Revista dos Pneus 54
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EMPRESA Visitámos a nova sede da Dispnal
EVENTO 1.º Encontro de Agricultores Trelleborg/EasyPneus
A revista n.º 1
dos profissionais
revistadospneus.com
54
Março 2019
ANO IX | 5 euros
Periodicidade: Trimestral
Entrevista Victor Cañizares
Vice-Presidente de Vendas e Marketing
da Yokohama Iberia fala de um dos
melhores períodos da história da marca
BALANÇO DE 2018
Estado da
Nação
Visão dos fabricantes
Opinião dos distribuidores
Perspetivas para 2019
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TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO
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Editorial
Diretor
João Vieira
joao.vieira@apcomunicacao.com
Editor executivo
Bruno Castanheira
bruno.castanheira@apcomunicacao.com
Redação
Jorge Flores
jorge.flores@apcomunicacao.com
Joana Calado
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Diretor comercial
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Gestor de clientes
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Imagem
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Arte
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e contabilidade
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Periodicidade
Trimestral
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interdita a utilização ou a reprodução desta
publicação, no seu todo ou em parte, sem a
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DOS PNEUS
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Consulte o Estatuto Editorial
no site www.revistadospneus.com
Geração
millennials
JOÃO VIEIRA, Diretor
sta geração, nascida entre o início
dos anos 80 e meados dos anos 90,
representa já mais de metade da
população europeia, sendo, atualmente,
o segmento de população
mais ativo e um motor para a economia, com
uma crescente influência nas decisões de
compra das famílias. Os millennials são os
novos clientes das oficinas de pneus. E só
conhecendo os seus hábitos e costumes, é
possível oferecer-lhes um serviço que corresponda
às suas necessidades e expectativas.
Esta geração, que se destaca por se ter adaptado
rapidamente aos avanços tecnológicos, no
momento de decidir-se entre um modelo de
pneu ou outro, realiza uma exaustiva pesquisa
através da Internet. Precisam, em média, de
seis semanas até concluírem a compra. Como
precisam de mais informação e têm menos
experiência no processo de compra de pneus,
também demoram mais tempo para tomar
a decisão. Utilizam a Internet para pesquisar
o modelo e a marca de pneu mais indicado
para o seu veículo, mas as recomendações de
amigos e familiares têm um peso igualmente
importante. Antes de fazer uma compra, os
millennials consultam a opinião do círculo de
pessoas mais próximo.
Entre as prioridades dos fabricantes no que
diz respeito à sustentabilidade para a próxima
década, está o desenvolvimento de pneus
respeitadores do ambiente, porque sabem
que os jovens dispõem, cada vez mais, de
uma maior consciência do impacto ambiental
das suas escolhas. E, como tal, exigem ações
precoces para fornecer produtos e serviços
que asseguram um movimento em direção
à mobilidade sustentável futura.
Criar uma ligação pessoal com esta nova geração
de clientes e ganhar a sua confiança, é
fundamental. Os millennials são alguns dos
consumidores mais influentes e continuarão
a levar o veículo à oficina. Tal como todas as
gerações, estas pessoas têm valores próprios
que as distinguem das precedentes. Para as
casas de pneus, isto implica uma adaptação
aos seus gostos e interesses para conseguir
que invistam na manutenção dos seus veículos
e se tornem clientes habituais.
A melhor forma de conquistar os millennials é
criar uma ligação pessoal com eles e ganhar a
sua confiança. Para o efeito, é preciso chegar a
eles. As formas de procurar informações e de
comunicar dos millennials têm características
próprias. Utilizam diferentes canais online,
como pesquisas na Internet ou fóruns, e dão
grande importância às recomendações de
outros utilizadores no momento de escolher
uma oficina de confiança.
Muitos membros desta geração concluíram
os seus estudos em plena crise económica
e estão acostumados a ajustar os seus orçamentos.
Por conseguinte, vão procurar
sempre orçamentos ajustados e ofertas para
a manutenção dos seus veículos.
As coisas que os millennials consideram valiosas
e necessárias para a sua vida, são menos
tangíveis do que as dos condutores mais
veteranos. Por isso, a oficina deve colocar as
suas ferramentas e tecnologias ao serviço de
uma experiência personalizada para estes
novos clientes. Não basta conhecer o nome
do cliente quando este se dirige à oficina. É
necessário assegurar que a visita e o serviço
oferecido constituam uma experiência agradável
e especial.
Os millennials encontram-se entre os consumidores
mais influentes. Costumam partilhar
as suas experiências em redes sociais e plataformas
de avaliação de negócios, chegando
a muitas mais pessoas. Uma oficina de pneus
ganhar a confiança destes clientes, é sinónimo
de conseguir uma difusão positiva para
o negócio.
www.revistadospneus.com | 03
Produto estrela
GT Radial 4Seasons
Solução
quatro estações
Já está disponível, em exclusivo na Tiresur, o novo pneu All Season da GT Radial, que dá
continuidade à política de inovação e ampliação de gama da empresa. Desenvolvido
para ser utilizado durante todo o ano, anuncia uma série de benefícios
Por: Bruno Castanheira
Fabricada pela Giti Tire, a GT Radial
é uma das marcas distribuídas no
nosso país pela Tiresur, que dispõe
de um vasto portefólio. Da gama
PCR da GT Radial, a última novidade dá pelo
nome de 4Seasons, que, como o próprio
nome indica, consiste num pneu que concorre
no segmento All Season. Ou seja, foi
concebido para ser utilizado durante todo
o ano. Faça chuva ou faça sol. Haja frio ou
calor. O novo GT Radial 4Seasons anuncia
uma ótima aderência em neve, garantindo
uma condução segura em piso molhado e
proporcionando um rendimento constante
nos dias quentes e secos.
Disponível para jantes de 14” a 17” (as larguras
de secção variam entre 175 e 225
mm), nas séries 45 a 65, apresenta índices
de velocidade T, H e V. Entre os principais
benefícios anunciados para este novo pneu,
encontram-se os dois sulcos extra largos na
banda de rodagem, que garantem evacuação
rápida da água, resistência ao aquaplaning
e curtas distâncias de travagem em
superfícies molhadas. Já o novo composto
100% sílica para todas as estações, garante
excelente aderência em várias temperaturas
e quilometragem duradoura. Quanto aos
múltiplos sulcos profundos, destinam-se a
assegurar excelente aderência em superfícies
geladas e cobertas de neve, para uma
aceleração firme e distâncias de travagem
curtas. Algumas medidas ostentam a sigla
XL, o que significa que o pneu foi reforçado
para suportar até mais 70 kg de carga adicional.
O ruído de rolamento situa-se nos 71
ou 72 dB, em função das medidas. O novo
GT Radial 4Seasons está disponível para
automóveis de turismo e SUV. ♦
04 | Revista dos Pneus | Março 2019
19
.com
Equipamento do mês
LAUNCH X-431 ADAS
Tecnologia de ponta
É dos mais importantes desenvolvimentos tecnológicos dos últimos anos. Com
apresentação marcada para a Motortec Automechanika Madrid, que se realiza de 13
a 16 de março, o LAUNCH X-431 ADAS, que será comercializado pela Gonçalteam, é
o novo sistema de calibração que está na vanguarda da técnica
Por: Bruno Castanheira
A
Gonçalteam estará presente da
edição de 2019 da feira de Madrid,
no stand da Launch Ibérica,
para dar a conhecer, entre outras
novidades, os mais recentes equipamentos
de diagnóstico LAUNCH. O novo sistema de
calibração do sistema ADAS, que responde
pela designação de X-431, é anunciado como
um dos mais importantes desenvolvimentos
tecnológicos dos últimos anos. Ao trabalhar,
em conjunto, com os sistemas de diagnóstico
PRO3 e PADIII, torna-se num equipamento
dotado de tecnologia de ponta, preparado
para as principais marcas de automóveis presentes
no mercado europeu. “Este produto,
juntamente com outra novidade que estará
presente na feira, acrescentará, brevemente,
mais atividades de workshop e formações ao
nosso portefólio, que o profissional vai poder
aproveitar e usufruir, em conjunto com este
salto tecnológico“, assegura a Gonçalteam.
◗ PAPEL FUNDAMENTAL
O X-431 é um equipamento destinado aos
automóveis com ADAS, permitindo recalibrar
câmaras e radares dos sistemas avançados
de assistência ao condutor. Funciona em
conjunto com um scanner de inicialização
compatível da Série X-431. Caso o veículo
disponha de ADAS (sistemas avançados de
assistência ao condutor), baseado numa
câmara frontal (indispensável ao funcionamento
do alerta de colisão frontal, do
assistente de faróis, do aviso de saída de
faixa e do reconhecimento de sinais de
trânsito, apenas para citar alguns) e num
sistema de visão 360° (baseado em radares
integrados no para-choque dianteiro), entre
outros, sempre que se substitui o para-brisas,
uma câmara, um radar ou o para-choques
dianteiro, impõe-se utilizar o equipamento
de calibração ADAS e o scanner compatível
para recalibrar os sistemas avançados de
assistência do condutor. O processo de recalibração
consiste numa operação que tem
uma importância vital após a substituição
dos componentes acima mencionados, de
modo a manter a segurança máxima para
condutor e passageiros.
Até ao fecho desta edição, não eram conhecidos
mais pormenores acerca do LAUNCH
X-431 ADAS, que estará em grande destaque
na Motortec Automechanika Madrid, que se
realiza de 13 a 16 de março. ♦
06 | Revista dos Pneus | Março 2019
Mercado
Sinal verde
Em dezembro de 2018, o mercado de pneus novos de substituição, em Portugal,
no segmento Consumer, cresceu 12,5% comparativamente a igual mês de 2017.
Já no acumulado do ano passado, verificou-se, também, uma subida: 3,2%
Por: Bruno Castanheira
Segundo dados do Europool, em dezembro
de 2018, no que ao mercado
de pneus novos de substituição disse
respeito, venderam-se, em Portugal,
no segmento Consumer (ligeiros de passageiros,
comerciais ligeiros e 4x4), 182.401 unidades,
ou seja, mais 20.327 comparativamente
ao período homólogo do ano anterior. O que,
na prática, traduziu-se num crescimento
de 12,5%. Quanto ao acumulado de 2018,
registou-se, igualmente, uma subida, ainda
que bem menos acentuada: 3,2% (2.868.331
unidades contra 2.780.517 transacionadas
entre janeiro e dezembro de 2017).
Na divisão por categorias, no último mês
de 2018, o mercado nacional “absorveu”
157.790 pneus radiais para veículos de passageiros
(+15,3% do que em dezembro de
2017), 14.972 pneus radiais para veículos
comerciais ligeiros (+16,5%) e 9.639 pneus
4x4 (-21,9%). No acumulado de janeiro a
dezembro de 2018, por comparação com
o ano de 2017 completo, o Europool indica
que foram vendidos no nosso país 2.487.734
pneus radiais para veículos de passageiros
(+5,7%), 225.841 pneus radiais para veículos
comerciais ligeiros (+1%) e 154.756 pneus
4x4 (-24%).
Analisando os segmentos, em dezembro de
2018, a maior fatia pertenceu aos pneus premium,
com 79.988 (+1,6%), seguindo-se os
mid, com 51.263 (+62,9%), e os budget, com
50.974 (-1,5%). No acumulado de janeiro a
dezembro de 2018, os números alteram-
-se para 1.392.982 pneus premium (-2,8%),
823.411 pneus budget (-2,6%) e 637.776
pneus mid (+29,5%) comparativamente
ao ano completo de 2017.
Quanto à tipologia, em dezembro de 2018,
foram comercializados 44.540 pneus HRD,
ou seja, destinados a jantes de 17” para cima
(+7,5%), 9.639 pneus SUV/4x4 (-21,9%), 8.947
pneus RFT (+5,7%) e 1.049 pneus All Season
(+21,3%). Números que, no acumulado de
janeiro a dezembro de 2018, alteram-se para
728.568 pneus HRD (+3,2%), 154.756 pneus
SUV/4x4 (-24%), 113.531 pneus RFT (-3,7%)
e 17.974 pneus All Season (+13,5%). ♦
08 | Revista dos Pneus | Março 2019
Europool
UNIDADES DEZEMBRO 2017 DEZEMBRO 2018 VARIAÇÃO
Passageiros 136.893 157.790 15,3%
Comerciais 12.847 14.972 16,5%
4x4 12.334 9.639 -21,9%
TOTAL 162.074 182.401 12,5%
All Season 865 1.049 21,3%
HRD 41.444 44.540 7,5%
RFT 8.462 8.947 5,7%
SUV/4x4 12.334 9.639 -21,9%
Budget 51.730 50.974 -1,5%
Mid 31.470 51.263 62,9%
Premium 78.764 79.988 1,6%
12” 1 6 500%
13” 6.583 7.328 11,3%
14” 22.254 28.725 29,1%
15” 43.715 54.346 24,3%
16” 47.967 47.280 -1,4%
17” 24.487 27.834 13,7%
18” 10.777 12.477 15,8%
19” 4.387 2.733 -37,7%
20” 1.395 1.121 -19,6%
21” 362 311 -14,1%
22” 28 64 128,6%
23” 8 0 0,0%
UNIDADES JAN./DEZ. 2017 JAN./DEZ. 2018 VARIAÇÃO
Passageiros 2.353.368 2.487.734 5,7%
Comerciais 223.619 225.841 1%
4x4 203.530 154.756 -24%
TOTAL 2.780.517 2.868.331 3,2%
All Season 15.842 17.974 13,5%
HRD 705.965 728.568 3,2%
RFT 117.849 113.531 -3,7%
SUV/4x4 203.530 154.756 -24%
Budget 845.434 823.411 -2,6%
Mid 492.306 637.776 29,5%
Premium 1.433.139 1.392.982 -2,8%
12” 250 414 65,6%
13” 134.488 111.503 -17,1%
14” 405.322 375.896 -7,3%
15” 771.614 816.798 5,9%
16” 753.240 820.990 9%
17” 411.087 450.002 9,5%
18” 164.106 187.308 14,1%
19” 84.008 60.005 -28,6%
20” 31.289 21.005 -32,9%
21” 12.456 8.790 -29,4%
22” 2.973 1.458 -51%
23” 42 -2 -4,8%
www.revistadospneus.com | 09
Destaque
Do anti-dumping
à gestão de expectativas
de um mercado a subir
Num ano marcado pela implementação do anti-dumping aos pneus pesados da
China, o mercado nacional de pneus faz um balanço positivo de 2018. Mas a gestão
de expectativas ainda é a alma do negócio
Por: Jorge Flores
2018 não foi fácil. Mas foi um ano positivo
para a maioria das empresas
do mercado de pneus em Portugal.
Foi ainda um ano que obrigou os
players a adotar um novo estrangeirismo. A
implementação do anti-dumping aos pneus
pesados provenientes da China marcou a
atividade, durante o ano transato, e não deixou
ninguém indiferente. De um modo geral,
tanto os fabricantes como os distribuidores
fazem um balanço positivo do ano. Mas o
otimismo, mesmo daqueles que aumentaram
o volume de negócios em dois dígitos,
é moderado. Pleno de cautelas.
O negócio parece estar em fase de crescimento,
mas a gestão de expectativas é a
chave do segredo, até porque o aumento
dos números, na maioria dos casos, aconteceu,
sobretudo, na segunda metade do
ano anterior.
De destacar, a prestação do segmento dos
pneus quality, que registou uma subida considerável
em relação a 2017, o que poderá
estar relacionado com a evolução positiva da
economia nacional. E com o próprio músculo
financeiro das empresas que têm optado
por soluções mais interessantes do ponto
de vista da qualidade. A Revista dos Pneus
ouviu diversos protagonistas do mercado
de pneus em Portugal, desde fabricantes
a distribuidores, para fazer um balanço do
caminho percorrido pelo setor e perceber
o sentido dos próximos passos. u
10 | Revista dos Pneus | Março 2019
Balanço de 2018
Bridgestone
Portugal
“Conseguimos acabar o ano para
além das metas traçadas”
André Bettencourt recorda um 2018 “complicado”, mas superado
com distinção. O fabricante continua apostado em oferecer
soluções de mobilidade
Para a Bridgestone Portugal, o balanço de 2018 é “muito positivo”. E André Bettencourt, diretor de
marketing, explica o motivo: “Conseguimos acabar o ano para além das metas que tínhamos traçado,
tanto em termos de volume como de rentabilidade. Não foi um ano fácil, pois, em alguns segmentos,
ao longo do ano, o Europool registou quedas face a 2017, apesar de ter havido recuperação. Foi
onde conseguimos ganhar quota”, afirma. “Em algumas gamas, sofremos com a indisponibilidade
de produto fruto do sucesso que o grupo tem vindo a registar na Europa, bem como do crescimento
em termos de equipamento de origem. Ao mesmo tempo, 2018 foi marcado pelo lançamento de
muitos produtos novos, quer de consumo (ligeiros essencialmente) quer de comerciais (pesados e
agrícolas). Mais uma vez, cimentámos a nossa presença no mercado nacional como parceiro global
dos nossos clientes”, reforça André Bettencourt.
ANO GALARDOADO
Foram muitas as atividades em 2018. O responsável destaca os diversos prémios dos consumidores.
“Fomos eleitos ‘Prémio Cinco Estrelas’ na marca Bridgestone e ‘Produto do Ano’ com a inovação do
Bridgestone DriveGuard. O projeto ‘Estrada Fora by Bridgestone’ foi reconhecido a nível nacional e
internacional por diversas agências, que o elegeram como o melhor projeto de social engagement.
Mas tivemos outras áreas em que deixámos a nossa pegada. Ativámos, em
Portugal, a parceria com os Jogos Olímpicos, criando o projeto ‘Campo Olímpico by
Bridgestone’, ao longo de duas edições proporcionámos a 50 crianças a possibilidade
de praticarem, na Serra da Estrela, desportos Olímpicos na presença de
atletas nacionais. Valores Olímpicos e sonhos de crianças que se realizaram,
num projeto que, além da componente profissional, enriqueceu-nos a
todos a nível pessoal”, sublinha André Bettencourt.
SOLUÇÕES DE MOBILIDADE
As perspetivas para 2019 são grandes. “Começámos o novo ano ainda
com mais motivação. Acabámos de receber a informação que a Bridgestone
foi novamente distinguida pelos consumidores com o ‘Prémio
Cinco Estrelas’ (segundo ano consecutivo) e ‘Escolha do Consumidor’.
O novo Bridgestone Weather Control A005 foi considerado, igualmente
pelos consumidores, como ‘Produto do Ano’ pela sua inovação num mercado
tradicionalmente pouco virado para pneus All Season, tendo sido
enaltecida a vantagem em termos de segurança acrescida”, frisa. “Aspetos que
nos ajudarão, de certeza, a consolidar o nosso crescimento, mas, para 2019, os
objetivos passam, cada vez mais, pela tipologia de produtos e do mix das nossas
vendas. Mais do que vender unidades, é preciso perceber que há segmentos vitais para
o crescimento da empresa. E, isso, vai passar por aquilo que é o ADN da Bridgestone Europe
- Sucursal em Portugal nos tempos atuais. Temos como missão contribuir para a manutenção global
do registo da empresa como número um no fabrico de pneus, mas tornarmo-nos, também, líderes
em soluções de mobilidade”, revela. A aquisição por parte da Bridgestone da TomTom Telematics (líder
na Europa em soluções digitais para frotas) é exemplo disso. “Continuaremos fabricantes de pneus,
mas seremos, igualmente, criadores de soluções que permitam aos utilizadores irem do ponto A ao
ponto de B de uma forma mais célere e eficaz, sempre com um olho naquilo que, para a Bridgestone,
é fundamental: servir a sociedade com produtos e serviços de qualidade”, conclui.
www.revistadospneus.com | 11
Destaque Balanço de 2018
“Este é um mercado maduro
e destacou-se pela competitividade”
Continental
Portugal
Marco Silva, responsável de marketing, considera que o mercado
de pneus está maduro e competitivo como nunca. 2018 foi um ano
de crescimento sustentado
“O setor automóvel está fortemente dependente do desempenho da economia nacional que, em 2018,
registou um desempenho positivo”. Para Marco Silva, diretor de marketing da Continental Portugal,
está tudo ligado. “Neste sentido, 2018 foi um ano de ligeiro crescimento de vendas no mercado de
pneus ligeiros e a performance da Continental no mercado doméstico acompanhou essa evolução.
Tendo em conta que este é um mercado maduro e não se perspetivam grandes variações, destacou-se
o elevado nível de competitividade, com as diversas marcas a apresentar condições extremamente
competitivas de oferta aos consumidores. Continuou a ocorrer uma forte pressão sobre as margens
do negócio”, adianta.
Regresso aos agrícolas
O fator mais relevante da atividade, em 2018, “foi o regresso ao mercado dos pneus agrícolas”, afirma.
“Este foi um passo importante na complementaridade da gama de produtos já disponibilizados
pela Continental. As perspetivas de mercado extremamente interessantes para este tipo de pneus,
aliadas à forte expansão do nosso portefólio, seguramente potenciarão o nosso crescimento neste
segmento tão competitivo. Temos, hoje, uma oferta global em todos os segmentos – ligeiros, pesados
e industriais - que vem consolidar a nossa imagem de parceiro preferencial entre os clientes.
A nossa expectativa é alcançar uma quota de mercado condizente com a Continental, à imagem
dos restantes negócios de pneus. O feedback que recebemos por parte dos clientes é
muito positivo. Acreditamos que o sucesso alcançado até ao momento será reforçado
com o aumento da nossa gama de produtos. O negócio agrícola é cíclico e
todos os indicadores apontam para o crescimento do setor nos próximos anos,
acompanhando o aumento da população mundial”, explica Marco Silva.
Crescimento sustentado
Em 2019, o fabricante aponta ao crescimento, mas de forma sustentada
e estruturada em todos os segmentos, “mantendo e reforçando a nossa
posição de destaque no mercado de ligeiros”, adianta. “Ambicionamos
também continuar a crescer no segmento de pesados, aportando novos
serviços e novas soluções. O segmento dos pneus industriais, sobretudo
agrícolas e earthmoving, vão continuar a merecer a nossa atenção. Queremos
reforçar a nossa comunicação junto dos consumidores para que sejamos,
claramente, uma marca top of mind dos consumidores, sempre associada a
atributos como segurança, tecnologia e performance de topo, indo ao encontro
das mais exigentes necessidades de mercado”, refere Marco Silva. “A opção
pelo running como plataforma preferencial de comunicação com o consumidor
final, permite-nos, de uma forma divertida e informal, transmitir os valores da marca
e estar mais próximos dos consumidores. Continuaremos a apostar no nosso projeto de
responsabilidade social ‘Vision Zero’ e na nossa ambição de contribuir para a redução da sinistralidade
rodoviária e para uma mobilidade mais segura, mais rápida e mais amiga do ambiente”, diz.
O crescimento da rede ContiService, com cada vez maior capilaridade nacional, continua na ordem do
dia. “Queremos continuar a desenvolver a rede 360º, para dar cada vez melhor resposta aos clientes
profissionais, diversificando o nosso negócio e estando, de forma equilibrada, nos diferentes canais
de mercado. Aqui com uma aposta muito clara na formação, através da nossa Training Academy, e
na dotação dos nossos parceiros, com ferramentas que os apoiem numa estratégia de crescimento
sustentado”, afirma o responsável.
12 | Revista dos Pneus | Março 2019
Michelin
“Fomos ágeis e respondemos
às necessidades dos clientes”
Nuno Ferreira, responsável da Michelin, faz um balanço positivo de
2018. Um ano em que a empresa consolidou a nova organização e
colheu os seus frutos
2018 foi um ano de recuperação, depois de um 2017 menos positivo. Quem o afirma é Nuno Ferreira,
diretor operacional e relações institucionais da marca em Portugal. “Partimos de um 2017
algo complicado por um decréscimo do segmento premium e uma instabilidade no mercado, que
se estabilizou em 2018, convertendo-se num exercício muito positivo para o Grupo Michelin, tanto
em vendas como em quota de mercado”, garante o responsável, sublinhando a importância de ter
conseguido consolidar a “nova organização” e de colher os seus frutos. “Fomos capazes de ser mais
ágeis a responder às necessidades dos nossos clientes e utilizadores”, afirma Nuno Ferreira, que, ainda
em relação ao ano transato, destaca o “crescimento no segmento de altas prestações de (superiores
a 17”) e All Season”, acrescenta.
Novidades em março
Em relação ao próximo ano, Nuno Ferreira centra as suas atenções em “duas novidades importantes
nos seus respetivos segmentos, cujas apresentações internacionais à imprensa têm lugar no nosso
país no mês de março”. Quais são? “O Anakee Adventure, o novo pneu Michelin para motos trail, e o
Michelin Pilot Sport 4 SUV, a solução perfeita para os SUV de altas prestações”, revela.
