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Revista dos Pneus 54

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EMPRESA Visitámos a nova sede da Dispnal<br />

EVENTO 1.º Encontro de Agricultores Trelleborg/Easy<strong>Pneus</strong><br />

A revista n.º 1<br />

<strong>dos</strong> profissionais<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>54</strong><br />

Março 2019<br />

ANO IX | 5 euros<br />

Periodicidade: Trimestral<br />

Entrevista Victor Cañizares<br />

Vice-Presidente de Vendas e Marketing<br />

da Yokohama Iberia fala de um <strong>dos</strong><br />

melhores perío<strong>dos</strong> da história da marca<br />

BALANÇO DE 2018<br />

Estado da<br />

Nação<br />

Visão <strong>dos</strong> fabricantes<br />

Opinião <strong>dos</strong> distribuidores<br />

Perspetivas para 2019<br />

PUB<br />

www.yokohamaiberia.com


TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />

TÉCNICO<br />

SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE<br />

ESCAPE<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

“A MINHA OFICINA<br />

JÁ É RECONHECIDA<br />

EM TODO O MUNDO”<br />

FAÇA PARTE DA REDE EURO REPAR CAR SERVICE<br />

A EURO REPAR CAR SERVICE é uma ampla rede internacional de reparadores, com um vasto e profundo<br />

conhecimento do mercado multimarca. Presente em 22 países, com mais de 4000 oficinas em todo<br />

o mundo e mais de 100 em Portugal, o nosso grupo tem tudo o que precisa para levar a sua oficina ainda<br />

mais longe.<br />

Algumas das vantagens <strong>dos</strong> nossos aderentes:<br />

• SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO OFICINAL E FACTURAÇÃO<br />

• LINHA DE APOIO TÉCNICO<br />

• ACESSO A PLATAFORMA DE COMERCIALIZAÇÃO DE VIATURAS USADAS/SEMI-NOVAS<br />

• GAMA DE PEÇAS MULTIMARCA EUROREPAR COM MAIS DE 10.000 REFERÊNCIAS,<br />

INCLUINDO PNEUS E LUBRIFICANTES<br />

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Editorial<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Editor executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

joana.calado@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestor de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Trimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90, 2730 - 053<br />

Barcarena / Tel.: 214 345 400 N.º de Registo no<br />

ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

Proprietário/Editor:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte:<br />

510447953<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Consulte o Estatuto Editorial<br />

no site www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Geração<br />

millennials<br />

JOÃO VIEIRA, Diretor<br />

sta geração, nascida entre o início<br />

<strong>dos</strong> anos 80 e mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 90,<br />

representa já mais de metade da<br />

população europeia, sendo, atualmente,<br />

o segmento de população<br />

mais ativo e um motor para a economia, com<br />

uma crescente influência nas decisões de<br />

compra das famílias. Os millennials são os<br />

novos clientes das oficinas de pneus. E só<br />

conhecendo os seus hábitos e costumes, é<br />

possível oferecer-lhes um serviço que corresponda<br />

às suas necessidades e expectativas.<br />

Esta geração, que se destaca por se ter adaptado<br />

rapidamente aos avanços tecnológicos, no<br />

momento de decidir-se entre um modelo de<br />

pneu ou outro, realiza uma exaustiva pesquisa<br />

através da Internet. Precisam, em média, de<br />

seis semanas até concluírem a compra. Como<br />

precisam de mais informação e têm menos<br />

experiência no processo de compra de pneus,<br />

também demoram mais tempo para tomar<br />

a decisão. Utilizam a Internet para pesquisar<br />

o modelo e a marca de pneu mais indicado<br />

para o seu veículo, mas as recomendações de<br />

amigos e familiares têm um peso igualmente<br />

importante. Antes de fazer uma compra, os<br />

millennials consultam a opinião do círculo de<br />

pessoas mais próximo.<br />

Entre as prioridades <strong>dos</strong> fabricantes no que<br />

diz respeito à sustentabilidade para a próxima<br />

década, está o desenvolvimento de pneus<br />

respeitadores do ambiente, porque sabem<br />

que os jovens dispõem, cada vez mais, de<br />

uma maior consciência do impacto ambiental<br />

das suas escolhas. E, como tal, exigem ações<br />

precoces para fornecer produtos e serviços<br />

que asseguram um movimento em direção<br />

à mobilidade sustentável futura.<br />

Criar uma ligação pessoal com esta nova geração<br />

de clientes e ganhar a sua confiança, é<br />

fundamental. Os millennials são alguns <strong>dos</strong><br />

consumidores mais influentes e continuarão<br />

a levar o veículo à oficina. Tal como todas as<br />

gerações, estas pessoas têm valores próprios<br />

que as distinguem das precedentes. Para as<br />

casas de pneus, isto implica uma adaptação<br />

aos seus gostos e interesses para conseguir<br />

que invistam na manutenção <strong>dos</strong> seus veículos<br />

e se tornem clientes habituais.<br />

A melhor forma de conquistar os millennials é<br />

criar uma ligação pessoal com eles e ganhar a<br />

sua confiança. Para o efeito, é preciso chegar a<br />

eles. As formas de procurar informações e de<br />

comunicar <strong>dos</strong> millennials têm características<br />

próprias. Utilizam diferentes canais online,<br />

como pesquisas na Internet ou fóruns, e dão<br />

grande importância às recomendações de<br />

outros utilizadores no momento de escolher<br />

uma oficina de confiança.<br />

Muitos membros desta geração concluíram<br />

os seus estu<strong>dos</strong> em plena crise económica<br />

e estão acostuma<strong>dos</strong> a ajustar os seus orçamentos.<br />

Por conseguinte, vão procurar<br />

sempre orçamentos ajusta<strong>dos</strong> e ofertas para<br />

a manutenção <strong>dos</strong> seus veículos.<br />

As coisas que os millennials consideram valiosas<br />

e necessárias para a sua vida, são menos<br />

tangíveis do que as <strong>dos</strong> condutores mais<br />

veteranos. Por isso, a oficina deve colocar as<br />

suas ferramentas e tecnologias ao serviço de<br />

uma experiência personalizada para estes<br />

novos clientes. Não basta conhecer o nome<br />

do cliente quando este se dirige à oficina. É<br />

necessário assegurar que a visita e o serviço<br />

oferecido constituam uma experiência agradável<br />

e especial.<br />

Os millennials encontram-se entre os consumidores<br />

mais influentes. Costumam partilhar<br />

as suas experiências em redes sociais e plataformas<br />

de avaliação de negócios, chegando<br />

a muitas mais pessoas. Uma oficina de pneus<br />

ganhar a confiança destes clientes, é sinónimo<br />

de conseguir uma difusão positiva para<br />

o negócio.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

GT Radial 4Seasons<br />

Solução<br />

quatro estações<br />

Já está disponível, em exclusivo na Tiresur, o novo pneu All Season da GT Radial, que dá<br />

continuidade à política de inovação e ampliação de gama da empresa. Desenvolvido<br />

para ser utilizado durante todo o ano, anuncia uma série de benefícios<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Fabricada pela Giti Tire, a GT Radial<br />

é uma das marcas distribuídas no<br />

nosso país pela Tiresur, que dispõe<br />

de um vasto portefólio. Da gama<br />

PCR da GT Radial, a última novidade dá pelo<br />

nome de 4Seasons, que, como o próprio<br />

nome indica, consiste num pneu que concorre<br />

no segmento All Season. Ou seja, foi<br />

concebido para ser utilizado durante todo<br />

o ano. Faça chuva ou faça sol. Haja frio ou<br />

calor. O novo GT Radial 4Seasons anuncia<br />

uma ótima aderência em neve, garantindo<br />

uma condução segura em piso molhado e<br />

proporcionando um rendimento constante<br />

nos dias quentes e secos.<br />

Disponível para jantes de 14” a 17” (as larguras<br />

de secção variam entre 175 e 225<br />

mm), nas séries 45 a 65, apresenta índices<br />

de velocidade T, H e V. Entre os principais<br />

benefícios anuncia<strong>dos</strong> para este novo pneu,<br />

encontram-se os dois sulcos extra largos na<br />

banda de rodagem, que garantem evacuação<br />

rápida da água, resistência ao aquaplaning<br />

e curtas distâncias de travagem em<br />

superfícies molhadas. Já o novo composto<br />

100% sílica para todas as estações, garante<br />

excelente aderência em várias temperaturas<br />

e quilometragem duradoura. Quanto aos<br />

múltiplos sulcos profun<strong>dos</strong>, destinam-se a<br />

assegurar excelente aderência em superfícies<br />

geladas e cobertas de neve, para uma<br />

aceleração firme e distâncias de travagem<br />

curtas. Algumas medidas ostentam a sigla<br />

XL, o que significa que o pneu foi reforçado<br />

para suportar até mais 70 kg de carga adicional.<br />

O ruído de rolamento situa-se nos 71<br />

ou 72 dB, em função das medidas. O novo<br />

GT Radial 4Seasons está disponível para<br />

automóveis de turismo e SUV. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


19<br />

.com


Equipamento do mês<br />

LAUNCH X-431 ADAS<br />

Tecnologia de ponta<br />

É <strong>dos</strong> mais importantes desenvolvimentos tecnológicos <strong>dos</strong> últimos anos. Com<br />

apresentação marcada para a Motortec Automechanika Madrid, que se realiza de 13<br />

a 16 de março, o LAUNCH X-431 ADAS, que será comercializado pela Gonçalteam, é<br />

o novo sistema de calibração que está na vanguarda da técnica<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

Gonçalteam estará presente da<br />

edição de 2019 da feira de Madrid,<br />

no stand da Launch Ibérica,<br />

para dar a conhecer, entre outras<br />

novidades, os mais recentes equipamentos<br />

de diagnóstico LAUNCH. O novo sistema de<br />

calibração do sistema ADAS, que responde<br />

pela designação de X-431, é anunciado como<br />

um <strong>dos</strong> mais importantes desenvolvimentos<br />

tecnológicos <strong>dos</strong> últimos anos. Ao trabalhar,<br />

em conjunto, com os sistemas de diagnóstico<br />

PRO3 e PADIII, torna-se num equipamento<br />

dotado de tecnologia de ponta, preparado<br />

para as principais marcas de automóveis presentes<br />

no mercado europeu. “Este produto,<br />

juntamente com outra novidade que estará<br />

presente na feira, acrescentará, brevemente,<br />

mais atividades de workshop e formações ao<br />

nosso portefólio, que o profissional vai poder<br />

aproveitar e usufruir, em conjunto com este<br />

salto tecnológico“, assegura a Gonçalteam.<br />

◗ PAPEL FUNDAMENTAL<br />

O X-431 é um equipamento destinado aos<br />

automóveis com ADAS, permitindo recalibrar<br />

câmaras e radares <strong>dos</strong> sistemas avança<strong>dos</strong><br />

de assistência ao condutor. Funciona em<br />

conjunto com um scanner de inicialização<br />

compatível da Série X-431. Caso o veículo<br />

disponha de ADAS (sistemas avança<strong>dos</strong> de<br />

assistência ao condutor), baseado numa<br />

câmara frontal (indispensável ao funcionamento<br />

do alerta de colisão frontal, do<br />

assistente de faróis, do aviso de saída de<br />

faixa e do reconhecimento de sinais de<br />

trânsito, apenas para citar alguns) e num<br />

sistema de visão 360° (baseado em radares<br />

integra<strong>dos</strong> no para-choque dianteiro), entre<br />

outros, sempre que se substitui o para-brisas,<br />

uma câmara, um radar ou o para-choques<br />

dianteiro, impõe-se utilizar o equipamento<br />

de calibração ADAS e o scanner compatível<br />

para recalibrar os sistemas avança<strong>dos</strong> de<br />

assistência do condutor. O processo de recalibração<br />

consiste numa operação que tem<br />

uma importância vital após a substituição<br />

<strong>dos</strong> componentes acima menciona<strong>dos</strong>, de<br />

modo a manter a segurança máxima para<br />

condutor e passageiros.<br />

Até ao fecho desta edição, não eram conheci<strong>dos</strong><br />

mais pormenores acerca do LAUNCH<br />

X-431 ADAS, que estará em grande destaque<br />

na Motortec Automechanika Madrid, que se<br />

realiza de 13 a 16 de março. ♦<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Mercado<br />

Sinal verde<br />

Em dezembro de 2018, o mercado de pneus novos de substituição, em Portugal,<br />

no segmento Consumer, cresceu 12,5% comparativamente a igual mês de 2017.<br />

Já no acumulado do ano passado, verificou-se, também, uma subida: 3,2%<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo da<strong>dos</strong> do Europool, em dezembro<br />

de 2018, no que ao mercado<br />

de pneus novos de substituição disse<br />

respeito, venderam-se, em Portugal,<br />

no segmento Consumer (ligeiros de passageiros,<br />

comerciais ligeiros e 4x4), 182.401 unidades,<br />

ou seja, mais 20.327 comparativamente<br />

ao período homólogo do ano anterior. O que,<br />

na prática, traduziu-se num crescimento<br />

de 12,5%. Quanto ao acumulado de 2018,<br />

registou-se, igualmente, uma subida, ainda<br />

que bem menos acentuada: 3,2% (2.868.331<br />

unidades contra 2.780.517 transacionadas<br />

entre janeiro e dezembro de 2017).<br />

Na divisão por categorias, no último mês<br />

de 2018, o mercado nacional “absorveu”<br />

157.790 pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(+15,3% do que em dezembro de<br />

2017), 14.972 pneus radiais para veículos<br />

comerciais ligeiros (+16,5%) e 9.639 pneus<br />

4x4 (-21,9%). No acumulado de janeiro a<br />

dezembro de 2018, por comparação com<br />

o ano de 2017 completo, o Europool indica<br />

que foram vendi<strong>dos</strong> no nosso país 2.487.734<br />

pneus radiais para veículos de passageiros<br />

(+5,7%), 225.841 pneus radiais para veículos<br />

comerciais ligeiros (+1%) e 1<strong>54</strong>.756 pneus<br />

4x4 (-24%).<br />

Analisando os segmentos, em dezembro de<br />

2018, a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />

com 79.988 (+1,6%), seguindo-se os<br />

mid, com 51.263 (+62,9%), e os budget, com<br />

50.974 (-1,5%). No acumulado de janeiro a<br />

dezembro de 2018, os números alteram-<br />

-se para 1.392.982 pneus premium (-2,8%),<br />

823.411 pneus budget (-2,6%) e 637.776<br />

pneus mid (+29,5%) comparativamente<br />

ao ano completo de 2017.<br />

Quanto à tipologia, em dezembro de 2018,<br />

foram comercializa<strong>dos</strong> 44.<strong>54</strong>0 pneus HRD,<br />

ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para cima<br />

(+7,5%), 9.639 pneus SUV/4x4 (-21,9%), 8.947<br />

pneus RFT (+5,7%) e 1.049 pneus All Season<br />

(+21,3%). Números que, no acumulado de<br />

janeiro a dezembro de 2018, alteram-se para<br />

728.568 pneus HRD (+3,2%), 1<strong>54</strong>.756 pneus<br />

SUV/4x4 (-24%), 113.531 pneus RFT (-3,7%)<br />

e 17.974 pneus All Season (+13,5%). ♦<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Europool<br />

UNIDADES DEZEMBRO 2017 DEZEMBRO 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 136.893 157.790 15,3%<br />

Comerciais 12.847 14.972 16,5%<br />

4x4 12.334 9.639 -21,9%<br />

TOTAL 162.074 182.401 12,5%<br />

All Season 865 1.049 21,3%<br />

HRD 41.444 44.<strong>54</strong>0 7,5%<br />

RFT 8.462 8.947 5,7%<br />

SUV/4x4 12.334 9.639 -21,9%<br />

Budget 51.730 50.974 -1,5%<br />

Mid 31.470 51.263 62,9%<br />

Premium 78.764 79.988 1,6%<br />

12” 1 6 500%<br />

13” 6.583 7.328 11,3%<br />

14” 22.2<strong>54</strong> 28.725 29,1%<br />

15” 43.715 <strong>54</strong>.346 24,3%<br />

16” 47.967 47.280 -1,4%<br />

17” 24.487 27.834 13,7%<br />

18” 10.777 12.477 15,8%<br />

19” 4.387 2.733 -37,7%<br />

20” 1.395 1.121 -19,6%<br />

21” 362 311 -14,1%<br />

22” 28 64 128,6%<br />

23” 8 0 0,0%<br />

UNIDADES JAN./DEZ. 2017 JAN./DEZ. 2018 VARIAÇÃO<br />

Passageiros 2.353.368 2.487.734 5,7%<br />

Comerciais 223.619 225.841 1%<br />

4x4 203.530 1<strong>54</strong>.756 -24%<br />

TOTAL 2.780.517 2.868.331 3,2%<br />

All Season 15.842 17.974 13,5%<br />

HRD 705.965 728.568 3,2%<br />

RFT 117.849 113.531 -3,7%<br />

SUV/4x4 203.530 1<strong>54</strong>.756 -24%<br />

Budget 845.434 823.411 -2,6%<br />

Mid 492.306 637.776 29,5%<br />

Premium 1.433.139 1.392.982 -2,8%<br />

12” 250 414 65,6%<br />

13” 134.488 111.503 -17,1%<br />

14” 405.322 375.896 -7,3%<br />

15” 771.614 816.798 5,9%<br />

16” 753.240 820.990 9%<br />

17” 411.087 450.002 9,5%<br />

18” 164.106 187.308 14,1%<br />

19” 84.008 60.005 -28,6%<br />

20” 31.289 21.005 -32,9%<br />

21” 12.456 8.790 -29,4%<br />

22” 2.973 1.458 -51%<br />

23” 42 -2 -4,8%<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Do anti-dumping<br />

à gestão de expectativas<br />

de um mercado a subir<br />

Num ano marcado pela implementação do anti-dumping aos pneus pesa<strong>dos</strong> da<br />

China, o mercado nacional de pneus faz um balanço positivo de 2018. Mas a gestão<br />

de expectativas ainda é a alma do negócio<br />

Por: Jorge Flores<br />

2018 não foi fácil. Mas foi um ano positivo<br />

para a maioria das empresas<br />

do mercado de pneus em Portugal.<br />

Foi ainda um ano que obrigou os<br />

players a adotar um novo estrangeirismo. A<br />

implementação do anti-dumping aos pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> provenientes da China marcou a<br />

atividade, durante o ano transato, e não deixou<br />

ninguém indiferente. De um modo geral,<br />

tanto os fabricantes como os distribuidores<br />

fazem um balanço positivo do ano. Mas o<br />

otimismo, mesmo daqueles que aumentaram<br />

o volume de negócios em dois dígitos,<br />

é moderado. Pleno de cautelas.<br />

O negócio parece estar em fase de crescimento,<br />

mas a gestão de expectativas é a<br />

chave do segredo, até porque o aumento<br />

<strong>dos</strong> números, na maioria <strong>dos</strong> casos, aconteceu,<br />

sobretudo, na segunda metade do<br />

ano anterior.<br />

De destacar, a prestação do segmento <strong>dos</strong><br />

pneus quality, que registou uma subida considerável<br />

em relação a 2017, o que poderá<br />

estar relacionado com a evolução positiva da<br />

economia nacional. E com o próprio músculo<br />

financeiro das empresas que têm optado<br />

por soluções mais interessantes do ponto<br />

de vista da qualidade. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

ouviu diversos protagonistas do mercado<br />

de pneus em Portugal, desde fabricantes<br />

a distribuidores, para fazer um balanço do<br />

caminho percorrido pelo setor e perceber<br />

o sentido <strong>dos</strong> próximos passos. u<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Balanço de 2018<br />

Bridgestone<br />

Portugal<br />

“Conseguimos acabar o ano para<br />

além das metas traçadas”<br />

André Bettencourt recorda um 2018 “complicado”, mas superado<br />

com distinção. O fabricante continua apostado em oferecer<br />

soluções de mobilidade<br />

Para a Bridgestone Portugal, o balanço de 2018 é “muito positivo”. E André Bettencourt, diretor de<br />

marketing, explica o motivo: “Conseguimos acabar o ano para além das metas que tínhamos traçado,<br />

tanto em termos de volume como de rentabilidade. Não foi um ano fácil, pois, em alguns segmentos,<br />

ao longo do ano, o Europool registou quedas face a 2017, apesar de ter havido recuperação. Foi<br />

onde conseguimos ganhar quota”, afirma. “Em algumas gamas, sofremos com a indisponibilidade<br />

de produto fruto do sucesso que o grupo tem vindo a registar na Europa, bem como do crescimento<br />

em termos de equipamento de origem. Ao mesmo tempo, 2018 foi marcado pelo lançamento de<br />

muitos produtos novos, quer de consumo (ligeiros essencialmente) quer de comerciais (pesa<strong>dos</strong> e<br />

agrícolas). Mais uma vez, cimentámos a nossa presença no mercado nacional como parceiro global<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes”, reforça André Bettencourt.<br />

ANO GALARDOADO<br />

Foram muitas as atividades em 2018. O responsável destaca os diversos prémios <strong>dos</strong> consumidores.<br />

“Fomos eleitos ‘Prémio Cinco Estrelas’ na marca Bridgestone e ‘Produto do Ano’ com a inovação do<br />

Bridgestone DriveGuard. O projeto ‘Estrada Fora by Bridgestone’ foi reconhecido a nível nacional e<br />

internacional por diversas agências, que o elegeram como o melhor projeto de social engagement.<br />

Mas tivemos outras áreas em que deixámos a nossa pegada. Ativámos, em<br />

Portugal, a parceria com os Jogos Olímpicos, criando o projeto ‘Campo Olímpico by<br />

Bridgestone’, ao longo de duas edições proporcionámos a 50 crianças a possibilidade<br />

de praticarem, na Serra da Estrela, desportos Olímpicos na presença de<br />

atletas nacionais. Valores Olímpicos e sonhos de crianças que se realizaram,<br />

num projeto que, além da componente profissional, enriqueceu-nos a<br />

to<strong>dos</strong> a nível pessoal”, sublinha André Bettencourt.<br />

SOLUÇÕES DE MOBILIDADE<br />

As perspetivas para 2019 são grandes. “Começámos o novo ano ainda<br />

com mais motivação. Acabámos de receber a informação que a Bridgestone<br />

foi novamente distinguida pelos consumidores com o ‘Prémio<br />

Cinco Estrelas’ (segundo ano consecutivo) e ‘Escolha do Consumidor’.<br />

O novo Bridgestone Weather Control A005 foi considerado, igualmente<br />

pelos consumidores, como ‘Produto do Ano’ pela sua inovação num mercado<br />

tradicionalmente pouco virado para pneus All Season, tendo sido<br />

enaltecida a vantagem em termos de segurança acrescida”, frisa. “Aspetos que<br />

nos ajudarão, de certeza, a consolidar o nosso crescimento, mas, para 2019, os<br />

objetivos passam, cada vez mais, pela tipologia de produtos e do mix das nossas<br />

vendas. Mais do que vender unidades, é preciso perceber que há segmentos vitais para<br />

o crescimento da empresa. E, isso, vai passar por aquilo que é o ADN da Bridgestone Europe<br />

- Sucursal em Portugal nos tempos atuais. Temos como missão contribuir para a manutenção global<br />

do registo da empresa como número um no fabrico de pneus, mas tornarmo-nos, também, líderes<br />

em soluções de mobilidade”, revela. A aquisição por parte da Bridgestone da TomTom Telematics (líder<br />

na Europa em soluções digitais para frotas) é exemplo disso. “Continuaremos fabricantes de pneus,<br />

mas seremos, igualmente, criadores de soluções que permitam aos utilizadores irem do ponto A ao<br />

ponto de B de uma forma mais célere e eficaz, sempre com um olho naquilo que, para a Bridgestone,<br />

é fundamental: servir a sociedade com produtos e serviços de qualidade”, conclui.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque Balanço de 2018<br />

“Este é um mercado maduro<br />

e destacou-se pela competitividade”<br />

Continental<br />

Portugal<br />

Marco Silva, responsável de marketing, considera que o mercado<br />

de pneus está maduro e competitivo como nunca. 2018 foi um ano<br />

de crescimento sustentado<br />

“O setor automóvel está fortemente dependente do desempenho da economia nacional que, em 2018,<br />

registou um desempenho positivo”. Para Marco Silva, diretor de marketing da Continental Portugal,<br />

está tudo ligado. “Neste sentido, 2018 foi um ano de ligeiro crescimento de vendas no mercado de<br />

pneus ligeiros e a performance da Continental no mercado doméstico acompanhou essa evolução.<br />

Tendo em conta que este é um mercado maduro e não se perspetivam grandes variações, destacou-se<br />

o elevado nível de competitividade, com as diversas marcas a apresentar condições extremamente<br />

competitivas de oferta aos consumidores. Continuou a ocorrer uma forte pressão sobre as margens<br />

do negócio”, adianta.<br />

Regresso aos agrícolas<br />

O fator mais relevante da atividade, em 2018, “foi o regresso ao mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas”, afirma.<br />

“Este foi um passo importante na complementaridade da gama de produtos já disponibiliza<strong>dos</strong><br />

pela Continental. As perspetivas de mercado extremamente interessantes para este tipo de pneus,<br />

aliadas à forte expansão do nosso portefólio, seguramente potenciarão o nosso crescimento neste<br />

segmento tão competitivo. Temos, hoje, uma oferta global em to<strong>dos</strong> os segmentos – ligeiros, pesa<strong>dos</strong><br />

e industriais - que vem consolidar a nossa imagem de parceiro preferencial entre os clientes.<br />

A nossa expectativa é alcançar uma quota de mercado condizente com a Continental, à imagem<br />

<strong>dos</strong> restantes negócios de pneus. O feedback que recebemos por parte <strong>dos</strong> clientes é<br />

muito positivo. Acreditamos que o sucesso alcançado até ao momento será reforçado<br />

com o aumento da nossa gama de produtos. O negócio agrícola é cíclico e<br />

to<strong>dos</strong> os indicadores apontam para o crescimento do setor nos próximos anos,<br />

acompanhando o aumento da população mundial”, explica Marco Silva.<br />

Crescimento sustentado<br />

Em 2019, o fabricante aponta ao crescimento, mas de forma sustentada<br />

e estruturada em to<strong>dos</strong> os segmentos, “mantendo e reforçando a nossa<br />

posição de destaque no mercado de ligeiros”, adianta. “Ambicionamos<br />

também continuar a crescer no segmento de pesa<strong>dos</strong>, aportando novos<br />

serviços e novas soluções. O segmento <strong>dos</strong> pneus industriais, sobretudo<br />

agrícolas e earthmoving, vão continuar a merecer a nossa atenção. Queremos<br />

reforçar a nossa comunicação junto <strong>dos</strong> consumidores para que sejamos,<br />

claramente, uma marca top of mind <strong>dos</strong> consumidores, sempre associada a<br />

atributos como segurança, tecnologia e performance de topo, indo ao encontro<br />

das mais exigentes necessidades de mercado”, refere Marco Silva. “A opção<br />

pelo running como plataforma preferencial de comunicação com o consumidor<br />

final, permite-nos, de uma forma divertida e informal, transmitir os valores da marca<br />

e estar mais próximos <strong>dos</strong> consumidores. Continuaremos a apostar no nosso projeto de<br />

responsabilidade social ‘Vision Zero’ e na nossa ambição de contribuir para a redução da sinistralidade<br />

rodoviária e para uma mobilidade mais segura, mais rápida e mais amiga do ambiente”, diz.<br />

O crescimento da rede ContiService, com cada vez maior capilaridade nacional, continua na ordem do<br />

dia. “Queremos continuar a desenvolver a rede 360º, para dar cada vez melhor resposta aos clientes<br />

profissionais, diversificando o nosso negócio e estando, de forma equilibrada, nos diferentes canais<br />

de mercado. Aqui com uma aposta muito clara na formação, através da nossa Training Academy, e<br />

na dotação <strong>dos</strong> nossos parceiros, com ferramentas que os apoiem numa estratégia de crescimento<br />

sustentado”, afirma o responsável.<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Michelin<br />

“Fomos ágeis e respondemos<br />

às necessidades <strong>dos</strong> clientes”<br />

Nuno Ferreira, responsável da Michelin, faz um balanço positivo de<br />

2018. Um ano em que a empresa consolidou a nova organização e<br />

colheu os seus frutos<br />

2018 foi um ano de recuperação, depois de um 2017 menos positivo. Quem o afirma é Nuno Ferreira,<br />

diretor operacional e relações institucionais da marca em Portugal. “Partimos de um 2017<br />

algo complicado por um decréscimo do segmento premium e uma instabilidade no mercado, que<br />

se estabilizou em 2018, convertendo-se num exercício muito positivo para o Grupo Michelin, tanto<br />

em vendas como em quota de mercado”, garante o responsável, sublinhando a importância de ter<br />

conseguido consolidar a “nova organização” e de colher os seus frutos. “Fomos capazes de ser mais<br />

