Hospitais Portugueses ANO VI n.º 29 março 1954

~HOSPITAIS
PORTVGVESES .
J.f) ANO VI
N. 0 2 9

I
HOSPITAIS
REVISTA DE HOSPITAIS E
PORTVGVESES
ASSISTÊNCIA SOCIAL
EDIÇÃO E PROPRIEDADE DE CORIOLANO FERREIRA
CONSELHO TÉCNICO
Doutor Manuel dos Santos Silva
Director do Hosp.-Colónia Rovisco Pai.s
Doutor Francisco Ibérico Nogueira
Da Faculdade de Medicina de Coimbra
Dr. Carlos Diniz da Fonseca
Chefie de Rep. da Direc.-Geral d e Ass>st.
Dr. Rafael Ribeiro
Administrador dos Hosp . Civis de Lisboa
Dr. Joaquim de Paiva Correia
Director-Adjunto do H osp. Júlio de Matos
Dr. Evaristo de Menezes Pascoal .
Chefe de Serviços d os H. U. C.
D. Maria Leonor' Correia 13otclho
Chd e do Serviço Social do I. A. F.
D. Maria da Cruz Repenicado Dias
Superintendente d e Enierm.agtem doJ H. C. L.
REDACTORES-DELEGADOS
D. Alice de Melo
( M i·sericórdia d :.! Va lp:~ços)
António Maria Andrade
(Mi ~er i córd ia de Porta l e~r ::: )
Horácio de Carvalho
( Mi~ericórdia d o P orto)
Cap.
José Maria Coutinho
(Misericórdia de Águeda)
REDACTOR-SECRET ÃR IO
F. Si lva Martins
ADMINISTRADOR
M. Madeira da Fonseca
íNDICE GERAL DO N. 0 29
Editorial
Novidades técnicas, 1954
R egulamentação dos serviços hospitalar·es
- Cap. José M. Coutinho.
A prev·enção da tuberculose na prática
hospitalar - Doutores Edouard Rist,
Pierre Pro.vost •e Stéphane Bidon .
Cuidados de enfermagem e m oto-rino­
-laringologia- En'f. 0 António Andrade
O estudo do «caso» nas •escolas b elgas
de ·enfermagem - Iris Poppi.
A Associação B elga de Hospitais e a
contabilidade de r·esultados
Acontece nos Hospitais
F . I. H . .
O. M . S.
Enfermagem
Cantinho das e;scolas
N otícias dos hospitais .
CongPessos •e Conferênc·ias
Notícias p essoais .
N otícias d o Ultramar .
N otícias do E strangeiro
Suplem ento económico
1
2
4
6
14
20 I
30
32
34
36
37
39
41
44
46
47
48
49
Vá:ia: - Socorro Social e sua acção; A contabilização
dos donativos em gén eros; O novo
hospital d e Castendo; A leal vila de Nisa
esteve em festa; P roblemas relativo3 ao pes­
~:>a l ; A sociologia e a enferm agem; S an ta
Casa da M isericórdia do Funchal ; M isericórdia
de Alhandra; Assistência hospitalar
ao pe3soal da P. S. P. ; Vagas para enfermeiras;
O N ovo H ospital Escolar d ::: :Uiosboa.
Publicidade:- P áginas 13, 18, 19, 22, 23, 25,
28, 35, 36, 38, 40, 42, 43, 51, 52 e 54.
Redacção e administração: Composto e im pi'esso na Tipo- Assinatura anual 90$00
Avenida Sá da Bandeira, n. 0 92 arai ia da Atlân tida- R . Ferreira Estran geiro
Telefone 2 8 4 3 - COIMBRA Borges, 103- 111 - COIMBRA Número avulso
ESTE NÚMERO FOI VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA
120$00
10$00
~==E=dil=to=rila=R=)
O doe1ate: ltóspede ou se•altot·?
Um grande administrador francês lançou a senha
W
do «malade, notre hôte» e, guiados por este grito, realizaram
e estão realizando os nossos colegas franceses
um magnífico movimento de humanização dos seus
hospitais.
A nossa revista, logo no primeiro número e nas
primeiras páginas, condensou uma das suas convicções na frase
«o doente é o senhor do hospital». Consola-nos a certeza de que
tantos dos nossos dirigentes apoiaram e fizerem sua esta divisa e
deram-lhe execução em muitos dos hospitais portugueses.
Poderá, porém, perguntar-se, se as duas senhas- a portuguesa
e a gaulesa- são iguais em seu alcance e propósitos.
O doente «nosso hóspede» equivale ao doente «nosso senhor» ?
Vejamos:
Em ambas as fórmulas há um sentido de «servir». O hospedeiro
serve o hóspede; o súbdito serve o senhor.
Mas o alcance de serviço é que é diferente nas duas proposições_
O hospedeiro serve o hóspede, nas suas necessidades materiais,.
no seu conforto, na sua comodidade.
O senhor deve ser servido não só nas suas faltas materiais e
exteriores, mas ainda nas espirituais e nas afectivas.
O hospedeiro deve ao hóspede apenas uma boa organização
- que nada falte a tempo e horas, com a melhor qualidade e pelo
menor preço.
O servo deve ao senhor, . além da mesma organização, total
doação da sua pessoa - do seu corpo, do seu espírito; do seu respeito
e da sua afeição.
A hospedagem é um contrato objectivo. A hospedagem paga-se·
com dinheiro.
O senhor é-o por aceitação íntima do súbdito. Os serviços
são-lhe devidos, não apenas em execução, embora escrupulosa, de
um contrato, mas em amor. Podemos odiar um hóspede enquanto
o servimos requintadamente. Um senhor só o é, na medida em que
for amado.
Eis porque continuamos preferindo a fórmula - o doente
senhor do hospital.

E Novatdl~tdles Técnicas. Dl!l>54 ~
-
A «Atlantic» lançou agom no mel'cado o
novo aditivo ICC, des·tinado •a evitar ·a pré-ignição
e a acumulação de depósitos nas velas.
Os benefícios da uti'lização deste aditivo são
notáveis p ela sua rápida acção, ·evitando incandescência
ou depósitos carbonosos causadoTes da ignicão antecipada.
P elas •reais v:antagens que apresenta o aditivo IOC, aqui inserimoo esta
«novidade» ·cientes d e que muito interessará a todos o•s médicos, funcionários,
a dministmção de hospitais, 'Casas de •saúde, s•anatórios, ·e a todos os restantes
leitores que possuam veículos automóv:eis.
Em todas as constl'uções deve •existir sempre a
preocupação de dotar as insta'l·ações sanitárias com
os dispositivos que g·arantam um mais dev:ado grau
de higi•ene.
Ora dos dispositivoo que, pelas suas notáveis
rcamderísticas, podem .assegu111ar esse dev:ado grau
de higiene, conta-se 'O autodi•smo automático 1a•lemão
«DAC» que dispõe de um novo ·e interessante sistema
muito aconselhável para todos os estabelecimentos
b'Ospitalares.
A todos os hospitais, casas de saúde, sanató­
:r1os, etc., acons'elhamos pall'a ·as suas instalações sanitárias, esta útil «novidade».
Em toq.~s ·as construções, porque a. t~·çnica
moderna assim o reclama, não se pr.es·cinde já do
indispensável isolamento térmico. Celulite
Mormente nas construções hospitalares, a
necessidade deste isolamento é já bem ·conhecida.
Dos muitos pr-odutos que existem· no mercado destinados a ta•l fim, é
sem dúvida •a «Celulite» a que melhor tem prov·ado a sua capacidade isoladora.
E , porque •lhe reconhe cemos r-eais propriedades, permitimo-nos registar­
-lhe o nome no ficheiro dos nossos hospitais.
Acaba de aparecer no mercado um novo pmduto alemão
para enceramento de soalhos, corticite, oleados, móveis, etc.,
de uma comodidade extraordiná·ria p ela facilidade da sua
aphcação.
Trata-se da cera pulveriz•ardor;a «Ge-Halin», ·apr-esentada
•em latas e f•ornecida •em diversas cores.
Porque se tf'ata de um produto económico, i.sento de
mau cheiro e que se presta a muitas aplioações, interessando
,especialrn·ente, por tal motivo, •a todos os estabelecimentos
hospitalares, aqui fica a nossa recomendação.
D e ·entr'e •as muitas máquinas Ide 'lav:ar roupa que ultimamente
têm surgido no mer·cardo, uma há que, peloas suas notáveis
·características técnicas, está destinada a S'er um valioso
auxiliaT dos pequenos hospitais e casas de saúde. Refe1:imo­
-nos •ao modelo, cujo desenho á direita inserimos, que a General
Electric lançou, r.eoentemente, no mercado.
Porque a achamos robusta, prática e económica, a aconselhamos
aos hospitais e casas de saúde.
Constitui sempr·e um problema sério, a venhlação e
resguardo de quaisquer compartimentos, quando há a intenção
de os não devassar. Especialmente nos hospitais, esse
problema mais frequentemente se apresenta.
Ofla rcom o apat'ecimento de res:to111es «Sol-An>, que,
pelas suas características interessantes, sem favor podem
considerar-se de uma utilidade impr-escindível em todos os
-hospitais, casas de saúde, sanatórios, etc., ficou pràticamente o problema
solucionado.
Consideramos ·este estor de g11ande utiHdade paTia todos os estabelecimentos
hospitalares.
HOSPITAIS
Não se aceitam anúncios para esta secção.
A e~-a-1h_a_d_e_«_N_Q_v_i~
dades» e o texto respectivo são da exclusiva iniciativa e responsabilidade
da redacção da revista, tendo como único fim, o de
bem informar os seus leitores.
_I
PORTUGUESES 3
I
•

li
li1
11 1
li
,,
I
Re~ulatnetata~áo fios sea·vi~os
ltospitalaa·es
Pelo CAP. J osÉ M. CoUTINHO
O Boletim da Assistência Social, 11eferente aos
meses de Janeim a Junho de 1953, publioa um artigo
da autori•a do Sr. Dr. Carlos Dinis dia F ons.eca, intitulado

