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Harmonização de ambientes com sofisticação
é com a Contemporanea.
Se você é diferente, inovador, moderno e único, isso
significa que já tem o lugar ideal para investir em
móveis planejados em Araraquara - Contemporanea.
Há 8 anos no mercado, a Contemporânea tem sua loja
na Avenida Luís Alberto, 643 – onde alia bom gosto,
requinte e preço justo.
O diferencial já se percebe no atendimento
personalizado, onde o cliente tem suas exigências e
necessidades atendidas de forma pontual.
Um dos pontos altos da marca é a altíssima qualidade,
com variedades de cores e acabamentos que
se encaixam em todos os gostos, primando pela
excelência desde a matéria-prima e oferecendo do
básico ao sofisticado.
A Contemporanea já consolidada no mercado de
móveis planejados tem uma demanda forte de produtos
e serviços, sempre aliando a decoração dos espaços
com a personalidade do dono da casa, levando assim,
mais conforto e funcionalidade para os ambientes
contratados.
Os móveis seguem a necessidade da família, além de
cores, acabamentos e tamanhos definidos de acordo
com as vontades do cliente e as possibilidades da
casa, ganhando com isso, espaço e personalização.
Vale ressaltar que investir em móveis planejados
com a Contemporanea é a melhor opção para
quem busca praticidade e economia, além de
que, apresenta vantagens como combinação de
diferentes funcionalidades em um único móvel,
montagem profissional no local onde os móveis serão
empregados e projetos executados com completa
exclusividade.
O acabamento perfeito dos planejados e a
harmonização com o restante da decoração tornam os
ambientes não apenas charmosos e organizados, mas
também muito sofisticados.
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ÍNDICE
EDIÇÃO N°165 - ABRIL/2019
CAPA
JN Moura em Portugal
SINCOMERCIO
Projeto Conversa de Balcão
HOMENAGEM
Despedida de Elza Karam
SINDICATO RURAL
Vinda de Tirso Meirelles
10 8 14
28
34
Empresa araraquarense instala
sua primeira filial no exterior,
escolhendo Lisboa. Parabéns.
Sérgio Approbato Júnior,
presidente da Fenacon em noite
de papo com empresários
Empreendedora e pioneira em
serviços de buffet parte e deixa
um enorme vazio na comunidade
Presidente do Sebrae e vicepresidente
da FAESP recebido por
lideranças do agronegócio
Editorial
07| Jornalista Ivan Roberto Peroni
comenta a indicação de Aluísio
Braz como ouvidor da Câmara
Direito
16| Política de compliance para que
serve? Advogado Felipe Timpani
tira as dúcidas do leitor
Escola de Música
18| Marcelo Figueiredo assume a
presidência da Associação
Musical José Tescari
Reconhecimento
20| Empresários associados do
Ciesp Regional Araraquara
são homenageados pela entidade
A opção sempre será Saúde e Educação
Doutor Lapena
Embora escolhidas no Orçamento
Participativo em março, Saúde
e Educação, as prioridades do
Quitandinha, ainda dependem de
plenária regional a ser realizada em
maio pela Prefeitura. Em Saúde, o
pedido dos moradores da sub-região
3 da Região 4 foi a construção de
uma unidade de saúde no bairro, pois
os pacientes precisam ir até o Jardim
Morumbi para serem atendidos. Outra
demanda levantada foi a reforma do
CER Concheta Smirne Mendonça, no
tema Educação. Os pedidos das três
Unidade dependerá de aprovação
sub-regiões (Universal, Santana e
Quitandinha) serão levados para
a plenária da Região 4, em 20
de maio, no Salão de Festas da
Paróquia Nossa Senhora do Carmo.
Refeito de várias cirurgias e disposto a
enfrentar as urnas como candidato a
prefeito, o médico Luiz Cláudio Lapena
entra na lista dos prováveis concorrentes
no ano que vem. O rumo partidário
parece ser uma incógnita, contudo
uma das siglas dispostas em tê-lo como
“soldado” é o Patriota, do qual faz parte
Valdir Massucato, extremamente crítico
ao atual regime de governo municipal.
Lapena também tem suas discrepâncias
com a antiga política sustentada por
Barbieri, Massafera e Edinho Silva, que
têm se revezado no Poder.
|4
DA REDAÇÃO
AGRONEGÓCIO
Feplana empossa diretoria
40
Nicolau de Souza Freitas e Luís
Henrique Scabello de Oliveira
tomam posse em Brasília
Casamento é bom?
24| Casal Deolinda-Argemiro
de Freitas pode responder ao
comemorar 60 anos de união
GRANDES BANDAS
A história do NC Som
52
Ney Castellucci comandou no
final dos anos 60 o conjunto que
era xodó na alta sociedade
O Senhor do Futebol
30| Sessenta anos depois Dudu volta
ao Estádio da Fonte para recordar
como tudo começou
por: Sônia Maria Marques
Cemitério de Vagões no centro da
cidade, até quando meu Deus?
Sob a responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes), autarquia federal brasileira
vinculada ao Ministério da Infraestrutura, o Cemitério de
Vagões criado na região central de Araraquara demonstra
a falta de habilidade dos nossos políticos em buscar solução
para um impasse que dura anos.
Se há um fato de ordem jurídica e acentuada preocupação
por bens materiais, é verdade que a Saúde Pública está
acima destes interesses e nos sentimos pequenos em afrontar
leis que em determinados casos parecem desconhecer os
riscos que podem atingir a população.
A retirada dos trilhos que era um sonho do prefeito Waldemar
De Santi (e começou no seu mandato), hoje apodrece na rota
da desgovernança; entra prefeito, sai prefeito e o projeto que
prevê a transformação do lugar num parque nada mais é que
um pesadelo colocando em risco a vida das pessoas.
As mortes causadas pela dengue pouco ou nada sensibilizam
os políticos e o próprio Ministério Público que deveriam
agir pelo bem da comunidade. O que falamos não deve
ser interpretado como crítica, mas sim como alerta aos
problemas que vagões abandonados causam aos nossos
habitantes.
A nova loja do Savegnago
Construção como se
fosse uma operação de
guerra é o que se vê em
nossas passagens pela
Avenida 36, próximo ao
Balão da Castro Alves.
Ali o majestoso prédio
do Savegnago está
sendo erguido, seguindo
padrões de modernidade
dos grandes mercados
brasileiros, num desafio
ao Tonin Atacadão,
que tem prezado por
qualidade e preços
acessíveis. O Savegnago
investe cerca de R$ 30
milhões nesta sua terceira
loja em Araraquara; a
empresa que conta com
40 lojas espalhadas no
Estado, deverá gerar
230 empregos diretos
no mercado da 36. É
importante lembrar que o
ramo de supermercados
foi o que mais faturou
em nossa cidade no ano
passado.
Em 2018, a rede
supermercadista faturou
cerca de R$ 3 bilhões,
confirmando a previsão
de um crescimento de
30% no faturamento
até o final do próximo
ano com a inauguração
anunciada para o segundo
semestre em Araraquara.
“Nosso objetivo é que a
rede esteja entre as 10
maiores do Brasil”, declara
o presidente executivo
Chalim Savegnago à
nossa revista.
Jovens, hoje com 20 anos de idade, estavam nascendo e se
habituando em “ouvir contar que um certo dia jogou-se fora
recurso público para nada se fazer ou conseguir”. É pena.
Portal RCIARARAQUARA.COM
Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni
Supervisora Editorial: Sônia Marques
Editor: Suze Timpani
Design: Bete Campos e Érica Menezes
PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433
Tiragem: 5 mil exemplares
Impressão: Gráfica Bolsoni - (16) 3303 5900
A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio
é distribuida gratuitamente em Araraquara e região
* COORDENAÇÃO, EDITORAÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE
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marzo@marzo.com.br
Investimento
de R$ 30
milhões na
Avenida 36
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EDITORIAL
por: Ivan Roberto Peroni
Ouvidoria da Câmara: não dá para se amar todos os
Senhores ao mesmo tempo, alguém será barrado no baile.
Indicação de Aluísio Braz, o Boi, para assumir a ouvidoria da Câmara Municipal, em se tratando de
um político, representa um golpe na oposição dentro do Legislativo e expressa a troca de gentilezas
entre dois partidos - MDB e PT, que parecem marchar juntos em direção às eleições municipais de
2020. Não vamos questionar as qualidades pessoais do indicado que sempre demonstrou retidão e
seriedade no Legislativo como vereador e no Executivo atuando com Marcelo Barbieri.
O ato da escolha sim, podemos
comentar, pelas circunstâncias
em que ela foi realizada. A
Ouvidoria quer nos parecer como o
funcionamento – neste caso – uma
ponte entre o cidadão e a Câmara
Municipal, intermediando o diálogo
entre as partes mencionadas. Assim,
o Boi vai ouvir o cidadão, registrar a
demanda, terá que fazer um exame
de admissibilidade, encaminhará
a manifestação à unidade técnica
responsável pelo problema
(geralmente só é problema) e dentro
do prazo regimental, o órgão
técnico responderá ao ouvidor que
avaliará a resposta e, caso esteja
adequada, transmitirá ao cidadão.
É fato que nenhuma Ouvidoria
realiza trabalho de auditoria,
corregedoria ou comissão de ética,
pois depende de parecer técnico.
Mas, quando se olha a verdadeira
função que norteia um Ouvidor
na esfera legislativa, sabe-se que
seu papel é receber denúncias,
reclamações e representações
sobre atos considerados arbitrários,
desonestos, indecorosos, ilegais,
irregulares ou que violem os
direitos individuais ou coletivos, praticados por servidores civis e militares da
Administração Pública Municipal direta e indireta.
Mas não é só: uma Ouvidoria quando criada para exercer de fato seu papel
junto à comunidade, tem por objetivo assegurar, de modo permanente e
eficaz, a preservação dos princípios da legalidade, moralidade e eficiência
dos atos dos agentes da Administração Direta e Indireta, inclusive das
empresas públicas e sociedades nas quais o Município detenha capital
majoritário, e entidades privadas de qualquer natureza que operem com
recursos públicos, na prestação de serviços à população.
Levando-se em conta que o Ouvidor deve atuar com autonomia,
imparcialidade e justiça, propondo sempre ações para melhorar o
desempenho dos procedimentos administrativos com base nas demandas
apresentadas a ele, é natural que se pergunte – o Boi terá coragem de
enfrentar todos os tipos de problemas ou denúncias?
Se perguntar não ofende, por que a escolha de um Ouvidor não se baseou
na contratação de alguém fora da política, sem vínculos partidários ou
relações de amizades? É estranho que na antessala eleitoral cria-se um
cargo com despesas que superam R$ 7 mil mensais, nomeando-se
um político de expressão, trajetória limpa, forçado provavelmente a
manipulações que contrastam com mágoas (afinal não agradou a todos) e
disposto a ter sua carreira maculada, pois é impossível amar ou servir todos
os Senhores (vereadores) ao mesmo tempo. Ainda mais quando se fala da
proximidade eleitoral de PT e MDB em 2020, com sua indicação para ser vice
do atual prefeito Edinho em uma comentada reeleição.
Caso assim parece andar na contramão da história, batendo de frente
com os movimentos nas ruas em que existe o clamor contra atos que não
condizem com uma política séria, descompromissada. Mas enfim...
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Nova sede da JN Moura Sistemas de Gestão,
no bairro do Santana, ratificando seu
crescimento e contribuição ao desenvolvimento
econômico da cidade
Loja na Via Expressa, 656
MATÉRIA DE CAPA
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JN MOURA SISTEMA DE GESTÃO
Visando mercado internacional,
empresa inaugura filial em Portugal
A Moura inaugura seu
complexo tecnológico,
anuncia inauguração da
primeira filial internacional
em Lisboa e já sinaliza
chegada na Espanha e
Itália. Um orgulho para a
nossa cidade.
A JN Moura Sistemas de Gestão
acaba de inaugurar sua primeira
sede internacional: Lisboa, em Portugal.
Para a diretoria da empresa, a
expansão das atividades no exterior
não reflete apenas o momento de fortalecimento
e euforia, mas contribui
para propagar os serviços de alta tecnologia
desenvolvidos pela Moura em
nossa cidade, já utilizados em grandes
cidades brasileiras e com penetração
no mercado europeu, comenta
Felipe Moura, diretor da empresa.
Já era um sonho da família Moura
desde o início, sendo uma empresa
de tecnologia araraquarense, ir em
busca de inovações no exterior e
trazê-las para o país, no entanto, a
software house percebeu o potencial
de seus produtos em auxiliar o varejo,
não apenas do Brasil, mas também
em outros países.
No final de março, indagado se a
abertura da loja teria sido um processo
árduo, com a escolha do país certo
para se fazer tamanho investimento,
Felipe Moura explicou que toda concepção
foi fundamentada em muito
estudo, e os pontos positivos para a
implantação da primeira filial internacional
culminaram na indicação de
Portugal. Neste caso, alguns pontos
pesaram para a definição, como facilidade
do idioma, acordo de incentivo
fiscal entre os países e o fato de Portugal
estar geograficamente bem localizado
como uma porta de entrada
para outros países da Europa.
Após indicação de Portugal é verdade
que começaram os maiores
desafios, um deles a homologação
de acesso, ou seja, a obtenção do certificado
português para o comércio de
softwares de automação comercial.
Com essa concessão, a Moura projeta
a ampliação do seu escritório em
Lisboa, contribuindo com a economia
do país ao gerar renda e empregos.
Contudo, a expansão já indica o
acesso em outros mercados, como
Itália e Espanha. “Os dois países que
mantêm vínculos com o Brasil por
conta dos traços imigratórios, fazem
parte de novos projetos já há algum
tempo, e o assunto nunca esteve tão
quente, principalmente por conta da
experiência adquirida com a inauguração
da filial em Portugal”, justifica
o diretor da empresa.
Por outro lado, é importante
ressaltar para contribuição que a
JN Moura Sistemas de Gestão tem
proporcionado a nossa cidade nesse
cenário de expansão internacional.
Observa-se de forma resumida, que
ela tem contribuído para a notoriedade
de Araraquara dando-lhe a marca
de um polo de tecnologia internacional,
assim como o programa AWS
Educated, que é e sempre será, uma
prioridade. “Nosso modo de atingir
tais objetivos é através de conquistas,
como a expansão para Portugal ou
mesmo gerando novas oportunidades
de emprego nas áreas de tecnologia”,
explica Felipe.
A EMPRESA
A imagem exibe o Palácio Nacional de Sintra, que fica localizado em Lisboa, mesma cidade
onde a JN Moura Sistemas de Gestão inaugurou sua primeira sede internacional. A arte
mostra a logo da empresa se entrelaçando no ponto turístico, de maneira a dar a intenção
de pertencimento.
Dois momentos importantes
na vida do fundador da
empresa: José Natal de
Moura e o filho Felipe
recebendo a homenagem do
Ciesp Araraquara e na foto
abaixo, a entrega do título de
“Cidadão Araraquarense”
pelos serviços prestados à
nossa comunidade.
Recentemente a Moura abriu as
portas do seu novo prédio, com instalações
e padrões que a atividade
exige. A sede marca um cenário de
prosperidade que hoje está presente
em 591 municípios de todos os estados
brasileiros, além das operações
em Portugal. Em breve, está previsto
que o complexo abrigue também um
prédio de inovação e pesquisa, além
de outros edifícios. “Seguimos levando
nossas soluções e nos posicionando
entre as principais companhias de
tecnologia do país”, afirma José Natal
de Moura, fundador e diretor da Moura
Informática. Ao longo da sua vida,
ele sempre disse: “Enxergamos a necessidade
de termos um espaço físico
que comporte essa nova realidade,
e a mudança vem como um marco
importante na nossa história”.
História que teve início há 28
anos, quando a Moura iniciou suas
operações em Araraquara como companhia
especializada em treinamento
na área de informática.
Pouco tempo depois, a empresa
deu início ao desenvolvimento de
sistemas para automação comercial,
que eram desenvolvidos pelo próprio
Moura e seu filho, Felipe. Logo no
início das operações, eles chegaram
a vender 120 sistemas em um mês.
A qualidade das inovações desenvolvidas
fez a demanda pelas soluções
da empresa evoluir ao longo do
tempo. Hoje, o time da Moura conta
com 520 integrantes em todo o Brasil,
entre funcionários, consultores,
representantes e parceiros.
A companhia baseou sua estratégia
no desenvolvimento de softwares
adaptados para diferentes segmentos
de mercado, o que levou à criação de
divisões especializadas em setores
como agronegócio, franquias, varejo,
pet shops e clínicas veterinárias,
postos de combustível, gestão pública,
educação, bibliotecas, farmácias,
magazines e outros. Entre os clientes,
estão grandes marcas como as redes
Petz e Vestcasa.
RECONHECIMENTO
“Nosso crescimento é apoiado por
dois aspectos importantes: primeiro,
buscamos sempre nos colocar na
vanguarda das inovações para automação
comercial, que foi o caso
quando começamos a trabalhar com
tecnologias como leitura RFID e sistemas
de provador inteligente para lojas
de roupas”, explica Moura.
“Além disso, acreditamos que
parcerias duradouras com nossos
públicos interno e externo nos levam
a colher frutos positivos.
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Presidente Luís Henrique Scabello de Oliveira na abertura da assembleia com seus diretores Olavo Cavalcanti Pereira de Córdis, Tatiana
Caiano Teixeira Campos Leite e Romualdo Luiz Vanalli Polez
FUGINDO DO TRIVIAL
Canasol inova e completa sua
assembleia com samba e feijoada
Em perfeita combinação com o gosto popular e mostrando coesão nas suas iniciativas, uma
vez mais a Canasol foge do costumeiro e organiza para os associados uma assembleia
regada à samba e feijoada, após discussão dos temas que consolidam propósitos de união
da classe.
A Assembleia Geral Ordinária realizada
em março (2) pela Canasol, neste
ano teve características bem diferentes.
Além da aprovação de contas referentes
ao ano passado (2018), por
unanimidade, o encontro serviu para
que os associados tivessem conhecimento
das ações da diretoria, algumas
delas ligadas ao campo jurídico, em
defesa dos direitos dos plantadores e
fornecedores de cana.