ágeis a responder às necessidades <strong>dos</strong> nossos clientes e utilizadores”, afirma Nuno Ferreira, que, ainda<br />

em relação ao ano transato, destaca o “crescimento no segmento de altas prestações de (superiores<br />

a 17”) e All Season”, acrescenta.<br />

Novidades em março<br />

Em relação ao próximo ano, Nuno Ferreira centra as suas atenções em “duas novidades importantes<br />

nos seus respetivos segmentos, cujas apresentações internacionais à imprensa têm lugar no nosso<br />

país no mês de março”. Quais são? “O Anakee Adventure, o novo pneu Michelin para motos trail, e o<br />

Michelin Pilot Sport 4 SUV, a solução perfeita para os SUV de altas prestações”, revela.<br />

“Continuamos a investir em inovação e desenvolvimento, a trabalhar e a investigar junto do consumidor<br />

e do fabricante de automóveis para definir a mobilidade do futuro, fabricando pneus seguros,<br />

eficientes e duradouros, que respondam às necessidades de veículos e consumidores”,<br />

enfatiza ainda Nuno Ferreira.<br />

Objetivo para a Michelin, segundo o responsável, e “que entendemos dever ser a<br />

do setor, é sermos capazes de consciencializar o consumidor da importância de<br />

um bom pneu: a sua segurança e economia dependem disso”.<br />

E explica. Enquanto setor, temos a responsabilidade de fazer ver o impacto<br />

que o produto pneu tem para o condutor como único ponto de união do<br />

veículo ao solo. Impacto na segurança (distância de travagem, aderência em<br />

curva), nas prestações do veículo (aceleração, travagem, grip), na duração<br />

do produto, no consumo de combustível e no meio ambiente”, sublinha<br />

Nuno Ferreira à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Preparar futuro<br />

A nível comercial, as expectativas para 2019 são de “manter a dinâmica de<br />

crescimento em to<strong>dos</strong> os segmentos, especialmente naqueles que representam<br />

oportunidades de subida, como o mercado das altas prestações, SUV<br />

e All Season”, diz. “Temos uma oferta atual e de excelência com os produtos<br />

Michelin Pilot Sport 4 para veículos de turismo, o novo Michelin Pilot Sport 4 SUV,<br />

com chegada marcada para março deste ano e o Michelin Cross Climate, produto<br />

único no mercado, tanto para veículos turismo como comerciais”, afirma Nuno Ferreira.<br />

O responsável defende que a sustentabilidade das empresas de pneus em Portugal passa por vários<br />

fatores: “Melhorar a experiência de compra, assessoria na hora de aconselhar o melhor produto<br />

para cada cliente, melhor serviço e por valorizar o produto pneu”, explica. “As empresas devem ser<br />

conscientes <strong>dos</strong> seus pontos fortes e fracos, trabalhando para criar diferenciação. Têm de preparar-<br />

-se para agarrar as oportunidades. Geralmente, em especial em merca<strong>dos</strong> maduros, aproveitar as<br />

novas oportunidades permite ganhar vantagem competitiva capaz de gerar fidelização e valor. E,<br />

isso, traduz-se em margem! E ganhar dinheiro é fundamental para as empresas, no presente, e para<br />

serem capazes de melhor prepararem o futuro”, remata Nuno Ferreira.<br />

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Destaque<br />

Balanço de 2018<br />

“Consolidámos posição de referência<br />

no segmento de altas prestações”<br />

Em 2018, a Pirelli consolidou a posição no segmento de altas<br />

prestações. Alejandro Recasens descreve o ano que passou<br />

como “muito positivo”<br />

Pirelli<br />

A Pirelli encerrou 2018 com um balanço “muito positivo” da atividade em Portugal. Um<br />

ano com “excelentes números, apesar das variações do mercado”, esclarece Alejandro Recasens,<br />

responsável do fabricante no mercado nacional. “Embora a Pirelli não seja a marca<br />

com mais quota do mercado em Portugal, consolidámos a nossa posição de referência no<br />

segmento de altas prestações, uma condição reconhecida pelo cliente premium. Continuamos<br />

a trabalhar para desenvolver o nosso reconhecimento como marca”, acrescenta.<br />

Em destaque, no ano passado, esteve o evento ligado ao reconhecimento da marca em relação ao<br />

70.º aniversário da Porsche. Além disso, “também temos tido uma presença destacada no panorama<br />

desportivo português, especialmente nos ralis, como a prova <strong>dos</strong> Açores e o Rali da Madeira”, conta.<br />

Por outro lado, a nível comercial, “enaltecemos este salto que a Pirelli deu em Portugal no que<br />

concerne a consolidação de marca referência no setor de elevadas prestações”, sublinha ainda<br />

Alejandro Recasens.<br />

PRODUTOS DIFERENCIADOS<br />

O nosso objetivo é continuar a crescer e consolidarmos o segmento de elevadas prestações. Neste<br />

sentido, a linha positiva das matrículas em Portugal ajudam-nos, com um crescimento destacado<br />

de novos veículos de empresas premium e prestige. Trabalhamos com a dedicação e propósito<br />

de ganhar quota de mercado, porque pensamos que ainda temos mais espaço para melhorar.<br />

Um <strong>dos</strong> desafios de futuro, para a Pirelli, é o crescimento e a especialização da rede da marca. “Da<br />

nossa parte, estamos foca<strong>dos</strong> no trabalho com os pontos de venda mais especializa<strong>dos</strong> do mercado<br />

português (com uma grande presença em Lisboa, Porto e na zona norte do país)”, diz.<br />

Alejandro Recasens entende que, para garantirem a sustentabilidade, as empresas do<br />

mercado de pneus, no nosso país, devem tentar marcar a diferença pela qualidade.<br />

“Para a Pirelli, o cerne da questão e a única maneira de tornar a nossa marca<br />

sustentável, é focalizá-la em produtos diferencia<strong>dos</strong> pela via tecnológica e<br />

da qualidade. Desejamos fugir das tendências do setor, um segmento em<br />

que o preço é o principal argumento e não o produto”, reforça.<br />

INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO<br />

Alejandro Recasens considera que, para se tornarem mais competitivas,<br />

as oficinas de pneus devem investir na sua própria evolução. “A Pirelli<br />

continuará a apostar num exímio departamento de Investigação, Desenvolvimento<br />

e Inovação (atualmente, consome 6,5% <strong>dos</strong> benefícios da<br />

marca), que assegurará um produto final de grande qualidade e repleto<br />

de tecnologia. Este ponto, em conjunto com os pneus homologa<strong>dos</strong> e<br />

com marcação, será determinante para obter a máxima competitividade”.<br />

De acordo com o responsável, as principais adversidades da atividade<br />

são duas. “A primeira, vem do mundo digital, que contribuiu para oferecer<br />

tanta informação ao utilizador final, que, de facto, em determinadas ocasiões,<br />

o coloca numa posição superior ao funcionário do ponto de venda. Este fator não é<br />

negativo, mas requer uma adaptação de to<strong>dos</strong> os intervenientes deste novo processo<br />

de venda, que conta com uma referência de preço muito clara (o preço deixa de ser o fator<br />

diferenciador, dado que vem mencionado no online)”, conclui Alejandro Recasens.<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


Destaque<br />

Balanço de 2018<br />

“O anti-dumping obrigou-nos<br />

a redirecionar a nossa estratégia”<br />

Kumho<br />

A implementação do anti-dumping nos pneus pesa<strong>dos</strong><br />

oriun<strong>dos</strong> da China obrigou a Kumho a redefinir a atividade<br />

nos merca<strong>dos</strong> europeus<br />

Luis Hernández, responsável da Kumho em Portugal, faz um balanço “positivo e com um crescimento<br />

sustentado da presença da marca”, em 2018, no mercado lusitano, na área <strong>dos</strong> “pneus pesa<strong>dos</strong>”.<br />

Foi um ano com momentos marcantes. “A implementação da norma anti-dumping nos pneus<br />

pesa<strong>dos</strong> provenientes da China foi um fator que produziu um impacto generalizado em todo o<br />

setor. Obrigou, inevitavelmente, a Kumho a redirecionar a sua estratégia no mercado europeu.<br />

A nível interno, a aquisição da Kumho por parte do fabricante Doublestar revelou-se como<br />

mais um enorme desafio para a marca e que melhora, substancialmente, as perspetivas para<br />

os próximos anos”, afirma.<br />

Para 2019, a Kumho prevê a chegada de novos modelos de camião Multiperformance (gamas<br />

X – XD, XS e XT) ao mercado português, “destina<strong>dos</strong> a cobrir uma gama muito atrativa para os<br />

utilizadores de longo curso”, adianta Luis Hernández à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

DESAGRAVAMENTO FISCAL<br />

Que desafios se colocam ao futuro da Kumho no nosso país? “Esperamos consolidar a nossa<br />

presença no mercado de pneus de camião e autocarro com a NEX Tyres, adequando a oferta<br />

de enorme valor proporcionada pela gama Kumho às necessidades do mercado. Ainda assim,<br />

o ajustamento do mercado após a absorção da norma anti-dumping está em curso, pelo<br />

que 2019 será um ano cheio de desafios que contamos superar”, sublinha Luis Hermández,<br />

explicando ainda quais considera as medidas prioritárias para a “saúde” do negócio. “Ao nível<br />

de pneus de camião, as empresas transportadoras continuam a sentir o peso da máquina<br />

fiscal de forma demasiado intensa, por via da fatura mensal <strong>dos</strong> combustíveis e na compra<br />

de veículos novos. A deterioração do parque circulante e a antiguidade do<br />

mesmo, aliada a um maior custo <strong>dos</strong> pneus devido ao reposicionamento em<br />

alta da gama mais económica (e, por inerência, da gama quality onde nos<br />

inserimos), prejudica ainda mais a solidez financeira do setor, levando a<br />

que os custos relaciona<strong>dos</strong> com pneus sejam ti<strong>dos</strong> como secundários e<br />

levando a tomada de decisões erradas (seja através de recauchutagem<br />

de pneus sem condições/carcaças adequadas ou por reesculturações<br />

indevidas), o que também leva ao aumento da sinistralidade”, avisa.<br />

E deixa a mensagem: “Por estes motivos, é imperativo o desagravamento<br />

fiscal relacionado com o setor <strong>dos</strong> transportes para o tornar<br />

mais competitivo e seguro”.<br />

EFEITOS DAS GREVES<br />

Relativamente ao estado do comércio de pneus em Portugal, Luis<br />

Hermández regista ainda vários problemas “na chegada de mercadoria<br />

a Portugal, nomeadamente, com as inúmeras greves que se fizeram<br />

sentir no setor portuário (com atrasos e custos enormes para poder descarregar<br />

contentores) e pela apertada fiscalização à norma anti-dumping,<br />

que levou a que as alfândegas verificassem fisicamente to<strong>dos</strong> os contentores<br />

Kumho que chegavam a Portugal provenientes da Coreia do Sul (com os inevitáveis<br />

custos acresci<strong>dos</strong>)”, acusa. “Esperamos, sinceramente, que, em 2019, não ocorram, de forma<br />

sistemática, estes fatores exógenos que debilitaram fortemente a cadeia logística da Kumho,<br />

quer nos prazos de entrega quer nos custos associa<strong>dos</strong> à mesma”, conclui.<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Dispnal<br />

“Não são as espécies mais fortes ou<br />

inteligentes que sobrevivem, mas as<br />

que melhor respondem às mudanças”<br />

Rui Chorado fala num ano muito positivo para a<br />

empresa e cita Charles Darwin para explicar<br />

a importância de estar preparado para a mudança<br />

Rui Chorado, fundador e administrador da Dispnal, classifica 2018 como um ano “bastante positivo”<br />

para as atividades da empresa. “Tanto para a Dispnal <strong>Pneus</strong> como para a Dispnal Iberia, sociedade<br />

do grupo que se dedica à comercialização <strong>dos</strong> diferentes produtos que compõem a nossa gama, em<br />

Espanha”, revela.<br />

“2017 já tinha sido um ano bastante positivo em termos da performance global da nossa operação<br />

ibérica, o que nos levava a antecipar um 2018 prometedor, com as economias portuguesa e espanhola<br />

a ‘descolarem para um voo mais tranquilo’.<br />

Não nos podemos esquecer que o mundo mudou e, como dizia Charles Darwin, ‘não são as espécies<br />

mais fortes nem as mais inteligentes que sobrevivem, mas sim aquelas que melhor respondem<br />

às mudanças’. Na Dispnal, estamos em permanente mutação e adaptação às novas realidades <strong>dos</strong><br />

merca<strong>dos</strong>. Se os clientes procuram racionalizar e rentabilizar custos, temos de oferecer-lhes soluções<br />

económicas e rentáveis, como são exemplo as nossas marcas TRIANGLE, LEAO, LINGLONG, MIRAGE<br />

e POWERTRAC, todas elas com fabrico em unidades de produção de última geração, localizadas em<br />

países com custos de mão de obra controla<strong>dos</strong>. De salientar, também, os excelentes desempenhos<br />

da nossa marca premium TOYO e das quality PETLAS (Made in Europe) e NANKANG. Comercializamos<br />

as soluções mais económicas e rentáveis do mercado. Quer para os nossos agentes, quer para os<br />

clientes finais”, sublinha Rui Chorado.<br />

NOVIDADES EM 2019<br />

O lançamento e a introdução das gamas de turismo, comerciais e SUV/4x4 da marca PETLAS e a<br />

gama de pneus pesa<strong>dos</strong> da mesma marca, “com produção 100% europeia”, foram os momentos mais<br />

marcantes de 2018, segundo Rui Chorado. O responsável, de resto, tem muitas novidades apontadas<br />

para este ano.<br />

“Na marca TOYO, quero destacar o novíssimo pneu comercial NEVA (NanoEnergyVan), que substitui<br />

o campeão do rendimento quilométrico H08, disponível, desde já, numa gama dimensional que<br />

começa em 165/70R13 e termina na medida 235/60R17. O novíssimo NEVA destaca-se pelo elevado<br />

equilíbrio entre as performances em piso molhado, o baixo nível de resistência ao rolamento<br />

e o superior rendimento quilométrico. Ainda na marca TOYO, de destacar o lançamento<br />

do novo Proxes TR1, que substitui o magnífico T1R, e destaco a grande capacidade<br />

de drenagem em piso molhado e as superlativas aderência e tração em curva. Em<br />

termos de gama dimensional, começa em 195/45R14 e termina em 245/35R20.<br />

Na marca PETLAS, destaco a qualidade superior <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> fabrica<strong>dos</strong><br />

no continente europeu, constituindo uma das grandes apostas da<br />

Dispnal no mercado ibérico em 2019”, conta. Este ano, “voltamos a apostar<br />

nas novas tecnologias, por forma a facilitar a relação comercial com os<br />

nossos clientes”, diz.<br />

GAMA COMPLETA<br />

São vários os desafios da Dispnal. “Procuramos centrar os nossos esforços<br />

e o nosso foco no aumento da rentabilidade do negócio <strong>dos</strong> nossos<br />

agentes. Exemplo disso, são as nossas marcas TOYO, PETLAS e NANKANG,<br />

através das quais nos orgulhamos em oferecer, não só, produtos de qualidade<br />

superior, que comparamos com as mais prestigiadas marcas a nível mundial,<br />

mas, também em oferecer, através <strong>dos</strong> nossos parceiros distribuidores, o melhor<br />

serviço do mercado”, adianta.<br />

“Orgulhamo-nos, também, de oferecer ao mercado a mais vasta e completa gama<br />

de produtos, que começa nas câmaras de ar e termina nos pneus de engenharia civil,<br />

passando, claro está, pelas gamas de turismo, comerciais, SUV/4x4, pesa<strong>dos</strong>, agrícolas, florestais,<br />

industriais e jantes de camião. É uma tripla parceria entre fabricante, distribuidores e utilizador final.<br />

Sempre com as mais elevadas taxas de rentabilidade para os nossos agentes”, acrescenta.<br />

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Destaque<br />

Balanço de 2018<br />

“Vamos ter uma dinâmica<br />

comercial mais personalizada”<br />

AB Tyres<br />

Filipe Bandeira recorda um 2018 irregular, no início, mas com<br />

evolução positiva no segundo semestre. Em 2019, aposta numa<br />

dinâmica comercial personalizada<br />

Para a AB Tyres, 2018 começou de uma forma “um pouco irregular, mas evoluiu num sentido muito<br />

positivo no segundo semestre”, assegura Filipe Bandeira à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. Entre os momentos<br />

relevantes do ano transato, o responsável da empresa destaca a “alteração estratégica e<br />

de gestão, bem como a taxa anti-dumping nos pneus pesa<strong>dos</strong>”.<br />

No ano em curso, a AB Tyres aposta, essencialmente, em<br />

novos produtos e ainda numa “dinâmica comercial mais personalizada”, salienta<br />

Filipe Bandeira.<br />

Invasão estrangeira<br />

Que desafios se colocam ao futuro da AB Tyres no nosso país? “Perceber<br />

em que ponto se deve colocar e focar um distribuidor, face a produtor<br />

e plataformas B2C”, afirma o responsável, sublinhando a importância<br />

de colocar sempre o “foco no cliente e o stock em linha com as suas<br />

necessidades”. Uma receita para o sucesso das empresas que operam<br />

no mercado de pneus em Portugal.<br />

Em que áreas as oficinas de pneus devem investir a fim de se tornarem<br />

mais competitivas? “Formação, limpeza, outros serviços e produtos, equipamentos<br />

de primeira linha e ferramentas que possam ter vantagem face<br />

a um centro auto”, afirma o responsável à nossa revista.<br />

Quanto ao estado do comércio de pneus em Portugal, Filipe Bandeira lamenta<br />

a “invasão” de empresas espanholas e, também, europeias, as dificuldades financeiras<br />

do cliente final e da oficina, o esmagamento da margem por operadores e os<br />

custos logísticos eleva<strong>dos</strong>”.<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


20%<br />

das paragens forçadas de<br />

veículos pesa<strong>dos</strong> são provocadas<br />

por falhas <strong>dos</strong> pneus<br />

ContiPressureCheck<br />

90%<br />

das paragens forçadas<br />

relacionadas com pneus<br />

são provocadas por um<br />

furo lento não detetado<br />

1 em 4 pneus das frotas de pesa<strong>dos</strong> têm uma pressão insuficiente que atinge os 10%<br />

Uma sub-insuflação de 10% nos pneus<br />

resulta em aprox. 3% de aumento do consumo<br />

de combustível<br />

O ContiPressureCheck ajuda...<br />

Monitorização da pressão e<br />

temperatura em tempo real<br />

Avisa imediatamente o<br />

condutor se houver perda<br />

de pressão num pneu<br />

Reconhecimento Automático<br />

de vários reboques com a<br />

funcionalidade ATL -Deteção<br />

Automática de Reboques<br />

Monitoriza até<br />

6 eixos/<br />

24 pneus<br />

Compatível com<br />

Telemática<br />

6 anos<br />

vida útil da bateria<br />

do sensor<br />

Reduz<br />

a inatividade<br />

devido a pneus<br />

CO 2<br />

Menos<br />

consumo de<br />

combustível e<br />

emissões de<br />

carbono<br />

Aumenta<br />

a vida útil do<br />

pneu<br />

Melhora<br />

a segurança<br />

Mais informações: www.continental-pneus.pt


Destaque<br />

Balanço de 2018<br />

NEX Tyres<br />

“Apresentaremos novidades<br />

em todas as gamas<br />

que comercializamos”<br />

Há quatro anos em Portugal, a NEX Tyres obteve um registo<br />

positivo em 2018. Para este ano, o responsável, Aldo<br />

Machado, promete novidades em todas as gamas<br />

O balanço de 2018 foi “positivo” para a NEX, tanto em Portugal como a nível ibérico. Como<br />

momentos mais marcantes do ano passado, Aldo Machado, responsável da empresa, recorda<br />

a “implementação da norma anti-dumping nos pneus pesa<strong>dos</strong> provenientes da China”, uma<br />

medida que produziu “um impacto generalizado ao nível da distribuição grossista e, no caso<br />

da NEX de forma positiva”, afirma o responsável à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

“Entramos no quarto ano de atividade da NEX Tyres em Portugal, pelo que a política de<br />

consolidação da nossa presença no mercado nacional passará por apresentar novas soluções<br />

em determina<strong>dos</strong> segmentos e gamas de produto. Durante o primeiro trimestre, sob o<br />

slogan “Ano novo…marca nova!”, apresentaremos novidades em todas as gamas por<br />

nós comercializadas”, acrescenta.<br />

Aldo Machado acredita que o “mercado de distribuição grossista entrará numa<br />

fase agitada, que poderá acarretar movimentos importantes a nível ibérico”.<br />

Em relação à NEX “e pela posição detida no mercado, estaremos atentos a<br />

todas as movimentações, caso elas venham a ocorrer de forma efetiva”,<br />

sublinha a mesma fonte.<br />

Dimensão superior<br />

Aldo Machado defende algumas medidas para garantir a sustentabilidade<br />

do mercado. “Ao nível grossista, pensamos que o mercado é<br />

constituído por muitos players e que, pela limitação imposta pela nossa<br />

dimensão, alguns atores não dispõem de capacidade para subsistirem<br />

a curto e médio prazos. As empresas que constituem este setor terão<br />

de ganhar uma dimensão superior para garantirem a sua presença e<br />

ganhar visibilidade a nível ibérico, sob pena de sucumbirem devido ao<br />

fator dimensão corporativa/dimensão mercado. Um ator de terceira linha<br />

no mercado espanhol dispõe de um nível de faturação semelhante aos nossos<br />

maiores players portugueses e, com esta abordagem simplista, temos uma visão<br />

clara da vulnerabilidade a que estes últimos estão sujeitos”, afirma.<br />

Que segmento de pneus considera ter mais futuro? O responsável avança com a sua visão:<br />

“No caso <strong>dos</strong> pneus ligeiros e por via da tendência do mercado automóvel, a gama de<br />

pneus SUV de altas prestações deverá manter um ritmo de crescimento acelerado. Apesar<br />

do investimento <strong>dos</strong> fabricantes na área <strong>dos</strong> pneus All Season, em Portugal, manter-se-á a<br />

tendência de compra de pneus de verão”.<br />

Prazos de pagamentos<br />

Na sua opinião, para o exercício da atividade, seria importante o comércio de pneus, no nosso<br />

país, eliminar determinadas contrariedades. “Atualmente, verificamos uma deterioração <strong>dos</strong><br />

prazos de pagamento e de maior risco de incobrabilidade, isto em contraciclo com o crescimento<br />

da economia. Este fator, aliado a um mercado altamente concorrencial, leva a que<br />

determina<strong>dos</strong> atores não tenham um critério que consideramos adequado na concessão<br />

de crédito e no risco inerente ao negócio, o que leva a ações que, invariavelmente, tendem<br />

a deteriorar margens de comercialização e ao desposicionamento de preços que afetam<br />

todo o setor. E tudo isto ocorre devido ao facto de os clientes ‘incumpridores’ disporem de<br />

diversas soluções de fornecimento, o que acaba por desregular o funcionamento de todo<br />

o mercado”, enfatiza.<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


S. José<br />

<strong>Pneus</strong><br />

“O “Ano correu depressa e bem, com um<br />

crescimento em todas as gamas”<br />

Luís Aniceto destaca a subida em todas as gamas<br />

comercializadas, à exceção <strong>dos</strong> camiões, colocando as<br />

atenções no novo espaço da empresa em 2019<br />

Com um crescimento das vendas em todas as gamas (exceto nas de camião), Luís Aniceto,<br />

responsável da S. José <strong>Pneus</strong>, descreve 2018 como positivo para a empresa.<br />

Um ano que contou com vários momentos altos. E a grande rotação. “O ano correu<br />

bem depressa, em relação à boa evolução das vendas, e a nossa atenção esteve<br />

também muito focada na evolução da construção da nossa futura sede/armazém,<br />

com to<strong>dos</strong> os pormenores inerentes quanto à ansiedade de poder<br />

executar um projeto tão essencial para o presente e futuro da empresa,<br />

que completa, em março de 2019, 53 anos de existência”, conta.<br />

As expectativas em relação a este ano? “Será um ano marcante na<br />

empresa, com a entrada em funcionamento da nova sede/armazém.<br />

É um projeto que ansiamos há muito, que vai representar um marco<br />

chave para o bom futuro da empresa, com o que perspetiva de aumento<br />

de produtividade, de organização e de capacidade de stock,<br />

que dará lugar ao aumento de marcas e produtos em oferta”, sublinha<br />

Luís Aniceto.<br />

Valor justo<br />

Para a S. José <strong>Pneus</strong>, os desafios passam por “continuar na linha da frente da<br />

distribuição de pneus a nível ibérico”, aponta Luís Aniceto. O responsável da<br />

empresa acredita que é essencial, cada vez mais, “que cada casa de pneus saiba<br />

onde quer estar no futuro, garantindo um justo valor/margem <strong>dos</strong> seus serviços,<br />

de forma a poder remunerar devidamente os (bons) funcionários de que dispõe e a<br />

equipar-se para continuar a evoluir, garantindo sempre mais qualidade nos serviços que presta”.<br />

No seu entender, de resto, “to<strong>dos</strong> os segmentos de pneus, devida e tecnicamente bem trabalha<strong>dos</strong>,<br />

continuam a ter uma perspetiva de futuro”, acrescenta Luís Aniceto.<br />

Formação <strong>dos</strong> quadros<br />

Luís Aniceto destaca ainda a importância de as oficinas de pneus apostarem no conhecimento<br />

<strong>dos</strong> seus colaboradores. “Devem investir em equipamento e em formação do seu quadro de<br />

trabalhadores”, adianta o responsável. Sobre o estado do comércio de pneus em Portugal, o<br />

maior “constrangimento” que encontra está relacionado com “uma concorrência desenfreada<br />

em busca de quota de mercado, esquecendo que o mais importante será sempre a qualidade<br />

em detrimento da quantidade”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Destaque Balanço de 2018<br />

“Os quality subiram 30% e a marca<br />

Lassa Tyres beneficiou disso”<br />

Pneurama<br />

Com um crescimento do volume de negócio na ordem <strong>dos</strong><br />

dois dígitos, a Pneurama beneficiou do aumento da procura<br />

<strong>dos</strong> pneus quality em 30%<br />

Dois dígitos! O crescimento do volume de negócios da Pneurama, no ano transato, foi<br />

desta ordem de grandeza. “Em 2018, a Pneurama cumpriu o seu compromisso de oferecer<br />

aos seus clientes a melhor relação preço/qualidade em cada segmento de pneus.<br />

No segmento quality com a marca Lassa Tyres e no segmento budget com a marca Saferish, o<br />

crescimento foi de dois dígitos”, afirma José Azevedo Mota, responsável da empresa à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

“O facto mais marcante na atividade de venda de pneus em 2018 foi a aplicação da taxa<br />

anti-dumping para os pneus de camião fabrica<strong>dos</strong> na China. Na atividade comercial da<br />

Pneurama, o facto mais relevante foi o crescimento do segmento quality (mid) em<br />

2018. Segundo o Europool, até setembro de 2018 este segmento cresceu cerca<br />

de 30%. A marca bandeira da Pneurama, a Lassa Tyres, encontra-se neste<br />

segmento e beneficiou deste crescimento”, sublinha o responsável.<br />

PODER DE COMPRA<br />

Na nossa perspetiva de José Azevedo da Mota, o crescimento do<br />

segmento quality “deve-se ao aumento do poder de compra <strong>dos</strong><br />

portugueses como consumidores finais (crescimento de PIB) fazem<br />

o trade up do budget. E, também, um maior conhecimento por parte<br />

do consumidor final sobre os produtos que compra. Por exemplo, em<br />

2017, a Lassa Tyre estava nas 20 marcas de pneus mais pesquisadas<br />

na Internet (segundo o Tyre Review), sendo uma das marcas que mais<br />

cresceu nas pesquisas. No mercado <strong>dos</strong> pneus, já se nota a existência<br />

de um consumidor informado”, diz.<br />

Para este ano, a Pneurama pretende “manter o seu compromisso de<br />

oferecer a melhor relação preço/qualidade em to<strong>dos</strong> os segmentos de<br />

pneus”, explica José Azevedo da Mota. “No segmento quality, com a nossa<br />

marca bandeira, Lassa Tyres, a perspetiva que temos é que haja um crescimento<br />

das vendas, em grande parte por causa de enorme retenção neste produto. O cliente<br />

que experimenta volta a utilizar. É expectável um crescimento na ordem <strong>dos</strong> dois dígitos. No<br />

segmento budget, com a marca Saferish, a Pneurama assumiu o compromisso de ter um stock<br />

constante das principais medidas vendidas em Portugal. Como é um segmento relativamente<br />

novo para nós, prevemos um crescimento também na ordem <strong>dos</strong> dois dígitos. No segmento<br />

premium, a Pneurama juntou aos 4x4 da Cooper a marca Continental em UHP e Run Flat.<br />

