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Tranin é<br />
reeleito<br />
presidente<br />
da Alcopar<br />
Página 3
OPINIÃO<br />
Correndo atrás do prejuízo<br />
O mar não está para peixe, e a sobrevivência hoje no setor depende de as<br />
empresas fazerem uma enorme lição de casa, e vários grupos já o fizeram<br />
Alexandre Figliolino (*)<br />
Nos últimos 10 anos, o<br />
que não faltou ao setor<br />
foram desafios. A mecanização<br />
impôs mudanças<br />
profundas na forma de<br />
conduzir a lavoura e exigiu uma<br />
curva de aprendizado dolorosa.<br />
O impacto na produtividade medido<br />
por TCH e ATR não foi pequeno,<br />
fazendo o ATR por hectare<br />
recuar de 12,5 t para abaixo<br />
de 10 t na safra 2018/19, com<br />
perda expressiva de competitividade<br />
do Brasil em relação aos<br />
seus competidores no mercado<br />
internacional: Europa, Tailândia e<br />
Índia, em relação a açúcar, e<br />
EUA, pelo etanol de milho (perdemos<br />
a supremacia como<br />
maior exportador mundial.<br />
O congelamento de preços de<br />
combustíveis nos anos Dilma<br />
trouxe prejuízos enormes para o<br />
setor ao privá-lo de R$ 70 bilhões<br />
de receita, levando muitas empresas<br />
a uma situação financeira<br />
precária, que impacta fortemente<br />
sua qualidade operacional em<br />
face da restrição de crédito que<br />
sofrem e a consequente redução<br />
na capacidade de investir, num<br />
setor onde a necessidade de investimento<br />
é enorme e contínua.<br />
Uma frase que ouvi, que no setor<br />
hoje os ricos estão ficando mais<br />
ricos e os pobres mais pobres,<br />
relata com exatidão o momento<br />
que vivemos. Na ausência de um<br />
ambiente de mercado favorável<br />
em termos de preços do açúcar<br />
e do etanol, as empresas em dificuldades<br />
tendem a afundar cada<br />
vez mais, e os grupos bem<br />
geridos e com situação financeira<br />
adequada conseguem ultrapassar<br />
as fases de vacas magras,<br />
com margem de ganho razoável.<br />
O fato de o açúcar ter hoje uma<br />
Europa mais competitiva, que<br />
pode exportar livremente, uma<br />
Ásia mais competitiva e com<br />
enormes mecanismo de proteção<br />
governamental, torna os ciclos<br />
de vacas magras mais longos,<br />
e os de vacas gordas, mais<br />
curtos.<br />
A enorme correlação que passa<br />
a existir entre petróleo e açúcar,<br />
nos momentos em que o Brasil<br />
volta a ser fornecedor de última<br />
instância de açúcar do mundo,<br />
em face da capacidade brasileira<br />
de alterar seu mix de produção<br />
açúcar/hidratado, é uma novidade<br />
que passou a existir a partir<br />
de outubro e que contribui para o<br />
encurtamento das vacas gordas.<br />
Isso pela capacidade do shale<br />
gás americano em fazer crescer<br />
sua produção rapidamente e<br />
atender ao mercado a partir de<br />
determinado nível de preço.<br />
A redução do preço do petróleo<br />
bate do RBOB, que, por sua vez,<br />
influencia o preço da gasolina no<br />
Brasil e define o quão competitivo<br />
o hidratado fica no mercado interno.<br />
Isso sem falar na taxa de<br />
câmbio, sendo que o real pode<br />
se apreciar bastante num momento<br />
de otimismo em relação<br />
ao Brasil e tornar a competitividade<br />
ainda mais séria.Todos os<br />
ingredientes fazem refletir que o<br />
mar não está para peixe, e a sobrevivência<br />
depende de as empresas<br />
fazerem a lição de casa,<br />
e vários grupos já o fizeram.<br />
Todas as ações devem ser dirigidas<br />
a produzir com custos competitivos<br />
e auferir boas receitas<br />
por tonelada de cana moída, através<br />
de um portfólio de produtos,<br />
com flexibilidade em fazer açúcar<br />
ou etanol, produzir o máximo de<br />
energia possível por tonelada de<br />
cana moída, atuar em subprodutos,<br />
como levedura. Uma gestão<br />
de risco primorosa só vem ajudar,<br />
na medida em que torna as<br />
receitas mais previsíveis, e deve<br />
Os que não se adequarem serão<br />
varridos do mapa por uma onda de<br />
consolidação que está só começando.<br />
ser executada com base numa<br />
previsão orçamentária para tomada<br />
de decisão do momento<br />
de travar os preços das commodities<br />
e da taxa de câmbio.<br />
Do lado dos custos, o agrícola é<br />
