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Revista Coamo - Março de 2019

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CREDICOAMO APRESENTA SOBRAS LÍQUIDAS DE R$ 98,68 MILHÕES EM 2018<br />

www.coamo.com.br<br />

MARÇO/<strong>2019</strong> ANO 45<br />

EDIÇÃO 489<br />

OCEPAR, 48 ANOS<br />

Sistema<br />

representa o<br />

cooperativismo<br />

no Paraná<br />

BIOGRAFIA<br />

Gallassini lança<br />

livro biográfico no<br />

Rotary e na Acicam<br />

CONHECIMENTO<br />

RENOVADO<br />

Encontro na Fazenda Experimental reúne associados, técnicos e<br />

pesquisadores para dias <strong>de</strong> trabalho e busca por mais conhecimento<br />

para ampliar a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma sustentável e com rentabilida<strong>de</strong>


meta<br />

A soli<strong>de</strong>z da <strong>Coamo</strong> vem<br />

da cooperação <strong>de</strong> todos.<br />

Graças a força do trabalho e da união,<br />

a <strong>Coamo</strong> cresceu<br />

em 2018,<br />

sendo o melhor ano em<br />

relação às receitas globais.<br />

É pela connança no trabalho <strong>de</strong>senvolvido na <strong>Coamo</strong><br />

que os cooperados estão seguros, estão em casa.<br />

<strong>Coamo</strong>, forte como o homem do campo.


EXPEDIENTE<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

Ano 45 | Edição 489 | <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos: iduarte@coamo.com.br<br />

Wilson Bibiano Lima: wblima@coamo.com.br<br />

Ana Paula Bento Pelissari: anapelissari@coamo.com.br<br />

Antonio Marcio dos Santos: amsantos@coamo.com.br<br />

Contato: (44) 3599-8126/3599-8129<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima,<br />

Ana Paula Bento Pelissari e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Colaboração: Gerência <strong>de</strong> Assistência Técnica, Entrepostos e Milena Luiz Corrêa<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários Ltda<br />

Contato: (11) 5092-3305 e Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados<br />

ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 Fax (44) 3599.8001 - Caixa Postal, 460<br />

www.coamo.com.br - coamo@coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº José Aroldo Gallassini, Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Engº Agrº Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Diretor-Secretário: Engº Agrº<br />

Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari. MEMBROS VOGAIS: Nelson Teodoro <strong>de</strong> Oliveira, Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, João Marco<br />

Nicaretta e Alessandro Gaspar Colombo.<br />

CONSELHO FISCAL: Diego Rogério Chitolina, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Willian Ferreira Sehaber (Efetivos). Calebe Honório Welz Negri, Clóvis Antonio Bruneta, Reginaldo<br />

Antonio Mariot (Suplentes).<br />

SUPERINTENDENTES: Administrativo: Antonio Sérgio Gabriel; Comercial: Alcir José Goldoni; Industrial: Divaldo Corrêa; Logística e Operações : Airton Galinari;<br />

Técnico: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,41 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2018: R$ 14,79 bilhões. Tributos e taxas<br />

gerados e recolhidos em 2018: R$ 436,73 milhões.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />

3


SUMÁRIO<br />

36<br />

Credicoamo com crescimento e bons resultados<br />

Desempenho da cooperativa <strong>de</strong> crédito foi apresentado e aprovado durante Assembleia<br />

Geral Ordinária (AGO). Crescimento a cada ano é fruto da participação efetiva dos associados<br />

4 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


SUMÁRIO<br />

Entrevista<br />

08<br />

O engenheiro agrônomo Henrique Debiasi, pesquisador <strong>de</strong> manejo do solo e da cultura, da Embrapa<br />

Soja, é o entrevistado do mês. Para ele, a revolução que o agronegócio brasileiro tem passado é<br />

<strong>de</strong>corrente do <strong>de</strong>senvolvimento e adoção conjunta <strong>de</strong> diferentes tecnologias<br />

Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

Retorno do consumidor é positivo pela fan page e canal <strong>de</strong> atendimento dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

13<br />

Encontro na Fazenda Experimental<br />

Foi realizada a 31ª edição do evento <strong>de</strong> verão, que é um laboratório a céu aberto da <strong>Coamo</strong> para a<br />

pesquisa. Encontro reuniu cerca <strong>de</strong> quatro mil cooperados, <strong>de</strong> toda a área <strong>de</strong> ação da cooperativa<br />

14<br />

Ocepar 48 anos<br />

48<br />

Sistema Ocepar possui 215 cooperativas registradas. Juntas, essas organizações somam R$ 83,5<br />

bilhões <strong>de</strong> faturamento, montante que equivale a 17,9 % do PIB do Estado do Paraná<br />

51<br />

Gallassini lança livro no Rotary e na Acicam<br />

O livro escrito pelo jornalista e biógrafo Elias Awad, relata a inspiradora<br />

trajetória do presi<strong>de</strong>nte da maior cooperativa agrícola da América Latina<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />

5


NOVO<br />

UNIPORT 3030<br />

EletroVortex<br />

A PULVERIZAÇÃO EM OUTRO NÍVEL<br />

2dcb.com.br<br />

FLUXO DE AR<br />

DO VENTILADOR<br />

PARA A BARRA<br />

FLUXO DE AR<br />

PARA O BICO<br />

PORTA-BICOS<br />

BIJET<br />

O fluxo <strong>de</strong> ar do sistema Vortex<br />

transporta as gotas <strong>de</strong> pulverização<br />

que, ao passar pelo bocal eletrostático,<br />

recebem cargas negativas que são<br />

atraídas pelas plantas, que têm cargas<br />

neutras. O resultado é uma melhor<br />

<strong>de</strong>posição do <strong>de</strong>fensivo em ambas<br />

as faces da planta.<br />

BOCAL<br />

ELETROSTÁTICO<br />

jacto.com


EDITORIAL<br />

As tecnologias no campo e os resultados da Credicoamo<br />

A<br />

edição <strong>de</strong>ste mês da <strong>Revista</strong><br />

<strong>Coamo</strong> apresenta aos associados<br />

e leitores dois temas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do cooperativismo: os<br />

resultados do 31º Encontro <strong>de</strong> Cooperados<br />

na Fazenda Experimental e<br />

do exercício <strong>de</strong> 2018 da Credicoamo<br />

Crédito Rural Cooperativa.<br />

A Credicoamo, que em<br />

<strong>2019</strong> completa 30 anos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s,<br />

encerrou mais um ano com<br />

excelentes resultados, para a satisfação<br />

e orgulho dos mais <strong>de</strong> 19 mil<br />

associados. Eles aprovaram em Assembleia<br />

Geral o balanço <strong>de</strong> 2018<br />

que registrou sobras líquidas <strong>de</strong> R$<br />

98,68 milhões, ativos <strong>de</strong> R$ 2,39 bilhões,<br />

com crescimento <strong>de</strong> 9,55% e<br />

um patrimônio líquido <strong>de</strong> R$ 631,19<br />

milhões, com 15,72% superior ao<br />

ano anterior.<br />

A cooperativa <strong>de</strong> crédito<br />

dos associados da <strong>Coamo</strong> segue a<br />

mesma filosofia e administração da<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Diretor-presi<strong>de</strong>nte<br />

cooperativa <strong>Coamo</strong> e vem apresentando<br />

resultados expressivos. Com<br />

estrutura sólida e gran<strong>de</strong> atuação<br />

dos associados, a Credicoamo é<br />

<strong>de</strong>staque e referência no cooperativismo<br />

<strong>de</strong> crédito brasileiro oferecendo<br />

uma vasta e exclusiva linha<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços, os quais vêm<br />

agregando valor à produção agropecuária<br />

dos integrantes.<br />

O Encontro <strong>de</strong> Cooperados<br />

<strong>Coamo</strong> na Fazenda Experimental<br />

também apresentou bons resultados<br />

na 31ª edição. O evento foi realizado<br />

recentemente para mais <strong>de</strong><br />

quatro mil pessoas entre associados<br />

e técnicos da própria cooperativa e<br />

<strong>de</strong> instituições parceiras.<br />

“Conhecimento que gera<br />

resultados”, é o slogan <strong>de</strong>ste importante<br />

evento tecnológico, que é pioneiro<br />

e está na vanguarda da pesquisa<br />

brasileira. Trata-se <strong>de</strong> um dia<br />

<strong>de</strong> trabalho que reúne associados<br />

<strong>de</strong> todas as regiões da área <strong>de</strong> ação<br />

da <strong>Coamo</strong>. Eles conhecem em um<br />

verda<strong>de</strong>iro laboratório a céu aberto,<br />

os resultados das mais mo<strong>de</strong>rnas<br />

pesquisas e tecnologias testadas e<br />

aprovadas no campo experimental<br />

da cooperativa.<br />

A difusão <strong>de</strong> tecnologias é<br />

um dos objetivos centrais do Encontro<br />

na Fazenda Experimental que<br />

tem na participação e interesse dos<br />

associados um dos pilares do seu<br />

sucesso há 31 anos. Eles são privilegiados,<br />

pois recebem informações<br />

atuais e <strong>de</strong> tecnologias que brevemente<br />

estarão à sua disposição para<br />

o planejamento das próximas safras.<br />

Os Encontros na Fazenda<br />

"A Credicoamo, que em<br />

<strong>2019</strong> completa 30 anos<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, encerrou<br />

mais um ano com<br />

excelentes resultados,<br />

para a satisfação e<br />

orgulho dos mais <strong>de</strong> 19<br />

mil associados."<br />

Experimental representam uma<br />

excelente oportunida<strong>de</strong> para os<br />

associados se atualizarem sobre o<br />

que existe <strong>de</strong> mais novo e mo<strong>de</strong>rno<br />

em diferentes temas da agropecuária.<br />

Isto é facilitado também<br />

pelo contato direto com renomados<br />

pesquisadores <strong>de</strong> importantes<br />

instituições, graças a uma parceria<br />

eficaz e vitoriosa com a <strong>Coamo</strong>,<br />

em prol do <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

ativida<strong>de</strong>s dos associados visando<br />

produzir <strong>de</strong> forma sustentável no<br />

ambiente produtivo rural e obter<br />

renda no seu negócio.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />

7


HENRIQUE DEBIASI<br />

“Sucesso do agronegócio é mérito<br />

dos agricultores junto com a pesquisa"<br />

“ Com muito orgulho, fui criado<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma lavoura<br />

<strong>de</strong> soja, lá no Rio Gran<strong>de</strong><br />

do Sul. Tenho vivenciado há quase<br />

30 anos a realida<strong>de</strong> e as dificulda<strong>de</strong>s<br />

que o agricultor enfrenta.<br />

Esse conhecimento do dia-a-dia<br />

do produtor tem sido muito útil<br />

na <strong>de</strong>finição do enfoque do meu<br />

trabalho como pesquisador.” A<br />

afirmação é do engenheiro agrônomo<br />

Henrique Debiasi, pesquisador<br />

<strong>de</strong> manejo do solo e da cultura,<br />

da Embrapa Soja.<br />

Para ele, a revolução<br />

que o agronegócio brasileiro<br />

tem passado é <strong>de</strong>corrente do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e adoção conjunta<br />

<strong>de</strong> diferentes tecnologias.<br />

“Des<strong>de</strong> cultivares com maior potencial<br />

produtivo e modificadas<br />

geneticamente, até o manejo<br />

integrado <strong>de</strong> pragas, doenças<br />

e plantas daninhas, passando<br />

também pelos avanços na agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão.”<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: Qual sua área <strong>de</strong><br />

pesquisa na Embrapa Soja?<br />

Henrique Debiasi: Des<strong>de</strong> que ingressei<br />

(2008), me <strong>de</strong>dico, juntamente<br />

com os colegas da equipe <strong>de</strong><br />

manejo do solo e da cultura, à pesquisa<br />

e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias<br />

para o aprimoramento da<br />

qualida<strong>de</strong> do manejo do solo em sistema<br />

plantio direto (SPD), que sejam<br />

viáveis técnica, operacional e economicamente<br />

para os produtores.<br />

O trabalho não se limita ao Paraná,<br />

mas também em outros Estados. O<br />

foco principal é a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

estrutural do solo, por meio<br />

da utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> rotação,<br />

sucessão e/ou consorciação envolvendo<br />

espécies vegetais com alta<br />

produção <strong>de</strong> palha e, principalmente,<br />

<strong>de</strong> raízes. Também temos <strong>de</strong>stinado<br />

gran<strong>de</strong> parte do nosso tempo<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ferramentas<br />

para monitoramento da estrutura do<br />

solo, que sejam acessíveis à assistência<br />

técnica e aos produtores, como o<br />

Diagnóstico Rápido da Estrutura do<br />

Solo (DRES).<br />

RC: Qual a importância dos resultados<br />

do trabalho da Embrapa Soja?<br />

Debiasi: Dimensionar a contribuição<br />

que a pesquisa e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> tecnologias vêm dando ao agronegócio<br />

brasileiro não é difícil, basta<br />

ver a competitivida<strong>de</strong> da agricultura<br />

brasileira no cenário mundial, em<br />

que pese nossas históricas dificulda<strong>de</strong>s<br />

estruturais. Na década <strong>de</strong> 70,<br />

éramos importadores <strong>de</strong> alimentos;<br />

hoje, somos o 2º maior exportador<br />

mundial, o agronegócio tem 42%<br />

das exportações e mais <strong>de</strong> 20% do<br />

PIB; em 2018, o superávit do agronegócio<br />

na balança comercial foi<br />

superior a US$ 87 bilhões, enquanto<br />

que os <strong>de</strong>mais setores apresentaram<br />

saldo negativo <strong>de</strong> US$ 29 bilhões<br />

(dados do CEPEA). A ca<strong>de</strong>ia da soja<br />

exerce papel <strong>de</strong>terminante: somente<br />

os embarques <strong>de</strong> grãos, farelo e óleo<br />

correspon<strong>de</strong>ram, em 2018, a US$ 41<br />

bilhões, mais <strong>de</strong> 40% do valor total<br />

exportado pelo agronegócio.<br />

RC: Como vê a parceria entre agricultores<br />

e pesquisa?<br />

Debiasi: O gran<strong>de</strong> mérito do sucesso<br />

do agronegócio brasileiro é o trabalho<br />

incansável dos nossos agricultores,<br />

mas é necessário reconhecer a<br />

gran<strong>de</strong> contribuição das tecnologias<br />

e conhecimentos produzidos pela<br />

pesquisa. E, nesse caso, não é possível<br />

atribuir o mérito a esta ou aquela<br />

instituição <strong>de</strong> pesquisa, pois todas<br />

contribuíram <strong>de</strong> forma expressiva.<br />

RC: Quais são os <strong>de</strong>safios para os<br />

próximos anos?<br />

Debiasi: Gerar conhecimentos e tecnologias<br />

inovadoras que contribuam<br />

para o aumento da produtivida<strong>de</strong>,<br />

reduzam os custos, minimizam os<br />

impactos ambientais e, sobretudo,<br />

diminuam os efeitos negativos <strong>de</strong> intempéries<br />

climáticas, principalmente<br />

a seca.<br />

RC: E quanto ao nível tecnológico?<br />

Debiasi: O <strong>de</strong>safio é o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> uma tecnologia inovadora<br />

que permita avanços significativos na<br />

produtivida<strong>de</strong>. Isso exige muito mais<br />

esforço e passa, pelo conhecimento<br />

das interações entre a genética das<br />

plantas, o ambiente (solo e clima) e<br />

o nível tecnológico utilizado. Quando<br />

se altera minimamente qualquer um<br />

<strong>de</strong>stes fatores, a resposta aos <strong>de</strong>mais<br />

se modifica também. Isso exige tempo,<br />

metodologias cada vez mais avançadas<br />

e caras, equipes <strong>de</strong> pesquisa<br />

com integrantes <strong>de</strong> diferentes áreas<br />

do conhecimento e, principalmente,<br />

parcerias com o setor produtivo.<br />

RC: Como observa a relação entre<br />

as tecnologias e o seu uso pelos<br />

agricultores?<br />

Debiasi: Este é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio,<br />

o <strong>de</strong> diminuir a discrepância entre<br />

8 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


as tecnologias e conhecimentos disponíveis<br />

e aquilo que <strong>de</strong> fato é utilizado<br />

pelo produtor. Isso é notório<br />

em relação ao manejo e conservação<br />

do solo, on<strong>de</strong> práticas e tecnologias<br />

“básicas”, algumas milenares, como a<br />

rotação <strong>de</strong> culturas, o terraceamento<br />

e o cultivo em nível, têm ficado<br />

em segundo plano. Neste contexto,<br />

cabe a pesquisa se aproximar do<br />

setor produtivo, fazendo com que<br />

as tecnologias <strong>de</strong> fato cheguem ao<br />

usuário final. Da mesma forma, é<br />

papel da pesquisa aprimorar continuamente<br />

tecnologias já consolidadas,<br />

adaptando-as às alterações<br />

que constantemente ocorrem nos<br />

sistemas <strong>de</strong> produção, e tornando-<br />

-as mais acessíveis e simples para<br />

fomentar sua adoção.<br />

RC: A estrutura do solo é componente<br />

essencial da fertilida<strong>de</strong>?<br />

Debiasi: A estrutura <strong>de</strong>termina o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento radicular das plantas,<br />

bem como armazenamento e<br />

os fluxos <strong>de</strong> água e gases no solo,<br />

elementos essenciais para a produção<br />

agrícola. Em outras palavras,<br />

manejar a<strong>de</strong>quadamente a fertilida<strong>de</strong><br />

estrutural do solo significa principalmente<br />

potencializar o crescimento<br />

das raízes e a disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> oxigênio e água no solo. A água<br />

é o principal insumo para a produção<br />

agrícola, tanto é que, se observarmos<br />

os resultados das últimas<br />

safras, vamos facilmente concluir<br />

que as gran<strong>de</strong>s perdas <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

estão, na ampla maioria das<br />

situações, associadas à seca. Levantamentos<br />

da equipe <strong>de</strong> manejo do<br />

solo e da cultura da Embrapa Soja,<br />

mostram que, em oito das últimas<br />

<strong>de</strong>zesseis safras no Paraná (50%),<br />

tivemos quebra <strong>de</strong> safra por seca,<br />

ao menos em algumas regiões, totalizando<br />

um prejuízo acumulado <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> US$ 5 bilhões. Ao mesmo<br />

tempo, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento<br />

Henrique Debiasi é pós-graduado em Agronomia pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria<br />

