Analytica 99
Artigo 1
Comparação interlaboratorial como mecanismo de validação de resultados de calibração de manômetros analógicos até 1000 psi
Artigo 2
Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR
Espectrometria de massas
A técnica de ionização por Electrospray na espectrometria de massas
Análise de minerais
Incerteza em Sistemas de Medição
Microbiologia
Atualização regulatória sobre suplementos alimentares
Artigo 1
Comparação interlaboratorial como mecanismo de validação de resultados de calibração de manômetros analógicos até 1000 psi
Artigo 2
Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR
Espectrometria de massas
A técnica de ionização por Electrospray na espectrometria de massas
Análise de minerais
Incerteza em Sistemas de Medição
Microbiologia
Atualização regulatória sobre suplementos alimentares
REVISTA Mídia oficial da Instrumentação e Controle de Qualidade Industrial Ano 17 - Edição 99 - Fev/Mar 2019 ARTIGO 1 Comparação interlaboratorial como mecanismo de validação de resultados de calibração de manômetros analógicos até 1000 psi ARTIGO 2 Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR R$25,00 Espectrometria de Massas A técnica de ionização por Electrospray na espectrometria de massas E mais: Análise de minerais, Microbiologia, Metrologia
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- Page 44 and 45: em foco Não se trata apenas de des
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- Page 48 and 49: em foco em foco Qualidade da água
- Page 50 and 51: em foco Sartoclear Dynamics ® Lab
REVISTA<br />
Mídia oficial da Instrumentação e<br />
Controle de Qualidade Industrial<br />
Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />
ARTIGO 1<br />
Comparação interlaboratorial como mecanismo<br />
de validação de resultados de calibração de<br />
manômetros analógicos até 1000 psi<br />
ARTIGO 2<br />
Avaliação dos nutrientes presentes nas águas do Rio São Joãozinho/PR<br />
R$25,00<br />
Espectrometria de Massas<br />
A técnica de ionização por Electrospray<br />
na espectrometria de massas<br />
E mais:<br />
Análise de minerais, Microbiologia, Metrologia
REVISTA<br />
Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />
EDITORIAL<br />
Estejamos preparados para 2019 com<br />
capacitação e conhecimento<br />
Sem perder o foco, tampouco seu status de revista referência no setor de controle de qualidade<br />
industrial, apresentamos a <strong>Analytica</strong> <strong>99</strong>.<br />
Um dos destaques desta edição é o artigo que apresenta o estudo da comparação interlaboratorial<br />
da calibração de manômetro analógico, verificando a compatibilidade dos resultados de medição na<br />
faixa de 0 a 1.000 psi. Isso é muito importante, tendo em vista o crescente desenvolvimento industrial<br />
e a globalização das relações comerciais, que zelam pela qualidade e eficiência dos processos.<br />
Já na seção de Metrologia, há uma abordagem acerca da temperatura relacionada aos alimentos<br />
e quanto esse dado é importante para a saúde humana. Além disso, são levantadas outras<br />
questões técnicas sobre o tema, incluindo origens das medições e padronizações nesse quesito.<br />
A <strong>Analytica</strong> <strong>99</strong> também apresenta a seção de Microbiologia, cujo tema são os suplementos<br />
alimentares. Nesse artigo são abordados os microrganismos probióticos, que a cada dia têm<br />
adquirido maior relevância para as indústrias farmacêuticas e de suplementos alimentícios, com<br />
implicações para o controle microbiológico de qualidade e o desenvolvimento desses produtos.<br />
Todos os assuntos apresentados pela revista <strong>Analytica</strong> buscam fomentar o setor industrial, principalmente<br />
nas áreas de controle de qualidade, trazendo para os profissionais do segmento a maior<br />
amplitude possível de novidades e inovações. Neste ano em que se espera muito em crescimento<br />
econômico, recomendamos a todos estarem preparados para isso, com capacitação e conhecimento.<br />
Por fim, não deixe de ler nossa agenda, com os eventos que fomentarão o setor neste ano.<br />
Boa leitura!<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
Fale com a gente<br />
Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Expediente<br />
Realização: DEN Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />
Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />
Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />
Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral<br />
3
REVISTA<br />
Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />
REVISTA<br />
Mídia oficial da Instrumentação e<br />
Controle de Qualidade Industrial<br />
ÍNDICE<br />
Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />
Artigo 1 10<br />
03 Editorial<br />
08 Agenda<br />
Comparação Interlaboratorial<br />
como mecanismo de validação<br />
de resultados de calibração de<br />
manômetros analógiocos<br />
até 1000 PSI<br />
Autores:<br />
*Manoel Paulo da Silva Lima 1<br />
**Antonelly Assis Gregorio de Sousa 2<br />
Artigo 2 16<br />
Avaliação dos nutrientes<br />
presentes nas águas do rio<br />
São Joãozinho, PR<br />
Autores:<br />
Thais de Souza Cordeiro<br />
Tanatiana Motyl<br />
José Roberto Caetano da Rocha*<br />
26 Microbiologia<br />
28 Metrologia<br />
32 Espectrometria<br />
de Massa<br />
4<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Análise de Minerais 34<br />
Informe<br />
36 Científico<br />
44 Em foco
Las do Brasil 31<br />
REVISTA<br />
Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante<br />
pág<br />
Analitica Lab 31<br />
Arena Técnica 41<br />
BCQ 52<br />
FCE Pharma 43<br />
Greiner 47<br />
Anunciante<br />
pág<br />
Las do Brasil 9<br />
Nova Analítica 2 | 15<br />
Prime Cargo 51<br />
Sartorius 49<br />
Veolia 5<br />
Waters 35<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
6<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Conselho Editorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />
Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />
Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />
de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />
Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />
Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />
Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Antonelly Assis Gregorio de Sousa, Claudio Kiyoshi Hirai, Eduardo Pimenta de Almeida Melo, José Carlos Valente de Oliveira, José Roberto Caetano da Rocha,<br />
Manoel Paulo da Silva Lima, Oscar Vega Bustillos, Tanatiana Motyl, Thais de Souza Cordeiro e Victor M. Loayza
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
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A revista <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
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do autor correspondente, com endereço<br />
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deverão constar, seguidos por Resumo,<br />
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texto (com os tópicos Introdução, Materiais<br />
e Métodos, Parte Experimental,<br />
Resultados e Discussão, Conclusão),<br />
Agradecimentos, Referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
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texto com o sobrenome do respectivo<br />
autor, seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
A identificação completa de cada referência<br />
citada no texto deve vir listada<br />
na seção de Referências bibliográficas,<br />
dispostas pelo sobrenome do autor,<br />
seguido da sigla do prenome. Ex.:<br />
CARDOSO, F. H. Na sequência, deverão<br />
constar título e subtítulo do artigo, título<br />
do livro/periódico, volume, número/<br />
fascículo, páginas inicial e final, e ano<br />
(conforme NBR 6023 da ABNT).<br />
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Referências de contribuições ainda<br />
não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />
Tendo em vista que a revista, além de sua natureza técnico-científica, tem um perfil comercial, a decisão sobre a<br />
publicação dos artigos também considera as definições nesta área. Além disso, por questões estratégicas, a revista<br />
é bimestral, o que incorre na possibilidade de menos textos serem publicados, considerando uma média de três<br />
artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos, liberando os autores para disponibilizarem seu<br />
material em outras publicações.<br />
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REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
7
agenda<br />
Agenda 2019<br />
8<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
7º Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos<br />
Data: 15 a 17/04/2019<br />
Local: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP - São Carlos / SP<br />
Informações: eventos.abcm.org.br/mecsol2019/<br />
7th Latin American Pesticide Residue Workshop (LAPRW)<br />
Data: 05 a 09/05/2019<br />
Local: Foz do Iguaçu / PR<br />
Informações: contato@laprw2019.com.br | (55) 3220 9458<br />
3º Congresso Brasileiro de Qualidade em Laboratórios<br />
Data: 25 A 29/03/2019<br />
Local: On Line<br />
Informações: bit.ly/2tmN1gR / +55 31 9202-8224 / congresso@lincect.com.br<br />
FCE Pharma<br />
Data: 21 a 23/05/2019<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: fcepharma.com.br<br />
42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química<br />
Data: 27 a 30/05/2019<br />
Local: Centro de Convenções Expoville - Joinville / SC<br />
Informações: sbq.org.br/42ra<br />
Analitica Latin America<br />
Data: 24 a 26/09/2019<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: analiticanet.com.br<br />
30º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />
Data: 06 a 09/10/2019<br />
Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso - Maceió/AL<br />
Informações: sbmicrobiologia.org.br/30cbm2019/<br />
CURSOS<br />
Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />
18/03 a 01/04 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial NBR ISO/IEC 17025<br />
25/03 a 08/04 - Análise e interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />
01/04 a 17/04 - Gestão de riscos e oportunidades<br />
08/04 a 16/04 - Fundamentos da metrologia<br />
08/04 a 18/04 - Validação de métodos de ensaios<br />
15/04 a 26/04 - Avaliação de conformidade<br />
25/03 a 04/04 - Auditoria Interna<br />
Mais informações em: metrologia.org.br
L<br />
o<br />
re<br />
m
artigo 1<br />
REVISTA<br />
Mídia oficial da Instrumentação e<br />
Controle de Qualidade Industrial<br />
Comparação Interlaboratorial<br />
como mecanismo de validação<br />
de resultados de calibração de<br />
manômetros analógiocos Ano 17 - Edição <strong>99</strong> - Fev/Mar 2019 até 1000 PSI<br />
Autores:<br />
*Manoel Paulo da Silva Lima 1<br />
**Antonelly Assis Gregorio de Sousa 2<br />
1 Universidade Federal Fluminense - UFF<br />
1 Base Almirante Castro e Silva - BACS<br />
2 Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia - INMETRO<br />
2 Agência Naval de Segurança Nuclear e Qualidade - agNSNQ<br />
*contato: manoel.paulo@marinha.mil.br<br />
**gregorio.sousa@marinha.mil.br<br />
oportunamente serão exigidos pela<br />
Agência Naval de Segurança Nuclear<br />
e Qualidade (AgNSNQ) em práticas<br />
dessa natureza.<br />
Palavras-chave: Laboratório. Interlaboratorial.<br />
Calibração. Manômetros.<br />
ABNT NBR ISO/IEC 17025.<br />
ção na<br />
Imagem ilustrativa<br />
10<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Resumo:<br />
Este artigo tem por objetivo apresentar<br />
o estudo da comparação interlaboratorial<br />
da calibração de manômetro<br />
analógico, realizado entre<br />
o laboratório de metrologia da Base<br />
Almirante Castro e Silva (BACS) da<br />
Marinha do Brasil (MB) e um laboratório<br />
de calibração acreditado, designado<br />
como referência, de acordo com<br />
a ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017,<br />
verificando a compatibilidade dos<br />
resultados de medição na faixa de 0<br />
a 1000 psi, utilizando o método de<br />
calibração da comparação direta com<br />
bomba comparativa de pressão, sendo<br />
o desempenho da medição avaliado<br />
pelas técnicas estatísticas do erro<br />
normalizado e z-score.<br />
Com as ressalvas das particularidades<br />
e requisitos dos programas<br />
de comparação interlaboratorial<br />
promovidos por provedores acreditados,<br />
o laboratório da BACS obteve<br />
resultados gerais satisfatórios, com<br />
análises complementares dos comportamentos<br />
dos erros médios em<br />
função da pressão, atingindo requisitos<br />
de maturidade metrológica que<br />
Abstract:<br />
This article intends to show the results<br />
of interlaboratory comparison<br />
of analog pressure gauge calibration,<br />
between the metrology's laboratory<br />
of the Base Almirante Castro<br />
e Silva (BACS) of the Brazilian Navy<br />
(MB) and an accredited calibration<br />
laboratory, designated as reference,<br />
according to ABNT NBR ISO/IEC<br />
17025:2017 verifying the compatibility<br />
of the measurement results in<br />
the range of 0 to 1000 psi, using the<br />
direct comparison calibration method<br />
with pressure pump, the measurement<br />
performance being evaluated<br />
by the statistical techniques of<br />
standard error and z-score.<br />
With the exception of the particularities<br />
and requirements of<br />
the interlaboratorial comparison<br />
programs promoted by accredited<br />
providers, the BACS laboratory obtained<br />
satisfactory general results,<br />
with complementary analyzes of<br />
the behavior of the average errors<br />
as a function of the pressure, reaching<br />
metrological maturity requirements<br />
that will be required by<br />
the Agency in due time Naval Nuclear<br />
Safety and Quality (AgNSNQ)<br />
in practices of this nature.<br />
Key-words: Laboratory. Interlaboratorial.<br />
Calibration. Pressure gauge.<br />
ABNT NBR ISO/IEC 17025.<br />
1. Introdução<br />
Com o crescente desenvolvimento<br />
industrial e a globalização das relações<br />
comerciais, a busca pela qualidade<br />
e eficiência dos processos produtivos<br />
tem exigido o estabelecimento<br />
de requisitos técnicos e de gestão<br />
cada vez mais rigorosos nas fases de<br />
contratação, projeto, desenvolvimento<br />
ou manutenção de produtos.<br />
Para laboratórios de calibração,<br />
os requisitos gerais são estabelecidos<br />
na norma ABNT NBR ISO/IEC<br />
17025:2017, adoção idêntica, em<br />
conteúdo técnico, estrutura e redação,<br />
à ISO/IEC 17025:2017, elaborada<br />
pelo Technical Committee on conformity<br />
assessment (ISO/CASCO), documento<br />
desenvolvido com o objetivo de<br />
promover a confiança na operação de<br />
laboratórios, de modo a permitir que<br />
eles demonstrem que operam competentemente<br />
e que são capazes de<br />
gerar resultados válidos.<br />
Para atendimento ao requisito de<br />
garantia da validade de resultados<br />
(ABNT, 2017), um laboratório de calibração<br />
precisa monitorar periodicamente<br />
a validade dos seus resultados<br />
de calibração. A comparação interlaboratorial<br />
trata-se de um ensaio de<br />
proficiência amplamente utilizado<br />
para calibrações, constituindo de uma<br />
organização, realização e avaliação<br />
de medições nos mesmos ou em
internos de cada laboratório. A figura ilustra também o artefato utili<br />
manômetro analógico classe A2, de 0 a 1000 psi, resolução de 5 psi, f<br />
2. METODOLOGIA<br />
conforme a NBR 14105-1 (ABNT, 2013). Os pontos de medição fora<br />
100, 200, 300, 400, 500, A 600, comparação 700, interlaboratorial 800, 900 e seguiu 1000 as diretrizes psi. para ensaios de pro<br />
itens similares por dois ou mais laboratórios,<br />
de acordo com condições<br />
predeterminadas (ABNT, 2011), sendo<br />
ferramenta essencial para “monitorar<br />
regularmente o desempenho de um<br />
laboratório” (EURACHEM, 2012 apud<br />
SILVA, 2013), além de proporcionar a<br />
identificação de problemas em métodos<br />
utilizados, efetividade de treinamentos<br />
ao pessoal e validação da<br />
incerteza declarada. A recente revisão<br />
da norma 17025, reforça o sentido<br />
de que os ensaios de proficiência são<br />
pilares para garantia da qualidade da<br />
medição.<br />
Nesse sentido, e alinhados aos programas<br />
estratégicos da Marinha do<br />
Brasil (MB), que demandam, além<br />
da capacitação de pessoal e desenvolvimento<br />
de tecnologias, ensaios<br />
e calibrações com confiabilidade<br />
que suportem decisões de projeto,<br />
construção e operação de sistemas<br />
de meios navais com propulsão nuclear,<br />
a Agência Naval de Segurança<br />
Nuclear e Qualidade (AgNSNQ) supervisionará<br />
as respectivas práticas<br />
metrológicas, cujo principal propósito<br />
é elevar a confiabilidade dos ensaios e<br />
calibrações realizador por laboratórios<br />
da MB.<br />
Assim, este artigo tem por objetivo<br />
apresentar o estudo da comparação<br />
interlaboratorial da calibração de manômetro<br />
analógico, realizado entre o<br />
laboratório de metrologia da Base Almirante<br />
Castro e Silva (BACS) da MB,<br />
localizado na Ilha do Mocanguê Grande<br />
– Niterói/RJ, e o laboratório de calibração<br />
CTJ Tecnologia e Confiabilida-de<br />
(designado como referência nesta<br />
comparação), acreditado pela CGCRE<br />
de acordo com Onde: a ABNT NBR ISO/IEC<br />
17025 sob o N° CAL 0477, localizado<br />
na Rodovia Washington Luiz, 14373 –<br />
Duque de Caxias, verificando a compatibilidade<br />
dos resultados de medição<br />
na faixa de 0 a 1000 psi.<br />
Com as ressalvas das particularidades<br />
e requisitos expressos na<br />
NIT-DICLA-026 (INMETRO, 2018),<br />
esse estudo de comparação interlaboratorial<br />
visa a adoção de boas<br />
práticas e a garantia de resultados<br />
confiáveis na calibração de manômetros<br />
dos meios da MB, adequando-se<br />
aos requisitos que serão<br />
exigidos para o reconhecimento de<br />
laboratórios pela AgNSNQ.<br />
De acordo com<br />
análises<br />
a prática<br />
dos dados.<br />
internacional, o desempenho da medição foi<br />
O método de calibração adotado pelos laboratórios foi a comparação direta<br />
estatísticas do erro ao padrão normalizado de cada laboratório, utilizando (OLIVEIRA bomba comparativa et al., de pressão, 2011) e z-score (<br />
conforme ilustrado na figura 1, com dois ciclos completos de carregamento e<br />