A p•·e"e••eáo da 1.ube••etiiose
••a p•·átiea hospitalat·
pelos Doutores Edouard Rist, Pierre Provost •e Stéphane Bidon
A prevenção
em tis iiQilogi·á é
UJm!a •aquisição re-
1ati'VIam

des :está bem .estatbe1ecida. O prohlem'a
particu~a[" das mã'es tuberculosas
testá resdlvitdo há já mUJito !tempo.
São-·lhe reservatdos ldoa~s, e os ["ecém­
-nasoidtos, ·se fior necessárito, sã·o isol'aldos
tdtas mães. S'eguntdto as prescrições
médic·as são premunik:los pel'o
B. C. G.
JII -DOENTES DA CONSULTA
EXTERNA
Os doentes da

11 1
11
remas ref.eni["-nos à irmperiooa necessidade
que há de não 'Consrervar os
doentes tubercu}osos em loc ·a~s nã•o
especifi,oamente dtestlinados ao seu tratamento.
Est!a [nv:estig·açãto sistemática
permi1:1i:I'ia rdi!f'igi.r ràpidlamoote
pal'a o SJerviço especie:lizaido o doente
reconh~cildo tubercuLoso e lá htaveri•a
ainda uma derivação que pdde["ia ser
ef.ectU'ada segundo gs Lesões constat!adras.
&esta consitdwar o ca~o dos tu'berou1osos
,a,bingidos p 'oc outra •afecção
cirúrgica ou médi·oa e o dos doentes
que têm urma anomalia pulmonarr sobre
ra qual nã'o nos podemtos arin'da
1
pronunci'ar e que não devem necessàrira,merrte
ser hospita•lizaJdos num
serviço de tisi•ologi•a. Não há, parece,
gm'nldes !dificuldades pana encontrar
uma solução paTa es·tes problemas;
o •ex·emp1o é draldo pel 1 os hrospitais de
criança's tem qu:e há um pavilhão de
«suspeitos» onde ·os doentes permanecem
·aniles de s·erem· diagnostitoardos
com preo1sã•o. Ex.aminados nesta ordem
sdecrbiVIa particul'a•r, ·os cuidados
seriam melhor disrbribu~dos e mais fáceis,
•a higiene dos looais seria mais
bem observrada, a ·con't'aminação hospitalar
eventua·l seri•a suprimida e
seria ~ei·ta uma boa preV'enção para
o doente. Os serviçoo soci•ais anexos
podeDiam im•edila:tJamente •entflar em
a'cção paPa procumr o lugar- adequado
para esta ou aqueLa categoria
de .doentes.
c) A prevenção das recaídas nos
antigos doentes- Até •aqui ocupámo-nos
apenas da prevenção da tuberculose
- doença ai'nlcloa não reco-
nh.ecda - ou, mais e:xJarcllarrnente, do
s

I
,,
I
,1
ii
A eotttabiliza~âo dos dotaaf.ivos
em ~énet•c.s
«Do ex•ame dos orçamentos de ·muitas im;·~~tuiçõ.es, conjugado com as
capi1:ações obtidas na secção de ·estatística, ressa•lta por vezes manifesta disparidatde
entre o número de assistidos ·e os dispêrrd~os constantes dos mesmos
.orçamentos, o que deve atribuir-se ao fado das refleridaos inSJtituições não orçamentarem
os donativos em géneros, nem os produtos das suas explorações agrí­
.coltas ou .agm-pecuárias, que são ·oonsum~das nas próprias instituições.
Desta omissão resu~ta uma visão m.enos exacta do movimento económico
.das citadas instituições, que a•carretam pa•ra das própri1as prejuízos, cifmdos
num mai•s reduzido auxílio do &.tado. É que para a fiXIação deste as entidades
que apr·eciam a sua situação finarrceira, têm na•tura•lmertte que ·estabelecer compar-ação
en1:t

Cuidados de eJtfe•·•na~em
·t·i••o-lat•i•t~olo~ia
e1n oto­
Pelo Enf." ANTÓNIO ANDRADE
1-A SURDEZ POR OBSTRUÇÃO DE ROLHO DE CERúMEN
-SEU TRATAMENTO
k
Como se sabe, 'a surdez é a diminuição da percepção
normal dos sons.
,# O iníóo da surdez faz-s•e em g'eM'l por três fo1rmras:
à = ~ Insildiosamente - ·O doente dirfici·lmente precisa
quando •começou.
Brusca·mente- a1o ·erguer-s·e da cama ou td·epois de tomaT banho.
Brusca ou ràpidament!e- mas é arcompanhada de outros sintomas, tais
como dor ( óta1lgi•as), ve.rting·ens, náuseas ·e vómitoo.
O greu de su11dez é vtariável e vai desde o ligeil'o défirc~t auditivo •até à
sUI1dez comp~et>a ou quaee ·completa.
Pode ra.tingir um só ouv~do ou os dois, quer SlimuJ.tanea ou sucessivamente.
A abol'ição tota'l da •auldição é den.omlin1ada OofoSte.
O Apa1J.1e'lhro Audiómetro, determina com rigorosa ex'a!Ct~dão o grau de
surdez do mdi.viduo, registando no gráf,~oo por escail!a pr6pvi:a, esta anomalria,
estudo qUJe se denomina Ex1ame Audiométrico.
Este aparelho e os gráficos são em tudo ~dênt!ioos aos usados parn exames
de Electro-awdi~mmas.
Na maior parte das vez·es, o doente oom sUl'dez apresentla-&e ao Médi·co
queixando-se que insurdeceu 'bruscamente, muitas vezes rde manhã ao fazer a
«toilette», ]a'VIando ras orelhas, tomando banho ou depois de ter limpo o can•a'l
auditivo com o •oondenável gancho.
Noutros casos, •notou que ·começava a ouvilf menos há já a ·lgum tempo
e bruscamente a slll'dez a'lllment>ou muito.
T·anto num, como noutro caso, é frequenltle queiXJar-s•e que a voz lhe faz
eco dentro da oaibeça e que se sente estonteado, fenómeno denominado
Autofoni!a.
O Médico, quando é asSiilm o caso, ,dia~nosltircará: rdl!ho de cerúmen. obturante.
Prooeda à Lavagem auflicular.
Oomo se formou o rolho de oerumen ?
Como deve o enfermeiro proceder à }a!VIag·em a!Uni.cUil.ar?
14 HOSPITAIS
É do que nos vam·os ocupa·r ·em seguida.
A p e1e do conduto auditivo •externo cons•tirtui-se de numerosos folículos
pilosos, glândulas sebá·ceas e surdoriperas. No estado normal, as secreções
destas glândUJl'as fleaEzam-·s•e modernam·ente e a sua •constituição é semi~fluída.
0 rexa~ero desta s•eopeção determi,na a 'aCU'ffi'\.ll~ação do rOerúmen, tloma101do-se •em
rolho que, p or sua V'ez, a•oruando como vevdadei•ro ·tampão, li'mpede a saída da
seoreçã.o, aumentando-a.
Há oema de do~s sécu1os o •c·erúmen dos ouvidos ena ,c·cmsJ~d!eraldo como
remédi•o poderoso e sobenano •contra ·as pi1cada~,;; do es•corp•ião, consoi~diava as
feridas •e curava as fendas da pel,e.
Acontec.e que o tlampão de cera é muito higmmét:rirco (inchia demasiadamente
com a presença da humlirdrarde), provocando 'assim o seu hiper-!aumento
e a consequente SUl'dez -a sua consistência vtaria, pod!enrdo s,er muito du11a e
ader·enbe ou, pelo contrário, pastosa.
O ·enfiermeiro nunroa dev.e proceder à ·extPacção do rôlho de cerumlen oom
pinça ou ,estilête, •tla.manlho.;; •e ·grave.;; ·são os perigos que es·sas manobr'as podem
ocaSiionar.
Se à primeirra Lavagem o resu~tado fior negJativo, o que é pouco fr.equente,
info:rmar-se-á d ~srso o Médico, que de oerto, orden'ará o amo!1edimento com
GI.iooerma Carbonartada durante um ou dois dias, Jindos os quais uma nova
lavagem solucionará o problema.
Contudo, sem nos mov.er outro interesse que não sejra a S!atisdiação pelo
êxito à pl'imeira }lavagem, ,cont:rarri'a-nos o co111cei1Jo oar111terior, podendo afirmar
que 1ainda não necessit-amos de 11ecorr·er à segUI11d•a lavtagem (Siempre incómoda
pa.m o

gaçada

,,
Máquinas espe cialme nte constru ídas para mútiplos serviços e m Hospitais,
Sanatórios, Casa s de Saúde e Estabe lecime ntos congé neres
CONTROLE DE TESOURARIA
CONTAS CORRENTES
-Câmaras Municipais
- Doentes
-Fornecedores
-Honorários CJ í n i c os·
-Etc.
CONTROLE DE EXISTE 1 ClA
- Móveis e Utens.ilios
-Artigos de Penso e Consumo
- Material Cirúrgico
- Medicamentos
-Tecidos, Roupa e Calçado
- Depósito de Géneros
-- Materiais para Obras
-Etc.
ESTATÍSTICA
CONTABILIDADE OHÇAMENTAL
CO TAS DE ADMI ISTRAÇÃO
ETC., ETC.
Asseguramos a mais eficiente assistência técnica e mecânica
THE
NATIONAL CASH REGISTER COMPANY
SUCURSAL DE PORTUGAL
LISBOA - Rua Augusta, 146-T elefs. 32482 e 23920
PORTO- Rua deSta Catarina, 312-1. 0 - Telef. 22951
COIMBRA- Rua Ferreira Borges, 79-1. 0 - Telef. 5030
LUANDA - Calçada da Município, 20- Cx. Postal 2298
18
HOSPITAIS
Um aspecto da mecanização dos Serviços Administrativos de um ho&pital, vendo-se uma
máquina National da classe 31 a executar contas correntes e outra
National da classe 41 no controle da tesouraria.

