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*Fevereiro/2019 Revista Florestal 204

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MADEIRA NATIVA<br />

E<br />

nquanto as exportações dos produtos de madeira<br />

plantada apresentaram crescimento no<br />

último ano, com tendência de ampliar ainda<br />

mais o ritmo de alta, as vendas externas dos<br />

produtos a base de espécies nativas permanecem<br />

ruins.<br />

Na contramão do crescimento constante, os produtos<br />

industrializados a partir de espécies tropicais têm perdido<br />

força no mercado internacional. O compensado tropical<br />

atingiu a marca de 61.016 m³ (metros cúbicos) exportados<br />

em 2018, mantendo o nível do volume exportado no ano<br />

anterior, resultando na média mensal de pouco mais de<br />

5.000 m³ (metros cúbicos), apontam números da Abimci<br />

(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente). O mesmo acontece com as lâminas<br />

tropicais. Em 2018, foram embarcados apenas 13.424 m³,<br />

permanecendo em um nível baixo e estável nos últimos<br />

três anos. “É um volume muito abaixo do belo histórico<br />

das exportações brasileiras em décadas passadas e da<br />

dimensão de nossas florestas tropicais, o que demonstra a<br />

falta de políticas públicas de incentivo ao uso e produção<br />

sustentável da floresta Amazônica”, afirma José Carlos Januário<br />

, presidente da Abimci.<br />

A madeira perfilada tropical registrou um pequeno recuo<br />

do volume em comparação com o ano passado, apesar<br />

de a série histórica mostrar uma média estável dos volumes<br />

exportados nos últimos cinco anos.<br />

O único item da pauta produzido a partir de espécies<br />

tropicais que teve aumento nas exportações foi a madeira<br />

serrada. O volume total exportado em 2018 totalizou<br />

556.441 m³, aumento de 18% em relação a 2017. De<br />

acordo com a Abimci, ainda são volumes muitos baixos<br />

e distantes do que o Brasil exportava na década passada,<br />

quando embarcava mais de 1 milhão de m³/ano.<br />

CHINA X EUA<br />

Um embate entre China e EUA (Estados Unidos da<br />

América) pode beneficiar os brasileiros. Recentemente, a<br />

guerra comercial entre o país norte-americano e o asiático<br />

teve mais um capítulo. Desta vez, o governo chinês aumentou<br />

o imposto de importação de produtos de madeira<br />

dura dos EUA, o que naturalmente encareceu o preço final<br />

de compensados, madeira serrada, decks, entre outros.<br />

Os importadores também reclamam que está levando<br />

muito mais tempo para o desembaraço das mercadorias<br />

pela aduana nos portos, ampliando a estadia dos contêineres<br />

e tornando o custo da mercadoria ainda mais alto. A<br />

maioria dos traders cortaram as compras de madeira dos<br />

EUA, o que resultou em queda de 50% das importações da<br />

China em 2018 na comparação com o ano anterior.<br />

Embate entre China<br />

e EUA pode beneficiar<br />

os brasileiros<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br

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