aonde o maior foco deve ser dado.<br />
Níveis de produtividade têm<br />
um impacto muito forte no custo<br />
unitário e é um dos fatores a separar<br />
ricos de pobres. Temos níveis<br />
de ATR/ha variando de<br />
6.000 a 15.000. É muita dispersão,<br />
e quem estiver abaixo de<br />
10.000 deve, urgentemente, trabalhar<br />
para melhorar isso: preparo<br />
de solo, plantio, manejo varietal,<br />
de pragas e doenças,<br />
meiosi, espaçamento, áreas de<br />
boa colheitabilidade, bom nível de<br />
utilização da frota agrícola, etc.<br />
Arrendamento e CTT são itens<br />
importantes para definir custo<br />
agrícola, e a gestão desses é estratégica<br />
para o sucesso.<br />
O setor foi muito punido nesses<br />
itens nos últimos 10 anos, pois a<br />
expansão desordenada de usinas<br />
em várias regiões produtoras levou<br />
as a buscar cana cada vez<br />
mais distante das indústrias,<br />
além de pagar cada vez mais por<br />
uma terra que rendia cada vez<br />
menos, e os impactos são enormes.<br />
Na indústria, encontramos<br />
uma dispersão elevada em termos<br />
de custos, mas nada semelhante<br />
ao agrícola. Existem<br />
diferenças de eficiência recuperação<br />
industrial acima de 10%<br />
entre as melhores e as piores, o<br />
que é geração de caixa na veia.<br />
A modernidade da planta influencia<br />
muito. Além da eficiência, temos<br />
diferenças grandes em termos<br />
de níveis de automação,<br />
não se esquecendo de que escala<br />
pesa na definição do custo<br />
unitário, assim como no administrativo.<br />
Um organograma de<br />
cargos enxuto e pessoas com a-<br />
dequada formação é importante.<br />
A estrutura de capital com adequado<br />
nível de alavancagem é<br />
decisivo. Os empresários, muitas<br />
vezes, não se dão conta do quão<br />
destrutivo de valor é a alavancagem<br />
financeira inadequada. E a<br />
destruição aumenta exponencialmente<br />
a partir de determinado<br />
nível,restringe a quantidade de<br />
crédito e impede de acessar as<br />
melhores fontes de recursos.<br />
Quem quiser continuar no jogo<br />
tem que correr atrás do prejuízo,<br />
com uma gestão profissional nos<br />
fatores endógenos e produzindo<br />
com custos competitivos. Os<br />
que não se adequarem serão varridos<br />
do mapa por uma onda de<br />
consolidação que está apenas<br />
começando.<br />
(*) Consultor-sócio da MB Agro e<br />
Consultor da XP para agronegócio<br />
2<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
ASSOCIAÇÃO<br />
Tranin reeleito para novo<br />
mandato à frente da Alcopar<br />
Na presidência da entidade desde 2010, responde também pela<br />
liderança de quatro sindicatos ligados ao segmento industrial<br />
Oengenheiro agrônomo<br />
Miguel Rubens<br />
Tranin foi reeleito para<br />
um novo mandato<br />
de três anos - de <strong>2019</strong> a 2022<br />
- à frente da Associação de<br />
Produtores de Bioenergia do<br />
Estado do <strong>Paraná</strong> (Alcopar),<br />
sediada em Maringá (PR). A<br />
diretoria presidida por Tranin,<br />
foi referendada por representantes<br />
das indústrias associadas<br />
no dia 26 de abril em<br />
Assembleia Geral na sede da<br />
Alcopar.<br />
Na presidência da entidade<br />
desde 2010, Tranin responde<br />
também pela liderança de quatro<br />
sindicatos ligados ao segmento<br />
industrial, nas áreas de<br />
produção de açúcar (Siapar),<br />
etanol (Sialpar), biodiesel (Sibiopar)<br />
e cogeração de energia<br />
elétrica a partir de biomassa e<br />
gás (Sibielpar). Com unidades<br />
industriais nas regiões noroeste<br />
e norte do Estado, onde estão<br />
presentes em mais de uma<br />
centena de municípios, o setor<br />
gera cerca de 40 mil postos de<br />
trabalho diretos.<br />
Segundo Tranin, as expectativas<br />
para o segmento de bioenergia,<br />
que há mais de uma<br />
década enfrenta dificuldades,<br />
são promissoras com a implementação<br />
do RenovaBio, o<br />
programa do governo federal<br />
que visa trazer maior previsibilidade<br />
e atrair mais investimentos<br />
e eficiência para o setor<br />
sucroenergético. "O RenovaBio<br />
será um marco para o país”,<br />
diz o presidente, enfatizando o<br />
comprometimento da Agência<br />
Nacional do Petróleo, Gás Natural<br />
e Biocombustíveis (ANP)<br />
