SETEMBRO-2019
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L U S I T A N O
SETEMBRO 2019
ANO XXV - Nº. 256 - DIRECÇÃO: Sandra Ferreira + Armindo Alves - Publicação mensal gratuita
d e Z u r i q u e
Tragédia
ambiental
Amazónia o “pulmão”
do Planeta arde há
mais de um mês...
Páginas 3
Cuca Roseta
Natural de Lisboa, desde
muito cedo percebeu que tinha
um dom para a musica,
em especial para fado. De
passagem por Zurique, falou-
-nos um pouco da sua paixão
e do que sente junto das comunidades
estrangeiras.
Página 18
© skeeze
JULHO/AGOSTO 2019
Manteve-se a tradição!
O CLZ continua a manter
viva as tradições do nossos
País em Zurique, seja através
do Folclore ou através
das marchas alusivas aos
Santos Populares.
Página 18
2 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
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Centro Lusitano de Zurique
Birmensdorferstr, 48
8004 Zürich
www.cldz.eu - info@cldz.eu
Consulado Geral de Portugal em Zurique
Zeltweg 13 - 8032 Zurique
Tel. Geral: 044 200 30 40
Serviços de ensino: 044 200 30 55
Serviços sociais: 044 261 33 32
Abertura de segunda a sexta-feira das
08:30 às 14:30 horas
Edição anterior
L U S I T A N O
ANO XXV - Nº. 255 - DIRECÇÃO: Sandra Ferreira + Armindo Alves - Publicação mensal gratuita
d e Z u r i q u e
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55
Cursos de alemão 076 332 08 34
Direcção
044 241 52 60 / info@cldz.eu
Futebol armindo.alves@garage-mutschellen.ch / 079 222 09 14
InCentro
incentro@cldz.ch
Publicidade 079 913 00 30/pub.lusitano@gmail.com
Rancho folclórico 076 344 15 40 / rancho@cldz.ch
Vamos contar uma história 079 647 01 46
Embaixada de Portugal
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15
Secção consular: 031 351 17 73
Serviçoa sociais: 031 351 17 42
Serviços de ensino: 031 352 73 49
Serviços municipais de informação para
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique
Tel.: 044 412 37 37
Polícia 117
Bombeiros 118
Ambulância 144
Intoxicações 145
Rega 1414
Dia de
Portugal
celebrado de uma forma
única em Zurique
Páginas 08-11
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich
Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com
Horário de atendimento:
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h
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www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 3
EQUIPA REDACTORIAL
EDITORIAL
Sandra Ferreira
Sandra Ferreira
DIRECTOR A CC12 A
Armindo Alves
SUB-DIRECTOR CC15 A
Floresta da Amazónia
A destruição dos nossos próprios recursos naturais
Email:
lusitanozurique@gmail.com
Esta semana ficamos a saber que há semanas que a floresta da Amazónia
está a arder. O “pulmão“ da humanidade, que é responsável por 20% do ar
que respiramos, está a ser destruído de uma forma sem precedentes, que
alguns especialistas dizem já ser “irreversível”.
Natascha D´Amore Maria dos Santos
Joana Araújo
CC11 A
Segundo dados estatísticos, os fogos na Amazónia aumentaram 80% este
ano, em comparação com o ano anterior. Uma percentagem, que só por ela,
nos devia deixar a todos muito alarmados. Thomas Lovejoy, ecologista da
National Geographic refere que “sempre houve incêndios, mas não como
estes” e que “não há dúvida de que é uma consequência do recente aumento
do desmatamento”. Essa tese é corroborada pelo Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia e da Universidade Federal do Acre, que atestam
que o aumento catastrófico das queimadas em curso na Amazónia, “são
resultado da ação humana”.
Cristina F. Alves
CC 16 A
Jorge Macieira
CC28 A
Lúcia Sousa
Pedro Nogueira
Pedro Nabais
CC14 A
Nuno Brandão
Apesar das primeiras pressões internacionais já estarem a ser feitas ao governo
brasileiro, este ainda pouco fez para combater estes incêndios. E se
não fossem as redes sociais a dar a conhecer o que se passa na floresta
amazónica, possivelmente os meios de comunicação mainstream ainda não
teriam dado esta notícia, deixando-nos sem saber algo, que nos vai afectar
a todos nós no futuro, assim como as futuras gerações.
Manuel Araújo
JORNALISTA 3000 A
Domingos
Pereira
Carmindo de
Carvalho
Felizmente as manifestações já começaram a sair à rua em muitos países
em todo o mundo e as sanções começam a surgir. Espera-se que dentro em
breve este pesadelo acabe. Infelizmente isso não vai mudar o facto de que já
perdemos metade do nosso “pulmão” humano.
Euclides Cavaco
Pedro Barroso
Carlos Matos
Gomes
É cada vez mais urgente salvar o que de mais precioso este mundo nos dá: a
Natureza, mas isto não passa apenas por proteger as florestas, mas também
pela diminuição de consumo de carne animal, pela diminuição da poluição
das reservas naturais de água e por acabar com o consumo de plástico (o
maior causador da poluição existente em todo o mundo).
Ivo Margarido
Jeremy da Costa
Nelson Lima
Não adianta ficarmos todos revoltados com os políticos e os seus “campangas“
capitalistas, acusando-os da destruição dos recursos naturais de
todos nós, se nós próprios, no nosso dia-a -dia não mudarmos nada as
nossas atitudes. É uma faca de duas pontas e também está apontada a nós.
Sejamos mais conscientes e arrisquemos em mudar, pelo bem de nos todos!
