRA, 1991; TREVISAN<br />

e POPPI, 2006). Técnicas espectroscópicas<br />

têm sido aplicadas no desenvolvimento<br />

desses analisadores<br />

(OLIVEIRA, 1991), como analisadores<br />

de oxigênio e monóxido de carbono<br />

em gases de chaminé, que usam<br />

laser com comprimento de onda<br />

específico para estas medições. Um<br />

dos problemas destes sistemas é a<br />

necessidade de a onda eletromagnética<br />

não interagir com o material<br />

que encapsula a amostra. Na Figura<br />

2(E), demonstra-se um detector eletromagnético<br />

de metais, que verifica<br />

se PE ensacado possui partículas<br />

metálicas ferrosas em seu interior,<br />

o que causaria danos no maquinário<br />

transformador (extrusoras, injetoras<br />

ou sopradoras).<br />

2.1 Cromatografos gasosos<br />

on-line<br />

Entre as técnicas de análise, a<br />

cromatografia ocupa um lugar de<br />

destaque graças à incorporação prévia<br />

da etapa de separação, mesmo<br />

para matrizes complexas, junto à<br />

etapa de identificação e/ou medida<br />

das espécies químicas de interesse.<br />

Os métodos cromatográficos podem


Figura 3: Esquema cromatográfico para controle de etano e metano em planta<br />

de purificação de propeno.<br />

ser classificados de vários modos diferentes.<br />

Uma destas formas apoia-<br />

-se nos tipos de fase móvel usada;<br />

deste modo, a cromatografia a gás<br />

são as que empregam gases como<br />

fase móvel (COLLINS, BRAGA, BONA-<br />

TO, 2006; LANÇAS, 1993; PEREIRA<br />

e AQUINO NETO, 2000).<br />

Atualmente, a cromatografia em<br />

fase gasosa (CG) é uma técnica indispensável<br />

à pesquisa, desenvolvimento<br />

de produtos, controle de<br />

qualidade de processos, com grande<br />

variedade de áreas da ciência, sendo<br />

particularmente útil na análise de<br />

misturas complexas (LANÇAS, 1993;<br />

PEREIRA e AQUINO NETO, 2000). Devido<br />

a esta ampla aplicabilidade, os<br />

sistemas cromatográficos são bastante<br />

usados em laboratórios convencionais<br />

ou implantados em linha<br />

de produção.<br />

Um dos problemas enfrentados<br />

pelos usuários da CG nas análises de<br />

amostras complexas é a baixa produtividade<br />

analítica, dada à necessidade<br />

de eluição de todos componentes<br />

antes de uma nova injeção. Deste<br />

modo, elimina-se a possibilidade de<br />

aparecimento de picos “fantasmas”,<br />

os quais são, na verdade, componentes<br />

da amostra anteriormente<br />

injetada.<br />

Assim, objetivando remover todos<br />

os componentes de uma injeção e<br />

reduzir o tempo do ciclo de análise,<br />

foram desenvolvidos sistemas, que<br />

podem conter múltiplas colunas,<br />

onde válvulas são usadas para alterar<br />

o arranjo, modificando e/ou redirecionando<br />

o fluxo de gás de arraste<br />

através das colunas durante o ciclo<br />

de análise. Várias configurações,<br />

com eficácia comprovada, foram<br />

desenvolvidas ao longo dos anos.<br />

Grande parte destes arranjos são<br />

fundamentados em sistema de fluxo<br />

reverso (backflushing), onde os componentes<br />

da amostra que possuem<br />

alto tempo de retenção são retirados<br />

da coluna através da reversão de fluxo<br />

do gás de arraste, que passará a<br />

fluir na direção oposta à injeção de<br />

amostra; assim, eles podem ser descartados<br />

(se não há interesse analítico)<br />

ou quantificados em conjunto<br />

ou heart cutting (do inglês, corte de<br />

coração) onde os analitos com baixos<br />

níveis de concentração são separados<br />

matriz (ANNINO e VILLALOBOS,<br />

1992).<br />

A partir de 1<strong>98</strong>0, houve notável<br />

avanço tecnológico na confecção da<br />

instrumentação para cromatografia a<br />

gás (válvulas, injetores automáticos,<br />

reguladores de fluxo, aquecedores,<br />

etc.), auferindo estabilidade, exatidão,<br />

precisão e robustez aos parâmetros<br />

operacionais do equipamento.<br />

Assim, grandezas como tempo<br />

de retenção relativo, altura e área de<br />

picos, proporção entre áreas/alturas<br />

de picos passaram a possuir alto<br />

grau de reprodutibilidade (LANÇAS e<br />

MÜHLER, 2004). Esta evolução, aliada<br />

a informatização e incremento de<br />

softwares específicos, permitiu programação<br />

de rotinas do equipamento<br />

(injeções, alteração de temperatura<br />

do forno, dentre outras), automação,<br />

consequente diminuição de intervenções<br />

humanas e a possibilidade de<br />

implantação de cromatógrafos em<br />

linha de processo em fase gasosa,<br />

transmitindo diretamente para sala<br />

de controle os resultados obtidos.<br />

Atualmente, algoritmos são desenvolvidos<br />

para permitir a integração<br />

de sistemas de gerenciamento<br />

de informações analíticas e sistemas<br />

de dados cromatográficos, que permitem<br />

o controle de equipamentos<br />

externos ao cromatógrafo (abertura e<br />

fechamento das válvulas, por exemplo),<br />

a interpretação de resultados<br />

gerados e alteração de rotinas pré-<br />

-estabelecidas, garantindo a comunicação<br />

de resultados para sala de<br />

controle (CANN, 2017)<br />

Na Figura 3, é representada, de<br />

forma simplificada, a purificação do<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

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artigo 1<br />

Imagem ilustrativa<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

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REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

