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NOVA IMAGEM<br />

REVISTA SABER madeira<br />

A Revista da Madeira<br />

www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira sabermadeira@yahoo.com 291 911 300


sumario<br />

04<br />

entrevista<br />

O livro “Retalhos de uma<br />

vida” foi o pretexto para uma<br />

conversa com o seu autor,<br />

Virgílio Pereira. A entrevista ao antigo<br />

professor que escreve como fala.<br />

07<br />

08<br />

09<br />

10<br />

11<br />

12<br />

14<br />

15<br />

16<br />

18<br />

22<br />

24<br />

Os Nossos Autores<br />

Virgílio Pereira<br />

Opinião<br />

Isabel Fagundes: a relevância dos<br />

cinquenta<br />

Lugares de Cá<br />

Rua dos Tanoeiros<br />

Opinião<br />

António Castro: Vidas sem Vida<br />

Marcas Icónicas<br />

Greenpeace<br />

A-Z<br />

Ricardo Gomes<br />

Opinião<br />

Hélder Spínola: Água – um líquido<br />

precioso<br />

Madeira<br />

“World Travel Award” 2019 na<br />

Madeira<br />

(Des)Conhecida Arte<br />

O croché de Rita Teixeira<br />

Fotografia Subaquática<br />

Artur Silva<br />

Cultura<br />

Orlando Fernandes entrevista...<br />

Eunice Muñoz<br />

Bem-Estar<br />

Sara de Freitas: O poder dos<br />

cristais<br />

16<br />

25<br />

26<br />

28<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

Blogue de...<br />

Miguel Pires: Da minha profissão<br />

e do respeito<br />

Câmara Municipal do Funchal<br />

Funchal e Machico estiveram à<br />

altura da História<br />

Viajar com Saber<br />

Malta<br />

Cinema<br />

Dumbo<br />

Tecnologia<br />

Huawei P30 e P30Pro<br />

Diagnóstico e Terapêutica<br />

A Fisioterapia nos sistemas linfáticos<br />

Nutrição<br />

Alison Jesus: O papel do exercício<br />

físico<br />

34<br />

36<br />

38<br />

40<br />

42<br />

45<br />

52<br />

54<br />

Dicas de Moda<br />

Lúcia Sousa: Tropical<br />

12<br />

Makeover<br />

Mary de Carfora: Maquilhagem<br />

primavera 2019<br />

Motores<br />

Valentino Rossi 24 anos motociclismo<br />

Fashion Advisor<br />

Clássicos na moda<br />

Agenda Cultural da Madeira<br />

Abril<br />

Social<br />

À mesa com...<br />

Fernando Olim<br />

Site do Mês<br />

www.horariosdofunchal.pt<br />

saber ABRIL 2019<br />

3


ENTREVISTA<br />

Virgílio Pereira<br />

“<br />

Privilegiei o respeito e o “à<br />

vontade” nas minhas relações<br />

com os outros e nunca me dei<br />

mal por causa disso<br />

”<br />

4 saber ABRIL 2019


Por alguns minutos, o antigo professor adiou a leitura dos matutinos madeirenses<br />

– um hábito diário ao qual se dedica antes do almoço – para nos atender o<br />

telemóvel e nos contar de que são feitos os seus dias na sua casa, no Funchal.<br />

A leitura e a escrita – publicou nos últimos anos, três livros, o último dos quais<br />

foi este “Retalhos de uma Vida – Memórias, Opiniões e Comentário” têm sido<br />

prazeres presentes nos dias do antigo professor que muitos hoje recordam pela<br />

competência, a cordialidade e uma peculiar forma de ensinar, ou de explicar, a<br />

matéria escolar. Afetuoso, aplicaria os afetos na “praxis” pública, por exemplo,<br />

quando foi presidente da Câmara Municipal do Funchal (1976-1983, 1994-1994)<br />

ou eurodeputado social democrata. Presidiu à Junta Autónoma dos Portos da<br />

Madeira, ao Instituto do Bordado, Tapeçaria e Artesanato da Madeira, à direção<br />

dos Bombeiros Voluntários Madeirenses, à Associação Comunitária do Monte e<br />

à Comissão Funchal 500 Anos. Frequentou, nos anos 60, o curso de Engenharia<br />

Geográfica na Faculdade de Ciências de Lisboa, que não terminou, tendo se dedicado<br />

às explicações de matemática e à docência de diversas disciplinas. Casado desde<br />

1970 com Maria Filomena Marques Camacho Pereira, filha do 2.º Comandante dos<br />

Bombeiros Voluntários Madeirenses, José Vaz Martins Camacho, o casal teve três<br />

filhos: o Roberto (47 anos) o Bruno (46 anos) e o Luís (39 anos). Têm cinco netos.<br />

Há nove anos, uma queda fez com que passasse a ter dificuldades significativas de<br />

locomoção; antes, sofrera um AVC, isto para não falar da insuficiência coronária<br />

que lhe foi detetada há 33 anos e dos “bypasses” que têm mantido o seu coração a<br />

trabalhar, o mesmo coração que nunca deixou Virgílio Pereira, 78 anos feitos em<br />