I
Q estwtdo do «easo» Jtas eseolas ltel~as
de ettfe•·•na~e•·n
O estudo
do caso nos
serviços de
enfermagem
é um dos
métodos form
ativos para
a aluna rde ·enfiefimagrem, int roduzid o
laa-garrnente rnas escolas b elgas depois
dta guerra.
Cons·iste no estuklo aprofuntda1do,
por parte da a luna, d e um doente,
considerado como p essoa, isto é,
tendo e m c·onta não áp'enas a sua
d oença era cura de que necerssri·ta ma~,
acima rde tudo, os factores (famirliares,
sociais, psicológicos) qu e influencirarm
o s·eu eSJ1Jado dllllante a permanên'Cia
no hospitatl, e ·que podem modifioar
o seu fUJturo.
Origem deste método:
Veio da Améri,oa.
Cons?tui uma reacção contra a
desumanização pTo.fissionarl que anteriormente
a·oompanhiaVla o rápido e
contínuo progresso e desenvolvimento
da estrutura técnica das instituições
hospita~afles, à medida que nelas se
muJ}tiplrioaVlattn os serviços es.peciatliztatdos.
20
Por !RIS P o PPI
(Graduada pela Escola S uperior de Monitoras -
Lovaína)
As enfermeiras cujo número não
aumenta'VIa 'fila p roporçã.o das exrigêncitas
t écnitcas e da multiplicação dos
serviços t inham de adaptar-se, de
quatlquer forma, 'a esba si'tuta ção,
estandardizando o seu tPabalho, segundo
as reg-ras d o trabalho indus ­
tri,al.
Porém , porque o homem, o doen te,
não é u m objecto que possra ser manipulado
indep endente nas v ári'a~ pa·rtes
que oon:stituem a sua pessoa, mas é
um todo que exi-g.e ser conhecido, respeitado
e servido como 'bai, as consequ
ências de uma a'ssistência assim
profundamente desn'atuflada, bem depressa
se fizerattn sentir no espírito
e na m ren:ta'lidratde das ·enfermeirns, as
,quais, com demtasiada rapitlez, vieram
a p erder a caridade e o sentido do
humano, em relação aos s·eus doentes,
preocupadas e sufocadas pela técnica.
Foi por iss'O que nas escolas americarnas
de enfermagem se introduziu,
há já allg-uns anos, o estudo do «caso».
E x>arninrando os printcípios a·cima expostos,
é fácil av,aiJ.1rar a importância
e o significado deste estudo: obrigará
a a'luna a observar o doente e não a
doença.
Esse estudo prepa,rá-1a-à parn
aquela orientação psico-somática e social
Ida rrneditcina, que todos hoj'e con-
HOSPITAIS
sideram essenci'a1 para respon!der às
reais exigências do home m.
D esde o infci;o Ida última guerra,
pouco 'a pouco, foi e s

exig•e tempo e qUie poderá perturbar o
regular andamento Ida escola.
4) O obstáculo ma•is impor1lante
é oa necessidalde de rotaçã·o das a•lunas
pelos vários serviços que poderá impedir
oa •cada •UJmla delas o estudo detalhado
dos «lcasos».
T•ddas esba's dificuldades impõem
necesàri,anren1le •limitações à ap:li'cação
des1le métcdo. Em pa~r1le, são devidas
à es•truhllia •e organização da es•cola,
mas •em g11ande medildia podem ser
suP'eratdas com bom sens-o e com adequada
pfleparação do pes·soal de ·ensino.
Esquema para o estudo do «caso»:
O estudo do «caso» pode fazer-se
em sentido vertical ou horizontal. No
primeiro oaso, o estudo será feito
sobl'e um doente, s1eguido durante
todo o perí•odo do s·eu irnternamento e
a·1lé d'epoios de'le, através dos serviços
externos do hospi1>al. No s•egundo
oa•so, 1ao contrário, o e11tudo toma por
obj·edto uma manifestação mórbida da
qua~ se refere simultâneamente em
várias doentes as fases de desenvolvimento,
a'daptJando individualmente a
assistência.
Dou a seguir um exemplo prátioco
de um trabalho sob11e o estudo do
«caoso», •em serrbido ve.rti'V'al, prrepaflado
duran1le :a minha permanência
em Lovaina:
Serviço de maternidade:
Enfermeira-•chefe X
Professor X
Doente di1abéti·ca, gestante do
oitavo mês, pro~eni1ente da clínica X.
1) Descrição das condições psicológicas
na altura de entrada;
2) Posição familiar
3) Condições económico-social
4) Quadro clínico:
a) exame geml
b) exame obstétrico
c) ana.mnlf$'e.
Começa-se logo o diário da doente
que tem de ser submeti1da a uma intervenção
de urgência (•oes1arianoa).
No diário toma-se nota de todas as
fas·es da doença no hospi:ta'l (desde a
a•ceit:ação, à entrada na sala de operações,
ao acto opera'tório e ao período
post-operatório).
A aluna ·deve registar não só de
forma concis•a mas Clara e comp'letoa. a
de:;;•crição minuciosa de tudo aquilo
que à doente sej1a feito, do ponto· de
vista méclúco, assistencia•l e moml, mas
FÁBRICA DE BORRACHA «MON­
SANTO», L.da- Borracha : - Anilhas,
botões «Sanitas», guarnecimentos
de rodas de marquezas, juntas
«Unitas», pontei·ras para bengalas e
muletas, rolhas para frascaria de laboratório,
tapetes para lavabos, tubos
de irrigador, tubagem dhnersa, válvulas
para autoclismo, emboques para
bidets, revestimentos, passadeiras e
ca11petes em todas as dimensões e
toda a espécie de artefactos mediante
amostra ou simples desenho. Rua do
Oentro C1,1ltural, 35 :..._Alvalade, Lisboa.
-Tels.: 73520-71052-71053.
expHcar ainda o·s rrrotiv9s e anO'taor as
reacções o>bserv·aldas .no marido -e na
doente, nos di·as 'em que eles atravessam
uma fase tão •dclioatda e importante
pa.m a sua vida matrimonial.
Depois de doze di1as de internamento,
a doente tem o parto, a
criança prematura parssou a ser tra-
1latda no hoopital e a ob-s'ervação do
«casm> prossegue de mo'do menos contínuo,
m1as constante, até que a
cruança volte à famí1ia.
Atr:avés do ·estudo deste caso de
gr•avidez complicada por uma diabetes
gravre e .res-Oilvidla, antes do s.eu
termo nlatural, por uma intefV'enção
opemtóri•a, a a'luna terá de usar as noções
div·ersas adquiridas nas vá1'ias
discip'l·inas teóricas. Por outro lado
teve ocasião de considernor e avaliar as
rearcções e repercussões psíquicas e familiares
·de um caso tão ·complexo de
maternidade.
HITZEMANN & C.",
L.da - Representantes
para Portugal. Material
fotográfico, reveladores
e fixadores especiais para radiografia,
papéis Raios X e cardiográficos, material
para câmara .escura. Rua Sá
da Bandeira, 520-526- Telef. 22135-
-22136. Telegramas : Agia- Foto-
Porto.
Cpnclusões:
O tmba1lho, uma vez completado,
não deve ser remetido pela a'luna à
di~ectora pla'I1a dassificação, mas srim
apresentado e ilustrado de viva voz
perante todo o ·curso e •eventlU!lmente
diS1CU'tido e aprofundado.
Daqui resuJta claramente quão
complexo e completo é o exercício do
estudo do «·caso» e que útil contributo
fornece par:a a formação da•s enfermeiras
que não sejam executoras
muito habeis das 1:1écni·cas assistenciais.
A m~m me paflece que, -embora
tomando •em coruba a necessária adaptação
Ide ta'l método à personalidade
das nossas alun~as-enferomeiras e à
situação Pea'l das noss•as escolas e dos
' nossos hospitais, s:e podenia introduzir
com Vlanta·gem o es·tudo do «caso» na
formação das alunas itaEanas.
(Transcrito da revista «F'e'de e Professione»,
do mês de F1evereiro de 1954).
Compr•e os seus fatos e os seus vestido-s
na TRANSMONTANA-Telefone
3171- Rua do Corvo, n. 0 27-
Coimbra.- Fazendas de Santa Clara
a 130$; T•ecido3 para senhora c/ 1,40;
Padrões modernos, desde 30$. Cami­
·saria, Meias Nylon ·e muitos outros
artigos a preços 1incomparáveis
22
HOSPITAIS
PORTUGUESES
23