Daniel Bohren
JURISTA
EDIÇÃO,
COMPOSIÇÃO
E PAGINAÇÃO
Manuel Araújo
Jornalista 3000 A
araujo@manuelaraujo.org
Tel.:(+351) 912 410 333
PUBLICIDADE
pub.lusitano@
gmail.com
Tel.: 079 913 00 30
IMPRESSÃO
Diário do Minho
Tiragem: 2000 exemplares
Periodicidade: Mensal
Distribuição gratuita
PROPRIEDADE & ADMIN-
ISTRAÇÃO:
Centro Lusitano de Zurique
Birmensdorferstr. 48
8004 Zürich
Tel.: 044 241 52 60 - Fax:
044 241 53 59
Web: www.cldz.eu
Aragonez
Marquez
Apoios:
Esta publicação não
adopta nem respeita
o inútil
4 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
COMUNIDADES
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 5
COMUNIDADES
Eventos CLZ 2019-2020
Festival
de Folclore
30 Anos Rancho CLZ
21.09.2019
Magusto
16.11.2019
Festa de Natal e
Festa das crianças
2019
7 + 8.12.2019
Início
das Janeiras
4.01.2020
Festa
dos Sócios
07.03.2020
Torneio
de Futebol
08.03.2020
Torne-se associado do
Centro Lusitano de Zurique
e usufrua de inúmeras vantagens
Ligue Tel.: 079 222 09 14
PORTUGUESES
RESIDENTES NO ESTRANGEIRO
NÃO IMPORTA
ONDE ESTÁ.
COM A CAIXA
FICA MAIS PERTO.
Escritório de Representação da CGD - Suíça
Rue de Lausanne 67/69, 1202 Genève
Tel: Genève - 022 9080360 I Tel: Zurique - 078 6002699 I Tel: Lausanne – 078 9152465
email: geneve@cgd.pt
A Caixa Geral de Depósitos, S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.
6 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
COMUNIDADE
Cuca Roseta canta para comunidade
Católica em Zurique
No passado dia 6 de Julho, realizou-
-se um concerto solidário, organizado
pela Missão Católica Portuguesa
de Zurique e pelo Centro Lusitano de
Zurique, em forma de comemoração
do aniversário das duas instituições.
A igreja de São Félix e Regula em Zurique
foi o palco especial para receber
a fadista Cuca Roseta, para um concerto
solidário que juntou dezenas
de portugueses e estrangeiros para
ouvir a música portuguesa que é Património
Imaterial da Humanidade: o
Fado.
Este evento teve a organização das
duas instituições que mais representam
a comunidade portuguesa em Zurique:
a Missão Católica Portuguesa e
o Centro Lusitano de Zurique.
O concerto teve como objectivo proporcionar
um momento de lazer a
toda a comunidade em Zurique, e com
os lucros angariados, ajudar instituições
ou pessoas necessitadas em
Portugal.
No final do evento, os organizadores
mostraram-se satisfeitos com a adesão
e participação do público, assim
como com a solidariedade de todos
para esta causa.
SANDRA FERREIRA
“Os estrangeiros
valorizam muito a
nossa música.“
Maria Isabel Rebelo
Couto Cruz Roseta,
mais conhecida pelo
seu nome artístico,
Cuca Roseta, é um dos
nomes que representa
a nova geração de fadista
portugueses. Natural
de Lisboa, desde
muito cedo percebeu
que tinha um dom para
a música, em especial
para fado. De passagem
por Zurique, falou-
-nos um pouco da sua
paixão e do que sente
junto das comunidades
estrangeiras.
Lusitano Zurique -
Como se sentiu neste
concerto aqui em Zurique?
Cuca Roseta - Quando
cantamos para portugueses
no estrangeiro,
sinto uma energia muito
bonita, que me comove
sempre. Porque eu acho
que aqui o publico tem
saudades de Portugal e
nós trazemos-lhes estas
lembranças e é impossível
de não ser assim, uma
noite muito emocionante.
Nós sentimos a emoção
das pessoas nas palmas,
nas caras… Eu também
me emocionei muito com
isso. Foi espectacular
mesmo!
L.Z. - Foi um momento
especial, mas foi também
num local especial?
C.R.- Sim foi. Nós ja tocamos
outras vezes em
igrejas, mas em Zurique
foi a primeira vez. É sempre
um momento muito
especial, porque como
sou católica é um sitio
que nós respeitamos
e parece que existe ali
mesmo qualquer coisa.
É um sitio que tem a ver
com o meu lado mais interior
e para mim, assim
como o fado, é perfeito.
L.Z. - Como disse no
concerto, existem vários
tipos de fado e
cada fadista canta mais
aquele com que se
identifica. Reparei que
se identifica muito com
o fado corrido, é correcto?
C.R.- Sim, sim… É um
fado que é muito intenso
e é um fado também muito
alegre. Eu acho que
sou uma fadista muito
positiva. Gosto de falar
do sofrimento e sobre a
vida, mas tenho uma visão
positiva sobre a vida
e sobre as adversidades.
E o fado corrido é uma
forma alegre de cantar
tristeza. Eu acho muito
giro este contraste.
L.Z. - Amália Rodrigues
é uma das suas maio-
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 7
COMUNIDADE
res referências?
C.R. - Sim eu sou uma grande
fã da Amália Rodrigues.
Acho que é assim a pessoa
que mais me marcou no fado.
Também gosto muito do Alfredo
Marceneiro, Virgílio do
Carmo, do Camané, dos novos
como Ana Moura, mas
realmente Amália Rodrigues
… Acho que é tudo, na pessoa,
na forma como levou
Portugal para fora, como
também começou a cantar
os grandes poetas. Acho que
também foi com ela que surgiu
o fado canção e eu identifico-me
imenso com esta
linha da Amália, do que com
o fado tradicional. Eu gosto
muito de ouvir e cantar fado
tradicional, mas acho que a
minha voz se encaixa melhor
na linha da Amália.
L.Z. - Acha que o fado, hoje
em dia, esta muito bem representado?
C.R. - Sim acho. Acho que
esta nova geração é muito
rica. Somos muitos, mas somos
muito diferentes e isso
é bom porque conseguimos
chegar a diferentes pessoas.
E no fundo temos essa responsabilidade
de manter a
nossa música, única, viva
pelo mundo. Nós cantamos
lá fora para os portugueses,
mas cantamos maioritariamente
para os estrangeiros
que valorizam a nossa música
como fosse deles, e isso é
espectacular, porque somos
de um país muito pequenino,
mas com uma riqueza musical
enorme.