(1999), mestre em Engenharia Agronômica pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Maria (2002) e<br />

doutor em Agronomia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (2008). Tem experiência na<br />

área <strong>de</strong> Agronomia, com ênfase em Física do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas:<br />

ergonomia, cultura <strong>de</strong> tecidos, biotecnologia, tratores agrícolas e pré-básicas.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA<br />

9


HENRIQUE DEBIASI<br />

“NA DÉCADA DE 70, O BRASIL IMPORTAVA ALIMENTOS. HOJE É O 2º MAIOR EXPORTADOR<br />

MUNDIAL. O AGRONEGÓCIO RESPONDE POR 42% DAS EXPORTAÇÕES E MAIS DE 20% DO PIB."<br />

radicular da soja e do milho é espantosa.<br />

Resultados <strong>de</strong> nossas pesquisas<br />

mostram que, em condições <strong>de</strong><br />

solo não limitantes, as raízes <strong>de</strong> soja<br />

e milho chegam, aos 70 dias após a<br />

emergência, a cerca <strong>de</strong> 1,5 e 2 m <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>, respectivamente. Portanto,<br />

essas culturas têm condições<br />

<strong>de</strong> suportar veranicos sem gran<strong>de</strong>s<br />

prejuízos por um período <strong>de</strong> tempo<br />

maior do que <strong>de</strong> fato temos observado<br />

hoje na prática.<br />

RC: Quais são importantes tecnologias<br />

conquistadas nesses anos todos?<br />

Debiasi: A tecnologia que mais impactou<br />

positivamente a agricultura<br />

no Brasil neste período foi o Sistema<br />

Plantio Direto (SPD). Não é a toa<br />

que escolhi como linha <strong>de</strong> pesquisa<br />

a área <strong>de</strong> manejo do solo. Trabalhei<br />

na lavoura, juntamente com meu<br />

pai, na época do preparo convencional.<br />

Era um trabalho árduo, várias<br />

semanas <strong>de</strong>dicadas a operações <strong>de</strong><br />

gradagem pesada e gradagem leve.<br />

Depois vinham as chuvas torrenciais,<br />

e boa parte da camada superficial do<br />

solo ia parar no Rio Jacuí. A mudança<br />

para o SPD na nossa proprieda<strong>de</strong>, na<br />

safra 1992/93, foi essencial para que<br />

permanecêssemos na ativida<strong>de</strong>, e<br />

isso foi a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a região.<br />

RC: Qual o impacto e resultado da<br />

correta utilização do manejo do solo?<br />

Debiasi: No atual contexto da produção<br />

<strong>de</strong> grãos, o manejo correto<br />

do solo envolve um conjunto <strong>de</strong> práticas<br />

conservacionistas, envolvendo<br />

principalmente a adoção plena do<br />

SPD e a utilização <strong>de</strong> práticas mecânicas<br />

<strong>de</strong> controle da erosão, como o<br />

terraceamento e o cultivo em nível.<br />

Adotar plenamente o SPD significa<br />

limitar o revolvimento do solo à linha<br />

<strong>de</strong> semeadura, mantê-lo permanentemente<br />

coberto e utilizar sistemas<br />

diversificados <strong>de</strong> produção, envolvendo<br />

o cultivo <strong>de</strong> espécies vegetais<br />

com alto potencial <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

palha e raízes.<br />

Henrique Debiasi em uma estação sobre solo no Encontro <strong>de</strong> Cooperados na Fazenda Experimental da <strong>Coamo</strong><br />

“Práticas e tecnologias<br />

'básicas', algumas<br />

milenares, como a<br />

rotação <strong>de</strong> culturas, o<br />

terraceamento e o cultivo<br />

em nível, têm ficado em<br />

segundo plano pelos<br />

agricultores.”<br />

RC: Quais os aspectos a serem melhorados<br />

no tocante ao uso do Manejo<br />

do solo?<br />

Debiasi: Com certeza, a qualida<strong>de</strong><br />

do manejo no solo adotado pelos<br />

produtores brasileiros melhorou<br />

muito nos últimos 30 anos, mas também<br />

é preciso avançar mais. Hoje,<br />

o principal aspecto a melhorar envolve<br />

o aumento da produção <strong>de</strong><br />

palha e raízes no sistema <strong>de</strong> produção,<br />

por meio da rotação, sucessão<br />

e/ou consorciação <strong>de</strong> culturas. No<br />

Paraná, mais <strong>de</strong> 90% da área <strong>de</strong> soja<br />

no verão é cultivada com milho na<br />

2ª safra. Nas regiões mais frias, tem<br />

predominado a sucessão trigo/soja.<br />

Esses sistemas não aten<strong>de</strong>m a produção<br />

<strong>de</strong> palha e raízes para manter<br />

o solo permanentemente coberto<br />

e melhorar a sua estrutura. O resultado<br />

tem sido a compactação do<br />

solo, com reflexos negativos sobre<br />

a conservação do solo e a produtivida<strong>de</strong><br />

das culturas, especialmente<br />

em anos secos. A falta <strong>de</strong> manutenção<br />

ou mesmo retirada dos terraços<br />

sem critério técnico, assim como a<br />

semeadura “morro abaixo”, impulsionados<br />

principalmente pelo aumento<br />

do tamanho das máquinas, também<br />

preocupam bastante. Um exemplo<br />

10 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


foi <strong>de</strong>monstrado no último Encontro<br />

<strong>de</strong> Cooperados na <strong>Coamo</strong>: a perda<br />

<strong>de</strong> água por escoamento chegou a<br />

ser quatro vezes maior em uma área<br />

cultivada morro abaixo comparativamente<br />

ao cultivo em nível. Simulamos<br />

uma adubação em cobertura<br />

com cloreto <strong>de</strong> potássio e, após uma<br />

chuva <strong>de</strong> 20 milímetros em <strong>de</strong>z minutos<br />

per<strong>de</strong>u-se 71% da quantida<strong>de</strong><br />

aplicada na água do escoamento.<br />

RC: Como avalia a parceria entre a<br />

<strong>Coamo</strong> e a Embrapa?<br />

Debiasi: A avaliação é muito positiva,<br />

temos diversos trabalhos <strong>de</strong> pesquisa<br />

e difusão <strong>de</strong> tecnologias em parceria,<br />

envolvendo diferentes áreas,<br />

em andamento há muitos anos, e<br />

com resultados significativos. A complexida<strong>de</strong><br />

dos problemas e <strong>de</strong>safios<br />

enfrentados pelo produtor, em conjunto<br />

com a escassez <strong>de</strong> recursos<br />

humanos e financeiros, que <strong>de</strong> forma<br />

geral atingem todas as instituições<br />

públicas, exige o fortalecimento das<br />

parcerias entre a pesquisa pública e o<br />

setor produtivo. Nós, pesquisadores,<br />

temos que ter consciência que nosso<br />

trabalho não conduzirá à avanços<br />

práticos se permanecermos na “zona<br />

<strong>de</strong> conforto”, limitarmos nossas pesquisas<br />

à estação experimental, sem<br />

nos preocuparmos também com o<br />

impacto e a difusão das informações<br />

geradas pelas teses, dissertações e<br />

artigos científicos. Esse entendimento<br />

é compartilhado entre a Embrapa<br />

Soja e a <strong>Coamo</strong>, o que faz <strong>de</strong>sta parceria<br />

um sucesso.<br />

RC: O trabalho da Fazenda Experimental<br />

da <strong>Coamo</strong> é importante instrumento<br />

<strong>de</strong> difusão?<br />

Debiasi: Trata-se <strong>de</strong> um trabalho<br />

diferenciado e que, felizmente, tem<br />

servido <strong>de</strong> exemplo para outras empresas.<br />

Estou como pesquisador da<br />

Embrapa há 11 anos, e participei<br />

como palestrante no Encontro <strong>de</strong><br />

Cooperados na Fazenda da <strong>Coamo</strong><br />

em oito oportunida<strong>de</strong>s. A organização,<br />

a relevância dos temas abordados,<br />

e o número e a qualida<strong>de</strong> dos<br />

participantes realmente impressionam.<br />

Mas o gran<strong>de</strong> diferencial dos<br />

Encontros <strong>de</strong> Cooperados é o caráter<br />

estritamente técnico, on<strong>de</strong> o foco<br />

é a difusão <strong>de</strong> informações com real<br />

valor científico e prático. A <strong>Coamo</strong><br />

e a Embrapa Soja conduzem, na Fazenda<br />

Experimental da cooperativa,<br />

“O gran<strong>de</strong> mérito do<br />

sucesso do<br />

agronegócio<br />

brasileiro é o trabalho<br />

incansável dos<br />

nossos agricultores,<br />

em parceria com a<br />

pesquisa por meio <strong>de</strong><br />

tecnologias e difusão<br />

<strong>de</strong> conhecimentos."<br />

experimento <strong>de</strong> diferentes sistemas<br />

<strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> culturas, que vai completar<br />

34 anos em abril. Trata-se <strong>de</strong><br />

um dos experimentos <strong>de</strong> manejo do<br />

solo mais antigos do Brasil, e muitas<br />

tecnologias foram <strong>de</strong>senvolvidas, validadas<br />

e <strong>de</strong>monstradas através <strong>de</strong>le.<br />

RC: Qual é o papel do pesquisador,<br />

da assistência técnica e do produtor<br />

rural?<br />

Debiasi: Os pesquisadores têm sido<br />

intensamente cobrados pela socieda<strong>de</strong><br />

por <strong>de</strong>scobertas que levem a<br />

inovações tecnológicas e, por sua<br />

vez, tragam benefícios econômicos,<br />

sociais e ambientais. Esse <strong>de</strong> fato é<br />

o nosso gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio. Porém, o<br />

constante aprimoramento <strong>de</strong> tecnologias<br />

já disponíveis, o avanço no conhecimento<br />

da resposta das culturas<br />

ao manejo e aos fatores ambientais<br />

no longo prazo, assim como a participação<br />

efetiva na disseminação<br />

das informações geradas, continuam<br />

sendo importantes contribuições a<br />

serem dadas pela pesquisa. A mudança<br />

em uma tecnologia implica<br />

que as <strong>de</strong>mais sejam revistas, e isso<br />

não implica necessariamente em<br />

inovação. Um exemplo disso foi a<br />

disseminação <strong>de</strong> cultivares <strong>de</strong> soja<br />

precoces e <strong>de</strong> crescimento in<strong>de</strong>terminado,<br />

que exigiu pesquisas que<br />

resultaram em alterações nas indicações<br />

<strong>de</strong> população <strong>de</strong> plantas. Tudo<br />

isso é papel da pesquisa também. Já<br />

a assistência técnica e os produtores<br />

<strong>de</strong>vem estar atentos aos avanços<br />

tecnológicos e nos conhecimentos<br />

obtidos pela pesquisa, <strong>de</strong> modo a<br />

aumentar a rentabilida<strong>de</strong> e diminuir<br />

o risco da sua ativida<strong>de</strong>, bem como<br />

preservar o ambiente, sobretudo o<br />

solo.<br />

RC: Qual sua mensagem aos cooperados<br />

da <strong>Coamo</strong>?<br />

Debiasi: A mensagem é <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento<br />

a todos os cooperados<br />

e suas famílias, que com seu incansável<br />

trabalho e persistência, contribuem<br />

para que o agronegócio<br />

seja exemplo mundial <strong>de</strong> eficiência,<br />

sustentando a economia <strong>de</strong>ste país.<br />

Sempre <strong>de</strong>sconfiem <strong>de</strong> “tecnologias”<br />

milagrosas, isto não existe no<br />

mundo real. Lembre-se: em qualquer<br />

ativida<strong>de</strong>, o sucesso só vem<br />

com muito trabalho, capricho, gosto<br />

pelo que faz e com a valorização dos<br />

conhecimentos técnicos e científicos<br />

gerados pela pesquisa isenta.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 11


Somos um<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

negócio<br />

que acredita<br />

nas relações<br />

em que<br />

todos ganham<br />

somos.coop.br<br />

O cooperativismo paranaense se <strong>de</strong>staca no cenário nacional por sua organização, atuação e representativida<strong>de</strong>.<br />

Fundada em 2 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1971, a Ocepar completa 48 anos colhendo os frutos <strong>de</strong> um trabalho sério e profissional<br />

em <strong>de</strong>fesa dos interesses das cooperativas filiadas.<br />

Em reconhecimento, a <strong>Coamo</strong> presta esta homenagem à Ocepar.<br />

12 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ALIMENTOS COAMO<br />

Retorno do consumidor é positivo nas<br />

re<strong>de</strong>s sociais e canal <strong>de</strong> atendimento<br />

Des<strong>de</strong> que o Facebook dos Alimentos<br />

<strong>Coamo</strong> colocou no ar<br />

a Campanha com a Ana Maria<br />

Braga, em março do ano passado o<br />

número <strong>de</strong> curtidas, compartilhamentos<br />

e comentários nas publicações é<br />

expressivo. Sem contar os números<br />

<strong>de</strong> seguidores que já chegam a quase<br />

420 mil. São pessoas <strong>de</strong> todos os cantos<br />

do país que compartilham as receitas<br />

e publicações, marcam familiares<br />

e amigos e por aí a re<strong>de</strong> só expan<strong>de</strong>.<br />

Além disso, os internautas também<br />

têm <strong>de</strong>ixado relatos sobre os produtos<br />

da <strong>Coamo</strong> por meio do Canal <strong>de</strong> Atendimento<br />

ao Consumidor.<br />

Miriam Pereira Camacho Bohn,<br />

<strong>de</strong> Florianópolis, Santa Catarina entrou<br />

no site dos Alimentos <strong>Coamo</strong> e <strong>de</strong>ixou<br />

seu relato. “Gostaria <strong>de</strong> elogiar o<br />

óleo <strong>de</strong> soja <strong>Coamo</strong>. Eu usava óleo <strong>de</strong><br />

milho, pois não gostava do cheiro do<br />

óleo <strong>de</strong> soja, mas para a minha surpresa<br />

o óleo da <strong>Coamo</strong> é simplesmente<br />

maravilhoso, não tem cheiro nenhum.<br />

Usei, pois um hóspe<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixou uma<br />

embalagem no apartamento, fiquei<br />

com dó <strong>de</strong> jogar e experimentei. Parabéns<br />

a todos da empresa!”.<br />

Terezinha, <strong>de</strong> Promissão, São<br />

Paulo, fez questão <strong>de</strong> ligar no Canal<br />

<strong>de</strong> Atendimento ao Consumidor dos<br />

Alimentos <strong>Coamo</strong>. “Estou ligando para<br />

elogiar o café <strong>Coamo</strong> tradicional, nunca<br />

tive preferências para marcas <strong>de</strong><br />

café e ontem eu vi o café <strong>Coamo</strong> no<br />

supermercado e resolvi comprar para<br />

experimentar. Fiz hoje <strong>de</strong> manhã e<br />

adorei, uma <strong>de</strong>lícia, a <strong>Coamo</strong> está <strong>de</strong><br />

parabéns!.”<br />

Marcia Balbino, <strong>de</strong>ixou seu re-<br />

cado pela fan page, “Adoro e só uso<br />

os produtos <strong>Coamo</strong>. Fiz minha patroa<br />

mudar <strong>de</strong> marca e comprar <strong>Coamo</strong>.”<br />

A consumidora Eloisa Lima,<br />

fez questão <strong>de</strong> recomendar os Alimentos<br />

<strong>Coamo</strong> no Facebook: “Todos<br />

os produtos <strong>Coamo</strong> são <strong>de</strong> excelente<br />

qualida<strong>de</strong>, pois temos neles toda<br />

confiança dos bons produtos e quantida<strong>de</strong>s<br />

que nos dão ótima qualida<strong>de</strong><br />

no que fazemos com os Alimentos<br />

<strong>Coamo</strong>.”<br />

E a Ana Couto é outra que<br />

<strong>de</strong>ixou um recado no Facebook, “Uso<br />

e gosto dos produtos...são <strong>de</strong> ótima<br />

qualida<strong>de</strong>, não são pesados para o<br />

organismo e nem para o bolso!!”.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 13


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

DNA da produção sustentável na<br />

FAZENDA EXPERIMENTAL<br />

14 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Encontro <strong>de</strong> Cooperados<br />

da Fazenda Experimental<br />

<strong>Coamo</strong> está na 31ª<br />

edição, sendo um<br />

laboratório a céu aberto<br />

da cooperativa com um<br />

verda<strong>de</strong>iro suporte para a<br />

pesquisa nacional<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> apresentar<br />

aos cooperados<br />

as novas tecnologias testadas<br />

e aprovadas é realizado<br />

anualmente o Encontro <strong>de</strong> Cooperados<br />

na Fazenda Experimental<br />

<strong>Coamo</strong>, em Campo Mourão<br />

(Centro-Oeste do Paraná). A 31ª<br />

edição foi entre os dias 04 e 08<br />

<strong>de</strong> fevereiro. A cooperativa difun<strong>de</strong><br />

as tecnologias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua<br />

fundação, há 48 anos, e a Fazenda<br />

Experimental é o laboratório<br />

a céu aberto e referência para as<br />

pesquisas.<br />

O encontro reuniu neste<br />

ano cerca <strong>de</strong> quatro mil cooperados,<br />

<strong>de</strong> toda a área <strong>de</strong> ação<br />

da cooperativa no Paraná, Santa<br />

Catarina e Mato Grosso do Sul, e<br />

quem participa sai na frente. De<br />

acordo com o superinten<strong>de</strong>nte<br />

Técnico da <strong>Coamo</strong>, Aquiles <strong>de</strong><br />

Oliveira Dias, é uma oportunida<strong>de</strong><br />

ímpar para o associado se<br />

atualizar. “Em todas as edições<br />

do Encontro <strong>de</strong> Verão trazemos<br />

os temas do momento, ou seja,<br />

aquilo que realmente necessita<br />

ser discutido pelos cooperados,<br />

técnicos e pesquisadores”, consi<strong>de</strong>ra.<br />

Como resultado <strong>de</strong>ssa<br />

difusão <strong>de</strong> conhecimento, as<br />

produtivida<strong>de</strong>s vêm aumentando<br />

gradualmente ao longo dos<br />

anos nos campos dos cooperados<br />

da <strong>Coamo</strong>, que em contato<br />

direto com a pesquisa têm as<br />

informações em primeira mão.<br />

“O Encontro na Fazenda Experimental<br />

é tradicional, apresenta<br />

as novida<strong>de</strong>s que a pesquisa <strong>de</strong>senvolve<br />

e repassa aos agricultores.<br />

Praticamente dobramos as<br />

produtivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> soja e milho e,<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 15