e do Ministério de Minas e<br />
Energia no processo de regulamentação<br />
e cumprimento de<br />
todos os prazos até o momento.<br />
O presidente enfatiza que o RenovaBio<br />
é uma política moderna<br />
que levará o país a um<br />
outro patamar em relação à segurança<br />
energética, ampliando<br />
a participação de fontes de<br />
energia nacionais e renováveis,<br />
como é o caso do etanol.<br />
"Temos agora pela frente o trabalho<br />
de levantamento e organização<br />
das informações para<br />
certificação. Muitos players já<br />
iniciaram o processo para<br />
estar prontos até o fim do ano<br />
e começar a participar do RenovaBio<br />
em 2020”, acrescenta.<br />
No <strong>Paraná</strong>, ele vê também a retomada<br />
do plantio de cana<br />
para assegurar a estabilidade<br />
da produção às indústrias e, ao<br />
mesmo tempo, no país, um<br />
avanço significativo, nos próximos<br />
anos, dos biocombustíveis,<br />
com destaque para o<br />
etanol de milho.<br />
A previsão da Alcopar é que a<br />
safra de cana-de-açúcar<br />
<strong>2019</strong>/20 no Estado, iniciada<br />
em abril, seja mais alcooleira,<br />
por conta dos atuais patamares<br />
de preços do petróleo e<br />
também as cotações deprimidas<br />
do açúcar. No ano passado,<br />
o combustível derivado<br />
da cana atingiu consumo recorde<br />
no Brasil, volume que<br />
poderia ter sido maior não<br />
fosse pela assimetria na questão<br />
tributária.<br />
Miguel Tranin explica que o<br />
etanol ainda é pouco consumido<br />
nos Estados de Santa<br />
Catarina e Rio Grande do Sul,<br />
O RenovaBio será<br />
um marco para o país”<br />
Presidente diz que há retomada do plantio de cana<br />
para assegurar a estabilidade da produção<br />
devido ao elevado nível de tributação,<br />
de 36%. Ele integra<br />
um movimento do setor bioenergético<br />
nacional que defende<br />
uma equalização das tarifas<br />
entre os Estados, de 12%. Para<br />
se ter ideia, a frota de veículos<br />
do Rio Grande do Sul é maior<br />
que a dos Estados do Nordeste.<br />
Segundo Tranin, a reforma<br />
tributária, que deve vir<br />
após a da Previdência, deve<br />
buscar a uniformidade nas tarifas.<br />
Sobre o biodiesel, o percentual<br />
de adição de óleo de soja,<br />
atualmente de 10% no Brasil,<br />
pode ser ampliado, em breve,<br />
para 15% - reduzindo ainda<br />
mais o nível de poluição das<br />
emissões, sem alterar a funcionalidade<br />
dos motores.<br />
O setor vê com preocupação,<br />
também, de acordo com o presidente<br />
da Alcopar, os investimentos<br />
que vêm sendo realizados<br />
por Argentina e Paraguai,<br />
para a produção de etanol<br />
de milho. Considerando as facilidades<br />
de exportação oferecidas<br />
no Mercosul, o risco é de<br />
que os dois países se transformem<br />
em concorrentes diretos,<br />
num futuro próximo. Como em<br />
ambos a gasolina é vendida ao<br />
consumidor sem nenhuma<br />
adição de etanol, o setor pretende<br />
pleitear ao governo brasileiro<br />
que exija dos vizinhos a<br />
criação de uma política de adição,<br />
a exemplo do que acontece<br />
aqui.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 3
SINTEGRAÇÃO<br />
Interferir no ambiente de produção<br />
aumenta a produtividade<br />
A afirmação é do professor doutor Paulo Figueiredo, da UNESP Dracena/SP,<br />
que falou sobre os “Impactos Climáticos na Fisiologia da Cana-de-Açúcar”<br />
Como qualquer cultura,<br />
a cana-de-açúcar<br />
responde às<br />
variações que o clima<br />
provoca, assim como reage a<br />
pragas, doenças, plantas daninhas<br />
e ao ambiente de produção<br />
de uma forma geral. Por<br />
isso, é fundamental entender<br />
como a planta funciona, como<br />
sua fisiologia responde aos fatores<br />
externos, para poder fazer<br />
intervenções no ambiente<br />
de produção, no melhor momento,<br />
e ter os melhores resultados,<br />
afirmou o professor<br />
doutor Paulo Alexandre Monteiro<br />
de Figueiredo, da UNESP<br />
Dracena/SP, que falou sobre os<br />
“Impactos Climáticos na Fisiologia<br />
da Cana-de-Açúcar” em<br />
evento técnico da Syngenta,<br />
realizado em parceria com a<br />
Alcopar.<br />
“Qualquer intervenção no canavial<br />
tem como pano de fundo<br />
a fisiologia da planta, porque<br />
