AMA_Diagrama_5
Agência para a Modernização Administrativa, I.P. 05 - Março 2018
Agência para a Modernização Administrativa, I.P.
05 - Março 2018
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<strong>AMA</strong> — Agência para a Modernização Administrativa, I.P. • ama.gov.pt • ama@ama.pt • facebook.com/ama.gov.pt • twitter.com/ama_gov_pt<br />
MARÇO 2018<br />
05<br />
Maria Manuel<br />
Leitão Marques<br />
Ministra da Presidência<br />
e da Modernização<br />
Administrativa<br />
Alto-Comissariado<br />
para as<br />
Migrações<br />
Migrações 2.0<br />
Segurança<br />
Social<br />
Centro<br />
de Contacto<br />
Município<br />
de Alfândega<br />
da Fé<br />
Inclusão e<br />
inovação<br />
Entrevista<br />
S<strong>AMA</strong>2020<br />
Reportagem<br />
Boas Práticas
Ficha técnica<br />
Índice<br />
Propriedade e Edição<br />
<strong>AMA</strong><br />
Agência para a Modernização<br />
Administrativa, I.P.<br />
Direção<br />
Pedro Silva Dias<br />
Coordenação Editorial:<br />
Comunicação /<strong>AMA</strong><br />
3<br />
4<br />
6<br />
Editorial<br />
Pedro Silva Dias<br />
António Cruz<br />
Projeto <strong>AMA</strong><br />
Centro de Contacto <strong>AMA</strong><br />
Notícias<br />
Editores<br />
Pedro Silva Dias<br />
Presidente Conselho Diretivo/<strong>AMA</strong><br />
António Cruz<br />
Chefe Equipa Comunicação/<strong>AMA</strong><br />
Regina Araújo<br />
Sérgio Coelho<br />
Equipa Comunicação/<strong>AMA</strong><br />
Fotografia<br />
Comunicação/<strong>AMA</strong><br />
Projeto gráfico<br />
RPVP Designers<br />
Paginação<br />
Elsa Perdigão<br />
Comunicação/<strong>AMA</strong><br />
Impressão<br />
Palmigráfica<br />
Tiragem<br />
1500 exemplares<br />
Periodicidade<br />
Trimestral<br />
ISSN<br />
2183-9751<br />
Depósito Legal<br />
423678/17<br />
Distribuição Gratuita<br />
<strong>AMA</strong><br />
Agência para a Modernização<br />
Administrativa, I.P.<br />
ama.gov.pt | ama@ama.pt<br />
facebook.com/ama.gov.pt<br />
twitter.com/ama_gov_pt<br />
8<br />
18<br />
22<br />
26<br />
30<br />
32<br />
34<br />
36<br />
40<br />
42<br />
46<br />
48<br />
51<br />
52<br />
Entrevista<br />
Maria Manuel Leitão Marques<br />
LabX<br />
Projeto de Investigação<br />
Boas Práticas<br />
Município de Alfândega da Fé<br />
Reportagem<br />
Centro de Contacto<br />
da Segurança Social<br />
Reportagem<br />
Conferência INCoDe.2030<br />
Espaço Cidadão Móvel<br />
Chave Móvel Digital<br />
Campanha de Rua<br />
Loja de Cidadão<br />
Faro<br />
Estatísticas<br />
Medidas Simplex<br />
S<strong>AMA</strong>2020<br />
Alto-Comissariado para as<br />
Migrações: Migrações 2.0<br />
Encontros OPP, Simplex+<br />
e Simplex JAM<br />
Números<br />
Agenda
Editorial <strong>Diagrama</strong> • março 2018 3<br />
Pedro Silva Dias<br />
Editor<br />
Presidente — <strong>AMA</strong>, I.P.<br />
António Cruz<br />
Editor-Adjunto<br />
Comunicação — <strong>AMA</strong>, I.P.<br />
Foi há um ano que agarrámos<br />
este desafio de colocar no papel<br />
palavras e diagramas com o<br />
objetivo de partilhar as melhores<br />
práticas, projetos e ideias<br />
com vista a uma melhor e mais próxima<br />
Administração Pública. Nesta quinta edição,<br />
em que a <strong>Diagrama</strong> comemora o seu primeiro<br />
aniversário, escolhemos como tema o<br />
atendimento.<br />
As políticas, os sistemas e as vontades<br />
convergem, cada vez mais, para soluções<br />
que permitem a cidadãos e empresas um<br />
atendimento simplificado ou, em última<br />
análise, processos totalmente automáticos,<br />
sem qualquer interacção.<br />
Esmiuçando, trata-se de várias camadas<br />
que, em função das situações, são aplicadas<br />
gradualmente. Uma delas, e a mais simples, é<br />
o preenchimento automático de formulários,<br />
competindo aos cidadãos e às empresas<br />
unicamente a validação da informação já<br />
introduzida e o preenchimento de campos<br />
ainda não carregados. Uma outra camada<br />
passa pela mera confirmação de dados e<br />
de intenções, isto é, a validação através de<br />
um único botão. Por fim, teremos o serviço<br />
totalmente automatizado, ou, dito de<br />
outra forma, o não serviço, realidade que<br />
permite à Administração Pública, através do<br />
cruzamento de dados, realizar processos sem<br />
qualquer interação.<br />
Tudo isto só é possível, em qualquer uma<br />
das camadas, com base na cooperação entre<br />
organismos e com dados e ferramentas<br />
interoperáveis. O melhor Estado é o Estado<br />
mais simples… é a nossa aposta!<br />
Até lá, temos o caminho da integração,<br />
os sistemas únicos de autenticação, a<br />
harmonização de ambientes e a batalha pela<br />
infoinclusão.<br />
Neste número, destacamos o atendimento<br />
na Administração Pública, demonstrando,<br />
em projetos distintos, a aplicação de algumas<br />
destas camadas, que, por força de razão, nos<br />
permitem ir percorrendo este caminho. ≤
4<br />
Projeto <strong>AMA</strong><br />
Centro de Contacto <strong>AMA</strong><br />
Integrando o Centro de Contacto do Cidadão, o Centro de Contacto<br />
da Agência para a Modernização Administrativa garante o suporte aos<br />
mediadores dos Espaços Cidadão. Um serviço que, no ano passado, se<br />
saldou em 260.000 chamadas telefónicas recebidas.<br />
O projeto nasceu em fevereiro de 2011, com<br />
a entrada em funcionamento do Centro de<br />
Contacto do Cidadão, com o objetivo de apoiar<br />
os cidadãos sobre a informação e serviços<br />
disponibilizados no Portal do Cidadão e nas<br />
Lojas de Cidadão. Esta linha de atendimento<br />
assegura contactos via telefone e e-mail,<br />
seis dias por semana, entre as 9h00 e as<br />
18h00 nos dias úteis e as 9h00 e as 15h30<br />
aos sábados. Nos últimos dois anos, a média<br />
diária de chamadas atendidas passou de 850<br />
para 1.950, conseguindo-se garantir o nível<br />
de serviço fixado para o atendimento de 98%<br />
das chamadas nos primeiros 30 segundos. A<br />
média diária de e-mails recebidos, para igual<br />
período, passou de 195 para 485, com o nível<br />
de serviço de resposta fixado em 48 horas<br />
após a sua receção.<br />
A missão que levou à criação deste Centro<br />
de Contacto foi rapidamente superada, com a<br />
estrutura a constituir-se atualmente como um<br />
verdadeiro centro de informação transversal.<br />
São recebidos diariamente contactos de<br />
cidadãos que procuram esclarecimentos<br />
acerca do serviço da Administração Pública<br />
a que se devem dirigir para a realização de<br />
determinada diligência e em que condições<br />
a podem fazer. Tratando-se de um centro<br />
consolidado de informação, permite a<br />
aproximação dos serviços públicos ao cidadão,<br />
proporcionando-lhe informações diversas<br />
acerca de como, onde e em que condições<br />
pode realizar a diligência que procura.<br />
Primazia digital<br />
Enquanto canal privilegiado de contacto com<br />
os cidadãos, existe a preocupação constante<br />
de promover a utilização de serviços digitais,<br />
dando a conhecer os distintos canais que<br />
podem ser utilizados para a realização de um<br />
serviço: presenciais ou online. Sempre que os<br />
serviços se encontram disponíveis online, os<br />
cidadãos são convidados a realizá-los através<br />
deste canal, disponibilizando-se o operador a<br />
prestar a assistência tida por necessária. Com<br />
este suporte, pretende-se proporcionar ao<br />
cidadão uma boa experiência de utilização de<br />
serviços digitais na Administração Pública,<br />
direcionando para os canais presenciais<br />
apenas os cidadãos que não dispõem de<br />
forma de realizar o serviço online. Esta<br />
abordagem permite reduzir filas de espera e,<br />
consequentemente, potenciar a melhoria do<br />
serviço público.<br />
Entre os serviços digitais promovidos neste<br />
centro de informação poderão destacar-se<br />
o serviço de alteração de morada no Cartão<br />
de Cidadão, bem como o respetivo pedido<br />
de cancelamento e de renovação, ou as<br />
certidões online. Este canal promove ainda as<br />
diferentes formas de autenticação disponíveis<br />
(como sejam a Chave Móvel Digital e o Cartão<br />
de Cidadão), concedendo aos cidadãos<br />
apoio na utilização nos diferentes sítios da<br />
Administração Pública.<br />
Suporte aos Espaços Cidadão<br />
Em abril de 2015, o Centro de Contacto da<br />
Agência para a Modernização Administrativa<br />
(<strong>AMA</strong>) viu reforçadas as suas competências,<br />
com a constituição da linha de suporte aos<br />
mediadores dos Espaços Cidadão, que efetuam<br />
o atendimento dos serviços disponibilizados<br />
nestes balcões. Esta linha de suporte técnico<br />
assume um papel determinante no sucesso<br />
da rede de 569 Espaços Cidadão abertos ao<br />
público, garantindo suporte permanente aos<br />
mediadores na realização dos 235 serviços
<strong>Diagrama</strong> • março 2018<br />
5<br />
que constituem o vasto catálogo de serviços<br />
públicos das 22 entidades presentes nestes<br />
balcões. Em média, e contabilizando pedidos<br />
por telefone ou por e-mail, são resolvidos<br />
diariamente 150 pedidos de suporte.<br />
Esta linha de suporte efetua, sempre que<br />
necessário, a articulação com as entidades<br />
competentes, com vista a assegurar uma<br />
resposta célere aos mediadores nas dúvidas<br />
colocadas acerca da realização de um<br />
determinado serviço.<br />
Este Centro de Contacto garante também o<br />
suporte a outras linhas de atendimento, como<br />
sejam as dedicadas:<br />
• a pedidos de parecer prévio no âmbito<br />
das tecnologias de informação e<br />
comunicação na Administração Pública;<br />
• ao Sistema de Apoio à Modernização e<br />
Capacitação da Administração Pública;<br />
• à assistência ao empresário;<br />
• ao Balcão do Empreendedor.<br />
Melhoria contínua<br />
O Centro de Contacto da <strong>AMA</strong> garante<br />
atualmente suporte a um vasto conjunto de<br />
destinatários, desde entidades públicas da<br />
administração central e local a entidades<br />
privadas, sem esquecer empresários e outros<br />
profissionais. Este alargamento da esfera de<br />
Centro de Contacto <strong>AMA</strong> – Linhas de<br />
atendimento:<br />
Centro de Contacto do Cidadão<br />
t.: 707 241 107<br />
info.portaldocidadao@ama.pt<br />
Centro de Contacto dos Espaços Cidadão<br />
t.: 217 215 598<br />
suporte_edc@ama.pt<br />
Linha da Empresa<br />
t.: 707 10 10 99 / 217 215 597<br />
info.empresa@ama.pt<br />
suporte veio reforçar o papel, desde sempre<br />
assumido, de importante agregador de<br />
informação na Administração Pública.<br />
Tomando em consideração a totalidade<br />
das linhas de suporte (Centro de Contacto<br />
do Cidadão e outras linhas de atendimento),<br />
o Centro de Contacto da <strong>AMA</strong> assegurou,<br />
no ano de 2017, o atendimento de um<br />
total de 260.000 chamadas telefónicas e a<br />
resposta a 64.000 e-mails. Um dos fatores<br />
de sucesso do atendimento assegurado<br />
pelo Centro de Contacto reside na sua<br />
capacitação permanente, seja através de<br />
um plano de formação contínuo, seja pelo<br />
trabalho permanente de melhoria de scripts<br />
de resposta e de apoio aos operadores,<br />
possibilitando uma resposta mais rápida e<br />
dirigida aos destinatários, mesmo quando<br />
esta possa implicar a articulação com outras<br />
entidades da Administração Pública.<br />
Para a eficácia do Centro de Contacto<br />
reveste-se da maior importância a reduzida<br />
taxa de rotação de recursos humanos (taxa<br />
anual de rotatividade dos operadores − turn<br />
over), na ordem dos 8%, quando comparada<br />
com a taxa média de 17% registada, para<br />
o mesmo período, no setor dos centros de<br />
contacto globalmente considerados. 1 ≤<br />
Fernando Marta<br />
Colaborador da <strong>AMA</strong><br />
Centro de Contacto S<strong>AMA</strong><br />
t.: 217 215 599<br />
sama_suporte@ama.pt<br />
Centro de Contacto Parecer Prévio<br />
t.: 217 215 588<br />
parecerprevio-suporte@ama.pt<br />
Linha Portais<br />
t.: 217 215 577<br />
servicos.portais@ama.pt<br />
1<br />
Fonte: https://www.apcontactcenters.org/benchmarketing-apcc.