A leal vila de l1isa esteve e1n festa
No dia 21 de Feverciro p. passado, foi lança'da a primeim peclr,a para a

ll..
'"
T emos o gosto 'de publ~ ca r o esquema •da lição-palestra, p roferida no
di ~a 2 de D ez.emlbro de 1953, pelo Profiessor Dr. José Madel Fortes na Escola
de Enfermagem do H ospita•l de Santo António. Este teSquema, só por si, constitui
um magnífico traba•lho que ~aqui ofepecemo\S •aos nossos lcitores.
O desenvolvimento desta lição-palest ra, assentou sobre dois p ontos:
1) Segundo um critértio especul,ativo, adentro de um a doutrinação geral ;
2) SegUind o um ·critério ·e~positivo , adentro do di,reito p ositivo social.
I
D eifinjda a Sociologia oomo o estudo da vida social, foi •ap ontada a vaTiabi.lidad
e dos conceitos, até se frisar a circunstância de a·inda 1alguns autores
consi:derarem a sociologia como uma síntese de· tod•as as ciênó as sociais.
F risou -se a circunstância de os sociólogos diV'ergil'em quanbo, e principalmente,
à definição, tendo sido apontadas as def~ n iç õ es de Snedden , de Gi:ddings,
de Simmel ,e de Posada, aceitando-se, provisol'iamente, a definição de considerar
a Sociolo g~a como a ciência dos factos ou dos tenómenos sociais. E tendo-se
procurado circunscl'ever o object o da Sociologia indi

li
Instituto Maternal, Instituto de Assistên6a aos Menores, Instituto de Assistência
aos Inválidos •e o da R,epressãü da Mendis
da Assistência Social e 'do Serviço Socia'l, no seu aspecto eminentemente sociológko,
fornecendo-se para tanto aos alunos os .conhec'imentos 1 ~ndispensá v eis,
pa~a que os futuros enfermei'l'os pudessem colher, na vida prática, van'i'agens
-reais quanto ao 'eJCercíoio da ;actividade profissi·onal, havendo todavia o cuidado
de fug-ir, tanto quanto possív·el .às teorias e às abstracções, bem como aos prin­
.cípios doutrinár1os de dif~cultosa 'compreensã'o 'e às ·definições complex•as. Esta
lição terminou pela afirmação de que •esta questão didáctica carece de profundo
estudo e de dilatada meditação, tendo •em Portuga•l de ser muito ponderada se
atentarmos a 1 o modesto níve l .cultural dos candidatos à enfermagem, dentl'o do
actual instante e dadas as 'POSsibilidades do ensino enfermáti'co entre nós.
Sa1ata Casa fia Mise•·ieórdia
do F••••eltal
O relatório da g•erência de 1953, apresent>ado pel

ilssoeia~áo
Bel~a
e a eo•atabilidade
tle
de
UOSJ)itais
resttlt.ados
I
I
Segundo in~orma o nosso confrade « L'hopital »,
órgão da Assrodação Belga de Hosprtaqs, -a assemblei1a
geral dle:Sibe organis.mo, -reunida 1 em Bruxe:ltas, em Dezembro
últiano, paTa estudar os pmcessos de gestão dos hospitais
franceses, decidiu envia•r ao Ministro de Saúde
Púbhoa e da Flamítha a moção seguinte:
«Üonsideran'do, no Ciampo n'acion>ail, >a crítica situação
finail!oeira que a travessam as instituições púMic>as e
1
priVladas, por moti~o das ldestpesas resultantes do reanmamento
hospita1a

II
(~ Acolfiltere lfilO§
IHospitais •.. )
O homem-avestruz comeu os
lençóis da cama do hospital
onde o ·operaram .. .
Os anémicos. poderão tratar-se
com eficácia aspirando vitaminas
B-12 em pó
Uma operação de apendicite
revelou a existência de um
homem vestido de mulher ...
O caso passou-se há pouco no
hospital da Miseri,córtdi'a de AV1eiro,
oncl!e aparec-eu, pia!fa \SeT operado da
apen 1 dkite, um indivíduo que pa:reiCira
S'er do sexo femin:ino, que dizia · ter
19 •anos ·e chaoma.--se M•ari1a Adelaide
Soa'fles N eto. Tinha cabe1eim em fa1'­
tas tranças e OS'tentava brincos nas
orelhas. O enf-emneiro sr. Eugénio
Santos, prep1arou o doente para a operação
·e foi em determilllilda altura
desses prepa·raltiOVIOS que ficou atónito
ao V'erifi:car que a «rapari!ga» era homem.
Os médi·c-os, que se •encontra­
V1am ona sa1la de operações, foram chados
pelo enfierm'eiPo e v·erifiocaram que
a Marira Adelaide era, de facto, um
homem sem qualquer anoma•lioa.
-Como se chama ? -perguntata1'am"'lhe.
- M,a.óa Alde1aiode Soares Neto ...
Como a operação de apendicite se
impunha, os médilcos procederam à
intervenção e, dias depois, proce deram
a um 'breve inquérito. O rapaz
que s•e averiguou ter 27 e não 19 anos,
disse que desde pequeno, não conhecem
outros trajos senão os femininos.
Andou sempr·e assim v:estido porque
era o desejo de seus pais.
Os médicos resolveram então cor-
32
~ar-lhe o cabelo e vesti-lo com trajos
masculinos. E o mais c-urioso é que,
de uma mulher pouco atr.aente, surgiu
um r.apaz simpático e com boa figura.
De ta•citumo ·e pouco fa·l·ador, transformou-s·e
numa P'essoa jovial e comunicativa.
Sua mãe, que reside no lugar
de S. Bema11do, do distrito de Av-eiro,
ao saber do «incidente», limitou-se a
dec'l,arar com uma certa tristeza:
-Deixem-na esta•r como «·e[a»
está ...
Ba'f'eoe que este estrnnho -caso teria
sido motiv.a'do pe1o desejo que os pais
tinham de evitar que seu fiaho. .. fosse
para a 'tropa. Emprega·ram--no desde
os 15 anos em serviços domésticos.
Ultimamente, a «rapariga» serviu em
vária's oaSias parti•cu'l.a.res. Agora,
quando lhe perguntJamm se nunca
havia sido cortej:aldo, disse que sim,
mas que repudiou sempre namoros.
A falsa Papariga não rev-ela a menor
•afectação feminiil'a e parece um
homem normal.
A repartição do Regi·sto Civil está
a organizar um processo pa-ra efeitos
de mudança de nom-e e ... de sexo, não
se sabendo ai-nda o novo nome da M -aria
Adelaide. Os médicos desejaram,
todavia, que o rapaz fosse a Co-imbra
pa-oo ser observado nos hospitais da
UniV'ersidade.
(Diário de Lisboa de 13-1-954).
HOSPITAIS
Ao •entrare:m no quart:o do homem ­
-avestruz- o si'liciano Salvador Scandurra-
depois da operoção que permitiu
eX'ti1aúr do seu estômago vinte
e sete .oanivetes, pregos, uma corrente
e uma porção de outros objectos, as
freir·as da clínioa, onde é tratado, encontraTam-no
estendido na cama, sern
1ençois, nem 'Cobertores. Atacado de
súbito apetite odeV'orador, o homem­
-av·estruz co~em-os à ·taia de pequeno
almoço ! O sogro recordou, a propósito,
que duranlt:e a ca-mpanha eleitoral
Salvador comeu o volante do
automóvel do ·oandid,alt:o a deputado,
que guiaV'a. «Não po'de passar sem
ferr-agens» -af-irmou.
(Dos jornais diários).
No hospital H enry Ford, de Detroit,
foi descoberto um processo de
aplicar a vi•tamina B -12 •aos doentes
1aotoa•cados de anemia. O tDa.tam•ento
continuo por meio dessa vitamiil'a, domina
efioazmentoe as anem.i!as. Porém
a abso.Ppção ora1 proV'ooa dificiências
di~?;estiva·s e 1JOif'na o remédio inap'licávd.
AldoptQIU-se, po~rtanto, o sistema
de apliocar a .B-12 •em inJecções, o que
resU'l'Í!a não só doloroso ·como pouco
práitioo e dispendioso, pois. exig.e a perrn!anência
'Oonsotante de um díni'co.
Por istio os médi,cos do hospita1 Henry
Fortd Tesdlve.mm pôr os anémicos a
aspiraor a vitamina, sob a fiorma de pó.
e o proc·esso deu os melhoDes resultados.
(Dos jom81i.s diárioo).
Assistência hospitalar ao pessoal da Polícia
de Segurança Pública
P-elo 'al't. 95. 0 do Decreto-lei n. 0 39.497, de 31 de Dez-emb11o último foi
. '
determinado que fiquem a cargo do ES'Í!ado as 'despesas de 'hospitalização do
pessoal da Polícia de Segurança Pública, por acidente ou desastre ocorrido em
serviço.
Foi assim resolvido, a título definitivo, um problema que há bastante
tempo vinha criando s·ituações .embaraçosas e injustas.
PORTUGUESES 33
3