janeiro, “deitar a toalha ao chão”.<br />

Dulcina Branco<br />

O.L.C. (Carolina Rodrigues).<br />

Professor Virgílio, comecemos por falar no<br />

presente...<br />

- Sim. Não tenho uma alma ligada ao passado...<br />

Quando olha para o Mundo atual, o que é que<br />

o preocupa?<br />

- Não sou daqueles que pensa que está tudo<br />

mal e que antigamente é que era bom. Quando<br />

olho para o Mundo atual, acho tudo muito<br />

bem, excepto certas coisas, observação esta que<br />

pode ser uma consequência da minha velhice...<br />

Gosto de olhar o futuro mas para se ser moderno,<br />

um não tem que ser malcriado. Isto é válido<br />

para todos os aspetos da vida, nomeadamente<br />

ao nível político. Quem assume lugares de decisão<br />

deve estar preparado para o escrutínio diário<br />

das suas ações e não tem que ser desrespeituoso<br />

para com o adversário político ou para com<br />

quem é de menor condição social ou quase analfabeto.<br />

Choca-me a falta de educação, no sentido<br />

de desrespeito para com quem tem menor<br />

condição social.<br />

“<br />

Gosto de olhar o futuro mas<br />

para se ser moderno, um não<br />

tem que ser malcriado<br />

”<br />

Foi professor durante muitos anos, atividade<br />

em que se notabilizou e que para sempre<br />

marcou a sua vida. Foi uma grande paixão, o<br />

ensino?<br />

- Sim. Gostei muito de ensinar; foi das melhores<br />

fases da minha vida. Não me licenciei mas contribui<br />

para que muitos que ensinei se licenciassem.<br />

Ensinei durante muitos anos e gostei imenso de<br />

ensinar, nomeadamente Matemática, Física, etc.<br />

Dediquei-me às explicações e ensinei em diversos<br />

estabelecimentos de ensino do Funchal,<br />

como se sabe.<br />

Em criança, sonhava com a profissão de professor?<br />

- Não sonhava com nada em especial...Na quarta<br />

classe do meu tempo de criança, gostava de<br />

Ciências da Natureza e de Matemática e gostava<br />

também de comunicar. Sempre gostei de comunicar.<br />

Tinha jeito e gosto por fazer discursos nas<br />

brincadeiras com os meus primos. Gostava de<br />

fazer homilias...Quando aprendi a ler e a escrever,<br />

escrevia os meus discursos. Foi a minha avó<br />

paterna que me ensinou as primeiras letras e<br />

me incutiu o hábito da leitura. A minha avó tinha<br />

filhos emigrados na ilha de Trinida, os quais lhe<br />

escreviam cartas que eu lia para ela. Ela recebia<br />

as cartas e enrolava-as com uma fita para<br />

mais tarde, eu ler as cartas para ela. Ela pedia-<br />

-me também que lhe lesse a Bíblia, de maneira<br />

que foi desenvolvendo o meu gosto pela leitura<br />

e por livros. Conforme fui crescendo, fui lendo<br />

melhor, o que a deixava satisfeitísssima. Quando<br />

me lembro disto sinto-me feliz porque dei a essa<br />

saber ABRIL 2019<br />

5


ENTREVISTA<br />

minha querida avó um pouquinho de felicidade.<br />

Anos mais tarde, o ensino ajudou-me na atividade<br />

política. A vida política cimentou no meu<br />

espírito “regras” sociais que eu achava necessárias<br />

no relacionamento humano e que adquirira<br />

na atividade de professor. Sou de uma época<br />

em que havia falta de tudo e isso tocou-me profundamente.<br />

Foi Presidente da Câmara do Funchal nos<br />

anos 80. Gostou desse tempo?<br />

- Muito. Como disse atrás, apliquei no meu relacionamento<br />

com os munícipes, métodos que<br />

tinha usado no ensino, ou seja, o clima de proximidade<br />

que eu tinha com as pessoas já as aplicara<br />

com os meus alunos. Ouvia as pessoas e<br />

falava com elas como fazia com os meus alunos.<br />

Hoje dir-se-á que é a política dos afetos e sim,<br />

era isso mesmo. É estar neste mundo ao serviço<br />

dos mais fracos. Não quero que fique aqui<br />

a impressão que sou um “santinho” mas, realmente,<br />

costumo dizer aos meus amigos que sou<br />

boa pessoa. Acredito que o sou, sinceramente.<br />

Tenho essa capacidade de ouvir os outros e tentar<br />

ajudar mas também se me corre uma “telha”<br />

pela cabeça, fico furioso e tento pôr na ordem a<br />

pessoa que está à minha frente. Sou um homem<br />

com qualidades e defeitos mas tento ser uma<br />

boa pessoa, correta e justa. Não desconsidero<br />

ninguém.<br />

Mas viveu dissabores na sua vida por causa da<br />

sua maneira de ser e de pensar...<br />

- Sim, mas não guardo ressentimentos. Quando<br />

estava na Câmara, alguns disseram que eu era<br />

comunista e não sei quê... Se tomava um café ou<br />

fumava um cigarro com um funcionário, era criticado<br />

mas na verdade, estava a relacionar-me<br />

com um ser humano e nunca alguém me faltou<br />

ao respeito por causa disso. Privilegiei o respeito<br />

e o “à vontade” nas minhas relações com os<br />

outros e nunca me dei mal por causa disso, tanto<br />

que hoje as pessoas me reconhecem e falam<br />

comigo na rua. Penso que, este Mundo nunca<br />

terá paz se não houver, realmente, um combate<br />

rijo contra a miséria, a pobreza e as desigualdades<br />

sociais. É preciso nivelar a sociedade por<br />

cima e nunca por baixo, então, vamos fazer com<br />

que os que estão mais vulneráveis sejam ajudados.<br />

Encontra as pessoas na rua que se lembram<br />

de si e o cumprimentam...<br />

- Sim, e agradecem por coisas que fiz no passado,<br />

algumas coisas de que hoje já não me lembro<br />

mas as pessoas lembram-se e vêm falar disso, o<br />

que me deixa muito feliz. Sinto-me feliz com as<br />

minhas experiências.<br />

Como é que foi conceber este “Retalhos de<br />

uma vida”?<br />

“Este Mundo nunca terá paz se não houver um combate rijo contra a<br />

miséria, a pobreza e as desigualdades sociais<br />

”<br />

- É o meu terceiro livro e baseia-se nisso mesmo,<br />

nos retalhos da minha vida em muitos aspetos,<br />

desde criança até ao estádio em que escrevi o<br />

livro. Passei por diversas instituições, de maneira<br />

que, é um registo escrito para memória futura,<br />

para os meus netos e os netos dos meus amigos -<br />

se quiserem saber como aconteceu. Não fiz este<br />

livro por me considerar nem escritor nem sequer<br />

a sombra de um bom escritor mas para passar a<br />

esta nova geração dos meus netos, histórias que<br />

vivi em muitos momentos e que estão relacionadas<br />

com momentos da nossa história, como o 25<br />

de abril, a nossa entrada na União Europeia, as<br />

personalidades políticas com quem falei e convivi,<br />

etc. Falo no ensino e naquilo que oiço dizer<br />

sobre o ensino atual comparando com o ensino<br />

no meu tempo, falo da emigração portuguesa<br />

nos anos 60 - grande parte da minha família emigrou,<br />

dou opiniões sobre isso também; falo sobre<br />

Autonomia e o que representa para a felicidade<br />

dos madeirenses do futuro. Amanhã, poderá<br />

haver alguém interessado em saber o que se passou<br />

em determinado momento, até por motivos<br />

de pequenas investigações que tenha que fazer<br />

sobre assuntos que estejam no livro, de maneira<br />

que, fica aí como registo escrito daquilo que foi.<br />

A Autonomia ainda é o melhor sistema político<br />

para a Madeira?<br />

- Acredito que sim. Sou autonomista e não acredito<br />

que algum dia a Madeira possa progredir<br />

livremente e com pujança sem a Autonomia. Este<br />

tipo de conquista que nós temos foi uma conquista<br />

brilhante dos nossos políticos e, essencialmente,<br />

do povo madeirense. No entanto, defendo<br />

que temos que avançar para uma Autonomia<br />

mais profunda. O Mundo avançou mas a Liberdade<br />

e a Democracia continuam a ser dois pilares<br />

fundamentais para o bem-estar do Homem.<br />

Uma democracia que, no entanto, tem as suas<br />

imperfeições...<br />

- Claro, mas a responsabilidade é uma coisa que<br />

a democracia exige, de forma que, para fazer as<br />

coisas da melhor maneira, a exemplo deste livro,<br />

pedi a amigos que me ajudassem a escrevê-lo. A<br />

gente pede aos amigos próximos para que nos<br />

ajudem nas questões em que somos mais fracos,<br />

como por exemplo, escrever bem. Todos<br />

nós cometemos erros, evidentemente, mas foi<br />

uma coisa que me preocupou neste livro a escrita<br />

correta. De maneira que fica aí como registo<br />

escrito daquilo que fui. Tive uma vida cheia, sob<br />

diversos aspectos e que invoco neste livro, sem<br />

esquecer as pessoas que encontrei neste percurso<br />

de vida e que deixaram uma marca especial,<br />

companheiros do meu tempo de infância e adolescência,<br />

do meu tempo de professor, presiden-<br />

6 saber ABRIL 2019


“<br />

foi das melhores fases<br />

da minha vida<br />

”<br />

Gostei muito de ensinar;<br />

te da Câmara, eurodeputado... Tantas pessoas a<br />

quem devo muito.<br />

Alguém deve-lhe um pedido de desculpas?<br />

- Não. Ninguém. Fui um homem de sorte. Até<br />

para com os meus adversários políticos, tive<br />

uma filosofia de vida um pouco diferente. Até eu<br />

morrer quero ser sempre a melhor pessoa possível.<br />

Em democracia, tentei sempre estabelecer<br />

pontes de comunicação com quem tinha pontos<br />

de vista iguais aos meus e diferentes, o que significa<br />

que, por serem diferentes de mim, não tenha<br />

de odiá-los. Se digo que sou democrata mas corro<br />

a pontapé aqueles que têm ideias diferentes<br />

da minha, não está correto, não pode ser, mas vi<br />

isso acontecer. Com isto quero dizer que, conheço<br />

pouca gente social democrata, conheço pouca<br />

gente de esquerda e de direita, pessoas que<br />

dizem que são mas na prática, não são. Conheço<br />

pouca gente que, efetivamente, diz aquilo que é.<br />

Aproximam-se eleições. Vai votar?<br />

- Vou votar com todo o cuidado por causa da<br />

minha saúde, na Escola Francisco Franco, antiga<br />

escola Comercial e Industrial do Funchal. Votar é<br />

um direito fundamental de todos nós.<br />

Atualmente, como é o seu dia-a-dia?<br />

- Nos últimos anos, tem sido uma rotina baseada<br />

nas consultas médicas, nos consultórios médicos,<br />

porque a isso obrigam as minhas valências<br />

físicas, que são notórias. Não ando sozinho na<br />

rua porque não tenho possibilidade, e faço fisioterapia<br />

- tenho uma belíssima técnica que me<br />

ajuda. Tenho os cuidados necessários com a<br />

minha saúde mas não tenho medo daquilo que<br />

a vida tem para me oferecer daqui para a frente.<br />

Morrer de repente é a melhor morte do mundo<br />

mas não penso nisso. Não deito a toalha ao<br />

chão. Vivo o dia-a-dia. Gosto de ouvir música<br />

e vou escrevendo algumas coisas, pese embora<br />

a vista já não me ajude. Leio com a ajuda de<br />

uma lente e de uma luz especial. Quando posso,<br />

vou ao Porto Santo, saio para tomar um café,<br />

vejo televisão, gosto muito de ouvir rádio, neste<br />

caso, a Antena 3, por causa da música clássica,<br />

jazz, lírica e romântica. E depois tenho os meus<br />

netos que me enchem de orgulho. São jovens<br />

deste tempo e os jovens deste tempo são muito<br />

muito diferentes dos do meu tempo, muito<br />

por causa das novas tecnologias de agora mas<br />

são jovens fantásticos e inteligentes. Gosto muito<br />

da juventude.<br />

Mudou muito a sua alimentação por causa da<br />

doença?<br />

-Não. Como menos do que comia quando tinha<br />

saúde - tenho que evitar coisas que fazem mal<br />

mas provo-as sem exageros. Quando era novo<br />

e podia comer de tudo, o que mais gostava era<br />

cozido à portuguesa, sopa de trigo... Adoro sopas<br />

antigas, as sopas do campo, dos pudins caseiros.<br />

Não sou esquisito, gosto de comer. A minha<br />

mulher não tem de fazer uma alimentação especial<br />

para mim. Aqui, em casa, às segundas, quartas<br />

e sextas comemos peixe; às terças, quintas,<br />

sábados e domingos é carne. Almoçamos e jantamos<br />

com a família toda reunida ao domingo.<br />

O que é que vai fazer depois desta entrevista?<br />

- Continuar a ler os diários regionais e preparar-<br />

-me para ir almoçar. Não sei o que é o almoço...<br />

Um abraço. s<br />

saber ABRIL 2019<br />

7


OPINIÃO<br />

Isabel Fagundes<br />

Exerce funções numa escola do Funchal<br />

A relevância<br />

dos cinquenta<br />

Aos cinquenta anos já vivemos algum<br />

tempo para sabermos que o tempo<br />

é cada vez mais precioso numa vida<br />

que passa de forma célere.<br />

Quando atingimos a étapa dos cinquenta,<br />

tantas grandes questões deixam<br />

de ter interesse e outras, que<br />

antes tinham menos relevância, passam<br />

a ter a importância que nunca antes lhes<br />

havíamos dado. A família, os verdadeiros amigos,<br />

tornam-se pilares da nossa existência e<br />

funcionam como suportes motivadores para<br />

darmos os passos seguintes até ao dia em que<br />

já não estaremos aqui. Os “desamigos” deixaram<br />

de ter qualquer espaço no nosso caminho<br />

e são descartados sem qualquer arrependimento.<br />

Chegados ao ponto onde podemos ver<br />

um e outro lado da vida, o antes das aspirações<br />

e anseios e o agora da serenidade e aquiescência,<br />