6<br />
Notícias<br />
Roteiro Inovação<br />
Batizado de «Roteiro para a Inovação e a Tecnologia», e assumindo a premissa-bandeira<br />
de «mais e melhor emprego», este novo programa pretende fomentar o conhecimento, a<br />
competitividade e a inovação na sociedade portuguesa. Inserindo-se numa estratégia mais<br />
ampla de desenvolvimento económico sustentado, são fixadas metas para o horizonte temporal<br />
de 2030, que passam pelo incremento das competências digitais da população (nove em cada<br />
dez portugueses serão utilizadores da Internet), pelo aumento de verbas públicas alocadas<br />
a investigação e desenvolvimento (3% do PIB) e pela melhoria da qualificação dos recursos<br />
humanos (60% dos jovens na faixa dos 20 anos irão frequentar o ensino superior).<br />
Apresentado publicamente a 15 de fevereiro, o Roteiro Inovação, que pretende que interesses<br />
públicos e privados confluam na prossecução dos objetivos definidos, conta com uma<br />
agenda de sessões temáticas, tendo-se já realizado as dedicadas à inteligência artificial (21 de<br />
fevereiro), educação (7 de março) e inovação no setor do calçado (9 de março). Em cada sessão,<br />
com base numa agenda de visitas e deslocações, são apresentados casos de referência e de boas<br />
práticas nas áreas envolvidas, sendo igualmente fomentada a celebração de acordos e parcerias<br />
entre as diversas partes interessadas, sejam públicas ou privadas, nacionais ou internacionais.<br />
Centro de Competências<br />
Digitais<br />
O Governo aprovou a criação do Centro de Competências Digitais da Administração Pública<br />
(TicAPP), uma iniciativa que pretende promover a transformação digital dos serviços públicos.<br />
Enquanto grupo de projeto, o TicAPP funcionará sob a égide da Agência para a Modernização<br />
Administrativa (<strong>AMA</strong>), motivo pelo qual, por via da Resolução do Conselho de Ministros (RCM)<br />
n.º 22/2018, de 7 de março, o Governo determinou a respetiva equiparação a entidade pública<br />
empresarial. Este novo Centro de Competências terá sede física também nas instalações da <strong>AMA</strong>.<br />
Segundo a referida RCM, o TicAPP terá por missão «apoiar as diferentes áreas governativas<br />
neste processo, através da internalização de competências e do desenvolvimento de projetos<br />
transversais». Prevê-se que este grupo de projeto inicie efetivamente funções a partir de maio de<br />
2018. Terá uma duração de 36 meses, ainda que a respetiva missão possa ser prorrogada.<br />
De referir que a criação de centros de competências na AP em áreas de conhecimento<br />
especializado é uma das medidas do Programa do XXI Governo, encontrando-se já em<br />
funcionamento, desde julho de 2017, o Centro de Competências Jurídicas do Estado (Juris APP).
<strong>Diagrama</strong> • março 2018<br />
7<br />
Encontro Simplex+ na Bolsa de Turismo de<br />
Lisboa<br />
Entre 28 de fevereiro e 4 de março, decorreu na FIL – Feira Internacional de Lisboa a 30.ª edição da BTL<br />
– Bolsa de Turismo de Lisboa.<br />
Este ano, o evento contou com o BTL Startups, um espaço dedicado às empresas tecnológicas<br />
com menos de três anos de existência, no qual o Simplex+ marcou presença, no dia 1 de março, com<br />
a apresentação de medidas ligadas ao setor, entre as quais se destaca o novo Portal do Turismo, e a<br />
recolha de contributos de profissionais da área.<br />
Estiveram presentes no encontro o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, a secretária<br />
de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, e a secretária de Estado Adjunta e da Modernização<br />
Administrativa, Graça Fonseca.
8<br />
Entrevista
<strong>Diagrama</strong> • março 2018<br />
9<br />
Maria Manuel Leitão Marques<br />
Ministra da Presidência e da<br />
Modernização Administrativa<br />
Nasceu em Quelimane, Moçambique, em 1952.<br />
Foi na Universidade de Coimbra que se licenciou em Direito e<br />
foi também aí que iniciou a sua vida profissional, lecionando na<br />
Faculdade de Economia.<br />
Desde 1979, é investigadora permanente do Centro de Estudos<br />
Sociais. Em 2003, tornou-se Professora Catedrática da Faculdade<br />
de Economia da Universidade de Coimbra.<br />
Ao longo da sua carreira, coordenou vários projetos de<br />
investigação, nacionais e internacionais, nas áreas do Direito<br />
Económico, Direito da Concorrência, Sociologia do Direito e<br />
Administração Pública, e publicou diversos trabalhos, tendo sido<br />
convidada a participar em várias conferências.<br />
Exemplos disso mesmo foram as suas funções como consultora<br />
internacional da Casa Civil da Presidência da República do Brasil,<br />
no âmbito do projeto «Intercâmbio entre a União Europeia e o<br />
Brasil» e como consultora internacional do projeto «Conducting<br />
an evaluation of services of the one stop shop» (BAU) em<br />
Moçambique.<br />
Acumulou todas essas atividades com a vice-presidência da<br />
Association Internationale de Droit Économique e a presidência,<br />
entre 1998 e 2002, do Observatório do Comércio do Ministério da<br />
Economia.<br />
Nos anos de 2013 e 2014 fez parte do comité de seleção da<br />
competição «Bloomberg Philantropies Mayor’s Chalenge» e do<br />
«High Level Group on Administrative Burdens». Nesse mesmo<br />
período foi administradora não-executiva da Fundação Francisco<br />
Manuel dos Santos.<br />
O seu currículo político inclui o cargo de secretária de Estado<br />
da Modernização Administrativa nos xvii e xviii Governos<br />
Constitucionais. Nas últimas eleições legislativas, em 2015, foi<br />
eleita deputada pelo círculo eleitoral de Viseu.
10<br />
Entrevista Maria Manuel Leitão Marques<br />
Um bom atendimento exige que as<br />
respostas sejam dadas em linguagem clara,<br />
que o cidadão comum perceba.<br />
Esta edição da <strong>Diagrama</strong> é dedicada ao<br />
atendimento e sabemos que esta é uma área<br />
que acarinha particularmente. O que é para si<br />
um bom atendimento dos serviços públicos e<br />
qual o papel que este deve desempenhar na<br />
modernização do país?<br />
Não há boa medida Simplex que resista a um<br />
mau atendimento. Pelo contrário, um bom<br />
atendimento, seja em que canal for, ajuda por<br />
vezes a tornar o «complex» menos irritante e<br />
mais suportável.<br />
Um bom atendimento é muito mais do<br />
que um sorriso e uma resposta simpática –<br />
embora estes nunca devam faltar. Um bom<br />
atendimento exige que as respostas sejam<br />
dadas em linguagem clara, que o cidadão<br />
comum perceba.<br />
Tem tido a oportunidade de influenciar as<br />
políticas públicas na área do atendimento.<br />
Quais as evoluções mais significativas que<br />
gostaria de salientar nesta área do serviço<br />
público?<br />
No Simplex+ 2017 foi dada especial atenção<br />
à qualidade do atendimento público aos<br />
cidadãos e empresas. Existem medidas para<br />
a melhoria do atendimento em serviços da<br />
segurança social, da saúde, da educação,<br />
dos consulados, da justiça, do ambiente,<br />
da agricultura, entre outros. Um exemplo é<br />
a possibilidade de agendamento online do<br />
atendimento para evitar perda de tempo<br />
aos cidadãos e às empresas. Para além dos<br />
casos onde isso já acontece, na segurança<br />
social, nos registos ou nas finanças, há outras<br />
medidas desta natureza, como o «Modelo<br />
de Atendimento Integrado da Agência<br />
Portuguesa do Ambiente» ou «Agendamento<br />
online IHRU (Instituto da Habitação e da<br />
Reabilitação Urbana)».<br />
Avançámos também este ano com a<br />
renovação da rede de atendimento aos<br />
empresários, através do Espaço Empresa. Em<br />
colaboração com o poder local, vamos abrir<br />
20 Espaços Empresa com mais de 100 serviços<br />
da administração central e local, desde os<br />
relacionados com licenciamentos aos apoios<br />
ao financiamento e à internacionalização.<br />
Já referiu também que «a inclusão digital<br />
é uma questão de cidadania», frisando a<br />
importância de «não deixar ninguém para<br />
trás». Como pode o Estado combater a<br />
«iliteracia digital»?<br />
Uma parte importante da população<br />
portuguesa ainda não domina facilmente<br />
os instrumentos digitais que já tem à<br />
sua disposição. Foi por isso que este<br />
Governo avançou com a Iniciativa Portugal<br />
INCoDe.2030, onde está incluído um conjunto
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 11<br />
de medidas que têm como objetivo ajudar<br />
as comunidades locais a desenvolverem as<br />
suas ações de combate à iliteracia e exclusão<br />
digital.<br />
O Projeto Comunidades Criativas<br />
para a Inclusão Digital responde a essas<br />
necessidades, de pessoas e comunidades,<br />
investindo na inclusão digital, e assim<br />
diminuindo assimetrias de acesso a serviços<br />
públicos e privados digitais e à informação em<br />
geral.<br />
Um exemplo é o projeto «Clic@r na<br />
Melhor Idade», que está a ser desenvolvido<br />
pela Câmara Municipal de Amares, em<br />
colaboração com o INCoDe.2030. O seu<br />
objetivo é a promoção do desenvolvimento de<br />
competências digitais ao nível da utilização<br />
básica do computador, da navegação na<br />
Internet e da utilização responsável do<br />
correio eletrónico e das redes sociais junto da<br />
população sénior do concelho. Destina-se a<br />
pessoas com idade igual ou superior a 60 anos<br />
que querem aceder ao mundo digital. Este<br />
projeto está a ser feito em parceria com juntas<br />
de freguesia ou associações cívicas.<br />
É reconhecido que a Administração Pública<br />
não dispõe dos recursos com competências<br />
digitais de que precisaria para fazer face a<br />
uma transformação digital cada vez mais
12<br />
Entrevista Maria Manuel Leitão Marques<br />
acelerada. Que projetos estão pensados para<br />
preparar melhor a Administração Pública<br />
para uma transformação digital da sociedade<br />
que parece incontornável?<br />
Esse é realmente um dos grandes problemas<br />
com que nos defrontamos. Temos investido<br />
simultaneamente em dois planos: o dos<br />
serviços partilhados e o da formação em TIC.<br />
O Governo criou recentemente o Centro<br />
de Competências Digitais da Administração<br />
Pública, TicAPP, no domínio da transformação<br />
digital da Administração Pública, e que<br />
funcionará sob responsabilidade da <strong>AMA</strong>. O<br />
cumprimento dessa missão implica melhorar<br />
a gestão de projetos, preparar investimentos<br />
em novos domínios, dotar a Administração<br />
Pública de recursos humanos especializados,<br />
melhorando, em simultâneo, a contratação<br />
de serviços externos nas áreas das tecnologias<br />
de informação e comunicação, com os<br />
correspondentes ganhos em eficiência e<br />
eficácia.<br />
A aposta na qualificação é também um<br />
dos eixos centrais da Iniciativa Portugal<br />
INCoDe.2030. O INA está a reformular a sua<br />
oferta formativa na área das competências<br />
digitais. Ainda recentemente foi celebrado<br />
um protocolo com a Marinha Portuguesa
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 13<br />
que visa rentabilizar os recursos próprios e<br />
especializados de cada uma das instituições,<br />
possibilitando a frequência de trabalhadores e<br />
dirigentes da Administração Pública em ações<br />
de formação ministradas nas Escolas e Centros<br />
de Formação (ECF) da Marinha e facilitando<br />
o intercâmbio de formadores. Este modelo<br />
de parceria poderá, em breve, ser alargado a<br />
outras instituições com capacidade formativa<br />
relevante nas áreas do digital, incluindo<br />
universidades e politécnicos.<br />
No contexto da inovação, a Senhora Ministra<br />
deu o exemplo com a criação do LabX, o<br />
Laboratório de Experimentação da AP. Como<br />
poderemos colocar as entidades públicas a<br />
experimentar mais?<br />
No LabX qualquer serviço público tem<br />
a oportunidade de prototipar e testar a<br />
viabilidade de um serviço novo que queira<br />
Avançámos também<br />
este ano com a<br />
renovação da rede<br />
de atendimento aos<br />
empresários, através<br />
do Espaço Empresa.<br />
lançar para resolver um problema ou<br />
simplesmente melhorar a sua atividade antes<br />
de partir para a implementação. Reduz-se<br />
assim o risco da inovação.<br />
Experimentar serve ainda para podermos<br />
antecipar o futuro e até acelerá-lo. Mesmo<br />
quando as mudanças nos parecem óbvias e<br />
incontornáveis, podem ser menos claras para<br />
quem as vê de fora. Demonstrar ajudará a<br />
convencê-las, trabalhando de forma aberta<br />
com serviços públicos e com os seus utentes,<br />
em cocriação. Por lá passaram projetos como<br />
o Balcão Único do Emprego ou a análise do<br />
serviço prestado nas Lojas de Cidadão, para a<br />
sua melhoria.<br />
Hoje em dia, é quase impensável pensarmos<br />
em inovação e modernização sem<br />
equacionarmos soluções TIC. Dada a sua<br />
supervisão do Conselho para as TIC, o CTIC,<br />
de que forma vê a evolução da governança<br />
das TIC na Administração Pública?<br />
Neste dois anos, reformulámos a estratégia<br />
para esta área, que já está em execução. Na<br />
definição de planos setoriais TIC, mantivemos<br />
a autonomia das diferentes áreas governativas<br />
e organismos da Administração Pública para<br />
definir as suas iniciativas e investimentos.<br />
Além disso, foi criado um Conselho<br />
Consultivo, composto por personalidades de<br />
reconhecido mérito, que permite trazer mais<br />
conhecimento suscetível de apoiar as decisões<br />
do Governo e da Administração em matéria de<br />
transformação digital.<br />
A boa utilização das TIC deve-nos permitir<br />
a interoperabilidade e a partilha de dados<br />
e serviços entre organismos. Por outro<br />
lado sabemos que cada entidade quer
14<br />
Entrevista Maria Manuel Leitão Marques<br />
Temos investido simultaneamente em<br />
dois planos: o dos serviços partilhados e<br />
o da formação em TIC.<br />
sempre ter o seu portal ou o seu balcão<br />
digital. Existe aqui uma contradição ou é<br />
possível encontrar um ponto de equilíbrio?<br />
A proliferação excessiva de portais e<br />
balcões digitais não representa apenas<br />
um desperdício de recursos, podendo<br />
também criar dificuldades aos cidadãos<br />
que procuram determinada informação<br />
ou serviço. Mas é normal que as diferentes<br />
entidades e áreas governativas pretendam<br />
gerir elas próprias a sua presença na<br />
Internet. O nosso papel aqui é encontrar um<br />
ponto de equilíbrio.<br />
Foi por isso que decidimos remodelar<br />
o Portal do Cidadão e o Balcão do<br />
Empreendedor. O objetivo é concentrar e<br />
disponibilizar informação e serviços numa<br />
só porta de entrada digital.<br />
Dessa forma, o cidadão terá um ponto<br />
de acesso único, onde pode encontrar<br />
facilmente tudo o que necessita para<br />
resolver um determinado problema.<br />
Essa é uma tendência internacional que<br />
se verifica nos países mais avançados em<br />
matéria de transformação digital, grupo ao<br />
qual desejamos continuar a pertencer.<br />
Melhor para os cidadãos, melhor para os<br />
serviços digitais, que assim se tornam mais<br />
visíveis para os seus destinatários, e mais<br />
eficiente para a Administração Pública.<br />
2020 está já aí à porta. Como acha que vão<br />
ser os serviços públicos nessa altura?<br />
Mais do que à porta, 2020 já chegou.<br />
Iniciámos em fevereiro um caminho<br />
de colaboração entre instituições de<br />
investigação e organismos da Administração<br />
Pública, materializado num concurso de<br />
financiamento da FCT na área da Inteligência<br />
Artificial e Ciência dos Dados. O que esta<br />
experiência nos diz é que existe uma grande<br />
disponibilidade da Administração Pública<br />
em valorizar os dados de que dispõe para<br />
melhorar os serviços que presta aos cidadãos<br />
e às empresas, aproveitando o potencial de<br />
conhecimento e de recursos qualificados que<br />
existem na academia.<br />
Através destas colaborações podemos<br />
antever uma maior incorporação de<br />
tecnologias disruptivas (como o blockchain,<br />
por exemplo) no processo de transformação<br />
digital em curso na Administração Pública.<br />
No caso específico da Inteligência<br />
Artificial e da Ciência dos Dados, estão já em<br />
preparação quatro projetos demonstradores<br />
que permitirão desenvolver agentes de<br />
conversação inteligentes (chatbots) para<br />
apoiar empresários, detetar de forma precoce<br />
o risco de desemprego de longa duração,<br />
melhorar a seleção de agentes económicos a<br />
fiscalizar ou analisar padrões de prescrição
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 15<br />
de antibióticos para evitar a sua prescrição<br />
excessiva.<br />
Sabemos que estamos, também aqui, a<br />
abrir um campo alargado de possibilidades<br />
para melhorar o atendimento dos serviços<br />
públicos. Antecipando problemas,<br />
automatizando respostas rotineiras e, desse<br />
modo, permitindo guardar recursos para<br />
respostas personalizadas para problemas<br />
específicos de cidadãos e empresas. ≤<br />
O objetivo é concentrar<br />
e disponibilizar<br />
informação e serviços<br />
numa só porta de<br />
entrada digital.