propeno para produção de polipropileno.<br />

Os cromatografos, assim como<br />

outros equipamentos on line, são<br />

instalados em edificações construídas<br />

na área operacional, chamadas<br />

de shelters. A amostra, em fase<br />

gasosa, é transferida para o equipamento<br />

por diferença de pressão<br />

e necessita de acondicionamento<br />

(redução de pressão e temperatura)<br />

antes de sua injeção.<br />

Por questões de segurança, os cilindros<br />

de gases, insumos e padrões,<br />

necessários para o funcionamento<br />

do cromatógrafo são dispostos fora<br />

do shelter.<br />

Assim, conforme representação da<br />

Figura 3, a instalação de um cromatógrafo<br />

on line é fundamental para o<br />

controle da purificação do propeno,<br />

onde a determinação de etano e metano<br />

nas duas correntes de propeno<br />

ocorre de forma cíclica e alternada,<br />

com períodos de análise programados<br />

de acordo com o ciclo de análise.<br />

Deste modo, além do controle da<br />

eficiência do sistema de purificação,<br />

este sistema permite avaliar a qualidade<br />

do produto comercializado.<br />

Atualmente, existem no mercado<br />

softwares de gerenciamento de<br />

dados de analisadores que permitem<br />

monitorar e diagnosticar remotamente<br />

o funcionamento destes<br />

equipamentos instalados na planta.<br />

Através destes softwares é possível<br />

acompanhar variáveis críticas dos<br />

analisadores (temperatura de forno,<br />

tempo de retenção em cromatografia,<br />

por exemplo); variáveis de processo<br />

(como, temperatura, vazão,<br />

pressão); fluxo de amostra para o<br />

equipamento; etc. Estes softwares<br />

podem ser configurados para que o<br />

técnico responsável pelos analisadores<br />

possam se antecipar à possíveis<br />

falhas do analisador e evitar que um<br />

resultado incorreto chegue até a<br />

operação da planta, evitando assim<br />

tomadas de decisões errôneas que<br />

poderiam causar perda de produção<br />

e até mesmo parada de plantas.<br />

3. Etapas para<br />

instalação de um<br />

analisador de processo<br />

3.1 Justificativa para aquisição<br />

de analisador<br />

Analisadores são equipamentos<br />

caros, que devem ter sua aquisição<br />

justificada pela engenharia de processo.<br />

O processo petroquímico de destilação<br />

do benzeno, por exemplo, necessita<br />

de determinações dos teores<br />

de benzeno, tolueno, xilenos e não<br />

aromáticos na entrada (carga) e nas<br />

saídas, principalmente no topo, onde<br />

se avalia a pureza do benzeno produzido.<br />

Em rotina de laboratório convencional,<br />

o tempo decorrido entre a<br />

coleta da amostra até a recepção dos<br />

resultados pelo operador pode chegar,<br />

em média, a duas horas, sendo,<br />

portanto, realizadas por cromatógrafo.<br />

A depender do fluxo do processo<br />

e disponibilidade de equipamentos,<br />

o risco de produção de produto não<br />

conforme pode ser grande.<br />

Por exemplo, numa sequência hipotética<br />

de eventos ocorrida numa<br />

planta de destilação de benzeno,<br />

onde a rotina no laboratório para<br />

aferição da qualidade do produto<br />

final seja em horário par (0, 2, 4h,<br />

...). Deste modo, um fato ocorrido às<br />

00:30h, que levou a perda de especificação<br />

do benzeno, somente será<br />

detectado pela amostra coletada às<br />

2h, com emissão deste resultado às<br />

4h. Somente a partir desse horário,<br />

a operação pode executar manobra<br />

para corrigir a falha. Esta correção<br />

será detectada apenas numa amostra<br />

extra, coletada às 5h, cujo resultado<br />

será emitido às 6h.<br />

Estes eventos poderiam gerar um<br />

grande impacto financeiro. Contudo,<br />

se nesta planta fosse instalado um<br />

analisador cromatográfico na entrada<br />

e saída desta torre, a periodicidade<br />

das determinações poderia cair<br />

para aproximadamente 10 min., com<br />

possibilidade de até 144 determinações<br />

diárias, onde uma corrente não<br />

conforme poderia ser identificada e<br />

corrigida em até 30 min.<br />

Deste modo, ao justificar um projeto<br />

de analisador para uma planta,<br />

além dos aspectos técnicos de funcionalidade,<br />

dados de produtividade<br />

e, consequentemente, financeiros<br />

devem ser computados. Deste modo,<br />

mesmo que o analisador tenha menores<br />

exatidão e precisão que as<br />

determinações de bancada, ele pode<br />

ser adquirido para controle da planta,<br />

alimentando o sistema de modelagem<br />

quimiométrica da planta com<br />

seus dados, deixando as análises de<br />

laboratório apenas para contingência,<br />

caso haja uma descontinuidade<br />

operacional do analisador, ou para<br />

checagem, validação e tomadas de<br />

decisões, quando existirem dúvidas<br />

em relação a resultados emitidos.<br />

Raciocínio análogo pode ser aplicado<br />

à instalação de analisadores<br />

em processos de cinética lenta, onde<br />

a produção ocorre por batelada ou<br />

em fluxos baixos, como as plantas<br />

de produção de biodiesel por transesterificação.<br />

Nestes casos, não há<br />

previsibilidade de ganhos produtivos<br />

com incremento da diminuição do<br />

ciclo analítico, da amostragem até a<br />

recepção do resultado. Por exemplo,<br />

não há necessidade de investimento<br />

em um analisador de pH, que emite<br />

resultados continuamente, se a transesterificação<br />

do biodiesel leva 2h.<br />

Nestes casos, onde não há ganhos<br />

operacionais ou de segurança para<br />

planta, não se justifica implementar<br />

um analisador.<br />

Uma vez que o desígnio do analisador<br />

é oferecer melhorias para<br />

a fábrica em relação ao controle<br />

de qualidade da produção e, consequentemente,<br />

no aumento da<br />

produtividade, deve-se avaliar se a<br />

operação deste equipamento contribui<br />

para que a balança custo–benefício<br />

esteja pendendo para o lado do<br />

beneficio. Caso a planta não atinja<br />

os índices de produtividade deseja-


dos, a instalação poderá acarretar<br />

em prejuízos para a empresa, devido<br />

ao investimento na aquisição do<br />

analisador.<br />

3.2 Análise do projeto para<br />

aquisição<br />

Antes da tomada das decisões referentes<br />

à aquisição de equipamentos<br />

analíticos de processos, deve ser<br />

realizado um estudo cauteloso sobre<br />

viabilidade, confiabilidade, precisão,<br />

custos de implantação, custos de<br />

operação, tempo de reposta e robustez<br />

do sistema proposto (MOREIRA,<br />

2011). Como qualquer outro equipamento<br />

instalado em áreas industriais,<br />

é também imprescindível a realização<br />

de estudos das medidas de segurança<br />

necessárias à acomodação<br />

e operação do analisador.<br />

Portanto, para avaliar o projeto de<br />

um analisador, uma equipe multidisciplinar<br />

deve ser constituída, envolvendo<br />

todas as áreas necessárias<br />

ao projeto (controle de qualidade,<br />

produção, processo, instrumentação,<br />

automação, caldeiraria, elétrica, civil,<br />

segurança, meio ambiente, etc.), de<br />

acordo com as particularidades da<br />

planta.<br />

Durante a avaliação do projeto, é<br />

indispensável que sejam observadas<br />

suas minúcias e seus impactos na<br />

planta, de modo a garantir a perfeita<br />

operacionalidade do sistema de analisadores.<br />

Um ponto de amostragem<br />

instalado em posição inadequada,<br />

ou mesmo em angulação diferente,<br />

pode provocar prejuízos na representatividade<br />

das amostras, causando<br />

sérios prejuízos na confiabilidade dos<br />

resultados gerados.<br />

As possíveis variações de composição,<br />

fluxo, viscosidade, densidade,<br />

temperatura, pressão, e outras,<br />

na corrente são fundamentais para<br />

definição do tipo de equipamento e<br />

instalação. Por serem sistemas dedicados<br />

e especificados para uma<br />

determinada aplicação no processo,<br />

estes equipamentos não são facilmente<br />

relocados para outro ponto do<br />

processo. Deste modo, se um projeto<br />

é mal elaborado desde sua concepção<br />

até sua instalação, o sistema<br />

não fornecerá resultados confiáveis<br />

e todo investimento será perdido,<br />

trazendo prejuízos. Existe a possibilidade<br />

de analisadores com projetos<br />

avaliados e aprovados e instalação<br />

satisfatória, mas, quando iniciam<br />

operação, apresentam resultados<br />

não confiáveis, tornam-se inoperantes<br />

e com a empresa amargando<br />

prejuízo.<br />

Portanto, antes de adquirir e instalar<br />

um analisador, algumas ações<br />

devem ser realizadas. A primeira etapa,<br />

como descrito acima, é a elaboração<br />

de um projeto conceitual com<br />

uma equipe multidisciplinar contemplando<br />

todos os detalhes técnicos<br />

requeridos para o sistema: finalidade<br />

da medição, precisão e exatidão requerida,<br />

características (composição,<br />

pressão, temperatura, dados físico-<br />

-químicos) da corrente a ser analisada,<br />

locais de instalação etc. Com<br />

estas informações será possível então<br />

definir a melhor técnica analítica<br />

a ser utilizada no sistema proposto.<br />

Esta escolha dever ser feito preferencialmente<br />

pelo corpo técnico habilitado<br />

para elaboração deste conceitual.<br />

Caso não exista esta habilidade,<br />

a equipe responsável pelo conceitual<br />

deverá recorrer a consultorias especializadas<br />

ou trabalhar em conjunto<br />

com possíveis fornecedores deste<br />

sistema. Para uma maior garantia do<br />

funcionamento do projeto em casos<br />

nos quais não se tenha nenhuma<br />

experiência com a técnica requerida,<br />

a equipe responsável deverá buscar<br />

experiências externas em outras<br />

plantas para conhecer in loco sistemas<br />

similares já testados por outros<br />

usuários. Nos casos onde a técnica/<br />

analisador será usada pela primeira<br />

vez naquela aplicação, uma parceria<br />

com o fornecedor poderá ser sacramentada<br />

para realização de teste em<br />

campo para acompanhamento do<br />

desempenho do equipamento antes<br />

da aquisição.<br />

Muitos analisadores são produzidos<br />

customizados de acordo com<br />

as especificações e necessidades da<br />

planta operacional do cliente. Desta<br />

forma, mesmo plantas similares,<br />

que empregam a mesma tecnologia<br />

produtiva, apresentam particularidades<br />

como, por exemplo, disposição<br />

espacial, matérias-primas, insumos<br />

diferentes. Portanto, a constatação<br />

de que um analisador atende de<br />

maneira confiável uma planta não<br />

é garantia que outro analisador do<br />

mesmo tipo seja confiável em outra<br />

planta similar; é apenas um indicativo<br />

que ele pode atender a demanda.<br />

Após elaboração e aprovação do<br />

projeto conceitual dos sistemas de<br />

analisadores do projeto, segue-se a<br />

etapa de projeto básico e detalhamento<br />

de engenharia para montagem<br />

dos sistemas. Nesta fase, serão<br />

definidos os locais de instalação,<br />

elaboração da documentação necessária<br />

para montagem do sistema<br />

no campo, os encaminhamentos de<br />

linhas e tubulações para interligar o<br />

sistema de analisadores a planta industrial,<br />

o sistema de comunicação<br />

(transmissão de resultados) entre os<br />

analisadores e a sala de controle da<br />

planta. Durante esta fase, também<br />

deverão ser definidos os possíveis<br />

fornecedores do sistema, para os<br />

quais será enviada uma folha de especificação<br />

do sistema, datasheet,<br />

contendo todos os dados necessários<br />

(corrente a ser analisada,<br />

componentes a serem analisados,<br />

faixas de pressão e temperatura,<br />

propriedades físicas das correntes,<br />

alimentação elétrica requerida, precisão<br />

e exatidão requerida, técnica<br />

analítica requerida, etc.) para a correta<br />

aquisição.<br />

Após seleção dos possíveis fornecedores<br />

do analisador, a equipe<br />

técnica responsável pelo projeto<br />

deverá fazer uma análise das propostas<br />

enviadas pelos fornecedo-<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

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artigo 1<br />

Imagem ilustrativa<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

18<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

res, indicando o sistema que atende<br />

toda a especificação requerida, e<br />

observando a robustez, a facilidade<br />

de manutenção, os recursos disponíveis,<br />

facilidades de treinamento,<br />

prazo de fornecimento, e os custos<br />

de aquisição (capex) e de operação<br />

(opex). Após seleção do fornecedor<br />

e, consequentemente, do sistema<br />

de analisador a ser implantado, dois<br />

itens são de extrema importância antes<br />

da instalação em campo:<br />

a) Esboços típicos de instalação<br />

do sistema. Estes desenhos serão<br />

utilizados para elaborar o projeto de<br />

detalhamento de instalação do sistema<br />

na planta<br />

b) Teste de Aceitação de Fábrica<br />

(TAF). Antes de o equipamento ser<br />

enviado pelo fornecedor deverá ser<br />

contratado pelo cliente, um TAF para<br />

inspecionar e verificar o funcionamento<br />

do sistema nas instalações<br />

do fornecedor. Nesta etapa, qualquer<br />

problema no funcionamento será<br />

corrigido pelo fornecedor antes do<br />

envio final para instalação.<br />

3.3 Implantação e<br />

operação<br />

Após a aprovação e aquisição do<br />

sistema analítico dedicado, segue a<br />

etapa de instalação na planta industrial,<br />

que deve seguir rigidamente as<br />

especificações do projeto e as recomendações<br />

do fornecedor, de modo<br />

a preservar os diversos componentes<br />

ópticos, eletrônicos, mecânicos<br />

e robóticos pertinentes (MOREIRA,<br />

2011). Em todos os casos, a montagem<br />

deve ser acompanhada por técnicos<br />

especializados nos sistemas de<br />

análise e, sempre que possível, com<br />

apoio de técnicos do fabricante.<br />

Após a instalação do analisador no<br />

ambiente fabril, ele é testado por um<br />

determinado período, onde padrões<br />

são usados, observando-se precisão<br />

e exatidão obtidas (MOREIRA, 2011).<br />

Em seguida, novos testes poderão<br />

ser realizados, agora com amostras<br />

derivadas da planta operacional, com<br />

todo instrumental do analisador operando,<br />

e comparando-se os resultados<br />

obtidos com as determinações<br />

laboratoriais convencionais de bancada,<br />

resultando em um relatório de<br />

validação do equipamento, usando as<br />

ferramentas estatísticas adequadas.<br />

O analisador instalado só poderá<br />

ser liberado para a operação<br />

caso o equipamento/método esteja<br />

validado. Caso existam diferenças<br />

significativas entre os métodos, são<br />

realizados ajustes no analisador, e<br />

os testes deverão ser repetidos até<br />

atingir-se o desempenho requerido.<br />

Após a validação do equipamento, o<br />

mesmo é liberado para uso na planta.<br />

A princípio, as análises (bancada<br />

e analisadores) podem acontecer de<br />

maneira simultânea por um período<br />

de tempo até que seja constatada<br />

a confiabilidade do analisador. As<br />

análises de bancada poderão ser<br />

reduzidas ou eliminadas a critério da<br />

engenharia e do laboratório.<br />

À medida que os resultados gerados<br />

pelo analisador se aproximarem<br />

dos valores encontrados pela bancada,<br />

com variações aceitáveis, os<br />

engenheiros de processo iniciam, de<br />

forma gradual, o aumento do ciclo da<br />

rotina do laboratório, até que estes<br />

se estabilizem no valor definido no<br />

projeto.<br />

3.4 Profissionais para operar<br />

os analisadores<br />

Deve-se reforçar que os analisadores<br />

não funcionam de maneira<br />

autônoma e independente. Deve haver<br />

um grupo de profissionais dedicados,<br />

com amplo conhecimento dos<br />

mesmos, para execução de tarefas<br />

como: programação, avaliação de<br />

performance, alteração operacional,<br />

calibração, aferição, manutenção, e<br />

interpretação dos resultados obtidos.<br />

Uma empresa petroquímica ou uma<br />

refinaria, por exemplo, pode possuir<br />

uma grande variedade (modelos e<br />

fornecedores) de analisadores instalados<br />

em suas plantas, os quais deverão<br />

ser conhecidos e manipulados<br />

por seu corpo técnico.<br />

Inicialmente, os primeiros analisadores<br />

instalados nas plantas eram<br />

de responsabilidade dos instrumentistas<br />

industriais. Contudo, diante do<br />

uso crescente e diversificação dos<br />

analisadores, algumas empresas investiram<br />

em educação continuada,<br />

mas sem metodologia acadêmica<br />

específica, formando profissionais<br />

nesta função para atender suas necessidades.<br />

A equipe de manutenção, que atua<br />

nos analisadores, deve ser preferencialmente<br />

multidisciplinar, com<br />

formações em diferentes áreas do<br />

conhecimento (química, eletrônica,<br />

instrumentação, automação), com<br />

facilidade para trabalhar em grupo<br />

e buscar constante aperfeiçoamento<br />

profissional. Um cromatógrafo de<br />

processo, por exemplo, contém sistemas<br />

de análise, sistemas eletrônicos;<br />

interface de comunicação com a<br />

planta; sistemas de condicionamento<br />

de amostra. O profissional deverá ser<br />

capacitado em eletrônica, instrumentação,<br />

automação e química. Devido<br />

a constante atualização tecnológica<br />

dos sistemas de analisadores, os profissionais<br />

deverão manter-se sempre<br />

atualizados para garantir e aperfeiçoar<br />

sua capacitação técnica para<br />

atender as demandas das empresas.<br />

Atualmente, algumas empresas<br />

mantêm todo o controle de qualidade,<br />

seja em laboratórios convencionais<br />

e ou por meio de analisadores,<br />

sobre uma mesma liderança, já que o<br />

objetivo da equipe é garantir e certificar<br />

a qualidade da produção. Deste<br />

modo, as equipes atuam de forma<br />

integrada, onde analistas de bancada<br />

e técnicos envolvidos com os analisadores,<br />

buscam sinergias inerentes ao<br />

processo de controle de qualidade.<br />

3.5 Manutenção dos<br />

analisadores<br />

Os analisadores de processo, apesar<br />

de realizarem análises automaticamente,<br />

necessitam de cuidados<br />

para garantir sua operacionalidade<br />

pelo maior tempo possível e sem fa-


lhas. Para isto, é necessário que todo<br />

analisador, assim como qualquer<br />

outra máquina, tenha um plano de<br />

manutenção específico. A definição<br />

e execução deste plano poderão ser<br />

baseadas nas informações/recomendações<br />

do fornecedor, na experiência<br />

do usuário ou ainda através de<br />

uma combinação das duas.<br />

Em geral, a manutenção é dividida<br />

em três tipos: tempo de operação<br />

(preventiva); condição do<br />

equipamento (preditiva) ou em falha<br />

detectada (corretiva). O tipo de manutenção<br />

deve ser feito observando<br />

a criticidade do equipamento para<br />

planta, principalmente, avaliando<br />

qual o impacto de uma falha deste<br />

analisador no processo. Através<br />

desta análise, define-se qual o tipo<br />

de manutenção a ser utilizada, as<br />

tarefas, a frequência e a política de<br />

estoque de peças sobressalentes necessária.<br />

Devido aos elevados custos<br />

envolvidos em hora homem (HH) de<br />

manutenção e de peças sobressalente,<br />

o gestor dos equipamentos deverá<br />

sempre buscar uma otimização<br />

entre os recursos necessários (HH e<br />

peças de reposição) e frequência de<br />

falhas, sendo que o melhor dos casos<br />

é aquele onde existe menor frequência<br />

de falhas com o menor custo<br />

de manutenção.<br />

Para se atingir esta otimização, é<br />

imprescindível o registro de todos<br />

os dados relativos às manutenções<br />

realizadas anteriormente: especificidades,<br />

falhas, análise de falhas, HH<br />

envolvido e custo de peças de reposição.<br />

Com estes dados, a equipe<br />

responsável deverá fazer o acompanhamento,<br />

utilizando alguns indicadores,<br />

como por exemplo:<br />

1) Tempo médio entre falhas<br />

(MTBF do inglês mean time between<br />

failures –), sendo medido para cada<br />

equipamento;<br />

2) Tempo médio de reparo<br />

(MTTR do inglês, mean time to repair),<br />

para as manutenções corretivas;<br />

3) Custo de reparo por<br />

equipamento;<br />

4) Período de disponibilidade de<br />

cada equipamento.<br />

Desta forma, a equipe responsável<br />

terá dados suficientes para propor e<br />

modificar periodicamente os planos<br />

de manutenção de cada equipamento,<br />

com base em indicadores aferidos,<br />

buscando otimização de custos<br />

e minimização das falhas.<br />

Pode-se, por exemplo, decompor<br />

o analisador em partes diferentes e<br />

aplicar diferentes tipos de manutenção<br />

a cada uma delas. Um sistema<br />

de cromatografia pode ser dividido<br />

em sistema eletrônico, sistema analítico<br />

e sistema de amostragem:<br />

- para o sistema eletrônico, pode-<br />

-se definir uma política de manutenção<br />

corretiva, sendo substituída apenas<br />

uma placa eletrônica, quando a<br />

mesma falhar. Neste caso, deve-se<br />

definir, em conjunto com o fabricante<br />

ou outros usuários, quais placas<br />

necessita-se ter em estoque (ativo<br />

imobilizado);<br />

- para o sistema de amostragem<br />

pode atribuir manutenção preventiva.<br />

O histórico de dados e indicadores<br />

registrados podem indicar a<br />

periodicidade de troca dos filtros, por<br />

exemplo;<br />

- já para o sistema analítico, pode-<br />

-se adotar a manutenção preditiva,<br />

na qual será realizado acompanhamento<br />

da seletividade da coluna<br />

cromatográfica e verificada a qualidade<br />

da separação entre dois componentes,<br />

indicando a necessidade<br />

de substituição ou condicionamento<br />

da coluna cromatográfica, antes que<br />

ocorra a falha.<br />

Diante do exposto pode-se afirmar<br />

que analisadores de processos funcionam<br />

corretamente, desde que sejam<br />

projetados e instalados corretamente,<br />

e tenha plano de manutenção<br />

de acordo com seu tipo, aplicação<br />

e criticidade de forma adequada às<br />

necessidades da planta.<br />

Os equipamentos possuem softwares<br />

que, através de cálculos<br />

matemáticos, simples ou avançados,<br />

convertem os sinais físicos do<br />

detector em resultados numéricos<br />

das determinações desejadas. A<br />

cada calibração realizada no equipamento,<br />

o software altera a equação<br />

(ou algoritmo, em equipamentos<br />

sofisticados) que converte o sinal do<br />

detector em resultado numérico. Em<br />

alguns equipamentos, os softwares<br />

podem ser programados sobre a periodicidade<br />

da calibração e informam<br />

aos operadores quando esta data se<br />

aproxima.<br />

Os analisadores são equipados<br />

com transmissores, que comunicam<br />

continuamente o status do equipamento<br />

(em operação, em purga,<br />

desativado, etc.) e o resultado da determinação<br />

para a sala de controle.<br />

Analisadores modernos podem ser<br />

interligados ao gerenciador da modelagem<br />

quimiométrica da planta,<br />

de modo que, quando é gerado um<br />

resultado inesperado, diferente da<br />

tendência, o equipamento analítico<br />

pode até efetuar uma calibração automática,<br />

sem intervenção humana,<br />

e corrigir o valor do resultado duvidoso<br />

em função da nova equação de<br />

calibração.<br />

As possibilidades de aplicação e<br />

potencialidades dos analisadores<br />

de processo são vastas. Entretanto,<br />

acredita-se que a necessidade de<br />

profissionais preparados e capacitados<br />

tanto para a concepção quanto<br />

para a operação e interpretação dos<br />

resultados é uma premissa indispensável,<br />

inclusive com especial atenção<br />

a multidisciplinaridade do tema.<br />

Conclusão<br />

Diante dos ganhos proporcionados<br />

no controle operacional através<br />

de analisadores de processo, pelos<br />

quais determinações e resultados<br />

analíticos são disponibilizados em<br />

curtos espaços de tempo, estes<br />

equipamentos vêm ocupando espaço<br />

relevante nas indústrias modernas.<br />

Devido ao custo envolvido na<br />

operacionalização destes equipa-<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

19


artigo 1<br />

Imagem ilustrativa<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto* 1<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