No segmento de pneus maciços e pneumáticos, a Pneurama continua no seu esforço de oferecer<br />

ao mercado produtos de qualidade competitivos.<br />

Por último, a Pneurama ampliou a sua oferta de produtos com câmaras de ar. Desde fevereiro<br />

que a Pneurama disponibiliza mais de 70 medidas de câmaras de ar em borracha sintética<br />

(qualidade superior) e borracha natural”, revela.<br />

DIMENSÃO DUPLA<br />

José Azevedo da Mota encara o futuro com otimismo. “A estratégia da Pneurama, no mercado<br />

português, está assente em duas dimensões. Primeiro, oferecer um produto de qualidade, que<br />

permite às lojas de pneus reterem os seus clientes criando lealdade a uma marca. Consideramos<br />

a nossa marca bandeira, Lassa Tyres, um pneu com excelente relação preço/qualidade.<br />

Segundo, fazer distribuição de pneus exclusivamente às lojas de pneus. Ou seja, as marcas<br />

da Pneurama não são vendidas pela Internet diretamente ao consumidor final, protegendo,<br />

assim, a margem do retalhista. Ao mesmo tempo, a Pneurama segue o sistema clássico de distribuição,<br />

em que respeita a exclusividade geográfica das lojas de pneus”, refere. Dentro desta<br />

estratégia, “os nossos maiores desafios são conseguir passar os atributos das nossas marcas<br />

para os clientes e para os consumidores finais. Estamos, neste momento, a preparar o nosso<br />

plano de comunicação para 2019, com enfoque na marca Lassa Tyres”, conclui.<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


RS Contreras<br />

“A nova operação logística encontra-se<br />

a 100% e estamos otimistas”<br />

Balanço positivo da RS Contreras no mercado nacional em<br />

2018. Para 2019, as expectativas estão fo cadas na entrada em<br />

funcionamento do novo espaço/armazém<br />

“Fazemos um balanço muito positivo do ano de 2018. Conseguimos aumentar o volume<br />

de faturação e unidades vendidas, com um destaque significativo da evolução<br />

do mix”. As palavras são de José Enrique Carreiro e descrevem um ano muito<br />

ativo da RS Contreras. “Devido às necessidades de aumentar a nossa oferta,<br />

realizámos uma alteração logística complexa, com o objetivo de otimizar<br />

as operações, melhorando a capacidade de armazenamento e de expedição”,<br />

destaca. “Apesar da complexidade desta mudança, fizemos<br />

um esforço muito grande para continuar a servir os clientes com os<br />

padrões de qualidade a que estão habitua<strong>dos</strong>. A nova operação logística<br />

encontra-se a funcionar a 100%, o que nos permite ser muito<br />

otimistas quando olhamos para o futuro”, reforça ainda o responsável<br />

à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Além da mudança logística, a RS Contreras tem outros objetivos para<br />

2019. “O aumento da gama UHP disponível em stock, a introdução da<br />

nova gama da NEXEN, feita na nova fábrica localizada na República<br />

Checa, com grandes novidades em termos de equipamento de origem e<br />

de extensão de gama, e, finalmente, a comercialização da marca TRISTAR,<br />

produzida por um <strong>dos</strong> principais fabricantes chineses, com uma gama<br />

espetacular e uma excelente relação preço/qualidade”, assegura.<br />

APOSTA LOGÍSTICA<br />

“Na RS Contreras, nos últimos anos, temos vindo a fazer grandes investimentos na parte<br />

do desenvolvimento logístico, informático e, mais importante, nos recursos humanos. Consideramos<br />

que este será o grande desafio no futuro próximo”, sublinha José Enrique Carreiro.<br />

Como medidas prioritárias para as empresas do setor, o responsável acredita que nada supera<br />

uma “gestão rigorosa do negócio, com especial atenção às vertentes da gestão financeira,<br />

comercial e de recursos humanos”. E vai mais longe: “Do ponto de vista do negócio, a diversificação<br />

de serviços, a aposta e a adaptação às novas tecnologias serão medidas fundamentais”.<br />

Quanto ao segmento automóvel, “os pneus UHP são, não o futuro, mas já o presente, devido<br />

à evolução do parque. Tecnologias como Run Flat, Sealant ou as de redução de ruído (Silent),<br />

são, hoje, uma realidade que continuará a desenvolver-se no futuro” afirma. “Finalmente, assistimos<br />

ao aumento das vendas de pneus para veículos elétricos, que, tendo em consideração<br />

a evolução do setor automóvel, acreditamos que será o futuro”, adianta.<br />

QUALIDADE DE SERVIÇO<br />

Existem vários aspetos que José Enrique Carreiro considera fulcrais para o mercado. Exemplos?<br />

“A formação contínua <strong>dos</strong> funcionários, assim como a atualização contínua de equipamentos<br />

e, principalmente, a aposta em satisfazer as necessidades do cliente final”, sublinha.<br />

Para a RS Contreras, agora, o principal desafio será “continuar a melhorar a qualidade de serviço<br />

a que temos habituado os clientes, o que nem sempre é fácil se tivermos em consideração que,<br />

em alguns casos, dependemos de terceiros, que nem sempre cumprem os padrões de qualidade<br />

combina<strong>dos</strong>. Para garantir um serviço de excelência, é preciso realizar um investimento<br />

elevado, sendo preciso uma grande criatividade para conseguir que o binómio operacionalidade/rentabilidade<br />

funcionem”, assegura.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Destaque Balanço de 2018<br />

Euro Tyre<br />

“A estratégia de ser um fornecedor<br />

global de aftermarket foi a correta”<br />

Telmo Barradas, responsável da Euro Tyre, garante que<br />

a estratégia assumida há três anos deu frutos. O<br />

balanço positivo de 2018 comprova o sucesso<br />

“O balanço do ano foi francamente positivo, com aumento de vendas em<br />

pneus e peças”, começa por referir Telmo Barradas, responsável da Euro<br />

Tyre, que tem uma convicção: “A nossa estratégia de rumo, de passarmos<br />

a ser um fornecedor global de aftermarket efetuada há três anos, foi a<br />

correta”, sublinha.<br />

As perspetivas para 2019, na área <strong>dos</strong> pneus, passa por “continuar a<br />

enfrentar o mercado com uma boa dinâmica de vendas, proporcionando<br />

aos clientes encontrarem no nosso portal todas as suas necessidades a<br />

preços competitivos”, explica Telmo Barradas, que encara os próximos<br />

anos com um espírito positivo. “Na Euro Tyre, encaramos o futuro com<br />

otimismo, pois pensamos estar prepara<strong>dos</strong> para enfrentar o aftermarket.<br />

Um <strong>dos</strong> desafios, continuará a ser servir as necessidades <strong>dos</strong> clientes. O outro,<br />

será o compromisso com a rentabilidade”, adianta.<br />

CRESCIMENTO DUPLO<br />

Telmo Barradas é da opinião que as empresas do setor deviam ter em consideração alguns<br />

pontos. “A primeira medida, transversal a oficinas e distribuidores, será as empresas desenvolverem<br />

procedimentos que acautelem ao máximo os valores de crédito que dão aos seus<br />

clientes. A segunda medida, que embora já seja um ‘chavão’, será colocar mesmo em prática a<br />

diversificação do negócio, nomeadamente, as oficinas de pneus que integrem os serviços de<br />

mecânica rápida, promovendo, assim, a fidelização <strong>dos</strong> clientes”, diz.<br />

No mercado, o responsável prevê o crescimento de duas linhas. “Nas Jantes maiores ou equivalentes<br />

a 16”, um crescimento nos segmentos budget/quality, dado que, por um lado, existirá<br />

um aumento de preços nos pneus chineses e, por outro, os fabricantes europeus com as suas<br />

marcas de segunda linha farão, seguramente, os ajustes para que tal aconteça. Nas jantes<br />

maiores ou equivalentes a 17”, um crescimento do segmento premium pois, por um lado, existem<br />

cada vez mais veículos novos equipa<strong>dos</strong>, de origem, com estas jantes, sendo tendência<br />

natural do cliente final, na primeira reposição, optar pelo pneu que vem de origem. Por outro,<br />

houve uma ligeira descida de preços <strong>dos</strong> fabricantes de marcas premium nestas jantes”, explica<br />

Telmo Barradas à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

DIVERSIFICAR NEGÓCIO<br />

Importante para a as empresas do setor, na sua perspetiva, é, “sem dúvida, a diversificação<br />

do negócio com a integração <strong>dos</strong> serviços de mecânica rápida. Decorrente dessa mutação, as<br />

oficinas devem investir na formação <strong>dos</strong> seus colaboradores para a área da mecânica”, reforça.<br />

Questionado sobre os problemas do mercado, Telmo Barradas é taxativo: “Por norma, não é<br />

nossa cultura falarmos sobre constrangimentos e adversidades. Se os houver, estamos cá para<br />

resolvê-los. Mas se houver algum a destacar, será o já apontado controlo de crédito”, remata.<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Tiresur<br />

Portugal<br />

“Crescemos em termos de volume<br />

e faturação acima <strong>dos</strong> dois dígitos”<br />

Armando Lima Santos, responsável da Tiresur Portugal,<br />

congratula-se com a prestação da empresa em to<strong>dos</strong> os<br />

quadrantes. E revela cinco pilares para 2019<br />

2018 voltou a ser muito positivo para a Tiresur Portugal. Armando Lima Santos<br />

é muito claro. “Crescemos em termos de volume e faturação acima <strong>dos</strong> dois<br />

dígitos e obtivemos um melhor resultado financeiro comparativamente a<br />

2017”, revela. Momentos mais expressivos do ano passado? “Felizmente,<br />

tivemos vários aspetos marcantes, mas destacamos o início da comercialização<br />

de pneus agrícolas e industriais, através da representação das<br />

marcas MRL e GTK. Além disso, passámos, também, a ser representantes<br />

da marca Triangle em pneus de turismo, 4x4/SUV e comerciais, tendo<br />

lançado a rede Triangle Club, plano de fidelização associado a esta<br />

marca. Conseguimos aumentar a nossa carteira de clientes ativos e<br />

aumentámos o número de associa<strong>dos</strong> também na nossa rede Center’s<br />

Auto, o que demonstra bem o nível de confiança que o mercado deposita<br />

na Tiresur”, sublinha Armando Lima Santos.<br />

PILARES PARA 2019<br />

Em 2019, a estratégia da empresa assenta em cinco pilares fundamentais. “Mais<br />

clientes ativos/novos clientes; foco na venda de produtos e segmentos de produto mais<br />

rentáveis para a empresa; foco na eficiência operacional; continuidade no controlo de crédito;<br />

aposta na fidelização <strong>dos</strong> clientes com foco no crescimento das nossas redes e planos de<br />

fidelização - Center´s Auto e Triangle Club”, revela.<br />

Armando Lima Santos pretende que a empresa “continue a crescer e, acima de tudo, queremos<br />

ser uma grande referência no mercado em Portugal, assim como já o somos em Espanha e no<br />

Brasil”, conta. Para isso, dispõe de um um plano ambicioso, assente na estratégia ‘visão 360º -<br />

Temos o que procura’, que permite um posicionamento como um fornecedor completo de pneus<br />

para to<strong>dos</strong> os segmentos e gamas de produto. “As nossas apostas fortes, em 2019, em termos<br />

de produtos, vão para as marcas GT Radial (com o lançamento do pneu All Season), Triangle<br />

e MRL, estes na vertente agrícola. Em termos de pneus de camião, queremos dar seguimento<br />

à boa performance de vendas na marca Uniroyal. Quanto a investimentos, temos previsto um<br />

novo ERP e, a médio prazo, a mudança de instalações para ganharmos capacidade de stock<br />

e melhorarmos ainda mais o nosso serviço. São, portanto, sinais claros do investimento e da<br />

aposta que o grupo está a fazer no nosso país. Vai ser, com certeza, um ano marcante para a<br />

nossa empresa”, sublinha.<br />

GESTÃO DE IMPARIDADES<br />

Para Armando Lima Santos, atualmente, existem “muitos operadores no mercado e as margens<br />

do negócio têm sido um desafio para to<strong>dos</strong> os atores presentes em Portugal”. Por esse<br />

motivo, é “preciso ser cada vez mais eficiente, para poder continuar a ter resulta<strong>dos</strong> positivos.<br />

Além disso, em 2019, à semelhança do que já se foi verificando em 2018, a área de crédito e<br />

cobrança assume particular e importante relevância para quem quiser sobreviver. É preciso<br />

realmente muito cuidado na gestão das imparidades”, alerta o responsável da Tiresur Portugal.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Atualidade<br />

<strong>Pneus</strong><br />

no<br />

menu<br />

Os distribuidores de peças despertaram<br />

para o negócio <strong>dos</strong> pneus. Uma aposta<br />

que veio para ficar e que constitui uma<br />

séria ameaça para as empresas que<br />

operam, em exclusivo, na distribuição<br />

<strong>dos</strong> componentes pretos com um<br />

buraco no meio<br />

Por: Jorge Flores<br />

Costuma dizer-se que a “necessidade<br />

aguça o engenho”, mas, muitas<br />

vezes, também obriga a alargar<br />

os serviços presta<strong>dos</strong> e produtos<br />

comercializa<strong>dos</strong>. Nos últimos tempos, os distribuidores<br />

exclusivos de pneus, em Portugal<br />

(mas não apenas...), têm assistido a um aumento<br />

da concorrência por via das empresas<br />

distribuidoras de peças. São muitas as que<br />

descobriram no negócio <strong>dos</strong> pneus uma<br />

forma de compensar o “estrangulamento”<br />

das margens e que alargaram estes produtos<br />

e serviços ao menu da sua atividade.<br />

Helmut Wolk, da Wolk After Sales Experts,<br />

especialista na indústria e no negócio <strong>dos</strong><br />

pneus, em entrevista à nossa revista, há<br />

três anos, já alertara para esta tendência. “A<br />

maioria <strong>dos</strong> distribuidores de peças vende<br />

pneus fora do canal pneus, já que o alvo<br />

principal são as oficinas independentes. As<br />

oficinas independentes são, muitas vezes,<br />

‘atores’ passivos no negócio <strong>dos</strong> pneus. A<br />

maioria <strong>dos</strong> grossistas de peças, perante<br />

os milhares de referências que trabalham<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Distribuidores de peças<br />

de pneus são ambos suporta<strong>dos</strong> por ferramentas<br />

ativas de Online Routing. Estão<br />

ambos no mesmo mercado e a convivência<br />

nem sempre é bem conseguida”, explicara.<br />

Fomos ouvir o que pensam, atualmente,<br />

alguns <strong>dos</strong> grandes distribuidores de peças<br />

do mercado nacional sobre este polémico<br />

assunto.<br />

w IMPORTÂNCIA DOS PNEUS<br />

Para a MCoutinho Peças, esta tendência é<br />

apenas um reflexo da evolução <strong>dos</strong> tempos.<br />

E do negócio. “Por muito que o paradigma da<br />

indústria automóvel esteja a mudar, com a<br />

introdução de elementos altamente disruptivos,<br />

como condução autónoma, veículos<br />

elétricos e conectividade entre veículos, há<br />

certos elementos que se mantêm puros na<br />

sua essência e finalidade para a qual foram<br />

nós especialistas na distribuição de peças<br />

e não tendo o conhecimento profundo do<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus, a nossa estratégia passa<br />

por nos posicionarmos junto <strong>dos</strong> clientes<br />

como um distribuidor com oferta global. Não<br />

pretendemos, nem faz sentido, que os pneus<br />

sejam a principal oferta do nosso portefólio,<br />

nem o nosso core business”, esclarece Flávio<br />

Menino. “Mas pretendemos disponibilizá-los<br />

aos clientes para aumentarmos o nosso nível<br />

de serviço, no âmbito de uma oferta global,<br />

complementando to<strong>dos</strong> os outros produtos<br />

que já comercializamos. Assim, os clientes<br />

podem encontrar na Autozitânia mais um<br />

tipo de produto que vai ao encontro das suas<br />

necessidades”, sublinha. “Esta tendência é,<br />

também, uma consequência da propensão<br />

que tem vindo a observar-se nas oficinas,<br />

que se transformaram num prestador de<br />

e o limitado número de vendedores, concentram-se<br />

mais nas peças do que nos<br />

pneus, situação que acaba por retirar alguma<br />

pro-atividade ao negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />

Para aumentar o negócio <strong>dos</strong> pneus com<br />

as oficinas, os grossistas precisam do know-<br />

-how <strong>dos</strong> fabricantes de pneus e da sua<br />

ajuda ativa. Os grossistas e os fabricantes<br />

cria<strong>dos</strong>”, adianta Ricardo Figueiras, responsável<br />

de marketing da empresa. “Os pneus”,<br />

acrescenta, “mostram-se um desses casos”.<br />

Para mais, “com a importância que os pneus<br />

continuam a representar nos próprios automóveis,<br />

é natural que os distribuidores<br />

procurem alargar a sua oferta”, explica a<br />

mesma fonte à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

w OFERTA GLOBAL<br />

Por seu turno, Flávio Menino, diretor de<br />

marketing da Autozitânia, reconhece que<br />

esta é uma tendência que a empresa vai<br />

“acompanhar, com a inclusão <strong>dos</strong> pneus no<br />

nosso portefólio”, revelando, inclusivamente,<br />

que já se encontra a “dar os primeiros passos<br />

nesse sentido”. Mais: “Definimos esta estratégia<br />

numa lógica de one-stop-shop, uma<br />

tendência que tem vindo a crescer. Sendo<br />

serviços global, incluindo os pneus na sua<br />

oferta. E que provoca alterações em toda a<br />

cadeia de distribuição”, conclui o responsável.<br />

w ALARGAR HORIZONTE<br />

Ricardo Lima, responsável de marketing da<br />

Soulima, também não tem dúvidas sobre o<br />

caminho a percorrer pelos distribuidores de<br />

peças na atividade <strong>dos</strong> pneus. “O mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus foi, no passado, fortemente considerado<br />

um mercado independente do de<br />

reparação automóvel. Porém, com a emergência<br />

da tendência de aproximação <strong>dos</strong><br />

players do mercado de pneus ao de reparação<br />

automóvel, é normal que exista uma<br />

evolução para um mercado global ao nível<br />

da distribuição e de oferta ao consumidor<br />

final”, esclarece. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Atualidade<br />

Circuito de Portugal Valorpneu<br />

Digressão<br />

w ESTRELA DA CAMPANHA<br />

A apresentação da nova campanha Circuito<br />

de Portugal Valorpneu ficou a cargo de Clide<br />

norte a sul<br />

A Valorpneu juntou, no dia 9 de janeiro, na sede da Cometil, em Loures,<br />

membros do governo, órgãos de comunicação social e alguns <strong>dos</strong> seus membros<br />

para apresentar a nova campanha Circuito de Portugal<br />

Por: Joana Calado<br />

A<br />

abertura da iniciativa esteve a cargo<br />

de Hélder Pedro, gerente da Valorpneu,<br />

que começou por fazer<br />

uma breve viagem pela história da<br />

sociedade por quotas, sem fins lucrativos, fundada<br />

em 2002 e que, hoje, conta já com uma<br />

rede de “mais de 2.150 aderentes ao sistema<br />

e mais de 4.000 comerciantes e distribuidores<br />

a nível nacional. Permitindo, assim, que a taxa<br />

de recolha de pneus esteja nos 100%, sendo<br />

que a meta definida pelo licenciamento é de<br />

96%. Sobre a recolha de pneus usa<strong>dos</strong>, Hélder<br />

Pedro indicou que, neste momento, “a quantidade<br />

de pneus recolhi<strong>dos</strong> pelos operadores<br />

da rede é superior à <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong>,<br />

totalizando mais de 81.000 toneladas<br />

de pneus anualmente recolhi<strong>dos</strong>”. No final<br />

do seu discurso de abertura, o gerente da<br />

Valorpneu afirmou: “Podemos estar to<strong>dos</strong><br />

orgulhosos do trajeto que tem sido feito”.<br />

ménia Silva, diretora-geral da organização,<br />

que começou por explicar o conceito da<br />

campanha e os seus objetivos. Esta iniciativa<br />

irá visitar cerca de 4.000 postos detentores<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, sendo que se consideram<br />

detentores de pneus usa<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os operadores,<br />

empresas ou entidades (oficinas,<br />

estações de serviço e lojas especializadas,<br />

entre outras) que detenham pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

Com o objetivo de fortalecer o relacionamento<br />

da Valorpneu com os seus parceiros<br />

e sensibilizar os detentores de pneus usa<strong>dos</strong><br />

para a gestão correta deste resíduo, contribuir<br />

para a evolução do SGPU, realizar um inquérito<br />

de avaliação e satisfação e ainda realizar<br />

um estudo nacional sobre estado do SGPU, a<br />

campanha vai percorrer Portugal de norte a<br />

sul. A equipa de 11 elementos estará dividida<br />

por sete veículos, to<strong>dos</strong> vesti<strong>dos</strong> a rigor: pessoas<br />

e viaturas. Os 11 promotores realizarão<br />

cerca de 770 visitas mensais, prevendo-se o<br />

envolvimento de mais de 10.000 pessoas. A<br />

campanha teve início no mês de janeiro, em<br />

vários distritos ao mesmo tempo, estando<br />

previsto que termine em junho, no distrito<br />

de Santarém.<br />

A estrela desta iniciativa é o pneu telecomandado<br />

que as empresas visitadas são<br />

convidadas a experimentar, num circuito<br />

previamente definido. Juntamente com<br />

ele (pneu telecomandado), foi criado uma<br />

circuito de formação e informação, no qual<br />

os visita<strong>dos</strong> são incentiva<strong>dos</strong> a participar. O<br />

circuito é constituído por seis pinos, nos quais<br />

estão mensagens que o participante deve ler<br />

ao passar com o pneu por cada um deles. Ao<br />

consultar as mensagens, o participante deve<br />

reter cinco máximas: “Discriminar”, “Aceitar”,<br />

“Guardar”, “Transportar”, “Entregar”. No fim,<br />

apenas precisa de guardar o certificado de<br />

entrega durante cinco anos.<br />

A terminar, refira-se a presença do Secretário<br />

de Estado do Ambiente, Carlos Martins, que,<br />

para além de uma breve apresentação, na<br />

qual valorizou o trabalho desenvolvido pela<br />

Valorpneu, ainda testou a estrela da campanha,<br />

momento que arrancou de to<strong>dos</strong> os<br />

presentes algumas gargalhadas. u<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


C<br />

revistapneus_fevereiro_impressao.pdf 1 18/02/2019 17:19:35<br />

M<br />

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CM<br />

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CMY<br />

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Reportagem<br />

Irmandade<br />

do pneu<br />

No dia 1 de fevereiro, a Vipal juntou,<br />

no Lisbon Marriott Hotel, importantes<br />

associações do setor <strong>dos</strong> pneus para<br />

discutir temas pertinentes, como a<br />

Economia Circular e o Anti-dumping.<br />

ANIRP, AER, TNU e Valorpneu<br />

não faltaram à chamada<br />

ANTI-DUMPING<br />

E ANTI-SUBVENÇÕES<br />

A primeira apresentação foi subordinada ao tema<br />

“Resultado das reclamações de Anti-dumping e Anti-<br />

-subvenções - Consequências para o nosso setor e atuações<br />

futuras”. Michael Schwämmlein, da BIPAVER, usou da palavra<br />

para destacar o trabalho realizado junto da Comunidade Europeia,<br />

que levou a que esta desenvolvesse investigações que<br />

originaram o novo regulamento europeu datado de novembro<br />

de 2018. As novas diretivas irão vigorar durante cinco anos,<br />

sendo que, até ao momento, ainda não há conhecimento de<br />

que os produtores chineses tenham efetuado uma contra<br />

proposta para as mesmas. Estas diretivas são consideradas<br />

uma grande ajuda para os distribuidores portugueses.<br />

No entanto, Michael Schwämmlein alertou para a necessidade<br />

de se manterem atentos para qualquer<br />

tentativa de desrespeito destas normas.<br />

Por: Joana Calado<br />

NOVA LEGISLAÇÃO<br />

EUROPEIA PARA O PNEU<br />

As etiquetas de pneus renova<strong>dos</strong> irão sofrer alterações, passando<br />

a ter a indicação do nome do distribuidor, modelo ou nome comercial,<br />

bem como um código QR. As indicações relativas à eficiência de<br />

combustível e de travagem mantêm-se, tal como a indicação do nível<br />

de ruído. Michael Schwämmlein indicou, durante a sua apresentação,<br />

que será necessário retificar o suplemento R108, uma vez que, neste<br />

momento, não existe base legal para marcar pneus renova<strong>dos</strong>, apesar<br />

de já vigorarem algumas diretivas nacionais em certos países, como,<br />

por exemplo, na Alemanha. Ricard Anadón e Alejandro Rodriguez,<br />

ambos da IDIADA, focaram as suas exposições na necessidade de<br />

atestar a qualidade não só <strong>dos</strong> pneus mas, também, <strong>dos</strong> processos<br />

de renovação. Relativamente à inscrição do símbolo snowflake<br />

nos pneus e nas etiquetas, está condicionada à passagem<br />

de diversos testes, nomeadamente travagem, aceleração<br />

e tração.<br />

ANÁLISE<br />

DE CUSTOS<br />

PARA A FABRICAÇÃO<br />

DE PNEUS RENOVADOS<br />

O<br />

Lisbon Marriott Hotel abriu as<br />

suas portas para receber parceiros<br />

e convida<strong>dos</strong> da Vipal,<br />

numa reunião que contou com<br />

a presença de representantes de importantes<br />

associações na área da recauchutagem<br />

e reciclagem de pneus usa<strong>dos</strong>. O dia 1 de<br />

fevereiro começou cedo para os presentes,<br />

tendo a abertura e o encerramento da ação<br />

ficado a cargo de Frederico Schmidt, diretor-<br />

-geral da Vipal. u<br />

Salvador Perez Lucerna, da Insa Turbo, desenvolveu<br />

um estudo sobre os custos de fabricação de pneus renova<strong>dos</strong>,<br />

partindo da base de vendas, gastos e unidades<br />

produzidas, sendo este último o mais importante para a<br />

análise de custos mais eficiente possível. Considerando ainda<br />

que, neste momento, a maior dificuldade que as empresas<br />

enfrentam é o aumento do custo da matéria-prima, o que<br />

fez com que as margens de lucro diminuíssem. Assim, considerando<br />

uma produção de 2.500 unidades, o total de<br />

custos para a fábrica andaria na ordem <strong>dos</strong> €71.000, o<br />

que se traduz num custo por pneu de €28,40. Estes<br />

valores (estima<strong>dos</strong>) poderão variar devido a<br />

dois fatores: produção menor do que a<br />

estimada; aumento de tempo no<br />

processo de produção.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Reunião ANIRP-AER<br />

ECONOMIA<br />

CIRCULAR<br />

APLICADA AO PNEU<br />

Tratando-se de um quadro sobre ambiente, a apresentação<br />

ficou a cargo de Climénia Silva, da Valorpneu,<br />

e Javier de Jesus, da TNU. Referindo-se à legislação ambiental<br />

que afeta o setor <strong>dos</strong> pneus, Climénia Silva recordou<br />

a nova licença atribuída à Valorpneu, que entrará em vigor<br />

até 2021, fazendo ainda uma breve viagem pela definição e<br />

diferenciação <strong>dos</strong> diferentes resíduos. No que diz respeito<br />

aos pneus enquanto resíduos, prevê-se a sua preparação<br />

para reutilização, reciclagem, outras formas de valorização<br />

e, por fim, a sua destruição. Sobre o exemplo espanhol,<br />

Javier de Jesus alertou para a necessidade de uma<br />

alteração à legislação atual. Sendo necessário<br />

modificar os códigos de utilização, incluindo<br />

os R14 (preparação para reutilização)<br />

e R15 (relativo ao recheio).<br />

AÇÕES A REALIZAR<br />

NO FUTURO PERANTE AS<br />

ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS<br />

Para abordar este tema, foram chama<strong>dos</strong> os representantes da AER<br />

e da ANIRP, Salvador Perez e José Gomes, respetivamente. De acordo<br />

com o representante espanhol, o pneu está em contínua evolução,<br />

transformando este num mercado cada vez mais exigente e competitivo,<br />

aumentando a necessidade de mostrar que os pneus renova<strong>dos</strong><br />

estão ao nível <strong>dos</strong> novos, quer em termos técnicos quer em termos de<br />

qualidade. Já José Gomes começou a sua intervenção por referir que os<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> não estão sujeitos a Ecovalor, ou seja, ficam isentos<br />

deste imposto, seja em termos de importação seja no que se refere à<br />

comercialização. José Gomes salientou ainda que, com a nova legislação,<br />

toda a carcaça que seja entregue num centro para ser recauchutada<br />

não será considerada resíduo, apresentando ainda o novo fluxograma<br />

de pneus. A terminar, o representante da ANIRP reforçou<br />

a ideia de que os pneus recauchuta<strong>dos</strong> deveriam começar<br />

a ser uma opção em concursos públicos, deixando este<br />

desejo para um futuro próximo.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Reportagem<br />