L.Z. - E como é fazer-se
parte deste grupo de fadistas
que representa o fado
hoje em dia?
C.R. - Eu sinto-me muito honrada
mesmo! Acho que é muito
bom ver como os fadistas
mantém a sua essência, sem
se copiarem uns aos outros.
E isso é que é espectacular
na nossa geração. A minha
forma de ser e estar em palco
é minha, e se formos ver uma
Ana Moura é diferente, um
António Azambuja é diferente,
uma Gisela João Gil é diferente
e isso é espectacular.
L.Z. - Sente alguma diferença
entre cantar para os
portugueses em Portugal
ou para os portugueses da
comunidade estrangeira?
C.R. - Sim é muito interessante.
São dois concertos
muito diferentes. Os estrangeiros
apesar de não entenderem,
conseguem sentir as
emoções que nos colocamos
nas palavras, nas histórias da
nossa vida. E eles reagem ao
fado, e a Portugal no fundo,
de outra maneira que me dá
uma grande alegria. Eu sou
apaixonada por Portugal e
sinto-me mesmo honrada de
perceber que eles valorizam
tanto a nossa música, sem
entenderem uma palavra. É
extraordinário! Cantar para as
comunidades é sempre uma
alegria e algo que me emociona
muito. Ver as pessoas
que tem saudades do nosso
país e perceber que nós
temos o papel de matar um
pouquinho dessa saudade, é
espectacular.
L.Z. - Se não fosse fadista,
o que teria sido, em termos
de profissão?
C.R. - Teria sido psicóloga,
que foi no que eu me formei.
Mas acho que não dava para
não ser fadista, porque eu
nasci mesmo para cantar o
fado. (risos)
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Doença ( krakenkasse )
210.70 Chf ( adultos / +25 anos )
205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos )
47.40 Chf ( menores / 0-18 anos )
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Frente ao Centro Lusitano de Zurique
Telm.: 076 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80
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8 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
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A diva do Fado:
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Quarta-feira 2.10.19 20.00 Kaufleuten Zürich
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SAÚDE
As vantagens e desvantagens do
consumo de Álcool com o avançar da idade
Na Suíça uma em cada quatro pessoas
acima dos 65 anos bebe álcool diariamente.
O álcool faz parte da cultura e a
maioria das pessoas não demonstram
ter dificuldades em lidar com ele. No
entanto, quem bebe demasiado perde
qualidade de vida, o que tem consequências
negativas para si e mesmo
e para os outros à sua volta. Pessoas
idosas querem ter uma vida ativa – isto
será tanto mais possível, quanto maior
for a consciência sobre o próprio consumo
de álcool.
O álcool tem um forte impacto na perceção
e consciência de vida de uma pessoa.
O consumo de álcool pode apresentar
efeitos agradáveis como por exemplo
desinibição, aumento da autoconfiança,
maior capacidade de lidar com situações
difíceis ou outros. As pessoas com mais
idade também consomem álcool devido a
motivos deste tipo, sejam eles por exemplo,
aguentar melhor as dores físicas, lidar
com a solidão, fugir de questões existenciais
ou adormecer com mais facilidade.
Alguns querem também passar momentos
agradáveis e engraçados com a família ou
amigos, assim como esquecer problemas
e sentir-se um pouco melhor em termos
globais. Este efeito positivo é, contudo, de
curta duração e pode transformar-se rapidamente
num efeito negativo se o consumo
aumentar acima do tolerável.
O Consumo de álcool é saudável para
pessoas idosas?
Um homem não deve beber mais do que 1
ou 2 copos standard por dia e uma mulher
não mais do que 1 copo. Um copo pode
ser 3 dl de cerveja, 1 dl de vinho ou 0,4 dl
de licor ou bebidas brancas. Todas estas
bebidas contêm mais ou menos a mesma
quantidade de álcool. Em situações especiais
pode, excecionalmente, ser consumida
uma quantidade de 1 a 4 copos.
Importante: Tenha atenção aos sinais que
o seu corpo dá e aos conselhos das pessoas
ao seu redor. Para pessoas idosas,
o consumo regular e excessivo de álcool
traz consigo diferentes perigos. Frequentemente,
sofre a saúde física e psicológica
destes consumidores, assim como as
pessoas mais próximas sofrem fortemente
com o problema:
• Queixas físicas: Dor de cabeça,
Tonturas, insónias, cansaço, menor capacidade
para atividade física, baixa capacidade
de reação, perturbação da fala,
dores de estômago etc.
• Queixas psicológicas: Stress,
Sobrecarga, Ansiedade, depressão, vergonha,
confusão etc.
• Problemas sociais: Por exemplo,
evitar aparecer devido à menor higiene =
menores contactos sociais, aborrecimento,
falta de confiança, isolamento, abandono,
dívidas etc.
• Perigo de queda: Porque a perceção
e a capacidade de reação ficam
limitadas com o consumo. Além disso, as
pessoas mais idosas sentem mais rápida
e fortemente os efeitos do álcool do que
pessoas mais jovens. Já com quantidades
baixas de álcool acontecem perturbações
como, por exemplo, do sono. O processo
de dissolução do álcool no sangue é
para estas pessoas mais demorado, o
que significa que as pessoas precisam de
mais tempo até ficarem sóbrias. Perigoso
é também a mistura de álcool com medicamentos,
uma vez que o efeito dos medicamentos
é influenciado. Muitas vezes
o álcool corta o efeito dos medicamentos
ou então aumenta fortemente esse efeito.
Em caso de dúvida, pergunte ao seu médico,
na farmácia ou na Spitex. A ciência
mostra, todavia, que o consumo de quantidades
reduzidas de álcool pode ter uma
efeito positivo na saúde e na situação de
vida.
O que fazer quando se tem um problema
com o álcool – quem pode ajudar?
Quando alguém sente que não mais pode
deixar o álcool e que o consumo está
sempre a aumentar deve procurar ajuda.