Dr. Luiz Carlos Lobato dos Santos 3<br />

MsC. Márcio Luís de Souza Borges 4<br />

Juscély Santos Carvalho 1<br />

20<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

mentos, os projetos de instalação<br />

devem ser realizados com um alto<br />

grau de detalhamento e por uma<br />

equipe especializada, para garantir<br />

o correto funcionamento dos mesmos,<br />

transformando o investimento<br />

em retorno financeiro para a empresa.<br />

O principal papel dos analisadores<br />

de processo em uma indústria<br />

é monitorar parâmetros chaves no<br />

controle de processo, otimizando a<br />

produção em relação a eficiência<br />

energética e garantia da especificação<br />

dos produtos. Desta forma,<br />

existe uma tendência de que,<br />

o controle de qualidade de uma<br />

planta industrial seja feito de duas<br />

maneiras complementares: controles,<br />

que necessitem de resultados<br />

rápidos para ajuste do processo ou<br />

que envolva segurança de processo,<br />

deverão ser feitos através de<br />

analisadores de processo; enquanto<br />

que acompanhamentos de processo<br />

no longo prazo (balanço de<br />

massa de planta, performance de<br />

catalisadores, etc.), laudos de qualidade<br />

de produtos finais, análises<br />

muito complexas e análises para<br />

validação dos analisadores de processo<br />

continuarão sendo feitos nos<br />

laboratórios através de análises em<br />

bancada. Assim, podemos concluir<br />

que a instalação de analisadores<br />

de processo, permite aos laboratórios<br />

“convencionais” extrapolar sua<br />

forma de atuação além dos limites<br />

de suas instalações, garantindo<br />

assim, um controle de qualidade<br />

mais eficiente para as indústrias<br />

modernas.<br />

Referências<br />

ANNINO, R. e VILLALOBOS, R. Process gas<br />

chromatography: fundamentals and applications:<br />

on line analysis for process monitoring<br />

and control. Instrument Society of<br />

America, 1992.<br />

CANN, B. Gerenciando a complexidade<br />

da produção microbiana de biocombustíveis<br />

com a informática integrada. Revista<br />

<strong>Analytica</strong>, n° 90, 2017.<br />

COHN, P. E. Analisadores industriais: no<br />

processo, na área de utilidades, na supervisão<br />

da emissão de poluentes e na segurança.<br />

Editora Interciênci, 2006.<br />

COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L.; BONATO, P.<br />

S. Fundamentos de Cromatografia. Editora<br />

Unicamp, 2006.<br />

COUTINHO, F. M. B.; MARIA, L. C. S. e<br />

MELLO, I. L. Polietileno: principais tipos,<br />

propriedades e aplicações. Polímeros: Ciência<br />

e Tecnologia, vol. 13, n° 1, 2003.<br />

HARVEY, D. Modern <strong>Analytica</strong>l Chemistry.<br />

International Editions, DePauw University,<br />

2000.<br />

LANÇAS, F. M. Cromatografia em Fase Gasosa.<br />

Editora ACTA, 993.<br />

LANÇAS, F. M. e MÜHLER, C. Cromatografia<br />

unificada. Química Nova, vol. 27, nº 5,<br />

2004.<br />

LOPES NETO, V. R.; TEIXEIRA, L. S. G;<br />

CARVALHO, J. S. Controle de processos<br />

industriais: instrumentação analítica de<br />

processos X laboratório tradicional. Parte I:<br />

importância dos laboratórios em indústrias<br />

modernas. Revista <strong>Analytica</strong>, n° 90, 2017.<br />

MANO, E. B. e MENDES, L. C. Introdução<br />

a Polímeros, Editora Edgard Blücher, 1999.<br />

MILES, D. C. e BRISTON, J. H. Tecnologia<br />

dos Polímeros. Editora Polígono S.A., 1975.<br />

MOREIRA, K. R. A. Aplicação da química<br />

analítica de processos na produção de<br />

formulações farmacêuticas. Trabalho de<br />

Conclusão de Curso. Instituto de Química,<br />

Universidade Federal do Rio Grande do Sul<br />

– UFRS, 2011.<br />

OLIVEIRA, W. A. A química analítica de<br />

processos industriais. Química Nova, vol.<br />

14, n° 4, 1991.<br />

OZZY, P. Manual de Boas Práticas de Fabricação<br />

e Controle. ABRACI e Process focus,<br />

1ª edição, 2006. Disponível em < http://<br />

www.abraci.org.br/ arquivos /boas_ praticas_fab_controle2.pdf><br />

Acesso em: 01<br />

nov. 2018.<br />

PEREIRA, A. S. e AQUINO NETO, F. R. Estado<br />

da arte da cromatografia gasosa de<br />

alta resolução e alta temperatura. Química<br />

Nova, vol. 23, n0 3, 2000.<br />

TREVISAN, M. G. e POPPI, R. J. Química<br />

analítica de processos, Química Nova, vol.<br />

29, nº 4, 2006.<br />

VALCÁRCEL, M. Principios de química<br />

analítica, Springer-Verlag Ibérica, 1999.<br />

VALCÁRCEL, M. e CÁRDENAS, M. S. Automatizacion<br />

y minituarizacion en química<br />

analítica, Springer-Verlag Ibérica, 2000.<br />

WALSILKOSKI, C. M. Caracterização do<br />

polietileno de baixa densidade através da<br />

técnica de análise dinâmico-mecânica e<br />

comparação com a análise por impedância<br />

dielétrica, Dissertação de Mestrado, Universidade<br />

Federal do Paraná, 2002.<br />

Agradecimentos<br />

- Centro Universitário Regional do Brasil<br />

– UNIRB.<br />

- Braskem/UNIB, Refinaria Landulpho<br />

Alves – RLAM, Petrobrás Biocombustíveis<br />

e Raízen Combustíveis pelas visitas à suas<br />

Instalações


Complemento Normativo<br />

artigo 1<br />

Referente ao artigo: 1<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

Controle de processos industriais:<br />

instrumentação analítica de processos<br />

X laboratório tradicional. Parte II:<br />

importância dos analisadores em linha<br />

para as indústrias modernas.<br />

ISO 31000<br />

Risk management -- Guidelines<br />

Norma publicada em: 2018/02. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Organização e gestão de empresas em geral.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Abstract: Provides guidelines on managing risk faced by organizations. The<br />

application of these guidelines can be customized to any organization and its<br />

context. https://www.iso.org/standard/65694.html<br />

ISO 10005<br />

Quality management -- Guidelines for quality plans<br />

Norma publicada em: 2018/06 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Sistemas de gestão.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Abstract: This document gives guidelines for establishing, reviewing, accepting,<br />

applying and revising quality plans.This document is applicable to quality<br />

plans for any intended output, whether a process, product, service, project or<br />

contract, and any type or size of organization.<br />

https://www.iso.org/standard/703<strong>98</strong>.html<br />

ISO 9004<br />

Quality management -- Quality of an organization -- Guidance to<br />

achieve sustained success<br />

Norma publicada em: 2001/11 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Gestão de qualidade e garantia de qualidade.<br />

Sistemas de gestão.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Abstract: Gives guidelines for enhancing an organization's ability to achieve<br />

sustained success. This guidance is consistent with the quality management<br />

principles given in ISO 9000.<br />

https://www.iso.org/standard/70397.html<br />

ISO 19011<br />

Guidelines for auditing management systems<br />

Norma publicada em: 2018/07 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Sistemas de gestão.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Abstract: This document provides guidance on auditing management systems,<br />

including the principles of auditing, managing an audit programme and<br />

conducting management system audits, as well as guidance on the evaluation<br />

of competence of individuals involved in the audit process. These activities<br />

include the individual(s) managing the audit programme, auditors and audit<br />

teams. https://www.iso.org/standard/70017.html<br />

NIE-CGCRE-046<br />

Análise da Documentação Legal dos Organismos de Avaliação da<br />

Conformidade e das Instalações de Testes BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

Resumo: Esta norma estabelece o procedimento para a realização da análise<br />

da documentação legal dos organismos de avaliação da conformidade e das<br />

instalações de teste.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=AvalLAB<br />

DOQ-CGCRE-023<br />

Orientações para a atividade de reconhecimento da conformidade<br />

aos princípios das boas práticas de laboratório - BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

Resumo: Este documento tem como objetivo fornecer orientações gerais<br />

sobre o reconhecimento e monitoramento de instalações de teste em conformidade<br />

aos Princípios das Boas Práticas de Laboratório – BPL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

NIT-DICLA-052<br />

Preços das atividades de reconhecimento da conformidade aos princípios<br />

das boas práticas de laboratório (BPL).<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

Resumo: Esta Norma estabelece preços das atividades referentes à concessão,<br />

extensão, manutenção e mudanças do reconhecimento da conformidade<br />

aos princípios das BPL. http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=BPL<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

21


Complemento Normativo<br />

artigo 1<br />

Referente ao artigo: 1<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

Controle de processos industriais:<br />

instrumentação analítica de processos<br />

X laboratório tradicional. Parte II:<br />

importância dos analisadores em linha<br />

para as indústrias modernas.<br />

NIT-DICLA-067<br />

Compromissos Relacionados com a OCDE e com Órgãos Regulamentadores<br />

sobre o Reconhecimento das Boas Práticas de Laboratório<br />

- BPL. Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

Resumo: Esta Norma estabelece as ações a serem realizadas pela Cgcre,<br />

através da Dicla, a fim de cumprir com os compromissos relacionados à adesão<br />

do Brasil aos atos da OCDE para aceitação mútua de dados de acordo<br />

com os Princípios das Boas Práticas de Laboratório – BPL, bem como aqueles<br />

relacionados com os órgãos regulamentadores nacionais, principalmente os<br />

da área de saúde, meio ambiente e agricultura.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

FOR-CGCRE-004<br />

Relação detalhada dos estudos BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

22<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

FOR-CGCRE-026<br />

Solicitação para reconhecimento da conformidade aos princípios das<br />

boas práticas de laboratório - BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

FOR-CGCRE-038<br />

Relação de Documentos para Solicitação/Extensão/Manutenção de<br />

Reconhecimento da Conformidade aos Princípios das Boas Práticas<br />

de Laboratório – BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

FOR-CGCRE-420<br />

Recomendação e Decisão sobre o Cancelamento do Reconhecimento<br />

da Conformidade aos princípios das BPL por Decisão da Cgcre.<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Artigo: Controle de processos industriais: instrumentação analítica de processos<br />

X laboratório tradicional. Parte II: importância dos analisadores em<br />

linha para as indústrias modernas.<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

FOR-CGCRE-421<br />

Recomendação e Decisão sobre Extensão, Manutenção, Mudanças,<br />

Redução, Arquivamento, Cancelamento e Suspensão do Reconhecimento<br />

da Conformidade aos Princípios das BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

FOR-CGCRE-422<br />

Recomendação e Decisão sobre a Concessão do Reconhecimento da<br />

Conformidade aos Princípios das BPL.<br />

Norma publicada em: 2018/10. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma recomendada<br />

Entidade: INMETRO<br />

País de procedência/Região: BRASIL.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=BPL<br />

ISO 9001<br />

Quality management systems -- Requirements<br />

Norma publicada em: 2015/09. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Administração e segurança de qualidade. Sistema de gestão.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Abstract: Needs to demonstrate its ability to consistently provide products<br />

and services that meet customer and applicable statutory and regulatory requirements,<br />

and aims to enhance customer satisfaction through the effective<br />

application of the system, including processes for improvement of the system<br />

and the assurance of conformity to customer and applicable statutory and<br />

regulatory requirements.<br />

https://www.iso.org/standard/62085.html


Distribuidor Autorizado<br />

Incorrect (interference)<br />

Quantitation peak<br />

Quantitation<br />

peak<br />

Resolution 35 K<br />

Resolution 70 K<br />

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abrangentes. Uma solução que possa triar, identificar e<br />

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artigo 2<br />

Caracterização da liga amorfa<br />

do tipo Co87Nb46B15<br />

Autores:<br />

Nascimento, Luciano 1*,<br />

Anastasiia Melnyk 2,<br />

Reza Jamshidi Rodbari 3,<br />

Lourdes Cristina L. Agostinho Jamshidi 4.<br />

1*ao 4 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química-PPGEQ,<br />

Centro de Tecnologia e Geociências-CTG/UFPE.<br />

Av. Moraes Rego, 1235 – Cidade Universitária,<br />

CEP: 50670-901, Recife – PE, Brasil.<br />

2 Programa de Pós-Graduação em Letras-PPGL, Centro de Ciências,<br />

Letras e Artes-CLA/UFPB, Brasil.<br />

Castelo Branco, Cidade Universitária-Campus I,CEP: 58051-970,João Pessoa-PB.<br />

3 Programa de Pós-Graduação em Ciências de Materiais -PPGCMTR,<br />

Centro de Ciências Exatas e da Terra- CCEN/UFPE.<br />

Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE -<br />

CEP: 50670-901,Brasil.<br />

E-mail: luciano.ufpe@gmail.com 1*<br />

24<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Imagem ilustrativa<br />

Resumo<br />

Este trabalho teve como proposta geral a produção<br />

da liga amorfa Co87Nb46B15 por moagem mecânica de<br />

alta energia e estudo de sua caracterização por Difração<br />

de Raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura e<br />

Espectroscopia por Dispersão de Energia (MEV/EDS) e<br />

das suas propriedades magnéticas, tendo como estudo<br />

a curva de histerese.<br />

Palavras-chave: Moagem Mecânica; Liga<br />

Amorfa Co87Nb46B15; Curva de histerese.<br />

Abstract<br />

This work had as general purpose production of<br />

amorphous alloy Co87Nb46B15 by mechanical grinding<br />

of high energy and studies its characterization by X-ray<br />

Diffraction (DRX), Scanning Electron Microscopy and<br />

Spectroscopy Dispersion Energy (SEM/EDS) and their<br />

magnetic properties, study as having the hysteresis curve.<br />

Key-words: Mechanical Alloying; Amorphous Alloy<br />

Co87Nb46B15; Hysteresis Curve.<br />

Introdução<br />

A definição de material amorfo é um termo geral que é referir-<br />

-se a estado sólido com arranjo atômico não periódico. A característica<br />

especial da estrutura atômica do material amorfo em<br />

comparação com o material cristalino é caracterizada por não<br />

possuírem, à longa distância, uma estrutura atômica ordenada<br />

(NASCIMENTO, 2013).<br />

Os materiais amorfos podem ser fabricados por vários métodos,<br />

as técnicas escolhidas como se segue: evaporação térmica<br />

(ou deposição de vapor) de metais, pulverização catódica (ou<br />

sputtering), deposição química em fase vapor ou CVD (chemical<br />

vapour deposition), moagem mecânica de alta energia (mechanical<br />

alloying), melt spinning liga mecânica, moagem de alta<br />

energia e fundição a forno elétrico a arco (ZHAO, 2006). As ligas<br />

do sistema binário Co-B pode ser facilmente amorfizadas por<br />

melt spinning ou moagem mecânica de alta energia. Mais ligas<br />

complexas com propriedades específicas podem ser obtidas por<br />

adição de outros elementos a este sistema, como o Nb e vários<br />

compostos químicos pode ser cristalizado a partir da fase amorfa<br />

a temperaturas específicas (DUN et al.,2012a).<br />

Ligas amorfas baseadas em Co, Fe, Nb, B e sistema amorfo do<br />

tipo Co-Nb-B é facilmente fabricado usando técnicas de reação<br />

do estado sólido e possuem boas propriedades magnéticas, estabilidade<br />

térmica e uma elevada magnetização de saturação, de<br />

alta permeabilidade, baixa coercitividade e perda, que encontram<br />

suas aplicações no sistema antirroubo segurança, eletrônica de<br />

potência, dispositivos de telecomunicações e magnetismo automotivos<br />

(DUN et al.,2014b). Similarmente algumas ligas baseadas<br />

em ligas amorfas e ligas amorfas de grande volume (BMGs)<br />

como Co-Nb-B consistem em ligação covalente formado por elemento<br />

metalóide (B) e um elemento de metal de transição com<br />

alto módulo de elasticidade (Co) (SURYANARAYANA, 2001). Além<br />

disso, uma vez que Nb e B têm entalpia negativa de mistura com<br />

o elemento constituinte na maioria o Co.<br />

Neste trabalho, estudou-se a caracterização desta liga amorfa<br />

do tipo Co87Nb46B15 atarvés do processo de moagem alta<br />

energia. O estudo de caracterização foi DRX - Difração de Raios<br />

X, Microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia<br />

de energia dispersiva (EDS) e feito levando-se em conta as propriedades<br />

magnéticas.