ficamos com o poder de ser tudo o que<br />

construímos, com a dor, com o sofrimento mas<br />

também com as alegrias que a vida nos proporcionou.<br />

Vemos no passado a aprendizagem e<br />

no futuro a consolidação dessa aprendizagem,<br />

aliada às pequenas coisas que lhes vamos<br />

acrescentando. Nesta idade, todos nós, de uma<br />

forma mais ou menos difícil, já passámos por<br />

situações que nos contundiram no mais profundo<br />

- tenham sido perdas pessoais ou materiais,<br />

doenças francamente debilitantes, divórcios<br />

demasiadamente litigiosos, erros imensamente<br />

errados. Tudo isso contribuiu para a nossa<br />

maturação e conseguimento de uma maior<br />

capacidade de discernir, de compreender e<br />

tolerar. Muitos de nós errámos da melhor forma<br />

que sabíamos e aprendemos muito com isso.<br />

Uns ainda lamentam, outros avançam, uns sentem-se<br />

eternamente vítimas, outros cresceram<br />

e tornaram-se grandes. Já não há lugar para<br />

sermos o que não queremos ser, nem espaço<br />

para albergar dentro de nós pessoas que não<br />

nos agradam, nem estão em sintonia connosco.<br />

Queremos o que nos faz sentir bem e distanciamo-nos<br />

do que nos desapraz. Não temos<br />

necessidade de fazer algo apenas para agradar<br />

quem quer que seja. Precisamos somente de<br />

comprazermo-nos das nossas próprias ações e<br />

ter a certeza que fazemos o melhor com o que<br />

temos e como sabemos. Que fazemos sempre<br />

a nossa parte. Acolhemos aqueles que se nos<br />

apresentam límpidos e translúcidos, os que<br />

são sinceros e honestos e desviamo-nos dos<br />

que não o são. Há os que se amam, sabem cuidar<br />

do seu “eu” interior e afagar a criança que<br />

vive algures nas profundezas da sua alma. Os<br />

que sabem usufruir da sua companhia e não<br />

põem nas mãos do outro a sua própria felicidade.<br />

E os outros, os que estagnaram no tempo e<br />

teimam em percorrer a vida na mesma cadência<br />

de um comboio movido a carvão. Existem<br />

os que não aprenderam a apreciar a presença<br />

de si próprios e exigem do outro aquilo que não<br />

têm, e os outros, aqueles que respeitam cada<br />

ser e suas ideias, que valorizam as pessoas e<br />

o todo que nos enlaça. Os que não acham que<br />

têm sempre razão e dão espaço para permitir<br />

a razão dos seus semelhantes. Aos cinquenta<br />

anos já vivemos algum tempo para sabermos<br />

que o tempo é cada vez mais precioso numa<br />

vida que passa de forma célere. Já devemos<br />

ter aprendido que perdoar permite-nos dar um<br />

passo à frente e descerrar caminho à concretização<br />

do nosso propósito de vida. Nessa idade,<br />

já devemos saber que outras janelas se destaparam<br />

para o resto da nossa vida e que sempre<br />

houve portas abertas. Já devemos saber que<br />

existem mudanças continuadas e que o que foi<br />

ontem não será bem o mesmo amanhã. Devemos<br />

saber que, apesar da experiência, a nossa<br />

verdade nem sempre é a real verdade e que<br />

devemos abrir-nos à verdade do outro para<br />

aprendermos a ver os diferentes ângulos de<br />

uma realidade. Aos cinquenta já devemos ter<br />

ganhado alguma sabedoria. s<br />

8 saber ABRIL 2019


Rua dos<br />

Tanoeiros<br />

É<br />

uma das ruas mais antigas da cidade<br />

do Funchal a Rua dos Tanoeiros, que<br />

obteve o seu nome por volta do século<br />

XVII devido à importância dada aos<br />

construtores de pipas. Esta importância esteve<br />

ligada à exportação do vinho da Madeira<br />

entre os séculos XVIII e XIX. Hoje em dia,<br />

a Rua dos Tanoeiros começa com uma rampa<br />

com um antigo chafariz que foi em tempos<br />

usado para dar de beber aos animais do<br />

mercado municipal outrora ali existente. Vale<br />

a pena percorrer esta bela rua que continua a<br />

ser uma rua central em termos comerciais e<br />

que mais recentemente, mais precisamente<br />

em 2018, foi alvo de um projeto artístico inovador.<br />

O projeto “Adopte uma Loja” foi lançado<br />

pela Câmara Municipal do Funchal a vários<br />

artistas regionais para dinamizar o comércio<br />

mas também para fomentar a arte urbana<br />

na cidade. Com este projeto, as entradas das<br />

LUGARES DE CÁ<br />

lojas desta rua ganharam uma peça de arte<br />

urbana cujo elo comum foi a arte da tanoaria.<br />

As peças foram elaboradas por artistas regionais<br />

ou residentes na Madeira. Com a curadoria<br />

de Fátima Spínola, os artistas Carina Mendonça,<br />

Carolina Fernandes, Cristiana de Sousa,<br />

Diogo Goes, Gabriela e Marcos Milewski,<br />

Fátima Spínola, Jose Zyberchema, Luz Henriques,<br />

Martinho Mendes, Patrícia Sumares,<br />

Paulo Sérgio Beju, Ricardo e Bruna Livramento,<br />

Sara Santos, Sophie Bayntun, Telma Henriques<br />

e Trindade Vieira criaram as obras para<br />

16 espaços aderentes. Preservar e valorizar<br />

o comércio tradicional bem como a história<br />

e a cultura local são cada vez mais necessários<br />

num tempo em que os centros urbanos<br />

estão “despidos” dos seus habitantes, e a arte<br />

urbana pode contribuir para atenuar os efeitos<br />

desta desertificação que afeta os centros<br />

urbanos. s<br />

Dulcina Branco<br />

www.madeira-web.com , Wikipédia.<br />

saber ABRIL 2019<br />

9


OPINIÃO<br />

António Castro<br />

Professor e Escritor<br />

Vidas sem Vida<br />

Vivem tão em função do que<br />

as rodeia que, aquilo que<br />

verdadeiramente lhes diz respeito<br />

passa-lhes completamente ao lado,<br />

de forma incauta e assustadora.<br />

Querem saber, gostam tanto de<br />

saber que, às vezes, acham até que<br />

sabem. Quando não sabem, vão<br />

pelo que lhes parece, e a vontade<br />

de entrar na vida alheia é tanta que, o que talvez<br />

seja passa a ser, e a partir daí, esse talvez<br />

é espalhado como certeza. São pessoas que<br />

vivem para ficarem especadas por trás das<br />

cortinas, ou de ouvido alerta perante as portas<br />

entreabertas, já que “a curiosidade aguça<br />

o apetite”. Vivem tão em função do que<br />

as rodeia que, aquilo que verdadeiramente<br />

lhes diz respeito passa-lhes completamente<br />

ao lado, de forma incauta e assustadora.<br />

E, como defendem os nossos vizinhos espanhóis,<br />

“quando o diabo não tem o que fazer,<br />

mata as moscas com o rabo”. São pessoas<br />

(serão?) que não conseguem – nem querem<br />

– separar o público do privado, mas que se<br />

ofendem profundamente perante uma crítica<br />

pertinente ou uma resposta adequada.<br />

“Sabem” tudo de todos a qualquer hora do<br />

dia ou da noite. Mesquinhos, nunca estão<br />

bem, já que “a inveja está sempre em jejum”:<br />

os outros ou ganham muito, ou são uns tristes;<br />

ou têm dívidas, ou têm manias. Chegam<br />

a atrever-se, afirmando com ar de profunda<br />

sabedoria: - Eu sei! Foi fulana que me disse!<br />

Que importam, portanto, as companhias dos<br />

(próprios) filhos, as ausências mal explicadas<br />

do cônjuge, os problemas pessoais por resolver?<br />

Que importância marcante poderá ter a<br />

excessiva poluição do planeta, o modo como<br />

são tratados os imigrantes, a subida dos<br />

oceanos, ou as ações louváveis do voluntariado?<br />

A vizinha saiu e o que interessa, mesmo,<br />

é como e com quem. Ou, então, o primo,<br />

que vai todos os domingos à missa com<br />

a família mais chegada, mas “molha o bico”,<br />

descaradamente, fora do casamento. E assim<br />

cristalizam e definham seres que vivem para<br />

não viver e – porque isso acontece – não perdoam<br />

a quem vive. São seres de uma inveja<br />

tamanha, com os olhos tão esbugalhados<br />

para a coscuvilhice como os viciados nas<br />

máquinas de casino. Não investem em si próprios,<br />

e por isso não progridem, mas também<br />

não conseguem ter paz, por toda a dor sentida<br />

com o progresso alheio: “defenda-me das<br />

galinhas” – defende um provérbio romeno –<br />

“dos cães não tenho medo”. Estes seres são<br />

ainda mais perigosos se os alvos forem pessoas<br />

com outra sensibilidade e outros valores,<br />

que não conhecem verdadeiramente o<br />

lodaçal e a mesquinhez do mundo: a inveja<br />

combate sempre a elevação. Com diferenças<br />

no estilo, existem destes exemplares em<br />

todos os lugares e nos mais diversos estratos<br />

sociais: são como traças que gostam de corromper<br />

a melhor lã. Como diz o Papa Francisco:<br />

“as pessoas coscuvilheiras são como<br />

terroristas, atiram a bomba aos outros e vão<br />

embora”. Como baratas, resistem a qualquer<br />

razia, munidas de línguas compridas e desavergonhadas,<br />

que ninguém para: “cura-se a<br />

ferida que uma espada faz; é incurável a que<br />

faz uma língua”. Têm atravessado gerações e<br />

disso dá conta o Povo, na sua experimentada<br />

sabedoria: “a quem tudo quer saber, nada se<br />

lhe diz”. E assim faremos! s<br />

10 saber ABRIL 2019


Greenpeace<br />

MARCAS ICÓNICAS<br />

É<br />

um ícone ao nível das organizações<br />

mundiais que têm como causa o planeta<br />

e a preservação dos diversos<br />

“habitats”. A forma como os seus ativistas<br />

intervêm a favor de diversas causas,<br />

em diferentes locais do planeta, grangearam-<br />

-lhe a fama mundial. Organização não governamental<br />

de ambiente com sede em Amesterdão,<br />

nos Países Baixos, e com escritórios<br />

espalhados em mais de 41 países, a atuação<br />

da Greenpeace reges-se por princípios filosófico-morais<br />

da desobediência civil e tem,<br />

como princípio básico, a ação direta pacífica.<br />

A organização foi fundada em 1971 no Canadá<br />

por Robert Hunter, Paul Watson e Patrick<br />

Moore que mais tarde saíram da organização<br />

devido a divergências com outros membros<br />

dirigentes. No entanto, apesar das baixas,<br />

a organização manteve os seus princípios,<br />

como por exemplo, não aceitar apoios<br />

de governos, empresas e partidos políticos<br />

mas lançando campanhas de angariação de<br />

fundos para suportar as suas intervenções<br />

muitas vezes apoiadas no seu navio emblemático,<br />

o Rainbow Warrior. A Greenpeace<br />

tem assento na ONU como consultora para<br />

as questões ambientais. s<br />

Dulcina Branco<br />

Wikipédia, Greenpeace Austrália e Greenpeace<br />

International.<br />

saber MARÇO ABRIL 2019<br />

15 11


A - Z<br />

Ricardo Gomes<br />

É um nome ligado à música - tem quase 30 anos de atividade nesta<br />

área – mas também às áreas de Marketing e Publicidade. Muitos o<br />

reconhecem da dupla Sandra&Ricardo; são já 25 anos a pisar palcos<br />

musicais com a sua irmã Sandra Rodrigues. Filho de pais madeirenses,<br />

nasceu na Venezuela. Já percorreu vários países do mundo levando uma<br />

mensagem artística e representando os seus dois amores: Venezuela e<br />

Portugal. Criou a Fundação “Danzas Luso Victorianas” na Venezuela<br />

e “Diáspora no Mundo” em Portugal. Internet, conhecer diferentes<br />

culturas e respetiva gastronomia, estar com a família, conviver com<br />

os amigos e ouvir música são passatempos que Ricardo Alvino Rodrigues<br />

Gomes, de seu nome completo, nos revela neste A - Z...<br />

Dulcina Branco<br />

cedidas pelo entrevistado<br />

a<br />

Amor<br />

Sempre presente no que fazemos.<br />

Amigos<br />

Os amigos são a família que nós<br />

escolhemos e que temos sempre<br />

presente.<br />

Arte<br />

Gosto muito. Criadora de emoções<br />

e vivências.<br />

Animais de Estimação<br />

O cão é um dos melhores amigos<br />

do homem.<br />

Família<br />

Pai, Mãe e Irmã sempre<br />

presentes. Meu apoio a 100%.<br />

Filme<br />

Os de comédia. O fim tem de<br />

ser feliz.<br />

Futebol<br />

Torcedor das equipas<br />

portuguesas; na Liga não<br />

tenho preferência.<br />

Flores<br />

A rosa é a essência da mulher.<br />

Bebidas<br />

Não sou muito admirador de<br />

bebida. Pouco e certo.<br />

Brinquedos<br />

Agora o telemóvel. É o brinquedo<br />

do dia.<br />

Beijo<br />

Uma das grandes demonstrações<br />

de amor e carinho por alguém.<br />

c e g<br />

B<br />

Deus<br />

Sempre com Deus.<br />

Decoração<br />

Simples e com qualidade.<br />

Doces<br />

Não sou muito de doces,<br />

mas gosto imenso dos<br />

nossos pastéis de nata.<br />

DF<br />

12 saber ABRIL 2019<br />

Casamento<br />

A união e compromisso entre duas<br />

pessoas que partilham a magia do<br />

amor.<br />

Curiosidade<br />

De vez em quando!<br />

Cores:<br />

Gosto muito do azul e do branco.<br />

Cores de liberdade, paz e pureza.<br />

Erros<br />

Cometemos erros, mas o mais<br />

importante é saber corrigi-los.<br />

Estilo<br />

Comodidade em primeiro<br />

lugar. Cada lugar, cada espaço<br />

tem o seu estilo.<br />

Emoção<br />

Faz parte dos sentimentos da<br />

vida, e a satisfação do fazer<br />

bem.<br />

Ginástica<br />

Importante. Gostaria de contar<br />

com mais tempo para fazer mais.<br />

Gula<br />

Nada fora do normal. Como o que<br />

o meu corpo precisa.


