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GAZETA DIARIO 842

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12 Geral<br />

Foz do Iguaçu, segunda-feira, 8 de abril de 2019<br />

Cinco opções<br />

Como a coluna adiantou, o ministro da Educação, o<br />

colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, está por um fio<br />

no governo de Jair Bolsonaro. Tudo por conta do<br />

troca-troca no segundo escalão da pasta — foram<br />

mais de 20 mudanças em três meses. No final de<br />

semana, a imprensa nacional destacou cinco nomes<br />

que estão sobre a mesa do presidente para<br />

substituir o confuso ministro responsável pela<br />

formação dos jovens do país.<br />

Opções II<br />

Três nomes são técnicos e do gosto dos generais do<br />

Planalto, como o do presidente do FNDE, Carlos<br />

Alberto Decotelli, bolsonarista de primeira hora, e<br />

Ivan Camargo, primeiro a derrotar o "PT &<br />

puxadinhos" na disputa para reitor da Universidade<br />

de Brasília.<br />

Opções III<br />

As opções políticas são o senador Izalci Lucas; a<br />

surpresa, o deputado João Roma, que trocou o DEM<br />

pelo PRB; e Álvaro Domingues, criador do Galois e<br />

Inei, escolas de sucesso em Brasília, e presidente do<br />

Fórum Nacional de Educação.<br />

Empate técnico<br />

Após três meses de gestão, Bolsonaro se encontra<br />

em um empate técnico entre os que aprovam e<br />

aqueles que desaprovam o governo, segundo<br />

pesquisa Datafolha divulgada nesse domingo (7)<br />

pelo jornal Folha de S.Paulo. 33% dos brasileiros<br />

consideram o governo regular; 32%, ótimo ou bom; e<br />

30%, ruim ou péssimo. Entre os entrevistados, 4%<br />

não souberam opinar.<br />

Empate II<br />

Os dados revelam outra informação preocupante<br />

para Bolsonaro e sua equipe, porque mostram uma<br />

inversão considerável da opinião pública logo após a<br />

eleição de outubro do ano passado. Naquele<br />

período, a expectativa em relação ao governo do<br />

presidente, antes da posse, era de 65% ótimo ou<br />

bom; 17%, regular; e 12% de ruim ou péssimo.<br />

Ficha técnica<br />

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos<br />

porcentuais para mais ou para menos. O<br />

levantamento ouviu 2.086 pessoas, com mais de 16<br />

anos, em 130 municípios, nos dias 2 e 3 de abril.<br />

"Kkkkkk"<br />

Dessa maneira Bolsonaro reagiu, no Twitter, aos<br />

números da pesquisa. "Datafolha? Não vou perder<br />

tempo para comentar pesquisa do Datafolha, que diz<br />

que eu ia perder para todo mundo no segundo<br />

turno", disse ao ser questionado pela Folha.<br />

Um ano<br />

Esse é o tempo, completado ontem (7), que o<br />

ex-presidente Lula está detido na Superintendência<br />

da Polícia Federal em Curitiba. A capital do Paraná<br />

viveu um domingo atípico com manifestações,<br />

principalmente na região do bairro Santa Cândida.<br />

Mais de meio milhão de pessoas participaram,<br />

segundo os organizadores.<br />

Em baixa<br />

Em compensação, as manifestações em defesa da<br />

Operação Lava Jato e do governo Bolsonaro tiveram<br />

quórum baixíssimo. Em Foz do Iguaçu, de acordo<br />

com foto que circulou em grupos de WhatsApp, a<br />

adesão não chegou a uma dezena.<br />

DEM forte<br />

A coluna Denise Rothenburg informa que, enquanto<br />

o presidente Bolsonaro conversa com os partidos em<br />

busca de apoio, o DEM aproveita a estrutura que já<br />

tem montada no Executivo para conquistar postos<br />

estratégicos em troca de recursos federais.<br />

DEM II<br />

Na última semana, o partido integrou aos seus<br />

quadros os prefeitos de Curitiba, Rafael Grecca, de<br />

Chapecó, Luciano Buligon, e de Imperatriz, Assis<br />

Ramos, que vem do MDB. Aí, o "bicho pegou".<br />

Tempo quente<br />

O comando do MDB, leia-se o grupo do expresidente<br />

José Sarney, está uma fera. E essa briga é<br />

apenas o começo.<br />

Mais de política no www.cabezanews.com.<br />

ATENÇÃO<br />

Empresário faz alerta sobre erros de<br />

leitura em aparelhos para testar diabetes<br />

Objetos são vendidos aos milhões em farmácias de todo o Brasil e países vizinhos<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