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

ENCONTRO DE COOPERADOS NA FAZENDA EXPERIMENTAL DA COAMO É<br />

IMPORTANTE FERRAMENTA PARA A DIFUSÃO DE TECNOLOGIA NO CAMPO<br />

certamente, a pesquisa e o trabalho<br />

na Fazenda Experimental têm<br />

papel fundamental”, comenta o<br />

presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo<br />

Gallassini.<br />

O engenheiro agrônomo<br />

Lucas Simas Moreira, chefe da<br />

Fazenda Experimental da <strong>Coamo</strong>,<br />

explica que a cada ano são<br />

selecionados <strong>de</strong>z temas para<br />

<strong>de</strong>monstrar aos cooperados,<br />

com uma metodologia e didática<br />

simples, e própria para apresentação<br />

dos resultados. De acordo<br />

TEMAS APRESENTADOS<br />

Cultivares <strong>de</strong> soja I: Monsoy, Basf, FT<br />

Sementes, Ni<strong>de</strong>ra e Syngenta<br />

Cultivares <strong>de</strong> soja II: Embrapa, TMG,<br />

Brasmax, e Don Mario<br />

Importância do milho no sistema <strong>de</strong><br />

produção<br />

Praga e doença emergentes na cultura do<br />

milho 1° e 2° safra<br />

Importância do equilíbrio hormonal e<br />

utilização <strong>de</strong> biorregulador <strong>de</strong> soja<br />

com ele, o encontro tem como<br />

principal objetivo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do quadro social na ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. “Os cooperados<br />

vêm <strong>de</strong> todas as regiões para<br />

aproveitar ao máximo a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r para produzir<br />

cada vez mais e com sustentabilida<strong>de</strong>",<br />

afirma.<br />

Marcelo Sumiya, gerente<br />

<strong>de</strong> Assistência Técnica da <strong>Coamo</strong>,<br />

avalia que a gran<strong>de</strong> participação<br />

dos cooperados <strong>de</strong>monstra<br />

a preocupação e interesse<br />

em se manter bem informado e<br />

buscar sempre novida<strong>de</strong>s e tecnologias<br />

que possam contribuir<br />

e melhorar a ativida<strong>de</strong> agrícola.<br />

“Cada estação tratou <strong>de</strong> um tema<br />

para o associado <strong>de</strong>senvolver na<br />

Lucas Simas Moreira, chefe da<br />

Fazenda Experimental da <strong>Coamo</strong><br />

proprieda<strong>de</strong>, seja para otimizar a<br />

produção ou se preparar para o<br />

futuro com possíveis problemas<br />

que possam prejudicar a produção.<br />

Trazemos sempre situações<br />

do presente, mas pensamos também<br />

no futuro, no planejamento<br />

das próximas safras”, observa.<br />

Associação <strong>de</strong> fungicidas multissítio no<br />

manejo <strong>de</strong> ferrugem em soja<br />

Monitoramento da resistência <strong>de</strong> tecnologias<br />

Bt em milho e soja<br />

Diretoria participou todos os dias do Encontro <strong>de</strong> Cooperados: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias, superinten<strong>de</strong>nte<br />

Técnico, Marcelo Sumiya, gerente <strong>de</strong> Assistência Técnica, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari, diretor-secretário, Claudio<br />

Francisco Bianchi Rizzatto, diretor-vice-presi<strong>de</strong>nte, e José Aroldo Gallassini, diretor-presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong><br />

Avaliação da taxa <strong>de</strong> Infiltração <strong>de</strong> água no<br />

solo e suas correlações<br />

Apresentação da plataforma tecnológica Soja<br />

Intacta 2 Xtend<br />

Desempenho e importância dos herbicidas<br />

pré-emergentes no manejo <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas<br />

Diretoria em visita as estações<br />

16 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

TADEU VORONIUK JÚNIOR<br />

Roncador (Centro-Oeste do Paraná)<br />

“<br />

A <strong>Coamo</strong> está <strong>de</strong> parabéns por nos trazer para<br />

este encontro. Cada estação, uma novida<strong>de</strong> e<br />

a cada ano uma superação. O que há <strong>de</strong> mais<br />

mo<strong>de</strong>rno para a agricultura a gente encontra<br />

neste evento.<br />

CLAUDEMIR HASKEL<br />

Manoel Ribas (Centro do Paraná)<br />

Apren<strong>de</strong>mos muito com os encontros. Esse trabalho<br />

da cooperativa <strong>de</strong> fazer os experimentos e mostrar<br />

os resultados para nós cooperados é importante,<br />

pois sabemos que o que estamos implantando<br />

“na proprieda<strong>de</strong> foi validado pela <strong>Coamo</strong>.<br />

Novas varieda<strong>de</strong>s e atenção no campo<br />

Estação sobre cultivares <strong>de</strong> soja<br />

apresentou as novida<strong>de</strong>s e abordou<br />

questões <strong>de</strong> doenças e pragas<br />

Os cooperados que participam do encontro<br />

aguardam com ansieda<strong>de</strong> para ver as novida<strong>de</strong>s<br />

relacionadas as novas cultivares <strong>de</strong><br />

soja. Sabendo disso, a coor<strong>de</strong>nação do evento <strong>de</strong>ixa<br />

duas estações reservadas para a principal cultura do<br />

verão. Além <strong>de</strong> apresentar as novas varieda<strong>de</strong>s, neste<br />

ano, foi <strong>de</strong>batido sobre duas situações que po<strong>de</strong>m<br />

causar prejuízos as lavouras <strong>de</strong> soja: a mosca<br />

branca e a antracnose.<br />

O engenheiro agrônomo Luis Cesar Voytena,<br />

da <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão (Centro-Oeste do<br />

Paraná), comenta que as cultivares são adaptadas<br />

para todas as regiões da <strong>Coamo</strong>. “É importante ressaltar<br />

que conduzimos e mostramos os experimentos<br />

conforme a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada ano para que o<br />

Waltemberg Machado <strong>de</strong> Lima, <strong>de</strong> Peabiru, Fabrício Gastoni Charneski, <strong>de</strong><br />

Brasilândia do Sul, Luís Cesar Voytena, <strong>de</strong> Campo Mourão, Gilson Bernardino,<br />

<strong>de</strong> Palmital e Marco Aurélio Guenca, <strong>de</strong> Iretama<br />

cooperado tenha uma real situação <strong>de</strong> como a varieda<strong>de</strong><br />

se comportará na proprieda<strong>de</strong>.” Foram apresentadas<br />

varieda<strong>de</strong>s da Monsoy, Basf, FT Sementes,<br />

Ni<strong>de</strong>ra e Syngenta.<br />

Na estação, os cooperados foram alertados<br />

sobre a mosca branca, uma praga que se <strong>de</strong>senvolve<br />

em regiões mais quente, como no Mato Grosso<br />

e Bahia, por exemplo, mas que já está presente na<br />

área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>. “Ainda não temos relatos<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 17


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

ALÉM DE APRESENTAR AS NOVAS VARIEDADES, FORAM DEBATIDAS DUAS SITUAÇÕES QUE<br />

PODEM CAUSAR PREJUÍZOS ÀS LAVOURAS DE SOJA: MOSCA BRANCA E ANTRACNOSE<br />

<strong>de</strong> danos econômicos. Porém, é bom que os associados<br />

conheçam melhor a praga para que possam<br />

se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r. Tem muitos agricultores que já a conhecem,<br />

pois é a mesma mosca branca que ataca o<br />

feijão. O controle é por meio <strong>de</strong> produtos químicos<br />

e <strong>de</strong> algumas ações <strong>de</strong> manejo para diminuir a população.”<br />

De acordo com o profissional, a visualização<br />

das moscas na lavoura é bastante fácil. “Basta<br />

dar uma batida nas plantas e se tiver a mosca já terá<br />

uma revoada”, assinala.<br />

Outra questão abordada na estação foi a<br />

importância dos cooperados escalonarem o plantio<br />

da soja. Ele lembra que a safra 2018/19 foi marcada<br />

por altas temperaturas e por falta <strong>de</strong> chuva em vários<br />

períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das plantas. “As<br />

lavouras semeadas mais cedo sofreram mais do que<br />

as <strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong>. É necessário planejar o plantio <strong>de</strong><br />

forma que aumente a chance <strong>de</strong> fugir <strong>de</strong> uma possível<br />

intempérie climática”, <strong>de</strong>staca Voytena.<br />

Assuntos relacionados a antracnose e as cultivares<br />

da Embrapa, TMG, Brasmax e Don Mario foram<br />

apresentados em outra estação. De acordo com<br />

o engenheiro agrônomo Breno Rovani, da <strong>Coamo</strong><br />

em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), o primeiro<br />

passo, e o mais importante, é a i<strong>de</strong>ntificação da<br />

doença que não é tão fácil <strong>de</strong> ser reconhecida, já que<br />

os sintomas se parecem com outras doenças como a<br />

mancha alvo, por exemplo, ou têm sintomas idênticos<br />

aos causados pela falta <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, clima quente ou<br />

ainda <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> cálcio no solo. “São várias as situações<br />

vivenciadas no campo e que po<strong>de</strong>m se confundir<br />

com a antracnose. Nossa orientação é para que<br />

os associados procurem o <strong>de</strong>partamento Técnico da<br />

<strong>Coamo</strong> para que façam uma correta i<strong>de</strong>ntificação e<br />

controle da doença”, comenta.<br />

Sobre as varieda<strong>de</strong>s apresentadas, o engenheiro<br />

agrônomo <strong>de</strong>staca que várias <strong>de</strong>las são lançamentos<br />

e aten<strong>de</strong>m as <strong>de</strong>mandas do campo, seja relacionada<br />

a sanida<strong>de</strong> ou produtivida<strong>de</strong>. “Temos várias<br />

opções e adaptadas para diversas situações, seja em<br />

clima mais quente ou frio, ou em regiões mais altas<br />

ou baixas, além <strong>de</strong> todos os tipos <strong>de</strong> solo e, também,<br />

para quem quer antecipar ou retardar o plantio.” Rovani<br />

ressalta que quanto mais opção, mais aumenta<br />

18 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

a necessida<strong>de</strong> do cooperado fazer um bom<br />

planejamento e aproveitar da melhor maneira<br />

possível as tecnologias inseridas em cada varieda<strong>de</strong>.<br />

A estação contou com os pesquisadores<br />

Luís Cesar Vieira Tavares, da Embrapa/<br />

Soja, e Ralf Udo Dengler, da Fundação Meridional.<br />

Sempre presentes nos encontros, eles<br />

apresentaram suas respectivas novida<strong>de</strong>s.<br />

“Destacamos uma varieda<strong>de</strong> convencional<br />

com resistência a ferrugem e uma intacta com<br />

boa tolerância a percevejo. São cultivares que<br />

estão no mercado e adaptadas para todas as<br />

regiões da área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

Santa Catarina até o Mato Grosso do Sul”, comenta<br />

Tavares.<br />

Ele ressalta a importância do encontro<br />

<strong>de</strong> cooperados na Fazenda Experimental da<br />

<strong>Coamo</strong> como fonte <strong>de</strong> informação para a pesquisa,<br />

pois é on<strong>de</strong> ouvem a <strong>de</strong>manda dos agricultores.<br />

“As tecnologias apresentadas hoje,<br />

são <strong>de</strong>mandas que ouvimos no passado. Trazemos<br />

varieda<strong>de</strong>s que possam agregar mais<br />

valor à produção dos associados”, diz Tavares.<br />

Ele explica ainda que a varieda<strong>de</strong> resistente a<br />

ferrugem necessita <strong>de</strong> um manejo a<strong>de</strong>quado<br />

contra a doença como forma <strong>de</strong> retardar o ataque<br />

enquanto que a cultivar tolerante ao percevejo<br />

po<strong>de</strong> sofrer um dano menor por não ser<br />

tão atrativa para o inseto.<br />

Breno Rovani, <strong>de</strong> Campo Mourão, Eugenio Pawlina Júnior, <strong>de</strong> Cantagalo, Danilo<br />

Rodrigues Alves, <strong>de</strong> Roncador, e Antonio Marcos David, <strong>de</strong> Mangueirinha<br />

Pesquisadores Ralf Udo Dengler, da Fundação Meridional,<br />

e Luis Cesar Vieira Tavares, da Embrapa/Soja<br />

Mais milho no verão<br />

Consi<strong>de</strong>rado importante<br />

economicamente e para o sistema,<br />

cereal necessita <strong>de</strong> alta tecnologia e<br />

respon<strong>de</strong> bem aos investimentos<br />

O<br />

milho é outra cultura que tem lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

entre os assuntos apresentados no<br />

Encontro da Fazenda Experimental <strong>Coamo</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>rado importante economicamente e, sobretudo,<br />

para o sistema <strong>de</strong> produção da proprieda<strong>de</strong>, o<br />

cereal necessita <strong>de</strong> alta tecnologia e respon<strong>de</strong> bem<br />

aos investimentos.<br />

Leandro Mansano Martines, <strong>de</strong> Pitanga, Giovani Augusto Pinheiro, <strong>de</strong> Fênix,<br />

José Ricardo Pedron Romani, <strong>de</strong> Mangueirinha, e Odair Johanns, <strong>de</strong> Goioerê<br />

Os avanços no campo, são como termômetros<br />

que servem para medir como a cooperativa<br />

está conseguindo chegar aos resultados <strong>de</strong>seja-<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 19


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

MILHO RESPONDE AO INVESTIMENTO TECNOLÓGICO E, POR ISSO, O PRODUTOR<br />

RURAL TEM QUE ESTAR BEM INFORMADO SOBRE AS NOVIDADES DO MERCADO<br />

dos na parceria com os cooperados.<br />

“O nosso principal <strong>de</strong>safio é<br />

transformar a tecnologia mostrada<br />

durante esta semana <strong>de</strong> trabalho<br />

em produtivida<strong>de</strong> e renda para o<br />

associado”, <strong>de</strong>staca o engenheiro<br />

agrônomo Odair Johans, da <strong>Coamo</strong><br />

em Goioerê. Ele lembra que o<br />

foco foi intensificar o cultivo do milho<br />

no verão. “Além <strong>de</strong> apresentar<br />

materiais com potencial <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>,<br />

enfocamos a importância<br />

do cultivo <strong>de</strong> milho no verão. Mostramos<br />

alguns com potencial <strong>de</strong><br />

plantio também no inverno, mas o<br />

foco principal é o verão”, salienta.<br />

A cultura do milho respon<strong>de</strong><br />

ao investimento tecnológico<br />

e, por isso, o produtor rural tem<br />

que estar bem informado sobre<br />

as novida<strong>de</strong>s do mercado. A estação<br />

também <strong>de</strong>stacou fatores<br />

ligados a questão da reciclagem<br />

<strong>de</strong> nutrientes, manejo <strong>de</strong> pragas,<br />

doenças e plantas daninhas, além<br />

do enraizamento da cultura e retenção<br />

<strong>de</strong> água no solo, entre outros.<br />

“Deixamos claro que as áreas<br />

rotacionadas proporcionam uma<br />

melhor produtivida<strong>de</strong> da oleaginosa”,<br />

enfatiza Johans.<br />

O agrônomo ainda lembra<br />

que o milho não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />

importante quando cultivado no<br />

período do inverno, na chamada<br />

segunda safra. Contudo, reafirma<br />

os benefícios diretos <strong>de</strong>ixados<br />

pela cultura no verão. “Para<br />

o sistema ele contribuiu mais<br />

quando cultivado no verão, por<br />

conta do manejo aliado às outras<br />

culturas”, finaliza.<br />

20 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Pragas e doenças emergentes no milho<br />

Foram abordadas duas doenças<br />

emergentes para a cultura: a estria<br />

bacteriana e o enfezamento causado<br />

pela cigarrinha-do-milho<br />

Seja plantado no verão, em menor escala, ou na<br />

segunda safra, com áreas mais significativas, o<br />

milho representa uma boa fonte <strong>de</strong> renda e é<br />

importante para o sistema produtivo dos associados<br />

da <strong>Coamo</strong>. A sanida<strong>de</strong> das plantas é sempre uma<br />

preocupação, seja dos agricultores, técnicos da cooperativa<br />

ou da pesquisa, já que po<strong>de</strong> limitar a produtivida<strong>de</strong>.<br />

Neste ano, foram abordadas duas doenças<br />

emergentes para a cultura: a estria bacteriana e<br />

o enfezamento causado pela cigarrinha-do-milho.<br />

“São duas doenças emergentes que neces-<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 21