“Continuamos a investir em inovação e desenvolvimento, a trabalhar e a investigar junto do consumidor
e do fabricante de automóveis para definir a mobilidade do futuro, fabricando pneus seguros,
eficientes e duradouros, que respondam às necessidades de veículos e consumidores”,
enfatiza ainda Nuno Ferreira.
Objetivo para a Michelin, segundo o responsável, e “que entendemos dever ser a
do setor, é sermos capazes de consciencializar o consumidor da importância de
um bom pneu: a sua segurança e economia dependem disso”.
E explica. Enquanto setor, temos a responsabilidade de fazer ver o impacto
que o produto pneu tem para o condutor como único ponto de união do
veículo ao solo. Impacto na segurança (distância de travagem, aderência em
curva), nas prestações do veículo (aceleração, travagem, grip), na duração
do produto, no consumo de combustível e no meio ambiente”, sublinha
Nuno Ferreira à Revista dos Pneus.
Preparar futuro
A nível comercial, as expectativas para 2019 são de “manter a dinâmica de
crescimento em todos os segmentos, especialmente naqueles que representam
oportunidades de subida, como o mercado das altas prestações, SUV
e All Season”, diz. “Temos uma oferta atual e de excelência com os produtos
Michelin Pilot Sport 4 para veículos de turismo, o novo Michelin Pilot Sport 4 SUV,
com chegada marcada para março deste ano e o Michelin Cross Climate, produto
único no mercado, tanto para veículos turismo como comerciais”, afirma Nuno Ferreira.
O responsável defende que a sustentabilidade das empresas de pneus em Portugal passa por vários
fatores: “Melhorar a experiência de compra, assessoria na hora de aconselhar o melhor produto
para cada cliente, melhor serviço e por valorizar o produto pneu”, explica. “As empresas devem ser
conscientes dos seus pontos fortes e fracos, trabalhando para criar diferenciação. Têm de preparar-
-se para agarrar as oportunidades. Geralmente, em especial em mercados maduros, aproveitar as
novas oportunidades permite ganhar vantagem competitiva capaz de gerar fidelização e valor. E,
isso, traduz-se em margem! E ganhar dinheiro é fundamental para as empresas, no presente, e para
serem capazes de melhor prepararem o futuro”, remata Nuno Ferreira.
www.revistadospneus.com | 13
Destaque
Balanço de 2018
“Consolidámos posição de referência
no segmento de altas prestações”
Em 2018, a Pirelli consolidou a posição no segmento de altas
prestações. Alejandro Recasens descreve o ano que passou
como “muito positivo”
Pirelli
A Pirelli encerrou 2018 com um balanço “muito positivo” da atividade em Portugal. Um
ano com “excelentes números, apesar das variações do mercado”, esclarece Alejandro Recasens,
responsável do fabricante no mercado nacional. “Embora a Pirelli não seja a marca
com mais quota do mercado em Portugal, consolidámos a nossa posição de referência no
segmento de altas prestações, uma condição reconhecida pelo cliente premium. Continuamos
a trabalhar para desenvolver o nosso reconhecimento como marca”, acrescenta.
Em destaque, no ano passado, esteve o evento ligado ao reconhecimento da marca em relação ao
70.º aniversário da Porsche. Além disso, “também temos tido uma presença destacada no panorama
desportivo português, especialmente nos ralis, como a prova dos Açores e o Rali da Madeira”, conta.
Por outro lado, a nível comercial, “enaltecemos este salto que a Pirelli deu em Portugal no que
concerne a consolidação de marca referência no setor de elevadas prestações”, sublinha ainda
Alejandro Recasens.
PRODUTOS DIFERENCIADOS
O nosso objetivo é continuar a crescer e consolidarmos o segmento de elevadas prestações. Neste
sentido, a linha positiva das matrículas em Portugal ajudam-nos, com um crescimento destacado
de novos veículos de empresas premium e prestige. Trabalhamos com a dedicação e propósito
de ganhar quota de mercado, porque pensamos que ainda temos mais espaço para melhorar.
Um dos desafios de futuro, para a Pirelli, é o crescimento e a especialização da rede da marca. “Da
nossa parte, estamos focados no trabalho com os pontos de venda mais especializados do mercado
português (com uma grande presença em Lisboa, Porto e na zona norte do país)”, diz.
Alejandro Recasens entende que, para garantirem a sustentabilidade, as empresas do
mercado de pneus, no nosso país, devem tentar marcar a diferença pela qualidade.
“Para a Pirelli, o cerne da questão e a única maneira de tornar a nossa marca
sustentável, é focalizá-la em produtos diferenciados pela via tecnológica e
da qualidade. Desejamos fugir das tendências do setor, um segmento em
que o preço é o principal argumento e não o produto”, reforça.
INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Alejandro Recasens considera que, para se tornarem mais competitivas,
as oficinas de pneus devem investir na sua própria evolução. “A Pirelli
continuará a apostar num exímio departamento de Investigação, Desenvolvimento
e Inovação (atualmente, consome 6,5% dos benefícios da
marca), que assegurará um produto final de grande qualidade e repleto
de tecnologia. Este ponto, em conjunto com os pneus homologados e
com marcação, será determinante para obter a máxima competitividade”.
De acordo com o responsável, as principais adversidades da atividade
são duas. “A primeira, vem do mundo digital, que contribuiu para oferecer
tanta informação ao utilizador final, que, de facto, em determinadas ocasiões,
o coloca numa posição superior ao funcionário do ponto de venda. Este fator não é
negativo, mas requer uma adaptação de todos os intervenientes deste novo processo
de venda, que conta com uma referência de preço muito clara (o preço deixa de ser o fator
diferenciador, dado que vem mencionado no online)”, conclui Alejandro Recasens.
14 | Revista dos Pneus | Março 2019
C
M
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CM
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CMY
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Destaque
Balanço de 2018
“O anti-dumping obrigou-nos
a redirecionar a nossa estratégia”
Kumho
A implementação do anti-dumping nos pneus pesados
oriundos da China obrigou a Kumho a redefinir a atividade
nos mercados europeus
Luis Hernández, responsável da Kumho em Portugal, faz um balanço “positivo e com um crescimento
sustentado da presença da marca”, em 2018, no mercado lusitano, na área dos “pneus pesados”.
Foi um ano com momentos marcantes. “A implementação da norma anti-dumping nos pneus
pesados provenientes da China foi um fator que produziu um impacto generalizado em todo o
setor. Obrigou, inevitavelmente, a Kumho a redirecionar a sua estratégia no mercado europeu.
A nível interno, a aquisição da Kumho por parte do fabricante Doublestar revelou-se como
mais um enorme desafio para a marca e que melhora, substancialmente, as perspetivas para
os próximos anos”, afirma.
Para 2019, a Kumho prevê a chegada de novos modelos de camião Multiperformance (gamas
X – XD, XS e XT) ao mercado português, “destinados a cobrir uma gama muito atrativa para os
utilizadores de longo curso”, adianta Luis Hernández à Revista dos Pneus.
DESAGRAVAMENTO FISCAL
Que desafios se colocam ao futuro da Kumho no nosso país? “Esperamos consolidar a nossa
presença no mercado de pneus de camião e autocarro com a NEX Tyres, adequando a oferta
de enorme valor proporcionada pela gama Kumho às necessidades do mercado. Ainda assim,
o ajustamento do mercado após a absorção da norma anti-dumping está em curso, pelo
que 2019 será um ano cheio de desafios que contamos superar”, sublinha Luis Hermández,
explicando ainda quais considera as medidas prioritárias para a “saúde” do negócio. “Ao nível
de pneus de camião, as empresas transportadoras continuam a sentir o peso da máquina
fiscal de forma demasiado intensa, por via da fatura mensal dos combustíveis e na compra
de veículos novos. A deterioração do parque circulante e a antiguidade do
mesmo, aliada a um maior custo dos pneus devido ao reposicionamento em
alta da gama mais económica (e, por inerência, da gama quality onde nos
inserimos), prejudica ainda mais a solidez financeira do setor, levando a
que os custos relacionados com pneus sejam tidos como secundários e
levando a tomada de decisões erradas (seja através de recauchutagem
de pneus sem condições/carcaças adequadas ou por reesculturações
indevidas), o que também leva ao aumento da sinistralidade”, avisa.
E deixa a mensagem: “Por estes motivos, é imperativo o desagravamento
fiscal relacionado com o setor dos transportes para o tornar
mais competitivo e seguro”.
EFEITOS DAS GREVES
Relativamente ao estado do comércio de pneus em Portugal, Luis
Hermández regista ainda vários problemas “na chegada de mercadoria
a Portugal, nomeadamente, com as inúmeras greves que se fizeram
sentir no setor portuário (com atrasos e custos enormes para poder descarregar
contentores) e pela apertada fiscalização à norma anti-dumping,
que levou a que as alfândegas verificassem fisicamente todos os contentores
Kumho que chegavam a Portugal provenientes da Coreia do Sul (com os inevitáveis
custos acrescidos)”, acusa. “Esperamos, sinceramente, que, em 2019, não ocorram, de forma
sistemática, estes fatores exógenos que debilitaram fortemente a cadeia logística da Kumho,
quer nos prazos de entrega quer nos custos associados à mesma”, conclui.
16 | Revista dos Pneus | Março 2019
Dispnal
“Não são as espécies mais fortes ou
inteligentes que sobrevivem, mas as
que melhor respondem às mudanças”
Rui Chorado fala num ano muito positivo para a
empresa e cita Charles Darwin para explicar
a importância de estar preparado para a mudança
Rui Chorado, fundador e administrador da Dispnal, classifica 2018 como um ano “bastante positivo”
para as atividades da empresa. “Tanto para a Dispnal Pneus como para a Dispnal Iberia, sociedade
do grupo que se dedica à comercialização dos diferentes produtos que compõem a nossa gama, em
Espanha”, revela.
“2017 já tinha sido um ano bastante positivo em termos da performance global da nossa operação
ibérica, o que nos levava a antecipar um 2018 prometedor, com as economias portuguesa e espanhola
a ‘descolarem para um voo mais tranquilo’.
Não nos podemos esquecer que o mundo mudou e, como dizia Charles Darwin, ‘não são as espécies
mais fortes nem as mais inteligentes que sobrevivem, mas sim aquelas que melhor respondem
às mudanças’. Na Dispnal, estamos em permanente mutação e adaptação às novas realidades dos
mercados. Se os clientes procuram racionalizar e rentabilizar custos, temos de oferecer-lhes soluções
económicas e rentáveis, como são exemplo as nossas marcas TRIANGLE, LEAO, LINGLONG, MIRAGE
e POWERTRAC, todas elas com fabrico em unidades de produção de última geração, localizadas em
países com custos de mão de obra controlados. De salientar, também, os excelentes desempenhos
da nossa marca premium TOYO e das quality PETLAS (Made in Europe) e NANKANG. Comercializamos
as soluções mais económicas e rentáveis do mercado. Quer para os nossos agentes, quer para os
clientes finais”, sublinha Rui Chorado.
NOVIDADES EM 2019
O lançamento e a introdução das gamas de turismo, comerciais e SUV/4x4 da marca PETLAS e a
gama de pneus pesados da mesma marca, “com produção 100% europeia”, foram os momentos mais
marcantes de 2018, segundo Rui Chorado. O responsável, de resto, tem muitas novidades apontadas
para este ano.
“Na marca TOYO, quero destacar o novíssimo pneu comercial NEVA (NanoEnergyVan), que substitui
o campeão do rendimento quilométrico H08, disponível, desde já, numa gama dimensional que
começa em 165/70R13 e termina na medida 235/60R17. O novíssimo NEVA destaca-se pelo elevado
equilíbrio entre as performances em piso molhado, o baixo nível de resistência ao rolamento
e o superior rendimento quilométrico. Ainda na marca TOYO, de destacar o lançamento
do novo Proxes TR1, que substitui o magnífico T1R, e destaco a grande capacidade
de drenagem em piso molhado e as superlativas aderência e tração em curva. Em
termos de gama dimensional, começa em 195/45R14 e termina em 245/35R20.
Na marca PETLAS, destaco a qualidade superior dos pneus pesados fabricados
no continente europeu, constituindo uma das grandes apostas da
Dispnal no mercado ibérico em 2019”, conta. Este ano, “voltamos a apostar
nas novas tecnologias, por forma a facilitar a relação comercial com os
nossos clientes”, diz.
GAMA COMPLETA
São vários os desafios da Dispnal. “Procuramos centrar os nossos esforços
e o nosso foco no aumento da rentabilidade do negócio dos nossos
agentes. Exemplo disso, são as nossas marcas TOYO, PETLAS e NANKANG,
através das quais nos orgulhamos em oferecer, não só, produtos de qualidade
superior, que comparamos com as mais prestigiadas marcas a nível mundial,
mas, também em oferecer, através dos nossos parceiros distribuidores, o melhor
serviço do mercado”, adianta.
“Orgulhamo-nos, também, de oferecer ao mercado a mais vasta e completa gama
de produtos, que começa nas câmaras de ar e termina nos pneus de engenharia civil,
passando, claro está, pelas gamas de turismo, comerciais, SUV/4x4, pesados, agrícolas, florestais,
industriais e jantes de camião. É uma tripla parceria entre fabricante, distribuidores e utilizador final.
Sempre com as mais elevadas taxas de rentabilidade para os nossos agentes”, acrescenta.
www.revistadospneus.com | 17
Destaque
Balanço de 2018
“Vamos ter uma dinâmica
comercial mais personalizada”
AB Tyres
Filipe Bandeira recorda um 2018 irregular, no início, mas com
evolução positiva no segundo semestre. Em 2019, aposta numa
dinâmica comercial personalizada
Para a AB Tyres, 2018 começou de uma forma “um pouco irregular, mas evoluiu num sentido muito
positivo no segundo semestre”, assegura Filipe Bandeira à Revista dos Pneus. Entre os momentos
relevantes do ano transato, o responsável da empresa destaca a “alteração estratégica e
de gestão, bem como a taxa anti-dumping nos pneus pesados”.
No ano em curso, a AB Tyres aposta, essencialmente, em
novos produtos e ainda numa “dinâmica comercial mais personalizada”, salienta
Filipe Bandeira.
Invasão estrangeira
Que desafios se colocam ao futuro da AB Tyres no nosso país? “Perceber
em que ponto se deve colocar e focar um distribuidor, face a produtor
e plataformas B2C”, afirma o responsável, sublinhando a importância
de colocar sempre o “foco no cliente e o stock em linha com as suas
necessidades”. Uma receita para o sucesso das empresas que operam
no mercado de pneus em Portugal.
Em que áreas as oficinas de pneus devem investir a fim de se tornarem
mais competitivas? “Formação, limpeza, outros serviços e produtos, equipamentos
de primeira linha e ferramentas que possam ter vantagem face
a um centro auto”, afirma o responsável à nossa revista.
Quanto ao estado do comércio de pneus em Portugal, Filipe Bandeira lamenta
a “invasão” de empresas espanholas e, também, europeias, as dificuldades financeiras
do cliente final e da oficina, o esmagamento da margem por operadores e os
custos logísticos elevados”.
18 | Revista dos Pneus | Março 2019
20%
das paragens forçadas de
veículos pesados são provocadas
por falhas dos pneus
ContiPressureCheck
90%
das paragens forçadas
relacionadas com pneus
são provocadas por um
furo lento não detetado
1 em 4 pneus das frotas de pesados têm uma pressão insuficiente que atinge os 10%
Uma sub-insuflação de 10% nos pneus
resulta em aprox. 3% de aumento do consumo
de combustível
O ContiPressureCheck ajuda...
Monitorização da pressão e
temperatura em tempo real
Avisa imediatamente o
condutor se houver perda
de pressão num pneu
Reconhecimento Automático
de vários reboques com a
funcionalidade ATL -Deteção
Automática de Reboques
Monitoriza até
6 eixos/
24 pneus
Compatível com
Telemática
6 anos
vida útil da bateria
do sensor
Reduz
a inatividade
devido a pneus
CO 2
Menos
consumo de
combustível e
emissões de
carbono
Aumenta
a vida útil do
pneu
Melhora
a segurança
Mais informações: www.continental-pneus.pt
Destaque
Balanço de 2018
NEX Tyres
“Apresentaremos novidades
em todas as gamas
que comercializamos”
Há quatro anos em Portugal, a NEX Tyres obteve um registo
positivo em 2018. Para este ano, o responsável, Aldo
Machado, promete novidades em todas as gamas
O balanço de 2018 foi “positivo” para a NEX, tanto em Portugal como a nível ibérico. Como
momentos mais marcantes do ano passado, Aldo Machado, responsável da empresa, recorda
a “implementação da norma anti-dumping nos pneus pesados provenientes da China”, uma
medida que produziu “um impacto generalizado ao nível da distribuição grossista e, no caso
da NEX de forma positiva”, afirma o responsável à Revista dos Pneus.
“Entramos no quarto ano de atividade da NEX Tyres em Portugal, pelo que a política de
consolidação da nossa presença no mercado nacional passará por apresentar novas soluções
em determinados segmentos e gamas de produto. Durante o primeiro trimestre, sob o
slogan “Ano novo…marca nova!”, apresentaremos novidades em todas as gamas por
nós comercializadas”, acrescenta.
Aldo Machado acredita que o “mercado de distribuição grossista entrará numa
fase agitada, que poderá acarretar movimentos importantes a nível ibérico”.
Em relação à NEX “e pela posição detida no mercado, estaremos atentos a
todas as movimentações, caso elas venham a ocorrer de forma efetiva”,
sublinha a mesma fonte.
Dimensão superior
Aldo Machado defende algumas medidas para garantir a sustentabilidade
do mercado. “Ao nível grossista, pensamos que o mercado é
constituído por muitos players e que, pela limitação imposta pela nossa
dimensão, alguns atores não dispõem de capacidade para subsistirem
a curto e médio prazos. As empresas que constituem este setor terão
de ganhar uma dimensão superior para garantirem a sua presença e
ganhar visibilidade a nível ibérico, sob pena de sucumbirem devido ao
fator dimensão corporativa/dimensão mercado. Um ator de terceira linha
no mercado espanhol dispõe de um nível de faturação semelhante aos nossos
maiores players portugueses e, com esta abordagem simplista, temos uma visão
clara da vulnerabilidade a que estes últimos estão sujeitos”, afirma.
Que segmento de pneus considera ter mais futuro? O responsável avança com a sua visão:
“No caso dos pneus ligeiros e por via da tendência do mercado automóvel, a gama de
pneus SUV de altas prestações deverá manter um ritmo de crescimento acelerado. Apesar
do investimento dos fabricantes na área dos pneus All Season, em Portugal, manter-se-á a
tendência de compra de pneus de verão”.
Prazos de pagamentos
Na sua opinião, para o exercício da atividade, seria importante o comércio de pneus, no nosso
país, eliminar determinadas contrariedades. “Atualmente, verificamos uma deterioração dos
prazos de pagamento e de maior risco de incobrabilidade, isto em contraciclo com o crescimento
da economia. Este fator, aliado a um mercado altamente concorrencial, leva a que
determinados atores não tenham um critério que consideramos adequado na concessão
de crédito e no risco inerente ao negócio, o que leva a ações que, invariavelmente, tendem
a deteriorar margens de comercialização e ao desposicionamento de preços que afetam
todo o setor. E tudo isto ocorre devido ao facto de os clientes ‘incumpridores’ disporem de
diversas soluções de fornecimento, o que acaba por desregular o funcionamento de todo
o mercado”, enfatiza.
20 | Revista dos Pneus | Março 2019
S. José
Pneus
“O “Ano correu depressa e bem, com um
crescimento em todas as gamas”
Luís Aniceto destaca a subida em todas as gamas
comercializadas, à exceção dos camiões, colocando as
atenções no novo espaço da empresa em 2019
Com um crescimento das vendas em todas as gamas (exceto nas de camião), Luís Aniceto,
responsável da S. José Pneus, descreve 2018 como positivo para a empresa.
Um ano que contou com vários momentos altos. E a grande rotação. “O ano correu
bem depressa, em relação à boa evolução das vendas, e a nossa atenção esteve
também muito focada na evolução da construção da nossa futura sede/armazém,
com todos os pormenores inerentes quanto à ansiedade de poder
executar um projeto tão essencial para o presente e futuro da empresa,
que completa, em março de 2019, 53 anos de existência”, conta.
As expectativas em relação a este ano? “Será um ano marcante na
empresa, com a entrada em funcionamento da nova sede/armazém.
É um projeto que ansiamos há muito, que vai representar um marco
chave para o bom futuro da empresa, com o que perspetiva de aumento
de produtividade, de organização e de capacidade de stock,
que dará lugar ao aumento de marcas e produtos em oferta”, sublinha
Luís Aniceto.
Valor justo
Para a S. José Pneus, os desafios passam por “continuar na linha da frente da
distribuição de pneus a nível ibérico”, aponta Luís Aniceto. O responsável da
empresa acredita que é essencial, cada vez mais, “que cada casa de pneus saiba
onde quer estar no futuro, garantindo um justo valor/margem dos seus serviços,
de forma a poder remunerar devidamente os (bons) funcionários de que dispõe e a
equipar-se para continuar a evoluir, garantindo sempre mais qualidade nos serviços que presta”.
No seu entender, de resto, “todos os segmentos de pneus, devida e tecnicamente bem trabalhados,
continuam a ter uma perspetiva de futuro”, acrescenta Luís Aniceto.
Formação dos quadros
Luís Aniceto destaca ainda a importância de as oficinas de pneus apostarem no conhecimento
dos seus colaboradores. “Devem investir em equipamento e em formação do seu quadro de
trabalhadores”, adianta o responsável. Sobre o estado do comércio de pneus em Portugal, o
maior “constrangimento” que encontra está relacionado com “uma concorrência desenfreada
em busca de quota de mercado, esquecendo que o mais importante será sempre a qualidade
em detrimento da quantidade”.
www.revistadospneus.com | 21
Destaque Balanço de 2018
“Os quality subiram 30% e a marca
Lassa Tyres beneficiou disso”
Pneurama
Com um crescimento do volume de negócio na ordem dos
dois dígitos, a Pneurama beneficiou do aumento da procura
dos pneus quality em 30%
Dois dígitos! O crescimento do volume de negócios da Pneurama, no ano transato, foi
desta ordem de grandeza. “Em 2018, a Pneurama cumpriu o seu compromisso de oferecer
aos seus clientes a melhor relação preço/qualidade em cada segmento de pneus.
No segmento quality com a marca Lassa Tyres e no segmento budget com a marca Saferish, o
crescimento foi de dois dígitos”, afirma José Azevedo Mota, responsável da empresa à Revista
dos Pneus.
“O facto mais marcante na atividade de venda de pneus em 2018 foi a aplicação da taxa
anti-dumping para os pneus de camião fabricados na China. Na atividade comercial da
Pneurama, o facto mais relevante foi o crescimento do segmento quality (mid) em
2018. Segundo o Europool, até setembro de 2018 este segmento cresceu cerca
de 30%. A marca bandeira da Pneurama, a Lassa Tyres, encontra-se neste
segmento e beneficiou deste crescimento”, sublinha o responsável.
PODER DE COMPRA
Na nossa perspetiva de José Azevedo da Mota, o crescimento do
segmento quality “deve-se ao aumento do poder de compra dos
portugueses como consumidores finais (crescimento de PIB) fazem
o trade up do budget. E, também, um maior conhecimento por parte
do consumidor final sobre os produtos que compra. Por exemplo, em
2017, a Lassa Tyre estava nas 20 marcas de pneus mais pesquisadas
na Internet (segundo o Tyre Review), sendo uma das marcas que mais
cresceu nas pesquisas. No mercado dos pneus, já se nota a existência
de um consumidor informado”, diz.
Para este ano, a Pneurama pretende “manter o seu compromisso de
oferecer a melhor relação preço/qualidade em todos os segmentos de
pneus”, explica José Azevedo da Mota. “No segmento quality, com a nossa
marca bandeira, Lassa Tyres, a perspetiva que temos é que haja um crescimento
das vendas, em grande parte por causa de enorme retenção neste produto. O cliente
que experimenta volta a utilizar. É expectável um crescimento na ordem dos dois dígitos. No
segmento budget, com a marca Saferish, a Pneurama assumiu o compromisso de ter um stock
constante das principais medidas vendidas em Portugal. Como é um segmento relativamente
novo para nós, prevemos um crescimento também na ordem dos dois dígitos. No segmento
premium, a Pneurama juntou aos 4x4 da Cooper a marca Continental em UHP e Run Flat.
No segmento de pneus maciços e pneumáticos, a Pneurama continua no seu esforço de oferecer
ao mercado produtos de qualidade competitivos.