Materiais e métodos<br />

Os pós dos elementos Cobalto,<br />

Nióbio e Boro, conforme a sua granulometria<br />

(peneira de 100 mesh),<br />

tendo uma pureza de 99,9% cada<br />

um dos elementos, provenientes da<br />

Aldrich Chemical, foram pesados nas<br />

proporções adequadas à composição<br />

(Co87Nb46B15) e homogeneizados mecanicamente<br />

e os componentes foram<br />

pesados em uma balança de precisão,<br />

Micronal B4000 com resolução de<br />

10- 2 g obtendo-se as composições nominais.<br />

A relação bola/pó determinada<br />

foi de 20:1, indicando assim o peso<br />

total da amostra, 25g, como também<br />

o peso das esferas de aço cromo, com<br />

três tamanhos diferentes (6 esferas de<br />

20mm, 4 esferas de 15mm e 6 esferas<br />

de 10 mm), perfazendo um total<br />

de 225g de esferas. Este material foi<br />

colocado em uma jarra de aço de alta<br />

dureza, a qual foi selada para obtenção<br />

de vácuo de 5x10- 2 mbar, prevenindo<br />

possível contaminação dos pós. A jarra<br />

com os a mistura dos pós-elementares<br />

foi então colocada em um moinho planetário,<br />

moinho planetário Modelo: NQM2L<br />

Mill Pulverizer onde foi moído inicialmente<br />

por 5h, com rotação de 300 rpm.<br />

Para a identificação das fases da<br />

liga a amorfa (Co87Nb46B15), foi usado<br />

um difratômetro Shimadzu XRD 6000,<br />

utilizando radiação de CuKα com um<br />

comprimento de onda 1,5406 Å. As<br />

medidas foram tomadas para uma<br />

ampla gama de ângulos de difração<br />

(2θ) que variam de 20° a 120° com<br />

passo angular de 0,05º e com tempo<br />

de contagem por ponto igual a 4 s. A<br />

análise em MEV/EDS foi realizada com<br />

um SHIMADZU SUPERSCAN SSX-550<br />

com uma tensão de aceleração de 0,5<br />

a 30kV com uma etapa de 10V, após<br />

a amostra ter sido revestido com fina<br />

camada de ouro depositada em vácuo,<br />

a fim de melhorar o contraste da imagem.<br />

A análise química foi realizada<br />

através por Espectroscopia de Energia<br />

Dispersiva (EDS). A caracterização<br />

magnética das amostras à baixas temperaturas<br />

foi realizada em um PPMS<br />

(Quantum Design, modelo MultiVu<br />

6000: San Diego, EUA).<br />

Figura 2. MEV da liga amorfa Co87Nb46B15<br />

formando grãos irregulares.<br />

Fonte: (Autor).<br />

Intensidade (u.a.)<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

0 5 10 15 20 25<br />

2θ(°)<br />

ϕ-(Co 2<br />

Nb 8<br />

B 2<br />

, Co1Nb 3<br />

B 5<br />

,Co2Nb,Nb 2<br />

B 3<br />

)<br />

Figura 1. Espectro de difração de raios X na liga amorfa Co87Nb46B15.<br />

Fonte: (Autor).<br />

ϕ<br />

3. Resultados e Discussão<br />

3.1 Difração de raios X<br />

O espectro do difratograma de raios X da amostra é ilustrado na Figura 1. Observa-se<br />

claramente no difratograma alguns picos não identificados e um pico central<br />

devido a presença de fases nanocristalinas metaestável do tipo φ-(Co2Nb8B2,<br />

Co1Nb3B5,Co2Nb,Nb2B3 com à formação de um halo entre 15° e 25°, sendo relacionado<br />

com a formação de fases frágeis que contribui para a ocorrência de mecanismos<br />

de fratura e difusão de átomos de B dentro da matriz amorfa da liga amorfa<br />

Co87Nb46B15, aumentando o índice de amorfização do pó.<br />

3.2 Microscopia eletrônica de varredura e EDS<br />

A Figura 2 respectivamente mostra o pó da liga amorfa Co87Nb46B15, o<br />

resultado da amostra de Microscopia Eletrônica de Varredura na amostra<br />

revela pequenos cristais de simetrias irregulares com grãos deformados<br />

com distintos tamanhos de 20µm com fases muito ricas em óxidos amorfizados.<br />

As fases existentes entre o Co e Nb junto com o B foi em temperatura<br />

de 1200°C para formação da liga, tendo assim constraste entre fases<br />

amorfas e intermetálicas presente no grão com formatos irregulares e bem<br />

aglomerados.<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

25


artigo 2<br />

Autores:<br />

Nascimento, Luciano 1*,<br />

Anastasiia Melnyk 2,<br />

Reza Jamshidi Rodbari 3,<br />

Lourdes Cristina L. Agostinho Jamshidi 4.<br />

26<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Count(cps)<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Co<br />

O<br />

Co<br />

B<br />

Nb<br />

O<br />

Co<br />

Nb<br />

B<br />

Au<br />

Au<br />

Liga Amorfa: Co 87 Nb 46 B 15<br />

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000<br />

Energy(keV)<br />

Figura 3. Análise elementar do EDS da liga amorfa Co87Nb46B15.<br />

Fonte: (Autor).<br />

A Espectroscopia Dispersiva de Energia (EDS) utilizada na análise da liga amorfa<br />

Co87Nb46B15 com seus respectivos espectro coberto com fina camada de ouro,<br />

fora descritos na Figura 3, onde exibe os elementos de maior concentração para o<br />

Cobalto e o Nióbio com a presença pequena quantidades de Oxigênio que possibilita<br />

a formação de óxidos em sua superfície e presença de B acoplado para surgimentos<br />

de composto de boratos. O oxigênio se complexa se complexa com Co, Nb e<br />

B que possibilita a reação peritética no estado sólido fase amorfas ricas em óxido<br />

intermetálico.<br />

Momento (emu)<br />

0,02<br />

0,01<br />

0,00<br />

-0,01<br />

-0,02<br />

Liga Amorfa: Co 87<br />

Nb 46<br />

B 15<br />

-30000 0 30000<br />

Campo Magnético(Oe)<br />

Figura 4. Curva de histerese da liga Co87Nb46B15.<br />

Fonte: (Autor).<br />

3.3 Propriedades magnéticas<br />

A medida de magnetização foi feita numa faixa de temperaturas de 77-1000<br />

K. Os valores da magnetização de saturação em 0 K foram obtidos por extrapolação<br />

de dado de magnetização de<br />

saturação, conforme mostra a Figura<br />

4. A anisotropia magnética da amostra<br />

foi determinada pela rotação da<br />

amostra em relação a uma normal à<br />

sua superfície. O comportamento do<br />

momento magnético da liga amorfa é<br />

comparado com a de materiais cristalinos<br />

semelhantes. A amostra resfriada<br />

resulta numa curva bastante suave e<br />

com uma definição bem acentuada na<br />

curva de histerese perto da superfície<br />

rica em fase amorfa e intermetálicos.<br />

A liga apresenta uma elevada permeabilidade<br />

associada a um pequeno valor<br />

de campo coercitivo de 0,008 Oe.<br />

A presença de um metalóide, B,<br />

neste caso, através da formação de<br />

ligações do tipo p-d localizadas que<br />

reduzem o número de rotação polarizável-orbitais<br />

no orbital d nos átomos<br />

de Co e Nb (YOURAN et al.,2011). Assim<br />

a rotação do seu spin do estado<br />

ligado está diretamente abaixo do nível<br />

de Fermi e os átomos de B e Nb têm<br />

uma tendência a agrupar-se em torno<br />

de outro nestas ligas, um resultado<br />

consistente com a grande diferença<br />

eletronegatividade e o grande calor<br />

de formação negativa entre estes<br />

dois tipos atômicos que criam estado<br />

emaranhados devido ao surgimento de<br />

vários fenômenos de superfície (CORB;<br />

O'HANDLEY, 1<strong>98</strong>5).<br />

Acerca da propriedade magnética<br />

da liga amorfa Co87Nb46B15, conclui-<br />

-se que as diferença de seu momento<br />

magnético são oriundos de sua propriedade<br />

fraca das fases ferromagnética.<br />

O surgimento do paramagnético<br />

é devido à temperatura ambiente com<br />

forte acoplamento antiferromagnético<br />

em baixas temperaturas.<br />

CONCLUSÃO<br />

O pico central devido a presença de<br />

fases nanocristalina metaestável do tipo<br />

φ-(Co2Nb8B2, Co1Nb3B5,Co2Nb,Nb2B3)<br />

com à formação de um halo entre 15°<br />

e 25°;<br />

Análise do MEV mostra as morfologias<br />

das partículas irregulares devido<br />

ao processo de amorfização da liga<br />

amorfa. A alteração na morfologia irregular<br />

surge durante o processo de<br />

moagem, devido à competição entre a<br />

fratura e a soldadura a frio;


Dependendo da mistura inicial, mudança<br />

estrutural dos pós mecanicamente<br />

moído ocorre a seguinte forma:<br />

refinamento de grão, solução sólida de<br />

difusão e / ou a formação de novas<br />

fases amorfas, onde podemos ver no<br />

EDS maiores concentrações de Co e<br />

Nb, se complexando com O e com o B;<br />

Acerca da propriedade magnética<br />

da liga amorfa Co87Nb46B15, conclui-<br />

-se que as diferença de seu momento<br />

magnético são oriundos de sua propriedade<br />

fraca das fases ferromagnética.<br />

O surgimento do paramagnético<br />

é devido à temperatura ambiente com<br />

forte acoplamento antiferromagnético<br />

em baixas temperaturas.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Os autores agradecem ao PRH 28<br />

/ MCT / ANP pelo o apoio financeiro<br />

deste trabalho e ao Departamento de<br />

Física e Química Fundamental do Centro<br />

de Ciências Exatas e da Natureza<br />

da UFPE.<br />

REFERÊNCIAS<br />

CORB,B. W. ; O'HANDLEY,R. C. Magnetic<br />

properties and short-range order in Co-Nb-<br />

-B alloys. Physical Review B 31:11,pp.7213-<br />

7218,1<strong>98</strong>5.<br />

DUN,C.; LIU,H.; SHEN,B. Enhancement of<br />

plasticity in Co–Nb–B ternary bulk metallic<br />

glasses with ultrahigh strength. Journal of Non-<br />

-Crystalline Solids 358. pp. 3060–3064, 2012.<br />

DUN,D.; LIU,H.; HOUA,L.; XUE,L.; DOU,L.;<br />

YANG,W.; ZHAO,Y.;SHEN,B. Ductile Co–Nb–B<br />

bulk metallic glass with ultrahigh strength.<br />

Journal of Non-Crystalline Solids 386.<br />

pp.121–123,2014.<br />

NASCIMENTO, L. Estudo das Ligas Amorfas<br />

na Reação de Oxidação com Aplicabilidade<br />

na síntese do Metanol e Produção de Olefinas.<br />

Projeto de Tese de Doutorado (Doutorado em<br />

Engenharia Química), Universidade Federal<br />

de Pernambuco, Recife-PE, 2013.<br />

SURYANARAYANA, C. Mechanical alloying<br />

and milling. Progress in Materials Science 46.<br />

pp.1–184,2001.<br />

YOURAN, Y.; YANYAN, W.; YING, L.; XIAO-<br />

FANG, B. Microstructure and Magnetic Anisotropy<br />

of FeCoNbB Films. Chinese Journal of<br />

Aeronautics 24.pp. 823-828, 2011.<br />

ZHAO, Y. H. Thermodynamic Model for Solid<br />

State Amorphization of Pure Elements by Mechanical-Milling.<br />

Journal of Non-Crystalline<br />

Solids 352. pp. 5578-5585,2006.<br />

Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo: 2<br />

artigo 2<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

Caracterização da liga amorfa<br />

do tipo Co87 Nb46 B15<br />

DIN EN 13925-1<br />

Non-destructive testing - X-ray diffraction from polycristalline and<br />

amorphous material - Part 1: General<br />

principles<br />

Norma publicada em: 2003/07. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Ensaios não destrutivos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-en-13925-1/53958316<br />

DIN EN 13925-2<br />

Non-destructive testing - X-ray diffraction from polycristalline and<br />

amorphous material - Part 2: Procedures<br />

Norma publicada em: 2003/07. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Ensaios não destrutivos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-en-13925-2/56791718<br />

DIN EN 13925-3<br />

Non-destructive testing - X-ray diffraction from polycrystalline and<br />

amorphous materials - Part 3: Instruments<br />

Norma publicada em: 2003/07. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Ensaios não destrutivos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-en-13925-3/76534248<br />

DIN 8593-4<br />

Manufacturing processes joining - Part 4: Joining by processing of<br />

amorphous materials; Classification, subdivision, terms and definitions<br />

Norma publicada em: 2003/09. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Outros equipamentos de trabalho sem raspagem. Processo<br />

de fabricação.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-8593-4/65031335<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

27


Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo: 2<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

artigo 2<br />

Caracterização da liga amorfa<br />

do tipo Co87 Nb46 B15<br />

ASTM A 900/A 900M<br />

Standard Test Method for Lamination Factor of Amorphous<br />

Magnetic Strip<br />

Norma publicada em: 2001/01 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Materiais Magnéticos<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ASTM.<br />

28<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

País de procedência/Região: EUA<br />

Abstract: This test method covers measurements of lamination factor (Note<br />

1) of a specimen composed of strips cut from amorphous magnetic material. It<br />

is suitable for the determination of lamination factor for thin, flat case, metallic<br />

strip ranging in width from 0.25 to 8.00 in. [6.35 mm to 203 mm] and in<br />

thickness from 0.0005 to 0.005 in. [12.7 to 127 μm].<br />

https://www.astm.org/Standards/A900.htm<br />

ASTM A 901<br />

Standard Specification for Amorphous Magnetic Core<br />

Alloys, Semi-Processed Types<br />

Norma publicada em: 2012/01 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Materiais Magnéticos. Componentes magnéticos<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA<br />

Abstract: This specification covers the general requirements to which flat-cast,<br />

amorphous, semi-processed, iron-base magnetic core alloys must conform.<br />

https://www.astm.org/Standards/A901.htm<br />

ASTM A 932/A 932M<br />

Standard Test Method for Alternating-Current Magnetic Properties of<br />

Amorphous Materials at Power<br />

Requencies Using Wattmeter-Ammeter-Voltmeter Method with Sheet<br />

pecimens<br />

Norma publicada em: 2001/01 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Medição de magnitudes elétricas e magnéticas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA<br />

Abstract: This test method covers tests for various magnetic properties of<br />

flat-cast amorphous magnetic materials at power frequencies (50 and 60 Hz)<br />

using sheet-type specimens in a yoke-type test fixture. It provides for testing<br />

using either single- or multiple-layer specimens.<br />

https://www.astm.org/Standards/A932.htm<br />

ASTM A 912/A 912M<br />

Standard Test Method for Alternating-Current Magnetic Properties of<br />

Amorphous Materials at Power<br />

requencies Using Wattmeter-Ammeter-Voltmeter Method with Toroidal<br />

Specimens<br />

Norma publicada em: 2011/01 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Outros métodos de testes de metais.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ASTM.<br />

País de procedência/Região: EUA<br />

Abstract: This test method covers tests for various magnetic properties of<br />

amorphous materials at power frequencies [25 to 400 Hz] using a toroidal test<br />

transformer. The term “toroidal test transformer” is used to describe the test<br />

device, reserving the term “specimen” to refer to the material used in the test.<br />

The test specimen consists of toroidally wound flat strip.<br />

https://www.astm.org/Standards/A912.htm<br />

BS EN 1330-11:2007<br />

Non-destructive testing. Terminology. Terms used in X-ray diffraction<br />

from polycrystalline and<br />

amorphous materials<br />

Norma publicada em: 2007/07. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Ensaios não destrutivos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: BSI.<br />

País de procedência/Região: REINO UNIDO<br />

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REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