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

SANIDADE DAS PLANTAS É SEMPRE UMA PREOCUPAÇÃO, SEJA DOS AGRICULTORES,<br />

TÉCNICOS DA COOPERATIVA OU DA PESQUISA, JÁ QUE PODE LIMITAR A PRODUTIVIDADE<br />

sitam <strong>de</strong> atenção e cuidados. Por<br />

isso estamos nos antecipando e<br />

mostrando que o problema existe<br />

e que po<strong>de</strong> chegar à lavoura<br />

dos nossos cooperados”, comenta<br />

o engenheiro agrônomo José<br />

Marcelo Fernan<strong>de</strong>s Rúbio, da<br />

<strong>Coamo</strong> em Mamborê (Centro-<br />

-Oeste do Paraná).<br />

Casos <strong>de</strong> enfezamento<br />

causado pela cigarrinha foram<br />

<strong>de</strong>tectados em Sertanópolis e<br />

Arapoti, no Paraná. “Mesmo sendo<br />

isolados, merecem atenção já<br />

que a região da <strong>Coamo</strong> é gran<strong>de</strong><br />

produtora <strong>de</strong> milho”, observa Rúbio.<br />

O enfezamento é transmitido<br />

<strong>de</strong> uma planta <strong>de</strong> milho doente<br />

para uma sadia pelas cigarrinhas.<br />

Elas são pequenas, me<strong>de</strong>m aproximadamente<br />

quatro milímetros<br />

<strong>de</strong> comprimento, e apresentam<br />

coloração amarela-palha, com<br />

duas manchas circulares negras<br />

bem marcadas no alto da cabeça,<br />

o que permite diferenciá-las<br />

<strong>de</strong> outras cigarrinhas encontradas<br />

no ambiente produtivo.<br />

De acordo com o agrônomo,<br />

os sintomas são visíveis já<br />

que a doença atrapalha todo o<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

planta que não cresce, não forma<br />

espiga e ainda faz com que<br />

outras doenças oportunistas ataquem<br />

a lavoura. “A cigarrinha só<br />

se alimenta <strong>de</strong> milho e precisa<br />

<strong>de</strong>sta cultura para se reproduzir.<br />

Ela tem uma tendência <strong>de</strong> sair da<br />

planta mais velha e procurar uma<br />

mais nova, e nesse processo <strong>de</strong><br />

migração, se estiver contaminada<br />

com a doença, transmite para outras<br />

plantas”, comenta Rúbio. Ele<br />

acrescenta que uma ação preventiva<br />

é eliminar as plantas tigueras,<br />

que po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong> hospe<strong>de</strong>ira<br />

durante a entressafra.<br />

O engenheiro agrônomo<br />

Rodolfo Bianco, pesquisador do<br />

Instituto Agronômico do Paraná<br />

(Iapar), <strong>de</strong>staca que a cigarrinha<br />

se reproduz com mais facilida<strong>de</strong><br />

em regiões on<strong>de</strong> as lavouras são<br />

cultivadas <strong>de</strong> forma mais escalonada<br />

e lembra que ela precisa<br />

do milho para se alimentar e vai<br />

passando <strong>de</strong> uma planta mais ve-<br />

Rodolfo Bianco, do Iapar<br />

lha para mais nova. “Em regiões<br />

em que se planta milho no verão<br />

e na segunda safra para silagem<br />

aumenta a chance <strong>de</strong> ter a cigarrinha.<br />

Se ela estiver contaminada,<br />

com certeza, passará a doença<br />

<strong>de</strong> uma planta para outra. Costumamos<br />

dizer que o enfezamento<br />

é como se fosse uma <strong>de</strong>ngue, já<br />

que precisa <strong>de</strong> um transmissor<br />

entre uma planta doente e uma<br />

sadia. Neste caso a transmissão é<br />

feita pela cigarrinha”, assinala, reforçando<br />

a importância <strong>de</strong> se eliminar<br />

as plantas <strong>de</strong> milho tiguera<br />

como forma <strong>de</strong> não ter a doença<br />

na entressafra.<br />

Guilherme Teixeira da Silva, <strong>de</strong> Quinta do Sol, José Marcelo Fernan<strong>de</strong>s Rúbio, <strong>de</strong><br />

Mamborê, Conrado Vitor Zanuto, <strong>de</strong> Ivailândia, e Bruno Lopes Paes, <strong>de</strong> Campo Mourão<br />

Plantas com enfezamento causado pela cigarrinha-do-milho<br />

22 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Estria Bacteriana<br />

A estria bacteriana do<br />

milho é uma doença foliar <strong>de</strong><br />

ocorrência recente em algumas<br />

regiões produtoras ao redor do<br />

mundo e que tem <strong>de</strong>spertado<br />

preocupações para produtores<br />

e técnicos envolvidos com a cultura.<br />

No Brasil, os primeiros sintomas<br />

característicos da doença<br />

foram observados em lavouras<br />

comerciais na região Oeste do<br />

Paraná, em 2016, com rápido aumento<br />

na safra <strong>de</strong> 2018.<br />

Os engenheiros agrônomos<br />

Rui Pereira Leite e Adriano<br />

Augusto <strong>de</strong> Paiva Custódio, do<br />

Instituto Agronômico do Paraná<br />

(Iapar), participaram do encontro.<br />

Eles são autores <strong>de</strong> uma publicação<br />

do Iapar sobre a doença<br />

e responsáveis pela <strong>de</strong>scoberta<br />

e i<strong>de</strong>ntificação da estria bacteriana<br />

no Paraná.<br />

Rui Pereira Leite observa<br />

que a estria bacteriana tem<br />

causado gran<strong>de</strong> preocupação<br />

porque alguns híbridos <strong>de</strong> milho<br />

se mostram altamente susceptíveis<br />

à doença, chegando a uma<br />

severida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 70% afetando<br />

a parte aérea das folhas da<br />

planta e levando a uma redução<br />

<strong>de</strong> 50% na produtivida<strong>de</strong>. “As<br />

plantas que tinham potencial <strong>de</strong><br />

produzir <strong>de</strong> oito a <strong>de</strong>z mil quilos<br />

por hectares, produziram 3.900.<br />

É uma doença bastante severa e<br />

que tem preocupado o setor técnico<br />

e produtores”, assinala.<br />

De acordo com o pesquisador,<br />

a doença po<strong>de</strong> atacar o<br />

milho tanto no verão como na segunda<br />

safra, já que o clima quente<br />

favorece o seu aparecimento.<br />

Apresentação sobre como i<strong>de</strong>ntificar a estria bacteriana nas lavouras <strong>de</strong> milho<br />

Entre as medidas <strong>de</strong> prevenção<br />

citadas pela pesquisa está o uso<br />

<strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> cultura, utilização<br />

<strong>de</strong> sementes sadias, híbridos<br />

mais resistentes e <strong>de</strong>sinfestação<br />

<strong>de</strong> equipamentos agrícolas. “São<br />

medidas preventivas importantes,<br />

já que ainda não temos nenhum<br />

produto químico que possa<br />

ser utilizado no controle da<br />

estria bacteriana”, <strong>de</strong>staca Leite.<br />

A doença se apresenta,<br />

Adriano Augusto <strong>de</strong> Paiva Custódio, do Iapar<br />

inicialmente, na forma <strong>de</strong> pequenas<br />

pontuações nas folhas. Ao<br />

evoluírem, os sintomas são caracterizados<br />

por lesões alongadas e<br />

estreitas circundadas por halo <strong>de</strong><br />

coloração amarelada e restritas às<br />

regiões internervais. Além disso,<br />

as bordas das lesões são onduladas,<br />

sendo essa uma importante<br />

característica para diferenciar a<br />

estria bacteriana dos sintomas da<br />

doença fúngica cercosporiose.<br />

Rui Pereira Leite, do Iapar<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 23


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Hormônio equilibrado,<br />

produtivida<strong>de</strong> potencializada<br />

Alguns cuidados<br />

potencializam a capacida<strong>de</strong><br />

produtiva <strong>de</strong> uma planta, e o<br />

equilíbrio nutricional impacta<br />

diretamente no resultado<br />

Produzir mais em uma<br />

mesma área está entre<br />

os principais <strong>de</strong>safios do<br />

agricultor para melhorar a rentabilida<strong>de</strong>.<br />

Para isso, alguns<br />

cuidados ao longo do ciclo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento da planta são<br />

<strong>de</strong>cisivos para potencializar a<br />

sua capacida<strong>de</strong> produtiva. Na<br />

fase vegetativa, por exemplo, o<br />

equilíbrio nutricional é uma importante<br />

ferramenta que impacta<br />

diretamente no resultado da co-<br />

lheita. As vantagens da utilização<br />

da tecnologia foram apresentadas<br />

no encontro <strong>de</strong>ste ano.<br />

Na estação, técnicos da<br />

<strong>Coamo</strong> e pesquisadores esclareceram<br />

que as plantas são altamente<br />

influenciadas por fatores externos<br />

durante o período vegetativo.<br />

Período que exige equilíbrio nutricional<br />

e hormonal do vegetal<br />

para que ela suporte os estresses<br />

fisiológicos causados pelas adversida<strong>de</strong>s<br />

ambientais e consiga<br />

promover, <strong>de</strong> forma efetiva, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos grãos com<br />

qualida<strong>de</strong>. “Temos constante aumento<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> ao longo<br />

dos anos. Isso se <strong>de</strong>ve a um ajuste<br />

fino, relacionado a macro e micronutrientes<br />

e equilíbrio hormonal,<br />

Ta<strong>de</strong>u Takeyoshi Inoue, da UEM<br />

24 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Marcelo Augusto Batista, da UEM<br />

além, é claro, <strong>de</strong> outras técnicas <strong>de</strong> cultivo ligadas ao<br />

manejo. O hormônio na dose certa proporciona mais<br />

expressivida<strong>de</strong> na parte aérea e radicular da planta<br />

oferecendo condições para mais produtivida<strong>de</strong>”,<br />

comenta o engenheiro agrônomo José Petruisse, da<br />

<strong>Coamo</strong> em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).<br />

Conforme o técnico, quando a planta está<br />

mais equilibrada em relação as raízes, caule e parte<br />

aérea, consequentemente, explora melhor o solo,<br />

aproveitando a oferta <strong>de</strong> água e nutrientes. “Estamos<br />

falando da adição <strong>de</strong> auxina, giberelina e citocinina.<br />

Hormônios que favorecem o sistema radicular<br />

e o crescimento da parte aérea, que capta mais<br />

radiação solar transformando em fotoassimilados e<br />

acumulando energia para realizar o enchimento <strong>de</strong><br />

grãos, proporcionado alta produtivida<strong>de</strong>”, explica.<br />

Para o pesquisador Marcelo Augusto Batista,<br />

da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá (UEM), especialista<br />

em Nutrição <strong>de</strong> Plantas, é importante olhar para<br />

vários fatores na produção e a questão hormonal precisa<br />

ser levada em conta. “Nós precisamos <strong>de</strong> hormônios<br />

e com a planta não é diferente. Quando isso está<br />

bem equilibrado, a planta consegue expressar melhor<br />

seu potencial produtivo, ou pelo menos, manter a produtivida<strong>de</strong>.<br />

Isso vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do ambiente em que está<br />

sendo produzida, se numa condição <strong>de</strong> estresse ou <strong>de</strong><br />

clima equilibrado”, esclarece Batista.<br />

O especialista lembra ainda que a adição<br />

<strong>de</strong> hormônio não é essencial porque a planta, assim<br />

como as pessoas, produz o elemento. No entanto, é<br />

necessário administrar essa molécula, favorecendo o<br />

equilíbrio fisiológico da cultura. “É o que fazemos com<br />

o ser humano. Em algum momento interagimos para<br />

que ele tenha um <strong>de</strong>sempenho melhor, não sofra nenhuma<br />

mazela. Com a planta não é diferente”, afirma.<br />

Professor e pesquisador da UEM, da área<br />

<strong>de</strong> Nutrição <strong>de</strong> Plantas, Ta<strong>de</strong>u Takeyoshi Inoue, diz<br />

que quem faz todo o comando para utilização das<br />

condições do ambiente, reguladas por água e luz<br />

solar são os hormônios. “A planta possui hormônios<br />

promotores e inibidores, regulados geneticamente<br />

por cada material que respon<strong>de</strong>m às alterações climáticas.<br />

O que fazemos é equilibrar toda esta genética<br />

<strong>de</strong> acordo com o ambiente em que a planta<br />

se <strong>de</strong>senvolve”, <strong>de</strong>staca Inoue. Ele garante que em<br />

período <strong>de</strong> curto estresse é possível fazer com que a<br />

planta mantenha uma ativida<strong>de</strong> metabólica <strong>de</strong> crescimento<br />

alta. “O objetivo <strong>de</strong> tudo é fazer com que<br />

a planta suporte melhor as variações <strong>de</strong> clima, para<br />

ter um melhor <strong>de</strong>sempenho em produtivida<strong>de</strong>. Mas,<br />

tudo <strong>de</strong>ve ser feito com critério e acompanhamento<br />

técnico”, orienta.<br />

Marcus Vinicius Goda Gimenes, <strong>de</strong> Campo Mourão, José Petruise Ferreira<br />

Junior, <strong>de</strong> Campo Mourão, Diego Monteiro, <strong>de</strong> Mamborê, e Thiago Sandoli Dias,<br />

<strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 25


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Luta constante contra a ferrugem em soja<br />

Alerta é para que os cooperados utilizem a associação <strong>de</strong> fungicidas multissítios<br />

no manejo <strong>de</strong> ferrugem como forma <strong>de</strong> prolongar a ferramenta contra a doença<br />

A<br />

ferrugem asiática é a principal doença da<br />

soja e se não controlada <strong>de</strong> forma eficiente<br />

po<strong>de</strong> causar danos representativos na produtivida<strong>de</strong><br />

e, consequentemente, queda na renda<br />

dos agricultores. A doença foi i<strong>de</strong>ntificada pela primeira<br />

vez no Brasil na safra 2001/02, e a partir <strong>de</strong><br />

então é monitorada e pesquisada por vários centros<br />

públicos e privados. Segundo o Consórcio Antiferrugem,<br />

essa doença, consi<strong>de</strong>rada a principal na<br />

cultura da soja, possui um custo médio <strong>de</strong> US$ 2,8<br />

bilhões por safra no Brasil.<br />

As estratégias <strong>de</strong> manejo da doença são o<br />

vazio sanitário, utilização <strong>de</strong> cultivares precoces, semeadura<br />

no início da época recomendada, uso <strong>de</strong><br />

cultivares geneticamente resistente/tolerante e a aplicação<br />

<strong>de</strong> fungicidas. Esta última ação foi tema <strong>de</strong> uma<br />

estação que abordou a associação <strong>de</strong> fungicidas multissítios<br />

no manejo <strong>de</strong> ferrugem em soja. Os fungicidas<br />

são classificados em sítio-específico ou multissítio. Os<br />

sítio-específicos são ativos contra um único ponto da<br />

Everton Paulo Bosquese, <strong>de</strong> Engenheiro Beltrão, Daniel Scremin Carneiro, <strong>de</strong><br />

Peabiru, Alessandro Vitor Zancanella, <strong>de</strong> Luiziana, e Diogo Alves, <strong>de</strong> Altamira<br />

do Paraná<br />

26 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

BIBIANA SPAUTZ DA COSTA<br />

Abelardo Luz (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />

“<br />

Sempre participo dos eventos promovidos<br />

pela <strong>Coamo</strong> para ficar bem informada. A agricultura<br />

muda a cada ano e temos que acompanhar<br />

as mudanças, planejando cada safra e<br />

buscando melhorar sempre.<br />

PAULO SÉRGIO AVANÇO<br />

Peabiru (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Um evento com tanta novida<strong>de</strong> só po<strong>de</strong>ria ter<br />

sido realizado pela <strong>Coamo</strong>. Sabemos da importância<br />

<strong>de</strong> sempre investir e acompanhar as tecnologias.<br />

Sempre apren<strong>de</strong>mos algo <strong>de</strong> novo nos<br />

“eventos promovidos pela nossa cooperativa.<br />

via metabólica <strong>de</strong> um patógeno<br />

ou contra uma única enzima ou<br />

proteína necessária para o fungo.<br />

Já os multissítios afetam diferentes<br />

pontos metabólicos do fungo<br />

e apresentam baixo risco <strong>de</strong> resistência,<br />

tendo um papel importante<br />

no manejo antirresistência.<br />

De acordo com engenheiro<br />

agrônomo Alessandro<br />

Vitor Zancanela, da <strong>Coamo</strong> em<br />

Luiziana (Centro-Oeste do Paraná),<br />

o alerta é para que os cooperados<br />

utilizem a associação <strong>de</strong><br />

fungicidas multissítio no manejo<br />

<strong>de</strong> ferrugem como forma <strong>de</strong> prolongar<br />

a longevida<strong>de</strong> dos produtos<br />

que dispomos até o momento,<br />

já que não há previsão <strong>de</strong><br />

lançamento <strong>de</strong> novos produtos<br />

com novos mecanismos <strong>de</strong> ação<br />

a curto prazo. “Quando surgiu<br />

a doença, o controle era apenas<br />

com triazol, que se aplicado<br />

isoladamente hoje, já não tem o<br />

mesmo efeito. Outros produtos<br />

como as estrobilurinas e carboxamidas<br />

também já contam com<br />

algum nível <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> sensibi-<br />

lida<strong>de</strong>. Portanto, é importante o<br />

uso <strong>de</strong> fungicida multissítio que<br />

atua em pelo menos seis sítios <strong>de</strong><br />

ação no fungo e tem baixo risco<br />

<strong>de</strong> resistência”, diz.<br />

A estação contou com<br />

a presença dos pesquisadores<br />

da Embrapa/Soja, Rafael Moreira<br />

Soares, Mauricio Meyer e Claudia<br />

Vieira Godoy. “É uma doença que<br />

causa preocupação e que se não<br />

manejada <strong>de</strong> forma eficiente po<strong>de</strong><br />

causar gran<strong>de</strong>s prejuízos. O manejo<br />

não se resume apenas a aplicação<br />

<strong>de</strong> fungicidas, mas a uma série<br />

<strong>de</strong> ações que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> questões<br />

legislativas, como o cumprimento<br />

do vazio sanitário, até a escolha <strong>de</strong><br />

cultivares mais resistentes à doença”,<br />

comenta Soares.<br />

De acordo com ele,<br />

ações isoladas po<strong>de</strong>m não ser<br />

eficientes e ainda aumentar a resistência<br />

da doença. “O controle<br />

químico é um importante manejo.<br />

A questão é que os produtos<br />

que temos no mercado já não<br />

são eficientes quando usados sozinhos.<br />

É preciso uma combinação<br />

daqueles consi<strong>de</strong>rados sítio-<br />

-específicos com os multissítios.<br />

A ferrugem asiática é uma doença<br />

agressiva e <strong>de</strong>ve ser encarada<br />

com muita serieda<strong>de</strong> por parte<br />

dos agricultores”, diz Soares.<br />

Ele recorda que nesta safra<br />

a doença não atacou <strong>de</strong> forma<br />

mais severa, já que o clima foi seco.<br />

“É bom lembrar que o primeiro<br />

caso no Paraná foi registrado em<br />

outubro e se o clima tivesse sido<br />

chuvoso, como esperávamos que<br />

fosse, a doença po<strong>de</strong>ria ter causado<br />

gran<strong>de</strong>s prejuízos. Só lembrando<br />

que um ano <strong>de</strong> clima bom para<br />

a soja também é bom para a doença”,<br />

ressalta o pesquisador.<br />

Soares cita ainda que<br />

todo o controle químico <strong>de</strong>ve ser<br />

preventivo levando em consi<strong>de</strong>ração<br />

o clima e a incidência da<br />

doença na região que a lavoura<br />

está inserida. “Também não existe<br />

uma receita exata para as aplicações.<br />

O agricultor <strong>de</strong>ve monitorar<br />

para <strong>de</strong>cidir se antecipa a<br />

aplicação ou corrige o intervalo<br />

entre uma e outra”, assinala.<br />

Rafael Moreira Soares Claudia Vieira Godoy<br />

Mauricio Meyer<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 27


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Mais longevida<strong>de</strong> para os Bt's<br />

