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De 30 de junho a 6 de julho de 2019<br />

O retrocesso do varejo<br />

é visível. Quem circula<br />

pela área central de Avaré<br />

encontra várias lojas<br />

vagas. Algumas foram fechadas<br />

devido à crise que<br />

vem assolando o país. Já<br />

outros empresários decidiram<br />

se mudar, motivados<br />

pelo alto preço do aluguel<br />

que é cobrado na cidade.<br />

Basta andar pelas principais<br />

ruas centrais do município<br />

que é possível ver<br />

diversas lojas fechadas.<br />

Em entrevista ao repórter<br />

Caio Augusto da Do<br />

Vale TV, o presidente da<br />

Associação Comercial,<br />

Industrial e Agropecuária<br />

de Avaré – ACIA, Cassio<br />

Jamil Ferreira falou sobre<br />

o fechamento das lojas no<br />

município. “Não é privilégio<br />

de Avaré. Nós mantemos<br />

contatos com outras<br />

associações comerciais e<br />

A VOZ DO VALE<br />

Centro de Avaré amarga abandono e lojas fechadas pela crise<br />

Os altos valores dos<br />

aluguéis de imóveis em<br />

Avaré têm levado inquilinos<br />

a fazer as contas e<br />

a procurar por muitas opções<br />

antes de fechar contrato.<br />

Reclamações de preços<br />

exorbitantes cobrados<br />

pelo aluguel para moradia<br />

em casas antigas e sem manutenção,<br />

além de valores<br />

altos para residências pequenas<br />

e distantes do centro<br />

da cidade, são comuns.<br />

Os comerciantes também<br />

vêm sofrendo com<br />

os valores. Muitos estão<br />

optando em sair do centro<br />

da cidade para abrir<br />

Devido o fechamento de várias lojas, o número de desempregados vem aumentando em Avaré<br />