29


Microbiologia<br />

Burkhoderia Cepacia<br />

Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />

30<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

A Burkhoderia cepacia foi descrita<br />

em 1950 como Pseudomonas<br />

cepacia como uma espécie fitopatogênica<br />

por Burkholder em bulbos<br />

apodrecidos de cebola.<br />

É uma espécie Gram negativa,<br />

aeróbica e apresenta motilidade,<br />

pode produzir pigmentos não<br />

fluorescentes, e acumular poli-βhidroxialcanoatos<br />

como materiais<br />

de reserva. A temperatura ótima<br />

de crescimento varia de 30 a 35°C.<br />

O gênero Burkholderia pertence<br />

à subdivisão do grupo das proteobacterias<br />

e a sua taxonomia tem<br />

sofrido alterações consideráveis,<br />

sendo que hoje compreende 60<br />

espécies.<br />

Um estudo realizado em 1977,<br />

envolvendo a caracterização de<br />

microrganismos identificados através<br />

de testes bioquímicos como a<br />

Burkhoderia cepacia, demonstrou<br />

que os mesmos possuíam características<br />

fenotípicas semelhantes,<br />

mas genotípicas diferentes, podendo<br />

pertencer a pelo menos 5<br />

espécies diferentes. Desde esse<br />

primeiro estudo, a taxonomia do<br />

complexo B. cepacia (BCC) tem<br />

vindo a se modificar consideravelmente<br />

e, atualmente, pertencem ao<br />

complexo BCC , 9 espécies diferentes;<br />

B. ceepacia, B. multivorans, B.<br />

cenocepacia, B.stabilis, B. vietna-<br />

miensis, B. dolosa, B. ambifaria, e<br />

B. pyrrocinia.<br />

As espécies do complexo BCC<br />

são isoladas frequentes no ambiente,<br />

água, solo, plantas e nos<br />

seres humanos podem colonizar o<br />

trato respiratório.<br />

Este grupo de bactérias são<br />

frequentemente resistentes aos<br />

antibióticos conhecidos, Pacientes<br />

imunocomprometidos portadores<br />

de fibrose cistítica, transplantados<br />

pulmonares podem sofrer graves<br />

infecções com este microrganismo.<br />

Existem relatos de surtos causados<br />

por fontes contaminadas de<br />

água, equipamentos de inalação e<br />

respiradores hospitalares, equipamentos<br />

de ventilação pulmonar, ou<br />

desinfetantes contaminados.<br />

Na década passada os microrganismos<br />

identificados como pertencendo<br />

ao complexo BCC foram<br />

identificados como potencialmente<br />

perigosos dentro do ambiente de<br />

produção farmacêutica, devido à<br />

relação com produtos não estéreis<br />

e a presença destas bactérias.<br />

O F.D.A. recentemente alertou<br />

sobre a necessidade de se testar a<br />

presença deste microrganismo no<br />

ambiente, na água e nas matérias<br />

primas e produtos acabados devido<br />

a uma série de recalls envolvendo o<br />

complexo BCC.<br />

A Farmacopeia dos Estados Unidos<br />

da America publicou através do<br />

Pharmacopoeial Forum vol 44(5) In-<br />

-Process Revision a revisão do capítulo<br />

60 “Microbiological Examination<br />

of Nonsterile Products – Tests<br />

for Burkholderia cepacia comple, “<br />

que corresponde na Farmacopeia<br />

Brasileira 5° edição a 5.5 Ensaios<br />

Microbiológicos, 5.5.3.1 Ensaios<br />

Microbiologicos para produtos não<br />

estéreis.<br />

O Fórum esclarece que, devido<br />

à falta de método padronizado, a<br />

Farmacopeia está propondo o novo<br />

capítulo. A Burokholderia cepacia<br />

tem o potencial de crescer em conservantes<br />

e antissépticos, e crescer<br />

em produtos líquidos orais e<br />

tópicos.<br />

O capítulo tem o objetivo de estabelecer<br />

se uma matéria prima ou<br />

produto atende com uma especificação<br />

para a ausência do microrganismo,<br />

especialmente aqueles<br />

para uso em inalação, uso oral,<br />

mucosa oral, cutânea, ou nasal<br />

para os pacientes de alto risco.<br />

Conforme a proposição deve-<br />

-se realizar testes de promoção<br />

de crescimento com as seguintes<br />

cepas; Burkholderia cepacia ATCC<br />

25416, Burkholderia cenocepacia<br />

ATCC BAA-245, Burkholderia multivorans<br />

ATCC BAA-247 e a Pseudomonas<br />

aeruginosa ATCC 9027.<br />

As amostras diluídas devem ser<br />

inoculadas em Caldo de Soja Caseína<br />

e a seleção e subcultura devem<br />

ser semeadas em Burkholderia<br />

cepacia seletive agar e incubados<br />

a 30-35°C durante 18 a 72 horas.<br />

A presença da Burkholderia<br />

é evidenciada pelo crescimento de<br />

colônias verde à marrom com halo<br />

amarelado, ou de colônias brancas<br />

com uma zona rosa avermelhada<br />

no meio de cultura, que devem ser<br />

confirmados por meios bioquímicos.<br />

A ausência do microrganismo<br />

é confirmada pelo não crescimento<br />

ou os quando os testes confirmatórios<br />

de identificação forem negativos.<br />

*Claudio Kiyoshi Hirai é<br />

farmacêutico bioquímico, diretor<br />

científico da BCQ consultoria e<br />

qualidade, membro da American<br />

Society of Microbiology e membro<br />

do CTT de microbiologia da<br />

Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefone: 11 5539 6719<br />

E-mail: técnica@bcq.com.br


REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

31


Metrologia<br />

Curso Técnico em Segurança<br />

Cibernética: Formando Mão-de-Obra<br />

para a Indústria 4.0 no Brasil<br />

Por Ewerton Longoni Madruga*<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Os processos industriais passam<br />

por uma transformação importante.<br />

Estes processos estão gradualmente<br />

baseando-se em recursos<br />

digitais e virtuais para produção.<br />

O surgimento do que se convencionou<br />

chamar Indústria 4.0 [CNI<br />

2017] vem transformando a produção<br />

industrial com novos processos,<br />

produtos e modelos de negócios<br />

impensáveis há alguns poucos<br />

anos. Esse fenômeno, assim batizado<br />

em referência à 4ª Revolução<br />

Industrial, promete tornar os modelos<br />

convencionais de produção<br />

gradualmente ineficientes.<br />

A Indústria 4.0 tem como uma<br />

das principais características a<br />

incorporação da digitalização à<br />

atividade industrial, integrando<br />

componentes físicos e virtuais no<br />

que tem sido chamado de sistemas<br />

ciberfísicos: inteligência artificial,<br />

computação em nuvem, big data,<br />

internet das coisas, etc.<br />

Dispositivos localizados em diferentes<br />

unidades produtivas, inclusive<br />

de empresas diferentes, podem<br />

trocar informações instantaneamente<br />

sobre compras e estoques.<br />

Isso proporciona uma otimização<br />

logística por meio do estabelecimento<br />

da integração entre fornecedores,<br />

empresas e clientes, ou seja,<br />

possibilita uma maior Integração<br />

Horizontal da produção.<br />

Assim, em um contexto onde a<br />

verticalização da produção dá lugar<br />

à maior interação entre unidades<br />

produtivas quem pertençam a ins-<br />

tituições distintas é imperativo nos<br />

darmos conta dos novos obstáculos.<br />

O fornecedor de uma empresa<br />

hoje pode, por exemplo, tornar-se<br />

um concorrente no futuro próximo<br />

após coleta silenciosa de inteligência.<br />

Ademais, a necessidade de<br />

conectividade com pares distintos<br />

localizados em locais geograficamente<br />

e administrativamente<br />

distintos abre a possibilidade de<br />

ataques aos sistemas de produção.<br />

Sistemas ciberfísicos precisam<br />

de proteção. Desta maneira, não é<br />

surpresa que segurança cibernética<br />

seja uma disciplina que surge<br />

trazendo à tona a preocupação<br />

com várias áreas da informática<br />

atual: engenharia de software, sistemas<br />

operacionais, redes de computadores,<br />

banco de dados, etc.<br />

Enquanto segurança cibernética<br />

é um curso multidisciplinar que<br />

envolve aspectos de direito, fatores<br />

humanos, ética e gestão de risco, é<br />

na sua base fundamentalmente um<br />

curso de computação. A preocupação<br />

com formação de mão de obra<br />

qualificada nesta área é tamanha<br />

que duas das mais prestigiosas<br />

associações mundiais de profissionais<br />

da engenharia e computação<br />

propõem um currículo de formação<br />

de profissionais [ACM/IEEE 2017].<br />

Este currículo, além da base de informática,<br />

precisa ter a ênfase em<br />

ensinar a ética e a conduta profissional,<br />

fatores preponderantes para<br />

colocação no mercado de trabalho.<br />

Dentro do Inmetro, a Diretoria de<br />

Metrologia Científica (Dimci) e a Diretoria<br />

de Metrologia Legal (Dimel)<br />

estão envolvidas em programas de<br />

homologação de sistemas cibernéticos<br />

em diversas áreas. Estes sistemas<br />

nas suas versões mais atuais<br />

são essencialmente dispositivos<br />

embarcados baseados em redes<br />

de sensores, que, portanto, utilizam<br />

software para comunicação de informação<br />

legalmente relevantes,<br />

como por exemplo medidores de<br />

energia elétrica.<br />

Sistemas embarcados deste<br />

tipo necessitam utilizar criptografia<br />

para a manutenção da integridade<br />

da informação trocada entre pares<br />

da rede, uso de autenticação para<br />

identificação de pares e garantia de<br />

confidencialidade. Assim, existe há<br />

alguns anos uma demanda interna<br />

para profissionais que dão apoio<br />

ao processo de homologação de<br />

sistemas embarcados. Entretanto,<br />

é claro que um profissional que recebe<br />

capacitação na área de segurança<br />

da informação em sistemas<br />

cibernéticos adquire habilidades<br />

que atendem demandas de outros<br />

setores da economia fortemente<br />

tecnológica.<br />

Embora muito seja debatido a<br />

respeito do momento em que o<br />

assunto de segurança cibernética<br />

deva ser incluído em cursos de<br />

graduação, é nosso ponto de vista<br />

que o assunto seja ensinado já no<br />

ensino médio. A área de segurança<br />

da informação pressupõe um modo<br />

de pensar fortemente baseado


em elaboração de estratégias de<br />

ataque e defesa. Além de ter um<br />

conhecimento teórico e prático no<br />

uso de componentes, o profissional<br />

bem-sucedido precisa antever<br />

os passos dos seus adversários. O<br />

trabalho deste profissional é uma<br />

constante partida de xadrez, com<br />

vários adversários em paralelo. Ensinar<br />

esta forma de pensar desde<br />

cedo é muito importante.<br />

Para finalizar, é importante ressaltar<br />

o compromisso do Inmetro<br />

com a indústria brasileira. Há vários<br />

anos o Inmetro traz educação<br />

para profissionais de nível secundário<br />

com cursos técnicos de<br />

metrologia e qualidade industrial.<br />

Justamente neste momento de<br />

transformação gradual nos processos<br />

produtivos, é imperioso<br />

que o governo federal e suas várias<br />

autarquias dêem a sua contribuição<br />

também na elaboração de<br />

um currículo de formação de mão<br />

de obra qualificada com o que<br />

está por vir. É por esta razão que<br />

o Inmetro agora inicia uma nova<br />

fase, com seu curso técnico em<br />

Segurança Cibernética.<br />

Referências:<br />

•[ACM/IEEE 2017] Association for Computing<br />

Machinery(ACM), IEEE Computer Society. Curriculum<br />

Guidelines for Post-Secondary Degree Programs in<br />

Cybersecurity, 2017.<br />

•[CNI 2017] Confederação Nacional da Indústria.<br />

Oportunidades para a indústria 4.0: Aspectos da<br />

demanda e oferta no Brasil / Confederação Nacional<br />

da Indústria. – Brasília, 2017.<br />

*Ewerton Longoni Madruga é<br />

Pesquisador do Instituto Nacional de<br />

Metrologia Normalização e Qualidade<br />

Industrial (Inmetro).<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

33


Espectrometria de Massa<br />

A ionização química como fonte de íons na<br />

espectrometria de massas<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

34<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

A técnica de ionização química (CI<br />

Chemical Ionization), introduzida por<br />

Burnaby Munson e Frank H. Field<br />

em 1966, é uma consequência direta<br />

dos estudos fundamentais da<br />

interação íon/molécula. A espectrometria<br />

de massas por ionização<br />

química (CI-MS) tornou-se uma<br />

ferramenta poderosa e versátil para<br />

a identificação e quantificação de<br />

moléculas orgânicas. Possui uma<br />

ampla aplicação em muitos ramos<br />

da química, bioquímica e ambiental.<br />

Este método de criação de íons é<br />

normalmente denominado de ionização<br />

"suave" quando comparada à<br />

ionização por impacto de elétrons (EI<br />

electron ionization). A ionização química<br />

produz íons da amostra neutra<br />

sem depositar considerável quantidade<br />

de energia nos íons formados,<br />

em torno de 1 a 4 eV. Em contra<br />

partida a energia interna responsável<br />

pela extensiva fragmentação<br />

dos íons criados na ionização por<br />

impacto de elétrons é de 70 eV. Isto<br />

é uma técnica de ionização “forte”.<br />

Embora os padrões de fragmentação<br />

sejam de considerável utilidade<br />

analítica, o íon molecular é de extrema<br />

importância. Muitos espectros<br />

de EI não contêm mais do que um<br />

traço do íon molecular ou até ficam<br />

ausentes. Em contrapartida, os espectros<br />

de CI fornecem, em muitos<br />

casos, um intenso íon molecular e<br />

um padrão de fragmentação muito<br />

mais simples.<br />

Na Figura 1 é apresentada a<br />

comparação dos espectros de massas<br />

obtidos via EI e CI da molécula<br />

Metionina C5H11NO2S cuja massa<br />

molecular é 149 g mol -1 . No espectro<br />

de EI o íon molécula (m/z<br />

149) está presente com intensidade<br />

relativa iônica menor que 10%. Pelo<br />

contrario no espectro de CI o íon<br />

molécula protonado [M+H]+ está<br />

com intensidade relativa iônica de<br />

100% e com pouca fragmentação<br />

comparada com o espectro EI. Na<br />

figura 1 a é apresentada a molécula<br />

Metionina e suas massas fragmentadas<br />

obtidas com um software<br />

muito útil para o espectrometrista<br />

chamada ChemOffice.<br />

Na prática a ionização química<br />

acontece em dois passos diferentes.<br />

No primeiro um gás reagente<br />

(metano, isobutano ou amônia) é<br />

introduzido na fonte de íons mantida<br />

à vácuo (10 -5 mbar) e ionizado<br />

por meio de impacto de elétrons<br />

com 70 eV de energia, formando<br />

íons do gás reagente. No segundo<br />

passo, as moléculas da amostra a<br />

serem analisadas são introduzidas<br />

na mesma fonte de íons, mas sem<br />

impacto de elétrons e com pressão<br />

superior à anterior (10 -3 mbar), onde<br />

acontece a ionização química pela<br />

interação com os íons do gás reagente.<br />

Na ionização química de íons<br />

positivos, uma das reações mais<br />

utilizadas, tem sido a transferência<br />

de prótons dos íons reagentes (BH+)<br />

para a molécula da amostra M (Ver<br />

reação 1), onde H corresponde a<br />

diferença de protoafinidade de B<br />

menos a protoafinidade de M. Para<br />

que tal reação ocorra, a mesma<br />

deve ser exotérmica ( H negativo).<br />

Isto implica que a protoafinidade do<br />

íon reagente (BH+) deve ser menor<br />

que a protoafinidade da molécula de<br />

interesse M.<br />

(1)<br />

A magnitude de H e, em consequência,<br />

a extensão da fragmentação<br />

de MH+ pode ser controlada<br />

pela escolha correta do gás reagente.<br />

Conceitualmente, a protoafini-<br />

Figura 1: Espectros de massas da Metionina C5H11NO2S (M.W. 149). a) Obtida por<br />

Ionização por Elétrons (EI) com energia de 70 eV, observa-se o íon molécula M + .<br />

(m/z 149) com baixa intensidade. b) Obtida por Ionização Química (CI) usando<br />

Metano como gás reagente, observa-se o íon molécula protonado [M+H] + (m/z<br />

150) com elevada intensidade, além de menor fragmentação iônica.<br />

Fonte: Gross, J.H. Mass Spectrometry.