Por último, a Pneurama ampliou a sua oferta de produtos com câmaras de ar. Desde fevereiro
que a Pneurama disponibiliza mais de 70 medidas de câmaras de ar em borracha sintética
(qualidade superior) e borracha natural”, revela.
DIMENSÃO DUPLA
José Azevedo da Mota encara o futuro com otimismo. “A estratégia da Pneurama, no mercado
português, está assente em duas dimensões. Primeiro, oferecer um produto de qualidade, que
permite às lojas de pneus reterem os seus clientes criando lealdade a uma marca. Consideramos
a nossa marca bandeira, Lassa Tyres, um pneu com excelente relação preço/qualidade.
Segundo, fazer distribuição de pneus exclusivamente às lojas de pneus. Ou seja, as marcas
da Pneurama não são vendidas pela Internet diretamente ao consumidor final, protegendo,
assim, a margem do retalhista. Ao mesmo tempo, a Pneurama segue o sistema clássico de distribuição,
em que respeita a exclusividade geográfica das lojas de pneus”, refere. Dentro desta
estratégia, “os nossos maiores desafios são conseguir passar os atributos das nossas marcas
para os clientes e para os consumidores finais. Estamos, neste momento, a preparar o nosso
plano de comunicação para 2019, com enfoque na marca Lassa Tyres”, conclui.
22 | Revista dos Pneus | Março 2019
RS Contreras
“A nova operação logística encontra-se
a 100% e estamos otimistas”
Balanço positivo da RS Contreras no mercado nacional em
2018. Para 2019, as expectativas estão fo cadas na entrada em
funcionamento do novo espaço/armazém
“Fazemos um balanço muito positivo do ano de 2018. Conseguimos aumentar o volume
de faturação e unidades vendidas, com um destaque significativo da evolução
do mix”. As palavras são de José Enrique Carreiro e descrevem um ano muito
ativo da RS Contreras. “Devido às necessidades de aumentar a nossa oferta,
realizámos uma alteração logística complexa, com o objetivo de otimizar
as operações, melhorando a capacidade de armazenamento e de expedição”,
destaca. “Apesar da complexidade desta mudança, fizemos
um esforço muito grande para continuar a servir os clientes com os
padrões de qualidade a que estão habituados. A nova operação logística
encontra-se a funcionar a 100%, o que nos permite ser muito
otimistas quando olhamos para o futuro”, reforça ainda o responsável
à Revista dos Pneus.
Além da mudança logística, a RS Contreras tem outros objetivos para
2019. “O aumento da gama UHP disponível em stock, a introdução da
nova gama da NEXEN, feita na nova fábrica localizada na República
Checa, com grandes novidades em termos de equipamento de origem e
de extensão de gama, e, finalmente, a comercialização da marca TRISTAR,
produzida por um dos principais fabricantes chineses, com uma gama
espetacular e uma excelente relação preço/qualidade”, assegura.
APOSTA LOGÍSTICA
“Na RS Contreras, nos últimos anos, temos vindo a fazer grandes investimentos na parte
do desenvolvimento logístico, informático e, mais importante, nos recursos humanos. Consideramos
que este será o grande desafio no futuro próximo”, sublinha José Enrique Carreiro.
Como medidas prioritárias para as empresas do setor, o responsável acredita que nada supera
uma “gestão rigorosa do negócio, com especial atenção às vertentes da gestão financeira,
comercial e de recursos humanos”. E vai mais longe: “Do ponto de vista do negócio, a diversificação
de serviços, a aposta e a adaptação às novas tecnologias serão medidas fundamentais”.
Quanto ao segmento automóvel, “os pneus UHP são, não o futuro, mas já o presente, devido
à evolução do parque. Tecnologias como Run Flat, Sealant ou as de redução de ruído (Silent),
são, hoje, uma realidade que continuará a desenvolver-se no futuro” afirma. “Finalmente, assistimos
ao aumento das vendas de pneus para veículos elétricos, que, tendo em consideração
a evolução do setor automóvel, acreditamos que será o futuro”, adianta.
QUALIDADE DE SERVIÇO
Existem vários aspetos que José Enrique Carreiro considera fulcrais para o mercado. Exemplos?
“A formação contínua dos funcionários, assim como a atualização contínua de equipamentos
e, principalmente, a aposta em satisfazer as necessidades do cliente final”, sublinha.
Para a RS Contreras, agora, o principal desafio será “continuar a melhorar a qualidade de serviço
a que temos habituado os clientes, o que nem sempre é fácil se tivermos em consideração que,
em alguns casos, dependemos de terceiros, que nem sempre cumprem os padrões de qualidade
combinados. Para garantir um serviço de excelência, é preciso realizar um investimento
elevado, sendo preciso uma grande criatividade para conseguir que o binómio operacionalidade/rentabilidade
funcionem”, assegura.
www.revistadospneus.com | 23
Destaque Balanço de 2018
Euro Tyre
“A estratégia de ser um fornecedor
global de aftermarket foi a correta”
Telmo Barradas, responsável da Euro Tyre, garante que
a estratégia assumida há três anos deu frutos. O
balanço positivo de 2018 comprova o sucesso
“O balanço do ano foi francamente positivo, com aumento de vendas em
pneus e peças”, começa por referir Telmo Barradas, responsável da Euro
Tyre, que tem uma convicção: “A nossa estratégia de rumo, de passarmos
a ser um fornecedor global de aftermarket efetuada há três anos, foi a
correta”, sublinha.
As perspetivas para 2019, na área dos pneus, passa por “continuar a
enfrentar o mercado com uma boa dinâmica de vendas, proporcionando
aos clientes encontrarem no nosso portal todas as suas necessidades a
preços competitivos”, explica Telmo Barradas, que encara os próximos
anos com um espírito positivo. “Na Euro Tyre, encaramos o futuro com
otimismo, pois pensamos estar preparados para enfrentar o aftermarket.
Um dos desafios, continuará a ser servir as necessidades dos clientes. O outro,
será o compromisso com a rentabilidade”, adianta.
CRESCIMENTO DUPLO
Telmo Barradas é da opinião que as empresas do setor deviam ter em consideração alguns
pontos. “A primeira medida, transversal a oficinas e distribuidores, será as empresas desenvolverem
procedimentos que acautelem ao máximo os valores de crédito que dão aos seus
clientes. A segunda medida, que embora já seja um ‘chavão’, será colocar mesmo em prática a
diversificação do negócio, nomeadamente, as oficinas de pneus que integrem os serviços de
mecânica rápida, promovendo, assim, a fidelização dos clientes”, diz.
No mercado, o responsável prevê o crescimento de duas linhas. “Nas Jantes maiores ou equivalentes
a 16”, um crescimento nos segmentos budget/quality, dado que, por um lado, existirá
um aumento de preços nos pneus chineses e, por outro, os fabricantes europeus com as suas
marcas de segunda linha farão, seguramente, os ajustes para que tal aconteça. Nas jantes
maiores ou equivalentes a 17”, um crescimento do segmento premium pois, por um lado, existem
cada vez mais veículos novos equipados, de origem, com estas jantes, sendo tendência
natural do cliente final, na primeira reposição, optar pelo pneu que vem de origem. Por outro,
houve uma ligeira descida de preços dos fabricantes de marcas premium nestas jantes”, explica
Telmo Barradas à Revista dos Pneus.
DIVERSIFICAR NEGÓCIO
Importante para a as empresas do setor, na sua perspetiva, é, “sem dúvida, a diversificação
do negócio com a integração dos serviços de mecânica rápida. Decorrente dessa mutação, as
oficinas devem investir na formação dos seus colaboradores para a área da mecânica”, reforça.
Questionado sobre os problemas do mercado, Telmo Barradas é taxativo: “Por norma, não é
nossa cultura falarmos sobre constrangimentos e adversidades. Se os houver, estamos cá para
resolvê-los. Mas se houver algum a destacar, será o já apontado controlo de crédito”, remata.
24 | Revista dos Pneus | Março 2019
Tiresur
Portugal
“Crescemos em termos de volume
e faturação acima dos dois dígitos”
Armando Lima Santos, responsável da Tiresur Portugal,
congratula-se com a prestação da empresa em todos os
quadrantes. E revela cinco pilares para 2019
2018 voltou a ser muito positivo para a Tiresur Portugal. Armando Lima Santos
é muito claro. “Crescemos em termos de volume e faturação acima dos dois
dígitos e obtivemos um melhor resultado financeiro comparativamente a
2017”, revela. Momentos mais expressivos do ano passado? “Felizmente,
tivemos vários aspetos marcantes, mas destacamos o início da comercialização
de pneus agrícolas e industriais, através da representação das
marcas MRL e GTK. Além disso, passámos, também, a ser representantes
da marca Triangle em pneus de turismo, 4x4/SUV e comerciais, tendo
lançado a rede Triangle Club, plano de fidelização associado a esta
marca. Conseguimos aumentar a nossa carteira de clientes ativos e
aumentámos o número de associados também na nossa rede Center’s
Auto, o que demonstra bem o nível de confiança que o mercado deposita
na Tiresur”, sublinha Armando Lima Santos.
PILARES PARA 2019
Em 2019, a estratégia da empresa assenta em cinco pilares fundamentais. “Mais
clientes ativos/novos clientes; foco na venda de produtos e segmentos de produto mais
rentáveis para a empresa; foco na eficiência operacional; continuidade no controlo de crédito;
aposta na fidelização dos clientes com foco no crescimento das nossas redes e planos de
fidelização - Center´s Auto e Triangle Club”, revela.
Armando Lima Santos pretende que a empresa “continue a crescer e, acima de tudo, queremos
ser uma grande referência no mercado em Portugal, assim como já o somos em Espanha e no
Brasil”, conta. Para isso, dispõe de um um plano ambicioso, assente na estratégia ‘visão 360º -
Temos o que procura’, que permite um posicionamento como um fornecedor completo de pneus
para todos os segmentos e gamas de produto. “As nossas apostas fortes, em 2019, em termos
de produtos, vão para as marcas GT Radial (com o lançamento do pneu All Season), Triangle
e MRL, estes na vertente agrícola. Em termos de pneus de camião, queremos dar seguimento
à boa performance de vendas na marca Uniroyal. Quanto a investimentos, temos previsto um
novo ERP e, a médio prazo, a mudança de instalações para ganharmos capacidade de stock
e melhorarmos ainda mais o nosso serviço. São, portanto, sinais claros do investimento e da
aposta que o grupo está a fazer no nosso país. Vai ser, com certeza, um ano marcante para a
nossa empresa”, sublinha.
GESTÃO DE IMPARIDADES
Para Armando Lima Santos, atualmente, existem “muitos operadores no mercado e as margens
do negócio têm sido um desafio para todos os atores presentes em Portugal”. Por esse
motivo, é “preciso ser cada vez mais eficiente, para poder continuar a ter resultados positivos.
Além disso, em 2019, à semelhança do que já se foi verificando em 2018, a área de crédito e
cobrança assume particular e importante relevância para quem quiser sobreviver. É preciso
realmente muito cuidado na gestão das imparidades”, alerta o responsável da Tiresur Portugal.
www.revistadospneus.com | 25
Atualidade
Pneus
no
menu
Os distribuidores de peças despertaram
para o negócio dos pneus. Uma aposta
que veio para ficar e que constitui uma
séria ameaça para as empresas que
operam, em exclusivo, na distribuição
dos componentes pretos com um
buraco no meio
Por: Jorge Flores
Costuma dizer-se que a “necessidade
aguça o engenho”, mas, muitas
vezes, também obriga a alargar
os serviços prestados e produtos
comercializados. Nos últimos tempos, os distribuidores
exclusivos de pneus, em Portugal
(mas não apenas...), têm assistido a um aumento
da concorrência por via das empresas
distribuidoras de peças. São muitas as que
descobriram no negócio dos pneus uma
forma de compensar o “estrangulamento”
das margens e que alargaram estes produtos
e serviços ao menu da sua atividade.
Helmut Wolk, da Wolk After Sales Experts,
especialista na indústria e no negócio dos
pneus, em entrevista à nossa revista, há
três anos, já alertara para esta tendência. “A
maioria dos distribuidores de peças vende
pneus fora do canal pneus, já que o alvo
principal são as oficinas independentes. As
oficinas independentes são, muitas vezes,
‘atores’ passivos no negócio dos pneus. A
maioria dos grossistas de peças, perante
os milhares de referências que trabalham
26 | Revista dos Pneus | Março 2019
Distribuidores de peças
de pneus são ambos suportados por ferramentas
ativas de Online Routing. Estão
ambos no mesmo mercado e a convivência
nem sempre é bem conseguida”, explicara.
Fomos ouvir o que pensam, atualmente,
alguns dos grandes distribuidores de peças
do mercado nacional sobre este polémico
assunto.
w IMPORTÂNCIA DOS PNEUS
Para a MCoutinho Peças, esta tendência é
apenas um reflexo da evolução dos tempos.
E do negócio. “Por muito que o paradigma da
indústria automóvel esteja a mudar, com a
introdução de elementos altamente disruptivos,
como condução autónoma, veículos
elétricos e conectividade entre veículos, há
certos elementos que se mantêm puros na
sua essência e finalidade para a qual foram
nós especialistas na distribuição de peças
e não tendo o conhecimento profundo do
negócio dos pneus, a nossa estratégia passa
por nos posicionarmos junto dos clientes
como um distribuidor com oferta global. Não
pretendemos, nem faz sentido, que os pneus
sejam a principal oferta do nosso portefólio,
nem o nosso core business”, esclarece Flávio
Menino. “Mas pretendemos disponibilizá-los
aos clientes para aumentarmos o nosso nível
de serviço, no âmbito de uma oferta global,
complementando todos os outros produtos
que já comercializamos. Assim, os clientes
podem encontrar na Autozitânia mais um
tipo de produto que vai ao encontro das suas
necessidades”, sublinha. “Esta tendência é,
também, uma consequência da propensão
que tem vindo a observar-se nas oficinas,
que se transformaram num prestador de
e o limitado número de vendedores, concentram-se
mais nas peças do que nos
pneus, situação que acaba por retirar alguma
pro-atividade ao negócio dos pneus.
Para aumentar o negócio dos pneus com
as oficinas, os grossistas precisam do know-
-how dos fabricantes de pneus e da sua
ajuda ativa. Os grossistas e os fabricantes
criados”, adianta Ricardo Figueiras, responsável
de marketing da empresa. “Os pneus”,
acrescenta, “mostram-se um desses casos”.
Para mais, “com a importância que os pneus
continuam a representar nos próprios automóveis,
é natural que os distribuidores
procurem alargar a sua oferta”, explica a
mesma fonte à Revista dos Pneus.
w OFERTA GLOBAL
Por seu turno, Flávio Menino, diretor de
marketing da Autozitânia, reconhece que
esta é uma tendência que a empresa vai
“acompanhar, com a inclusão dos pneus no
nosso portefólio”, revelando, inclusivamente,
que já se encontra a “dar os primeiros passos
nesse sentido”. Mais: “Definimos esta estratégia
numa lógica de one-stop-shop, uma
tendência que tem vindo a crescer. Sendo
serviços global, incluindo os pneus na sua
oferta. E que provoca alterações em toda a
cadeia de distribuição”, conclui o responsável.
w ALARGAR HORIZONTE
Ricardo Lima, responsável de marketing da
Soulima, também não tem dúvidas sobre o
caminho a percorrer pelos distribuidores de
peças na atividade dos pneus. “O mercado
dos pneus foi, no passado, fortemente considerado
um mercado independente do de
reparação automóvel. Porém, com a emergência
da tendência de aproximação dos
players do mercado de pneus ao de reparação
automóvel, é normal que exista uma
evolução para um mercado global ao nível
da distribuição e de oferta ao consumidor
final”, esclarece. u
www.revistadospneus.com | 27
Atualidade
Circuito de Portugal Valorpneu
Digressão
w ESTRELA DA CAMPANHA
A apresentação da nova campanha Circuito
de Portugal Valorpneu ficou a cargo de Clide
norte a sul
A Valorpneu juntou, no dia 9 de janeiro, na sede da Cometil, em Loures,
membros do governo, órgãos de comunicação social e alguns dos seus membros
para apresentar a nova campanha Circuito de Portugal
Por: Joana Calado
A
abertura da iniciativa esteve a cargo
de Hélder Pedro, gerente da Valorpneu,
que começou por fazer
uma breve viagem pela história da
sociedade por quotas, sem fins lucrativos, fundada
em 2002 e que, hoje, conta já com uma
rede de “mais de 2.150 aderentes ao sistema
e mais de 4.000 comerciantes e distribuidores
a nível nacional. Permitindo, assim, que a taxa
de recolha de pneus esteja nos 100%, sendo
que a meta definida pelo licenciamento é de
96%. Sobre a recolha de pneus usados, Hélder
Pedro indicou que, neste momento, “a quantidade
de pneus recolhidos pelos operadores
da rede é superior à dos pneus usados gerados,
totalizando mais de 81.000 toneladas
de pneus anualmente recolhidos”. No final
do seu discurso de abertura, o gerente da
Valorpneu afirmou: “Podemos estar todos
orgulhosos do trajeto que tem sido feito”.
ménia Silva, diretora-geral da organização,
que começou por explicar o conceito da
campanha e os seus objetivos. Esta iniciativa
irá visitar cerca de 4.000 postos detentores
de pneus usados, sendo que se consideram
detentores de pneus usados todos os operadores,
empresas ou entidades (oficinas,
estações de serviço e lojas especializadas,
entre outras) que detenham pneus usados.
Com o objetivo de fortalecer o relacionamento
da Valorpneu com os seus parceiros
e sensibilizar os detentores de pneus usados
para a gestão correta deste resíduo, contribuir
para a evolução do SGPU, realizar um inquérito
de avaliação e satisfação e ainda realizar
um estudo nacional sobre estado do SGPU, a
campanha vai percorrer Portugal de norte a
sul. A equipa de 11 elementos estará dividida
por sete veículos, todos vestidos a rigor: pessoas
e viaturas. Os 11 promotores realizarão
cerca de 770 visitas mensais, prevendo-se o
envolvimento de mais de 10.000 pessoas. A
campanha teve início no mês de janeiro, em
vários distritos ao mesmo tempo, estando
previsto que termine em junho, no distrito
de Santarém.
A estrela desta iniciativa é o pneu telecomandado
que as empresas visitadas são
convidadas a experimentar, num circuito
previamente definido. Juntamente com
ele (pneu telecomandado), foi criado uma
circuito de formação e informação, no qual
os visitados são incentivados a participar. O
circuito é constituído por seis pinos, nos quais
estão mensagens que o participante deve ler
ao passar com o pneu por cada um deles. Ao
consultar as mensagens, o participante deve
reter cinco máximas: “Discriminar”, “Aceitar”,
“Guardar”, “Transportar”, “Entregar”. No fim,
apenas precisa de guardar o certificado de
entrega durante cinco anos.
A terminar, refira-se a presença do Secretário
de Estado do Ambiente, Carlos Martins, que,
para além de uma breve apresentação, na
qual valorizou o trabalho desenvolvido pela
Valorpneu, ainda testou a estrela da campanha,
momento que arrancou de todos os
presentes algumas gargalhadas. u
28 | Revista dos Pneus | Março 2019
C
revistapneus_fevereiro_impressao.pdf 1 18/02/2019 17:19:35
M
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Reportagem
Irmandade
do pneu
No dia 1 de fevereiro, a Vipal juntou,
no Lisbon Marriott Hotel, importantes
associações do setor dos pneus para
discutir temas pertinentes, como a
Economia Circular e o Anti-dumping.
ANIRP, AER, TNU e Valorpneu
não faltaram à chamada
ANTI-DUMPING
E ANTI-SUBVENÇÕES
A primeira apresentação foi subordinada ao tema
“Resultado das reclamações de Anti-dumping e Anti-
-subvenções - Consequências para o nosso setor e atuações
futuras”. Michael Schwämmlein, da BIPAVER, usou da palavra
para destacar o trabalho realizado junto da Comunidade Europeia,
que levou a que esta desenvolvesse investigações que
originaram o novo regulamento europeu datado de novembro
de 2018. As novas diretivas irão vigorar durante cinco anos,
sendo que, até ao momento, ainda não há conhecimento de
que os produtores chineses tenham efetuado uma contra
proposta para as mesmas. Estas diretivas são consideradas
uma grande ajuda para os distribuidores portugueses.
No entanto, Michael Schwämmlein alertou para a necessidade
de se manterem atentos para qualquer
tentativa de desrespeito destas normas.
Por: Joana Calado
NOVA LEGISLAÇÃO
EUROPEIA PARA O PNEU
As etiquetas de pneus renovados irão sofrer alterações, passando
a ter a indicação do nome do distribuidor, modelo ou nome comercial,
bem como um código QR. As indicações relativas à eficiência de
combustível e de travagem mantêm-se, tal como a indicação do nível
de ruído. Michael Schwämmlein indicou, durante a sua apresentação,
que será necessário retificar o suplemento R108, uma vez que, neste
momento, não existe base legal para marcar pneus renovados, apesar
de já vigorarem algumas diretivas nacionais em certos países, como,
por exemplo, na Alemanha. Ricard Anadón e Alejandro Rodriguez,
ambos da IDIADA, focaram as suas exposições na necessidade de
atestar a qualidade não só dos pneus mas, também, dos processos
de renovação. Relativamente à inscrição do símbolo snowflake
nos pneus e nas etiquetas, está condicionada à passagem
de diversos testes, nomeadamente travagem, aceleração
e tração.
ANÁLISE
DE CUSTOS
PARA A FABRICAÇÃO
DE PNEUS RENOVADOS
O
Lisbon Marriott Hotel abriu as
suas portas para receber parceiros
e convidados da Vipal,
numa reunião que contou com
a presença de representantes de importantes
associações na área da recauchutagem
e reciclagem de pneus usados. O dia 1 de
fevereiro começou cedo para os presentes,
tendo a abertura e o encerramento da ação
ficado a cargo de Frederico Schmidt, diretor-
-geral da Vipal. u
Salvador Perez Lucerna, da Insa Turbo, desenvolveu
um estudo sobre os custos de fabricação de pneus renovados,
partindo da base de vendas, gastos e unidades
produzidas, sendo este último o mais importante para a
análise de custos mais eficiente possível. Considerando ainda
que, neste momento, a maior dificuldade que as empresas
enfrentam é o aumento do custo da matéria-prima, o que
fez com que as margens de lucro diminuíssem. Assim, considerando
uma produção de 2.500 unidades, o total de
custos para a fábrica andaria na ordem dos €71.000, o
que se traduz num custo por pneu de €28,40. Estes
valores (estimados) poderão variar devido a
dois fatores: produção menor do que a
estimada; aumento de tempo no
processo de produção.
30 | Revista dos Pneus | Março 2019
Reunião ANIRP-AER
ECONOMIA
CIRCULAR
APLICADA AO PNEU
Tratando-se de um quadro sobre ambiente, a apresentação
ficou a cargo de Climénia Silva, da Valorpneu,
e Javier de Jesus, da TNU. Referindo-se à legislação ambiental
que afeta o setor dos pneus, Climénia Silva recordou
a nova licença atribuída à Valorpneu, que entrará em vigor
até 2021, fazendo ainda uma breve viagem pela definição e
diferenciação dos diferentes resíduos. No que diz respeito
aos pneus enquanto resíduos, prevê-se a sua preparação
para reutilização, reciclagem, outras formas de valorização
e, por fim, a sua destruição. Sobre o exemplo espanhol,
Javier de Jesus alertou para a necessidade de uma
alteração à legislação atual. Sendo necessário
modificar os códigos de utilização, incluindo
os R14 (preparação para reutilização)
e R15 (relativo ao recheio).
AÇÕES A REALIZAR
NO FUTURO PERANTE AS
ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS
Para abordar este tema, foram chamados os representantes da AER
e da ANIRP, Salvador Perez e José Gomes, respetivamente. De acordo
com o representante espanhol, o pneu está em contínua evolução,
transformando este num mercado cada vez mais exigente e competitivo,
aumentando a necessidade de mostrar que os pneus renovados
estão ao nível dos novos, quer em termos técnicos quer em termos de
qualidade. Já José Gomes começou a sua intervenção por referir que os
pneus recauchutados não estão sujeitos a Ecovalor, ou seja, ficam isentos
deste imposto, seja em termos de importação seja no que se refere à
comercialização. José Gomes salientou ainda que, com a nova legislação,
toda a carcaça que seja entregue num centro para ser recauchutada
não será considerada resíduo, apresentando ainda o novo fluxograma
de pneus. A terminar, o representante da ANIRP reforçou
a ideia de que os pneus recauchutados deveriam começar
a ser uma opção em concursos públicos, deixando este
desejo para um futuro próximo.
www.revistadospneus.com | 31
Reportagem
1.º Encontro de Agricultores Trelleborg/EasyPneus
Especialistas em
pneus agrícolas
O crescimento da atividade
agrícola no distrito de Beja
tem contribuído para o
desenvolvimento de diversos
negócios, onde se inclui
o comércio de pneus.