2016). Tais métodos descarregamento, são de acordo amplamente com procedimentos internos utilizados de cada laboratório.<br />
A figura ilustra também o artefato utilizado no programa, um manômetro<br />
em avaliações d<br />
resultados de medição (GUIMARÃES et al., 2009).<br />
Figura 1 – Ilustração da calibração do artefato analógico com padrã<br />
Os valores de En 1000 e psi. Z-score foram obtidos pelas equações 1 e 2, respect<br />
En= | Xpart − Xref |<br />
√ Upart 2 al., 2009). (1)<br />
+Uref 2<br />
Zs= | Xpart − Xref |<br />
para tratamento de resultados da NBR ISO/IEC 17043 (ABNT, 2011),<br />
AgNSNQ, por ocasião do início de execução de sua atribuição d<br />
competência de laboratórios na Marinha. A prática consistiu em se<br />
2. Metodologia<br />
A comparação (artefato) interlaboratorial para se-guiu as diretrizes laboratório para ensaios referência de para calibração inicial, seguido da calibração pelo<br />
comparação, preparação e seleção de pontos de m<br />
proficiência e orientações finalizando para tratamento<br />
de resultados comparações da NBR ISO/IEC e análises dos dados.<br />
o programa bilaboratorial com a compilação dos resu<br />
17043 (ABNT, 2011), que será adotada<br />
pela AgNSNQ, por ocasião do<br />
início de execução O método de sua atribuição de calibração adotado pelos laboratórios foi a comparação di<br />
de reconhecimento laboratório, de competência utilizando bomba comparativa de pressão, conforme ilust<br />
de laboratórios dois na Marinha. ciclos A completos prática<br />
consistiu em internos selecionar de o manô-<br />
cada laboratório. A figura ilustra também o artefato utiliz<br />
de carregamento e descarregamento, de acord<br />
metro (artefato) manômetro para a comparação, analógico classe A2, de 0 a 1000 psi, resolução de 5 psi, f<br />
preparação e seleção de pontos de<br />
conforme a NBR 14105-1 (ABNT, 2013). Os pontos de medição fora<br />
medição, transporte ao laboratório<br />
referência para 100, calibração 200, 300, inicial, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 psi.<br />
Figura 1 – Ilustração da calibração do artefato<br />
seguido Figura da calibração 1 – Ilustração pelo laborató-<br />
da calibração analógico com padrão do digital artefato analógico com padr<br />
rio da BACS, finalizando o programa<br />
bilaboratorial com a compilação dos resultados das medições, comparações e<br />
analógico classe A2, de 0 a 1000 psi, resolução de 5 psi, fabricado pela<br />
Ashcroft conforme a NBR 14105-1 (ABNT, 2013). Os pontos de medição<br />
foram pré-definidos em 0, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e<br />
De acordo com a prática internacional, o desempenho da medição foi avaliado<br />
pelas técnicas De acordo estatísticas com do erro a prática normalizado internacional, (OLIVEIRA et al., o desempenho 2011) e da medição foi a<br />
z-score (FRADIQUE; estatísticas INGLÊS, 2016). do erro Tais normalizado métodos são amplamente (OLIVEIRA utilizados et al., 2011) e z-score (F<br />
em avaliações de 2016). compatibilidade Tais métodos de resultados são de amplamente medição (GUIMARÃES utilizados et em avaliações d<br />
resultados de medição (GUIMARÃES et al., 2009).<br />
Os valores de En e Z-score foram obtidos pelas equações 1 e 2, respectivamente:<br />
Os valores de En e Z-score foram obtidos pelas equações 1 e 2, respecti<br />
En= (2)<br />
| Xpart − Xref |<br />
(1)<br />
√ Upart 2 +Uref 2<br />
Onde:<br />
| Xpart − Xref |<br />
Zs=<br />
s<br />
En = Erro normalizado;<br />
En = Erro normalizado;<br />
Xpart: resultado Onde: do erro médio do ponto de medição, obtido pela BACS;<br />
Xpart: resultado do erro de medição, obtido pela BACS<br />
Xref: resultado En do = erro Erro médio normalizado;<br />
ponto de medição, obtido pelo laboratório<br />
Xref: resultado de do referência; erro médio Xpart: resultado ponto do erro de médio medição, do ponto de obtido medição, obtido pelo pela labora BACS<br />
Upart: incerteza Xref: expandida resultado no ponto do de erro medição, médio obtido pela ponto BACS; de medição, obtido pelo laborató<br />
Upart: incerteza Uref: expandida incerteza expandida no no ponto de medição, de medição, obtido pelo laboratório obtido de pela BACS;<br />
(2)<br />
Upart: incerteza expandida no ponto de medição, obtido pela BACS;<br />
referência.<br />
Zs = Z-score;<br />
s: desvio padrão dos erros obtidos no ponto de medição.<br />
O desempenho foi avaliado de acordo com os seguintes critérios:<br />
En ≤ 1,0: resultado satisfatório;<br />
En > 1,0: resultado insatisfatório;<br />
|Zs| ≤ 2,0: resultado satisfatório;<br />
2
12<br />
artigo 1<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
desempenho foi avaliado de acordo com os seguintes critérios:<br />
O desempenho foi avaliado de acordo com os seguintes critérios:<br />
En 1,0: resultado satisfatório;<br />
En ≤ 1,0: resultado satisfatório;<br />
En 1,0: resultado insatisfatório;<br />
En > 1,0: resultado insatisfatório;<br />
|Zs| 2,0: resultado satisfatório;<br />
|Zs| ≤ 2,0: resultado satisfatório;<br />
2
1000,0 <strong>99</strong>5,7 4,6 3,1 0,5 4,6<br />
Pelos critérios de análise do desempenho, o laboratório da BACS obteve resultados<br />
satisfatórios em todos os pontos pelo erro normalizado e resultados não satisfatórios nos<br />
pontos 900 e 1000 psi pelo z-score.<br />
A figura 2 ilustra o gráfico de comportamento dos erros médios em função da pressão, com a<br />
observação de que os resultados obtidos pela BACS estão dentro do intervalo de tolerância<br />
admitida pela classe de exatidão do artefato (ABNT, 2013), tomando por base os erros da<br />
medição de referência.<br />
Figura 22 – Comportamento dos erros médios por por ponto ponto de medição de medição<br />
4. CONCLUSÕES<br />
4. Conclusões<br />
As comparações interlaboratoriais<br />
As comparações interlaboratoriais objetivam avaliar e comparar<br />
Referências<br />
os resultados para uma<br />
objetivam avaliar e comparar os resultados<br />
para uma mesma calibra-<br />
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).<br />
mesma calibração, determinando o desempenho dos laboratórios, ABNT com NBR base 14105-1:2013. num Medidores referencial, de pressão – Parte<br />
além de proporcionar a avaliação das condições da calibração, efetividade 1: Medidores analógicos de treinamentos de pressão com sensor e de elemento<br />
elástico – Requisitos de fabricação, classificação,<br />
ção, determinando o desempenho<br />
prover confiança aos clientes e organismos acreditadores (ILAC, 2008). A iniciativa das<br />
dos laboratórios, com base num<br />
ensaios e utilização. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.<br />
Organizações Militares envolvidas neste estudo está alinhada com Associação as diretrizes Brasileira de estratégicas<br />
Normas Técnicas (ABNT).<br />
referencial,<br />
para<br />
além<br />
a metrologia<br />
de proporcionar<br />
brasileira (CONMETRO, 2017), que visam incentivar ABNT NBR ISO/IEC a implementação 17025. Requisitos gerais depara a competência<br />
de laboratórios de ensaio e calibração. Rio de<br />
a avaliação<br />
novos<br />
das condições<br />
sistemas metrológicos<br />
da calibração,<br />
efetividade de treinamen-<br />
Janeiro: ABNT, 2017.<br />
e a expansão dos existentes nas organizações públicas.<br />
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).<br />
tos e prover<br />
Na<br />
confiança<br />
avaliação<br />
aos<br />
de<br />
clientes<br />
compatibilidade dos resultados de medição pelo ABNT erro NBR normalizado, ISO/IEC 17043. Avaliação nota-se de conformidade<br />
e organismos<br />
que<br />
acreditadores<br />
os resultados<br />
(ILAC,<br />
– requisitos gerais para ensaios de proficiência. Rio de<br />
do laboratório da BACS são confiáveis e satisfatórios, Janeiro: ABNT, haja 2011. vista que todos<br />
2008). A iniciativa<br />
os valores<br />
das<br />
de En<br />
Organizações<br />
Militares envolvidas neste es-<br />
Qualidade Industrial – CONMETRO. Resolução no 01,<br />
são menores que 1,0.<br />
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e<br />
tudo está alinhada com as diretrizes<br />
estratégicas para a metrologia pelo critério z-score, estes não GUIMARÃES, J. V.; DIAS, M. H. Costa; SANTOS, José<br />
de 26 de julho de 2017. Diretrizes Estratégicas para a<br />
Metrologia Brasileira 2018-2022. 2017. 71 p.<br />
brasileira (CONMETRO, 2017), que ficam inválidos, haja vista a compatibilidade<br />
confirmada pelo erro patibility (EMC) labs in Brazil by measurement compa-<br />
C. A. dos. Proficiency testing of electromagnetic com-<br />
visam incentivar a implementação<br />
risons. Measurement Science and Technology. Vol. 20.<br />
de novos sistemas metrológicos e normalizado e as linhas de tendências<br />
paralelas observadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-<br />
2009. doi:10.1088/0957-0233/20/11/115107.<br />
a expansão dos existentes nas organizações<br />
públicas.<br />
comportamento dos erros médios. logia (INMETRO). NIT-DICLA-021. Expressão da incerteza<br />
de medição por laboratórios de calibração. Rio de<br />
Na avaliação de compatibilidade A operação consistente e as técnicas<br />
apresentadas denotam com-<br />
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-<br />
Janeiro, INMETRO, 2013.<br />
dos resultados de medição pelo<br />
nologia (INMETRO). NIT-DICLA-026. Requisitos para a<br />
erro normalizado, nota-se que os petência e maturidade metrológica Participação de Laboratórios em Atividades de Ensaio<br />
resultados do laboratório da BACS do laboratório da BACS que coadunará<br />
com as futuras exigências da International Laboratory Accreditation Cooperation<br />
de Proficiência. Rio de Janeiro, INMETRO, 2018.<br />
são confiáveis e satisfatórios, haja<br />
(ILAC). Benefícios para Laboratórios que Participam dos<br />
vista que todos os valores de En AgNSNQ.<br />
Programas de Ensaio de Proficiência. Austrália: ILAC,<br />
são menores que 1,0.<br />
2008. Disponível em: < http://www.inmetro.gov.br/<br />
Observando a qualidade das calibrações<br />
através do comportamento Os autores agradecem aos mi-<br />
OLIVEIRA, J. S.; COUTO, P. R. G.; OLIVEIRA, L. H. Para-<br />
5. Agradecimentos<br />
credenciamento/ILACPTPortugeseR.pdf >. Acesso em<br />
04 de outubro de 2018.<br />
dos erros médios em função da litares e civis envolvidos nas calibrações,<br />
a empresa CTJ Tecnolo-<br />
no intervalo de medição de 500 hPa a 1100 hPa. In: VI<br />
guassu de; Nunes, C. da S.; França, S. de C.; Riccomini,<br />
F. R.; Antunes, A. R. S. Comparação de pressão absoluta<br />
pressão, evidencia-se que os resultados<br />
estão contidos no intervalo<br />
de ± 2,5 psi, que representa a e cordialidade, e aos Comandos Do VI Congresso Brasileiro de Metrologia, 2011.<br />
gia e Confiabilidade pela presteza Congresso Brasileiro de Metrologia, 2011, Natal. Anais<br />
SILVA, Mário A. F. da; COSTA, Stella R. R. da; NOGUEImetade<br />
da tolerância admitida pela da Agência Naval de Segurança RA, R.; MOURA, Mário H. de. Causas-raiz de resultados<br />
classe de exatidão do artefato. Nuclear e Qualidade (AgNSNQ) e insatisfatórios em ensaios de proficiência na acreditação<br />
de laboratórios de calibração: diagnóstico de inves-<br />
Apesar dos resultados insatisfatórios<br />
nos pontos 900 e 1000 psi (BACS) pelo incentivo e apoio.<br />
celência em Gestão e Tecnologia, 2013, Rio de<br />
da Base Almirante Castro e Silva<br />
tigações realizadas pelos laboratórios. Simpósio de Ex-<br />
Janeiro.<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
13
Complemento Normativo<br />
Referente ao artigo: 1<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />
Arena Técnica<br />
artigo 1<br />
comparação interlaboratorial<br />
como mecanismo de validação<br />
de resultados de calibração de<br />
manômetros analógicos até 1000psi.<br />
14<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
DOQ-CGCRE-017<br />
Orientação para realização de calibração de medidores analógicos<br />
de pressão.<br />
Norma publicada em: 04/2018. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma publicada recentemente.<br />
Entidade: INMETRO.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />
asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />
ABNT NBR ISO/IEC 17025<br />
Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e<br />
calibração<br />
Norma publicada em: 12/2017. / Status: Vigente<br />
Classificação 1: Certificação de produtos e de empresas. Avaliação da conformidade.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ABNT.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Resumo: Este documento especifica os requisitos gerais para a competência,<br />
imparcialidade e operação consistente de laboratórios.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=384244<br />
NIT-DICLA-026<br />
Requisitos para a Participação de Laboratórios em Atividades de Ensaio<br />
de Proficiência.<br />
Norma publicada em: 03/2018. / Status: Vigente<br />
Classificação 1: Norma publicada recentemente.<br />
Entidade: INMETRO.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />
asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />
ABNT NBR ISO/IEC 17043<br />
Avaliação da conformidade — Requisitos gerais para ensaios de proficiência<br />
Norma publicada em: 08/2017. / Status: Vigente<br />
Classificação 1: Certificação de produtos e de empresas. Avaliação da conformidade.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ABNT.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Resumo: Esta Norma especifica requisitos gerais para a competência de<br />
provedores de ensaio de proficiência e para o desenvolvimento e operação<br />
de programas de ensaio de proficiência. Estes requisitos gerais s e aplicam a<br />
todos os tipos de programas de ensaios de proficiência e podem ser utilizados<br />
como base para requisitos técnicos específicos em campos específicos de<br />
aplicação.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx<br />
ABNT NBR ISO/IEC 14105-1<br />
Medidores analógicos de pressão com sensor de elemento elástico —<br />
Requisitos de fabricação, classificação, ensaios e utilização<br />
Norma publicada em: 03/2013/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Medição de força, peso e pressão.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ABNT.<br />
País de procedência/Região: Brasil<br />
Resumo: Esta parte da ABNT NBR 14105 estabelece os critérios para a<br />
fabricação, classificação, ensaios e utilização dos manômetros, vacuômetros<br />
e manovacuômetros com sensor de elemento elástico para indicação de pressão<br />
e/ou vácuo para uso industrial.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx<br />
FOR-CGCRE-008<br />
Informações sobre a participação do laboratório em atividades de<br />
ensaio de proficiência conforme Nit-Dicla-026.<br />
Norma publicada em: 11/2018 / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Entidade: INMETRO.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />
asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />
NF EN 472<br />
Pressure gauges with electrical limit contact devices<br />
Norma publicada em: 12/1<strong>99</strong>4/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Entidade: AFNOR.<br />
País de procedência/Região: França.<br />
https://www.boutique.afnor.org/standard/nf-en-472/pressure-gauges-vocabulary/article/780815/fa024032<br />
DIN 14421<br />
Pressure gauges (manometer) for fire pumps<br />
Norma publicada em: 04/2017/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Entidade: DIN.<br />
País de procedência/Região: Alemanha<br />
https://www.beuth.de/en/standard/din-14421/267929410
artigo 2<br />
Avaliação dos nutrientes<br />
presentes nas águas<br />
do Rio São Joãozinho, PR<br />
Autores:<br />
Thais de Souza Cordeiro<br />
Tanatiana Motyl<br />
José Roberto Caetano da Rocha*<br />
Universidade Estaual do Paraná - Campus Paranaguá/Colegiado de<br />
Ciências Biológicas<br />
Contato: jose.rocha@unespar.edu.br<br />
Imagem ilustrativa<br />
16<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Resumo<br />
Com esse estudo avaliou-se os nutrientes presentes nas<br />
águas do rio São Joãozinho, bem como outros parâmetros<br />
físico-químicos que avaliaram a potabilidade e balneabilidade<br />
do referido rio. Esse rio está localizado no município de Pontal<br />
do Paraná, litoral do estado do Paraná. As amostras foram<br />
coletadas em dois períodos distintos do ano (o considerado<br />
de alta temporada e o de baixa temporada) e em nove pontos<br />
do referido rio, sendo que os parâmetros avaliados foram:<br />
nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, fosfato, turbidez, sólidos<br />
totais, pH e temperatura. Na quantificação dos íons utilizou-<br />
-se a técnica espectrofotométrica, especificamente o método<br />
azul de molibdênio para determinar o fósforo e os métodos<br />
de Griess e indofenol para determinar concentrações do elemento<br />
nitrogênio. Os resultados obtidos demonstraram que<br />
o Rio São Joãozinho ainda se encontra preservado da ação<br />
antrópica, devido principalmente ao pouco volume de água<br />
do leito do rio e ao seu difícil acesso.<br />
Palavras-chaves Nutrientes fosfatados, nutrientes<br />
nitrogenados, contaminação antrópica.<br />
Abstract<br />
This study evaluated the nutrients present in the waters<br />
of the São Joãozinho river, as well as other physical and<br />
chemical parameters that evaluated the potability and<br />
balneability of the river. This river is located in the municipality<br />
of Pontal do Paraná, on the coast of the state of Paraná.<br />
The samples were collected in two distinct periods of the<br />
year (considered high season and low season) and in nine<br />
points of the river, and the parameters evaluated were: nitrate,<br />
nitrite, ammoniacal nitrogen, phosphate, turbidity, total solids,<br />
pH and temperature. In the quantification of the ions the<br />
spectrophotometric technique was used, specifically the blue<br />
molybdenum method to determine the phosphorus and the<br />
Griess and indophenol methods to determine nitrogen element<br />
concentrations. The results obtained demonstrated that the<br />
São Joãozinho River is still preserved from anthropogenic<br />
action, mainly due to the low volume of water from its riverbed<br />
and its difficult access.<br />
Key-Words: Phosphates Nutrients, nitrogenous nutrients,<br />
anthropic contamination.
