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GAZETA DIARIO 842

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04 Cidade Foz do Iguaçu, segunda-feira, 8 de abril de 2019<br />

Dr. Marcelo Azevedo<br />

DIREITO E INTERNET<br />

Relação de consumo e direito do consumidor, na coluna de hoje gostaria<br />

de reproduzir uma publicação da minha colega Dra Helen Zanellato da<br />

Motta Ribeiro que é advogada com atuação em Direito do Consumidor e<br />

escreveu para A Gazeta do Povo em 22/11/2018.<br />

O constante crescimento do comércio digital coloca o Brasil entre os dez países<br />

com maior poder de compra online, consequentemente, o consumidor adquire<br />

cada vez mais confiança em realizar transações pela internet. Dados do<br />

Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de<br />

Dirigentes Lojistas (CNDL) mostraram que 43% dos consumidores online<br />

aumentaram as compras de produtos pela internet em 2017.<br />

Em consequência disso, também aumentaram os casos de litígios<br />

envolvendo o comércio eletrônico e a solução nem sempre é pacífica, o<br />

problema é que a legislação sobre o tema não é atual, o Código de Defesa<br />

do Consumidor (CDC) é de 1990, o Decreto n. 7.962 que dispõe sobre<br />

regras específicas acerca de contratação no comércio eletrônico é de 2013<br />

e o Marco Civil da Internet que também faz disposições de questões<br />

específicas é de 2014.<br />

É preciso que o Congresso avance de maneira ágil com a aprovação do<br />

projeto de atualização do Código de Defesa do Consumidor.<br />

?O histórico brasileiro já demonstra como é lento o processo de atualização<br />

de leis importantes como o CDC, desde 2012 o Congresso discute projetos<br />

para atualizar o código e, de lá para cá, poucos avanços ocorreram e<br />

foram mais direcionados ao comércio online.<br />

O Direito do Consumidor está presente no nosso dia a dia há anos,<br />

entretanto, a legislação não acompanhou a atualização de novas<br />

tecnologias e da internet, pelo contrário, durante todos estes anos o Direito<br />

do Consumidor não se modernizou na mesma proporção do crescimento<br />

das relações de consumo.<br />

O surgimento de aplicativos como Waze , Uber, ifood, amazon.com , são<br />

exemplos de destaques nas discussões do Direito do Consumidor, pois a<br />

legislação atual não dispõe de regras específicas para tais ferramentas.<br />

Nesse caso, abre-se precedente para questionar se tais tecnologias estariam<br />

ou não sujeitas às regras do Código de Defesa do Consumidor.<br />

A princípio, tais tecnologias estão sujeitas à legislação existente, que não<br />

abrange de forma eficaz essas relações de consumo. Tanto que o Poder<br />

Judiciário decide na analogia, ou seja, submetendo as novas relações de<br />

conflitos às regras já existentes, o que não é condizente tampouco satisfatório.<br />

Em alguns casos, o Poder Judiciário acaba criando uma nova<br />

jurisprudência, ou melhor, decisões inovadoras para a atualidade, já que<br />

não existem regras específicas, e, quando o tema não é reformado pelos<br />

tribunais superiores, casos em que as instâncias inferiores devem seguir o<br />

mesmo entendimento, as decisões podem ser desiguais, pois cada caso<br />

concreto receberá uma determinada sentença que nem sempre será a<br />

mais justa e correta para o caso.<br />

Por isso, a atualização do CDC é tão importante quanto foi a do Código de<br />

Processo Civil. Com a proliferação de novos negócios jurídicos que<br />

surgem das mais diversas tecnologias, as relações de consumo estão<br />

sujeitas a outros tipos de conflitos e demandas judiciais. Sem uma legislação<br />

específica para definir o que é dever e direito do consumidor nesses casos,<br />

os tribunais ficarão ainda mais sobrecarregados.<br />

Essa instabilidade frenética do mercado e a diversidade de serviços e<br />

produtos ofertados irão acarretar inúmeras possibilidades nas relações de<br />

consumo, sendo que o Poder Judiciário não estará preparado para julgá-las.<br />

Por consequência, o resultado da legislação deficitária e insuficiente trará<br />