Também o deve fazer se aparecerem
sintomas de ressaca como, por exemplo,
tremedeira, suores ou vómitos quando se
tenta parar de beber ou então beber menores
quantidades. É importante analisar
as quantidades realmente consumidas e
qual o motivo do consumo do álcool. É
também muito importante manter contactos
sociais com a família e amigos, assim
como participar ativamente na sociedade.
No geral, devem ser mantidas também diversas
atividades que possam dar sentido
e alegria à vida, por exemplo, um passeio,
tratar da casa ou um outro Passatempo.
Procure Apoio
Se estiver preocupado com o seu próprio
consumo de álcool ou de familiares, fale
com pessoas da sua confiança, por exemplo,
no seio da sua família, com o seu médico
ou com a Spitex. Neste caso, você
poderá marcar uma consulta sem compromisso
num centro de aconselhamento.
Normalmente este é um apoio sem custos
e, se assim for o seu desejo, poderá
ser feito com a ajuda de um tradutor. As
pessoas que fazem este aconselhamento
estão obrigadas à confidencialidade.
Lá você tem acesso a aconselhamento
profissional para poder ter uma relação
saudável com o álcool ou outras substâncias
– para uma melhor saúde e uma
maior qualidade de vida em idades mais
avançadas.
Outras informações na Internet
• www.blaueskreuz.ch
• www.suchtimalter.ch
• www.alterundsucht.ch
• www.alkohol-im-alter.ch
• www.suchtindex.ch www.safezone.ch.ch
Blaues kreuz – Cruz azul
A Cruz azul é uma organização especializada
em temas relacionados com o álcool
e dependências na Suíça. Desde há mais
de um século que esta instituição ajuda as
pessoas afetadas por dependências: pessoas
com problemas com álcool e seus
familiares. Para evitar o desenvolvimento
de problemas com o álccol e outras substâncias
existem pessoas especializadas
que se envolvem voluntariamente nas seguintes
áreas:
• Prevenção e promoção da saúde;
• Aconselhamento, acompanhamento
e integração;
• Sociedade e Politica
Encontre mais informações e contactos
de centros de aconselhamento
aqui:
www.blaueskreuz.ch
Michael Eggen, Sozialarbeiter FH
Centro de Aconselhamento em dependências
Cruz Azul Bern-Freiburg-Solothurn
Bild. «Depois de me reformar perdi o controlo
sobre o álcool. Uma terapia ajudou-
-me»
(escrito segundo o novo AO)
10 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
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Unterstützt durch das Kantonale Integrationsprogramm
und die Integrationsförderung der Stadt Zürich.
Centro Lusitano de Zurique
SETEMBRO 2019
CURSO BÁSICO
de ALEMÃO
Oferecemos: Professor que fala a língua portuguesa
76 horas de aula – Seis meses de curso
Turmas de 10 alunos – Melhor preço
Residentes em Zurique CHF 380 (5 CHF por aula)
Residentes fora da cidade CHF 760 (10 CHF por aula)
Dias de aula: 2 as e 4 as -feiras, de 09.09.2019 a 05.02.2020
3 as e 5 as -feiras, de 10.09.2019 a 06.02.2020
(Com férias escolares de Zurique)
Horário de 19:00 às 20:45 horas
________________________________________________________________________________
Informação e inscrição:
Local do curso:
Prof. Ronaldo Wyler 076 332 08 34
Centro Lusitano de Zurique
Zuila Messmer 079 560 85 09 Birmensdorferstrasse 48 *
8004 Zürich
*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon
Restaurante Pergola
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 11
COMUNIDADE
Uma casa com mais de 60 anos
PEDRO NABAIS
Com várias especialidades da gastronomia
italiana e espanhola, o Restaurante
Pergola, no “Kreis”4 em Zurique,
tem cada vez mais sido frequentado
pela comunidade portuguesa. A sua
gerência sempre foi feita por portugueses.
O Lusitano de Zurique quis conhecer
esta casa que é gerida actualmente
por Cláudio Santos.
Lusitano Zurique - Quem é o Cláudio
Santos?
Claudio Santos - Nasci aqui em Zurique
há 31 anos e sempre vivi aqui na Suíça,
mas o coração é português: de Chaves
e Bragança, terra natural dos meus pais.
Frequentei toda a minha escola aqui em
Zurique e, quando chegou a altura, fiz a
minha aprendizagem para empregado de
mesa que considero como a minha paixão.
L.Z. - -Podes contar um pouco da história
do restaurante Pergola?
C.S. - O restaurante Pergola existe há
mais de 60 anos com este nome. Pergola
porquê? Porque antigamente o restaurante
tinha uma Pergola dentro, que era
tudo em madeira com materiais para a
vindima. Hoje possui cerca de 60 a 70 lugares
interiores e no verão dispomos de
uma esplanada com 28 lugares.
L.Z. - Como surgiu a oportunidade de
ficares a gerenciar o restaurante?
C.S.- Foi uma grande oportunidade que
tive. Trabalhei aqui como empregado
durante 10 anos com os meus ex-patrões
e quando eles regressaram a Portugal,
tive a possibilidade de comprar o restaurante,
mantendo sempre o mesmo nome
e a mesma carta.
L.Z. - Qual o estilo de cozinha que
predomina na tua carta?
C.S. - A minha carta é um misto de cozinhas,
desde Suíça, Italiana, Espanhola,
mas começamos agora com a introdução
de alguns pratos típicos Portugueses
e também com alguns vinhos do
nosso País.
L.Z. - De que regiões são os vossos
vinho?
C.S. - Os nossos vinhos vêm do Algarve,
Alentejo e Douro.
L.Z. - Qual a aceitação da clientela
mais antiga do Pergola a esta nova
introdução de pratos e vinhos Portugueses?
C.S. - Ao início foi um pouco difícil, mas
aos poucos começam a aceitar gostam
muito do nosso País e dos Portugueses.
Começam a ir ao nosso País e já pedem
os produtos Portugueses.
L.Z. - De que nacionalidade é a tua
base de clientes?