Introdução<br />
Com o passar do tempo, os ecossistemas<br />
aquáticos incorporam<br />
substâncias provenientes de causas<br />
naturais, ou seja, sem nenhuma<br />
contribuição humana. Normalmente<br />
essas concentrações são baixas,<br />
porém mesmo elas alteram o<br />
comportamento químico do corpo<br />
hídrico e seus usos mais relevantes.<br />
Entretanto, por vários fatores,<br />
algumas substâncias são lançadas<br />
intencionalmente em águas superficiais<br />
pela ação do homem, entre esses<br />
fatores se destacam a ocupação<br />
e o uso do solo (REIS; CAVALLET;<br />
ROCHA, 2014). Essa interferência<br />
antrópica produz sérios problemas<br />
na qualidade da água que é utilizada<br />
nas diferentes necessidades<br />
do consumo humano, e assim são<br />
necessárias investigações e investimentos<br />
para a recuperação desse<br />
recurso hídrico atingido (ROCHA;<br />
ROSA; CARDOSO, 2009).<br />
Nesse sentido, em rios e riachos<br />
próximos a esse tipo de atividade<br />
humana ocorre o processo de eutrofização<br />
das águas, devido a introdução<br />
elevada de macro-nutrientes na<br />
manutenção do solo. A eutrofização<br />
desse recurso hídrico é facilmente<br />
observável nas margens do mesmo,<br />
visto que se verifica o excesso de<br />
florações nessas margens, e também<br />
o assoreamento das mesmas<br />
(CUNHA; ROCHA, 2015). Assim o<br />
processo de eutrofização diminui a<br />
penetração de luz solar nas águas<br />
mais profundas, bem como a quantidade<br />
de oxigênio dissolvido nessa<br />
região e por sua vez a diminuição da<br />
diversidade de espécies aquáticas<br />
nesse ambiente hídrico (BRANCO,<br />
1986). Por esse motivo é importante<br />
avaliar o nível desses íons nessas<br />
reservas de águas continentais.<br />
Normalmente o processo de eutrofização<br />
dessas águas superficiais<br />
é desencadeado pelo excesso de nutrientes,<br />
que tenham em sua estrutura<br />
os elementos nitrogênio e fósforo, nas<br />
suas formas solúveis (SMAHA, GOBBI,<br />
2003). Não esquecendo que esses<br />
elementos estão entre os principais<br />
nutrientes que limitam a produtividade<br />
primária de grãos na agricultura,<br />
sendo assim a disponibilidade dos<br />
mesmos também influência a variedade<br />
e abundância dos organismos<br />
aquáticos (MARGUTI; FERREIRA FI-<br />
LHO; PIVELI, 2008).<br />
No caso do nitrogênio, ele chega<br />
aos ambientes aquáticos por três<br />
caminhos específicos: pelas solubilização<br />
de espécies gasosas em<br />
águas provenientes das chuvas, pela<br />
fixação biológica e pela origem alóctone,<br />
ou seja, depósitos realizados<br />
nessa região em que o elemento não<br />
era encontrado, mas foi transportado<br />
pelo recurso hídrico até esse local.<br />
Portanto os níveis de concentração de<br />
suas formas dissolvidas em um corpo<br />
hídrico são influenciados pelo tipo<br />
de vegetação e atividades do mesmo<br />
(FRANÇA; MORAES; ROCHA, 2017).<br />
As principais formas que o elemento<br />
nitrogênio é encontrado nos sistemas<br />
aquáticos são a amônia (NH3), o amônio<br />
(NH4+), o nitrito (NO2-), o nitrato<br />
(NO3-) e as diversas formas orgânicas<br />
dissolvidas e particuladas no seu entorno<br />
(SPIRO; STIGLIANI, 2009).<br />
O elemento nitrogênio, segundo<br />
Reis et al (2006), ocupa posição<br />
de destaque entre os elementos<br />
essenciais ao desenvolvimento de<br />
plantas. Ele está diretamente ligado<br />
a diferentes processos vitais que<br />
são vinculados ao desenvolvimento<br />
de plantas e seres vivos.<br />
Em meio aquático aeróbico prevalece<br />
a espécie mais oxidada do elemento<br />
nitrogênio, ou seja, nitrato (BAIRD,<br />
2008). Durante o processo natural de<br />
nitrificação do íon amônio e sua base<br />
fraca amônia são oxidadas por bactérias<br />
nitrosomonas formando nitrito<br />
e por bactérias nitrobácter formando<br />
o nitrato (BRANCO, 1986). Esse processo<br />
natural é facilitado na presença<br />
de espécies químicas oxidantes, que<br />
normalmente são adicionadas ao<br />
meio ambiente de forma intencional.<br />
Em ambos os casos as constantes de<br />
ionização de ácidos fracos e de bases<br />
fracas, aliado ao Princípio de Le<br />
Chatelier facilitam e promovem esse<br />
processo oxidativo (BROWN; LEMAY;<br />
BURSTEN, 2007).<br />
Já o fósforo é um elemento escasso<br />
na biosfera, porém essencial<br />
para o funcionamento e crescimento<br />
dos organismos vivos, e por sua vez<br />
daqueles presentes nos recursos<br />
aquáticos. Por ocorrer naturalmente<br />
em baixas concentrações, ele<br />
é considerado, em ecossistemas<br />
aquáticos, como o principal fator limitante<br />
de produtividade e por isso<br />
é apontado como um dos maiores<br />
responsáveis pelos processos de<br />
eutrofização (CASSOL et al, 2012).<br />
Devido às consequências da falta<br />
ou do excesso desses nutrientes nos<br />
corpos d'água é importante determinar<br />
as concentrações desses íons que<br />
estão disponíveis. O método oficial<br />
para se determinar a concentração de<br />
nitrito, e o mais frequentemente usado,<br />
é baseado na reação de Griess.<br />
Nesse processo ocorre a reação do<br />
nitrito, em meio ácido, com solução<br />
de sulfanilamida e o dicloridrato de<br />
naftil-1-etilenodiamina, obtendo-se<br />
assim uma solução rósea que apresenta<br />
maior intensidade de luz absorvida<br />
no comprimento de onda 545nm<br />
em relação à luz monocromática que<br />
foi inicialmente incidida na amostra<br />
(GREEN et al, 1982).<br />
Para quantificar o íon nitrato aplica-se<br />
a mesma metodologia utilizada<br />
para quantificar o íon nitrito. Como o<br />
íon nitrato não reage com as espécies<br />
anteriormente citadas, se processa a<br />
prévia redução do nitrato presente na<br />
amostra a nitrito conforme Equação<br />
4 (CORREA; ZACHARIAS; ROCHA,<br />
2016). Esse processo pode acontecer<br />
utilizando diferentes agentes<br />
redutores, no caso específico desse<br />
trabalho foi utilizado o zinco metálico<br />
conforme pode ser observado na<br />
equação 4 (HARRIS, 2001).<br />
O íon NH4+ pode ser determinado<br />
por diferentes metodologias analíticas,<br />
sendo que as mais utilizadas são<br />
as metodologias espectrofotométricas:<br />
método do indofenol (reação de<br />
Berthelot), procedimento de difusão<br />
de gás/indicador ácido-base e do reagente<br />
de Nessler (STANDEN; TALIA-<br />
ARD, 1<strong>99</strong>7; SILVA et al, 2006).<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
17
artigo 2<br />
18<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Autores:<br />
Thais de Souza Cordeiro<br />
Tanatiana Motyl<br />
José Roberto Caetano da Rocha*<br />
(reação de Berthelot), procedimento de difusão de gás/indicador ácido-base e do<br />
reagente de Nessler (STANDEN; TALIAARD, 1<strong>99</strong>7; SILVA et al, 2006).<br />
NO<br />
Zn<br />
NO<br />
NO<br />
(s)<br />
(g)<br />
+ 4H<br />
↔Zn<br />
+ 2H<br />
+ 3e<br />
−<br />
+ −<br />
aq)(3)(<br />
+ 2e<br />
↔NO<br />
↔NO<br />
+ 2H<br />
____________________________________________________________<br />
-<br />
3(aq)<br />
+ H O<br />
+ 2<br />
( aq<br />
+<br />
aq)( s)(<br />
-<br />
↔Zn<br />
+ 2H<br />
O<br />
g)( 2<br />
−<br />
+ −<br />
l)(2 aq)(2)(<br />
+ Zn<br />
+ e<br />
+ H O<br />
l)(<br />
+ NO<br />
+ 2<br />
−<br />
o<br />
aq)(<br />
l)(2)(2<br />
aq<br />
= + 0,96VE Eq.1<br />
0,763V E<br />
Eq.2<br />
= - 1,00V Eq.3 E<br />
= + 0,723V E Eq.4<br />
Já para determinar a concentração do elemento fósforo presente em águas<br />
Já para realiza-se determinar os ensaios a concentração<br />
do elemento fósforo presente em Paranaense e de outros estados em<br />
analíticos por onde aplicando transitam a turistas técnica do estado espectrofotométrica determinações analíticas região (RICE do et<br />
visível em 660nm. Os íons ortofosfatos se combinam com soluções<br />
al, 2012).<br />
de ácido ascórbico,<br />
águas realiza-se os ensaios analíticos visita a esse litoral, além de margearem<br />
diferentes e ácido propriedades nítrico rurais formando da realizados um complexo no pHmetro azul de bancada de<br />
Os ensaios potenciométricos foram<br />
aplicando glicerina, a técnica molibdato espectrofotométrica<br />
na<br />
de amônio<br />
molibdênio<br />
região do visível<br />
que<br />
em<br />
é<br />
660nm.<br />
quantificado<br />
região<br />
quando<br />
litorânea.<br />
se produz uma curva<br />
modelo<br />
analítica<br />
PHS-3E<br />
de<br />
PHTEK<br />
fósforo<br />
após<br />
na<br />
a calibração<br />
do equipamento com solução<br />
Os íons ortofosfatos se combinam<br />
com soluções forma de de ácido fosfato. ascórbico, A glicerina,<br />
luz monocromática Parte Experimental que é incidida em tampão cada pH uma 7,0 e com das solução soluções tampão<br />
padrões<br />
molibdato<br />
produzidas<br />
de amônio e<br />
é<br />
ácido<br />
absorvida, a) Área sendo de estudo que esse processo de absorção<br />
pH 4,0. Já as<br />
obedece<br />
determinações<br />
a Lei<br />
de<br />
de<br />
turbidez<br />
das amostras foram realizadas<br />
nítrico formando um complexo azul de A área de interesse desse estudo<br />
molibdênio Lambert-Beer que é quantificado (MASINI, quando<br />
se produz uma<br />
2008). foi às imediações do Rio São Joãozinho<br />
avaliadas quando o mesmo as concentrações cruza a Rodovia de<br />
no turbidímetro digital portátil TU2106<br />
Nesse<br />
curva<br />
estudo<br />
analítica<br />
foram<br />
de<br />
AKSO,<br />
nutrientes<br />
após a<br />
nitrogenados<br />
calibração equipamento<br />
com solução 0 NTU e poste-<br />
e<br />
fósforo na forma de fosfato. A luz monocromática<br />
fosfatados que é incidida presentes em cada nas águas Ao entorno do Rio da São ponte Joãozinho. posicionada Esse riormente é com um solução dos afluentes 100 NTU.<br />
Engenheiro Argus Thá Heyn (PR-407).<br />
uma das<br />
localizado<br />
soluções padrões<br />
do lado<br />
produzidas<br />
direito do sobre Rio o Guaraguaçú, referido rio foram sendo retiradas que a confluência<br />
Os ensaios<br />
desses<br />
espectrofotométricos<br />
dois rios<br />
é absorvida, sendo que esse processo amostras de oito posições geográficas foram realizados no espectrofotômetro<br />
Latitude UV/Vis SP-22 25 o Biospectro, 86’88’’ sul sendo<br />
de absorção está localizada obedece a Lei no de município Lambert-Beer<br />
diferentes. de Pontal Já do a amostra Paraná de apresentando número<br />
e Longitude<br />
(MASINI, 2008).<br />
48 o 72’38’’ oeste. nove foi O retirada Rio na Guaraguaçú desembocadura é considerado<br />
que todas as medidas<br />
um dos<br />
analíticas<br />
mais<br />
das<br />
Nesse estudo foram avaliadas as do referido rio com o Rio Guaraguaçú.<br />
Paranaense Todos os pontos devido geográficos ao volume estão terminação de água do e das branco, atividades que consistiu<br />
amostras foram precedidas pela de-<br />
concentrações importantes de nutrientes rios do nitrogenados<br />
litoral<br />
pesqueiras<br />
e fosfatados<br />
no<br />
presentes<br />
mesmo<br />
nas<br />
(SATO; descritos ANGULO, na Tabela 1. 2002). A importância da adição dos reativos de avaliar específicos as que<br />
águas do Rio São Joãozinho. Esse b) Metodologia<br />
formam o complexo colorido em água<br />
rio é um características dos afluentes localizado físico-químicas do Todas águas soluções do Rio São utilizadas Joãozinho destilada está no sem fato a adição de que da amostra. tanto<br />
lado direito o Rio do Guaraguaçú, Rio Guaraguaçú, como sendo<br />
que a confluência desses dois ram preparadas com reagentes de amoniacal foi determinada espectro-<br />
o seu nas afluente determinações cruzam analíticas a Rodovia fo-<br />
Engenheiro A concentração Argus Thá do Heyn nitrogênio<br />
rios está (PR-407) localizada que no município é uma das de rodovias grau analítico por onde utilizando transitam água turistas destilada<br />
litoral, para solubilizar além de margearem os mesmos. diferentes a reação propriedades amostra pelo método rurais infotometricamente<br />
do estado Paranaense em 630nm, e de após<br />
Pontal outros do Paraná estados apresentando em visita La-titude 25o86’88’’ sul e Longitude As medidas experimentais foram dofenol (STANDEN; TALIAARD, 1<strong>99</strong>7;<br />
esse<br />
48o72’38’’ da região oeste. O litorânea. Rio Guaraguaçú realizadas no Laboratório de Avaliação<br />
dos Impactos Ambientais de nitrogênio na forma de nitrato e ni-<br />
SILVA et al, 2006). As concentrações<br />
é considerado um dos mais importantes<br />
rios do litoral Paranaense devido da Região de Paranaguá (LAVIMA) trito foram determinadas pelo método<br />
ao volume PARTE de água EXPERIMENTAL<br />
e das atividades com temperatura de 23±2oC. de Griess em 545nm (GREEN et al,<br />
pesqueiras a) no mesmo Área de (SATO; estudo ANGU- Os métodos analíticos realizados<br />
para determinar quantitati-<br />
íon nitrato ocorreu após a sua redução<br />
1982), sendo que a determinação do<br />
LO, 2002). A importância de avaliar<br />
as características A físico-químicas área de interesse das vamente desse os estudo íons dissolvidos foi às imediações nas a nitrito do utilizando Rio São zinco Joãozinho em pó (CORáguas<br />
quando Rio São o Joãozinho mesmo cruza está no a Rodovia águas do Engenheiro Rio São Joãozinho, Argus bem Thá Heyn REA; ZACHARIAS; (PR-407). ROCHA, Ao entorno 2016).<br />
fato de que tanto o Rio Guaraguaçú, como para avaliar parâmetros físicos<br />
o referido são aqueles rio foram considerados retiradas amostras fósforo foi determinada oito posições espectrofo-<br />
A forma inorgânica do elemento<br />
como da o seu ponte afluente posicionada cruzam a Rodovia<br />
geográficas Engenheiro Argus diferentes. Thá Heyn Já a oficiais amostra por de entidades número nove que reali-<br />
foi retirada tometricamente na desembocadura pelo método azul do de<br />
sobre<br />
(PR-407) que é uma das rodovias zam monitoramento ambiental ou molibdênio em 660nm (MASINI, 2008).<br />
referido rio com o Rio Guaraguaçú. Todos os pontos geográficos estão descritos na<br />
Tabela 1.<br />
o<br />
o<br />
o<br />
= +
Resultados e<br />
Discussão<br />
O primeiro ensaio analítico realizado<br />
foi a medição dos valores<br />
de temperatura da amostra e os<br />
valores de temperatura do ar logo<br />
acima da amostra. Assim é possível<br />
indicar se está ocorrendo algum<br />
processo antrópico no local. Pois<br />
quanto mais próximo do equilíbrio<br />
entre as duas temperaturas menor<br />
é a possibilidade do fato. Na tabela<br />
2 são apresentados esses valores<br />
de temperatura, onde se percebe<br />
que a maior diferença é de 3oC.<br />
Os resultados dos ensaios gravimétricos<br />
realizados, para determinar a<br />
concentração de resíduos sólidos dissolvidos,<br />
estão representados na Tabela<br />
3. Por eles se percebe que esses<br />
valores estão abaixo dos valores preconizados<br />
pela Resolução 357/2005<br />
do Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />
(CONAMA). Nessa resolução<br />
o Conselho indica que, para esse tipo<br />
de recurso hídrico, os valores de resíduos<br />
sólidos dissolvidos não devem<br />
exceder a 500mg L-1. Demonstrando<br />
assim que nesse parâmetro físico-<br />
-químico o Rio São Joãozinho está<br />
dentro da normalidade.<br />
Ao observar os resultados analíticos<br />
apresentados na Figura 1, se percebe<br />
que todos os resultados obtidos<br />
em relação à concentração do íon fosfato,<br />
nas amostras de água do Rio São<br />
Joãozinho, estão acima da concentração<br />
máxima estabelecida pela Resolução<br />
357/2005 do CONAMA, ou seja,<br />
acima de 0,15mg L-1 do elemento<br />
fósforo na forma de fosfato. O resultado<br />
de maior concentração observado<br />
apresentou valor de quase 20 vezes<br />
acima do limite máximo estabelecido<br />
pela referida resolução. Verifica-se<br />
ainda que os valores da concentração<br />
de fósforo que foram obtidos durante<br />
a alta temporada são ligeiramente<br />
menores do que aqueles observados<br />
na baixa temporada. Provavelmente<br />
devido ao fato que nesse período do<br />
ano ocorrem maiores precipitações<br />
de água e desta forma maior diluição<br />
dos recursos hídricos avaliados. Já na<br />
época de baixa temporada o volume<br />
de precipitação de chuvas é menor e<br />
assim ocorre o aumento na concentração<br />
desse íon nessas águas continentais.<br />
Esses valores extremamente<br />
altos já foram percebidos por outros<br />
autores, sendo que os mesmo sugerem<br />
que o processo de contaminação<br />
está centrado na Gestão de Descarga<br />
de fertilizantes do Porto de Paranaguá<br />
é deficitário e arcaico. A Baía de<br />
Paranaguá recebe essa carga alta de<br />
fertilizante que são transferidos para<br />
os diferentes rios do litoral através do<br />
processo de marés.<br />
Além do elemento fósforo, outro<br />
parâmetro que apresentou valores<br />
diferentes daqueles estimados pela<br />
Resolução 357/2005 do CONAMA<br />
foi o pH, sendo que os mesmos estão<br />
representados na Figura 2. Percebe-<br />
-se que em ambos os períodos de<br />
amostragem os valores de pH estão<br />
abaixo da norma estabelecida para<br />
corpos hídricos da classe 3, ou seja,<br />
aqueles destinados para o consumo<br />
humano, após tratamento convencional<br />
ou avançado; para irrigação<br />
de culturas arbóreas, cerealíferas e<br />
forrageiras; para a pesca amadora;<br />
para a recreação de contato secundário;<br />
e também para eliminar a sede<br />
de animais cujo habitat é no entorno<br />
do referido recurso hídrico (BRASIL,<br />
2005). Esse resultado pode estar<br />
relacionado com a concentração<br />
de matéria orgânica dissolvida nas<br />
águas desse rio. Embora não foram<br />
realizados testes para determinar<br />
essa concentração é visível a presença<br />
dessas substâncias quando se<br />
observa a coloração dessas águas.<br />
Os valores de concentração de nitrogênio<br />
amoniacal são apresentados<br />
na Figura 3. Neles se percebe que<br />
esses valores se apresentam abaixo<br />
da especificação máxima estabelecida<br />
pela Resolução No 357/2005<br />
CONAMA, ou seja, 3,7mg L-1 de [N<br />
- NH4+] para águas cujos valores de<br />
pH sejam inferiores a 7,5. Observa-<br />
-se que durante a alta temporada a<br />
concentração de nitrogênio amoniacal<br />
é menor do que no período de<br />
baixa temporada. Esse fato é explicado<br />
pelas mesmas ocorrências<br />
relacionadas as concentrações de<br />
fosfato, ou seja, período do ano onde<br />
ocorrem os maiores valores de precipitação<br />
das chuvas.<br />
Outro fato importante relacionado<br />
com as concentrações de nitrogênio<br />
amoniacal são os valores de pH<br />
das amostras avaliadas. Se percebe<br />
que quanto maiores são os valores<br />
da concentração de nitrogênio<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
19
artigo 2<br />
Autores:<br />
Thais de Souza Cordeiro<br />
Tanatiana Motyl<br />