IIi
F
FEDERAÇÃO INTERNACIONAL
Membros e q uotisação anuais
As disposições relativas
aos societários
e às quotizações
anuais estão expressas
nos artigos II e
X dos Estatutos que abaixo reproduúmos.
As quoti21ações anuais paPa
. cada categori·a de membros, são
actualm.ente as seguintes:
Categoria A (organismos hospitalares
nacionais) -de if: 20 a if: 120,
conforme escala estabelecida p ela Organização
das Nações Unidas.
Categoria B (outras 'associações ou
instituições hospita'lares)-if: 5 Ss. Od.
Categori•a C (in'dividualidades ligadas
a assuntos hospitalares - if: 2
2s. Od.
Catego!fi,a D ( empPesas com erciais
ou industriais) - if: 5 5s. Od.
Viagem de estudo em França
A F edemção Hospit:a~ar tde F ran ça
acaba de concluir o itinerári·o da viagem
d e estudo que d ecorrerá em
França de 16 a 30 de M·aio do ano
.corPente.
Tomando Paris como ponto de
-partida, os participantes terão ocasião
de visitar vários estabelecimentos hospitaLares
modernos, entre os quais a
Cidade Hospita}ar de Lille, inaugurada
em Outubi'o findo, e o Centro
Hospitalar Dujarric-ide-la-Riviere, em
H
DE HOSPITAIS
P érigueux, inaugurado no mês de
Março.
O Capitão J. E. Stone, secretário­
-tesoureiro da F. I. H., foi ultimamente
a Paris, a convite da Comissão
que 'Organizou a viagem de estudo,
para !:ornar conhecimento do programa
definitivo das visitas e para se
entender com os membros 'da Comissão
a eerca das d i-sposições que foram
toma das em atenção 1 ~os visitantes.
As pessoas que desejam pa·rticirpar
nesta viagem d e estudo devem dirigir-se
ao Secretariado da F. I. H ., em
Londres, o mais breve p ossível. Podem
. nela toma r parte, em primeiro
lug·ar , t odos os membros da F . I. H ..
Os pedidos de inscrição por parte da s
p essoas ·estranhas à F . I. H. serão aceites
no caso do número de lugares disponíveis
o p erm itir.
Notícias
- O Dr. R. de Cock, P residente
da Associação B elga de H ospit ais, foi
nomeado membm do Conselho de
Direcção da F . I. H ., em substituição
do Dr. R ené S.an:d. O D r. Cock é já
bem conhecido dos membros da F. I.
H. que assistirnm ao congresso realizado
em Londres em Maio findo.
Nessa ocasião, ele apresentou um relatório
extremamente interessante sobre
o papel da medicina preventiva nos
hospitais.
lST~l()T()Mif()~
UM
NOVO PROGRESSO NA QUIMIOTERAPIA DA TUBERCULOSE
Isonicotilhidrazona de Estreptomicina
equivalente a
lsoniazida.
Estreptomicina .
0,236 gr.
1 gr .
e Os dois mais activos medicamentos antituberculoso&
numa única fórmula.
e Aumento de eficiência por sinergismo
medicamentoso.
e Grande redução do número de estirpes
resistentes.
«Um ponto está esclarecido com clareza: nenhuma das drogas
eficientes presentemente conhecidas deve ser usada isoladamente.
Elas devem ser normalmente usadas em combinações que se sabe
limitarem o aparecimento de estirpes resistentes•.
Advances in the treatment of respiratory disorders Pulmo·
nary tuberculosis.}. G. Scadding. The Pracitioner - Out. de 1953 .
LABORATÓRIO SANITAS
34
HOSPITAIS
P OR TUGUESES 35

M §
MUNDIAL DE SAÚDE
Enfermagem )
Constituição da O. M. S.
. Os Estados que par-
({ i\~ ticipam nesta Consti-
~ i ltituição declaram, de
~~ •
acordo com a Carta das
Nações Unidas, que os princ1p10s seguintes
são a bas·e da fieli•cidade dos
povos, de suas relações ·amigáveis e
de sua segu~ança:
A saúde é um •estado de completo
bem-esta~ físico, mental e social, e não
consiste só na ausênci·a da doença ou
enfermidade.
A posse do melhor estado de saúde
que é capaz de a·tingir, constitui um
dos ·~eitos fundamentais de todo o
ser humano, qualquer que seja a sua
mça, sua religião, opinões políticas,
condição económica ou social.
A saúde de todos os pvvos é uma
condição fundamenta'! da paz do
mundo •e da sua segurança; ela depende
da mais estreita cooperação
entre o indivíduo e o Estado.
O resultado atingido por cada Estado
nv melhoramento e na protecção
à saúde são preciosos para todos.
A negligência dos países no que
vespeita ao melhoramento da saúde e
na luta contra as doenças, em particular
das doenças contagiosas, é um
perigo para todvs.
O desenvolvimento são da criança
36
é duma importância fundamental ;
aptidão para viver num meio em
plena transformação é essencial a este
desenvolvimento.
Levar a todos os povvs o benefí·cio
dos conhecimentos adquiridos pel1as
ciências medicinais, psico'lógicas e outras
é essencial para atingir o mais
alto gmu de saúde.
Uma opinião pública esclarecida
e uma coope1·ação activa da sua parte
são duma importância capita•l para
melhorar a saúde dos povos.
Os Governos têm a responsabilidade
da saúde dos povos que governam;
des não podem fazer face a esta
obrigação senão adoptando medidas
sanitárias ·e sociais apropriadas.
Aceitando estes princípios com o
fim de cooperar com e les e com todos
os outros destinados a melhom'f e
proteger a saúde dos povos, as partes
contratantes ·aderem à dita Oonstiteuição
e reconhecem a Organização
Mundial de Saúde como uma instituição
especializada nos termos do
art. 57. 0 da Carta das Nações Unidas.
PENSÃO ANTUNES - Rua Castro
Matoso, n. 0 8- Coimbra- Telefone
3048.- Últimas instalações para
excursionistas. A melhor casa que recebe
excursões. -Almoços e jantares
HOSPITAIS
111ilita•ate da saítde
De 1 a 13 de Abril comemora-se em Portugal e em
todo o mundo o centenário de Florence M ystingale. O «dia
mundial de saúde» que a O. M. S. fixou para sempre em 7 de
Abril destina-se no ano corrente, a chamar a atenção do
mundo para a importância da missão da enfermeira e para
a necessidade de ampliar o seu recrutamento.
Em Lisboa foram proferidas conferências alusivas pelos
Doutores Costa Sacadura, Frazão Nazareth, João Porto e pela D. Maria da
Cruz Repenicado Dias.
Em todas as Escolas do País se re·alizaram sessões de propaganda. Pela
nossa parte, queremos associar-nos às comemorações, publicando uma fotografia
que há tempos vimos numa revista americana. Trata-se de um carro alegórico
que entrou num cortejo de propaganda de enfermagem e que tem este expressivo
dístico: «Ser enfermeira é caminhar com Deus».
PORTUGUESES 37