Novas biotecnologias<br />

surgiram para aumentar<br />

a produtivida<strong>de</strong> e a<br />

eficiência no campo.<br />

Contudo, é preciso seguir<br />

as recomendações técnicas<br />

e fazer o manejo a<strong>de</strong>quado<br />

para não per<strong>de</strong>r a tecnologia<br />

Há alguns anos, a biotecnologia<br />

se tornou uma<br />

importante ferramenta<br />

para a produção agrícola. Novas<br />

tecnologias, como as Bt's<br />

em milho e soja, surgiram com o<br />

objetivo <strong>de</strong> aumentar a produtivida<strong>de</strong><br />

e a eficiência no campo,<br />

reduzir riscos, produzir alimentos<br />

mais nutritivos e melhorar a<br />

qualida<strong>de</strong> do produto. Além <strong>de</strong><br />

reduzir a aplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos<br />

proporcionando mais rentabilida<strong>de</strong>,<br />

comodida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida ao agricultor. Contudo,<br />

se as recomendações técnicas e<br />

o manejo a<strong>de</strong>quado não forem<br />

realizados <strong>de</strong> forma eficaz, a tecnologia<br />

po<strong>de</strong>rá per<strong>de</strong>r a eficiência<br />

ao longo dos anos.<br />

O engenheiro agrônomo<br />

Diego Ferreira <strong>de</strong> Castro,<br />

<strong>de</strong> Mamborê (Centro-Oeste do<br />

Paraná), explica que a biotecnologia<br />

no Brasil existe há cerca <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z anos. Mas, em outros países<br />

já é utilizada há mais tempo, há<br />

cerca <strong>de</strong> 20 anos. Mesmo sendo<br />

relativamente nova, segundo o<br />

agrônomo, as primeiras tecnologias<br />

lançadas já não dispõem da<br />

mesma eficiência e necessitam<br />

<strong>de</strong> um acompanhado mais rigoroso.<br />

“Notamos que a cada ano<br />

a eficiência das biotecnologias,<br />

no milho principalmente, está diminuindo.<br />

Observamos também<br />

um problema crescente na soja<br />

com algumas lagartas que atacavam<br />

o milho migrando para a<br />

soja. Alertamos os cooperados<br />

sobre a importância do monito-<br />

28 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Getulio Adriano Filho, <strong>de</strong> Juranda, Antonio Carlos <strong>de</strong> Oliveira, <strong>de</strong> São João<br />

do Ivaí, Diego Ferreira <strong>de</strong> Castro, <strong>de</strong> Mamborê, Roberto Shigueo Takeda, <strong>de</strong><br />

Moreira Sales, e Ulysses Marcellos Rocha Neto, <strong>de</strong> Janiópolis<br />

Pesquisadores da Embrapa/Soja A<strong>de</strong>nei <strong>de</strong> Freitas Bueno e Daniel Ricardo Sosa Gomez<br />

ramento e, principalmente, <strong>de</strong> fazer<br />

o refúgio para não ter o mesmo<br />

problema do milho Bt com a<br />

soja intacta.”<br />

Castro ressalta que as<br />

medidas <strong>de</strong>vem começar ainda<br />

no planejamento da safra, com o<br />

cooperado fazendo o refúgio em<br />

100% da área, sendo 20% para a<br />

soja e 10% para o milho. “Isso faz<br />

com que a tecnologia Bt se prolongue,<br />

pois teremos indivíduos<br />

resistentes cruzando com suscetíveis<br />

que seriam criados nessa<br />

área <strong>de</strong> refúgio. Como já estamos<br />

per<strong>de</strong>ndo essa tecnologia, o i<strong>de</strong>al<br />

é que os agricultores façam o monitoramento<br />

e o controle químico<br />

das lagartas.”<br />

Presentes na estação,<br />

os pesquisadores da Embrapa/<br />

Soja, A<strong>de</strong>nei <strong>de</strong> Freitas Bueno<br />

e Daniel Ricardo Sosa Gomez,<br />

ressaltam a importância do bom<br />

manejo para não per<strong>de</strong>r a eficiência<br />

do Bt em um curto espaço<br />

<strong>de</strong> tempo. “Quanto melhor<br />

utilizar a tecnologia, mais tempo<br />

a teremos do nosso lado. Para<br />

evitar ou retardar a evolução <strong>de</strong><br />

insetos resistentes na tecnologia<br />

Bt, a ferramenta mais importante<br />

é refúgio. No milho houve<br />

resistência muito rápida, <strong>de</strong>vido<br />

ao mau uso e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazer duas ou até cinco aplicações<br />

para controlar uma lagarta<br />

que <strong>de</strong>veria ser evitada pela tecnologia.<br />

Com a soja, está acontecendo<br />

o mesmo: a má utilização<br />

está prejudicando”, pon<strong>de</strong>ra<br />

A<strong>de</strong>nei Bueno.<br />

Menos água pelo ralo,<br />

maior concentração no solo<br />

Estação apresentou fatores que estão ligados a taxa <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> água<br />

pelo solo e, consequentemente, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa umida<strong>de</strong> para a planta<br />

Victor Hugo Matias <strong>de</strong> Moura, <strong>de</strong> São João do Ivaí, Jean Roger da Silva Frez, <strong>de</strong><br />

Paulistânia, Roberto Bueno Silva, <strong>de</strong> Campo Mourão, Fabrício Bueno Corrêa, <strong>de</strong><br />

Campo Mourão, e Marcelo Santana, <strong>de</strong> Rancho Alegre do Oeste<br />

Mostrar ao produtor a importância do aspecto<br />

físico do solo, esclarecendo <strong>de</strong> que<br />

forma essas condições influenciam diretamente<br />

nas produtivida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m ser alcançadas.<br />

Com este objetivo, uma das <strong>de</strong>z estações<br />

montadas no encontro, apresentou fatores que estão<br />

ligados a taxa <strong>de</strong> infiltração <strong>de</strong> água pelo solo e,<br />

consequentemente, a disponibilida<strong>de</strong> para a planta.<br />

“Mostramos <strong>de</strong> forma bem prática, consistente<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 29


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

EXPERIMENTO COMPROVOU QUE O MAIS IMPORTANTE É QUANTO O SISTEMA<br />

CONSEGUE SEGURAR A ÁGUA DA CHUVA E NÃO O VOLUME RECEBIDO PELA ÁREA<br />

e dinâmica, como o cultivo que<br />

o cooperado adota influencia<br />

diretamente nesta taxa <strong>de</strong> infiltração.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo do sistema<br />

po<strong>de</strong> ser mais ou menos eficiente<br />

em absorver a água da chuva e<br />

<strong>de</strong>ixá-la disponível para a planta”,<br />

explica o engenheiro agrônomo<br />

Fabrício Bueno Corrêa, da <strong>Coamo</strong><br />

em Campo Mourão (Centro-<br />

-Oeste do Paraná).<br />

Corrêa explica que na<br />

estação foi montado um simulador<br />

<strong>de</strong> chuvas em dois sistemas<br />

diferentes <strong>de</strong> cultivo. No primeiro<br />

uma sucessão <strong>de</strong> culturas <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 30 anos on<strong>de</strong> é plantado<br />

somente trigo no inverno e<br />

soja no verão, comparando com<br />

um segundo on<strong>de</strong> é realizado<br />

rotação <strong>de</strong> culturas e diversificação,<br />

também há mais <strong>de</strong> 30<br />

anos. “Além disso, simulamos<br />

um plantio morro abaixo e outro<br />

em nível no terreno, mostrando<br />

o quanto essa prática influencia<br />

numa possível perda <strong>de</strong> água,<br />

solo, nutrientes e outros fatores.<br />

É uma forma <strong>de</strong> mostrar como é<br />

fundamental ter práticas conservacionistas<br />

que contribuem para<br />

o resultado final da produção”,<br />

esclarece.<br />

Conforme o agrônomo o<br />

experimento comprovou que o<br />

mais importante é quando o sistema<br />

consegue segurar a água<br />

da chuva e não o volume recebido<br />

pela área. “Temos muitos<br />

exemplos que mostram que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

do sistema a taxa <strong>de</strong><br />

infiltração é baixíssima, e em outros<br />

essa infiltração é maior por<br />

conta do correto manejo adotado”,<br />

<strong>de</strong>clara.<br />

Insumo precioso<br />

Parceiro no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e montagem da estação,<br />

o pesquisador Henrique Debiasi,<br />

da área <strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Solos da<br />

Embrapa Soja, acompanhou <strong>de</strong><br />

perto toda a execução do expe-<br />

30 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Pesquisadores Henrique Debiasi, Osmar Conte e Donizete Aparecido Lone, da Embrapa Soja<br />

Júlio Cesar Franchinni dos Santos<br />

rimento. Ele crava que a água da chuva é<br />

<strong>de</strong> valor incalculável, e o produtor precisa<br />

encará-la como insumo precioso, sendo<br />

necessário buscar alternativas para<br />

retê-la no solo da melhor forma possível.<br />

“Existem várias alternativas para um melhor<br />

aproveitamento da água da chuva e<br />

a principal <strong>de</strong>las é aumentar a taxa <strong>de</strong> infiltração<br />

no solo. Isso é possível mediante<br />

práticas <strong>de</strong> manejo conhecidas pelos<br />

produtores, mas que ficam em <strong>de</strong>suso<br />

por questões econômicas <strong>de</strong> curto prazo<br />

e até <strong>de</strong> agilida<strong>de</strong> operacional. Em<br />

primeiro lugar é importante melhorar a<br />

estrutura e cobertura do solo colocando<br />

raiz no sistema, que vão crescer gerando<br />

poros e aumentar a taxa <strong>de</strong> água que infiltra<br />

no solo”, observa o pesquisador.<br />

Ele ressalta que a cobertura <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

também da sequência <strong>de</strong> plantas<br />

presentes na área. “É necessário ter um<br />

sistema mais diversificado <strong>de</strong> produção,<br />

saindo <strong>de</strong>ste predomínio <strong>de</strong> milho e soja<br />

nas regiões quentes, e trigo e soja nas<br />

regiões frias. São combinações que não<br />

produzem palhada suficiente para auxiliar<br />

na retenção da água da chuva”, alerta.<br />

De acordo com Debiasi, o i<strong>de</strong>al é<br />

inserir no sistema, alternado com culturas<br />

comerciais, plantas que vão equilibrar o<br />

sistema. Ele sugere aveia, nabo forrageiro,<br />

milheto, brachiárias e crotalárias, que<br />

possuem raízes mais profundas do que<br />

soja, milho e trigo. “São espécies que vão<br />

ocupar em torno <strong>de</strong> ¼ da área em cada<br />

safra e contribuirão muito para o sistema”,<br />

finaliza.<br />

As apresentações também contaram<br />

com a presença dos pesquisadores<br />

da Embrapa Soja, Júlio Cesar Franchinni<br />

dos Santos, Donizete Aparecido Loni e<br />

Osmar Conte.<br />

IONE TURKEWICZ MIERS<br />

Goioerê (Centro-Oeste do Paraná)<br />

RODRIGO ANDRADE FERREIRA<br />

Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />

“<br />

É um evento impecável, a começar pela organização.<br />

Sinto orgulho em fazer parte da <strong>Coamo</strong><br />

e saber da preocupação da cooperativa com os<br />

associados. Fico encantada com as apresentações,<br />

anoto tudo e tiro todas as dúvidas.<br />

Foi muito bom participar do encontro, um dia<br />

<strong>de</strong> aprendizado. Com certeza, vou colocar em<br />

prática algumas tecnologias adquiridas aqui.<br />

Volto para casa já com um planejamento para<br />

“as próximas safras.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 31


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Leque <strong>de</strong> controle para pragas e invasoras<br />

Intacta 2 Xten<strong>de</strong> é classificada como<br />

biotecnologia <strong>de</strong> última geração<br />

e possui genética avançada e alta<br />

eficiência contra lagartas<br />

Uma das novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste ano foi a apresentação<br />

da plataforma tecnológica Soja Intacta<br />

2 Xtend, lançada pela parceira Bayer e que<br />

chegará ao mercado a partir <strong>de</strong> 2021. Conforme o<br />

engenheiro agrônomo Carlos Vinicius Precinotto, da<br />

<strong>Coamo</strong> em Juranda (Centro-Oeste do Paraná), a tecnologia<br />

traz um incremento <strong>de</strong> novas ferramentas<br />

que auxiliam no controle <strong>de</strong> pragas e plantas dani-<br />

32 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

Hugo Lorran <strong>de</strong> Rocha, <strong>de</strong> Mariluz, Lucas Gouvea Esperandino, <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, e Carlos Vinicius Precinotto, <strong>de</strong> Juranda<br />

nhas na cultura da soja, com aumento do espectro<br />

no controle <strong>de</strong> lagartas, agregando mais eficiência<br />

para proteção <strong>de</strong> Spodoptera cosmioi<strong>de</strong>s e Helicoverpa.<br />

“De fato oferece também um amplo controle<br />

<strong>de</strong> plantas daninhas, já que é tolerante ao glifosato e<br />

ao herbicida hormonal Dicamba, do grupo químico<br />

das auxinas”, esclarece.<br />

De acordo com o técnico, a Intacta 2<br />

Xtend é classificada como biotecnologia <strong>de</strong> última<br />

geração, possui genética avançada e alta eficiência<br />

contra lagartas. “É uma tecnologia que<br />

promete, também, alta eficiência no controle <strong>de</strong><br />

buva, caruru resistentes e com efeito <strong>de</strong> solo”,<br />

afirma o agrônomo, alertando para o manejo da<br />

tecnologia. “Já temos produto registrado para<br />

aplicação em <strong>de</strong>ssecação. Porém, é importante<br />

observar que não po<strong>de</strong>mos usar <strong>de</strong> qualquer forma<br />

por conta das cultivares sensíveis. É preciso<br />

ter cuidado com a <strong>de</strong>riva, volatilização, escolha<br />

<strong>de</strong> bico e vazão. Esses são os principais pilares<br />

que <strong>de</strong>vem ser observados.”<br />

Ainda sem dados concretos, a obtentora<br />

acredita em um incremento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> da<br />

tecnologia em torno <strong>de</strong> 10%, segundo Precinotto.<br />

“Não sabemos ainda <strong>de</strong> quanto será este aumento<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, mas fala-se em 10%. Também não<br />

há informações do valor dos royalties que será cobrado<br />

pela obtenção da tecnologia”, relata.<br />

Lavoura no limpo com pré-emergentes<br />

Foram apresentados dados sobre eficiência da tecnologia, que auxilia na contenção<br />

do banco <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> ervas daninhas, contribuindo com o controle pós-emergente<br />

Assunto sempre atual, a contenção <strong>de</strong> plantas<br />

daninhas tem atenção especial nos eventos<br />

técnicos da <strong>Coamo</strong> e é tema presente no Encontro<br />

da Fazenda Experimental. A utilização e manejo<br />

<strong>de</strong> herbicidas pré-emergentes foram o foco <strong>de</strong><br />

uma das estações, on<strong>de</strong> foram apresentados dados<br />

sobre eficiência do controle da tecnologia, que auxilia<br />

na contenção do banco <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> ervas daninhas,<br />

contribuindo com o controle pós-emergente.<br />

“Este manejo tem efeito direto na semente e segura<br />

este fluxo, impedindo a emergência da invasora. Os<br />

pós-emergentes entregam ao manejo pós-emergente<br />

uma condição mais fácil <strong>de</strong> controle posterior, com<br />

menos plantas e porte menor”, explica o engenheiro<br />

agrônomo Juliano Seganfredo, da <strong>Coamo</strong> em Campo<br />

Mourão (Centro-Oeste do Paraná).<br />

Marcelo Balão da Silva, <strong>de</strong> Candói, Sandro Rodrigo Klein, <strong>de</strong> Roncador, Juliano<br />

Seganfredo, <strong>de</strong> Campo Mourão, João Rafael Bauermeister, <strong>de</strong> Barbosa Ferraz, e<br />

Sebastiao Francisco Ribas Martins Neto, <strong>de</strong> Goioxim<br />

Ao efetuar o manejo, o produtor oferece condições<br />

da cultura se estabelecer numa condição <strong>de</strong> área<br />

limpa e continuar em ambiente controlado. “É o que<br />

chamamos <strong>de</strong> eliminar a mato-competição. A emergên-<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 33