José Roberto Caetano da Rocha*<br />
20<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
amoniacal, menores são os de pH<br />
observados. Esse evento se explica<br />
pelo processo de solubilização do gás<br />
amônia (NH3) e posterior formação do<br />
íon amônio (NH4+). Em seguida o íon<br />
amônio sofre hidrólise liberando íons<br />
H3O+ fazendo com que o pH do ambiente<br />
em estudo apresente valores<br />
mais baixos (REIS et al, 2015).<br />
Nas amostras retiradas dos oito<br />
pontos geográficos do Rio São Joãozinho<br />
não foram detectadas a presença<br />
dos íons nitrito e nitrato. Já<br />
na amostra retirada da nona posição<br />
geográfica, ou seja, a amostra retirada<br />
na confluência do Rio São Joãozinho<br />
com o Rio Guaraguaçu não somente<br />
se detectou, mas também foi possível<br />
quantificar essas concentrações.<br />
Mesmo assim os valores de nitrato e<br />
de nitrito obtidos durante as análises<br />
dessas amostras estão muito abaixo<br />
dos valores máximos permitido na Resolução<br />
No 357/2005 do CONAMA. A<br />
concentração de nitrito encontrada<br />
nessas águas foi de 3% dos valores<br />
estabelecidos na Resolução CONA-<br />
MA. Enquanto que a concentração<br />
de nitrato determinada analiticamente<br />
pelo método de Griess, com pré redução<br />
a nitrito utilizando zinco em pó,<br />
foi de 7,7% dos valores estabelecidos<br />
pela mesma Resolução Normativa. A<br />
presença desses íons na confluência<br />
dos dois rios pode estar ligada ao<br />
fato de que o Rio Guaraguaçú recebe<br />
águas de outros rios que sofrem<br />
maior degradação ambiental. Assim é<br />
possível avaliar que o Rio São Joãozinho<br />
está ainda preservado em relação<br />
ao Rio Guaraguaçú.<br />
Os resultados dos ensaios turbidimétricos<br />
são apresentados na Figura<br />
4. Com eles se percebe que os valores<br />
deste parâmetro em ambas as amostragens<br />
estão dentro da normalidade.<br />
Conclusões<br />
Avaliando os resultados analíticos<br />
obtidos da concentração do elemento<br />
fósforo se percebe que as mesmas<br />
estão acima dos limites estabelecidos<br />
pela Resolução 357/2005 do CONA-<br />
MA. Essa ocorrência denota que os<br />
valores não podem ocorrer devido a<br />
algum processo de lixiviação de recursos<br />
naturais de fosfato. Caso esse<br />
fosse o fato as concentrações seriam<br />
constantes durante o ano ou ainda os<br />
valores mais altos estariam no período<br />
da alta temporada onde ocorre maior<br />
processo de precipitação de chuvas.<br />
Nos resultados obtidos das determinações<br />
analíticas se percebeu que<br />
as concentrações são mais elevadas<br />
justamente na época do ano em que<br />
ocorre menor processo de precipitação<br />
de águas. Assim acredita-se que<br />
o processo está mais ligado a contaminação<br />
de fertilizantes na Baía de<br />
Paranaguá e Antonina, com posterior<br />
carreamento para as águas continentais<br />
através do ciclo de marés.<br />
Avaliando todos os resultados analíticos,<br />
com exceção do fósforo, pode se<br />
afirmar que o Rio São Joãozinho está<br />
preservado ambientalmente. Este fato<br />
é explicado pelo pouco volume de<br />
água do mesmo, e dessa forma o Rio<br />
São Joãozinho não é navegável. Outro<br />
fato que auxilia nesse estado de conservação<br />
está ligado ao difícil acesso<br />
ao mesmo, são poucos os locais que<br />
existem plantações e que o mesmo<br />
cruza alguma rodovia.<br />
Agradecimentos<br />
Os autores agradecem a UNESPAR<br />
- Campus Paranaguá pelo apoio e auxílios<br />
constantes, e a Fundação Araucária<br />
pelo aporte financeiro da bolsa<br />
de iniciação cientifica.<br />
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p. 281-289, 1<strong>99</strong>7<br />
FIGURA 1<br />
FIGURA 2<br />
concentração do elemento fósforo, Figura na forma 1 de - Resultados fosfato, pelo da concentração do elemento fósforo, na forma de fosfato, pelo<br />
libdênio. Foi utilizado Figura o espectrofotômetro 1 - Resultados Figura 2 - UV/Vis Resultados da concentração SP-22 dos valores do de elemento pH medidos fósforo, com o pHmetro na forma de bancada de fosfato, modelo pelo método de azul de molibdênio. Foi<br />
método de azul de molibdênio. Foi utilizado o espectrofotômetro UV/Vis SP-22<br />
as amostras retiradas utilizado em 9 posições o espectrofotômetro PHS-3E geográficas PHTEK do nas Rio UV/Vis amostras São SP-22 retiradas Biospectro das nove para posições analisar geográficas amostras do Rio São retiradas em 9 posições geográficas do<br />
odos diferentes do Rio ano. São • período Joãozinho Biospectro<br />
de Joãozinho baixa em temporada dois para<br />
dois períodos<br />
analisar<br />
de<br />
diferentes<br />
as amostras do ano.<br />
retiradas • Período período de de em<br />
baixa 9<br />
temporada<br />
posições de<br />
geográficas de turistas do nas Rio praias São Paranaenses.<br />
ias Paranaenses. • Período período de alta Joãozinho temporada. turistas em nas dois praias períodos Paranaenses. diferentes • período do de ano. alta temporada. • período de baixa temporada de<br />
turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
21
artigo 2<br />
FIGURA 2<br />
Autores:<br />
Thais de Souza Cordeiro<br />
Tanatiana Motyl<br />
José Roberto Caetano da Rocha*<br />
FIGURA 2<br />
FIGURA 2<br />
Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada mode<br />
PHS-3E PHTEK nas amostras retiradas das nove posições geográficas do Rio São<br />
Joãozinho em dois períodos diferentes do ano. • período de baixa temporada de<br />
turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />
Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos FIGURA com o 3 pHmetro de bancada modelo<br />
Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo<br />
PHS-3E<br />
PHS-3E<br />
PHTEK<br />
PHTEK<br />
nas<br />
nas amostras<br />
amostras<br />
retiradas<br />
retiradas<br />
das nove<br />
das<br />
posições<br />
nove<br />
geográficas<br />
posições<br />
do<br />
geográficas<br />
Rio São<br />
do Rio São<br />
Joãozinho em em dois períodos diferentes do ano. do • período ano. de • período baixa temporada de baixa de temporada de<br />
turistas nas praias Paranaenses. • período<br />
•<br />
de<br />
período<br />
alta temporada.<br />
de alta temporada.<br />
Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo PHS-3E PHTEK nas amostras<br />
retiradas das nove posições geográficas do Rio São Joãozinho em dois períodos diferentes do ano. Período de<br />
baixa temporada de turistas nas praias Paranaenses. Período de alta temporada.<br />
FIGURA 2<br />
FIGURA 2<br />
22<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Figura 3 - Resultados da concentração do nitrogênio amoniacal pelo método azul de indofenol. Foi utilizado o espectrofotômetro<br />
UV/Vis SP-22 Bioespectro para analisar as amostras Joãozinho retiradas em dois em períodos nove posições diferentes geográficas do ano. • período do de Rio baixa São temporada Joãozinho de<br />
PHS-3E PHTEK nas amostras retiradas das nove posições geográficas do Rio São<br />
em dois períodos do ano. Período de baixa temporada de turistas nas praias Paranaenses. Período de alta temporada.<br />
Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo<br />
PHS-3E PHTEK nas amostras retiradas das nove posições geográficas do Rio São<br />
Joãozinho em dois períodos diferentes do ano. • período de baixa temporada de<br />
turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />
Figura 2 - Resultados dos valores de pH medidos com o pHmetro de bancada modelo<br />
Figura 3 - Resultados da concentração turistas do nas nitrogênio praias Paranaenses. amoniacal • período de pelo alta temporada. método azul<br />
de indofenol. Foi utilizado o espectrofotômetro UV/Vis SP-22 Bioespectro para<br />
analisar as amostras retiradas em nove posições geográficas do Rio São Joãozinho em<br />
dois períodos do ano. • período de baixa temporada de turistas nas praias<br />
Paranaenses. • período de alta temporada.
FIGURA 4<br />
FIGURA 4<br />
FIGURA 4<br />
Figura 4 - Resultados dos valores de turbidez. Para tanto foi utilizado o turbidímetro<br />
Figura 4 - Resultados dos valores de turbidez. Para tanto foi utilizado o turbidímetro<br />
Figura 4 - Resultados dos valores de turbidez. Para tanto digital foi portátil utilizado TU2106 o turbidímetro AKSO para analisar digital as portátil amostras TU2106 retiradas AKSO em nove para posições<br />
analisar as amostras retiradas em nove posições geográficas geográficas do Rio do São Rio São Joãozinho em em dois dois períodos do ano. • Período período de baixa<br />
baixa temporada de turistas nas praias Paranaenses. Período temporada de alta de temporada. turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />
Figura digital 4 portátil - Resultados TU2106 AKSO para dos analisar valores as amostras de turbidez. retiradas em nove Para posições tanto foi utilizado o turbidímetro<br />
geográficas do Rio São Joãozinho em dois períodos do ano. • período de baixa<br />
digital<br />
temporada<br />
portátil<br />
de turistas<br />
TU2106<br />
nas praias<br />
AKSO<br />
Paranaenses.<br />
para<br />
• período<br />
analisar<br />
de alta temporada.<br />
as amostras retiradas em nove posições<br />
geográficas do Rio São Joãozinho em dois períodos do ano. • período de baixa<br />
temporada de turistas nas praias Paranaenses. • período de alta temporada.<br />
̶ Tabela 1 Posição geográfica dos pontos de coleta no Rio São Joãozinho e Rio<br />
Guaraguaçú.<br />
Pontos de<br />
Identificação<br />
Localização<br />
Amostragem<br />
Sul Oeste<br />
1 Rio São Joãozinho 25,664530 48,518508<br />
2 Rio São Joãozinho 25,664888 48,518452<br />
3 Rio São Joãozinho 25,664917 48,518771<br />
4 Rio São Joãozinho 25,664925 48,518238<br />
5 Rio São Joãozinho 25,665014 48,518639<br />
6 Rio São Joãozinho 25,665047 48,518726<br />
7 Rio São Joãozinho 25,664853 48,518730<br />
8 Rio São Joãozinho 25,664770 48,518821<br />
9 Rio Guaraguaçú 25,860880 48,720380<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
23
artigo 2<br />
6 Rio São Joãozinho 25,665047 48,518726<br />
7 Rio São Joãozinho 25,664853 48,518730<br />
8 Rio São Joãozinho 25,664770 48,518821<br />
Autores:<br />
9 Rio Guaraguaçú 25,860880 48,720380 Thais de Souza Cordeiro<br />
Tanatiana Motyl<br />
José Roberto Caetano da Rocha*<br />
Tabela 2 ̶ Representação dos resultados de temperatura da água e do ar próximo ao<br />
de<br />
Amostragem<br />
leito do rio, para tanto foi utilizado um termômetro de bulbo de mercúrio.<br />
Pontos Baixa Temporada Alta Temporada<br />
Temperatura Temperatura Temperatura<br />
da Amostra / do da Amostra /<br />
o<br />
C<br />
Ar / o C<br />
o<br />
C<br />
Temperatura<br />
do Ar / o C<br />
1 19,5 19,0 22,0 24,0<br />
2 19,5 19,0 22,0 23,0<br />
3 19,0 20,0 22,0 24,0<br />
4 19,5 20,0 22,0 24,0<br />
5 19,5 21,0 22,0 23,0<br />
6 19,5 20,5 22,0 24,0<br />
7 19,5 20,0 22,0 23,0<br />
8 19,5 20,5 22,0 24,0<br />
9 20,0 23,0 21,0 22,0<br />
24<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
̶ Tabela 3 Representação dos resultados obtidos gravimetricamente de resíduos totais<br />
dissolvidos nas amostras retiradas dos nove pontos de amostragem do Rio São<br />
Joãozinho.<br />
Pontos de Baixa Temporada Alta Temporada<br />
Amostragem Média de resíduos / mg L -1 Média de resíduos / mg L -1<br />
1 47,3 78,0<br />
2 111,7 94,9<br />
3 141,6 116,0<br />
4 97,5 83,7<br />
5 73,5 79,5<br />
6 140,7 171,0<br />
7 153,4 91,7<br />
8 167,9 110,8<br />
9 280,2 85,6
Complemento Normativo<br />
Referente ao artigo: 2<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />
Arena Técnica<br />
artigo 2<br />
Avaliação dos nutrientes PRESENTES<br />
NAS ÁGUAS DO RIO SÃO JOÃOZINHO, PR<br />
ISO 20468-1<br />
Guidelines for performance evaluation of treatment technologies for<br />
water reuse systems -- Part 1: General<br />
Norma publicada em: 11/2018/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Qualidade da água em geral.<br />
Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça<br />
Abstract: This document gives guidelines on performance evaluation of treatment<br />
technologies for water reuse systems. It provides typical parameters<br />
of water quality and treatment efficiency that are associated with the performances<br />
of treatment technologies. It also includes a comparison of measured<br />
and target values, and provides treatment technology functional requirements<br />
and non-functional requirements.<br />
https://www.iso.org/standard/68137.html<br />
ISO 20469<br />
Guidelines for water quality grade classification for water reuse<br />
Norma publicada em: 11/2018/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Qualidade da água em geral.<br />
Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />
Artigo: AVALIAÇÃO DOS NUTRIENTES PRESENTES NAS ÁGUAS DO RIO SÃO<br />
JOÃOZINHO, PR.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça<br />
Abstract: This document provides guidelines for water quality grade classification<br />
to help users determine the suitability and quality of the reclaimed<br />
water for safe non-potable reuse applications, based on the level of exposure.<br />
The intention is to enable the water quality grade to be identified at the point<br />
of use.<br />
https://www.iso.org/standard/68138.html<br />
ISO 20468-1<br />
Water reuse in urban areas -- Guidelines for centralized water reuse<br />
system -- Part 1: Design principle of a centralized water reuse system<br />
Norma publicada em: 02/2018/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Qualidade da água em geral.<br />
Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça<br />
Abstract: ISO 20760-1 provides guidelines for the planning and design of<br />
centralized water reuse systems and water reuse applications in urban areas<br />
https://www.iso.org/standard/68987.html<br />
ISO 20670<br />
Water reuse -- Vocabulary<br />
Norma publicada em: 12/2018/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Qualidade da água em geral. Meio Ambiente. Proteção da<br />
saúde. Segurança.<br />
Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />
Artigo: AVALIAÇÃO DOS NUTRIENTES PRESENTES NAS ÁGUAS DO RIO SÃO<br />
JOÃOZINHO, PR.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça<br />
Abstract: This document defines terms and definitions commonly used in<br />
water reuse standards.<br />
https://www.iso.org/standard/68987.html<br />
ASTM D 6146<br />
Standard Guide for Monitoring Aqueous Nutrients in Watersheds<br />
Norma publicada em: 01/1<strong>99</strong>7/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Exame de água para substâncias químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ASTM.<br />
País de procedência/Região: USA<br />
Abstract: This guide is intended to provide general guidance on a watershed<br />
monitoring program directed toward the plant nutrients nitrogen and phosphorus.<br />
The guide offers a series of general steps without setting forth a specific<br />
course of action. It gives assistance for developing a monitoring program but<br />
not a program for implementing measures to improve water quality.<br />
https://www.astm.org/Standards/D6146.htm<br />
DIN 4047-1<br />
Water engineering of agricultural lands - Terms - Part 1: General terms<br />
Norma publicada em: 12/2015/ Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma recomendada.<br />
Entidade: DIN.<br />
País de procedência/Região: Alemanha<br />
https://www.beuth.de/en/standard/din-4047-1/242953441<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
25
Microbiologia<br />
Suplementos alimentares: atualização<br />
Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />
26<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Segundo a Anvisa, são produtos<br />
apresentados em formas farmacêuticas<br />
para ingestão oral com o<br />
objetivo de suplementar a alimentação<br />
com nutrientes, substâncias<br />
bioativas, enzimas ou probióticos.<br />
A categoria de suplementos alimentares<br />
foi criada para: contribuir<br />
para o acesso da população a suplementos<br />
alimentares seguros e<br />
de qualidade; reduzir o desnível de<br />
informações existente no mercado,<br />
principalmente, as alegações sem<br />
comprovação científica; facilitar<br />
o controle sanitário e a gestão do<br />
risco e eliminar obstáculos desnecessários<br />
à comercialização e à<br />
inovação do setor.<br />
Os suplementos alimentares têm<br />
como finalidade fornecer nutrientes,<br />
substâncias bioativas, enzimas<br />
ou probióticos à alimentação de indivíduos<br />
saudáveis. Já os medicamentos<br />
têm finalidade terapêutica<br />
ou medicamentosa comprovada,<br />
ou seja, são produtos destinados a<br />
prevenir, tratar ou curar doenças ou<br />
mitigar seus sintomas.<br />
O marco regulatório para suplementos<br />
alimentares está em<br />
vigor desde 27 de julho de 2018.<br />
A contar desta data, os produtos<br />
que já estavam no mercado devidamente<br />
regularizados terão 5<br />
anos para adequação. Os novos<br />
produtos devem se adequar à resolução<br />
imediatamente.<br />
O marco regulatório de suplementos<br />
alimentares é formado pela RDC<br />
nº 243/2018, que criou a categoria<br />
de suplementos alimentares e dispôs<br />
sobre os requisitos sanitários; a<br />
RDC nº 239/2018, que estabelece<br />
os aditivos alimentares e coadjuvantes<br />
de tecnologia autorizados para<br />
uso em suplementos alimentares; e<br />
a Instrução Normativa 28/2018, que<br />
estabelece as listas de constituintes,<br />
de limites de uso, de alegações e de<br />
rotulagem complementar dos suplementos<br />
alimentares.<br />
Além disso, a RDC nº 240/2018<br />
alterou a RDC nº 27/2010, para estabelecer<br />
categorias de suplementos<br />
alimentares isentos e com obrigatoriedade<br />
de registro sanitário, a<br />
RDC nº 241/2018 estabeleceu os<br />
requisitos para comprovação da<br />
segurança e dos benefícios à saúde<br />
dos probióticos para uso em alimentos,<br />
e a RDC nº 242/2018 alterou<br />
a legislação de medicamentos<br />
específicos para torná-la coerente<br />
com o novo marco regulatório de<br />
suplementos alimentares.<br />
Neste artigo, artigo abordaremos<br />
os microrganismos probióticos que<br />
tem adquirido a cada dia maior relevância<br />
para as indústrias farmacêuticas<br />
e de suplementos alimentícios,<br />
com implicações para o controle<br />
microbiológico de qualidade e no<br />
desenvolvimento destes produtos.<br />
Os microrganismos probióticos de<br />
acordo com a definição dada pela<br />
Food and Agriculture Organization<br />
of the United Nations (FAO) e Organização<br />
Mundial da Saúde (OMS)<br />
são descritos com aqueles que se<br />
forem administrados em quantidade<br />
adequada são capazes de conferir<br />
benefícios aos seus consumidores.<br />
Os prebióticos são substâncias<br />
não digeríveis que oferecem um<br />
efeito fisiológico benéfico ao hospedeiro,<br />
estimulando seletivamente<br />
o crescimento favorável ou a atividade<br />
