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*Abril / 2019 - Referência Florestal 206

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ESPECIAL Cabeçote Harvester - a importância de manter o equipamento em dia sem perder produtividade<br />

LIMPEZA PROFUNDA<br />

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SUMÁRIO<br />

ABRIL <strong>2019</strong><br />

36<br />

FORÇA E<br />

ECONOMIA NA<br />

TRITURAÇÃO<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Coluna Ivan Tomaselli<br />

16 Notas<br />

22 Biomassa<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

36 Principal<br />

42 Silvicultura<br />

46 Especial<br />

52 Crédito<br />

56 Feira<br />

62 Mercado<br />

66 Academia e Pesquisa<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

42<br />

46<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

07 Agroceres<br />

09 Ambipar<br />

13 Carrocerias Bachiega<br />

73 D’Antonio Equipamentos<br />

76 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

04 Emex<br />

21 Engeforest<br />

25 Envimat<br />

35 Himev<br />

45 J de Souza<br />

11 Liebherr Brasil<br />

33 Lignum Brasil<br />

51 Lion Equipamentos<br />

73 Master Brasil<br />

55 Mill Indústrias<br />

71 Mill Indústrias<br />

15 Nordtech<br />

65 Potenza<br />

29 Rotary Ax<br />

49 Rotor Equipamentos<br />

23 Sergomel<br />

75 TMO<br />

31 Unylaser<br />

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UM NOVO CAPÍTULO NA GESTÃO OPERACIONAL<br />

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das infestações: na tecnologia embarcada, no capital humano e na<br />

expertise gerencial das operações de controle.


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EDITORIAL<br />

Olha a<br />

oportunidade aí<br />

A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

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A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

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1<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

ESPECIAL Cabeçote Harvester - a importância de manter o equipamento em dia sem perder produtividade<br />

LIMPEZA PROFUNDA<br />

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EMPRESA BRASILEIRA LANÇA SUPER TRITURADOR<br />

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Agora que o ano engrenou é momento de ficar atento<br />

às oportunidades. A aquisição da Fibria pela Suzano pode<br />

render frutos para prestadores de serviço florestal. É preciso<br />

uma dose de paciência para entender como a nova gestão<br />

vai operar, mas é recomendável manter-se ativo e se fazer<br />

lembrar. A nova empresa está divulgando investimentos<br />

que pretende fazer neste ano, ao todo eles somam R$ 6,4<br />

bilhões. Veja também nesta edição a reportagem especial<br />

sobre manutenção de cabeçotes harvesters. São dicas interessantes<br />

que evitam muita dor de cabeça e prejuízo em um<br />

equipamento essencial para a colheita no sistema CTL (Cut<br />

to Length). Tenha uma excelente leitura!<br />

2<br />

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A imagem do triturador<br />

florestal da Himev, capaz de<br />

processar tocos e raízes, é o<br />

destaque da edição<br />

Ano XXI • N°<strong>206</strong> • Abril <strong>2019</strong><br />

LOOK AT THE<br />

OPPORTUNITY HERE<br />

Now that the year is in gear it is time to stay tuned to<br />

the opportunities. Fibria’s acquisition by Suzano can yield<br />

fruits for forest service providers. It takes a dose of patience<br />

to understand how the new management will operate, but<br />

it is recommended to keep active and don’t forget there<br />

may be opportunities. The new company is touting investments<br />

that it wants to undertake this year, which altogether<br />

add up to R$ 6.4 billion. Also, in this issue, see the special<br />

report on harvester head maintenance. There are interesting<br />

tips that can help prevent headaches and losses in an<br />

essential piece of equipment for harvesting under the Cutto-Length<br />

system (CTL). Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Diogo Carlos Leuck<br />

Fimma com<br />

destaque FLORESTAL<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>206</strong> - ABRIL <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Supervisão - Cassiele Ferreira<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


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CARTAS<br />

EXPORTAÇÕES setor florestal brasileiro bate recorde e assume a ponta do agronegócio em janeiro<br />

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Capa da Edição 205 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de março de <strong>2019</strong><br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

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Ano XXI • N°205 • Março <strong>2019</strong><br />

FUEIROS LEVES<br />

COMO EQUILIBRAR PESO DA CARGA,<br />

CONFIABILIDADE E SUPORTE TÉCNICO<br />

LIGHT STANCHIONS<br />

BALANCING LOAD WEIGHT,<br />

RELIABILITY, AND TECHNICAL SUPPORT<br />

A MELHOR<br />

Por Pedro Francio - pelo Instagram<br />

Sem sombra de dúvidas a melhor Revista do setor florestal brasileiro! Parabéns<br />

pelo trabalho técnico, ético, profissional e por todo o conhecimento difundido<br />

em todo o país, trazendo informação de qualidade aos sivilcultores, investidores<br />

e empresários da área florestal!<br />

BIOMASSA<br />

Por Fabiano Cardoso - Aripuanã (MT)<br />

Gosto da seção que fala de biomassa florestal. Temos um grande<br />

potencial de uso que poderia ser colocado em prática.<br />

TECNOLOGIA<br />

Por Jorge Alcantra - Passo Fundo (RS)<br />

Gosto muito das matérias da Revista. Quero aqui dar minha humilde<br />

sugestão. Quanto mais matéria sobre tecnologia para colheita e<br />

novidades, melhor. Então sempre que puderem abordar o assunto,<br />

agradeço. Parabéns pelo trabalho.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />

respeito de reportagem produzida<br />

pelo veículo.<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

referenciamadeira<br />

FLORESTAL<br />

Por Ana Clara de Almeida - Curitiba (PR)<br />

Curti a mudança visual da Revista que deu mais enfoque para o<br />

FLORESTAL. Ótima sacada!<br />

NATIVA<br />

Por Claudinei Augusto Lima -<br />

Sinop (MT)<br />

Muito legal as matérias sobre o<br />

trabalho que fazemos na nossa<br />

região. Parabéns pelo interesse<br />

da Revista em trazer notícias do<br />

setor de madeira nativa<br />

Foto: divulgação Imagem: reprodução Foto: REFERÊNCIA<br />

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BASTIDORES<br />

Charge<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

FIMMA <strong>2019</strong><br />

Esta foi a primeira edição que a Fimma Brasil dedicou uma área exclusiva ao<br />

segmento florestal. A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL marcou presença no evento<br />

junto com outras publicações da JOTA EDITORA voltadas ao segmento madeireiro.<br />

Time FLORESTAL: Tainá Brandão, Jéssika<br />

Ferreira, Larissa Angeli, Fábio Machado,<br />

Gerson Penkal e Joseane Knop<br />

A área destinada ao setor de base florestal reuniu<br />

empresas de diferentes ramos de atuação e<br />

grandes parceiros da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

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COLUNA<br />

EXPORTAR MADEIRA EM<br />

TORAS É UMA ALTERNATIVA<br />

DE NEGÓCIO?<br />

Países desenvolvidos estão entre os maiores<br />

exportadores de madeira in natura<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