li
li
I ''
I"
Alojamento da enfermagem
No nosso último número fiz·emos
ligeira referência às preocupações de
todas •as administrações hospitalares,
no que respeita ao alojamento do pessoal
de enfermagem.
Pa•ra bem se ava·liar o cuidado que
a este problema é dispensado ·em todos
os países, permitimo-nos acrescentar
às informações que 'demos no
nosso último número, mais duas:
Na Alemanha foi construído na
«Kinderk,linik St. Hedwig» um pavilhão
especialmente 'destinado •a a•lojamento
de enf·ermeir·as.
Na Ir'landa, o hospita•l Mater Misericordiae
fez construir um novo pavühão
para enfermeiras, com a capacidade
de 239 pessoas.
Concurso para enfermeiros­
-chefes
Nos Hospitais da Uni•versida:de de
Coimbra está aberto concurso para o
preen•chimento de vários lugares de
enfermeiros - che ~es . A escolha será
feita mediante pr·estação de provas
teóricas e práticas.
A enfermeira de saúde pública
«As primeiras vitórias da Enfermeira
da Saúde Públi·ca foram ganhas
no campo da luta contra a morta'lida'de
infantil. Na Bélgica, por exemplo,
ao passo que os médicos não
introduziram novos métodos de prev·enção
de doenças da criança entre
os anos de 1920 e 1935, a mortalidade
infantil diminuiu 42 % e .p número
de óbitos devido ao sa·rampo e à es­
·carlatina nada menos de 89 %».
(Dr. René Sand).
Enfermeiras no mundo
Uma portuguesa: É de Lisboa e
chama-se Maria Tito de Morais. É
•conselheim do Governo Sírio· palf'a os
assuntos de enfermagem, desde 1951.
Com os técnicos do Ministério de
Saúde colaborou nos planos de desenvo~vimento
Idos serviços sírios de enfermag·em.
Organizou escolas de enfermagem
e residências de alunas,
melhorou hospitais, preparou regulamentos
sanitários: honrou •a sua pátria
e a sua profissão.
Uma australiana: Chama-s·e Jessie
Abrahams ·e foi destacada para as Filipinas,
a fim de treinar enfermeiras
de obstetrída. Miss Abrahams foi
Instrutora de Obstetrícia no Hospital
Rei Jorge V, em Camperdown (Nova
Gales do Sul).
Uma holandesa: Faz parte da
equipa de Higiene Materno - Infantil
em Karachi, na qualidade de parteira
do distrito. Chama-se Willy Maters
e tem vasta experiência fora do seu
país natal, tenldo trabalhado na Indonésia
e na Inglaterra.
LACTICÍNIOS DE AVEIRO, L.da
-Produtos Vouga- Sul: Manteiga,
Queijo, Leite Pasteurizado.
Escola de Enfermagem
Dr. Ângelo da Fonseca
As alunas da Escola de Enferrmagem
Dr. Âng.elo da Fonseca, que funciona
nos Ho:;;pitais da Universidade
de Coimbra, promoveram, no di·a 8 de
M•arço, a sua festa ·anual, te ndo ouvido
missa na capela dos H. U. C ..
Seguiu-se a cerimónia de imposi-·
ção das roucas, à qua~ assistiram o
Prof. João Porto, o corpo docente da
Escola e os funcionários superiores.
A festa terminou com um•a merenda
oferecida pelas alunas ao pessoal
dos Hospitais.
Escola de Enfermagem
de S. Vicente de Paula
Na Esco1a de Enfermagem de
S. Vioente de Paufa, em Lishoa, realizou-se,
com a presença do Subsecretário
de Estado da As•sistênóa, uma
sessão solene para distribuição de diplomas,
insíg1ni•as e braçadeiras às
enfermeir.as e auxiliaTes sociais que
concluíram os resp'ecti'V'Os curs·os. Na
mesa tomaram lugar, a1lém daquele
membro do Governo, ·os srs. arcebispo
de Cízico e Dr. Mag.a•l'hães Cardoso.
A sr.a D . Maria Ermelinda Sarafana,
monitora da escola, falou do
papel da enfei'l'Ileira e do seu dever de
trabalhar para Deus e para a Pátria.
Escola de Enfermagem
· Artur Ravara
Pel'a 'Portari"cl n. 0 14.758, de 13 de
Feverei'l'o pr·etérito foi a>lterado o quadro
do pessoa•l des·ta Escola, permitindo-se
que sejam recrutados monitores
eventuais enlt>re os enfepmeiros dos
Hospitais Civis de Lisboa e fixando­
-lhes as resp·ectivas l'emunerações.
Escola de Enfermagem
do Telhai
Os bene méritos Irmãos Hospitaleiro:;;
de S. João de Deus, que há muito
crial'am e vêm mantendo, em Algueirão,
a exc•elen>te Casa de Saúde rdo Telha•l
destinado a doentes mentais,
inauguraram um novo edifício para a
sua ·escola de enfermagem.
O novo edifício comporta •air1da 12
quartos, duas amplas enfermarias e
um magnífico bioco operatório.
Escola de Enfermagem
Dr. Assis Vaz
1-Por Portaria n. 0 14.719, de 23
de Janeiro pvetéri'to, do Ministério do·
Interior, foi cri•ada, na cidade do
Porto, a Escola de Enfel'magem Doutor
Assis Vaz, que se regerá, como
escola oficia1, pelas disposições aplicáVTeis
do D ecreto-lei n. 0 38.884, de 28'
38
HOSPITAIS
PORTUGUESES
39

Vagas para enfermeiras
de Agosto de 1952, pe1as do regulamento
que faz paJ"te integrante do
Decreto n. 0 38.885 da m'esma data,
,e ainda p elo seu regulamento privativo
aprovado op0!.'1:tmamente.
2- F oi nomeada a seguinte comissão
insta,ladora e atdministrativa
para ·a E~co1a d e Enf:ermagem Dr. Assis
Vaz, do Porto; Presiden te - prof.
dout or António Ide A'lmeida Gan ett.
V ogais, P rof. Dout or H ernâni Bastos
M onteiro ; Dr. D oming·os F errei'fa
Afonso e Cunha, deleg,ado d e Saúde
d o Porto e diPector do Hospital Joa ­
quim Urban o ; Humber>to dos Santos
Caste~o , chefe de secretaria da Matternidade
Júlio Dinis; M aria Madalena
Lopes Taveira, ac tua·! monitora­
-chef.e da Bscola de Enfermagem
Dr. Ângelo da Fonseca.
••• I .ê.
CURIX - P elícula radiog ráfica.
SCOPlX- Para a fotog rafia do ecran.
DENTUS FILM - P ara ra diografia dentária
PAPEL ELECTROCARDIOGRAFO
Material para câmara escura, reveladores,
fi xadores. etc.
Garcez, L.da
LISBOA
A Organização M undia'l .de Saúde emprega mais en ~erme i ras que q ualquer outro organism
o no campo de trabalho internacion al. Actualmente, 140 •enferme1r.as de 22 n acionalidades
dife11entes •encontram-se trabalhando em pmjectos da OMS em 31 países.
Os tipos de trabalho nos quais •existe maior falta de funcionárias são: ·enfermagem de
saúd e pública (V1isitas domiciliárias) inclusive obstetrícia, enfermagem de pediatria e e:nfermagem
médico-cirúrgica.
N a maioria dos casos a enfermeira da OMS faz parte de equipes empenhadas no
desenvolvimento de escolas de enfermagem e centros de adestramento e demonstração, tais
como de proDilaxia Ida tuberculose; ou empenhadas no adestramento de funcionárias para os
centros de higiene matemo-inEantil, etc.
Os requisitos para colocação no campo da enfermagem internacional são muito precisos.
A candidata deve ser enfermeira licenciada e contar com pelo menos um ano de trabalhos
post-gvadua.dos em um dos ramos principais, ou seja, !laúde ·pública, pediatvia, ou
enfermagem médico-cirúrgica. Além disso deve ter tido pelo menos dois anos de experiência
em ,sua especiali'dade.
Cabe mencionar que ex>srem colocações não só para mulheres enfermeiras. Em muitas
reg,iões há falta de enfermeiros que possam preencher estes requisitos.
Além do adestramento profissional, candidatos aos cargos de enfermagem junto à
OMS ou outros organismos internacionais de assistência técnica, devem possuir certos característicos
pessoais e psicológicos importantes.
A qualidade .principal é a flex,ibilidade de adaptação- adaptação a pessoas e situações.
A segunda, qualidade também imprescindíV'el, é um sentimento de verdadeiro amor
pela humanidade. O desejo de modificar e melhorar a condição alheia não é suficiente.
A saúde e o bom humor são também atributos indispensáveis à ·enfermeira da OMS.
40 HOSPITAIS
Hospital Militar Regional N.o 1
No Hospital Milit a·r R egiona'l n. 0 1,
do P.orto, fomm 1:ecentem'ente inaugura'das
duas secções d e ·cons'lclt as destinadas
às famHia·s idos oficiais e dos
sarg·enttos, do a'ctivo, 'da reserva e do
quadro de reforma.
As duas novas ·consultas -uma de
P·edi·atria e outra de Obstetrícia e Gin
ecologia - são d irig1das, resp ectivam
ente, pelas Dr.a• Ju dit·e de Lim a e
M aria dos P razeres Lopes Flerreira,
funcionando às terças e sextas-feiras,
às 15 horas.
Inauguração de um Serviço de
Fisioterapia no Hospital
do Barre iro
Com a ass·ist ênc·ia das ·autoridades
loc·ais, médi'cos e Tepresentanrbes de várias
instituições, in•augurou-se no dia
14 de Fevereiro, no Hospita1 da Miser1córdia
do Barreiro, um Serviço de
Fisiroterapia.
O novo Serviço, que será dirigido
pelo Dr. Luaz·es M·eyer, está equipa'do
com •aparelhagem pam u1travio·letas,
infravermelhos, U'ltm-sons, massagem
vibmtória, correntes ga·Ivânicas e diatermia
de onda curta, material que se
acha instalado em seis gabinetes isolados
·e bem iluminados.
PORTUGUESES
Pavilhão-Sanatório Hospitalar
da Covilhã
Oausou viva satisfação a notícia
d e ter sido resolv~do reabrir o Pa vilhão-Sanat
ório Dr. An tónio V.az de
Ma·cedo, 1da Oovi:Ihã. Daldo o conhecim
ent o dos •sef'Viços ·em tempos prestados
por aquele estabelecimento,
foi muito bem acolhida a decisão
g-overnam•enta·l, tomad a a este respeito.
Hospital da Misericórdia
de Montijo
B eneficiou ultimamente de várias
obms o Hospita'l da M isericóPdia de
Monrtijo, cujos s·erviços foram remoddatdos,
deV'endo pr·oceder-se em
breve à .respectiva inauguração. Os
importantes melhoramentos introduzidos
naquele Hospital mereceram do
Estado va1lioso auxHio.
O movimento daque'le ·estabelecimento,
durante o passado ano de 1953,
foi bastante importante, constando
dos seus r·egistos os números seguintes:
Doentes internaldos, 122; dias· de
intemamento, 1008; inscritos na consulta
externa, 1.236; consultas no
Banco, 1.721; intervenções cirúrgicas,
367; tPatamentos, 6.031; injec-
41