de um número limitado de<br />
bactérias autóctones.<br />
Os simbióticos são produtos<br />
que contêm tanto probióticos<br />
como prebióticos.<br />
Os microrganismos probióticos<br />
são aqueles de origem microbiana<br />
que tem a capacidade de estimular<br />
o crescimento de outros microrganismos.<br />
São microrganismos vivos que<br />
podem ser incluídos na preparação<br />
de uma ampla gama de produtos,<br />
incluindo alimentos, medicamentos e<br />
suplementos alimentícios, tais como<br />
matrizes alimentares que incluem<br />
produtos lácteos, carnes, vegetais,<br />
pães, vinho e como medicamentos<br />
são indicados para:<br />
• Manutenção e balanço da microbiota<br />
do cólon;<br />
• Redução do risco de distúrbios<br />
intestinais;<br />
• Redução do risco e duração das<br />
diarreias associados ao rotavírus, e<br />
ao uso de antibióticos (geralmente<br />
causada por Clostridium difficile)<br />
e diarreia do viajante;<br />
• Suprimento e aumento da biodisponibilidade<br />
e digestibilidade de<br />
nutrientes da dieta;<br />
• Alívio dos sintomas de má absorção<br />
intestinal;
• Redução do risco de doenças<br />
atópicas e alergias;<br />
• Indicação para o tratamento da<br />
encefalopatia hepática, doenças do<br />
trato urogenital, síndrome do intestino<br />
irritável, e doenças inflamatórias<br />
do intestino;<br />
• Diminuição dos níveis de colesterol<br />
sérico e de triglicerídeos;<br />
• Controle da pressão sanguínea;<br />
• Atividade anti-carcinogênica;<br />
• Modulação do sistema imune.<br />
As espécies de Lactobacillus e<br />
Bifidobacterium são as mais comumente<br />
utilizadas como tal, além<br />
destas o Saccharomyces cerevisae,<br />
Bacillus etc. também podem<br />
ser utilizadas como probióticos.<br />
As bactérias produtoras de ácido<br />
lático são Gram positivas, se<br />
caracterizam por produzir ácido<br />
lático a partir de carboidratos,<br />
sendo úteis para a fermentação<br />
de alimentos. Neste grupo podem<br />
ser incluídos as espécies de<br />
Lactobacillus, Lactococcus e<br />
Streptococcus thermophilus.<br />
Apresentam a forma de cocos,<br />
coco-bacilos ou bastonetes com<br />
as seguintes características; baixo<br />
conteúdo de G+C (< 55 mol%),<br />
ácido tolerantes não esporulados,<br />
são fastidiosos, e microaerófilos.<br />
O Bifidobacterium não produz<br />
a fermentação de alimentos e é<br />
taxonomicamente diferente das<br />
outras bactérias produtoras de<br />
ácido lático.<br />
Os produtos mais conhecidos<br />
de probióticos são os produtos<br />
lácteos e os alimentos fortificados,<br />
porém a cada dia tem surgido no<br />
mercado, na forma de comprimidos,<br />
cápsulas e sachês que contém<br />
bactérias na forma liofilizada.<br />
Os probióticos aprovados até o<br />
momento na Anvisa para alimentos<br />
constam no portal da Anvisa,<br />
conforme segue:<br />
Probióticos<br />
• Lactobacillus acidophilus<br />
• Lactobacillus casei shirota<br />
• Lactobacillus casei variedade<br />
rhamnosus<br />
• Lactobacillus casei variedade<br />
defensis<br />
• Lactobacillus paracasei<br />
• Lactococcus lactis<br />
• Bifidobacterium bifidum<br />
• Bifidobacterium animallis (incluindo<br />
a subespécie B. lactis)<br />
• Bifidobacterium longum<br />
• Enterococcus faecium<br />
Alegação<br />
“O (indicar a espécie do microrganismo)<br />
(probiótico) contribui para<br />
o equilíbrio da flora intestinal. Seu<br />
consumo deve estar associado a<br />
uma alimentação equilibrada e hábitos<br />
de vida saudáveis”.<br />
Requisitos específicos<br />
A quantidade mínima viável para<br />
os probióticos deve estar situada na<br />
faixa de 108 a 109 Unidades Formadoras<br />
de Colônias (UFC) na recomendação<br />
diária do produto pronto para<br />
o consumo, conforme indicação do<br />
fabricante. Valores menores podem<br />
ser aceitos, desde que a empresa<br />
comprove sua eficácia.<br />
A documentação referente à comprovação<br />
de eficácia, deve incluir:<br />
• Laudo de análise do produto<br />
que comprove a quantidade<br />
mínima viável do microrganismo<br />
até o final do prazo de validade.<br />
• Teste de resistência da cultura<br />
utilizada no produto à acidez gástrica<br />
e aos sais biliares.<br />
A quantidade do probiótico em<br />
UFC, contida na recomendação diária<br />
do produto pronto para consumo,<br />
deve ser declarada no rótulo,<br />
próximo à alegação.<br />
Referência<br />
Portal Anvisa, alimentos Probioticos.<br />
*Claudio Kiyoshi Hirai<br />
É farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ<br />
consultoria e qualidade, membro da American Society<br />
of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da<br />
Farmacopeia Brasileira.<br />
Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
27
Metrologia<br />
A temperatura: elemento chave para a<br />
transformação de alimentos crus em cozidos<br />
28<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
A vida é feita de mudanças ou<br />
transformações e uma delas é a<br />
dos alimentos crus em cozidos. Já<br />
ouvi dizer várias vezes que nós “somos<br />
o que comemos” e, portanto,<br />
manter hábitos alimentares saudáveis<br />
é um dos pré-requisitos para<br />
uma melhor qualidade de vida.<br />
Mas, hábito saudável significa<br />
comer alimentos crus ou<br />
cozidos? Diferente dos demais<br />
animais, que se não houvesse a<br />
interferência do homem somente<br />
se alimentariam de alimentos<br />
crus, nós, seres humanos, temos<br />
a alternativa de, não apenas por<br />
hábito saudável, mas também por<br />
prazer e paladar, nos alimentarmos<br />
de alimentos crus e cozidos.<br />
Nessa mudança ou transformação<br />
de alimentos crus em cozidos,<br />
fenômenos químicos e físicos interessantes<br />
estão envolvidos. Ao<br />
passo em que durante o processo<br />
de cozimento os alimentos vão se<br />
aquecendo, suas moléculas vão<br />
se modificando, fazendo com que,<br />
após determinado tempo, cheguem<br />
ao que consideramos ponto<br />
ideal de cozimento.<br />
Ao nível do mar e em um recipiente<br />
qualquer aberto, ao ser<br />
aquecida, a água após determinado<br />
tempo chega no máximo à<br />
temperatura de 100 ºC (temperatura<br />
de ebulição). Se o alimento<br />
não estiver suficientemente cozido<br />
e você achar que está levando<br />
muito tempo para isso, de nada<br />
adianta aumentar a chama do gás<br />
de seu fogão, pois será desperdício.<br />
Ocorrerá neste caso apenas o<br />
aumento da vazão de vapor. O que<br />
estiver em processo de cozimento<br />
levará o mesmo tempo para chegar<br />
ao estado ideal, independentemente<br />
do tamanho da chama, já<br />
que a temperatura se manterá a<br />
mesma. Com o calor do aquecimento<br />
ocorre a mudança de fase<br />
da água do estado líquido para<br />
vapor e durante este processo a<br />
temperatura não aumenta. Porém,<br />
há a alternativa de se elevar<br />
a temperatura da água acima de<br />
100 ºC, aumentando-se a pressão<br />
dentro do recipiente onde o alimento<br />
está sendo cozido, e fazer<br />
com que o alimento cozinhe bem<br />
mais rápido. Para isto existem as<br />
chamadas “panelas de pressão”.<br />
A sequência de efeitos durante o<br />
funcionamento de uma panela de<br />
pressão, que consequentemente<br />
levam ao cozimento mais rápido<br />
dos alimentos, é a seguinte:<br />
- O calor da chama aquece a<br />
água nela contida até a temperatura<br />
de ebulição (100 ºC), à pressão<br />
normal, quando a panela foi hermeticamente<br />
fechada.<br />
- O calor da chama gera vapor,<br />
porém não aumenta a temperatura.<br />
Ele serve para fazer com que o<br />
processo de mudança de fase da<br />
água do estado líquido para vapor<br />
ocorra. Como o vapor gerado<br />
dentro da panela não tem saída,<br />
a pressão aumenta.<br />
- Com o aumento da pressão, a<br />
temperatura de ebulição da água<br />
passa a ser um pouco mais alta<br />
do que 100 ºC.<br />
- O calor da chama continua aumentando<br />
a pressão que, por sua<br />
vez, faz aumentar a temperatura<br />
de ebulição da água. Este ciclo<br />
continua até alcançar o regime<br />
estável determinado pela pressão<br />
máxima que a válvula de alívio (de<br />
segurança) da panela permite.<br />
Tal pressão corresponde ao peso<br />
colocado sobre a área da seção<br />
transversal do pequeno tubo que<br />
se projeta para fora, em geral, no<br />
meio da tampa da panela. A partir<br />
deste momento a panela não<br />
é mais hermética em termos de<br />
fechamento, pois permite uma<br />
vazão constante de vapor pela válvula<br />
de segurança. A temperatura<br />
máxima a que se pode chegar é<br />
em torno de 120 ºC e a pressão<br />
em torno de 180 kPa (1,8 atm).<br />
Sem entrar aqui na discussão<br />
dos pós e dos contra no uso das<br />
panelas de pressão, uma coisa é<br />
certa; elas vieram para facilitar<br />
a vida das pessoas!!!<br />
Como metrologistas, não poderíamos<br />
perder a oportunidade de<br />
aqui mudarmos um pouco o rumo<br />
da conversa e falarmos tecnicamente<br />
a respeito da grandeza física<br />
que viabiliza a transformação de<br />
alimentos crus em cozidos, independentemente<br />
de isso ocorrer por<br />
meio do uso de recipientes abertos,<br />
como uma panela comum, ou hermeticamente<br />
fechados, como uma<br />
panela de pressão. Referimo-nos à<br />
grandeza “temperatura”.<br />
A temperatura é uma das grandezas<br />
físicas mais conhecidas e<br />
mensuradas. Ela é uma medida da<br />
energia cinética média dos átomos<br />
de uma substância. Quando tocamos<br />
um corpo qualquer para sentirmos<br />
sua temperatura, na realidade,<br />
sentimos as vibrações térmicas<br />
dos átomos que o constituem.<br />
De maneira geral, a energia em<br />
uma molécula de gás é diretamente<br />
proporcional à temperatura<br />
absoluta. Conforme a temperatura<br />
aumenta, a energia cinética por<br />
molécula aumenta. Quando o gás<br />
é aquecido, suas moléculas se mo-
vem mais rapidamente. Isto produz<br />
um aumento de pressão, no caso<br />
de o gás estar confinado em um<br />
espaço de volume constante, ou<br />
um aumento de volume, no caso da<br />
pressão permanecer constante.<br />
Os átomos e moléculas em um<br />
gás nem sempre se deslocam<br />
a uma mesma velocidade. Isso<br />
significa que há um intervalo de<br />
energia (energia de movimento)<br />
entre as moléculas que se deslocam<br />
em direções aleatórias e a<br />
diferentes velocidades.<br />
Temperatura é também uma medida<br />
do calor ou energia térmica<br />
média das partículas em uma substância<br />
e não depende do número<br />
de partículas em um objeto. Por<br />
exemplo, a temperatura em uma<br />
panela pequena de água fervendo<br />
é a mesma que em uma panela<br />
grande, mesmo que esta seja maior<br />
e, portanto, possua também uma<br />
maior quantidade de moléculas.<br />
As escalas comumente usadas<br />
na medição de temperatura são<br />
a Escala Celsius (°C), a Escala<br />
Fahrenheit (°F) e a Escala Kelvin<br />
(K). O kelvin (K) é a unidade de<br />
temperatura termodinâmica no<br />
Sistema Internacional de Unidades<br />
(SI) e uma das sete unidades de<br />
base. O kelvin, até então, é definido<br />
como a fração de 1/273,16<br />
da temperatura termodinâmica do<br />
ponto triplo de água. Porém, a partir<br />
de 20 de maio de 2019 entra<br />
em vigor a nova definição baseada<br />
na constante de Bolzmann.<br />
A menor temperatura é o zero<br />
absoluto, no qual o movimento<br />
térmico de todas as partículas fundamentais<br />
na matéria atinge um<br />
mínimo, mas não necessariamente<br />
param de se movimentar. O zero<br />
absoluto é indicado como sendo 0<br />
K ou - 273,15 °C ou - 459,67 °F.<br />
Quando medimos temperatura,<br />
não estamos realmente medindo<br />
a verdadeira temperatura termodinâmica.<br />
Na realidade, estamos<br />
medindo T90, que é a temperatura<br />
da “Escala Internacional de Temperatura”<br />
(ITS-90), definida em 1<strong>99</strong>0.<br />
Ressonador acústico usado na determinação da constante de<br />
Boltzmann (imagem do NPL do Reino Unido)<br />
O ponto triplo da água depende<br />
de uma série de fatores incluindo<br />
pressão e a precisa composição<br />
da água. Por conta disso, em vez<br />
de se depender do ponto triplo da<br />
água, seria vantajoso se proceder<br />
como no caso de outras unidades.<br />
Isto é, relacionar a unidade (kelvin)<br />
a uma constante fundamental e fixar<br />
o valor desta constante. Para o<br />
kelvin, a constante correspondente<br />
é a constante de Boltzmann k,<br />
porque temperatura sempre aparece<br />
como energia térmica k·T nas<br />
leis fundamentais da física.<br />
Relembrando alguns conceitos,<br />
tem-se que a energia cinética de<br />
um gás ideal é igual a (1/2) m·v2,<br />
onde m é a massa e v é a velocidade.<br />
Segundo a Lei dos Gases<br />
Ideais, P·V = n·R·T = N·k·T, onde<br />
P é a pressão, V é o volume, n é<br />
o número de mols, R é a constante<br />
universal dos gases ideias, T é<br />
a temperatura, N é o número de<br />
moléculas e k (constante de Boltzmann)<br />
que é igual a R/NA, onde NA<br />
é a constante de Avogadro, sobre a<br />
qual não discutiremos aqui.<br />
A energia cinética média por<br />
molécula em um gás ideal é igual<br />
a (3/2) k·T. Portanto, a constante<br />
de Boltzmann correlaciona de forma<br />
direta a energia contida em<br />
cada molécula de um gás ideal<br />
com a sua temperatura.<br />
Para a redefinição, k teve de ser<br />
determinado com baixa incerteza<br />
através de diferentes e independentes<br />
métodos. Portanto, a determinação<br />
da constante de Boltzmann<br />
com alto nível de exatidão foi<br />
uma tarefa desafiadora para a metrologia<br />
internacional. Em princípio,<br />
a constante de Boltzmann foi determinada<br />
por meio de um termômetro<br />
de referência, medindo-se k·T a<br />
uma temperatura conhecida como<br />
a do ponto triplo da água.<br />
Os Institutos Nacionais de Metrologia<br />
(NMIs, sigla do termo em<br />
inglês) espalhados pelo mundo<br />
têm o compromisso de disseminar<br />
as unidades de medida do SI,<br />
a partir da padronização das mesmas,<br />
objetivando a confiabilidade<br />
dos resultados de medições realizadas<br />
nos vários níveis hierárquicos<br />
da metrologia. Referimo-<br />
-nos às medições realizadas nos<br />
próprios NMIs, chegando àquelas<br />
realizadas nos chamados “chão-<br />
-de-fábrica” de ambientes industrias<br />
ou até mesmo àquelas<br />
voltadas às relações comerciais<br />
nacionais ou internacionais. Uma<br />
dessas unidades é o kelvin.<br />
Por conta de certa “fragilidade”<br />
na definição do kelvin com base<br />
no ponto triplo da água, em 20<br />
maio de 2019, entra em vigor sua<br />
redefinição, assim como de outras<br />
unidades de base do Sistema Internacional<br />
de Unidades (SI). A<br />
redefinição destas se dá por meio<br />
de uma base sólida e invariável,<br />
consistindo de constantes fundamentais.<br />
O kelvin baseia-se, agora,<br />
na constante de Boltzmann, que<br />
pesquisadores do Physikalisch-<br />
-Technische Bundesanstalt (PTB),<br />
na Alemanha, determinaram por<br />
meio de um termômetro a gás de<br />
constante dielétrica.<br />
A constante de Boltzmann indica<br />
como a energia térmica de um gás<br />
(isto é, o movimento das partículas<br />
de um gás) depende da temperatura.<br />
Em um recipiente fechado, a<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
29
30<br />
Metrologia<br />
Parte principal do termômetro a gás de constante dielétrica do PTB<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
energia cinética pode ser medida pela determinação da<br />
pressão do gás. Isso pode ser feito por meio de um<br />
termômetro a gás acústico.<br />
As medições correspondentes realizadas nos institutos<br />
de metrologia da Inglaterra, Itália, França, China e<br />
Estados Unidos atingiram uma incerteza de medição de<br />
menos de 1 ppm (uma parte por milhão), preenchendo<br />
assim a primeira condição estabelecida pelo Comitê<br />
Consultivo de Termometria (CCT) para a redefinição do<br />
kelvin.<br />
Maiores informações sobre o termômetro a gás<br />
acústico podem ser encontradas no seguinte link da<br />
internet:<br />
https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/<br />
work_packages/WP3/introduction/WP3_project_<br />
description.htm<br />
Outra condição, no entanto, estipulava que um segundo<br />
método independente alcançasse incertezas<br />
de medição igualmente pequenas. Por conta disso,<br />
o PTB lançou em 2007 o seu projeto com base na<br />
termometria a gás de constante dielétrica que atingiu<br />
1,9 ppm e que, portanto, atendeu à exatidão requerida.<br />
Este termômetro especial explora o fato do gás hélio<br />
variar a capacitância dos capacitores do termômetro<br />
e, consequentemente, tornar possível a determinação<br />
da massa específica do hélio a uma dada pressão por<br />
meio de medições elétricas, assim como, via massa<br />
específica, medir também a temperatura. As medições<br />
de capacitância podem ser realizadas com grande exatidão,<br />
sendo a incerteza de medição de poucas partes<br />
por bilhão.<br />
Porém, para se atingir tal exatidão, tudo deve estar<br />
em perfeita sintonia. Isto é, prezando pela obtenção da<br />
menor incerteza possível na determinação da constante<br />
de Boltzmann, houve a necessidade de se determinar<br />
em altas pressões (até 7 MPa) as propriedades dos materiais<br />
dos capacitores do referido termômetro e garan-<br />
tir que a pureza do gás hélio utilizado fosse melhor do<br />
que <strong>99</strong>,<strong>99</strong><strong>99</strong>9 %. Além disso, o melhor padrão do PTB<br />
para medições de pressão, que se baseia em balanças<br />
de pressão, teve que ser melhorado. Isto é, investiu-se<br />
na determinação da área efetiva de conjunto pistão-<br />
-cilindro utilizado em balança de pressão de referência<br />
com incerteza extremamente reduzida. Maiores detalhes<br />
sobre a metodologia utilizando o termômetro a gás<br />
de constante dielétrica podem ser encontrados no seguinte<br />
link da internet:<br />
https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/<br />
work_packages/WP2/introduction/DCGT_method.htm<br />
Esses desenvolvimentos, que são únicos em todo<br />
o mundo, só foram bem sucedidos graças a projetos<br />
de cooperação dentro do PTB (especialmente<br />
com os dois grupos de trabalho em "Pressão" e em<br />
"Padrões Geométricos"), assim como graças à cooperação<br />
internacional em larga escala, envolvendo<br />
diferentes Institutos Nacionais de Metrologia.<br />
O valor atual da constante de Boltzmann é de<br />
1,380649·10-23 joules por kelvin (J·K-1).<br />
A redefinição do kelvin não causa efeito imediato na<br />
prática da medição ou na rastreabilidade das medições de<br />
temperatura e, para muitos usuários, isso passará despercebido.<br />
A redefinição estabelece as bases para futuras melhorias.<br />