As exportações<br />

de toras de<br />

coníferas (pinus)<br />

cresceram<br />

nos últimos<br />

dois meses, e<br />

atingiram 18 mil<br />

m³ em janeiro<br />

deste ano<br />

ARússia é o maior exportador mundial<br />

de madeira em toras, e em<br />

2017 exportou 19,4 milhões de m³<br />

(metros cúbicos). Entre os cinco<br />

maiores exportadores de madeira<br />

em toras estão ainda a Nova Zelândia (18,8 milhões)<br />

os EUA (Estados Unidos da América - 13,5<br />

milhões), o Canadá (7,4 milhões) e a Austrália<br />

(4,4 milhões). É interessante observar que os<br />

cinco maiores exportadores de toras são países<br />

desenvolvidos. Outros grandes exportadores de<br />

toras, com volumes acima de 2 milhões m³/ano,<br />

são a Noruega, França, Papua Nova Guiné, Ilhas<br />

Salomão, Malásia, Alemanha e Polônia.<br />

A exportação de toras envolve bilhões de<br />

dólares. A Rússia, por exemplo, teve receita, em<br />

2017, de mais de US$ 3 bilhões com este negócio.<br />

A Nova Zelândia, com a exportação de toras,<br />

registrou receita próxima à da Rússia. A Papua<br />

Nova Guiné, país pouco desenvolvido, teve em<br />

2017, rendimento de cerca de US$ 1 bilhão neste<br />

negócio.<br />

No Brasil, uma lei dos anos 80 proibiu a exportação<br />

de toras de florestas nativas. As exportações<br />

de toras de florestas plantadas, por sua<br />

vez, são permitidas. No entanto, historicamente,<br />

as exportações brasileiras de madeira em tora<br />

têm sido esporádicas e os volumes inexpressivos.<br />

Existe, porém, indícios de que os negócios<br />

relacionados à exportação de toras no Brasil estejam<br />

crescendo. Em 2018, as exportações brasileiras<br />

de madeira em toras foram pouco mais de<br />

500 mil m³.<br />

As figuras abaixo mostram a evolução das<br />

exportações nos últimos meses. As exportações<br />

de toras de coníferas (pinus) cresceram nos<br />

últimos dois meses, e atingiram 18 mil m³ em<br />

janeiro deste ano.<br />

Por outro lado, as exportações de toras de<br />

madeiras de folhosas, que tem sido mais expressivas,<br />

atingiu em média, no ano passado, cerca<br />

de 45 mil m³ por mês. Estas toras de folhosas<br />

são em sua grande maioria de eucaliptos e teca.<br />

Como no caso das coníferas a exportação<br />

de madeira em toras de folhosas também teve<br />

crescimento acentuado nos últimos dois meses,<br />

atingindo 63 mil m³ em dezembro de 2018 e 85<br />

mil m³ em janeiro de <strong>2019</strong>. Os principais clientes<br />

de toras brasileiras estão na China e na Índia.<br />

Tanto a China como a Índia deverão aumentar<br />

as importações de madeira em tora nos<br />

próximos anos. As tendências identificadas indicam<br />

ser possível que as exportações totais de<br />

madeira em toras do Brasil atinja volumes acima<br />

de 1 milhão de m³ em <strong>2019</strong>. O aumento das<br />

exportações de madeira in natura e o aumento<br />

da demanda interna, devido a ampliações industriais,<br />

deverão impactar os preços nacionais<br />

desta matéria-prima nos próximos anos.<br />

20000<br />

16000<br />

12000<br />

8000<br />

4000<br />

0<br />

jan/18<br />

fev/18<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br<br />

EXPORTAÇÃO DE TORAS CONÍFERAS<br />

(M³)<br />

mar/18<br />

abr/18<br />

mai/18<br />

jun/18<br />

jul/18<br />

ago/18<br />

set/18<br />

out/18<br />

nov/18<br />

dez/18<br />

jan/19<br />

100000<br />

80000<br />

60000<br />

40000<br />

20000<br />

0<br />

EXPORTAÇÃO TORAS DE FOLHOSAS<br />

(M³)<br />

jan/18<br />

fev/18<br />

mar/18<br />

abr/18<br />

mai/18<br />

jun/18<br />

jul/18<br />

ago/18<br />

set/18<br />

out/18<br />

nov/18<br />

dez/18<br />

jan/19


NOTAS<br />

Florestas do futuro<br />

Um dos maiores desafios da educação<br />

florestal é ir além do ensino de<br />

habilidades técnicas para estudantes e<br />

transformá-los em agentes de mudança<br />

no mundo. Essa á a base do projeto<br />

Florestas do Futuro, que conta com a<br />

participação de estudantes do curso de<br />

Engenharia <strong>Florestal</strong> da Esalq/USP (Escola<br />

Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).<br />

A iniciativa é do Grupo <strong>Florestal</strong> Monte<br />

Olimpo, que tem como orientador o<br />

professor Pedro Brancalion. O projeto<br />

Florestas do Futuro foi considerado uma<br />

das 10 práticas mais destacadas de inovação<br />

florestal do mundo, a partir da competição<br />

Task Force on Forest Education,<br />

organizada pela Iufro-Ifsa (International<br />

Unionof Forest Research Organizations).<br />

Foto: divulgação<br />

CNA debate demandas<br />

do setor florestal<br />

Foto: divulgação<br />

A Comissão Nacional de Silvicultura e<br />

Agrossilvicultura da CNA (Confederação da Agricultura<br />

e Pecuária do Brasil) se reuniu no dia<br />

21 de março com as federações estaduais para<br />

debater as demandas da cadeia produtiva. Um<br />

dos temas do encontro foram as questões trabalhistas.<br />

O assessor jurídico da CNA, Frederico<br />

Melo, apresentou um diagnóstico sobre a atuação<br />

da CNA nas questões trabalhistas e como<br />

isso tem impactado o setor florestal. A extração<br />

de madeira em florestas e a produção de carvão<br />

vegetal de florestas plantadas foram uma das<br />

atividades com maior número de autuações<br />

do setor em 2017, ano que traz as informações<br />

mais atualizadas disponíveis. Em relação à Norma<br />

Regulamentadora 31 (Segurança e Saúde<br />

no Trabalho Rural), os principais itens de autuações<br />

do produtor rural dessa cadeia estão relacionados<br />

à área de vivência, especificamente no<br />

item 31.23 da NR, ressaltou Frederico Melo.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


Novo Comando<br />

da Ibá<br />

Foto: divulgação<br />

A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que reúne a cadeia<br />

produtiva de árvores plantadas para fins industriais, comunica que Paulo<br />

Hartung assume a presidência executiva da entidade. Com ampla experiência<br />

na vida pública, o novo executivo da Ibá assume o cargo com o objetivo<br />

de dar continuidade ao trabalho de imagem do setor e representatividade<br />

de toda a cadeia nos âmbitos nacional e internacional. “É um desafio grande<br />

e estou muito confiante de que terei uma jornada positiva na Ibá. Trata-<br />

-se de um setor economicamente muito importante, que representa cerca<br />

de 6,1% do PIB Industrial e é responsável por 4,1% de todas as exportações<br />

do Brasil. Além disso, é um segmento fundamental para o meio ambiente,<br />

já que remove e estoca carbono em suas florestas, protege a biodiversidade<br />

e conserva 5,6 milhões de hectares em áreas naturais. Temos que<br />

valorizar tudo isto, ainda mais em um momento em que o País passará<br />

por reformas, está se recuperando economicamente e em que discutimos<br />

muito sobre mudanças climáticas mundialmente. Tenho a certeza de que<br />

minha experiência vai somar neste momento”, prospecta Paulo Hartung,<br />

presidente executivo da Ibá. Paulo Hartung iniciou suas atividades na vida<br />

pública cedo, em movimentos estudantis na faculdade. Desde então passou<br />

por diversos cargos sempre deixando seu legado. O executivo da Ibá já foi<br />

eleito deputado estadual por dois mandatos no Espírito Santo; deputado<br />

federal pelo mesmo Estado, foi prefeito de Vitória, assumiu a Diretoria de<br />

Desenvolvimento Econômico e Social do Bndes (Banco de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social), foi eleito Senador da República, e por três oportunidades<br />