[1
li
I
I
ções, 7.499; análises, 1.010; e radiografias,
17 2.
Logo que se comp'}ebe o apetrechamento
do mohi'liário e do material
cirúrgico, cuja despesa 1\Jeve a compa~hcipação
ofici•a1l, Montijo ficará
dotada com um hospital que preencherá
e:s suas mais urg:entes necessidades
de ordem sanitária.
Hospital Subregional
de Cabeceiras de Basto
O «Diário do Governo» ins·eriu
Pecentemente uma portaria que
dec'lara a ut11lidade pÚ!blica e a urgência
de expropri,ação de várias parcelas
de terreno situadas na vila de Cabeceiras
Ide Basto, necessárias para a
construção do Hospital Subregional.
Noutra pol"taria, também publioa'da
no «Diári'o do Governo», é concedida
à Santa Oasa da Mis:eri'córtlia
de Cabeceiras de Basto uma comparticipação
de 650 contos para a construção
do referido estabelecimento
hospita1lar.
Hospital Subregional
de Mogadouro
A nova cO'missão administrativa
da Santa Casa da Misericór.dia de
Mogadouro, ·recentemente empo•ssada,
adquiriu, por c01mpra, uma pa.rc'ela
de tel'fleno com a área de 4.200 metros
quadrados, no sítio 'den·ominado
Ce'r'ca, pela importância de
Esc. 58.800$00, destinado à construção
do novo Hospital Subf'egional da
vila, a levar a •efeito 'com ·a comparticipação
!do Estaldo.
A empreitarda já foi a.!djudi,oada,
devendo as obras principiar imedi·atamente.
Misericórdia de Figueira
de Castelo Rodrigo
A nova Comissão Administrativa
da Santa Casa da Miserkórdia de Figueira
de Cas,telo Rodrigo está a
envidar todo·s os esforços. no sentido
de remodeta,r aqu~la instituição, reorganiz·ando
os seus s•erviços ho-spitalaf'es,
de forma a torná-los mais
eficientes. T·endo aprovado novos
estatutos, espera a aprovação superior,
· pa'l'a proceder à el'eição de nova Mesa.
Hospital Infantil de S. João
de Deus
Os Irmãos Hospitaleiros de S. João
de Deus, cuja Casa-Mãe está estabelecida
em Gran·a:da, Rspanha, inkiamm
em 18 de Fevereiro, ·em Évorn,
um peditório que s·erá extensivo .a todo
o Alentejo, a fa'Vor do Hospital Inf·anti'l
de S. Joã·o de Deus, instalado há
muito em Montemór-o-Novo, tena
da na,turalidade do Santo, e que muitos
serviços tem prestado às crianças
pobres.
A. G. ALVAN- Gatguts-linho e
seda para sutura «Lukens». Rua da
Madalena, 66-2. 0 -D.- Lisboa. Telefone
25722.
·Novo Hospital Subregional
da Régua
A Santa Casa da Misericórdia da
Régua vai pôr a ·concurso a construção
do novo Hospita,l Subregional,
com a base de '}ilc'itação de Escudos
2.400.000$00. O edifício fi.cará
situ·ado ao fundo da Avenida Sebastião
Ramires, senldo constituído por
q'l.l!a1:ro 'andares, comp'O-rtando oi

I r
I!
li
11
1:
li
!
!
IV Congresso Internacional de
Técnicos de Saúde
Paris 15 a 19 de junho
S

("' Notndas do URtramar)
Dr. Augusto Martins Inácio
Foi nomeado subdelegado de
saúde do conceli·rizam os indígenas:
procurou, e conseguiu, m'elhorar as
irnstailações, aumentar o número de
microscapistas e, por m eio de uma
portaria d o Governo da P rovíncia,
isentar do pagamento de impostos to-
dos os doentes de sono dura.nt:Je o período
de tratamento.
A Missão de Estudo e Combate à
Doença de Sono está, pois, a travar
uma ·luta sem tréguas contra a séri·e de
doenças que inuti'lizam os indígenas
para um trabalho ~ecundo indispensável
ao desenvo1'Vimento ·e progresso
da Guiné.
Cabo Verde
1. O movimento do Hospital
Amadeu de Figueir-edo, da cidade de
S. Filipe, Uha do Fogo, Oabo Verde,
durante o ano transacto, foi o seguinte:
consultas, 5.820; injecções,
9.601; tmtamentos e curativos, 10.225;
doentes ·entrados, 415; doentes sa~dos
•com alta, 393; d'a•lecidos, 22.
2. Junto do Hospitial começou
este ano a funcionar uma Mabernidade,
construída em edifício próprio,
inaugurado de 1953.
3. O pessoal técnico de saúde da
Ilha do Fogo é constituído por três
médicos, um dos quais é o de'J..eg•a'do de
saúde, e~ercendo outro a

(~ Notlída.s do Estrangeftm
("!Supnemento ~onómãc~
· ~
,,.
J
Alemanha
U m novo hospital
de p ediatria, com 230
leitos, a «Kinderklinik
St. H edwig», foi construído
em Ratisbonne,
gT.aças à iniciativa d a congregação dos
«Bl:auen Schwestem V'On der b eiligen
Elisabeth».
Arábia Saudita
Foram estabelecid os proj.ectos, na
Arábia Saudita, com vista à constru ­
ção de no·vos •estabelecimentos hospit
alares.
O primeiro esta'bdecimento, um
sanatório, para 220 leitos., será construído
em Taif, após a elaboração do
p lano pelo m édi•co-perito da •empresa
sueoa C. A. W a•Henborg et Fils, membro
da F . I. H. que será 't!ambém tconsultadJa
sobPe o equipamen 1 1:1o médico e
a ·orglaniZ'ação do estabelecimento.
Estados Unidos da América
Em Minneapolis (Minnesota) está
em estudo um proj•ecto que tem em
vista a criação de um grande

()ombnstíveis
(Continuação)
Arualisemos agora cada um dos combustíveis sólidos naturais.
l-MADEIRA
Foi durante séculos o úni,co oombustível uNizado pelo homem. Com.
o desenvolvimento das necessilda1dies ·dle combustíveis perdeu em .grande parte
a sua importânicia.
As fibras da madeira seca, que representam cerca de 9/ 10 do seu peso,
são conS'titu~das por uma matéri>a quimi>camente definida, a celulose. Mém de
celulose a madeir.a possui out:ms constituintes. Um deles, que possui em gf'ande
quantidade, é a água. Quando 'Cortada recentemente o teor em água da madeira
pod.e ir a 50%. Há pois necessidade de a secar, ao -ar norma.rlmente, perdendo
assim água mas üc·ando no ~entanTo ·com 10 a 15%. Completam'ent;e seca, em
estufas, o seu poder caiJ.orífi,co é de 4.500 calorias, mas norma>J.mente, seca ao ar,
ele é de 2.800 a 3.000 oalorias.
As maldei·ms divildem-s·e ·em bmndas e duras. Nas primeiras, qu1e ardem
mais depress•a, temos o pinheiro enquanto nas s·egundas, que desenvolvem mais
ca1or e proporcionam brasa mais duradoura, temos a 'acáda.
O facto de possuírem pequena percentagem de cinzas (1,2 a 2,3%) juntamente
com a ausêncita de enxofre confere-Ihes condições sumamente
favoráveis.
Nôrma1mente aPde com chama longa, o que é bom para aquecimento de
caldeiras e fomail!has.
Verrde-se •conrrentemente ao metro cúbi•co e também à tonel!alda, Vlariando
o peso entre SOO e 800 qui,los por metro cúbico.
A relação entre os pesos de madeira e hulha para ·obter o mesmo efeito
ca1lorífico é, pràti>Oamente, da ordem dos três quilos de madeirn pam um quilo
de huhlra.
Pode ser qUiei.mada em pedaços ou ·em despermci·os (serrim, aparas ou
fitas, etc.).
A turf,a como combustível tem ·apenas interesse loca•l, não só porque os
seus j·azigos tem escassa importância çomparndos com ·os dos restantes crunbustíVIeis
fosscis mas também porque o s·eu poder comlbustível e densidade são
tão pequenos que não admitem tmnsporte importante. Resulta da decomposição
dos veg·etais aquátJ.cos nos locais pantanosos. Quando da sua extra'Cção
pode conter •até 85% de humidade. Sec·a ao ar perde bastantle humildade chegando
aos 25%. A sua d1ssecação oomp'leta exigirira a •combustão Ide todo o
oombustível que en'CeiTa.
O teor em cinzas osci'la muito. Quando a turfa é de boa quarlidalde não
tem m'ais dJe 5% de ,cinzas.
O seu poder ca'lorífiico varia entre 300 e 400 calorias desde que o teor em
cinzas não seja superior •a 8% e a humidade não vá além rde 25%.
3-LINHITE
Ocupa o segundo lugar ·entrle os oombusthneis sálidos não só pelo aproveitamento
•a'otuai que de1e se faz 'como pela importânda das t'eservas mundiais.
Em certos países tem g•rande importância como