Além disso, em se tratanto de um
período carnavalesco, a diretoria privilegiou
seus associados com almoço,
em que o cardápio foi do agrado de
todos: feijoada ao som de Carlos Cavaco
(A Voz do Samba) e Convidados,
tornando o sábado de carnaval ainda
Luís Henrique Scabello de Oliveira,
Romualdo Luiz Vanalli Polez, Nicolau de
Souza Freitas, Tatiana Caiano Teixeira
Campos Leite, Ivo Munaretti Junior e Jorge
Luiz Piquera Lozano
mais atraente.
Em sua saudação aos associados
e representando a diretoria, o presidente
Luís Henrique Scabello de Oliveira
destacou o papel importante dos
produtores, dizendo que mediante o
apoio da classe, é que a entidade tem
conquistado seu espaço e debatido as
questões atinentes à cultura da cana.
“Sabemos o quanto tem sido difícil
o trabalho de vocês, afinal fazemos
parte desta atividade, porém, há de
se reconhecer que somente a união
de todos permitirá que alcancemos
através do diálogo, as melhorias que
conclamamos”, salientou o dirigente
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da Canasol.
Cumprimentado pela forma ética
e transparente com que a diretoria
tem se comportado, Luís Henrique
argumentou que embora os desafios
sejam permanentes, é verdade que há
muita disposição de todos em superar
os obstáculos, tornando a classe mais
fortalecida.
A observação feita por grande parte
dos associados, é compreendida
pertinente neste momento em que
a Canasol ganha projeção e notoriedade.
Esta diretoria não tem medido
esforços para criar estratégias e se
aprofundar na discussão de políticas
que dão sustentação aos anseios da
entidade tornar-se extremamente conhecida
por defender os interesses
dos fornecedores de cana.
Por parte dos associados ainda
há o reconhecimento de que a integração
é o caminho mais prático para
o empoderamento: conhecimento,
transparência e ética se ajustam aos
interesses coletivos e demonstram
a valorização que se dá ao trabalho
realizado pela diretoria.
De fato a representatividade da
associação hoje está presente no
círculo dos debates nacionais, pois
a Canasol tem seu espaço garantido
na Feplana e na Câmara Setorial
da Cadeia Produtiva do Açúcar e do
Álcool, em Brasília. Isso significa que
o seu fortalecimento se dá de forma
equilibrada e voltada para a defesa
dos interesses da classe. “Estamos
presentes em uma das mais importantes
regiões do Estado e graças à
união de todos é que atingimos os
nossos objetivos”, diz Luís Henrique.
Carlos do
Cavaco (A Voz
do Samba)
e Amigos
animando a
feijoada servida
logo após a
assembleia.
Era sábado de
carnaval.
Dialogar com o fornecedor de cana
tem sido uma brilhante iniciativa
desta diretoria para a discussão
dos problemas da classe. Na foto
acima, Luís Henrique conversa com o
produtor Valdemar Pereira
Herbert Muller
Júnior, em nome
da Credicentro,
saúda os diretores
da Canasol
Jorge Luíz Piquera Lozano, o casal Iracema-
Nicolau de Souza Freitas e o filho João
Henrique, diretores do Sindicato Rural
Domingos Baú
e a esposa
Cecilia
Gregório Serafini, Lautinê Antonelli (Toni), Guilherme Lui de Paula Bueno,
Selimara Heloísa Borges, Fernanda Origuella, Edna Berta e Luiz Alberto Pereira,
colaboradores da Canasol
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AGREGANDO VALORES
Sincomercio recebeu o presidente da
Fenacon para Conversa de Balcão
Com o objetivo de ter uma convivência plena e saudável com o setor varejista e segmentos
que sustentam a economia regional, o Sincomercio trouxe em março para um bate-papo
com contabilistas e empresários, o administrador de empresas Sérgio Approbato Júnior
Approbato durante a palestra e o registro da sua chegada ao Sincomercio acompanhado do
presidente Antonio Deliza Neto
No dia 20 de março a diretoria do
Sincomercio (Sindicato do Comércio
Varejista de Araraquara), trouxe para
sua “Conversa de Balcão” o palestrante
Sérgio Approbato Machado Junior,
que atualmente ocupa a presidência
da Federação Nacional das Empresas
de Serviços Contábeis (Fenacon) desde
2018, indo seu mandato até 2022.
Sérgio que tem um forte vínculo de
trabalho e amizade com a nossa cidade,
principalmente com Ivo Dall’Acqua,
diretor da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC) e vice-presidente da Fecomercio,
aceitou o convite para vir a Araraquara,
considerando segundo ele
próprio que aqui estava “mais para um
papo que palestra”. No entanto, trouxe
para o debate contextos primordiais à
classe dos contabilistas e empresários
da área comercial, agradando a todos
os presentes ao proveitoso encontro.
Approbato apresentou inicialmente
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aos participantes do encontro a entidade
que representa, a Fenacon, instituição
de serviços, demonstrando
que a contabilidade tem uma relação
com toda a cadeia produtiva do país,
indústria, serviços e comércio.
Falou sobre a questão sindical, e
no que afeta a não contribuição, e que
tem um trabalho nesse sentido que
pretende dar sequência em Brasília.
Lembrou que quem não conhece o
meio contabilista acredita que a classe
é o alicerce da burocracia, mas prova
que isso é lenda.
O palestrante falou também sobre
o mundo futurista e digital que se
apresenta, tendências em comércio
eletrônico e como o país vem se relacionando
com as novidades. Deixou
claro que todos devem estar envolvidos
nas mudanças tecnológicas:
“Não podemos ficar ausentes deste
movimento”, explicou.
Sobre o momento político por qual
o país passa, Approbato considera
“estar melhor do que estava com a
mudança de governo e a tendência à
direita, ele assegura que o Brasil caminha
em direção do mesmo contexto
da maioria dos países, que tem deixado
o socialismo. Para o palestrante,
embora o partido do atual presidente
não tenha tradição, Bolsonaro escolheu
muita gente boa no mercado para
assessorá-lo, e por não fazer parte de
um partido tradicional, tem ouvido a
todos. “Isso é um aspecto positivo.
Dentro da equipe econômica, ele tem
hoje os melhores do mercado financeiro”,
ressaltou.
Para Approbato, aspecto ruim
desse governo às vezes são algumas
gafes e isso gera instabilidade e pode
impactar negativamente, politicamente
falando. “A essência de Brasília é
política, se ele não souber fazer boas
costuras, terá problemas nas aprovações
de projetos”, afirmou.
Sérgio diz que ainda que sendo
eleito um presidente com este perfil,
tem uma visão otimista do Governo
reafirmando que vê Bolsonaro cercado
de gente boa como o Ministro da
Walter Francisco Orloski, diretor administrativo do Sicoob, no evento fez uma apresentação
da cooperativa financeira localizada na Avenida Barroso e dos serviços prestados
Economia Paulo Guedes, que fez uma
apresentação brilhante dos nossos
projetos para o futuro e muito séria
nos EUA.
Durante a palestra, argumentou
que há necessidade de se alterar a
forma de comunicação dentro do Governo,
amenizando a participação em
redes sociais para mostrar governança;
“isso está faltando no momento,
mas acreditamos em uma retomada,
o que será bom para todos”.
Sobre a reforma da Previdência, o
palestrante ainda não sabe se o Governo
conseguirá aprová-la nos próximos
meses: “Bolsonaro já está trazendo
não da forma como queria, apresentando
nova proposta para os militares,
criando um clima pouco seguro em
Brasília, mas, o Brasil aposta nesta
reforma. Tem muita gente nova na
capital federal, com garra e vontade
de apresentar bons projetos e poder
assim contribuir com o país, que é o
que todos nós pretendemos”.
O empresário contábil e administrador
de empresas, Sérgio Approbato
Machado Júnior, atua há mais de 30
anos como empresário contábil na
Approbato & Fischer Contabilistas
Associados. Desde 1998 trabalha
ativamente na defesa e valorização
do empreendedorismo.
AGRADECIMENTO
Em nome da diretoria do Sincomercio,
o presidente Antonio Deliza
Neto, além das boas-vindas ao palestrante,
agradeceu a forma com que
ele dirigiu o debate e ressaltou que
todos nós acreditamos na realização
das reformas que são extremamente
necessárias para o desenvolvimento
da economia; “Isso vai nos dar mais
segurança para enfrentarmos o futuro”,
considerou.
SERVIÇO
Sindicato do Comércio Varejista de
Araraquara (Sincomercio)
Avenida São Paulo, 660 • Centro
Contato: (16) 3334 7070
sincomercio@sincomercioararaquara.com.br
www.sincomercioararaquara.com.br
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O QUE VEM POR AÍ
O que é política de compliance e
para que serve?
Em março o advogado Felipe Timpani de Souza e Silva,
pós graduando em Compliance, aceitou o convite da
nossa revista para explicar o que significa este termo que
tardiamente chega ao Brasil.
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Mais do que um procedimento de
adequação, o programa busca potencializar
a efetividade, produtividade e
confiança das empresas. A legislação
impõe diversas responsabilidades
às companhias e seus gestores. Em
razão disso, procuramos explicações
com o advogado Felipe Timpani de
Souza e Silva que é pós graduando em
Compliance pelo IBEMEC/SP, para que
não paire dúvidas no empresariado a
respeito de um assunto.
O termo Compliance, de forma
literal, tem origem no inglês to comply,
que significa agir de acordo com
a lei, segundo o advogado, é estar em
conformidade com as regras internas,
os procedimentos éticos e normativos
vigentes.
Contudo, Felipe ressalta que não
podemos considerar a expressão
compliance apenas em seu significado
literal, pois a terminologia está
muito além do simples cumprimento
de regras formais. Seu alcance é
mais amplo, e deve ser compreendido
de forma sistêmica, como um
instrumento de redução e controle dos
riscos, preservação dos valores éticos
e sustentabilidade corporativa, tendo
como objetivo principal, a preservação
da continuidade do negócio e também
dos interesses dos stakholders.
Segundo ele o compliance tem
ganhado destaque no cenário mundial
e, mais recentemente, também
no Brasil, com o advento da lei
12.846/2013 que foi regulamentada
pelo decreto 8.420/2015, transformando
o que seria uma tendência de
imposição de regras ao meio empresarial,
em uma nova realidade, exigindo
práticas a um novo modelo de gestão.
Esse plano então, veio tornar
o ambiente empresarial cada vez
mais alinhado ao mercado global,
dentro de uma gestão ética
e efetiva das necessidades de
mercado, independentemente
do segmento em que se atue.
AGRONEGÓCIO
O compliance officer salienta que
dentro do Agronegócio, o programa
vem ganhando seu espaço, e que
em 2018 o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – MAPA,
deu um grande passo, buscando
valorizar a boa governança e a
implementação do programa nas
empresas, criando o Programa Agro +
Integridade. “Tratando-se de uma reação
do Ministério após o escândalo
de consequências desastrosas para a
economia e reputação do País, na operação
deflagrada pela Polícia Federal
em 2017 denominada “Carne Fraca”.
Os principais requisitos para participar
do Programa Agro + Integridades são:
comprovar que a empresa adota o programa,
que utiliza canais de denúncia,
faz treinamentos para mudar a cultura
organizacional e que atue com
Felipe Timpani de Souza e Silva, pós
graduando em Compliance
responsabilidade social e ambiental.
“Estamos ainda caminhando lentamente,
em outubro de 2018, apenas
onze empresas foram certificadas com
o Selo Agro + Integridade pelo MAPA”-
explica o advogado.
Apesar da adoção do projeto estar
em alta dentro das grandes empresas
e agronegócio, Felipe afirma que “em
um futuro muito próximo, as empresas
que não adotarem uma conduta ética
e transparente, principalmente (mas
não somente) aquelas que possuem
relação com o Poder Público, estarão
praticamente fora do mercado. Após
os inúmeros escândalos de corrupção
no Brasil, fez com que a sociedade
tivesse maior interesse em saber de
onde vem os produtos, como é o relacionamento
das empresas com seus
funcionários e aos poucos essa nova
cultura vai integrar-se naturalmente
às rotinas industriais e promover uma
transformação que impacta toda a
sociedade, do empresário ao consumidor
final”.
17|
Jader José de Oliveira,
Alessandro Cesar de
Souza Pena, Joel Aranha
e Marcelo Figueiredo
em nossa redação,
juntos na organização
da Associação Musical
Maestro José Tescari
Logomarca da Associação
Musical Maestro José
Tescari, criado pela WL
Publicidade
ENTRANDO PARA A HISTÓRIA
Do sonho à realidade. Araraquara
vê nascer uma Escola de Música
A história na redação começa com a chegada de Marcelo Pereira de Córdis Figueiredo,
presidente do Rotary Club de Araraquara Morada do Sol. Vem acompanhado do empresário
Joel Aranha e do músico Jader José de Oliveira. Não demorou e chega Alessandro Cesar de
Souza Pena com seu Sousafone (tuba) anunciando que a escola está criada.
A Associação Musical Maestro
José Tescari montada para dar vida
a uma escola de música e com isso
tirar das ruas crianças que queiram
se tornar grandes músicos, já é realidade
em Araraquara. Na presidência
da associação está Marcelo Pereira
de Córdis Figueiredo e na vice Joel
Roberto Aranha, que trabalham
incansavelmente para que tudo saia
conforme manda a legislação.
O staff que compõe o quadro da
instituição é formado por voluntários,
como professores e coordenadores.
A ideia despertou também a solidariedade
de muitas pessoas que
já doaram 5 violões, 1 saxofone, 1
piano, 1 violino, 2 teclados e alguns
instrumentos de percussão. Existem
também pessoas que são apegadas
a seus instrumentos e estão empres-
tando para a escola se utilizar e
mantê-los. Um exemplo é o neto do
maestro José Tescari, que emprestou
o piano original do músico, que inclusive
já está sendo reformado. Seu
bisneto também emprestou um violino.
“Sem contar que algumas lojas
de produtos musicais também pretendem
ajudar”, diz Joel. A escola já
tem endereço definido - será na casa
onde morou a família Tescari - Rua
Carlos Gomes, 1116, entre avenidas
XV de Novembro e Sete de Setembro,
de propriedade do empresário Valter
Merlos, um dos entusiastas do projeto
e incentivador do movimento que
monopoliza as atenções dos rotarys
clubes em Araraquara. Na realidade,
essa escola será a base preparatória
para alunos que queiram cursar
uma faculdade como Tatuí.
Alessandro Cesar de Souza Pena
que é músico e integrante da banda
do Senai, que também participará
como professor, traz o tom profissional,
onde acredita que os alunos não
devam aprender apenas de ouvido e
sim de forma profissional, para caso
queiram seguir carreira e cursar uma
faculdade como Tatuí.
Para dar um “up grade” vem
também do Senai, Edson Penteado,
renomado maestro, tendo ele a
capacidade para reconhecer quais
crianças, tenham um feeling apurado.
A associação pretende fazer um
trabalho de peneira nos bairros, e
junto às escolas, trazendo de volta
os bons tempos das bandas escolares,
sem contar que a associação
também terá a sua banda, e que
|18
segundo a diretoria, será com certeza
uma das melhores, para que
nela se inspirem as crianças.
O projeto contemplará a criança
que tenha dificuldade financeira
e vontade para estudar música: a
idade mínima fica em torno de 7
anos, pois tem que ser alfabetizada
para que entenda as partituras.
Boas notas escolares é um dos critérios
exigidos. A associação contará
também com reforço escolar, aulas
de inglês e apoio psicológico.
“Nós já tivemos a Banda Marcial
Dragões de Araraquara, e vamos
trabalhar juntamente com o Senai
e o maestro Penteado para introduzirmos
na cidade essa disciplina,
quebrar o conceito de que se ouve
uma música no rádio e sai tocando,
isso quebra etapas e lá na frente
poderá apresentar dificuldades ao
músico, pois não é todo mundo que
tem um ouvido absoluto”, afirma
Alessandro.
A intenção da associação também
é fazer parceria com a fábrica
de instrumentos musicais
Yamaha, por meio do Rotary,
que tem ajudado muito
nesse projeto trazendo à
tona a responsabilidade
social.
Para o presidente Marcelo
Figueiredo, a ideia é
dar condições a essas crianças,
e sem nenhuma ligação
com política, “queremos despertar
nesses jovens a música, a cultura e
deixar evidente que existem novos
caminhos, dando outro prisma de
vida e uma profissão”.
O diretor executivo do Alfa-
Quebec Projetos Sociais, Jader José
de Oliveira, que será um dos responsáveis
pelos projetos musicais
da associação, diz que tudo começa
com a música e aos poucos aparecem
as necessidades das crianças,
que devem ser atendidas pela entidade.
“Tudo está sendo construído
com seriedade para dar sustentabilidade
a esse projeto que emociona
a todos nós”.
Na foto acima, a residência do Maestro José
Tescari nos anos 50 adquirida agora pelo
empresário Valter Merlos, que cede para ser
a Escola de Música de Araraquara
19|
ERA DIA DE FESTA
Honra ao mérito para
esta brava gente
Alguém já disse que “só chega à primavera quem
souber suportar o rigor do inverno”. A vida empresarial,
principalmente dos pequenos, tem sido assim: de
dificuldades e muitas lutas. Mas também de conquistas.
Esta é uma das mais fortes
razões de estarmos aqui,
neste trabalho de interação
e acima de tudo de união e
fortalecimento da classe.
Jamais sairemos do foco de
reconhecer e homenagear os
nossos associados.
Ademir Ramos da Silva
Diretor Regional do Ciesp
Marcos Henrique Crisci (esposa Dulce),
da Fábrica de Essências Crisci, há 70 anos
associada do Ciesp, homenageada por
Helton Ramos da Silva, Ademir Ramos da
Silva e João Carlos Costa (Regional Ciesp)
Em um histórico acontecimento
realizado na Ópera Choperia para
comemorar os 65 anos de instalação
da Regional do Ciesp em Araraquara,
o que não faltou foi uma enorme quantidade
de boas recordações, serviços
prestados e obras que perpetuam a
saga empresarial.
Foi também a noite em homenagens
aos associados com mais de 10
anos de Ciesp (Centro das Indústrias
do Estado de São Paulo). Ademir
Ramos prestou homenagens a grandes
nomes da indústria da região,
entre eles, Marcos Henrique Crisci,
diretor presidente da Essências Crisci,
empresa que há 70 anos é associada
da entidade.
