Edição 09 - Revista Winner ABC
Entrevista Especial com Rogério Dutra Silva. Leia na Integra. Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.
Entrevista Especial com Rogério Dutra Silva. Leia na Integra.
Revista Winner ABC é a revista de tênis da sua região. Aqui você encontra dicas sobre saúde, prevenção de lesões, torneio, técnicas e muito mais.
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Bem-vindo, profissionalismo<br />
Divulgação / Juninho Tennis<br />
Prestes a viajar para os<br />
Estados Unidos, Aninha<br />
fecha ciclo no juvenil com<br />
a realização de um sonho<br />
em Paris<br />
Pelo ranking, Ana Paula Melilo não teria<br />
condições de cumprir neste ano uma das<br />
metas a curto prazo da carreira: jogar um<br />
Grand Slam. A posição na lista juvenil tornava<br />
quase impossível a entrada no qualifying<br />
dos quatro principais torneios, mas havia um<br />
porém que mudou a história de uma carreira.<br />
Restava a chance de uma vaga destinada ao<br />
Brasil em Roland Garros por meio de seletiva<br />
nacional. Aninha, que é conhecida por crescer<br />
em momentos de pressão, acreditou, agarrou<br />
essa única vaga - diante de algumas das<br />
melhores juvenis do país - e concretizou um<br />
de seus sonhos. Na França, passou pela fase<br />
classificatória e só parou na 1ª rodada da<br />
chave principal. Além das lembranças, como<br />
uma homenagem na quadra principal e até os<br />
autógrafos, ficou o aprendizado.<br />
Treinada pelo ex-profissional Juninho, no<br />
São Bernardo Tênis Clube, a jovem acaba de<br />
completar 18 anos. Em boa parte de 2017,<br />
conciliou as atividades em quadra com os<br />
estudos para passar em exame obrigatório<br />
de inglês, visando mudança de endereço para<br />
a universidade North Florida, nos Estados<br />
Unidos - para onde vai dentro de dois meses<br />
com bolsa e despesas pagas. Voltou a focar<br />
somente no tênis nesta temporada. No fim,<br />
deu tudo certo.<br />
“A sensação de jogar no complexo de Roland<br />
Garros é doida. Você sente muita coisa<br />
ao mesmo tempo. É pressão com alegria<br />
e nervosismo, tudo. Acho que lidei bem<br />
com isso, melhor que as duas meninas que<br />
enfrentei no triangular qualificatório. Entrei<br />
em túnel de concentração porque parecia<br />
que eu estava no clube (em São Bernardo),<br />
só mantinha meu foco no Juninho e no jogo.<br />
Se eu pensasse onde estava, olhasse para<br />
fora, bateria um pouco de desespero”, revelou<br />
Aninha em entrevista exclusiva à <strong>Winner</strong> <strong>ABC</strong>,<br />
sobre a experiência única em Paris.<br />
Depois de entrar na chave principal do<br />
juvenil, Aninha teve direito de treinar no<br />
clube de tênis de Roland Garros, que fica a<br />
200 metros do complexo mas que só permite<br />
acesso de técnicos e jogadores. Lá, encontrou<br />
e tirou fotos com Nadal e, acima de tudo,<br />
aprendeu mais. Ela é obsessiva por treinos de<br />
profissionais, busca absorver o máximo.<br />
Antes de estrear em Roland Garros, a tenista<br />
do <strong>ABC</strong> recebeu homenagem na Philippe<br />
Chatrier em meio à programação dos jogos<br />
dos profissionais. Depois da euforia, hora<br />
de retomar a concentração. Como era de se<br />
esperar, uma pedreira logo de cara na chave<br />
principal: a suíça Lulu Sun, cabeça de chave<br />
14. A despeito do favoritismo da oponente,<br />
a brasileira chegou a ter um set point, mas<br />
desperdiçou. “Só não fechei o 1º set por<br />
nervosismo”, lamentou. Mesmo assim, caiu em<br />
dois sets com a cabeça erguida.<br />
Segundo ela, os jogos em Roland Garros<br />
serviram para mostrar que, muitas vezes, a<br />
diferença da vitoriosa para a derrotada está<br />
apenas na experiência, rodagem no tênis. “É o<br />
que muda, por ela ter uma bagagem maior de<br />
jogos e eu não ter disputado muitos torneios<br />
grandes. No Brasil, você acaba ficando um<br />
pouco para trás. De bola, vi que estou próxima”,<br />
analisou.<br />
Pensando na transição para o profissional,<br />
Aninha revelou que nos últimos meses<br />
trabalhou no aperfeiçoamento do próprio jogo.<br />
“Nos Estados Unidos, eu vou evoluir meu<br />
jogo em quadra rápida, já que aqui os treinos<br />
e partidas são mais no saibro. Vou vivenciar<br />
torneios em equipe, que gosto, tem o clima de<br />
Copa Davis. Vou aprender muito”. Bem-vinda<br />
ao profissionalismo, Aninha.<br />
“Um ponto que eu ganharia<br />
no juvenil não vou ganhar<br />
no profissional, porque A<br />
adversária vai devolver<br />
outra bola”<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Winner</strong> | 16