realmente está ocorrendo<br />

um movimento muito<br />

grande de fechamento<br />

dessas empresas. Em Avaré<br />

hoje a gente vê lojas<br />

fechando, mas não é privilegio<br />

de Avaré. Em Botucatu<br />

vem acontecendo a<br />

mesma coisa e é uma crise<br />

da economia conjuntural”.<br />

Cassio disse o que as<br />

empresas precisam fazer<br />

para não fechar as portas.<br />

“Acho que tem que cortar<br />

custos, enxugar despesas e<br />

fazer tudo o possível para<br />

tentar sobreviver, mas sem<br />

fazer dívidas bancárias.<br />

Quem conseguir sobreviver<br />

a essa crise, trabalhando<br />

com seriedade, cortando<br />

despesas e fazendo o<br />

que é necessário para sobreviver,<br />

vai se dar vem”.<br />

Já o presidente do Sincomerciários<br />

de Avaré,<br />

Flávio Zandoná, destacou<br />

que quem mais sofre com<br />

o fechamento das lojas é o<br />

funcionário. “O empresário<br />

se ele sofrer com essa<br />

crise, o comerciário sofre<br />

também, porque o primeiro<br />

passo que o comerciante<br />

tem é em sacrificar o<br />

trabalhador e onde a gente<br />

observa que o índice de desemprego<br />

está muito grande<br />

na nossa cidade”. “Nós precisamos<br />

de atrativos para<br />

movimentar o nosso comércio”,<br />

completou.<br />

ALUGUEL CARO<br />

- A crise economia associado<br />

com o alto preço do<br />

aluguel cobrado em Avaré<br />

vem contribuindo para o<br />

fechamento de estabelecimentos.<br />

O corretor de<br />

imóveis, José Ricardo Cegarra,<br />

falou sobre a crise.<br />

Para ele, outras lojas, até<br />

mesmo algumas tradicionais,<br />

vão baixar as portas.<br />

“Infelizmente hoje estamos<br />

tendo dificuldades no<br />

comércio, até mesmo os<br />

tradicionais, estão fechando,<br />

pois o custo está alto,<br />

a clientela está sumindo e<br />

a tendência é que outras<br />

lojas que estamos sabendo<br />

vão fechar”, disse em entrevista<br />

ao Do Vale Notícias,<br />

da Do Vale TV.<br />

Em nota, a Secretaria<br />

Municipal de Indústria, Comércio<br />

e Tecnologia destacou<br />

que “embora a taxa de<br />

desemprego atual apresente<br />

um patamar negativo, do<br />

outro lado em análise da<br />

Sala do Empreendedor, entre<br />

1º de janeiro até 20 de<br />

maio de 2019, foram abertas<br />

178 empresas, por meio das<br />

MEIs (Micro Empreendedor<br />

Individual)”.<br />

Segundo dados de junho<br />

de 2019, 15 microempresas<br />

fecharam em Avaré.<br />

Telmo Wendy está à<br />

procura de emprego há 10<br />

meses. “Avaré é uma cidade<br />

grande e era pra ter uma<br />

infraestrutura para muito<br />

mais coisas. Tem muitas<br />

pessoas desempregadas e<br />

estão procurando emprego<br />

e não estão conseguindo e<br />

isso está influenciando em<br />

vários estabelecimentos,<br />

pois se a gente não ganha,<br />

não tem como gastar”.<br />

SOBREVIVENDO<br />

- Ele destacou que vive<br />

de bicos para não passar<br />

fome. “Estou sobrevivendo<br />

de alguns bicos que eu<br />

estou fazendo e até de doações,<br />

porque eu moro sozinho<br />

e se não correr atrás<br />

eu acabo passando fome”.<br />

Telmo pediu oportunidades.<br />

“Dêem oportunidade,<br />

porque hoje você vai<br />

procurar emprego e pedem<br />

experiência e não tem<br />

Página 3<br />

como a gente adquirir experiência<br />

se a gente não tem<br />

oportunidade para isso”.<br />

No final do ano passado,<br />

ainda sob a influência<br />

do prognóstico favorável<br />

para a economia neste ano,<br />

a expectativa era de que<br />

2019 encerrasse com a abertura<br />

líquida de 22 mil lojas,<br />

diz o economista-chefe da<br />

Confederação Nacional do<br />

Comércio (CNC), Fabio<br />

Bentes. Hoje, ele acredita<br />

que essa projeção está prejudicada<br />

diante do pífio desempenho<br />

da atividade econômica<br />

esperado para o ano.<br />

“Essa previsão vai derreter<br />

como todas as previsões<br />

de indicadores têm<br />

derretido. Seguramente<br />

não vamos ter crescimento<br />

no número de lojas e há o<br />

risco de que o ano termine<br />

com um número negativo”,<br />

diz Bentes.<br />

Com alto valor do aluguel, são cada vez mais comuns imóveis fechados em Avaré<br />