a cana reage de formas<br />
específicas aos estímulos que<br />
sofre. O produtor tem que intervir<br />
no ambiente para que a<br />
planta tenha uma melhor resposta.<br />
Um ambiente desfavorável<br />
resulta em redução de<br />
produtividade, porque a pressão<br />
ambiental é grande. Mas,<br />
o ambiente de produção pode<br />
ser melhorado para que a<br />
planta resista de forma satisfatória<br />
aos impactos do clima,<br />
das pragas, doenças e demais<br />
problemas”, comentou o professor.<br />
Figueiredo citou que existem<br />
diversas estratégias que ajudam<br />
a planta a se adaptar melhor<br />
aos ambientes de produção.<br />
Em uma região onde há<br />
déficit hídrico, por exemplo, o<br />
produtor pode intervir colocando<br />
matéria orgânica no sistema,<br />
o que faz com o solo<br />
tenha aumentada sua capacidade<br />
de armazenamento de<br />
água e a planta resista melhor,<br />
disse, ressaltando que mesmo<br />
durante o período de maturação<br />
tem que haver uma quantidade<br />
mínima de água no<br />
sistema fisiológico da cana,<br />
para as funções vitais, e que a<br />
desidratação também aumenta<br />
a quantidade de fibra e torna rígida<br />
a parede celular.<br />
Por outro lado, ressaltou o professor,<br />
não adianta chover<br />
muito no período de desenvolvimento<br />
da cana, mas, faltar<br />
qualidade de luz. Isso interfere<br />
no crescimento e faz toda diferença.<br />
“Se não tem luz, não<br />
tem fotossíntese, nem glicose,<br />
nem sacarose, que é a matéria<br />
prima para tudo que acontece<br />
na planta. A planta responde<br />
a qualidade de luz e ao<br />
potencial máximo de radiação”,<br />
afirmou.<br />
No quesito “água”, disse ainda<br />
que é preciso considerar que o<br />
solo arenoso retém menos e<br />
perde mais água mais rapidamente<br />
do que o argiloso; que a<br />
aeração do solo tem influencia<br />
no crescimento e desenvolvimento<br />
das plantas; que o<br />
impedimento físico, como a<br />
compactação, provoca gasto<br />
excessivo de glicose devido à<br />
baixa disponibilidade de oxigênio<br />
e quanto maior for a demanda<br />
evaporativa da atmosfera,<br />
mais elevada será a necessidade<br />
de fluxo de água<br />
no sistema solo-planta-atmosfera.<br />
Também, que os ventos interferem,<br />
fazem arraste de moléculas<br />
de água além do tombamento.<br />
“Região que venta<br />
muita a planta se desenvolve<br />
menos”, citou. Até mesmo<br />
para o adubo ser mais bem<br />
absorvido é fundamental ter<br />
água e que cada nutriente e o<br />
balanço nutricional adequado<br />
têm sua importância para o<br />
Professor disse que existem diversas estratégias que ajudam a<br />
planta a se adaptar melhor aos ambientes de produção<br />
desenvolvimento da cana e para<br />
a produtividade de açúcar.<br />
O aumento excessivo de temperatura,<br />
acrescentou Figueiredo,<br />
também pode levar as<br />
plantas a não completar o seu<br />
ciclo de maneira adequada e<br />
afetar o processo de maturação.<br />
Da mesma forma, a planta<br />
não responde de forma adequada<br />
às baixas temperaturas,<br />
afetando a qualidade da matéria<br />
prima. Menor temperatura,<br />
menor metabolismo, menor<br />
produção. “Os efeitos das temperaturas<br />
podem ser amenizados<br />
com adubação adequada,<br />
já que cana bem nutrida sofre<br />
menos com impactos ambientais<br />
e resiste melhor às baixas<br />
temperaturas, além de irrigação,<br />
espaçamento adequado e<br />
uso de variedades adaptadas”,<br />
exemplificou.<br />
O professor citou ainda que o<br />
uso da torta de filtro é uma estratégia<br />
importante na fase inicial<br />
para absorção e retenção<br />
de água e para brotação da<br />
cana. O calor liberado na decomposição<br />
também favorece<br />
a brotação, principalmente nos<br />
plantios de inverno. É fonte de<br />
matéria orgânica aumentando<br />
a CTC, possui macro e micronutrientes,<br />
e durante a mineralização<br />
da torta, os microorganismos<br />
produzem substâncias<br />
que promovem o crescimento<br />
radicular.<br />
Outra ferramenta tecnológica<br />
importante, recomendou, é o<br />
uso de maturadores para melhorar<br />
a qualidade da matéria<br />
prima e aumentar a produtividade<br />
agroindustrial, inclusive<br />
