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MÚSICA<br />
Por uma cidade<br />
mais cool<br />
A banda Natiruts comenta como foi participar<br />
da terceira edição do Festival Coolritiba<br />
Fotos: divulgação<br />
A<br />
rte, moda, gastronomia e muita música uniram-<br />
-se para um dos festivais mais aguardados do<br />
ano: o Coolritiba. A festa aconteceu nos dias<br />
10 e 11 de maio na Pedreira Paulo Leminski e<br />
reuniu algumas das bandas de maior sucesso<br />
nacional. Além de garantir a diversão para os seus participantes,<br />
que contaram com a adrenalina de uma tirolesa instalada<br />
no meio da Pedreira, o evento reuniu uma miscelânea de<br />
intervenções artísticas.<br />
O line-up estava imperdível. Composto por Los Hermanos,<br />
Jorge Ben Jor, Natiruts, Criolo, Silva, João, 1 Kilo, Vintage<br />
Culture, Flora Matos, Far From Alaska, Mulamba, Machete<br />
Bomb, Tiê e Letrux, os artistas deram o que falar. Os participantes<br />
contam que foi difícil escolher em qual palco ficar, até<br />
porque uma das pistas queridinhas da edição passada voltou<br />
com tudo. A Discool apresentou a Alter Disco, Funk You e a<br />
Selvagem, com muita música eletrônica e outras variedades.<br />
O festival ainda trouxe espetáculos de arte ao vivo, como<br />
performances. O LabModa também foi outro sucesso do<br />
evento. Uma curadoria de estilistas locais ganhou espaço<br />
para exibir seus trabalhos em uma grande estrutura instalada<br />
dentro da Pedreira.<br />
A preparação para a festa impressionou às bandas residentes.<br />
O Natiruts, por exemplo, que acaba de voltar de uma<br />
turnê na Europa e de lançar o disco “I Love” conta que o Festival<br />
superou as expectativas. “A gente já tem uma conexão<br />
superespecial com Curitiba. Antigamente, nossos primeiros<br />
shows eram feitos na cidade porque o público é considerado<br />
crítico e de bom nível cultural. Então, se Curitiba gostava, o<br />
disco era garantia de que iria dar certo. Hoje, com o evento,<br />
o carinho só aumentou”, comenta em exclusiva para a <strong>VOi</strong> o<br />
baixista da banda Luís Maurício.<br />
A organização do festival também adotou uma série de<br />
medidas para garantir a sustentabilidade do Coolritiba, entre<br />
elas estão: reciclagem do lixo gerada no evento, disponibilização<br />
de lixeiras adequadas para a separação do lixo,<br />
cenografia feita com material reciclado e copos e utensílios<br />
sustentáveis. Para completar, a água era totalmente gratuita,<br />
o que diminuiu consideravelmente o consumo de garrafas e<br />
galões plásticos.<br />
As providências foram elogiadas pelo baixista, que achou<br />
a ideologia do evento muito similar a do Natiruts. “Fizemos<br />
um show no Rio de Janeiro, em que uma das ações era dar<br />
canudos metalizados a alguns fãs, por exemplo. Estamos<br />
muito preocupados com o meio-ambiente e com o consumo<br />
de plástico no mundo. Participar de festivais com essa mesma<br />
premissa tem sido cada vez mais uma busca da banda”,<br />
explica.<br />
Outra honra para o conjunto de reggae foi dividir o palco<br />
com um dos reis da música brasileira, Jorge Ben Jor. “É incrível<br />
ver a energia dele até hoje ao estar tocando e contagiando<br />
o público com suas canções que atravessam gerações”,<br />
constata o músico.<br />
Ele ainda aponta que o contato com outros artistas enriquece<br />
o trabalho e inspira, citando o Coolritiba como um<br />
espaço que proporciona esse grande encontro de manifestações<br />
culturais.<br />
40<br />
maio 2019<br />
revistavoi.com.br