CHAVE MÓVEL DIGITAL<br />
AUTENTICAÇÃO.GOV<br />
O QUE PRECISA DE SABER…<br />
O que é a Chave Móvel Digital (CMD)?<br />
A forma simples e segura de autenticação em vários sites públicos e privados,<br />
apenas com um número de telemóvel e um PIN de 4 a 8 dígitos.<br />
O que posso fazer com a CMD?<br />
Realizar serviços online − para cidadãos e empresas – e assinar documentos<br />
PDF.<br />
Como adiro à CMD?<br />
Presencialmente: No ato da entrega do Cartão de Cidadão numa Loja de<br />
Cidadão, nos Espaços Cidadão e Empresa ou balcões RIAC. Online: em<br />
autenticacao.gov.pt, com Cartão de Cidadão, respetivo leitor e PIN ou no<br />
Portal das Finanças.<br />
Como assino documentos eletrónicos?<br />
A ativação do certificado qualificado de assinatura permite assinar<br />
documentos PDF com a sua CMD.<br />
Diga nunca mais ao leitor de cartões<br />
e às inúmeras senhas e filas de espera.<br />
A CHAVE QUE ABRE TODAS<br />
AS PORTAS!<br />
Colaborar<br />
Simplificar<br />
Inovar<br />
autenticacao.gov.ptcao.gov.pt
CERTIFICAÇÃO<br />
DE ATRIBUTOS PROFISSIONAIS<br />
AUTENTICAÇÃO.GOV<br />
O QUE PRECISA DE SABER…<br />
O que é o Sistema de Certificação de Atributos Profissionais (SCAP)?<br />
O SCAP permite certificar qualidades e poderes do cidadão, em contexto<br />
profissional ou empresarial, para autenticação em sites e assinatura de<br />
documentos.<br />
A quem se destina?<br />
A corpos sociais de empresas, dirigentes públicos ou outros profissionais.<br />
Quais as vantagens do SCAP?<br />
Permite a assinatura ou autenticação em função das competências, de<br />
forma segura, sem necessidade de apresentar outros comprovativos.<br />
Como adiro ao SCAP?<br />
Presencialmente: num Espaço Cidadão.<br />
Online: em autenticacao.gov.pt, com Chave Móvel Digital ou Cartão de<br />
Cdadão.<br />
ASSINATURA PROFISSIONAL<br />
SIMPLES E SEGURA<br />
Colaborar<br />
Simplificar<br />
Inovar<br />
autenticacao.gov.pt
18<br />
LabX<br />
Viagens na nossa terra<br />
Projeto de investigação sobre<br />
o atendimento presencial nas<br />
Lojas de Cidadão<br />
O Laboratório de Experimentação da Administração Pública<br />
(LabX) tem por vocação (re)desenhar os serviços públicos a partir<br />
das reais necessidades dos cidadãos. Em vez de tentar adivinhar<br />
estas necessidades, o LabX pôs em curso uma investigação sobre o<br />
atendimento presencial nas Lojas de Cidadão. De norte a sul do país,<br />
o LabX percorreu as Lojas de Cidadão para conhecer a experiência de<br />
utilizadores e funcionários de primeira linha.
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 19<br />
As Lojas de Cidadão vieram alterar a paisagem<br />
dos serviços públicos em Portugal. A sua<br />
criação, em 1999, trouxe um novo paradigma<br />
de atendimento aos cidadãos. Desde logo, pelo<br />
enorme volume de visitas anuais que acolhem:<br />
as Lojas de Cidadão são um ponto de contacto<br />
privilegiado com a Administração Pública<br />
para um largo número de portugueses. A<br />
reunião de uma multiplicidade de serviços<br />
num só local continua a ser um valor<br />
importante pela utilidade para os utilizadores,<br />
pela eficiência na gestão de recursos e pela<br />
promoção de transversalidade no interior do<br />
Estado. Ter um acesso franqueado aos balcões<br />
de todos estes serviços contribui também<br />
para aproximar o Estado dos cidadãos,<br />
assegurando uma maior transparência e<br />
rapidez no cumprimento das suas obrigações<br />
recíprocas. Por outro lado, como o demonstra<br />
a investigação que agora apresentamos, as<br />
Lojas de Cidadão são espaços abertos à ampla<br />
heterogeneidade social e cultural dos seus<br />
visitantes, incluindo cidadãos estrangeiros.<br />
Um conceito em transformação<br />
Quase 20 anos passados, as mudanças que<br />
atravessaram o país trouxeram outros tantos<br />
desafios para as Lojas de Cidadão. Mudanças<br />
demográficas, como o envelhecimento ou o<br />
aumento das qualificações da população, em<br />
conjunto com alterações nos seus estilos de<br />
vida, transformaram também os modos de<br />
utilização das Lojas de Cidadão. Por outro<br />
lado, também o modelo de prestação de<br />
serviços públicos tem sofrido alterações;<br />
por exemplo, em virtude de iniciativas<br />
de modernização administrativa (como o<br />
Simplex) ou de desmaterialização de serviços.<br />
As próprias Lojas de Cidadão contribuíram<br />
para generalizar um novo padrão «típico»<br />
do funcionamento da Administração Pública,<br />
elevando as expetativas dos cidadãos quanto à<br />
qualidade e à acessibilidade.<br />
Perante estas e muitas outras mudanças,<br />
as Lojas de Cidadão têm procurado adaptar<br />
ativamente a sua resposta aos cidadãos.<br />
Para se ter uma noção precisa e realista do<br />
alcance e direção das inovações que vale a<br />
pena explorar, torna-se necessário realizar<br />
previamente uma investigação de terreno<br />
sobre a situação atual do atendimento<br />
presencial.<br />
Ir ao terreno<br />
Para começar, a equipa do LabX realizou<br />
visitas exploratórias a três Lojas de Cidadão,<br />
com vista a apurar uma lista de áreas de<br />
atenção prementes nestes estabelecimentos.<br />
Depois de concertado com o Conselho<br />
Diretivo da Agência para a Modernização<br />
Administrativa (<strong>AMA</strong>) um plano de trabalho,<br />
focalizado sobre o atendimento presencial,
20<br />
LabX Projeto de Investigação<br />
Quisemos identificar os pontos críticos das<br />
Lojas, observando os contratempos e entraves<br />
que se colocam aos utilizadores<br />
o LabX desenvolveu uma série de entrevistas<br />
com colegas da <strong>AMA</strong> de maneira a aproveitar<br />
o enorme conhecimento por eles acumulado.<br />
Graças ao tratamento estatístico dos<br />
dados disponibilizados pelo sigä (Sistema<br />
Integrado de Gestão do Atendimento),<br />
foi possível sinalizar a existência de tipos<br />
distintos de Lojas de Cidadão, o que tornou<br />
mais robusta a seleção de quatro casos<br />
de estudo: Laranjeiras, Faro, Coimbra e<br />
Penafiel. A partir daqui, traçámos um plano<br />
de investigação, que procurou abranger a<br />
totalidade da experiência do atendimento<br />
presencial por recurso à diversidade de<br />
técnicas de pesquisa por nós utilizadas<br />
(inquéritos por questionário, entrevistas<br />
semidiretivas, observação etnográfica,<br />
entre outras). Trazer uma perspetiva<br />
enriquecedora a partir do terreno implicou<br />
uma imersão durante três dias completos em<br />
cada uma das três Lojas de Cidadão até aqui<br />
visitadas.<br />
Quando os cidadãos visitam uma loja,<br />
têm uma tarefa muito concreta em mente.<br />
Por isso, desconsideram muitos aspetos<br />
das circunstâncias do momento. Foi para<br />
tentar registar precisamente essa parte<br />
importante do ambiente das Lojas de<br />
Cidadão que desenvolvemos uma observação<br />
intensiva do seu quotidiano. Quisemos<br />
identificar os pontos críticos das Lojas,<br />
observando os contratempos e entraves<br />
que se colocam aos utilizadores na sua<br />
interação com dispositivos, sinalética ou<br />
outros utilizadores. Para absorver as rotinas<br />
e ritmos dos espaços de espera, que são<br />
uma fase relevante para os utilizadores,<br />
definimos pontos fixos de observação.<br />
Por acréscimo, desenhámos mapas<br />
de percurso de distintos utilizadores,<br />
procurando registar os seus fluxos de<br />
circulação dentro das Lojas de Cidadão.<br />
Todos estes instrumentos permitiram-nos<br />
registar as práticas reais dos utilizadores,<br />
assegurando a identificação dos obstáculos e<br />
oportunidades mais evidentes.<br />
Para compreender integralmente o<br />
atendimento presencial é preciso abranger<br />
as experiências de ambos os intervenientes<br />
deste encontro: os utilizadores e os<br />
funcionários de primeira linha. Não é<br />
possível compreender nenhuma delas<br />
separadamente. Para se ter uma descrição<br />
densa da sua visão, realizámos entrevistas<br />
aprofundadas a elementos da primeira<br />
linha das entidades presentes na loja,<br />
aproveitando também para aceder à<br />
visão panorâmica detida pelos membros<br />
da Unidade de Gestão. Em todas as Lojas<br />
visitadas, distribuímos um inquérito por
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 21<br />
O trabalho de campo em números:<br />
3<br />
5<br />
307<br />
338<br />
46<br />
9<br />
LOJAS DE<br />
CIDADÃO<br />
INVESTIGADORES<br />
NO TERRENO<br />
INQUÉRITOS A<br />
FUNCIONÁRIOS<br />
INQUÉRITOS A<br />
UTILIZADORES<br />
OBSERVAÇÕES DE<br />
PONTOS CRÍTICOS<br />
MAPAS DE<br />
PERCURSO<br />
1.<br />
2.<br />
9<br />
14<br />
35<br />
43<br />
3.<br />
DIAS NO<br />
TERRENO<br />
ENTREVISTAS A<br />
FUNCIONÁRIOS<br />
VOX POPULI COM<br />
SUGESTÕES<br />
OBSERVAÇÕES DE<br />
PONTOS FIXOS<br />
1. Coimbra<br />
2. Larajeiras<br />
3. Faro<br />
questionário entre os funcionários de primeira<br />
linha de entidades públicas ou privadas.<br />
Olhando para o outro lado do balcão,<br />
quisemos também conhecer as opiniões<br />
dos utilizadores. Para além de aplicarmos<br />
pessoalmente um inquérito por questionário a<br />
um largo conjunto de utilizadores, reunimos<br />
os seus contributos através de testemunhos<br />
visuais e de uma caixa de sugestões.<br />
Um trabalho ainda em curso<br />
No momento em que escrevemos este texto,<br />
a nossa equipa está na Loja de Cidadão de<br />
Penafiel a realizar o seu trabalho de campo.<br />
Nas três Lojas anteriormente visitadas,<br />
acumulámos mais de seis centenas de<br />
inquéritos, nove dias de observação direta e<br />
um acervo muito amplo de sugestões visuais<br />
e escritas (ver infografia). Basta uma ligeira<br />
inspeção do enorme volume de informação<br />
reunida para nos apercebermos da sua<br />
importância no desenvolvimento de melhores<br />
serviços públicos. O trabalho de análise está<br />
ainda em curso. No entanto, podemos, desde<br />
já, tirar uma importante lição de terreno: para<br />
se estar em consonância com as exigências e<br />
expetativas dos cidadãos e dos funcionários<br />
é preciso contar com a sua ativa colaboração<br />
desde o primeiro momento. ≤<br />
Equipa LabX
22<br />
Boas Práticas<br />
Alfândega da Fé:<br />
inclusão e inovação<br />
Localizado na região do Alto Trás-os-Montes, o município de Alfândega<br />
da Fé conta com pouco mais do que 5.000 habitantes. Padecendo de<br />
alguns dos problemas da interiorização, tem sabido encontrar soluções<br />
inovadoras para dar resposta às necessidades das populações. Um<br />
compromisso que tem dado frutos, a julgar pelos diversos prémios e<br />
distinções recebidos. Berta Nunes, presidente da Câmara Municipal de<br />
Alfândega da Fé desde 2009, explica-nos porquê.<br />
A Câmara Municipal de Alfândega da Fé tem vindo a ser contemplada com diversos prémios<br />
e distinções nos últimos anos. Há três anos consecutivos que alcança a primeira posição no<br />
Índice de Transparência Municipal, tendo, na última divulgação destes dados, relativa a 2016,<br />
alcançado a pontuação máxima (100) em todos os indicadores. A que se deve esta posição<br />
consolidada?<br />
Esta posição já consolidada deve-se ao facto de acreditarmos que a transparência é um valor<br />
essencial em democracia. Tornar disponível o máximo de informação significa prestar contas,<br />
que é uma obrigação de quem é eleito, mas também contribuir para que os cidadãos fiquem<br />
mais informados, o que permite um debate informado e melhora o processo de escolha perante<br />
as opções possíveis. A falta de informação pode levar a decisões erradas de quem vota, mesmo<br />
quando se trata de eleições.