no final da safra. “Aumenta a<br />
produção de açúcares, favorece<br />
o acumulo mais uniforme<br />
nos entrenós e na região apical,<br />
acelera o dessecamento<br />
do ponteiro possibilitando um<br />
desponte mais alto com mais<br />
produção de colmos, e induz a<br />
maturação no período de baixa<br />
concentração de sacarose”, finalizou.<br />
4<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
CENTRO SUL<br />
Moagem atrasa e crescem vendas de etanol<br />
No acumulado do ciclo até o dia 15 deste mês,<br />
a moagem atingiu 84,15 milhões de toneladas -<br />
queda de 18,27% sobre o ano anterior<br />
Aquantidade de canade-açúcar<br />
processada<br />
pelas unidades produtoras<br />
do Centro-Sul totalizou<br />
84,15 milhões de toneladas<br />
no acumulado do ciclo<br />
<strong>2019</strong>/20 até o dia 15 de maio,<br />
queda de 18,27% sobre o ano<br />
anterior. A retração na moagem<br />
é de cerca de 20 milhões de toneladas<br />
e segundo o diretor técnico<br />
da Unica, Antonio de Padua<br />
Rodrigues, “a recuperação dependerá<br />
muito do aproveitamento<br />
do tempo nas próximas quinzenas”.<br />
Em relação ao número<br />
de unidades em operação, 236<br />
empresas registraram moagem<br />
até 15 de maio, versus 248 até<br />
igual data do último ano.<br />
As unidades que produzem<br />
açúcar e etanol (anexas) atingiram<br />
uma participação de<br />
83% na moagem de cana no<br />
início desta safra e apresentaram<br />
uma redução no rendimento<br />
industrial de 4,5 quilos<br />
de açúcar por tonelada de cana<br />
processada, quando comparada<br />
com a produção de açúcar<br />
na mesma quinzena da<br />
safra anterior. Esses elementos<br />
indicam uma safra mais alcooleira<br />
até o momento, acrescentou<br />
Rodrigues. Considerando<br />
unidades anexas e autônomas,<br />
32,29% da cana processada<br />
foram direcionadas à<br />
produção de açúcar desde o<br />
início do ciclo, inferior aos<br />
35,15% observados até a<br />
mesma data de 2018.<br />
Dados apurados pelo Centro de<br />
Tecnologia Canavieira (CTC) indicam<br />
que até o momento<br />
houve redução de 1,39% na<br />
produtividade agrícola, 82,2 toneladas<br />
por hectare, em comparação<br />
com o mesmo período<br />
da safra anterior, além de<br />
menor qualidade da matériaprima,<br />
com concentração de<br />
Açúcares Totais Recuperáveis<br />
(ATR) 6,7% menor, atingindo<br />
119,65 kg por tonelada em<br />
<strong>2019</strong>. Isso resulta em uma redução<br />
próxima a 480 quilos de<br />
ATR por hectare colhido até 15<br />
de maio.<br />
Reflexo da menor disponibilidade<br />
de cana e do mix mais<br />
alcooleiro, no acumulado<br />
desde o início da safra, a produção<br />
de açúcar alcançou<br />
2,97 milhões de toneladas, e<br />
o de etanol atingiu 4,01 bilhões<br />
de litros, sendo 954<br />
milhões de litros de anidro e<br />
3,06 bilhões de litros de hidratado.<br />
O volume de etanol comercializado<br />
pelas unidades produtoras<br />
do Centro-Sul somou 3,83 bilhões<br />
de litros, desde o início da<br />
safra, sendo 64,66 milhões de<br />
litros para exportação e 3,77 bilhões<br />
ao mercado interno - com<br />
destaque para as vendas internas<br />
de etanol hidratado que<br />
acumulam alta de 30,85% nesse<br />
período.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 5
TECNOLOGIA<br />
Manejo do 3º Eixo minimiza<br />
impactos climáticos<br />
A estratégia é responsável por ganhos significativos de produtividade<br />
e aumento da eficiência agroindustrial de várias unidades no Centro-Sul<br />
Não precisamos ficar<br />
reféns do ambiente<br />
de produção. O produtor<br />
pode gerar condição<br />
de manejo para viabilizar<br />
e melhorar esse ambiente”, defendeu<br />
o pesquisador doutor<br />
Marcos Landell, do IAC de Ribeirão<br />
Preto/Secretaria da Agricultura<br />
e Abastecimento do<br />
Estado de São Paulo, ao falar<br />
sobre os “Impactos Climáticos<br />
no Manejo do 3º Eixo e como<br />
Minimizar esses Impactos”. O<br />
evento foi promovido recentemente<br />
pela Syngenta em parceria<br />
com a Alcopar, em Maringá.<br />
Segundo Landell, essa é uma<br />
estratégia desenvolvida pelo<br />
IAC visando reduzir a exposição<br />
dos canaviais aos déficits<br />
hídricos, comuns em toda a região,<br />