1.º Encontro de Agricultores Trelleborg/Easy<strong>Pneus</strong><br />

Especialistas em<br />

pneus agrícolas<br />

O crescimento da atividade<br />

agrícola no distrito de Beja<br />

tem contribuído para o<br />

desenvolvimento de diversos<br />

negócios, onde se inclui<br />

o comércio de pneus.<br />

Easy<strong>Pneus</strong> e Trelleborg<br />

uniram esforços para<br />

conquistarem este<br />

novo mercado<br />

Por: João Vieira<br />

A<br />

Easy<strong>Pneus</strong>, distribuidor exclusivo<br />

<strong>dos</strong> pneus Trelleborg para o distrito<br />

de Beja, realizou, no passado dia 23<br />

de fevereiro, nas suas instalações, o<br />

1.° Encontro de Agricultores Trelleborg/Easy<strong>Pneus</strong>,<br />

num evento conjunto que reuniu mais<br />

de 100 clientes. O objetivo foi apresentar as<br />

diversas marcas do Grupo Trelleborg Wheel<br />

Systems, nomeadamente Trelleborg, Mitas e<br />

Cultor, assim como divulgar os serviços da<br />

Easy<strong>Pneus</strong> para o setor agrícola.<br />

Ramón Martínez, gerente da Trelleborg<br />

Wheel Systems Espanha e Portugal, deu as<br />

boas-vindas aos participantes e começou<br />

por fazer uma apresentação do grupo cotado<br />

em bolsa, que alcançou uma faturação<br />

anual de 3,28 mil milhões de euros e está<br />

presente em mais de 50 países. A empresa<br />

oferece soluções altamente especializadas<br />

para criar valor agregado para os clientes e<br />

colabora com os principais fabricantes de<br />

tratores e máquinas agrícolas. Dispõe de<br />

fábricas localizadas na Itália, Letónia, Brasil,<br />

República Checa, Sérvia, Eslovénia, China,<br />

Sri Lanka, Suécia e EUA.<br />

Na sua apresentação, Ramón Martínez destacou<br />

algumas novidades recentemente apresentadas<br />

pela marca na feira SIMA. A grande<br />

inovação diz respeito ao sistema VIP (Pressão<br />

de Enchimento Variável), uma solução de<br />

roda completa inteligente equipada com<br />

sensores capazes de ajustar a pressão <strong>dos</strong><br />

pneus de acordo com a carga variável e as<br />

condições do piso, reduzindo a compactação<br />

do solo para obter maior rendimento <strong>dos</strong><br />

cultivos. A nova app TLC Plus da Trelleborg<br />

está sincronizada com o sistema VIP e fornece<br />

toda a informação necessária ao agricultor<br />

sobre a diferença entre o valor ideal<br />

e o valor real da pressão <strong>dos</strong> pneus. “É uma<br />

inovação bastante interessante em relação<br />

às novas tecnologias que utilizam a ligação<br />

entre o pneu e a cabina do condutor. Acredito<br />

que irá revolucionar bastante o mundo<br />

da agricultura”, disse Ramón Martínez.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Veja o vídeo em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

empresa. Privilegiamos, acima de tudo, a<br />

proximidade com os clientes e estes eventos<br />

proporcionam essa relação. Por outro<br />

lado, estamos a viver um tempo de grande<br />

crescimento da agricultura na nossa zona,<br />

com cada vez mais plantações de oliveira e<br />

vinha. Estamos prepara<strong>dos</strong> para dar resposta<br />

à procura e às necessidades <strong>dos</strong> agricultores<br />

em relação aos pneus indica<strong>dos</strong> para cada<br />

trabalho”.<br />

A Easy<strong>Pneus</strong> foi, também, a primeira empresa<br />

do distrito de Beja a disponibilizar o<br />

serviço de assistência no local. “Atualmente,<br />

temos duas carrinhas de assistência, que<br />

garantem a substituição de qualquer tipo<br />

de pneus agrícolas no próprio local onde o<br />

trator se encontra. É um serviço muito compensador<br />

para o agricultor, pois poupa-lhe<br />

imenso tempo e rentabiliza o seu trabalho”.<br />

A propósito da parceria com a Trelleborg,<br />

Daniel Mestre referiu: “Já conhecia bem a<br />

Trelleborg antes de sermos o distribuidor<br />

exclusivo e não tenho dúvidas sobre a qualidade<br />

<strong>dos</strong> seus produtos. Não nos podemos<br />

esquecer que é uma marca com mais de um<br />

século de atividade no fabrico de pneus.<br />

Tem uma enorme experiência adquirida<br />

w NOVIDADES TRELLEBORG E MITAS<br />

As amplas instalações da Easy<strong>Pneus</strong> foram<br />

o palco da apresentação de várias novidades.<br />

No que diz respeito à marca Trelleborg,<br />

destacou-se o TM1000, o seu principal<br />

pneu projetado para tratores de elevada<br />

potência, com piso melhorado e tecnologia<br />

ProgressiveTraction. Esta tecnologia liberta<br />

energia adicional para o solo e reduz o stress<br />

no mesmo, aumentando o desempenho da<br />

máquina para aplicações em estradas. O revolucionário<br />

PneuTrac, outra das novidades,<br />

combina as vantagens de um pneu agrícola<br />

com o benefício das correntes. De referir<br />

também o serviço Your Tire, que permite<br />

aos clientes personalizar os pneus radiais<br />

Trelleborg para o seu trator.<br />

Jesús Castro, diretor de vendas da Mitas para<br />

Espanha e Portugal, fez uma apresentação<br />

detalhada da vasta gama que esta marca<br />

disponibiliza para o mercado agrícola, incluindo<br />

pneus flutuantes Agriterra, pneus VF<br />

HC 2000 para tratores de elevada potência e<br />

pneus para utilização municipal. Destaque,<br />

também, para o Mitas AC85, um pneu de<br />

elevada durabilidade com características<br />

equilibradas para vários tipos de aplicações,<br />

tanto no campo como em estrada, além do<br />

Mitas AC70G, que tem como principal vantagem<br />

os seus tacos com maior espessura<br />

e largura, permitindo a proteção do solo e<br />

das plantas.<br />

w BOAS PERSPETIVAS DE VENDAS<br />

Para Daniel Mestre e Ramón Martínez, não<br />

há razões para pessimismo, porque to<strong>dos</strong> os<br />

indicadores apontam para um crescimento<br />

da atividade agrícola nos próximos tempos.<br />

“Depois de um ano difícil, começámos bastante<br />

bem 2019, com os meses de janeiro<br />

fevereiro a crescer. Embora seja muito cedo<br />

para perspetivar o final do ano, não temos<br />

dúvidas que iremos crescer acompanhando<br />

a tendência do mercado”, assegurou Ramón<br />

Martínez.<br />

Para Daniel Mestre, “apesar do mercado não<br />

estar fácil, devido à enorme concorrência<br />

e excesso de marcas, o que gera alguma<br />

confusão, na Easy<strong>Pneus</strong>, mantemos o nosso<br />

e, contrariamente, a outras marcas, está<br />

vocacionada apenas para o segmento <strong>dos</strong><br />

pneus agrícolas, o que se reflete na qualidade<br />

final <strong>dos</strong> produtos que comercializa.<br />

Qualquer uma das três marcas (Trelleborg,<br />

Mitas e Cultor) oferece alto rendimento e<br />

elevada qualidade. Nos últimos dois anos,<br />

já montámos mais de 700 pneus radiais e<br />

não recebemos qualquer reclamação, o que<br />

demonstra bem a qualidade <strong>dos</strong> produtos”.<br />

w MAIS PRÓXIMO DOS CLIENTES<br />

Daniel Mestre, gerente da Esay<strong>Pneus</strong>, afirmou<br />

que “este encontro identifica-se com<br />

a maneira de estar no mercado da nossa<br />

nível de negócio, derivado do nosso trabalho<br />

e da forma de estarmos no mercado,<br />

muito próximo <strong>dos</strong> clientes. Estamos sempre<br />

atentos às suas necessidades e disponíveis<br />

para assistência no local, inclusive aos sába<strong>dos</strong>,<br />

onde permanecemos abertos até às<br />

17h. Prevemos, por isso, um crescimento na<br />

venda de pneus agrícolas, alavancada pelo<br />

aumento da atividade agrícola em toda a<br />

nossa zona de intervenção”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Máquinadotempo<br />

História de inovação<br />

A história da Firestone, marca do Grupo Bridgestone, está invariavelmente ligada ao<br />

percurso do seu fundador, Harvey Samuel Firestone, numa altura em que passaram<br />

150 anos do seu nascimento. A Máquina do Tempo desta edição é dedicada a uma<br />

das figuras mais emblemáticas de sempre do mundo <strong>dos</strong> pneus<br />

Herança de peso<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

1900<br />

A Firestone Tyre &<br />

Rubber Company<br />

foi fundada por<br />

Harvey Firestone,<br />

em Akron, no Ohio<br />

1906<br />

A Firestone fornece 2.000<br />

conjuntos de pneus à<br />

Ford Motor Company,<br />

naquela que foi a maior<br />

encomenda individual<br />

de pneus na indústria<br />

automóvel da altura<br />

1910<br />

Os lucros da Firestone<br />

Tyre & Rubber<br />

Company excedem,<br />

pela primeira vez, 1<br />

milhão de USD<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Firestone<br />

Corria o ano de 1868<br />

quando, no dia 20 de dezembro,<br />

nascia, no estado<br />

norte-americano do Ohio,<br />

Harvey Samuel Firestone,<br />

que, graças ao seu espírito<br />

empreendedor e à aposta<br />

na inovação, criou o primeiro<br />

pneu antiderrapante e desenvolveu<br />

o conceito de estação multisserviço.<br />

Apesar da infância humilde, Harvey Samuel<br />

Firestone tinha uma mente prodigiosa. Vislumbrou<br />

oportunidades onde mais ninguém<br />

viu e investiu tempo para pensar as decisões<br />

que tomou quando os demais se apressavam<br />

com as suas, ansiosos por se manterem “à<br />

tona” durante o período da Primeira Guerra<br />

Mundial. A estratégia de Firestone visava a<br />

planificação exaustiva para, de seguida, tomar<br />

ações decisivas. Firestone nasceu numa<br />

fazenda familiar na pequena comunidade de<br />

Columbiana, no Ohio. Depois de se formar no<br />

ensino secundário, começou a trabalhar na<br />

Columbus Buggy Company, fabricante de carruagens<br />

propriedade do seu tio localizada na<br />

capital do estado do Ohio. Quando a empresa<br />

faliu, passou a operar juntamente com alguns<br />

sócios numa fábrica de pneus em Chicago.<br />

Mas, graças ao seu espírito empreendedor,<br />

rapidamente fundou a sua própria empresa:<br />

The Firestone Tire & Rubber Co. Com uma<br />

patente criada pelo próprio Firestone, foram<br />

produzi<strong>dos</strong> os primeiros pneus de borracha<br />

para carruagens de Akron, no Ohio.<br />

w OS PRIMEIROS ANOS<br />

Em 1900, no primeiro ano de atividade da<br />

empresa, Firestone faturou US$110.000 com a<br />

venda de pneus. Nessa altura, dispunha apenas<br />

de uma fundição abandonada e contava<br />

com 12 colaboradores. Mas aproximava-se<br />

uma revolução que ele iria aproveitar para<br />

fazer com que o seu negócio crescesse de<br />

forma exponencial. No início do anos 20, começaram<br />

a ser lança<strong>dos</strong> os primeiros modelos<br />

de automóveis da Ford Motor Company.<br />

Firestone não tardou a aliar-se a este fabricante,<br />

prevendo que o futuro do transporte<br />

andaria de mãos dadas com os veículos de<br />

quatro rodas. Em 1906, Firestone acordou<br />

com o seu grande amigo e proprietário da<br />

empresa, Henry Ford, ser ele o fabricante de<br />

pneus do famoso Ford Model T. Em 1920,<br />

Firestone faturou US$115 milhões.<br />

Harvey Samuel Firestone era muito mais do<br />

que um fabricante de pneus de sucesso. Era,<br />

também, um homem de família (teve cinco filhos),<br />

filantropo e um <strong>dos</strong> principais investidores<br />

na sociedade norte-americana do século<br />

XX. Esta filosofia de vida converteu-o num<br />

1911<br />

Ray Harroun<br />

vence o<br />

primeiro<br />

Indianápolis<br />

500 com pneus<br />

Firestone<br />

1928<br />

A Firestone abre a primeira<br />

fábrica ultramarina, em<br />

Brentford, no Reino Unido.<br />

Nas décadas seguintes,<br />

seguem-se as fábricas da<br />

UE na Suécia, Espanha,<br />

França, Portugal e Suíça<br />

1932<br />

A Firestone desenvolve o<br />

primeiro pneu de trator<br />

pneumático de baixa<br />

pressão prático e inicia<br />

a campanha “Colocar a<br />

borracha na agricultura”<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


MáquinadoTempo<br />

Firestone<br />

amigo de ideias visionárias e companheiro de<br />

viagem frequente de outras mentes privilegiadas<br />

e líderes em inovação e negócios na época,<br />

como Henry Ford e Thomas Edison. Juntos, formaram<br />

o “Millionaire Club”, um círculo no qual<br />

os lustres membros podiam reunir e concordar<br />

a aquisição de bens, predominantemente imóveis.<br />

Para selar os acor<strong>dos</strong>, um aperto de mão<br />

era suficiente, já que havia espírito de camaradagem<br />

e confiança. O magnata <strong>dos</strong> pneus<br />

também lutou firmemente para melhorar o<br />

estado das autoestradas norte-americanas. O<br />

movimento “Good Roads”, iniciado nos anos<br />

20 com o objetivo de remediar o mau estado<br />

das estradas do país, inspirou décadas depois a<br />

aprovação da “Lei Federal de Ajuda às Autoestradas”<br />

de 1956, promulgada pelo presidente<br />

Eisenhower.<br />

w MOVIMENTOS MARCANTES<br />

Quando, em 1928, inaugurou a sua primeira<br />

fábrica fora <strong>dos</strong> EUA, em Brentford, Inglaterra,<br />

Harvey Firestone não esteve presente pessoalmente.<br />

Mas a sua voz e a sua mensagem chegaram<br />

bem alto e de forma clara através da onda<br />

curta do rádio. Estava dado o tiro de partida<br />

para a expansão internacional. Firestone não<br />

apenas começou a fabricar pneus em vários<br />

pontos do globo, como queria, também, controlar<br />

toda a cadeia de produção, começando<br />

com o cultivo de borracha natural. Na década<br />

de 20, comprou a sua própria fazenda de borracha<br />

na Libéria, em resposta ao monopólio<br />

britânico e holandês da borracha.<br />

Após a Primeira Guerra Mundial, os EUA encontravam-se<br />

com abundância de automóveis e<br />

camiões devido ao excesso de produção provocado<br />

pela guerra. Mas o sistema ferroviário<br />

estava saturado e não permitia que bens e alimentos<br />

chegassem a todo o país. No início de<br />

1919, Harvey Samuel Firestone juntou-se ao<br />

movimento “Ship by Truck”, que defendia o<br />

transporte de bens por camião em detrimento<br />

do ferroviário. Esforço que fez com que os envios<br />

passassem a ser mais rápi<strong>dos</strong> e ágeis, a<br />

preços mais reduzi<strong>dos</strong>. Além disso, Firestone<br />

impulsionou o desenvolvimento da rede rodoviária<br />

<strong>dos</strong> EUA: “Good Roads Movement”.<br />

Harvey Samuel Firestone foi, também, um<br />

grande inovador a nível tecnológico. Em 1923,<br />

introduziu uma nova tecnologia de pneus de<br />

baixa pressão: os pneus “balão”. Até então,<br />

os pneus eram muito estreitos. Com estes<br />

novos pneus, mais largos, a empresa oferecia<br />

um produto mais confortável, com melhor<br />

1968<br />

Graham Hill é o<br />

primeiro vencedor<br />

do campeonato<br />

de Fórmula 1 da<br />

FIA com pneus<br />

Firestone<br />

1988<br />

A Firestone funde-se com a<br />

Bridgestone Corporation, uma<br />

empresa que partilha valores<br />

semelhantes e uma tradição de<br />

excelência inovadora. Esta fusão<br />

criou o maior fabricante de pneus<br />

no mundo da atualidade<br />

1993<br />

A Firestone anuncia o<br />

regresso ao Indianápolis<br />

500 e ao Indy/Champ<br />

Car, 20 anos após ter<br />

saído <strong>dos</strong> desportos<br />

motoriza<strong>dos</strong><br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


aderência e que transmitia mais confiança do<br />

que os pneus da época. Este produto não foi<br />

apenas adotado por grandes fabricantes de<br />

automóveis, como a Cole Motor Car Company,<br />

mas Firestone teve a ideia revolucionária de<br />

aplicá-lo, também, no campo. Ele próprio era<br />

agricultor e, em 1932, ano em que se retirou<br />

da gestão ativa da empresa, conseguiu “levar”<br />

estes pneus para o campo (“Put the Farm on<br />

Rubber”). Em 1935, 14% <strong>dos</strong> tratores eram<br />

vendi<strong>dos</strong> com pneus de borracha. Nos anos<br />

50, era quase impossível conseguir tratores<br />

com rodas de aço.<br />

w PALMARÉS INVEJÁVEL<br />

O espírito visionário de Firestone também<br />

se estendeu aos serviços. Em 1928, inaugurou<br />

a sua primeira oficina “One-Stop Service<br />

Station”, que oferecia uma grande variedade<br />

de produtos e um serviço de qualidade. A<br />

diversificação do negócio permitiu à Firestone<br />

sobreviver à Grande Depressão, produzindo<br />

rádios, produtos de limpeza de radiadores,<br />

correntes de camião e até mesmo molas de ar.<br />

A diversificação de produtos consolidou-se no<br />

final <strong>dos</strong> anos 30 com a criação da Firestone<br />

Industrial Products Company.<br />

O percurso da Firestone está, desde os primórdios,<br />

ligado ao mundo da competição,<br />

onde tem uma história brilhante. Em 1909,<br />

Harvey Samuel Firestone desenvolveu um<br />

jogo de pneus para um carro conduzido por<br />

Barney Oldfield na prova Indianápolis 300.<br />

Oldfield viria mesmo a afirmar: “O meu único<br />

seguro de vida são os pneus Firestone”. Mais<br />

tarde, em 1911, Ray Harroun venceu a primeira<br />

corrida da famosa Indianápolis 500 com um<br />

Marmon Wasp equipado com pneus Firestone.<br />

A partir desse momento, a Firestone esteve<br />

ligada à maioria das vitórias conquistadas em<br />

competições com carros de corrida.<br />

Em 1957, a Firestone desenvolveu um pneu de<br />

corrida para suportar velocidades superiores<br />

a 305 km/h para as 500 Millas de Monza, em<br />

Itália. Jimmy Bryan venceu a primeira corrida<br />

com pneus Firestone, tendo alcançado o recorde<br />

mundial de 257 km/h. Com a saída da<br />

Goodyear, a Firestone tornou-se, em 2002,<br />

fornecedora oficial da IZOD IndyCar e das<br />

500 Milhas de Indianápolis. De 1991 a 2015,<br />

a Firestone foi, também, fornecedora oficial<br />

do campeonato Indy Lights, que teve Eric<br />

Bachelart como primeiro campeão.<br />

Desde 1965 e durante 10 anos, a Firestone<br />

também esteve envolvida no Mundial de<br />

Fórmula 1 da FIA. Graham Hill foi o primeiro<br />

piloto a vencer o campeonato com pneus<br />

Firestone e quando o famoso piloto mexicano<br />

Pedro Rodríguez utilizou os pneus da marca<br />

no seu Ferrari, a Firestone tornou-se numa<br />

referência na categoria mais alta do desporto<br />

motorizado, estando ligada a muitas vitórias<br />

obtidas durante a década.<br />

Em 1988, a Firestone foi adquirida pela Bridgestone,<br />

com a qual partilha os valores e a<br />

cultura de inovação. Esta operação deu origem<br />

aquela que é, atualmente, a empresa<br />

líder mundial no fabrico de pneus e produtos<br />

deriva<strong>dos</strong> de borracha. Em 2014, a Bridgestone<br />

decidiu levar a cabo uma forte campanha<br />

de revitalização da marca Firestone,<br />

enaltecendo o impressionante legado criado<br />

ao longo de mais de 100 anos de história.<br />

O foco foi colocado no produto, através do<br />

lançamento de novos modelos com eleva<strong>dos</strong><br />

níveis tecnológico e competitivo, dispondo de<br />

uma excelente relação qualidade/preço. u<br />

1996<br />

A Firestone<br />

vence o Indy<br />

500 da era<br />

moderna pela<br />

primeira vez<br />

2014<br />

A campanha<br />

Renovação da<br />

Firestone inicia-se<br />

na Europa, com<br />

o lançamento do<br />

novo pneu SUV<br />

Destination HP<br />

2015<br />

A Firestone Music Tour<br />

visita seis <strong>dos</strong> maiores<br />

festivais europeus de<br />

música, em Espanha,<br />

Alemanha, França,<br />

Polónia, Itália e Reino<br />

Unido<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Entrevista<br />

O setor<br />

pneus<br />

<strong>dos</strong><br />

está a<br />

mudar<br />

A Yokohama está a atravessar um<br />

<strong>dos</strong> melhores perío<strong>dos</strong> da sua história,<br />

que conta já com mais de um século.<br />

Numa entrevista concedida à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Victor Cañizares,<br />

vice-presidente de vendas e marketing<br />

da Yokohama Iberia, partilhou alguns<br />

momentos e alertou para o facto<br />

de o setor estar a mudar<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Victor Cañizares, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Yokohama Iberia<br />

obreviveu a crises económicas,<br />

a terramotos e<br />

até a bombardeamentos.<br />

O fabricante japonês de<br />

pneus Yokohama comemorou,<br />

em 2017, o seu<br />

primeiro século de vida.<br />

Uma história que se confunde, no fundo,<br />

com a do próprio mundo. A gama premium<br />

de que dispõe e a parceria estabelecida, em<br />

2015, com o Chelsea Football Club, fazem da<br />

Yokohama uma das marcas mais respeitadas<br />

a nível mundial e com um grau de notoriedade<br />

difícil de igualar. Não admira, pois, que<br />

a marca fundada no dia 13 de outubro de<br />

1917 esteja a atravessar um <strong>dos</strong> melhores<br />

perío<strong>dos</strong> da sua história. Numa entrevista<br />

concedida à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, que, aqui,<br />

reproduzimos na íntegra, Victor Cañizares,<br />

vice-presidente de vendas e marketing da<br />

Yokohama Iberia, partilhou alguns desses<br />

momentos e alertou para o facto de o setor<br />

<strong>dos</strong> pneus estar a mudar.<br />

dar uma resposta eficaz ao consumidor final.<br />

Por outro, elegem determinado produto como<br />

estratégia para a sua empresa. As oficinas que<br />

definem como principal estratégia não ter<br />

stock, valem-se da distribuição para assegurar<br />

um serviço de entregas rápido, de acordo<br />

com as necessidades do consumidor final. No<br />

entanto, importa salientar que, no caso das<br />

jantes de elevado valor, o comportamento é<br />

idêntico, pois espera-se da distribuição um<br />

serviço urgente, já que a oficina não está disposta<br />

a suportar esse custo no seu negócio.<br />

Como olham os fabricantes para essa<br />

realidade?<br />

Os grandes fabricantes europeus começaram<br />

a tomar decisões estratégicas no sentido de<br />

controlar a procura, com o objetivo de não<br />

perderem quota de mercado nem poder.<br />

Decisões como investir em oficinas ou redes<br />

de oficinas, quer sejam centros próprios ou<br />

franchisa<strong>dos</strong>, que permita aos fabricantes ter<br />

As alterações que o canal está a sentir são<br />

consequência das mudanças verificadas no<br />

que respeita ao consumidor final, que tem<br />

um nível de formação mais elevado e está,<br />

consequentemente, melhor informado. Há<br />

que adaptar, por isso, a oferta aos millennials<br />

e à geração “Z”, tipologias de consumidores<br />

que se caracterizam por estarem conectadas<br />

e para quem o sentimento de posse não tem<br />

relevância, ao contrário do pagamento pela<br />

utilização de determinado bem ou serviço.<br />

Estamos perante gerações ecologicamente<br />

conscientes e que procuram serviços e produtos<br />

sustentáveis. E, este, é um verdadeiro<br />

desafio.<br />

E no que diz respeito ao produto propriamente<br />

dito?<br />

Em relação ao produto, convém frisar que<br />

corremos o risco de banalizar o pneu se continuarmos<br />

a focar a nossa atenção apenas no<br />

preço. Como as marcas não são todas iguais,<br />

Gostaria de começar, se me permite, pela<br />

importância que tem o mercado português<br />

para a Yokohama...<br />

Antes de referir a estratégia da Yokohama<br />

para o mercado português, creio ser da maior<br />

importância analisar, primeiro, as mudanças<br />

que o setor <strong>dos</strong> pneus está a atravessar atualmente.<br />

No que diz respeito ao canal, convém<br />

frisar que as casas especializadas em pneus e<br />

as oficinas especializadas em mecânica estão<br />

a convergir para aquilo que se denomina de<br />

“Oficinas de Mecânica Rápida”. Esta nova realidade<br />

faz com que o setor <strong>dos</strong> pneus esteja<br />

atomizado e faz com que a oferta seja assegurada<br />

por um número alargado de players,<br />

em detrimento das casas especializadas em<br />

pneus. Além disso, os entraves coloca<strong>dos</strong> à<br />

entrada de novos players no negócio <strong>dos</strong><br />

pneus têm vindo a ser minimiza<strong>dos</strong>, estando<br />

o investimento focado, essencialmente, na<br />

maquinaria, sendo, por isso, descura<strong>dos</strong> outros<br />

ativos (como os pneus), uma vez que o<br />

canal de distribuição oferece, hoje, um serviço<br />

de entregas rápido com um preço muito<br />

competitivo.<br />

O que dita, por isso, tipos de compra diferentes...<br />

Precisamente. Este novo cenário faz com que<br />

se existam dois tipos de compra bem diferentes.<br />

Por um lado, as oficinas que apostam no<br />

stock como valor acrescentado, no sentido de<br />

a possibilidade de aconselhar as suas marcas<br />

junto do consumidor final, tornaram-se habituais.<br />

Ou até mesmo a inversão do processo<br />

de distribuição, de modo a que os fabricantes<br />

ofereçam as suas próprias marcas às restantes<br />

oficinas, assegurando o mesmo tipo de serviço<br />

<strong>dos</strong> concorrentes. Também é certo que ter<br />

equipamentos e pneus não garante, por si só,<br />

a prestação de um serviço profissionalizado.<br />

Nem é linear que se traduza em benefícios<br />

para o negócio. Mas é, seguramente, o nível<br />

<strong>dos</strong> equipamentos, <strong>dos</strong> produtos ofereci<strong>dos</strong><br />

e do profissionalismo que, em conjunto, marcarão<br />

a diferença na atividade.<br />

Estará o consumidor, também ele, a mudar?<br />

Vivemos uma nova realidade, sem dúvida.<br />

o fator diferenciador continua a ser o nível<br />

de investimento aplicado na investigação e<br />

no desenvolvimento. Sobre o preço, importa<br />

referir que o fator chave para a rentabilidade<br />

do negócio é e será o... preço de venda. E<br />

este deverá ser justo para o consumidor final,<br />

para a oficina e para o fabricante, uma vez<br />

que dele depende a subsistência do próprio<br />

negócio.<br />

A Yokohama é uma marca que tem apostado,<br />

desde sempre, na especialização<br />

em cada uma das categorias de produto?<br />

A Yokohama não é uma marca generalista,<br />

pelo que continuaremos à procura, dentro<br />

desta nova realidade, de players que queiram<br />

defender o pneu por aquilo que ele é: um<br />

produto que integra valores fundamentais,<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Entrevista<br />