h<br />

Humildade<br />

Fazer o nosso melhor.<br />

Ninguém deve dizer que é<br />

humilde, é o nosso redor<br />

quem pode julgar.<br />

Humor<br />

Sempre. O sorriso e o bom<br />

humor fazem bem à saúde.<br />

i<br />

Ilha<br />

O espaço nunca deve ter<br />

fronteiras nem barreiras.<br />

Internet<br />

Uma ferramenta muito<br />

importante que devemos<br />

saber usar, porque também<br />

encontramos informação falsa<br />

e difamação.<br />

j<br />

Justiça<br />

Justiça sem<br />

impunidade.<br />

Livro<br />

Leitura obrigatória.<br />

Lua<br />

Cheia e brilhante.<br />

m<br />

n<br />

r<br />

l<br />

Música<br />

Todos os géneros.<br />

Marcas<br />

Não sou de marcas. O importante<br />

é a qualidade do produto.<br />

Mania<br />

Roer as unhas.<br />

Moda<br />

Não ligo muito. Sentir-se bem é a<br />

melhor forma de estar “na moda”.<br />

Notícias<br />

Vejo sempre. É a minha<br />

fonte de atualidade.<br />

Objetivos<br />

Procurar fazer o melhor: variável,<br />

dinâmico e inovador. Que o público<br />

veja sempre um trabalho diferente em<br />

cada concerto ou iniciativa produzida.<br />

Ostentação<br />

Contra.<br />

Ódio<br />

Nenhum. Um mal da sociedade que<br />

não devia existir.<br />

p<br />

Qualidades<br />

Gosto mais de<br />

fazer, e não “dizer”<br />

as minhas. Deixo<br />

a possibilidade de<br />

que as pessoas as<br />

conheçam.<br />

Perfumes<br />

Jean-Paul Gauttier.<br />

Presentes<br />

Muita saúde... O<br />

resto chega sozinho.<br />

Política<br />

Humano e justo.<br />

q<br />

Rádio<br />

Amante deste meio de<br />

comunicação. Comecei<br />

a trabalhar em rádio no<br />

ano 2008, com grande<br />

satisfação.<br />

Referências<br />

Amante da filosofia do<br />

Nelson Mandela, Charles<br />

Chaplin, Renny Ottolina,<br />

Martin Luther King, e<br />

Gandhi. Na musica o Max,<br />

Marc Anthony e Frank<br />

Sinatra.<br />

s<br />

tTelevisão<br />

Importante meio. Uma<br />

responsabilidade enorme a hora de<br />

informar e educar.<br />

Telemóvel<br />

o<br />

Todo o dia ligado.<br />

Trabalho<br />

Fazer bem e melhor.<br />

Utopia<br />

u<br />

Com os pés na terra.<br />

v<br />

Surpresa<br />

A vida deve estar cheia de surpresas.<br />

Sexo<br />

Alimenta a alma.<br />

Signo<br />

Peixes, sempre a mexer.<br />

Sonho<br />

Muitos. Estamos nesta vida à<br />

procura da realização dos nossos<br />

sonhos, ideias e projetos.<br />

Vitória<br />

Nasci na cidade de ‘La Victoria’, onde aconteceu<br />

a “Batalha da Juventude”, uma das mais<br />

importantes para a independência da Venezuela.<br />

A vitória significa liberdade, igualdade e<br />

fraternidade, três princípios importantes da<br />

humanidade.<br />

Vida<br />

Viver.<br />

Viagem<br />

Conhecer a maior quantidade de países do<br />

mundo.<br />

Vício<br />

Nenhum.<br />

Xenofobia<br />

Mentes pequenas.<br />

x<br />

Xadrez<br />

Xeque-mate.<br />

zZoologia<br />

Os animais são abençoados<br />

neste planeta. Uma<br />

companhia direta e sincera.<br />

Zelo<br />

Consideração e carinho.<br />

saber ABRIL 2019 13


OPINIÃO<br />

Água - um<br />

líquido<br />

precioso<br />

Mas nem tudo está a montante,<br />

também nós, a jusante, no uso da<br />

água, temos muito trabalho a fazer,<br />

na poupança e no uso eficiente deste<br />

recurso.<br />

Hélder Spínola<br />

Biólogo/Professor Universitário<br />

Nunca como agora a água escasseou tanto<br />

e tantas vezes, não só devido ao efeito<br />

das alterações climáticas, pelas quais<br />

somos responsáveis, mas também pelo<br />

excesso de consumo, poluição e esbanjamento<br />

que, mais uma vez, também resultam dos nossos<br />

atos. Habituamo-nos a ouvir a frase de que<br />

a ‘água é vida’, mas, enquanto ela continua a nos<br />

chegar à torneira e aos campos de cultivo, pouca<br />

atenção prestamos ao seu significado, e às responsabilidades<br />

que esse facto exige de nós. A ilha<br />

da Madeira sempre foi considerada como sendo<br />

abundante em água, mas como a ideia de abundância<br />

é relativa e depende, acima de tudo, das<br />

necessidades que temos dela, a verdade é que<br />

essa ideia sempre esbarrou com a grande diferença<br />

que é ter a água a correr nas ribeiras e nascentes,<br />

ou nas nossas torneiras e campos de cultivo,<br />

ou seja, onde ela é utilizada por nós. Por isso<br />

foi necessário, ao longo de séculos, com o esforço<br />

de gerações passadas, construir 1400 quilómetros<br />

de levadas, uma distância que corresponde<br />

à que nos separa da cidade do Porto, e tudo nesta<br />

pequena ilha. Foi preciso, com essas levadas,<br />

transportar a água desde os locais onde é mais<br />

abundante, ribeiras, zonas altas, costa Norte, até<br />

onde ela é mais necessária, campos de cultivo,<br />

povoações, costa Sul. Entretanto, as necessidades<br />

de consumo foram-se alterando, tornando-se<br />

mais exigentes, aumentando, e a ideia de abundância,<br />

embora muito condicionada pelo esforço<br />

necessário para fazer a água chegar até nós,<br />

foi-se esvaindo. A sociedade madeirense foi exigindo<br />

cada vez mais captação e distribuição de<br />

água, para satisfazer as suas necessidades. Com<br />

o foco na captação e no consumo, esqueceu-se a<br />

necessidade de sustentabilidade em tudo o que<br />

está pelo meio, chegando-se hoje ao ponto de<br />

ter perdas nas redes de distribuição que significam<br />

que metade da água não chega ao destinatário.<br />

Ao captar o dobro da água que efetivamente<br />

utilizamos, estamos a pressionar em demasia<br />

os nossos recursos hídricos na sua origem, em<br />

particular as suas reservas no subsolo, os aquíferos,<br />

e ao fazê-lo estamos a por em causa a sustentabilidade<br />

da sua gestão, correndo riscos desnecessários<br />

de sermos confrontados com falhas<br />

de abastecimento já a curto prazo. O relevo da<br />

ilha da Madeira causa muitos constrangimentos<br />

à construção de grandes reservatórios de água<br />

e, por isso, a reserva maior que temos é a água<br />

que se acumula nos nossos lençóis freáticos, e às<br />

quais acedemos por furos, túneis e galerias. Manter<br />

estes reservatórios naturais saudáveis, implica<br />

não aumentar a pressão de extração e, ao mesmo<br />

tempo, reforçar a sua recarga através da recuperação<br />

do coberto florestal nas nossas serras.<br />

Nem todos sabem, mas a água que nos chega às<br />

torneiras não é apenas aquela que cai na Madeira<br />

sob a forma de chuva (chuva meteórica), grande<br />

parte é resultante da captação que a floresta<br />

possibilita ao estar em contacto com os nevoeiros<br />

que são frequentes nas zonas mais altas e nas<br />

encostas voltadas a Norte. As pequenas gotinhas<br />

em suspensão que constituem os nevoeiros vão<br />

molhando as folhas, os ramos e os troncos das<br />

árvores e, lentamente, essa água vai escorrendo<br />

para o solo, onde se infiltra. Por isso, a recuperação<br />

da vegetação é um objetivo primordial para<br />

a sociedade madeirense, não só pela importância<br />

na preservação da biodiversidade, fixação<br />

de CO2, ou prevenção de cheias e aluviões, mas<br />

também para maior segurança no abastecimento<br />

de água. Mas nem tudo está a montante, também<br />

nós, a jusante, no uso da água, temos muito<br />

trabalho a fazer, na poupança e no uso eficiente<br />

deste recurso. Se há perdas avultadas antes da<br />

água chegar até nós, não é menos verdade que os<br />

desperdícios e a ausência de poupança também<br />

significam valores demasiado elevados para não<br />

serem considerados e corrigidos. Por isso, usar a<br />

água implica ter noção da sua importância e, a<br />

partir daí, trata-la como aquilo que é, um líquido<br />

muito precioso. s<br />

14 saber ABRIL 2019


Madeira recebe World Travel Award 2019<br />

madeira<br />

A Madeira é a anfitriã deste ano, da<br />

cerimónia da Gala da Europa do “World<br />

Travel Awards”. O destino português, que<br />

conquistou o título de Melhor Destino<br />

da Europa nos últimos cinco anos, vai<br />

acolher líderes da indústria no evento<br />

do tapete vermelho no próximo dia 8<br />

de junho, no Hotel Reid’s Palace, por<br />

ocasião do Festival do Atlântico.<br />

Dulcina Branco<br />

www.worldtravelawards.com<br />

Carolina Rodrigues<br />

A<br />

Madeira não só ganhou o “Melhor Destino<br />

Insular” pelo quarto ano consecutivo,<br />

como também foi escolhida<br />

para acolher a Gala Europeia do World<br />

Travel Award de 2019. O evento acontecerá no<br />

dia 8 de Junho no Funchal, mais precisamente<br />

no Hotel Belmond Reid’s Palace, durante as<br />

celebrações do Festival do Atlântico, que marca<br />

oficialmente o início da temporada de verão.<br />

Como resultado de acolher o evento, a Madeira<br />

tem uma campanha de turismo mostrando<br />

a malha única da hospitalidade madeirense e a<br />

beleza natural da ilha, que é a razão pela qual a<br />

Madeira foi eleita a Melhor Destino Insular em<br />

2015, 2016, 2017 e 2018. A ilha também é única,<br />

pois 77% dela é protegida do desenvolvimento<br />

urbano, assegurando que sua beleza e patrimó-<br />

nio natural sejam preservados para que todos<br />

possam desfrutar. Em comunicado, a Secretária<br />

Regional de Turismo e Cultura, Paula Cabaço,<br />

afirmou que ‘a realização deste evento é<br />

de grande importância, não só pela honra em<br />

si, mas pelo facto de representantes de todo o<br />

mundo participarem neste prestigiado evento.<br />

permitindo assim uma extraordinária e inédita<br />

oportunidade de promover a Madeira, assim<br />

como optimizar o potencial turístico do arquipélago<br />

no estrangeiro. ” Concluindo, acrescentou<br />

que a realização do prémio foi uma aspiração<br />

durante algum tempo e que ficou entusiasmada<br />

quando foi anunciado que a Madeira<br />

receberia esta prestigiosa cerimónia de entrega<br />

de prémios. Em resposta à declaração de Paula<br />

Cabaço, o vice-presidente do Grupo WTA, Christopher<br />

Frost, disse: “Será uma honra para nós<br />

levarmos a cerimónia de gala da WTA Europe<br />

para a Madeira pela primeira vez. Esta jóia do<br />

Atlântico é uma ilha abençoada com um sublime<br />

clima tropical, uma cultura fascinante, uma<br />

deliciosa comida gourmet e uma incrível flora<br />

e fauna”. Os World Travel Awards foram criados<br />

em 1993 para reconhecer, premiar e celebrar a<br />

excelência em todos os setores da indústria do<br />

turismo. Todos os anos, a World Travel Award<br />

cobre o mundo com uma série de cerimónias<br />

de gala regionais para reconhecer e celebrar<br />

o sucesso individual e coletivo dentro de cada<br />

região geográfica chave. As suas cerimónias de<br />

entrega de prémios são considerados como<br />

as melhores oportunidades de networking na<br />

indústria de viagens. s<br />

saber ABRIL 2019<br />

15


[DES]CONHECIDA ARTE<br />

Rita Teixeira<br />

Artesã<br />

Facebook @artesdaritateixeira<br />

O croché de Rita Teixeira<br />

Diz-se croché e tem origem no termo<br />

francês medieval “croké”, que<br />

designava um instrumento de ferro<br />

recurvado, uma espécie de gancho<br />

que permitia suspender ou segurar<br />

alguma coisa. No século XIX, surge<br />

na França a expressão “broder<br />

au crochet” que é como quem diz,<br />

bordar com o gancho (agulha). A<br />

técnica do croché chegou aos nossos<br />

dias e tem inúmeras aplicações, da<br />

moda aos artigos para a casa. Pois,<br />

é a esta bela arte que a artesão Rita<br />

Teixeira se dedica há alguns anos,<br />

depois de ter ficado desempregada<br />

do trabalho de escriturária. Na<br />

verdade, perdeu o escritório e<br />

ganhou o artesanato uma excelente<br />

artista na técnica do croché,<br />

conforme se pode comprovar pelas<br />

imagens que se mostram a seguir...<br />

Dulcina Branco<br />

imagens cedidas pela entrevistada.<br />

16 saber ABRIL 2019


Quem é a Rita Teixeira e como começou nos<br />

trabalhos em croché?<br />

- Nasci em 1967, no Funchal, fiz o 12.º ano de<br />

escolaridade e, durante alguns anos, fui empregada<br />

de escritório, fazendo trabalhos de artesanato<br />

como “hobby”. Foi pouco depois de ter ficado<br />

desempregada, e em virtude de já ter uma<br />

idade fora do solicitado, que comecei a pensar<br />

que tinha de fazer algo. Ora, um dos legados que<br />

a minha mãe me deixou foi fazer croché. Então,<br />

aos poucos, comecei a fazer peças e a participar<br />

em feiras de artesanato. No início, era só ao fim<br />

de semana e durante a semana fazia outros trabalhos<br />

mas aos poucos comecei a frequentar<br />

diversas feiras de artesanato. Atualmente, dedico-me<br />

somente ao artesanato, tendo sido reconhecida<br />

artesã pelo Instituto do Vinho, do Bordado<br />

e Artesanato da Madeira. Comecei por fazer<br />

saquinhos de cheiro com motivos regionais, na<br />

altura ainda com trabalho em ponto de cruz.<br />

Entretanto, comecei a utilizar o croché em sapatinhos<br />

para bebé e outras peças. Alarguei o leque<br />

de produto e fiz porta moedas, porta-chaves,<br />

roupa de bebé, brinquedos de bebé, vestuário,<br />

bijutaria, etc.. As minhas últimas criações foram<br />

presépios, tudo em croché.<br />

Gosta da técnica do croché, porquê?<br />

- Adoro, com certeza. É uma atividade que me<br />

dá muito prazer, pois tenho a liberdade de criar<br />

o que gosto.<br />

Onde é que podemos ver os seus trabalhos e<br />

como os divulga?<br />

- Alguns dos meus produtos encontram-se à venda<br />

na loja de artesanato do Instituto do Vinho e<br />

Bordado da Madeira. Tenho página no Facebook<br />

@artesdaritateixeira Por outro lado, estou nas<br />

feitas que se realizam no Funchal. Desta forma,<br />

todas as quintas-feiras estou na feira de artesanato<br />

que se realiza no Jardim do Almirante Reis.<br />

Às sextas-feiras, estou no Jardim Municipal e aos<br />

sábados, e esporadicamente ao domingo, alternando<br />

entre a feira do Jardim do Almirante Reis<br />

e a feira do Jardim Municipal. s<br />

saber ABRIL 2019<br />

17


Fotografia Subaquática<br />

Madeira<br />

Artur Silva<br />

Fotógrafo › Mergulhador<br />

Dia Mundial dos Oceanos<br />

O<br />

Dia Mundial dos Oceanos é celebrado<br />

todos os anos no dia 8 de junho. A<br />

celebração teve origem na Conferência<br />

da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento,<br />

que se realizou na cidade brasileira<br />

do Rio de Janeiro em 1992. Em 2008, as<br />

Nações Unidas decidiram que o dia 8 de junho<br />

passaria a ser designado como o Dia Mundial<br />

dos Oceanos, tornando-se a data oficial. Dezenas<br />

de países celebram a data, incluindo Portugal,<br />

mostrando a importância dos oceanos no<br />

clima e como elemento essencial da biosfera.<br />

A celebração deste ano tem como tema “Juntos,<br />

podemos proteger e renovar o nosso oceano”.<br />

Oito milhões de toneladas de plástico acabam<br />

nos oceanos em cada ano, prejudicando<br />

a vida selvagem mas igualmente a pesca ou o<br />

turismo. Segundo a organização não governamental<br />

Ocean Conservancy, só 5 países asiáticos,<br />

China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e<br />

Vietname lançam anualmente mais de quatro<br />

milhões de toneladas de plástico nos oceanos.<br />

E se nada for feito, até 2025 serão acumuladas<br />

nos oceanos 250 milhões de toneladas de resíduos<br />

plásticos. s<br />

Dulcina Branco<br />

www.natgeo.pt<br />

Artur Silva<br />

18<br />

saber ABRIL 2019


saber ABRIL 2019 19


Fotografia Subaquática<br />

Madeira<br />

20<br />

saber ABRIL 2019


saber ABRIL 2019<br />

21


CULTURA<br />

Eunice Muñoz<br />

“Não vale a pena ter saudades”<br />

Se há alguém que dispensa<br />

apresentações é Eunice Muñoz, de 90<br />

anos. Dona de uma carreira invejável,<br />

que conta já 77 anos, a atriz estreouse<br />

aos 13 no Teatro Nacional D. Maria<br />

II, mas desde os cinco que andava<br />

de terra em terra com os pais, que<br />

tinham uma companhia de teatro<br />

itinerante. Desde então nunca mais<br />

parou, e ainda hoje, apesar de estar<br />

sem trabalhar desde que participou<br />

em “A Impostora”, há um ano e meio,<br />

garante “estar preparada caso a TVI<br />

precise de mim para alguma novela”.<br />

A atriz esteve à conversa com o<br />

jornalista Orlando Fernandes e daí<br />

resultou nesta entrevista.<br />

Orlando Fernandes Oliveira<br />

D.R.(direitos reservados).<br />

22 saber ABRIL 2019


Alguma vez imaginou que chegaria anos<br />

90 anos?<br />

- Não, nunca pensei. Aliás, eu não sou muito<br />

de pensar nessas coisas, porque acho que<br />

não vale a pena. Acho que o importante é a<br />

minha cabeça estar ajuizada, o resto…<br />

Fisicamente, está fantástica…<br />

- Sim, felizmente, pelo menos por enquanto.<br />

Estas coisas acontecem de repente, de<br />

certamente o que vai acabar por me acontecer.<br />

Mas por enquanto não tenho de me queixar.<br />