A comissão especial<br />

da reforma da Previdência<br />

aprovou, na quinta-<br />

-feira, dia 4 de julho, o<br />

texto principal do parecer<br />

apresentado pelo relator,<br />

deputado Samuel Moreira<br />

(PSDB). Porém, o relatório<br />

manteve servidores de<br />

estados e municípios fora<br />

da proposta o que vem gerando<br />

críticas.<br />

Para o presidente do<br />

Instituto de Previdência<br />

Municipal de Avaré<br />

(Avareprev), Roberto Surano,<br />

a não inclusão dos<br />

municípios na nova previdência<br />

seria prejudicial.<br />

“A legislação tem que ser<br />

igual para todo mundo.<br />

Caso se mantenha esse<br />

em bairros mais afastados.<br />

Devido à crise que<br />

assola o país, muitos empresários<br />

estão fechando<br />

seus estabelecimentos, o<br />

que vem contribuindo para<br />

elevar o número de desempregados<br />

em Avaré.<br />

Em entrevista ao repórter<br />

Adriel Fernandes do Do<br />

Vale Notícias, que vai ao<br />

ar pela Do Vale TV, o professor<br />

de Arquitetura, Luiz<br />

Bittencourt, acredita que o<br />

município não teria se ajustado<br />

a atual situação economia<br />

do país. “O mercado<br />

imobiliário de Avaré não se<br />

adaptou a aquela bolha de<br />

hipervalorização dos imóveis<br />

no Brasil todo e depois<br />

essa bolha foi se esvaziando.<br />

Diversas cidades como<br />

Bauru já se adequaram os<br />

valores estão mais próximos<br />

da realidade. Existe<br />

uma tendência conservadora<br />

no mercado imobiliário<br />

de que aquela era uma bolha<br />

ilusória. É fácil verificar<br />

a quantidade de imóveis fechados<br />

na cidade”.<br />

A crise economia associado<br />

com o alto preço<br />

do aluguel cobrado vem<br />

contribuindo para o fechamento<br />

de estabelecimentos.<br />

O corretor de imóveis,<br />

José Ricardo Segarra, falou<br />

sobre a crise. “Infelizmente<br />

hoje estamos tendo<br />

dificuldades no comércio,<br />

até mesmo os tradicionais,<br />

estão fechando, pois o custo<br />

está alto, a clientela está<br />

sumindo e a tendência é<br />

que outras lojas que estamos<br />

sabendo vão fechar”.<br />

Ele concordou com o<br />

fato de Avaré, comparado<br />

a outros municípios,<br />

ter o aluguel mais caro.<br />

“Se a gente for comparar<br />

com outras cidades,<br />

até mesmo os municípios<br />

universitários, realmente<br />

a gente tem um custo<br />

maior, tanto o custo de<br />

vida como dos alugueis”<br />

Para Cegarra, o alto preço<br />

do aluguel estaria associado<br />

à cidade ser uma<br />

estância turística e contar<br />

com diversas instituições de<br />

ensino, o que faz com que<br />

muitos alunos se mudem<br />

para Avaré. “A questão de<br />

ser estância turística e devido<br />

às faculdades. Avaré,<br />

cada dia que passa, vem<br />

se tornando cada vez mais<br />

universitária. O número de<br />

estudantes que procuram<br />

imóveis é muito grande”.<br />

Já para advogada Ligia<br />

Paulucci, devido o<br />

alto preço do aluguel,<br />

muitas pessoas estão optando<br />

em voltar a morar<br />

com a família. “Está um<br />

pouco alto realmente, porém,<br />

diante do cenário de<br />

crise está mais difícil de<br />

conseguir pagar um aluguel.<br />

As pessoas estão<br />

morando mais com os<br />

parentes, deixando de<br />

pagar aluguem para economizar”.<br />

“Espero que<br />

tenha melhora na situação<br />

do país para que a<br />

economia possa melhorar<br />

para todos”, finalizou.<br />

(Com colaboração<br />

de Adriel Fernandes)<br />

Direção da Avareprev critica não inclusão de estados e município na reforma da previdência<br />

Atualmente, o Avareprev paga 593 benéficos, sendo 422 aposentadorias, 77 pensionistas, 93 auxílios doença e um auxílio reclusão<br />