Também foram homenageadas
as empresas Citropack Indústria e
Comércio de Embalagem (20 anos);
Fundição BB (30 anos); JN Moura
Informática (10 anos); Laminação
Araraquara (10 anos); Pulit Indústria
e Comércio (10 anos); Indústria de
Pistões Rocatti (20 anos) e Siatec
Indústria, Comércio e Exportadora
de Máquinas (20 anos). Cada um dos
representantes recebeu placas alusivas
ao período de associação com a
entidade.
Fundição BB, de Monte Alto, empresa com
mais de 30 anos de experiência no mercado
de fundidos, representada por seu diretor
José Antonio Barbizan e esposa Suely
José Natal de Moura e o filho Felipe
recebendo a homenagem do Ciesp. Há
10 anos a Moura Informática faz parte do
quadro associativo do Ciesp
Homenagem à Siatec Indústria, Comércio
e Exportadora de Máquinas (20 anos).
A empresa foi representada por Jiovani
Dadério e Veridiana Gehring
A Citropack, que atua desde 1994 no setor
de embalagens, foi representada por seus
diretores Rose Mary Paganine e Paulo
Henrique Edmundo, pelos seus 20 anos
de associada
Vinicius Ramos da Silva, da Laminação
Araraquara, recebendo placa alusiva aos 10
anos de associada do Ciesp
Vilage Marcas e Patentes que tem
participação ativa na vida empresarial da
cidade, associada há 10 anos, recebeu a
homenagem por seu diretor Luís Augusto
Cirelli e pelo consultor Diego Lima
|20
POLÍTICA
Rafael de Angeli, os dois
primeiros anos de mandato
A 18 meses das eleições municipais, a Revista Comércio,
Indústria e Agronegócio de forma democrática e
consciente da sua responsabilidade, abre espaço para
que os atuais vereadores prestem contas das suas
atividades nestes dois anos de mandato.
Vereador Paulo
Landim, do PT
Rafael de Angeli nasceu em
Araraquara e com 38 anos, é um dos
vereadores mais jovens que já passaram
pela Câmara. É graduado em
Publicidade e Propaganda, e além de
publicitário, é empresário e músico,
sendo produtor e vocalista da banda
católica gospel “Canal da Graça”,
que promove eventos beneficentes e
de evangelização por todo o Brasil,
colaborando com obras sociais e
assistenciais por meio da música,
além de cantar em missas nas
Paróquias Nossa Senhora do Carmo
e Sagrada Família, em nossa cidade.
RENOVAÇÃO CRISTÃ
Em 2016, foi eleito para o seu
primeiro mandato com 1.177 votos.
Sentiu-se chamado para a política,
atendendo a um pedido do Papa
Francisco para que os cristãos entrassem
nela com espírito evangélico,
assumindo papéis na sociedade para
ajudar o próximo.
VEREADOR PRA FRENTE
Rafael tem como características o
Luta contra os
canudos de
plástico
gosto pela tecnologia e pela modernização,
a defesa do meio ambiente e a
valorização dos jovens na sociedade.
Seu mandato reflete em seu estilo.
Em sua campanha, em 2016, produziu
e divulgou, em suas redes sociais,
diversos vídeos onde abordava suas
propostas, perspectivas para uma
Araraquara melhor e mais justa, e
convidava a população a discutir
temas importantes para a cidade.
Atualmente, em sua rotina administrativa
na Câmara, é o único vereador
que utiliza a tecnologia a favor do
meio ambiente, pois evita montanhas
de impressões de projetos, requerimentos
e outros documentos, em
sessões e no dia a dia, utilizando seu
laptop, smartphone e tablet, integrados
ao seu gabinete.
PROJETOS E AÇÕES
De Angeli é avesso aos números
ou do famoso “toma-lá-da-cá”. Seu
mandato é composto por eficiência
e pela representatividade da população.
Dentre seus principais projetos,
citamos os mais importantes:
- Abertura para UBER e 99 Táxi.
Se hoje a empresa Uber está em
Araraquara, foi pela luta que Rafael
travou em 2017 e 2018 para trazer
tecnologia, mais oportunidades de
empregos, facilidade de locomoção
barata, de qualidade e rápida para
todos.
- Obrigatoriedade do fornecimento
de toucas em moto taxis.
Lei Ordinária nº 9293, estabelecendo
a obrigatoriedade de
fornecimento de toucas pelos moto
Rafael de Angeli, vereador pelo PSDB, diz
que sentiu-se chamado para a política,
atendendo a um pedido do Papa Francisco
taxis no município.
O vereador está com um Projeto de
Lei para proibição dos canudos plásticos
em Araraquara, que devem ser
substituídos por canudos biodegradáveis
(que custam apenas 1 centavo
a mais que os comuns), ou canudos
reutilizáveis de uso individual, como
os de inox, alumínio e bambu. Tudo
indica que o projeto será aprovado
por unanimidade, na Câmara, e que
essa seja uma nova realidade em
Araraquara, já presente em diversas
cidades e estados do País.
CONTATOS
Para conhecer mais sobre estes
e outros projetos apresentados pelo
vereador Rafael de Angeli e também
as ações de todo o mandato, acesse
www.facebook.com/rafaeldeangeli e
também o Instagram @rafael.angeli.
O parlamentar utiliza das redes
sociais para prestar contas, quase
que em tempo real, de seu mandato,
para a população.
Sala 13 da Câmara Municipal de
Araraquara - Rua São Bento, 887
WhatsApp: (16) 98122-4997
Telefone: (16) 3301-0608
E-mail: rafael@camara-arq.sp.gov.br
Link para envio de demandas ao
gabinete: www.bit.ly/NovaDemanda
21|
ARTIGO
Ubiratan Reis
Law and Economics – Neutralidade tributária
Dentro de um regime de concorrência perfeita,
a tributação não deve ser um fator que interfira
artificialmente no mercado, cabendo ao Estado tratar
todos aqueles que estejam em situação equivalente da
mesma forma.
O tributo deve neutro no sentido de garantir a todos os
concorrentes de um determinado segmento econômico
uma igualdade de tratamento tributário.
É preciso ter em mente que embora todo tributo seja
fonte de arrecadação (função arrecadadora), nem toda
instituição tem o objetivo de auferir renda ao Estado, a
esta vertente do tributo se denominou extrafiscalidade
(função indutora). Há, assim, tributos que por sua
natureza são classificados como extrafiscais, podendo
ser alterados diretamente pelo Poder Executivo quando
entender da necessidade de interferir no mercado.
Os tributos extrafiscais que merecem aqui nossa
atenção são o Imposto de Importação (II), o Imposto de
Exportação (IE), o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e
Contribuição Intervenção no Domínio Econômico CIDE.
A tributação não deve beneficiar ou prejudicar a
competividade sadia, seja no mercado interno, seja no
externo. Em matéria online publicada no último dia 21
de fevereiro de 2019, abordou-se a visão da FEPLANA
– Federação dos Plantadores de Cana do Brasil que
ensejou a apresentação de documento perante o Governo
Federal acerca do receio da tributação incidente sobre a
atividade sucroalcooleira frente ao mercado internacional.
A carga tributária brasileira apresenta-se como um
grande desafio à atividade econômica, sendo que, de
longa data, têm-se por necessária uma reforma tributária,
que abarcaria desde a competência de cada Ente
federativo até a repartição das receitas provenientes
da arrecadação. As obrigações acessórias tendem,
inexoravelmente, agravar este elevado custo que tanto
prejudica o crescimento e o desenvolvimento da indústria
e do comércio.
Tanto o excesso de tributação quanto a desoneração
merecem estudos aprofundados para permitir que
o sucesso ou fracasso de uma empresa ou um
empreendedor decorra de sua eficiência e habilidade
de ganhar mercado, não da intervenção inoportuna do
Estado.
Isto não significa que o Estado não deva agir, ao
contrário, sua presença é necessária quando se verifica
desequilíbrio concorrencial.
Importante observar que eventuais desequilíbrios
da concorrência podem ser tutelados por critérios
especiais de tributação, cabendo a Lei Complementar
instituí-los, sem prejuízo da competência da União
para adotar medidas com mesmo objetivo (art. 146-A,
CF/88). A Constituição Federal prevê a legitimidade do
uso de tributo para efeitos extrafiscais, outorgando a
possibilidade, por exemplo, de alteração de alíquota sem
que isto importe em violação ao direito do contribuinte e/
ou ofensa a qualquer um dos princípios norteadores do
sistema tributário.
O uso extrafiscal do tributo é encontrado no ordenamento
estrangeiro. Verifica-se a existência de tributos incidentes
sobre o lucro excessivo ou não esperado, chamados
windfallprofit taxes. Nítida, portanto, a viabilidade do uso
do tributo para regular determinada atividade econômica,
em evidente caráter extrafiscal.
Nas excepcionais hipóteses de atuação direta do
Estado, bem como no caso das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, não poder-se-á conceder
ou gozar de qualquer privilégio fiscal ou tratamento
diferenciado não extensivos ao setor privado.
A tributação deve ser neutra no sentido de tratamento
isonômico a todos os que estão em situação idêntica,
vedada eventual diferenciação desarrazoada ou
infundada.
O Estado deve intervir somente quando sua presença se
fizer necessária, prestigiando a concorrência leal entre os
players.
|22
SOLIDARIEDADE EM BRASÍLIA
O trabalho voluntário de
Paulinho Affonso Filho
Importante ferramenta utilizada para o desenvolvimento da
pessoa com deficiência é o Judô Precoce, da Associação
Sociocultural Koinonia, em Brasília, trabalho social de um
araraquarense hoje radicado no Disitrito Federal.
O araraquarense Paulo Rodrigues
Affonso Filho, de 34 anos, carinhosamente
tratado por amigos e familiares
por Paulinho, vive hoje em Brasília.
Ele sempre teve fortes inclinações
para o esporte e isso o levou a se formar
no curso Superior de Tecnologia
em gestão desportiva e lazer, no
Distrito Federal.
Desse interesse nasceu a coordenadoria
de várias atividades, antes
mesmo de se formar, como as atividades
ligadas ao Basquete no Clube
da Vizinhança, localizado na asa sul
de Brasília.
Dentro de todo este processo
de aperfeiçoamento e capacitação,
ele participou de seminários, cam-
Paulinho Affonso
Filho, Quelma e
Salomão no evento
“Ninguém fica para
trás” “, organizado
por Romário em
Brasília e que reflete
sobre a necessidade
de inclusão
peonatos, curso como mesário da
Federação de Basquete de Brasília
(FBDF), além de integrar equipes que
praticam natação e musculação.
Membro atuante na Igreja Batista
Koinonia, Paulinho assumiu várias
funções no Ministério Infantil da entidade,
promovendo
viagens missionárias
e eventos comunitários.
Neste contexto
então, engajou-se
Paulinho ao lado do
ex-jogador Romário
e de participantes
do movimento
que é realizado
tradicionalmente
em Brasília
no projeto de inclusão de crianças
especiais, através da prática do Judô,
auxiliando o professor André Pereira,
na Associação Sócio Cultural (ASK).
Um dos eventos marcantes para
Paulinho e que o faz continuar a lutar
por seus projetos e causas sociais
levando o esporte como referência, foi
estar junto ao ex-jogador e Senador,
Romário Faria em um evento no
Senado “Ninguém fica para trás”.
Segundo Paulinho Affonso, um
projeto que já completou sua oitava
edição em março de 2019, foi promovido
por Romário para comemorar
o Dia Internacional da Síndrome de
Down. Na ocasião uma das palestrantes
foi Lianne Collares, diretora de
Relações Públicas das Associações
de Síndrome de Down. Ela enfatizou:
“Não coloque limites nos seus
sonhos, coloque fé”.
E com fé, segue Paulinho certo de
que seu trabalho voluntário junto a
crianças no projeto “Judô Precoce”,
poderá certificar-lhe excelência, mas
sua disposição em ajudá-los em todas
as áreas, já lhe confere tal comenda
na busca de cada sonho e propósito
que nasçam em seu coração.
Vários são os depoimentos de
amigos que seguem com ele na
mesma causa e afirmam que seu
trabalho junto à entidade é de suma
importância, que trata a todos com
carinho e atenção, que pensa mais
no próximo, que em si na maioria das
vezes. Com seu jeito alegre e brincalhão
e coração enorme, conquistou a
todos, onde até mesmo nos pequenos
detalhes demonstra carinho e
afeto, “uma pessoa rara”, são unânimes
os amigos em dizer.
23|
DE VOLTA AO PASSADO
Casar é bom? Eles que o digam,
pois comemoram 60 anos juntos
Em tempos de modernidade líquida, onde o amor eterno evapora a qualquer momento,
percebemos ainda a resistência, onde nada abala relações recíprocas de que atravessam o
tempo criado por Deolinda e Argemiro de Freitas
Deolinda e Argemiro, eternamente apaixonados em uma foto tirada em março deste ano
Completando bodas de diamante
- Deolinda e Argemiro - é um casal
que construiu através dos anos um
relacionamento sólido, pautado no
amor e muito trabalho.
A primeira vez que se viram,
Argemiro de Freitas, hoje com 84
anos, estava parado em frente ao
antigo Teatro Municipal, que na época
estava localizado onde hoje funciona
a Prefeitura Municipal. Estava ele no
famoso footing que acontecia no centro
da cidade, onde as belas moças
passavam para escolher um futuro
pretendente.
Eis então, que surge em meio às
meninas, ela, a escolhida, Deolinda
Perruci de Freitas, hoje com 79 anos,
que ainda guarda um olhar apaixonado
por Argemiro, algo que segundo
ela, traz consigo desde 1957 quando
colocou os olhos nele e pensou, é ele.
Namoraram então por um ano e
meio e casaram-se dia 4 de abril de
1959, na igreja do Colégio Progresso,
embora a noiva quisesse se casar na
Matriz; mas na data, a igreja estava
fechada para mais uma de suas intermináveis
reformas.
O tempo passou e junto ao amor
que construíram vieram os filhos –
Marinês, Antonio Carlos, as gêmeas
Denise e Daniele e o caçula Argemiro
Junior. O casal já tem sete netos e
dois bisnetos.
Para manter os filhos e a casa,
Deolinda foi por muito anos costureira
da Camisaria Nino e Argemiro um dos
mais antigos e conceituados garçons
da cidade, trabalhando por muitos
anos no antigo Hotel São Bento, proximidades
da Estação Ferroviária. Certo
dia foi convidado para ser motorista
do então eleito prefeito Clodoaldo
Medina. Assim seguiu até se aposentar
na Prefeitura Municipal de
Araraquara.
Após a aposentadoria, o casal
que já fazia várias festas pela cidade,
resolveu então montar um Buffet.
Exímio churrasqueiro, Argemiro e
Deolinda prepararam grandes banquetes
para muitos políticos da
cidade e região, casamentos, aniversários,
batizados entre outras festas.
Fizeram de seu Buffet um dos mais
conceituados. O filho mais novo do
casal, Argemiro Júnior, era quem cuidava
para que tudo saísse na mais
perfeita ordem.
Na década de 70 foi criada em
nossa cidade pelo 15º Quarteirão de
Amigos, no salão do Asilo, a Festa da
Sardinha que tornou-se um evento
tradicional para homenagear a colônia
portuguesa. Argemiro e Deolinda
serviram cerca de 800 pessoas
naquele encontro da sociedade local.
Hoje após três anos da morte
de Júnior, o casal ainda faz festas
que servem até 500 pessoas, mas
segundo Deolinda, ficou um vazio
imenso, tanto na vida familiar como
na profissional. Mas muitas festas
ficaram para trás. Diminuíram o
ritmo, porém o casal atende ainda
filhos e netos daqueles que outrora
fizeram grandes banquetes.
Falante a alegre, sempre radiante,
Deolinda conta que durante esses 60
anos de casamento, houve alguns
“arranca rabos”, mas nada que a
paciência e a parcimônia não pudes-
|24
sem resolver. Em 2017 ela teve um
problema no coração, sendo necessária
a colocação de um marca-passo.
Confessa que o marido, novamente
deu provas do amor que os une, cuidando
dela como se cuida de alguém
que deseja eternamente por perto.
A fórmula da felicidade e do casamento
duradouro para eles, é levar
a vida sempre trabalhando, sem
tempo para pormenores, “pensamos
assim, se pararmos, o coração para
também”.
No dia 7 de abril será realizada
missa em comemoração aos 60 anos
do casal na Igreja Nossa Senhora
das Graças, dando assim um tom de
confirmação da alegria dessa união.
O casamento não é uma aventura
nem um “tiro no escuro” como dizem
alguns; é sim, um projeto sério de vida
a dois, onde cada um está comprometido
em fazer o outro crescer, isto
é, ser melhor a cada dia. Estruturar
uma família em um tempo onde tudo
pode ser passageiro, não é nada fácil,
O casamento realizado 60 anos atrás na Capela do Colégio Progresso porque a Igreja
Matriz estava em reforma
mas com amor, sabedoria, cortesia,
gentileza, atenção e principalmente
respeito, a vida seguirá seu fluxo a
caminho da felicidade. E que os anos
dourados da juventude continuem a
brilhar para Argemiro e a bela escolhida
do footing da Esplanada das
Rosas, Deolinda.
25|
DIA DE SÃO JOSÉ
No caminho
da Fé, sempre
Em março uma das mais
tradicionais igrejas da
cidade comemorou o dia
do seu padroeiro.
Padre José Alfeu com Adilson Custódio e
demais colaboradores da igreja
Missas em horários pré-estabelecidos,
visitas e orações durante todo
o dia, além da quermesse que normalmente
mobiliza a população do
bairro, formaram a programação em
comemoração ao Dia de São José,
em 19 de março. Milhares de fiéis
acompanharam as homenagens ao
santo.
Adilson Custódio, um dos coordenadores
das comemorações, conta
que “o bairro tem uma grande admiração
por São José e que anualmente
a festa em homenagem a ele reúne
milhares de pessoas”. Não é apenas
por uma questão de respeito, mas
acima de tudo pela devoção religiosa,
disse.
Para o padre José Alfeu Pereira,
o evento tem outro significado: da
alegria em participar pela primeira
vez do movimento na cidade, já
que é recém chegado à paróquia.
O sacerdote chegou em fevereiro e
muito embora seja um tempo curto
de convivência, já conquistou a simpatia
dos fiéis do bairro.
Que São José nos proteja sempre
e nos livre das perseguições.