O empresário e ex-vereador<br />

de Foz do Iguaçu Mohamad<br />

Barakat, como milhões de<br />

outros brasileiros, tem diabetes.<br />

O diabetes é uma doença<br />

que exige cuidados, entre eles<br />

a medição diária dos níveis de<br />

glicose no sangue. Esse controle<br />

pode ser feito pelo próprio<br />

paciente em casa com o<br />

uso de medidores de glicerina<br />

— portáteis, fáceis de usar e<br />

que dão resultados em segundos.<br />

Barakat tinha um desses<br />

aparelhos milagrosos. Mas o<br />

que acontece quando alguma<br />

coisa dá errado?<br />

"Uma noite me acordei muito<br />

mal, tremendo, suando frio,<br />

com tontura... Pensei que ia<br />

morrer", contou Barakat. O motivo<br />

é que horas antes ele tinha<br />

a feito a medição de glicose, e o<br />

resultado mostrou que estava<br />

Resultados diferentes até na hora da entrevista no Gazeta Diário<br />

muito alta. "Então tomei remédio<br />

a mais para que a glicose baixasse,<br />

mas o aparelho — que<br />

era novo — estava dando erro<br />

de quase 30% e minha glicose<br />

baixou demais", explicou.<br />

Em seguida, ele teve de viajar<br />

a São Paulo a negócios e<br />

ficou na casa de um amigo. "Em<br />

conversa com o amigo, ele sugeriu<br />

que eu testasse um medidor<br />

de outra marca", lembrou.<br />

O teste foi feito, e o resultado foi<br />

muito diferente entre os dois medidores.<br />

De volta a Foz do Iguaçu,<br />

Barakat fez uma visita à redação<br />

do Gazeta Diário, na qual,<br />

em conversa com os repórteres,<br />

refez um teste — dessa vez<br />

com dois aparelhos diferentes.<br />

Primeiro ele testou o equipamento<br />

que usou em casa antes<br />

de viajar para São Paulo. De<br />

novo, o resultado foi 176, o que<br />

indica um número muito alto.<br />

Nesse primeiro teste, o empresário<br />

usou o medidor One Touch,<br />

da Johnson & Johnson, fabricado<br />

na China, importado legalmente<br />

pelo Brasil e com número<br />

de registro na Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária<br />

(Anvisa).<br />

Em seguida fez o mesmo<br />

teste utilizando o medidor Accu<br />

Chek, da Roche, fabricado na<br />

Alemanha. O resultado na segunda<br />

máquina foi 156. "Uma<br />

diferença dessa é muito séria",<br />

afirmou, lembrado que no caso<br />

dele o primeiro resultado apontou<br />

para uma quantidade muito<br />

alta de glicose no sangue. Barakat<br />

tomou o remédio para baixar<br />

o índice e, como resultado,<br />

passou para o lado oposto da<br />

escala do medidor, o da hipoglicemia,<br />

que significa baixíssimo<br />

nível de açúcar no sangue.<br />

"Minha preocupação é que<br />

se eu podia ter morrido, muita<br />

gente pode estar em perigo.<br />

Para mim isso mostra falta de fiscalização.<br />

As pessoas têm que<br />

ser informadas sobre o perigo<br />

da leitura errada por conta de<br />

calibração diferente de instrumentos<br />

tão importantes para a<br />

saúde de diabéticos", ressaltou.<br />

Segundo ele, é necessário<br />

que as autoridades façam testes,<br />

fiscalizem os produtos e esclareçam<br />

sobre os direitos das pessoas<br />

vítimas desse erro grave.<br />

Foto: Robson Meireles

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