edição de 21 de janeiro de 2019

agênCias
Publicitário aposta em modelo novo
com Bedouin CC para se destacar
Ex-Publicis e Leo Burnett, João F. Saddock desenvolveu hub de
comunicação com entregas que variam de publicidade a conteúdo
Com 15 anos de atuação no
mercado, João F. Saddock
trabalha desde 2017 com a sua
Bedouin CC, hub de comunicação
que trabalha com banco
de talentos que, segundo o publicitário,
chega a 800 profissionais
de áreas como planejamento,
atendimento, criação,
social media, programação,
branding, design e conteúdo,
acionados de acordo com o tipo
de demanda.
Com projetos desenvolvidos
para marcas como Clear Corretora
(Grupo XP), Safe Cap,
uma indústria de embalagens
para o setor de alimentos e bebidas,
e Monster PRO 3D Filaments,
empresa de filamentos
para impressão 3D, a Bedouin
não tem sede fixa. As reuniões
de equipe costumam ser por
meio de videoconferência ou
em espaços de coworking. Se
necessário, podem alugar flats
ou apartamentos em sites de
compartilhamento de imóveis,
como Airbnb, para reunir os
profissionais.
“Temos um time de talentos
capaz de identificar as dores
dos clientes e apresentar
alternativas para a resolução
de problemas, independentemente
de onde eles estão. Não
queremos rótulos, ser definidos
como uma agência ou uma
produtora - isso limita muito
nossa capacidade de entrega”,
conta o fundador da Bedouin
CC. O nome da empresa, diz, é
inspirado no estilo nômade dos
beduínos, o povo que vive majoritariamente
em desertos do
norte da África e Oriente Médio.
A ideia de Saddock é que o
mercado anunciante aposte
em modelos novos, embora
uma empresa como a Bedouin
CC possa trabalhar em parceria
com agências de porte grande.
“Um modelo não anula o outro.
Eles se somam quando bem
administrados. Já recebemos
algumas sondagens e propostas
para trabalhar em parceria
com grandes agências, mas
João F. Saddock: “Não queremos rótulos, ser definidos como uma agência ou uma produtora - isso limita muito nossa entrega”
costumamos esbarrar em um
dos principais vértices que proporcionam
a melhor entrega, o
prazo. Acreditamos que ele é
peça-chave numa entrega consistente,
com planejamento,
estratégia e execução em harmonia.
Existe uma ansiedade
presente no mercado em geral
de querer tudo para ‘ontem’”.
Sobre os clientes, os projetos
para Monster e Quantick consistiram
no desenvolvimento
de marcas e produtos. “Trabalhamos
desde a concepção, já
que são empresas novas e isso
é muito legal no branding, pois
tudo foi pensado do zero. Quanto
à SafeCap, foi reestruturação
da marca, uma nova cara e um
novo modelo de abordagem comercial”,
esclarece. Segundo o
profissional, os projetos foram
um teste ao modelo operacional,
pois envolveram pessoas
que estavam em diversas cidades
no Brasil, como Curitiba,
São Paulo, Camboriú, Bastos,
“Temos um Time de
TalenTos capaz
de idenTificar as
dores dos clienTes
e apresenTar
alTernaTivas para
resolução de
problemas”
Divulgação
Presidente Prudente; e até em
países do exterior, como Estados
Unidos, Rússia, Índia e
Paquistão. “É a soma de bons
profissionais, trabalhando a
distância, de forma concisa e
plural, em busca do melhor
resultado possível para nossos
clientes”, diz.
Colocar o modelo em pé não
é fácil. Primeiro, diz Saddock,
houve o desafio financeiro, mas
um método de fluxo de caixa
ajudou a Bedouin CC a ter segurança.
O segundo desafio, que
vale para qualquer modelo de
negócio, é angariar novos clientes,
através de indicações. “Se
um cliente nos procura com um
problema de marketing ou comunicação
e observamos outro
problema, operacional ou de
produto, nossa proposta terá
foco no operacional e no produto;
caso ele não queira, não
fazemos, porque daqui a 3 ou 6
meses ele vai voltar e dizer que
o problema continua”, encerra.
18 21 de janeiro de 2019 - jornal propmark