FATOS & FOTOS
DA REDAÇÃO
UM CONGRESSO QUE SE
PERDE NA ESCURIDÃO
Divulgação nas redes sociais de que o tal
Congresso Internacional de Democracia
Participativa esteve mais para um
encontro de sociólogos e militantes do
Partido dos Trabalhadores, que evento
capaz de ser creditado como obra da
economia para nos dar um futuro com
mais segurança, causou repercussão
negativa ao município.
É verdade que a importância do evento
estava no objetivo - participação
popular e economia solidária -, não
nos preocupando se alí se encontravam
palestrantes do MST, Frente Lula Por
Moradia, Central Única das Favelas,
como chegou a ser divulgado nas redes.
Também não nos interessa se alguém
puxou o coro Lula Livre e outros tenham
se manifestado contra a Lava Jato. A
democracia é pródiga em ser utilizada
para os mais variados fins, inclusive
- se fosse o caso - de se ter no evento
Desdobramento da
Prefeitura para conter
epidemia de dengue
em Araraquara é
louvável. Observa-se
que todos os setores
estão empenhados
em cumprir seus
deveres, porém,
fica o alerta para
os próximos anos
e a importância
de programas
preventivos para que
a cidade não fique
exposta a este triste
papel, que por sinal
nunca havia entrado
para a nossa história.
Enfim...
O cansaço tem
atingido grande
parte dos vereadores
que uma vez por
semana participam
das sessões de terça
na Câmara. Como
não houve consenso
em começar as
sessões para 16
horas, uma solução
encontrada foi
retirar a discussão
dos requerimentos,
o que também
evita do Executivo
ficar exposto a
indagações e
questionamentos
inoportunos.
Carta pela Democracia foi apresentada pelo
prefeito Edinho Silva (PT)
vereadores dos mais variados partidos se
submetendo aos caprichos de ideologia
que talvez os tenha convencido a seguir
em busca de um mundo melhor. E ali
estava a receita.
É preciso entender, ainda que pairem
dúvidas, o poder de transformação do
mundo e mesmo que sejam destinados
recursos públicos para um evento desta
natureza há que se compreender que
temos a liberdade como garantia a
praticar tais atos. Pena que estamos
cada vez mais nos afastando do uso da
miserabilidade das pessoas e utilizando
a ideologia para seguir na vida.
SUBINDO DESCENDO Ida gloriosa
A vereadora Thainara
Faria com o pretexto de
participar de dois eventos
internacionais Change the
World Model United Nations
e National Model United
Nations, na ONU, saiu de
licença sem remuneração
e o direito do suplente
assumir seu lugar. Segundo
a vereadora, irá para a
ONU com recursos próprios
e lá apresentará resoluções
acerca da economia
criativa e solidária, como
meio de desenvolvimento
sustentável e combate à
pobreza, ressaltou ela antes
de afivelar as malas. Só por
Deus e um balaio de gatos.
Uber, é hora de acertar a vida com a Prefeitura
Até 30 de abril, motoristas de transporte Nilson
individual remunerado por aplicativos
Carneiro
devem acertar sua condição de prestador
de serviço em Araraquara (Uber). O
trabalho é feito pela Mobilidade Urbana
dirigida por Nilson Carneiro e pela
Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
|26
FRASE
José Luiz
“Juntamente com os demais vereadores,
nos reuniremos com a Comissão dos
Direitos do Consumidor da OAB para uma
discussão mais ampla para cobrarmos
uma resposta mais efetiva da CPFL e para
que os investimentos apresentados por ela
mudem a situação o mais breve possível.”
Comentário do vereador Zé Luiz, durante
audiência pública sobre apagões e
picos de energia elétrica em Araraquara.
Do evento participou o gerente de
Operações de Campo da Companhia,
André Luis Marques de Souza, que falou
dos investimentos da empresa. Mas na
verdade, a população quer saber a
razão de tantas quedas e prejuízos à
comunidade, além da qualidade dos
serviços da CPFL - cada vez pior
em nossa cidade.
Só Deus sabe...
Vereador
Rafael de
Angeli
Gerson da Farmácia visitando o CER
O vereador Rafael de Angeli (PSDB)
está querendo saber da Prefeitura
qual o verdadeiro destino do campo
do Estrela, que em maio de 2018
ganhou uma reforma na Plenária do
Idoso do Orçamento Participativo, e,
em julho, teve a venda aprovada pelo
Legislativo, por 11 votos favoráveis a
6, a pedido da Prefeitura. Se o imóvel
não pertence mais à Prefeitura, é fato
que os idosos perderam tempo.
Fernando Rocha
Fernando Rocha que tornou-se
uma lenda entre os professores
de Educação Física na cidade, foi
sepultado em março. Durante muitos
anos deu aulas da antiga “ginástica”
como era tratada a educação física.
Professor do mais alto nível, contribuiu
com a formação de muitos jovens que
passaram pela Industrial. Siga em paz.
27|
Elza recebendo o título de
“Cidadã Araraquarense”
ao lado dos filhos
Elizabete e Willian Karam
HOMENAGEM
Elza Karam, símbolo maior
da gastronomia regional
Na maioria das vezes “o trem parte levando gente que não
quer partir”. É o caso de Elza Karam, que implantou os
conceitos de uma gastronomia diferenciada em meio ao
caminhar de uma cidade emergente nos anos 60.
Podemos dizer que a história de
um dos buffets mais badalados do
interior começou na Avenida Prudente
de Morais, entre ruas São Bento e
Padre Duarte, no final dos anos 60,
começo dos anos 70. No início era
apenas o casal Elza e Jesuíno Karam.
Eles moravam na Avenida Prudente
de Morais; bem em frente, estavam
os fundos da antiga Escola Industrial.
Aposentado na época, Jesuíno e
a esposa passaram a fazer alguns
pratos e tornaram-se pioneiros no
sistema delivery, principalmente aos
domingos. Elza a chefe e Jesuíno que,
quando não saía para a entrega dos
pedidos feitos durante a semana,
ficava a espera dos clientes na área
da casa.
“Canelonni” e “capeletti” produzidos
por Elza Karam, paulistana
descendente de calabreses italianos,
conquistavam o exigente paladar dos
amigos, vizinhos e parentes de sua
querida Araraquara. Era a prova de
que suas mãos dedicadas e repletas
de predicados construiriam um dos
maiores e mais respeitáveis buffets
do interior paulista.
Em 1972, eles estavam fortalecidos
no mercado de rotisserie; à
distância os filhos Elizabete e Willian
acompanhavam o trabalho dos pais
num período em que se dedicavam
aos estudos. Elza e Jesuíno tornaram-se
um exemplo como marido e
esposa, chefes de uma família que
prezava o respeito e o carinho pela
cidade que experimentava as delícias
proporcionadas pelas habilidades de
Elza.
A partida de Jesuíno não apenas
entristeceu Elza, como deixou um
enorme vazio no imenso círculo de
amizades que o casal possuía. A esta
altura, o Buffet Elza Karam já estava
consolidado.
Os clientes e a fama de excelente
Acima outra raridade fotográfica que
lembrará sempre a importância do Buffet
Elza Karam na atualidade com Juliano
Karam que assumiu anos atrás,
a tradição deixada pela avó
cozinheira cresciam continuamente,
até que uma recepção oferecida a
influentes políticos e grandes empresários
marcou definitivamente o nome
de Elza Karam como uma grande chef
de cozinha e especialista na arte de
servir. Após intensivos cursos de culinária
e aprimoramento dos garçons,
o que até hoje é praticado constantemente
por seus funcionários, em
1974 era constituída a empresa
Buffet Karam.
Elza foi velada em uma das salas
do Memorial Fonteri e o seu sepultamento
deu-se no dia 20, parte da
manhã, no Cemitério São Bento.
Ao centro nesta histórica foto que
mostra o início do Buffet de Elza
Karam, Jesuíno, marido de Elza e
pessoa extremamente querida em
nossa cidade
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HOMENAGEM
Carlos Salmazzo,
presidente da Ferrinha,
homenageando Dudu
De volta à Fonte, Dudu.
O Senhor do Futebol
Uma lenda do futebol brasileiro, Olegário Toloi de
Oliveira é homenageado no dia de Ferroviária x
Palmeiras, na Arena da Fonte
19 de julho de 1959. Pela primeira
vez está em campo contra o Palmeiras,
Olegário Toloi de Oliveira, o
Dudu (7 de novembro de 1939), que
transformou-se anos mais tarde num
dos lendários atletas do Parque Antártica.
Foi na Ferroviária que ele se
destacou em 1959 até ser levado em
1964 para o Palmeiras, sendo considerado
um dos maiores jogadores
da história do clube. Com participação
decisiva nas disputas na época
da chamada Academia de Futebol,
Dudu conquistou nove títulos oficiais
com a equipe.
Um dos símbolos do time do Palmeiras
nos anos 60, Dudu e Ademir
da Guia fizeram um dueto quase perfeito
desde o momento em que o menino
do interior chegou a São Paulo,
em 1964. É dito que, parte do apelido
de Divino, ganho por Ademir, foi
graças ao futebol simples e eficiente
de Dudu, que funcionaria como um
“carregador de piano”.
Como treinador, passou pelo Palmeiras,
onde foi campeão paulista
em 1976, o Sãocarlense, entre outros.
No América Football Club (RJ), foi
campeão do Torneio dos Campeões
em 1982. É tio do ex-jogador e atualmente
treinador, Dorival Júnior.
O REENCONTRO
Em fevereiro (17), 60 anos depois,
já aposentado no futebol, Dudu estava
de volta à Fonte Luminosa para
ver Ferroviária 0 x Palmeiras 0 em
novos tempos. Desta feita para ser
homenageado e reencontrar companheiros
como Nei, Sérgio Bergantin e
Pio com quem teve a felicidade de jogar
no Palmeiras, todos eles também
saídos da Ferroviária. O encontro foi
coordenado pelo publicitário Humberto
Perez, da HP Publicidade, começando
com um almoço na Cantina La
Mia Napoli, de Francesco Castiello.
Um momento para matar saudades.
Após o almoço, o pessoal foi assistir ao
jogo na Tribuna da Ferroviária
Antes do jogo na Fonte
(esquerda), Nei, Dudu,
Francesco, Giuseppe
Morvillo, Pio, Sérgio
Bergantin e Humberto Perez
se encontraram na Cantina
La Mia Napoli
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INFORMATIVO
AGRO
N E G Ó C I O S
Edição: Abril/2019
A VISITA DE TIRSO MEIRELLES
Queremos uma cultura empreendedora
consolidada, diz o presidente do Sebrae
Tirso de Salles Meirelles,
após ser empossado em
janeiro, inicia uma série de
visitas pelo interior de São
Paulo para criar seu plano
de trabalho.
Luís Henrique Scabello de Oliveira (Canasol) e Nicolau de Souza Freitas (Sindicato Rural)
conversam com Tirso Meirelles no Sebrae Araraquara
Luiz Andia Filho,
Marcelo Xavier
Benedette, Luís
Henrique Scabello
de Oliveira,
Fernando Sanches,
Nicolau de Souza
Freitas e Tirso
Meirelles
O Sindicato Rural, a Canasol e o
Sebrae Araraquara receberam em
março, o presidente do Conselho do
Sebrae SP, Tirso de Salles Meirelles,
que é também vice-presidente da
Federação da Agricultura do Estado
de São Paulo. Ao recepcionar
Meirelles estavam os presidentes
Nicolau de Souza Freitas (Sindicato
Rural) e Luís Henrique Scabello de
Oliveira (Canasol), além do gerente
regional do Sebrae, Fernando
Sanches. Presente ainda o diretor
do Sindicato Rural, Marcelo Xavier
Benedette. Empossado em janeiro,
Meirelles substitui a Paulo Skaf.
Segundo ele, a visita além de
deixá-lo feliz, representa uma proximidade
com o interior: “Comecei a rodar
o interior, visitar os sindicatos rurais
e os escritórios regionais do Sebrae.
Hoje temos um espírito empreendedor
muito forte desde o setor agrícola
até o comércio e a indústria”.
O Sebrae hoje está em 250 pontos
no Estado de São Paulo, chamados
de Sebrae Aqui, ocupando cidades
com mais de 20 mil habitantes. Tirso
conta que tem procurado estabelecer
parceria com as prefeituras,
ficando com elas a responsabilidade
em destinar um local e ao Sebrae o
compromisso de criar a comunicação,
organizar mobiliário e estruturar
ambientes para serviços de capacitação.
CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE
33|
Tirso Meirelles durante
sua visita a nossa
cidade
Natália Machado, Renata Costa, Aurélio Guimarães, Fernando Sanches, Patrícia Viana, Tirso
Salles Meirelles, Matheus Silva, Luiz Andia Filho, Nicolau de Souza Freitas, Marcelo Xavier
Benedette e Luís Henrique Scabello de Oliveira
PRESIDÊNCIA DA FAESP
“É importante termos em cada
lugar parcerias com sindicatos,
associações, entidades ligadas ao
comércio, indústria e setor agrícola.
Nestes locais vamos preparar
pessoas que por sua vez, orientarão
os interessados em possuir seu próprio
negócio ou então aprimorar o
conhecimento daqueles que querem
manter sua atividade em funcionamento”,
comentou Tirso Meirelles em
sua passagem por nossa cidade.
Com 33 escritórios regionais como
este em Araraquara, o Sebrae conta
com excelente corpo técnico formado
por 1.100 funcionários, uma equipe
de inteligência considerada pelo seu
presidente como muito forte, destinada
a agregar valores. “Queremos
elevar o ambiente empreendedor
e para tanto estamos incentivando
o programa Jovem Empreendedor
Primeiros Passos (JEPP). Disseminar
a cultura empreendedora e orientar
para o plano de negócios, de maneira
a estimular os comportamentos
empreendedores entre crianças e
adolescentes, incentivando-os à
prática do empreendedorismo e o
protagonismo juvenil. Na verdade
não estamos preparando a criança
para ser um trabalhador, mas sim um
empresário”, comentou.
O dirigente lembrou ainda que
o compromisso do Sebrae é continuar
fazendo com que os pequenos
negócios paulistas – do agronegócio,
comércio, indústria e serviços
– sejam lucrativos e competitivos
e que a cultura empreendedora se
consolide plenamente. “Vamos unir
conhecimento, experiência e recursos
– nossos e de parceiros – no
aprimoramento e na integração de
todos os elos das cadeias produtivas,
consolidando, assim, o processo
de crescimento sustentável desses
empreendimentos e promovendo o
desenvolvimento regional, do Estado
de São Paulo e do Brasil”, afirmou
Tirso Meirelles.
Sobre a indicação do seu nome
para concorrer às eleições da FAESP,
onde atualmente é vice-presidente do
pai Fábio Meirelles, Tirso salientou
que ainda é muito cedo para se fazer
qualquer tipo de previsão, mesmo
porque “o nosso presidente encontrase
em pleno vigor da sua gestão na
entidade e a nossa aposta é para que
continue exercendo o cargo”, comentou.
De fato, Fábio Meirelles envolvido
na vida pública há muitos anos, tem
demonstrado além da capacidade
de gestão, uma facilidade no trato
com os produtores e principalmente
facilidade em ter acesso aos corredores
da atividade agrícola. Para Tirso,
não há como negar o sucesso deste
desempenho de Fábio Meirelles.
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CONTROLE BIOLÓGICO DA CANA
Sindicato Rural faz palestra sobre pragas
e doenças com apoio da Coplacana
Parceria permite ao Grupo Vittia apresentar produtos
biológicos que combatem as pragas e as doenças dos
canaviais em uma das maiores áreas de plantio no Estado.
Reginaldo, Giovane, Marcelo, Reginaldo, João Henrique, Nicolau, Ricardo, Bruno, Raphael,
Luiz, Ruan e Tiago - representantes do Sindicato Rural, Coplacana e Grupo Vittia
Por mais de duas horas no auditório
do Sindicato Rural, os produtores
rurais acompanharam palestra organizada
pela entidade, em parceria
com a Coplacana e o Grupo Vittia,
que apresenta importante atuação
no mercado de controle biológico
de doenças agrícolas. E segundo
Marcelo Xavier Benedette, diretor do
João Henrique
de Souza Freitas,
coordenador regional
do Senar
sindicato, foi este o tema do encontro
no mês passado.
O engenheiro agrônomo Raphael
Roxo Bianco destacou durante sua
palestra, que o controle biológico
oferece ferramentas de grande relevância
para o manejo de pragas
e doenças de difícil controle, o que
permite a redução de uso de produtos
químicos e minora o impacto ambiental.
“Os produtos biológicos, contendo
fungos e bactérias, têm excelentes
resultados nas principais culturas do
país, como soja, milho, cana, feijão e
café e apresentam tecnologias inovadoras”,
complementa Castro.
Alguns produtores durante a exposição
de problemas, levantaram
a questão das cigarrinhas que são
consideradas o grupo de insetos que
causam os maiores danos na cultura
da cana-de-açúcar por muitos entomologistas,
apresentando enormes
consequências à produção. De fato,
disse João Henrique de Souza Freitas,
coordenador regional do Senar,
pois com a colheita mecanizada e
sem queima, os ataques da cigarrinha-da-raiz
da cana estão cada vez
mais frequentes e intensos, causando
prejuízos que podem atingir 60% em
produtividade agrícola e na qualidade
industrial da matéria-prima, através
da contaminação com bactérias, perda
da Pol e outros mais.
Na palestra, os agrônomos do
Grupo Vittia quando questionados
sobre o controle da praga, chegaram
a sugerir o uso do Meta-Turbo, da
Biovalens, inseticida microbiológico
com esporos vivos do fungo entomopatogênico
Metarhizium anisopliae
IBCB425. O engenheiro Ricardo César
Bariani, do Grupo Vittia, chegou
a comentar que o Meta-Turbo possui
amplo espectro de controle de cigarrinhas
que causam prejuízos em canade-açúcar”.
Mas a recomendação foi de que
tudo seja feito de maneira equilibrada.
O monitoramento por exemplo,
disse Bariani, é imprescindível para
decidir sobre a estratégia de controle
da praga, sendo que a detecção da
primeira geração sempre permite um
controle mais eficiente.