dade (P.A.) de uma molécula pode<br />

ser entendida como a quantidade de<br />

energia liberada quando da adição<br />

de um próton a esta. Portanto, uma<br />

grande protoafinidade (P.A.) significa<br />

que mais energia é liberada quando<br />

da adição de um próton e, desta<br />

forma, a adição de um próton se<br />

torna energeticamente mais favorável.<br />

Cabe salientar que as reações<br />

de transferência protônica são altamente<br />

eficientes, ocorrendo virtualmente<br />

em todas as colisões. Caso a<br />

protoafinidade (P.A.) do íon reagente<br />

seja maior do que a da molécula de<br />

interesse, sua eficiência cairá e tornar-se-á<br />

muito baixa para reações<br />

endotérmica ou endoenergéticas.<br />

Portanto, o principal parâmetro na<br />

CI reside na escolha correta do gás<br />

reagente cuja protoafinidade deve<br />

ser previamente conhecida (Ver<br />

equação 2). A CI é muito utilizada<br />

nos analisadores GC/MS já que a<br />

fonte de íons é acoplada a injetores<br />

de gases reagentes.<br />

(2)<br />

pectrômetro de massas que realiza<br />

estas análises é denominado como<br />

PTR-MS (Proton Transfer Reaction<br />

Mass Spectrometry).<br />

A ionização química a pressão<br />

atmosférica APCI-MS (Atmospher<br />

Pressure Chemical Ionization Mass<br />

Spectrometry) é muito utilizado nas<br />

análises químicas de macro moléculas,<br />

além de ser a primeira seção<br />

do espectrometro de massas a ser<br />

liberada da dependência de um sistema<br />

de vácuo (Figura 2). Certamente,<br />

com este desenvolvimento<br />

foram dados prêmios Nobel para os<br />

autores de este feitio. Provavelmente,<br />

o cientista que deseja ganhar um<br />

prêmio Nobel terá que desenvolver<br />

um analisador e um detector do<br />

espectrômetro de massas, que não<br />

dependam do vácuo.<br />

As vantagens da ionização CI são:<br />

Identifica o íon molécula protonado<br />

com alta intensidade. Análise reprodutiva.<br />

Baixa fragmentação da<br />

molécula do analito. Interfaceamento<br />

com o cromatógrafo a gás (GC).<br />

Não é imprescindível um sistema<br />

de alto vácuo para geração de íons<br />

protonados. Gera íons a pressão<br />

atmosférica.<br />

As desvantagens da ionização CI<br />

são: Não há uma libraria de espectros<br />

de massas. A amostra tem que<br />

ser volátil. Depende da protoafinidade<br />

do gás reagente.<br />

*Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e<br />

Meio Ambiente CQMA do Instituto de<br />

Pesquisas Energéticas e Nucleares<br />

IPEN/CNEN-SP<br />

55 11 3133 9343<br />

ovega@ipen.br<br />

www.vegascience.blogspot.com.br<br />

A ionização química é tão seletiva<br />

que pode ser realizada numa fonte<br />

de íons com pressão atmosférica<br />

sem que as moléculas da atmosfera<br />

(nitrogênio, oxigênio e umidade) interferem<br />

na ionização. Este foi uma<br />

experiência única onde uma agulha<br />

de tesla (corona) gera elétrons que<br />

ioniza a umidade atmosférica gerando<br />

os íons de hidrônio H3O + sendo<br />

estes íons doadores protônicos para<br />

as moléculas dos analitos de interesse,<br />

especialmente os hidrocarbonetos<br />

mais conhecidos na química<br />

da atmosfera como Compostos<br />

Orgânicos Voláteis (COVs). O es-<br />

Figura 2. Diagrama esquemático da fonte de íons APCI-MS<br />

Referências bibliográficas<br />

•Gross, J.H. Mass Spectrometry. A Textbook. Springer. Berlin. 2004.<br />

•Harrison, A.G. Chemical Ionization Mass Spectrometry. CRC Press. Toronto. 1992.<br />

•Bustillos, O.V. Procedimento analítico aplicado ao estudo de gases provenientes da combustão de metanol por<br />

automóvel. Tese IPEN. 2003.<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

35


Análise de Minerais<br />

O uso dos MRC (Materiais de Referência Certificados)<br />

na validação dos métodos analíticos.<br />

Por Eduardo Pimenta de Almeida Melo*<br />

36<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Em inglês, Certified Reference Materials (CRM) ou em<br />

português, Materiais de Referência Certificados (MRC),<br />

ou ainda, no jargão da área, simplesmente, Padrões, são<br />

materiais destinados à análise ou ensaio acompanhados<br />

por um certificado, com um ou mais valores de propriedade,<br />

certificados por um procedimento que estabelece<br />

sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na qual<br />

os valores da propriedade são expressos, com cada valor<br />

certificado acompanhado por uma incerteza para um nível<br />

de confiança estabelecido .<br />

O MRC tem múltiplas utilidades dentro de um laboratório,<br />

sendo que dentre as várias possibilidades, as que<br />

mais se destacam são: a calibração e controle metrológico<br />

de equipamentos, a verificação da exatidão e da<br />

precisão de métodos analíticos, a validação de métodos<br />

e o treinamento de analistas.<br />

Em se tratando especificamente da validação de métodos<br />

analíticos, o MRC tem destacada relevância por se<br />

tratar da ferramenta que garante a comparabilidade entre<br />

o método já normalizado e o método em validação. A garantia<br />

da comparabilidade é de suma importância porque<br />

é através dela que se atesta a confiabilidade das medições,<br />

elimina-se possíveis barreiras técnicas comerciais<br />

e por consequência, uma garantia de justas relações de<br />

troca, além de permitir substanciais incrementos em termos<br />

qualidade, inovação e competitividade.<br />

No entanto, ao optar pelo uso de um Material de Referência<br />

Certificado para análises minerais, em especial<br />

análises químicas ou metalúrgicas, há de se observar<br />

algumas peculiaridades que são próprias deste tipo de<br />

material. A mais importante delas é que o dito material<br />

de referência deve ter características que vão além da<br />

“quantidade da substância presente” e deve considerar,<br />

de fato, a quantidade de uma espécie química (ou mineral)<br />

em uma determinada matriz.<br />

Também há de se levar em conta que o material a ser<br />

utilizado como validador deve ser suficientemente homogêneo<br />

e estável em relação à suas propriedades específicas.<br />

E, ainda, ter sido preparado para se adequar a<br />

utilização pretendida em uma medição ou um exame de<br />

propriedades qualitativas. A garantia desta estabilidade<br />

deve se dar não somente no momento atual, mas também<br />

ao longo do tempo em que está disponível para uso.<br />

Recentemente, tem-se visto por parte dos produtores de<br />

material de referência a recertificação do mesmo, buscando,<br />

assim atestar esta estabilidade ao longo do tempo<br />

de vida daquele minério (padrão) específico.<br />

Já a homogeneidade, que é um dos itens mais complexos<br />

de se garantir quando se fala de análises minerais,<br />

deve ser garantida tanto no quantitativo total do minério<br />

que se realizou a certificação quanto dentro do extrato<br />

no qual o laboratório se encontra em posse e efetivamente<br />

realiza a análise ou ensaio. A simples segregação<br />

de partículas minerais pode ser a responsável por inconsistências<br />

entre os resultados analisados do MRC. Com<br />

isto, os valores certificados podem condenar ou aprovar<br />

métodos analíticos, sem que se possa ter a clara percepção<br />

dos motivos que levaram a isto.<br />

Dada a importância deste validador na rotina das análises<br />

minerais e as peculiaridades que cercam o mesmo,<br />

é de bom tom que se utilize materiais de referência de<br />

fornecedores de extrema confiança e respeitada competência.<br />

Conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025, para a<br />

garantia da rastreabilidade das medições, validação de<br />

métodos, incerteza de medição e controle de qualidade,<br />

os laboratórios devem usar materiais de referência<br />

certificados, provenientes de um fornecedor competente,<br />

de forma a dar uma caracterização confiável, física ou<br />

química, de um material.<br />

Uma boa forma de se verificar esta competência é se<br />

certificar que o fornecedor dos MRC atende as diretrizes<br />

do ISO/REMCO que é o Comitê Internacional da ISO que<br />

estabelece as diretrizes relacionadas à materiais de referência.<br />

O INMETRO é o órgão brasileiro responsável por<br />

acreditar produtores de materiais certificados segundo o<br />

ISO/REMCO.<br />

A diretrizes que normatizam esta certificação estão<br />

traduzidas para português na norma ABNT NBR ISO<br />

17034:2017 - Requisitos gerais para a competência de<br />

produtores de material de referência. E elas são fundamentais<br />

para garantir que se tenha MRC de qualidade<br />

sendo adequadamente produzidos e certificados, afiançando<br />

que as conclusões de validação obtidas por meio<br />

dele são as mais competentes possíveis.<br />

Enfim, apesar das fortes modificações que o mercado<br />

analítico vem sofrendo ao longo dos últimos anos, com<br />

novos equipamentos, automação, modificação de métodos,<br />

o “bom e velho” padrão continua sendo cada vez<br />

mais importante e imprescindível.<br />

1. INMETRO.<br />

http://www.inmetro.gov.br/metcientifica/mrc.asp<br />

Eduardo Pimenta de Almeida Melo<br />

é Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da<br />

CSN Mineração, MBA em Gestão Empresarial,<br />

Pós–Graduado em Gestão de Laboratórios e<br />

Especializado em Data Science. Coordenador da<br />

Comissão de Estudos para Amostragem e<br />

Preparação de Amostras em Minério de Ferro para a<br />

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />

LinkedIn:<br />

https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722<br />

Telefone: 31 3749 1516<br />

E-mail: eduardo.melo@csn.com.br


A RDC nº 234, de 20 de Junho<br />

de 2018 autoriza as Indústrias<br />

Farmacêuticas 280 a terceirizarem as<br />

análises de MATÉRIAS-PRIMAS<br />

Terceirize suas análises com o laboratório Reblas<br />

de maior escopo de ensaios específicos em<br />

matérias-primas do país.<br />

Contamos com profissionais qualificados, estrutura<br />

de mais de 1.600m² de área útil de laboratórios e um<br />

parque de mais de 280 equipamentos para atuação<br />

em análises Físico-químicas e Microbiológicas com<br />

área limpa.<br />

Análises Físico-químicas e Microbiológicas:<br />

- Efluentes e águas tratadas.<br />

- Alimentos.<br />

- Ambientais.<br />

- Cosméticos.<br />

- Correlatos.<br />

- Medicamentos.<br />

Estudos de Equivalência Farmacêutica para Registros<br />

de Produtos.<br />

Estudos de Estabilidade de Medicamentos de Uso<br />

Humano e Veterinário para Registros de Produtos.<br />

Centralize suas Rotinas em um Laboratório com<br />

Capacidade de Analisar as monografias por<br />

Completo. Ganhe em Segurança, Prazo e Preço.<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

37


Publieditorial<br />

Chegou o 1º PCM feito no Brasil, o único<br />

reutilizável e atóxico do mundo<br />

Grupo Polar lança o primeiro<br />

Phase Change Material com objetivo de<br />

eliminar de vez excursões de temperatura<br />

durante transporte e armazenamento<br />

38<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

A grande dificuldade de transportar<br />

produtos com controle de temperatura<br />

é chegar ao destino final sem o risco<br />

de perder suas características. Por isso,<br />

para manter a refrigeração é preciso<br />

pensar em todas as possibilidades críticas<br />

possíveis para garantir as condições<br />

ideais de temperatura, afinal, uma adversidade<br />

impacta em alto custo logístico.<br />

O distribuidor que recebe vacinas, medicamentos,<br />

produtos termossensíveis e<br />

até órgãos, corre o risco de perder tudo<br />

ou comprometer parte do que deveria receber<br />

intacto por conta de temperatura<br />

inadequada. Sem contar que pra devolver<br />

o mesmo a logística reversa vai custar<br />

uma nova entrega, novos insumos,<br />

retrabalho, imagem da empresa, e falta<br />

de abastecimento.<br />

Por outro lado, se um imprevisto faz<br />

com que o produto atrase, sem uma embalagem<br />

que suporte um tempo maior<br />

na temperatura ideal, além da perda de<br />

material, sempre haverá um paciente à<br />

espera da medicação.<br />

“A combinação dos três principais<br />

componentes: isolamento, refrigeração e<br />

monitoramento, propicia maior segurança<br />

para as empresas por manterem a faixa<br />

ideal de temperatura por muito mais<br />

tempo e praticamente eliminar o risco<br />

de excursões de temperatura.” explica<br />

o diretor de operações do Grupo Polar,<br />

Ricardo Miranda.<br />

Pensando em soluções para o mercado<br />

farmacêutico, foi apresentado no<br />

último Simpósio Grupo Polar uma<br />

nova linha de PCM (Phase Change Material)<br />

nacional, o único reutilizável e<br />

atóxico do mundo:<br />

_SUPER COLD -20°C;<br />

_PCM POLAR 15°C a 25°C;<br />

_PCM POLAR 2°C a 8°C.<br />

Benefícios do PCM:<br />

- Melhor estabilidade térmica<br />

- Precisão e controle da temperatura sem excursões<br />

- Maior tempo de transporte na faixa de temperatura ideal<br />

- Agilidade operacional na montagem das caixas<br />

- Redução dos custos logísticos<br />

- Reutilizável e atóxico


“Seguimos todas as leis nacionais<br />

de prevenção à poluição e respeitamos<br />

os 12 princípios da química<br />

verde (processos químicos que reduzem<br />

ou eliminam o uso e geração<br />

de substâncias nocivas). O que<br />

os nossos PCMS tem como maior<br />

diferencial é que eles são constituídos<br />

para alterar o ponto de fusão e<br />

mudar a faixa de estabilidade que se<br />

deseja dentro da embalagem, consequentemente<br />

é possível transportar<br />

produtos por longos períodos de<br />

tempo sem variações expressivas<br />

de temperatura”, esclarece o engenheiro<br />

químico que participou do<br />

desenvolvimento dos PCMs, Anderson<br />

Fernandes.<br />

Já o diretor do Grupo, Paulo Vitor,<br />

explica como o Grupo Polar foi<br />

o primeiro a trazer a tecnologia do<br />

PCM para o Brasil. “O maior desafio<br />

da logística em um país continental<br />

como o Brasil, com infraestrutura<br />

ruim, é manter a temperatura controlada.<br />

Nós investimos muito em<br />

pesquisa e desenvolvimento, fomos<br />

buscar essas tecnologias na Europa<br />

e Estados Unidos, visando atender a<br />

demanda que o mercado vem exigindo.<br />

Com isso vamos conseguir<br />

suprir as necessidades que nenhum<br />

outro fornecedor do país consegue<br />

atender”.<br />

Laboratório<br />

Valida<br />

É no laboratório Valida, do Grupo<br />

Polar, que são feitos todos os processos<br />

de validação e qualificação<br />

para oferecer o melhor suporte,<br />

consultoria e soluções térmicas inteligentes<br />

aos clientes.<br />

Ele possui 7 câmaras térmicas<br />

capazes de executar testes em perfis<br />

de temperatura que vão de -10<br />

a +50°C, em diferentes elos da<br />

cadeia: desde o laboratório fabricante<br />

até o momento em que ela é<br />

aplicada. Então se uma entrega está<br />

prevista para chegar em 48 horas<br />

até o destino final, os especialistas,<br />

recomendam uma solução backup<br />

que contemple maior tempo para<br />

combater eventuais riscos para até<br />

72 horas, ou até mesmo 96 horas<br />

que suporte a logística reversa, ou<br />

seja, um plano de contingência.<br />

Para garantir as propriedades<br />

das vacinas, e evitar excursões de<br />

temperatura a farmacêutica do Valida,<br />

Nátaly Knychalla, comenta que<br />

“Segundo o Guia da Anvisa, versão<br />

2, a vacina compõe o grupo dos<br />

medicamentos biológicos, ou seja,<br />

são aqueles medicamentos constituídos<br />

de moléculas proteicas, e sua<br />

atividade biológica é dependente de<br />

sua integridade estrutural, por esse<br />

motivo são sensíveis as variações de<br />

temperatura.”<br />

Ela também explica que “Para<br />

produtos biológicos, as temperaturas<br />

de armazenagem e transporte<br />

são extremamente relevantes para a<br />

manutenção de qualidade do produto<br />

ao logo de sua vida útil e para minimizar<br />

as variações, cuidados especiais<br />

devem ser tomados, por isso<br />

é de extrema importância a qualificação<br />

de transportes que objetiva<br />

encontrar uma embalagem que proteja<br />

o produto durante o transporte,<br />

mantendo a faixa de temperatura e<br />

a integridade. Mesmo após a qualificação<br />

da embalagem é importante<br />

que haja um acompanhamento e<br />

monitoramento do transporte da<br />

carga, que pode ser realizado com<br />

o auxílio de dataloggers, mantendo<br />

assim o controle da temperatura.”<br />

Diretor de operações do Grupo Polar,<br />

Ricardo Miranda.<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

39


Publieditorial<br />

Destaques Grupo Polar<br />

O Grupo Polar, pioneiro em soluções térmicas para transporte e armazenamento de produtos há quase 20 anos, tem<br />

como objetivo disseminar conhecimento no intuito de melhorar a logística e os processos em todos os elos da cadeia<br />

fria. Por isso, possui equipamentos tecnológicos próprios e parcerias internacionais, e oferece diversas opções para<br />

o monitoramento de temperatura e rastreamento de produtos durante todo o processo (produção, armazenamento e<br />

transporte), evitando que medicamentos tão importantes sejam descartados e inutilizados.<br />