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 23<br />
Ainda que a informação esteja disponível, se for<br />
difícil de encontrar, não será eficaz.<br />
A promoção da transparência e da<br />
participação é um compromisso claramente<br />
assumido e, por isso, consideramos que<br />
este índice é uma ferramenta importante<br />
no processo de melhoria contínua da<br />
comunicação com os munícipes.<br />
O vosso novo sítio foi lançado em 2015.<br />
Que objetivos estiveram na origem desta<br />
nova plataforma e da respetiva estrutura e<br />
organização de conteúdos?<br />
Em 2015, renovámos o nosso sítio na Internet<br />
com vista a facilitar o acesso e a incorporar<br />
mais funcionalidades. Consideramos que<br />
o sítio institucional da Câmara é um canal<br />
privilegiado de comunicação, não só com os<br />
nossos munícipes, mas também com o resto<br />
do país e do mundo, incluindo os nossos<br />
emigrantes. O novo sítio tem a informação<br />
mais acessível, as páginas têm mais<br />
conteúdos, é mais interativo e disponibiliza<br />
funcionalidades online que facilitam a ligação<br />
dos cidadãos aos serviços municipais.<br />
No Índice de Presença na Internet das<br />
Câmaras Municipais (IPIC) de 2016,<br />
promovido pelo Observatório da Sociedade<br />
da Informação e pela Universidade do Minho,<br />
alcançaram a 1.ª posição na categoria de<br />
«Acessibilidade, Navegabilidade e Facilidade<br />
de Utilização». Houve uma preocupação de<br />
origem em facilitar essas funcionalidades?<br />
Houve e continua a haver. Quando renovámos<br />
o sítio, uma das principais preocupações<br />
foi torná-lo mais acessível, funcional e fácil<br />
de utilizar. O nosso sítio dispõe de várias<br />
funcionalidades que permitem uma grande<br />
facilidade de acesso à informação. Ainda que<br />
a informação esteja disponível, se for difícil de<br />
encontrar, não será eficaz.<br />
No respeitante a serviços disponibilizados,<br />
o que pode o munícipe fazer no vosso sítio?<br />
Quais os serviços mais utilizados ou as<br />
tipologias de informação mais procuradas?<br />
O nosso sítio dispõe de um «Balcão<br />
Virtual», através do qual o munícipe pode<br />
fazer sugestões ou reclamações, aceder<br />
às «Perguntas Frequentes» e consultar<br />
as plataformas eletrónicas de contratação<br />
pública. Para além disso, existe um canal<br />
de serviços que disponibiliza atendimento<br />
autárquico online. É também disponibilizada<br />
a aplicação «Alfândega Atenta», que<br />
permite a comunicação de ocorrências de<br />
forma rápida e simples. Um serviço que o<br />
munícipe pode utilizar também como app de<br />
telemóvel ou através do Facebook. Esta é uma<br />
forma de estimular a participação cívica dos<br />
munícipes, tendo vindo a revelar-se uma das<br />
funcionalidades mais utilizadas.<br />
De que modo é que as novas plataformas<br />
digitais − Internet e outras redes − alteram a<br />
interação com os munícipes? Que vantagens<br />
apresentam face à interação presencial?<br />
A interação presencial é importante, mas<br />
requer mais tempo e energia e não fica<br />
registada e pronta a ser consultada como<br />
acontece com a informação escrita na Internet<br />
e nas redes sociais. Estas têm também um<br />
alcance muito maior, podendo chegar a<br />
pessoas que, sendo do concelho, vivem longe,<br />
pelo que a interação presencial seria sempre<br />
difícil ou impossível.<br />
Como presidente de Câmara, acho<br />
importante a interação pessoal, a<br />
proximidade, estar e falar diretamente com as<br />
pessoas, até porque o concelho de Alfândega<br />
da Fé é bastante envelhecido, e ainda há<br />
muitas pessoas que não têm qualquer contacto
24<br />
Boas Práticas Câmara Municipal de Alfândega da Fé<br />
A aplicação «Alfândega<br />
Atenta» permite<br />
a comunicação de<br />
ocorrências de forma<br />
rápida e simples.<br />
com a Internet. Ainda assim, nem sempre é<br />
possível estar diretamente com as pessoas,<br />
pelo que as plataformas digitais são um meio<br />
bastante eficaz para chegar a mais gente e<br />
mais longe.<br />
Qual a dimensão da exclusão digital no vosso<br />
município e que iniciativas têm desenvolvido<br />
ou planeiam desenvolver para a combater?<br />
No concelho de Alfândega da Fé há cada vez<br />
mais idosos a utilizar a Internet e as redes<br />
sociais para comunicar. O município tem<br />
sido promotor e parceiro de várias iniciativas<br />
e projetos de literacia informática para<br />
seniores, e posso referir alguns: o «Cuidar à<br />
Distância», um projeto-piloto que permite às<br />
pessoas mais idosas comunicarem via Skype<br />
com os seus familiares que estão distantes; ou<br />
a «Universidade Sénior de Alfândega da Fé»,<br />
que proporciona aulas de TIC para idosos e<br />
estimula a utilização independente das novas<br />
tecnologias.<br />
Para além disso, o município dispõe de um<br />
espaço net, onde é garantido acesso gratuito à<br />
Internet, com apoio e orientação no acesso ou<br />
para quem quiser utilizar um computador.<br />
De que modo é que a estrutura demográfica<br />
e social do vosso município − etária, género,<br />
habilitações, literacia digital − condiciona<br />
as vossas estratégias de comunicação,<br />
designadamente no respeitante ao sítio<br />
Internet?<br />
Temos muitas pessoas de mais idade e com<br />
pouca literacia e que, por isso, têm dificuldade<br />
em aceder às redes sociais ou ao sítio Internet<br />
do município, mas temos feito esforços para<br />
melhorar esse acesso, conforme já abordado.<br />
A estratégia de comunicação para o nosso<br />
sítio passa também pela utilização de uma<br />
linguagem simples e acessível, transmitindo<br />
de forma clara os conteúdos, para que seja<br />
facilmente entendida por todos.<br />
De que modo poderá a adoção de novas<br />
tecnologias e de novas formas de interação<br />
com os munícipes contribuir para<br />
combater os sintomas e as consequências<br />
da desertificação do interior e do<br />
envelhecimento populacional?<br />
O recurso às novas tecnologias como forma<br />
de interação pode ter impacto positivo no<br />
acesso à informação, o que pode ser útil<br />
nestes domínios, mas, neste momento, não<br />
será um fator determinante para combater a<br />
desertificação do interior e o envelhecimento<br />
populacional. Ainda assim, tentamos sempre<br />
tirar o máximo partido desses recursos<br />
para melhorar e modernizar o município de<br />
Alfândega da Fé.<br />
Que outras iniciativas de suporte tecnológico<br />
têm desenvolvido?<br />
Estamos sempre atentos à possibilidade<br />
de introdução de tecnologias como forma<br />
de modernização do município. Neste<br />
momento, temos uma política de papel zero<br />
e desmaterializamos todos os documentos<br />
em circulação na autarquia. Todos os<br />
colaboradores têm formação para poderem<br />
utilizar os computadores e o acesso à Internet<br />
como instrumentos de trabalho. Para além<br />
disso, estamos a implementar um projeto-<br />
-piloto, designado «NetEfficity», para<br />
garantir a sustentabilidade energética<br />
da autarquia, com recurso a ferramentas<br />
tecnológicas que nos permitem medir e gerir<br />
consumos energéticos ao minuto e que têm<br />
apresentado bons resultados.<br />
«Rigor», «transparência», «inclusão» e<br />
«igualdade» são algumas das palavras-
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 25<br />
-chave presentes na mensagem de abertura<br />
da presidente da Câmara no vosso sítio.<br />
Poderão esses compromissos justificar o<br />
facto de Alfândega da Fé ter sido considerado<br />
em 2016 Município do Ano da Região Norte −<br />
categoria de menos de 20.000 habitantes?<br />
Fomos considerados Município do Ano<br />
pela política de participação e inclusão<br />
dos mais idosos nas decisões que tomamos<br />
e pelas políticas sociais inovadoras que<br />
desenvolvemos. Inclusão e igualdade<br />
serão, pois, os valores mais adequados<br />
para descrever essas políticas, mas o rigor<br />
e a transparência também são valores<br />
importantes, embora de uma forma mais<br />
geral, no que diz respeito às várias políticas do<br />
município.<br />
Também em 2016, Alfândega da Fé foi<br />
contemplada com o prémio «Viver em<br />
Igualdade», atribuído pela Comissão<br />
para a Cidadania e a Igualdade de Género.<br />
Que iniciativas desenvolvidas considera<br />
justificarem esta atribuição?<br />
A atribuição deste prémio é um<br />
reconhecimento pelo esforço da autarquia de<br />
Alfândega da Fé na integração da dimensão<br />
da igualdade de género e das práticas de<br />
cidadania na Administração Pública local.<br />
É disso exemplo o trabalho desenvolvido com<br />
os seniores com o objetivo de promover a<br />
sua participação ativa e cívica, a integração<br />
de minorias, as ações de sensibilização<br />
promovidas junto da comunidade, com<br />
especial incidência na população escolar,<br />
a dinamização de iniciativas que visam<br />
a formação e esclarecimento, tanto dos<br />
funcionários autárquicos quanto dos<br />
munícipes, sobre questões relacionadas com<br />
igualdade de género e cidadania e, ainda,<br />
o combate à problemática da violência<br />
doméstica e de género.<br />
feito? O que falta fazer?<br />
Falta fazer muita coisa, mas uma das nossas<br />
principais prioridades para este mandato<br />
será atrair investimento e criar emprego.<br />
Desta forma, conseguiremos combater o<br />
despovoamento e o envelhecimento no nosso<br />
município. Passo a passo, temos conseguido<br />
melhorar significativamente a qualidade de<br />
vida no nosso concelho, e o nosso trabalho<br />
tem sido reconhecido em diversas áreas.<br />
Para além da bem conhecida «Festa da<br />
Cereja», que outros argumentos usaria para<br />
atrair visitantes a Alfândega da Fé?<br />
Alfândega da Fé tem paisagens, património<br />
natural e construído, gastronomia e produtos<br />
locais de qualidade, eventos culturais<br />
frequentes na casa da cultura. Qualquer altura<br />
do ano é boa para visitar Alfândega.<br />
Existe um argumento de excelência para<br />
se viver em Alfândega da Fé: a qualidade<br />
de vida. Contudo, fixar novos residentes<br />
só é totalmente possível com a atração de<br />
investimento e a criação de emprego. Estamos<br />
a trabalhar no sentido de criar oportunidades<br />
em Alfândega da Fé para fixar os jovens<br />
e captar novos residentes, mas também<br />
é importante que haja apoio por parte do<br />
Governo central, com políticas de atração e<br />
fixação de investimento nos municípios mais<br />
envelhecidos e despovoados do interior. ≤<br />
Por todas as atribuições já mencionadas,<br />
poderá considerar-se que 2016 foi um «ano<br />
de ouro» para o município de Alfândega da<br />
Fé. Face aos objetivos atingidos, já tudo está
26 Reportagem
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 27<br />
Centro de Contacto da<br />
Segurança Social<br />
Constituindo-se como um dos pilares da estratégia de<br />
modernização e melhoria do atendimento ao cidadão, o Centro<br />
de Contacto da Segurança Social iniciou funções em novembro<br />
de 2017, num novo modelo de operação capaz de responder às<br />
necessidades e expectativas dos cidadãos e empresas.<br />
Esta resposta no âmbito do atendimento da Segurança Social possui uma 1.ª<br />
linha de atendimento telefónico localizada em Castelo Branco, em instalações<br />
novas projetadas de raiz, totalmente apetrechadas com mobiliário e equipamentos<br />
para o seu adequado funcionamento. A cedência das instalações resulta de uma<br />
parceira entre o Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS) e a Câmara Municipal de<br />
Castelo Branco, responsável pelo projeto e obras. Os recursos humanos (nesta<br />
fase cerca de 120) que realizam o atendimento de 1.ª linha são assegurados pelo<br />
consórcio MEO/EGOR. O modelo de funcionamento dispõe de uma 2.ª linha de<br />
atendimento telefónico e tratamento de e-mails assegurada por recursos internos e<br />
especializados do ISS. A instalação, disponibilização e manutenção da componente<br />
tecnológica, incluindo equipamentos, infraestruturas e sistema de informação, é da<br />
responsabilidade do Instituto de Informática, I.P.<br />
O primeiro Centro de Contacto da Segurança Social arrancou em dezembro<br />
de 2008, igualmente em Castelo Branco, suportado também num regime de<br />
outsourcing. Em junho de 2012, o Centro de Contacto foi desativado, dispondo<br />
à época de cerca de 200 full time equivalent (FTE), assegurados por quase 400<br />
recursos humanos (com horário parcial ou total).<br />
Posteriormente, deu-se início a um novo projeto de atendimento telefónico,<br />
entretanto designado Linha Segurança Social, cujo enfoque foi a internalização,<br />
com vista à racionalização dos custos. Esse modelo, suportado em equipas de<br />
atendimento telefónico temáticas internas ao ISS e distribuídas pelos vários centros<br />
distritais, onerou significativamente algumas áreas, devido à transferência de<br />
colaboradores para assegurar este atendimento telefónico.<br />
A evolução da procura por canal de atendimento demonstra a progressiva<br />
transferência de procura do canal presencial para os canais não presenciais. Entre<br />
2010 e 2016, verificou-se uma redução gradual dos atendimentos realizados<br />
no canal presencial, já superior a 30%. Esta transferência para os canais não<br />
presenciais exige a promoção de outros serviços, pelo que o Centro de Contacto<br />
teve de ser redimensionado para comportar um elevado número de contactos com<br />
acesso rápido e simples, descongestionando, também desta forma, os serviços<br />
de atendimento presenciais e prestando um serviço de maior eficácia, rapidez e<br />
comodidade ao cidadão. Assim, o novo Centro de Contacto da Segurança Social,<br />
prosseguindo este objetivo de melhorar significativamente a capacidade de<br />
atendimento no canal telefónico, pretende assegurar uma capacidade diária de<br />
atendimento até 12.000 chamadas.