Marcelo Xavier Benedette na palestra com
os agrônomos Ricardo César Bariani e
Raphael Roxo Bianco, do Grupo Vittia
35|
Todas as manhãs, fazendo a leitura dos canaviais
HISTÓRIAS QUE A VIDA CONTA
Nos campos do açúcar
a forja da sobrevivência
Conhecido e disputado no meio rural pela honestidade
e competência, João Floriano tem feito parcerias com
proprietários de terra ao longo da vida.
Os costumes
em meio aos
canaviais tornaram
João Floriano
extremamente
capacitado e
dedicado à atividade
que exerce. Para
muitos, fez sua
vida enfrentando o
trabalho de cada dia e
ele mesmo diz que se
considera realizado.
Menino de hábitos simples e
adepto de prosas, João começou
cedo na lida com a terra. Aos 11 anos
após a morte do pai, foi necessário
deixar a infância de lado e trabalhar
na lavoura de cana. Um tempo onde
os filhos homens tinham que superar
a dor da perda e tomar as rédeas do
sustento da família, na época composta
de cinco irmãos e a mãe agora
viúva.
E lá se foi o garoto, que hoje aos
59 anos, ainda chora quando fala
sobre a perda do pai, que não teve
tempo para o sofrimento, por ser
necessário forjar uma nova vida a
ferro.
Embora não fosse o irmão mais
velho, puxou para si a responsabilidade,
onde aos 15 anos já provia o
sustento. E assim o fez, até firmar sua
primeira parceria aos 18 anos com a
Fazenda Santa Isabel, de propriedade
de Eraldo Polez, nos arredores do distrito
de Guarapiranga, criando sua
lavoura de algodão, levando consigo
um de seus irmãos, Santo Floriano.
|36
Família que hoje se completa com as filhas
formadas e dando continuidade ao que o
pai plantou com muito trabalho
João ao lado da esposa Maria de Lourdes e as filhas Elisangela e Josiane
Além do algodão, o então garoto,
que já havia trabalhado com a
cana-de-açúcar que é a cultura predominante
na região, seguiu na fazenda
por 10 anos. Já com 28 anos resolveu
abrir novos campos e partiu então
para a Fazendinha, assinando uma
parceria com Aparecido Timpani para
ajudá-lo no cultivo de suas terras,
onde se fixou e continuou a trabalhar
por mais de 30 anos.
Ficou então conhecido nas redondezas
e a partir daí, com trabalho e
esforço tem hoje uma carteira de
mais de 10 propriedades a qual é
responsável pelas safras de cana, e
outras ainda arrendadas.
O irmão Santo, o companheiro de
vida que o ajudava na lida, por uma
fatalidade, despediu-se das terras em
uma manhã chuvosa em novembro
de 2001, que ao descer uma serra, o
trator o qual dirigia virou matando-o
de forma abrupta . E novamente teve
que superar a dor e seguir em frente.
Mesmo com muito trabalho,
João conseguiu fazer o ensino fundamental,
mas carrega na bagagem
o que aprendeu durante anos com
homens formados pela terra, uma
grande experiência que não foge ao
seu entendimento quando se refere
à cana, novas tecnologias, plantios
para cada solo e adubação orgânica,
sem contar que a internet veio facilitar
muito suas pesquisas.
Adepto do amor à terra e respeito
à natureza, diz que a mecanização
das lavouras veio facilitar a vida de
muitos, mas dificulta a dos pequenos
produtores, onde as terras não têm
espaço para o maquinário necessário,
sem contar que o pisoteio das
máquinas dificulta a rebrota e afeta
a safra seguinte. Diz também que a
mão de obra especializada para corte
manual é escassa. Hoje segundo
ele, apenas a Usina Nova Era ainda
disponibiliza esse serviço, que caso
não houvesse, pequenos produtores
teriam que migrar para outras culturas.
Na verdade, o menino de 11 anos
que começou só e sem nada, emprega
cerca de 20 pessoas na entressafra
e recebe para o corte da cana em
média 80 pessoas, tem maquinário
especifico, investe em novas lavouras
e tecnologias, fazendo com que seu
nome seja um dos mais disputados
entre produtores que necessitam de
parcerias.
Em época de safra, além do trabalho
diurno, pode-se ver João andando
de um lado para outro durante a
madrugada para acompanhar a
contagem e retirada da cana, “nem
durmo, mas sei décor cada caminhão
que sai de cada propriedade”- diz ele.
Anda pelos canaviais satisfeito
com seu trabalho, explicando cada
variedade de cana e a variação de
trato para cada tipo de solo, sempre
de olho em erosões e formigueiros
que podem levar abaixo todo o trabalho
empenhado. “Trabalhamos com
a pressão da natureza, temos que
saber lidar da melhor forma”.
Casado com Maria de Lourdes
Rodi Floriano, com quem tem duas
filhas, Elisangela que é formada em
Letras e Josiane que é Fisioterapeuta,
tem hoje uma vida estável, fruto de
seu trabalho. “Eu me sinto realizado,
hoje não se ganha muito dinheiro
na lavoura, porque costumo dar um
passo de cada vez, mas construí meu
nome dentro de padrões de honestidade
e seriedade, respeito e tenho
apreço por todos que ao longo do
tempo me ensinaram a ser o que
sou”- afirma ele.
Floriano é um exemplo claro de
quem não esperou que nada caísse
do céu, além da chuva; trilhou de
forma reta seu destino de menino só
com responsabilidades de homem
grande e se algo ainda o entristece,
é o fato de não poder ter caminhado
pela vida ao lado do pai, deixando-o
cedo, para que ele florescesse nos
doces campos do açúcar.
37|
ESPERANDO PELO MELHOR
O seguro é vital
para a agricultura
Especialistas voltam a debater a questão do seguro para a
produção no campo. Atualmente o Seguro Agrícola é o mais
comercializado das modalidades de seguro rural no Brasil.
Chuva em excesso pode prejudicar
uma produção inteira. A falta de
pluviosidade também. E ainda que
existam soluções como sementes
mais resistentes ou cultivo protegido,
de acordo com a página do Seguro
Rural no site do MAPA (Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento),
“o clima é o principal fator de risco
para a produção rural” e a contratação
da apólice desse serviço pode
diminuir perdas ao recuperar capital
investido nas lavouras.
O pecuarista Mathias Vianna, diretor
do Sindicato Rural de Araraquara,
conta que existe um seguro agrícola
em que o Governo Federal pode subsidiar
parte deste seguro através do
Programa de Subvenção ao Prêmio
do Seguro Rural. Produtores paulistas
podem, ainda, contar com a subvenção
estadual para reduzir custos do
seguro. Ele lembra que anos atrás,
quando trabalhava com lavouras, chegou
a fazer seguro, hoje contudo, sua
atividade está ligada à pecuária.
MUDANÇAS NO SETOR
O que chamou a atenção em março
foi a declaração do ex-ministro da
Agricultura, Roberto Rodrigues, um
dos maiores especialistas em agronegócio
do país, com trânsito livre nos
principais fóruns do setor no mundo.
Coordenador do Centro do Agronegócio
da Fundação Getúlio Vargas (FGV),
Rodrigues está convencido de que é
hora de reduzir os subsídios ao crédito
rural concedido a grandes produtores
para preservar recursos para
pequenos e médios, como defende o
governo Bolsonaro. Mas entende que,
para que o crédito seja acessível sem
taxas de juros equalizadas pelo Tesouro,
é preciso turbinar o programa
federal de subvenção aos prêmios do
seguro rural, que atualmente conta
com pouco mais de R$ 400 milhões
e cobre parcela inferior a 5% da produção
agrícola.
“O seguro é a ferramenta contemporânea
mais importante para a
Mathias Vianna, pecuarista
e diretor do Sindicato Rural,
possui seguro agrícola que em
caso de ‘frustração de safra’,
cobre o financiamento que o
produtor fez.
agricultura. Temos que ter um seguro
forte, com um fundo de catástrofe
robusto”, diz. Para Rodrigues, esse
fundo, já previsto em lei, tem de ser
alimentado por recursos do Governo
e do setor privado para ganhar envergadura
e tornar o ambiente mais
palatável para as seguradoras, uma
vez que é a ele que essas empresas
recorrerão em casos de grandes quebras
climáticas.
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39|
Aulas práticas na área de produção de José
Faria (Assentamento Monte Alegre V)
CURSO DE CAPACITAÇÃO
A profissionalização para
o cultivo da banana
Entre fevereiro e março,
um grupo de produtores
do Assentamento Monte
Alegre participou de uma
capacitação sobre a cultura
da banana na região.
“A banana apresenta uma cultura
fantástica, principalmente para a
agricultura familiar. Os cuidados são
simples e é uma fruta muito consumida,
o que oferece estabilidade ao
pequeno produtor”. Com essas palavras
o coordenador regional do Senar,
João Henrique de Souza Freitas,
destacou a importância do curso feito
em parceria com o Sindicato Rural e
a Fundação Itesp - GTC Araraquara.
O módulo instalação da lavoura
ocorreu em fevereiro. O instrutor
Pedro Avelar orientou os produtores
sobre vários aspectos para profissionalizar
as áreas de produção, focando
na produtividade e futura comercialização.
Durante as aulas práticas,
houve visita à área de produção de
José Faria, do Assentamento Monte
Alegre VI, que participou do mesmo
curso no ano de 2016.
O objetivo foi visualizar uma área
que seguiu as orientações da atividade
de capacitação, bem como a
retirada de mudas sadias. Os participantes
puderam observar então os
efeitos positivos causados por uma
lavoura bem cuidada.
Também contamos, diz Maria Clara
Piai da Silva, da Fundação Itesp,
Aulas teóricas e práticas
comungando um ensino de
primeira qualidade
Acompanhamento do instrutor Pedro Avelar
durante o plantio de mudas
com a colaboração dos produtores
José Angelo Gaino e José Prudente
Custódio, que exploram lotes agrícolas
nos Assentamentos Monte Alegre
V e II, respectivamente, e ofereceram
suas áreas de produção para otimizar
as aulas práticas. Ambos participam
de feiras promovidas através de parcerias
e buscam diversificar os produtos
oferecidos aos consumidores,
aliando planejamento para aumento
da produção. Outra etapa do programa
ocorreu durante o mês de março.
Para nós do Itesp, a metodologia
adotada pelos instrutores do Senar
é a ideal, explicou Maria Clara. Eles
focam na orientação profissional dos
participantes e concentram boa parte
da aula na prática, além disso sempre
visitamos várias áreas dos participantes
interessados para que sejam identificados
seus principais problemas e
sugeridas alternativas.
Os técnicos do Itesp também
acompanham a atividade visando
contribuir para a adequação das atividades
à realidade do público, divulgando
os canais de comercialização e
trocando experiências com o instrutor
e participantes.
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CURSOS
ABRIL / 2019
João Henrique, do Senar, acompanha apresentação do programa em Nova Europa
FEIRA DO PRODUTOR RURAL
Sindicato Rural vai preparar
produtores em Nova Europa
“Objetivo é prestigiar o produtor rural de Nova Europa que
precisa comercializar sua produção”, diz o prefeito Luiz
Carlos dos Santos (PTB).
O Poder Público de Nova Europa
anunciou oficialmente na terça-feira
(26/03) que irá organizar e realizar a
I Feira do Agricultor Novaeuropense,
ou seja, oportunizar a comercialização
dos produtos cultivados no
município em um espaço acessível
e bem estruturado. O anúncio foi
feito pelo Departamento de Meio
Ambiente da Prefeitura em parceria
com o Departamento de Agricultura.
Valter Jockner, diretor do Meio
Ambiente, explica que reuniões
entre o Senar (Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural) e a Prefeitura
foram feitas para o amadurecimento
da ideia. No dia 25, por
exemplo, durante encontro no Paço
Municipal, o Senar fez uma demonstração
explicativa sobre a feira e
seus impactos positivos.
“Estamos no caminho certo,
tendo o apoio necessário e profissional
do Senar, amparo legal e
sabendo da importância de que é
preciso valorizar o agricultor novaeuropense”,
comentou Jockner.
Como forma de aprimorar ainda
mais essa ideia da feira, no dia 1º
de abril, na Câmara de Vereadores,
houve um encontro de sensibilização,
que nada mais é do que a
apresentação da Feira do Produtor
Rural para os agricultores locais.
“Para termos a feira e uma feira
forte, precisamos da participação
dos nossos agricultores, certo?
Nesse dia, vamos mostrar como
ocorrerá a implantação da feira
que já foi criada nos municípios de
Araraquara e Américo Brasiliense.
Para agilizar a realização da I
Feira do Agricultor Novaeuropense,
todos os produtores interessados
devem fazer uma inscrição de
adesão, que não tem custo algum.
Essas inscrições podem ser realizadas
na sede do Meio Ambiente, na
Rua Osvaldo Pongetti nº161, até o
dia 22 de abril.
“A inscrição automaticamente
habilita o produtor rural a participar
de um curso que será
coordenado pelo Senar e também
é uma credencial para poder entrar
e comercializar seus produtos na
feira”, argumenta Jockner.
Em linhas gerais, o objetivo
principal da Feira do Agricultor
Novaeuropense é estimular a
produção familiar e oferecer destinação
rápida da produção agrícola
por preços bem atraentes aos consumidores.
João Henrique de Souza Freitas,
coordenador regional do Senar SP,
diz que a Feira do Produtor Rural
está se fixando de maneira rápida e
forte na região. “É preciso dar apoio
ao produtor rural, oferecendo capacitação
para se manter no campo
e ter geração própria de renda, ao
lado dos familiares”, diz o coordenador.
• AGROTÓXICOS - USO CORRETO
E SEGURO - NR 31.8
01 até 03/04 (fechado)
Local: Fazenda Jangada Brava
• FEIRA DO PRODUTOR RURAL -
SENSIBILIZAÇÃO
01/04
Local: Nova Europa
• OLERICULTURA ORGÂNICA -
COMPOSTAGEM (MÓDULO II)
01 até 24/04 (fechado)
Local: Assentamento Monte Alegre
• JARDINEIRO - IMPLANTAÇÃO
DO JARDIM
02 até 05/04
Local: CEAT - Américo Brasiliense
• INCÊNDIO - PREVENÇÃO
E COMBATE NO CAMPO -
TÉCNICAS
03 até 04/04 (fechado)
Local: Usina São Martinho
• PROLEITE - IRRIGAÇÃO DE
PASTAGEM (MÓDULO IV)
03 até 09/04 (fechado)
Local: Fazenda Baguassu
• AGROTÓXICOS - USO CORRETO
E SEGURO - NR 31.8
04 até 06/04 (fechado)
Local: Usina São Martinho
• CANA-DE-AÇÚCAR -
PRODUÇÃO DE MUDAS PRÉ-
BROTADAS
10/04
Local: Assentamento Monte Alegre
• AGROTÓXICOS - USO CORRETO
E SEGURO - NR 31.8
15 até 17/04 (fechado)
Local: Terral
• FRUTICULTURA BÁSICA -
INSTALAÇÃO DA LAVOURA
24 até 26/04
Local: Assentamento Bela Vista
• MINHOCULTURA - PRODUÇÃO
DE HÚMUS
25 até 27/04
Local: Assentamento Monte Alegre
• PROLEITE - CANA-DE-AÇÚCAR
- MANEJO DO CANAVIAL
(MÓDULO V)
25 até 27/04 (fechado)
Local: Fazenda Baguassu
Coordenador SENAR/SP Araraquara:
João Henrique de Souza Freitas
41|
FEIRA DO PRODUTOR RURAL
Começa a formação de
novo grupo de feirantes
Araraquara já possui uma
Feira do Produtor Rural
organizada pelo Senar,
Sindicato Rural, Sebrae,
Fundação Itesp, com apoio
da Prefeitura Municipal
(2017). No ano passado,
os parceiros capacitaram
feirantes em Américo. Agora
surge um novo grupo no
município.
Produção de tomates através dos
feirantes que acabam tendo renda com a
criação da Feira do Produtor Rural
No dia 18 de março, houve a Integração
do Programa Feira do Produtor
Rural, no Sindicato Rural de Araraquara.
O objetivo da reunião, segundo o
presidente Nicolau de Souza Freitas,
é a formação de mais uma turma de
profissionais para gerar outra feira em
nosso município. Estes são projetos,
disse o dirigente, que envolvem geração
de renda, característica fundamental
para a consolidação da agricultura
familiar.
Participaram da Integração,
além do presidente do sindicato, o
coordenador regional do Senar, João
Henrique de Souza Freitas, a coordenadora
municipal da Agricultura,
Silvani Silva, o coordenador regional
da Fundação Itesp, Mauro Cavichioli,
Aulas teóricas também são realizadas para capacitação dos produtores
a analista da Fundação Itesp, Maria
Clara Piai, a instrutora do programa,
Ângela Barbieri Nigro e a responsável
pela pasta da Vigilância Sanitária, Silvia
de Souza Freitas Adalberto.
Para João Henrique, coordenador
regional do Senar, as feiras têm se
consolidado como importante estratégia
de comercialização aos pequenos
produtores, garantindo renda e
proporcionando um comércio justo,
Encontro realizado
no Sindicato Rural
em março para
a Integração do
Programa, segunda
edição. Na foto, a
instrutora Ângela
Nigro, o coordenador
regional do Senar, João
Henrique, Sílvia de
Souza Freitas Adalberto
(Vigilância Sanitária),
Mauro Cavichioli
(Itesp), Silvani Silva
(coordenadora da
Agricultura) e Maria
Clara (Itesp)
visto que elimina a figura dos intermediários,
permitindo que os lucros
sejam do produtor.
Além disso, permitem a comercialização
de produtos da localidade, incentivam
a produção de alimentos e
favorecem o trabalho das famílias no
campo, ressalta o coordenador.
Maria Clara Piai da Silva, do Itesp,
destaca que este trabalho é de suma
importância, visto que contribui ao
desenvolvimento rural sustentável em
um contexto amplo, fortalecendo um
dos elementos finais do ciclo de trabalho
com os pequenos produtores,
que são as estratégias de comercialização;
além de possibilitar à população
acesso a alimentos frescos e a
preços justos.
Além de Araraquara que mantém
uma Feira do Produtor Rural, outra foi
instalada no ano passado em Américo
Brasiliense, com grande movimento
aos sábados. É o bom resultado de
um trabalho social, graças ao grupo
de parceiros.