Uma definição que não dependa de qualquer<br />
substância (água, por exemplo) e de restrições tecnológicas<br />
permite o desenvolvimento de novas e mais exatas<br />
técnicas que permitam e tornem as medições de temperatura<br />
rastreáveis ao SI, especialmente em temperaturas<br />
extremas.<br />
Com a redefinição, a orientação sobre a realização<br />
prática do kelvin dará suporte à sua ampla disseminação,<br />
por meio da descrição de métodos primários para<br />
a medição de termodinâmica temperatura e igualmente<br />
através das escalas definidas ITS-90 e PLTS-2000.<br />
Referências<br />
https://www.nist.gov/pml/redefining-kelvin<br />
https://studybay.com/blog/boltzmann-constant/<br />
https://www.significados.com.br/temperatura/<br />
http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-temperatura.htm<br />
https://www.bipm.org/utils/common/pdf/CC/CCT/Redefinition_of_the_<br />
kelvin_2016.pdf<br />
https://phys.org/news/2017-04-paving-redefinition-temperature.html<br />
https://www.ptb.de/cms/en/ptb/fachabteilungen/abt7/fb-74/ag-743/new-<br />
-determination-of-boltzmanns-constant.html<br />
https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP3/<br />
introduction/WP3_project_description.htm<br />
https://bscw.ptb.de/pub/bscw.cgi/d188630/text/work_packages/WP2/<br />
introduction/DCGT_method.htm<br />
http://iopscience.iop.org/journal/0026-1394/page/Focus_on_the_Boltzmann_Constant<br />
http://iopscience.iop.org/article/10.1088/0957-0233/17/10/R01/meta<br />
https://www.bipm.org/utils/common/pdf/SI-statement.pdf
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31
Espectrometria de Massa<br />
A técnica de ionização por Electrospray na<br />
espectrometria de massas<br />
Por Oscar Vega Bustillos*<br />
32<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
A primeira conferência da Sociedade<br />
Brasileira de Espectrometria<br />
de Massas BrMASS foi realizada em<br />
novembro de 2005 na cidade de<br />
Campinas-SP. A conferência teve<br />
como destaque o ilustríssimo palestrante<br />
Prêmio Nobel John Beneth<br />
Fenn. No final da sua palestra, Fenn<br />
ressaltou que graças a sua pesquisa,<br />
a humanidade atingiu mais um<br />
passo para frente no entendimento<br />
da estrutura da matéria. Nas suas<br />
palavras: “Nós aprendemos como<br />
fazer os elefantes voarem”, referindo-se<br />
ao descobrimento da técnica<br />
de ionização Electrospray. Por meio<br />
desta técnica de ionização aplicada<br />
à espectrometria de massas, moléculas<br />
com massas molares acima<br />
de 1.000 Daltons (simbolicamente<br />
elefantes) são possíveis de serem<br />
ionizadas. Este descobrimento abre<br />
a possibilidade de explorar com<br />
mais detalhes as macromoléculas<br />
biológicas. Certamente a conferência<br />
BrMASS-2005 foi inesquecível.<br />
A espectrometria de massas com<br />
ionização por electrospray (ESI-MS)<br />
foi introduzida em 1984 por Masamichi<br />
Yamashita e John B. Fenn.<br />
Anteriormente ao trabalho destes<br />
pesquisadores, em 1968, Malcolm<br />
Dole e colaboradores já haviam<br />
realizado trabalhos, que não foram<br />
suficientemente satisfatórios, com<br />
espécies poliméricas, sugerindo a<br />
aplicação desta técnica como um<br />
possível modo de ionização para espectrometria<br />
de massas.<br />
Na ionização por electrospray<br />
(Figura 1) é formado um spray<br />
eletrostático da solução (analito)<br />
bombeada à um fluxo de alguns microlitros<br />
por minuto em um capilar<br />
metálico, sob um campo eletrostático,<br />
com uma tensão de 1 a 7<br />
Figura 1. Diagrama esquemático da fonte de íons eletrospray acoplado a um espectrômetro de<br />
massas Tandem (ESI-MS/MS)<br />
kV e cerca de 0,1mm de diâmetro<br />
interno. O capilar está posicionado<br />
a cerca de 1 a 3 cm de um contra-<br />
-eletrodo que conduz através de<br />
um orifício ao sistema de amostragem<br />
do espectrômetro de massas.<br />
O alto campo elétrico na ponta do<br />
capilar gera um acúmulo de cargas<br />
na superfície do líquido por migração<br />
eletroforética, produzindo uma<br />
deformação na gota que recebe o<br />
nome de cone de Taylor. À medida<br />
que o solvente evapora com o auxílio<br />
de gases nebulizante e secante<br />
(Turbo Heater), há um aumento da<br />
densidade de cargas da gota e, no<br />
momento em que esta densidade de<br />
cargas é capaz de vencer a tensão<br />
superficial do líquido, há um colapso<br />
e fissão da gota ascendente formando<br />
gotas menores descendentes.<br />
As gotas descendentes sofrem o<br />
mesmo processo de dessolvatação<br />
da gota ascendente formando novas<br />
gotículas cada vez menores, com<br />
menor massa, porém, com maior<br />
densidade de cargas que as gotas<br />
ascendentes.<br />
O processo de ionização por<br />
electrospray envolve três grandes<br />
etapas: 1) a produção da gota carregada<br />
na ponta do capilar, 2) a dessolvatação<br />
da gota carregada seguida<br />
de repetidas desintegrações para<br />
a formação de gotas menores e, 3)<br />
a formação dos íons na fase gasosa.<br />
A intensidade do sinal de um analito<br />
no electrospray não depende exclusivamente<br />
da concentração deste<br />
analito em solução. Isto porque,<br />
a presença de outros eletrolitos no<br />
sistema é determinante na intensidade<br />
do sinal de um íon a ser detectado.<br />
A faixa linear do electrospray,<br />
onde a concentração do analito é<br />
proporcional à intensidade do seu<br />
sinal, está localizada entre 10-6 e<br />
10-3 mol L-1. A presença de eletrólitos<br />
interferentes na solução podem<br />
alterar esta seção linear, mas por<br />
outro lado, a determinação de concentrações<br />
do analito inferiores a<br />
10-5 mol L-1 só é possível devido à<br />
presença de impurezas dos solventes<br />
que geralmente estão presentes<br />
nesta ordem de concentração.<br />
A ionização por electrospay é uma<br />
técnica de ionização suave que é tipicamente<br />
utilizada para determinar<br />
os pesos moleculares de proteínas,<br />
péptidos e outras macromoléculas<br />
biológicas. A ionização suave é<br />
uma técnica útil quando se considera<br />
moléculas biológicas de grande
massa molecular, como a supracitada, porque esse processo<br />
não fragmenta as macromoléculas em partículas<br />
carregadas menores, mas transforma a macromolécula<br />
em pequenas gotículas. Essas gotículas serão dessolvatadas<br />
em gotículas ainda menores, o que cria moléculas<br />
com cargas acopladas. Estes íons moleculares carregados<br />
e dessolvatados serão, então, guiados para o analisador<br />
de massas e detector, determinando a massa.<br />
A Figura 2 apresenta análise de uma das moléculas<br />
biológicas mais importantes no ser humano, a hemoglobina.<br />
A análise desta molécula nos laboratórios clínicos<br />
via Eletroforese envolvia procedimentos analíticos tediosos<br />
e demorados, exigindo dias para a conclusão. No<br />
entanto, por ESI-MS a análise exige apenas horas de trabalho.<br />
Os íons gerados no electrospray são geralmente<br />
protonados [M+H]+ formando clusters, dímeros ou íons<br />
adutos.<br />
Existem algumas vantagens claras na utilização de<br />
espectrometria de massa de ionização por electrospray<br />
como um método analítico. Uma delas é sua capacidade<br />
de lidar com amostras de grandes massas moleculares.<br />
Ideal para ser acoplada com a Cromatografia Líquida<br />
(HPLC), gera íons à pressão atmosférica sem necessidade<br />
de vácuo. Devido ser um modo de ionização branda,<br />
são formados íons sem fragmentação sendo ideal para<br />
acoplamento com espectrômetro de massas Tandem<br />
(Figura 1), onde no quadrupolo Q1, os íons precursores<br />
são selecionados, no Q2 denominada cela de colisão, os<br />
íons selecionados são fragmentados e no quadrupolo<br />
Q3, os íons produtos da fragmentação são monitorados.<br />
A sensibilidade para este instrumento é impressionante<br />
e, portanto, pode ser útil em medições quantitativas e<br />
qualitativas precisas.<br />
Algumas desvantagens da espectrometria de massa<br />
por ionização por electrospray também estão presentes.<br />
Uma grande desvantagem é que essa técnica não<br />
pode analisar misturas, pois existe baixa confiabilidade<br />
nos resultados. A limpeza da fonte de ionização não é<br />
simples, podendo se tornar excessivamente contaminada<br />
com resíduos de análises anteriores. Finalmente, as<br />
múltiplas cargas associadas aos íons moleculares podem<br />
gerar dados espectrais confusos. Esta confusão é<br />
ainda alimentada pela utilização de uma amostra mista,<br />
o que é mais uma razão pela qual as misturas devem ser<br />
evitadas quando se utiliza um espectrómetro de massa<br />
por ionização por electrospray.<br />
Fonte: Ho, C.S. Electrospray Ionization Mass Spectrometry.<br />
Figura 2: Espectros de massas da hemoglobina. O espectro superior apresenta<br />
os dados dos íons de cluster das globinas α e β obtido via ESI-MS. O espectro<br />
inferior é o espectro após a deconvolução na escala de massa verdadeira após a<br />
transformação via software.<br />
Referências bibliográficas<br />
• Ho, C.S. Electrospray ionization mass spectrometry. Clin. Biochem. Rev. 2003. Feb.<br />
24(1): 3-12.<br />
• Bruins, A. Mechanistic aspects of electrospray ionization. J. Chromatogr. A., 794<br />
(1<strong>99</strong>8) 345-357.<br />
• Martins H.A. Estudo de determinação de resíduos de glifosato e AMPA em<br />
amostras de soja e água via LC-ESI/MS/MS. Dissertação IPEN 2005.<br />
*Oscar Vega Bustillos<br />
Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente<br />
CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares<br />
IPEN/CNEN-SP - 55 11 3133 9343<br />
ovega@ipen.br - www.vegascience.blogspot.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
33
Análise de Minerais<br />
Incerteza em Sistemas de Medição<br />
Por Eduardo Pimenta de Almeida Melo*<br />
Medir ou mensurar significa,<br />
na prática, determinar o valor do<br />
mensurando, ou seja, o valor da<br />
grandeza específica a ser medida.<br />
O resultado de uma medição<br />
é uma estimativa do valor da<br />
grandeza, uma vez que o resultado<br />
de uma medição somente está<br />
completo se estiver acompanhado<br />
da incerteza da estimativa.<br />
Ou, conforme define o VIM (Vocabulário<br />
Internacional de Termos<br />
Básicos e Genéricos em Metrologia),<br />
incerteza é: “Um parâmetro associado<br />
ao resultado de uma medição,<br />
que caracteriza a dispersão de<br />
valores que poderiam ser razoavelmente<br />
atribuídas ao mensurando”.<br />
Os Materiais de Referência<br />
Certificados (MRC), na área de<br />
análises minerais, possuem suas<br />
incertezas popularmente conhecidas<br />
como “limites dos padrões”<br />
e são elas que definem os limites<br />
dentro dos quais se espera obter<br />
os resultados analíticos do MRC<br />
quando estes são analisados em<br />
métodos de análise confiáveis.<br />
Assim como os MRC possuem<br />
incertezas analíticas, a análise de<br />
qualquer amostra em um sistema<br />
de medição também as possui e<br />
estas estão, de certa forma, implícitas<br />
no resultado analítico informado<br />
reportado pelo mesmo.<br />
As incertezas do sistema de medição<br />
possuem, em teoria, dois com-<br />
ponentes: um componente aleatório<br />
e um componente sistemático ¹.<br />
O componente aleatório está diretamente<br />
correlacionado a variações<br />
espaciais ou temporais e manifesta-<br />
-se de forma imprevisível. Os efeitos<br />
destas variações podem ser observados<br />
em uma série de mensurações<br />
repetidas da grandeza. Ainda<br />
que não se possa eliminar um erro<br />
aleatório de um resultado de medição,<br />
ele pode ser reduzido, sendo<br />
que uma das formas de se fazê-lo é<br />
pelo aumento do número de observações,<br />
uma vez que a esperança<br />
matemática será igual a zero.<br />
“Muitas vezes ocorre na prática,<br />
especialmente no domínio da metrologia<br />
legal, (área que possui extrema<br />
influência sob os conceitos<br />
utilizados na análise mineral), que<br />
um equipamento é ensaiado através<br />
de uma comparação com um<br />
padrão de medição e as incertezas<br />
associadas com o padrão (MRC) e<br />
com o procedimento de comparação<br />
são desprezíveis relativamente<br />
à exatidão requerida do ensaio. Um<br />
exemplo é o uso de um conjunto de<br />
padrões de massa bem calibrados<br />
para verificar a exatidão de uma<br />
balança comercial. Em tais casos,<br />
como os componentes da incerteza<br />
são pequenos o bastante para serem<br />
ignorados, a medição pode ser<br />
vista como determinação do erro do<br />
equipamento sob ensaio.” ²<br />
¹ Para um aprofundamento sobre erros de medição, consulte as diretrizes do ISO GUM (2008).<br />
² PORTAL ACTION, http://www.portalaction.com.br/incerteza-de-medicao/12-incerteza-de-medicao<br />
Considerando o modelo analítico<br />
adotado para análises minerais<br />
(comparação com MRC), em geral,<br />
a incerteza de uma correção para<br />
um efeito sistemático, não, necessariamente,<br />
precisa ser incluída<br />
na incerteza do resultado fornecido<br />
pelo sistema de medição. Ainda<br />
que a incerteza proveniente do<br />
erro sistemático tenha sido avaliada,<br />
ela pode ser ignorada se sua<br />
contribuição é insignificante.<br />
Portanto, tão importante quanto<br />
utilizar MRC rastreáveis e de boa<br />
qualidade, equipamentos ajustados<br />
e calibrados, empregados treinados<br />
e conscientes de seu impacto sob o<br />
sistema de medição, é muito importante<br />
que se conduza estudos que<br />
permitam identificar as principais<br />
fontes de incerteza e entender a sua<br />
correlação com os resultados obtidos<br />
na mensuração. E, a partir disto,<br />
estabelecer uma relação de custo<br />
– benefício que indique o nível de<br />
esforço e o ganho efetivo a ser capturado<br />
pelo cliente com a redução<br />
das incertezas.<br />
Na próxima edição falaremos<br />
um pouco mais sobre as principais<br />
causas que levam um sistema de<br />
medição a apresentar um erro sistemático.<br />
Até lá...<br />
34<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Eduardo Pimenta de Almeida Melo<br />
é Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da CSN Mineração,<br />
MBA em Gestão Empresarial, Pós–Graduado em Gestão de Laboratórios e<br />
Especializado em Data Science. Coordenador da Comissão de Estudos para<br />
Amostragem e Preparação de Amostras em Minério de Ferro para a ABNT –<br />
Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />
LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722<br />
Telefone: 31 3749 1516<br />
E-mail: eduardo.melo@csn.com.br
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REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
35
Informe Científico<br />
Preparo de amostra e análise por GCMS SQ<br />
de carbamato de etila em Cachaça usando<br />
hidrogênio como gás de arraste<br />
Autores:<br />
Celso Blatt e Simone Nascimento<br />
Agilent Technologies Brasil<br />
Alameda Araguaia, 1142 – Alphaville, Barueri – SP<br />
celso_blatt@agilent.com<br />
Resumo<br />
Carbamato de etila é muito comum em bebidas alcoólicas e sua análise<br />
é feita geralmente por GCMS. Nesse trabalho foi desenvolvido um método<br />
simples de preparo da amostra para remoção de interferentes, principalmente<br />
os açucares para poder injetar direto no GCMS. A análise por GCMS foi feita<br />
no GC Intuvo com coluna planar DB-624ms e o espectrômetro de massa<br />
um quadrupolo simples no modo SCAN e SIM simultâneo. O gás de arraste<br />
hidrogênio foi fornecido pelo gerador de gases da PEAK. Os resultados são<br />
robustos e tanto no modo SCAN quando no modo SIM as curvas de calibração<br />
ficaram ótimas e atenderam os limites da legislação Brasileira.<br />
36<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Palavras Chave: Carbamato de Etila, GCMS, preparo de amostra, QuE-<br />
ChERS, Cachaça, hidrogênio<br />
Abstract<br />
Ethyl carbamate is very common in alcoholic beverages and its analysis is<br />
usually done by GCMS. In this work a simple method of sample preparation for<br />
removal of interferents was developed, mainly the sugars to be able to inject<br />
directly into the GCMS. GCMS analysis was performed on GC Intuvo with DB-<br />
-624ms planar column and the mass spectrometer was a single quadrupole<br />
in SCAN and Sim simultaneous mode. The carrier gas hydrogen was supplied<br />
by the PEAK gas generator. The results are robust and both in the SCAN mode<br />
and in the SIM mode the calibration curves have been optimal and have met<br />
the limits of the Brazilian legislation.<br />
Keywords: Ethyl Carbamate, GCMS, sampling preparation, QuEChERS,<br />
Cachaça, hydrogen<br />
1 - Introdução<br />
Carbamato de etila, também conhecido como uretana, é um éster etílico de<br />
um ácido carbâmico. Estudos em animal tem demonstrado o seu potencial<br />
carcinogênico (Baffa Junior e colaboradores, 2011). A grande presença do<br />
carbamato de etila em bebidas alcoólicas foi descoberta na metade dos anos<br />
1980. Foi descoberto que o carbamato de etila é formado da reação de etanol<br />
com a ureia. Esta reação ocorre mais em altas temperaturas e, portanto,<br />
altas concentrações de carbamato de etila são encontrados em bebidas que<br />
são aquecidas durante o processamento, tal como cachaça, whisky e outras<br />
bebidas destiladas. Adicionalmente, o aquecimento das garrafas durante o<br />
transporte e manuseio pode elevar o conteúdo de carbamato de etila. Na<br />
legislação do Brasil, o limite permitido de carbamato de etila é de 150 μg/L<br />
(Masson e colaboradores, 2014).<br />
Normalmente essa análise é feita por cromatografia em fase gasosa acoplada<br />
a espectrômetros de massa (GCMS), mas sempre precedida por um<br />
preparo de amostra. O preparo de amostra (Ryu e colaboradores, 2015) pode<br />
ser por extração liquido-liquido ou<br />
extração em fase solida com o objetivo<br />
de remover os açucares e outros<br />
compostos que não são voláteis<br />
e podem ficar retidos ou degradados<br />
no liner do GC ou no começo<br />
da coluna capilar. O preparo de<br />
amostra aplicado baseou-se no artigo<br />
publicado por Guerreiro e colaboradores<br />
(2018), onde apresentou<br />
uma fácil abordagem para remoção<br />
de co-extratos polares como açúcares<br />
e separação da fase aquosa de<br />
amostras de cachaça.<br />
A análise por GCMS geralmente<br />
é feita com hélio como gás de arraste<br />
e usando uma coluna capilar<br />
com media polaridade para reter o<br />
Carbamato de etila e o espectrômetro<br />
de massa no modo SIM para<br />
monitorar a massa especifica do<br />
composto. Uma alternativa ao uso<br />
do hélio como gás arraste é usar<br />
hidrogênio que pode ser de gerador<br />
de gás comercial e simplesmente<br />
trocando uma lente de saída da fonte<br />
de impacto de elétrons (Connor e<br />
Fidelis, 2018).