Victor Cañizares<br />

como a segurança, o respeito pelo meio ambiente<br />

e a tecnologia. Fatores que tornam<br />

este produto adequado para cada necessidade<br />

e exigência, não podendo o pneu ser<br />

visto como um produto sem identidade ou<br />

insignificante para o veículo. A Yokohama<br />

aposta na especialização em cada uma das<br />

categorias existentes. Exemplo disso, é o<br />

lançamento <strong>dos</strong> Geolandar G003 e G005,<br />

para o segmento 4x4, concebi<strong>dos</strong> para uma<br />

utilizado fora de estrada em condições extremas.<br />

Outro exemplo, é-nos trazido pelo<br />

lançamento do novo modelo RY55 para<br />

comerciais ligeiros, onde melhorámos os<br />

índices de carga e os códigos de velocidade,<br />

numa clara adaptação às novas exigências<br />

do parque automóvel existente.<br />

Isto numa altura em que a própria sociedade<br />

está cada vez mais conectada...<br />

Vivemos, definitivamente, numa época<br />

de múltiplas mensagens e de diversas<br />

plataformas de comunicação. E enquanto<br />

continuamos a satisfazer as necessidades<br />

<strong>dos</strong> milhões de veículos atuais, devemos<br />

pensar em como adaptar o nosso negócio<br />

a uma sociedade conectada (informação<br />

via web), mais preocupada com o meio<br />

ambiente (veículos com emissões zero) e<br />

que valorizará a utilização em detrimento<br />

da posse (viatura própria).<br />

Não resisto a perguntar-lhe a importância<br />

da campanha “Drive for More”. Que mais-<br />

-valias trouxe para a Yokohama a parceria<br />

com o Chelsea FC?<br />

A campanha “Drive for More”, divulgada nos<br />

cinco principais merca<strong>dos</strong> internacionais<br />

(Índia, Malásia, Vietname, França e Península<br />

Ibérica), é considerado o maior investimento<br />

em marketing realizado pela Yokohama nos<br />

seus mais de 100 anos de história. Didier<br />

Drogba, lenda do Chelsea FC e ícone do futebol<br />

mundial, foi escolhido como o rosto da<br />

campanha, participando, ativamente, numa<br />

série de eventos VIP, como aconteceu no jantar<br />

de gala com os clientes da Yokohama Iberia,<br />

realizado no dia 1 de dezembro de 2018, no<br />

Grande Salão do Círculo de Bellas Artes de<br />

Madrid, onde a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> esteve presente.<br />

O evento “Drive for More”, organizado<br />

pela Yokohama Rubber Co. e pelo Chelsea FC,<br />

contou com a presença <strong>dos</strong> ex-jogadores do<br />

clube londrino, Didier Drogba e Paulo Ferreira,<br />

que participaram, juntamente com clientes<br />

da Yokohama Iberia, tanto espanhóis como<br />

portugueses, no jantar de gala, com o objetivo<br />

de partilhar momentos e experiências.<br />

Através da parceria com o clube londrino,<br />

a Yokohama procura, também, maximizar<br />

o valor do cliente e expandir o seu alcance<br />

global. É assim?<br />

A parceria entre a Yokohama e o Chelsea<br />

FC é de enorme valor, pois as duas empresas<br />

encaixam bem, sendo ambas organizações<br />

internacionais líderes na inovação<br />

e no desempenho. Com esta parceria, a<br />

Yokohama procura maximizar o valor do<br />

cliente e expandir o seu alcance global,<br />

com o objetivo de manter a sua liderança<br />

na indústria <strong>dos</strong> pneus. Neste contexto, a<br />

aliança é uma oportunidade de mostrar a<br />

empresa a uma grande audiência mundial,<br />

graças à popularidade do Chelsea FC. A<br />

Yokohama Iberia, S.A. trabalha com uma<br />

estratégia de marketing “push”, centrando o<br />

seu esforço no canal, enquanto que a Yokohama<br />

Rubber Co. nos permite, através do<br />

seu patrocínio ao Chelsea FC, trabalhar em<br />

duas direções: reconhecimento da marca<br />

junto do consumidor final e ações ao canal,<br />

como a experiência “Drive for More”<br />

ou a possibilidade de assistir aos jogos do<br />

Chelsea FC em Stamford Bridge. Por último,<br />

pretendemos tornar o YCN (“Yokohama Club<br />

Network”) num projeto de maior relevância<br />

no presente e no futuro próximo. u<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


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Estamos presentes nas redes sociais:


Empresa<br />

Casa nova,<br />

Com as instalações de 8.000 m 2 ainda a cheirar a novo, a Dispnal partiu para 2019<br />

com a experiência <strong>dos</strong> 20 anos (cumpri<strong>dos</strong> este ano) e com a ambição de quem<br />

sabe adaptar-se à evolução <strong>dos</strong> tempos<br />

Por: Jorge Flores<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Dispnal<br />

vida nova<br />

ainda não houve lugar a uma inauguração<br />

oficial. Tudo a seu tempo. “Pouco a pouco,<br />

estamos a adaptar-nos às instalações e às<br />

novas tecnologias que também implementámos<br />

na empresa, em termos de software,<br />

de modo a acelerar os processos e a termos<br />

uma leitura mais rápida de tudo o que se<br />

passa”, explicou Rui Chorado à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong>. Com a introdução de um novo sistema,<br />

a empresa consegue monitorizar os<br />

serviços diários e, com base neste registo,<br />

maximizar a atividade. Segundo o responsável,<br />

o investimento nas novas instalações<br />

deveu-se à necessidade de corresponder ao<br />

mercado. “Hoje em dia, é muito exigente.<br />

Desde a compra até à logística para fazer a<br />

respetiva entrega”, adiantou Rui Chorado.<br />

O objetivo, portanto, é procurar otimizar os<br />

serviços, sempre em benefício do cliente.<br />

“Tentaremos extrair o maior retorno possível<br />

do investimento realizado, apresentando<br />

uma variedade de produtos, correspondendo<br />

ao que o mercado exige em termos<br />

de marcas premium, quality e budget”, disse.<br />

A logística da Dispnal, hoje, divide o stock<br />

de pneus pelos dois espaços. Na nova casa,<br />

ficam as gamas de ligeiros, comerciais e 4x4.<br />

Já o armazém original está ocupado com as<br />

linhas de produto para camião (jantes incluídas),<br />

industriais, agricultura e câmaras de ar.<br />

◗ À CONQUISTA DA EUROPA<br />

A mudança de instalações implicou, também,<br />

uma alteração nas rotinas da própria<br />

empresa. Desde logo, obrigou ao aumento<br />

<strong>dos</strong> recursos humanos. “Temos vindo a preparar-nos.<br />

Somos mais rápi<strong>dos</strong> nas entregas.<br />

Desde a mudança, já admitimos alguns colaboradores,<br />

essenciais na componente da<br />

função logística”, contou. Outra das novas<br />

conquistas é o reforço das vendas de pneus<br />

na Europa, onde a empresa já comercializa,<br />

“quase semanalmente”, através das<br />

suas plataformas. Além disso, “dispomos<br />

de uma empresa já instalada em Madrid e<br />

Rui Chorado (ao centro) acompanhado pelos<br />

filhos, Rute Chorado e Rui Miguel Chorado<br />

As áreas são amplas e limpas, dominadas<br />

pelo branco. E arejadas.<br />

Cheiram a novo e a recomeço.<br />

Nas novas instalações da Dispnal,<br />

a dois passos do Porto, respiram-se os<br />

ares de renovação de uma casa que conta<br />

já com 20 anos de presença no mercado<br />

nacional de pneus. Desde outubro que a<br />

empresa, fundada por Rui Chorado, ocupa<br />

este espaço, com 8.000 m 2 – aos quais se<br />

juntam os 4.000 m 2 do armazém, em Valpedre,<br />

onde eram as anteriores instalações, e<br />

que se mantém ativo. As operações do dia<br />

a dia tiveram início logo nesse mês, mas<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Empresa<br />

Dispnal<br />

com uma equipa comercial constituída por<br />

cinco pessoas. Estamos a tentar desenvolver<br />

o negócio à medida que este se vai proporcionando”,<br />

garantiu Rui Chorado, revelando<br />

ainda que a exportação tem, atualmente,<br />

algum significado no negócio da Dispnal,<br />

registando um crescimento constante.<br />

◗ CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO<br />

Rui Chorado prefere fugir a nostalgias<br />

quando questionado sobre o estado atual do<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus em Portugal. “Entendo<br />

que, como distribuidores, temos de estar<br />

prepara<strong>dos</strong> para interpretar as alterações<br />

do mercado, nomeadamente com a web,<br />

com mais informação (por vezes, demasiada)<br />

e atuar. Se conseguirmos fazer isso,<br />

vencemos”, garantiu. Uma vez que o tema<br />

é a “adaptação aos novos tempos”, impõe-<br />

-se a questão. Como encara Rui Chorado o<br />

futuro da empresa? “Passa por trabalharmos<br />

sempre como temos vindo a fazer até hoje.<br />

Por continuarmos a ser uma empresa reconhecida<br />

pelo cumprimento da nossa parte.<br />

E queremos ter uma relação mais profundada<br />

com os nossos clientes, sobretudo, na<br />

forma de darmos mais informação e preparação<br />

técnica sobre os produtos”, adiantou.<br />

Não por acaso, as novas instalações<br />

dispõem de uma ampla sala de formação.<br />

A Dispnal conta, no seu portefólio, com marcas<br />

como, TRIANGLE, LEAO, LINGLONG, MI-<br />

RAGE e POWERTRAC, todas elas com fabrico<br />

em unidades de produção de vanguarda<br />

em países de custos controla<strong>dos</strong>, para o<br />

segmento budget; das PETLAS e NANKANG,<br />

entre as quality; e a TOYO a encabeçar a linha<br />

premium. Rui Chorado está satisfeito com as<br />

gamas que comercializa, mas apesar de não<br />

estar a ponderar “recrutar” mais nenhuma<br />

marca, não fecha a porta, no entanto, ao aumento<br />

do catálogo da empresa, consoante<br />

as necessidades transmitidas pelo próprio<br />

mercado.<br />

◗ LEGADO FAMILIAR<br />

Num mundo cada vez mais digital, Rui<br />

Chorado continua a acreditar na importância<br />

das relações interpessoais, sejam<br />

elas feitas através das formações, das<br />

feiras do setor, das viagens profissionais,<br />

ou, simplesmente, do quotidiano da<br />

própria empresa. “Porque é nas relações<br />

humanas que as empresas devem continuar<br />

a apostar”, sublinhou o responsável.<br />

O fundador da Dispnal tem a seu lado os<br />

filhos. O legado familiar está, portanto, bem<br />

assegurado. Rute Chorado, no controlo da<br />

parte financeira (são mais de 2.400 clientes<br />

em Portugal e 800 em Espanha) e Rui Miguel<br />

Chorado, que tem a seu cargo o departamento<br />

comercial. “Já cá estão há 19 anos.<br />

Vivem isto intensamente. E está na altura<br />

de tomarem conta disto, devido ao crescimento<br />

que a empresa pretende no futuro”,<br />

concluiu. u<br />

Dispnal<br />

Administrador Rui Chorado | Morada Rua da Zona Industrial de Baltar, Lote B3, 4585 - 013 Baltar | Telefone 255 617 480<br />

Email geral@dispnal.pt | Site www.dispnal.pt<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Empresa<br />

Presença lusitana<br />

Em janeiro de 2019, a Recambios Frain assumiu uma presença física em Portugal.<br />

Francisco Dorado Vizcaíno, responsável da empresa espanhola no nosso país,<br />

acredita que os merca<strong>dos</strong> são complementares<br />

Por: Jorge Flores<br />

A<br />

Recambios Frain nasceu em 1992,<br />

em Lugo, Espanha, a partir da experiência<br />

de Francisco Dorado<br />

López, pai do atual responsável<br />

da empresa em Portugal, Francisco Dorado<br />

Vizcaíno, no mundo das peças de reposição.<br />

Na altura, a empresa apresentava-se no mercado<br />

“como fornecedora global das oficinas,<br />

oferecendo to<strong>dos</strong> os tipos de produtos, serviços<br />

e assessoria de que estas necessitam<br />

para o desenvolvimento do seu negócio”,<br />

começa por explicar o responsável à <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>. A aposta presencial no nosso país<br />

é recente. “Embora tenha existido sempre<br />

um bom relacionamento com os clientes<br />

em Portugal, o nosso volume de negócios<br />

é muito pequeno, mesmo em 2018. Para<br />

nós, 1 de janeiro de 2019 foi o primeiro dia<br />

da Frain em Portugal”, afirma.<br />

w MERCADOS COMPLEMENTARES<br />

Francisco Dorado Vizcaíno acredita que o<br />

mercado nacional de pneus é interessante<br />

“por várias razões”. Quais? “A nível geral, trata-<br />

-se de um mercado em clara recuperação e<br />

que complementa muito bem o espanhol.<br />

Tem muitas sinergias, existem muitas coisas<br />

semelhantes... e outras muito particulares,<br />

claro”, sublinha. “Logisticamente, acreditamos<br />

que temos muito a contribuir, porque<br />

o eixo Atlântico é um <strong>dos</strong> maiores corredores<br />

da Península e a união de Portugal e<br />

da Galiza sempre esteve lá”, adianta. Além<br />

disso, “comercialmente, para nós, o mercado<br />

português é muito interessante, dado que<br />

permite desenvolver produtos que temos,<br />

exclusivamente, em Espanha e expandi-los<br />

para outros merca<strong>dos</strong>, ganhando volume”,<br />

acrescenta o responsável.<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Recambios Frain Portugal<br />

Em termos geográficos, “embora tenhamos<br />

o nosso armazém na zona norte (e as raízes<br />

também são de lá), visitamos todo o país. Os<br />

nossos planos passam por, daqui a alguns<br />

anos, ter outra pequena loja, em Lisboa”,<br />

perspetiva Francisco Dorado Vizcaíno.<br />

w DE LUGO PARA PORTUGAL<br />

O sistema de entregas tem funcionado<br />

“muito bem”, garante o responsável. “É uma<br />

das razões pelas quais estamos em Portugal.<br />

A logística que tínhamos, até agora, apenas<br />

nos permitia chegar a Portugal, no caso <strong>dos</strong><br />

pneus de maiores dimensões, em 48 a 72<br />

horas. Chegou mesmo a demorar entre<br />

quatro a cinco dias, porque, em Espanha,<br />

afinal, tudo passa por Madrid”, conta. “A<br />

nossa abordagem, agora, é seguir, diretamente,<br />

de Lugo para Portugal e entregar,<br />

em todo o país, entre 24h e 48 horas”, diz.<br />

A empresa dispõe de stock em Portugal,<br />

mas apenas da marca Nokian e na gama<br />

Francisco Dorado Vizcaíno (à dta. na foto ao lado),<br />

gerente da Recambios Frain Portugal, com José<br />

Francisco Dorado López, gerente da Recambios<br />

Frain, que nasceu, em Lugo, no ano de 1992<br />

de turismo. “Outra razão pela qual criámos a<br />

empresa foi o apoio da Nokian. Na verdade,<br />

uma das razões mais importantes. É por isso<br />

que estamos a trabalhar com eles, tentando<br />

desenvolver o conceito de negócio que eles<br />

querem implementar no sul da Europa. E<br />

acreditamos firmemente nele”, enfatiza.<br />

Francisco Dorado Vizcaíno explica ainda<br />

que a bandeira da empresa é a Nokian. “É<br />

a única marca premium que consegue ter<br />

uma distribuição lógica, que agrega valor<br />

ao mercado, ao contrário de outras. Trabalhamos<br />

também, exclusivamente, com o Giti<br />

Tire e esperamos incorporar mais algumas<br />

marcas no nosso portefólio exclusivo para<br />

Portugal. De resto, seguindo o que temos em<br />

Espanha, trabalhamos com Michelin, Bridgestone,<br />

Alliance, Goodyear, Kleber, Touro,<br />

Speedways, Trelleborg, Mitas, Cultor, Camso,<br />

Linglong, Cooper, Pirelli, Cachland e Nereu.<br />

O nosso portefólio é bem amplo. Até temos<br />

a nossa própria marca, Pezzas”, elenca.<br />

w MAIS DO QUE FORNECEDORES<br />

A empresa dispõe de produtos nas áreas<br />

premium, quality e budget. “Na nossa filosofia,<br />

somos sempre capazes de oferecer<br />

todas as alternativas possíveis aos clientes.<br />

Estamos a falar de pneus, mas somos muito<br />

mais”, assegura Francisco Dorado Vizcaíno,<br />

que não tem dúvidas de que a Recambios<br />

Frain é uma empresa “completamente distinta”<br />

da concorrência. “Para o bem e para<br />

o mal. A principal diferença é que estamos<br />

100% envolvi<strong>dos</strong> com as necessidades do<br />

cliente. Esperamos que nos vejam como<br />

um parceiro e não como um fornecedor.<br />

Em Espanha, oferecemos aos clientes um<br />

serviço completo: peças sobressalentes<br />

de to<strong>dos</strong> os tipos, ferramentas, maquinaria,<br />

óleos. Damos-lhes conselhos técnicos<br />

sobre as reparações <strong>dos</strong> seus veículos e<br />

em qualquer processo que precisem. No<br />

final, “esperamos que um bom cliente nosso<br />

tenha, num único fornecedor, tudo o que<br />

precisa para desenvolver o seu negócio. A<br />

tudo isto, acresce que procuramos marcas<br />

diferenciadoras e que o nosso cliente ganhe<br />

sempre margem na sua oficina e possa ter<br />

um negócio rentável”, explica.<br />

As expectativas para 2019, ano de arranque<br />

em Portugal, são cautelosas. “Não temos<br />

grandes expectativas. Não precisamos de<br />

correr e queremos fazer as coisas bem. Queremos,<br />

acima de tudo, prestar um melhor<br />

serviço aos clientes de que já dispomos e<br />

poder desenvolver mais negócios com eles.<br />

Além disso, é claro, em áreas onde não estamos,<br />

encontrar parceiros com os quais possamos<br />

desenvolver o nosso negócio. Será<br />

um ano de implementação, talvez dois, pelo<br />

que estamos certos de que não veremos<br />

grandes resulta<strong>dos</strong>”, remata. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Ok <strong>Pneus</strong><br />

UMA GRANDE CASA<br />

Há casas grandes. E grandes casas. A Ok <strong>Pneus</strong>, parceiro Falken em Coimbra,<br />

enquadra-se na segunda tipologia, graças à qualidade do serviço prestado, à<br />

seriedade <strong>dos</strong> seus quatro colaboradores e aos 17 anos que tem de mercado<br />

A<br />

Ok <strong>Pneus</strong> foi inaugurada em 2002,<br />

no local onde, atualmente, se encontra.<br />

“Na altura, o nosso antigo<br />

patrão dispunha de três casas<br />

(Coimbra, Vila Real e Lisboa). A Ok <strong>Pneus</strong><br />

é uma casa que tem, por isso, um passado<br />

ligado ao antigo patrão, que foi proprietário<br />

da Hiperpneus em Portugal, no tempo do<br />

Luís Filipe Vieira, atual presidente do Sport<br />

Lisboa e Benfica. A casa projetou-se nesse<br />

sentido. Tinha bom nome, bons fornecedores,<br />

bons funcionários e estava localizada<br />

num bom sítio em Coimbra”, começa por<br />

revelar Luís Nunes, tio e braço direito do<br />

gerente, Luís Rolo. “Fomos desenvolvendo o<br />

nosso trabalho, até que chegou a altura do<br />

meu sobrinho ‘pegar’ no negócio quando o<br />

antigo patrão propôs que ficássemos com<br />

esta casa. No dia 2 de fevereiro de 2014, a<br />

Ok <strong>Pneus</strong> passou a ter uma nova administração,<br />

sendo o registo comercial LRP - <strong>Pneus</strong>,<br />

Lda. No fundo, a administração passou para<br />

as mãos de um antigo colaborador da Ok<br />

<strong>Pneus</strong>, que manteve a equipa que existia<br />

anteriormente”, explica Luís Nunes, que tem<br />

mais de 30 anos de experiência no setor. Já<br />

o seu sobrinho, Luís Rolo, conta com 12 anos<br />

de atividade na área <strong>dos</strong> pneus.<br />

Equipamentos de topo<br />

Com cerca de 250 m 2 de área, a Ok <strong>Pneus</strong><br />

dispõe de um pequeno stock ajustado às<br />

necessidades do dia a dia e conta com<br />

equipamentos de topo, onde se inclui uma<br />

máquina para lidar com pneus Run Flat, um<br />

elevador e duas passadeiras. A casa trabalha<br />

com qualquer marca de pneus, mas as<br />

premium são as que reúnem o maior volume.<br />

A Falken ocupa um lugar de destaque,<br />

por via da parceria estabelecida, em 2014,<br />

com a AB Tyres. Embora, ocasionalmente,<br />

faça serviços de pneus de moto, pesa<strong>dos</strong><br />

e agrícolas (quando é necessário, desloca-<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Publireportagem<br />

PARCERIA COM A AB TYRES<br />

FALKEN ESTÁ PARA LAVAR E DURAR<br />

Antes da parceria estabelecida com a AB Tyres, há quase<br />

cinco anos, a Ok <strong>Pneus</strong> já tinha relações comerciais com<br />

o Grupo Alves Bandeira, uma vez que adquiria outras<br />

marcas do seu vasto portefólio. “Em 2014, intensificámos<br />

a nossa relação com a AB Tyres através da Falken. E<br />

estamos convenci<strong>dos</strong> que vamos trabalhar muitos anos<br />

com a marca”, dá conta Luís Nunes. Em 2018, foram<br />

mais de 1.000 os pneus Falken vendi<strong>dos</strong>. Para 2019,<br />

a Ok <strong>Pneus</strong> pretende ultrapassar este número. Mas os<br />

tempos aconselham a ter algum cuidado com as projeções,<br />

uma vez que o poder de compra do consumidor<br />

está aquém do desejável. No entanto, “Falken é um pneu<br />

bem aceite pelos condutores. Entrou bem no mercado<br />

e apresenta uma excelente relação qualidade/preço.<br />

Quem experimenta Falken, fica satisfeito e não quer<br />

mudar. Temos muitos clientes que nos pedem Falken.<br />

Muitas vezes, nem precisamos de aconselhá-la.”, revela<br />

o responsável. Da parceria estabelecida com a AB Tyres,<br />

Luís Nunes destaca ainda “os eventos que o distribuidor<br />

organiza, o apoio que presta e o facto de proteger a<br />

sua rede, que está, geograficamente, bem distribuída.<br />

Nenhum parceiro Falken faz concorrência entre si na<br />

mesma região. O que é, de facto, uma mais-valia”.<br />

-se onde o cliente estiver), o forte da casa<br />

conimbricense são os pneus ligeiros. “Nos<br />

meses mais fortes, entram-nos pela porta<br />

cerca de 15 a 20 viaturas por dia”, afirma<br />

Luís Nunes. Que acrescenta: “Há 18 anos que<br />

trabalhamos com a LeasePlan. Somos nós<br />

que equipamos as viaturas desta gestora<br />

de frotas na nossa região”.<br />

Assumindo que a Ok <strong>Pneus</strong> é já uma grande<br />

marca em Coimbra, o responsável revela que<br />

a casa faz “alguma mecânica ligeira, como<br />

mudanças de óleo e colocação de pastilhas”.<br />

Mas mais de 90% do seu volume de<br />

negócios, está relacionado com serviços de<br />

OK PNEUS<br />

Gerente<br />

Luís Rolo<br />

Morada<br />

Av.ª Fernão de Magalhães, 587,<br />

3000 – 178 Coimbra<br />

Telefones<br />

239 8<strong>54</strong> 850, 962 056 804,<br />

926 253 258<br />

Email<br />

luis_ok@sapo.pt<br />

pneus. “Somos uma casa de pneus na verdadeira<br />

aceção da palavra. Não uma oficina”.<br />

A terminar, Luís Nunes frisa que a Ok <strong>Pneus</strong><br />

“é muito conhecida também fora de Coimbra.<br />

Chegam-nos clientes de localizações<br />

mais distantes, como, por exemplo, Lisboa<br />

e Porto. A área que tem as nossas instalações<br />

e o serviço que prestamos, permitem-nos<br />

fidelizar os clientes”. E deixa um desabafo:<br />

“Se 2019 for igual a 2018, já não é mau. O<br />

mercado não está fácil. O poder de compra<br />

do consumidor diminuiu A concorrência,<br />

essa, não nos assusta. Até é salutar e faz-<br />

-nos evoluir”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Produto<br />

Reforço de peso<br />

A Sicam é, atualmente, a única marca de equipamentos de roda comercializada pela<br />

Leirilis. A sua inclusão no portefólio vem fortalecer a imagem da empresa de Leiria<br />

no mercado, reforçando a sua posição enquanto fornecedora global para a oficina,<br />

quer a nível de produtos e equipamentos quer a nível de serviços<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Fundada, no ano de 1975, em Correggio,<br />

na província de Reggio Emilia,<br />

por quatro parceiros de negócio que<br />

produziam apenas máquinas para<br />

trocar pneus numa pequena garagem, a Sicam<br />

dispõe, hoje, de um amplo portefólio de<br />

produtos, no qual se destacam as desmontadoras<br />

e calibradoras de pneus (tanto para<br />

veículos ligeiros como para pesa<strong>dos</strong>), assim<br />

como máquinas de alinhamento e elevadores.<br />

De acordo com Maria Irene Alletto, sales area<br />

manager da marca italiana, “uma década após<br />

a sua criação, a Sicam começou a comercializar,<br />

também, as primeiras equilibradoras<br />

de roda. Em 1998, após um crescimento e<br />

desenvolvimento contínuos, o grupo fez a sua<br />

primeira aquisição: a FACOM”. Mas, segundo<br />

a responsável, “a aquisição mais relevante<br />

para a Sicam foi a sua compra por parte do<br />

Grupo Bosch GmbH, em 2007, que lhe permitiu<br />

implementar e desenvolver conceitos<br />

qualitativos e produtivos de vanguarda, que<br />

nunca haviam sido implementa<strong>dos</strong> pelo setor<br />

anteriormente”. Hoje, afirma, “a Sicam faz<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Sicam<br />

parte de outro grupo, o BASE, que é um <strong>dos</strong><br />

maiores do setor, tendo sido manti<strong>dos</strong> os sistemas<br />

de produção e de qualidade”. A Sicam<br />

está presente em 120 países. Na sua sede,<br />

em Correggio, operam 160 colaboradores,<br />

número que sobe para 500 se considerarmos<br />

todo o Grupo BASE.<br />

Ana Rita Soares, do departamento de marketing<br />

da Leirilis, explica que “entre as maiores<br />

inovações tecnológicas da marca Sicam, está a<br />

nova linha de desmontadoras de pneus: Falco<br />

EVO 620, Falco EVO 624 e Falco EVO 628”. Para,<br />

de seguida, acrescentar: “Embora a nova Série<br />

S mantenha especificações técnicas semelhantes<br />

às da faixa anterior, as desmontadoras<br />

apresentam uma nova construção, com vários<br />

benefícios, incluindo a possibilidade de<br />

o cliente escolher a configuração que melhor<br />

atende às suas necessidades, com melhor<br />

acesso para manutenção, a fim de reduzir o<br />

tempo de inatividade”. De acordo com a responsável<br />

da Leirilis, “com este equipamento,<br />

os clientes podem operar uma ampla gama<br />

de jantes - 20” a 28” - com uma versão central<br />

também disponível. O sistema de destalonamento,<br />

além do tradicional sistema de pedal,<br />

incorpora o preciso e potente sistema Ergo<br />

Control (patenteado)”.<br />

w INÚMERAS FUNCIONALIDADES<br />

Entre os acessórios disponíveis em toda a<br />

gama de desmontadoras, encontram-se o<br />

Tecnoroller NG (equipado com duplo controlo<br />

nos pontos de enchimento entre garras<br />

para facilitar a montagem, mesmo <strong>dos</strong> pneus<br />

mais difíceis) e o Sidelift (elevação da roda<br />

alojada em baixo do braço) do interruptor<br />

do calcanhar, que reduz o tempo necessário<br />

para o movimento, auxiliando o operador nas<br />

manobras de elevação. “O design e as funções<br />

também foram atualiza<strong>dos</strong> para a nova linha<br />

de equilibradores de rodas: ecrã sensível ao<br />

toque WAVE 5 e ecrã digital WAVE 5”, afirma<br />

Ana Rita Soares. Segundo elenca, “as inovações<br />

introduzidas nestes dois dispositivos<br />

incluem: uma bandeja com maior superfície,<br />

que oferece mais espaço para ferramentas;<br />

uma proteção automática da roda, que incorpora<br />

os sistemas de medição da largura da<br />

roda e posicionamento do contrapeso; um<br />

laser interno para posicionamento preciso de<br />

contrapesos adesivos e de mola; uma função<br />

de stop na parte superior para colocar a roda<br />

na posição correta”.<br />

A interface do utilizador incorpora um fluxo<br />

de trabalho que reduz, significativamente, os<br />

tempos de seleção de programas. A versão<br />

touchscreen, além de um sistema de diagnóstico<br />

inteligente, também incorpora conectividade<br />

plug&play. “Já a gama de desmontadoras<br />

de pneus para pesa<strong>dos</strong>, dispõe do modelo<br />

Jumbo TCS 60 com ferramenta atualizada. O<br />

seu nov o design, desenvolvido com o benefício<br />

da experiência de algumas das maiores<br />

empresas do setor, oferece um trabalho mais<br />

fácil e mais preciso sobre as rodas agrícolas<br />

instaladas na última geração de tratores e<br />

outros equipamentos agrícolas”, explica Ana<br />

Rita Soares. Que revela outra novidade para<br />

os alinhadores: “O SA 823 apresenta um footprint<br />

minimizado, que permite que a área de<br />

alinhamento das rodas seja, também, usada<br />

para trocar os pneus. O SA 685 Mobile, com<br />

sistema de sensores CCD, pode, agora, ser<br />

conectado a qualquer PC Windows, especialmente<br />

portáteis, para aumentar a mobilidade,<br />

oferecendo diferentes utilizações na oficina”.<br />

w AUMENTAR A NOTORIEDADE<br />

Com a saída da Bosch na comercialização de<br />

equipamentos de roda, a Leirilis teve necessidade<br />

de encontrar outro fornecedor que<br />

garantisse a mesma qualidade e variedade<br />

de produto. Sendo a Sicam um <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes de equipamentos para oficinas<br />

de serviço de pneus e passando a sua estratégia<br />

pela inovação e qualidade <strong>dos</strong> serviços<br />

e produtos, bem como por uma forte aposta<br />

em I&D (investigação e desenvolvimento), a<br />

Leirilis chegou à conclusão que esta marca<br />

seria o fornecedor ideal para colmatar a lacuna<br />

existente. “A Sicam pretende fortalecer a<br />

sua presença no mercado português, vendo<br />

na Leirilis um parceiro à altura do desafio,<br />

tornando-a, assim, no distribuidor do seu<br />

equipamento em Portugal”, sublinha Ana<br />

Rita Soares. Maria Irene Alletto subscreve as<br />

palavras da responsável do departamento de<br />

marketing da Leirilis: “Durante a fase de transição<br />

do Grupo Bosch para o novo proprietário,<br />

foram feitas muitas análises de mercado para<br />

identificar os melhores players capazes de<br />

representar a nossa marca, tanto em termos<br />

de estrutura interna como de competências<br />

comerciais e técnicas. A Leirilis tinha as características<br />

que procurávamos em termos de<br />

estrutura, competências e profissionalismo”.<br />

A Sicam vem fortalecer a imagem da Leirilis<br />

no mercado, reforçando a empresa de Leiria<br />

como fornecedora global para a oficina, quer<br />

a nível de produtos e equipamentos quer a<br />

nível de serviços. E que objetivos traçou a<br />

Leirilis para a Sicam? “Pretendemos posicionar<br />

a Sicam no mercado como uma marca que<br />

oferece uma excelente relação qualidade/<br />

preço, que disponibiliza uma vasta gama de<br />

produtos, conseguindo satisfazer as necessidades<br />

da oficina que está a iniciar a sua aposta<br />

no setor <strong>dos</strong> pneus, com equipamentos mais<br />

acessíveis, bem como as necessidades de uma<br />

oficina em que a sua atividade principal seja a<br />

mudança de pneus, através da oferta de produtos<br />

de topo ao nível da tecnologia. Outro<br />

objetivo passa por aumentar a notoriedade<br />

da marca no mercado português, tornando-a<br />

numa referência enquanto fornecedora de<br />

equipamentos de roda”, refere Ana Rita Soares.<br />

Maria Irene Alletto completa: “O objetivo<br />

é, juntamente com a Leirilis, tornar a Sicam<br />

na marca de referência para os especialistas<br />

do setor. Queremos que a Sicam seja o investimento<br />

mais válido para os especialistas de<br />

pneus. Hoje, a estratégica da marca passa<br />

por trabalhar apenas com um único representante<br />

por cada país. Neste caso, Leirilis e<br />

Sicam falam a uma só voz e têm um rosto<br />

comum no mercado português”. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Notícias<br />