EasyPneus e Trelleborg
uniram esforços para
conquistarem este
novo mercado
Por: João Vieira
A
EasyPneus, distribuidor exclusivo
dos pneus Trelleborg para o distrito
de Beja, realizou, no passado dia 23
de fevereiro, nas suas instalações, o
1.° Encontro de Agricultores Trelleborg/EasyPneus,
num evento conjunto que reuniu mais
de 100 clientes. O objetivo foi apresentar as
diversas marcas do Grupo Trelleborg Wheel
Systems, nomeadamente Trelleborg, Mitas e
Cultor, assim como divulgar os serviços da
EasyPneus para o setor agrícola.
Ramón Martínez, gerente da Trelleborg
Wheel Systems Espanha e Portugal, deu as
boas-vindas aos participantes e começou
por fazer uma apresentação do grupo cotado
em bolsa, que alcançou uma faturação
anual de 3,28 mil milhões de euros e está
presente em mais de 50 países. A empresa
oferece soluções altamente especializadas
para criar valor agregado para os clientes e
colabora com os principais fabricantes de
tratores e máquinas agrícolas. Dispõe de
fábricas localizadas na Itália, Letónia, Brasil,
República Checa, Sérvia, Eslovénia, China,
Sri Lanka, Suécia e EUA.
Na sua apresentação, Ramón Martínez destacou
algumas novidades recentemente apresentadas
pela marca na feira SIMA. A grande
inovação diz respeito ao sistema VIP (Pressão
de Enchimento Variável), uma solução de
roda completa inteligente equipada com
sensores capazes de ajustar a pressão dos
pneus de acordo com a carga variável e as
condições do piso, reduzindo a compactação
do solo para obter maior rendimento dos
cultivos. A nova app TLC Plus da Trelleborg
está sincronizada com o sistema VIP e fornece
toda a informação necessária ao agricultor
sobre a diferença entre o valor ideal
e o valor real da pressão dos pneus. “É uma
inovação bastante interessante em relação
às novas tecnologias que utilizam a ligação
entre o pneu e a cabina do condutor. Acredito
que irá revolucionar bastante o mundo
da agricultura”, disse Ramón Martínez.
32 | Revista dos Pneus | Março 2019
Veja o vídeo em www.revistadospneus.com
empresa. Privilegiamos, acima de tudo, a
proximidade com os clientes e estes eventos
proporcionam essa relação. Por outro
lado, estamos a viver um tempo de grande
crescimento da agricultura na nossa zona,
com cada vez mais plantações de oliveira e
vinha. Estamos preparados para dar resposta
à procura e às necessidades dos agricultores
em relação aos pneus indicados para cada
trabalho”.
A EasyPneus foi, também, a primeira empresa
do distrito de Beja a disponibilizar o
serviço de assistência no local. “Atualmente,
temos duas carrinhas de assistência, que
garantem a substituição de qualquer tipo
de pneus agrícolas no próprio local onde o
trator se encontra. É um serviço muito compensador
para o agricultor, pois poupa-lhe
imenso tempo e rentabiliza o seu trabalho”.
A propósito da parceria com a Trelleborg,
Daniel Mestre referiu: “Já conhecia bem a
Trelleborg antes de sermos o distribuidor
exclusivo e não tenho dúvidas sobre a qualidade
dos seus produtos. Não nos podemos
esquecer que é uma marca com mais de um
século de atividade no fabrico de pneus.
Tem uma enorme experiência adquirida
w NOVIDADES TRELLEBORG E MITAS
As amplas instalações da EasyPneus foram
o palco da apresentação de várias novidades.
No que diz respeito à marca Trelleborg,
destacou-se o TM1000, o seu principal
pneu projetado para tratores de elevada
potência, com piso melhorado e tecnologia
ProgressiveTraction. Esta tecnologia liberta
energia adicional para o solo e reduz o stress
no mesmo, aumentando o desempenho da
máquina para aplicações em estradas. O revolucionário
PneuTrac, outra das novidades,
combina as vantagens de um pneu agrícola
com o benefício das correntes. De referir
também o serviço Your Tire, que permite
aos clientes personalizar os pneus radiais
Trelleborg para o seu trator.
Jesús Castro, diretor de vendas da Mitas para
Espanha e Portugal, fez uma apresentação
detalhada da vasta gama que esta marca
disponibiliza para o mercado agrícola, incluindo
pneus flutuantes Agriterra, pneus VF
HC 2000 para tratores de elevada potência e
pneus para utilização municipal. Destaque,
também, para o Mitas AC85, um pneu de
elevada durabilidade com características
equilibradas para vários tipos de aplicações,
tanto no campo como em estrada, além do
Mitas AC70G, que tem como principal vantagem
os seus tacos com maior espessura
e largura, permitindo a proteção do solo e
das plantas.
w BOAS PERSPETIVAS DE VENDAS
Para Daniel Mestre e Ramón Martínez, não
há razões para pessimismo, porque todos os
indicadores apontam para um crescimento
da atividade agrícola nos próximos tempos.
“Depois de um ano difícil, começámos bastante
bem 2019, com os meses de janeiro
fevereiro a crescer. Embora seja muito cedo
para perspetivar o final do ano, não temos
dúvidas que iremos crescer acompanhando
a tendência do mercado”, assegurou Ramón
Martínez.
Para Daniel Mestre, “apesar do mercado não
estar fácil, devido à enorme concorrência
e excesso de marcas, o que gera alguma
confusão, na EasyPneus, mantemos o nosso
e, contrariamente, a outras marcas, está
vocacionada apenas para o segmento dos
pneus agrícolas, o que se reflete na qualidade
final dos produtos que comercializa.
Qualquer uma das três marcas (Trelleborg,
Mitas e Cultor) oferece alto rendimento e
elevada qualidade. Nos últimos dois anos,
já montámos mais de 700 pneus radiais e
não recebemos qualquer reclamação, o que
demonstra bem a qualidade dos produtos”.
w MAIS PRÓXIMO DOS CLIENTES
Daniel Mestre, gerente da EsayPneus, afirmou
que “este encontro identifica-se com
a maneira de estar no mercado da nossa
nível de negócio, derivado do nosso trabalho
e da forma de estarmos no mercado,
muito próximo dos clientes. Estamos sempre
atentos às suas necessidades e disponíveis
para assistência no local, inclusive aos sábados,
onde permanecemos abertos até às
17h. Prevemos, por isso, um crescimento na
venda de pneus agrícolas, alavancada pelo
aumento da atividade agrícola em toda a
nossa zona de intervenção”. u
www.revistadospneus.com | 33
Máquinadotempo
História de inovação
A história da Firestone, marca do Grupo Bridgestone, está invariavelmente ligada ao
percurso do seu fundador, Harvey Samuel Firestone, numa altura em que passaram
150 anos do seu nascimento. A Máquina do Tempo desta edição é dedicada a uma
das figuras mais emblemáticas de sempre do mundo dos pneus
Herança de peso
Por: Bruno Castanheira
1900
A Firestone Tyre &
Rubber Company
foi fundada por
Harvey Firestone,
em Akron, no Ohio
1906
A Firestone fornece 2.000
conjuntos de pneus à
Ford Motor Company,
naquela que foi a maior
encomenda individual
de pneus na indústria
automóvel da altura
1910
Os lucros da Firestone
Tyre & Rubber
Company excedem,
pela primeira vez, 1
milhão de USD
34 | Revista dos Pneus | Março 2019
Firestone
Corria o ano de 1868
quando, no dia 20 de dezembro,
nascia, no estado
norte-americano do Ohio,
Harvey Samuel Firestone,
que, graças ao seu espírito
empreendedor e à aposta
na inovação, criou o primeiro
pneu antiderrapante e desenvolveu
o conceito de estação multisserviço.
Apesar da infância humilde, Harvey Samuel
Firestone tinha uma mente prodigiosa. Vislumbrou
oportunidades onde mais ninguém
viu e investiu tempo para pensar as decisões
que tomou quando os demais se apressavam
com as suas, ansiosos por se manterem “à
tona” durante o período da Primeira Guerra
Mundial. A estratégia de Firestone visava a
planificação exaustiva para, de seguida, tomar
ações decisivas. Firestone nasceu numa
fazenda familiar na pequena comunidade de
Columbiana, no Ohio. Depois de se formar no
ensino secundário, começou a trabalhar na
Columbus Buggy Company, fabricante de carruagens
propriedade do seu tio localizada na
capital do estado do Ohio. Quando a empresa
faliu, passou a operar juntamente com alguns
sócios numa fábrica de pneus em Chicago.
Mas, graças ao seu espírito empreendedor,
rapidamente fundou a sua própria empresa:
The Firestone Tire & Rubber Co. Com uma
patente criada pelo próprio Firestone, foram
produzidos os primeiros pneus de borracha
para carruagens de Akron, no Ohio.
w OS PRIMEIROS ANOS
Em 1900, no primeiro ano de atividade da
empresa, Firestone faturou US$110.000 com a
venda de pneus. Nessa altura, dispunha apenas
de uma fundição abandonada e contava
com 12 colaboradores. Mas aproximava-se
uma revolução que ele iria aproveitar para
fazer com que o seu negócio crescesse de
forma exponencial. No início do anos 20, começaram
a ser lançados os primeiros modelos
de automóveis da Ford Motor Company.
Firestone não tardou a aliar-se a este fabricante,
prevendo que o futuro do transporte
andaria de mãos dadas com os veículos de
quatro rodas. Em 1906, Firestone acordou
com o seu grande amigo e proprietário da
empresa, Henry Ford, ser ele o fabricante de
pneus do famoso Ford Model T. Em 1920,
Firestone faturou US$115 milhões.
Harvey Samuel Firestone era muito mais do
que um fabricante de pneus de sucesso. Era,
também, um homem de família (teve cinco filhos),
filantropo e um dos principais investidores
na sociedade norte-americana do século
XX. Esta filosofia de vida converteu-o num
1911
Ray Harroun
vence o
primeiro
Indianápolis
500 com pneus
Firestone
1928
A Firestone abre a primeira
fábrica ultramarina, em
Brentford, no Reino Unido.
Nas décadas seguintes,
seguem-se as fábricas da
UE na Suécia, Espanha,
França, Portugal e Suíça
1932
A Firestone desenvolve o
primeiro pneu de trator
pneumático de baixa
pressão prático e inicia
a campanha “Colocar a
borracha na agricultura”
www.revistadospneus.com | 35
MáquinadoTempo
Firestone
amigo de ideias visionárias e companheiro de
viagem frequente de outras mentes privilegiadas
e líderes em inovação e negócios na época,
como Henry Ford e Thomas Edison. Juntos, formaram
o “Millionaire Club”, um círculo no qual
os lustres membros podiam reunir e concordar
a aquisição de bens, predominantemente imóveis.
Para selar os acordos, um aperto de mão
era suficiente, já que havia espírito de camaradagem
e confiança. O magnata dos pneus
também lutou firmemente para melhorar o
estado das autoestradas norte-americanas. O
movimento “Good Roads”, iniciado nos anos
20 com o objetivo de remediar o mau estado
das estradas do país, inspirou décadas depois a
aprovação da “Lei Federal de Ajuda às Autoestradas”
de 1956, promulgada pelo presidente
Eisenhower.
w MOVIMENTOS MARCANTES
Quando, em 1928, inaugurou a sua primeira
fábrica fora dos EUA, em Brentford, Inglaterra,
Harvey Firestone não esteve presente pessoalmente.
Mas a sua voz e a sua mensagem chegaram
bem alto e de forma clara através da onda
curta do rádio. Estava dado o tiro de partida
para a expansão internacional. Firestone não
apenas começou a fabricar pneus em vários
pontos do globo, como queria, também, controlar
toda a cadeia de produção, começando
com o cultivo de borracha natural. Na década
de 20, comprou a sua própria fazenda de borracha
na Libéria, em resposta ao monopólio
britânico e holandês da borracha.
Após a Primeira Guerra Mundial, os EUA encontravam-se
com abundância de automóveis e
camiões devido ao excesso de produção provocado
pela guerra. Mas o sistema ferroviário
estava saturado e não permitia que bens e alimentos
chegassem a todo o país. No início de
1919, Harvey Samuel Firestone juntou-se ao
movimento “Ship by Truck”, que defendia o
transporte de bens por camião em detrimento
do ferroviário. Esforço que fez com que os envios
passassem a ser mais rápidos e ágeis, a
preços mais reduzidos. Além disso, Firestone
impulsionou o desenvolvimento da rede rodoviária
dos EUA: “Good Roads Movement”.
Harvey Samuel Firestone foi, também, um
grande inovador a nível tecnológico. Em 1923,
introduziu uma nova tecnologia de pneus de
baixa pressão: os pneus “balão”. Até então,
os pneus eram muito estreitos. Com estes
novos pneus, mais largos, a empresa oferecia
um produto mais confortável, com melhor
1968
Graham Hill é o
primeiro vencedor
do campeonato
de Fórmula 1 da
FIA com pneus
Firestone
1988
A Firestone funde-se com a
Bridgestone Corporation, uma
empresa que partilha valores
semelhantes e uma tradição de
excelência inovadora. Esta fusão
criou o maior fabricante de pneus
no mundo da atualidade
1993
A Firestone anuncia o
regresso ao Indianápolis
500 e ao Indy/Champ
Car, 20 anos após ter
saído dos desportos
motorizados
36 | Revista dos Pneus | Março 2019
aderência e que transmitia mais confiança do
que os pneus da época. Este produto não foi
apenas adotado por grandes fabricantes de
automóveis, como a Cole Motor Car Company,
mas Firestone teve a ideia revolucionária de
aplicá-lo, também, no campo. Ele próprio era
agricultor e, em 1932, ano em que se retirou
da gestão ativa da empresa, conseguiu “levar”
estes pneus para o campo (“Put the Farm on
Rubber”). Em 1935, 14% dos tratores eram
vendidos com pneus de borracha. Nos anos
50, era quase impossível conseguir tratores
com rodas de aço.
w PALMARÉS INVEJÁVEL
O espírito visionário de Firestone também
se estendeu aos serviços. Em 1928, inaugurou
a sua primeira oficina “One-Stop Service
Station”, que oferecia uma grande variedade
de produtos e um serviço de qualidade. A
diversificação do negócio permitiu à Firestone
sobreviver à Grande Depressão, produzindo
rádios, produtos de limpeza de radiadores,
correntes de camião e até mesmo molas de ar.
A diversificação de produtos consolidou-se no
final dos anos 30 com a criação da Firestone
Industrial Products Company.
O percurso da Firestone está, desde os primórdios,
ligado ao mundo da competição,
onde tem uma história brilhante. Em 1909,
Harvey Samuel Firestone desenvolveu um
jogo de pneus para um carro conduzido por
Barney Oldfield na prova Indianápolis 300.
Oldfield viria mesmo a afirmar: “O meu único
seguro de vida são os pneus Firestone”. Mais
tarde, em 1911, Ray Harroun venceu a primeira
corrida da famosa Indianápolis 500 com um
Marmon Wasp equipado com pneus Firestone.
A partir desse momento, a Firestone esteve
ligada à maioria das vitórias conquistadas em
competições com carros de corrida.
Em 1957, a Firestone desenvolveu um pneu de
corrida para suportar velocidades superiores
a 305 km/h para as 500 Millas de Monza, em
Itália. Jimmy Bryan venceu a primeira corrida
com pneus Firestone, tendo alcançado o recorde
mundial de 257 km/h. Com a saída da
Goodyear, a Firestone tornou-se, em 2002,
fornecedora oficial da IZOD IndyCar e das
500 Milhas de Indianápolis. De 1991 a 2015,
a Firestone foi, também, fornecedora oficial
do campeonato Indy Lights, que teve Eric
Bachelart como primeiro campeão.
Desde 1965 e durante 10 anos, a Firestone
também esteve envolvida no Mundial de
Fórmula 1 da FIA. Graham Hill foi o primeiro
piloto a vencer o campeonato com pneus
Firestone e quando o famoso piloto mexicano
Pedro Rodríguez utilizou os pneus da marca
no seu Ferrari, a Firestone tornou-se numa
referência na categoria mais alta do desporto
motorizado, estando ligada a muitas vitórias
obtidas durante a década.
Em 1988, a Firestone foi adquirida pela Bridgestone,
com a qual partilha os valores e a
cultura de inovação. Esta operação deu origem
aquela que é, atualmente, a empresa
líder mundial no fabrico de pneus e produtos
derivados de borracha. Em 2014, a Bridgestone
decidiu levar a cabo uma forte campanha
de revitalização da marca Firestone,
enaltecendo o impressionante legado criado
ao longo de mais de 100 anos de história.
O foco foi colocado no produto, através do
lançamento de novos modelos com elevados
níveis tecnológico e competitivo, dispondo de
uma excelente relação qualidade/preço. u
1996
A Firestone
vence o Indy
500 da era
moderna pela
primeira vez
2014
A campanha
Renovação da
Firestone inicia-se
na Europa, com
o lançamento do
novo pneu SUV
Destination HP
2015
A Firestone Music Tour
visita seis dos maiores
festivais europeus de
música, em Espanha,
Alemanha, França,
Polónia, Itália e Reino
Unido
www.revistadospneus.com | 37
Entrevista
O setor
pneus
dos
está a
mudar
A Yokohama está a atravessar um
dos melhores períodos da sua história,
que conta já com mais de um século.
Numa entrevista concedida à Revista
dos Pneus, Victor Cañizares,
vice-presidente de vendas e marketing
da Yokohama Iberia, partilhou alguns
momentos e alertou para o facto
de o setor estar a mudar
Por: Bruno Castanheira
38 | Revista dos Pneus | Março 2019
Victor Cañizares, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Yokohama Iberia
obreviveu a crises económicas,
a terramotos e
até a bombardeamentos.
O fabricante japonês de
pneus Yokohama comemorou,
em 2017, o seu
primeiro século de vida.
Uma história que se confunde, no fundo,
com a do próprio mundo. A gama premium
de que dispõe e a parceria estabelecida, em
2015, com o Chelsea Football Club, fazem da
Yokohama uma das marcas mais respeitadas
a nível mundial e com um grau de notoriedade
difícil de igualar. Não admira, pois, que
a marca fundada no dia 13 de outubro de
1917 esteja a atravessar um dos melhores
períodos da sua história. Numa entrevista
concedida à Revista dos Pneus, que, aqui,
reproduzimos na íntegra, Victor Cañizares,
vice-presidente de vendas e marketing da
Yokohama Iberia, partilhou alguns desses
momentos e alertou para o facto de o setor
dos pneus estar a mudar.
dar uma resposta eficaz ao consumidor final.
Por outro, elegem determinado produto como
estratégia para a sua empresa. As oficinas que
definem como principal estratégia não ter
stock, valem-se da distribuição para assegurar
um serviço de entregas rápido, de acordo
com as necessidades do consumidor final. No
entanto, importa salientar que, no caso das
jantes de elevado valor, o comportamento é
idêntico, pois espera-se da distribuição um
serviço urgente, já que a oficina não está disposta
a suportar esse custo no seu negócio.
Como olham os fabricantes para essa
realidade?
Os grandes fabricantes europeus começaram
a tomar decisões estratégicas no sentido de
controlar a procura, com o objetivo de não
perderem quota de mercado nem poder.
Decisões como investir em oficinas ou redes
de oficinas, quer sejam centros próprios ou
franchisados, que permita aos fabricantes ter
As alterações que o canal está a sentir são
consequência das mudanças verificadas no
que respeita ao consumidor final, que tem
um nível de formação mais elevado e está,
consequentemente, melhor informado. Há
que adaptar, por isso, a oferta aos millennials
e à geração “Z”, tipologias de consumidores
que se caracterizam por estarem conectadas
e para quem o sentimento de posse não tem
relevância, ao contrário do pagamento pela
utilização de determinado bem ou serviço.
Estamos perante gerações ecologicamente
conscientes e que procuram serviços e produtos
sustentáveis. E, este, é um verdadeiro
desafio.
E no que diz respeito ao produto propriamente
dito?
Em relação ao produto, convém frisar que
corremos o risco de banalizar o pneu se continuarmos
a focar a nossa atenção apenas no
preço. Como as marcas não são todas iguais,
Gostaria de começar, se me permite, pela
importância que tem o mercado português
para a Yokohama...
Antes de referir a estratégia da Yokohama
para o mercado português, creio ser da maior
importância analisar, primeiro, as mudanças
que o setor dos pneus está a atravessar atualmente.
No que diz respeito ao canal, convém
frisar que as casas especializadas em pneus e
as oficinas especializadas em mecânica estão
a convergir para aquilo que se denomina de
“Oficinas de Mecânica Rápida”. Esta nova realidade
faz com que o setor dos pneus esteja
atomizado e faz com que a oferta seja assegurada
por um número alargado de players,
em detrimento das casas especializadas em
pneus. Além disso, os entraves colocados à
entrada de novos players no negócio dos
pneus têm vindo a ser minimizados, estando
o investimento focado, essencialmente, na
maquinaria, sendo, por isso, descurados outros
ativos (como os pneus), uma vez que o
canal de distribuição oferece, hoje, um serviço
de entregas rápido com um preço muito
competitivo.
O que dita, por isso, tipos de compra diferentes...
Precisamente. Este novo cenário faz com que
se existam dois tipos de compra bem diferentes.
Por um lado, as oficinas que apostam no
stock como valor acrescentado, no sentido de
a possibilidade de aconselhar as suas marcas
junto do consumidor final, tornaram-se habituais.
Ou até mesmo a inversão do processo
de distribuição, de modo a que os fabricantes
ofereçam as suas próprias marcas às restantes
oficinas, assegurando o mesmo tipo de serviço
dos concorrentes. Também é certo que ter
equipamentos e pneus não garante, por si só,
a prestação de um serviço profissionalizado.
Nem é linear que se traduza em benefícios
para o negócio. Mas é, seguramente, o nível
dos equipamentos, dos produtos oferecidos
e do profissionalismo que, em conjunto, marcarão
a diferença na atividade.
Estará o consumidor, também ele, a mudar?
Vivemos uma nova realidade, sem dúvida.
o fator diferenciador continua a ser o nível
de investimento aplicado na investigação e
no desenvolvimento. Sobre o preço, importa
referir que o fator chave para a rentabilidade
do negócio é e será o... preço de venda. E
este deverá ser justo para o consumidor final,
para a oficina e para o fabricante, uma vez
que dele depende a subsistência do próprio
negócio.
A Yokohama é uma marca que tem apostado,
desde sempre, na especialização
em cada uma das categorias de produto?
A Yokohama não é uma marca generalista,
pelo que continuaremos à procura, dentro
desta nova realidade, de players que queiram
defender o pneu por aquilo que ele é: um
produto que integra valores fundamentais,
www.revistadospneus.com | 39
Entrevista
Victor Cañizares
como a segurança, o respeito pelo meio ambiente
e a tecnologia. Fatores que tornam
este produto adequado para cada necessidade
e exigência, não podendo o pneu ser
visto como um produto sem identidade ou
insignificante para o veículo. A Yokohama
aposta na especialização em cada uma das
categorias existentes. Exemplo disso, é o
lançamento dos Geolandar G003 e G005,
para o segmento 4x4, concebidos para uma
utilizado fora de estrada em condições extremas.
Outro exemplo, é-nos trazido pelo
lançamento do novo modelo RY55 para
comerciais ligeiros, onde melhorámos os
índices de carga e os códigos de velocidade,
numa clara adaptação às novas exigências
do parque automóvel existente.
Isto numa altura em que a própria sociedade
está cada vez mais conectada...
Vivemos, definitivamente, numa época
de múltiplas mensagens e de diversas
plataformas de comunicação. E enquanto
continuamos a satisfazer as necessidades
dos milhões de veículos atuais, devemos
pensar em como adaptar o nosso negócio
a uma sociedade conectada (informação
via web), mais preocupada com o meio
ambiente (veículos com emissões zero) e
que valorizará a utilização em detrimento
da posse (viatura própria).
Não resisto a perguntar-lhe a importância
da campanha “Drive for More”. Que mais-
-valias trouxe para a Yokohama a parceria
com o Chelsea FC?
A campanha “Drive for More”, divulgada nos
cinco principais mercados internacionais
(Índia, Malásia, Vietname, França e Península
Ibérica), é considerado o maior investimento
em marketing realizado pela Yokohama nos
seus mais de 100 anos de história. Didier
Drogba, lenda do Chelsea FC e ícone do futebol
mundial, foi escolhido como o rosto da
campanha, participando, ativamente, numa
série de eventos VIP, como aconteceu no jantar
de gala com os clientes da Yokohama Iberia,
realizado no dia 1 de dezembro de 2018, no
Grande Salão do Círculo de Bellas Artes de
Madrid, onde a Revista dos Pneus esteve presente.