relatório será muito prejudicial<br />

a todos os institutos<br />

de previdência municipais<br />

e estaduais. É jogo<br />

ruim”, destacou em entrevista<br />

exclusiva concedida<br />

ao A Voz do Vale.<br />

Surano espera que os<br />

deputados apresentem destaques<br />

para que os estados<br />

e município sejam incluídos<br />

na reforma da previdência.<br />

“Foi aprovado esse<br />

relatório, mas esperamos<br />

que no plenário os deputados<br />

apresentem emendas<br />

para incluir os estados e os<br />

municípios. Não podemos<br />

ter no país uma diferença<br />

entre servidores federais,<br />

estaduais e municipais.<br />

A legislação tem que ser<br />

igual para todo mundo”.<br />

Atualmente, o Avareprev<br />

paga 593 benéficos, sendo<br />

422 aposentadorias, 77 pensionistas,<br />

93 auxílios doença<br />

e um auxílio reclusão.<br />

REGRAS - Agora a<br />

comissão vai votar os<br />

destaques. Após esse<br />

processo, o projeto segue<br />

para o Plenário da<br />

Câmara dos Deputados.<br />

O texto-base aprovado<br />

pela comissão estabeleceu<br />

uma idade mínima de<br />

aposentadoria de 62 anos<br />

para mulheres, com 15<br />

anos de contribuição, e<br />

de 65 para homens, com<br />

20 anos de contribuição.<br />

Além disso, regras de<br />

transição para quem está<br />

no mercado de trabalho, é<br />

segurado do INSS (Instituto<br />

Nacional do Seguro<br />

Social) ou servidor público<br />

também foram definidas<br />

pelo relator.<br />

Após a aprovação do<br />

texto, a deputada da oposição<br />

Gleisi Hoffmann (PT-<br />

-PR) lamentou o avanço<br />

da proposta, que, segundo<br />

a parlamentar, prejudica<br />

os mais pobres. "Nenhum<br />

daqueles que bateu palma<br />

aqui ganha um ou dois<br />

salários mínimos. Portanto,<br />

tirar direito dos outros<br />

é fácil. Portanto, ir para<br />

cima dos outros é fácil.<br />

Quero ver quando se trata<br />

dos próprios direitos. Quero<br />

ver quando se trata das<br />

próprias condições. Aí isso<br />

não acontece", afirmou.<br />

A deputada se referia<br />

ao abono salarial do PIS/<br />

PASEP. Hoje, o benefício<br />

é pago para trabalhadores<br />

que ganham até dois salários<br />

mínimos (R$ 1.996<br />

em 2019) por mês, mas<br />

a proposta aprovada na<br />

comissão prevê que seja<br />

pago a quem recebe, no<br />

máximo, R$ 1.364,43.<br />

DÍVIDA – Segundo informações<br />

obtidas pelo A<br />

Voz do Vale, que a dívida<br />

da gestão de Jô Silvestre<br />

com a previdência municipal<br />

é de cerca de R$ 12<br />

milhões. O valor corresponde<br />

à parte patronal e<br />

do déficit atuarial.<br />

Informações dão conta<br />

ainda que um novo parcelamento<br />

deva ser formalizado<br />

pela Prefeitura.<br />

Estima-se que a dívida de<br />

R$ 12 milhões poderá ser<br />

parcelada em 60 meses.<br />

Três dos cinco parcelamentos<br />

já foram quitados<br />

pela Prefeitura nas gestões<br />

do ex-prefeito Poio Novaes<br />

e na atual, de Jô Silvestre.<br />

Caso o executivo não<br />

compra com o pagamento<br />

das parcelas, o Avareprev<br />

poderá solicitar o bloqueio<br />

judicial dos recursos do<br />

Fundo de Participação do<br />

Município (FPM), o que<br />

prejudicaria o pagamento<br />

dos salário dos servidores<br />

públicos municipais.<br />

Lei autoriza pagamento de gratificações<br />

na Procuradoria e no setor de Licitações<br />

A Câmara Municipal<br />

aprovou o Projeto de Lei<br />

Complementar 57/2019<br />

que visava à extinção dos<br />

cargos de Consultor Geral<br />

do Município, Assessor<br />

Jurídico, Assessor Jurídico<br />

de Licitações e Chefe de<br />

Seção, além de criar as Funções<br />

Gratificadas no âmbito<br />

da Procuradoria Geral do<br />

Município e do Departa-<br />

mento de Licitações.<br />

A Comissão de Constituição,<br />

Justiça e Redação<br />

sugeriu alterações no projeto<br />

do prefeito Jô Silvestre,<br />

no sentido de se exigir<br />

para as funções gratificadas<br />

a graduação nas áreas<br />

de administração, direito,<br />

economia ou ciências contábeis,<br />

o que gerou debate<br />

entre os parlamentares.<br />

As emendas acabaram<br />

sendo aprovadas por 7 a 6.<br />

Foram contra as alterações<br />

os vereadores da base do<br />

prefeito: Ivan da Comitiva<br />

(PTB), Alessandro Rios<br />

(PTB), Jairinho do Paineiras<br />

(PRB), Estati (DEM),<br />

Roberto Araújo (DEM), e<br />

Coronel Morelli (PP).<br />

O grupo da oposição,<br />

formado pelos vereadores<br />

Flávio Zandoná (PSC),<br />

Cabo Sérgio (PSC), Adalgisa<br />

Ward (PV), Marialva<br />

Biazon (PSDB), Toninho da<br />

Lorsa (PSDB) e Ernesto Albuquerque<br />

(PT) votaram em<br />

bloco a favor das mudanças.<br />

Como houve empate, o<br />

presidente do legislativo,<br />

vereador Barreto do Mercado,<br />

também foi favorável<br />

e as emendas acabaram<br />

sendo aprovadas.<br />

Após discussão, o projeto<br />

emendado foi aprovado<br />

por unanimidade e<br />

segue para análise do prefeito<br />

Jô Silvestre que poderá<br />

vetar parcial e totalmente<br />

o projeto.

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