C.S. -Cerca de 80% dos clientes são já
habituais, temos um pouco de tudo, desde
pessoas de mais idade até jovens e
as nacionalidades são várias. Suíços,
Italianos e Espanhóis são a grande base
da clientela, mas registo com satisfação
o início da clientela Portuguesa com regularidade.
L.Z. - Todos o restaurantes tem um
prato como a especialidade da casa.
Qual o vosso?
C.S.- A nossa especialidade é a costeleta
de vitela que a cortamos e servimos
em dois serviços, todos que já provaram
este prato ficam encantados e alguns
voltam para repetir.
L.Z. - Também fazem o fabrico de alguns
produtos para serem consumidos
aqui no restaurante, quais são?
C.S. - Sim é verdade fazemos aqui na
nossa cozinha os “gnocchi”.
L.Z. - Como é formada a tua equipe?
C. S. -Habitualmente somos 7 pessoas:3
na cozinha, 3 pessoas no “service” e eu
estou um pouco em todo o lado. Mas
quando é preciso conto com ajuda preciosa
dos meus pais e irmão.
L.Z. - Quais os teus projetos para o
futuro?
C.S.-Ainda é muito cedo pois só estamos
aqui à frente do restaurante há dois
anos. Existe muita coisa pela frente, mas
gostávamos de ir para Portugal e abrir lá
um restaurante ,mas ainda é cedo, temos
de estar contentes com aquilo que temos
de momento.
12 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
BREVES/EMIGRAÇÃO
A jornalista Paula Machado
Condecorada
A Jornalista da RDPI, “que melhor conhece
a comunidade na Diáspora”, recebeu
a medalha de Mérito das Comunidades
Portuguesas com o grau Ouro
que lhe foi atribuída pelo Secretário das
Comunidades, José Luís Carneiro. Foi
entregue pelo senhor presidente da Assembleia
da República, Ferro Rodrigues,
durante o primeiro congresso da Diáspora
portuguesa que se realizou na cidade
do porto.
Durante a sessão de apresentação, que
se realizou em Santa Maria da Feira durante
o V Encontro de Gabinetes de Apoio
ao Emigrante, o secretário de Estado dos
Assuntos Fiscais salientou que a dupla
tributação internacional “é um dos temas
mais difíceis de abordar e que mais gera
dúvidas, assim como a tributação dos
imóveis, que é absolutamente uma parte
mais abrangente do documento”.
Para além destes dois temas, o Secretário
de Estado sublinhou “ainda que a
informação que existe do Regime dos
Residentes Não-Habituais, uma vez que
este não é só para estrangeiros, mas
para todos aqueles que nos últimos cinco
anos não residiram em Portugal”.
Na intervenção conclusiva foi anunciado
que a realização dos próximos Congressos
Mundiais de Redes da Diáspora Portuguesa,
será numa base bianual com
datas e locais a definir.
———
Governo lança “Kit
Emigrante “para informar
sobre serviços públicos
Nas redes-sociais a jornalista agradeceu
e disse que se tratava de “uma distinção
que é minha, nossa, de todos os portugueses
no mundo. Sem vocês eu não
estaria aqui. Bem hajam, homens e mulheres
de coragem.”.
———
Guia Fiscal para as Comunidades
Portuguesas
O Guia Fiscal das Comunidades Portuguesas
tem como objectivo aproximar
a Autoridade Tributária dos cidadãos e
ajudar no esclarecimento de dúvidas e
cumprimento das obrigações dos contribuintes.
"Temos feito um esforço grande para
pensar e desenhar medidas que aproximem
a Autoridade Tributária dos cidadãos
na perspectiva de os ajudar naquilo
que é cumprimento voluntário das suas
obrigações. E, este novo paradigma, fez
com que tivéssemos uma ideia simples e
singela que foi o Guia Fiscal para as Comunidades
Portuguesas", afirmou o secretário
de Estado dos Assuntos Fiscais,
António Mendonça Mendes.
O documento, que segundo o secretário
de Estado dos Assuntos Fiscais, vai
estar "sempre em actualização no portal
das comunidades portuguesas", e
abordará temas como: a representação
fiscal, como evitar a dupla tributação
internacional, a tributação do património
imobiliário em Portugal, a tributação
automóvel em Portugal, o Programa Regressar
e o Regime dos Residentes Não-
-Habituais.
Para mais informação consulte o Sitio:
https://www.portaldascomunidades.mne.
pt/images/GADG/IRS_RNH_PT_1.pdf
———
I Congresso Mundial de
Redes da Diáspora Portuguesa
Realizou-se na cidade de Porto e acolheu
centenas de participantes, nos dias
13 e 14 de Julho, nas instalações da Ordem
dos Contabilistas Certificados, sob
o tema - Por Uma Visão Estratégica Partilhada.
Com 597 participantes oriundos de 40
países, dos cinco continentes, este primeiro
congresso das redes da Diáspora
debateram temas como: a Rede do
Associativismo, Rede da Ciência e do
Conhecimento, Rede da Economia e do
Desenvolvimento, Rede da Cidadania e
dos Luso-eleitos, Rede do Apoio Local
e a Rede dos Órgãos de Comunicação
Social da Diáspora.
Para a maioria dos participantes esta foi
uma oportunidade para partilhar histórias,
experiências, informação e avaliação
das políticas públicas para as Comunidades
Portuguesas, e de debate sobre
o que une os Portugueses em Portugal e
no Mundo.
Para além dos seis painéis em debate,
realizaram-se outros trabalhos conclusivos
que originou ideias e propostas, das
quais resultaram o seguinte conjunto de
conclusões: Honrar e valorizar o legado
da Diáspora Portuguesa no Mundo, Reforçar
ainda mais a ligação da Diáspora a
Portugal, continuar a apoiar as redes de
contacto na Diáspora.
O Governo português lançou ,a 8 de
Agosto, a campanha de informação ‘Kit
Emigrante’ com o objectivo de responder
as necessidades e afluências com maior
frequência dos emigrantes portugueses
durante as suas visitas a Portugal.