O evento “Drive for More”, organizado
pela Yokohama Rubber Co. e pelo Chelsea FC,
contou com a presença dos ex-jogadores do
clube londrino, Didier Drogba e Paulo Ferreira,
que participaram, juntamente com clientes
da Yokohama Iberia, tanto espanhóis como
portugueses, no jantar de gala, com o objetivo
de partilhar momentos e experiências.
Através da parceria com o clube londrino,
a Yokohama procura, também, maximizar
o valor do cliente e expandir o seu alcance
global. É assim?
A parceria entre a Yokohama e o Chelsea
FC é de enorme valor, pois as duas empresas
encaixam bem, sendo ambas organizações
internacionais líderes na inovação
e no desempenho. Com esta parceria, a
Yokohama procura maximizar o valor do
cliente e expandir o seu alcance global,
com o objetivo de manter a sua liderança
na indústria dos pneus. Neste contexto, a
aliança é uma oportunidade de mostrar a
empresa a uma grande audiência mundial,
graças à popularidade do Chelsea FC. A
Yokohama Iberia, S.A. trabalha com uma
estratégia de marketing “push”, centrando o
seu esforço no canal, enquanto que a Yokohama
Rubber Co. nos permite, através do
seu patrocínio ao Chelsea FC, trabalhar em
duas direções: reconhecimento da marca
junto do consumidor final e ações ao canal,
como a experiência “Drive for More”
ou a possibilidade de assistir aos jogos do
Chelsea FC em Stamford Bridge. Por último,
pretendemos tornar o YCN (“Yokohama Club
Network”) num projeto de maior relevância
no presente e no futuro próximo. u
40 | Revista dos Pneus | Março 2019
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Estamos presentes nas redes sociais:
Empresa
Casa nova,
Com as instalações de 8.000 m 2 ainda a cheirar a novo, a Dispnal partiu para 2019
com a experiência dos 20 anos (cumpridos este ano) e com a ambição de quem
sabe adaptar-se à evolução dos tempos
Por: Jorge Flores
42 | Revista dos Pneus | Março 2019
Dispnal
vida nova
ainda não houve lugar a uma inauguração
oficial. Tudo a seu tempo. “Pouco a pouco,
estamos a adaptar-nos às instalações e às
novas tecnologias que também implementámos
na empresa, em termos de software,
de modo a acelerar os processos e a termos
uma leitura mais rápida de tudo o que se
passa”, explicou Rui Chorado à Revista dos
Pneus. Com a introdução de um novo sistema,
a empresa consegue monitorizar os
serviços diários e, com base neste registo,
maximizar a atividade. Segundo o responsável,
o investimento nas novas instalações
deveu-se à necessidade de corresponder ao
mercado. “Hoje em dia, é muito exigente.
Desde a compra até à logística para fazer a
respetiva entrega”, adiantou Rui Chorado.
O objetivo, portanto, é procurar otimizar os
serviços, sempre em benefício do cliente.
“Tentaremos extrair o maior retorno possível
do investimento realizado, apresentando
uma variedade de produtos, correspondendo
ao que o mercado exige em termos
de marcas premium, quality e budget”, disse.
A logística da Dispnal, hoje, divide o stock
de pneus pelos dois espaços. Na nova casa,
ficam as gamas de ligeiros, comerciais e 4x4.
Já o armazém original está ocupado com as
linhas de produto para camião (jantes incluídas),
industriais, agricultura e câmaras de ar.
◗ À CONQUISTA DA EUROPA
A mudança de instalações implicou, também,
uma alteração nas rotinas da própria
empresa. Desde logo, obrigou ao aumento
dos recursos humanos. “Temos vindo a preparar-nos.
Somos mais rápidos nas entregas.
Desde a mudança, já admitimos alguns colaboradores,
essenciais na componente da
função logística”, contou. Outra das novas
conquistas é o reforço das vendas de pneus
na Europa, onde a empresa já comercializa,
“quase semanalmente”, através das
suas plataformas. Além disso, “dispomos
de uma empresa já instalada em Madrid e
Rui Chorado (ao centro) acompanhado pelos
filhos, Rute Chorado e Rui Miguel Chorado
As áreas são amplas e limpas, dominadas
pelo branco. E arejadas.
Cheiram a novo e a recomeço.
Nas novas instalações da Dispnal,
a dois passos do Porto, respiram-se os
ares de renovação de uma casa que conta
já com 20 anos de presença no mercado
nacional de pneus. Desde outubro que a
empresa, fundada por Rui Chorado, ocupa
este espaço, com 8.000 m 2 – aos quais se
juntam os 4.000 m 2 do armazém, em Valpedre,
onde eram as anteriores instalações, e
que se mantém ativo. As operações do dia
a dia tiveram início logo nesse mês, mas
www.revistadospneus.com | 43
Empresa
Dispnal
com uma equipa comercial constituída por
cinco pessoas. Estamos a tentar desenvolver
o negócio à medida que este se vai proporcionando”,
garantiu Rui Chorado, revelando
ainda que a exportação tem, atualmente,
algum significado no negócio da Dispnal,
registando um crescimento constante.
◗ CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO
Rui Chorado prefere fugir a nostalgias
quando questionado sobre o estado atual do
negócio dos pneus em Portugal. “Entendo
que, como distribuidores, temos de estar
preparados para interpretar as alterações
do mercado, nomeadamente com a web,
com mais informação (por vezes, demasiada)
e atuar. Se conseguirmos fazer isso,
vencemos”, garantiu. Uma vez que o tema
é a “adaptação aos novos tempos”, impõe-
-se a questão. Como encara Rui Chorado o
futuro da empresa? “Passa por trabalharmos
sempre como temos vindo a fazer até hoje.
Por continuarmos a ser uma empresa reconhecida
pelo cumprimento da nossa parte.
E queremos ter uma relação mais profundada
com os nossos clientes, sobretudo, na
forma de darmos mais informação e preparação
técnica sobre os produtos”, adiantou.
Não por acaso, as novas instalações
dispõem de uma ampla sala de formação.
A Dispnal conta, no seu portefólio, com marcas
como, TRIANGLE, LEAO, LINGLONG, MI-
RAGE e POWERTRAC, todas elas com fabrico
em unidades de produção de vanguarda
em países de custos controlados, para o
segmento budget; das PETLAS e NANKANG,
entre as quality; e a TOYO a encabeçar a linha
premium. Rui Chorado está satisfeito com as
gamas que comercializa, mas apesar de não
estar a ponderar “recrutar” mais nenhuma
marca, não fecha a porta, no entanto, ao aumento
do catálogo da empresa, consoante
as necessidades transmitidas pelo próprio
mercado.
◗ LEGADO FAMILIAR
Num mundo cada vez mais digital, Rui
Chorado continua a acreditar na importância
das relações interpessoais, sejam
elas feitas através das formações, das
feiras do setor, das viagens profissionais,
ou, simplesmente, do quotidiano da
própria empresa. “Porque é nas relações
humanas que as empresas devem continuar
a apostar”, sublinhou o responsável.
O fundador da Dispnal tem a seu lado os
filhos. O legado familiar está, portanto, bem
assegurado. Rute Chorado, no controlo da
parte financeira (são mais de 2.400 clientes
em Portugal e 800 em Espanha) e Rui Miguel
Chorado, que tem a seu cargo o departamento
comercial. “Já cá estão há 19 anos.
Vivem isto intensamente. E está na altura
de tomarem conta disto, devido ao crescimento
que a empresa pretende no futuro”,
concluiu. u
Dispnal
Administrador Rui Chorado | Morada Rua da Zona Industrial de Baltar, Lote B3, 4585 - 013 Baltar | Telefone 255 617 480
Email geral@dispnal.pt | Site www.dispnal.pt
44 | Revista dos Pneus | Março 2019
Empresa
Presença lusitana
Em janeiro de 2019, a Recambios Frain assumiu uma presença física em Portugal.
Francisco Dorado Vizcaíno, responsável da empresa espanhola no nosso país,
acredita que os mercados são complementares
Por: Jorge Flores
A
Recambios Frain nasceu em 1992,
em Lugo, Espanha, a partir da experiência
de Francisco Dorado
López, pai do atual responsável
da empresa em Portugal, Francisco Dorado
Vizcaíno, no mundo das peças de reposição.
Na altura, a empresa apresentava-se no mercado
“como fornecedora global das oficinas,
oferecendo todos os tipos de produtos, serviços
e assessoria de que estas necessitam
para o desenvolvimento do seu negócio”,
começa por explicar o responsável à Revista
dos Pneus. A aposta presencial no nosso país
é recente. “Embora tenha existido sempre
um bom relacionamento com os clientes
em Portugal, o nosso volume de negócios
é muito pequeno, mesmo em 2018. Para
nós, 1 de janeiro de 2019 foi o primeiro dia
da Frain em Portugal”, afirma.
w MERCADOS COMPLEMENTARES
Francisco Dorado Vizcaíno acredita que o
mercado nacional de pneus é interessante
“por várias razões”. Quais? “A nível geral, trata-
-se de um mercado em clara recuperação e
que complementa muito bem o espanhol.
Tem muitas sinergias, existem muitas coisas
semelhantes... e outras muito particulares,
claro”, sublinha. “Logisticamente, acreditamos
que temos muito a contribuir, porque
o eixo Atlântico é um dos maiores corredores
da Península e a união de Portugal e
da Galiza sempre esteve lá”, adianta. Além
disso, “comercialmente, para nós, o mercado
português é muito interessante, dado que
permite desenvolver produtos que temos,
exclusivamente, em Espanha e expandi-los
para outros mercados, ganhando volume”,
acrescenta o responsável.
46 | Revista dos Pneus | Março 2019
Recambios Frain Portugal
Em termos geográficos, “embora tenhamos
o nosso armazém na zona norte (e as raízes
também são de lá), visitamos todo o país. Os
nossos planos passam por, daqui a alguns
anos, ter outra pequena loja, em Lisboa”,
perspetiva Francisco Dorado Vizcaíno.
w DE LUGO PARA PORTUGAL
O sistema de entregas tem funcionado
“muito bem”, garante o responsável. “É uma
das razões pelas quais estamos em Portugal.
A logística que tínhamos, até agora, apenas
nos permitia chegar a Portugal, no caso dos
pneus de maiores dimensões, em 48 a 72
horas. Chegou mesmo a demorar entre
quatro a cinco dias, porque, em Espanha,
afinal, tudo passa por Madrid”, conta. “A
nossa abordagem, agora, é seguir, diretamente,
de Lugo para Portugal e entregar,
em todo o país, entre 24h e 48 horas”, diz.
A empresa dispõe de stock em Portugal,
mas apenas da marca Nokian e na gama
Francisco Dorado Vizcaíno (à dta. na foto ao lado),
gerente da Recambios Frain Portugal, com José
Francisco Dorado López, gerente da Recambios
Frain, que nasceu, em Lugo, no ano de 1992
de turismo. “Outra razão pela qual criámos a
empresa foi o apoio da Nokian. Na verdade,
uma das razões mais importantes. É por isso
que estamos a trabalhar com eles, tentando
desenvolver o conceito de negócio que eles
querem implementar no sul da Europa. E
acreditamos firmemente nele”, enfatiza.
Francisco Dorado Vizcaíno explica ainda
que a bandeira da empresa é a Nokian. “É
a única marca premium que consegue ter
uma distribuição lógica, que agrega valor
ao mercado, ao contrário de outras. Trabalhamos
também, exclusivamente, com o Giti
Tire e esperamos incorporar mais algumas
marcas no nosso portefólio exclusivo para
Portugal. De resto, seguindo o que temos em
Espanha, trabalhamos com Michelin, Bridgestone,
Alliance, Goodyear, Kleber, Touro,
Speedways, Trelleborg, Mitas, Cultor, Camso,
Linglong, Cooper, Pirelli, Cachland e Nereu.
O nosso portefólio é bem amplo. Até temos
a nossa própria marca, Pezzas”, elenca.
w MAIS DO QUE FORNECEDORES
A empresa dispõe de produtos nas áreas
premium, quality e budget. “Na nossa filosofia,
somos sempre capazes de oferecer
todas as alternativas possíveis aos clientes.
Estamos a falar de pneus, mas somos muito
mais”, assegura Francisco Dorado Vizcaíno,
que não tem dúvidas de que a Recambios
Frain é uma empresa “completamente distinta”
da concorrência. “Para o bem e para
o mal. A principal diferença é que estamos
100% envolvidos com as necessidades do
cliente. Esperamos que nos vejam como
um parceiro e não como um fornecedor.
Em Espanha, oferecemos aos clientes um
serviço completo: peças sobressalentes
de todos os tipos, ferramentas, maquinaria,
óleos. Damos-lhes conselhos técnicos
sobre as reparações dos seus veículos e
em qualquer processo que precisem. No
final, “esperamos que um bom cliente nosso
tenha, num único fornecedor, tudo o que
precisa para desenvolver o seu negócio. A
tudo isto, acresce que procuramos marcas
diferenciadoras e que o nosso cliente ganhe
sempre margem na sua oficina e possa ter
um negócio rentável”, explica.
As expectativas para 2019, ano de arranque
em Portugal, são cautelosas. “Não temos
grandes expectativas. Não precisamos de
correr e queremos fazer as coisas bem. Queremos,
acima de tudo, prestar um melhor
serviço aos clientes de que já dispomos e
poder desenvolver mais negócios com eles.
Além disso, é claro, em áreas onde não estamos,
encontrar parceiros com os quais possamos
desenvolver o nosso negócio. Será
um ano de implementação, talvez dois, pelo
que estamos certos de que não veremos
grandes resultados”, remata. u
www.revistadospneus.com | 47
Ok Pneus
UMA GRANDE CASA
Há casas grandes. E grandes casas. A Ok Pneus, parceiro Falken em Coimbra,
enquadra-se na segunda tipologia, graças à qualidade do serviço prestado, à
seriedade dos seus quatro colaboradores e aos 17 anos que tem de mercado
A
Ok Pneus foi inaugurada em 2002,
no local onde, atualmente, se encontra.
“Na altura, o nosso antigo
patrão dispunha de três casas
(Coimbra, Vila Real e Lisboa). A Ok Pneus
é uma casa que tem, por isso, um passado
ligado ao antigo patrão, que foi proprietário
da Hiperpneus em Portugal, no tempo do
Luís Filipe Vieira, atual presidente do Sport
Lisboa e Benfica. A casa projetou-se nesse
sentido. Tinha bom nome, bons fornecedores,
bons funcionários e estava localizada
num bom sítio em Coimbra”, começa por
revelar Luís Nunes, tio e braço direito do
gerente, Luís Rolo. “Fomos desenvolvendo o
nosso trabalho, até que chegou a altura do
meu sobrinho ‘pegar’ no negócio quando o
antigo patrão propôs que ficássemos com
esta casa. No dia 2 de fevereiro de 2014, a
Ok Pneus passou a ter uma nova administração,
sendo o registo comercial LRP - Pneus,
Lda. No fundo, a administração passou para
as mãos de um antigo colaborador da Ok
Pneus, que manteve a equipa que existia
anteriormente”, explica Luís Nunes, que tem
mais de 30 anos de experiência no setor. Já
o seu sobrinho, Luís Rolo, conta com 12 anos
de atividade na área dos pneus.
Equipamentos de topo
Com cerca de 250 m 2 de área, a Ok Pneus
dispõe de um pequeno stock ajustado às
necessidades do dia a dia e conta com
equipamentos de topo, onde se inclui uma
máquina para lidar com pneus Run Flat, um
elevador e duas passadeiras. A casa trabalha
com qualquer marca de pneus, mas as
premium são as que reúnem o maior volume.
A Falken ocupa um lugar de destaque,
por via da parceria estabelecida, em 2014,
com a AB Tyres. Embora, ocasionalmente,
faça serviços de pneus de moto, pesados
e agrícolas (quando é necessário, desloca-
48 | Revista dos Pneus | Março 2019
Publireportagem
PARCERIA COM A AB TYRES
FALKEN ESTÁ PARA LAVAR E DURAR
Antes da parceria estabelecida com a AB Tyres, há quase
cinco anos, a Ok Pneus já tinha relações comerciais com
o Grupo Alves Bandeira, uma vez que adquiria outras
marcas do seu vasto portefólio. “Em 2014, intensificámos
a nossa relação com a AB Tyres através da Falken. E
estamos convencidos que vamos trabalhar muitos anos
com a marca”, dá conta Luís Nunes. Em 2018, foram
mais de 1.000 os pneus Falken vendidos. Para 2019,
a Ok Pneus pretende ultrapassar este número. Mas os
tempos aconselham a ter algum cuidado com as projeções,
uma vez que o poder de compra do consumidor
está aquém do desejável. No entanto, “Falken é um pneu
bem aceite pelos condutores. Entrou bem no mercado
e apresenta uma excelente relação qualidade/preço.
Quem experimenta Falken, fica satisfeito e não quer
mudar. Temos muitos clientes que nos pedem Falken.
Muitas vezes, nem precisamos de aconselhá-la.”, revela
o responsável. Da parceria estabelecida com a AB Tyres,
Luís Nunes destaca ainda “os eventos que o distribuidor
organiza, o apoio que presta e o facto de proteger a
sua rede, que está, geograficamente, bem distribuída.
Nenhum parceiro Falken faz concorrência entre si na
mesma região. O que é, de facto, uma mais-valia”.
-se onde o cliente estiver), o forte da casa
conimbricense são os pneus ligeiros. “Nos
meses mais fortes, entram-nos pela porta
cerca de 15 a 20 viaturas por dia”, afirma
Luís Nunes. Que acrescenta: “Há 18 anos que
trabalhamos com a LeasePlan. Somos nós
que equipamos as viaturas desta gestora
de frotas na nossa região”.
Assumindo que a Ok Pneus é já uma grande
marca em Coimbra, o responsável revela que
a casa faz “alguma mecânica ligeira, como
mudanças de óleo e colocação de pastilhas”.
Mas mais de 90% do seu volume de
negócios, está relacionado com serviços de
OK PNEUS
Gerente
Luís Rolo
Morada
Av.ª Fernão de Magalhães, 587,
3000 – 178 Coimbra
Telefones
239 854 850, 962 056 804,
926 253 258
Email
luis_ok@sapo.pt
pneus. “Somos uma casa de pneus na verdadeira
aceção da palavra. Não uma oficina”.
A terminar, Luís Nunes frisa que a Ok Pneus
“é muito conhecida também fora de Coimbra.
Chegam-nos clientes de localizações
mais distantes, como, por exemplo, Lisboa
e Porto. A área que tem as nossas instalações
e o serviço que prestamos, permitem-nos
fidelizar os clientes”. E deixa um desabafo:
“Se 2019 for igual a 2018, já não é mau. O
mercado não está fácil. O poder de compra
do consumidor diminuiu A concorrência,
essa, não nos assusta. Até é salutar e faz-
-nos evoluir”. u
www.revistadospneus.com | 49
Produto
Reforço de peso
A Sicam é, atualmente, a única marca de equipamentos de roda comercializada pela
Leirilis. A sua inclusão no portefólio vem fortalecer a imagem da empresa de Leiria
no mercado, reforçando a sua posição enquanto fornecedora global para a oficina,
quer a nível de produtos e equipamentos quer a nível de serviços
Por: Bruno Castanheira
Fundada, no ano de 1975, em Correggio,
na província de Reggio Emilia,
por quatro parceiros de negócio que
produziam apenas máquinas para
trocar pneus numa pequena garagem, a Sicam
dispõe, hoje, de um amplo portefólio de
produtos, no qual se destacam as desmontadoras
e calibradoras de pneus (tanto para
veículos ligeiros como para pesados), assim
como máquinas de alinhamento e elevadores.
De acordo com Maria Irene Alletto, sales area
manager da marca italiana, “uma década após
a sua criação, a Sicam começou a comercializar,
também, as primeiras equilibradoras
de roda. Em 1998, após um crescimento e
desenvolvimento contínuos, o grupo fez a sua
primeira aquisição: a FACOM”. Mas, segundo
a responsável, “a aquisição mais relevante
para a Sicam foi a sua compra por parte do
Grupo Bosch GmbH, em 2007, que lhe permitiu
implementar e desenvolver conceitos
qualitativos e produtivos de vanguarda, que
nunca haviam sido implementados pelo setor
anteriormente”. Hoje, afirma, “a Sicam faz
50 | Revista dos Pneus | Março 2019
Sicam
parte de outro grupo, o BASE, que é um dos
maiores do setor, tendo sido mantidos os sistemas
de produção e de qualidade”. A Sicam
está presente em 120 países. Na sua sede,
em Correggio, operam 160 colaboradores,
número que sobe para 500 se considerarmos
todo o Grupo BASE.
Ana Rita Soares, do departamento de marketing
da Leirilis, explica que “entre as maiores
inovações tecnológicas da marca Sicam, está a
nova linha de desmontadoras de pneus: Falco
EVO 620, Falco EVO 624 e Falco EVO 628”. Para,
de seguida, acrescentar: “Embora a nova Série
S mantenha especificações técnicas semelhantes
às da faixa anterior, as desmontadoras
apresentam uma nova construção, com vários
benefícios, incluindo a possibilidade de
o cliente escolher a configuração que melhor
atende às suas necessidades, com melhor
acesso para manutenção, a fim de reduzir o
tempo de inatividade”. De acordo com a responsável
da Leirilis, “com este equipamento,
os clientes podem operar uma ampla gama
de jantes - 20” a 28” - com uma versão central
também disponível. O sistema de destalonamento,
além do tradicional sistema de pedal,
incorpora o preciso e potente sistema Ergo
Control (patenteado)”.
w INÚMERAS FUNCIONALIDADES
Entre os acessórios disponíveis em toda a
gama de desmontadoras, encontram-se o
Tecnoroller NG (equipado com duplo controlo
nos pontos de enchimento entre garras
para facilitar a montagem, mesmo dos pneus
mais difíceis) e o Sidelift (elevação da roda
alojada em baixo do braço) do interruptor
do calcanhar, que reduz o tempo necessário
para o movimento, auxiliando o operador nas
manobras de elevação. “O design e as funções
também foram atualizados para a nova linha
de equilibradores de rodas: ecrã sensível ao
toque WAVE 5 e ecrã digital WAVE 5”, afirma
Ana Rita Soares. Segundo elenca, “as inovações
introduzidas nestes dois dispositivos
incluem: uma bandeja com maior superfície,
que oferece mais espaço para ferramentas;
uma proteção automática da roda, que incorpora
os sistemas de medição da largura da
roda e posicionamento do contrapeso; um
laser interno para posicionamento preciso de
contrapesos adesivos e de mola; uma função
de stop na parte superior para colocar a roda
na posição correta”.
A interface do utilizador incorpora um fluxo
de trabalho que reduz, significativamente, os
tempos de seleção de programas. A versão
touchscreen, além de um sistema de diagnóstico
inteligente, também incorpora conectividade
plug&play. “Já a gama de desmontadoras
de pneus para pesados, dispõe do modelo
Jumbo TCS 60 com ferramenta atualizada. O
seu nov o design, desenvolvido com o benefício
da experiência de algumas das maiores
empresas do setor, oferece um trabalho mais
fácil e mais preciso sobre as rodas agrícolas
instaladas na última geração de tratores e
outros equipamentos agrícolas”, explica Ana
Rita Soares. Que revela outra novidade para
os alinhadores: “O SA 823 apresenta um footprint
minimizado, que permite que a área de
alinhamento das rodas seja, também, usada
para trocar os pneus. O SA 685 Mobile, com
sistema de sensores CCD, pode, agora, ser
conectado a qualquer PC Windows, especialmente
portáteis, para aumentar a mobilidade,
oferecendo diferentes utilizações na oficina”.
w AUMENTAR A NOTORIEDADE
Com a saída da Bosch na comercialização de
equipamentos de roda, a Leirilis teve necessidade
de encontrar outro fornecedor que
garantisse a mesma qualidade e variedade
de produto. Sendo a Sicam um dos principais
fabricantes de equipamentos para oficinas
de serviço de pneus e passando a sua estratégia
pela inovação e qualidade dos serviços
e produtos, bem como por uma forte aposta
em I&D (investigação e desenvolvimento), a
Leirilis chegou à conclusão que esta marca
seria o fornecedor ideal para colmatar a lacuna
existente. “A Sicam pretende fortalecer a
sua presença no mercado português, vendo
na Leirilis um parceiro à altura do desafio,
tornando-a, assim, no distribuidor do seu
equipamento em Portugal”, sublinha Ana
Rita Soares. Maria Irene Alletto subscreve as
palavras da responsável do departamento de
marketing da Leirilis: “Durante a fase de transição
do Grupo Bosch para o novo proprietário,
foram feitas muitas análises de mercado para
identificar os melhores players capazes de
representar a nossa marca, tanto em termos
de estrutura interna como de competências
comerciais e técnicas. A Leirilis tinha as características
que procurávamos em termos de
estrutura, competências e profissionalismo”.
