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TECLASEAFINS60

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ESTUDIO<br />

faz dois caminhos diferentes: o eletrônico e<br />

o acústico. O primeiro é o que ele percorre<br />

até o gravador da mixagem (computador<br />

ou até um gravador analógico de ½”ou de<br />

¼”) e o segundo, da fonte sonora (mixer<br />

ou interface de áudio) aos monitores de<br />

referência (caixas acústicas), chegando até<br />

os ouvidos. Todo o tratamento “eletrônico”<br />

aplicado à mixagem é determinado pelo<br />

que se escuta por meio do meio acústico.<br />

O erro ocorre quando se pensa que os<br />

dois caminhos são iguais. Enquanto<br />

computador ou gravador analógico recebe<br />

o sinal da mixagem diretamente, as caixas<br />

ou monitores de referência estão no meio<br />

acústico, como uma sala de controle ou<br />

de mixagem. Nela, podem existir móveis,<br />

equipamentos e outros objetos, além<br />

de janelas, portas com vários tipos de<br />

superfícies etc. nas quais o som pode se<br />

difundir, refletir e (ou) ser absorvido.<br />

Mesmo próximo aos monitores de referência,<br />

o que se escuta sempre é o som modificado,<br />

acusticamente, pelos fenômenos citados.<br />

Mas há outro ponto que deve ser levado<br />

em consideração: é muito comum perder<br />

a sensibilidade às altas freqüências ao<br />

ficar exposto a uma determinada pressão<br />

sonora durante várias horas seguidas,<br />

resultando em fadiga auditiva. Enquanto<br />

isso, o gravador da mixagem recebe o<br />

mesmo sinal diretamente dos fios, sem a<br />

influência acústica e sem sofrer desse mal.<br />

Então, surge a questão: as especificações<br />

dos monitores de referência atestam<br />

que a resposta de freqüência é plana (ou<br />

flat). Deve-se lembrar, no entanto, que<br />

esses monitores são testados em câmaras<br />

anecóicas, salas utilizadas para testes<br />

de precisão sonora, em que não existem<br />

quaisquer reflexões ou em que são mínimas.<br />

Quantas pessoas escutam música numa<br />

câmara anecóica?<br />

FATORES QUE MERECEM<br />

ATENÇÃO<br />

Qualidade de energia elétrica<br />

•<br />

Qualidade dos cabos e conectores<br />

de áudio<br />

•<br />

Conexões feitas corretamente<br />

(sempre se deve verificar o manual<br />

do usuário dos equipamentos)<br />

•<br />

Onde e como estão posicionados<br />

os monitores de referência ou as<br />

caixas acústicas<br />

•<br />

Características acústicas da sala<br />

e como se percebem as baixas,<br />

médias e altas freqüências<br />

Outro ponto importante: o dono do estúdio<br />

provavelmente contratou um engenheiro<br />

acústico para projetar a sala ideal para<br />

mixagem, repleta de painéis acústicos,<br />

bass-traps (armadilha de graves), difusores,<br />

refletores. Quantas pessoas possuem tal<br />

tratamento acústico em algum dos recintos<br />

domésticos? Ou quantos estúdios você<br />

conhece que investiram certa quantia num<br />

projeto acústico?<br />

Soluções<br />

Mixagens com excesso de graves: é<br />

provável que os monitores não respondam<br />

à quantidade de baixas freqüências (ou<br />

graves) suficiente ou então a sala tem certa<br />

deficiência na reprodução delas.<br />

teclas & afins<br />

janeiro abril 2019 / 51

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