e que vem sendo adotada<br />
em milhares de ensaios com<br />
ótimos resultados. “A estratégia<br />
é responsável por ganhos significativos<br />
de produtividade e<br />
aumento da eficiência agroindustrial<br />
de várias unidades na<br />
região Centro-Sul”, afirmou o<br />
pesquisador.<br />
O Manejo do 3º eixo promove<br />
maior população de colmos:<br />
faz com que o ciclo posterior<br />
“herde” um número maior de<br />
colmos aumentando a longevidade<br />
do canavial; aumenta os<br />
dias do ciclo em questão em<br />
aproximadamente um mês,<br />
promovendo uma melhor maturação<br />
e gerando maiores respostas<br />
a aplicação de estratégias<br />
de maturação (uso de<br />
maturador).<br />
Landell explicou que normalmente<br />
são considerados somente<br />
dois fatores determinantes<br />
para se trabalhar em termos<br />
de produtividade, com três níveis<br />
cada: o ambiente de produção<br />
(solos e manejo) que<br />
pode ser superior/favorável,<br />
médio ou inferior/desfavorável;<br />
e a época de colheita com três<br />
níveis de déficit hídrico: outono,<br />
inverno e primavera.<br />
Agora, complementou, houve<br />
uma evolução do conceito de<br />
manejo adotado com matriz dimensional<br />
aplicando um terceiro<br />
eixo: o fator ciclo da cultura<br />
(cortes) considerando ciclos<br />
jovens (1 a 3 cortes), intermediários<br />
(4 a 6) e avançados<br />
(maiores que 7).<br />
“Temos que considerar também<br />
o ciclo da cultura, ou seja,<br />
em que corte o talhão está<br />
antes de estabelecer em que<br />
momento será feito o corte do<br />
canavial. Isso é fator determinante”,<br />
ressaltou Landell comentando<br />
que não é só colher<br />
a safra seguindo sequencia<br />
tradicional de colheita da cana,<br />
precoce, média e tardia, em<br />
cima da curva de maturação,<br />
mas considerar também que<br />
as variedades precoces são<br />
mais sensíveis à seca e que os<br />
canaviais mais novos, de primeiro<br />
e segundo cortes, ainda<br />
têm seus sistemas radiculares<br />
em formação, as raízes são<br />
superficiais e não estão protegidos<br />
em caso de déficit hídrico.<br />
Por isso, esses talhões<br />
devem ser preservados, sendo<br />
cortados em um período com<br />
maior índice de chuvas.<br />
“É preciso fazer um arranjo estratégico<br />
dos três fatores para<br />
ter mais água disponível no sistema<br />
para planta ao longo do<br />
seu ciclo. Quando não se toma<br />
esse cuidado, desconstrói-se a<br />
produtividade do canavial para<br />
o ciclo seguinte, prejudicando<br />
a brotação e o perfilhamento da<br />
cana, afetando a produtividade<br />
e a longevidade do canavial. O<br />
ciclo é fator determinante na<br />
sequência de colheita. Pode<br />
derrubar a produtividade no primeiro<br />
ciclo e trazer efeitos nos<br />
demais cortes”, afirmou o pesquisador,<br />
alertando que tem<br />
usinas com alto índice de cana<br />
precoce, o que aumenta o problema.<br />
Marcos Landell; a meta é aumentar a produtividade<br />
agrícola via aumento da população de touceiras e colmos<br />
Landell comentou que lavoura<br />
produzindo 80 toneladas por<br />
hectare “não se sustenta”, que<br />
tem tecnologia para aumentar<br />
a produtividade uma vez que<br />
as lavouras têm realizado somente<br />
cerca de 20% a 25% do<br />
potencial biológico e “o diagnóstico<br />
para a baixa produtividade<br />
agrícola é a baixa população<br />
de colmos, de 40 a<br />
60 mil por hectare no Centro-<br />
Sul”, citou.<br />
A meta, segundo o pesquisador,<br />
é aumentar a produtividade<br />
agrícola via aumento da<br />
população de touceiras e colmos.<br />
“Produzir de 100 a 127<br />
toneladas por hectare de cana,<br />
com 80 a 110 mil colmos por<br />
hectare e fazer de oito a dez<br />
cortes antes da reforma”,<br />
disse.<br />
E para construir a cana de três<br />
dígitos, Landell afirmou que é<br />
fundamental adotar um bom<br />
manejo varietal, com canas de<br />
porte ereto e colheitabilidade,<br />
além da riqueza em açúcar,<br />
fazer um plantio com falha<br />
zero e manter elevada a população<br />
de colmos e touceiras<br />
reduzindo as ações que destroem<br />
o canavial como pisoteio,<br />
arranquio de touceiras,<br />
pragas e outros.<br />
6<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