A Sicam vem fortalecer a imagem da Leirilis
no mercado, reforçando a empresa de Leiria
como fornecedora global para a oficina, quer
a nível de produtos e equipamentos quer a
nível de serviços. E que objetivos traçou a
Leirilis para a Sicam? “Pretendemos posicionar
a Sicam no mercado como uma marca que
oferece uma excelente relação qualidade/
preço, que disponibiliza uma vasta gama de
produtos, conseguindo satisfazer as necessidades
da oficina que está a iniciar a sua aposta
no setor dos pneus, com equipamentos mais
acessíveis, bem como as necessidades de uma
oficina em que a sua atividade principal seja a
mudança de pneus, através da oferta de produtos
de topo ao nível da tecnologia. Outro
objetivo passa por aumentar a notoriedade
da marca no mercado português, tornando-a
numa referência enquanto fornecedora de
equipamentos de roda”, refere Ana Rita Soares.
Maria Irene Alletto completa: “O objetivo
é, juntamente com a Leirilis, tornar a Sicam
na marca de referência para os especialistas
do setor. Queremos que a Sicam seja o investimento
mais válido para os especialistas de
pneus. Hoje, a estratégica da marca passa
por trabalhar apenas com um único representante
por cada país. Neste caso, Leirilis e
Sicam falam a uma só voz e têm um rosto
comum no mercado português”. u
www.revistadospneus.com | 51
Notícias
Empresas
EUROMASTER abriu 10 novos
centros de serviço
A rede EUROMASTER continua o seu plano de expansão
de negócio em Portugal com a abertura de 10 novos
centros, em diferentes pontos do país. O plano estratégico
da empresa centra-se em três pilares principais:
expansão da rede, evolução do modelo de negócio
e satisfação do cliente. Com a recente abertura dos
novos centros EUROMASTER, através do seu modelo
de franchising, consegue estar cada vez mais próximo
dos clientes. Os novos centros estão adaptados às
novas realidades do mercado, contando com bons
equipamentos e profissionais especializados. Não só
em pneus, como, também, na manutenção de veículos
ligeiros e pesados. No total, são 71 centros de serviço,
incluindo já as novas incorporações: Sobralpneus
Carregado; Sobralpneus Carregado (II); Sobralpneus
Cartaxo; Sobralpneus Alverca do Ribatejo; Sobralpneus
Sobral de Monte Agraço; Pneutorres Torres Vedras;
Auto Pereira Lisboa; Vale Fernandes Nespereira; Vale
Fernandes Lourosa; Vale Fernandes Guimarães. Os novos
centros estão em processo de evolução e estão
a ser acompanhados pela equipa de Consultores da
Franquia Euromaster, para adotar os métodos, a oferta
e os valores chave da rede (profissionalismo, honestidade
e apoio ao cliente), que nutrem um benefício
essencial: confiança.
Nova diretora geral
da Michelin España Portugal
Desde o dia 1 de março que Mª Paz Robina Rosat é a nova Diretora Geral de Michelin España
Portugal S.A. Sucede ao que foi o responsável máximo da multinacional em Espanha e Portugal
durante os últimos 15 anos, José Rebollo, que passa à reforma. Licenciada em Ciências Químicas
pela Universidade de Valladolid, Mª Paz Robina ingressou na Michelin em 1988, ano em que
passou a integrar a fábrica do grupo em Vitoria. Ali, ocupou diferentes cargos de gestão no seio
dos departamentos de qualidade e fabrico. Após a sua passagem por Vitoria, transferiu-se para a
fábrica de Aranda de Duero, em 1993, onde voltou a assumir diferentes cargos de responsabilidade
durante 11 anos, terminando como Diretora de Qualidade. Ao longo das suas mais de três
décadas de experiência na Michelin, Mª Paz Robina também passou pelos escritórios centrais de
Valladolid, onde, a partir de 2004, lhe é confiada a Direção de Pessoal da Michelin em Espanha e
Portugal. Em julho de 2009 regressa a Aranda de Duero, onde se torna na primeira mulher a ocupar
um cargo de Direção de Fábrica na Michelin Espanha. Por último, e antes de nomeada para o
cargo da direção geral da empresa, regressou a Vitoria, em agosto de 2016, para dirigir o Centro
Industrial da Michelin em Álava, um dos maiores do Grupo a nível mundial.
Gripen Wheels Ibéria
emitiu comunicado
A Revista dos Pneus recebeu, por parte da Gripen Wheels
Ibéria, um comunicado, que divulgamos neste espaço.
“Vem, por este meio, a Gripen Wheels Ibéria informar que
a empresa Gripen Wheels AB, acionista única, decidiu que
a Gripen Wheels Ibéria continuará a sua atividade normal.
Assim, continuaremos a estar à vossa inteira disposição
para cooperar, com a qualidade dos nossos produtos aos
melhores preços. Queremos agradecer a todos os nossos
clientes, que contribuíram para o sucesso da empresa”.
Interstate: cinco anos de garantia
e seguro contra todos os riscos
A Safame Comercial, distribuidor exclusivo da Interstate Tires para Portugal e Espanha,
apresentou a garantia adicional de cinco anos e o seguro contra todos os riscos no primeiro
ano. A Interstate Tires é uma marca pertença da TBC, cuja estrutura é composta
por uma joint-venture estabelecida entre a Michelin North America, Inc. e a Sumitomo
Corporation of America, sediada em Palm Beach, na Flórida, contando com mais de
45 anos na indústria dos pneus. Atualmente, a Interstate Tires é comercializada em
mais de 73 países e conta com uma gama composta por mais de de 550 dimensões
de verão, inverno e All Weather para viaturas de turismo, SUV, 4x4, crossover, furgões,
competição, camião pesado e ligeiro. Agora, os utilizadores da marca norte-americana
poderão usufruir de uma garantia adicional e de um seguro que cobre imprevistos,
como ruturas e furos irreparáveis do pneu. O ponto de venda Interstate Tires poderá
oferecer este serviço sem custo aos clientes com o cartão de garantia, um documento,
com formato de “Passaporte Americano”, que permitirá fazer uma correta manutenção
dos pneus, reforçar a fidelidade utilizador/oficina e gerar mais oportunidades de negócio
no ponto de venda. Este serviço fica disponível, em exclusivo, através da Safame
Comercial.
52 | Revista dos Pneus | Março 2019
Pneus Bridgestone equipam
novo elétrico Audi e-tron
A Audi elegeu a Bridgestone para fornecer seis pneus diferentes,
com medidas entre 19’’ e 21’’ (quatro de verão e duas de inverno),
para equipar, de origem, o seu novo SUV elétrico. Em conjunto, as
duas empresas definiram uma lista de necessidades que destacam as
particularidades do novo modelo, desde a sua aceleração espetacular
ao conforto e silêncio da condução, garantindo, ao mesmo tempo,
o maior nível de segurança sem ceder o excelente desempenho.
A autonomia é um dos aspetos mais relevantes dos veículos totalmente
elétricos. Esta situação só é possível com uma resistência
ao rolamento reduzida. Uma área na qual os pneus Bridgestone
foram galardoados com a classificação “A”, segundos parâmetros
da EU. Estes pneus integram-se na perfeição no novo Audi e-tron,
permitindo viagens até 400 km com uma única carga da bateria.
Oferecem ainda um nível de desgaste excecional e potenciam as
características do e-tron, de forma a aumentar o prazer de conduzir
e a experiência vivida a bordo.
Hankook Tire
divulgou resultados relativos a 2018
O fabricante de pneus Hankook Tire atingiu um volume de vendas de
6.790.000 milhões KRW (cerca de 5.230 milhões de euros) e um lucro operacional
de 703,7 mil milhões de KRW (cerca de 541,9 milhões de euros) durante
o ano de 2018. Tais resultados deveram-se, também, ao aumento do
volume de vendas de pneus com grandes diâmetros (superiores a 17”) nos
principais mercados, como Europa e EUA. A tecnologia global de ponta da
Hankook Tire, assim como a qualidade superior dos seus produtos, favoreceram
o crescimento do volume de vendas, de 3,9%, em comparação com
o ano anterior na Europa e nos EUA para pneus grandes e para viaturas de
turismo e SUV, com diâmetros de 18”, o que equivale a uma percentagem
de 52,3% dos pneus de turismo vendidos no total. Os canais de distribuição
otimizados no mercado sul-coreano contribuíram, especialmente no
quarto trimestre, para o crescimento do negócio de reposição e para uma
percentagem maior do volume de vendas de pneus de grande diâmetro.
O negócio de equipamento original para SUV e o crescimento das vendas
de veículos japoneses nos EUA também contribuíram de forma muito positiva.
A procura geralmente decrescente no mercado chinês, levou a um
declínio no volume de vendas no negócio de pneus de reposição e equipamentos
originais, com consequências negativas para o resultado geral.
A Hankook Tire visa alcançar um volume de vendas de KRW 7,4 triliões e
um resultado operacional de KRW 750.000 durante o ano fiscal de 2019.
PUB
www.revistadospneus.com | 53
Notícias
Empresas
Feira The Tire Cologne 2020
mostra a sua força
Embora faltem ainda 16 meses para a realização da edição
de 2020 da feira The Tire Cologne, a organização já fez saber
que a área expositiva está mais de 50% ocupada. A nova feira
líder do setor internacional de pneus e rodas já está a mostrar,
de forma inequívoca, a sua força: a primeira fase de reserva
de espaço expirou no final de janeiro e a área ocupada de
exposição situa-se acima dos 50%. De 9 a 12 de junho de 2020,
em Colónia, serão mais de 130 as empresas participantes. De
acordo com a organização, no total, esperam-se, aproximadamente,
que 600 empresas e marcas oriundas de mais de
45 países venham à cidade alemã para percorrer os cerca de
80.000 m 2 de área de exposição.
Grupo Michelin divulgou
resultados financeiros
Em 2018, num contexto difícil, o Resultado Operacional dos Setores foi de 2.775
milhões de euros, ou seja, mais 304 milhões de euros, o que representou um crescimento
de 11% a taxas de câmbio constantes. Jean-Dominique Senard, presidente,
declarou que, “em 2018, num ambiente económico difícil, o Grupo Michelin deu
mostras da sua capacidade para melhorar o seu resultado operacional e confirmar
o crescimento do Cash Flow livre estrutural obtido desde há vários anos. O
ano passado marca, também, um acelerar da implementação da estratégia do
grupo, com as aquisições da Fenner e da Camso, bem como com a criação da empresa
conjunta de distribuição TBC nos EUA: estas operações fortalecem o grupo
em mercados chave e oferecem-lhe novas oportunidades de criação de valor”.
Em 2019, espera-se que os mercados de turismo e comerciais exibam diferentes
evoluções, com um crescimento moderado na substituição e uma diminuição em
equipamento de origem. Espera-se, também, que os mercados de camião se mantenham
globalmente estáveis, com uma menor procura na China. Os mercados de
mineração, aviões e duas rodas deverão continuar a evoluir positivamente. Tendo
por base das taxas de câmbio de janeiro de 2019, o efeito esperado dessas taxas
sobre o resultado operacional será ligeiramente favorável.
ALTARODA tem novo equipamento
da Mondolfo Ferro
Responde pelo nome de MT 3900 Touchless a nova equilibradora
de rodas da Mondolfo Ferro, que está disponível
na empresa liderada por Vítor Rocha. Trata-se de um equipamento
topo de gama para equilibrar rodas, desenvolvido
de acordo com a mais recente tecnologia e design, que o
tornam numa das mais rápidas equilibradoras do mercado.
A interface gráfica e a tecnologia touchscreen em monitor
de 22” widescreen simplificam e aceleram as operações
e a seleção dos programas de trabalho, onde nenhuma
operação manual é exigida ao profissional. Equipada
com um sistema “combinado” composto por um sensor
de laser interno e um sensor sonar externo, a MT 3900
Touchless deteta, automaticamente, as dimensões das
rodas, permitindo ainda simplificar todas as operações
para o posicionamento dos contrapesos adesivos. A MT
3900 Touchless vem ainda equipada com um Apontador
Laser (patenteado pela Mondolfo Ferro), que indica, com a
máxima precisão, a posição de aplicação dos contrapesos.
Vulco realizou
convenção anual em Málaga
A Vulco, rede de oficinas apoiada pela Goodyear Dunlop, especializada em pneus
e mecânica rápida, apresentou as suas novidades e planos para 2019 durante a sua
convenção anual, realizada, no passado mês de fevereiro, em Málaga. O evento,
levado a cabo no Gran Hotel Miramar, sob o lema “E-motion”, reuniu mais de 300
participantes, vindos de diferentes pontos de Espanha e Portugal onde a rede tem
presença. Num ambiente privilegiado, a Vulco partilhou ações e prioridades para
este ano, focadas na geração de negócio e em novas ferramentas de trabalho para
satisfazer as necessidades dos clientes.
Mario Recio, diretor da Vulco, aproveitou o conceito “E-motion” para falar sobre
“a transformação sem precedentes que o setor está a viver, as novas fórmulas de
mobilidade e as tendências que vão mudar para sempre a indústria automóvel”.
Realçando que, “no futuro, o automóvel será partilhado, autónomo, conectado e
elétrico”, destacou o importante papel da tecnologia enquanto criadora de oportunidades
e não abdicou do conceito de que “o foco deve estar no utilizador final
e nos seus novos hábitos de compra e de consumo”. Concluiu a sua intervenção
motivando a rede a “adaptar-se às mudanças de modo natural e progressivo, sem
se distrair do dia a dia e preparando-se para o futuro, para continuar a liderar o
mercado, a indústria e o retail”.
Outro dos pontos de interesse para os participantes foi a feira de fornecedores, em
que os principais colaboradores da rede apresentaram os seus produtos e novidades
aos associados. O evento terminou com um jantar de gala, no Museu Automóvel
e da Moda de Málaga.
54 | Revista dos Pneus | Março 2019
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revistapneus_fevereiro_impressao.pdf 2 18/02/2019 17:19:35
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Notícias
Empresas
Michelin presente no Salão Agraria 2019
A Michelin esteve presente com a sua gama de pneus agrícolas na Agraria
2019, feira dedicada a maquinaria agrícola, que teve lugar de 30 de janeiro
a 2 de fevereiro, em Valladolid. Entre os produtos expostos, destacaram-se:
Michelin RoadBib, pneu especificamente desenvolvido para explorações
agrícolas que façam uso intensivo em estrada e requeiram altas prestações
em termos de duração e de tração; Michelin EvoBib, pneu que
evolui em função das condições de utilização, transformando-se para
melhorar a transmissão da potência útil, aumentar a produtividade e
poupar combustível. Consegue-o graças à inovadora tecnologia “Adaptative
Design Technology” (ADT, tecnologia de desenho adaptativo), que
permite transformar a forma e o perfil do pneu em função da pressão de
enchimento, oferecendo, assim, as melhores prestações tanto no campo
como em estrada; Michelin AxioBib 2, especialmente desenvolvido para
trabalhos pesados e de transporte, é o melhor pneu para a proteção dos
solos, graças a três características fundamentais: melhor capacidade de
carga do mercado na sua categoria, elevada tração no campo a baixa
pressão e compatibilidade com os sistemas de tele enchimento, que
permitem escalonar a pressão para baixar até 0,6b no campo ou subir
até 2b em estrada.
Triangle Club
conta já com seis membros
Após terem passado cerca de três meses desde que a Tiresur lançou ao
mercado português a distribuição da marca Triangle em pneus ligeiros, o
portefólio tem sido aumentado com novas medidas e referências, como
é o mais recente caso da gama ADVANTEX, que vem confirmar uma
gama muito completa para Turismo, 4x4/SUV e Veículos Comerciais. A
marca está a ser muito bem recebida pelo mercado, sendo que a Tiresur
já conta com seis membros em Portugal na sua nova rede Triangle
Club. Seis oficinas que depositaram a sua confiança no distribuidor e na
marca, comprometendo-se com ela e com o objetivo de beneficiar de
todas as vantagens por pertencer ao clube: condições comerciais especiais,
merchandising oficial da marca, material de animação do ponto de
venda, viagem de incentivo e acesso a ofertas exclusivas, entre outros
benefícios. As oficinas têm valorizado que trabalhar com a Triangle é ter
a possibilidade de trabalhar com uma marca de qualidade a um preço
muito competitivo. “Queremos dar as boas-vindas aos novos membros
do Triangle Club e, também, os parabéns por formarem parte de um
projeto tão interessante e importante, que, seguramente, trará grandes
benefícios a todos. Na Tiresur, estamos comprometidos em aportar
e acrescentar valor ao negócio dos nossos parceiros”, referiu Armando
Lima Santos, diretor-geral da Tiresur Portugal.
Faleceu Carlos Viñas,
diretor ibérico da Falken
Foi com profunda tristeza e enorme pesar que a Revista dos Pneus recebeu
a notícia do falecimento de Carlos Viñas, diretor de Espanha e Portugal.
Ligado à Falken Tyre Europe desde 2010, Carlos não era apenas um parceiro
da nossa revista. Era, acima de tudo, um bom amigo. Simpático, educado,
prestável e competente, recordamos, com saudade, a apresentação dos
modelos Sincera SN832 Ecorun e Azenis FK453 Runflat, que decorreu, de
11 a 13 de março de 2014, no circuito de Ascari, situado nos arredores
de Ronda (Espanha), naquela que foi a última vez que estivemos com
ele. “A família Falken Tyre Europe lamenta o anúncio da morte de Carlos
Viñas, diretor de Espanha e Portugal, após a
sua luta exemplar contra a doença durante
um ano. Carlos Viñas juntou-se à Falken em
2010 e, durante o tempo que esteve connosco,
contribuiu, enormemente, para o sucesso que
a Falken dispõe, hoje, em Espanha, fazendo
parte do espírito Falken com o seu positivismo
e respeito”, pode ler-se no comunicado. “Carlos
não era apenas nosso colega. Era, também,
um bom amigo. Sentiremos, profundamente, a
sua falta. Todos os nossos pensamentos estão
com os seus amigos, familiares e colegas neste momento difícil. Queremos,
em nome da sua família e de nós próprios, agradecer todas as
manifestações de carinho e o envio de condolências que temos recebido
nestes dias difíceis”.
PremiumContact 6 da Continental superou
testes da Auto Zeitung
No novo teste de pneus de verão, o PremiumContact 6 da Continental liderou
com uma margem confortável. A revista alemã de automóveis Auto Zeitung comparou
o desempenho de nove pneus de verão e um All Season, na dimensão
235/45 R 18, em piso seco e molhado. O veículo de teste foi um Skoda Superb.
Na condução em piso molhado, o PremiumContact 6 alcançou 142 pontos em
150 possíveis, enquanto no teste em piso seco alcançou 135 em 150. Com uma
pontuação total de 277 em 300, o pneu da Continental conseguiu mais 30 pontos
do que o segundo classificado. “Máxima segurança, altos níveis de conforto e
uma precisão de direção superior” foram as conclusões dos especialistas da Auto
Zeitung. No total, os jornalistas de Colónia testaram 13 critérios diferentes. Juntamente
com os testes convencionais em estrada, puseram à prova a resistência
ao rolamento e os níveis de ruído do pneu. O PremiumContact 6 é um pneu de
verão para veículos ligeiros de passageiros. As dimensões atuais abrangem 120
variações, com aprovação para velocidades de até 300 km/h.
56 | Revista dos Pneus | Março 2019
Mitas exibiu novos produtos na SIMA 2019
A Mitas, parte do Grupo Trelleborg, apresentou os seus mais recentes pneus
agrícolas na feira internacional SIMA 2019, em Paris. O novo pneu SFT (Super
Flexion Tyre) é desenvolvido para os novos tratores e ceifeiras debulhadoras.
Os seus flancos, flexíveis, oferecem a capacidade máxima de carga de baixa
pressão, para melhorar a tração e otimizar a proteção do solo, mesmo com
equipamento mais pesado. O HCM amplia a gama de pneus municipais de
alta capacidade Mitas. Estes pneus são adequados para tratores municipais e
manutenção de estradas, tendo sido projetados para uso em todas as estações.
As excelentes características destes pneus incluem elevada durabilidade graças
à construção radial com correia de aço, design exclusivo do piso na parte central
e características excecionais de tração. A largura diferente garante melhor tração
em terrenos difíceis. Os
pneus HCM oferecem
excelentes propriedades
de autolimpeza,
com baixa vibração e
ruído, estando disponíveis
em tamanhos
de 24” a 42”, com uma
velocidade máxima de
65 km/h. Foram ainda
apresentados os pneus
Mitas VF, que oferecem pressão constante a qualquer velocidade. A pressão
dos pneus mais baixa proporciona uma excelente eficiência de tração e, ao
mesmo tempo, melhor proteção do solo, graças à compactação reduzida. O
pneu em exposição permite uma carga máxima de 6.900 kg (3.2 bar), com
uma velocidade nominal de 65 km/h.
Pirelli lançou
Scorpion All Terrain Plus
Já à venda em Portugal e Espanha, o Scorpion All Terrain Plus,
concebido para modelos 4x4 e pick-up, dispõe de um perfil de
utilização 40% para asfalto e 60% para fora de estrada. Com visual
agressivo, compostos, conceção de nova tecnologia e marcação
3PMSF, este pneu assegura máximas durabilidade e tração
nas condições mais exigentes. Neste segmento, a importância do
pneu na obtenção de boas prestações é determinante. Por estas
razões, a elevada tecnologia deriva da própria investigação e da
mesma obtida no mundo da competição. O Scorpion All Terrain
Plus é o terceiro membro da saga. O seu desenho é considerado
um composto da nova geração, rico em sílica e borracha natural.
E a sua fórmula e método foram otimizadas para alcançar maiores
durabilidade e tração, bem como aumentar a resistência aos furos
e garantir a melhor integridade e segurança do pneu na utilização
fora de estrada.
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A nova gama TM1060 da Trelleborg proporciona uma maior eficiência para tractores de
80 CV a mais de 300 CV. Preserve o seu terreno de compactação e torne as suas operações
agrícolas mais produtivas. Proteja os seus cultivos como se fossem pedras preciosas.
www.trelleborg.com/wheels/es
www.revistadospneus.com | 57
Notícias
Empresas
Calendário Pirelli para o ano de 2019
Um conto fotográfico de aspirações de quatro mulheres e a sua determinação
por alcançar os seus desejos, cada uma perseguindo os seus próprios sonhos e
paixões. Este é o “Dreaming”, o Calendário Pirelli 2019, agora na sua 46.ª edição,
fotografado por Albert Watson em abril, em Miami e Nova Iorque, foi revelado
no Pirelli HangarBicocca, em Milão. Uma sequência de 40 imagens conta as
histórias de personagens interpretadas por Gigi Hadid com Alexander Wang,
Julia Garner, Misty Copeland com Calvin Royal III e Laetitia Casta com Sergei
Polunin. As fotografias, a cores e a preto e branco, foram captadas no formato
cinematográfico 16:9, inspirado na paixão de Albert Watson pela Sétima Arte.
Ao contar a história de como acabou por fazer o calendário, o fotógrafo fala dos
seus próprios sonhos e dos esforços e sacrifícios que acarretam.
BKT inaugurou
cozinha solidária em Bhuj
Trata-se da última iniciativa de solidariedade da BKT, que é um dos
principais apoiantes de um projeto da Fundação Akshaya Patra. A
finalidade é oferecer 50.000 refeições gratuitas por dia aos estudantes
da aldeia de Bhuj, de modo a formar um binómio entre instrução
e alimentação saudável. A BKT demonstrou, uma vez mais,
que, no centro das suas principais atenções, estão comunidade e
pessoas. O lema da empresa, “A crescer juntos”, é, de facto, uma promessa
que a BKT fez e que quer cumprir perante todos aqueles que
fazem parte da sua grande família. Em primeiro lugar na Índia, país
de origem do Grupo BKT, que é muito apegado às próprias raízes, é
uma gratidão o facto de poder partilhar os resultados para contribuir
para o desenvolvimento económico e social. Deste pressuposto,
deriva, também, a última iniciativa de solidariedade à qual BKT
se dedicou com afinco: um projeto da Fundação Akshaya Patra, que
proporcionou a construção e inauguração de uma cozinha comunitária
na aldeia de Bhuj, no estado indiano de Gujarat, onde está
sediado o mais recente estabelecimento construído pela BKT.