A ideia é disponibilizar um ‘kit’, ou seja,
um documento com um elenco daqueles
que são os serviços que mais frequentemente
os cidadãos portugueses que residem
fora de Portugal solicitam quando
visitam Portugal nos meses de Verão. Sabemos
que os serviços mais procurados
não são muitos, mas o “Kit Emigrante”
vai garantir aos cidadãos portugueses,
que se encontram no estrangeiro, uma
ferramenta que garante, de uma forma
ágil e muito simples, o acesso à informação
essencial”, disse à Lusa o secretário
de Estado Adjunto e da Modernização
Administrativa, Luís Goes Pinheiro.
Segundo este governante o ‘kit’ será
“desde logo disponibilizado ‘Online’ no
portal ePortugal.gov.pt, e posteriormente
divulgado junto das comunidades (postos
consulares e diplomáticos dos países
de acolhimento). Juntas de freguesias de
todos os municípios assim como nos 157
gabinetes de apoio ao emigrante.
O “Kit Emigrante” é resultado de uma
parceria entre a Secretaria de Estado
para a Modernização Administrativa e a
Secretaria de Estado das Comunidades
Portuguesas.
Esta ferramenta vai permitir que os cidadãos,
depois de adquirirem a Chave
Móvel Digital, acedam à renovação do
Cartão de Cidadão e alteração dos seus
dados, ao pedido do certificado de registo
criminal, ao pedido ou simulação
de pensões através da Segurança Social
ou da Caixa Geral de Aposentações e
ainda a informações úteis como os números
de telefone da Saúde24 e a linha
de Segurança Social.
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 13
Falámos Português!
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14 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
AGENDA CULTURAL
1.09.2019
DIA DO CINEMA
Hoje, em muitos cinemas de Zurique, o bilhete
custa apenas CHF 5.- por filme. Para uma visão
geral dos cinemas e informações sobre o
programa consulte www.allianz-tagdeskinos.
ch.
2.09.2019
CURSO DE ELECTRÓNICA PARA
CRIANÇAS
O curso dirige-se a crianças a partir da 1ª
classe com interesse em aparelhos electrónicos.
Inscrições até 03.09.: walter.seiler@gz-
-zh.ch. A partir de 12.09., à quinta-feira. 16:00-
18:00. Com KulturLegi CHF 25.- para 6 vezes
(em vez de CHF 50.-).
GZ Leimbach. Leimbachstr. 200.
Bus 70 bis “Sihlweidstrasse”.
http://www.gz-zh.ch/gz-leimbach/
3.9.2019
ARTE E FILMES
“The Foundation” (2015) é uma instalação de
arte com vários filmes de Patrick Staff. A obra
aborda os relacionamentos “queer” de diversas
gerações. Exposição até 08.09. Ter/qua/
sex 11:00-18:00. Qui 11:00-20:00. Sáb/dom
10:00-17:00. Entrada livre.
LUMA Westbau, Löwenbräukunst. Limmatstr.
270.
Tram 4/13/17 bis “Dammweg”.
http://www.westbau.com/whats-on
4.9.2019
FESTA PARA CRIANÇAS
Em Altstetten decorre hoje uma grande festa
para crianças com muitas atracções e
um programa dos bombeiros, maquilhagem,
danças e jogos variados, mesmo se chover.
14:30-17:30. Entrada livre.
GZ Grünau. Grosser Platz vor Alterszentrum.
Grünauring 18.
Tram 17 oder Bus 78 bis “Grünaustrasse”.
http://www.gz-zh.ch/gz-gruenau
5.9.2019
INFORMAÇÕES SOBRE A PROCURA
DE CASA
Como posso procurar e encontrar apartamento
na cidade de Zurique? Especialistas
informam em alemão, inglês, farsi e árabe.
19:00-21:00. Participação gratuita.
Caritas Zürich. Beckenhofstr. 16.
Tram 11/14 bis “Beckenhof”.
http://www.caritas-zuerich.ch/aktuelles/agenda
6.9.2019
FESTIVAL SOBRE A DIVERSIDADE
DAS PESSOAS DE ZURIQUE (06.09.-
21.09.)
Durante duas semanas, o festival “About Us!”
celebra a diversidade da cidade de Zurique
com vários eventos culturais. Os festejos da
inauguração decorrem hoje na Helvetiaplatz
e a presidente da cidade, Corine Mauch, fará
um discurso. Os artistas apresentam o programa
do festival. 20:00. Programa completo:
www.about-us.ch. Entrada livre para todos os
eventos.
Helvetiaplatz.
Tram 8 oder Bus 32 bis „Helvetiaplatz”
7.9.2019
A LONGA NOITE DOS MUSEUS
Que tal uma visita nocturna ao Zoo? Ou talvez
queira passear pela “Kunsthaus” à meia-noite?
No evento “Lange Nacht der Zürcher Museen”
50 museus de Zurique convidam a uma
descoberta nocturna com eventos. 18:00-
02:00. Informações e programa: www.langenacht.ch.
O escritório da MAPS oferece 5×2
bilhetes. Basta ligar 044 415 65 89 ou enviar
um mail para: maps@aoz.ch.
8.9.2019
MUSEU ETNOGRÁFICO
A exposição “Karte-Spur-Begegnung” apresenta
a colecção de objectos sobre o Tibete
de Heinrich Harrer e Peter Aufschnaiter. Ter/
qua/sex 10:00-17:00. Qui 10:00-19:00. Sáb
14:00-17:00. Dom 11:00-17:00. Entrada livre.
Völkerkundemuseum. Pelikanstr. 40.
Tram 2/9 oder Bus 66 bis “Sihlstrasse”.
http://www.musethno.uzh.ch
9.9.2019
ANDAR GRATUITAMENTE NA MON-
TANHA-RUSSA
Hoje entre as 11:00 e as 11:30 pode andar gratuitamente
nos carrosséis, montanha-russa
e outras diversões no “Chilbi” (feira anual) da
festa Knabenschiessen.
Albisgütli.