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

AO EFETUAR O MANEJO, O PRODUTOR OFERECE CONDIÇÕES DA CULTURA NASCER<br />

NUMA CONDIÇÃO DE ÁREA LIMPA E CONTINUAR EM AMBIENTE CONTROLADO<br />

cia é um período crítico que a cultura<br />

não po<strong>de</strong> ter competição com<br />

plantas daninhas. Se isso acontecer,<br />

ela estará per<strong>de</strong>ndo produção<br />

sem condições <strong>de</strong> recuperação lá<br />

na frente”, observa o agrônomo. Ele<br />

esclarece que além da utilização<br />

do manejo químico, o experimento<br />

<strong>de</strong>monstrou outras alternativas <strong>de</strong><br />

controle. “Mostramos um pacote<br />

<strong>de</strong> manejo, com o químico sendo a<br />

última opção, que serve como auxílio<br />

para o sistema”, afirma.<br />

Ainda conforme o técnico<br />

da <strong>Coamo</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da intensida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> concorrência da planta<br />

daninha com a cultura, o prejuízo<br />

po<strong>de</strong> chegar a mais <strong>de</strong> 50% da<br />

perda <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. “É como<br />

jogar dinheiro fora. Da mesma forma<br />

se não haver um controle eficiente<br />

do banco <strong>de</strong> sementes, ano<br />

a ano aumentará essa condição<br />

<strong>de</strong>sfavorável na lavoura”, alerta Seganfredo.<br />

Conforme o pesquisador<br />

Fernando A<strong>de</strong>gas, da Embrapa<br />

Soja, quando se fala em manejo<br />

com produtos químicos é importante<br />

voltar a pensar na utilização<br />

dos pré-emergentes, que já foram<br />

muito utilizados no passado. “Esses<br />

produtos estão retornando<br />

para fazer uma recomposição com<br />

os pós-emergentes visando uma<br />

eficiência a mais contra as plantas<br />

daninhas”, lembra.<br />

Segundo ele, o tema é<br />

atual e a tecnologia é importante.<br />

Mas, alerta para a escolha dos produtos.<br />

“É fundamental optar por<br />

um bom pré-emergente que, prin-<br />

Fernando A<strong>de</strong>gas, Embrapa Soja<br />

cipalmente, controle folha larga e<br />

folha estreita por um período que<br />

possa <strong>de</strong>pois fazer o controle com<br />

pós-emergente. Os resultados são<br />

interessantes e a tecnologia po<strong>de</strong><br />

ser utilizada em várias condições<br />

<strong>de</strong> solo e clima”, conclui.<br />

34 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />

ENTENDA O QUE SÃO<br />

HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES<br />

Herbicidas pré-emergentes ou residuais são produtos aplicados<br />

no solo antes da emergência das plantas daninhas<br />

alvo. Estes <strong>de</strong>vem persistir por tempo e concentração suficientes<br />

na camada superficial do solo, on<strong>de</strong> se localizam<br />

o maior percentual <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> plantas daninhas que<br />

germinarão na sequência.<br />

ANNA LOURENÇO DE GODOY DE PINTO<br />

Tupãssi (Oeste do Paraná)<br />

“<br />

Tenho 82 anos e vim com os meus filhos participar<br />

do encontro. Sempre ouvia eles falando<br />

<strong>de</strong> como era, mas vendo pessoalmente é bem<br />

mais bonito, tudo muito bem organizado. Valeu<br />

a pena todo o esforço para estar aqui hoje.<br />

SILVANO KOENIG E FAMÍLIA<br />

Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque (Centro do Paraná)<br />

Trabalhamos em família e participamos juntos dos<br />

encontros. Estamos aqui pela primeira vez, e voltamos<br />

para casa satisfeitos com o que vimos. Minha<br />

filha era a mais ansiosa, mesmo tendo que acordar<br />

“<strong>de</strong> madrugada não per<strong>de</strong>u a animação.<br />

Exposição dos Alimentos <strong>Coamo</strong><br />

No Encontro <strong>de</strong> Verão esteve exposta toda a linha <strong>de</strong><br />

Alimentos <strong>Coamo</strong>. Afinal <strong>de</strong> contas é do campo dos<br />

cooperados que vem a matéria-prima para produzir<br />

alimentos com as marcas <strong>Coamo</strong>, Primê, Anniela e<br />

Sollus. São alimentos <strong>de</strong> origem, qualida<strong>de</strong> e sabor<br />

que compõem um amplo portfólio composto por<br />

margarinas, cafés, gorduras vegetais hidrogenadas,<br />

óleo <strong>de</strong> soja refinado, farinhas <strong>de</strong> trigo especiais e<br />

misturas para pães e bolos.<br />

Durante os intervalos, cooperados visitaram e conheceram as novida<strong>de</strong>s em<br />

insumos, maquinários e implementos agrícolas <strong>de</strong> empresas parceiras da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 35


Credicoamo tem sobras<br />

líquidas <strong>de</strong> R$ 98,68 milhões<br />

Números foram apresentados e aprovados durante Assembleia Geral Ordinária.<br />

Cooperativa <strong>de</strong> crédito vem crescendo a cada ano, fruto da participação dos associados<br />

36 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


CREDICOAMO<br />

ATIVOS<br />

em bilhões <strong>de</strong> reais<br />

SOBRAS LÍQUIDAS<br />

em milhões <strong>de</strong> reais<br />

Os associados da Credicoamo<br />

Crédito Rural<br />

Cooperativa aprovaram<br />

no dia 28 <strong>de</strong> fevereiro, em<br />

Assembleia Geral Ordinária, a<br />

prestação <strong>de</strong> contas e a distribuição<br />

<strong>de</strong> sobras do exercício<br />

<strong>de</strong> 2018. A Credicoamo registrou<br />

ativos <strong>de</strong> R$ 2,39 bilhões,<br />

com crescimento <strong>de</strong> 9,55%, e<br />

um patrimônio líquido <strong>de</strong> R$<br />

631,19 milhões, com crescimento<br />

<strong>de</strong> 15,72%. Na <strong>de</strong>monstração<br />

do resultado do exercício<br />

apresentou receita global <strong>de</strong><br />

R$ 207,91 milhões e sobras no<br />

valor <strong>de</strong> R$ 98,68 milhões, com<br />

crescimento <strong>de</strong> 18,45% em relação<br />

ao ano <strong>de</strong> 2017.<br />

“Em 2018, a Credicoamo<br />

registrou novamente excelentes resultados,<br />

que foram possíveis pela<br />

efetiva participação dos associados<br />

no dia a dia da cooperativa. Os resultados<br />

foram positivos, também,<br />

pelo profissionalismo e <strong>de</strong>dicação<br />

dos funcionários”, comenta o<br />

diretor-presi<strong>de</strong>nte da Credicoamo,<br />

José Aroldo Gallassini.<br />

O grau <strong>de</strong> solvência ou<br />

índice <strong>de</strong> Basiléia <strong>de</strong> 44,15%, que<br />

é a relação do patrimônio líquido<br />

com os ativos pon<strong>de</strong>rados pelo<br />

risco, é bem superior ao índice<br />

mínimo <strong>de</strong> 15%, <strong>de</strong>terminado<br />

pelo Conselho Monetário Nacional,<br />

em conformida<strong>de</strong> com o Comitê<br />

da Basiléia, superando em<br />

29.15 pontos e <strong>de</strong>monstra a soli<strong>de</strong>z<br />

da Credicoamo.<br />

A cooperativa encerrou o<br />

ano com 19.381 associados, com<br />

crescimento <strong>de</strong> 4,27% em relação<br />

a 2017. Eles são atendidos nas<br />

46 agências localizadas no Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso<br />

do Sul. A Credicoamo encerrou o<br />

ano com 272 funcionários. Os tributos<br />

e taxas recolhidos durante<br />

o exercício <strong>de</strong> 2018 foram na or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> R$ 32,26 milhões.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 37


CREDICOAMO<br />

Carmem Truite, gerente adjunta <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Produtores Rurais e Convênios do BRDE<br />

“Cooperativismo não é só<br />

uma opção, é um modo <strong>de</strong> vida.”<br />

A gerente adjunta <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Produtores<br />

Rurais e Convênios do Banco Regional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

do Extremo Sul (BRDE), Carmem Truite, faz<br />

questão <strong>de</strong> marcar presença nas assembleias da Credicoamo.<br />

“É uma honra participar das assembleias e<br />

ver o crescimento da Credicoamo, que tem um papel<br />

muito relevante para seus mais <strong>de</strong> 19 mil associados.<br />

Eles conseguem ter o atendimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> forma séria, objetiva, sem exploração e, principalmente,<br />

com a participação nos resultados.”<br />

Ela ressalta que o cooperado precisa <strong>de</strong> fato<br />

ser participativo na cooperativa. “Não adianta o cooperado<br />

ficar olhando produto a produto. É, sem dúvidas,<br />

muito melhor que o cooperado realize todas as operações<br />

na Credicoamo, porque o resultado fica aqui e<br />

volta para ele. Se não houver comprometimento, em<br />

todos os produtos, o crescimento será menor e as conquistas<br />

também. Cooperativismo não é só uma opção,<br />

é um modo <strong>de</strong> vida. Quando orientamos e ensinamos<br />

os filhos a trabalharem em cooperação, estamos formando<br />

seu caráter e contribuindo para uma socieda<strong>de</strong><br />

mais justa.”<br />

Robson Mafioletti, superinten<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar<br />

"Bons resultados são motivos <strong>de</strong><br />

orgulho para o sistema cooperativista."<br />

O superinten<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar, Robson<br />

Mafioletti, mais uma vez participou da Assembleia<br />

da Credicoamo. Ele <strong>de</strong>staca que os bons resultados<br />

da cooperativa <strong>de</strong> crédito dos associados<br />

da <strong>Coamo</strong> são motivos <strong>de</strong> orgulho para o sistema<br />

cooperativista. “É muito gratificante ver o crescimento<br />

e a transparência com que a diretoria apresenta<br />

os resultados. Com isso, a cooperativa cresce e os<br />

cooperados também, pois têm acesso a todos os<br />

benefícios proporcionados”, assinala.<br />

Na opinião <strong>de</strong>le, o <strong>de</strong>senvolvimento do Brasil<br />

<strong>de</strong> forma mais equilibrada e sustentável vem por<br />

meio das cooperativas, e as <strong>de</strong> crédito tem um papel<br />

fundamental já que prestam um serviço mais especializado<br />

para os cooperados. “Queremos que os associados<br />

acreditem, cada vez mais, nas cooperativas<br />

que trazem mais <strong>de</strong>senvolvimento para as regiões<br />

que estão inseridas. A Credicoamo é um bom exemplo,<br />

pois oferece uma gama <strong>de</strong> serviços com soli<strong>de</strong>z<br />

e segurança”, pon<strong>de</strong>ra Mafioletti.<br />

CONSELHO FISCAL GESTÃO <strong>2019</strong><br />

Ricieri Zanatta Neto, Adriano Bartchechen e Luiz Anselmo Janguas (Membros<br />

Efetivos). João Batista dos Santos Cabral, Wagner Presença e Marcos dos Santos<br />

Paes (Membros Suplentes)<br />

Robson Mafioletti, superinten<strong>de</strong>nte do Sistema Ocepar, recebeu o livro com a<br />

biografia <strong>de</strong> José Aroldo Gallassini, lançado durante a Assembleia da Credicoamo<br />

38 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


CREDICOAMO<br />

MARCOS BIFF JUST<br />

Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná)<br />

“<br />

O resultado e as sobras são fruto <strong>de</strong> uma administração<br />

correta e transparente. Faz diferença<br />

ser cooperado da Credicoamo. A gente vê o<br />

empenho em sempre inovar e proporcionar<br />

comodida<strong>de</strong> para nós cooperados.<br />

AGOSTINHO MEOTTI<br />

São Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />

Acompanhar um resultado tão expressivo e ser coroado<br />

com as sobras é muito gratificante. Vemos<br />

a Credicoamo ampliando e melhorando o atendimento.<br />

Faço parte <strong>de</strong>ssa cooperativa há muitos<br />

“anos. A segurança e soli<strong>de</strong>z são diferenciais.<br />

Remuneração <strong>de</strong><br />

110% do CDI<br />

O valor das sobras distribuídas pela Credicoamo<br />

na proporção da movimentação <strong>de</strong> recursos disponíveis<br />

em contas correntes e aplicações financeiras dos<br />

associados, proporcionaram um rendimento, equivalente<br />

a 110% do CDI, superior à remuneração média do<br />

mercado, conforme quadro <strong>de</strong>monstrativo ao lado.<br />

Na Credicoamo, as taxas <strong>de</strong> juros dos empréstimos<br />

e financiamentos com recursos livres são abaixo das taxas<br />

médias praticadas no mercado financeiro. Além disso, os<br />

associados não pagam tarifa <strong>de</strong> pacote <strong>de</strong> serviços mensais.<br />

Consi<strong>de</strong>rando as taxas médias <strong>de</strong> juros do ano<br />

2018, divulgadas pelo Banco Central do Brasil, a Credicoamo<br />

gerou um benefício direto e expressivo para os<br />

associados que contrataram empréstimos com recursos<br />

livres ou utilizaram-se do limite do cheque especial, representando<br />

uma economia <strong>de</strong> R$ 92,65 milhões.<br />

MODALIDADE DETALHE SOBRAS<br />

CONTAS<br />

CORRENTES<br />

APLICAÇÕES<br />

FINANCEIRAS<br />

Modalida<strong>de</strong><br />

Cheque<br />

Especial<br />

Empréstimos<br />

TOTAL<br />

Sem remuneração no<br />

mercado financeiro<br />

Remuneração <strong>de</strong> 88<br />

a 94% do CDI no<br />

mercado financeiro<br />

Valor médio<br />

emprestado/mês<br />

R$ 7,79<br />

milhões<br />

R$ 148,35<br />

milhões<br />

R$ 156,14<br />

milhões<br />

Taxa<br />

Credicoamo<br />

4,85%<br />

a.m.<br />

2,01%<br />

a.m.<br />

2,15%<br />

a.m.<br />

R$ 7,23<br />

milhões<br />

R$ 6,65<br />

milhões<br />

As Sobras no gráfico referem-se a diferença entre<br />

o que o mercado financeiro não remunerou e os<br />

valores pagos aos associados pela Credicoamo.<br />

Taxa Economia<br />

Mercado (Sobra)<br />

12,51%<br />

a.m.<br />

6,81%<br />

a.m.<br />

7,10%<br />

a.m.<br />

R$ 7,16<br />

milhões<br />

R$ 85,49<br />

milhões<br />

R$92,65<br />

milhões<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 39


CREDICOAMO<br />

In<strong>de</strong>nizações do Proagro e Seguro Agrícola<br />

Nas lavouras colhidas no<br />

ano <strong>de</strong> 2018, ocorreram 1.929<br />

acionamentos <strong>de</strong> sinistros: 62<br />

<strong>de</strong> soja e quatro <strong>de</strong> milho safra<br />

2017/2018; 1.081 <strong>de</strong> milho segunda<br />

safra e 782 <strong>de</strong> trigo. Foram<br />

in<strong>de</strong>nizados recursos <strong>de</strong> R$ 36 milhões.<br />

Em relação à safra <strong>de</strong> verão<br />

2018/<strong>2019</strong>, até o momento ocorreram<br />

1.712 acionamentos, sendo:<br />

135 acionamentos <strong>de</strong> Proago<br />

e 1.577 <strong>de</strong> seguro agrícola.<br />

R$ 1,46 bilhão em<br />

operações <strong>de</strong> crédito<br />

Em 2018 foram contratadas<br />

15.157 operações <strong>de</strong> crédito e<br />

aplicados recursos na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

R$ 1,46 bilhão, sendo:<br />

Novas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento<br />

Crédito Fundiário: linha exclusiva da Credicoamo, com recursos <strong>de</strong>stinados<br />

à aquisição <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> rural: o valor do empréstimo é <strong>de</strong> até<br />

40% do valor da aquisição, limitado a R$ 3.000.000,00 e o pagamento<br />

parcelado em até três anos.<br />

Credi-Energia Solar: com recursos <strong>de</strong>stinados à aquisição <strong>de</strong> sistema<br />

gerador <strong>de</strong> energia fotovoltaico, instalado em áreas rurais ou urbanas,<br />

para uso resi<strong>de</strong>ncial, comercial ou industrial. O valor do empréstimo é<br />

<strong>de</strong> até 100% do orçamento e o pagamento parcelado em até cinco anos.<br />

Credi Insumos <strong>Coamo</strong>: por meio <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> cooperação técnica, com<br />

recursos <strong>de</strong>stinados ao financiamento dos insumos adquiridos na <strong>Coamo</strong>.<br />

Em 2018 a Credicoamo ocupou a 17ª posição entre as instituições<br />

aplicadoras <strong>de</strong> crédito rural (custeio, investimento e estocagem), conforme<br />

dados do Banco Central do Brasil, sendo que no custeio agrícola<br />

ocupou a 10ª posição.<br />

Custeio Agrícola: 7.824<br />

operações no valor <strong>de</strong><br />

R$ 1,02 bilhão;<br />

Investimentos Agrícolas:<br />

588 operações no<br />

valor <strong>de</strong> R$ 90,85 milhões,<br />

com recursos do<br />

BNDES e do FCO, <strong>de</strong>stinados<br />

principalmente à<br />

aquisição <strong>de</strong> máquinas<br />

e implementos agrícolas<br />

e correção <strong>de</strong> solos;<br />

Outras linhas <strong>de</strong> empréstimos<br />

e financiamentos:<br />

6.745 operações<br />

com recursos<br />

próprios no valor <strong>de</strong><br />

R$ 348,74 milhões.<br />

40 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


CREDICOAMO<br />

Destaca-se também<br />

o expressivo volume<br />

<strong>de</strong> seguro agrícola<br />

contratado em 2018,<br />

com importância segurada<br />

<strong>de</strong> R$ 1,07<br />

bilhão, para uma área<br />

<strong>de</strong> 407.852 hectares<br />

e 5.245 apólices.<br />

Novas Agências<br />

Foram instaladas as agências<br />

em Itaporã e Sidrolândia,<br />

no Mato Grosso do Sul, e as<br />

agências <strong>de</strong> Brasilândia do<br />

Sul, Cândido <strong>de</strong> Abreu e <strong>de</strong><br />

Dez <strong>de</strong> Maio, no Paraná.<br />

Novo site e internet banking<br />

Em 2018 foi lançado o novo site Credicoamo. Com um visual mo<strong>de</strong>rno<br />

e que disponibiliza várias informações como por exemplo, produtos<br />

e serviços, canais <strong>de</strong> atendimento, e informações institucionais.<br />