DOIS<br />
PONTOS<br />
Paradas<br />
Fósseis<br />
Biocombustíveis<br />
A Comissão Europeia passou a adotar critérios mais rígidos<br />
para combustíveis renováveis. A medida estabelece<br />
que biocombustíveis que necessitem de extensa área de<br />
terras para produção serão caracterizados como de alto<br />
risco. Nesse caso, estão incluídos alguns tipos de biodiesel<br />
feitos à base de óleos vegetais. As novas regras limitam<br />
o volume desse tipo de biocombustível que pode ser<br />
contabilizado como energia renovável na meta de cada<br />
país membro do bloco. A medida integra uma nova lei da<br />
UE que prevê aumentar a parcela de energia renovável para<br />
32% até 2030.<br />
O Brasil bateu recordes de<br />
produção, consumo e venda<br />
de etanol na safra 2018/19,<br />
segundo dados da Unica. A<br />
oferta do biocombustível foi<br />
de 33,1 bilhões de litros - 9,91<br />
Recorde<br />
bilhões de litros de anidro e<br />
23,18 bilhões de litros de hidratado<br />
- pouco mais de 10%<br />
a mais que o recorde anterior,<br />
de 30 bilhões de litros, da<br />
safra 2015/16, e alta de 19%<br />
Os estudos em solos arenosos<br />
avançaram ao longo dos<br />
anos e as pesquisas com<br />
cana-de-açúcar também.<br />
Uma aposta dos pesquisadores<br />
é inserir a cultura na integração<br />
lavoura-pecuária e<br />
tê-la como terceira opção. A<br />
diversificação melhora o sistema<br />
produtivo e, consequentemente,<br />
agrega-se valor e<br />
sobre os 27,8 bilhões de litros<br />
de 2017/18. Com os preços<br />
pouco remuneradores do açúcar,<br />
o setor deixou de produzir<br />
quase 10 milhões de toneladas<br />
e de exportar 8 milhões de<br />
toneladas em relação ao ciclo<br />
2017/18. Com isso, 64,3% da<br />
cana processada foram destinados<br />
ao etanol e o volume<br />
comercializado pelas usinas e<br />
destilarias brasileiras somou<br />
30,61 bilhões de litros, alta de<br />
20,44% sobre 2017/18, de<br />
25,42 bilhões de litros. As<br />
vendas de etanol hidratado<br />
atingiram 21,43 bilhões de litros,<br />
alta de 39,7%. A participação<br />
do biocombustível na<br />
matriz de combustíveis leves<br />
foi de 47,41%, o maior já observado<br />
desde a safra 2008/<br />
09, de 46,13%.<br />
Mais usinas sem moer canade-açúcar,<br />
preferência na fabricação<br />
de etanol e uma produção<br />
estagnada. Esse é o cenário<br />
previsto para a safra<br />
<strong>2019</strong>/20, que iniciou em abril<br />
com uma em cada cinco usinas<br />
com as atividades paralisadas<br />
no país. Segundo levantamento<br />
da RPA Consultoria,<br />
101 das 444 usinas do país, ou<br />
22,7%, não devem moer cana<br />
nesta safra, o que representa<br />
4 usinas a mais que as 97 excluídas<br />
da safra anterior. Embora<br />
pequena, a variação mostra<br />
que o setor não se recuperou<br />
da crise que o atingiu a<br />
partir do fim da década passada.<br />
Essas usinas não estão<br />
necessariamente falidas ou em<br />
recuperação judicial, podem<br />
ter deixado de moer por estratégia<br />
de grupos sucroenergéticos<br />
ou para poupar custos –<br />
dividindo a cana entre as usinas<br />
que estão operando na<br />
atual safra.<br />
Solos arenosos<br />
renda à atividade agrícola. O<br />
sistema traz evidentes melhorias<br />
para o solo, inclusive com<br />
quebras de ciclos de pragas e<br />
doenças, o que aumenta a<br />
sustentabilidade como um todo,<br />
segundo o pesquisador da<br />
Embrapa (Dourados-MS), César<br />
José da Silva, que desenvolve<br />
estudos na área em Mato<br />
Grosso do Sul.<br />
A montadora alemã Mercedes-<br />
Benz pretende parar de produzir<br />
carros movidos a combustíveis<br />
fósseis, gasolina ou diesel, até<br />
2039. A partir desta data, a empresa<br />
planeja vender em todo o<br />
mundo apenas veículos de<br />
emissão zero, que não contribuam<br />
para o aquecimento global.<br />
Empresa investirá em modelos<br />
elétricos e híbridos, estando<br />
aberta a diferentes abordagens,<br />
já que, no momento, não<br />
é possível saber qual destas opções<br />
será a melhor em 20 anos.<br />
População ocupada<br />
Transição<br />
Para Alexis Duval, presidente<br />
da Tereos, uma das maiores<br />
produtoras de açúcar do mundo,<br />