Fase alcoólica contendo<br />
carbamato de etila<br />
Fase aquosa, açúcares e<br />
outros co-extratos<br />
polares<br />
Figura 1: Diferentes tipos de amostras de cachaças<br />
após agitação com carbonato de potássio e<br />
repouso de 2min.<br />
2 – Materiais e<br />
Métodos<br />
2.1 – Preparo da amostra<br />
Para efeito salting-out, 5 g de<br />
carbonato de potássio foi adicionado<br />
a 10 mL de amostra em tubos de<br />
15mL com tampa e vortex por 20s<br />
foi aplicado. O tubo permaneceu em<br />
repouso por 2 minutos para separação<br />
visual de duas fases conforme a<br />
figura 1 apresenta, sendo a inferior<br />
aquosa e a superior alcoólica, em<br />
seguida 1 mL da fase superior foi<br />
transferida para vial de 2mL e injetado<br />
no GCMS Agilent.<br />
Para curva de calibração e controles<br />
de qualidade, uma mistura de<br />
40 % de água em etanol teve a adição<br />
do padrão de carbamato de etila<br />
e o protocolo de extração foi seguido<br />
conforme as amostras. Brancos foram<br />
realizados com a mesma mistura<br />
de água e etanol seguido pelo<br />
protocolo de preparo de amostra<br />
sem adição dos padrões.<br />
2.2 – Análise por GCMS<br />
O instrumento utilizado (figura 2) foi o GC Intuvo 9000 com injetor split/splitless<br />
acoplado a um espectrômetro de massa com um quadrupolo, 5977B,<br />
com fonte de ionização por impacto de elétrons. Para a injeção das amostras<br />
líquidas foi usado o injetor de amostras G4513A em conjunto com a bandeja<br />
de 150 amostras 7693. Segue abaixo as condições do método GCMS:<br />
·<br />
Gás de arraste: hidrogênio do gerador Peak Scientific Precision –<br />
Hydrogen Trace 250cc – <strong>99</strong>,<strong>99</strong><strong>99</strong>%<br />
·<br />
Volume injetado: 1 μL<br />
Modo de injeção: Splitless a 240 °C por 0,5 min e fluxo da purga de<br />
·<br />
60 mL/min<br />
Coluna Capilar: DB-624 UI, part number 122-1334UI-INT,<br />
30 m x 250 μm x 1.4 μm<br />
·<br />
Fluxo na coluna: Hidrogênio, fluxo constante a 1.2 mL/min<br />
Guard Chip Intuvo no modo Track Oven, temperatura do BUS (Intuvo)<br />
·<br />
em 250 °C<br />
Rampa no forno: 40 °C por 2 min; rampa de 20 °C/min até 250 °C;<br />
tempo de corrida de 12.5 min<br />
Temperatura da interface GCMS: 280 °C<br />
·<br />
Temperatura da fonte EI no MS 5977: 280 °C, quadrupolo a 150 °C<br />
Aquisição dos dados: modo SCAN e SIM simultâneos, SCAN de 33 a<br />
400, N=2 e SIM (62 e 74) dwell 50<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
37<br />
Vide Figura 2
Informe Científico<br />
Vide Figura 2: GCMS Intuvo/5977B com gerador de hidrogênio da PEAK usado para as análises de carbamato de etila em cachaça.<br />
38<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
3 – Resultados e<br />
Discussão<br />
O analito carbamato de etila é<br />
volátil e fácil de ser analisado por<br />
GCMS. Mas, as cachaças comerciais<br />
têm de 6 a 30 g/L de açúcar<br />
e esse açúcar não deve ser injetado<br />
no GCMS. É necessário um preparo<br />
de amostra para remover esses interferentes<br />
não voláteis da cachaça.<br />
O método de preparo aplicado de<br />
efeito salting-out mostrou ser bastante<br />
efetivo e rápido. Foram feitos<br />
testes de robustez com 100 injeções<br />
de cachaças comerciais extraídas<br />
e os resultados mostraram que<br />
a área teve uma variação entre 10 a<br />
15 % na área do analito para uma<br />
mesma amostra.<br />
O uso de padrão interno como<br />
carbamato de propila, butila ou o<br />
metila é recomendado para reduzir<br />
o coeficiente de variação proveniente<br />
dos diferentes tipos de composição<br />
da cachaça, onde cada<br />
marca tem sua própria receita de<br />
produção podendo apresentar diferentes<br />
interferentes, e também<br />
para minimizar possíveis variações<br />
de preparo de amostra em rotina<br />
do laboratório.<br />
A curva de calibração foi feita<br />
tanto em álcool etílico quanto em<br />
matriz de cachaça após preparo da<br />
amostra. As concentrações do carbamato<br />
de etila foram de 75, 150,<br />
300, 600 e 1200 μg/L. Como a legislação<br />
Brasileira pede 150 μg/L<br />
como máximo aceitável de carbamato,<br />
a curva foi feita com um ponto<br />
abaixo do limite e vários pontos<br />
acima para verificar a linearidade.<br />
A aquisição do sinal do carbamato<br />
de etila foi feita no modo de varredura<br />
(SCAN) e no modo de monitoramento<br />
dos íons selecionados<br />
(SIM) de maneira simultânea. Um<br />
dos objetivos era verificar a identidade<br />
e confirmar pelo espectro<br />
de massas o analito carbamato de<br />
etila através do modo SCAN e comparação<br />
com a biblioteca comercial<br />
da NIST. O outro modo de aquisição<br />
no modo SIM era para tornar<br />
a aquisição do sinal mais especifica<br />
ao carbamato, monitorando<br />
somente as massas 62 e 74 para<br />
quantificar com a massa 62 mais<br />
intensa e qualificar com a massa<br />
74. Uma vantagem do modo SIM<br />
é a maior sensibilidade porem nessa<br />
aplicação, tanto no modo SCAN<br />
quanto no modo SIM o carbamato<br />
de etila foi detectado com área excelente<br />
para o ponto mais baixo da<br />
curva. As figuras 3, 4 e 5 mostram<br />
as curvas de calibração no modo<br />
SCAN e SIM no solvente e SIM com<br />
a curva na matriz respectivamente.
comparação com a biblioteca comercial da NIST. O outro modo de aquisição no modo SIM era para tornar<br />
a aquisição do sinal mais especifica ao carbamato, monitorando somente as massas 62 e 74 para<br />
quantificar com a massa 62 mais intensa e qualificar com a massa 74. Uma vantagem do modo SIM é a<br />
maior sensibilidade porem nessa aplicação, tanto no modo SCAN quanto no modo SIM o carbamato de<br />
etila foi detectado com área excelente para o ponto mais baixo da curva. As figuras 3, 4 e 5 mostram as<br />
curvas de calibração no modo SCAN e SIM no solvente e SIM com a curva na matriz respectivamente.<br />
Figura 3: Curva do carbamato de etila no modo SCAN feito em solvente.<br />
Figura 3: Curva do carbamato de etila no modo SCAN feito em solvente.<br />
Figura 4: Curva do carbamato de etila no modo SIM feito em solvente.<br />
Figura 4: Curva do carbamato de etila no modo SIM feito em solvente.<br />
Figura 4: Curva do carbamato de etila no modo SIM feito em solvente.<br />
Figura 5: Curva do carbamato de etila no modo SIM na matriz.<br />
Figura 5: Curva do carbamato de etila no modo SIM na matriz.<br />
Figura 5: Curva do carbamato de etila no modo SIM na matriz.<br />
Os cromatogramas (figura 6) mostram a análise em 12,5 min onde o carbamato de etila sai em 7,026 min.<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
39
Informe Científico<br />
Os cromatogramas (figura 6) mostram a análise em 12,5 min onde o carbamato de etila sai em 7,026 min. O pico<br />
fica muito mais nítido no modo SIM mas se extrair o íon 62 do modo SCAN também pode se ver bem o pico do carbamato<br />
de etila no modo SCAN nesse ponto mais baixo da curva com 75 μg/L (figura 7).<br />
Figura 6: Cromatogramas no modo SIM e no modo SCAN da análise de carbamato de etila (7,026 min) em<br />
cachaça.<br />
Figura 6: Cromatogramas no modo SIM e no modo SCAN da análise de carbamato de etila (7,026 min) em cachaça.<br />
Figura 6: Cromatogramas no modo SIM e no modo SCAN da análise de carbamato de etila (7,026 min) em<br />
cachaça.<br />
40<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Figura 7: Cromatogramas do íon 62 extraído no modo SCAN e modo SIM para o carbamato de etila.<br />
Figura 7: Cromatogramas do íon 62 extraído no modo SCAN e modo SIM para o carbamato de etila.<br />
Figura 7: Cromatogramas do íon 62 extraído no modo SCAN e modo SIM para o carbamato de etila.
Informe Científico<br />
O uso de hidrogênio como gás de arraste em GCMS é tido como perigoso e também se diz que o vácuo<br />
não O uso fica de tão hidrogênio bom quanto como com gás o de gás arraste hélio em porque GCMS a é molécula tido como perigoso de hidrogênio e também é menor se diz e que mais o vácuo difícil não de fica retirar tão<br />
bom quanto com o gás hélio porque a molécula de hidrogênio é menor e mais difícil de retirar da câmara de vácuo.<br />
Nesse da câmara trabalho de foi vácuo. substituída Nesse a trabalho lente de saída foi substituída fonte de a íons lente de de 3 mm saída por da uma fonte de de 6 mm, íons a de G2589-20045. 3 mm por uma O uso de<br />
da 6 mm, lente a com G2589-20045. diâmetro maior O uso é recomendado lente com pelo diâmetro fabricante maior para ser é recomendado usado hidrogênio pelo fabricante como gás para de arraste ser usado para<br />
GCMS. com hidrogênio Essa é a única como modificação gás de arraste necessária, para GCMS. mas precisa Essa é dizer a única ao software modificação que está necessária, usando hidrogênio mas precisa como dizer gás<br />
de arraste. A figura 8 mostra o espectro obtido do carbamato de etila no GCMS usando hidrogênio e hélio como gás<br />
de ao arraste. software Se que observa está que usando o espectro hidrogênio é mesmo como tanto gás para de hélio arraste. quando A para figura hidrogênio, 8 mostra onde o espectro o match com obtido a NIST do<br />
foi carbamato de 882 para de hidrogênio etila no GCMS e 904 usando para hélio hidrogênio (máximo ou e hélio ideal é como 1000), gás ambos de arraste. usando o Se modo observa SCAN que e sem o espectro subtração é<br />
de mesmo background. tanto para hélio quando para hidrogênio, onde o match com a NIST foi de 882 para hidrogênio e<br />
904 para hélio (máximo ou ideal é 1000), ambos usando o modo SCAN e sem subtração de background.<br />
Figura 8: Espectros de massa obtidos do carbamato de etila por GCMS usando no primeiro exemplo o hidrogênio e no segundo o hélio como gás de arraste.<br />
Figura 8: Espectros de massa obtidos do carbamato de etila por GCMS usando no primeiro exemplo o<br />
hidrogênio e no segundo o hélio como gás de arraste.<br />
42<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
4 – Conclusões<br />
Com o processo de preparo de amostra simplificado e eficiente, as análises do Carbamato de etila por GCMS podem<br />
ficar mais baratas e rápidas. O uso do GCMS mostra a eficiência, linearidade para a faixa de concentração necessária,<br />
sensível 4 – Conclusões e permite a confirmação inequívoca da identidade do carbamato de etila. O GC Intuvo usa colunas planares<br />
e permite aquecimentos mais rápidos e uso da tecnologia micro fluídica que reduz volumes mortos e manutenções<br />
mais Com fáceis. o processo O uso do de hidrogênio preparo de como amostra gás de simplificado arraste apesar e de eficiente, ser um mito as entre análises os usuários do Carbamato de GCMS, de mostrou etila por ser<br />
eficiente, seguro e não alterou a sensibilidade, o desempenho da coluna e mesmo o espectro de massa se mostrou<br />
idêntico GCMS podem quando ficar comparado mais baratas com o espectro e rápidas. obtido O uso com do Hélio GCMS como mostra gás de a arraste. eficiência, O gerador linearidade PEAK usado para permite a faixa ser de<br />
instalado concentração na sala necessária, junto com o sensível GCMS e não e permite precisa de a confirmação linha de gás nem inequívoca reguladores da identidade gás entre o do gerador carbamato e o GC. de<br />
etila. O GC Intuvo usa colunas planares e permite aquecimentos mais rápidos e uso da tecnologia micro<br />
fluídica que reduz volumes mortos e manutenções mais fáceis. O uso do hidrogênio como gás de arraste<br />
apesar de ser um mito entre os usuários de GCMS, mostrou ser eficiente, seguro e não alterou a<br />
5 – Referências<br />
sensibilidade, o desempenho da coluna e mesmo o espectro de massa se mostrou idêntico quando<br />
comparado Bibliográficas<br />
com o espectro obtido com Hélio como gás de arraste. O gerador PEAK usado permite ser<br />
Baffa Junior, J. C. [ET AL] Ethyl-carbamate determination by gas chromatography-mass spectrometry at different stages of production of a traditional Brazilian spirit. Food<br />
instalado na sala junto com o GCMS e não precisa de linha de gás nem reguladores de gás entre o gerador<br />
Chemistry 129 (2011) 1383-1387.<br />
e o GC.<br />
Connor, E. [ET AL] The effect of draw out lens diameter on sensitivity of GC-MS analysis. PEAK Application Note, 2018 – www.peakscientific.com/articles<br />
Guerreiro, T. M. [ET AL] New Approach of QuEChERS and GC-MS Triple-Quadrupole for the Determination of Ethyl Carbamate Content in Brazilian cachaças, 2018; 5(April), 1–9.<br />
Masson, J. [ET AL] GC-MS analysis of ethyl carbamate in distilled sugar cane spirits from northern and southern regions of Minas Gerais. J. Inst. Brew, 2014; 120: 516-520<br />
Ryu, D. [ET AL] Determination of Ethyl Carbamate in Alcoholic Beverages and Fermented Foods Sold in Korea. Toxicol Res 2015 Sep; 31(3): 289-297.