28<br />
Reportagem Centro de Contacto da Segurança Social<br />
assegurar uma capacidade diária de atendimento<br />
até 12.000 chamadas.<br />
O novo Centro de Contacto da Segurança<br />
Social, com o número 300 502 502, assegura<br />
o atendimento da Linha Segurança Social,<br />
entre as 9h00 e as 18h00, todos os dias úteis,<br />
incluindo feriados municipais. De modo<br />
a otimizar recursos e sinergias, a Linha<br />
Nacional de Emergência Social (LNES) foi<br />
também inserida no Centro de Contacto e<br />
assegura, nos 365 dias do ano e 24 horas por<br />
dia, o atendimento através do número 144. A<br />
LNES funciona desde Setembro de 2001, ainda<br />
que suportada em diferentes modelos, sendo,<br />
nos últimos anos, inteiramente assegurada<br />
por recursos internos do ISS.<br />
A Linha Segurança Social é de âmbito<br />
nacional e presta informação essencialmente<br />
sobre prestações e subsídios, identificação,<br />
enquadramento, gestão de remunerações e<br />
contribuições, pensões e complementos e<br />
apoio informático na Segurança Social Direta.<br />
Podem ainda ser executadas algumas ações<br />
transacionais, mediante autenticação dos<br />
cidadãos ou empresas.<br />
A Linha Nacional de Emergência Social<br />
garante uma resposta imediata a pessoas em<br />
situações de vulnerabilidade e desprotecção<br />
sociais, que necessitam de uma actuação<br />
urgente e emergente de proteção social.<br />
Esta linha assegura ainda, fora do horário<br />
normal de expediente, o atendimento do<br />
Serviço de Informação às Vítimas de Violência<br />
Doméstica, da responsabilidade da Comissão<br />
para a Cidadania e Igualdade de Género.<br />
O modelo de funcionamento do novo<br />
Centro de Contacto, na componente Linha<br />
Segurança Social, suporta-se numa estrutura<br />
onde uma primeira linha de atendimento<br />
assegura um atendimento com informação<br />
geral e de processo, através da consulta aos<br />
Sistema de Informação da Segurança Social,<br />
com capacidade para esclarecer e responder<br />
aos contactos dos clientes, e uma segunda<br />
linha de atendimento, que assegura uma<br />
resposta mais especializada, com enfoque em<br />
situações de maior complexidade, uma vez<br />
que tem uma maior autonomia transacional,<br />
capaz de resolver situações que a primeira<br />
linha não consegue.<br />
O tratamento de e-mails provenientes de<br />
contactos da Segurança Social Direta está<br />
integrado na Linha Segurança Social, sendo<br />
outro tipo de resposta que visa privilegiar<br />
o canal online, cada vez mais utilizado por<br />
determinados grupos de clientes, tais como<br />
entidades empregadoras e trabalhadores<br />
independentes.<br />
Na componente Linha Nacional de<br />
Emergência Social disponibiliza-<br />
-se igualmente uma primeira linha de<br />
atendiment, que assegura um atendimento<br />
geral e faz uma triagem dos assuntos,<br />
reencaminhando as situações que necessitam<br />
de uma atuação urgente e emergente de<br />
proteção social para uma segunda linha,<br />
assegurada por uma equipa técnica do ISS<br />
sedeada em Lisboa.<br />
A capacitação dos recursos humanos<br />
afetos ao Centro de Contacto (atendedores,<br />
supervisores e equipa de gestão) foi, desde<br />
logo, uma preocupação do ISS, tendo os<br />
mesmos sido previamente integrados num<br />
plano de formação que decorreu durante<br />
as seis semanas anteriores à entrada em<br />
funcionamento do Centro de Contacto, num<br />
total de cerca de 154 horas de formação.<br />
A formação dos primeiros 100 operadores<br />
foi efetuada pelo ISS nas áreas de intervenção<br />
da Linha Segurança Social, envolvendo mais<br />
de 40 formadores internos e quatro turmas<br />
em simultâneo.<br />
O atendimento é suportado numa base<br />
do conhecimento (SABER), que integra a
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 29<br />
informação de caráter geral descrita em<br />
guias práticos, procedimentos de gestão<br />
e operação das primeira e segunda linhas,<br />
modelos uniformizados de resposta, guias<br />
passo a passo e alertas, com atualizações<br />
permanentes efetuadas por equipas de<br />
gestão do conhecimento. Através da base<br />
do conhecimento, onde é utilizada uma<br />
linguagem simples e clara, o atendedor pode,<br />
de forma imediata, pesquisar a informação<br />
de que necessita e aceder a ligações e<br />
aplicações úteis para um correto e completo<br />
atendimento. O acesso à consulta do Sistema<br />
de Informação da Segurança Social permite<br />
uma resposta a informações específicas do<br />
próprio ou das empresas, relacionadas com a<br />
situação perante a Segurança Social e com o<br />
estado dos seus pedidos.<br />
O CISCO Finesse é o sistema de suporte à<br />
operação do Centro de Contacto, incluindo a<br />
gestão de chamadas e e-mails, o registo em<br />
histórico de relacionamento e o sistema de<br />
reporting. O Centro de Contacto dispõe de<br />
um sistema de gravação de chamadas para<br />
garantir o controlo da qualidade das mesmas.<br />
O acesso telefónico ao Centro de<br />
Contacto é efetuado através de sistema IVR<br />
(Interactive Voice Response), no qual o<br />
cliente escolhe o tema que pretende tratar.<br />
Os temas são constituídos por subtemas, que<br />
permitem encaminhamento para uma maior<br />
especialização no atendimento realizado.<br />
De modo a garantir confidencialidade e<br />
sigilo, a informação de processo no Centro<br />
de Contacto é exclusivamente prestada<br />
ao próprio, sujeita a autenticação prévia<br />
do cliente, mediante a confirmação de<br />
um conjunto de dados de identificação ou<br />
através de uma autenticação efetuada com<br />
base na confirmação do código de segurança<br />
para acesso ao atendimento telefónico da<br />
Segurança Social obtido na Segurança Social<br />
uma eficaz resposta<br />
multicanal, alternativa<br />
ao atendimento<br />
presencial<br />
Direta 1 . Esta última forma de autenticação<br />
é necessária no atendimento de entidades<br />
empregadoras e na realização de alterações de<br />
dados e registos no Sistema de Informação da<br />
Segurança Social.<br />
A par do atendimento telefónico assegurado<br />
pelo Centro de Contacto, e através do<br />
mesmo número de telefone (300 502 502),<br />
mantém-se o atendimento automático no<br />
âmbito de subsídios e prestações sociais. São<br />
prestadas informações sobre valores e datas<br />
de pagamento de subsídios de desemprego,<br />
doença e parentalidade, prestações familiares<br />
e rendimento social de inserção.<br />
Esta modalidade de atendimento é efetuada<br />
com base no NISS e no código de segurança<br />
para acesso ao atendimento telefónico da<br />
Segurança Social.<br />
Em síntese, o novo Centro de Contacto<br />
da Segurança Social visa constituir-se como<br />
uma eficaz resposta multicanal, alternativa<br />
ao atendimento presencial, prestando ao<br />
cidadão informação simples, rápida e eficaz e<br />
resolvendo o assunto no primeiro contacto. ≤<br />
Linha Segurança Social<br />
Portugal: n.º 300 502 502<br />
Estrangeiro: n.º +351 300 502 502<br />
Linha Nacional de Emergência Social<br />
Portugal: n.º 144<br />
Núcleo de Gestão do Cliente<br />
Departamento de Comunicação e Gestão do Cliente<br />
1<br />
Para obter este código, que permite a autenticação perante a Linha Segurança Social, deverá aceder-se à Segurança Social<br />
Direta, em www.seg-social.pt, e seguir os seguintes passos: 1 - Selecionar a área «Perfil»; 2 - Escolher a opção «Contactos<br />
com a Segurança Social» e, de seguida, clicar em «Código de acesso para atendimento telefónico».
30 Reportagem<br />
6 de dezembro, no âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais –<br />
Portugal INCoDe.2030, o Convento de São Francisco, em Coimbra, acolheu a 1.ª<br />
Conferência do Fórum Permanente para as Competências Digitais.<br />
Formalmente anunciada em abril de 2017, a iniciativa, que constitui um<br />
programa integrado de políticas públicas transversal a diversos ministérios, tem<br />
por principal desígnio o desenvolvimento das competências digitais da população<br />
nacional. Estrutura-se em torno de cinco eixos de ação – Inclusão, Educação,<br />
Qualificação, Especialização, Investigação –, que se desdobram em conjuntos de<br />
iniciativas e de projetos-bandeira.<br />
AForam precisamente estes eixos e projetos que estiveram no centro desta 1.ª Conferência, que contou<br />
com cerca de 900 participantes. Precedida da apresentação de indicadores nacionais no âmbito das<br />
competências digitais, bem como das respetivas metas a atingir até 2030, a cerimónia de abertura<br />
contou com intervenções de, entre outros dignitários, Rogério Carapuça (Fórum INCoDe), Pedro<br />
Guedes de Oliveira (INCoDe) e Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização<br />
Administrativa.<br />
Afirmando que o Governo está determinado em promover a inclusão digital, Maria Manuel Leitão<br />
Marques considera tratar-se sobretudo de uma «questão de cidadania». Frisando a importância de<br />
«não deixar ninguém para trás», salientou que os projetos e iniciativas a desenvolver pelos diversos<br />
agentes envolvidos exigem uma postura «aberta e colaborativa». Neste domínio, urge uma investigação<br />
científica promotora da capacitação tecnológica dos portugueses, envolvendo empresas tecnológicas,<br />
entidades públicas e, pela sua proximidade às populações, o poder local.<br />
Metas ambiciosas<br />
Ainda que Portugal apresente bons resultados em alguns indicadores no domínio das competências<br />
digitais, outros há que posicionam o país em patamares bem inferiores à média da União Europeia (UE),<br />
deixando a nu o longo caminho que resta percorrer.<br />
Segundo o índice DESI 2017 – Digital Economy and Society Index –, divulgado pela Comissão<br />
Europeia, Portugal é um dos países da União Europeia que apresenta uma maior oferta de serviços<br />
públicos digitais, com bons níveis de integração tecnológica e no domínio da conetividade, não obstante<br />
apresentar uma taxa bem inferior à média no respeitante ao uso da Internet, bem como insuficiências ao<br />
nível do capital humano especializado em tecnologias de informação e comunicação.<br />
É neste sentido que, para cada uma das dimensões referidas, são definidas metas ambiciosas para o<br />
horizonte temporal de 2030 (ver gráficos), com objetivos intercalares definidos para 2020 e 2025.