Lassa é das marcas
mais procuradas na Europa
Representada em Portugal pela Pneurama, a Lassa Tyres está inserida, de acordo
com os resultados de pesquisa da Tyre Review, no Top 20 das marcas de pneus
mais procuradas na Europa. Além disso, a marca turca tornou-se na quinta que
mais aumentou a sua taxa de pesquisa na Europa, segundo os resultados da
Tyre Review. A marca turca de pneus, produzida pela Brisa, uma joint-venture
estabelecida entre a Bridgestone e a Sabanci, tem lançado novos modelos com
grande sucesso. A procura pela Lassa tem vindo a aumentar na Europa e, no
mercado doméstico (Turquia), onde as vendas da marca subiram 25% no ano
passado. A nova fábrica, instalada na província de Aksaray, está a ser construída
fruto de um investimento de cerca de 300 milhões de dólares e terá uma capacidade
anual de produção que se aproximará dos 4,2 milhões de pneus para
veículos de passageiros e comerciais ligeiros.
Yokohama marcou presença
no Rali Dakar
A equipa SsangYong Motorsport, de Óscar Fuentes e Diego Vallejo,
patrocinada pela Yokohama, classificou-se em terceiro lugar na categoria
T1.3 na sua segunda participação no Dakar. A equipa patrocinada
pela Yokohama contou com um novo veículo, Rexton DKR,
equipado com pneus Geolandar M/T G003, de medida 37x12,5
R17. O veículo, desenvolvido totalmente em Espanha, conta com
um motor V8 a gasolina de 6,2 litros especialmente preparado para
competição, debitando 450 cv de potência. A meta foi cruzada pela
equipa 10 dias mais tarde, quando regressaram triunfantes à capital
peruana, depois de 3.000 km cronometrados a 63 horas, 14 minutos
e 19 segundos de tempo de prova. Em relação ao rendimento
dos pneus, o piloto Óscar Fuertes comentou, com entusiasmo, que
“os Yokohama Geolandar M/T G003 comportaram-se incrivelmente
bem e são, sem dúvida, a principal chave do nosso êxito. Não imaginam
o esforço a que os submetemos. A fim de aumentar a tração
nas dunas, os pneus rodaram mais de 80% do tempo a pressões
realmente baixas e não sofreram nenhuma deformação. O mais incrível
é que, depois de 3.000 km de areia, pedras e pista, não sofremos
um único furo”.
58 | Revista dos Pneus | Março 2019
Pneu quatro estações da Bridgestone
é “Produto do Ano”
O Weather Control A005, o pneu “quatro estações” lançado pela Bridgestone
há cerca de seis meses, foi eleito pelos consumidores como “Produto do Ano
2019”. Em concorrência com dois outros pneus de elevada relevância no mercado,
o Weather Control A005 foi considerado o melhor por mais de 3.270
consumidores portugueses. O pneu All Wather da Bridgestone destacou-se
em todas as categorias avaliadas – “Atratividade”, “Inovação” e “Intenção de
compra” -, terminando com uma nota final
de 21,7 pontos em 30 possíveis. Para
André Bettencourt, diretor de marketing
da Bridgestone Europe Sucursal em Portugal,
“poucos meses depois do seu lançamento,
o Weather Control A005 já tem
um enorme reconhecimento no mercado”.
De acordo com o responsável, “prova
disso, é esta mesma distinção, que reflete
a opinião positiva dos consumidores sobre
este produto. Estamos extremamente
orgulhosos deste prémio, pois foi precisamente
em linha com as suas necessidades
que criámos este pneu”. O Weather Control A005 foi criado por e para consumidores.
Durante o seu desenvolvimento, a Bridgestone levou a cabo um estudo
para avaliar as necessidades e expectativas de 15.000 utilizadores sobre
pneus para todas as estações, onde os inquiriu, também, sobre os desafios de
condução que enfrentam diariamente.
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Notícias
Empresas
Falken avança com
produção sustentável de borracha
Três dos pilares da política de Borracha Natural Sustentável do Grupo Sumitomo Rubber
são redução da pegada ambiental, manutenção de condições de trabalho dignas por parte
dos fornecedors de matérias-primas e altos níveis de transparência na produção das ditas
matérias-primas. A SRI participou na apresentação da Plataforma Mundial para a Borracha
Natural Sustentável (GPSNR), da qual é membro fundador. Onze das principais empresas
do setor criaram a GPSNR com o objetivo de defender a produção sustentável da borracha
natural. A sustentabilidade e a luta pela produção ética não são algo novo para o Grupo
Sumitomo Rubber, uma vez que, desde há muito tempo, trabalha para melhorar a sustentabilidade
das suas atividades comerciais. O elemento central é a produção sustentável de
borracha natural como matéria-prima chave. A procura de pneus a nível mundial seguirá
um percurso de crescimento no futuro perante o desenvolvimento da sociedade móvel.
Michelin iniciou
nova temporada do WRC
O fabricante francês volta a ser o fornecedor oficial de pneus
do Mundial de Ralis em 2019. A temporada arrancou com uma
das provas mais difíceis, exigentes e duras do mundo: o Rali
de Monte Carlo, onde o papel dos pneus é sempre essencial.
Equipado com pneus Michelin no seu Ford Fiesta WRC da equipa
M-Sport, o francês Sébastien Ogier obteve o seu sexto título no
Mundial de Ralis (WRC) há apenas dois meses, na Austrália. E
muitas coisas mudaram desde que terminou a temporada de
2018. De facto, entre outras novidades, Ogier já não é piloto da
Ford M-Sport, mas da Citroën. Porém, algo há que se mantém
imutável: a Michelin continua a ser o fornecedor de pneus na
categoria máxima dos ralis.
Pirelli Noise Cancelling System
duplica certificações
O PNCS (Pirelli Noise Cancelling System) reduziu o ruído no habitáculo equivalente a um
veículo que roda apenas com três pneus. Se, no final de 2017, o número de certificações
com esta especificidade era de 78, atualmente supera as 150, o equivalente a um incremento
de 100%. Este sistema original da Pirelli está à venda desde o ano de 2013 e, hoje,
constitui uma das principais exigências dos fabricantes de automóveis, especialmente os
que pertencem aos segmentos premium e prestige, a fim de melhorar o conforto em marcha
dos condutores e passageiros. O PNCS foi concebido para reduzir o ruído no interior
do automóvel derivado da interação entre a superfície do asfalto e o próprio pneu. Este
objetivo é alcançado devido a um material especial absorvente de ruído, colocado no interior
do pneu, onde a sua tarefa é reduzir as vibrações no ar, que, por não estarem presentes,
seriam transmitidas para o interior do veículo, criando um ruído desagradável. Esta esponja
está concebida com uma espuma específica que aumenta a superfície de trabalho do
material, intensificando a redução da vibração e, por consequência, o ruído.
Bridgestone adquire TomTom
por 910 milhões de euros
A Bridgestone Europe, subsidiária do Grupo Bridgestone na
região EMEA, chegou a acordo com a empresa TomTom para
adquirir, pela quantia de 910 milhões de euros, a área de telemática
do seu negócio. Esta transação irá unir a empresa líder
mundial em pneus com o fornecedor número um na Europa em
soluções digitais para frotas, criando uma plataforma de dados
líder na conectividade de veículos. A TomTom Telematics ajudará
a Bridgestone a alcançar mais rapidamente o seu objetivo de ser
líder, também, em soluções de mobilidade. A combinação das
duas empresas permitirá à Bridgestone realizar vendas cruzadas
de pneus e soluções a uma base de clientes mais ampla. Além
disso, tendo acesso a estes dados, conseguirá melhorar ainda
mais o desenvolvimento e teste virtual de pneus, bem como a
inovação dos pneus.
60 | Revista dos Pneus | Março 2019
Grupo Soledad doou
€5.100 a três ONG de Aspe
O Grupo Soledad continua solidário com a população de Aspe (Alicante), tendo
doado €5.100 a três ONG: Aspe Contra Alzheimer, Mulheres Afetadas pelo Cancro
da Mama de Aspe (MACMA) e Associação FibroAspe. A ação decorreu nas instalações
da Industrias del Pneumática e contou com a presença do presidente da
Câmara Municipal de Aspe e do presidente do Grupo Soledad, Salvador Pérez,
que destacou o trabalho das três associações: “Três entidades que trabalham
pelo bem-estar de outros, pelo alívio da doença e pela melhoria da qualidade
de vida. Obrigado pelo seu esforço “, concluiu. O Grupo Soledad é uma empresa
socialmente responsável, que realiza diferentes ações humanitárias, solidárias e
ambientais ao longo de cada ano.
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Tiresur bateu recorde de faturação em 2018
A Tiresur continua imparável. Quando parece que é impossível continuar
a crescer depois de uma trajetória de uma ascensão contínua desde a sua
fundação, o distribuidor volta a bater o seu recorde de faturação: quase 115
milhões de euros faturados em 2018. Quando uma empresa melhora ano
após ano os seus resultados, independentemente da tendência do mercado
ou do ciclo económico, é porque a sua estrutura e o seu modelo de negócio
são verdadeiramente sólidos. A política da Tiresur sempre se baseou no
reinvestimento dos lucros gerados para melhorar a empresa e aumentar a
qualidade dos processos. Este é um dos “segredos” que permite a esta empresa
ser um exemplo de sucesso e conseguir continuar a crescer, mesmo
nos períodos de quebra no setor. A expansão internacional levou a empresa
a estar presente em mais de 35 países e em três continentes, sendo esta
política de não aversão ao risco, de reinvestimento dos lucros e com uma
filosofia de melhoria contínua, que permite que a Tiresur seja uma referência
no setor. Mais gama, novas instalações, mais stock (superior a 500.000 pneus),
mais marcas de distribuição exclusiva e novos segmentos de produto (como
moto, pneus industriais e agrícolas), a Tiresur não para de propor-se a novos
desafios, que, ano após ano, fazem a empresa crescer. Tudo isto graças, também,
à sua filosofia 360 e ao esforço e compromisso da excelente equipa de
profissionais que a empresa tem.
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Notícias
Empresas
NEX Portugal comercializa pneus Avon
para ligeiros e motos
Dando seguimento à política de consolidação da sua presença em
território nacional, a NEX iniciou o ano com o lançamento da Avon em
exclusivo nas gamas de pneus ligeiros e de duas rodas para o território
nacional, onde pretende consolidar a sua presença no segmento quality.
A Avon, que ostenta o título de segundo fabricante mais antigo do
mundo, disponibiliza uma gama de produtos de qualidade altamente
reconhecida, quer nos segmentos de quatro como de duas rodas. Presença
assídua em equipamento de origem de marcas britânicas (nomeadamente
Caterham e TVR) ou ainda em marcas de moto, como Triumph
e KTM, a Avon dispõe de um portefólio extremamente abrangente e
com muitas novidades: desde os modelos para veículos ligeiros ZT7
(gama confort), ZV7 (gama altas prestações) e ZX7 (para SUV de médias
e altas prestações) lançados em 2018. E já publicamente foi divulgado
o AV12 para viaturas comerciais, que verá a “luz do dia” durante este
ano 2019. Também na gama de moto, a marca acaba de lançar o super
exclusivo modelo Cobra Chrome, o qual fará as delícias dos amantes
das duas rodas dos segmentos touring, cruiser e custom, onde a marca
é mundialmente reconhecida.
Campanha de verificação de pneus
com números preocupantes
Mais de 300 condutores de veículos beneficiaram da ação de sensibilização
promovida pela ACAP/CEPP, na qual foram alertados para a necessidade
de verificação regularmente os pneus e para a segurança rodoviária.
Os resultados desta campanha foram, agora, disponibilizados e apontam
para um elevado risco decorrente da manutenção incorreta por parte
dos condutores. Embora os produtores procurem fabricar pneus mais
eficientes, seguros e duradouros, como qualquer “órgão” de um veículo,
os pneus, para poderem conservar as suas características e propriedades,
bem como proporcionarem prestações eficientes e seguras, necessitam
de manutenção.E, isso, cabe ao condutor. A manutenção traz benefícios
ao nível da segurança rodoviária, mas, também, da poupança de combustível,
decorrente de uma circulação com a pressão aconselhada - em
15.000 km anuais, pode ser o equivalente a um depósito cheio -, e a vida
útil do pneu também é prolongada, não sendo necessário substituí-lo tão
cedo. Relativamente à profundidade do piso dos pneus analisados, os
resultados desta campanha revelam que 17% dos pneus analisados não
estavam com a profundidade correta.
Ronal Group comemora 50 anos
O Ronal Group, um dos mais importantes fabricantes mundiais de
jantes em liga leve para automóveis e veículos utilitários, celebra,
em 2019, os seus 50 anos de existência. O aniversário do meio século
vai ser festejado em todo o mundo, com diversas ações. A Ronal foi
fundada em 1969, em Walldorf (Alemanha), por Karl Roland Wirth.
Hoje, o Ronal Group conta com mais de 8.000 colaboradores em várias
filiais de todo o mundo na administração ou na produção. Além disso,
o Ronal Group fabrica, em dois locais, as suas próprias ferramentas e
dispõe de um centro de logística central para os seus produtos. Para
esta data redonda, o Ronal Group pensou em algo especial e revestiu
a ouro a sua jante favorita (Ronal R50 AERO), que foi apresentada, pela
primeira vez, no Essen Motor Show 2018 e será lançada no mercado
na primavera de 2019.
BFGoodrich conquistou
15.ª vitória absoluta no Dakar
Equipada com pneus BFGoodrich, a Toyota venceu, pela primeira vez,
o Rali Dakar, e a BFGoodrich alcançou, por seu turno, o seu 15.° triunfo
absoluto na prova. De 6 a 17 de janeiro, as capacidades de pilotagem e
navegação, assim como a resistência, a valentia e a determinação dos
participantes no Dakar foram postas à prova nos mais difíceis terrenos do
Perú. Nasser Al-Attiyah e Mathieu Baumel (N.º 301) estiveram a um nível
superior e realizaram um trabalho magnífico para levar a sua Toyota Hilux
ao primeiro posto da classificação da categoria de automóveis. Para
tal, o duo franco-catariano deu mostras de uma fantástica consistência e
de prestações brilhantes, contando com um importante aliado: os pneus
BFGoodrich. O cocktail composto por areia, “fesh-fesh” (pó do deserto),
barrancos e as magníficas dunas de Tanaka e Ica levou todos os participantes
ao limite, assim como veículos e pneus. “Os nossos pneus BFGoodrich
exibiram uma performance espetacular”, referiu o vencedor do rali,
Nasser Al-Attiyah, no final do mesmo.
62 | Revista dos Pneus | Março 2019
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Notícias
Produto
Petlas mostrou novo PT-TRAC
para o setor agrícola
O fabricante turco de pneus, que, em Portugal, é distribuído, em
exclusivo, pela Dispnal, mostrou o novo modelo PT-TRAC com
tecnologia CupWheel para o setor agrícola. Com a sua abordagem
inovadora para criar pneus agrícolas da mais elevada qualidade,
a Petlas tem como objetivo contribuir para os lucros dos produtores
em todo o mundo, ajudando-os a diminuir o consumo
de combustível e a proteger os seus investimentos. Este novo
modelo concebido para o setor agrícola é, pois, capaz disso, uma
vez que proporciona uma pegada extremamente ampla, tocando
suavemente o solo sem danificar as raízes abaixo da superfície.
Assim, evitam-se possíveis efeitos negativos da compactação
do solo nos rendimentos a longo prazo, graças à distribuição
uniforme da pressão. Combinando as vantagens desta recente
tecnologia com a superioridade do design de padrão único TA110
da Petlas, este novo pneu transfere a potência total do veículo
para o solo, diminuindo o deslizamento e aumentando a força de
arrasto, melhorando, ao mesmo tempo, a eficiência em termos
de desempenho e consumo de combustível.
Nokian Hakkapeliitta
desafiou a Gronelândia
Sete homens, três veículos especiais construídos pela Arctic Trucks, 5.000 km
de gelo. Ao longo de 20 dias, 44 unidades do pneu Nokian Hakkapeliitta enfrentaram
as condições extremas da Gronelândia. Foi uma autêntica aventura
selvagem, que teve o intransigente clima do ártico como o mais difícil teste
para participantes e equipamentos. Nada menos do que 44 pneus Nokian
Hakkapeliitta participaram na aventura de 2018, intitulada “Expeditions7”,
que partiu de Isortoq, no extremo sul da Gronelândia, e seguiu para norte, na
direção de Wulff Land, no extremo norte. A maior parte da viagem decorreu
no topo do continente glaciar, que tem vários milhares de quilómetros de
comprimento e mais de três quilómetros de espessura em certos pontos. A
variação das condições meteorológicas de inverno e a visibilidade zero tornaram
o progresso, por vezes, muito lento, com os veículos a conseguirem
circular a apenas 10 km/h. As temperaturas mais baixas registadas foram de
-40° C.
Banda VRT3 da Vipal obtém
performance superior
Avaliações realizadas em estradas e vias urbanas europeias revelaram
a qualidade do desenho para o transporte rodoviário
de mercadorias. Para a Vipal Borrachas, tão importante como
desenvolver produtos de alta qualidade para os mais diferentes
mercados em que atua, é comprová-la. Por isso, a empresa
divulgou os resultados de dois testes que realizou em estradas
europeias, que comprovam a superioridade da banda VRT3 dentro
do segmento de pneus para o transporte rodoviário de cargas.
O resultado foi totalmente aprovado pelas transportadoras. A
banda de rodagem VRT3 é própria para pneus radiais e eixos de
tração. Apresenta ótimas propriedades de tração em veículos de
alta potência, com respostas ágeis em pisos secos ou molhados
e bom escoamento de água. Indicado para uso rodoviário de
cargas, o desenho é recomendado especialmente para viagens
de longa distância em estradas pavimentadas. As avaliações de
desempenho Vipal visam comparar produtos similares, aplicados
nos segmentos a que se destinam e submetidos ao uso
em igualdade de condições, assegurando imparcialidade nos
resultados obtidos.
ALTARODA distribui Jantes MAK
A ALTARODA consegue mais uma representação de peso na área de jantes:
a prestigiada marca MAK, que resulta de uma joint-venture entre duas
famílias que operam no setor automóvel com décadas de experiência: a
família Magri, líder na área de distribuição de pneus em Itália, e a Cervati,
uma família proprietária de fundições desde os anos 30, líder na fundição
de peças de alumínio. Graças
ao know-how tecnológico,
por um lado, e ao profundo
conhecimento do mercado,
por outro, o projeto de desenvolvimento,
produção e
distribuição de jantes de liga
leve ganha rapidamente uma
posição de destaque a nível
mundial. O sucesso dos produtos
da MAK deve-se a um
planeamento estratégico correto,
tendo em consideração
duas vantagens fundamentais:
qualidade e estilo. Reconhecidos
como produtos de
alta qualidade, atestado por certificados e prémios a nível mundial, as jantes
MAK são, igualmente, conhecidas pelo seu design muito próprio, nos mais
diversos estilos de rodas, desde as mais desportivas e agressivas, às clássicas
e futuristas, sempre com soluções que estão frequentemente longe dos padrões
convencionais e capazes de cumprir o gosto de países culturalmente
muito diferentes.
Goodyear desvendou
novo Eagle F1 Asymmetric 5
A Goodyear anunciou o lançamento do seu novo pneu
de estrada Ultra High Performance (UHP). Concebido
como o mais completo pneu de verão, o Eagle F1
Asymmetric 5 faz uso de tecnologias inovadoras para
obter melhorias significativas na travagem em piso
molhado e no comportamento em piso seco, sem
comprometer o conforto de condução ou o ruído. O
“segredo” para o elevado rendimento deste pneu está
no desenvolvimento de um novo composto altamente
refinado, que combina características que o tornam
melhor em condições de piso molhado, sem sacrificar
a durabilidade ou o comportamento em piso seco. Os
esforços da Goodyear para otimizar a performance centraram-se
na redução da flexão do desenho da banda
de rolamento quando são transmitidas forças laterais.
O novo Eagle F1 Asymmetric 5, que será disponibilizado
em diâmetros de 17” a 22”, com larguras de 205 a
315 mm e séries de 50 a 25, colocará a Goodyear em
posição privilegiada para explorar o forte crescimento
(8,3% ao ano) do segmento UHP, que compreende
jantes de 17” para cima e que representa já 22% das
vendas totais de pneus de verão.
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Notícias
Produto
Hankook Ventus Prime 3
equipa novo Ford Focus Active
O fabricante de pneus Hankook continua a expandir a sua parceria
de equipamento original com a Ford Motor Company. O novo Focus
Active será equipado, exclusivamente, com Ventus Prime 3. O
novo modelo tem, desde o final de 2018, duas medidas de pneus
de conforto premium Hankook como equipamento original. O pneu
que representa segurança, desempenho e conforto está disponível
desde dezembro de 2018 nas medidas 215/50R18V e 215/55R17V.
Graças à tecnologia inteligente, como a liberdade de escolha dos
modos de controlo, o Ford Focus Active oferece um comportamento
de condução inovador, que é reforçado pelo Ventus Prime 3. O novo
pneu de alta performance da Hankook anuncia um bom desempenho
durante a condução e um excelente desempenho de travagem em
estradas molhadas e secas.
AB Tyres comercializa
novo Falken WILDPEAK M/T
A AB Tyres passa a comercializar em Portugal o novo Falken WILDPEAK
M/T. Recomendado por profissionais para enfrentar as condições mais
adversas, o WILDPEAK M/T foi construído para levar o veículo a qualquer
lugar, esteja o piso seco ou tenha ele lama, neve ou pedras.Este
pneu faz uso da tecnologia DURASPEC, tendo a parede lateral sido
desenvolvida para suportar as condições off-road. Esta tecnologia
apresenta, também, dois componentes que fornecem uma camada
adicional de proteção e durabilidade, que proporciona uma sensação
de segurança e confiabilidade. O WILDPEAK M/T permite uma condução
excecional com baixo ruído, graças à otimização de três variáveis
no padrão do piso.
Manatec homologada pela Michelin
A marca de alinhamento de direções para veículos pesados Manatec,
representada em Portugal pela Domingos&Morgado, foi homologada
pela Michelin. Tão alta distinção vem confirmar a qualidade e fiabilidade
da alinhadora Manatec Jumbo 3D Super, pioneira no alinhamento
3D para camiões, com capacidade de leitura e alinhamento
até cinco eixos em simultâneo. Ao comercializar no nosso país este
equipamento de alinhamento de direções, a Domingos&Morgado
disponibiliza aos clientes o primeiro equipamento do mundo a dispor
de alinhamento de rodas 3D para autocarros e camiões multieixos. O
sistema de medição é semelhante a qualquer máquina full 3D, sendo
a medição de todos os ângulos de todos os eixos efetuada em menos
de quatro minutos. O equipamento é fornecido com 10 alvos e garras,
podendo ainda ser utilizado para o alinhamento de veículos ligeiros e
comerciais, aumentando, assim, a sua polivalência. A Manatec é uma
empresa indiana especializada na conceção e fabrico de máquinas
de alinhar direções para veículos pesados.0
Goodyear lançou novo
Vector 4Seasons Cargo
A Goodyear apresentou uma nova atualização da sua gama para veículos
comerciais. Segundo a marca, o Vector 4Seasons Cargo consiste
num pneu para todas as estações, eficiente no consumo
de combustível, que oferece uma excelente
performance e uma quilometragem
ampliada quando comparado com
o modelo anterior. O novo Vector
4Seasons Cargo anuncia maior
quilometragem face aos modelos
antecessores, ao passo
que a menor resistência ao
rolamento permite poupar
nos custos com combustível,
características que, uma
vez combinadas, reduzem o
custo total de propriedade.
O Vector 4Seasons Cargo é o
contributo da Goodyear para
o mercado de veículos comerciais
ligeiros em franca expansão
na Europa, tendo já ultrapassado o
segmento de veículos de passageiros
em termos de crescimento. O novo Vector
4Seasons Cargo amplia a gama de produtos
para veículos comerciais da Goodyear, que já inclui o pneu
de verão EfficientGrip Cargo, o pneu de inverno Cargo UltraGrip 2 e o
novo UltraGrip Cargo.
66 | Revista dos Pneus | Março 2019
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Equipamento
Compressores de ar comprimido
Solução
indispensável
A instalação ou utilização de um compressor de ar elimina a necessidade de dispor
de abastecimento elétrico para fazer funcionar os equipamentos. Adicionalmente, as
ferramentas pneumáticas são mais duradouras, menos sensíveis à humidade e estão
preparadas para trabalhos próprios do setor automóvel
O
compressor de ar é um dos componentes
integrados numa rede
pneumática, destinada a fornecer
ar comprimido a diferentes ferramentas
para que estas possam funcionar. Para
o efeito, aspiram e tratam o ar atmosférico
de forma específica no seu interior, com o
objetivo de que, à saída, este funcione como
fonte de energia.