Empresas<br />

EUROMASTER abriu 10 novos<br />

centros de serviço<br />

A rede EUROMASTER continua o seu plano de expansão<br />

de negócio em Portugal com a abertura de 10 novos<br />

centros, em diferentes pontos do país. O plano estratégico<br />

da empresa centra-se em três pilares principais:<br />

expansão da rede, evolução do modelo de negócio<br />

e satisfação do cliente. Com a recente abertura <strong>dos</strong><br />

novos centros EUROMASTER, através do seu modelo<br />

de franchising, consegue estar cada vez mais próximo<br />

<strong>dos</strong> clientes. Os novos centros estão adapta<strong>dos</strong> às<br />

novas realidades do mercado, contando com bons<br />

equipamentos e profissionais especializa<strong>dos</strong>. Não só<br />

em pneus, como, também, na manutenção de veículos<br />

ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. No total, são 71 centros de serviço,<br />

incluindo já as novas incorporações: Sobralpneus<br />

Carregado; Sobralpneus Carregado (II); Sobralpneus<br />

Cartaxo; Sobralpneus Alverca do Ribatejo; Sobralpneus<br />

Sobral de Monte Agraço; Pneutorres Torres Vedras;<br />

Auto Pereira Lisboa; Vale Fernandes Nespereira; Vale<br />

Fernandes Lourosa; Vale Fernandes Guimarães. Os novos<br />

centros estão em processo de evolução e estão<br />

a ser acompanha<strong>dos</strong> pela equipa de Consultores da<br />

Franquia Euromaster, para adotar os méto<strong>dos</strong>, a oferta<br />

e os valores chave da rede (profissionalismo, honestidade<br />

e apoio ao cliente), que nutrem um benefício<br />

essencial: confiança.<br />

Nova diretora geral<br />

da Michelin España Portugal<br />

Desde o dia 1 de março que Mª Paz Robina Rosat é a nova Diretora Geral de Michelin España<br />

Portugal S.A. Sucede ao que foi o responsável máximo da multinacional em Espanha e Portugal<br />

durante os últimos 15 anos, José Rebollo, que passa à reforma. Licenciada em Ciências Químicas<br />

pela Universidade de Valladolid, Mª Paz Robina ingressou na Michelin em 1988, ano em que<br />

passou a integrar a fábrica do grupo em Vitoria. Ali, ocupou diferentes cargos de gestão no seio<br />

<strong>dos</strong> departamentos de qualidade e fabrico. Após a sua passagem por Vitoria, transferiu-se para a<br />

fábrica de Aranda de Duero, em 1993, onde voltou a assumir diferentes cargos de responsabilidade<br />

durante 11 anos, terminando como Diretora de Qualidade. Ao longo das suas mais de três<br />

décadas de experiência na Michelin, Mª Paz Robina também passou pelos escritórios centrais de<br />

Valladolid, onde, a partir de 2004, lhe é confiada a Direção de Pessoal da Michelin em Espanha e<br />

Portugal. Em julho de 2009 regressa a Aranda de Duero, onde se torna na primeira mulher a ocupar<br />

um cargo de Direção de Fábrica na Michelin Espanha. Por último, e antes de nomeada para o<br />

cargo da direção geral da empresa, regressou a Vitoria, em agosto de 2016, para dirigir o Centro<br />

Industrial da Michelin em Álava, um <strong>dos</strong> maiores do Grupo a nível mundial.<br />

Gripen Wheels Ibéria<br />

emitiu comunicado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> recebeu, por parte da Gripen Wheels<br />

Ibéria, um comunicado, que divulgamos neste espaço.<br />

“Vem, por este meio, a Gripen Wheels Ibéria informar que<br />

a empresa Gripen Wheels AB, acionista única, decidiu que<br />

a Gripen Wheels Ibéria continuará a sua atividade normal.<br />

Assim, continuaremos a estar à vossa inteira disposição<br />

para cooperar, com a qualidade <strong>dos</strong> nossos produtos aos<br />

melhores preços. Queremos agradecer a to<strong>dos</strong> os nossos<br />

clientes, que contribuíram para o sucesso da empresa”.<br />

Interstate: cinco anos de garantia<br />

e seguro contra to<strong>dos</strong> os riscos<br />

A Safame Comercial, distribuidor exclusivo da Interstate Tires para Portugal e Espanha,<br />

apresentou a garantia adicional de cinco anos e o seguro contra to<strong>dos</strong> os riscos no primeiro<br />

ano. A Interstate Tires é uma marca pertença da TBC, cuja estrutura é composta<br />

por uma joint-venture estabelecida entre a Michelin North America, Inc. e a Sumitomo<br />

Corporation of America, sediada em Palm Beach, na Flórida, contando com mais de<br />

45 anos na indústria <strong>dos</strong> pneus. Atualmente, a Interstate Tires é comercializada em<br />

mais de 73 países e conta com uma gama composta por mais de de 550 dimensões<br />

de verão, inverno e All Weather para viaturas de turismo, SUV, 4x4, crossover, furgões,<br />

competição, camião pesado e ligeiro. Agora, os utilizadores da marca norte-americana<br />

poderão usufruir de uma garantia adicional e de um seguro que cobre imprevistos,<br />

como ruturas e furos irreparáveis do pneu. O ponto de venda Interstate Tires poderá<br />

oferecer este serviço sem custo aos clientes com o cartão de garantia, um documento,<br />

com formato de “Passaporte Americano”, que permitirá fazer uma correta manutenção<br />

<strong>dos</strong> pneus, reforçar a fidelidade utilizador/oficina e gerar mais oportunidades de negócio<br />

no ponto de venda. Este serviço fica disponível, em exclusivo, através da Safame<br />

Comercial.<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


<strong>Pneus</strong> Bridgestone equipam<br />

novo elétrico Audi e-tron<br />

A Audi elegeu a Bridgestone para fornecer seis pneus diferentes,<br />

com medidas entre 19’’ e 21’’ (quatro de verão e duas de inverno),<br />

para equipar, de origem, o seu novo SUV elétrico. Em conjunto, as<br />

duas empresas definiram uma lista de necessidades que destacam as<br />

particularidades do novo modelo, desde a sua aceleração espetacular<br />

ao conforto e silêncio da condução, garantindo, ao mesmo tempo,<br />

o maior nível de segurança sem ceder o excelente desempenho.<br />

A autonomia é um <strong>dos</strong> aspetos mais relevantes <strong>dos</strong> veículos totalmente<br />

elétricos. Esta situação só é possível com uma resistência<br />

ao rolamento reduzida. Uma área na qual os pneus Bridgestone<br />

foram galardoa<strong>dos</strong> com a classificação “A”, segun<strong>dos</strong> parâmetros<br />

da EU. Estes pneus integram-se na perfeição no novo Audi e-tron,<br />

permitindo viagens até 400 km com uma única carga da bateria.<br />

Oferecem ainda um nível de desgaste excecional e potenciam as<br />

características do e-tron, de forma a aumentar o prazer de conduzir<br />

e a experiência vivida a bordo.<br />

Hankook Tire<br />

divulgou resulta<strong>dos</strong> relativos a 2018<br />

O fabricante de pneus Hankook Tire atingiu um volume de vendas de<br />

6.790.000 milhões KRW (cerca de 5.230 milhões de euros) e um lucro operacional<br />

de 703,7 mil milhões de KRW (cerca de <strong>54</strong>1,9 milhões de euros) durante<br />

o ano de 2018. Tais resulta<strong>dos</strong> deveram-se, também, ao aumento do<br />

volume de vendas de pneus com grandes diâmetros (superiores a 17”) nos<br />

principais merca<strong>dos</strong>, como Europa e EUA. A tecnologia global de ponta da<br />

Hankook Tire, assim como a qualidade superior <strong>dos</strong> seus produtos, favoreceram<br />

o crescimento do volume de vendas, de 3,9%, em comparação com<br />

o ano anterior na Europa e nos EUA para pneus grandes e para viaturas de<br />

turismo e SUV, com diâmetros de 18”, o que equivale a uma percentagem<br />

de 52,3% <strong>dos</strong> pneus de turismo vendi<strong>dos</strong> no total. Os canais de distribuição<br />

otimiza<strong>dos</strong> no mercado sul-coreano contribuíram, especialmente no<br />

quarto trimestre, para o crescimento do negócio de reposição e para uma<br />

percentagem maior do volume de vendas de pneus de grande diâmetro.<br />

O negócio de equipamento original para SUV e o crescimento das vendas<br />

de veículos japoneses nos EUA também contribuíram de forma muito positiva.<br />

A procura geralmente decrescente no mercado chinês, levou a um<br />

declínio no volume de vendas no negócio de pneus de reposição e equipamentos<br />

originais, com consequências negativas para o resultado geral.<br />

A Hankook Tire visa alcançar um volume de vendas de KRW 7,4 triliões e<br />

um resultado operacional de KRW 750.000 durante o ano fiscal de 2019.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Notícias<br />

Empresas<br />

Feira The Tire Cologne 2020<br />

mostra a sua força<br />

Embora faltem ainda 16 meses para a realização da edição<br />

de 2020 da feira The Tire Cologne, a organização já fez saber<br />

que a área expositiva está mais de 50% ocupada. A nova feira<br />

líder do setor internacional de pneus e rodas já está a mostrar,<br />

de forma inequívoca, a sua força: a primeira fase de reserva<br />

de espaço expirou no final de janeiro e a área ocupada de<br />

exposição situa-se acima <strong>dos</strong> 50%. De 9 a 12 de junho de 2020,<br />

em Colónia, serão mais de 130 as empresas participantes. De<br />

acordo com a organização, no total, esperam-se, aproximadamente,<br />

que 600 empresas e marcas oriundas de mais de<br />

45 países venham à cidade alemã para percorrer os cerca de<br />

80.000 m 2 de área de exposição.<br />

Grupo Michelin divulgou<br />

resulta<strong>dos</strong> financeiros<br />

Em 2018, num contexto difícil, o Resultado Operacional <strong>dos</strong> Setores foi de 2.775<br />

milhões de euros, ou seja, mais 304 milhões de euros, o que representou um crescimento<br />

de 11% a taxas de câmbio constantes. Jean-Dominique Senard, presidente,<br />

declarou que, “em 2018, num ambiente económico difícil, o Grupo Michelin deu<br />

mostras da sua capacidade para melhorar o seu resultado operacional e confirmar<br />

o crescimento do Cash Flow livre estrutural obtido desde há vários anos. O<br />

ano passado marca, também, um acelerar da implementação da estratégia do<br />

grupo, com as aquisições da Fenner e da Camso, bem como com a criação da empresa<br />

conjunta de distribuição TBC nos EUA: estas operações fortalecem o grupo<br />

em merca<strong>dos</strong> chave e oferecem-lhe novas oportunidades de criação de valor”.<br />

Em 2019, espera-se que os merca<strong>dos</strong> de turismo e comerciais exibam diferentes<br />

evoluções, com um crescimento moderado na substituição e uma diminuição em<br />

equipamento de origem. Espera-se, também, que os merca<strong>dos</strong> de camião se mantenham<br />

globalmente estáveis, com uma menor procura na China. Os merca<strong>dos</strong> de<br />

mineração, aviões e duas rodas deverão continuar a evoluir positivamente. Tendo<br />

por base das taxas de câmbio de janeiro de 2019, o efeito esperado dessas taxas<br />

sobre o resultado operacional será ligeiramente favorável.<br />

ALTARODA tem novo equipamento<br />

da Mondolfo Ferro<br />

Responde pelo nome de MT 3900 Touchless a nova equilibradora<br />

de rodas da Mondolfo Ferro, que está disponível<br />

na empresa liderada por Vítor Rocha. Trata-se de um equipamento<br />

topo de gama para equilibrar rodas, desenvolvido<br />

de acordo com a mais recente tecnologia e design, que o<br />

tornam numa das mais rápidas equilibradoras do mercado.<br />

A interface gráfica e a tecnologia touchscreen em monitor<br />

de 22” widescreen simplificam e aceleram as operações<br />

e a seleção <strong>dos</strong> programas de trabalho, onde nenhuma<br />

operação manual é exigida ao profissional. Equipada<br />

com um sistema “combinado” composto por um sensor<br />

de laser interno e um sensor sonar externo, a MT 3900<br />

Touchless deteta, automaticamente, as dimensões das<br />

rodas, permitindo ainda simplificar todas as operações<br />

para o posicionamento <strong>dos</strong> contrapesos adesivos. A MT<br />

3900 Touchless vem ainda equipada com um Apontador<br />

Laser (patenteado pela Mondolfo Ferro), que indica, com a<br />

máxima precisão, a posição de aplicação <strong>dos</strong> contrapesos.<br />

Vulco realizou<br />

convenção anual em Málaga<br />

A Vulco, rede de oficinas apoiada pela Goodyear Dunlop, especializada em pneus<br />

e mecânica rápida, apresentou as suas novidades e planos para 2019 durante a sua<br />

convenção anual, realizada, no passado mês de fevereiro, em Málaga. O evento,<br />

levado a cabo no Gran Hotel Miramar, sob o lema “E-motion”, reuniu mais de 300<br />

participantes, vin<strong>dos</strong> de diferentes pontos de Espanha e Portugal onde a rede tem<br />

presença. Num ambiente privilegiado, a Vulco partilhou ações e prioridades para<br />

este ano, focadas na geração de negócio e em novas ferramentas de trabalho para<br />

satisfazer as necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

Mario Recio, diretor da Vulco, aproveitou o conceito “E-motion” para falar sobre<br />

“a transformação sem precedentes que o setor está a viver, as novas fórmulas de<br />

mobilidade e as tendências que vão mudar para sempre a indústria automóvel”.<br />

Realçando que, “no futuro, o automóvel será partilhado, autónomo, conectado e<br />

elétrico”, destacou o importante papel da tecnologia enquanto criadora de oportunidades<br />

e não abdicou do conceito de que “o foco deve estar no utilizador final<br />

e nos seus novos hábitos de compra e de consumo”. Concluiu a sua intervenção<br />

motivando a rede a “adaptar-se às mudanças de modo natural e progressivo, sem<br />

se distrair do dia a dia e preparando-se para o futuro, para continuar a liderar o<br />

mercado, a indústria e o retail”.<br />

Outro <strong>dos</strong> pontos de interesse para os participantes foi a feira de fornecedores, em<br />

que os principais colaboradores da rede apresentaram os seus produtos e novidades<br />

aos associa<strong>dos</strong>. O evento terminou com um jantar de gala, no Museu Automóvel<br />

e da Moda de Málaga.<br />

<strong>54</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


C<br />

revistapneus_fevereiro_impressao.pdf 2 18/02/2019 17:19:35<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Michelin presente no Salão Agraria 2019<br />

A Michelin esteve presente com a sua gama de pneus agrícolas na Agraria<br />

2019, feira dedicada a maquinaria agrícola, que teve lugar de 30 de janeiro<br />

a 2 de fevereiro, em Valladolid. Entre os produtos expostos, destacaram-se:<br />

Michelin RoadBib, pneu especificamente desenvolvido para explorações<br />

agrícolas que façam uso intensivo em estrada e requeiram altas prestações<br />

em termos de duração e de tração; Michelin EvoBib, pneu que<br />

evolui em função das condições de utilização, transformando-se para<br />

melhorar a transmissão da potência útil, aumentar a produtividade e<br />

poupar combustível. Consegue-o graças à inovadora tecnologia “Adaptative<br />

Design Technology” (ADT, tecnologia de desenho adaptativo), que<br />

permite transformar a forma e o perfil do pneu em função da pressão de<br />

enchimento, oferecendo, assim, as melhores prestações tanto no campo<br />

como em estrada; Michelin AxioBib 2, especialmente desenvolvido para<br />

trabalhos pesa<strong>dos</strong> e de transporte, é o melhor pneu para a proteção <strong>dos</strong><br />

solos, graças a três características fundamentais: melhor capacidade de<br />

carga do mercado na sua categoria, elevada tração no campo a baixa<br />

pressão e compatibilidade com os sistemas de tele enchimento, que<br />

permitem escalonar a pressão para baixar até 0,6b no campo ou subir<br />

até 2b em estrada.<br />

Triangle Club<br />

conta já com seis membros<br />

Após terem passado cerca de três meses desde que a Tiresur lançou ao<br />

mercado português a distribuição da marca Triangle em pneus ligeiros, o<br />

portefólio tem sido aumentado com novas medidas e referências, como<br />

é o mais recente caso da gama ADVANTEX, que vem confirmar uma<br />

gama muito completa para Turismo, 4x4/SUV e Veículos Comerciais. A<br />

marca está a ser muito bem recebida pelo mercado, sendo que a Tiresur<br />

já conta com seis membros em Portugal na sua nova rede Triangle<br />

Club. Seis oficinas que depositaram a sua confiança no distribuidor e na<br />

marca, comprometendo-se com ela e com o objetivo de beneficiar de<br />

todas as vantagens por pertencer ao clube: condições comerciais especiais,<br />

merchandising oficial da marca, material de animação do ponto de<br />

venda, viagem de incentivo e acesso a ofertas exclusivas, entre outros<br />

benefícios. As oficinas têm valorizado que trabalhar com a Triangle é ter<br />

a possibilidade de trabalhar com uma marca de qualidade a um preço<br />

muito competitivo. “Queremos dar as boas-vindas aos novos membros<br />

do Triangle Club e, também, os parabéns por formarem parte de um<br />

projeto tão interessante e importante, que, seguramente, trará grandes<br />

benefícios a to<strong>dos</strong>. Na Tiresur, estamos comprometi<strong>dos</strong> em aportar<br />

e acrescentar valor ao negócio <strong>dos</strong> nossos parceiros”, referiu Armando<br />

Lima Santos, diretor-geral da Tiresur Portugal.<br />

Faleceu Carlos Viñas,<br />

diretor ibérico da Falken<br />

Foi com profunda tristeza e enorme pesar que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> recebeu<br />

a notícia do falecimento de Carlos Viñas, diretor de Espanha e Portugal.<br />

Ligado à Falken Tyre Europe desde 2010, Carlos não era apenas um parceiro<br />

da nossa revista. Era, acima de tudo, um bom amigo. Simpático, educado,<br />

prestável e competente, recordamos, com saudade, a apresentação <strong>dos</strong><br />

modelos Sincera SN832 Ecorun e Azenis FK453 Runflat, que decorreu, de<br />

11 a 13 de março de 2014, no circuito de Ascari, situado nos arredores<br />

de Ronda (Espanha), naquela que foi a última vez que estivemos com<br />

ele. “A família Falken Tyre Europe lamenta o anúncio da morte de Carlos<br />

Viñas, diretor de Espanha e Portugal, após a<br />

sua luta exemplar contra a doença durante<br />

um ano. Carlos Viñas juntou-se à Falken em<br />

2010 e, durante o tempo que esteve connosco,<br />

contribuiu, enormemente, para o sucesso que<br />

a Falken dispõe, hoje, em Espanha, fazendo<br />

parte do espírito Falken com o seu positivismo<br />

e respeito”, pode ler-se no comunicado. “Carlos<br />

não era apenas nosso colega. Era, também,<br />

um bom amigo. Sentiremos, profundamente, a<br />

sua falta. To<strong>dos</strong> os nossos pensamentos estão<br />

com os seus amigos, familiares e colegas neste momento difícil. Queremos,<br />

em nome da sua família e de nós próprios, agradecer todas as<br />

manifestações de carinho e o envio de condolências que temos recebido<br />

nestes dias difíceis”.<br />

PremiumContact 6 da Continental superou<br />

testes da Auto Zeitung<br />

No novo teste de pneus de verão, o PremiumContact 6 da Continental liderou<br />

com uma margem confortável. A revista alemã de automóveis Auto Zeitung comparou<br />

o desempenho de nove pneus de verão e um All Season, na dimensão<br />

235/45 R 18, em piso seco e molhado. O veículo de teste foi um Skoda Superb.<br />

Na condução em piso molhado, o PremiumContact 6 alcançou 142 pontos em<br />

150 possíveis, enquanto no teste em piso seco alcançou 135 em 150. Com uma<br />

pontuação total de 277 em 300, o pneu da Continental conseguiu mais 30 pontos<br />

do que o segundo classificado. “Máxima segurança, altos níveis de conforto e<br />

uma precisão de direção superior” foram as conclusões <strong>dos</strong> especialistas da Auto<br />

Zeitung. No total, os jornalistas de Colónia testaram 13 critérios diferentes. Juntamente<br />

com os testes convencionais em estrada, puseram à prova a resistência<br />

ao rolamento e os níveis de ruído do pneu. O PremiumContact 6 é um pneu de<br />

verão para veículos ligeiros de passageiros. As dimensões atuais abrangem 120<br />

variações, com aprovação para velocidades de até 300 km/h.<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Mitas exibiu novos produtos na SIMA 2019<br />

A Mitas, parte do Grupo Trelleborg, apresentou os seus mais recentes pneus<br />

agrícolas na feira internacional SIMA 2019, em Paris. O novo pneu SFT (Super<br />

Flexion Tyre) é desenvolvido para os novos tratores e ceifeiras debulhadoras.<br />

Os seus flancos, flexíveis, oferecem a capacidade máxima de carga de baixa<br />

pressão, para melhorar a tração e otimizar a proteção do solo, mesmo com<br />

equipamento mais pesado. O HCM amplia a gama de pneus municipais de<br />

alta capacidade Mitas. Estes pneus são adequa<strong>dos</strong> para tratores municipais e<br />

manutenção de estradas, tendo sido projeta<strong>dos</strong> para uso em todas as estações.<br />

As excelentes características destes pneus incluem elevada durabilidade graças<br />

à construção radial com correia de aço, design exclusivo do piso na parte central<br />

e características excecionais de tração. A largura diferente garante melhor tração<br />

em terrenos difíceis. Os<br />

pneus HCM oferecem<br />

excelentes propriedades<br />

de autolimpeza,<br />

com baixa vibração e<br />

ruído, estando disponíveis<br />

em tamanhos<br />

de 24” a 42”, com uma<br />

velocidade máxima de<br />

65 km/h. Foram ainda<br />

apresenta<strong>dos</strong> os pneus<br />

Mitas VF, que oferecem pressão constante a qualquer velocidade. A pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus mais baixa proporciona uma excelente eficiência de tração e, ao<br />

mesmo tempo, melhor proteção do solo, graças à compactação reduzida. O<br />

pneu em exposição permite uma carga máxima de 6.900 kg (3.2 bar), com<br />

uma velocidade nominal de 65 km/h.<br />

Pirelli lançou<br />

Scorpion All Terrain Plus<br />

Já à venda em Portugal e Espanha, o Scorpion All Terrain Plus,<br />

concebido para modelos 4x4 e pick-up, dispõe de um perfil de<br />

utilização 40% para asfalto e 60% para fora de estrada. Com visual<br />

agressivo, compostos, conceção de nova tecnologia e marcação<br />

3PMSF, este pneu assegura máximas durabilidade e tração<br />

nas condições mais exigentes. Neste segmento, a importância do<br />

pneu na obtenção de boas prestações é determinante. Por estas<br />

razões, a elevada tecnologia deriva da própria investigação e da<br />

mesma obtida no mundo da competição. O Scorpion All Terrain<br />

Plus é o terceiro membro da saga. O seu desenho é considerado<br />

um composto da nova geração, rico em sílica e borracha natural.<br />

E a sua fórmula e método foram otimizadas para alcançar maiores<br />

durabilidade e tração, bem como aumentar a resistência aos furos<br />

e garantir a melhor integridade e segurança do pneu na utilização<br />

fora de estrada.<br />

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A nova gama TM1060 da Trelleborg proporciona uma maior eficiência para tractores de<br />

80 CV a mais de 300 CV. Preserve o seu terreno de compactação e torne as suas operações<br />

agrícolas mais produtivas. Proteja os seus cultivos como se fossem pedras preciosas.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Notícias<br />

Empresas<br />

Calendário Pirelli para o ano de 2019<br />

Um conto fotográfico de aspirações de quatro mulheres e a sua determinação<br />

por alcançar os seus desejos, cada uma perseguindo os seus próprios sonhos e<br />

paixões. Este é o “Dreaming”, o Calendário Pirelli 2019, agora na sua 46.ª edição,<br />

fotografado por Albert Watson em abril, em Miami e Nova Iorque, foi revelado<br />

no Pirelli HangarBicocca, em Milão. Uma sequência de 40 imagens conta as<br />

histórias de personagens interpretadas por Gigi Hadid com Alexander Wang,<br />

Julia Garner, Misty Copeland com Calvin Royal III e Laetitia Casta com Sergei<br />

Polunin. As fotografias, a cores e a preto e branco, foram captadas no formato<br />

cinematográfico 16:9, inspirado na paixão de Albert Watson pela Sétima Arte.<br />

Ao contar a história de como acabou por fazer o calendário, o fotógrafo fala <strong>dos</strong><br />

seus próprios sonhos e <strong>dos</strong> esforços e sacrifícios que acarretam.<br />