li
I•
I!
li
1: o
li
li
li
4-HULHA
A hulha é sem dúvida o combustível sól·ido mais impO'rl!ante, tendo em
vista não só o valor das suas r·eserves como o ·Consrumo que del.a .se faz. Err-bo.::a
utilizada há mais de m~l anos g-anhou ~mportância ·com o desenvolvimento
industrial pl'ovooado pela dres.oobert!a da máquina •a Vlapor. De então para cá
o seu consumo veio sempre a crescer.
ResuH:a, fundamentalmente, da decomposição dos vegetais que cresceram
outl'ora no local onde hoje se encontram oo jazigos. É uma massa amorfa,
densa (densidade 1,3), de estrutura fibrosa ou pizarros•a, brilhante ou mate e de
cor pa!Ilda escura a negro profundo.
Por desti1ação seca dá origem ao coque, libertando gases. O comportamento
das hulhas na •coquisação dependie do s•eu teor em betu:mes e da composição.
Quanto mais betumes oleosos ti~ uma hul!ha tanto melhor será o
coque que dela resulta. Por i•sso m •esmo o melhor coque é o que resulta das
hulhas gordas dle ehama curta, chamadas •mesmo hU'llias de coque.
A percentagem 1de humidade de uma hulha depende da sua idade. As
mais antigas oontêm, ao s•a'ir da mina, até 2% da humidade ao passo que as mais
recentes podem ter até 10%.
O tloor em cinz·as é muito Vlariável, podendo, no enbanto, s>e:r I'eduzido
por separação mecâni•ca. Igu>almente é muimento de ,caldeiras e prestam-se tanto para
a combustão directa como para .a g.asificação.
Uma hulha pam vapor dev~e a>presen't!ar as 'carad!erísticas seguintes:
.a) Ser mo'deradamen•be gorda
b) T:er poder ca•lmfi·co eLevado
c) Ter um poder eVlaporatório de ceroa de 7,5 a 8 quiiloo de vapor.
d) A soma das percentagens de cinza•s e humidade deve ser menO'f
que 10 ·a 14.
O carvã.o tal como sa1 da mina reoebe a ·classificação de rodo um. Contém,
em ger.a'l, até 25% de bocados gl'andes. Neste estado não é ind'ioado para a
qUJeima ou gasid:'ioação pelo qll!e s•e pwoede a uma preparação mecâ,ruoa e se
classiüca por tamanhos por meio de crivo. Por vezes é necessá.rio sepam'f as
partes limpas das ricas em •cinz·as pO'f meio de 1ava.gem. Quando o ca'!'Vão foi
não só classificado •em tamanho ma·s ai·nda foi submetido •a esta prepa11ação completa
denomina-se carvão 1avebamente decompost!oo
os veg,etais que lhe del'am origem. Norma•llffieflte é muito dur.a, tem cor
acinzen:bada e só queima com tiT'agem forçada e com chama curta. Tem um
poder calorífico da ordem das 8.800 ca•lorias.
1. Este inverno vicada uma elucidativa
brochura sobre o «Sistema de dassifi.cação
de batatas-semente holandesas»,
que agora passam a ser classificadas
nas classes E, A, B e C, por ordem
decrescente do seu v·alor em função
do grau de selecção.
52
HOSPITAIS
PORTUGUESES
53

Mea·eados Naeio1aais
(~ Concl!.llrsos &Abastedmentos ~
I
ll
I!
I
Salsicharia
A Intendência Geral de Abastecimentos
fixou os 'lucros máximos na
venda de sa•lsicha'fia pela forma seguinte:
15% para a banha e toucinho
gordo; 18% para chour>iço; 30% para
fiambre.
Foi suspensa a venda de banha e
chouriço enlatados.
Óleo de Amendoim
PPeços fixados pam vigorar>em a
partir de 1 de Março na vetl'da ao
retalhista:
Em Lisboa, 12$40. Outvas localidades-
o mesmo, acrescido das despes·as
de transporte.
Batata
O preço de venda ao público, em
mercado 'livre, subiu até 1$50 e 1$60.
Esperemos a nova colheita para que
os preços se recomponham.
Alumínio
Durante os dez pnirr.·eÍiros meses do
ano passado a nossa importação de
alumínio e suas ligas foi de 1.135.804
quüogr>amas.
54
F'omm nossos fomecedores os paí­
Sies a seguir indicados :
kg.
Remo Unido 167.351
Me manha 109.613
Áustria 288.207
Bélgica -LuXlemburgo 122.506
França 136.409
Itálila 80.336
Holanda 35.316
Suíça 168.392
Outra·s ovigens 27.674
Antibióticos
Nos dtez primei•ros meses de 1953, importámos
dos países a baixo enund a­
dos 8.925 qui'logramas de antibiótJiC'OS:
1.000
g. esc.
E. U. da América 5.123.914 12.886
Canadá . 189.710 753
Méxi.co 31.410 127
Dinamarca 83.210 1.120
França 3.143.329 14.182
Itália 201.313 1.211
Holanda 152.600 508
Outms origens 27 1
J . S. AMA R A L - Penacova. -
Solas - Cabedais - Calçado
HOSPITAIS
~
Equipamento
-Até 22 'de Abril está aberto concurso
pela Administração Gera'1 dos
Correios, T•e'l.égrafos e Telefones, para
o fornecimento de Teceptores radioeléctricos,
puxadOTes de fita, máquina
de oaku1ar eléctrioa e torno mecâni:co.
-Até 3 de Maio, pe1a mesma entitda1de,
está a'berto concurso para o
fornecimento de grupos electrogéneos
e dum medidor de intens ~dade.
- Até 4 'de Maio está a'berto concurso,
pela Câmara Municipal de Lisboa,
para o fornecimento de uma máqui'na
de impressão de senhas.
-Até 25 de Maio, pe'la Comissão
Administr·ativa dos Novos Edifícios
Universitários, está aberto concurso
para o fornecimento de aparelhagem
e diverso material par>a equipamento
de laboratórios.
-Até 30 de Abril está aberto concurso,
pe'lo Hospital Esoolar de Lisboa,
paTa o fornecimento de material,
aparelhal?lem, ins·trumentos e mobiliário
clínico para diversos serviços médicos.
-Sem pmzo estabelecido, está
aberto concurso, pelo Hospital Militar
Regional n. 0 2 (Coimbra), paPa o fornecimento
de máquinas de 'escrever.
- Pelo prazo de sessenta dias está
aberto concurso, pelo Instituto Supe-
PORTUGUESES
rior Técnico, pa~a o fomecimento de
um microscópio.
Edificações
-Até 27 de Abril está aberto concurso,
pela Dir.ecção-Gera!l dos Edifícios
e Monumentos Nacionais, pam a
construção de 115 edifícios escolrares
na zona sul do país.
-Até 21 de Abril está aberto concurso,
peta Misericórtlia de Olhão,
para a oonstrução de um edifício.
-Até 30 de Abri'l está aberto concurso,
peta Câma'fa Municipal de Lisboa,
para a construção de c•asas de
renda 'económioa em AlV'alade.
Diversos
- Até 30 de A:bri·l está aberto concurso
pela Comissão Administrativa
dos Novos Edifícios Universitários,
para a instalação de alimentação de
a•lta tensão no Hospital Escolar do
Porto.
-Até 25 de Abril está aberto concurso,
pela S.anta Casa da Misericórdia
de Santa Comba Dão, para a instalação
de aquecimento centr.al.
-Até 17 •de Maio está •aberto concurso,
pela Adrninistmção-Geral dos
C. T . T ., pam o fornecimento de
cabos telefónicos.
55
....

il~etada
NOTA DO MÊS
Mês de Abril
Acaba de decorrer o primeiro trimestre
do ano de 1954. As institui~
ções que não tenham os serviços montados
para tirarem balanceies mensais
de posição administrativa, devem fazê-lo,
pelo menos trimestralmente. Por
isso, é indispensável que na primeira
quinzena do mês de Abril se faça o
ponto da gerência.
Estamos a comportar-nos dentro
das verbas orçamentais de despesa ?
As receitas estão a corresponder à
previsão efectuada ?
A afluência de doentes aos serviços
de internamento, às consultas ou
ao banco apresenta oscilações anormais?
Os planos de expansão têm sido
realizados regularmente?
Aproveite-se o mês de Abril para
responder seriamente a estas perguntas.
Obrigações legais regulares
- Até ao dia 10 C:epositam-se os
descontos para o Fundo do D esemprego,
Funcionários Civis Tuberculosos,
Caixa Geral de A!)osentações •e os
respeitantes do imposto do selo, onde
haj·a autorização pa~a o pagar pol"
guia.
-Até ao dia 20 depositam-se os
descontos destinados às Oaixas de
Abono de Família e de Previdência
dos EmP'l'egados de Assistência.
Obrigações legais específicas
- As instituições de assistência
particular devem remeter, até ao fim
do mês, à Direcção-Geral de Assistência
o questionário sobre a sua situação
económica.
-Nos termo::; do Dec. n. 0 38.596,
de 4 de Janeiro de 1952, o trabalho
em organismos oficiais na qU!inta-feirn
santa é restrito à parte da manhã.
Lembranças diversas
-Vamos ver hoj·e a lavandaria e
apurar: quantos quilos de roupa está
lavanido por dia; qual a capitação de
quilos de roupa lavada
qual o ocusto por qui'lo.
de 2$50 é caro.
por doente;
Se fôr além
- V·amos passar uma vista de
olhos pelos contadoves de electricidade
de cada pavilhão ou serviço. Se
tivermos mapas mensais para registar
esses consumos, melhor. Detenhamo­
-nos um pouco sobre eles e muito
lucrará a nossa instituição.
PRECURSORES E
ESPECIALISTAS
EM EIAPÊUTICA
R T E RAL
DISTRIBUIDORES
11l~
INTERCÂMBIO MUNDIAl DE COMÉRCIO, S. A. R. L
DUQUE DE LOUL t, 35 - LISBOA

LONGACILINA
N,N'- dibenziletilenodiamina-dipenicilina G
Composto de absorção muito lenta
LONGAC/LINA A (suspensão aquosa estável para injecção)
600.000 U - actividade: 14 dias
300.000 U -- actividade : 7 dias
LONGACIL/IVA (comprimidos para administração oral)
150.000 U por comprimido
Actividadt: por cada 2 comp.: 6 a 8 horas
LABORATÓRIOS DO INSTITUTO PASTEUR DE LISBOA
LISBOA PORTO COIM BRA