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Agência para a Modernização Administrativa, I.P. 65 - Junho 2018

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65 - Junho 2018

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<strong>Diagrama</strong> • junho 2018 41<br />

Quando e porquê foi criado o Projeto de<br />

Dados Abertos Públicos [Open Government<br />

Data Project] da OCDE?<br />

O Projeto de Dados Abertos Públicos<br />

(PDAP) da OCDE teve início em 2013 para<br />

responder à solicitação dos países membros<br />

de assistência e recomendações de políticas,<br />

na medida em que estavam a dar os<br />

primeiros passos na formulação de estratégias<br />

e iniciativas destinadas a promover as<br />

respetivas agendas de dados abertos<br />

públicos.<br />

Quais são os principais objetivos desta<br />

iniciativa da OCDE?<br />

O objetivo inicial era auxiliar os países<br />

a compreender melhor o potencial das<br />

políticas de dados abertos, com ênfase<br />

particular no impacto dos dados e na respetiva<br />

geração de valor. Pretendia-se promover<br />

uma compreensão mais informada dos<br />

requisitos e implicações dos dados abertos<br />

junto dos diversos Governos, ampliando um<br />

entendimento até então frequentemente<br />

limitado à publicação de dados em portais,<br />

muitas vezes não estando sequer em formatos<br />

abertos. À medida que os Governos<br />

foram ultrapassando as etapas iniciais de<br />

implementação das suas políticas de<br />

dados abertos, e verificando-se que a maioria<br />

conseguiu efetivamente implementar<br />

programas de dados abertos, o principal<br />

objetivo do nosso trabalho passou a ser<br />

auxiliar esses Governos a garantir a<br />

continuidade dos esforços e a sustentabilidade<br />

dos resultados a longo prazo. Contudo,<br />

o nível de maturidade das políticas e<br />

iniciativas de dados abertos permanece<br />

muito diversificado entre países. Assim,<br />

também temos como prioridade fomentar<br />

um conhecimento coletivo sobre o que<br />

funciona e o que não funciona, facilitando<br />

a aprendizagem entre pares.<br />

A OCDE tem dedicado particular atenção<br />

aos domínios da reutilização de dados<br />

e da criação de valor (económico ou social).<br />

Como tem evoluído essa abordagem<br />

ao longo dos anos?<br />

Com efeito, temos vindo a focalizar-nos na<br />

reutilização, na medida em que consideramos<br />

tratar-se de um requisito fundamental — e<br />

até uma pré-condição — para a criação de<br />

valor. Se, numa fase inicial, os Governos<br />

estavam sobretudo interessados nos valores<br />

relacionados com a boa governança pública<br />

— integridade do setor público, transparência,<br />

combate à corrupção —, foram ganhando<br />

consciência crescente dos benefícios sociais<br />

e económicos que dela poderiam advir.<br />

Trata-se de uma consequência do progressivo<br />

desenvolvimento, nas sociedades nacionais,<br />

da capacidade de expressar reivindicações<br />

e necessidades de modo mais ativo.<br />

Adicionalmente, os Governos tornaram-se<br />

cada vez mais sensíveis a oportunidades,<br />

até então inexploradas, de melhorar o<br />

desempenho do setor público por via da<br />

promoção dos dados abertos e do incentivo<br />

à sua reutilização por parte dos funcionários<br />

públicos.<br />

Que lições têm vindo a ser apreendidas<br />

e qual a importância do ranking OURData<br />

Index 1 e dos Relatórios sobre Dados Abertos<br />

que a OCDE tem produzido sobre países<br />

específicos (i.e. Open Government Data<br />

Review of Mexico, 2016; Open Government<br />

Data Review of Poland, 2016)?<br />

O índice e os relatórios são ferramentas<br />

complementares que nos permitem e aos<br />

países membros identificar tanto as grandes<br />

tendências globais quanto os pontos fortes e<br />

fracos nacionais, em grande parte partilhados<br />

e comuns. Possibilitam a aprendizagem<br />

entre pares e a troca de opiniões entre<br />

intervenientes «no terreno» sobre o que<br />

funciona e o que não funciona com vista a<br />

enfrentar os atuais desafios. O índice fornece<br />

efetivamente um retrato das áreas em que<br />

cada país deverá priorizar esforços. Já os<br />

relatórios são instrumentos que possibilitam<br />

uma compreensão mais profunda dos<br />

contextos nacionais, com vista a auxiliar os

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