Outro marco histórico foi o lançamento do serviço <strong>de</strong> atendimento<br />

por Internet Banking, que agrega mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e comodida<strong>de</strong> para os<br />

milhares <strong>de</strong> associados da Credicoamo que po<strong>de</strong>m realizar consultas e<br />

transações financeiras <strong>de</strong> um jeito simples, prático e seguro. Os associados<br />

po<strong>de</strong>m acessar suas contas correntes por meio do aplicativo baixado no celular<br />

ou direto no site Credicoamo no computador pessoal. O atendimento<br />

pelo canal digital já respon<strong>de</strong> por mais <strong>de</strong> 50% das consultas e transações.<br />

Itaporã<br />

Sidrolândia<br />

SÍLVIO DA SILVA ARAÚJO<br />

Dourados (Sudoeste do Mato Grosso do Sul)<br />

“<br />

Vejo um comprometimento e preocupação da<br />

diretoria e funcionários com nós cooperados.<br />

Os números apresentados na Assembleia impressionam<br />

e mostram a soli<strong>de</strong>z e segurança<br />

proporcionada pela Credicoamo.<br />

VERONICA DAUTERMANN STOTZER<br />

Guarapuava (Centro-Sul do Paraná)<br />

A Credicoamo vem crescendo a cada ano. Isso<br />

é fruto da boa administração e segurança.<br />

Encontramos tudo que precisamos, com mais<br />

vantagens do que em outras instituições e ain-<br />

“da temos um bom montante em sobras.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 41


CREDICOAMO - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2018<br />

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017<br />

(Valores em R$ 1)<br />

A T I V O<br />

NOTA .....................2018 ...........2017<br />

ATIVO CIRCULANTE 1.755.025.884 1.776.691.431<br />

DISPONIBILIDADES 04 10.662.648 13.684.606<br />

Caixa 3.168.485 1.929.215<br />

Depósitos Bancários 232.506 202.219<br />

Cotas <strong>de</strong> Fundos <strong>de</strong> Investimento 7.261.657 11.553.172<br />

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ 04 586.805.989 529.727.844<br />

Aplicações em Operações Compromissadas 509.789.352 496.616.157<br />

Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 77.016.637 33.111.687<br />

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 120.482.877 216.467.054<br />

Títulos <strong>de</strong> Renda Fixa 120.482.877 216.467.054<br />

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 05 147.909 194.957<br />

Direitos Junto a Participantes do Sistema <strong>de</strong> Liquidação 147.909 194.957<br />

OPERAÇÕES DE CRÉDITO 06 1.035.256.114 1.015.293.571<br />

Empréstimos e Títulos Descontados 160.304.724 232.723.780<br />

Financiamentos 15.479.152 14.888.197<br />

Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos Livres 61.610.936 31.080.221<br />

Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos <strong>de</strong> Repasses 831.314.508 801.081.061<br />

( - ) Provisão para Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa (33.453.206) (64.479.688)<br />

OUTROS CRÉDITOS 07 1.655.779 1.310.852<br />

Créditos Avais e Fianças Honrados 1.244.346 -<br />

Rendas a Receber 775.093 781.949<br />

Devedores Diversos - País 895.363 531.340<br />

( - ) Provisão para Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa (1.259.023) (2.437)<br />

OUTROS VALORES E BENS 14.568 12.547<br />

Despesas Antecipadas 14.568 12.547<br />

ATIVO NÃO CIRCULANTE 633.104.398 403.218.262<br />

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 08 631.483.132 401.594.389<br />

Títulos <strong>de</strong> Renda Fixa 561.517.904 267.806.426<br />

Aplicações em Depósitos Interfinanceiros - 72.355.332<br />

Empréstimos e Títulos Descontados 23.270.512 7.267.910<br />

Financiamentos 35.218.382 35.860.602<br />

Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos Livres 484.019 251.964<br />

Financiamentos Rurais - Aplicação Recursos <strong>de</strong> Repasses 9.656.565 17.889.513<br />

Outros Créditos 07 1.335.750 162.642<br />

IMOBILIZADO 09 614.126 641.577<br />

Imobilizado <strong>de</strong> Uso 614.126 641.577<br />

INTANGÍVEL 09 1.007.140 982.296<br />

Outros Ativos Intangíveis 1.007.140 982.296<br />

TOTAL DO ATIVO 2.388.130.282 2.179.909.693<br />

42 REVISTA <strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


CREDICOAMO - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2018<br />

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

(Valores em R$ 1)<br />

Nota 2018 2017<br />

PASSIVO CIRCULANTE 1.744.004.931 1.612.855.797<br />

DEPÓSITOS 10 1.582.828.984 955.795.060<br />

Depósitos à Vista 75.969.490 49.402.242<br />

Depósitos a Prazo 742.489.316 224.322.780<br />

Depósitos Interfinanceiros 764.370.178 682.070.038<br />

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS/INTERDEPENDÊNCIAS 1.262.948 481.899<br />

Recursos em Trânsito <strong>de</strong> Terceiros 1.262.860 408.679<br />

Obrigações Junto a Participantes do Sistema <strong>de</strong> Liquidação 88 73.220<br />

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES 4.622.048 545.473.426<br />

Repasses no País 11 4.622.048 545.473.426<br />

OUTRAS OBRIGAÇÕES 12 155.290.951 111.105.412<br />

Sociais e Estatutárias 80.839.580 65.958.577<br />

Fiscais e Previ<strong>de</strong>nciárias 1.984.962 1.670.236<br />

Provisão <strong>de</strong> Pagamentos a Efetuar 64.152.778 34.236.946<br />

Provisão Para Passivos Contingentes 7.028.044 8.533.089<br />

Credores Diversos - País 1.285.587 706.564<br />

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 12.315.624 21.605.236<br />

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 12.315.624 21.605.236<br />

Obrigações por Empréstimos e Repasses no País 11 12.315.624 21.605.236<br />

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 615.432 -<br />

Rendas Antecipadas 615.432 -<br />

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 631.194.295 545.448.660<br />

Capital Social 13 188.321.391 161.531.380<br />

Reserva Legal 317.409.446 274.746.765<br />

Fundo <strong>de</strong> Manutenção do Capital <strong>de</strong> Giro Próprio 125.463.458 109.170.515<br />

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.388.130.282 2.179.909.693<br />

As Demonstrações Contábeis acompanhadas das Notas Explicativas, do Relatório dos Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e do<br />

Parecer do Conselho Fiscal, estão disponíveis no site: www.credicoamo.com.br<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

Diretor Presi<strong>de</strong>nte<br />

CLAUDIO FRANCISCO BIANCHI RIZZATTO<br />

Diretor Administrativo<br />

RICARDO ACCIOLY CALDERARI<br />

Diretor Operacional<br />

EDSON DE SANTANA PERES<br />

Contador - CRC-PR 31809/O-0<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 43


CREDICOAMO - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2018<br />

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017<br />

(Valores em R$ 1)<br />

.......................2018 .......................2017<br />

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 182.245.268 254.793.311<br />

Operações <strong>de</strong> Crédito 103.446.396 137.586.852<br />

Resultado <strong>de</strong> Títulos e Valores Mobiliários 78.798.872 117.206.459<br />

DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (79.660.266) (166.488.621)<br />

Captação no Mercado (66.559.529) (66.125.130)<br />

Empréstimos, Cessões e Repasses (16.580.465) (72.403.082)<br />

Créditos <strong>de</strong> Liquidação Duvidosa 3.479.728 (27.960.409)<br />

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 102.585.002 88.304.690<br />

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.420.572) (3.123.484)<br />

Receitas <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços 11.161.092 9.081.397<br />

Despesas <strong>de</strong> Pessoal (23.463.306) (19.197.714)<br />

Outras Despesas Administrativas (4.276.666) (4.169.631)<br />

Despesas Tributárias (602.742) (439.630)<br />

Outras Receitas Operacionais 17.859.097 12.058.098<br />

Outras Despesas Operacionais (2.098.047) (456.004)<br />

RESULTADO OPERACIONAL 101.164.430 85.181.206<br />

RESULTADO NÃO OPERACIONAL (262.251) 93.096<br />

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 100.902.179 85.274.302<br />

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (2.217.780) (1.963.111)<br />

SOBRAS LÍQUIDAS 98.684.399 83.311.191<br />

DESTINAÇÕES LEGAIS E ESTATUTÁRIAS:<br />

F.A.T.E.S. (Resultados Atos Com Não Associados) 3.878.440 2.915.874<br />

F.A.T.E.S. (Resultados Atos Com Associados) 4.740.298 4.019.766<br />

Fundo <strong>de</strong> Reserva 42.662.681 36.177.893<br />

Fundo para Manutenção do Capital <strong>de</strong> Giro Próprio 22.604.892 21.253.537<br />

Sobras à Disposição da A.G.O 24.798.088 18.944.121<br />

TOTAL DAS DESTINAÇÕES 98.684.399 83.311.191<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

Diretor Presi<strong>de</strong>nte<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI<br />

Diretor Presi<strong>de</strong>nte<br />

RICARDO ACCIOLY CALDERARI<br />

Diretor Operacional<br />

RICARDO ACCIOLY CALDERARI<br />

Diretor Operacional<br />

CLAUDIO FRANCISCO BIANCHI RIZZATTO<br />

Diretor Administrativo<br />

CLAUDIO FRANCISCO BIANCHI RIZZATTO<br />

Diretor Administrativo<br />

EDSON DE SANTANA PERES<br />

Contador - CRC-PR 31809/O-0<br />

EDSON DE SANTANA PERES<br />

Contador - CRC-PR 31809/O-0<br />

44 REVISTA <strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


CREDICOAMO - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2018<br />

PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

em milhões <strong>de</strong> reais<br />

ATIVOS<br />

em bilhões <strong>de</strong> reais<br />

2017 2018<br />

2017 2018<br />

ASSOCIADOS<br />

até final <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro 2018<br />

SOBRAS LÍQUIDAS<br />

em milhões <strong>de</strong> reais<br />

2017 2018<br />

2017 2018<br />

SEGURO AGRÍCOLA<br />

área segurada em mil hectares<br />

SEGURO AGRÍCOLA<br />

importância segurada em reais<br />

2017 2018<br />

2017 2018<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 45


AGRICULTURA<br />

Armadilha para as pragas<br />

Família Reginato, optante da <strong>Coamo</strong> em Abelardo Luz (SC), não abre mão <strong>de</strong> utilizar<br />

o refúgio como prática sustentável e forma <strong>de</strong> manter a longevida<strong>de</strong> da tecnologia Bt<br />

A<br />

implementação <strong>de</strong> ferramentas<br />

que tenham<br />

efeitos <strong>de</strong>cisivos para o<br />

manejo <strong>de</strong> insetos é fundamental<br />

para superar um dos maiores<br />

<strong>de</strong>safios da agricultura brasileira:<br />

a evolução da resistência <strong>de</strong>ssas<br />

espécies. A adoção <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong><br />

refúgio é a alternativa mais eficaz<br />

nessa luta contra a resistência <strong>de</strong><br />

pragas.<br />

O refúgio é uma área<br />

cultivada com plantas não Bt da<br />

mesma espécie, e essa área tem<br />

como função produzir insetos<br />

suscetíveis às proteínas inseticidas<br />

que irão se acasalar com os<br />

insetos resistentes provenientes<br />

das áreas Bt, gerando novos indivíduos<br />

suscetíveis à tecnologia.<br />

O objetivo <strong>de</strong> manter uma<br />

população <strong>de</strong> pragas vulneráveis<br />

ao efeito inseticida da varieda<strong>de</strong><br />

transgênica é preservar os benefícios<br />

da tecnologia.<br />

Na Fazenda Reginato,<br />

que leva o nome da própria família,<br />

localizada na região conhecida<br />

como Linha Santa Laura<br />

entre os municípios <strong>de</strong> Xanxerê e<br />

Faxinal dos Gue<strong>de</strong>s, no Oeste <strong>de</strong><br />

Santa Catarina, o refúgio é uma<br />

alternativa levada a sério e faz<br />

parte do esquema da proprieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> difusão<br />

da biotecnologia. O cooperado<br />

Cleverson, que trabalha em par-<br />

Cooperado Cleverson conta que vem adotando o refúgio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que surgiu a biotecnologia na agricultura<br />

ceria Giovani e o pai, Celito Luiz<br />

Reginato, esclarece que o manejo<br />

é encarado como um insumo.<br />

“Adotamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que surgiu a<br />

primeira tecnologia Bt, porque<br />

existe todo um estudo que preci-<br />

46 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


AGRICULTURA<br />

samos respeitar e levar em conta<br />

a eficiência <strong>de</strong> se fazer ou não”,<br />

observa Cleverson.<br />

Conforme ele, o agricultor<br />

<strong>de</strong>ve utilizar o sistema para<br />

ter segurança no que está fazendo<br />

e, principalmente, manter a<br />

longevida<strong>de</strong> da tecnologia. “É a<br />

única forma que temos para preservar<br />

o sistema. Todo ano plantamos<br />

pelo menos 20% da área<br />

com plantas convencionais, seja<br />

<strong>de</strong> soja ou milho”, acrescenta o<br />

cooperado.<br />

Cleverson lembra que<br />

quando se per<strong>de</strong> uma tecnologia<br />

o mais prejudicado é o agricultor<br />

que pagou caro por ela. “A pesquisa<br />

se esforça, gasta bastante,<br />

mas também passa esse custo<br />

para o agricultor e, por isso, precisamos<br />

preservar”, afirma.<br />

De acordo com Cleverson<br />

o custo benefício vale muito<br />

a pena. Ele revela que além<br />

<strong>de</strong> usar menos produtos agroquímicos,<br />

o que <strong>de</strong>ixa a produção<br />

mais barata, ainda há uma<br />

contribuição direta com o meio<br />

ambiente. “É uma forma <strong>de</strong> não<br />

pensar só no bolso, mas também<br />

na preservação <strong>de</strong> todo nosso<br />

ecossistema”, enaltece Reginato,<br />

que cultiva junto com a família<br />

620 alqueires (1.500 hectares) <strong>de</strong><br />

soja, milho, trigo e eventualmente<br />

feijão, entre as safras <strong>de</strong> verão<br />

e inverno.<br />

Na opinião do engenheiro<br />

agrônomo Vinicius Francisco<br />

Albarello, da <strong>Coamo</strong> em Abelardo<br />

Luz, todos os agricultores que<br />

utilizam tecnologia Bt precisam<br />

adotar o refúgio, pois as pragas-<br />

Todo manejo na proprieda<strong>de</strong> é planejado com o agrônomo da <strong>Coamo</strong> Vinicius Francisco Albarello<br />

Áreas <strong>de</strong> refúgio são <strong>de</strong> extrema importância para a manutenção da tecnologia Bt em milho e soja<br />

-alvo po<strong>de</strong>m migrar para áreas<br />

vizinhas. “Um plano eficiente <strong>de</strong><br />

manejo <strong>de</strong>ve ser implementado.<br />

A sustentabilida<strong>de</strong> da tecnologia<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do manejo a<strong>de</strong>quado<br />

<strong>de</strong> cada proprieda<strong>de</strong>”, orienta o<br />

técnico. Ele afirma que o plantio<br />

e a manutenção das áreas <strong>de</strong> refúgio,<br />

representam os principais<br />

componentes da longevida<strong>de</strong><br />

do sistema. “O produtor tem que<br />

estar ciente <strong>de</strong> que a área <strong>de</strong><br />

refúgio é a principal estratégia<br />

para evitar a quebra <strong>de</strong> resistência<br />

dos transgênicos, mantendo<br />

o equilíbrio ecológico e a produtivida<strong>de</strong><br />

das lavouras. É a forma<br />

<strong>de</strong> prolongar a vida útil da tecnologia,<br />

e na fazenda Reginato não<br />

é diferente, a produtivida<strong>de</strong> está<br />

aumentando ano a ano”, <strong>de</strong>staca<br />

Albarello.<br />

O agrônomo explica<br />

que a adoção do manejo certamente<br />

gera mais trabalho,<br />

capricho e planejamento, contudo,<br />

os benefícios são bem<br />

maiores. “O trabalho realizado<br />

não vai diferir muito, o que vai<br />

dar resultado é o capricho do<br />

produtor”, sugere.<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 47


COMEMORAÇÃO<br />

OCEPAR, 48 ANOS<br />

representando o cooperativismo no Paraná<br />

O<br />

Estado do Paraná possui<br />

uma área <strong>de</strong> 199,7 mil<br />

quilômetros quadrados,<br />

o equivalente a cerca <strong>de</strong> 2,3% do<br />

território brasileiro. Sua população<br />

é superior a 11,3 milhões (IBGE)<br />

<strong>de</strong> habitantes e seu Produto Interno<br />

Bruto é <strong>de</strong> R$ 447 bilhões (Ipar<strong>de</strong>s).<br />

Respon<strong>de</strong> por 16 % (Conab)<br />

<strong>de</strong> toda a safra brasileira <strong>de</strong> grãos.<br />

Ocupa o primeiro lugar entre os<br />

Estados brasileiros na produção<br />

<strong>de</strong> frango, trigo, feijão e cevada;<br />

o segundo lugar na produção <strong>de</strong><br />

Ocepar foi constituída no dia 02 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1971.<br />

Imagem da se<strong>de</strong> em Curitiba, capital do Paraná<br />

milho, soja e leite e o terceiro lugar<br />

na produção <strong>de</strong> suínos.<br />

Uma das principais forças<br />

do agronegócio paranaense são<br />

as cooperativas. A maioria <strong>de</strong>senvolveu-se<br />

<strong>de</strong> forma paralela aos<br />

diversos ciclos econômicos do<br />

Estado, pautando suas ativida<strong>de</strong>s<br />

em valores éticos da cooperação,<br />

da solidarieda<strong>de</strong>, da justiça social,<br />

da gestão <strong>de</strong>mocrática e da soma<br />

dos esforços <strong>de</strong> seus cooperados.<br />

Para representar institucionalmente<br />

toda esta força do<br />

cooperativismo no Paraná, no dia<br />

2 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1971, foi constituída a<br />