1_Polar Sat Move® 2_Linha Ice Foam® E Topsek® 3_Ice Foam 4_Caixas Térmicas - Kits Parede Tripla em EPS<br />

1_Polar Sat Move®<br />

Registrador de temperatura multiuso com sonda, ideal para funcionar sob condições extremas<br />

de temperatura (-20°C a 60°C). Emite relatórios em PDF e é totalmente programado<br />

via WEB.<br />

2_Linha Ice Foam® E Topsek®<br />

3_Ice Foam<br />

Soluções térmicas<br />

diferenciadas do mercado,<br />

com tecnologia exclusiva e<br />

desenvolvidas especificamente<br />

para garantir a integridade<br />

de produtos sensíveis à<br />

temperatura durante o<br />

transporte e armazenamento,<br />

sejam elas de 1°C a 10°C<br />

ou 2°C a 8°C<br />

40<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

4_Caixas Térmicas / Kit Parede Tripla / Kits Parede Tripla<br />

Produzidos a partir de testes realizados pelo Valida, os Kits em EPS de 20L, 46L e 80L, têm como<br />

objetivo transportar medicamentos e outros produtos que exijam temperatura controlada. Neste ano,<br />

lançaremos mais 02 novos tamanhos para complementar a nossa linha de kits qualificados.


REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

41


Acreditação para Laboratórios<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong><br />

Arena Técnica<br />

Mudanças ocorridas na nova norma ISO/IEC 17025:2017<br />

Por Raquel Schilis*<br />

Calibrar, testar e analisar uma amostra é parte da rotina diária de todos os laboratórios espalhados pelo mundo.<br />

Através da aplicação da norma ISSO/IEC 17025 cujo título é: Requisitos gerais para a competência de laboratórios<br />

de ensaio e calibração, os laboratórios podem agora assegurar resultados mais confiáveis aos seus clientes.<br />

Desde a publicação da versão de 2005, as condições do mercado mudaram e assim, foi necessário que houvesse<br />

uma nova publicação que cobrisse as mudanças tecnológicas ocorridas no ambiente industrial.<br />

Em síntese, as mudanças que ocorreram são mencionadas abaixo:<br />

42<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

• A terminologia foi atualizada para estar de acordo com a realidade atual.<br />

Uma nova definição para “laboratório” foi implementada como segue: Um laboratório é definido como uma organização<br />

que realiza uma ou mais das seguintes atividades: ensaio, calibração e amostragem que pode ser associada com ensaio<br />

ou calibração subsequente.<br />

Nesta norma é utilizado o termo: gerência de laboratório<br />

Não são mais utilizados os termos: gerência técnica ou gerência de qualidade<br />

• Uma nova estrutura foi adotada para alinhar a norma com outras existentes como por exemplo a ISO/IEC 17000.<br />

Houve o desmembramento para 5 requisitos: gerais, estrutura, recursos, processo e do sistema de gestão<br />

• É de responsabilidade do laboratório que a regra de decisão, uma regra que descreve como a incerteza de<br />

medição é considerada ao declarar a conformidade com um requisito especificado, deve ser claramente definida, comunicada<br />

e acordada com o cliente.<br />

• A norma nova enfatiza os resultados de um processo no lugar das descrições detalhadas de cada passo.<br />

• Reconhece e incorpora o uso de sistemas computacionais, registros eletrônicos e a produção de resultados e<br />

relatórios eletrônicos.<br />

• Riscos e oportunidades:<br />

Tal como a ISO 9001, o tratamento de riscos segue junto com oportunidades. É decisão do laboratório como vai posicionar<br />

os riscos. O processo envolve identificar, analisar e definir medidas de controle de riscos para aumentar as oportunidades<br />

e alcançar resultados confiáveis.<br />

A norma prevê que os laboratórios devam implementar ações para riscos e oportunidades não se importando com quantidade<br />

de documentos não conformes e revisões realizadas, mas sim se preocupando com o todo.<br />

• A nova norma contempla o feedback do cliente.<br />

• Mais ênfase na responsabilidade de forma mais detalhada, em alguns aspectos mais confidencialidade.<br />

• Requisitos mais específicos para reportar o método de amostragem.<br />

• Requisitos mais detalhados para controle de dados e gerenciamento de informação.<br />

• Ferramentas suplementares são listadas para assegurar a validação de resultados.<br />

• O manual da qualidade não é requisitado.<br />

• A rastreabilidade metrológica é mais detalhada incluindo acordos internacionais.<br />

• Outras mudanças importantes podem ser verificadas na norma.<br />

É esperado que os laboratórios realizem a transição e implementação completa para a versão 2017 em no máximo<br />

3 anos o que dá tempo suficiente para que seja feita tranquilamente, sem dificuldades no geral.<br />

Inicialmente o laboratório deve adquirir a norma nova, realizar uma planilha comparativa dos processos e procedimentos<br />

existentes com os requisitados, avaliar sob a vertente de risco e oportunidades, identificar clausulas<br />

que precisam de novos procedimentos, comunicar-se com a entidade acreditadora e por fim, iniciar as auditorias<br />

internas necessárias para a implementação.<br />

Raquel Schilis, diretora da Arena Técnica.<br />

Automatização do SGQ para laboratórios e indústrias.<br />

Arena Técnica - Rua Turiassú 145 cj 103 – São Paulo – SP – (011) 3862.1033<br />

Referencial bibliográfico:<br />

Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />

Site: www.iso.org<br />

Site: www.eurachem.org<br />

Site: www.lqms.com.au


A qualidade necessária<br />

A qualidade com a agilidade necessária<br />

A qualidade com desejada! a agilidade necessária<br />

com desejada! a agilidade<br />

desejada!<br />

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<br />

Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Analises Fisico-químicas e<br />

Centro Analítico Reblas 131.<br />

Microbiológicas Ltda.<br />

Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />

R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Analises Fisico-químicas e<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Centro Analítico Reblas 131.<br />

Microbiológicas Ltda.<br />

EQFAR048<br />

Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Fones +55 Analises (11) 4747-7485 Fisico-químicas e<br />

Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />

R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

Centro Analítico de Reblas Análises 131. e Estudos MAPA - Microbiológicas analitica@analiticalab.com.br<br />

Ltda.<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Licença Certificado SP-000545-2 de Acreditação CRL 1117.<br />

R. www.analiticalab.com.br<br />

Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

EQFAR048<br />

Fones +55 (11) 4747-7485<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Centro Analítico de Análises e Estudos MAPA - analitica@analiticalab.com.br


em foco<br />

Soluções da Divisão BioScience<br />

Conheça produtos exclusivamente desenvolvidos que se destacam em aplicabilidade e performance<br />

A divisão BioScience da Greiner Bio- relevante e preditivo para estudos de<br />

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de centros de pesquisa e da indústria<br />

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com soluções adequadas para diferenciação celular, entre outras, per-<br />

novos fármacos, co-cultivo, invasão e<br />

diferentes demandas e aplicações. mitindo sempre condições de cultivo<br />

Preparada para 2019, traz ao mercado mais próximas do in vivo e com grande<br />

nacional produtos inovadores e exclusivos<br />

que não apenas facilitam a rotina Outro destaque da divisão é o<br />

reprodutibilidade.<br />

de trabalho, como estabelecem um CELLdiscTM, um sistema multicamada<br />

desenvolvido para o cultivo celular<br />

novo patamar de desempenho.<br />

Um dos destaques do portfólio este em ampla escala. Com superfície para<br />

ano é o sistema para Cultura Celular crescimento que varia dos 250 cm2<br />

m3D. Trata-se de uma tecnologia baseada<br />

na magnetização das células pesquisa básica quanto para o cultivo<br />

até os 10.000 cm2, é ideal tanto para<br />

através de nanopartículas, formando em escala industrial. Para atender as<br />

uma estrutura celular tridimensional, diferentes demandas, apresenta opções<br />

com 1, 4, 8, 16 ou 40 camadas.<br />

conhecida também por esferoide, em<br />

tempo recorde, sendo capaz de mimetizar<br />

um determinado microambiente in drico e único no mercado, simplifica o<br />

Seu design inovador, em formato cilín-<br />

vitro. Esse novo método é um modelo fluxo de trabalho, além de possibilitar<br />

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Em se tratando de pipetagem de<br />

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combinam um design ultraleve e ergonômico<br />

com uma tecnologia de última<br />

geração, o que, além de proporcionar<br />

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A Waters desenvolveu as Colunas CORTECS com a comprovada tecnologia de núcleo sólido, de 1,6µm<br />

e 2,7µm, as colunas mais eficientes do mercado foram projetadas para aumentar a resolução,<br />

sensibilidade, rendimento e taxa de transferência, oferecendo o mais alto desempenho para as<br />

plataformas HPLC, UHPLC e UPLC.<br />

44<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Com diferentes características das partículas e inovadoras modificações das superfícies das cargas, as<br />

Colunas CORTECS são adequadas para uso em uma grande variedade de aplicações,oferecendo a<br />

flexibilidade e a capacidade de desenvolver métodos para separações desafiadoras com maior rapidez.<br />

A Waters desenvolveu as Colunas<br />

CORTECS com a comprovada tecnologia<br />

de núcleo sólido, de 1,6μm<br />

e 2,7μm, as colunas mais eficientes<br />

do mercado foram projetadas para<br />

aumentar a resolução, sensibilidade,<br />

rendimento e taxa de transferência,<br />

oferecendo o mais alto desempenho<br />

A Waters expandiu a Família CORTECS introduzindo, novos ligantes para ampliar as opções em<br />

seletividade, permitindo assim, alcançar novos níveis de desempenho cromatográfico:<br />

Finalidade Finalidade geral, retenção geral, de retenção compostos de compostos ácidos, ácidos,<br />

básicos básicos e analitos e neutros analitos neutros<br />

Finalidade<br />

Finalidade<br />

Geral, menor<br />

Geral,<br />

retenção<br />

menor<br />

de<br />

retenção<br />

compostos<br />

de compostos<br />

muito apolares<br />

muito apolares<br />

Melhor Melhor simetria simetria de Pico para de Pico analitos para Básicos analitos Básicos<br />

Melhor Melhor escolha escolha para detecção para com detecção MS com MS<br />

Diferente Diferente Seletividade, Seletividade, principalmente principalmente para para<br />

compostos compostos aromáticos. aromáticos.<br />

Balanço Balanço de retenção de retenção de compostos de compostos Polares e Polares e<br />

Não-Polares Não-Polares usando RPLC. usando RPLC.<br />

Análise Análise de compostos de compostos Polares utilizando Polares utilizando Modo<br />

Modo HILIC de de eluição. eluição.<br />

para as plataformas HPLC, UHPLC e<br />

UPLC. Com diferentes características<br />

das partículas e inovadoras modificações<br />

das superfícies das cargas,<br />

as Colunas CORTECS são adequadas<br />

para uso em uma grande variedade<br />

de aplicações,oferecendo a flexibilidade<br />

e a capacidade de desenvolver<br />

métodos para separações desafiadoras<br />

com maior rapidez.<br />

A Waters expandiu a Família COR-<br />

TECS introduzindo, novos ligantes para<br />

ampliar as opções em seletividade,<br />

permitindo assim, alcançar novos níveis<br />

de desempenho cromatográfico:<br />

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Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

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em foco<br />

em foco<br />

ÁGUA POTÁVEL - realizando a amostragem ideal<br />

para análises microbiológicas.<br />

Água potável- realizando a amostragem ideal para análises microbiológicas<br />

46<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

A detecção e quantificação de todos os micro-organismos<br />

potencialmente patogênicos presentes na<br />

água é trabalhosa, demanda tempo, possui custo<br />

elevado e nem sempre conseguimos obter resulta-<br />

A água potável não deve conter patógenos e sim<br />

estar livre, principalmente, de bactérias indicadoras<br />

de contaminação fecal. Como principal indicador<br />

dessa contaminação, são eleitas “bactérias de<br />

referência” as pertencentes ao grupo coliforme,<br />

tendo como representante a Escherichia coli.<br />

Qualidade no início para<br />

Qualidade no início para confiança no fim<br />

confiança no fim.<br />

A detecção e quantificação de todos<br />

os micro-organismos potencialmente<br />

patogênicos presentes na água<br />

dos satisfatórios.<br />

é trabalhosa, demanda tempo, possui<br />

custo elevado e nem sempre conseguimos<br />

obter resultados satisfatórios.<br />

A água potável não deve conter<br />

patógenos e sim estar livre, principalmente,<br />

de bactérias indicadoras de<br />

contaminação fecal. Como principal<br />

indicador dessa contaminação, são<br />

eleitas “bactérias de referência” as<br />

pertencentes ao grupo coliforme, tendo<br />

como representante a Escherichia coli.<br />

A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério<br />

da Saúde (Portaria de Potabilidade)<br />

estabelece que seja verificado na<br />

água para consumo humano a ausência<br />

de coliformes totais e Escherichia<br />

coli, e determinada a contagem de<br />

bactérias heterotróficas, para garantir<br />

sua potabilidade.<br />

Coleta de amostras de água<br />

para análises bacteriológicas<br />

A coleta de amostra é um dos passos<br />

mais importante para a avaliação<br />

da qualidade da água, portanto, é<br />

essencial que a amostragem seja realizada<br />

com precaução e técnica apurada,<br />

evitando assim todas as fontes<br />

contaminantes possíveis. As amostras<br />

LAS do Brasil<br />

de água clorada, enviadas<br />

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1900<br />

as<br />

análises microbiológicas, www.lasdobrasil.com.br devem ter<br />

o cloro residual neutralizado imediatamente<br />

após a coleta, para remover<br />

seu efeito bactericida sobre a microbiota<br />

presente. É indicado que esta<br />

amostragem seja realizada em saco<br />

plástico estéril, descartável, contendo<br />

pastilha de tiossulfato de sódio. O<br />

tempo entre coleta e a realização das<br />

análises não deve exceder 24 horas.<br />

A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde<br />

(Portaria de Potabilidade) estabelece que seja<br />

verificado na água para consumo humano a<br />

ausência de coliformes totais e Escherichia coli, e<br />

determinada a contagem de bactérias heterotróficas,<br />

para garantir sua potabilidade.<br />

Coleta de amostras de água para análises<br />

bacteriológicas<br />

A coleta de amostra é um dos passos mais<br />

importante para a avaliação da qualidade da água,<br />

portanto, é essencial que a amostragem seja<br />

realizada com precaução e técnica apurada,<br />

evitando assim todas as fontes contaminantes<br />

possíveis. As amostras de água clorada, enviadas<br />

para as análises microbiológicas, devem ter o cloro<br />

residual neutralizado imediatamente após a coleta,<br />

para remover seu efeito bactericida sobre a<br />

microbiota presente. É indicado que esta amostragem<br />

seja realizada em saco plástico estéril, descartável,<br />

contendo pastilha de tiossulfato de sódio. O<br />

tempo entre coleta e a realização das análises não<br />

deve exceder 24 horas.<br />

Porque escolher WHIRL–PAK Nasco?<br />

As bolsas de amostragem WHIRL–PAK Nasco tem<br />

sido a escolha de profissionais por quase 60 anos e<br />

oferecem grandes diferenciais técnicos como abas<br />

à prova de perfuração, esterilidade garantida, fácil<br />

identificação e fechamento à prova de vazamentos<br />

que você pode confiar.<br />

A Thio-Bag, modelo destinado a coleta de água<br />

clorada, foi especialmente projetada para amostragem<br />

em torneiras, piscinas, linhas de produção,<br />

laboratórios e outras áreas de interesse para análise<br />

bacteriológica da água.<br />

Aprovada pelo EPA, oferecem segurança e confiabilidade<br />

além de outros benefícios como:<br />

• Redução do tempo técnico na amostragem;<br />

• Economia para o setor público e privado;<br />

• Necessita de pouco espaço para armazenamento;<br />

• Fácil descarte.<br />

A LAS do Brasil é a sua distribuidora autorizada para<br />

a linha WHIRL–PAK da Nasco, garantindo entrega<br />

rápida em todo território nacional.<br />

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interesse para análise bacteriológica<br />