Além do mais, posteriormente a este processo,
o ar é arrefecido para ocupar menos
volume antes de ser armazenado no reservatório
ou tanque. Desta forma, é possível aumentar
a capacidade de fornecimento e, por
conseguinte, a eficácia da rede pneumática.
CLASSIFICAÇÃO DOS COMPRESSORES DE AR
De acordo com a forma como os compressores
tratam o ar aspirado, classificam-se do
seguinte modo:
l Compressores de deslocamento positivo.
Estes compressores comprimem o ar no seu
interior para que, à sua saída, a tendência do
ar para voltar ao seu estado inicial de pressão
atmosférica seja aproveitada como fonte de
energia. Este é o princípio de funcionamento
dos compressores de ar mais utilizados.
l Compressores dinâmicos. Neste caso, o ar é
aspirado para que, uma vez dentro do compressor,
seja acelerado a grande velocidade e
a energia cinética obtida seja transformada
em pressão estática de saída, que é utilizada
como fonte de energia para fazer funcionar
as ferramentas.
Em ambos os conjuntos de compressores,
existem diferentes tipos de compressores
com uma estrutura interna determinada, que
se encarrega de efetuar a aspiração de ar,
o seu tratamento e a sua compressão, bem
como a respetiva libertação.
TIPOS DE COMPRESSORES DE AR
A variedade de compressores de ar comprimido
no mercado é muito elevada, como
consequência de se tratar de equipamentos
que apresentam princípios de funcionamento
e características específicas que, segundo
as respetivas especificações, determinam as
aplicações e utilizações concretas.
Os compressores de deslocamento positivo
mais comuns são os seguintes:
l Os de pistão com ou sem lubrificação;
l Os de parafuso com ou sem lubrificação.
Outros compressores que se enquadram
dentro deste grupo são os compressores de
palhetas, de velocidade variável, de média
ou alta pressão, de tipo scroll ou os geradores
de azoto, entre outros.
Pelo contrário, os compressores dinâmicos
mais utilizados dividem-se nos de tecnologia
centrífuga radial e os centrífugos axiais.
De todos estes tipos de compressores, vamos
analisar, em seguida, os de pistão e os de
parafuso, por serem os mais utilizados no
setor automóvel.
1COMPRESSORES DE PISTÃO
Este tipo de compressor é um dos mais
utilizados no setor industrial em empresas
com consumos de ar comprimido moderados
ou médios, tais como as oficinas de mecâ-
68 | Revista dos Pneus | Março 2019
nica ou de pneus. Muitos dos compressores
comercializados para utilização doméstica
também apresentam esta tecnologia.
A constituição interna destes compressores
é semelhante à dos motores térmicos utilizados
nos veículos atuais. Por conseguinte, o ar
aspirado é dirigido através de uma válvula de
admissão para o interior de um cilindro no
qual existe um pistão. Este pistão está ligado
(através de um perno) à biela, a qual, por sua
vez, está ligada a uma cambota, pelo que
a rotação da cambota desloca a biela permitindo
que o pistão suba ou desça dentro
do cilindro.
O ciclo completo de compressão do ar divide-
-se nas seguintes quatro fases:
Preparação para a aspiração de ar que se
encontra à pressão atmosférica. O pistão
sobe até à posição livre superior.
Aspiração do ar. A válvula de admissão
abre e o pistão começa a descer gerando
o afluxo de ar.
Enchimento do cilindro. O pistão continua
a descer até chegar à posição livre inferior,
momento em que o cilindro está cheio de ar
e a válvula de admissão é fechada.
Compressão do ar e libertação do ar comprimido.
Com as válvulas fechadas, o pistão
começa a subir comprimindo o ar, até ao momento
em que a válvula de escape é aberta
para expulsar o ar comprimido que atuará
como fonte de energia.
A principal vantagem destes compressores
é o seu menor custo e a grande variedade
comercializada dos mesmos. Por outro lado, a
eficiência é menor e têm maior tendência para
sobreaquecer com o trabalho prolongado, o
que pode provocar dilatação ou gripagem
nos componentes internos, especialmente
se não for efetuada uma manutenção preventiva
e corretiva em conformidade com
as indicações do fabricante.
2COMPRESSORES DE PARAFUSO
Os compressores de parafuso, também
conhecidos como helicoidais, são equipamentos
de uso exclusivo industrial. São indicados
para abastecer empresas de maior
dimensão nas quais os consumos de ar são
maiores, pelo que se tornam na opção mais
recomendável para oficinas de pneus. Além
do mais, são mais eficientes e mais silenciosos.
O principal inconveniente destas unidades
é o seu custo.
O mecanismo interno deste compressor é
composto por uma entrada de ar, dois parafusos
sem-fim ou rotores helicoidais que
engrenam entre si e giram dentro de uma
estrutura em sentido oposto e uma saída de
ar comprimido. Os parafusos são movidos
através de um motor elétrico.
A compressão de ar, neste caso, é efetuada
em três fases:
Aspiração do ar. O ar do exterior que se
encontra à pressão atmosférica entra pelo
lado de aspiração e começa a ser introduzido
nas câmaras existentes entre as espirais dos
parafusos sem-fim.
Compressão do ar. O ar vai avançando através
das câmaras e vai sendo comprimido à
medida que o volume das referidas câmaras
vai reduzindo.
Libertação do ar comprimido. Finalmente,
quando o ar chega às últimas câmaras, está
comprimido e preparado para ser expulso
pelo lado de pressão e ser utilizado como
fonte de energia.
CRITÉRIOS BÁSICOS PARA A ESCOLHA
Os critérios básicos para determinar qual o
compressor que melhor se ajusta a necessidades
específicas, passam por avaliar o tipo
de trabalho e a utilização pretendida. Em
primeiro lugar, é necessário determinar se
a utilização é ocasional ou frequente.
Uma vez esclarecida esta questão, é necessário
avaliar as características técnicas do compressor.
Para fins domésticos, as prestações
podem ser inferiores, mas se a utilização se
aproximar de aplicações industriais, as prestações
devem ser superiores de acordo com
a atividade concreta desempenhada e com
o consumo de ar exigido pelas ferramentas
utilizadas.
Dentro das características técnicas a avaliar,
os aspetos que devem ser ponderados e que
estão relacionados entre si são os seguintes:
l O caudal de ar que a unidade tem capacidade
para fornecer, medido geralmente
em litros minuto (l/min ou l/1’), ou também
em pés cúbicos por minuto (PCM ou CFM)
ou m 3 /min.
l A pressão de ar que a unidade consegue
disponibilizar, medida em bar ou Psi (libras
por polegada quadrada).
l A potência de que dispõe, representada em
cavalos-força (HP), em cavalos-vapor (CV) ou
em quilowatt (KW).
l A capacidade de armazenamento do reservatório
ou tanque, calculada em litros que
pode armazenar.
l O tipo de arranque que apresenta, podendo
ser de arranque direto ou do tipo estrela-
-triângulo. Este último tipo de arranque, é o
mais recomendável, porque reduz os picos de
intensidade próprios dos motores ao iniciar
o funcionamento e, portanto, os elevados
consumos elétricos nesta fase. Para o efeito,
esta tecnologia permite um arranque inicial
com menor tensão (estrela) para que, uma
vez atingido um determinado número de
rotações, a tensão proporcionada aumente
até atingir o seu valor nominal de funcionamento
(triângulo).
CONCLUSÃO
A variedade de compressores no mercado é
muito ampla e embora todos eles partilhem
funções e características técnicas semelhantes,
é muito importante avaliar atentamente
as vantagens e inconvenientes de cada um
deles, bem como as prestações reais que proporcionam.
Somente desta forma a escolha
do compressor se irá ajustar às necessidades
da oficina e do trabalho realizado. ♦
www.revistadospneus.com | 69
Avaliação obrigatória
Carácter bipolar
Tanto sabe ser silencioso e económico como ruidoso e voraz. Com um design distinto,
223 cv de potência máxima combinada e níveis de equipamento e segurança difíceis de
igualar, o Lexus IS 300h Luxury tem um carácter bipolar. As alterações de humor (e de
comportamento) devem-se apenas e só ao evoluído sistema híbrido que o move
Por: Bruno Castanheira
Entre compactos, sedans (como o
que, aqui, surge em análise), coupés
e crossovers, são nada menos do
que oito os modelos híbridos que a
Lexus comercializa, atualmente, em Portugal,
esperando-se, para breve, a chegada
de mais dois: o crossover UX 250h e o sedan
ES 300h. Por enquanto, a gama híbrida da
marca de luxo da Toyota é constituída, por
ordem crescente de preço, pelos CT 200h, IS
300h, NX 300h, RC 300h, RX 450h, RX 450hL,
LC 500h e LS 500h. Nesta edição, o ensaio
recai sobre o IS 300h, uma berlina cheia de
charme e recheada de coisas boas que custa,
na especificação Luxury, a menos acessível
da gama, €60.318.
◗ ESTILO INCONFUNDÍVEL
Tendo em conta a elevada popularidade do
design do IS, a Lexus manteve inalterada a
essência da aparência exterior quando
renovou este sedan. No entanto, a secção
dianteira sofreu uma transformação, graças
a novos faróis, entradas de ar de maiores
dimensões no para-choques e uma nova
evolução no design da grelha frontal. Os
faróis remodelados, que dispõem, agora,
de unidades de LED completas, exibem
um visual mais pronunciado do que anteriormente,
estendendo-se para dentro,
criando uma forma atraente que acentua
a configuração “L” das luzes de condução
diurna. O para-choques, com as entradas
de ar perfeitamente integradas, flui dos
flancos dianteiros para gerar uma presença
mais confiante em estrada. Já a nova grelha
70 | Revista dos Pneus | Março 2019
Lexus IS 300h Luxury
Uma das evidências das técnicas artesanais
“Takumi” empregues em cada modelo da
Lexus é o novo pesponto à volta da instrumentação
binocular, contribuindo para o
aspeto desportivo do cockpit, o mesmo se
podendo dizer relativamente ao velocímetro
e ao conta-rotações. Existem, também,
novos porta-copos, um apoio de mão maior,
envolto em pele e com pesponto para o
Interface Remote Touch, e novas marcações
no relógio analógico, posicionado ao centro
do painel de bordo. Já a segurança, contempla
tantos dispositivos de assistência à
condução, que seria fastidioso enumerá-los.
◗ VANTAGEM HÍBRIDA
Confortável, seguro, previsível e fácil de conduzir.
Com a vantagem de ser ágil e reativo.
As suspensões e a direção foram alvo de
revisão, de modo a melhorar o desempenho
dinâmico. A suspensão dianteira, de
duplos triângulos sobrepostos, tem uma
nova montagem do braço inferior em alumínio
forjado, que alcança um aumento
de 49% em rigidez por comparação com
o mesmo componente em aço que substituiu.
Beneficia, igualmente, de um novo
casquilho, que é 29% mais rígido do que
antes. A Lexus conseguiu aumentar a rigidez
sem aumentar o peso. A suspensão
traseira, multibraços, passou, igualmente, a
dispor de um novo casquilho para o braço
superior, uma nova barra estabilizadora,
novos componentes nos amortecedores e
configurações alteradas.
O IS 300h tem no sistema Lexus Hybrid Drive
um dos seus ex-líbris. Contempla um motor
de quatro cilindros a gasolina, 2.5 VVT-i,
frontal, está ancorada num ponto mais alto
comparativamente ao modelo antecessor,
alterando as proporções das suas secções
superior e inferior, produzindo uma aparência
mais desportiva e dando a impressão
de que o centro de gravidade está mais
baixo, enquanto se dilui, suavemente, no
capot remodelado. As jantes mudaram de
desenho e a traseira também foi alvo de um
pequeno acerto.
Por dentro, o IS 300h está recheado de coisas
boas. A qualidade de construção situa-se
num patamar elevado, tal como o espaço
para ocupantes e bagagem. O posto de condução
é simplesmente ótimo. O ambiente
interior mistura classicismo com pormenores
irreverentes, provocando um misto de
sensações. O nível de equipamento propõe
uma panóplia de mordomias. No centro do
tablier, o painel de controlo dos sistemas de
áudio e ventilação foi ajustado, exibindo
a sua superfície um novo acabamento de
superior qualidade, com riscas estreitas.
www.revistadospneus.com | 71
Avaliação obrigatória
Lexus IS 300h Luxury
Bridgestone Turanza ER33
Conforto e economia
w O Lexus IS 300h que a Revista dos Pneus testou vinha equipado com
Bridgestone Turanza ER33, de medida 225/40 R 18 88Y no eixo dianteiro e
255/35 R 18 90Y no eixo traseiro. Este pneu, que é equipamento de origem para
o automóvel híbrido presente nestas páginas, foi concebido para proporcionar
conforto e economia de combustível, afinal de contas predicados que se coadunam,
na perfeição, com a filosofia do IS 300h. Controlo em tempo chuvoso
é outra das mais-valias anunciadas pela Bridgestone para o Turanza ER33, que,
em determinados tamanhos (não o caso das aqui presentes), pode ser requisitado
com tecnologia RFT (Run Flat).
que funciona segundo o ciclo Atkinson,
uma bateria de hidretos metálico-níquel,
alojada sob o banco traseiro, e um motor
elétrico de 105 kW (143 cv). Tudo somado,
a potência máxima combinada é de 223
cv, que é transmitida às rodas traseiras por
intermédio de uma caixa automática de
variação contínua, que não prima, diga-se,
propriamente pela rapidez, amplificando
o ruído de funcionamento do motor de
combustão interna. Modos de condução,
são três, selecionados através do sistema
Drive Mode Select: “Eco”, “Normal” e “Sport”.
Depois, existem ainda os “EV” e “Snow”, ativados
mediante botões distintos.
De forma simplificada, podemos dizer que
o funcionamento dos dois motores é gerido
por uma unidade eletrónica de controlo. O
motor de combustão envia movimento para
as rodas e, ao mesmo tempo, faz atuar um
gerador, cuja energia aciona o motor elétrico
ou é armazenada na bateria. Sempre
que se liga o IS 300h, quando se arranca ou
em descidas longas e pouco acentuadas, é
a eletricidade que desloca este Lexus. Em
situações normais, os dois motores estão
Híbridos, há muitos.
Mas poucos têm
o charme e a
exclusividade do
Lexus IS 300h. Uma
berlina repleta de
tecnologia que está
recheada de coisas
(muito) boas
em funcionamento e ambos deslocam o IS
300h, sendo parte da energia direcionada
para recarregar a bateria. Em aceleração, o
combustível fóssil “une-se” à eletricidade,
sendo, além disso, retirada energia das
baterias para fazer mover o motor elétrico
com mais força.
Nas desacelerações e travagens (existe,
também, um sistema regenerativo nos travões),
o motor elétrico atua como gerador,
MOTOR DE COMBUSTÃO
Tipo
4 cilindros linha, long., diant.
Cilindrada (cc) 2494
Diâmetro x curso (mm)
90,0x98,0
Taxa de compressão 13,0:1
Potência máxima (cv/rpm) 181/6000
Binário máximo (Nm/rpm) 221/4200-5400
Distribuição
2 v.e.c./Dual VVT-i, 16 válvulas
Alimentação
injeção eletrónica
MOTOR ELÉTRICO
Tipo
Íman permanente
Potência máxima (cv/kW) 143/105
Binário máximo (Nm) 300
BATERIA
Tipo
hidretos metálico-níquel
Voltagem (V) 650
TRANSMISSÃO
Tração
traseira com VSC
Caixa de velocidades
auto. variação contínua (E-CVT)
DIREÇÃO
Tipo
pinhão e cremalheira
Assistência
sim (elétrica)
Diâmetro de viragem (m) 10,4
TRAVÕES
Dianteiros (ø mm)
discos ventilados (n.d.)
Traseiros (ø mm)
discos ventilados (n.d.
ABS
sim, com EBD+BAS+HAC
SUSPENSÕES
Dianteira
braços duplos triangulares
Traseira
multilink
Barra estabilizadora frente/trás
sim/sim
PERFORMANCES ANUNCIADAS
Velocidade máxima (km/h) 200
0-100 km/h (s) 8,4
CONSUMOS (L/100 KM)
Extraurbano/combinado/urbano 4,8/4,6/4,7
Emissões de CO 2 (g/km) 142
Nível de emissões Euro 6
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES
Cx 0,26
Comprimento/largura/altura (mm) 4665/1810/1430
Distância entre eixos (mm) 2800
Vias frente/trás (mm) 1535/1540
Capacidade do depósito (l) 66
Capacidade da mala (l) 450
Peso (kg) 1795
Relação peso/potência comb. (kg/cv) 8,04
Jantes de série fr.-tr.
8Jx18” – 8 1/2Jx18”
Pneus de série fr.-tr. 225/40 R 18 – 255/35 R 18
PNEUS TESTE
Bridgestone Turanza ER33
225/40 R 18 88Y (fr.)
255/35 R 18 90Y(tr.)
Imposto Único de Circulação (IUC) €227,65
PREÇO (s/ despesas) €60.318
Unidade testada €60.318
transformando a energia cinética das rodas
em energia elétrica, que é armazenada na
bateria. Sempre que o IS 300h para, como,
por exemplo, num semáforo vermelho ou
numa fila de trânsito, o motor de combustão
é desligado, entrando em funcionamento
depois de o veículo ter arrancado em modo
elétrico. Como qualquer full hybrid, o IS 300h
está apto a circular em modo 100% elétrico
durante alguns (poucos) quilómetros. ♦
72 | Revista dos Pneus | Março 2019
Em estrada
Por: Jorge Flores
Seat Ibiza 1.0 EcoTSI Xcellence
Equilíbrio certo
Ford Focus 1.5 EcoBlue ST-Line
Pulmões renovados
w Ninguém levará a mal se afirmarmos que o novo Ford Focus
1.5 EcoBlue ST-Line, ensaiado pela Revista dos Pneus, será uma
das mais atraentes expressões do modelo norte-americano. A
juntar a um design de contas em dia com a atualidade, está o
novo motor de 1,5 litros da família EcoBlue, naquela que é a sua
versão mais potente, com 120 cv às 3.600 rpm e 300 Nm de binário,
constante entre as 1.750 e as 2.250 rpm. O propulsor conta
com um inovador sistema de recirculação de gases de escape,
com um turbocompressor de baixa inércia e com um sistema de
injeção de combustível de alta pressão, bem como com um sistema
de admissão integrado.
Trata-se de um motor que, na
verdade, não tem a resposta
na ponta do pé direito (10,0
segundos nos 0-100 km/h),
embora não comprometa
em regimes mais elevados.
Positiva é a associação à caixa
automática de oito relações.
Os consumos médios anunciados
são de 3,7 l/100 km.
A unidade ensaiada custa €28.777, contando com um vasto
equipamento de série. Como extras, inclui, entre outros, pintura
metalizada Plus “Desert Island Blue” e sistema de navegação
Premium com B&O Play.
w Com um pequeno motor de três cilindros, a Seat nunca se
comprometeu. Com 115 cv de potência, entre as 5.000 e as
5.500 rpm, e um binário máximo de 175 Nm, entre as 2000
e as 3.500 rpm, o Ibiza é um modelo bastante equilibrado
e com uns consumos anunciados contidos: 4,7 l/100 km. A
transmissão é uma DSG de sete velocidades. Uma caixa rápida,
precisa e inteligente na leitura das situações.
O novo Seat Ibiza estreia a nova plataforma MQB do Grupo
VW, característica que lhe permite aumentar a rigidez torcional
em 30%. A habitabilidade, por sua vez, cresceu face ao
modelo antecessor: oferece
mais 35 mm de espaço para
as pernas; mais 24 mm de
largura à frente e 17 mm
na traseira; mais 42 mm de
largura para os bancos.
A versão Xcellence, a mais
elitista da gama, é dotada
em matéria de conectividade,
permitindo utilizar o
smartphone através do ecrã
tátil de 8”, o maior do segmento. O cruise control adaptativo, o
carregador de telemóvel por indução e amplificador de GSM,
a câmara traseira e os sensores e estacionamento à frente
e atrás, o seletor dos modos de condução (“Comfort”, “Eco”,
“Sport”, “Individual”) e os bancos em alcântara de cor preta
são apenas alguns dos pontos distintivos desta versão,
que coloca o preço nos €15.749.
FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
Motor
4 cil. linha Diesel, transv., diant.
Cilindrada (cc) 1500
Potência máxima (cv/rpm) 120/3600
Binário máximo (Nm/rpm) 300/1750-2250
Velocidade máxima (km/h) 196
0-100 km/h (s) 10,0
Consumo comb. (l/100 km) 3,7 (WLTP)
Emissões de CO 2 (g/km)
127 (WLTP)
Preço €28.777
IUC €128,96
Motor
3 cil. linha, transv., diant.
Cilindrada (cc) 999
Potência máxima (cv/rpm) 115/5000-5500
Binário máximo (Nm/rpm) 175/2000-3500
Velocidade máxima (km/h) 195
0-100 km/h (s) 9,0
Consumo comb. (l/100 km) 4,7
Emissões de CO 2 (g/km) 108
Preço €15.749
IUC €94,42
www.revistadospneus.com | 73
Em estrada
Por: Jorge Flores
Suzuki Jimny 1.5 Mode3
Poder de (a)tração
Suzuki Vitara 1.4 VVT GLX 4WD aut.
Viver o momento
w Atualizado com os novos tempos, o Suzuki Vitara abdicou
dos motores Diesel para se focar apenas nos propulsores a
gasolina. A ideia é viver o momento. Esteticamente, não são
muitas as alterações desta evolução. Destaque, ainda assim, na
frente, para a grelha cromada com barras verticais (em vez das
horizontais anteriores). Na traseira, as alterações são mais expressivas:
desde os faróis ao para-brisas, ambos redesenhados.
No habitáculo, de realçar o novo painel de instrumentos com ecrã
LCD a cores de 4,2”, onde é possível ver quer o modo de tração eleito
pelo condutor, nesta variante
de tração integral, ao próprio
computador de bordo e sistema
de navegação. Existem
alguns plásticos evitáveis no
interior? Porventura, mas o
Vitara não é um jipe que se
quer para duros? Voltando ao
motor. A unidade ensaiada
acolhe um 1.4 VVT com 140
cv de potência e 220 Nm de
binário, constante entre as 1.550 e as 4.000 rpm. Associado a uma
caixa automática de seis velocidades, o Vitara consegue alcançar
uma velocidade máxima de 200 km/h e consumir, em regime
combinado, 5,4 l/100 km – valores anunciados pelo fabricante.
O preço desta versão é de €29.430.
w A conquistar amigos desde 1970, o Jimny é um dos modelos
da Suzuki com maior capacidade de renovação do
conceito. Não menos importante, com um grande poder
de (a)tração para os amantes dos modelos 4x4 dotados
de um charme urbano.
Nesta evolução, o Jimny mantém a simplicidade e a funcionalidade
que o caracterizam há 50 anos. As linhas são
modernas, sim, mas existe um toque algo retro na forma
meio quadrada da carroçaria. Tudo neste modelo aponta
para a diversão, muito embora estejamos perante uma
estrutura sólida e consistente,
como se impõe a
um todo-o-terreno.
Os pilares A mais elevados
e o capot mais plano
melhoram a visibilidade
de quem vai ao volante.
Por outro lado, as linhas
das janelas encontram-se
agora mais baixas, o que permite aumentar a visibilidade
lateral e apreciar a paisagem. Já a grelha frontal é negra e de
linhas simples, sobressaindo os faróis dianteiros redondos.
As jantes escuras de 15”, de liga leve, vincam ainda mais o
seu potente exterior.
Equipado com o motor 1.5 (que substitui o anterior 1.3),
com 102 cv de potência às 6.000 rpm e 130 Nm de binário
às 4.000 rpm, o Suzuki Jumny é um modelo divertido de
conduzir pela elasticidade que oferece ao condutor. Como
se fosse um 4x4 de brincar, mas com todas as competências
no lugar.
FICHA TÉCNICA
Motor
4 cil. linha, transv., diant.
Cilindrada (cc) 1373
Potência máxima (cv/rpm) 140/5500
Binário máximo (Nm/rpm) 220/1550-4000
Velocidade máxima (km/h) 200
0-100 km/h (s) 10,2
Consumo comb. (l/100 km) 5,4
Emissões de CO 2 (g/km) 139
Preço €29.430
IUC €158,92
FICHA TÉCNICA
Motor
4 cil. linha, transv., diant.
Cilindrada (cc) 1462
Potência máxima (cv/rpm) 102/6000
Binário máximo (Nm/rpm) 130/4000
Velocidade máxima (km/h) 145
0-100 km/h (s) n.d.
Consumo comb. (l/100 km) 7,9 (WLTP)
Emissões de CO 2 (g/km)
178 (WLTP)
Preço €24.811
IUC €158,92
74 | Revista dos Pneus | Março 2019
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