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João Henrique de Souza Feitas durante a palestra em Lins
PARCERIA DO SENAR COM CANAL RURAL
Em Lins o Sindicato Rural integrou a
Caravana da Família Nação Agro
O diretor do Sindicato
Rural de Araraquara, João
Henrique de Souza Freitas,
que também responde pela
coordenadoria regional do
Senar, participou em março
de importante evento agro
em Lins.
A Caravana da Família Nação
Agro desembarcou na cidade de Lins
entre fevereiro e março, em mais uma
etapa de disseminação de informações,
promoção social e capacitação
profissional para o produtor rural
O jornalista Tobias Ferraz do Canal Rural e
os palestrantes, entre eles, João Henrique
da região. Com entrada gratuita, o
evento do Senar-SP (Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural) aconteceu no
Recinto de Exposições de Lins.
No intuito de ajudar o agricultor a
tirar dúvidas, discutir os temas relevantes
para o mercado e se inteirar
sobre novidades do setor, a Caravana
da Família Nação Agro disponibilizou
programação composta por várias
e importantes palestras, das quais
fez parte o coordenador regional do
Senar em Araraquara, João Henrique
de Souza Freitas, que também é diretor
do sindicato.
PALESTRANTES
A Rastreabilidade de Frutas e
Hortaliças foi o tema escolhido por
Edson Tadashi Savazaki, engenheiro
agrônomo da CATI (Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral).
A Regularização Ambiental –
CAR e PRA, foi o foco dado por João
Henrique de Souza Freitas, instrutor
do Senar-SP.
Já o palestrante Marcelo Rondon
Bezerra, consultor de negócios do
Sebrae-SP, optou em discorrer sobre
o Empreendedorismo e a Qualidade
do Leite, com Paulo Roberto, instrutor
do Senar-SP, que fechou o ciclo de
palestras.
JOÃO HENRIQUE
Ao falar sobre a Regularização
Ambiental, João Henrique de Souza
Freitas deu enfâse à ocupação de terras
no Brasil, que não passa de 40%
das propriedades rurais, existindo
11% em vegetação nativa. Os índices
são inferiores aos da Dinamarca com
76,8% e da Índia que utiliza 60,45%
do país para seu plantio.
Na verdade, a NASA e o Serviço
Geológico dos Estados Unidos
publicaram estudo, baseado em
monitoramento por satélite, sobre
as áres cultivadas do planeta, disse
ele. Em relação ao Brasil, a agência
americana calculou a área de lavouras
do país em quase 64 milhões de
hectares, o que corresponde a 7,6%.
A Embrapa, por sua vez, completou
João Henrique, havia feito esse cálculo
em 2016, também via satélite e
chegou a um resultado bem próximo:
66 milhões de hectares.
43|
NOTÍCIAS
CANAS
L
EDIÇÃO ABRIL | 2019
EVENTO EM BRASÍLIA
Feplana apresenta sua nova diretoria
e homenageia o presidente da CNA
Para orgulho do setor canavieiro, dois araraquarenses fazem parte da nova diretoria e do
novo conselho da Feplana: Luís Henrique Scabello de Oliveira e Nicolau de Souza Freitas
Da esquerda para a direita, Nicolau de Souza Freitas e Luís Henrique Scabello de Oliveira
foram apresentados como membros da nova diretoria da Feplana em Brasília
O presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),
João Martins, recebeu em março (26),
em Brasília, a Ordem do Mérito Canavieiro,
uma homenagem entregue
pela Federação dos Plantadores de
Cana do Brasil (Feplana) a personalidades
que se destacam na defesa
do agro.
Do evento participaram os araraquarenses
Luís Henrique Scabello de
Oliveira, presidente da Canasol e Nicolau
de Souza Freitas, presidente do
Sindicato Rural de Araraquara, apresentados
como membros da diretoria
da Feplana.
A solenidade teve a presença do
ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, além de outros representantes
do Governo, parlamentares e lideranças
do setor. Ao agradecer a homenagem,
Martins voltou a defender
políticas públicas e o fortalecimento
da classe média no campo e dedicou
a homenagem aos produtores rurais e
ao Conselho do Agro, composto pela
CNA, pela Feplana e outras 15 entidades
representativas do agro.
Alexandre Lima, presidente reeleito
da Feplana, tem sido participativo
em busca de soluções que envolvem
a classe canavieira na região central
do Estado de São Paulo. Este vínculo
tem fortalecido e dado notoriedade à
Canasol como instituição.
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Deputado Federal Arnaldo
Jardim foi enfático em dizer que
a classe tem muito a agradecer à
Federação e que ele a considera
legítima representante nacional
dos fornecedores de cana
Nicolau de Souza Freitas e Luís Henrique Scabello de Oliveira com o ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante solenidade realizada em Brasília
“Recebo essa homenagem em
nome de todos que acreditam em
mim. Esse prêmio é a compreensão
dos produtores de que estamos no
caminho certo quando criamos o
Conselho do Agro, onde todos têm o
mesmo poder. Precisamos da união
de todos para tirar o Brasil dessa situação
e torná-lo um país melhor. E
essa homenagem significa que todos
estão entendendo que estamos trabalhando
para ajudar os produtores
e o país a ter um futuro digno”, disse
João Martins.
O presidente da Feplana, Alexandre
Andrade, que foi reconduzido
para mais um mandato à frente da
instituição no mesmo dia, destacou
o papel do Conselho do Agro junto
ao Governo Federal na sugestão de
propostas para o setor e destacou a
atuação da CNA para justificar a homenagem.
“O Conselho tem tido muita influência
nas decisões de governo e
trouxe a ministra Tereza Cristina para
participar das discussões, além de
exercer um papel extremamente democrático
ao reunir diversas entidades.
Esse foi um dos motivos dessa
ordem e cabe destacar também que a
CNA está em outro patamar atuando
junto aos produtores”.
Jantar comemorativo à apresentação da nova diretoria da
Feplana e homenagens ao presidente da CNA
NOVA DIRETORIA DA FEPLANA
Presidente: Alexandre Lima
Vice-Presidente: Paulo Sérgio Marco Leal
2ª Vice-Presidente: Nádia Gomieri
SECRETARIA
1º Secretário: José Inácio Morais Andrade
2° Secretário: Bráulio Gomes Gomes
TESOURARIA
1° Tesoureiro: Luís Henrique Scabello de Oliveira
2° Tesoureiro: Luíz Carlos Dalben
CONSELHEIROS
Coordenador: José Santos Silva Amado
Sergio Germiniane
Nelson Ronchi
SUPLENTES
Edgard Antunes Neto Filho
Edson José Ustulin
Nicolau de Souza Freitas
A HOMENAGEM
Momento em que o
presidente da Feplana,
Alexandre Lima, entrega
o troféu que simboliza a
Ordem do Mérito Canavieiro
a João Martins, presidente
da Confederação da
Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), como
reconhecimento ao trabalho
realizado pelo ilustre
homenageado
45|
CONSTRUÇÃO
Entenda a diferença entre
Aço e Ferro na Construção Civil
A construção civil usa diversos tipos de materiais, como madeira, cimento, areia, telhas, blocos
cerâmicos, tijolos, ferro e aço. Muitos materiais usados têm similaridades quanto
a sua aplicação, ferro e aço, por exemplo.
O uso de ferro e aço na construção
civil é muito comum principalmente
para as fundações. Atualmente, cresce
também a tendência de adotar o
aço nas estruturas internas e externas
e usá-lo inclusive como forma de
agregar mais valor ao projeto arquitetônico.
Na hora de pesquisar sobre materiais
de construção para uma obra ou
reforma, muitas vezes surge a dúvida:
qual a diferença entre ferro e aço na
construção civil? Quais são as vantagens
desses materiais e como eles
podem ser usados?
O QUE É O FERRO?
Ferro é um elemento químico encontrado
na natureza geralmente sob
a forma de minério. Para ser usado,
o minério precisa passar por diversos
processos, feitos a altas temperaturas
e onde normalmente são
adicionados outros materiais, como
carbono ou cromo.
O ferro quase nunca é comercializado
puro, mas sim na forma de
produtos obtidos a partir desses processos.
Um exemplo é o ferro fundido,
onde o minério é processado para remover
as impurezas, aquecido em um
forno de altas temperaturas e recebe
adição de carbono e silício.
Por causa da alta temperatura, a
mistura é fundida e vira um líquido
que pode ser colocado numa espécie
de molde que tem a forma do produto
desejado. Existem, por exemplo, janelas
e portões feitos com essa técnica.
O QUE É O AÇO?
O aço é um dos principais produtos
que podem ser obtidos a partir do
minério de ferro. Para produzir o aço,
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o ferro também precisa ser aquecido
a altas temperaturas em um forno e
são adicionados outros elementos,
principalmente o carbono.
Muitas vezes, as pessoas acabam
confundindo e chamando de ferro o
que na verdade é aço. O aço é mais
comum na construção civil do que o
ferro e é usado na maioria das aplicações,
em diferentes tipos. O que
você mais vai ouvir falar são o aço
inoxidável e o aço galvanizado. O aço
inoxidável é aquele que não enferruja
e o aço galvanizado recebe uma cobertura
de zinco que garante resistência
à corrosão.
ONDE USAR
O FERRO E AÇO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Desde a estrutura até o acabamento,
existe sempre uma aplicação para
o ferro e aço na construção civil. Veja
alguns exemplos:
• Na fundação, para
confecção de vigas de
concreto armado;
• Na estrutura, como
material de sustentação;
• Em metais sanitários;
• Esquadrias, portas e
janelas;
• Portões e grades.
VANTAGENS DE
USAR FERRO E AÇO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
O ferro é um dos materiais mais
abundantes do planeta e a produção
em larga escala garante que ele e
o aço tenham um preço acessível e
serem muito versáteis. Além disso, é
ainda um material totalmente reciclável
e que está em dia com as tendências
de sustentabilidade.
Uma vez que esse material tem boa
resistência mecânica, um aço de boa
qualidade vai garantir a segurança e
a durabilidade da sua construção.
Na hora de construir com aço, eleja
sempre um fornecedor de qualidade.
Outro ponto positivo para o uso de
aço na construção civil é a possibilidade
de criar um projeto arquitetônico
arrojado e moderno e até mesmo
usar o aço em conjunto com outros
materiais.
47|
LAR DOCE LAR
Casa bonita
deve ser
funcional
Ter uma casa perfeita é
uma questão de percepção,
cada pessoa tem um estilo
e hábitos diferentes que
exigem que necessidades
diferentes sejam atendidas.
A primeira ideia que temos de casa
bonita é aquela que agrada visualmente
seus moradores, é segura e consegue
suprir todas as expectativas de
seus donos. Alguns padrões e normas
arquitetônicas são essenciais na hora
de construir a casa perfeita
Antes de iniciar uma reforma ou
construção de sua casa, é necessário
contratar um profissional certificado
para o trabalho. Ele deve ser responsá-
vel por criar opções de plantas
da casa que atendam aos costumes
e expectativas da família.
É importante que além de bonita,
sua casa deva ser funcional,
aconchegante e caiba no seu
orçamento.
A diversidade de materiais
para construção, no quesito
acabamento, faz a alegria da
família, mas é sempre bom aliar
as cores já com a pretensão dos
possíveis móveis, para que o
ambiente seja clean. Embora
cada pessoa tenha seu próprio
estilo de decoração, o clean
pode atender a todos os gostos, conforme
o preceito de que menos pode
ser mais.
Seguindo essa regra já pode ousar,
onde em se tratando dos móveis, a
regra fica mais maleável. Engana-se
quem pensa que para ser clean, os
móveis não podem ter cor, pois são
justamente eles que darão cor e vida
aos espaços.
Exemplo
de uma
planta
baixa
funcional
A claridade da casa deixa que sua
imaginação viaje, conseguindo assim,
decorar a sala de estar com sofás que
vão do Cabriolet para quem tem uma
queda por peças clássicas ou mesmo
uma tendência que tem sido cada
vez mais utilizada: o sofá com chaise,
que não somente garante charme ao
ambiente, como também proporciona
muito mais conforto e tranquilidade
em relação aos sofás comuns.
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IGNÁCIO LOYOLA BRANDÃO
Ele é araraquarense
E vem agraciando a nossa gente
Com sua literatura surpreendente
Ficou conhecido internacionalmente
No jornalismo, na tradução
Nos contos ou no teatro
Ignácio de Loyola Brandão
Tornou-se o nosso astro
HOMENAGEM DO LICEU
Ignácio de Loyola sempre
lembrado pelas crianças do
Liceu Monteiro Lobato
Indicação para o escritor
araraquarense assumir a
cadeira n° 11 da Academia
Brasileira de Letras, faz
transbordar de alegria os
diversos segmentos da
comunidade.
Da mesma forma que a euforia
tocou a sensibilidade do escritor
Ignácio de Loyola Brandão, indicado
em março para assumir a cadeira n°
11 da Academia Brasileira de Letras,
os alunos do Liceu Monteiro Lobato
comemoraram e recordaram a oportunidade
que tiveram de conhecer
suas obras três anos atrás, em concurso
literário organizado pela escola.
Ao saber então que o seu trabalho
seria tema do concurso, Loyola
Brandão enviou uma carta de agradecimento,
transformando essa
gratidão em uma missiva até hoje
guardada com carinho pelas crianças
do Liceu. Podemos dizer que o
trabalho escolar dos alunos, três anos
depois, simboliza o eterno reconhecimento
ao seu sucesso.
Para a escola não há outra forma
de homenagear Loyola a não ser tornar
pública uma missiva que faz parte
da nossa história.
Amigos do Liceu Monteiro Lobato.
Este ano que caminha para o final me
trouxe um mundo de alegrias.
Recebi o Prêmio Machado de Assis da
Academia Brasileira de Letras, o maior
do Brasil.
Publiquei um novo livro de crônicas –
que será lançado aqui em Araraquara na
terça-feira, dia 25.
Vou inaugurar na segunda-feira, aqui
em Araraquara, uma biblioteca com meu
nome no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de São Paulo –
Campus de Araraquara.
Querem coisa melhor para um escritor?
Ter o nome ligado a uma biblioteca?
Quando achei que já tinha acabado tudo,
soube que aqui no Liceu Monteiro Lobato
vocês leram, estudaram, trabalharam
em cima de textos meus.
Ou seja, lembraram-se de mim.
Aí eu disse: não precisa de mais nada.
O que vocês fizeram sabem o que significa?
A vida. A minha vida.
O escritor pode morrer.
E vai morrer, claro, ninguém dura pra
sempre. E Deus me livre de viver 500
anos e olharem pra mim dizendo: olha
aí um dinossauro do século XXI.
Talvez não saibam que o que vai me
conferir vida para sempre são os meus
livros.
Estarei sempre vivo para cada leitor
que abrir uma página minha. Vocês
Já fez crônicas, romances
E se destacou na literatura infanto-juvenil
Não é a toa que é conhecido
Como um dos maiores autores do Brasil
Já falou da coxinha
De amor e de futebol
Mas a sua maior paixão
É a nossa querida Morada do Sol
Verônica Bonazi Perez / Aluna do Liceu
2016 - 4° ano B / 2019 - 7° ano A
hoje, amanhã, vocês à medida que se
desenvolverem e continuarem me lendo,
transmitindo essa leitura a filhos e netos,
vocês estarão me mantendo vivo.
Fiquei bem contente ao saber que passaram
um tempo mergulhado nas coisas
que criei, inventei, copiei da vida, lembrei
de minha vida. Transformaram-se em
amigos, passaram a participar de minha
existência, são confidentes, cúmplices.
Quero dizer mais. Formei minha cabeça
lendo Monteiro Lobato. Eu era pobre e
tinha um amigo, cujo nome lembro até
hoje, Sérgio Foz, que me emprestou toda
a coleção, livro a livro.
Aprendi com Lobato, com Narizinho,
com Emília, com Pedro, dona Benta, tia
Anastácia e todo aquele mundo a ser
livre na literatura. A usar a fantasia, o
delírio, a loucura, o humor, a ironia, a
sátira para criar e olhar a vida e o mundo.
Amei Narizinho e nem imaginam o
que fiz com ela naquele sítio que foi no
fundo do meu quintal, no interior do meu
quarto, na varanda, assim como é para
vocês.
Tudo o que posso dizer, amigos do
Liceu Monteiro Lobato, é que a literatura
não me fez rico, mas me fez feliz, vivi e
vivo como quero. Aos 80 anos sou um
homem sempre recomeçando com projetos,
ideias, livros e personagens loucos
para saírem da cabeça. E com vocês e
com os que me leem estarei vivo para
sempre.
Dizer o que? Obrigado, nada mais.
Ignácio de Loyola Brandão
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Foto: Jonas Bezerra
Araraquara ainda mantém a tradição de possuir bons pilotos, sendo reconhecida sempre como a terra da velocidade
SAFRA DE CAMPEÕES
Kartódromo Adalberto Cattani,
onde mora a paixão pela velocidade
Araraquara sempre teve este gosto pelas competições de kart ou moto; tornou-se respeitada
em todo território pelos notáveis pilotos que conseguiu formar ao longo da sua história.
Com seu kartódromo em homenagem a Adalberto Cattani, a cidade tem resgatado sua
tradição e envolvido um seleto grupo de adeptos ao seu redor.
Inaugurado em setembro de
2010, o Kartódromo “Adalberto
‘Nenê’ Cattani”, localizado no Circuito
das Rodas, Parque do Pinheirinho, em
Araraquara, leva o nome de um dos
principais pilotos de kart da cidade
e que escreveu com sua habilidade,
uma incrível história de amor à velocidade.
Nenê Cattani iniciou sua carreira
em 1980 e ao longo de 22 anos,
competiu em mais de 200 provas
regionais, estaduais e nacional, colecionando
grandes vitórias.
Segundo Nilton Gonçalves, o Boca
– Presidente da Liga Araraquarense
de Pilotos - em abril de 2002, na
etapa que aconteceu no Kartódromo
Aldeia da Serra, sob chuva os demais
pilotos pararam para a troca de
pneus. No entanto, Nenê usando de
sua costumaz sagacidade, continuou
a prova com pneus slicks vencendo-a.
Tal feito fez o público presente ao kartódromo
ovacioná-lo.
Esta é uma das histórias, entre
tantas, que cercam o piloto, que
deixou um vazio no esporte automobilístico,
após sua morte ocorrida em
7 de setembro de 2002, em decorrência
de um acidente.