BKT inaugurou<br />

cozinha solidária em Bhuj<br />

Trata-se da última iniciativa de solidariedade da BKT, que é um <strong>dos</strong><br />

principais apoiantes de um projeto da Fundação Akshaya Patra. A<br />

finalidade é oferecer 50.000 refeições gratuitas por dia aos estudantes<br />

da aldeia de Bhuj, de modo a formar um binómio entre instrução<br />

e alimentação saudável. A BKT demonstrou, uma vez mais,<br />

que, no centro das suas principais atenções, estão comunidade e<br />

pessoas. O lema da empresa, “A crescer juntos”, é, de facto, uma promessa<br />

que a BKT fez e que quer cumprir perante to<strong>dos</strong> aqueles que<br />

fazem parte da sua grande família. Em primeiro lugar na Índia, país<br />

de origem do Grupo BKT, que é muito apegado às próprias raízes, é<br />

uma gratidão o facto de poder partilhar os resulta<strong>dos</strong> para contribuir<br />

para o desenvolvimento económico e social. Deste pressuposto,<br />

deriva, também, a última iniciativa de solidariedade à qual BKT<br />

se dedicou com afinco: um projeto da Fundação Akshaya Patra, que<br />

proporcionou a construção e inauguração de uma cozinha comunitária<br />

na aldeia de Bhuj, no estado indiano de Gujarat, onde está<br />

sediado o mais recente estabelecimento construído pela BKT.<br />

Lassa é das marcas<br />

mais procuradas na Europa<br />

Representada em Portugal pela Pneurama, a Lassa Tyres está inserida, de acordo<br />

com os resulta<strong>dos</strong> de pesquisa da Tyre Review, no Top 20 das marcas de pneus<br />

mais procuradas na Europa. Além disso, a marca turca tornou-se na quinta que<br />

mais aumentou a sua taxa de pesquisa na Europa, segundo os resulta<strong>dos</strong> da<br />

Tyre Review. A marca turca de pneus, produzida pela Brisa, uma joint-venture<br />

estabelecida entre a Bridgestone e a Sabanci, tem lançado novos modelos com<br />

grande sucesso. A procura pela Lassa tem vindo a aumentar na Europa e, no<br />

mercado doméstico (Turquia), onde as vendas da marca subiram 25% no ano<br />

passado. A nova fábrica, instalada na província de Aksaray, está a ser construída<br />

fruto de um investimento de cerca de 300 milhões de dólares e terá uma capacidade<br />

anual de produção que se aproximará <strong>dos</strong> 4,2 milhões de pneus para<br />

veículos de passageiros e comerciais ligeiros.<br />

Yokohama marcou presença<br />

no Rali Dakar<br />

A equipa SsangYong Motorsport, de Óscar Fuentes e Diego Vallejo,<br />

patrocinada pela Yokohama, classificou-se em terceiro lugar na categoria<br />

T1.3 na sua segunda participação no Dakar. A equipa patrocinada<br />

pela Yokohama contou com um novo veículo, Rexton DKR,<br />

equipado com pneus Geolandar M/T G003, de medida 37x12,5<br />

R17. O veículo, desenvolvido totalmente em Espanha, conta com<br />

um motor V8 a gasolina de 6,2 litros especialmente preparado para<br />

competição, debitando 450 cv de potência. A meta foi cruzada pela<br />

equipa 10 dias mais tarde, quando regressaram triunfantes à capital<br />

peruana, depois de 3.000 km cronometra<strong>dos</strong> a 63 horas, 14 minutos<br />

e 19 segun<strong>dos</strong> de tempo de prova. Em relação ao rendimento<br />

<strong>dos</strong> pneus, o piloto Óscar Fuertes comentou, com entusiasmo, que<br />

“os Yokohama Geolandar M/T G003 comportaram-se incrivelmente<br />

bem e são, sem dúvida, a principal chave do nosso êxito. Não imaginam<br />

o esforço a que os submetemos. A fim de aumentar a tração<br />

nas dunas, os pneus rodaram mais de 80% do tempo a pressões<br />

realmente baixas e não sofreram nenhuma deformação. O mais incrível<br />

é que, depois de 3.000 km de areia, pedras e pista, não sofremos<br />

um único furo”.<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Pneu quatro estações da Bridgestone<br />

é “Produto do Ano”<br />

O Weather Control A005, o pneu “quatro estações” lançado pela Bridgestone<br />

há cerca de seis meses, foi eleito pelos consumidores como “Produto do Ano<br />

2019”. Em concorrência com dois outros pneus de elevada relevância no mercado,<br />

o Weather Control A005 foi considerado o melhor por mais de 3.270<br />

consumidores portugueses. O pneu All Wather da Bridgestone destacou-se<br />

em todas as categorias avaliadas – “Atratividade”, “Inovação” e “Intenção de<br />

compra” -, terminando com uma nota final<br />

de 21,7 pontos em 30 possíveis. Para<br />

André Bettencourt, diretor de marketing<br />

da Bridgestone Europe Sucursal em Portugal,<br />

“poucos meses depois do seu lançamento,<br />

o Weather Control A005 já tem<br />

um enorme reconhecimento no mercado”.<br />

De acordo com o responsável, “prova<br />

disso, é esta mesma distinção, que reflete<br />

a opinião positiva <strong>dos</strong> consumidores sobre<br />

este produto. Estamos extremamente<br />

orgulhosos deste prémio, pois foi precisamente<br />

em linha com as suas necessidades<br />

que criámos este pneu”. O Weather Control A005 foi criado por e para consumidores.<br />

Durante o seu desenvolvimento, a Bridgestone levou a cabo um estudo<br />

para avaliar as necessidades e expectativas de 15.000 utilizadores sobre<br />

pneus para todas as estações, onde os inquiriu, também, sobre os desafios de<br />

condução que enfrentam diariamente.<br />

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MANUEL GUEDES MARTINS, UNIPESSOAL, LDA.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

Falken avança com<br />

produção sustentável de borracha<br />

Três <strong>dos</strong> pilares da política de Borracha Natural Sustentável do Grupo Sumitomo Rubber<br />

são redução da pegada ambiental, manutenção de condições de trabalho dignas por parte<br />

<strong>dos</strong> fornecedors de matérias-primas e altos níveis de transparência na produção das ditas<br />

matérias-primas. A SRI participou na apresentação da Plataforma Mundial para a Borracha<br />

Natural Sustentável (GPSNR), da qual é membro fundador. Onze das principais empresas<br />

do setor criaram a GPSNR com o objetivo de defender a produção sustentável da borracha<br />

natural. A sustentabilidade e a luta pela produção ética não são algo novo para o Grupo<br />

Sumitomo Rubber, uma vez que, desde há muito tempo, trabalha para melhorar a sustentabilidade<br />

das suas atividades comerciais. O elemento central é a produção sustentável de<br />

borracha natural como matéria-prima chave. A procura de pneus a nível mundial seguirá<br />

um percurso de crescimento no futuro perante o desenvolvimento da sociedade móvel.<br />

Michelin iniciou<br />

nova temporada do WRC<br />

O fabricante francês volta a ser o fornecedor oficial de pneus<br />

do Mundial de Ralis em 2019. A temporada arrancou com uma<br />

das provas mais difíceis, exigentes e duras do mundo: o Rali<br />

de Monte Carlo, onde o papel <strong>dos</strong> pneus é sempre essencial.<br />

Equipado com pneus Michelin no seu Ford Fiesta WRC da equipa<br />

M-Sport, o francês Sébastien Ogier obteve o seu sexto título no<br />

Mundial de Ralis (WRC) há apenas dois meses, na Austrália. E<br />

muitas coisas mudaram desde que terminou a temporada de<br />

2018. De facto, entre outras novidades, Ogier já não é piloto da<br />

Ford M-Sport, mas da Citroën. Porém, algo há que se mantém<br />

imutável: a Michelin continua a ser o fornecedor de pneus na<br />

categoria máxima <strong>dos</strong> ralis.<br />

Pirelli Noise Cancelling System<br />

duplica certificações<br />

O PNCS (Pirelli Noise Cancelling System) reduziu o ruído no habitáculo equivalente a um<br />

veículo que roda apenas com três pneus. Se, no final de 2017, o número de certificações<br />

com esta especificidade era de 78, atualmente supera as 150, o equivalente a um incremento<br />

de 100%. Este sistema original da Pirelli está à venda desde o ano de 2013 e, hoje,<br />

constitui uma das principais exigências <strong>dos</strong> fabricantes de automóveis, especialmente os<br />

que pertencem aos segmentos premium e prestige, a fim de melhorar o conforto em marcha<br />

<strong>dos</strong> condutores e passageiros. O PNCS foi concebido para reduzir o ruído no interior<br />

do automóvel derivado da interação entre a superfície do asfalto e o próprio pneu. Este<br />

objetivo é alcançado devido a um material especial absorvente de ruído, colocado no interior<br />

do pneu, onde a sua tarefa é reduzir as vibrações no ar, que, por não estarem presentes,<br />

seriam transmitidas para o interior do veículo, criando um ruído desagradável. Esta esponja<br />

está concebida com uma espuma específica que aumenta a superfície de trabalho do<br />

material, intensificando a redução da vibração e, por consequência, o ruído.<br />

Bridgestone adquire TomTom<br />

por 910 milhões de euros<br />

A Bridgestone Europe, subsidiária do Grupo Bridgestone na<br />

região EMEA, chegou a acordo com a empresa TomTom para<br />

adquirir, pela quantia de 910 milhões de euros, a área de telemática<br />

do seu negócio. Esta transação irá unir a empresa líder<br />

mundial em pneus com o fornecedor número um na Europa em<br />

soluções digitais para frotas, criando uma plataforma de da<strong>dos</strong><br />

líder na conectividade de veículos. A TomTom Telematics ajudará<br />

a Bridgestone a alcançar mais rapidamente o seu objetivo de ser<br />

líder, também, em soluções de mobilidade. A combinação das<br />

duas empresas permitirá à Bridgestone realizar vendas cruzadas<br />

de pneus e soluções a uma base de clientes mais ampla. Além<br />

disso, tendo acesso a estes da<strong>dos</strong>, conseguirá melhorar ainda<br />

mais o desenvolvimento e teste virtual de pneus, bem como a<br />

inovação <strong>dos</strong> pneus.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Grupo Soledad doou<br />

€5.100 a três ONG de Aspe<br />

O Grupo Soledad continua solidário com a população de Aspe (Alicante), tendo<br />

doado €5.100 a três ONG: Aspe Contra Alzheimer, Mulheres Afetadas pelo Cancro<br />

da Mama de Aspe (MACMA) e Associação FibroAspe. A ação decorreu nas instalações<br />

da Industrias del Pneumática e contou com a presença do presidente da<br />

Câmara Municipal de Aspe e do presidente do Grupo Soledad, Salvador Pérez,<br />

que destacou o trabalho das três associações: “Três entidades que trabalham<br />

pelo bem-estar de outros, pelo alívio da doença e pela melhoria da qualidade<br />

de vida. Obrigado pelo seu esforço “, concluiu. O Grupo Soledad é uma empresa<br />

socialmente responsável, que realiza diferentes ações humanitárias, solidárias e<br />

ambientais ao longo de cada ano.<br />

banner revista - GOODRIDE3.pdf 1 27/09/2018 17:16:41<br />

Tiresur bateu recorde de faturação em 2018<br />

A Tiresur continua imparável. Quando parece que é impossível continuar<br />

a crescer depois de uma trajetória de uma ascensão contínua desde a sua<br />

fundação, o distribuidor volta a bater o seu recorde de faturação: quase 115<br />

milhões de euros fatura<strong>dos</strong> em 2018. Quando uma empresa melhora ano<br />

após ano os seus resulta<strong>dos</strong>, independentemente da tendência do mercado<br />

ou do ciclo económico, é porque a sua estrutura e o seu modelo de negócio<br />

são verdadeiramente sóli<strong>dos</strong>. A política da Tiresur sempre se baseou no<br />

reinvestimento <strong>dos</strong> lucros gera<strong>dos</strong> para melhorar a empresa e aumentar a<br />

qualidade <strong>dos</strong> processos. Este é um <strong>dos</strong> “segre<strong>dos</strong>” que permite a esta empresa<br />

ser um exemplo de sucesso e conseguir continuar a crescer, mesmo<br />

nos perío<strong>dos</strong> de quebra no setor. A expansão internacional levou a empresa<br />

a estar presente em mais de 35 países e em três continentes, sendo esta<br />

política de não aversão ao risco, de reinvestimento <strong>dos</strong> lucros e com uma<br />

filosofia de melhoria contínua, que permite que a Tiresur seja uma referência<br />

no setor. Mais gama, novas instalações, mais stock (superior a 500.000 pneus),<br />

mais marcas de distribuição exclusiva e novos segmentos de produto (como<br />

moto, pneus industriais e agrícolas), a Tiresur não para de propor-se a novos<br />

desafios, que, ano após ano, fazem a empresa crescer. Tudo isto graças, também,<br />

à sua filosofia 360 e ao esforço e compromisso da excelente equipa de<br />

profissionais que a empresa tem.<br />

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Notícias<br />

Empresas<br />

NEX Portugal comercializa pneus Avon<br />

para ligeiros e motos<br />

Dando seguimento à política de consolidação da sua presença em<br />

território nacional, a NEX iniciou o ano com o lançamento da Avon em<br />

exclusivo nas gamas de pneus ligeiros e de duas rodas para o território<br />

nacional, onde pretende consolidar a sua presença no segmento quality.<br />

A Avon, que ostenta o título de segundo fabricante mais antigo do<br />

mundo, disponibiliza uma gama de produtos de qualidade altamente<br />

reconhecida, quer nos segmentos de quatro como de duas rodas. Presença<br />

assídua em equipamento de origem de marcas britânicas (nomeadamente<br />

Caterham e TVR) ou ainda em marcas de moto, como Triumph<br />

e KTM, a Avon dispõe de um portefólio extremamente abrangente e<br />

com muitas novidades: desde os modelos para veículos ligeiros ZT7<br />

(gama confort), ZV7 (gama altas prestações) e ZX7 (para SUV de médias<br />

e altas prestações) lança<strong>dos</strong> em 2018. E já publicamente foi divulgado<br />

o AV12 para viaturas comerciais, que verá a “luz do dia” durante este<br />

ano 2019. Também na gama de moto, a marca acaba de lançar o super<br />

exclusivo modelo Cobra Chrome, o qual fará as delícias <strong>dos</strong> amantes<br />

das duas rodas <strong>dos</strong> segmentos touring, cruiser e custom, onde a marca<br />

é mundialmente reconhecida.<br />

Campanha de verificação de pneus<br />

com números preocupantes<br />

Mais de 300 condutores de veículos beneficiaram da ação de sensibilização<br />

promovida pela ACAP/CEPP, na qual foram alerta<strong>dos</strong> para a necessidade<br />

de verificação regularmente os pneus e para a segurança rodoviária.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> desta campanha foram, agora, disponibiliza<strong>dos</strong> e apontam<br />

para um elevado risco decorrente da manutenção incorreta por parte<br />

<strong>dos</strong> condutores. Embora os produtores procurem fabricar pneus mais<br />

eficientes, seguros e duradouros, como qualquer “órgão” de um veículo,<br />

os pneus, para poderem conservar as suas características e propriedades,<br />

bem como proporcionarem prestações eficientes e seguras, necessitam<br />

de manutenção.E, isso, cabe ao condutor. A manutenção traz benefícios<br />

ao nível da segurança rodoviária, mas, também, da poupança de combustível,<br />

decorrente de uma circulação com a pressão aconselhada - em<br />

15.000 km anuais, pode ser o equivalente a um depósito cheio -, e a vida<br />

útil do pneu também é prolongada, não sendo necessário substituí-lo tão<br />

cedo. Relativamente à profundidade do piso <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong>, os<br />

resulta<strong>dos</strong> desta campanha revelam que 17% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não<br />

estavam com a profundidade correta.<br />

Ronal Group comemora 50 anos<br />

O Ronal Group, um <strong>dos</strong> mais importantes fabricantes mundiais de<br />

jantes em liga leve para automóveis e veículos utilitários, celebra,<br />

em 2019, os seus 50 anos de existência. O aniversário do meio século<br />

vai ser festejado em todo o mundo, com diversas ações. A Ronal foi<br />

fundada em 1969, em Walldorf (Alemanha), por Karl Roland Wirth.<br />

Hoje, o Ronal Group conta com mais de 8.000 colaboradores em várias<br />

filiais de todo o mundo na administração ou na produção. Além disso,<br />

o Ronal Group fabrica, em dois locais, as suas próprias ferramentas e<br />

dispõe de um centro de logística central para os seus produtos. Para<br />

esta data redonda, o Ronal Group pensou em algo especial e revestiu<br />

a ouro a sua jante favorita (Ronal R50 AERO), que foi apresentada, pela<br />

primeira vez, no Essen Motor Show 2018 e será lançada no mercado<br />

na primavera de 2019.<br />

BFGoodrich conquistou<br />

15.ª vitória absoluta no Dakar<br />

Equipada com pneus BFGoodrich, a Toyota venceu, pela primeira vez,<br />

o Rali Dakar, e a BFGoodrich alcançou, por seu turno, o seu 15.° triunfo<br />

absoluto na prova. De 6 a 17 de janeiro, as capacidades de pilotagem e<br />

navegação, assim como a resistência, a valentia e a determinação <strong>dos</strong><br />

participantes no Dakar foram postas à prova nos mais difíceis terrenos do<br />

Perú. Nasser Al-Attiyah e Mathieu Baumel (N.º 301) estiveram a um nível<br />

superior e realizaram um trabalho magnífico para levar a sua Toyota Hilux<br />

ao primeiro posto da classificação da categoria de automóveis. Para<br />

tal, o duo franco-catariano deu mostras de uma fantástica consistência e<br />

de prestações brilhantes, contando com um importante aliado: os pneus<br />

BFGoodrich. O cocktail composto por areia, “fesh-fesh” (pó do deserto),<br />

barrancos e as magníficas dunas de Tanaka e Ica levou to<strong>dos</strong> os participantes<br />

ao limite, assim como veículos e pneus. “Os nossos pneus BFGoodrich<br />

exibiram uma performance espetacular”, referiu o vencedor do rali,<br />

Nasser Al-Attiyah, no final do mesmo.<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


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Notícias<br />

Produto<br />

Petlas mostrou novo PT-TRAC<br />

para o setor agrícola<br />

O fabricante turco de pneus, que, em Portugal, é distribuído, em<br />

exclusivo, pela Dispnal, mostrou o novo modelo PT-TRAC com<br />

tecnologia CupWheel para o setor agrícola. Com a sua abordagem<br />

inovadora para criar pneus agrícolas da mais elevada qualidade,<br />

a Petlas tem como objetivo contribuir para os lucros <strong>dos</strong> produtores<br />

em todo o mundo, ajudando-os a diminuir o consumo<br />

de combustível e a proteger os seus investimentos. Este novo<br />

modelo concebido para o setor agrícola é, pois, capaz disso, uma<br />

vez que proporciona uma pegada extremamente ampla, tocando<br />

suavemente o solo sem danificar as raízes abaixo da superfície.<br />

Assim, evitam-se possíveis efeitos negativos da compactação<br />

do solo nos rendimentos a longo prazo, graças à distribuição<br />

uniforme da pressão. Combinando as vantagens desta recente<br />

tecnologia com a superioridade do design de padrão único TA110<br />

da Petlas, este novo pneu transfere a potência total do veículo<br />

para o solo, diminuindo o deslizamento e aumentando a força de<br />

arrasto, melhorando, ao mesmo tempo, a eficiência em termos<br />

de desempenho e consumo de combustível.<br />

Nokian Hakkapeliitta<br />

desafiou a Gronelândia<br />

Sete homens, três veículos especiais construí<strong>dos</strong> pela Arctic Trucks, 5.000 km<br />

de gelo. Ao longo de 20 dias, 44 unidades do pneu Nokian Hakkapeliitta enfrentaram<br />

as condições extremas da Gronelândia. Foi uma autêntica aventura<br />

selvagem, que teve o intransigente clima do ártico como o mais difícil teste<br />

para participantes e equipamentos. Nada menos do que 44 pneus Nokian<br />

Hakkapeliitta participaram na aventura de 2018, intitulada “Expeditions7”,<br />

que partiu de Isortoq, no extremo sul da Gronelândia, e seguiu para norte, na<br />

direção de Wulff Land, no extremo norte. A maior parte da viagem decorreu<br />

no topo do continente glaciar, que tem vários milhares de quilómetros de<br />

comprimento e mais de três quilómetros de espessura em certos pontos. A<br />

variação das condições meteorológicas de inverno e a visibilidade zero tornaram<br />

o progresso, por vezes, muito lento, com os veículos a conseguirem<br />

circular a apenas 10 km/h. As temperaturas mais baixas registadas foram de<br />

-40° C.<br />

Banda VRT3 da Vipal obtém<br />

performance superior<br />

Avaliações realizadas em estradas e vias urbanas europeias revelaram<br />

a qualidade do desenho para o transporte rodoviário<br />

de mercadorias. Para a Vipal Borrachas, tão importante como<br />

desenvolver produtos de alta qualidade para os mais diferentes<br />

merca<strong>dos</strong> em que atua, é comprová-la. Por isso, a empresa<br />

divulgou os resulta<strong>dos</strong> de dois testes que realizou em estradas<br />

europeias, que comprovam a superioridade da banda VRT3 dentro<br />

do segmento de pneus para o transporte rodoviário de cargas.<br />

O resultado foi totalmente aprovado pelas transportadoras. A<br />

banda de rodagem VRT3 é própria para pneus radiais e eixos de<br />

tração. Apresenta ótimas propriedades de tração em veículos de<br />

alta potência, com respostas ágeis em pisos secos ou molha<strong>dos</strong><br />

e bom escoamento de água. Indicado para uso rodoviário de<br />

cargas, o desenho é recomendado especialmente para viagens<br />

de longa distância em estradas pavimentadas. As avaliações de<br />

desempenho Vipal visam comparar produtos similares, aplica<strong>dos</strong><br />

nos segmentos a que se destinam e submeti<strong>dos</strong> ao uso<br />

em igualdade de condições, assegurando imparcialidade nos<br />

resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>.<br />

ALTARODA distribui Jantes MAK<br />

A ALTARODA consegue mais uma representação de peso na área de jantes:<br />

a prestigiada marca MAK, que resulta de uma joint-venture entre duas<br />

famílias que operam no setor automóvel com décadas de experiência: a<br />

família Magri, líder na área de distribuição de pneus em Itália, e a Cervati,<br />

uma família proprietária de fundições desde os anos 30, líder na fundição<br />

de peças de alumínio. Graças<br />

ao know-how tecnológico,<br />

por um lado, e ao profundo<br />

conhecimento do mercado,<br />

por outro, o projeto de desenvolvimento,<br />

produção e<br />

distribuição de jantes de liga<br />

leve ganha rapidamente uma<br />

posição de destaque a nível<br />

mundial. O sucesso <strong>dos</strong> produtos<br />

da MAK deve-se a um<br />

planeamento estratégico correto,<br />

tendo em consideração<br />

duas vantagens fundamentais:<br />

qualidade e estilo. Reconheci<strong>dos</strong><br />

como produtos de<br />

alta qualidade, atestado por certifica<strong>dos</strong> e prémios a nível mundial, as jantes<br />

MAK são, igualmente, conhecidas pelo seu design muito próprio, nos mais<br />

diversos estilos de rodas, desde as mais desportivas e agressivas, às clássicas<br />

e futuristas, sempre com soluções que estão frequentemente longe <strong>dos</strong> padrões<br />

convencionais e capazes de cumprir o gosto de países culturalmente<br />

muito diferentes.


Goodyear desvendou<br />

novo Eagle F1 Asymmetric 5<br />

A Goodyear anunciou o lançamento do seu novo pneu<br />

de estrada Ultra High Performance (UHP). Concebido<br />

como o mais completo pneu de verão, o Eagle F1<br />

Asymmetric 5 faz uso de tecnologias inovadoras para<br />

obter melhorias significativas na travagem em piso<br />

molhado e no comportamento em piso seco, sem<br />

comprometer o conforto de condução ou o ruído. O<br />

“segredo” para o elevado rendimento deste pneu está<br />

no desenvolvimento de um novo composto altamente<br />

refinado, que combina características que o tornam<br />

melhor em condições de piso molhado, sem sacrificar<br />

a durabilidade ou o comportamento em piso seco. Os<br />

esforços da Goodyear para otimizar a performance centraram-se<br />

na redução da flexão do desenho da banda<br />

de rolamento quando são transmitidas forças laterais.<br />

O novo Eagle F1 Asymmetric 5, que será disponibilizado<br />

em diâmetros de 17” a 22”, com larguras de 205 a<br />

315 mm e séries de 50 a 25, colocará a Goodyear em<br />

posição privilegiada para explorar o forte crescimento<br />

(8,3% ao ano) do segmento UHP, que compreende<br />

jantes de 17” para cima e que representa já 22% das<br />

vendas totais de pneus de verão.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Notícias<br />

Produto<br />

Hankook Ventus Prime 3<br />

equipa novo Ford Focus Active<br />

O fabricante de pneus Hankook continua a expandir a sua parceria<br />

de equipamento original com a Ford Motor Company. O novo Focus<br />

Active será equipado, exclusivamente, com Ventus Prime 3. O<br />

novo modelo tem, desde o final de 2018, duas medidas de pneus<br />

de conforto premium Hankook como equipamento original. O pneu<br />

que representa segurança, desempenho e conforto está disponível<br />

desde dezembro de 2018 nas medidas 215/50R18V e 215/55R17V.<br />

Graças à tecnologia inteligente, como a liberdade de escolha <strong>dos</strong><br />

mo<strong>dos</strong> de controlo, o Ford Focus Active oferece um comportamento<br />

de condução inovador, que é reforçado pelo Ventus Prime 3. O novo<br />

pneu de alta performance da Hankook anuncia um bom desempenho<br />

durante a condução e um excelente desempenho de travagem em<br />

estradas molhadas e secas.<br />

AB Tyres comercializa<br />

novo Falken WILDPEAK M/T<br />

A AB Tyres passa a comercializar em Portugal o novo Falken WILDPEAK<br />

M/T. Recomendado por profissionais para enfrentar as condições mais<br />

adversas, o WILDPEAK M/T foi construído para levar o veículo a qualquer<br />

lugar, esteja o piso seco ou tenha ele lama, neve ou pedras.Este<br />

pneu faz uso da tecnologia DURASPEC, tendo a parede lateral sido<br />

desenvolvida para suportar as condições off-road. Esta tecnologia<br />

apresenta, também, dois componentes que fornecem uma camada<br />

adicional de proteção e durabilidade, que proporciona uma sensação<br />

de segurança e confiabilidade. O WILDPEAK M/T permite uma condução<br />

excecional com baixo ruído, graças à otimização de três variáveis<br />

no padrão do piso.<br />

Manatec homologada pela Michelin<br />

A marca de alinhamento de direções para veículos pesa<strong>dos</strong> Manatec,<br />

representada em Portugal pela Domingos&Morgado, foi homologada<br />

pela Michelin. Tão alta distinção vem confirmar a qualidade e fiabilidade<br />

da alinhadora Manatec Jumbo 3D Super, pioneira no alinhamento<br />

3D para camiões, com capacidade de leitura e alinhamento<br />

até cinco eixos em simultâneo. Ao comercializar no nosso país este<br />

equipamento de alinhamento de direções, a Domingos&Morgado<br />

disponibiliza aos clientes o primeiro equipamento do mundo a dispor<br />

de alinhamento de rodas 3D para autocarros e camiões multieixos. O<br />

sistema de medição é semelhante a qualquer máquina full 3D, sendo<br />

a medição de to<strong>dos</strong> os ângulos de to<strong>dos</strong> os eixos efetuada em menos<br />

de quatro minutos. O equipamento é fornecido com 10 alvos e garras,<br />

podendo ainda ser utilizado para o alinhamento de veículos ligeiros e<br />

comerciais, aumentando, assim, a sua polivalência. A Manatec é uma<br />

empresa indiana especializada na conceção e fabrico de máquinas<br />

de alinhar direções para veículos pesa<strong>dos</strong>.0<br />

Goodyear lançou novo<br />

Vector 4Seasons Cargo<br />

A Goodyear apresentou uma nova atualização da sua gama para veículos<br />

comerciais. Segundo a marca, o Vector 4Seasons Cargo consiste<br />

num pneu para todas as estações, eficiente no consumo<br />

de combustível, que oferece uma excelente<br />

performance e uma quilometragem<br />

ampliada quando comparado com<br />

o modelo anterior. O novo Vector<br />

4Seasons Cargo anuncia maior<br />

quilometragem face aos modelos<br />

antecessores, ao passo<br />

que a menor resistência ao<br />

rolamento permite poupar<br />

nos custos com combustível,<br />

características que, uma<br />

vez combinadas, reduzem o<br />

custo total de propriedade.<br />

O Vector 4Seasons Cargo é o<br />

contributo da Goodyear para<br />

o mercado de veículos comerciais<br />

ligeiros em franca expansão<br />

na Europa, tendo já ultrapassado o<br />

segmento de veículos de passageiros<br />

em termos de crescimento. O novo Vector<br />

4Seasons Cargo amplia a gama de produtos<br />

para veículos comerciais da Goodyear, que já inclui o pneu<br />

de verão EfficientGrip Cargo, o pneu de inverno Cargo UltraGrip 2 e o<br />

novo UltraGrip Cargo.<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


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Equipamento<br />

Compressores de ar comprimido<br />

Solução<br />

indispensável<br />

A instalação ou utilização de um compressor de ar elimina a necessidade de dispor<br />

