Análise Tailor Made Por Wellington Lordelo As empresas de conteúdo e mídia digital estão preparadas para a personalização dos serviços? Em apenas um ano, o número de internautas no Brasil cresceu cerca de 10 milhões de pessoas, segundo dados recentes divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Quando relacionamos essa informação com o mercado corporativo, notamos que cada vez mais as organizações estão evoluindo sua estratégia de conexão para entregar uma experiência melhor aos usuários. Até porque o crescimento de receita dos meios de comunicação tradicionais está diminuindo, enquanto as novas receitas digitais, com base em plataformas, estão em crescimento. A Globo, por exemplo, vem investindo fortemente na Globo Play, assim como os conteúdos personalizados nos canais de YouTube estão tendo um crescimento exponencial. À medida que os hábitos de consumo de mídia mudam, os modelos tradicionais de receita diminuem em escala global. Desta forma, as empresas de Conteúdo e Mídia Digital (CMD) vêm respondendo a essa tendência com a rearquitetura de suas infraestruturas, buscando uma adaptação às exigências dinâmicas de conteúdo. As empresas de CMD que possuem infraestruturas centralizadas de TI são incapazes de oferecer o nível de serviço personalizado que os clientes estão exigindo. As que estão ávidas por inovar, por sua vez, começam a explorar novos modelos de negócios, usando a interconexão privada, ou seja, a troca de dados entre empresas, para escalar a demanda para usuários, que exigem uma reformulação de sua Digital Edge para capturar novos fluxos de receita, atender às crescentes exigências de experiência do usuário e permitir a personalização de serviços. Para isso, estas organizações precisam priorizar uma estratégia de interconexão ao projetar sua arquitetura de TI. A interconexão entre pontos de controle distribuídos geograficamente permite que as empresas de CMD tenham proximidade aos usuários dispersos globalmente, além de levar suas infraestruturas rumo ao digital de forma eficiente. A interconexão está se tornando o padrão para isso. As empresas de conteúdo e mídia digital estão tirando vantagem deste cenário para simplificar a criação e a distribuição de conteúdo, de modo mais próximo aos centros populacionais e às clouds. E não é difícil entender o motivo disso. A interconexão permite que as empresas de CMD desenvolvam capacidades de distribuição direta e se beneficiem do crescimento da interconexão privada, à medida que mais parceiros na cadeia de fornecimento se juntam ao ecossistema e participam da cadeia de valor digital. Segundo o Global Interconnection Index, divulgado pela Equinix, a velocidade de interconexão deverá superar o crescimento do tráfego de internet e MPLS com 36% de crescimento composto anual para as empresas de CDM e aumento de 48% na taxa de interconexão direta entre empresas e provedores de conteúdo e mídia digital. Portanto, para atender às expectativas do usuário por experiências interativas e imersivas, assim como tivemos na série “Black Mirror”, exibida na Netflix, em que o usuário foi convidado para definir o rumo do enredo, as empresas de Conteúdo e Mídia Digital precisam de uma plataforma global que realize interconexões diretas e seguras entre clouds, redes, ecossistemas de conteúdo e dados na Edge, de maneira próxima aos clientes e colaboradores. Da mesma forma, os provedores de serviços de rede, cloud, SaaS e outros serviços de conteúdo digital precisam estar preparados para estas plataformas, a fim de implementar serviços na Digital Edge em um modelo rápido e sob demanda. Além disso, é importante ter em mente que os provedores de serviços gerenciados serão fundamentais para permitir que provedores e empresas de CMD acelerem seus resultados nesta jornada. As mudanças nos padrões de consumo e outras tendências estão colocando as empresas de conteúdo e mídia digital sob crescente pressão competitiva para criar e fornecer conteúdo relevante e de alta qualidade aos usuários em qualquer dispositivo, a qualquer hora, em qualquer lugar. Permanecer no topo requer estar perto de onde o conteúdo está sendo criado e consumido para análise, criação, monetização, personalização e distribuição. A diminuição da distância equivale a menor latência, maior desempenho e maior segurança, esteja você se preparando para lançar o próximo sucesso digno de um Oscar ou embarcar conteúdos atuais nas suas novas plataformas digitais. Wellington Lordelo é Gerente de Solution Marketing da Equinix Brasil 50 fevereiro de 2019
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