Com 90 anos movimento-me com muita<br />

facilidade.<br />

É disso que tem mais receio? Que o físico<br />

deixe de estar tão apto quanto a sua cabeça?<br />

- Se conseguisse manter as duas coisas, seria<br />

ótimo, mas se tiver de perder alguma delas,<br />

que seja o corpo e não a cabeça.<br />

Tem saudades do que já viveu ou não é saudosista?<br />

- Não sou nada saudosista, e ainda bem.<br />

Não vale a pena ter saudades daquilo que<br />

já passou. Se assim fosse, andava a chorar<br />

pelos cantos em vez de estar a desfrutar com<br />

serenidade desta fase da minha vida. Vivo o<br />

momento, e ainda bem que tenho essa capacidade.<br />

Se monetariamente não precisasse de trabalhar,<br />

já estaria reformada?<br />

- Talvez não. Neste momento tenho uma ajuda<br />

muito generosa, e que agradeço da parte<br />

da TVI, e isso, com a minha reforma, já dá para<br />

estar mais tranquila. Mas se a TVI não encontrar<br />

algum papel que me sirva fico com muita<br />

pena, e estou preparada caso precise de mim<br />

para alguma novela.<br />

Os atores são muito observadores de tudo<br />

o que os rodeia. Continua a ser assim?<br />

- Observar tudo é o que me dá vida. Sempre<br />

fui assim, mas nunca tanto como agora. Para<br />

mim, continua a ser um fascínio observar as<br />

pessoas e poder estar com elas.<br />

A idade não esmorece a dedicação e o amor<br />

que tem pela sua profissão?<br />

- Não. Acho que na verdade representar ainda<br />

é a única coisa que me motiva. Já são muitos<br />

anos. Mas também gosto muito do trabalho<br />

que as mulheres fazem em casa, de cozinhar,<br />

lavar a louça…<br />

Ainda hoje faz tudo isso?<br />

- Faço e gosto muito. O trabalho de casa dá-<br />

-me muito prazer.<br />

Ainda é, por exemplo, capaz de organizar<br />

um almoço para toda a família?<br />

- Se for preciso, faço, e é sempre muito agradável.<br />

Agora vivo só com a minha neta Lídia<br />

(também atriz) e o que faço já é pouco.<br />

Hoje em dia é a sua neta Lídia que lhe ´bate<br />

o ponto´. Quando é que percebeu que a sua<br />

memória já não estava assim tão fresca?<br />

- Aos 83 anos ainda não precisava, mas foi<br />

nessa altura que fiz a minha última peça de<br />

teatro e a partir daí a minha memória começou<br />

a fraquejar. Deixou de ser tão exercitada.<br />

E encarou isso com leveza?<br />

- O que é que eu podia fazer?! Há uma coisa<br />

que detesto e que não está na minha natureza,<br />

que é lamentar-me. Acho que isso não conduz<br />

nada. Ninguém me ouve a lamentar.<br />

A sua voz está bastante melhor… (Eunice foi<br />

operada à tiroide há cinco anos para remoção<br />

de um nódulo na garganta).<br />

- Graças a Deus. E tem dias em que está até<br />

melhor do que hoje. Não tenho feito nada,<br />

mas fiz fisioterapia durante muito tempo.<br />

Como é que encara a velhice?<br />

- Como qualquer coisa que tem de ser. Estou<br />

sempre em auto-observação, mas não sei até<br />

quando. A natureza o dirá e Deus também.<br />

As memórias que guarda são mais pessoais<br />

ou profissionais?<br />

- São mais pessoais, mas as profissionais são<br />

muito compensadoras, embora nada disso<br />

me tenha subido à cabeça. Tive sempre, e ainda<br />

hoje tenho, a preocupação de fazer melhor.<br />

Sou muito crítica e preocupo-me muito com o<br />

que faço. Gosto muito de ver representar bem.<br />

Passados tantos anos, porque é que ainda é<br />

crítica do seu trabalho?<br />

- Nunca repousei sobre isso, nunca me sentei,<br />

e ainda bem! Quero sempre dar o meu<br />

melhor. O público merece o melhor.<br />

Considera-se uma mulher feliz?<br />

- Sim. Sou feliz. Tenho uma vida com muitos<br />

amigos, com os meus filhos, os meus netos,<br />

os meus bisnetos, que já são quatro. Detesto a<br />

infelicidade. Não gosto nada de lamentações<br />

e das pessoas que choram muito e são sempre<br />

infelizes. Deus me perdoe, mas não tenho<br />

paciência para isso.<br />

Parece uma mulher muito afetuosa, muito<br />

doce…<br />

- Não sou tanto assim. Não sou muito beijoqueira<br />

e só faço festas de fugida. Não sou muito<br />

lamecha. É a minha maneira de ser, sempre<br />

fui assim. A minha mãe era mais meiga, o meu<br />

pai não tanto, mas eram muito bons pais os<br />

dois. E eu saio aos dois. s<br />

saber ABRIL 2019<br />

23


BEM-ESTAR<br />

Sara<br />

de Freitas<br />

Sara de Freitas,<br />

Terapeuta Holística. sdf.terapeuta@gmail.com<br />

Internet<br />

O poder dos cristais<br />

Existe uma imensa variedade de cristais<br />

e minerais na Terra, continuamente<br />

em criação e modificação desde<br />

há biliões de anos. O nome “cristal”<br />

vem do grego “krystallos”, que significa<br />

“gelo” sagrado ou luz solidificada. Os cristais<br />

(e as pedras preciosas), são estrelas da terra<br />

com a sua manifestação mais genuína da luz<br />

nesse plano. Como os cristais refletem e projetam<br />

“Luz”, permitem movimentar padrões<br />

energéticos, quando utilizamos os cristais<br />

na cura. No processo de cura, é fundamental<br />

termos Fé nos cristais e entrarmos em sintonia<br />

com o cristal, colocando sempre uma<br />

intenção de cura ou equilíbrio, pois só assim,<br />

dessa conexão necessária resulta a sua eficácia.<br />

Para uma vida saudável, é necessário ter<br />

os nossos Chakras equilibrados. Os Chakras<br />

são centros de energia, que representam<br />

os diferentes aspectos da natureza sutil do<br />

ser humano: corpo físico, emocional, mental<br />

e energético. Quando os Chakras estão<br />

em desequilíbrio surgem problemas nesses<br />

mesmos corpos. Os cristais são ótimos instrumentos<br />

para restabelecer esse equilíbrio.<br />

A dissolução de bloqueios, descida de temperatura<br />

em caso de febre, alivio de dores,<br />

superação e autoconfiança, criatividade,<br />

concretização, realização, protecção, são<br />

apenas algumas das qualidades de alguns<br />

cristais. A cura com os cristais consiste em<br />

aplicar os cristais no nosso corpo ou junto da<br />

nossa aura. Adquirir pedras em estado bruto<br />

no seu estado natural, ou pedras polidas,<br />

proporcionam os mesmos efeitos na cura.<br />

Sugestões de pedras: Turmalina Negra: Pedra<br />

para protecção; Jaspe Sanguíneo: ajuda na<br />

renovação de células, normaliza o funcionamento<br />

dos órgãos; Cornalina: proporciona<br />

coragem, combate a timidez; Aventurina: dissolve<br />

pensamentos nocivos, ideal para aliviar<br />

o stress ou agitação; Quartzo Rosa: pedra do<br />

amor, liberta mágoas do passado, medo, raiva<br />

acumulada; Água Marinha: excelente nas<br />

dores de dentes, tosse e estomâgo; Ametista;<br />

auxilia nos casos de tristeza, depressão, boa<br />

para energização de ambientes; Wolite: permite<br />

acalmar a mente. É importante salientar<br />

que a terapia com cristais não substitui<br />

a medicina tradicional. Qualquer tratamento<br />

holístico deve ser feito de forma complementar.<br />

s<br />

24 saber ABRIL 2019


o blogue de...<br />

miguel pires<br />

músico<br />

miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)<br />

INTERNET<br />

Da minha<br />

profissão<br />

e do respeito<br />

Desde que comecei a trabalhar que uso<br />

a minha voz em tudo o que faço. Sou<br />

locutor de rádio, speaker, apresentador<br />

e cantor. Talvez por isso, seja qualificado<br />

para escrever sobre este assunto em<br />

particular. Como me considero, acima de tudo,<br />

cantor, decidi escrever este texto. Por isso e porque<br />

tenho, já há algum tempo, algumas coisas<br />

para dizer sobre situações a que tenho assistido.<br />

Devo dizer que acho que se está a banalizar<br />

a profissão de Cantor... ou de Cantora. Ser cantor<br />

é assunto sério. É difícil, dá trabalho e não dá<br />

para andar nisto só “por causa das gajas”, “pelo<br />

dinheiro” ou “para dar autógrafos”. Para se ser<br />

Cantor é preciso trabalho, disciplina, inteligência,<br />

estudo, paciência, método e, acima de tudo,<br />

talento. Sim: para se ser cantor é preciso, é OBRI-<br />

GATÓRIO ter talento. Não há truques, não há<br />

subterfúgios que, mais cedo ou mais tarde, não<br />

sejam descobertos. E lembrem-se: a vida encarrega-se<br />

SEMPRE de pôr as coisas e as pessoas no<br />

seu lugar... Para mim há tanta coisa para escrever<br />

sobre este assunto. Mas, se fosse a escrever<br />

sobre tudo, vocês adormeciam e eu nunca mais<br />

acabava. Em frente! Nos últimos anos apareceram<br />

muitos concursos de vozes. Nos primeiros<br />

havia uma certa ingenuidade e procurava-<br />

-se talento pelo talento; depois houve uma evolução<br />

positiva; e, ultimamente, banalizou-se.<br />

Não gosto de concursos de imitações: além de<br />

serem pouco imaginativos, não revelam talento<br />

e fazem mal às cordas vocais. Depois apareceram<br />

concursos em que o júri tinha tanto (ou mais<br />

protagonismo) que os concorrentes. Mas nestes<br />

encontrou-se talento sério. E depois... entornou-se<br />

o caldo. Apareceram concursos para pessoas<br />

que, se não fossem magras e bem esculpidas,.<br />

não iam a lado nenhum; academias que<br />

ensinam a cantar com livros em cima da cabeça;<br />

e concursos onde, basta ser escolhido para<br />

ir logo gravar discos e vídeoclips e cantar além<br />

fronteiras. Pensem nisto: generalizou-se a ideia<br />

que, para ser cantor(a) basta saber cantar três<br />

temas do princípio ao fim, ter bom aspecto, ter<br />

um sonho e... arriscar. E vende-se esta ideia aos<br />

miúdos sem dó nem piedade. E eles acreditam.<br />

E os amigos até dizem que eles cantam bem. E<br />

depois... desiludem-se e levam banhos de água<br />

fria que seriam escusados. E seriam escusados<br />

se os promotores, júris, programadores, etc,<br />

fizessem só uma coisa: bastava-lhes serem responsáveis.<br />

Não quero com isto dizer que seja<br />

tudo mau: a meio de tanta coisa aparecem realmente<br />

grandes talentos. E esses perduram e<br />

fazem carreiras invejáveis e cheias de sucesso.<br />

Mas não são todos. São poucos. Porque não há<br />

milagres nem basta ter um sonho. E a culpa não<br />

é de quem sonha. O sonho é lindo e comanda a<br />

vida. Mas quem avalia, quem promove estas coisas<br />

e quem pode proporcionar carreiras, tem o<br />

DEVER de ser responsável. De procurar talento,<br />

de encaminhar e, acima de tudo, de saber ver e<br />

aproveitar o POTENCIAL das pessoas. E de ver<br />

além dos abdominais, das tatuagens, da roupinha,<br />

do boné, etc. Porque quem avalia deve<br />

ser idóneo: não basta ser jeitoso nem pseudo-<br />

-conhecido. Avaliar não é auto-promover-se. É<br />

ser responsável por tocar a vida de alguém, para<br />

o bem ou para o mal. Permitam-me dizer-vos o<br />

que é preciso para ser Cantor: para ser Cantor é<br />

preciso ter talento para começar. E a disciplina,<br />

a inteligência e o espírito de sacrifício para continuar.<br />

O que não é preciso também sei: o corpinho<br />

jeitoso dá jeito mas não faz uma cantora.<br />

O gel no cabelo dá jeito mas não faz um cantor.<br />

As tatuagens até têm piada mas não fazem um<br />

cantor. E miúdas a gritar ou homens a babar, não<br />

significa talento. Pode, no máximo, significar um<br />

sucesso efémero. Mas deitar a cabeça na almofada<br />

à noite sem saber se o nosso sucesso se deve<br />

ao nosso talento ou às nossas curvas é, no mínimo,<br />

desesperante. Por tudo isto peço-vos: respeitem<br />

a minha profissão. Trabalhei e trabalho<br />

muito para fazer o que faço, o melhor que sei. Se<br />

querem mesmo ser cantores ou cantoras, força!<br />

Lutem, estudem, trabalhem e honrem o talento<br />

que têm. :) Mas não pensem nunca que é fácil.<br />

Mesmo que haja pessoas que vos digam o contrário.<br />

Porque toda a gente pode cantar. Mas<br />

nem todos são cantores. Beijos & Abraços. MP s<br />

saber ABRIL 2019<br />

25


PUBLIREPORTAGEM<br />

Funchal e Machico estiveram<br />

à altura da História<br />

Câmara Municipal do Funchal.<br />

A<br />

Câmara Municipal do Funchal e a<br />

Câmara Municipal de Machico organizaram,<br />

entre os dias 29 e 31 de<br />

março, o Congresso Internacional<br />

Lugares Pioneiros, que partiu da premissa<br />

das duas cidades como “As Primeiras Aldeias<br />

Globais”, para debater “A Construção das<br />

Cidades Globais – Cultura, Religião, Ciência,<br />

Inovação e Empatia.” Estiveram reunidos em<br />

Congresso especialistas regionais, nacionais<br />

e internacionais, com destaque para o filósofo<br />

e sociólogo francês Gilles Lipovetsky, tendo<br />

a sessão de encerramento contado igualmente<br />

com a presença da Ministra da Cultura,<br />

Graça Fonseca. O Presidente Paulo Cafôfo<br />

fez um balanço extremamente positivo<br />

dos trabalhos e enalteceu “a notável conceção<br />

deste congresso internacional, que cumpriu<br />

a ambição de estar à altura do momento<br />

histórico em que vivemos, com as comemorações<br />

dos 600 anos da Descoberta da<br />

Madeira.” “Este foi o contributo de Funchal e<br />

Machico para descentralizar esta efeméride<br />

e devemos estar todos orgulhosos da reflexão<br />

proporcionada, na qual municípios pioneiros<br />

como nós tinham de ter uma palavra a<br />

dizer. Temos de saber qual era o nosso lugar<br />

no passado e qual deve ser o nosso lugar no<br />

futuro, e para isso é preciso debater e inovar,<br />

aproveitando as oportunidades da globalização,<br />

mas sem nunca perdermos a nossa<br />

identidade. A todos os que estiveram presentes<br />

no Congresso e a todos os envolvidos<br />

na sua organização, os meus sinceros parabéns”,<br />

concluiu. A abertura oficial do evento<br />

decorreu no Fórum Machico, seguindo-se<br />

26 saber ABRIL 2019


um dia de sessões sobre História e Educação,<br />

Literatura e Toponímia, Pioneirismos Vários,<br />

Ciência e Gentes e Memórias. Entre os principais<br />

oradores, destacaram-se Daniela Marcheschi,<br />

crítica italiana multipremiada na<br />

área da literatura e antropologia das artes,<br />

e ainda Maria Manuel Baptista, Nélson Veríssimo,<br />

Rui Carita, Isabel Ponce de Leão, Thomas<br />

Dellinger, Hélder Spínola, entre outros.<br />

No dia seguinte, no Funchal, a Conferência<br />

Plenária começou com Gilles Lipovetsky, o<br />

cabeça-de-cartaz do congresso, que apresentou<br />

“Cidades Globais – Cidades Educadoras”.<br />

O dia prosseguiu com a discussão<br />

dos temas Arte, Literatura, Igualdade e Dignidade<br />

Humana, História, Encontros Civilizacionais<br />

e Pioneirismos Vários, contando<br />

ainda com os contributos de personalidades<br />

como Annabela Rita, Pedro Macedo<br />

Camacho, Rui Campos Matos, Celina Martins,<br />

Ricardo Cabral e Moisés Lemos Martins,<br />

entre outros. Finalmente, no domingo, dia 31<br />

março, teve lugar uma visita guiada de formação<br />

para todos os participantes, intitulada<br />

“Das Pequenas às Grandes Casas do Funchal”,<br />

sob a orientação de Paulo Perneta. s<br />

PUB<br />

saber ABRIL 2019<br />

27


viajar coM saber<br />

ANTÓNIO CRUZ<br />

AUTOR E VIAJANTE › antonio.cruz@abreu.pt<br />

Malta<br />

1] Comecei por Rabat, não num regresso a Marrocos, mas numa descoberta<br />

de cores, ruelas, casarios, edifícios religiosos e comércio de<br />

bairro em tudo singulares.<br />

Existem em Malta dois lugares umbilicalmente ligados que<br />

dão pelo nome de Rabat e Mdina. Dois lugares em simbiose de<br />

belezas e patrimónios invulgares e invejáveis. Foi por eles que<br />

me passeei durante um dia. E onde cair em maravilhamentos<br />

não foi nada difícil. Malta no seu melhor.<br />

António cruz › António Cruz escreve de acordo com a antiga ortografia.<br />

1]<br />

Perdida a conta das vezes que já fui por Nova Iorque, e<br />

estando agora a braços com um projecto de Viagens (im)<br />

prováveis, que passa muito pro ir ao encontro de lugares<br />

e espaços diferentes dos habitualmente visitados, Coney<br />

Island era um daqueles que já andava debaixo de olho. Foi<br />

desta!<br />

28 saber ABRIL 2019


2]<br />

3]<br />

2] Com uma religiosidade sempre presente, Rabat é<br />

feita de momentos simples e de silêncios balsâmicos.<br />

Deve ser bom viver aqui, pensamento que me foi recorrente<br />

e reconfortante.<br />

3] Tudo sabe a sorrisos espontâneos. Tudo sabe a simplicidade<br />

com bom gosto. Tudo sabe a tranquilidade<br />

de espírito. A metafisica é aqui colocada à prova sem<br />

esforço.<br />

5] Mdina é única em presença e património, fazendo<br />

vir a ela viajantes de todo o mundo que lhe querem<br />

roubar segredos, ou mais uma fotografia, ou mais um<br />

pensamento romântico. Consegue, no entanto, resguardar<br />

a sua singeleza e feminilidade.<br />

4]<br />

5]<br />

4] Depois foi o atravessar de uma rua, ou avenida, ou estrada, e franquear<br />

os portões da fortaleza de Mdina, deparando-me com uma realidade<br />

diferente da de Rabat, mas não menos fascinante e que grita<br />

atitude por todas as esquinas e pequenas pracinhas, como esta, imortalizada<br />

