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GAZETA DIARIO 793

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10 Cidade Foz do Iguaçu, quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019<br />

Carpe diem<br />

Idgar Dias Junior<br />

Olá! Bom dia, leitor!<br />

- Hoje, quinta-feira, dia 07 de fevereiro, é celebrado o 'Dia Nacional de Luta<br />

dos Povos Indígenas;<br />

- Também hoje é comemorado o 'Dia Nacional do Gráfico'.<br />

Oráculo<br />

"Você reconhece que uma pessoa tem repertório se ela ultrapassou os ditos<br />

comuns de muitos que reduzem o cristianismo a suas sombras históricas (ou<br />

suas sombras psicológicas em colégios de padres ou freiras). Inteligentinhos<br />

de todos os matizes gostam de cuspir no cristianismo, pregando um ateísmo<br />

de bolso.<br />

(...) Se você ouvir alguém dizendo que a Bíblia é um livro opressor, patriarcal,<br />

ultrapassado, saiba que está diante de gente ignorante. Mesmo se essa<br />

gente estiver montada em títulos, viagens ao exterior, passaportes<br />

europeus, cursos em Paris com gente chique. A ignorância é mais difícil de<br />

ser reconhecida quando ela veste Prada.<br />

Uma das pérolas do cristianismo é o conceito de pecado. Construído a partir<br />

de uma narrativa hebraica, o cristianismo deu a esta narrativa contornos<br />

operísticos de grande valor dramático existencial, e espiritual, é claro.<br />

(...) Um autor muito responsável pelo aprofundamento do conceito de<br />

pecado foi Santo Agostinho, que viveu entre os anos de 354 e 430. Muitas<br />

foram as definições e descrições dadas ao pecado desde o período<br />

patrístico, como são chamados na história do cristianismo os séculos 2 a 7.<br />

Uma delas, dada por Agostinho, me parece excepcionalmente valorosa: o<br />

pecado de Adão e Eva, e o nosso por descendência, pode ser definido por um<br />

tripé: orgulho, revolta e cegueira.<br />

Comecemos pelo orgulho. Por que nosso casal parental teria sido acometido<br />

pelo orgulho? Resposta: a dependência para com Deus os irritava e os fazia<br />

se sentir menores.<br />

(...) A revolta os tornou rancorosos, ressentidos e propagadores da "teoria"<br />

segundo a qual sua decisão de separar-se de Deus foi, de alguma forma,<br />

culpa Dele. Quem sabe, Adão e Eva se sentiam "sem espaço" para viver o<br />

que lhes era de direito: ser feliz sem depender de nenhuma fonte externa<br />

para essa felicidade.<br />

A revolta e seus "filhos", o rancor, o ressentimento e a mentira sobre a<br />

própria condição, acabaram por levá-los cegueira.<br />

Quanto mais orgulhosos e revoltados, mais cegos, e quanto mais cegos,<br />

mais orgulhos (como mentira acerca da própria cegueira) e mais revoltados.<br />

Enfim, o pecado seria uma forma de cegueira. Neste sentido, a humanidade<br />

seria uma espécie cega que caminha sobre a Terra. Como morcegos sem<br />

asa. E o pecado seria uma forma de compulsão hereditária à cegueira".<br />

Artigo 'A ignorância veste Prada', de Luiz Felipe Pondé, na Folha de São Paulo.<br />