A VIDA QUE SEGUE
O kartódromo completa nove
anos, mas a cidade tem um histórico
desde a década de 60 nesse esporte,
assim como carros, motos, lambretas
e uma tradição de bons resultados.
Boca conta que começou a pedir
a construção deste espaço em 1982
para o então prefeito Valdemar De
Santi, mas somente em 2010, o
prefeito Marcelo Barbieri inaugurou,
onde conseguiu verba por intermédio
da Petrobras, usando um espaço
no Pinheirinho. Embora por contrato
a manutenção devesse ser a cargo
da prefeitura, quem cuida de toda a
organização e também a zeladoria é
a Liga.
Nilton Goçalves, o “Boca”, uma vida toda
dedicada à velocidade, hoje presidindo a
Liga Araraquarense de Pilotos
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES
51|
O piloto Carlos Caratti com
sua equipe na largada da
IV Etapa de Kart de Rua
em 1995
O campeão mundial de Fórmula 1,
Emerson Fittipaldi, sempre participou
de provas de kart em Araraquara. Uma
das competições foi em 1966.
Todo final de
semana funciona em
função de treinos e
eventos como corridas
de motonetas
e lambretas, Super
moto, kart alimentando
os grandes
eventos no estado. A
Liga Araraquarense
tem um histórico
muito bom de participantes como o
filho do piloto de Fórmula 1 Nelson
Piquet, pilotos da Bolívia, Bahia,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, Mato Grosso, Santa
Catarina entre outros que já prestigiaram
o Kartódromo com treinos e
provas.
Em 2010 também foi inaugurado
um evento de nível Nacional:
o Festival Brasileiro com 96 karts
presentes, e também pelo sexto
ano seguido o campeonato aberto
Super Kart Moto do interior, que
envolve Araraquara, Ribeirão Preto
e Bebedouro, onde este ano realizará
quatro etapas em maio, junho,
agosto e novembro.
Paralelo a isso também há
eventos particulares, onde já existe
reserva de data para o campeonato
“Quatro horas de motonetas”, que
é um teste de resistência, que será
realizado no dia 28 de julho.
Para abril tem o campeonato
“Pé de Chumbo” que são 28 karts
que circulam pelo Brasil, alugam
o espaço e fazem a competição.
Segundo o presidente da Liga, esse
é o quarto ano consecutivo que trazem
o evento para a cidade.
O Kartódromo “Nenê Cattani”
é aberto ao público, funcionando
aos sábados das 8 às 17h e aos
domingos das 8 às 12h, em domingos
de prova até às 17h, para quem
quiser conhecer ou se envolver nas
grandes histórias do automobilismo
araraquarense.
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ENTRETENIMENTO
Um bom lugar é
Nós em Cena
Se você procura um
restaurante onde o cliente é
o destaque, encontrou.
Comemorando seu segundo
ano com uma ampla reforma, o restaurante
oferece estacionamento
privado e gratuito, três ambientes,
espaço Kids, um cardápio variado de
petiscos e lanches, almoço durante
a semana e a já tradicional feijoada
que acontece a cada 15 dias, ressaltando
que a casa oferece também,
uma seleção de cervejas que vão das
tradicionais às artesanais da Opera.
Ambiente arejado e animado, com
palco interno para variados tipos de
shows, que vão do sertanejo ao MPB
chegando ainda no Pop Rock, também
apresentações de stand-up. Os
shows musicais acontecem todas as
sextas e sábados. Ainda um telão
onde o palco e o restaurante ficam
ao vivo, possibilitando que quem
esteja na área interna, veja toda a
movimentação.
Os pratos executivos já conquistaram
a clientela, e um dos carros
chefes é o filé à parmegiana, inclusive
no palito, uma novidade que vem
agradando até mesmo os paladares
mais exigentes.
A casa é uma das pioneiras na
Proprietários
Renato
Bressan e
Luciana Costa
Capuzzo com
a equipe de
colaboradores
do Nós em
Cena
venda do Chopp Império puro malte,
e quem chega é recepcionado pelos
proprietários sempre muito simpáticos
e prestativos Renato Bressan e
Luciana Capuzzo, que desde dezembro
de 2016, têm feito com que o
nome “Nós em Cena” conste entre os
melhores restaurantes de Araraquara
e região.
O restaurante fica localizado na
Avenida Rodrigo Fernando Grillo, 515,
em frente ao Shopping Jaraguá.
55|
APOIO:
Por Sérgio Sanchez
BILLIE
HOLIDAY:
A Lady do Jazz
Nasce em 7 de abril de 1915, Filadélfia,
Pensilvânia nos Estados Unidos,
Eleanora Fagon que adota posteriormente
o nome artístico de Billie
Holiday.
A LENDA DO JAZZ
Ninguém cantou como Billie Holiday.
Expressava em sua voz uma intensidade
de alma e coração, uma mistura
de dor e sensibilidade, sentimentos
que fizeram de suas interpretações ser
chamada de a “lenda do jazz.”
Embora Billie tenha tido uma infância
e toda sua vida muito triste,
acontecimentos que marcariam sua
vida pessoal e musical, não queremos
evidenciar estes fatos mas sim a grandeza
da sua personalidade e de sua
musicalidade incomparável.
O INÍCIO
Não tinha formação musical nenhu-
ma e para a mãe não ser despejada,
aos 15 anos começa a cantar em bares
do Harlen reduto da comunidade
negra de Nova Iorque. Em 1932, chamou
a atenção do produtor John Hammond,
que a levou para gravar seu
primeiro disco nos estúdios da CBS.
SEUS ÍDOLOS
Gostava de cantar baladas lentas
e tinha como referência Bessie Smith
e o trompetista Louis Armstrong que
ela ouvia nos bares em que trabalhava.
Iniciando sua carreira profissional,
passa a ser acompanhada da banda
de Benny Goodman
PRESTÍGIO NO MUNDO
DO JAZZ
Todos ficavam extasiados com a
presença de Billie. Cantou com várias
bandas e gravou uma série de músicas
com o saxofonista Lester Young.
Mudou a batida e a melodia das canções
que interpretava. Ganhou fama
se apresentando com as orquestras
de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count
Basie e Artie Shaw e também ao lado
de Louis Armstrong, já com o nome
artístico de Billie Holiday.
O TRISTE FIM
Após ganhar o mundo, mas envolvida
com vícios devastadores para sua
voz, precipitou sua derrocada artística.
É levada por amigos a um hospital
e recebe voz de prisão por porte de
entorpecentes.
Aos 44 anos, no dia 17 de julho de
1959 Billie Holiday falece em Nova
Yorque deixando um legado musical
reconhecido como sendo a “Maior
Cantora de Jazz de todos os tempos”.
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57|
Texto: Benedito Salvador
Carlos, o Benê, com a
colaboração de Deives
Meciano
VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS
Penha e Salerno, geniais como
pilotos e preparadores
As histórias aconteciam
num abrir e fechar de
olhos para cada um dos
participantes daquele
grupo. Nos fins de
semana quando todos
então se juntavam, víamos
que estávamos formando
uma família disposta a
construir o mundo da
velocidade.
Benê
Penha (José da Penha Moreira) e
Nezinho (Evaldo Salerno) eram muito
amigos, quase irmãos. Tinham além
da amizade, muita cumplicidade.
Nezinho era um piloto extraordinário,
dono de uma “tocada” limpa,
estilo Giacomo Agostini, planejada
e muito agressiva, não a toa que
ganhou várias corridas com magnífica
trajetória, inclusive do Campeonato
Brasileiro, participando ativamente
na história de prestígio que o Moto
Clube de Araraquara angariou por
este Brasil inteiro, em especial na
categoria 50cc, sem no entanto
ainda, ter outros prestígios, como de
ter participado brilhantemente em
três oportunidades das Quinhentas
Milhas de Interlagos, uma em parceria
com o próprio Penha, outra com
Zé Faito e por último com Ediwilmo
Queiroz.
Mesmo com todo este talento,
parou de correr muito jovem. Foi meu
primeiro ídolo, minha primeira inspiração,
nos meus sonhos de menino
piloto, sonhava só um pouquinho das
suas conquistas.
Penha também era um grande
piloto, tendo conquistado com méritos
o Campeonato Paulista de 1974
e repetido o feito em 1975. De outra
maneira, seu maior talento era de
preparador, onde não era só bom, era
Era 1975. Penha, um
dos nossos históricos
pilotos recebe o título
de bicampeão paulista
de motociclismo.
Uma conquista
memorável que nos
encheu de orgulho.
genial, fazia a custo de muito trabalho
e dedicação verdadeiros milagres.
Penha foi durante um longo
período, o responsável por cuidar
da motocicleta de competição de
Salerno, de origem Italiana e de marca
Mondial, por consequência responsável
de uma parte de seu sucesso.
Quando Salerno optou por parar de
correr, os papéis de certa forma se
inverteram e de piloto extraordinário,
passou a dividir intelectualmente
a criação de novos projetos, contribuindo
no “pensar” e no desenvolver
da mesma.
Em 1974 as importações foram proibidas
e as marcas YAMAHA, HONDA e SUZUKI se
instalaram definitivamente em nosso país,
investindo maciçamente em competições
com o objetivo de inserção de mercado.
Por muitas oportunidades fui
com ambos, na companhia de Neto
|58
(Olympio Bernardes Ferreira), Diogo,
Celso (Baiano Faito) Martinez, Pinho
(José Manoel do Amaral Sampaio) e
Dinho Dall’Acqua, andar na estrada
Araraquara/Américo Brasiliense para
testar as novidades desenvolvidas
e fazíamos da oficina dos Alemães
ali estabelecida, nosso boxe, onde
éramos tratados sempre com muito
carinho. Foi deste trabalho de ambos
que nasceu o super projeto vencedor,
que levou Penha ao bicampeonato
paulista em Interlagos, por conseguinte
um desconforto.
No ano de 1974 as importações
foram proibidas e as marcas YAMAHA,
HONDA e SUZUKI se instalaram definitivamente
em nosso país investindo
maciçamente em competições com
o objetivo de inserção de mercado,
o que não ocorria na categoria
50cc, pois ali estavam Penha com
sua italianinha e Neto com a alemã
Zundapp para atrapalhar com vitórias
que se sucediam. Às vezes, por
falta de calendário, a mesma corrida
contava pontos para o campeonato
Paulista e o Brasileiro despertando ira
também em participantes de outros
estados, especialmente do Paraná,
outro grande polo de competição,
que trazia uma MORINI, também para
“ganhar”.
Penha, Salerno e Ediwilmo,
Interlagos - 1972
Evaldo Salerno, Interlagos em 1973
Penha, Interlagos - 1974
AS HISTÓRIAS
Certa corrida, usando do regulamento,
depois de uma brilhante
vitória de Penha em Interlagos,
fizeram o depósito da quantia estabelecida
para “abrir” o motor da Mondial
esperando que esta estivesse fora do
regulamento, com mais cilindrada,
o que para surpresa geral, quando
cubicada resultou em menos, fruto
de um trabalho que internamente
ficou conhecido como “segundo
pistão”, uma cavidade criada dentro
do cilindro em formas de ovais,
acompanhada da redução do pino do
excêntrico do virabrequim que gerava
muito mais potência em forma de
maior compressão e menos desgastes
pelo fato da redução do tamanho
da biela.
Estes desenvolvimentos nasceram
lá atrás, fruto de experiências
acumuladas por uma vida toda por
Penha, quando desde menino já trabalhava
com o velho e também genial
Faito e de Salerno que, na companhia
de seu pai seo Nicola, pensava e
ganhava corridas.
O dinheiro arrecadado como
garantia para ver o cilindro da motocicleta
vencedora, foi para nós de
muita valia. Na volta paramos em
uma churrascaria, na via Anhanguera,
ainda pista única, perto da cidade de
Campinas, no sentido contrário da
pista e comemos por conta daqueles
que desafiaram a lisura da cilindrada
da Mondial, um maravilhoso rodízio,
transformando o desafio em uma
grande festa.
Velhos tempos, belos dias.
59|
Série
Bandas e
Grupos Musicais
da Cidade
O tempo romântico dos nossos grupos musicais; era o N.C. Som com Marinez Escada e Wilson José Orselli
Texto
Juraci Brandão
de Paula
EVENTO
O N.C.Som de Ney Castelucci era o xodó
para eventos mais badalados
Conversando com o Mucio
decidimos convidar os antigos
integrantes do Musical N. C. Som
para um encontro em sua casa;
19 de março, terça feira, 15h.
Tínhamos a ideia de relembrarmos
o passado do grupo. Passei na
casa do Luizinho Pavan e na hora
marcada chegamos ao destino.
Lá já estavam Zé Sabaúna, Nado
e Vilcides. O Mucio nos recebeu
como os demais amigos, de uma
forma muito especial. Sabemos que
ele é uma pessoa de uma finesse
no trato com as pessoas. O Zé
Sabaúna até acha que ele sempre
foi um Anjo. Concordo. Mas acho
que dessa vez ele, sua esposa
Lurdinha e seus filhos Silvio Luís e
Marco Antônio exageraram.
Caramba... E foi nesse clima de
total descontração que rolou a
nossa entrevista.
Ney Ricardo Castellucci foi o fundador
do Musical N. C. Som, que existiu
nos anos de 1969 a 1972. Ney, no início
de sua carreira tocava piano nos
saraus que o Clube Araraquarense
realizava aos domingos, das 21 às
24h. O grupo que tinha contrato efetivo
com o clube era o Bonini e seu
Conjunto, no qual o Juraci Brandão
de Paula (Jura) tocava guitarra. Sobre
o palco tinha permanentemente um
piano e quando aparecia no sarau um
pianista, ele era convidado a dar uma
canja, como se dizia na época. Isso
significava convite para tocar.
Ney, que era filho do Dr.
Castellucci, médico muito
conhecido na cidade, frequentava
assiduamente o clube e
assim, estava sempre dando
Ney, sempre sorridente ao lado
dos amigos que começaram
com ele no N.C. Som
canja, da mesma forma que outros
músicos como o Francisco Cortese
Filho (Kiko). Ney então foi aprimorando
o estilo que gostava de tocar
como bossa nova, jazz, além da
grande habilidade para improvisar.
Decidido a montar o seu próprio
grupo, começou a tocar com
o Francisco Carlos dos Santos
(Chiquinho Batera – Bateria), Percival
Borges Correa (Perci – Baixo) que
anteriormente tocava com o grupo
Os Intocáveis. Porém Perci em pouco
tempo deixou o grupo e foi substituído
pelo Roberto Mucio (Betão).
|60
A chegada dos músicos na casa de Mucio: Juraci, o anfitrião Mucio, Pavan, Nado,
Sabaúna e Vilcides
O cantor era o Carlinhos Vaqueiro,
(ex integrante dos Mug Boys) que
após algum tempo foi substituído
por Wilson José Orselli, que já havia
passado por vários grupos e tinha
um disco gravado com o grupo The
Snakes. Também foi líder do grupo Os
Profetas, onde o Pavan havia tocado.
A partir daí o conjunto foi se
consolidando e agregando novos
Cartaz
anunciando
o show do
grupo
Uma das
formações
do N.C. Som
em 1970,
com muito
fôlego em
pleno précarnavalesco
músicos como o guitarrista Getúlio
de Freitas Iani, tio do Marcos Volpe,
líder do Falso Brilhante. O Getúlio (ex
Intocáveis) permaneceu com o Ney
por um longo tempo.
O N.C. Som teve a primeira participação
feminina da época em grupos
musicais de Araraquara, que foi a
cantora Marinez Escada, atualmente
residindo em São Paulo. Esta formação
permaneceu até que o Getúlio
precisou deixar o conjunto. Em seu
lugar entrou o cantor e guitarrista
José Ronaldo Nakamoto (Nado)
que tinha participado do grupo Os
Atômicos e que atualmente integra
o Sweet Music. Com a chegada do
Nado e com as novas músicas incluídas
no repertório agora sob a sua
responsabilidade, o estilo do grupo
foi mudando, o que levou o Ney a
incluir instrumentos de sopro. Então
convidou o Vilcides José Alves Pedro
(trompete) e Carlos Alberto de Aguiar
Martins (Carlão Pepeta – Sax Tenor)
ambos experientes e integrantes dos
Intocáveis. Ney ainda trouxe para o
grupo outro músico, o Antônio Carlos
Modé (Sax Tenor). Estava assim completado
o Musical N. C. Som, agora
com um som mais pesado e adequado
para bailes.
Mucio conta que o conjunto teve
alguns uniformes mas o que mais se
destacou foi o terno branco que se
realçava sob a luz negra. As “berinjelas”,
como eram chamadas essas
lâmpadas especiais, estavam sendo
lançadas no mercado.
Assim, o grupo foi aprimorando
seu repertório para bailes, incluindo
músicas de sucesso da época como:
Pais Tropical, Zazueira, Aquele
Abraço, Aquarius, Venus, Traces,
Stormy, Raindrops Keep Falling On
My Head, Reflections Of My Life e
outras bem diversificadas. Uma das
preferidas do Ney era “Blues Walk”
tema de jazz muito tocado em samba
na época, pelos músicos amantes da
bossa nova. Ney usava essa música
para apresentar seus músicos nos
bailes. O Mucio acredita que nem o
Ney sabia o nome da música. Fui pesquisar
e descobri através do amigo
e músico araraquarense Benedito
Souza Antônio (Bê), grande pistonista,
idealizador e líder da famosa Banda
Ópus em Piracicaba. Tocamos muitos
anos juntos nos velhos tempos.
A presença do Musical N. C. Som
era constante em clubes como o 22
de Agosto (Av. Portugal), Associação
dos Alfaiates em São Carlos, Grêmio e
Ginástico em Rio Claro, Frigorífico em
Barretos e inúmeras cidades do interior
do Estado de São Paulo e norte
do Estado do Paraná.
CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES
61|
Hoje os meus domingos
São doces recordações
Daquelas tardes de
guitarras, sonhos e emoções
O que foi felicidade, me
mata agora de saudade...
Era comum o conjunto ser contratado
para fazer bailes com grandes
artistas. No Ginásio de Esportes de
São Carlos o N.C. Som acompanhou
o cantor Paulo Sergio que estava
fazendo grande sucesso. No São
Carlos Clube acompanhou a cantora
Nalva Aguiar e em Tatuí o cantor Almir
Rogério que também se destacava.