o Brasil pode liderar a nova<br />
transição tecnológica do setor<br />
sucroalcooleiro. Para ele, o futuro<br />
pertence a quem dominar<br />
as tecnologias agrícolas e a digitalização<br />
das usinas e da<br />
produção, visando ganhar eficiência.<br />
A População Ocupada no agronegócio<br />
brasileiro manteve-se<br />
estável entre 2017 e 2018, somando<br />
18,20 milhões de pessoas,<br />
de acordo com Cepea/<br />
Esalq/USP. No acumulado do<br />
ano, a participação do setor<br />
agro no total de ocupados no<br />
Brasil foi de 19,82%, ligeiramente<br />
inferior aos 20,11% observados<br />
em 2017. Os rendimentos<br />
médios obtidos por<br />
ocupados no agronegócio apresentaram<br />
crescimento real entre<br />
2012 (início da série histórica) e<br />
2018. No ano passado, os valores<br />
segmentados com base<br />
em posições na ocupação foram:<br />
de R$ 1.759,14 para empregados<br />
e outros (com alta de<br />
10,92% em relação ao início da<br />
série), de R$ 5.567,49 para empregadores<br />
(alta de 1,43%) e de<br />
R$ 1.263,44 para trabalhadores<br />
atuando por conta própria (elevação<br />
de 7,54%).<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 7
BIODIESEL<br />
Setor reforça pedido por B11<br />
Governo e o setor privado constroem as condições<br />
para elevar mistura "muito em breve", diz ministro<br />
AAssociação Brasileira<br />
das Indústrias de<br />
Óleos Vegetais (Abiove),<br />
Associação dos<br />
Produtores de Biodiesel do<br />
Brasil (Aprobio) e União Brasileira<br />
do Biodiesel e Bioqueresene<br />
(Ubrabio) têm ressaltado<br />
a necessidade do aumento da<br />
mistura do biocombustível ao<br />
diesel, dos atuais 10% (B10)<br />
para 11% (B11), a partir de<br />
junho. A elevação na mistura,<br />
apesar de autorizada pelo<br />
Conselho Nacional de Política<br />
Energética, está suspensa<br />
pelo governo. Testes feitos por<br />
montadores mostraram inconformidades<br />
e possíveis problemas<br />
em motores e a liberação<br />
só será feita após novas<br />
avaliações e ajustes na produção.<br />
Além da implantação imediata<br />
do B11, setor reivindica a efetivação<br />
do RenovaBio, dos créditos<br />
de descarbonização e o<br />
fortalecimento da industrialização<br />
de grãos no País para agregar<br />
valor à cadeia de produção.<br />
O ministro das Minas e Energia,<br />
Bento Albuquerque disse que o<br />
governo e o setor privado constroem<br />
as condições necessárias<br />
para a elevação da mistura<br />
do biodiesel ao diesel "muito<br />
em breve".<br />
A Ubrabio destaca que o biodiesel<br />
brasileiro atende a todos os<br />
aspectos tidos como fundamentais<br />
para atender aos interesses<br />
do cidadão: qualidade,<br />
disponibilidade, preço e seu potencial<br />
de gerar bem-estar. Além<br />
disso, num momento em que o<br />
governo questiona os preços do<br />
diesel da Petrobras e há oferta<br />
de biodiesel sobrando a preços<br />
inferiores em todas as regiões<br />
do País, todas as condições estão<br />
colocadas para que se<br />
avance no seu uso.<br />
Também, nenhum outro combustível<br />
no Brasil possui especificação<br />
com tantas análises.<br />
A Agência Nacional do Petróleo,<br />
Gás Natural e Biocombustíveis<br />
vem aprimorando os requisitos<br />
de especificação do biodiesel<br />
desde o início do Programa Nacional<br />
de Produção e Uso do<br />
Biodiesel, tornando-a uma das<br />
mais rigorosas do mundo, garantindo<br />
a qualidade.<br />
Com sucessivas safras recordes<br />
de soja e as demais opções<br />
existentes, o Brasil tem matériaprima<br />
de sobra para produção<br />
de biodiesel. Com uma indústria<br />
consolidada, com capacidade<br />
de expansão (38% da<br />
capacidade instalada está ociosa),<br />
o Brasil pode produzir cada<br />
vez mais biodiesel para substituir<br />
o diesel fóssil importado.<br />
Além de representar o melhor<br />
custo x benefício entre os<br />
combustíveis comercializados<br />
no país, hoje o biodiesel é<br />
competitivo com o diesel fóssil<br />
em todas as regiões brasileiras.<br />
Além disso, existem<br />
outras externalidades positivas<br />
atreladas ao biodiesel que<br />
fazem com que ele seja mais<br />
viável economicamente que o<br />
diesel.<br />
8 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>