24ª edição<br />
EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA<br />
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FUTURO<br />
FARMACÊUTICO
em foco<br />
Não se trata apenas de desempenhar um papel cada vez mais importante e<br />
crucial no desenvolvimento, testes de diagnósticos clínicos cada vez mais inovadores,<br />
mas também em auxiliar no avanço, de uma tecnologia em ascensão que é a medicina<br />
de precisão. Abaixo, veremos como o atrelamos o poder da água ultrapura nos<br />
diagnósticos clínicos tem o potencial de transformar a saúde do paciente.<br />
Como a Água Ultrapura ajuda a melhorar os diagnósticos clínicos?<br />
Como experts em Purificação de Água para Laboratórios, nós da ELGA LabWater,<br />
somos estimulados pelo aumento do número de tecnologias inovadoras de diagnósticos<br />
A Água UltraPura em testes de Diagnóstico Clínico<br />
clínicos, e que estão atreladas as propriedades da água ultrapura. Por exemplo, a água<br />
ultrapura é um elemento crítico na recente tecnologia interoperativa em cirurgias de<br />
câncer, chamada MasSpec Pen.(1)<br />
44<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Detectando Tecnologias câncer inovadoras com uma de Como testes a Água diagnósticos Ultrapura ajuda clínicos gota de água é então analisado<br />
gota de água Recentemente ultrapura desenvolvido, a melhorar este os diagnósticos dispositivo de ionização por um espectrômetro portátil e descartável, massas<br />
Você sabia que podemos fazer a clínicos?<br />
conectado ao dispositivo, para determinar<br />
com se suspeita o perfil biomolecular de câncer. é O<br />
detecção libera uma de câncer pequena utilizando gota uma de água Como ultrapura experts em sobre Purificação o tecido<br />
única conteúdo gota de água molecular ultrapura? da E que gota de água Água para é então Laboratórios, analisado nós da por corresponde um espectrômetro ao tecido canceroso. de massas<br />
a qualidade da água influencia o ELGA LabWater, somos estimulados O mais relevante, é que os resultados<br />
são obtidos em dez (10)<br />
conectado ao dispositivo, para determinar se o perfil biomolecular é corresponde ao<br />
desenvolvimento de novos medicamentos?<br />
tecido Nós canceroso. da ELGA LabWater filogias<br />
inovadoras de diagnósticos segundos, e assim permite que<br />
pelo aumento do número de tecnocamos<br />
maravilhados em descobrir o clínicos, e que estão atreladas as médicos cirurgiões, identifiquem,<br />
O mais relevante, é que os resultados são obtidos em dez (10) segundos, e assim<br />
quão importante é a água ultrapura propriedades da água ultrapura. Por com precisão e em tempo real, os<br />
nos permite diagnósticos que clínicos! médicos cirurgiões, exemplo, identifiquem, a água ultrapura com é um precisão elemento<br />
crítico na recente tecnologia<br />
limites e em do tumor tempo – o real, que significa, os limites<br />
Não se trata apenas de desempenhar<br />
um papel cad a vez mais interoperativa em cirurgias de cân-<br />
que apenas as células cancerosas<br />
serão removidas e que as células<br />
sadias serão mantidas. Isto supera<br />
importante e crucial no desenvolvimento,<br />
testes de diagnósticos clínicer,<br />
chamada MasSpec Pen.(1)<br />
os métodos usados anteriormente,<br />
que além de consumirem muito<br />
cos cada vez mais inovadores, mas Tecnologias inovadoras de<br />
tempo, exigem um trabalho intensivo<br />
(Ex.: detecção por imagem,<br />
também em auxiliar no avanço, de testes diagnósticos clínicos<br />
uma tecnologia em ascensão que Recentemente desenvolvido, crio-preservação e microscopia),<br />
é a medicina de precisão. Abaixo, este dispositivo de ionização portátil<br />
e descartável, libera uma cuperação dos pacientes, por re-<br />
diminuindo assim o tempo de re-<br />
veremos como o atrelamos o poder<br />
da água ultrapura nos diagnósticos pequena gota de água ultrapura duzir o tempo de cirurgia e reduzir<br />
clínicos tem o potencial de transformar<br />
a saúde do paciente.<br />
câncer. O conteúdo molecular<br />
sobre o tecido com suspeita de os cuidados pós-operatórios.<br />
da
Uma gota de água ultrapura é<br />
crítica em diagnósticos clínicos<br />
Para a gota de água que extrai<br />
o conteúdo molecular do tecido,<br />
deve-se usar água ultrapura por<br />
vários motivos.<br />
Primeiro, utilizando água ultrapura<br />
evita-se o risco de que<br />
contaminantes interfiram no perfil<br />
molecular do tecido canceroso. De<br />
fato, a equipe de pesquisadores<br />
que desenvolveu este dispositivo<br />
baseado em espectrometria de<br />
massas, descobriu que utilizando<br />
água ultrapura, era possível gerar<br />
perfis moleculares mais claros<br />
quando comparado com as substâncias<br />
testadas anteriormente<br />
(etanol e uma mistura de etanol/<br />
água). (2)<br />
Segundo, a água ultrapura permite<br />
a extração química de compostos<br />
com baixo peso molecular,<br />
como metabólitos e lipídeos, do<br />
tecido. Finalmente, a água ultrapura<br />
é biocompatível com humanos,<br />
então este dispositivo é adequado<br />
para análises in-vivo, uma<br />
vez que não agride o danifica o<br />
tecido, ao contrário de outras técnicas<br />
de ionização, que danificam<br />
ou destroem o tecido-alvo.<br />
O papel da ELGA LabWater<br />
nos diagnósticos clínicos de<br />
precisão<br />
A medicina de precisão está<br />
transformando as áreas de healthcare<br />
e desenvolvimento de novos<br />
medicamentos e que dependem<br />
dos testes de diagnósticos clínicos<br />
– nos quais os sistemas de<br />
purificação de água são partes<br />
integrantes. Por exemplo, biomarcadores<br />
associados com doenças<br />
em pacientes, estão sendo cada<br />
vez mais monitorados pelas indústrias<br />
farmacêuticas, para predizer<br />
quais pacientes irão responder de<br />
forma favorável aos tratamentos,<br />
acelerando assim as pesquisas<br />
clínicas e fazendo com que novas<br />
drogas sejam disponibilizadas<br />
mais rapidamente aos pacientes a<br />
um custo reduzido.<br />
Esse perfil de biomarcadores<br />
dos pacientes se baseia em técnicas<br />
de diagnósticos, tais como<br />
cromatografia líquida acoplada a<br />
espectrometria de massa (LC-MS),<br />
porém a qualidade dos dados gerados<br />
por esses testes é totalmente<br />
dependente da qualidade da<br />
água utilizada. Isso porque a água<br />
de baixa qualidade pode conter<br />
impurezas, incluindo compostos<br />
orgânicos, inorgânicos, bactérias<br />
ou partículados que podem reduzir<br />
a precisão dos dados gerados por<br />
LC-MS, como perda de resolução,<br />
picos fantasmas e mudança nos<br />
tempos de retenção.<br />
Portanto, o alto grau de pureza<br />
da água fornecida por sistemas de<br />
purificação de água, como a linha<br />
PURELAB® da ELGA LabWater<br />
(3), pode garantir a confiabilidade<br />
dos perfis de biomarcadores, aumentando<br />
as taxas de sucesso de<br />
testes clínicos e possibilitando que<br />
os pacientes recebam tratamentos<br />
potencialmente transformadores.<br />
Testes de auto-diagnósticos –<br />
uma ajuda ou um obstáculo?<br />
O surgimento da medicina de<br />
precisão acompanhou o desenvolvimento<br />
de um mercado de<br />
kits para testes de diagnóstico<br />
em casa, incluindo kits para uma<br />
enorme variedade de condições,<br />
desde a infertilidade até o HIV. Especialistas<br />
dividem opiniões sobre<br />
esses auto-testes de diagnóstico<br />
- eles poderiam marcar uma nova<br />
era da medicina diagnóstica ou<br />
apenas ser um risco para a nossa<br />
saúde. (4).<br />
Por um lado, eles têm o potencial<br />
de fornecer kits de diagnóstico<br />
acessíveis para pessoas<br />
com pouco ou nenhum acesso a<br />
cuidados médicos em um mundo<br />
em desenvolvimento; mas, por<br />
outro lado, a remoção de testes<br />
diagnósticos do laboratório clínico<br />
profissional, por algumas vezes,<br />
gera resultados enganosos e não<br />
confiáveis. Como tal, o conselho<br />
regulatório atual é garantir que os<br />
kits de diagnósticos domésticos<br />
sejam sempre complementados<br />
por testes controlados em um laboratório<br />
clínico, onde as tecnologias<br />
analíticas mais atuais e água<br />
ultrapura de grau clínico podem<br />
garantir que a saúde do paciente<br />
não seja comprometida.<br />
Com iniciativas notáveis e inovações<br />
sendo desenvolvidas na<br />
área de diagnósticos clínicos, fica<br />
claro para nós da ELGA LabWater<br />
que esse é um momento incrivelmente<br />
interessante para a aplicação<br />
de água ultrapura como uma<br />
ferramenta biomédica.<br />
Referências:<br />
(1)https://eberlin.cm.utexas.edu/masspec-pen<br />
(2)https://www.360dx.com/molecular-diagnos-<br />
tics/ut-team-develops-mass-spec-based-device-<br />
-guiding-cancer-surgery<br />
(3)https://www.elgalabwater.com/products/<br />
purelab<br />
(4)https://www.elgalabwater.com/blog/home-<br />
-diagnostic-testing-kits-new-medical-era-or-risk-<br />
-our-health<br />
Saiba mais:<br />
www.veoliawatertech.com/latam<br />
watertech.marcom.latam@veolia.com<br />
11 3888-8800<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
45
em foco<br />
Inovação na cultura celular<br />
A melhor performance em cultura<br />
Os frascos da Greiner Bio-One são a solução ideal para o s<br />
Greiner Bio-One Brasil apresenta novas superfícies para frascos e placas para cultura de células<br />
46<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
Tampas:<br />
com e sem filtro<br />
A cultura celular é o processo<br />
pelo qual células são mantidas vivas<br />
e em crescimento fora de seu tecido<br />
original em condições controladas,<br />
que envolvem: a escolha de um<br />
meio de cultura correto com alguns<br />
suplementos, controle da temperatura<br />
de cultura em 37°C, que é a<br />
mesma temperatura do corpo humano,<br />
e controle do pH.<br />
Tais condições permitem que as<br />
células sejam mantidas vivas e viáveis<br />
crescendo em monocamadas<br />
ou em suspensão sob uma superfície<br />
plástica de uma placa ou frasco<br />
para cultura celular. Essa cultura<br />
bidimensional ou 2D é onde tudo<br />
começa, inclusive para a cultura 3D.<br />
O que determina se o cultivo celular<br />
ocorre por aderência ou em<br />
suspensão são as características de<br />
proliferação da própria célula, o que<br />
depende da capacidade de adesão<br />
Área de cultivo:<br />
25, 75 e 175 cm²<br />
Greiner Bio-One Brasil | Avenida Aonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />
Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />
da mesma na superfície do frasco<br />
ou da placa de cultura.<br />
A Greiner Bio-One, destaque no<br />
segmento Life Science, apresenta<br />
um amplo portfólio para cultivo e<br />
análise de células, com opções de<br />
superfícies especialmente tratadas<br />
para melhorar o rendimento da cultura.<br />
Em se tratando do cultivo de células<br />
aderentes, a divisão BioScience<br />
da Greiner Bio-One Brasil apresenta<br />
duas opções de tratamento de superfície:<br />
a TC e a Advanced TCTM. A<br />
opção TC (do inglês Tissue Culture,<br />
ou seja, cultura de tecidos), incorpora<br />
na superfície plástica grupos<br />
polares, tornando-a hidrofílica, promovendo,<br />
assim, a adesão das células<br />
à superfície plástica do frasco<br />
de cultivo.<br />
Para o cultivo de células sensíveis,<br />
as quais possuem condições espe-<br />
• CELLSTAR® TC para células<br />
para otimizar o cultivo de célula<br />
• CELLSTAR® para células e<br />
hidrofóbica, indicada para cu<br />
necessitam de ancoragem para<br />
ciais de crescimento, foi desenvolvida<br />
a opção Advanced TCTM. Com<br />
• CELLSTAR® Cell-Repellent:<br />
Bio-One esta opção de sup<br />
uma tecnologia a adesão inovadora, celular essa su-perfície é especialmente onde as superfícies modificada hidrofóbica<br />
é indicada<br />
para otimizar impedir a adesão a e as adesão taxas de celular;<br />
proliferação • Advanced celular, principalmente TC: superfície ino<br />
em cultura com cultura redução eficaz ou ausência<br />
de soro. cultivo celular em condição d<br />
de células fasti<br />
Já a linha soro; de produtos para cultura<br />
de • células CELLCOAT®: em suspensão superfície possui<br />
duas opções extracelular de superfície como para colágeno tipo<br />
revest<br />
cultivo: uma ou superfície ainda proteínas hidrofóbica sintéticas co<br />
– geralmente utilizada para células<br />
de origem hematopoiéticas, e uma<br />
superfície de repelência de células<br />
(a Cell-Repellent).<br />
w<br />
A tecnologia Cell-Repellent é ideal<br />
para o cultivo celular em 3D, pois<br />
evita efetivamente a adesão das<br />
células na superfície do plástico,<br />
sendo sua utilização indicada para o<br />
cultivo de células onde as superfícies<br />
hidrofóbicas convencionais não<br />
são suficientes para impedir a adesão<br />
celular.<br />
A Greiner Bio-One tem a solução<br />
ideal em cultura celular para<br />
aumentar a produtividade no seu<br />
laboratório!<br />
Assessoria de Imprensa<br />
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Cell Culture Rocks<br />
A melhor performance<br />
para o seu laboratório!<br />
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com e sem filtro<br />
Área de cultivo:<br />
25, 75 e 175 cm²<br />
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Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />
• CELLSTAR® TC para células aderentes: superfície ideal<br />
para otimizar o cultivo de células aderentes;<br />
• CELLSTAR® para células em suspensão: superfície<br />
hidrofóbica, indicada para cultivo de células que não<br />
necessitam de ancoragem para proliferação;<br />
• CELLSTAR® Cell-Repellent: exclusividade da Greiner<br />
Bio-One esta opção de superfície evita efetivamente<br />
a adesão celular e é indicada para o cultivo de células<br />
onde as superfícies hidrofóbicas não são suficientes para<br />
impedir a adesão celular;<br />
• Advanced TC: superfície inovadora que possibilita uma<br />
cultura eficaz de células fastidiosas, por exemplo para<br />
cultivo celular em condição de ausência ou redução de<br />
soro;<br />
• CELLCOAT®: superfície revestida com proteínas da matriz<br />
extracelular como colágeno tipo I, fibronectina ou laminina<br />
ou ainda proteínas sintéticas como Poli-L ou Poli-D lisina.<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
47<br />
www.gbo.com/bioscience
em foco<br />
em foco<br />
Qualidade da água e monitoramento ambiental, uma preocupação global cada<br />
vez mais globalizada<br />
48<br />
REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
A água é um recurso natural indispensável<br />
ao ser humano e demais<br />
seres vivos além de ser a fonte de<br />
equilíbrio dos ecossistemas. Segundo<br />
a Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS), todos têm direito a água potável,<br />
que não represente risco à saúde,<br />
em quantidade e custo acessível<br />
à população como um todo. A água<br />
própria para o consumo humano<br />
deve atender parâmetros microbiológicos,<br />
físicos e químicos que não<br />
ofereçam risco à saúde.<br />
Segundo o Ministério da Saúde, a<br />
água própria para o consumo deve<br />
estar livre de microrganismos patogênicos<br />
e não deve conter bactérias<br />
indicadoras de contaminação fecal.<br />
O principal representante desse<br />
grupo de bactérias é a Escherichia<br />
coli, microrganismo pertencente ao<br />
grupo dos coliformes.<br />
Os coliformes totais são constituídos<br />
pela família Enterobactereacea,<br />
bacilos Gram-negativos,<br />
não formadores de esporos, aeróbios<br />
ou anaeróbios facultativos,<br />
capazes de fermentar lactose<br />
com produção de gás a 35ºC entre<br />
24 e 48 horas. Nesse grupo<br />
as bactérias mais relevantes são:<br />
Klebsiela, Enterobacter, Escherichia<br />
coli, Citrobacter, sendo a E.<br />
coli presente somente no trato<br />
intestinal de animais de sangue<br />
quente. Os coliformes termotolerantes<br />
são subgrupos das<br />
bactérias do grupo coliforme que<br />
fermentam lactose a 44,5ºC ±<br />
0,2ºC em 24 horas e têm a Escherichia<br />
coli como o principal<br />
bioindicador de origem fecal presente<br />
na água.<br />
A análise bacteriológica de água é<br />
um método importante para a determinação<br />
da qualidade da água para<br />
consumo. Estas técnicas de análises<br />
são específicas e sensíveis aos microrganismos<br />
de água e alimento para<br />
consumo humano. A análise microbiológica<br />
da água pode ser utilizada para<br />
pesquisar a presença ou ausência de<br />
microrganismos, para quantificar os<br />
mesmos presentes, para identificar e<br />
caracterizar diferentes espécies. Diversos<br />
métodos laboratoriais de análises<br />
podem ser usados para cada uma<br />
dessas especificações<br />
A técnica de membrana filtrante<br />
é um dos métodos indicados para a<br />
quantificação de bactérias do grupo<br />
coliformes em água. Esta técnica se<br />
baseia na filtração de volumes adequados<br />
de água, em que as bactérias<br />
ficarão retidas na membrana, com<br />
porosidade de 0,45μm, que consegue<br />
reter os organismos com tamanhos<br />
maiores que seu poro.<br />
Para o processo de filtração, normalmente<br />
é utilizado um aparelho<br />
que consta um funil de filtração,<br />
suporte de membrana e frasco co-
letor. Após a passagem da água por<br />
esta membrana, os coliformes ficam<br />
retidos por terem um tamanho superior<br />
a 0,45μm. Estas membranas<br />
então são transferidas para a placa<br />
de Petri contendo o meio de cultura<br />
de acordo com as necessidades de<br />
crescimento do microrganismo em<br />
questão, as placas então são levadas<br />
para uma estufa a 35 ± 5º C por 24<br />
horas. Depois de incubadas as colônias<br />
são numeradas visualmente ou<br />
através de contagem automatizada.<br />
As principais vantagens desta<br />
técnica são:<br />
•Permite a contagem direta do<br />
número de microrganismo;<br />
•Possibilita a análise de um<br />
grande volume de amostras aumentando<br />
assim a sensibilidade do<br />
método;<br />
•Pode ser aplicada à água bruta e<br />
tratada;<br />
•Técnica recomendada pelo standard<br />
methods e farmacopeias para<br />
detecção de coliformes.<br />
Membranas, copos de filtração<br />
e todos os itens e acessórios necessários<br />
para realizar a técnica<br />
de membrana filtrante em seu<br />
laboratório você encontra na LAS<br />
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Dynamics® Lab baseia-se nos princípios da filtração body<br />
feed; os kits de clarificação prontos para uso permitem<br />
processamento rápido e conveniente de até 1.000 mL de<br />
amostra de cultura de células de mamífero.<br />
Como resultado, estes kits eliminam uma longa etapa de<br />
centrifugação, permitindo que a clarificação e a filtração<br />
estéril sejam realizadas em uma única etapa.<br />
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REVISTA ANALYTICA - FEV/MAR 19<br />
49
em foco<br />
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50<br />
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