de abastecimento elétrico para fazer funcionar os equipamentos. Adicionalmente, as<br />

ferramentas pneumáticas são mais duradouras, menos sensíveis à humidade e estão<br />

preparadas para trabalhos próprios do setor automóvel<br />

O<br />

compressor de ar é um <strong>dos</strong> componentes<br />

integra<strong>dos</strong> numa rede<br />

pneumática, destinada a fornecer<br />

ar comprimido a diferentes ferramentas<br />

para que estas possam funcionar. Para<br />

o efeito, aspiram e tratam o ar atmosférico<br />

de forma específica no seu interior, com o<br />

objetivo de que, à saída, este funcione como<br />

fonte de energia.<br />

Além do mais, posteriormente a este processo,<br />

o ar é arrefecido para ocupar menos<br />

volume antes de ser armazenado no reservatório<br />

ou tanque. Desta forma, é possível aumentar<br />

a capacidade de fornecimento e, por<br />

conseguinte, a eficácia da rede pneumática.<br />

CLASSIFICAÇÃO DOS COMPRESSORES DE AR<br />

De acordo com a forma como os compressores<br />

tratam o ar aspirado, classificam-se do<br />

seguinte modo:<br />

l Compressores de deslocamento positivo.<br />

Estes compressores comprimem o ar no seu<br />

interior para que, à sua saída, a tendência do<br />

ar para voltar ao seu estado inicial de pressão<br />

atmosférica seja aproveitada como fonte de<br />

energia. Este é o princípio de funcionamento<br />

<strong>dos</strong> compressores de ar mais utiliza<strong>dos</strong>.<br />

l Compressores dinâmicos. Neste caso, o ar é<br />

aspirado para que, uma vez dentro do compressor,<br />

seja acelerado a grande velocidade e<br />

a energia cinética obtida seja transformada<br />

em pressão estática de saída, que é utilizada<br />

como fonte de energia para fazer funcionar<br />

as ferramentas.<br />

Em ambos os conjuntos de compressores,<br />

existem diferentes tipos de compressores<br />

com uma estrutura interna determinada, que<br />

se encarrega de efetuar a aspiração de ar,<br />

o seu tratamento e a sua compressão, bem<br />

como a respetiva libertação.<br />

TIPOS DE COMPRESSORES DE AR<br />

A variedade de compressores de ar comprimido<br />

no mercado é muito elevada, como<br />

consequência de se tratar de equipamentos<br />

que apresentam princípios de funcionamento<br />

e características específicas que, segundo<br />

as respetivas especificações, determinam as<br />

aplicações e utilizações concretas.<br />

Os compressores de deslocamento positivo<br />

mais comuns são os seguintes:<br />

l Os de pistão com ou sem lubrificação;<br />

l Os de parafuso com ou sem lubrificação.<br />

Outros compressores que se enquadram<br />

dentro deste grupo são os compressores de<br />

palhetas, de velocidade variável, de média<br />

ou alta pressão, de tipo scroll ou os geradores<br />

de azoto, entre outros.<br />

Pelo contrário, os compressores dinâmicos<br />

mais utiliza<strong>dos</strong> dividem-se nos de tecnologia<br />

centrífuga radial e os centrífugos axiais.<br />

De to<strong>dos</strong> estes tipos de compressores, vamos<br />

analisar, em seguida, os de pistão e os de<br />

parafuso, por serem os mais utiliza<strong>dos</strong> no<br />

setor automóvel.<br />

1COMPRESSORES DE PISTÃO<br />

Este tipo de compressor é um <strong>dos</strong> mais<br />

utiliza<strong>dos</strong> no setor industrial em empresas<br />

com consumos de ar comprimido modera<strong>dos</strong><br />

ou médios, tais como as oficinas de mecâ-<br />

68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


nica ou de pneus. Muitos <strong>dos</strong> compressores<br />

comercializa<strong>dos</strong> para utilização doméstica<br />

também apresentam esta tecnologia.<br />

A constituição interna destes compressores<br />

é semelhante à <strong>dos</strong> motores térmicos utiliza<strong>dos</strong><br />

nos veículos atuais. Por conseguinte, o ar<br />

aspirado é dirigido através de uma válvula de<br />

admissão para o interior de um cilindro no<br />

qual existe um pistão. Este pistão está ligado<br />

(através de um perno) à biela, a qual, por sua<br />

vez, está ligada a uma cambota, pelo que<br />

a rotação da cambota desloca a biela permitindo<br />

que o pistão suba ou desça dentro<br />

do cilindro.<br />

O ciclo completo de compressão do ar divide-<br />

-se nas seguintes quatro fases:<br />

Preparação para a aspiração de ar que se<br />

encontra à pressão atmosférica. O pistão<br />

sobe até à posição livre superior.<br />

Aspiração do ar. A válvula de admissão<br />

abre e o pistão começa a descer gerando<br />

o afluxo de ar.<br />

Enchimento do cilindro. O pistão continua<br />

a descer até chegar à posição livre inferior,<br />

momento em que o cilindro está cheio de ar<br />

e a válvula de admissão é fechada.<br />

Compressão do ar e libertação do ar comprimido.<br />

Com as válvulas fechadas, o pistão<br />

começa a subir comprimindo o ar, até ao momento<br />

em que a válvula de escape é aberta<br />

para expulsar o ar comprimido que atuará<br />

como fonte de energia.<br />

A principal vantagem destes compressores<br />

é o seu menor custo e a grande variedade<br />

comercializada <strong>dos</strong> mesmos. Por outro lado, a<br />

eficiência é menor e têm maior tendência para<br />

sobreaquecer com o trabalho prolongado, o<br />

que pode provocar dilatação ou gripagem<br />

nos componentes internos, especialmente<br />

se não for efetuada uma manutenção preventiva<br />

e corretiva em conformidade com<br />

as indicações do fabricante.<br />

2COMPRESSORES DE PARAFUSO<br />

Os compressores de parafuso, também<br />

conheci<strong>dos</strong> como helicoidais, são equipamentos<br />

de uso exclusivo industrial. São indica<strong>dos</strong><br />

para abastecer empresas de maior<br />

dimensão nas quais os consumos de ar são<br />

maiores, pelo que se tornam na opção mais<br />

recomendável para oficinas de pneus. Além<br />

do mais, são mais eficientes e mais silenciosos.<br />

O principal inconveniente destas unidades<br />

é o seu custo.<br />

O mecanismo interno deste compressor é<br />

composto por uma entrada de ar, dois parafusos<br />

sem-fim ou rotores helicoidais que<br />

engrenam entre si e giram dentro de uma<br />

estrutura em sentido oposto e uma saída de<br />

ar comprimido. Os parafusos são movi<strong>dos</strong><br />

através de um motor elétrico.<br />

A compressão de ar, neste caso, é efetuada<br />

em três fases:<br />

Aspiração do ar. O ar do exterior que se<br />

encontra à pressão atmosférica entra pelo<br />

lado de aspiração e começa a ser introduzido<br />

nas câmaras existentes entre as espirais <strong>dos</strong><br />

parafusos sem-fim.<br />

Compressão do ar. O ar vai avançando através<br />

das câmaras e vai sendo comprimido à<br />

medida que o volume das referidas câmaras<br />

vai reduzindo.<br />

Libertação do ar comprimido. Finalmente,<br />

quando o ar chega às últimas câmaras, está<br />

comprimido e preparado para ser expulso<br />

pelo lado de pressão e ser utilizado como<br />

fonte de energia.<br />

CRITÉRIOS BÁSICOS PARA A ESCOLHA<br />

Os critérios básicos para determinar qual o<br />

compressor que melhor se ajusta a necessidades<br />

específicas, passam por avaliar o tipo<br />

de trabalho e a utilização pretendida. Em<br />

primeiro lugar, é necessário determinar se<br />

a utilização é ocasional ou frequente.<br />

Uma vez esclarecida esta questão, é necessário<br />

avaliar as características técnicas do compressor.<br />

Para fins domésticos, as prestações<br />

podem ser inferiores, mas se a utilização se<br />

aproximar de aplicações industriais, as prestações<br />

devem ser superiores de acordo com<br />

a atividade concreta desempenhada e com<br />

o consumo de ar exigido pelas ferramentas<br />

utilizadas.<br />

Dentro das características técnicas a avaliar,<br />

os aspetos que devem ser pondera<strong>dos</strong> e que<br />

estão relaciona<strong>dos</strong> entre si são os seguintes:<br />

l O caudal de ar que a unidade tem capacidade<br />

para fornecer, medido geralmente<br />

em litros minuto (l/min ou l/1’), ou também<br />

em pés cúbicos por minuto (PCM ou CFM)<br />

ou m 3 /min.<br />

l A pressão de ar que a unidade consegue<br />

disponibilizar, medida em bar ou Psi (libras<br />

por polegada quadrada).<br />

l A potência de que dispõe, representada em<br />

cavalos-força (HP), em cavalos-vapor (CV) ou<br />

em quilowatt (KW).<br />

l A capacidade de armazenamento do reservatório<br />

ou tanque, calculada em litros que<br />

pode armazenar.<br />

l O tipo de arranque que apresenta, podendo<br />

ser de arranque direto ou do tipo estrela-<br />

-triângulo. Este último tipo de arranque, é o<br />

mais recomendável, porque reduz os picos de<br />

intensidade próprios <strong>dos</strong> motores ao iniciar<br />

o funcionamento e, portanto, os eleva<strong>dos</strong><br />

consumos elétricos nesta fase. Para o efeito,<br />

esta tecnologia permite um arranque inicial<br />

com menor tensão (estrela) para que, uma<br />

vez atingido um determinado número de<br />

rotações, a tensão proporcionada aumente<br />

até atingir o seu valor nominal de funcionamento<br />

(triângulo).<br />

CONCLUSÃO<br />

A variedade de compressores no mercado é<br />

muito ampla e embora to<strong>dos</strong> eles partilhem<br />

funções e características técnicas semelhantes,<br />

é muito importante avaliar atentamente<br />

as vantagens e inconvenientes de cada um<br />

deles, bem como as prestações reais que proporcionam.<br />

Somente desta forma a escolha<br />

do compressor se irá ajustar às necessidades<br />

da oficina e do trabalho realizado. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 69


Avaliação obrigatória<br />

Carácter bipolar<br />

Tanto sabe ser silencioso e económico como rui<strong>dos</strong>o e voraz. Com um design distinto,<br />

223 cv de potência máxima combinada e níveis de equipamento e segurança difíceis de<br />

igualar, o Lexus IS 300h Luxury tem um carácter bipolar. As alterações de humor (e de<br />

comportamento) devem-se apenas e só ao evoluído sistema híbrido que o move<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Entre compactos, sedans (como o<br />

que, aqui, surge em análise), coupés<br />

e crossovers, são nada menos do<br />

que oito os modelos híbri<strong>dos</strong> que a<br />

Lexus comercializa, atualmente, em Portugal,<br />

esperando-se, para breve, a chegada<br />

de mais dois: o crossover UX 250h e o sedan<br />

ES 300h. Por enquanto, a gama híbrida da<br />

marca de luxo da Toyota é constituída, por<br />

ordem crescente de preço, pelos CT 200h, IS<br />

300h, NX 300h, RC 300h, RX 450h, RX 450hL,<br />

LC 500h e LS 500h. Nesta edição, o ensaio<br />

recai sobre o IS 300h, uma berlina cheia de<br />

charme e recheada de coisas boas que custa,<br />

na especificação Luxury, a menos acessível<br />

da gama, €60.318.<br />

◗ ESTILO INCONFUNDÍVEL<br />

Tendo em conta a elevada popularidade do<br />

design do IS, a Lexus manteve inalterada a<br />

essência da aparência exterior quando<br />

renovou este sedan. No entanto, a secção<br />

dianteira sofreu uma transformação, graças<br />

a novos faróis, entradas de ar de maiores<br />

dimensões no para-choques e uma nova<br />

evolução no design da grelha frontal. Os<br />

faróis remodela<strong>dos</strong>, que dispõem, agora,<br />

de unidades de LED completas, exibem<br />

um visual mais pronunciado do que anteriormente,<br />

estendendo-se para dentro,<br />

criando uma forma atraente que acentua<br />

a configuração “L” das luzes de condução<br />

diurna. O para-choques, com as entradas<br />

de ar perfeitamente integradas, flui <strong>dos</strong><br />

flancos dianteiros para gerar uma presença<br />

mais confiante em estrada. Já a nova grelha<br />

70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Lexus IS 300h Luxury<br />

Uma das evidências das técnicas artesanais<br />

“Takumi” empregues em cada modelo da<br />

Lexus é o novo pesponto à volta da instrumentação<br />

binocular, contribuindo para o<br />

aspeto desportivo do cockpit, o mesmo se<br />

podendo dizer relativamente ao velocímetro<br />

e ao conta-rotações. Existem, também,<br />

novos porta-copos, um apoio de mão maior,<br />

envolto em pele e com pesponto para o<br />

Interface Remote Touch, e novas marcações<br />

no relógio analógico, posicionado ao centro<br />

do painel de bordo. Já a segurança, contempla<br />

tantos dispositivos de assistência à<br />

condução, que seria fastidioso enumerá-los.<br />

◗ VANTAGEM HÍBRIDA<br />

Confortável, seguro, previsível e fácil de conduzir.<br />

Com a vantagem de ser ágil e reativo.<br />

As suspensões e a direção foram alvo de<br />

revisão, de modo a melhorar o desempenho<br />

dinâmico. A suspensão dianteira, de<br />

duplos triângulos sobrepostos, tem uma<br />

nova montagem do braço inferior em alumínio<br />

forjado, que alcança um aumento<br />

de 49% em rigidez por comparação com<br />

o mesmo componente em aço que substituiu.<br />

Beneficia, igualmente, de um novo<br />

casquilho, que é 29% mais rígido do que<br />

antes. A Lexus conseguiu aumentar a rigidez<br />

sem aumentar o peso. A suspensão<br />

traseira, multibraços, passou, igualmente, a<br />

dispor de um novo casquilho para o braço<br />

superior, uma nova barra estabilizadora,<br />

novos componentes nos amortecedores e<br />

configurações alteradas.<br />

O IS 300h tem no sistema Lexus Hybrid Drive<br />

um <strong>dos</strong> seus ex-líbris. Contempla um motor<br />

de quatro cilindros a gasolina, 2.5 VVT-i,<br />

frontal, está ancorada num ponto mais alto<br />

comparativamente ao modelo antecessor,<br />

alterando as proporções das suas secções<br />

superior e inferior, produzindo uma aparência<br />

mais desportiva e dando a impressão<br />

de que o centro de gravidade está mais<br />

baixo, enquanto se dilui, suavemente, no<br />

capot remodelado. As jantes mudaram de<br />

desenho e a traseira também foi alvo de um<br />

pequeno acerto.<br />

Por dentro, o IS 300h está recheado de coisas<br />

boas. A qualidade de construção situa-se<br />

num patamar elevado, tal como o espaço<br />

para ocupantes e bagagem. O posto de condução<br />

é simplesmente ótimo. O ambiente<br />

interior mistura classicismo com pormenores<br />

irreverentes, provocando um misto de<br />

sensações. O nível de equipamento propõe<br />

uma panóplia de mordomias. No centro do<br />

tablier, o painel de controlo <strong>dos</strong> sistemas de<br />

áudio e ventilação foi ajustado, exibindo<br />

a sua superfície um novo acabamento de<br />

superior qualidade, com riscas estreitas.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71


Avaliação obrigatória<br />

Lexus IS 300h Luxury<br />

Bridgestone Turanza ER33<br />

Conforto e economia<br />

w O Lexus IS 300h que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado com<br />

Bridgestone Turanza ER33, de medida 225/40 R 18 88Y no eixo dianteiro e<br />

255/35 R 18 90Y no eixo traseiro. Este pneu, que é equipamento de origem para<br />

o automóvel híbrido presente nestas páginas, foi concebido para proporcionar<br />

conforto e economia de combustível, afinal de contas predica<strong>dos</strong> que se coadunam,<br />

na perfeição, com a filosofia do IS 300h. Controlo em tempo chuvoso<br />

é outra das mais-valias anunciadas pela Bridgestone para o Turanza ER33, que,<br />

em determina<strong>dos</strong> tamanhos (não o caso das aqui presentes), pode ser requisitado<br />

com tecnologia RFT (Run Flat).<br />

que funciona segundo o ciclo Atkinson,<br />

uma bateria de hidretos metálico-níquel,<br />

alojada sob o banco traseiro, e um motor<br />

elétrico de 105 kW (143 cv). Tudo somado,<br />

a potência máxima combinada é de 223<br />

cv, que é transmitida às rodas traseiras por<br />

intermédio de uma caixa automática de<br />

variação contínua, que não prima, diga-se,<br />

propriamente pela rapidez, amplificando<br />

o ruído de funcionamento do motor de<br />

combustão interna. Mo<strong>dos</strong> de condução,<br />

são três, seleciona<strong>dos</strong> através do sistema<br />

Drive Mode Select: “Eco”, “Normal” e “Sport”.<br />

Depois, existem ainda os “EV” e “Snow”, ativa<strong>dos</strong><br />

mediante botões distintos.<br />

De forma simplificada, podemos dizer que<br />

o funcionamento <strong>dos</strong> dois motores é gerido<br />

por uma unidade eletrónica de controlo. O<br />

motor de combustão envia movimento para<br />

as rodas e, ao mesmo tempo, faz atuar um<br />

gerador, cuja energia aciona o motor elétrico<br />

ou é armazenada na bateria. Sempre<br />

que se liga o IS 300h, quando se arranca ou<br />

em descidas longas e pouco acentuadas, é<br />

a eletricidade que desloca este Lexus. Em<br />

situações normais, os dois motores estão<br />

Híbri<strong>dos</strong>, há muitos.<br />

Mas poucos têm<br />

o charme e a<br />

exclusividade do<br />

Lexus IS 300h. Uma<br />

berlina repleta de<br />

tecnologia que está<br />

recheada de coisas<br />

(muito) boas<br />

em funcionamento e ambos deslocam o IS<br />

300h, sendo parte da energia direcionada<br />

para recarregar a bateria. Em aceleração, o<br />

combustível fóssil “une-se” à eletricidade,<br />

sendo, além disso, retirada energia das<br />

baterias para fazer mover o motor elétrico<br />

com mais força.<br />

Nas desacelerações e travagens (existe,<br />

também, um sistema regenerativo nos travões),<br />

o motor elétrico atua como gerador,<br />

MOTOR DE COMBUSTÃO<br />

Tipo<br />

4 cilindros linha, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2494<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

90,0x98,0<br />

Taxa de compressão 13,0:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 181/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 221/4200-<strong>54</strong>00<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c./Dual VVT-i, 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção eletrónica<br />

MOTOR ELÉTRICO<br />

Tipo<br />

Íman permanente<br />

Potência máxima (cv/kW) 143/105<br />

Binário máximo (Nm) 300<br />

BATERIA<br />

Tipo<br />

hidretos metálico-níquel<br />

Voltagem (V) 650<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

traseira com VSC<br />

Caixa de velocidades<br />

auto. variação contínua (E-CVT)<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,4<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm)<br />

discos ventila<strong>dos</strong> (n.d.)<br />

Traseiros (ø mm)<br />

discos ventila<strong>dos</strong> (n.d.<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS+HAC<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

braços duplos triangulares<br />

Traseira<br />

multilink<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 8,4<br />

CONSUMOS (L/100 KM)<br />

Extraurbano/combinado/urbano 4,8/4,6/4,7<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 142<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,26<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4665/1810/1430<br />

Distância entre eixos (mm) 2800<br />

Vias frente/trás (mm) 1535/1<strong>54</strong>0<br />

Capacidade do depósito (l) 66<br />

Capacidade da mala (l) 450<br />

Peso (kg) 1795<br />

Relação peso/potência comb. (kg/cv) 8,04<br />

Jantes de série fr.-tr.<br />

8Jx18” – 8 1/2Jx18”<br />

<strong>Pneus</strong> de série fr.-tr. 225/40 R 18 – 255/35 R 18<br />

PNEUS TESTE<br />

Bridgestone Turanza ER33<br />

225/40 R 18 88Y (fr.)<br />

255/35 R 18 90Y(tr.)<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €227,65<br />

PREÇO (s/ despesas) €60.318<br />

Unidade testada €60.318<br />

transformando a energia cinética das rodas<br />

em energia elétrica, que é armazenada na<br />

bateria. Sempre que o IS 300h para, como,<br />

por exemplo, num semáforo vermelho ou<br />

numa fila de trânsito, o motor de combustão<br />

é desligado, entrando em funcionamento<br />

depois de o veículo ter arrancado em modo<br />

elétrico. Como qualquer full hybrid, o IS 300h<br />

está apto a circular em modo 100% elétrico<br />

durante alguns (poucos) quilómetros. ♦<br />

72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


Em estrada<br />

Por: Jorge Flores<br />

Seat Ibiza 1.0 EcoTSI Xcellence<br />

Equilíbrio certo<br />

Ford Focus 1.5 EcoBlue ST-Line<br />

Pulmões renova<strong>dos</strong><br />

w Ninguém levará a mal se afirmarmos que o novo Ford Focus<br />

1.5 EcoBlue ST-Line, ensaiado pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, será uma<br />

das mais atraentes expressões do modelo norte-americano. A<br />

juntar a um design de contas em dia com a atualidade, está o<br />

novo motor de 1,5 litros da família EcoBlue, naquela que é a sua<br />

versão mais potente, com 120 cv às 3.600 rpm e 300 Nm de binário,<br />

constante entre as 1.750 e as 2.250 rpm. O propulsor conta<br />

com um inovador sistema de recirculação de gases de escape,<br />

com um turbocompressor de baixa inércia e com um sistema de<br />

injeção de combustível de alta pressão, bem como com um sistema<br />

de admissão integrado.<br />

Trata-se de um motor que, na<br />

verdade, não tem a resposta<br />

na ponta do pé direito (10,0<br />

segun<strong>dos</strong> nos 0-100 km/h),<br />

embora não comprometa<br />

em regimes mais eleva<strong>dos</strong>.<br />

Positiva é a associação à caixa<br />

automática de oito relações.<br />

Os consumos médios anuncia<strong>dos</strong><br />

são de 3,7 l/100 km.<br />

A unidade ensaiada custa €28.777, contando com um vasto<br />

equipamento de série. Como extras, inclui, entre outros, pintura<br />

metalizada Plus “Desert Island Blue” e sistema de navegação<br />

Premium com B&O Play.<br />

w Com um pequeno motor de três cilindros, a Seat nunca se<br />

comprometeu. Com 115 cv de potência, entre as 5.000 e as<br />

5.500 rpm, e um binário máximo de 175 Nm, entre as 2000<br />

e as 3.500 rpm, o Ibiza é um modelo bastante equilibrado<br />

e com uns consumos anuncia<strong>dos</strong> conti<strong>dos</strong>: 4,7 l/100 km. A<br />

transmissão é uma DSG de sete velocidades. Uma caixa rápida,<br />

precisa e inteligente na leitura das situações.<br />

O novo Seat Ibiza estreia a nova plataforma MQB do Grupo<br />

VW, característica que lhe permite aumentar a rigidez torcional<br />

em 30%. A habitabilidade, por sua vez, cresceu face ao<br />

modelo antecessor: oferece<br />

mais 35 mm de espaço para<br />

as pernas; mais 24 mm de<br />

largura à frente e 17 mm<br />

na traseira; mais 42 mm de<br />

largura para os bancos.<br />

A versão Xcellence, a mais<br />

elitista da gama, é dotada<br />

em matéria de conectividade,<br />

permitindo utilizar o<br />

smartphone através do ecrã<br />

tátil de 8”, o maior do segmento. O cruise control adaptativo, o<br />

carregador de telemóvel por indução e amplificador de GSM,<br />

a câmara traseira e os sensores e estacionamento à frente<br />

e atrás, o seletor <strong>dos</strong> mo<strong>dos</strong> de condução (“Comfort”, “Eco”,<br />

“Sport”, “Individual”) e os bancos em alcântara de cor preta<br />

são apenas alguns <strong>dos</strong> pontos distintivos desta versão,<br />

que coloca o preço nos €15.749.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1500<br />

Potência máxima (cv/rpm) 120/3600<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750-2250<br />

Velocidade máxima (km/h) 196<br />

0-100 km/h (s) 10,0<br />

Consumo comb. (l/100 km) 3,7 (WLTP)<br />

Emissões de CO 2 (g/km)<br />

127 (WLTP)<br />

Preço €28.777<br />

IUC €128,96<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/5000-5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 175/2000-3500<br />

Velocidade máxima (km/h) 195<br />

0-100 km/h (s) 9,0<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 108<br />

Preço €15.749<br />

IUC €94,42<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73


Em estrada<br />

Por: Jorge Flores<br />

Suzuki Jimny 1.5 Mode3<br />

Poder de (a)tração<br />

Suzuki Vitara 1.4 VVT GLX 4WD aut.<br />

Viver o momento<br />

w Atualizado com os novos tempos, o Suzuki Vitara abdicou<br />

<strong>dos</strong> motores Diesel para se focar apenas nos propulsores a<br />

gasolina. A ideia é viver o momento. Esteticamente, não são<br />

muitas as alterações desta evolução. Destaque, ainda assim, na<br />

frente, para a grelha cromada com barras verticais (em vez das<br />

horizontais anteriores). Na traseira, as alterações são mais expressivas:<br />

desde os faróis ao para-brisas, ambos redesenha<strong>dos</strong>.<br />

No habitáculo, de realçar o novo painel de instrumentos com ecrã<br />

LCD a cores de 4,2”, onde é possível ver quer o modo de tração eleito<br />

pelo condutor, nesta variante<br />

de tração integral, ao próprio<br />

computador de bordo e sistema<br />

de navegação. Existem<br />

alguns plásticos evitáveis no<br />

interior? Porventura, mas o<br />

Vitara não é um jipe que se<br />

quer para duros? Voltando ao<br />

motor. A unidade ensaiada<br />

acolhe um 1.4 VVT com 140<br />

cv de potência e 220 Nm de<br />

binário, constante entre as 1.550 e as 4.000 rpm. Associado a uma<br />

caixa automática de seis velocidades, o Vitara consegue alcançar<br />

uma velocidade máxima de 200 km/h e consumir, em regime<br />

combinado, 5,4 l/100 km – valores anuncia<strong>dos</strong> pelo fabricante.<br />

O preço desta versão é de €29.430.<br />

w A conquistar amigos desde 1970, o Jimny é um <strong>dos</strong> modelos<br />

da Suzuki com maior capacidade de renovação do<br />

conceito. Não menos importante, com um grande poder<br />

de (a)tração para os amantes <strong>dos</strong> modelos 4x4 dota<strong>dos</strong><br />

de um charme urbano.<br />

Nesta evolução, o Jimny mantém a simplicidade e a funcionalidade<br />

que o caracterizam há 50 anos. As linhas são<br />

modernas, sim, mas existe um toque algo retro na forma<br />

meio quadrada da carroçaria. Tudo neste modelo aponta<br />

para a diversão, muito embora estejamos perante uma<br />

estrutura sólida e consistente,<br />

como se impõe a<br />

um todo-o-terreno.<br />

Os pilares A mais eleva<strong>dos</strong><br />

e o capot mais plano<br />

melhoram a visibilidade<br />

de quem vai ao volante.<br />

Por outro lado, as linhas<br />

das janelas encontram-se<br />

agora mais baixas, o que permite aumentar a visibilidade<br />

lateral e apreciar a paisagem. Já a grelha frontal é negra e de<br />

linhas simples, sobressaindo os faróis dianteiros redon<strong>dos</strong>.<br />

As jantes escuras de 15”, de liga leve, vincam ainda mais o<br />

seu potente exterior.<br />

Equipado com o motor 1.5 (que substitui o anterior 1.3),<br />

com 102 cv de potência às 6.000 rpm e 130 Nm de binário<br />

às 4.000 rpm, o Suzuki Jumny é um modelo divertido de<br />

conduzir pela elasticidade que oferece ao condutor. Como<br />

se fosse um 4x4 de brincar, mas com todas as competências<br />

no lugar.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1373<br />

Potência máxima (cv/rpm) 140/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 220/1550-4000<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 10,2<br />

Consumo comb. (l/100 km) 5,4<br />

Emissões de CO 2 (g/km) 139<br />

Preço €29.430<br />

IUC €158,92<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1462<br />

Potência máxima (cv/rpm) 102/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 130/4000<br />

Velocidade máxima (km/h) 145<br />

0-100 km/h (s) n.d.<br />

Consumo comb. (l/100 km) 7,9 (WLTP)<br />

Emissões de CO 2 (g/km)<br />

178 (WLTP)<br />

Preço €24.811<br />

IUC €158,92<br />

74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Março 2019


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