enorme insegurança jurídica, seja para o consumidor ou para o fornecedor.<br />

O comércio eletrônico e os modelos de negócio pela internet não são<br />

apenas mais uma forma de fazer negócios no mercado de consumo, mas<br />

parte de uma transformação sem volta de como as pessoas se relacionam.<br />

Neste cenário, é preciso que o Congresso avance de maneira ágil com a<br />

análise e aprovação do projeto de atualização do Código de Defesa do<br />

Consumidor, disciplinando de maneira específica sobe esse tema."<br />

Marcelo Azevedo é advogado (OAB.74325) especializado em direito empresarial e<br />

processo penal, atua em reestruturação de operações empresariais e está<br />

especializando-se em direito de internet.<br />

“MEDIDAS URGENTES”<br />

Chico Brasileiro defende as<br />

reformas para o país em evento<br />

empresarial do setor varejista<br />

Simpósio de Varejo e Shopping reuniu deputados<br />

federais e lojistas de todo o Brasil em Foz do Iguaçu<br />

Da assessoria<br />

Reportagem<br />

Durante o 4º Simpósio Nacional<br />

de Varejo e Shopping no<br />

sábado (6), o prefeito de Foz<br />

do Iguaçu, Chico Brasileiro,<br />

destacou o engajamento da<br />

sociedade civil organizada nos<br />

processos de discussões das<br />

reformas políticas e administrativas<br />

do setor público. Realizado<br />

no Wish Resort Golf Convention,<br />

o evento reuniu deputados<br />

federais e lojistas de todo<br />

o Brasil na Terra das Cataratas.<br />

"As reformas são urgentes<br />

e necessárias. A cada ano que<br />

passa, se não fizermos ajustes,<br />

passaremos do estado de urgência<br />

para calamidade. Nestes<br />

processos de discussões sobre<br />

alternativas viáveis, a participação<br />

de toda a sociedade é<br />

fundamental para que tenhamos<br />

reformas equilibradas e<br />

justas com todos os segmentos.<br />

Com estes ajustes, teremos um<br />

Estado mais célere e eficiente<br />

nas ações", afirmou o prefeito.<br />

"As contribuições que a Alshop<br />

tem dado ao setor público é<br />

exemplo de um movimento<br />

muito positivo em prol da sociedade<br />

brasileira. Também<br />

quero agradecer a associação<br />

por mais uma vez escolher Foz<br />

do Iguaçu para sediar este importante<br />

evento", completou<br />

Chico Brasileiro.<br />

Foto: divulgação<br />

Brasileiro: "As reformas são urgentes e necessárias. A cada ano<br />

que passa, se não fizermos ajustes, passaremos do estado de<br />

urgência para calamidade"<br />

Buscando melhorar o ambiente<br />

de negócios e atrair investimentos,<br />

desde 2017 o governo<br />

municipal de Foz do Iguaçu<br />

vem promovendo uma série de<br />

reformas gerenciais administrativas<br />

para romper a cadeia de<br />

entraves burocráticos. Por meio<br />

do programa Destrava Foz, por<br />

exemplo, muitos processos que<br />

no passado demoravam meses<br />

para ser efetivados — a exemplo<br />

da abertura, alteração e baixa<br />

de empresas — hoje são concluído<br />

em minutos. O município<br />

também tem adotado uma<br />

política de incentivo e fortalecimento<br />

dos microempreendedores<br />

individuais (MEIs) e<br />

ações para atrair novos investimentos.<br />

Todas as essas ações<br />

possuem participação da sociedade<br />

civil organizada e têm contribuindo<br />

para o progresso e desenvolvimento<br />

da cidade.<br />

Edição 2019<br />

Realizado pelo segundo<br />

ano consecutivo em Foz do<br />

Iguaçu, o Simpósio Nacional<br />

de Varejo e Shopping reuniu<br />

varejistas, empreendedores<br />

de shopping centers e autoridades<br />

nacionais para discutir<br />

temas sociais e relativos<br />

à transparência e aos tributos.<br />

O evento foi organizado<br />

pela Associação Brasileira<br />

de Lojistas de Shopping (Alshop).<br />

Presenças<br />

Além de representantes da<br />

sociedade civil organizada, o<br />

simpósio teve a presença do<br />

presidente da Comissão de<br />

Constituição e Justiça e de<br />

Cidadania (CCJ) da Câmara<br />

Federal, o deputado Felipe<br />

Francischini, e do deputado<br />

Efraim Filho.

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