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 31<br />
Conferência INCoDe.2030<br />
«Uma questão de cidadania»<br />
Os cinco painéis da conferência estruturaram-se em torno dos correspondentes eixos<br />
de ação, integrando convidados representantes de iniciativas desenvolvidas no âmbito dos<br />
projetos-bandeira definidos. Assim, marcaram presença nos debates entidades dos mais<br />
diversos quadrantes, desde câmaras municipais a entidades intermunicipais, passando por<br />
instituições de ensino, entidades públicas com responsabilidades nas matérias debatidas,<br />
empresas tecnológicas ou associações.<br />
Também a Agência para a Modernização Administrativa se fez representar, com Pedro Dias,<br />
presidente da entidade, a integrar o Painel dedicado ao Eixo 3 – Qualificação, que abrange<br />
precisamente o reforço das competências digitais na Administração Pública.<br />
Resultou dos debates a consciência de que o reforço das competências digitais, em todas<br />
as suas dimensões, se constitui como vetor incontornável para o crescimento económico.<br />
Uma premissa corroborada por Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, que, no<br />
encerramento do painel dedicado ao Eixo 2 – Educação, salientou que o país se desenvolverá<br />
«tanto quanto se desenvolverem as competências dos cidadãos». ≤<br />
Caraterização das Competências Digitais Nacionais<br />
100%<br />
100%<br />
Acesso (2016)<br />
100%<br />
Potencial Humano<br />
80%<br />
90%<br />
70%<br />
80%<br />
55%<br />
74% 85% 92% 26% 14% 4,0% 60% 71% 85%<br />
47% 56% 73% 2,3% 3,5% 6,5%<br />
20%<br />
0%<br />
% de habitações<br />
com acesso à<br />
Internet<br />
5%<br />
% de indivíduos que<br />
nunca utilizaram a<br />
Internet<br />
% de indivíduos<br />
que utilizam<br />
frequentemente a<br />
Internet<br />
0%<br />
8,0%<br />
3,0%<br />
% de indivíduos<br />
com competências<br />
digitais básicas ou<br />
elementares (2016)<br />
% de especialistas<br />
TIC no mercado de<br />
trabalho (2015)<br />
100%<br />
Utilização (2016) Investimento (2015)<br />
3,00%<br />
80%<br />
90%<br />
2,60%<br />
Meta 2030<br />
60%<br />
1,60%<br />
2,00%<br />
Meta 2020<br />
Portugal<br />
40%<br />
36% 50% 70% 45% 48% 82%<br />
1,00%<br />
1,28% 2,03% 2,90% 0,60% 1,30% 1,94%<br />
Média UE<br />
Melhor<br />
resultado UE<br />
(Finlândia)<br />
0%<br />
% de trabalhadores<br />
que utilizam<br />
computadores com<br />
ligação à Internet<br />
% de indivíduos<br />
que recorreram a<br />
serviços públicos<br />
online nos últimos<br />
12 meses<br />
0%<br />
Despesa interna<br />
bruta em I&D em<br />
função do PIB<br />
Despesa do setor<br />
empresarial em<br />
I&D em função<br />
do PIB<br />
Fonte: Comissão Europeia, Digital Single Market, Digital Scoreboard 2015-2016 (adatado de Portugal INCoDe.2030)
32<br />
Espaço Cidadão Móvel<br />
Espaço Cidadão Móvel<br />
Se não puder vir, vamos nós<br />
Os cidadãos acostumaram-se a que atos como alterar a morada do Cartão de Cidadão, renovar<br />
a carta de condução ou marcar consultas no Serviço Nacional de Saúde pudessem ser efetuados<br />
sem ter de percorrer grandes distâncias, esperar em filas e, enfim, despender tempo e dinheiro<br />
desnecessários. Basta atualmente recorrer aos Espaços Cidadão localizados em Lojas de<br />
Cidadão, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia ou balcões dos CTT, num total de, neste<br />
momento, 569 espaços, disponibilizando mais de 200 serviços públicos.<br />
E se, face à eventual dificuldade de os cidadãos se dirigirem a um local, esses Espaços<br />
Cidadão fossem ao encontro das populações? Esta pergunta já tem resposta: os mesmos<br />
serviços são prestados por cinco viaturas que, por todo o país, vão ao encontro de populações<br />
mais afastadas dos centros populacionais, mais idosas, com dificuldade de acesso a transportes.<br />
A iniciativa foi desenvolvida com vista a dar resposta às necessidades das populações da<br />
zona Centro do país afetadas pelos incêndios florestais de junho e outubro de 2017, tornando a<br />
Administração Pública mais acessível e próxima dos cidadãos, onde quer que eles vivam, sem<br />
encargos nem dificuldades acrescidas. Equipadas com os sistemas informáticos essenciais para<br />
o acesso aos serviços disponibilizados por várias áreas de governação, as viaturas encontram-se<br />
preparadas para proporcionarem um atendimento em condições de conforto, comodidade e<br />
privacidade.<br />
Apresentadas publicamente a 16 de novembro de 2017, as cinco viaturas estão preparadas<br />
para, além de acolher o Espaço Cidadão, integrar outras entidades parceiras, possibilitando<br />
a realização de campanhas de interesse público. A primeira campanha, que decorreu entre
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 33<br />
novembro de 2017 e janeiro deste ano, foi realizada junto das populações atingidas pelos<br />
incêndios florestais de junho e outubro, tendo a Agência para a Modernização Administrativa<br />
(<strong>AMA</strong>) como parceiros a Segurança Social, o Instituto dos Registos e Notariado, o Instituto<br />
do Emprego e Formação Profissional, as Direções Regionais da Agricultura, Florestas e<br />
Desenvolvimento Rural e a Fundação Inatel.<br />
No período referido, e no âmbito desta primeira campanha, os Espaços Cidadão Móveis<br />
estiveram presentes em 605 localidades e lugares de 14 municípios – distritos de Coimbra,<br />
Guarda e Viseu –, tendo efetuado 1.066 atendimentos.<br />
A segunda campanha decorreu no município de Sintra no decurso de fevereiro, envolvendo<br />
a <strong>AMA</strong>, a Segurança Social, a Câmara Municipal de Sintra e as correspondentes juntas de<br />
freguesia do concelho. Esta iniciativa teve por objetivo servir a população mais carenciada e<br />
com dificuldade em dirigir-se aos serviços de atendimento. Foram visitadas 12 localidades e<br />
realizados 314 atendimentos.<br />
No âmbito destas duas campanhas, as cinco viaturas percorreram uma distância global de<br />
18.869 quilómetros. Não obstante estas campanhas se terem norteado por objetivos<br />
circunscritos, é previsível que, a médio prazo, venham a ser desenvolvidas outras iniciativas<br />
envolvendo o Espaço Cidadão Móvel.<br />
O que é?<br />
O Espaço Cidadão Móvel é um posto<br />
único de atendimento que reúne serviços<br />
públicos de diferentes entidades (tanto da<br />
administração Central e Local quanto de<br />
entidades privadas que prestam serviços<br />
de interesse público) através da Internet.<br />
No fundo, trata-se de um serviço direto<br />
ao cidadão, por via de atendimento digital<br />
assistido aos serviços da Administração<br />
Pública.<br />
Porquê?<br />
Para ajudar o cidadão e para simplificar a<br />
sua relação com a Administração Pública.<br />
Nasce da necessidade de auxiliar as<br />
populações com dificuldade de acesso<br />
a estes serviços ou que não possuam<br />
conhecimentos informáticos para deles<br />
usufruirem.<br />
Que parceiros?<br />
Esta rede de balcões, coordenada pela<br />
<strong>AMA</strong>, tem como parceiro os CTT, o que<br />
permite encontrar um Balcão numa câmara<br />
municipal, junta de freguesia, Loja de<br />
Cidadão ou balcão dos Correios.<br />
Que serviços?<br />
Alteração da morada do Cartão de Cidadão;<br />
obtenção de certidões de registo civil,<br />
comercial e predial; obtenção do registo<br />
criminal; registo de propriedade intelectual;<br />
renovação da autorização de residência<br />
pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras;<br />
renovação da Carta de Condução; requisição<br />
de pedidos à Segurança Social ou à Caixa<br />
Geral de Aposentações; marcação de<br />
consultas no Serviço Nacional de Saúde;<br />
pedido do Cartão Europeu de Seguro de<br />
Doença; consulta das listas de espera para<br />
cirurgias; apoio na declaração anual de<br />
rendas; apoio na verificação das faturas<br />
constantes do sistema e-fatura; apoio na<br />
entrega da declaração de IRS; ativação da<br />
Chave Móvel Digital.<br />
Como?<br />
O agendamento das deslocações foi<br />
inicialmente estabelecido pela Segurança<br />
Social, em parceria com as autarquias<br />
abrangidas. No Portal do Cidadão, será<br />
brevemente disponibilizada uma agenda com<br />
os itinerários a definir para o Espaço Cidadão<br />
Móvel. ≤
34<br />
Chave Móvel Digital<br />
Chave Móvel Digital cada vez<br />
mais próxima dos cidadãos<br />
Campanha de rua da <strong>AMA</strong> dá<br />
apoio na ativação<br />
O ano de 2017 foi de afirmação para a Chave Móvel Digital (CMD). Cada<br />
vez mais, a CMD torna-se a chave que abre todas as portas, com um<br />
aumento progressivo do número de utilizadores (já mais de 85.000) e um<br />
crescente número de entidades públicas e privadas que a disponibilizam<br />
para autenticação no acesso aos seus portais.<br />
O ano fechou com o lançamento da aplicação Autenticação.Gov – Chave Móvel Digital, que<br />
permite ao utilizador, de forma simples, receber o código de segurança de cada autenticação<br />
através de uma notificação push para o smartphone, como alternativa ao SMS ou mensagem<br />
direta no Twitter. Possibilita igualmente a geração de novos códigos e o controlo do tempo de<br />
vida de cada um.
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 35<br />
Agora, a CMD já permite assinar documentos digitalmente, com a mesma segurança do<br />
Cartão de Cidadão, mas sem a necessidade de um leitor de cartões. Também a certificação de<br />
atributos profissionais é já possível através da CMD.<br />
A ativação é gratuita e pode ser efetuada: presencialmente, no ato de entrega do Cartão de<br />
Cidadão numa Loja de Cidadão, num Espaço Cidadão ou Empresa ou balcão RIAC; online, no<br />
portal autenticacao.gov.pt com o Cartão de Cidadão, leitor de cartões e respetivo PIN.<br />
Para facilitar esta adesão, a Agência para a Modernização Administrativa (<strong>AMA</strong>) tem<br />
promovido diversas campanhas de rua, com vista a possibilitar a ativação da CMD em locais<br />
aonde os cidadãos, por necessidades pessoais ou profissionais, se deslocam diariamente.<br />
Para efetuar a ativação junto dos promotores da <strong>AMA</strong> é apenas necessário o Cartão de<br />
Cidadão e o telemóvel, ficando a Chave Móvel Digital ativa de imediato e pronta a utilizar,<br />
através de PIN de quatro a oito dígitos escolhido pelo cidadão no momento.<br />
O calendário das sessões de ativação é regularmente publicado na página de Facebook da<br />
<strong>AMA</strong> (www.facebook.com/ama.gov.pt/), e a campanha, que já passou por diversos eventos,<br />
universidades e outros organismos da Administração Pública, tem contado com valiosos<br />
parceiros institucionais, sendo de destacar a estreita colaboração com o Ministério da Saúde.<br />
Através desta parceria, a <strong>AMA</strong> tem estado presente nas instalações de diversos organismos,<br />
como o Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P. (INEM), a Autoridade Nacional do<br />
Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (INFARMED) ou a ADSE – Instituto Público de Gestão<br />
Participada, para além de centros de saúde e dos principais hospitais de Lisboa, entre os quais<br />
se destacam os de S. José, Santa Maria, Santa Marta, Curry Cabral, D. Estefânia e a Maternidade<br />
Alfredo da Costa.<br />
Até ao final do ano, as campanhas de adesão continuarão a percorrer o país, marcando<br />
igualmente presença em todos os eventos Simplex e nos encontros participativos referentes ao<br />
Orçamento Participativo Portugal.<br />
Com efeito, a CMD consagra-se como<br />
um importante elemento exemplificador<br />
da estratégia de transformação digital<br />
da Administração Pública. Acima de<br />
tudo, por se tratar de um método de<br />
autenticação seguro e eficaz, dispensando<br />
a tarefa de decorar ou ter presente<br />
inúmeras senhas, pretende-se divulgar<br />
a CMD tanto quanto possível e levá-la a<br />
cada vez mais utilizadores. ≤<br />
presença em todos os<br />
eventos Simplex e nos<br />
encontros participativos<br />
referentes ao OPP
36 Loja de Cidadão
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 37<br />
Loja de Cidadão de Faro<br />
A Loja de Cidadão de Faro completará, no próximo dia 3 de<br />
abril, o seu 9.º aniversário.<br />
Apresentando uma média de quase 400 mil atendimentos por<br />
ano, com um total acumulado superior a 3 milhões, posiciona-<br />
-se na 7.ª posição do TOP 10 das lojas com maior número de<br />
atendimentos.<br />
É gerida pela Agência para a Modernização Administrativa, I.P.<br />
(<strong>AMA</strong>) e coordenada localmente por Judite Luz. Foi ela quem<br />
nos recebeu e mostrou como se fazem os dias nesta Loja.<br />
Como é o dia a dia da Loja de Cidadão de Faro?<br />
Creio que é muito semelhante à realidade das restantes Lojas de Cidadão de grande<br />
dimensão: inicia-se com a confirmação da operacionalidade de todos os balcões<br />
de atendimento – 11 balcões numa área superior a 2.200 m 2 – e o acertar rápido<br />
de alguma situação que exija a nossa intervenção, continuando com a abertura de<br />
portas e o acolhimento e encaminhamento dos cidadãos, que estão, alguns deles,<br />
há bastante tempo no exterior a aguardar pela abertura de portas, esperando da<br />
Administração Pública e empresas presentes na Loja uma resposta célere e eficaz.<br />
No caso de Faro, a Loja encontra-se inserida no edifício do Mercado Municipal, no<br />
1.º piso, pelo que a sua atividade se interliga também com as dinâmicas deste espaço.<br />
Ao longo do dia, é competência da Unidade de Gestão garantir a todos os que nos<br />
procuram e às entidades presentes que o atendimento decorra da melhor forma,<br />
assegurando que tudo funciona, desde o pormenor mais insignificante aos olhos<br />
do cidadão a questões como a limpeza, o conforto, a segurança, a comunicação<br />
atempada de informação pertinente, o fornecimento de consumíveis informáticos<br />
ou o funcionamento dos sistemas de ar condicionado, dispensadoras de senhas,<br />
monitores e outras situações. É também preciso dar sequência às solicitações que<br />
vão surgindo, quer em resposta aos pedidos efetuados pelos serviços centrais da<br />
<strong>AMA</strong> quer no respeitante à resolução de conflitos ou reclamações. Cabe ainda<br />
monitorizar o sistema de filas de espera e acompanhamento do atendimento da Loja,<br />
com enfoque no Espaço Cidadão e no Espaço Empresa, terminando-se o dia com a<br />
validação dos valores arrecadados e a sua preparação para depósito.