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armazenamento;<br />

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em foco<br />

Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas<br />

em Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />

GC-MS é uma técnica amplamente<br />

empregada em vários laboratórios<br />

de análise de resíduos de pesticidas,<br />

oferecendo boa eficiência<br />

de separação e a possibilidade de<br />

escolha de detectores quadrupolo<br />

ou triplo-quadrupolo. Analisadores<br />

quadrupolo são seletivos, sensíveis<br />

e custo-efetivos, operando em resolução<br />

de nominal de massa. Utilizando<br />

esta tecnologia, a seletividade<br />

necessária para separar os pesticidas<br />

alvos do background da matriz<br />

é obtida pelo uso de varreduras de<br />

íon selecionado (SIM) ou varreduras<br />

de monitoramento selecionado de<br />

reações (SRM). Tanto SIM quanto<br />

SRM são utilizados em experimentos<br />

de compostos-alvos nos quais<br />

o espectrômetro de massa é pré-<br />

-programado utilizando uma lista de<br />

performance quantitativa.<br />

pesticidas selecionados antes das<br />

injeções. Contudo, a busca de compostos<br />

alvos pré-definidos limita o<br />

escopo da análise e pode resultar<br />

em falsos-negativos (não detecção)<br />

tanto de compostos não conhecidos<br />

quanto de compostos fora da lista<br />

inicial de alvos, o que pode ser preocupante<br />

numa análise de segurança<br />

alimentar. Essa limitação tem levado<br />

aumento do interesse em desenvolver<br />

métodos de análise utilizando<br />

sistemas de MS que operem em<br />

Full Scan MS com uma resolução<br />

de massa superior ao de sistemas<br />

triplo-quadrupolo, propiciando níveis<br />

equivalentes de seletividade e performance<br />

quantitativa.<br />

O sistema de GC-MS Orbitrap<br />

possui um escopo quase ilimitado<br />

de análise através de varreduras Full<br />

Scan com alta resolução, atingindo<br />

seletividade e capacidade de quantificação<br />

equivalentes aos sistemas<br />

triplo-quadrupolo, e em conformidade<br />

com as orientações de órgãos<br />

internacionais como SANCO e FDA.<br />

Para a maioria dos pesticidas,<br />

o MRL atual é < 0,01 mg/Kg (10<br />

ng/g). Os IDLs obtidos com o GC-MS<br />

Orbitrap são equivalentes àqueles<br />

obtidos com os sistemas triplo-quadrupolo<br />

(90% com IDL < 2 ng/g)<br />

O sistema GC-MS Orbitrap propicia<br />

alta performance quantitativa<br />

em Full Scan para uma análise mais<br />

ampla de resíduos de pesticida,<br />

mesmo com separações de Fast-<br />

-GC. Sua alta velocidade de varredura,<br />

alta resolução e excelente<br />

exatidão de massa, aliada à elevada<br />

sensibilidade em Full Scan permite<br />

a quantificação acurada e reprodutível<br />

de pesticidas em concentrações<br />

muito baixas.<br />

Aquisição rotineira a 60.000 de resolução<br />

FWHM em m/z 200 elimina<br />

as interferências isobáricas, aumentando<br />

a confiabilidade dos resultados<br />

da triagem de pesticidas em matrizes<br />

complexas. A exatidão de massa da<br />

ordem de sub-ppm para todos os picos<br />

assegura a identificação correta<br />

dos compostos.<br />

https://assets.thermofisher.com/<br />

TFS-Assets/CMD/Application-No-<br />

tes/AN-10449-GC-MS-Orbitrap-<br />

-Pesticides-Baby-Food-AN10449-<br />

-EN.pdf<br />

Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas em<br />

Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />

Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas em<br />

Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />

GC-MS é uma técnica amplamente empregada em vários laboratórios de análise de resíduos de pesticidas, oferecendo boa<br />

eficiência de separação e a possibilidade de escolha de detectores quadrupolo ou triplo-quadrupolo. Analisadores<br />

quadrupolo são seletivos, sensíveis e custo-efetivos, operando em resolução de nominal de massa. Utilizando esta<br />

GC-MS é tecnologia, uma técnica amplamente a seletividade empregada necessária em para vários separar laboratórios os pesticidas de análise de alvos resíduos do background de pesticidas, da oferecendo matriz é boa obtida pelo uso de<br />

eficiência varreduras de separação de íon e a selecionado possibilidade (SIM) de escolha ou varreduras de detectores monitoramento quadrupolo ou selecionado triplo-quadrupolo. de reações Analisadores (SRM). Tanto SIM quanto<br />

quadrupolo SRM são são seletivos, utilizados sensíveis em experimentos e custo-efetivos, de compostos-alvos operando em nos resolução quais o de espectrômetro nominal de massa. de massa Utilizando é pré-programado esta utilizando<br />

tecnologia, uma a seletividade lista de pesticidas necessária selecionados para separar antes os das pesticidas injeções. alvos Contudo, background a busca de da compostos matriz é obtida alvos pré-definidos pelo uso limita o escopo<br />

varreduras da de análise íon selecionado e pode resultar (SIM) ou em varreduras falsos-negativos de monitoramento (não detecção) selecionado tanto de de compostos reações (SRM). não conhecidos Tanto SIM quanto de compostos<br />

SRM são utilizados fora da lista em inicial experimentos de alvos, de o compostos-alvos que pode ser preocupante nos quais o espectrômetro numa análise de de massa segurança é pré-programado alimentar. Essa utilizando limitação tem levado<br />

uma lista aumento de pesticidas do selecionados interesse em antes desenvolver das injeções. métodos Contudo, de a análise busca de utilizando compostos sistemas alvos pré-definidos MS que limita operem o escopo em Full Scan MS com<br />

da análise uma e pode resolução resultar de em massa falsos-negativos superior (não ao de detecção) sistemas tanto triplo-quadrupolo, de compostos não propiciando conhecidos níveis quanto equivalentes de compostos de seletividade e<br />

fora da lista inicial de alvos, o que pode ser preocupante numa análise de segurança alimentar. Essa limitação tem levado<br />

aumento do interesse em desenvolver métodos de análise utilizando sistemas de MS que operem em Full Scan MS com<br />

O sistema de GC-MS Orbitrap possui um escopo quase ilimitado de análise através de varreduras Full Scan com alta<br />

uma resolução de massa superior ao de sistemas triplo-quadrupolo, propiciando níveis equivalentes de seletividade e<br />

resolução, atingindo seletividade e capacidade de quantificação equivalentes aos sistemas triplo-quadrupolo, e em<br />

performance quantitativa.<br />

conformidade com as orientações de órgãos internacionais como SANCO e FDA.<br />

O sistema de GC-MS Orbitrap possui um escopo quase ilimitado de análise através de varreduras Full Scan com alta<br />

resolução, Para atingindo a maioria seletividade dos pesticidas, e capacidade o MRL de atual quantificação é < 0,01 equivalentes mg/Kg (10 aos ng/g). sistemas Os IDLs triplo-quadrupolo, obtidos com o e GC-MS em Orbitrap são<br />

conformidade equivalentes com as orientações àqueles obtidos de órgãos com internacionais os sistemas triplo-quadrupolo como SANCO e FDA. (90% com IDL < 2 ng/g)<br />

Para a maioria dos pesticidas, o MRL atual é < 0,01 mg/Kg (10 ng/g). Os IDLs obtidos com o GC-MS Orbitrap são<br />

equivalentes àqueles obtidos com os sistemas triplo-quadrupolo (90% com IDL < 2 ng/g)<br />

Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas<br />

a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-<br />

-MS Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo<br />

TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />

Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-MS<br />

Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />

Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-MS<br />

Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />

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REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

Figura 2. Desvios<br />

Figura<br />

da<br />

2. Desvios<br />

massa exata<br />

da massa<br />

(média<br />

exata<br />

de 10<br />

(média<br />

medições)<br />

de 10<br />

para<br />

medições)<br />

os pesticidas<br />

para<br />

identificados<br />

os pesticidas<br />

em<br />

identificados<br />

5 (ou 10) ng/g<br />

em<br />

em<br />

5<br />

alimentos<br />

(ou 10) ng/g<br />

de bebê.<br />

em alimentos de bebê.<br />

Figura 2. Desvios da massa exata (média de<br />

10 medições) para os pesticidas identificados<br />

em 5 (ou 10) ng/g em alimentos de bebê.


Figura 3. Terbutilazina a 0,5 pg (on column) mostrando o XIC sobreposto para o íon de quantificação<br />

e três fragmentos adicionais de confirmação (esquerda). A medida de massa para cada<br />

Nova Analítica Imp. Exp. Ltda<br />

Rua Assungui, 432<br />

Figura íon 3. e Terbutilazina o erro de massa a 0,5 (em pg ppm) (on estão column) anotados. mostrando O espectro o XIC sobreposto de massa (direita) para o indicando íon de quantificação os íons e três fragmentos adicionais de<br />

confirmação (esquerda). A medida de massa para cada íon e o erro de massa (em ppm) estão anotados. Bosque O espectro da Saúde - massa São Paulo-SP<br />

usados para quantificação e confirmação. A área ampliada mostra o fragmento menos intenso<br />

(direita)<br />

indicando (m/z 138.07737) os íons usados medido para com quantificação uma exatidão e confirmação. de massa de A 0,3 área ppm. ampliada mostra o fragmento menos intenso (m/z Fone: 138.07737) (11) 2162-8080 medido<br />

com uma exatidão de massa de 0,3 ppm.<br />

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O sistema GC-MS Orbitrap propicia alta performance quantitativa em Full Scan para uma análise mais ampla de resíduos de<br />

pesticida, mesmo com separações de Fast-GC. Sua alta velocidade de varredura, alta resolução e excelente exatidão de<br />

massa, aliada à elevada sensibilidade em Full Scan permite a quantificação acurada e reprodutível de pesticidas em<br />

concentrações muito baixas.<br />

Aquisição rotineira a 60.000 de resolução FWHM em m/z 200 elimina as interferências isobáricas, aumentando a<br />

confiabilidade dos resultados da triagem de pesticidas em matrizes complexas. A exatidão de massa da ordem de sub-ppm<br />

para todos os picos assegura a identificação correta dos compostos.<br />

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AN10449-EN.pdf<br />

O que é e como funciona a Eletrodeionização (EDI)?<br />

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Bosque da Saúde - São Paulo-SP<br />

Fone: (11) 2162-8080<br />

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A eletrodeionização (EDI) é uma<br />

tecnologia de tratamento de água<br />

acionada eletricamente que usa eletricidade,<br />

troca iônica e resina para<br />

remover espécies ionizadas da água.<br />

A combinação de resinas e membranas<br />

de troca iônica, são usadas para<br />

mover as impurezas iônicas para um<br />

fluxo de água residual ou concentrado,<br />

deixando a água do produto<br />

purificada.<br />

À medida que as impurezas saem<br />

através do sistema de água concentrado,<br />

seu acúmulo não esgota<br />

a resina e, portanto, prolonga a sua<br />

vida útil. Uma única unidade EDI<br />

pode operar por muitos anos antes<br />

que uma substituição seja necessária.<br />

Normalmente, a resistividade<br />

da água do produto> 15 MΩ.cm<br />

é obtida consistentemente usando<br />

este processo. Esta tecnologia pode<br />

ser usada como alternativa aos cartuchos<br />

de purificação de uso único.<br />

Seu desenvolvimento e uso na<br />

purificação da água superaram algumas<br />

das limitações dos leitos de<br />

resina de troca iônica, particularmente<br />

a liberação de íons como exaustão<br />

das camas.<br />

Como o EDI funciona?<br />

A água entra no módulo de EDI,<br />

onde uma corrente aplicada força<br />

íons a se mover através das resinas<br />

e através das membranas. Esses<br />

íons são coletados em fluxos de<br />

concentrado, que podem então ser<br />

drenados ou reciclados. A água desionizada<br />

do produto pode então ser<br />

usada diretamente ou ser submetida<br />

a tratamento adicional para aumentar<br />

a pureza da água.<br />

Quando os íons são movidos através<br />

das resinas e entre as membranas<br />

seletivas de cátion ou ânion, elas<br />

são trocadas por íons H + e OH-. Os<br />

íons que se ligam às resinas de troca<br />

iônica migram para uma câmara<br />

separada sob a influência de um<br />

campo elétrico aplicado externamente.<br />

Isso também produz os íons H +<br />

e OH- necessários para manter as<br />

resinas em seu estado regenerado.<br />

Íons na câmara separada são liberados<br />

para o lixo.<br />

Os leitos de troca iônica em nossos<br />

sistemas de EDI são regenerados<br />

continuamente para que não sejam<br />

exaustos da mesma maneira que os<br />

leitos de troca iônica que são operados<br />

em modo de lote.<br />

Para mais informações contate<br />

nossos especialistas:<br />

watertech.marcom.latam@veolia.com<br />

www.veoliawatertech.com/latam<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

49


em foco<br />

Instrumentos para medição de ângulo de contato em superfícies<br />

Há mais de 50 anos a LAUDA Scientific fabrica instrumentos<br />

de medição para rigorosas demandas de aplicação<br />

nas áreas de viscosimetria, ciências de superfície e<br />

tensiometria, com precisão, flexibilidade e confiabilidade.<br />

A modularidade é um dos principais benefícios dos<br />

equipamentos da LAUDA, além de possuir uma ampla<br />

gama de acessórios, os quais permitem configurar sistemas<br />

de medição que podem ser utilizados para um grande<br />

número de aplicações em acordo com as principais normas<br />

internacionais.<br />

A precisão das medições de ângulo de contato e de tensão<br />

superficial baseadas em sistemas ópticos dependem<br />

em grande parte dos algorítimos do software.<br />

Os equipamentos da LAUDA<br />

Scientific possuem software com<br />

a mais alta precisão para todas<br />

as aplicações. Possuem ainda um<br />

gravador de vídeo de alta velocidade,<br />

métodos já pré-definidos,<br />

incluindo métodos especiais para<br />

pequenos ângulos de contato, uma<br />

extensa relação de fluidos, câmara<br />

de termostatização, módulos de<br />

avaliação de energia livre e opções<br />

de sistemas de dosificação e outros<br />

importantes benefícios para a<br />

obtenção dos melhores resultados<br />

nas análises.<br />

50<br />

REVISTA ANALYTICA - DEZ/JAN 19<br />

As inúmeras inovações tecnológicas e o alto padrão de qualidade consolidam cada vez mais<br />

a LAUDA como a principal empresa no segmento. E no Brasil a ANALÍTICA é distribuidora oficial<br />

de seus equipamentos.<br />

Saiba mais<br />

(11) 2162-8080<br />

marketing@novanalitica.com.br<br />

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