(2003-2010 e 2015-2018), foi governador do Estado do Espírito Santo.<br />

“Tenho a total confiança de que Paulo Hartung fará um trabalho magnífico à frente da associação e manterá a excelência em<br />

todas as áreas de atuação da Ibá. Com a vasta experiência na vida pública, capacidade técnica e visão de país, estou certo de que<br />

é o nome ideal para representar e nos ajudar nos desafios do setor. Paulo nos honra com sua decisão de se juntar à associação”,<br />

comentou o presidente do Conselho Deliberativo da Ibá, Horacio Lafer Piva. O novo presidente executivo da Ibá representará um<br />

setor que em 2018 exportou US$10,7 bilhões e finalizou o ano com uma receita bruta de R$73,8 bilhões. Ao todo, o segmento<br />

gera 3,7 milhões de empregos no país e tem previsão de investimentos na ordem de R$19,3 bilhões até 2022.<br />

Mais um<br />

imposto<br />

O governo de Mato Grosso do Sul incluiu o setor<br />

florestal entre os contribuintes do Fundersul (Fundo de<br />

Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado).<br />

Além de passarem a contribuir, as empresas do segmento<br />

tiveram que pagar, até dia 20 de março, valor<br />

retroativo referente ao período de 28 de dezembro do<br />

ano passado a 28 de fevereiro deste ano. Empresários<br />

afirmam que valor final, com o acúmulo de contribuições,<br />

vai pesar para o bolso do produtor.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

17


NOTAS<br />

Novas diretrizes do SFB<br />

O novo diretor-geral do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro), Valdir Colatto, apresentou as diretrizes<br />

e a agenda estratégica do órgão, depois que o SFB<br />

deixou o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e<br />

foi realocado no Ministério da Agricultura. Sobre<br />

a implementação do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro, o<br />

diretor-geral enfatizou a necessidade de desenvolver<br />

procedimentos que automatizem a análise<br />

dos cadastros de maneira a tornar viáveis os PRA<br />

(Programas de Regularização Ambiental), que,<br />

segundo ele, são a conclusão do Código <strong>Florestal</strong>.<br />

“Entendemos que a análise do CAR é um dos nossos<br />

maiores desafios. Vamos desenvolver estudos<br />

para propor um modelo nacional para que os<br />

Estados possam dar celeridade à análise desses<br />

mais de 5,5 milhões de cadastros, para enfim<br />

chegar ao PRA”, projetou.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Cooperativa prevê<br />

crescimento<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

A Cooper Flora Brasil realizou em Rondonópolis (MT)<br />

sua prestação de contas anual a seus associados, em assembleia<br />

geral ordinária no último dia 18 de março, onde<br />

também elegeu os novos componentes do conselho fiscal<br />

da instituição. Na oportunidade, o presidente da Cooper<br />

Flora Brasil, Gilberto Goellner, falou sobre os avanços na<br />

gestão da cooperativa e as oportunidades de negócios com<br />

a criação de uma fábrica de celulose no município de Alto<br />

Araguaia, com investimentos previstos de R$ 12 bilhões. “É<br />

um projeto com sustentabilidade econômica e social e tem<br />

todas as condições de fazer a integração entre as áreas de<br />

plantio e produção de celulose”, explicou. A Cooper Flora<br />

Brasil foi fundada em 2012, com a missão de unir os produtores<br />

de eucalipto do Estado de Mato Grosso, visando o<br />

melhoramento das técnicas de plantio, a correta formação<br />

da cultura, o fomento da cadeia produtiva, o auxílio necessário<br />

para acesso ao crédito rural e a promoção da diversificação<br />

de mercado, dentro das vantagens do sistema<br />

cooperativista.<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


Cerveja e madeira<br />

Um trabalho sobre envelhecimento de cerveja<br />

em barris de diferentes espécies de madeiras<br />

brasileiras foi realizado no Programa de Pós-graduação<br />

de Ciência e Tecnologia de Alimentos, da<br />

Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de<br />

Queiroz”). O estudo mostrou o grande potencial<br />

de criação de uma identidade cervejeira brasileira<br />

utilizando matérias-primas nacionais que tornam<br />

a cerveja típica e exclusiva do Brasil. Os resultados<br />

mostraram que as madeiras brasileiras proporcionam<br />

aromas distintos e característicos para<br />

a cerveja. De autoria de Giovanni Casagrande<br />

Silvello com orientação de André Ricardo Alcarde,<br />

do Departamento de Agroindústria, Alimentos<br />

e Nutrição, o trabalho permitiu entender as<br />

mudanças que ocorrem com a bebida durante o<br />

processo de envelhecimento em barris de madeira<br />

e quais cuidados devem ser tomados para se<br />

obter um produto de qualidade.<br />

Foto: divulgação<br />

Senar (MS) reforça<br />

cursos técnicos<br />

Atendendo a demanda do produtor rural, em um ano o<br />

Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) lançou<br />

18 novos cursos de Formação Profissional Rural que capacitam<br />

trabalhadores para este setor e, consequentemente,<br />

promovem o desenvolvimento das florestas plantadas no<br />

estado. Cultivo de Eucalipto é um dos cursos oferecidos gratuitamente<br />

pela instituição. A capacitação tem duração de 24<br />

horas e conteúdo distribuído em três dias e turma de até 15<br />

alunos. Entre as capacitações tem ainda o Inventário, Poda e<br />

Desbaste em Cultivo <strong>Florestal</strong>; Prevenção e Combate a Incêndios<br />

Florestais; Recomposição de Vegetação Ciliar, além dos<br />

outros como Operador e Mecânico de Tratores, Segurança no<br />

Trabalho e Produção de Mudas. Mais informações pode ser<br />

obtidas pelo site www.senarms.org.br<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

19


NOTAS<br />

Celulose assume<br />

a ponta no Paraná<br />

Com alta de 67,9% nas vendas para outros países no primeiro<br />

bimestre de <strong>2019</strong>, a celulose assumiu o inédito terceiro lugar na<br />

pauta de exportações do Paraná. Conforme dados do Ministério<br />

da Economia, tabulados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de<br />