pela Guerra dos Tronos.<br />

6] Até os lugares menos apetecíveis, ou recomendáveis, ganham graça<br />

e registo fotográfico para sempre…<br />

6]<br />

7] Empinada numa colina, com alcance visual para tudo o que<br />

a rodeia, a fortaleza de Mdina e a cidade de Rabat, combinam-<br />

-se sem excessos, em plena harmonia e saber-estar. Dois lugares<br />

casados com comunhão de bem-aventuranças.<br />

7]<br />

saber ABRIL 2019<br />

29


CINEMA<br />

Título Original<br />

“Dumbo”<br />

Realizador<br />

Tim Burton<br />

Atores<br />

Colin Farrell, Michael Keaton, Danny DeVito<br />

Género<br />

Aventura<br />

País<br />

EUA<br />

Data de estreia<br />

28/03/2019<br />

Duração (minutos)<br />

112<br />

Dumbo<br />

O<br />

dono do circo, Max Medici (Danny<br />

DeVito) convoca a ex-estrela, Holt<br />

Farrier (Colin Farrell) e os seus<br />

filhos, Milly (Nico Parker) e Joe (Finley<br />

Hobbins), para cuidarem de um elefante<br />

recém-nascido, cujas orelhas enormes fazem<br />

dele motivo de piada, num circo já em declínio.<br />

Mas, quando descobrem que Dumbo<br />

consegue voar, o circo volta à ribalta, atraindo<br />

o persuasivo empresário V.A. Vandevere<br />

(Michael Keaton), que recruta o peculiar ser<br />

para o seu mais recente parque de diversão, o<br />

Dreamland. Dumbo eleva-se para novos voos<br />

ao lado da encantadora e espetacular artista<br />

aérea, Colette Marchant (Eva Green), até Holt<br />

descobrir que atrás de todo o brilho, a Dreamland<br />

está repleta de segredos sombrios. s<br />

Dulcina Branco<br />

cinemas.nos.pt/filmes e www.meo.pt/ filme-snu<br />

30 saber ABRIL 2019


TECNOLOGIA<br />

Huawei P30 e P30 Pro já são oficial<br />

e a fotografia impressiona<br />

A<br />

Huawei lançou, oficialmente, os novos<br />

Huawei P30 e Huawei P30 Pro, sendo<br />

que, o MaisTecnologia foi um dos<br />

convidados especiais da PhoneHouse<br />

Portugal para conhecer, em primeira mão e<br />

antes de todos, os novos smartphones topo de<br />

gama da Huawei, num evento em Amesterdão.<br />

Pode visualizar o vídeo das primeiras impressões<br />

do produto no nosso site MaisTecnologia.<br />

com. É verdade que não houve muita inovação<br />

de design, mas também estamos numa fase em<br />

que já é complicado de surpreender. No entanto,<br />

não há dúvidas que os acabamentos em vidro<br />

que a Huawei tem feito são de grande qualidade.<br />

Podemos experimentar várias cores mas a<br />

que mais nos surpreendeu foi a versão Sunrise,<br />

um laranja impressionante e que capta a atenção<br />

pelo seu brilhantismo e excelência. Outra cor<br />

que também achamos muito impressionante foi<br />

o Breathing Crystal, com um tom azulado que<br />

é mais pensado para o público feminino, mas<br />

muito impressionante, como pode ver na imagem.<br />

Uma das novidades é a introdução do jack<br />

de 3,5mm no Huawei P30, pois não há dúvidas<br />

que muitos ainda contam com auriculares de<br />

grande qualidade mas que utilizam o jack e que<br />

é uma pena “deitar fora”. Mas, sem dúvida que é<br />

na fotografia que a Huawei continua a impressionar,<br />

com a ajuda da parceria com a Leica que,<br />

mais uma vez, coloca um equipamento da fabricante<br />

chinesa no top do ranking DxOMark e, de<br />

forma não surpreendente, o top 3 desse ranking<br />

tem três smartphones da Huawei. Além de uma<br />

melhoria na captação de fotografias pelo smartphone,<br />

com destaque para maior captação de<br />

luz quando em situações de fraca luminosidade,<br />

é impossível não ficar impressionado com o<br />

zoom deste equipamento, sendo mesmo esse o<br />

grande destaque. Aliás, é o primeiro smartphone<br />

com uma lente periscópica e que permite um<br />

zoom verdadeiramente ótixo até 5x, enquanto<br />

um zoom híbrido até 10x. Mas, o impressionante,<br />

é que conseguimos fazer um zoom até 50x<br />

com uma qualidade bastante razoável, o que é<br />

incrível para um smartphone.As lentes são Leica:<br />

40MP SuperSpectrim Wide Angle, f/1.6, OIS;<br />

20MP Ultra Wide Angle, f/2.2; 8MP, 5x Zoom ótico,<br />

f/3.4, OIS; TOF Camera; Huawei AIS, Autofocus<br />

híbrido Acredite, ficámos surpreendidos com a<br />

qualidade da fotografia, com Zoom no máximo<br />

e também com a ajuda do estabilizador de imagem.<br />

Obviamente, que perde alguma qualidade<br />

e iremos encontrar muito grau na imagem,<br />

mas não deixa de ser surpreendente a qualidade<br />

fotográfica que o Huawei P30 Pro oferece nestas<br />

condições, não esquecendo que estamos a falar<br />

de um smartphone e não de uma câmara fotográfica.<br />

Sem dúvida, que estão a ser dados passos<br />

para aproximar a qualidade fotográfica dos<br />

smartphones de DSLR (que obviamente ainda<br />

está muito longe). Em termos de especificações,<br />

o Huawei P30 Pro conta com um ecrã de 6,47<br />

polegadas OLED curvo, com resolução FullHD+,<br />

8GB de RAM, a partir de 128GB, uma bateria de<br />

4200 mAh, carregamento rápido a SuperCharge<br />

de 40W e carregamento wireless rápido de 15W.<br />

O Huawei P30 é um pouco mais fraco, mas continua<br />

a ser um excelente produto, com um ecrã<br />

de 6m1 polegadas OLED Full HD+, o mesmo Kirin<br />

980, 6Gb de RAM, 128Gb de armazenamento,<br />

3650 mAh, a mesma câmara frontal de 32MP,<br />

as lentes Leica são 40MP SuperSpectrim Wide<br />

Angle, f/1.8; 16MP Ultra Wide Angle, f/2.2; 8MP,<br />

3x Zoom ótico, f/2.4, OIS; Huawei AIS, Autofocus<br />

híbrido. Com destaque para o jack de 3,5mm<br />

que está presente nesta versão. O Huawie P30 e<br />

o Huawei P30 Pro já estão à venda em Portugal;<br />

o preço da versão normal de 799€, enquanto a<br />

versão P30 Pro com 128GB custa 999€ e a versão<br />

de 256Gb custa 1099€. s<br />

Bruno Peralta (www.maistecnologia.pt).<br />

saber ABRIL 2019<br />

31


TÉCNICOS SUPERIORES DE<br />

DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA<br />

A Fisioterapia nos sistemas<br />

linfáticos<br />

Angélica Carvalho,<br />

Fisioterapeuta SESARAM, E.P.E.<br />

Sociedade Europeia de Linfologia<br />

Angélica Carvalho<br />

O<br />

sistema linfático tem um papel<br />

importante na defesa do organismo<br />

e na homeostase de todos os<br />

sistemas corporais. Este sistema<br />

pode ser suscetível a desequilíbrios e doenças,<br />

de causas inflamatórias, infeciosas, neoplásicas<br />

ou obstrutivas. Um diagnóstico precoce<br />

das disfunções do sistema linfático é<br />

importante para que não se tornem crónicas<br />

e incapacitantes. O diagnóstico médico e<br />

subsequente prescrição do tratamento passa<br />

inicialmente pela intervenção das especialidades<br />

médicas da Medicina Vascular, bem<br />

como de outras especialidades muito relacionadas<br />

com estes problemas como a Fisiatria,<br />

Ginecologia, Pediatria, Cirurgia Geral e<br />

Cirurgia Plástica. A Fisioterapia entra aqui<br />

para tratar o linfedema (edema linfático) que<br />

é o sintoma que pode surgir na sequência<br />

destas situações e que aparecem em qualquer<br />

parte do corpo, em especial nos membros<br />

superiores e inferiores. Traduz-se na<br />

acumulação de linfa (fluido que circula no<br />

corpo para alem do sangue) no espaço entre<br />

as células e que com o tempo se organiza em<br />

tecido fibrótico lesando os tecidos envolventes,<br />

provocando um congestionamento de<br />

toda a circulação local (sanguínea e linfática).<br />

Há então um aumento de volume característico<br />

da zona que causa dor, dormência,<br />

desconforto, limita movimentos e atinge a<br />

funcionalidade, a autoimagem, a autoestima,<br />

a participação social/laboral e a qualidade<br />

de vida. O método de tratamento dos<br />

linfedemas chamado de Terapia Linfática<br />

Descongestiva segundo o método de Léduc<br />

é exclusivo dos Fisioterapeutas e está associado<br />

à drenagem linfática manual, que são<br />

manobras para aceleração da circulação linfática,<br />

feitas com pressões suaves, lentas e<br />

intermitentes, que seguem um trajeto específico.<br />

Em caso algum devem causar dor, sendo<br />

imprescindível o conhecimento da anatomia<br />

e da fisiologia do sistema linfático, quer<br />

ao nível da sua rede superficial e profunda<br />

para concretizar de uma forma correta toda<br />

esta evacuação linfática. Este método usa a<br />

pressoterapia e a colocação de bandas multicamadas,<br />

que são um conjunto de ligaduras<br />

que tem como finalidade dar continuidade<br />

à redução do edema após a realização da<br />

sessão de Fisioterapia, e que são aplicadas<br />

no paciente em membros superiores, inferiores,<br />

cabeça ou pescoço. Paralelamente a isto,<br />

o Fisioterapeuta também ensina exercícios<br />

de fortalecimento muscular e alongamentos<br />

específicos, reeducação postural, posturas<br />

de repouso e de facilitação do retorno linfático<br />

e os cuidados a ter com a higiene e hidratação<br />

da pele. No final das sessões de Fisioterapia<br />

e em articulação com o médico que<br />

acompanha todo o processo, poderá ainda<br />

ser prescrita uma contenção elástica adaptada<br />

à zona onde se tratou e se reduziu o Linfedema.<br />

Por isso, e se sofre deste tipo de situações<br />

clínicas, não esqueça que deverá ser tratado<br />

por um Fisioterapeuta. s<br />

32 saber ABRIL 2019


NUTRIÇÃO<br />

Alison Karina<br />

de Jesus<br />

Alison Karina de Jesus<br />

Nutricionista (2874N)<br />

facebook.com/nutricionalmentebem<br />

instagram.com/nutricionalmentebem<br />

alisonkjesusnutricionista@gmail.com<br />

Internet<br />

O papel do exercício físico<br />

No nosso dia-a-dia estamos sujeitos<br />

a uma elevada carga de stress, de<br />

diversas fontes: trabalho, estudo,<br />

família, economia, falta de sono…<br />

Na medida certa, o exercício físico poder ser<br />

uma estratégia para aliviar esse stress do seu<br />

dia-a-dia, isto porque a atividade física estimula<br />

a produção de neurotransmissores que<br />

sinalizam a sensação de bem-estar e prazer.<br />

É importante distinguir dois conceitos que<br />

muitas vezes são confundidos, popularmente:<br />

atividade física e exercício físico. A atividade<br />

física engloba as atividades domésticas e<br />

ocupacionais do dia-a-dia enquanto que o<br />

exercício físico implica uma atividade regular<br />

e planeada. Tarefas como cozinhar, jardinagem,<br />

limpeza, subir as escadas do prédio,<br />

a caminhada para o emprego, para a faculdade,<br />

supermercado… são exemplos de atividade<br />

física. Já a prática de natação, dança<br />

aeróbica, levantamento de pesos… são tipos<br />

de exercício físico, porque têm uma determinada<br />

frequência, duração e são atividades<br />

estruturadas. Pegando no conceito de<br />

exercício físico, nunca se falou tanto como<br />

nos últimos tempos. Para além de constituir<br />

uma moda, é também uma fonte de rendimento<br />

para as empresas do ramo do vestuário<br />

e calçado, das bebidas desportivas e<br />

suplementos, dos ginásios e até das empresas<br />

que desenvolvem aplicações para o seu<br />

smartphone. Outro aspeto (e o mais importante<br />

para si, mesmo que tenha uma empresa<br />

num dos ramos anteriormente mencionados)<br />

é que proporciona-lhe lucro através da<br />

sua saúde. Vamos então por partes: O exercício<br />

físico, juntamente com a alimentação,<br />

é um dos meios mais eficazes na promoção<br />

de saúde, bem-estar e qualidade de vida das<br />

populações. Portanto não será estranho afirmar<br />

que o exercício físico pode ser um medicamento,<br />

na medida em que contribui não<br />

só na prevenção mas também no tratamento<br />

auxiliar do excesso de peso, obesidade e<br />

de diversas doenças como as doenças cardiovasculares,<br />

diabetes tipo 2, doença renal,<br />

osteoporose e certos tipos de cancro. De facto,<br />

o sedentarismo está associado a uma<br />

maior incidência destas doenças e até mesmo<br />

à morte precoce. Para além disso, a prática<br />

regular de exercício físico tem efeitos benéficos<br />

comprovados na gravidez e no envelhecimento,<br />

ou seja, mais uma vez, este não é só<br />

um mero estilo de vida mas sim uma prioridade<br />

na saúde pública. Os benefícios não se<br />

limitam somente à sua saúde mas também<br />

à “saúde do seu bolso e dos cofres do país”,<br />

isto porque já várias entidades têm vindo a<br />

demonstrar que o sedentarismo acarreta elevados<br />

custos provocados pelo tratamento de<br />

doenças como as doenças cardiovasculares<br />

e a diabetes tipo 2, problemas que têm maior<br />

risco de afetar os sedentários. Se mesmo com<br />

estes argumentos não pretende aceitar uma<br />

relação saudável com o exercício físico, saiba<br />

que ao não mexer-se poderá vir a gastar muito<br />

dinheiro. Saiba que para além de gastar<br />

do seu bolso está a fazer com que se gaste do<br />

bolso dos seus vizinhos, colegas, familiares …<br />

de um país inteiro. s<br />

saber ABRIL 2019<br />

33


DICAS DE MODA<br />

Lúcia Sousa<br />

Fashion Designer Estilista › 914110291<br />

www.luciasousa.com<br />

Facebook › LUCIA SOUSA-Fashion Designer estilista<br />

TROPICAL<br />

Com a chegada da Primavera, os dias<br />

amenos já fazem parte do nosso quotidiano.<br />

Nada melhor do que as peças<br />

desenhadas para o dia-a-dia, pelo<br />

que, crie o seu próprio look e aproveite os tempos<br />

de lazer. O top básico e estampado com<br />

uma calça/bermuda em tons de verde caqui,<br />

ideal para os dias de Primavera. São peças de<br />

vestuário confortáveis e de fácil lavagem. Divirta-se<br />

com o nosso clima tropical! s<br />

Manequim:Sandra Jesus<br />

Cabelo:PACS-Paulo Silva<br />

Maque up:Sónia Barbosa<br />

Sapato:Foreva<br />

Cenário:Quinta do Lorde<br />

Lúcia Sousa<br />

D.R.<br />

34 saber ABRIL 2019


saber ABRIL 2019<br />

35


MAKEOVER<br />

Mary Correia de Carfora<br />

Maquilhadora Profissional › Facebook Carfora Mary Makeup<br />

Maquilhagem<br />

primavera 2019<br />

A<br />

maquilhagem ganha destaque nesta<br />

estação. A maquilhagem é elaborada<br />

mas subtil. Realçou-se a zona<br />

dos olhos e a iluminação da pele.<br />

Corrigi algumas imperfeições e finalizei com<br />

a missão de transformar e realçar os traços<br />

naturais da menina. Esta é uma maquilhagem<br />

que tanto se adequa às festas de primavera<br />

como ao “dress code” e até ao horário<br />

do evento em que o mesmo ocorre. Poderíamos<br />

colocar um batom mais forte para fazer<br />

contraste; sendo um evento noturno, causaria<br />

o impacto desejado e que é uma tendência<br />

da maquilhagem atual. Esta maquilhagem<br />

pode ser feita em qualquer rosto ou<br />

idade, já que não tem sombras muito elaboradas<br />

ou que alterem a idade ou formato do<br />

rosto da mulher. O meu conselho, mulheres<br />

lindas: treinem e experimentem!. Os produtos<br />

que foram utilizados neste “Antes de<br />

Depois” poderão adquiri-los na loja Douglas<br />

que fica na rua do Aljube, Funchal. Beijinho,<br />

gente linda. s<br />

Mary de Carfora.<br />

36 saber ABRIL 2019


Um dia com...<br />

Ana Goncalves<br />

‹ Antes Depois ›<br />

Produtos utilizados:<br />

Base @diormakeup Forever<br />

Undercover full coverage 032<br />

@dior 020 capture totale .<br />

Iluminador @chanelofficial .<br />

Sombras @douglas_cosmetics best col1rs .<br />

Blush @diormakeup petale 001.<br />

Eyliner @shiseido bk 901 .<br />

Gloss @chanelofficial 774 rouge coco .<br />

Máscara @burberry 01 .<br />

Blush @shiseido momoko 03.<br />

Batom @diormakeup Dior addict 125 stellar shine .<br />

Lápiz de olhos @chanelofficial Brun 66.<br />

Lápiz labial @clarinsofficial Nude mocha 04 .<br />

Pó solto @sisleyparisofficial Irisee 1<br />

Corretor @esteelauder 2C medium cool<br />

saber ABRIL 2019<br />

37


MOTORES<br />

Il Dottore fez 24 anos de mundial de motociclismo<br />

Valentino Rossi mantém-se aos comandos duma Yamaha<br />

Tendo festejado no passado dia 16 de<br />

Fevereiro as suas quarenta primaveras,<br />

Valentino Rossi é um piloto profissional<br />

de motociclismo e cumpre este<br />

ano a sua 24ª época no mundial de motociclismo.<br />

Mesmo sem vencer desde Assen em 2017,<br />

Valentino Rossi continua a ser a grande estrela<br />

do Moto GP. Regressou aos pódios na América<br />

do Sul no final de Março onde um intenso duelo<br />

com Andrea Dovizioso mostrou que o italiano<br />

piloto da Movistar Yamaha é ainda um piloto<br />

muito competitivo, capaz de fazer a sua equipa<br />

sorrir ao longo da presente época. Refira-se<br />

que na sua longa carreira, esteve pelo menos<br />