Tram 13/17 oder Bus 32/89 bis “Strassenverkehrsamt”.
http://www.knabenschiessen.ch
10.9.2019
APRENDER ALEMÃO A CANTAR
Cantando em conjunto, no projecto “Singend
Deutsch Lernen”, os participantes aprendem
a exprimir-se na língua alemã, através da
melodia e do ritmo. Não são necessários conhecimentos
musicais. Duração do curso: de
10.09. até final de Janeiro de 2020. Ter 17:00-
18:45. Participação gratuita com N/F-Ausweis
(em vez de CHF 7.- por sessão).
Maxim Theater. Ausstellungsstr. 100.
Tram 4/13/17 oder Bus 32 bis “Limmatplatz”
http://www.maximtheater.ch
11.9.2019
CONCERTO NO RIO
A banda “Music for the Space” faz música em
estilo “ambiant”. O concerto ao ar livre realiza-se
apenas com bom tempo. 20:00-22:00.
Entrada livre.
Jugendkulturhaus Dynamo. Wasserwerkstr.
21.
Tram 11/14 bis “Beckenhof”.
http://www.dynamo.ch/event/music-space
12.9.2019
EXPOSIÇÃO (07.09.-21.09.)
As associações “Matica Bosne i Hercegovine”
e “TransAlpin-Art” apresentam a exposi-
AGE
CULT
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Zur
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Z
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www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 15
AGENDA CULTURAL
NDA
URAL
e
ique
acontece em
urique
os livres e culturais)
© annca
ção “Wir hier! – Mi ovdje!” com obras de
diversos artistas da cidade de Zurique.
No sábado e no domingo à noite haverá
também sessões de leitura em voz alta,
actuações e concertos. Aberto a partir
das 13:00, encerrado a 09./10./16./17.09.
Entrada livre.
Pop Up Gallery. Landenbergstr. 17.
Bus 33/46 bis “Bahnhof Wipkingen”.
http://www.about-us.ch
13.9.2019
CONCERTO
O trio “Mermaidens” (Psych-Fuzz-Rock-
-Pop) é uma jovem banda da Nova Zelândia.
21:00. Entrada livre, contribuição
espontânea.
Gotthard Bar. Langstr. 63.
Bus 31/32 bis “Militär-/Langstrasse”.
http://www.gotthard-bar.ch
14.9.2019
FESTA DE OUTONO NO LAGO
Nesta festa para toda a família há imensas
possibilidades de jogos, trabalhos
manuais e comidas. Além disso, poderá
produzir o seu próprio sumo de maçã. A
partir das 14:00. Entrada livre.
GZ Wollishofen. Bachstr. 7.
Tram 7 oder Bus 70 bis “Post Wollishofen”
oder Bus 161/165 bis “Rote Fabrik”.
http://www.gz-zh.ch/gz-wollishofen
15.9.2019
PASSEIO A PÉ NA NATUREZA
Acompanhado por um especialista, poderá
procurar frutos comestíveis e venenosos
e assim perceber a sua diversidade.
Ponto de encontro: paragem “Schützenhaus
Höngg”. 14:00-16:00. Participação
gratuita.
Haltestelle “Schützenhaus Höngg”.
Bus 38 bis “Schützenhaus Höngg”.
http://www.zuerich-hoengg.ch
17.9.2019
COSTURAR EM CONJUNTO
À terça-feira, no “Nähcafé” pode aprender
a costurar e concretizar os seus próprios
projectos de costura, com o apoio
de costureiras experientes. Máquinas de
costura, tecidos e utensílios estão à disposição.
10:00-12:30. Para pessoas com
poucos recursos financeiros, CHF 1.- (em
vez de CHF 4.-), materiais incluídos.
GZ Bachwiesen. Bachwiesenstr. 40.
Bus 67/80 bis “Untermoosstrasse”.
http://www.gz-zh.ch/gz-bachwiesen
19.9.2019
ALEMÃO PARA PRINCIPIANTES
À quinta-feira pode frequentar um curso
para principiantes no rés-do-chão da
Langstrasse 200. Uma assessora fornece
informações sobre cursos de alemão na
cidade de Zurique. 17:00-18:40. Participação
gratuita.
L200. Langstr. 200.
Bus 32 bis “Röntgenstrasse”.
http://www.aoz.ch/introdeutsch
21.9.2019
CURSO DE TEATRO SOBRE PRIVI-
LÉGIOS (21.09./22.09.)
O curso de dois dias convida jovens e
adultos a debater os métodos de teatro
e o tema “privilégios”. Um especialista
do “Centro de teatro do oprimido” no
Rio de Janeiro, coordena o curso. Não
são necessários conhecimentos prévios.
Sáb 10:00-22:00, dom 10:00-15:00. Inscrições:
vielfalt@mondopoly.ch. Participação
gratuita, contribuição espontânea.
Maxim Theater. Ausstellungsstr. 100.
Tram 4/13/17 oder Bus 32 bis “Limmatplatz”.
http://www.mondopoly.ch/news
22.9.2019
CINEMA INFANTIL
O cinema “Lila” abre o mundo do cinema
a crianças entre os 6 e os 13 anos. Após
o filme, haverá um breve curso com uma
especialista em cinema. 15:00-17:30. Entrada
livre.
GZ Höngg. Limmattalstr. 216.
Tram 13 oder Bus 80 bis “Zwielplatz” oder
Bus 38 bis “Kappenbühlweg”.
http://www.gz-zh.ch/gz-hoengg
23.9.2019
PARTILHAR
CONHECIMENTO
(23.09.-29.09.)
No projecto “Quartier macht Schule”, as
pessoas transmitem o seu conhecimento.
Há aulas sobre 60 temas diferentes,
por exemplo, abelhas, sushi ou língua
gestual. As aulas realizam-se nos centros
comunitários da cidade de Zurique. Programa:
www.gz-zh.ch/app/uploads/sites/16/2019/07/2019_QmS_Programm-kl.
pdf. O número de lugares por aula é limitado.
Necessário fazer inscrição. Participação
gratuita, contribuição espontânea.
26.9.2019
CONCERTO
A banda de Zurique “Herr Schneider”
toca canções com influências da chanson,
klezmer e folk. 20:00. Entrada livre,
contribuição espontânea.