Desenvolvimento Econômico e Social), foram negociados US$<br />

177,7 milhões do produto nos dois primeiros meses do ano,<br />

contra US$ 105,8 milhões em igual período de 2018 - quando era<br />

o quinto mais exportado pelo Estado. Segundo a Administração<br />

dos Portos do Paraná, desde 2016, o Porto de Paranaguá já movimentou<br />

2,604 milhões de toneladas de celulose em 168 navios.<br />

Deste total, 2,457 milhões de toneladas foram embarcadas em<br />

147 navios pela Klabin.<br />

Foto: divulgação<br />

ALTA<br />

EXPORTAÇÕES NO<br />

RIO GRANDE DO SUL<br />

As exportações do segmento florestal se destacaram<br />

positivamente na pauta do agronegócio no Rio Grande<br />

do Sul neste início do ano. Os produtos florestais<br />

alcançaram crescimento de 20,5% em receita e 16,9%<br />

em volume, na comparação de fevereiro deste ano com<br />

o mesmo mês de 2018. Os dados estão no Relatório do<br />

Comércio Exterior do Agronegócio.<br />

ABRIL <strong>2019</strong><br />

DESINFORMAÇÃO<br />

COMO MARKETING<br />

Uma empresa que fabrica paletes com coco utilizou<br />

como argumento de sustentabilidade que o produto,<br />

que não é a base de madeira, protege as florestas.<br />

“Segundo a empresa, cerca de 1.7 bilhão de paletes de<br />

madeira são produzidos anualmente, causando o uso<br />

desnecessário de aproximadamente 200 milhões de<br />

árvores por ano. Essas árvores podem ser poupadas<br />

com a solução”. Tamanho desconhecimento que leva<br />

pessoas despreparadas argumentar de forma descabível.<br />

Temos que combater o fake news.<br />

BAIXA<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


BIOMASSA<br />

Visita<br />

TÉCNICA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

E<br />

mpresas do setor de papel e celulose conheceram<br />

as pesquisas desenvolvidas na Embrapa<br />

Agroenergia Brasília (DF). O evento fez parte de<br />

uma iniciativa da Embrapii (Empresa Brasileira de<br />

Pesquisa e Inovação) e da Abtcp (Associação Brasileira<br />

Técnica de Celulose e Papel) de levar as empresas até<br />

as suas unidades. A Embrapa Agroenergia atua principalmente<br />

para desenvolvimento de novos biocombustíveis e bioprodutos<br />

a partir de fontes renováveis. Neste contexto se insere<br />

também o aproveitamento de resíduos e coprodutos de várias<br />

cadeias produtivas, incluindo também as do setor florestal. Os<br />

coprodutos destas cadeias são vários como a lignina e cavaco.<br />

De acordo com a entidade, podem ser desenvolvidas novas<br />

estratégias para agregar valor às cadeias florestais.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Processo<br />

KLABIN<br />

D<br />

urante o 6º Workshop Embrapa Florestas/<br />

Apre, realizado em março, Gustavo Pereira<br />

Castro abordou o tema: Eucalyptus para biomassa<br />

industrial na Klabin. Na empresa, a biomassa<br />

é fonte para geração de vapor e energia<br />

elétrica para atender as necessidades de plantas industriais.<br />

Galhos, cascas e folhas, madeira não utilizada para processo e<br />

regeneração de espécies no talhão são fontes para biomassa.<br />

A quantidade de material disponível varia de acordo com o<br />

manejo dos plantios florestais, o gênero (pinus e eucalipto)<br />

e o sistema de colheita. Em específico para a empresa, é<br />

considerado material potencial para biomassa aqueles com<br />

menos de 8 cm (centímetros), no caso de pinus, e de 10 cm,<br />

no caso de eucalipto. “Ainda não é possível evitar a contaminação<br />

com terra e areia, as caldeiras devem estar preparadas<br />

para isso, em escala mínima possível”, explica. A umidade é a<br />

característica mais importante na determinação do poder calorífico.<br />

A Klabin optou por fazer a secagem ao ar livre, sem a<br />

formação de pilhas compactas. “Em algumas semanas, folhas<br />

e acículas, que não interessam para biomassa, caem, contribuindo<br />

para menor retirada de nutrientes do local”, ressalta<br />

Castro. A umidade da biomassa recém-cortada fica entre 55 e<br />

65%. Após 60 e 90 dias, está em 35%.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

Se aprovadas, essas emendas<br />

representarão verdadeira revisão<br />

do Código <strong>Florestal</strong>, o que não seria<br />

interessante nem para o setor<br />

produtivo nem para o de proteção<br />

ao meio ambiente<br />

Andrea Vulcanis, representante da Abema<br />

(Associação Brasileira de Entidades Estaduais de<br />

Meio Ambiente)<br />

“Percebemos o aumento da<br />

demanda com oferta limitada<br />

em algumas regiões, consumo<br />

de toras finas para processo,<br />

aumento do raio de distância do<br />

transporte, aumento do consumo<br />

de eucalipto e fornecedores<br />

desestimulados com investimento<br />

florestal”<br />

João Mancini, diretor comercial da Valor <strong>Florestal</strong>,<br />

avalia o momento do mercado<br />

“A CNA tem trabalhado para<br />

que o produtor possa cumprir<br />

as normas, principalmente a NR<br />

31. Por isso temos ido a campo,<br />

estudado a situação e buscado<br />

soluções para essa questão”<br />

Presidente da Comissão Nacional de Silvicultura<br />

e Agrossilvicultura da Confederação da<br />

Agricultura e Pecuária do Brasil, Walter Rezende,<br />

sobre a norma que regula a saúde e segurança<br />

em atividades como silvicultura e exploração<br />

florestal<br />

“Além de reconhecido nacionalmente pela sua<br />

importância econômica e social, o setor de Florestas<br />

Plantadas é notadamente valorizado por seus efeitos<br />

positivos ao meio ambiente, à preservação das<br />

florestas nativas e à mitigação dos gases do efeito<br />

estufa, sendo as florestas vitais para a sobrevivência e<br />

o bem-estar das 7 bilhões de pessoas no mundo”<br />

Afirma o secretário de<br />

Política Agrícola do Ministério<br />

da Agricultura Pecuária e<br />

Abastecimento, Eduardo<br />

Sampaio<br />

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ENTREVISTA<br />

No caminho do<br />

CRESCIMENTO<br />

On the path of growth<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

D<br />

epois de anos sofrendo com um sistema burocrático<br />

que corroeu a competitividade do setor<br />

florestal no Rio Grande do Sul, Estado que já<br />

ostentou a maior área plantada do Brasil, a atividade<br />

volta a crescer amparada por legislação que confere<br />

segurança jurídica aos empreendimentos. Ainda existe um<br />

caminho a percorrer para ajustar alguns pontos, mas o fato é<br />

que os empresários estão otimistas com os avanços e preveem<br />

uma série de investimentos que se iniciam já neste ano. Para<br />

Diogo Carlos Leuck, presidente da Ageflor, haverá crescimento<br />

importante para o segmento, que estava reprimido.<br />

Diogo<br />

Carlos Leuck<br />

DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />

Novo Hamburgo (RS), 02/08/1975<br />

Novo Hamburgo (RS), August 2, 1975<br />

A<br />

fter years of suffering from a bureaucratic system<br />

that eroded the competitiveness of the Forest<br />

Sector in the State of Rio Grande do Sul, which<br />

once boasted the largest planted forest area in<br />

Brazil, the activity returns to growth backed by legislation that<br />

provides legal certainty to enterprises. There is still a way to go<br />

to adjust some points, but the fact is that business is optimistic<br />

about the advances and are forecasting a series of investments<br />

that have already stared to be made this year. For Diogo Carlos<br />

Leuck, President of Ageflor, this signals that there will be major<br />

growth for the segment, which in the past has been stifled.<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor do Grupo Seta, presidente da Ageflor e presidente da<br />