CPI do Judiciário<br />

O senador Alessandro Vieira (PPS-SE) coletou assinaturas 'para a<br />

instauração do que chamou de CPI dos Tribunais Superiores'. Em termos<br />

comparativos e se não terminar em pizza, será tão boa ou ainda melhor<br />

para o País que a reforma da Previdência.<br />

Contato: idgar_dias@hotmail.com<br />

Veja A Gazeta na internet: www.gdia.com.br<br />

E já é quinta-feira, gente! Boa jornada e até amanhã!<br />

Sorte e saúde sempre!<br />

PROFESSORES E PEDAGOGOS<br />

Aumento da jornada de<br />

pedagogos afeta a carreira<br />

e a qualidade da educação<br />

Educadores de Foz e região entregaram documento<br />

para a chefia do Núcleo Regional de Educação<br />

Da assessoria<br />

Reportagem<br />

Servidores entregam em Foz petição que será<br />

enviada à Seed na capital<br />

Pedagogos e professores<br />

da rede estadual de<br />

educação entregaram, nessa<br />

quarta-feira, 6, documento<br />

à chefia do Núcleo<br />

Regional da Educação de<br />

Foz do Iguaçu (NRE) em<br />

que pedem respeito à jornada<br />

de trabalho dos educadores.<br />

O ato aconteceu<br />

simultaneamente em 29<br />

núcleos sindicais da APP-<br />

Sindicato no Paraná.<br />

A petição da categoria<br />

deverá ser encaminhada<br />

para a Secretaria de Estado<br />

da Educação (Seed). O<br />

texto reúne a legislação que<br />

equipara as funções de pedagogo<br />

e professor e, como<br />

consequência, a fixação da<br />

hora-aula para a contagem<br />

da jornada de trabalho, diferentemente<br />

da Resolução<br />

nº 2/2019 do governo, que<br />

impõe a hora-relógio para<br />

os profissionais da área pedagógica.<br />

Na carta, os educadores<br />

ainda apontam que as novas<br />

regras adotadas pela Seed<br />

prejudicam estudantes, pais<br />

e mães, as direções de escolas<br />

e o funcionamento dos<br />

estabelecimentos de ensino.<br />

Para a categoria, a medida<br />

afeta todos os profissionais<br />

da educação por retirar direitos<br />

assegurados na carreira<br />

e atingir a jornada de trabalho<br />

de modo geral.<br />

"A questão não se resume<br />

a aumentar duas horas<br />

e 20 minutos na jornada<br />

dos professores pedagogos,<br />

mantendo a mesma remuneração.<br />

A resolução<br />

do governo serve para justificar<br />

a elevação do tempo<br />

de trabalho para todos<br />

os profissionais da escola<br />

pública", aponta a presidenta<br />

da APP-Sindicato/<br />

Foz, Cátia Castro.<br />

Conforme a dirigente<br />

do sindicato, o aumento da<br />

jornada de trabalho dos pedagogos,<br />

instituída pela<br />

atual gestão do governo do<br />

Paraná, também terá outros<br />

desdobramentos. "Desorganiza<br />

o planejamento<br />

pedagógico nas escolas e<br />

legitima a retirada da horaatividade<br />

dos professores",<br />

enfatiza Cátia.<br />

Mobilização<br />

permanente<br />

Antes de realizar o ato<br />

no NRE de Foz do Iguaçu,<br />

o Coletivo de Pedagogos da<br />

APP-Sindicato/Foz se reuniu<br />

na sede do Sindicato<br />

dos Servidores Municipais<br />

(Sismufi) para debater assuntos<br />

relacionados ao<br />

exercício profissional dos<br />

educadores. Os profissionais<br />

elaboraram um calendário<br />

permanente de mobilização<br />

e atividades.<br />

Além das medidas que<br />

afetam a carreira e a jornada<br />

de trabalho e suas implicações<br />

na qualidade do ensino,<br />

os servidores estaduais<br />

debateram pautas como<br />

o projeto Escola sem Partido.<br />

A proposta é vista como<br />

uma forma de cerceamento<br />

da liberdade de cátedra, da<br />

atribuição do professor de<br />

ensinar e do direito do aluno<br />

a aprender.<br />

O coletivo da educação<br />

de Foz do Iguaçu e região<br />

ainda abordou a reforma<br />

da Previdência, tema que<br />

retornou com força na<br />

agenda do governo federal<br />

e de governadores. Os educadores<br />

acreditam que a<br />

proposta quem vem sendo<br />

divulgada ao público até o<br />

momento restringirá o<br />

acesso à aposentadoria de<br />

trabalhadores das áreas<br />

pública e privada.

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