Ocepar – Organização das Cooperativas<br />

do Estado do Paraná, e que<br />

hoje integra, um sistema formado<br />

por três socieda<strong>de</strong>s distintas, sem<br />

fins lucrativos que, em estreita parceria,<br />

se <strong>de</strong>dicam à representação,<br />

<strong>de</strong>fesa, fomento, <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

capacitação e promoção social<br />

das cooperativas paranaenses:<br />

O Sindicato e Organização das<br />

Cooperativas do Estado do Paraná<br />

– Ocepar, o Serviço Nacional <strong>de</strong><br />

Aprendizagem do Cooperativismo<br />

– Sescoop/PR e a Fe<strong>de</strong>ração e<br />

Organização das Cooperativas do<br />

Estado do Paraná – Fecoopar.<br />

Atualmente, o Sistema<br />

Ocepar possui 215 cooperativas<br />

registradas. Juntas, essas organizações<br />

somam R$ 83,5 bilhões <strong>de</strong> faturamento,<br />

montante que equivale<br />

a 17,9 % do PIB do Estado do Paraná.<br />

Possuem mais <strong>de</strong> 1,8 milhão<br />

<strong>de</strong> cooperados e geram 92.968<br />

empregos. Estima-se que mais <strong>de</strong><br />

3,8 milhões <strong>de</strong> pessoas estejam ligadas,<br />

direta ou indiretamente, ao<br />

cooperativismo do Paraná.<br />

A opção do cooperativismo<br />

é pelo <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

pessoas e comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu<br />

entorno. Um trabalho que resulta<br />

na geração <strong>de</strong> emprego e renda,<br />

dinamização das economias<br />

locais, acesso a serviços <strong>de</strong> crédito<br />

e saú<strong>de</strong>, e apoio à formação<br />

48 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


COMEMORAÇÃO<br />

Reunião da diretoria do Sistema Ocepar<br />

para o quadriênio abril <strong>de</strong> 2015/<strong>2019</strong><br />

profissional. Também são ações<br />

prioritárias no cotidiano das cooperativas,<br />

os investimentos em<br />

projetos <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor<br />

(agroindustrialização), diversificação<br />

da produção e novas tecnologias,<br />

bem como ativida<strong>de</strong>s<br />

e capacitações para melhorar os<br />

processos produtivos e <strong>de</strong> prestação<br />

<strong>de</strong> serviços aos cooperados.<br />

A confiança nesse mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> organização econômica fez com<br />

que mais <strong>de</strong> 295.721 mil pessoas se<br />

associassem às cooperativas paranaenses,<br />

em 2018. A credibilida<strong>de</strong><br />

do Sistema Cooperativo, construída<br />

com trabalho, profissionalismo,<br />

oferta <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

e investimentos nos mercados<br />

consumidores, se confirmou em<br />

recente pesquisa <strong>de</strong> opinião feita<br />

pelo Instituto Datacenso, em que<br />

96% dos entrevistados aprovaram<br />

a qualida<strong>de</strong> e o preço justo dos<br />

produtos das cooperativas.<br />

As 61 cooperativas agropecuárias<br />

do Paraná estimam fechar<br />

em R$ 70,8 bilhões <strong>de</strong> faturamento<br />

em 2018, 22,8% superior<br />

<strong>de</strong> 2017, quando chegaram a R$<br />

57,7 bilhões. Esse valor correspon<strong>de</strong><br />

a 60% do PIB agrícola do Esta-<br />

do. Em mais <strong>de</strong> 120 municípios, a<br />

cooperativa é a mais importante<br />

empresa econômica, maior empregadora<br />

e geradora <strong>de</strong> receitas.<br />

Estima-se que 77% dos<br />

associados às cooperativas agropecuárias<br />

do Paraná são pequenos<br />

e médios produtores (área<br />

<strong>de</strong> até 50 ha). Outro dado que<br />

evi<strong>de</strong>ncia a importância das cooperativas<br />

agropecuárias é a sua<br />

infraestrutura <strong>de</strong> armazenagem<br />

da produção, a qual representa<br />

54% da capacida<strong>de</strong> estática<br />

<strong>de</strong> armazenagem do Estado, ou<br />

seja, as cooperativas têm capacida<strong>de</strong><br />

para armazenar 16,5 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos.<br />

Na área ambiental, além<br />

<strong>de</strong> programas educativos, a prática<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável<br />

é feita através <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

recuperação da vegetação ao longo<br />

<strong>de</strong> rios (mata ciliar) e nascentes<br />

<strong>de</strong> água, tratamento <strong>de</strong> efluentes,<br />

coleta seletiva <strong>de</strong> lixo, reflorestamento,<br />

geração <strong>de</strong> energia limpa,<br />

entre outras ações. Os investimentos<br />

em agroindustrialização vêm<br />

transformando o Paraná <strong>de</strong> exportador<br />

<strong>de</strong> matérias-primas para<br />

exportador <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo.<br />

Atualmente, cerca <strong>de</strong> 48% da produção<br />

primária do cooperado<br />

passa por processos <strong>de</strong> transformação<br />

e agregação <strong>de</strong> valor.<br />

Principais indicadores do<br />

COOPERATIVISMO NO PR<br />

215 cooperativas registradas na Ocepar<br />

R$ 83,5 bilhões em faturamento<br />

R$ 43,8 bilhões em ativos das cooperativas<br />

<strong>de</strong> crédito<br />

2 milhões <strong>de</strong> beneficiários das cooperativas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

96 mil empregos diretos<br />

1 milhão e 800 mil cooperados<br />

R$ 2,1 bilhão em impostos recolhidos<br />

R$ 1,95 bilhões em novos investimentos<br />

US$ 2,1 bilhões em exportações<br />

219 mil participações em treinamentos do<br />

Sescoop/PR<br />

8.776 eventos realizados<br />

Exercício: 2018<br />

Fonte: Assessoria <strong>de</strong> Comunicação do Sistema Ocepar<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 49


MÍDIA<br />

<strong>Coamo</strong> tem mais <strong>de</strong> 1,2 milhão <strong>de</strong><br />

visualizações no “Ser Agro é bom”<br />

Série teve o objetivo <strong>de</strong><br />

aproximar o campo da<br />

cida<strong>de</strong> e valorizar o papel<br />

da agricultura como<br />

agente <strong>de</strong> mudança e<br />

propulsor da economia<br />

A<br />

história da cooperativa<br />

<strong>Coamo</strong> foi contada<br />

em um ví<strong>de</strong>o<br />

da série Ser Agro é Bom, da<br />

Bayer, lançado no dia 20 <strong>de</strong><br />

abril do ano passado. Des<strong>de</strong><br />

então, a série recebeu milhares<br />

<strong>de</strong> visualizações, alcançando<br />

a marca <strong>de</strong> 1.215.084<br />

views nas re<strong>de</strong>s sociais. Para<br />

marcar esta performance, a<br />

equipe da Bayer esteve na<br />

se<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong>, em Campo<br />

Mourão (Centro-Oeste<br />

do Paraná), para entregar<br />

ao presi<strong>de</strong>nte da cooperativa,<br />

engenheiro agrônomo<br />

José Aroldo Gallassini, uma<br />

homenagem por meio <strong>de</strong><br />

um quadro, com os dizeres:<br />

“Uma história que já ren<strong>de</strong>u<br />

tantos frutos hoje é inspiração<br />

para muitos. Parabéns<br />

por mais essa conquista.”<br />

A série “Ser Agro<br />

é bom” teve o objetivo <strong>de</strong><br />

aproximar o campo da cida<strong>de</strong><br />

e valorizar o papel<br />

da agricultura como agente<br />

<strong>de</strong> mudança e propulsor<br />

da economia. A Bayer<br />

apresentou a série nas suas<br />

Diretoria da <strong>Coamo</strong> e da Bayer com a placa em homenagem a 1.215.084 visualizações na série<br />

“Ser Agro é bom” teve o objetivo <strong>de</strong> aproximar o campo da cida<strong>de</strong> e valorizar o papel da agricultura<br />

re<strong>de</strong>s sociais, a fim <strong>de</strong> contar<br />

um pouco das histórias<br />

dos agricultores e das cooperativas,<br />

e <strong>de</strong>smistificar<br />

o processo produtivo dos<br />

alimentos e valorizar a ca<strong>de</strong>ia<br />

agrícola, que muitas<br />

vezes passa <strong>de</strong>spercebido<br />

aos olhos (e ao paladar)<br />

da população. “O projeto<br />

mostrou que a agricultura<br />

está no sangue <strong>de</strong> muitas<br />

famílias brasileiras e que o<br />

cuidado com a terra é um<br />

compromisso <strong>de</strong> todos. Comunicar<br />

o agronegócio e<br />

transmitir à população urbana<br />

a relevância do produtor<br />

rural, é valorizar este trabalhador,<br />

que se empenha<br />

<strong>de</strong> sol a sol, o ano inteiro,<br />

correndo riscos, percorrendo<br />

lavouras e se esforçando<br />

para que da terra germine<br />

o nosso alimento”, aponta<br />

Paulo Pereira, diretor <strong>de</strong><br />

Comunicação Corporativa<br />

da Bayer no Brasil.<br />

50 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


BIOGRAFIA<br />

Alcir Rodrigues da Silva, presi<strong>de</strong>nte da Acicam, com o presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>,<br />

José Aroldo Gallassini, durante lançamento na entida<strong>de</strong><br />

Carlos Naves, governador do Distrito 4630 do Rotary, Marcio Nunes , secretário<br />

estadual <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> Ambiental e Turismo, Gallassini, Marcelo Chiroli,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Rotary Clube Campo Mourão, Tauillo Tezelli, prefeito <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão, e Douglas Fabrício, <strong>de</strong>putado estadual<br />

Gallassini lança livro no Rotary e na Acicam<br />

Biografia escrita pelo jornalista e biógrafo Elias Awad, relata a inspiradora<br />

trajetória do presi<strong>de</strong>nte da maior cooperativa agrícola da América Latina<br />

O<br />

presi<strong>de</strong>nte da <strong>Coamo</strong>,<br />

José Aroldo Gallassini,<br />

lançou a sua biografia<br />

em mais dois eventos. No dia<br />

15 <strong>de</strong> março, a obra foi lançada<br />

no Rotary Clube Campo Mourão<br />

e no dia 20 na Associação<br />

Comercial e Industrial <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão (Acicam). O livro<br />

biográfico “José Aroldo Gallassini<br />

– Uma Visão Compartilhada”,<br />

foi lançado oficialmente<br />

na Assembleia Geral Ordinária<br />

(AGO), em fevereiro.<br />

Os dois eventos foram<br />

prestigiados por autorida<strong>de</strong>s<br />

políticas, religiosas e empresariais.<br />

Gallassini, um dos fundadores<br />

do Rotary Campo<br />

Mourão e colaborador ativo<br />

da Acicam autografou vários<br />

exemplares aos presentes.<br />

No livro escrito pelo<br />

jornalista e biógrafo Elias Awad,<br />

relata a inspiradora trajetória<br />

do presi<strong>de</strong>nte da maior cooperativa<br />

agrícola da América Latina.<br />

Formado em Agronomia,<br />

Gallassini chegou em Campo<br />

Mourão em 1968 como funcionário<br />

da então Acarpa. “Além<br />

da minha trajetória, este livro<br />

mostra ao leitor a importância<br />

do cooperativismo, a partir <strong>de</strong><br />

um jovem que fazia entregas<br />

<strong>de</strong> bicicleta, em Brusque (SC)<br />

e criou, <strong>de</strong>senvolveu e transformou<br />

a <strong>Coamo</strong> em uma das<br />

principais empresas do Paraná<br />

e do país”, sintetiza Gallassini na<br />

apresentação do livro.<br />

Em 286 páginas, o livro<br />

traz relatos <strong>de</strong> pessoas<br />

que convivem com Gallassini<br />

e também conta com quem o<br />

conhece antes mesmo do surgimento<br />

da <strong>Coamo</strong>. “Ele é um<br />

homem humil<strong>de</strong>, muito sério,<br />

honesto e tem muitos valores”,<br />

escreveu Elias Awad na apresentação<br />

do livro.<br />

Gallassini faz questão<br />

<strong>de</strong> frisar que quem li<strong>de</strong>ra uma<br />

cooperativa precisa enten<strong>de</strong>r<br />

que cuida do patrimônio<br />

alheio. “No início do ano procuro<br />

fazer reuniões com nossos<br />

cooperados para explicar<br />

como foi o ano anterior e o que<br />

esperar do próximo. Procuro<br />

ser transparente, mostrando<br />

a realida<strong>de</strong>, mesmo que seja<br />

pessimista, para não criar falsas<br />

expectativas”, justifica.<br />

Ele diz que a publicação<br />

<strong>de</strong> da biografia é para<br />

compartilhar com os leitores<br />

aquilo que realizou e que <strong>de</strong>u<br />

certo, assim como o que apren<strong>de</strong>u<br />

com os erros. “A biografia<br />

permite que as experiências <strong>de</strong><br />

vida fiquem registradas.”<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 51


52 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


CURSOS SOCIAIS<br />

Eventos que integram e geram renda<br />

Sempre motivadas e animadas, as cooperadas,<br />

esposas e filhas <strong>de</strong> cooperados da<br />

<strong>Coamo</strong>, são participativas nos cursos sociais<br />

realizados pela <strong>Coamo</strong> em parceria com o Serviço<br />

Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem do Cooperativismo<br />

(Sescoop). Em toda a área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>, no<br />

Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, elas<br />

sempre encontram um tempo, apesar da rotina <strong>de</strong><br />

trabalho, para marcar presença nesse momento <strong>de</strong><br />

integração e cooperação.<br />

Trufas e bombons, em Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque (Centro do Paraná)<br />

Trufas e bombons, em Dois Irmãos (Oeste do Paraná)<br />

Biscoitos e bolachas <strong>de</strong>coradas, em Faxinal (Centro-Norte do Paraná)<br />

Produtos <strong>de</strong> limpeza, em Juranda (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Ovos <strong>de</strong> Páscoa <strong>de</strong> colher, em Mamborê (Centro-Oeste do Paraná)<br />

Cupcake e tortas doces, em Pitanga (Centro do Paraná)<br />

Risotos e saladas, em São Domingos (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina)<br />

Receitas integrais, em São Pedro do Iguaçu (Oeste do Paraná)<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 53


Pastel Doce<br />

<strong>de</strong> abacaxi<br />

Ingredientes<br />

Massa<br />

½ tablete <strong>de</strong> fermento biológico fresco<br />

50 ml <strong>de</strong> leite<br />

½ xícara (chá) <strong>de</strong> Margarina Extra Cremosa 60%<br />

1 colher (sopa) <strong>de</strong> açúcar<br />

1 colher (café) <strong>de</strong> canela em pó<br />

2 colheres (sopa) <strong>de</strong> água gelada<br />

2 xícaras (chá) <strong>de</strong> Farinha <strong>de</strong> Trigo <strong>Coamo</strong><br />

Recheio<br />

2 xícaras (chá) <strong>de</strong> abacaxi picado<br />

¾ <strong>de</strong> xícara (chá) <strong>de</strong> açúcar<br />

1 cravo<br />

2 gemas para pincelar<br />

1 colher (chá) <strong>de</strong> água para afinar a gema<br />

Açúcar cristal para passar nos pastéis<br />

Modo <strong>de</strong> preparo<br />

Massa: Dissolva o fermento no leite. Junte a margarina, o açúcar,<br />

a canela em pó e a água gelada, e aos poucos adicione a farinha,<br />

amassando até obter uma massa que solte das mãos. Entre dois<br />

plásticos, abra a massa com espessura <strong>de</strong> 3 mm e corte círculos <strong>de</strong><br />

10 cm. Coloque 1 colher (chá) do recheio no centro <strong>de</strong> cada círculo<br />

e pincele clara na borda. Dobre o círculo formando uma meia-lua,<br />

e pressione bem a borda para colar. Coloque-os em uma assa<strong>de</strong>ira<br />

ligeiramente untada e pincele com a gema diluída na água.<br />

Polvilhe com o açúcar e asse no forno preaquecido à temperatura<br />

mo<strong>de</strong>rada (180 ºC) até ficar dourado claro. Se preferir, polvilhe<br />

canela em pó no momento <strong>de</strong> servir.<br />

Recheio: Leve o abacaxi a uma panela e ferva até que fique macio.<br />

Junte o açúcar e o cravo e cozinhe no fogo baixo, mexendo até<br />

obter um doce bem enxuto. Experimente cozinhar o doce com 2<br />

colheres (sopa) <strong>de</strong> coco ralado seco.<br />

Para mais receitas acesse:<br />

www.facebook.com/alimentoscoamo<br />

www.alimentoscoamo.com.br<br />

54 REVISTA<br />

<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong>


DOBRE SUA ATENÇÃO COM PEDESTRES:<br />

ELES SÃO QUASE METADE DAS<br />

VÍTIMAS FATAIS DE TRÂNSITO.<br />

RESPEITE OS PEDESTRES.<br />

Nas cida<strong>de</strong>s gran<strong>de</strong>s, os pe<strong>de</strong>stres representam cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />

dos óbitos relacionados aos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito. Em São Paulo, os<br />

pe<strong>de</strong>stres são 46,42% dos mortos. No Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, eles<br />

representam 43,7% das vítimas fatais Na média nacional, 25% dos<br />

óbitos registrados no trânsito são <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres.<br />

A Via Sollus Corretora <strong>de</strong> Seguros tem soluções<br />

para proteger seus bens e sua vida. Mas o melhor jeito <strong>de</strong> garantir sua<br />

segurança é ter atitu<strong>de</strong>s responsáveis e respeitar as leis <strong>de</strong> trânsito.<br />

Se beber,<br />

não dirija.<br />

Respeite os limites<br />

<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />

Não use celular<br />

ao volante.<br />

Cuidado<br />

ao estacionar.<br />

Para mais informações, acesse:<br />

www.libertyseguros.com.br<br />

Procure a unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> ou Credicoamo mais próxima <strong>de</strong> você.

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