uma vez no pódio em todos os anos que esteve<br />

em pista. Até inicio do mês de Abril, Valentino<br />

Rossi esteve já 233 vezes entre os três melhores<br />

pilotos de cada corrida, sendo que foi 115<br />

vezes o vencedor, 66 vezes segundo e terceiro<br />

apenas em 52 ocasiões. O primeiro pódio foi<br />

em 1996 na Áustria, curiosamente no Grande<br />

Prémio anterior à sua primeira vitória que ocorreu<br />

em 18 de Agosto desse ano em Brno. No ano<br />

seguinte, Valentino Rossi teve então o seu primeiro<br />

título de campeão mundial. Seguindo a<br />

carreira de seu pai, Graziano Rossi, Rossi começou<br />

a correr no MotoGP em 1996 e tripulando<br />

uma Aprilia na categoria 125cc. Rossi é conhecido<br />

pela sua excentricidade dentro e fora das<br />

pistas. No mundo do motociclismo é conhecido<br />

como “Il Dottore” (O Doutor) ou “The Doctor”.<br />

Desde o início usa o número 46 em homenagem<br />

ao pai, Graziano Rossi. “Vale” já bateu,<br />

praticamente, todos os recordes. Um dos poucos<br />

que lhe falta é obter 123 vitórias para conseguir<br />

bater o detentor deste recorde (Giacomo<br />

Agostini, com 122 vitórias). Em 2001, Rossi<br />

e seu companheiro Colin Edwards venceram<br />

as 8 Horas de Suzuka, uma prova de resistência<br />

realizada anualmente no Circuito de Suzuka<br />

no Japão, ambos pilotaram uma Honda. Rossi,<br />

que como já referimos, começou pilotando<br />

uma Aprilia, onde foi campeão mundial pela<br />

125cc em 1997 e pela 250cc em 1999. No ano<br />

2000 assinou um contrato com a Honda e acabou<br />

três vezes sendo campeão do mundo, em<br />

2001 pela 500cc, que hoje se chama MotoGP,<br />

em 2002 já com o nome de MotoGP e motores<br />

de 990cc, e 2003. Em 2004 fechou acordo com<br />

a Yamaha, onde ficou até 2010, tendo sido campeão<br />

em 2004 e 2005 ainda com os motores de<br />

990cc, em 2008 e 2009 foi campeão de novo já<br />

com os novos motores de 800cc. Para a temporada<br />

2011 ele assinou um contrato de dois anos<br />

com a Ducati. Em 10 de agosto de 2012, Rossi<br />

anuncia seu retorno a Yamaha, depois de duas<br />

temporadas sofridas na marca italiana. Rossi<br />

na categoria rainha do MotoGP/500cc, foi Campeão<br />

em 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e<br />

2009 e vice em 2000, 2006 2014 e 2015, além<br />

dos terceiras lugares em 2007 e 2010. Na classe<br />

250cc ele foi Campeão em 1999 e vice em 1998.<br />

Já com a 125cc ele foi Campeão em 1997 e terminando<br />

no nono lugar da geral no ano da sua<br />

estreia. s<br />

Nélio Olim<br />

Direitos Reservados<br />

38 saber ABRIL 2019


saber ABRIL 2019<br />

39


DICAS DE MODA<br />

JORGE LUZ<br />

www.facebook.com/jorgeluz83/<br />

Clássicos na moda<br />

Os clássicos estão de volta. Já se<br />

sabe que a moda é um círculo<br />

vicioso e tudo volta de novo sempre<br />

com pormenores e cortes mais<br />

modernos mas a verdadeira essência das<br />

peças são sempre inspiradas, neste caso, nos<br />

anos 60 e 80. O corte clássico “Chanel” será<br />

sempre uma constante intemporal. Então,<br />

no que se refere à combinação do preto com<br />

branco é, sem dúvida alguma, a combinação<br />

que nunca a deixará ficar mal. Os cortes cintados<br />

voltam de novo em força na estação,<br />

não havendo até ao momento uma grande<br />

predominância dos oversize. As estampas<br />

vintage também serão encontradas em grande<br />

predominância nesta estação. Os estampados<br />

florais continuam a ser grandes e os<br />

tecidos fluidos novamente uma constante.<br />

Veremos nas nossas ruas muita cor e muitas<br />

estampas florais principalmente. Fique atenta<br />

a todas as tendências que estão a chegar<br />

para abrilhantar ainda mais o nosso verão.<br />

Beijos e Obrigado. s<br />

Jorge Luz Pedro ferraz<br />

› modelo Vera Freitas e Lina Maria.<br />

40 saber ABRIL 2019


saber ABRIL 2019<br />

41


AGENDA CULTURAL<br />

DANçA / MúSIcA<br />

DANCE / MuSIC<br />

A ORQUESTRA DE BANDOLINS DA<br />

MADEIRA APRESENTA:<br />

DIAS 3, 10 & 17 ABRIL | 21h00<br />

Auditório do Centro de Congressos do CAsino dA MAdeirA<br />

direção: Maestro André Martins<br />

THE MADEIRA MANDOLIM ORCHESTRA<br />

PRESENTS:<br />

APRIL 3, 10 & 17 | 9:00PM<br />

Casino da Madeira Congress Centre - auditoriuM<br />

artistic Management: Maestro andré Martins<br />

ASSOcIAçÃO NOTAS E SINFONIAS<br />

ATLÂNTIcAS / ORQUESTRA<br />

cLÁSSIcA DA MADEIRA<br />

ASSOCIATION OF ATLANTIC<br />

NOTES AND SYMPHONIES<br />

/ MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />

ABRIL | APRIL 6, 16, 23 & 27<br />

SÁBADO 6 ABRIL | 18h00<br />

AsseMbleiA legislAtivA dA MAdeirA<br />

ORQUESTRA cLÁSSIcA DA MADEIRA<br />

Maestro convidado: José luis lópez-Antón<br />

solista: eddy vanoosthuyse<br />

António Pereira da Costa - Concerto grosso nº3 [*]<br />

C. M. von Weber [1786-1826] - Concerto nº 1 para<br />

Clarinete e orquestra in F minor, op.73<br />

georges bizet [1838-1875] - sinfonia nº1 em dó<br />

maior [1855]<br />

[*]em parceria com a dre/ dseAM<br />

SATURDAY, APRIL 6 | 6 P.M.<br />

Madeira regional asseMbly<br />

MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />

guest Conductor: José luis lópez-antón<br />

soloist: eddy Vanoosthuyse<br />

antónio Pereira da Costa - Concerto grosso nº3 [*]<br />

C. M. von Weber [1786-1826] - Concert nº 1 for Clarinet<br />

and orchestra in F minor, op.73<br />

georges bizet [1838-1875] - symphony no. 1 in C major<br />

[1855]<br />

[*] in partnership with dre / dseaM<br />

2<br />

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REVISTA SABER madeira<br />

A REVISTA DA MADEIRA<br />

42 saber JANEIro 2019<br />

www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira<br />

sabermadeira@yahoo.com 291 911 300


SUGESTÕES DA<br />

AGENDA CULTURAL<br />

DA MADEIRA<br />

A DIREçÃO DE SERvIçOS DE EDUcAçÃO<br />

ARTÍSTIcA E MULTIMéDIA (DSEAM)<br />

APRESENTA:<br />

DIAS 5, 6 E 27 ABRIL<br />

THE DIRECTOR OF ARTISTIC AND MuLTIMEDIA<br />

EDuCATION SERvICES (DSEAM) PRESENTS:<br />

APRIL 5, 6 AND 27<br />

SARAU DE<br />

FADOS DE<br />

cOIMBRA<br />

SÁBADO 13 ABRIL | 21h00<br />

Colégio dos JesuítAs – FunCHAl<br />

entrada livre<br />

ASSOcIAçÃO ORQUESTRA cLÁSSIcA<br />

DA MADEIRA (AOcM) APRESENTA:<br />

DIAS 10 E 20 ABRIL<br />

QUARTA 10 ABRIL | 20h30<br />

igreJA PresbiteriAnA dA MAdeirA<br />

cONcERTO “ATTRAcTION”<br />

“LEGNO DUO”<br />

Joana Costa: violino<br />

duarte santos: Marimba<br />

SÁBADO 20 ABRIL | 18h00<br />

teAtro MuniCiPAl bAltAzAr diAs<br />

“Fé E DEvOçÃO NA MúSIcA BARROcA DO<br />

Séc. XvIII”<br />

FUNchAL BAROQUE ENSEMBLE<br />

Carla isabel Moniz: soprano<br />

CLASSIC ORCHESTRA ASSOCIATION OF<br />

MADEIRA (AOCM) PRESENTS:<br />

APRIL 10 AND 20<br />

WEDNESDAY, APRIL 10 | 8:30 P.M.<br />

Presbyterian ChurCh oF Madeira<br />

CONCERT “ATTRACTION”<br />

“LEGNO DuO”<br />

Joana Costa: violin<br />

duarte santos: Marimba<br />

SATURDAY, APRIL 20 | 6:00 P.M.<br />

baltazar dias MuniCiPal theatre<br />

“FAITH AND DEvOTION IN BAROquE MuSIC OF<br />

THE 18 TH CENTuRY”<br />

FuNCHAL BAROquE ENSEMBLE<br />

Carla isabel Moniz: soprano<br />

SEXTA 5 ABRIL | 21h00<br />

DOLcEMENTE / SONS<br />

D’ADEGA<br />

instituto do vinHo dA MAdeirA,<br />

FunCHAl<br />

FRIDAY, APRIL 5 | 9:00 P.M.<br />

DOLCEMENTE / SONS<br />

D’ADEGA<br />

Madeira Wine institute, FunChal<br />

SÁBADO 6 ABRIL | 17h30<br />

cORO JUvENIL<br />

Comemoração 28.º Aniversário<br />

do Coro Juvenil<br />

sé CAtedrAl, FunCHAl<br />

SATURDAY, APRIL 6 | 5:30 P.M.<br />

YOuTH CHOIR<br />

28 th anniversary Celebration of the<br />

youth Choir<br />

sé Cathedral, FunChal<br />

SÁBADO 6 ABRIL | 21h00<br />

SI QUE BRADE<br />

FóruM MACHiCo<br />

SATURDAY, APRIL 6 | 9:00 P.M.<br />

SI quE BRADE<br />

MaChiCo ForuM<br />

SOIREE - FADOS<br />

DE COIMBRA<br />

SATURDAY, APRIL 13 | 9:00 P.M.<br />

Colégio dos Jesuítas – FunChal<br />

Free entrance<br />

TERçA 16 ABRIL | 21h00<br />

QuintA e CAPelA Mãe dos HoMens, FunCHAl<br />

MOMENTO MUSIcAL BARROcO<br />

TUESDAY, APRIL 16 | 9:30PM<br />

Quinta e Capela Mãe dos HoMens, FunChal<br />

BAROquE MuSIC MOMENT<br />

TERçA 23 ABRIL | 21h00<br />

CAPelA de nossA senHorA dA grAçA, MACHiCo<br />

MOMENTO MUSIcAL BARROcO<br />

TUESDAY, APRIL 23 | 9:00PM<br />

Capela de nossa senHora da Graça, MaChiCo<br />

BAROquE MuSIC MOMENT<br />

SÁBADO 27 ABRIL | 18h00<br />

AsseMbleiA legislAtivA dA MAdeirA<br />

ORQUESTRA cLÁSSIcA DA MADEIRA<br />

Maestro convidado: benoît Fromanger<br />

solista: Juliette Hurel<br />

W. A. Mozart [1756-1791] - Abertura As bodas de<br />

Fígaro [1786]<br />

W. A. Mozart [1756-1791] - Concerto para Flauta e<br />

orquestra em ré maior, K 314 [1778]<br />

ludwig van beethoven [1770-1827] - sinfonia nº6<br />

“Pastoral”, em Fá maior, op.68 [1808]<br />

SATURDAY, APRIL 27 | 6:00PM<br />

Madeira regional asseMbly<br />

MADEIRA CLASSICAL ORCHESTRA<br />

guest Conductor: benoît Fromanger<br />

soloist: Juliette hurel<br />

W. a. Mozart [1756-1791] - opening as Bodas de Fígaro<br />

[1786]<br />

W. a. Mozart [1756-1791] - Flute and orchestra Concert in<br />

d major, K 314 [1778]<br />

ludwig van beethoven [1770-1827] - symphony no. 6<br />

“Pastoral” in F major, op.68 [1808]<br />

SÁBADO 27 ABRIL | 16h00<br />

38º FESTIvAL DA cANçÃO<br />

INFANTIL DA MADEIRA<br />

Auditório do Centro de Congressos<br />

do CAsino dA MAdeirA - FunCHAl<br />

SATURDAY, 27 APRIL | 4:00 P.M.<br />

38 TH MADEIRA’S CHILDREN’S<br />

SONG FESTIvAL<br />

auditoriuM oF the Madeira Casino<br />

Congress Centre - FunChal<br />

cONcERTO cOM<br />

“FILhO DA MÃE”<br />

SEXTA 19 ABRIL | 21h00<br />

teAtro MuniCiPAl bAltAzAr diAs<br />

“Água-Má”, é o novo título lançado<br />

neste ano, do guitarrista<br />

português rui Carvalho, é uma<br />

partilha do seu espaço íntimo<br />

com o do ouvinte, um refrão<br />

constante que acompanha as<br />

melodias da guitarra e se funde<br />

com os sons em redor, ouvidos<br />

em alguns temas.<br />

CONCERT WITH<br />

“FILHO DA MÃE”<br />

FRIDAY, APRIL 19 | 9:00 P.M.<br />

baltazar dias MuniCiPal theatre<br />

“agua-Má”, is the new title released<br />

this year by Portuguese guitarist rui<br />

Carvalho, is a sharing of his intimate<br />

space with the listener. is heard on<br />

some musical subjects a constant<br />

refrain that accompanies the melodies<br />

of the guitar and merges with<br />

the sounds around.<br />

3<br />

4<br />

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REVISTA FIESTA!<br />

ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE<br />

www.REVISTAFIESTA.pt Revista fiesta<br />

sabermadeira@yahoo.com 291 911 300<br />

saber Setembro 2019<br />

43


AGENDA CULTURAL<br />

TEATRO<br />

THEATRE<br />

Note: the following plays are held in portuguese language.<br />

“MúSIcA NAS cAPELAS”<br />

6 & 16 ABRIL | 20h30<br />

CAPelA de são sebAstião – PontA do sol<br />

entrada livre<br />

“MuSIC IN THE CHAPELS”<br />

APRIL 6 & 16 | 8:30 P.M.<br />

são sebastião ChaPel – Ponta do sol<br />

Free entry<br />

SÁBADO 6 ABRIL<br />

FENNEL ShORE<br />

A planta funcho é frequentemente utilizada em<br />

pequenas quantidades na cozinha mediterrânica<br />

como aromatizante. devido ao seu exotismo, serviu<br />

de inspiração para dar nome ao grupo “Fennel<br />

shore”. Pretende-se quebrar com os clichés estilísticos<br />

e para isso, inspirarmo-nos nas mais diferentes<br />

linguagens, conhecimentos, vivências e influências<br />

musicais de cada músico que compõem este projeto.<br />

Assim, ao longo do concerto tentamos apelar a<br />

uma viagem sonora através dos cinco sentidos.<br />

Músicos: João Freches, teclados • Pedro Afonso,<br />

guitarra • Rolando Faria, bateria<br />

TERçA 16 ABRIL<br />

“UMA NOITE AO SOM DO BOLERO”<br />

MARIAchI MéXIcO MADEIRA<br />

o bolero é uma canção urbana, das cidades<br />

portuárias, que mistura raízes espanholas com<br />

influências locais de vários países hispano-americanos,<br />

conhecida como a canção romântica mexicana.<br />

Apesar de ter nascido em Cuba, muitos historiadores<br />

defendem que o bolero nasceu na europa, e foi<br />

levado para a América, pelas tripulações que faziam<br />

as travessias rumo ao Atlântico sul. Para este projeto<br />

os Mariachi México Madeira prepararam um<br />

repertorio especifico baseado nos principais sucessos<br />

deste género musical, interpretando temas de<br />

compositores cubanos, mexicanos e venezuelanos.<br />

SATURDAY, APRIL 6<br />

“FENNEL SHORE”<br />

Fennel is often used in small quantities in the mediterranean<br />

cuisine as a flavoring plant, due to its exoticism,<br />

it was an inspiration to name the “Fennel shore” group!<br />

We intend to break the stylistic clichés and to do so,<br />

we inspire ourselves in the most different languages,<br />

knowledge, experiences and musical influences of each<br />

musician that make up this project. so, throughout the<br />

concert we try to appeal to a sound journey through the<br />

five senses.<br />

Musicians: João Freches, keyboard • Pedro Afonso, guitar •<br />

rolando Faria, drums<br />

TUESDAY, APRIL 16<br />

“UMA NOITE AO SOM DO BOLERO”<br />

MARIACHI MÉXICO MADEIRA<br />

bolero is an urban song from port cities that mixes<br />

spanish roots with local influences from various hispanic<br />

american countries, known as the Mexican romantic<br />

song. despite being born in Cuba, many historians argue<br />

that the bolero was born in europe and was taken to<br />

america by the crews crossingthe south atlantic. For this<br />

project Mariachi México Madeira prepareda specific repertoire<br />

based on the main successes of this musical genre,<br />

interpreting themes of cuban, mexican and venezuelan<br />

composers.<br />

“hISTÓRIAS E LENDAS cOM<br />

E SEM EMENDAS”<br />

ATé 7 ABRIL<br />

Cine teAtro stº António<br />

AteF<br />

(peça integrada nas comemorações dos 600 anos<br />

da descoberta da Madeira)<br />

sinopse: um grupo de Atores de rua chega à<br />

Madeira na atualidade. no curso narrativo da peça<br />

percebe-se que não vieram por acaso e que procuram<br />

o portal que os levará a casa - a Atlântida.<br />

viajam no tempo com a ajuda do livro branco de<br />

salomé e confrontam-se com diversas personagens<br />

e lendas que os orientam no caminho...<br />

lendas abordadas: lenda da Atlântida, lenda<br />

da descoberta da Madeira, lenda da Capela das<br />

Almas Pobres, lenda da srª do Monte, História dos<br />

Corcundas, lenda do Cabo girão, lenda do tesouro<br />

da Furneira, lenda da velha da levada, lenda dos<br />

Huguenotes, lenda da espada de d. sebastião,<br />

lenda de Arguim, lenda do Cavalum, lenda dos<br />

Profetas, lenda do tesouro do Capitão Kid e lenda<br />

de Machim.<br />

Calendarização:<br />

QUINTA 4 ABRIL | 11h00 E 21h00<br />

SEXTA 5 ABRIL | 15h00 E 21h00<br />

SÁBADO 6 ABRIL | 21h00<br />

DOMINGO 7 ABRIL | 18h00<br />

“STORIES AND LEGENDS WITH<br />

AND WITHOuT AMENDS”<br />

UNTIL APRIL 7<br />

stº antónio theatre CineMa<br />

ateF<br />

(integrated in the celebrations of the 600 years of the<br />

discovery of Madeira)<br />

synopsis: a group of street actors arrives in Madeira<br />

nowadays. in the narrative sequence of the play, one<br />

realizes that it did not happen by chance and they search<br />

for the portal that will take them home - atlantis. they<br />

travel in time with the help of the white book of salome<br />

and they are confronted with diverse characters and legends<br />

that guide them on the way ...<br />

legends: legend of atlantis, legend of the discovery<br />

of Madeira, legend of the Chapel of the Poor souls,<br />

legend of the lady of the Monte, history of the<br />

humpbacks, legend of the Cape girão, legend of<br />

the treasure of the Furneira, legend of the old lady<br />

of levada, legend of the huguenots , legend of the<br />

sword of d. sebastião, legend of arguim, legend of the<br />

Cavalum, legend of the Prophets, treasure legend of<br />

Captain Kid and legend of Machim.<br />

Calendar:<br />

ThURSDAY, APRIL 4 | 11:00AM AND 9:00PM<br />

FRIDAY, APRIL 5 | 3:00PM AND 9:00PM<br />

SATURDAY, APRIL 6 | 9:00PM<br />

SUNDAY, APRIL 7 | 6:00PM<br />

5<br />

SEXTA 12 ABRIL | 16h00<br />

FESTIvAL “TUDO P’RA RUA”<br />

PrAçA do CArMo - FunCHAl<br />

Reservas: 291 226 747/933 369 136 – info@atef.pt<br />

www.atef.pt<br />

FRIDAY, APRIL 12 | 4:00PM<br />

FESTIvAL “TuDO P’RA RuA”<br />

Praça do CarMo – FunChal<br />

Registrations: 291 226 747/933 369 136 – info@atef.pt<br />

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Jornalismo com independência<br />