Beto Mucio e os demais entrevistados
concordaram que um baile
inesquecível foi em Ribeirão Preto no
Clube Regatas, com dois conjuntos
de Araraquara: Musical N.C. Som e
The Jungles. Era o Baile do Havaí, ao
ar livre e com direito a todas aquelas
frutas típicas de praxe.
Outro baile importante foi no
Clube 27 de Outubro em nossa
cidade, juntamente com o grupo
Super Panorâmico de Ribeirão Preto,
com a presença do excelente músico
Alcebíades Spínola Filho (Bidinho)
que se tornou conhecido internacionalmente.
Então chegou uma época de
Antes da apresentação, a chamada “passagem de som” entre os componentes do grupo
grande preferência do público por
eventos com grupos musicais. O conjunto
então tocava de quinta-feira a
domingo, inclusive à tarde em um
lugar e à noite em outro. Mucio fala
que de quinta-feira se apresentavam
no diretório dos alunos da Faculdade
de Odontologia da UNESP e nos
outros dias da semana até domingo,
revezavam entre O Barril e O Porão,
dois pontos de encontro da juventude
e dos casais, bastante concorridos
em nossa cidade. Já os sábados eram
reservados para os bailes.
O grupo então passou por uma
troca de baterista. O Chiquinho Batera
deixou o Musical N.C. Som e foi para
o The Jungles e o José Carlos Servino
(Zé Sabaúna), deixou o The Jungles
e foi para o Musical N.C. Som. Sem
dúvida dois grandes bateristas.
Pouco depois o Ney trouxe para
o grupo o formidável guitarrista Luiz
Antônio Pavan que com sua grande
capacidade harmônica e improvisação,
contribuiu sobremaneira para o
sucesso do grupo. E com essa formação
o N.C. Som foi até ao seu final.
Os amigos músicos presentes
neste inesquecível encontro, o Zé
Sabaúna, Pavan, Vilcides, Nado e
o nosso anfitrião Betão Mucio, são
unânimes em afirmar que aquela foi
uma época maravilhosa, de grande
aprendizado, de conquistas de muitos
amigos e que deixou saudades. Todos
residem em Araraquara.
O Ney há muito tempo mudou-se
para Sorocaba.
CURIOSIDADES
Mucio e Ney Castellucci cantando em uma das apresentações do grupo
• Beto Mucio conta que certa
vez foram tocar em Limeira na Festa
da Lagosta. Era tanta lagosta que o
Chicão, motorista do conjunto, resolveu
trazer uma para assustar o seu
|62
Em 1969 foi realizado um desfile de modas na cidade com a apresentação de Ivan
Roberto Peroni e o acompanhamento de Ney Castellucci
pai. Duro foi aguentar o cheiro da
lagosta durante a viagem toda.
• Sabaúna diz que num ensaio
o Modé chegou todo contente e
falou: “O Vilcidão... como é que está
Vilcidão? O Vilcides que estava com
bronca dele respondeu: “Como estou
ou deixo de estar é problema meu. Vai
pra p. q. p.” Foi só risadas.
• Sabaúna contou outra. Disse
que foram tocar numa festa dos
médicos no Clube 22 de Agosto,
ainda na Avenida Portugal e o Pedro
Rodrigues que era o empresário e
muito brincalhão falou para o Carlão
Pepeta: “Opa? Músico novo? Você eu
não conhecia! Qual é a sua graça?”
e o Carlão na maior inocência e talvez
não entendendo bem a pergunta
respondeu todo respeitoso e meio
sem jeito: “A minha graça é rir.” E o
Pedro Rodrigues respondeu na lata:
“Então vai rir na p. q. p., seu moleque”.
Novamente só risadas.
• Outra contada pelo Sabaúna.
O conjunto regressando de um baile
e ele e o Vilcides sentados juntos no
último banco da perua Kombi. O Zé
querendo dormir e o Vilcides falando:
“Porque na minha arma calibre 38 eu
uso balas de tal tipo. Na minha arma
calibre 45 uso balas desse outro tipo.
Na minha outra arma de cano longo
uso... O Zé interrompeu e disse: “Em
todas as minhas armas uso um só
tipo de balas: balas toffee”. O Zé disse
que aí é que não dormiu mesmo. Teve
que aguentar as broncas do Vilcides
até o final da viagem. O Vilcides confirmou
a história.
• Esta quem contou foi o Pavan.
Era um baile no Clube 22 de Agosto.
Foram tocar a música El Presidente,
sucesso da banda Herb Alpert’s
Tijuana Brass. O clube cheio. O Pavan
duvidando, desafiou o Vilcildes a tocar
a música em pé sobre uma cadeira.
No final da tarde, após
rodada de boa conversa
que durou horas, os
músicos do antigo N.C.
Som resolveram se unir
em músicas que serviram
para matar a saudade.
Foi um tempo de
felicidade que passou.
O Vilcides não teve dúvidas. Subiu na
cadeira e tocou. O público aplaudiu.
Vilcides gostou.
• Essa é do Mucio. Foram tocar
um baile na cidade de Itaberá, na
divisa com o Estado do Paraná. Uma
chuva tremenda. Terminou o asfalto e
ainda tinha uns 40 km de puro barro
e chuva que não acabava mais. Todo
mundo chic com uniforme de tergal
e o Nado com uma calça, também
de tergal, azul piscina e um sapato
preto novo muito bonito de verniz.
Nisso a Kombi encalhou naquele
barro e os músicos tiveram que descer
para empurrar. O Nado andando
todo delicado, pisando na ponta
dos pés, escolhendo o barro que ia
pisar na noite escura e embaixo de
chuva, de repente caiu num buraco,
afundou no barro até a altura do joelho
e ficou atolado. Não saia mais.
Os outros empurrando a Kombi e
os pneus jogando barro em todos.
Quando conseguiram chegar no
clube já era 23h30, molhados e com
barro até nos cabelos. Era um baile
de formatura e já tinha outro conjunto
tocando. É claro que não tocaram,
não receberam e ainda correram o
risco de apanhar. Só ouviam o público
gritando “Lincha, lincha...”. Agora o
Mucio conta e todos relembram e
riem muito...
63|
LEMBRANÇA
Tufich Haddad
Até breve,
amigo!
Araraquara está entristecida
com o falecimento de
um dos seus mais nobres
empresários: Tufich Haddad.
Foi sepultado no dia 29 de março
no Cemitério São Bento em Araraquara,
o comerciante Tufich Haddad.
O termo “comerciante” era como ele
gostava de se identificar, trazendo
essa simbologia desde os tempos do
Armazém Santa Cruz, cujo tempo de
trabalho dividia com os irmãos José e
Chafik (Chafizinho).
Anos mais tarde, com a concessão
para revender produtos da Antarctica,
ele tinha praticamente a metade da
clientela centrada na Vila Xavier, a
outra parte cabia aos Carvalho. Eram
as únicas revendas para Araraquara
e região. Por longo tempo o empresário
Tufich - dançarino de mão cheia
- sempre acompanhado da esposa
Hadyha, se manteve envolvido pelos
negócios, tornando-se pela sua trajetória
um amigo dos mais queridos e
respeitados.
Sua morte não apenas entristeceu
a cidade, mas amigos e parentes
se manifestaram nas redes sociais
como forma de carinho. Elias Chediek
escreveu: “Querido tio Tufick Haddad,
pessoa alegre, integra, um grande
exemplo para todos nós, que constituiu
uma Família maravilhosa, nossas
homenagens”.
Denise Haddad uma de sua filhas,
postou uma mensagem em homenagem
ao pai – “Hoje o céu está em
festa! Uma estrela subiu para brilhar!!
Meu amado pai com certeza está
sendo recebido com uma orquestra
angelical e flores pelos seres celestes
Tufich nos deixou aos 94 anos de idade;
levou com ele parte da história da cidade
ancorando sua passagem de luz, para
brilhar ainda mais l! Um pai e um homem
extraordinário, que sempre esbanjou
alegria pela vida!! Generoso,
amoroso, protetor, otimista, dançarino,
Querido por todos, amante da vida e
da família. Com certeza deixou um
legado de amor. Te honro!! Te amo!!!
Siga na paz meu amado”.
Deixou a esposa Hadyha e os filhos
Marina, Gisela, Lenira, Denise, Mônica,
Adilson e Fábio.
A empresa
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VIDA SOCIAL por Maribel Santos
Mais doçura e fé, por favor!
Olá querido leitor! O mês de abril nos traz a principal celebração do ano litúrgico cristão
e também a mais antiga e importante festa cristã: A Páscoa! A data determina todas as
demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo
de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período
de quarenta dias de jejum, orações e penitências. Mas, na prática ainda é assim? Em
tempos tão nebulosos, com tanta intolerância e falta de amor, sinto a fé das pessoas
enfraquecida. E, além disso, a família perdeu o rumo em relação aos conceitos mais
importantes de moral e religiosidade. A maioria das crianças cresce como se fossem
robozinhos, parecem plugadas em um dispositivo, não brincam mais e não recebem uma
formação e uma educação adequadas. Carecemos de dias mais doces e recheados com
muita fé. Uma feliz e santa Páscoa para todos!
Super
MULHERES EMPREENDEDORAS
DE ARARAQUARA
Clube Araraquarense
Vilma Roveri, Vera Lucia Zenatti,
Marilene Ramos, Carmen Heloisa
Marim, Wilma Zenatti e Francisco
de Assis Peixe
Marina Machado, Márcia Barbosa,
Maisa Teixeira e Márcia Caffarelli
Carolina Carvalho de Oliveira e
Juliana Caracho Nunes Pestana
são proprietárias da SweetPapinha.
A empresa trabalha com o preparo
de alimentação infantil saudável e
traz para as mamães araraquarenses,
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Antonieta Magalhães e Claides Soldado
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Luciana Nascimento
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Val Ribeiro
e Elisangela Moura
Humberto Gouvêa Figueiredo e Fabiana Delbone
Regina Borin
e Ge Zoom
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VITRINE
VITRINE
DA REDAÇÃO
JOÃO CARLOS
Angela, Sérgio Sanchez e Cláudio
ANIVERSÁRIO
Wanderlei Macris, deputado federal e Joel Aranha
Lebrão, Teca Lombardi e Leila Valili
ANIVERSÁRIOS
Abril|2019
A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes
DATA
NOME
EMPRESA
DATA
NOME
EMPRESA
01/04
01/04
02/04
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03/04
06/04
06/04
07/04
07/04
08/04
09/04
09/04
09/04
10/04
10/04
12/04
13/04
14/04
14/04
15/04
Giovanni Sardisco
Maurício de Vechi
Erika Maris Cataneu
Gustavo Alcazan Parizi
Mario Takechi Takatsui
Raphael Haddad Tedde
Suzana Conrado
Antonia Regina Carascosa
Gustavo Bonani
Jeferson Honorio de Souza
Anderson Botario Siqueira
José Carlos Costa
Raul Souza Sulzbacher
Antonio Deliza Neto
Custódia Souza Tomé
Dorival Delbon Filho
João Euclides Vilchenski
Claudia Oliveira Rapattoni
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DD. Diretor CECOMÉRCIO
DD. Presid. Sincomercio/SCPC
Jô Calçados
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Oliver Folheados
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Ótica Thiago
17/04
17/04
18/04
18/04
19/04
22/04
22/04
22/04
23/04
24/04
24/04
27/04
27/04
27/04
28/04
28/04
29/04
29/04
30/04
Anderson Cesar Marqueti
Tarcisio de Freitas Alves
Elaine Cristina Senhorini
Marcos Teixeira dos Santos
Sérgio Luis Bignotto
Domingos Bonani Júnior
Ivete Aparecida Caparelli
Lúcia Helena G. Fanelli
Omar Lopes Fernandes
Miriam Pinto de Oliveira
Rosa do Prado Mariano
João Mahfuz Júnior
José Antonio do Carmo Faria
Maria Lais Ramos da Silva
Carlos Alberto Magdalena Jr
Marcos Rogério Eiras
Rafael Ferreira Toqueiro
Vaine Cortez Angelo
Nelson Ferreira Pinto Júnior
Habitus Academia
Alves Auto Peças
Portomaggiore Indústria
Import Componentes
Funerária Bom Jesus
Limar Automóveis
Móveis Caparelli
P@pelaria.com
Luma Engenharia
Escola “Imac. Coração de Maria”
Welckman Tintas
J Mahfuz
Constroeste
Ramos Presentes
Magdalena Imóveis
JR Calçados e Chapéus
Cesta Básica União
Geração Mulher
Aramix
|68
Jô, Tavinho Quintão e João Portero
Tavinho, Valdir Massucato e Giovani Peroni
Sandra, Joel e Fábio Santiago
Elaine Maria Sgaviolli e
Valdir Massucato
Luciana Fernandes e
Marcelo Cavalcanti
Jader de Oliveira e
Juliana Crociari
Luiz Alberto Pereira e
Sinaida Pereira
Dona Itália
Secondino
Beto Neves e Beto Placco
69|
Luís Carlos
Cidades sem almas
As cidades são como as pessoas:
elas possuem caras, personalidades,
almas. O mundo moderno tornou-se
pequeno depois que a comunicação
entre os seres humanos se tornou instantânea.
O tempo reduziu-se. No entanto,
o contraste é sentido. O espaço
não se modificou, ainda continua o
mesmo tal como há milhares e milhares
de anos.
Essa instantaneidade aparente, espaço-tempo,
leva-nos à falsa impressão
de que, embora haja intenso intercâmbio
cultural no mundo todo, na verdade
as diferenças entre as cidades, e, por
consequência entre seus habitantes,
estão muito mais profundamente enraizadas
do que se pensa.
Para se comprovar isto basta apenas,
por um determinado período,
isolá-las umas das outras no tempo, e
aí, à falta de alternativas, elas refluem
tal como eram no passado, idênticas,
muitas vezes, assim como as pessoas,
infladas de preconceitos, que o verniz
da civilização tentou esconder, mas
que não sepultou definitivamente.
Entretanto, com a estandartização
mundial de tudo e de todos, as cidades
estão perdendo suas características
essenciais que fazem com que elas se
diferenciam das demais, e isso não é
bom. Elas estão tornando-se cidades
sem almas. É preciso exaltar a diferença,
porque se perdermos a identidade,
perderemos tudo.
As cidades possuem suas antigas
ruas, com nomes de vultos do passado
ou de moradores falecidos que acrescentaram
algo aos seus conterrâneos
e justamente por isso foram homenageados.
Algumas possuem monumentos,
casas tombadas pelas pessoas interessadas
na preservação da história;
outras ainda conservam seus antigos
BEDRAN
Sociólogo e cronista da Revista Comércio,
Indústria e Agronegócio de Araraquara
mercados ou as construções, algumas
em ruínas, de suas abandonadas estações
ferroviárias; outras, suas praças,
seus coretos e suas centenárias árvores.
A padronização de uma cidade tão
somente para, como dizem, “acompanhar
o progresso”, podem levá-las à extinção
de sua história, de sua própria
alma. Crimes ambientais cometem-se
à beça, a pretexto da modernização de
tudo. Um grande erro, muitas vezes de
difícil, senão de impossível reparação.
Logo perderemos também nossa
língua, nossas tradições, nossos costumes.
Hoje, visitar uma cidade, com
algumas exceções, é como se já a conhecêssemos
há tempos. Nada a diferencia
das demais: um verdadeiro deserto.
Não há nada de típico, do local,
de produto da terra.
Nas maiores os shoppings são
todos iguais — quem conheceu um
shopping apenas, conheceu-os todos,
sem que seja preciso fazer esforço algum.
Lojas da mesma rede, franquias,
encontradas em todo o lugar. Nas menores,
então, que poder-se-iam nelas
encontrar a diferença, é aquela monotonia,
parecendo até que seus moradores
têm vergonha de nelas habitarem,
quando deveria ser o contrário, muito
orgulho mesmo.
Algumas pequenas cidades faziam
questão de ser apelidadas como hospitaleiras.
É que no passado seus moradores
acolhiam os visitantes, mas de
tal forma, tão carinhosamente, que eles
mesmos acabavam por se sentir tão integrados
nelas quanto os autóctones,
ou até mesmo mais. Fixavam residência,
encontravam trabalho, constituíam
família. E nunca mais as deixavam.
É que a hospitalidade, nos vários
povos, desde remotas eras, sempre
foi considerada sagrada. O viajante, o
peregrino, em suas andanças, seja de
negócios ou para cumprir preceitos
religiosos, percorria léguas e léguas,
passava privações, mas depois eram
recebidos e abrigados numa tenda ou
numa cabana simples, habitadas por
pessoas a eles desconhecidas.
E a reciprocidade também era tida
como sagrada. Essa tradição, mais
do que milenar, depois foi ampliada
a países e cidades, cujos migrantes e
imigrantes eram recebidos de braços
abertos. Em nosso país, os cientistas e
desbravadores dos sertões nos séculos
passados enfatizaram muito a acolhida
amiga que sempre tiveram, mesmo
nas casas humildes de caboclos que os
hospedavam, dividindo até entre eles,
irmanamente, as poucas provisões que
tinham.
A alta autoestima dos moradores
deveria sempre comunicar-se às
suas cidades, porque elas aí também
teriam maior orgulho de si mesmas,
maior amor-próprio. Georges Rodenbach
(1855-1898), em “Bruges, a Morta”,
disse que “As cidades, sobretudo, têm
assim a sua personalidade, um espírito
autônomo, um caráter quase exteriorizado
que corresponde à alegria, ao
amor novo, à renúncia, à viuvez. Toda
cidade é um estado de alma e basta
demorar-se nelas um pouco para que
esse estado de alma se comunique, se
nos propague num fluido que se inocula
e se incorpora com a nuança do ar”.
Raymond Willians (1921-1988) em
“O campo e a cidade” (2011) faz uma
comparação e contraste entre o campo
e a cidade. O campo associa-se à
paz, inocência e virtudes simples; mas
também, um lugar de atraso, ignorância
e limitação. A cidade, o centro de
realizações, de saber, comunicações e
luz; mas também um lugar de barulho,
mundanidade e ambição.
Cidades na verdade, são como gente:
possuem cara, personalidade, caráter,
amor-próprio, orgulho e vaidade.
Quantas mesmo já não morreram?
Têm aquilo que não se vê, mas se
sente. Espírito, alma. Pobres daquelas
que não as possuem.
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CAIXAS
PERSONALIZADAS
cALENDARIOS
cARTOES
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