Fundacouro, vice-presidente da Asbr (Associação Sul Brasileira<br />

de Empresas Florestais) e vice-presidente das Associações<br />

Estaduais de Florestas Plantadas no Conselho Deliberativo da<br />

Ibá (Indústria Brasileira de Árvores)<br />

Director of Grupo Seta, President of the State of Rio Grande<br />

do Sul Association of Forest Companies (Ageflor), President of<br />

Fundação Paulo Leuck Schuck (Fundacouro), Vice-President of<br />

the Southern Brazil Association of Forest Companies, and Vice<br />

President of the State Association of Planted Forests on the<br />

Management Council for the Brazilian Industry of Trees (Ibá)<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Economista com especialização em Gestão de negócios e<br />

internacionalização<br />

BSc. Economics, specializing in Business Administration and<br />

International Economics


Abril <strong>2019</strong> 27


28 www.referenciaflorestal.com.br


30 www.referenciaflorestal.com.br


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E X P O B A R I G U I - C U R I T I B A ( P R )<br />

LIGNUM LATIN AMERICA THE MOST IN-DEPTH EVENT IN<br />

THE TIMBER PRODUCTION CHAIN<br />

September 11 th to 13 th , <strong>2019</strong>, Expo Barigui (Curitiba - PR - Brazil)<br />

ORGANIZAÇÃO | ORGANIZER:


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Soluções para<br />

Supressão Vegetal<br />

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invés de queimá-la.<br />

PRODUÇÃO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Resíduos ficam no solo<br />

e servem de cobertura<br />

para umidade e matéria<br />

orgânica.<br />

AUMENTO DA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

Tecnologia substitui o<br />

trabalho de 15<br />

pessoas e evita riscos<br />

de acidentes e picadas<br />

de animais.<br />

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TRITURADOR<br />

FLORESTAL<br />

PLUG AND PLAY<br />

Conecta o triturador<br />

no trator<br />

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PRINCIPAL<br />

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Força e<br />

economia na<br />

TRITURAÇÃO<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

Linha de equipamentos<br />

permite triturar<br />

resíduos florestais,<br />

troncos e raízes<br />

com baixo custo<br />

operacional e grande<br />

produtividade,<br />

deixando o solo pronto<br />

para o uso<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

37


PRINCIPAL<br />

P<br />

otência e economia estão entre as qualidades<br />

mais procuradas quando o assunto são máquinas<br />

para limpeza de área. Para atender estas<br />

demandas, a Himev vem investindo no desenvolvimento<br />

de novos modelos de triturador<br />

florestal com alta capacidade de operação. Os equipamentos<br />

possibilitam triturar tocos e raízes, erradicar culturas e limpar<br />

grandes volumes de resíduos florestais que são incorporados<br />

ao solo. O interesse por limpeza de área cresceu muito nos<br />

últimos anos. Alguns fatores como o aumento nas fiscalizações<br />

de queimadas irregulares contribuiu, assim como o interesse<br />

dos proprietários em buscar alternativas mais sustentáveis<br />

para erradicação de cultura. Para o setor florestal, o objetivo<br />

é facilitar ao máximo as operações de plantio depois de vários<br />

ciclos, que deixam troncos e galhadas para trás após a colheita.<br />

Além de reformar áreas para novos plantios, observando que<br />

existem diferentes necessidades, a Himev vem trabalhando<br />

na ampliação da linha Ecotritus, compostas por trituradores<br />

florestais acoplados em tratores para atender um número<br />

cada vez maior de clientes, nas mais diversas necessidades.<br />

“A empresa vem direcionando uma parte de seu faturamento<br />

em desenvolvimento de novos produtos. Soluções inovadoras<br />

com grande desempenho para diferentes tipos de aplicações”,<br />

explica Manuel Ribeiro, diretor geral da Himev.<br />

Strength and savings<br />

in mulching<br />

Equipment line mulches forest residues,<br />

trunks, and roots, with low operating costs<br />

and high productivity<br />

P<br />

ower and economy are amongst the most<br />

sought-after qualities when the subject is<br />

machines for area clearing. To meet these<br />

demands, Himev has been investing heavily<br />

in the development of new models of forestry<br />

mulchers with high-capacity operation. The equipment<br />

makes it possible to reduce stumps and roots, eradicate<br />

crops, and clean up large volumes of forest residues that<br />

are then incorporated into the soil.<br />

The interest in area clearing has grown much in recent<br />

years. Some factors such as the increase in irregular<br />

burn monitoring have contributed, as well as the interest<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Abril <strong>2019</strong> 39


40 www.referenciaflorestal.com.br


Abril <strong>2019</strong> 41


SILVICULTURA<br />

Cultivo de<br />

seringueira é<br />

INCENTIVADO<br />

Fotos: divulgação<br />

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Demanda por borracha natural<br />