– todas as 6ª feira nas bancas –<br />

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44 saber JANEIro 2019<br />

CONTACTO<br />

LUÍSA AGRELA<br />

PEZO - Socorridos - Lote 7 - 9304-006 Câmara de Lobos<br />

291 911 300<br />

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SOCIAL<br />

LUGARES DE CÁ<br />

›<br />

›<br />

Concerto Comemorativo<br />

30 anos Orquestra Bandolins<br />

› Professor Virgílio Pereira lançou “Retalhos de uma vida”<br />

› “Carta a um Governador” no Palácio de São Lourenço<br />

› Concerto comemorativo dos 30 anos da Orquestra de Bandolins<br />

› Projeto “aCORDE!” na Assembleia Legislativa Regional<br />

› “Pirata” Henrique Afonso em viagem à volta do Mundo<br />

› Jovens e adultos receberam certificados e diplomas<br />

› ISAL no Salão Estudante Brasil<br />

› Passeio Mototurístico da Delegação da Madeira dos Star Riders Portugal<br />

saber ABRIL 2019<br />

45


social<br />

“Retalhos de Uma Vida - Memórias,<br />

Opiniões e Comentários”<br />

Assim se intitula o terceiro livro publicado pelo professor Virgílio<br />

Pereira e que teve apresentação no quartel dos Bombeiros Voluntários<br />

do Funchal. Editado por O Liberal, o livro passa em revista<br />

não só o lado pessoal e de docente desta conhecida figura pública<br />

madeirense mas também os seus muitos anos de ligação à vida<br />

política, desde a presidência da Câmara Municipal do Funchal ao<br />

Parlamento Europeu, onde foi deputado. O presidente do Assembleia<br />

Legislativa da Madeira, Tranquada Gomes, o presidente<br />

Governo Regional, Miguel Albuquerque, bem como com actuais e<br />

antigos governantes, marcaram presença neste evento. s<br />

Dulcina Branco<br />

Carolina Rodrigues.<br />

46 saber ABRIL 2019


“Carta a um Governador”<br />

A 22 de Abril de 1969, um grupo de cerca de 30 cidadãos foram ao<br />

Palácio de São Lourenço entregar (em mãos) a «Carta a um Governador»,<br />

documento este que foi entregue ao Governador Civil da<br />

Madeira, Coronel Braamcamp Sobral e na qual analisavam a situação<br />

económica e social, a luta pela democracia e a autonomia política<br />

para a Madeira. Passados 50 anos, um grupo de cidadãos recordaram<br />

o acontecimento com a realização de uma palestra/debate<br />

no Palácio de São Lourenço em que marcaram presença diversas<br />

individualidades provenientes de vários quadrantes sociais, políticos<br />

e culturais da Região O evento teve como oradores Rui Nepomuceno,<br />

Amélia Carreira, António Loja e Henrique Sampaio. s<br />

Dulcina Branco<br />

Ana Maria Andrade.<br />

saber ABRIL 2019<br />

47


social<br />

Concerto comemorativo dos 30 anos<br />

A Assembleia Legislativa da Madeira acolheu o concerto comemorativo<br />

dos 30 anos da Orquestra de Bandolins da Direção de Serviços de Educação<br />

Artística e Multimédia, à qual se associou o grupo Si Que Brade.<br />

Tratou-se de um evento integrado na 2ª edição do Projeto “aCORDE!” –<br />

Na Promoção dos Cordofones Tradicionais Madeirenses, que decorreu<br />

na Assembleia Legislativa Regional da Madeira. Estiveram presentes o<br />

vice-Presidente Fernanda Cardoso, em representação do Presidente da<br />

Assembleia Legislativa, e o Diretor dos Serviços de Educação Artística e<br />

Multimédia (DSEAM), Virgílio Caldeira. s<br />

Dulcina Branco<br />

Presidência do Governo Regional da Madeira.<br />

48 saber ABRIL 2019


“aCORDE!” na Assembleia<br />

Legislativa Regional<br />

PUB<br />

A Secretaria Regional de Educação, através da Direcção<br />

Regional de Educação e da Direção de Serviços de Educação<br />

Artística e Multimédia, promoveu a 2.ª Edição do<br />

projecto “aCORDE!”. Comemorar e promover os cordofones<br />

tradicionais madeirenses e salvaguardar a sua<br />

história, bem como homenagear Carlos Santos, autor<br />

do livro “Tocares e cantares da ilha”, foram objetivos<br />

da iniciativa que decorreu na ALR da Madeira. Neste<br />

evento, participaram 210 alunos e instituições ligadas<br />

ao ensino e à divulgação dos cordofones tradicionais<br />

madeirenses. O público pode assistir a vários momentos<br />

musicais, recitais e conferências bem como visitar<br />

a exposição sobre a temática. Houve ainda workshops<br />

de prática instrumental destinados às escolas. Destaque<br />

para a participação de Ricardo Melo. Natural dos<br />

Açores, Ricardo Melo é um conceituado músico, professor<br />

e instrumentista especializado em viola de arame,<br />

instrumento de cordas típico dos Açores. s<br />

Dulcina Branco<br />

Presidência do Governo Regional da Madeira.<br />

saber ABRIL 2019<br />

49


social<br />

Entrega de certificados e diplomas<br />

O secretário Regional de Educação, Jorge Carvalho, procedeu<br />

na Escola Profissional Francisco Fernandes, em São Martinho, à<br />

entrega de 178 certificados e diplomas a jovens e adultos que terminaram,<br />

em 2018, com sucesso as suas formações. “Ficam mais<br />

habilitados, capacitados e competentes para o mercado de trabalho,<br />

mas acima de tudo na sua satisfação pessoal”, disse o secretário,<br />

destacando o universo de mil alunos que estiveram ao abrigo<br />

destes programas, 800 naquela instituição de ensino e 200 no<br />

Centro de Formação. s<br />

Dulcina Branco<br />

Secretaria Regional de Educação.<br />

“Pirata” Henrique Afonso em volta<br />

ao mundo<br />

Zarpou do porto do Funchal em janeiro de 2019 para cumprir<br />

uma volta ao mundo, uma epopeia que levará aproximadamente<br />

três anos a concretizar. Henrique Afonso, de 56 anos, navega<br />

sozinho a bordo do veleiro ‘Sofia do Mar’, de nove metros<br />

de comprimento. A bordo vão várias garrafas de Vinho Madeira<br />

numa iniciativa que tem como objetivo reproduzir a epopeia do<br />

‘Vinho da Roda’. Esta viagem, que deverá terminar “na Festa da<br />

Lapa” em meados de julho de 2022, pode ser acompanhada na<br />

página de Facebook criada para o efeito, o Diário do Pirata. s<br />

Dulcina Branco<br />

Gabriel Branco.<br />

50 saber ABRIL 2019


ISAL no Salão Estudante Brasil<br />

O Instituto Superior de Administração e Línguas - ISAL, marcou<br />

presença, pelo 3º ano consecutivo, no Salão Estudante no Brasil. O<br />

Salão Estudante é a maior feira da América Latina, que permite os<br />

estudantes contactar diretamente com os representantes de universidades,<br />

faculdades e escolas. Portugal está representado por<br />

40 instituições de ensino superior, sendo o ISAL uma delas. Promover<br />

a internacionalização dos seus cursos foi objetivo da presença<br />

do instituto madeirense nesta iniciativa. s<br />

Dulcina Branco<br />

joana Martins (ISAL).<br />

Passeio Mototurístico<br />

A Delegação da Madeira dos Star Riders Portugal promoveu um<br />

passeio mototuristico no qual esteve integrada uma acção de<br />

sensibilização sobre o consumo da canábis e outros psicotrópicos.<br />

A iniciativa decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal<br />

da Ponta do Sol e teve como orientador o Psicólogo Clínico Nelson<br />

Carvalho. A comitiva foi recebida pelo executivo municipal<br />

local presidido por Célia Pessegueiro. A iniciativa teve a participação<br />

do presidente da Associação de Motociclismo da Madeira,<br />

de representantes de clubes mototuristicos e do Secretário<br />

Regional de Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos. Depois<br />

da sessão de esclarecimento, os participantes rumaram ao almoço<br />

e percorreram depois toda a zona oeste da ilha da Madeira. s<br />

PUB<br />

Nélio Olim<br />

Nuno Santos.<br />

saber ABRIL 2019<br />

51


À MESA COM...<br />

As sugestões de<br />

FERNANDO OLIM<br />

Adotar uma alimentação saudável não<br />

é sinónimo de pratos sem sabor ou de<br />

refeições rotineiras. A variedade é uma<br />

regra a seguir quando se fala de hábitos<br />

alimentares sãos, pois só assim terá acesso<br />

a todos os nutrientes que necessita. Recomendam<br />

os especialistas em nutrição que uma alimentação<br />

equilibrada deve ser constituída por<br />

hidratos de carbono (até 65% do total de calorias<br />

ingeridas) e por quantidades menores de<br />

gordura e proteínas (cada uma não deve ultrapassar<br />

os 35% do total calórico diário). s<br />

Fernando Olim<br />

52 saber ABRIL 2019


entrada<br />

Bandeja Tropical<br />

Disponha numa bandeja ou travessa, a<br />

gosto, queijo fresco, ananás em rodelas,<br />

morango, estrela de tomate, alface, couve<br />

roxa, cebola e fatias de presunto. Termine<br />

com fio de azeite.<br />

prato<br />

principal<br />

Lombo de porco assado<br />

com maçã<br />

Sob uma fatia de lombo de porco assado<br />

no forno com batata branca e batata doce,<br />

adicione legumes salteados a gosto, regue<br />

com o molho do assado e termine decorando<br />

com alecrim.<br />

sobremesa<br />

Pudim de natas com<br />

frutos vermelhos<br />

No pudim de natas levado ao forno, decore com frutos<br />

vermelhos e fruta exótica a gosto, a exemplo do fisális,<br />

maracujá e uva.<br />

saber JANEIro 2019<br />

53


SITE DO MÊS<br />

www.horariosdofunchal.pt<br />

E-mail:<br />

www.sabermadeira.pt<br />

Facebook: Revista Saber Madeira<br />

sabermadeira@yahoo.com<br />

Telf. 291 911 300<br />

Propriedade:<br />

O.L.C., Lda<br />

Audiovisuais, TV, Multimédia,<br />

Jornais e Revistas, Lda<br />

Sociedade por Quotas; Capital Social:<br />

€100.000,00 Contribuinte: 509865720<br />

Matriculado na Conservatória Registo<br />

Comercial de Lisboa<br />

Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,<br />

Av. Infante D. Henrique, nº71<br />

9500 - 769 Ponta Delgada Açores<br />

Sócio-Gerente com mais de 10% do Capital:<br />

Edgar R. de Aguiar<br />

Director<br />

Edgar Rodrigues de Aguiar<br />

Redação<br />

Dulcina Branco Miguens<br />

Secretária de Redação<br />

Maria Camacho<br />

Colunistas<br />

António Cruz, Hélder Spínola, Alison Jesus,<br />

António Castro, Nélio Olim, Isabel Fagundes<br />

Na plataforma online da Horários<br />

do Funchal encontram-se todas<br />

as informações úteis, e em tempo<br />

real, relativas ao transporte público<br />

urbano no concelho do Funchal.<br />

Dos novos tarifários aos horários<br />

e carreiras, o utilizador tem acesso<br />

à informação disponibilizada por<br />

esta empresa que transporta cerca<br />

de 26 milhões de passageiros por<br />

ano, tornando-se assim a maior<br />

transportadora da região. s<br />

Depart. Imagem<br />

O.L.C.<br />

Design Gráfico<br />

O.L.C.<br />

Departamento Comercial<br />

O.L.C.<br />

Serviço de Assinaturas<br />

Luisa Agrela<br />

22º<br />

ANIVERSÁRIO<br />

2019<br />

Nome<br />

Empresa<br />

Morada<br />

Código Postal<br />

Concelho<br />

Telem.<br />

Telefone<br />

E-mail<br />

Nova Assinatura<br />

Data de nascimento<br />

CUPÃO DE ASSINATURA<br />

Renovação Assinatura<br />

Localidade<br />

Contribuinte Nº<br />

Assinatura Data / /<br />

Fax<br />

SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:<br />

Cheque<br />

à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’<br />

Pago por transferência Bancária/Multibanco<br />

MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29<br />

“O Liberal”, Parque Empresarial da Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />

9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal<br />

Telefones: 291 911 300<br />

Fax: 291 911 309<br />

email: sabermadeira@yahoo.com<br />

ASSINATURA<br />

expresso<br />

Ligue já o Telefone: 291 911 300<br />

ou pelo Fax: 291 911 309<br />

PREÇOS ESPECIAIS!<br />

TABELA DE ASSINATURA - 1 ANO<br />

MADEIRA € 24,00<br />

EUROPA € 48,00<br />

RESTO DO MUNDO € 111,00<br />

* desconto sobre os valores da capa.<br />

Os valores indicados incluem os portes do correio e I.V.A. à taxa de 4%<br />

Administração, Redação,<br />

Secretariado, Publicidade,<br />

Composição e Impressão<br />

Ed. “O Liberal”, Parque Empresarial da<br />

Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />

9304-006 Câmara de Lobos<br />

Madeira / Portugal<br />

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Depósito Legal nº 109138/97<br />

Registo de Marca Nacional nº 376915<br />

ISSN 0873-7290<br />

Registado no Instituto da Comunicação<br />

Social com o nº 120732<br />

Membro da Associação da Imprensa<br />

Não Diária - Sócio P-881<br />

Foto de capa<br />

O.L.C.<br />

Tiragem<br />

6.000 exemplares<br />

[Escrita de acordo com<br />

novo acordo ortográfico]<br />

54 saber ABRIL 2019


Editora<br />

O liberal<br />

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O talento da escrita consiste apenas na escolha das palavras...<br />

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Nós editamos a sua obra!*<br />

* mediante acordo<br />

e condições entre<br />

a editora e autor<br />

Edifício O Liberal › Parque Emp.da Zona Oeste › PEZO › Socorridos, Lote 7 › 9304-006 Câmara de Lobos › T: 291 911 300 › Fax: 291911 309 › comercial@oliberal.pt

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