38<br />
Loja de Cidadão de Faro<br />
As situações de conflito podem surgir a qualquer<br />
momento e cabe-nos antecipá-las.<br />
Como gere os conflitos e reclamações?<br />
As situações de conflito podem surgir a<br />
qualquer momento e cabe-nos antecipá-las.<br />
Contamos também com a experiência dos<br />
profissionais dos balcões de atendimento, que<br />
encontram as melhores soluções para resposta<br />
às necessidades que os cidadãos apresentam.<br />
Nos casos mais complexos, é imprescindível<br />
o envolvimento do coordenador da entidade<br />
(não se tratando de uma reclamação da<br />
responsabilidade da <strong>AMA</strong>), e este é chamado<br />
sempre que possível à Unidade de Gestão<br />
no ato da reclamação – desde que haja a<br />
concordância do reclamante – para que<br />
se esgotem todas as possibilidades de<br />
resolução da questão que motiva o desagrado<br />
do cidadão. Não raras vezes, a questão é<br />
ultrapassada, e o que era uma reclamação<br />
pode até terminar na apresentação de um<br />
elogio!<br />
Já alguma vez recebeu um aplauso?<br />
O nosso aplauso é o agradecimento sentido<br />
de quem encontra na Loja a resposta para<br />
as suas dificuldades e genuinamente elogia<br />
o trabalho que desenvolvemos, no contexto<br />
global da Loja, no Espaço Cidadão e no<br />
Espaço Empresa. Temos consciência de<br />
que jamais conseguiremos resolver todos<br />
os problemas. Contudo, é um privilégio<br />
sentir que, por exemplo, quando circulamos<br />
pela Loja e temos a oportunidade de ajudar<br />
alguém, isso pode fazer a diferença na vida<br />
daquela pessoa naquele dia.<br />
Quer contar uma história?<br />
Há muitas histórias para contar numa Loja<br />
que completa em abril 9 anos de atividade.<br />
A situação que tenho mais presente foi a<br />
da inundação de uma parte da Loja devido<br />
a chuva intensa e ao transbordar de uma<br />
das caleiras do átrio do edifício do Mercado<br />
Municipal. Foi necessário tomar decisões<br />
rápidas para garantir a segurança dos bens e,<br />
sobretudo, das pessoas, tendo-se procedido<br />
as melhores soluções<br />
para resposta às<br />
necessidades que os<br />
cidadãos apresentam.
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 39<br />
temos a oportunidade de<br />
ajudar alguém, isso pode<br />
fazer a diferença na vida<br />
daquela pessoa naquele dia.<br />
ao corte de energia e à evacuação da Loja.<br />
São as ocorrências a que estamos sujeitos a<br />
qualquer momento na gestão das Lojas, daí<br />
a importância de termos equipas preparadas<br />
e com as competências adequadas para<br />
responder a qualquer situação imprevista que<br />
surja. Felizmente, algumas horas depois, foi<br />
possível reabrir a Loja com todas as condições<br />
de segurança reunidas. ≤<br />
Loja de Cidadão de Faro<br />
Largo Doutor Francisco Sá Carneiro<br />
Mercado Municipal,<br />
8000-151 Faro<br />
t. 707 241 107<br />
Horário<br />
Dias úteis das 08h30 às 19h00<br />
Sábados das 09h00 às 13h00<br />
Entidades com horário diferente:<br />
ACM – Dias úteis das 09h00 às 17h00<br />
IMPIC – Dias úteis das 09h00 às 13h00 e das<br />
14h00 às 16h30<br />
IRN – Cartão de Cidadão e Passaporte:<br />
Funcionam no horário da Loja<br />
Certidões: Dias úteis, das 09h00 às 19h00<br />
Restantes serviços: Dias úteis, das 09h00 às<br />
16h00<br />
SEF – Dias úteis das 09h00 às 17h00;<br />
atendimento apenas por marcação<br />
Câmara Municipal de Faro - Dias úteis das<br />
09h00 às 17h00<br />
FAGAR – Dias úteis, das 09h00 às 18h00<br />
Espaço Empresa – Dias úteis das 08h30 às<br />
19h00 (temporariamente das 09h00 às 16h00)<br />
Agendamento de pedidos de Cartão de<br />
Cidadão – de 3.ª a 5.ª, das 08h30 às 18h15
40 Estatísticas<br />
ESPAÇOS CIDADÃO<br />
Há cerca de um ano, no primeiro número da <strong>Diagrama</strong>, destacámos dados estatísticos<br />
referentes aos Espaços Cidadão (EC). Neste último ano, o conceito consolidou-se e<br />
amplificou-se. Não falamos apenas dos 569 EC, dos mais de 3 milhões de atendimentos<br />
efetuados ou das cerca de 2 centenas de serviços disponibilizados.<br />
Agora, o Espaço Cidadão tornou-se ainda mais Solidário, deslocando-se junto de quem<br />
não tem possibilidade de se dirigir às suas instalações. Tornou-se Móvel, percorrendo<br />
o país em contextos específicos, como sejam calamidades ou outras circunstâncias<br />
particulares.<br />
EVOLUÇÃO ANUAL DO NÚMERO DE ATENDIMENTOS<br />
3.149.935<br />
818.603<br />
1.081.825<br />
1.150.608<br />
98.899<br />
2014 2015<br />
2016 2017 Acumulado<br />
Balcão Único<br />
2000<br />
Loja de Cidadão<br />
Portal do Cidadão<br />
1999<br />
2008
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 41<br />
O Espaço Cidadão é um conceito de atendimento digital assistido efetivamente inovador; não<br />
se limitando à prestação de atendimento, procura-se que o cidadão adquira conhecimentos<br />
para que, futuramente, possa ser ele próprio a realizar online as diligências necessárias.<br />
Garante de um serviço público de proximidade, é, neste sentido, um agente ativo da<br />
transformação digital, realmente interessado em auxiliar os cidadão e as empresas nos seus<br />
contactos com a Administração Pública. Com a eficácia necessária e, sobretudo, com a maior<br />
simplificação e qualidade possíveis.<br />
SERVIÇOS MAIS PROCURADOS [2017]<br />
22%<br />
Entrega de documentos de despesa – ADSE<br />
Pedido de Registo Criminal<br />
40%<br />
Revalidação da Carta de Condução<br />
13%<br />
Alteração de morada no Cartão de Cidadão<br />
Pedido do Cartão Europeu de Seguro de Doença<br />
2%<br />
2%<br />
11%<br />
10%<br />
Pedido de informações à Segurança Social<br />
Outros serviços<br />
Espaço Cidadão<br />
2014<br />
Espaço Cidadão Solidário<br />
2017<br />
Espaço Cidadão Móvel<br />
2018
42<br />
Medidas Simplex<br />
O futuro da relação entre cidadãos,<br />
empresas e Estado passa por aqui.<br />
NASCIMENTO<br />
Nascer Cidadão<br />
com Médico de Família<br />
Imediatamente após o nascimento do<br />
seu filho, pode proceder ao seu registo<br />
no hospital ou maternidade, no balcão<br />
Nascer Cidadão.<br />
Boletim de Vacinas<br />
Eletrónico<br />
Aceda ao seu Boletim de Vacinas<br />
através do Portal do SNS.
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 43<br />
EDUCAÇÃO<br />
VEÍCULOS<br />
Escola 360º<br />
Todas as interações escolares<br />
num único local, para pais, professores,<br />
diretores e funcionários.<br />
Bolsas de Estudo<br />
+ Simples<br />
Já pode pedir a sua bolsa de estudo<br />
sem necessidade de deslocações.<br />
Carta Sobre Rodas<br />
Já pode revalidar a Carta de Condução<br />
à distância, anexando eletronicamente<br />
ao processo o atestado médico.<br />
Sistema Fiscal Automóvel<br />
+ Simples<br />
Simule e pague os impostos relativos à<br />
aquisição do seu automóvel de forma<br />
mais simples.<br />
TRABALHO<br />
Centro de Contacto<br />
da Segurança Social<br />
O atendimento da Segurança Social<br />
está mais próximo e mais coordenado.<br />
300 502 502<br />
IRS Automático<br />
Agora, já não precisa de preencher ou<br />
validar a declaração de IRS. É<br />
automático!<br />
EMPRESA<br />
Sistema de Certificação de<br />
Atributos Profissionais<br />
Os gerentes e administradores já podem,<br />
de forma gratuita, certificar digitalmente<br />
a sua qualidade empresarial.<br />
Declaração Mensal de<br />
Remunerações à SS<br />
Agora, é mais fácil entregar declarações<br />
mensais à Segurança Social; são<br />
disponibilizadas pré-preenchidas e os<br />
erros são detetados antecipadamente,<br />
evitanto penalizações.<br />
CASA<br />
Casa Pronta<br />
Quando compra a sua casa, tem mais<br />
serviços disponíveis. Desde logo, pode<br />
alterar a morada no Cartão de Cidadão,<br />
com comunicação à AT e demais<br />
entidades.<br />
Pagamento de IMI + Simples<br />
O pagamento fracionado do IMI está<br />
facilitado. Na primeira notificação,<br />
são comunicadas as referências para<br />
pagamento de todas as prestações.<br />
FAMÍLIA<br />
Casamento<br />
Inicie o seu processo de casamento<br />
, sem sair de casa.<br />
Acordos Parentais<br />
Sempre Atuais<br />
É já possível a transmissão eletrónica,<br />
entre o Ministério Público e as<br />
Conservatórias, do acordo de regulação<br />
das responsabilidades parentais.
44 Medidas Simplex<br />
REFORMA<br />
Simulador de Pensões<br />
Já é possível, através de um novo<br />
simulador, verificar em sua casa qual a<br />
pensão que vai receber quando pedir a<br />
sua reforma.<br />
Espaço Cidadão<br />
Solidário<br />
Agora, o Espaço Cidadão vai ao<br />
encontro daqueles que têm mais<br />
dificuldade em deslocar-se.<br />
LAZER<br />
Agendamento<br />
para Passaporte<br />
Agora, já é possível agendar a<br />
data em que vai tirar o seu passaporte.<br />
Património Cultural<br />
do Estado para Eventos<br />
Toda a informação sobre espaços do<br />
património cultural do Estado que<br />
podem ser utilizados para a realização<br />
de eventos encontra-se agora<br />
disponível em página .<br />
AO LONGO DA VIDA<br />
Chave Móvel Digital<br />
Pode fazer , de forma simples, em<br />
vários sítios e portais públicos e<br />
privados, apenas com o seu número de<br />
telemóvel e um .<br />
Espaço Cidadão Móvel<br />
O Espaço Cidadão vai ao encontro<br />
daqueles que têm mais dificuldade no<br />
acesso aos serviços públicos centrais.<br />
MORTE<br />
Espaço Óbito<br />
Num único ponto de atendimento, aceda<br />
a vários serviços públicos e privados a<br />
que é necessário recorrer após o<br />
falecimento de um familiar.<br />
Testamento<br />
Se um familiar falecer, é possivel saber<br />
se deixou testamento e onde foi<br />
realizado.<br />
Conheça mais sobre estas<br />
e outras medidas em<br />
app.simplex.gov.pt
ABERTURA − A IMPORTÂNCIA DA DIGITALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA<br />
Maria Manuel Leitão Marques | Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa<br />
PERSPETIVAS INTERNACIONAIS DO DIGITAL NAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS<br />
• A Visão da OCDE | João Ricardo Vasconcelos – OCDE, Digital Government and Open Data, Policy Analyst<br />
• A Visão da Comissão Europeia | Mário Campolargo – Deputy Director-General of DG Informatics (DIGIT), EC<br />
Moderadora: Maria Helena Monteiro | ISCSP - Universidade de Lisboa<br />
ESTRATÉGIAS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SETOR PÚBLICO EM PORTUGAL<br />
• A <strong>AMA</strong> e a Transformação Digital em Portugal | Pedro Silva Dias – Presidente da Agência para a Modernização<br />
Administrativa (<strong>AMA</strong>)<br />
• A Estratégia Digital da AT | Helena Alves Borges – Diretora-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira<br />
• A Estratégia Digital da Administração Financeira do Estado – João Caeiro | Diretor de Serviços de TIC,<br />
Direção-Geral do Orçamento (DGO), e colaborador da Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento<br />
Orçamental (UNILEO)<br />
• A Estratégia Digital na Saúde − Henrique Martins | Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde<br />
(SPMS)<br />
Moderador: João Ricardo Catarino | Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
COLABORAÇÃO<br />
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas |<br />
Unidade de Coordenação de Administração Pública |<br />
Centro de Administração e Políticas Públicas
46 S<strong>AMA</strong>2020<br />
Alto-Comissariado para as<br />
Migrações:<br />
Migrações 2.0<br />
Os Centros Nacionais de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM) consubstanciam-se num<br />
modelo de funcionamento integrado e de articulação entre instituições, gabinetes de apoio e<br />
gabinetes especializados, com um papel relevante no processo de integração de migrantes em<br />
Portugal. Em 2018, os CNAIM de Lisboa e do Norte completam 14 anos de funcionamento e o do<br />
Algarve celebra 9 anos. Desde a entrada em funcionamento dos CNAIM, e até ao final de 2017,<br />
foram realizados 4.395.071 atendimentos.<br />
As migrações são um dos desafios maiores que as sociedades contemporâneas enfrentam e<br />
enfrentarão nas próximas décadas. As sociedades que sabem gerir este fenómeno são aquelas<br />
que conseguem responder de forma proativa e criativa aos desafios que o ciclo migratório<br />
encerra. Esse ciclo migratório, que, cada vez mais, se inicia ainda antes do trajeto migratório,<br />
frequentemente ainda no país de origem, obriga a uma crescente capacidade tanto de fazer<br />
chegar informação fidedigna sobre as oportunidades e desafios nos países de destino quanto de<br />
ativação daquilo a que se entende denominar «medidas de pré-partida». Implica igualmente<br />
garantir que, à chegada aos países de destino, as respostas de apoio à integração são conhecidas<br />
e ativadas de imediato.<br />
Em países como Portugal, esta informação é da maior relevância. O facto de o país necessitar<br />