cresceu no Estado e setor<br />

público quer potencializar o<br />

plantio da espécie<br />

rio da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente,<br />

Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura<br />

Familiar), Jaime Verruck.<br />

Atualmente, as propriedades com plantio de seringueira<br />

concentram-se, principalmente, na região Leste<br />

do Estado, com destaque para a participação dos municípios<br />

de Cassilândia e Aparecida do Taboado, que juntos<br />

respondem a 47,69% da área implantada no Estado. A<br />

maioria dos seringais, 85,53% do total, encontra-se em<br />

fase de crescimento e formação, com idades entre um e<br />

seis anos.<br />

Fatores climáticos, favoráveis ao desenvolvimento<br />

da seringueira, como precipitação, umidade relativa do<br />

ar e temperatura, justificam a concentração dos plantios<br />

na Costa Leste do Estado. Além disso, há a proximidade<br />

com os principais polos produtivos do País, como São<br />

Paulo, Goiás e Bahia. Mato Grosso do Sul apresenta ainda,<br />

benefícios em relação ao preço de aquisição da terra,<br />

se comparado ao Estado de São Paulo, que atualmente<br />

possui a maior área com seringueira do País.<br />

Segundo dados da Conab, em 2006 havia aproximadamente<br />

600 mil árvores de seringueira em Mato Grosso<br />

do Sul, o que equivale a 1,2 mil hectares de área plantada.<br />

De acordo com o diagnóstico da Semagro, com a alta<br />

dos preços observada no início desta década, ocorreu o<br />

estímulo para o aumento da área plantada no Estado.<br />

Atualmente, estima-se o cultivo de 11.268.355 árvores<br />

nos 22.648 hectares levantados no Estado, em compa-<br />

O<br />

setor florestal de Mato Grosso do Sul<br />

vivenciou crescimento impressionante<br />

nos últimos anos. Atualmente, o Estado<br />

possui quase 1,2 milhão de ha (hectares)<br />

plantados. O desafio agora é diversificar<br />

e dar valor para toda esta matéria-prima. Com base no<br />

Estudo para a reestruturação da cadeia da borracha, o<br />

governo do Estado quer incentivar o manejo da seringueira,<br />

espécie que recebeu atenção do mercado nos<br />

últimos anos.<br />

Dados do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />

Estatística) revelam que a área plantada com seringueira<br />

cresceu 1,2% em 2016, sendo o Mato Grosso do Sul, o Estado<br />

que apresentou a maior taxa média de crescimento<br />

anual nos últimos cinco anos, 14,5% ao ano, seguido de<br />

Goiás (11,9% a.a.) e Minas Gerais (9,1% a.a.). São Paulo,<br />

maior produtor nacional de borracha, apresentou taxa<br />

média de crescimento, de 3,7% ao ano, no mesmo período,<br />

sendo a média nacional de 3,1%.<br />

“Mato Grosso do Sul conta atualmente com 22.648<br />

hectares de seringueira, distribuídos por 243 propriedades<br />

em 29 municípios. Nosso diagnóstico demonstra que<br />

a heveicultura [plantio de seringueira para a produção<br />

de borracha] é uma atividade que necessita da atenção<br />

do Governo e do setor produtivo devido ao potencial de<br />

geração de emprego e renda. É uma opção para a diversificação<br />

de produção nas propriedades rurais. Por isso, a<br />

estruturação do setor é necessária”, comenta o secretá-<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

43


44 www.referenciaflorestal.com.br


EQUIPAMENTOS QUE SUPORTAM<br />

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Abril <strong>2019</strong><br />

45


ESPECIAL<br />

Cabeçote tem<br />

que estar nos<br />

TRINQUES<br />

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Comprar um implemento de corte<br />

de última geração e relaxar na<br />

manutenção chega a ser um pecado.<br />

Cabeçotes harvesters pedem<br />

cuidados simples e constantes<br />

Fotos: divulgação<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

47


ESPECIAL<br />

E<br />

quipamentos cruciais nos processos da indústria<br />

florestal, os cabeçotes harvesters têm<br />

peculiaridades quanto à manutenção que<br />

devem ser atendidas. Esta atenção interfere<br />

diretamente na vida útil e na eficácia do equipamento.<br />

Embora os cabeçotes incorporem grande força,<br />

potência e tração, os cuidados preventivos e corretivos<br />

no momento exato são essenciais para manter a produtividade<br />

e reduzir custos da operação.<br />

Mesmo com o uso adequado e atenção à manutenção<br />

periódica, o período de uso das máquinas não<br />

deve exceder cinco anos. Aliás, um estudo realizado por<br />

pesquisadores da UFV (Universidade Federal de Viçosa),<br />

aponta que os custos de uso após esse período aumentam<br />

drasticamente e têm impacto negativo na atividade.<br />

“O harvester tem um alto custo de aquisição, requer<br />

mão de obra qualificada, tendo como elemento decisivo<br />

para obter lucro ou prejuízo o tempo despendido para a<br />

execução da atividade”, dizem os pesquisadores.<br />

Francisco Cardoso, diretor administrativo da Vale do<br />

Amazonas, tem cerca de 30 cabeçotes harvester funcionando<br />

sob sua responsabilidade. Hoje, ele diz que são<br />

necessárias manutenções diárias e periódicas para o bom<br />

funcionamento das máquinas.<br />

“Temos treinamento próprio para os funcionários.<br />

Realizamos geralmente o reaperto dos cabeçotes, pois<br />

eles acabam se soltando durante a atividade. Em média,<br />

eles produzem 100 ciclos por hora, e isso vai afrouxando<br />

o equipamento”, conta.<br />

Cardoso ainda explica como são realizadas as manutenções<br />

periódicas. “Quando necessárias, substitui-se o<br />

cabeçote por um reserva, e o encaminhamos para a oficina,<br />

onde ele passa por usinagem, embuchamento e outros<br />

trabalhos mais completos, como troca de mangueiras<br />

e realinhamento do conjunto de corte”, acrescenta.<br />

Nesse sentido, informações sobre a manutenção e o<br />

tempo de vida útil do equipamento são elementos cruciais<br />

para a atividade industrial florestal. No cotidiano da<br />

Eficiência e vida útil do cabeçote está<br />

ligada também à manutenção correta<br />

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Abril <strong>2019</strong><br />

51


CRÉDITO<br />

EMPRESAS FLORESTAIS<br />

DE MATO GROSSO<br />

GANHAM LINHA DE<br />

CRÉDITO<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


Banco do Brasil recebeu as<br />

demandas de entidades do<br />

segmento e desenvolveu<br />

financiamento específico para<br />

quem trabalha com madeira de<br />

manejo florestal sustentável<br />

Fotos: divulgação<br />

Afloresta nativa não é soja, assim como as<br />

serrarias não são silos. Os profissionais do<br />

setor sabem muito bem disto, mas esta<br />

percepção não era bem compreendida<br />

pelas instituições financeiras. Depois do<br />

lançamento oficial, no dia 20 de março, de uma linha de<br />

crédito diferenciada para atender, especificamente, o<br />

setor de base florestal de Mato Grosso, o Banco do Brasil<br />

mostra que entendeu o recado. A conquista é resultado<br />

de uma parceria com o Cipem (Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />

Grosso) e WWF-Brasil.<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

53


54 www.referenciaflorestal.com.br


Abril <strong>2019</strong> 55


FEIRA<br />

<strong>2019</strong><br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


PRIMEIROS<br />

PASSOS<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

Segmento florestal ganha destaque na Fimma Brasil <strong>2019</strong><br />

Por Larissa Martini Angeli<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

57


FEIRA<br />

T<br />

ímida. Assim foi a primeira participação do<br />

setor de base florestal na Fimma Brasil (Feira<br />

Internacional de Máquinas, Matérias-Primas<br />

e Acessórios para a Indústria Moveleira).<br />

O evento, que ocorreu de 26 a 29 de março<br />

em Bento Gonçalves (RS), é uma das principais feiras mundiais<br />

da indústria moveleira e chegou este ano a sua 14 a<br />

edição.<br />

Um pequeno espaço no Pavilhão B foi dedicado ao segmento<br />

e às empresas florestais, a maioria de maquinários<br />

de grande porte, que tiveram de se contentar com uma<br />

área estática. Algumas até arriscaram levar equipamentos<br />

mais robustos, mas com certeza uma das maiores queixas<br />

dos expositores foi a falta de área para apresentações<br />

dinâmicas. Com pouco espaço, a solução foi levar vídeos<br />

mostrando o funcionamento dos destaques de cada estande.<br />

Mesmo com a baixa participação vale destacar que<br />

esse foi um laboratório e serviu como experiência para<br />

trazer melhorias para as próximas edições. O presidente da<br />

Fimma <strong>2019</strong>, Henrique Tecchio, afirmou durante entrevista<br />

coletiva que será estudada a criação de uma nova diretoria<br />

destinada exclusivamente a esse segmento e contou que o<br />

otimismo tomou conta dos corredores voltados às empresas<br />

do setor.<br />

“A base florestal é o primeiro elo da cadeia produtiva de<br />

madeira e móveis, mas ainda está sendo pouco explorada.<br />

Pretendemos inclusive firmar uma parceria com a Ageflor<br />

(Associação Gaúcha de Empresas Florestais) que reconhecerá<br />

a Fimma como a principal feira do segmento no Estado”,<br />

pontuou Henrique.<br />

Nos estandes foi possível encontrar empresas da cadeia<br />

completa da floresta: insumos, matérias-primas para<br />

viveiros, plantio de mudas, colheita florestal, biomassa,<br />

transporte florestal, produção de celulose, produção de<br />

chapas e painéis derivados da madeira, beneficiamento de<br />

toras, produção de embalagens e equipamentos. Além do<br />

espaço de exposição, os participantes tiveram oportunidade<br />

de conferir palestras com temas pertinentes para o setor<br />

durante o Workshop Fimma.<br />

De acordo com o presidente do evento, o objetivo<br />

foi aproximar fabricantes e fornecedores com a indústria<br />

de máquinas e equipamentos para móveis. “Sabemos da<br />

importância do segmento florestal, por isso a intenção é<br />

desenvolver ações que venham ao encontro dos interesses<br />

de ambos os setores”, aponta.<br />

Confira as principais novidades encontradas pela equipe<br />

da REFERÊNCIA FLORESTAL na Fimma Brasil <strong>2019</strong>:<br />

Bruno Industrial<br />

O destaque no estande da Bruno Industrial foi a remodelação na linha<br />

de picadores florestais com foco em baixo consumo e alta produção.<br />

“Estamos atualizando nossos produtos para concorrer com equipamentos<br />

importados, o que gera mais eficiência para as empresas”, garante Marcos<br />

Almeida, do departamento de engenharia comercial da Bruno. O lançamento<br />

foi o Monster 300/450x720, que pode ser montado em chassi de<br />

autopropelido ou rebocável facilitando a locomoção dentro da floresta.<br />

O triturador é operado com controle remoto, adequado à NR-12 e conta<br />

com motor Volvo de 330 cv (cavalos de vapor) a diesel. “Ele tem capacidade<br />

de produção de até 50 t (toneladas) em árvore inteira”, destaca.<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


Abril <strong>2019</strong><br />

59


MERCADO<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


SUZANO<br />

VAI INVESTIR R$ 6,4 BILHÕES NESTE ANO<br />

Fotos: divulgação<br />

Modernização, expansão e construção de<br />

portos estão entre os projetos previstos. Área<br />

florestal e industrial são as prioridades<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

63


MERCADO<br />

ASuzano anunciou o objetivo de investir R$ 6,4<br />

bilhões até dezembro. Entre os projetos previstos<br />

estão investimentos em modernização<br />

e expansão, estrutura logística, terras e manutenção<br />

operacional. O montante equivale<br />

a 20% da receita líquida pro forma da companhia em 2018,<br />

calculada a partir dos resultados alcançados separadamente<br />

pela Suzano Papel e Celulose e pela Fibria. As duas<br />

empresas, que deram origem à Suzano, concluíram a fusão<br />

em 14 de janeiro de <strong>2019</strong> e desde então operam como<br />

uma única companhia.<br />

A maior parte dos investimentos, no total de R$ 4 bilhões,<br />

será destinada à manutenção florestal e industrial<br />

da companhia, que possui 11 fábricas e/ou terras de plantio<br />

em 11 Estados brasileiros.<br />

Além disso, a Suzano prevê investir R$ 2 bilhões entre<br />

projetos de modernização e expansão e em terras e<br />

florestas. “São investimentos remanescentes em projetos<br />

anteriormente divulgados ao mercado, incluindo a compra<br />

de terras e madeira da Duratex, bem como eventuais novos<br />

investimentos que possam trazer, futuramente, maior<br />

competitividade à companhia e que garantam a manutenção<br />

de crescimento sustentável”, destaca Marcelo Bacci,<br />

diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores<br />

da Suzano.<br />

A previsão de investimentos para <strong>2019</strong> conta ainda<br />

com R$ 400 milhões a serem destinados à construção de<br />

novos portos em Santos (SP) e em Itaqui (MA), projetos<br />

fundamentais para o escoamento da produção de celulose<br />

da companhia e para melhorar ainda mais o nível de<br />

serviço prestado aos clientes localizados em diferentes<br />

continentes.<br />

A divulgação da previsão de investimentos anuais<br />

aconteceu em uma semana marcada por grandes eventos.<br />

A Suzano participou no dia 26 de março da cerimônia de<br />

abertura do pregão (Opening Bell) do mercado norte-americano,<br />

na New York Stock Exchange. Na sequência, promoveu<br />

nos EUA (Estados Unidos da América) o primeiro<br />

Suzano Day desde a fusão entre Suzano Papel e Celulose e<br />

Fibria. No dia 28 de março foi realizado o Suzano Day em<br />

São Paulo (SP). Ambos os eventos contaram com a presença<br />

de analistas, investidores e jornalistas especializados em<br />

economia e no setor de papel e celulose.<br />

Ainda durante os eventos, a Suzano anunciou detalhes<br />

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Abril <strong>2019</strong> 65


ACADEMIA E PESQUISA<br />

Qualidade de mudas de<br />

PARATUDO<br />

Fotos: divulgação<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


Pesquisadores da Ufersa (Universidade Federal<br />

Rural do Semi-Árido) desenvolveram um trabalho<br />

sobre a qualidade de mudas de espécies<br />

arbóreas de fundamental importância para se<br />

obter êxito em projeto de reflorestamento ou<br />

de exploração comercial. Este trabalho foi desenvolvido<br />

com o objetivo de avaliar a influência de dois ambientes<br />

(AMB-1, casa de vegetação; AMB-2, câmara plástica instalada<br />

dentro da casa de vegetação) e concentrações de<br />

nutrientes aplicados via fertirrigação (0, 50, 100 e 150%<br />

de uma solução nutritiva padrão) na produção de mudas<br />

de Tabebuia aurea, utilizando delineamento inteiramente<br />

casualizado, com quatro repetições. Foram avaliadas as seguintes<br />

características: altura, diâmetro do coleto, número<br />

de folhas, área foliar, massa seca da parte aérea, massa<br />

seca de raiz e massa seca total, relação H/DC, área foliar<br />

específica, razão de área foliar e índice de qualidade de<br />

Dickson. A análise dos dados revelou que houve interação<br />

significativa entre os fatores para a maioria das variáveis. O<br />

uso da câmara plástica (AMB-2) proporcionou maior crescimento<br />

das mudas de Tabebuia aurea. Soluções de fertirrigação<br />

com concentração de nutrientes variando de 80 a<br />

100% da solução padrão proporcionam mudas de Tabebuia<br />

aurea de melhor qualidade.<br />

A Tabebuia aurea Manso Benth & Hook, também<br />

conhecida como craibeira, caraíba, paratudo-do-campo,<br />

carobeira, craiba, carnaúba-do-campo, caroba-do-campo,<br />

entre outros, pertence à família botânica Bignoniaceae e é<br />

de ocorrência em regiões de Caatinga, Cerrado e Pantanal,<br />

atingindo entre 5-20 m de altura e 60-100 cm de diâmetro.<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

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Abril <strong>2019</strong> 69


ACADEMIA E PESQUISA<br />

ENTRADA DE<br />

NUTRIENTES VIA<br />

DEPOSIÇÃO<br />

ATMOSFÉRICA<br />

Fotos: divulgação<br />

Aprodutividade florestal é influenciada, dentre<br />

outros fatores, pela adição de nutrientes no<br />

sistema planta-solo, através da deposição<br />

atmosférica, principalmente deposição global<br />

(deposição via úmida - precipitação pluviométrica<br />

e deposição seca - partículas de poeira), a qual compreende<br />

um estágio importante da ciclagem geoquímica.<br />

A avaliação e o entendimento da entrada de nutrientes<br />

via deposição atmosférica podem auxiliar no manejo nutricional<br />

dos povoamentos, levando à conservação dos recursos<br />

naturais, otimizando a utilização de insumos e potencializando<br />

o crescimento das árvores. Por isso, foi iniciado<br />

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Abril <strong>2019</strong> 71


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2019</strong><br />

MAIO<br />

<strong>2019</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

Ligna Hannover<br />

27 a 31<br />

Hannover (Alemanha)<br />

www.ligna.de<br />

JUNHO<br />

<strong>2019</strong><br />

JUN<br />

<strong>2019</strong><br />

USO DE DRONES NA<br />

SILVICULTURA<br />

Promovido pelo Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais),<br />

o evento contará com a participação de especialistas<br />

na área que estudam o uso de drones na silvicultura.<br />

A intenção é ampliar as possibilidades na utilização do<br />

aparelho, mostrar novidades e estudos. As dinâmicas<br />

acontecem nos dias 5 e 6 de junho, em Botucatu (SP).<br />

Uso de drones na silvicultura<br />

5 e 6<br />

Botucatu (SP)<br />

www.ipef.br/eventos<br />

JUNHO<br />

<strong>2019</strong><br />

SET<br />

<strong>2019</strong><br />

XXV CONGRESSO<br />

MUNDIAL DA IUFRO<br />

Imagem: reprodução<br />

Asturforesta<br />

20 a 22<br />

Monte Armayán (Espanha)<br />

www.asturforesta.es<br />

América Latina vai sediar pela primeira vez, em <strong>2019</strong>, o<br />

Congresso Mundial da Iufro (International Union of Forest<br />

Research Organizations). O evento será entre 29 de<br />

setembro e 05 de outubro e irá proporcionar a troca de<br />

experiências e conhecimento em inovações tecnológicas,<br />

a atualização sobre os mais recentes resultados de pesquisa<br />

e as tendências para o futuro da pesquisa florestal<br />

e agroflorestal. O evento será organizado e coordenado<br />

pelo SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro e Embrapa).<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

AGENDA<strong>2019</strong><br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

JUNHO<br />

<strong>2019</strong><br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Cibio<br />

25 a 27<br />

Curitiba (PR)<br />

www.congressobiomassa.com<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

III Lignum Latin America<br />

11 a 13<br />

Curitiba (PR)<br />

lignumlatinamerica.com<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

Tudo que você precisa em manutenção de equipamentos Florestais<br />

como Picadores, HARVESTERS e FORWARDERS de diversas<br />

marcas como Komatsu, John Deere, Caterpillar, Tigercat,<br />

Ponsse, Peterson Pacific e Morbark.<br />

XXV Congresso Mundial da Iufro<br />

29 a 05 de outubro<br />

Curitiba (PR)<br />

http://iufro<strong>2019</strong>.com/pb/<br />

DISTRIBUIDOR<br />

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS<br />

mbh@mbh.com.br<br />

Abril <strong>2019</strong><br />

73


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Impactos da<br />

Indústria 4.0<br />

NO MERCADO<br />

Por Carlos Paiola,<br />

Diretor Comercial da Aquarius Software<br />

Modernização industrial<br />

aumenta rendimento<br />

e redução de custos<br />

expressivos<br />

Aautomação industrial com base na evolução tecnológica<br />

e digitalização dos sistemas produtivos permite<br />

que a eficiência e a produtividade das indústrias<br />

cresçam num ritmo acelerado. Um ponto crítico é<br />

a transformação da atividade humana nas manufaturas<br />

industriais, com a constante mudança do perfil dos profissionais<br />

que atuarão na Indústria 4.0 e nos modelos de mercado<br />

decorrentes desse movimento.<br />

O desenvolvimento tecnológico nos parques industriais também<br />

deve ser contínuo, para se adequar às exigências de competitividade<br />

do mercado. Mais do que a implantação de softwares,<br />

é preciso pensar em uma gestão industrial baseada em informação<br />

para fábricas mais inteligentes.<br />

A cibersegurança também merece destaque nas transformações<br />

da Indústria 4.0. As empresas devem se adaptar para<br />

proteger dados disponíveis nas redes, controlar o funcionamento<br />

da interação entre máquinas e a continuidade do processo de<br />

produção, visto que as falhas e a vulnerabilidade de informações<br />

nesse ambiente podem representar prejuízos significativos.<br />

Brasil e Indústria 4.0: o que está mudando?<br />

As indústrias brasileiras ainda enfrentam dificuldades para<br />

a digitalização de suas atividades, porém este é um cenário promissor<br />

e com oportunidades de desenvolvimento significativas.<br />

Tendo em vista a criação de um parque industrial que possa ser<br />

competitivo, as empresas e o governo brasileiro precisam caminhar<br />

juntos.<br />

Segundo o Relatório Readiness for the Future of Production<br />

Report 2018, o Brasil ocupa a 41ª posição em termos da estrutura<br />

de produção e a 47ª posição nos vetores de produção da<br />

indústria. Além disso, em 2018 ocupamos a 64ª posição entre<br />

126 países avaliados no Índice Global de Inovação. Nossa situação<br />

é auxiliada por políticas de inovação, como a Agenda Brasileira<br />

para a Indústria 4.0, uma iniciativa conjunta entre a Abdi<br />

(Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e o Ministério<br />

da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que busca superar os<br />

desafios da indústria brasileira com relação à inovação tecnológica.<br />

Há ainda outras iniciativas importantes, como as promovidas<br />

pelo Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e<br />

Social) e pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação<br />

Industrial), que podem financiar até 2/3 do custo de projetos<br />

inovadores alinhados à Indústria 4.0 e que possam aumentar a<br />

competitividade das empresas.<br />

Conforme levantamento da Abdi, o país tem potencial de<br />

redução de custos de R$ 73 bilhões/ano, impulsionado pelas mudanças<br />

das plantas industriais para a Indústria 4.0, o que geraria<br />

ganhos na eficiência de produção, manutenção de equipamentos<br />

e consumo de energia.<br />

Dentre os desafios de implementação de tecnologias em<br />

fábricas inteligentes, a indústria precisa de soluções que envolvam<br />

os conhecimentos de TI, automação industrial e gestão da<br />

produção.<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


Um brinde aos 5 anos de parceria TMO/Nisula no mercado<br />

brasileiro oferecendo soluções em corte e processamento de<br />

madeira para o pequeno e médio produtor florestal.<br />

Cabeçote Harvester Nisula 555H<br />

www.tmo.com.br • tmo@tmo.com.br<br />

www.facebook.com/ciaolsen<br />

Cia Olsen de Tratores Agro Industrial<br />

Caçador - SC • 49 3561-6000


A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

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