de inverter os saldos migratórios negativos com que se depara desde 2010 obriga a um esforço<br />
de comunicação global, com vista a que nos possamos posicionar na listagem de países de<br />
destino a considerar. Os fatores de atratividade de Portugal, tais como a segurança, o clima<br />
e as políticas de acolhimento e de integração efetivas e eficazes, entre outros, permitem-nos<br />
posicionar o país neste desafio global.<br />
É perante esta nova realidade migratória que uma profunda readaptação das estruturas<br />
nacionais e locais tem vindo a ser implementada, mormente através da Portaria n.º 203/2016,<br />
de 25 de julho, que veio criar a Rede Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (RNAIM),<br />
com o intuito de desenvolver uma política migratória moderna e integrada, mais adequada às<br />
dinâmicas migratórias contemporâneas e às necessidades atuais. Aos três CNAIM juntam-<br />
-se hoje 93 Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), maioritariamente em<br />
articulação com municípios e entidades do terceiro setor.<br />
Assim, à chegada ao nosso país, os cidadãos migrantes e refugiados encontram hoje<br />
um sistema de acolhimento e integração cada vez mais completo e articulado, aliás bem<br />
materializado nos CNAIM e CLAIM.<br />
De salientar que a atual resposta pode encontrar também na tecnologia um forte aliado.<br />
Foi nesse sentido que desenhámos o Projeto My CNAIM, que tem como principais objetivos a<br />
aproximação da Administração Pública aos cidadãos e a disponibilização dos serviços prestados<br />
pelos CNAIM e CLAIM a um muito maior número de pessoas. Estes dois propósitos concretizar-<br />
-se-ão através da implementação de um sistema de Customer Relationship Management<br />
(CRM) e da criação de novos canais de comunicação, interação e participação – nomeadamente<br />
aplicações para dispositivos móveis, como a APP Migrant Welcome, e o Contact Center –,<br />
permitindo o desenvolvimento progressivo de um serviço multicanal (telefone, vídeo, SMS,<br />
e-mail). Pretende-se uma lógica de atendimento integrado, centrado no cidadão, em que o
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 47<br />
a atual resposta pode encontrar também na<br />
tecnologia um forte aliado.<br />
follow-up seja facilitado, com ganhos para o<br />
cidadão e para os colaboradores.<br />
Pilares tecnológicos<br />
Este projeto assenta em três grandes<br />
pilares tecnológicos, que têm por objetivo<br />
a implementação de novos processos de<br />
trabalho e, por alvo, a substituição de<br />
tecnologias que deixaram de acompanhar a<br />
evolução das novas formas de comunicação<br />
em todas as suas vertentes, dificultando o<br />
diagnóstico, a resolução e a mitigação de<br />
eventuais falhas decorrentes do serviço<br />
prestado pelo ACM, I.P. e pelos seus parceiros.<br />
O primeiro pilar assenta numa aplicação<br />
móvel Android e IOS com a informação<br />
relevante destinada ao cidadão migrante,<br />
em várias línguas e com georreferenciação<br />
dos principais Pontos de Interesse – desde os<br />
CNAIM e CLAIM a um conjunto de serviços<br />
disponibilizados.<br />
Em conjunto com esta APP móvel, será<br />
desenvolvida uma plataforma de participação<br />
pública, que, além de disponibilizar<br />
perguntas e respostas frequentes, terá<br />
também um lado mais interativo, através<br />
de um Fórum onde o cidadão poderá fazer<br />
perguntas. Todas as questões obterão uma<br />
resposta clara e multilingue da parte dos<br />
técnicos especializados do ACM, I.P. Por fim,<br />
a componente mais visual desta plataforma<br />
compreenderá uma série de vídeos<br />
didáticos, na forma de tutoriais, sobre temas<br />
relacionados com as migrações.<br />
O segundo pilar tem por foco a<br />
disponibilização aos colaboradores dos<br />
CNAIM de Lisboa, do Norte e do Algarve de<br />
um conjunto de ferramentas tecnológicas,<br />
nomeadamente um sistema de CRM, que<br />
vem substituir um obsoleto sistema de<br />
atendimento e registo de processos. Espera-<br />
-se, a partir da sua implementação, registar<br />
melhorias na fluidez da informação.<br />
O terceiro grande pilar visa a rede<br />
informática do ACM, I.P. A título de exemplo,<br />
o serviço de voz passa atualmente por uma<br />
central telefónica analógica, com uma renda<br />
anual de cerca de 30.000€. É de salientar,<br />
neste último pilar, a estreita articulação<br />
com a equipa técnica da Agência para a<br />
Modernização Administrativa, na medida em<br />
que é nesta entidade que se encontra centrada<br />
a função informática do ACM, I.P., advindo<br />
deste trabalho conjunto uma maximização<br />
do sistema informático e das respetivas<br />
aplicações.<br />
Modernizando, colocando Portugal no<br />
radar global dos destinos migratórios,<br />
estaremos seguramente a contribuir para<br />
o desenvolvimento do país, na medida<br />
em que, no século xxi, as migrações são<br />
precisamente isso: um fator de inovação<br />
e de desenvolvimento. Ou, se preferido,<br />
representam uma enorme oportunidade.<br />
Nunca um problema.<br />
Pedro Calado<br />
Alto-Comissário para as Migrações<br />
S<strong>AMA</strong> – Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação<br />
da Administração Pública
48 Encontros OPP, Simplex+ e Simplex JAM<br />
Orçamento Participativo<br />
Portugal e Simplex<br />
voltaram à estrada<br />
O dia 20 de fevereiro marcou o regresso dos encontros OPP e Simplex. Começámos a sul. Faro<br />
recebeu o primeiro encontro Simplex Jam do ano, chamando mais uma vez os funcionários<br />
públicos a trazerem a sua experiência profissional para melhorar os serviços prestados pela<br />
Administração Pública aos cidadãos e às empresas. No mesmo dia, em Lagos, teve lugar o<br />
primeiro encontro participativo OPP de 2018, que contou com a presença<br />
da secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa,<br />
Graça Fonseca, e da presidente da Câmara Municipal, Maria<br />
Joaquina Matos.<br />
Dois dias depois, rumámos a norte, onde teve lugar mais um<br />
encontro OPP, em Vila Nova de Gaia, e o primeiro encontro<br />
Simplex+ deste ano, organizado na cidade do Porto pela CIP<br />
– Confederação Empresarial de Portugal e pela AIMMAP –<br />
Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins<br />
de Portugal.<br />
Segue-se o roteiro por todo o país, que terminará no dia 25 de abril,<br />
em Lisboa, dando continuidade ao trabalho efetuado em 2017, um ano marcado<br />
pelo primeiro Orçamento Participativo Portugal (o primeiro de âmbito nacional a nível<br />
mundial) e por um programa Simplex+ 2017 com 172 medidas de simplificação e modernização<br />
administrativa e legislativa, que se juntaram a 65 medidas plurianuais iniciadas no<br />
Simplex+ 2016.<br />
E se, em 2017, os encontros participativos contaram com mais de 2.000<br />
pessoas neste processo democrático, culminando com 600 propostas<br />
a serem colocadas a votação e 38 projetos escolhidos por cerca de<br />
80.000 votos, este ano queremos ainda mais e melhor. A verba<br />
inscrita no Orçamento do Estado para o OPP aumentou de 3 para<br />
5 milhões de euros e são precisas boas ideias para os investir, nesta<br />
nova edição, em todas as áreas governativas, melhorando Portugal<br />
cada vez mais.<br />
As propostas passaram a ser submetidas<br />
online, em www.opp.gov.pt, em qualquer<br />
Espaço Cidadão ou numa das bibliotecas da<br />
Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. No entanto,<br />
continua a ser pertinente e enriquecedor marcar presença<br />
nos encontros participativos, onde a troca de ideias e<br />
experiências faz nascer e melhorar propostas, através do<br />
enorme entusiasmo e empenho de todos aqueles que neles<br />
participam. ≤
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 49<br />
OPP | Calendário de Encontros Partipativos<br />
Mês Dia Local<br />
20 Lagos | Centro Cultural<br />
Fev. 22 Vila Nova de Gaia | Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner<br />
27 Mafra | Escola Prática de Infantaria<br />
06 Santarém | Escola Prática de Cavalaria<br />
07 Viseu | Biblioteca Municipal<br />
13 Mealhada | Espaço Inovação<br />
13 Porto |Encontro Participativo Ciência - Centro de Ciência Viva<br />
14 Figueira da Foz | Biblioteca Municipal<br />
Mar.<br />
21 Odivelas | Pavilhão Multiusos<br />
22 Barreiro | Biblioteca Municipal<br />
26 Abrantes | Biblioteca Municipal António Botto<br />
Sintra |Escola Profissional Alda Brandão, Colares - Lançamento público do projeto<br />
27 «Transformação de variedades de maçãs tradicionais», proposta vencedora do OPP<br />
2017<br />
28 Almada | Espaço Cine-Incrível<br />
03 Elvas | Centro de Negócios Transfronteiriços<br />
04 São João da Madeira | Oliva Creative Factory<br />
04 Oliveira de Azeméis | Biblioteca Municipal Ferreira de Castro<br />
05 Lousã | Biblioteca Municipal<br />
05 Aveiro | Fábrica Centro Ciência Viva<br />
06 Lamego | Quartel de Santa Cruz<br />
09<br />
Lisboa | Edifício Sede das Águas de Portugal - Ciclo de Encontros OPP dedicados ao<br />
tema «Água»<br />
10<br />
Lisboa | Centro Social de São Boaventura - Lançamento público do projeto «Canto<br />
para seniores»<br />
10 Oliveira do Hospital | Biblioteca Municipal<br />
11 Caminha | Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários<br />
11 Paredes de Coura | Biblioteca Municipal<br />
12 Arcos de Valdevez | Casa das Artes<br />
Abr.<br />
Vila Real | Edifício Sede das Águas do Norte - Ciclo de Encontros OPP dedicados ao<br />
12<br />
tema «Água»<br />
13 Alenquer | Biblioteca Municipal do Carregado<br />
16 Vendas Novas | Fórum Cultural «A Praça»<br />
17 Madeira, Funchal | Universidade da Madeira, Colégio dos Jesuítas<br />
18 Madeira, Câmara de Lobos | Museu da Imprensa da Madeira<br />
18 Madeira, Porto Moniz | Centro Ciência Viva<br />
19 Açores, São Miguel | Serviços de Desenvolvimento Agrário<br />
20 Açores, Terceira | Auditório do Ramo Grande<br />
23 Olhão | Biblioteca Municipal<br />
23 Loulé | Café Calcinha<br />
23 Portimão | Tempo - Teatro Municipal<br />
24 Covilhã | Biblioteca Central da Universidade da Beira Interior<br />
25 Lisboa | Residência Oficial do Primeiro-ministro<br />
Simplex & Simplex Jam | Calendário de Encontros<br />
Mês Dia Evento Local<br />
20 Simplex JAM Faro | CCDR<br />
Fev. 22 Simplex+ Porto | Sala Jorge Macedo Casais – AIMMAP<br />
28 Simplex JAM Évora | CCDR<br />
01 Simplex+ Lisboa | Feira Internacional de Lisboa – Bolsa de Turismo<br />
07 Simplex+ Matosinhos | Continente<br />
07 Simplex+ Viseu | Associação Comercial<br />
08 Simplex+ Leiria | Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria<br />
Mar. 14 Simplex JAM Porto | CCDR<br />
14 Simplex+ Coimbra | CEFA - Centro de Estudos e Formação Autárquica<br />
15 Simplex+ Lisboa | Palácio Foz<br />
20 Simplex JAM Coimbra | CCDR<br />
23 Simplex JAM Lisboa | Presidência do Conselho de Ministros<br />
03 Simplex+ Évora | Núcleo Empresarial da Região<br />
17 Simplex+ Madeira, Funchal | Associação do Comércio e Indústria<br />
Abr.<br />
Açores, Terceira | Centro Cultural e de Congressos de Angra do<br />
20 Simplex+<br />
Heroísmo<br />
Jun. 6 Simplex+ Lisboa | Páteo da Galé - Evento Final<br />
Nota: CCDR — Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
2018<br />
Estamos a percorrer o País à procura de ideias.<br />
Contribua com a sua até 25 de abril em<br />
OPP.GOV.PT
Números<br />
<strong>Diagrama</strong> • março 2018 51<br />
Linha da<br />
Segurança Social<br />
Centro de<br />
Contacto <strong>AMA</strong><br />
+330 Mil<br />
chamadas atendidas<br />
em dois meses<br />
+260 Mil<br />
chamadas anuais<br />
Centro de<br />
Contacto do Cidadão<br />
+1.950<br />
chamadas telefónicas<br />
diárias<br />
Chave<br />
Móvel Digital<br />
+85 Mil<br />
utilizadores<br />
Espaço<br />
Cidadão Móvel<br />
Balcão do<br />
Empreendedor<br />
+ 18 Mil<br />
quilómetros<br />
percorridos<br />
+250 Mil<br />
pedidos tramitados<br />
Simplex+ 2016<br />
Espaços<br />
569 Cidadão<br />
+600 Milhões<br />
euros de poupança<br />
para as empresas<br />
+1 Milhão<br />
atendimentos anuais
Agenda<br />
4 a 6 ABRIL<br />
ICEGOV 2018<br />
Galway, Irlanda<br />
25/26 ABRIL<br />
OPEN INNOVATION SUMMIT<br />
Londres<br />
25 a 29 ABRIL<br />
FESTIVAL NACIONAL DE ROBÓTICA<br />
Torres Vedras, Expotorres<br />
14 a 17 MAIO<br />
INTERNET OF THINGS WORLD<br />
Santa Clara Convention Center, EUA<br />
16 MAIO<br />
PERCURSOS PROFISSIONAIS<br />
NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:<br />
CARREIRAS E COMPETÊNCIAS (CICLO<br />
CONSTRUIR HOJE A ADMINISTRAÇÃO<br />
PÚBLICA DO FUTURO)<br />
Lisboa, Torre do Tombo<br />
29 MAIO<br />
OS DESAFIOS DO DIGITAL NA<br />
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA<br />
Lisboa, Instituto Superior de Ciências<br />
Sociais e Políticas<br />
DIAGR<strong>AMA</strong> • <strong>AMA</strong> — Agência para a Modernização<br />
Administrativa, I.P. • n.º 05 MARÇO 2018<br />
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