Rakete Bar im GZ Bachwiesen. Bachwiesenstr.
40.
Bus 67/80 bis “Untermoosstrasse”.
http://www.raketebar.ch
27.9.2019
FESTA DE MÚSICA ELECTRÓNICA
Hoje à noite vários artistas do colectivo
“Clubbüro” sobem ao palco e tocam música
electrónica. 22:00. Entrada livre.
Rote Fabrik, Clubraum. Seestr. 395.
Tram 7 oder Bus 70 bis “Post Wollishofen”
oder Bus 161/165 bis “Rote Fabrik”.
http://www.rotefabrik.ch/de/akteure/
clubbuero.
Fonte: www.maps-agenda.ch/
16 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
CRÒNICA
Do nosso cantinho para o vosso cantão
Rainha de Portugal
RUI ARAGONEZ MARQUES
Neste meu primeiro correio “Do nosso
cantinho para o vosso cantão”, não
podia deixar de referir a minha estadia
em Zurique entre os dias oito e doze
do pretérito mês de Junho, a convite
do Exmo. Sr. Cônsul-Geral, Dr. Paulo
Maia e Silva, para participar no Dia de
Portugal, de Camões, da vossa Comunidade
e de todas as outras espalhadas
pelo mundo.
Toquei solo suíço pela primeira vez no dia
oito e bastou-me o dia nove, como peregrino
da vigésima oitava Peregrinação
dos Emigrantes Portugueses em Einsiedeln,
rodeado por portugueses, centenas,
alguns de rostos cansados, filhos
às cavalitas, bebés adormecidos nos
braços, futuros sonhados, incertezas latentes,
atrás de uma imagem de Fátima,
a nossa Fátima, símbolo de esperança e
união de todos nós, para perceber a força,
o dinamismo e a saudade da Comunidade
Portuguesa na Suíça..
Rezavam em português, cantavam em
português e senti como um arrepio aquele
“Ave, Ave, Ave-Maria...”, soando nas
janelas com rostos nas vidraças, reflectidos
nas bandeiras soltas que povoavam
as ruas, lenços brancos acenando como
molduras da nossa língua... estávamos
todos em Portugal.
As emoções vividas nesse dia foram muitas
e se um país, para o ser, necessita
de três pilares fundamentais - Língua,
História e Religião - esses três pilares estiveram
presentes, a Religião e a Língua
obviamente, mas dirá o leitor:
- E a História?
Pois a História, para além de camuflada
nesse espírito aventureiro que nos levou e
leva a correr mundo, procurando melhor
vida no desconhecido, apareceu com força
quando na procissão a uma só voz se
cantou... “Rainha de Portugal”...
Seguros destas três colunas vertebrais
de cérebro único, o nosso país, o Estado-Nação
mais antigo da Europa a caminho
dos mil anos de História, está bem
assumido para caminhar e enfrentar outros
mil.
Mas voltemos ao som ainda vivo na memória
dos peregrinos, cantando... “Rainha
de Portugal”...
A Rainha de Portugal é Nossa Senhora
da Conceição e, embora não seja historiador,
sirvo-me de ser um contador de
histórias, para vos contar este episódio
da história de todos nós.
Estamos em Vila Viçosa, na capelinha
Estátua equestre de D. João IV junto do Palácio
Ducal de Vila Viçosa
mandada edificar por D. Nuno Álvares
Pereira.
Também em Vila Viçosa mora o fidalgo
português mais poderoso do reino, agora
ocupado por Espanha.
O calendário marca Outubro de 1640 e
pode-se ouvir o som das botas de Pedro
Mendonça nas escadarias do Palácio
Ducal, enviado pelos conjurados que se
reuniram em Lisboa e o mandataram para
convidar D. João, trineto de D. Manuel I
e bisneto de Dona Catarina de Bragança,
a encabeçar a revolta planeada para Dezembro.
D. João IV proclama Nossa Senhora da Conceição
Rainha e Padroeira de Portugal.
D. João, Duque de Bragança, recebeu-o
e quando Pedro Mendonça, com grande
vénia, chapéu de plumas, quase tocando
o chão, o saudou, dizendo: - Vossa Majestade...-
foi de imediato interrompido
pelo Duque.
A sua indecisão era grande e se o não
dizia, pensava “...com as mordomias que
tenho, as benesses que recebo da coroa
espanhola, com o bem que estou e chegam
estes a dar-me cabo da vidinha...”
- Senhor, é o momento exacto - insistiu
Pedro de Mendonça - a Catalunha revoltou-se
e o exército está do outro lado da
Península, precisamos de um Rei.
Continuou D. João a pensar “...virão por
nós, virão por mim...” e apenas respondeu:
- Tenho que pensar.
Foi então que entrou no salão de paredes
e tectos luxuosamente pintados, Dona
Luiza de Gusmão, que, de forma patriótica,
interferiu:
- Senhor meu esposo, antes ser Rainha
por uma hora do que Duquesa toda a
vida.
Para além de entrar no grande salão de
mil cores, Luiza de Gusmão tinha acabado
de entrar na História de Portugal.
O Duque aceitou ser rei, caso a revolução
triunfasse.
E triunfou.
Os conjurados prenderam a Duquesa de
Mântua, Margarida de Saboia, vice-rainha
de Portugal desde 1634, diz o povo
que num armário, dizem os intelectuais
que num quarto, antes de ser devolvida
a Madrid.
Pior sorte teve o seu secretário, Miguel
de Vasconcelos, que caiu da varanda, diz
o povo que empurrado, desta vez o povo
viu.
O Duque foi aclamado Rei e passou a governar
como D. João IV, em paz practicamente,
pois o exército espanhol só veio
resgatar Portugal dezassete anos depois
(obrigado Catalunha), tempo suficiente
para encontrar toda uma fronteira protegida,
era tarde demais.
Mas voltemos à rainha que o rei permitiu
que o fosse, ao povo e aos intelectuais.
Estes consideram que Nossa Senhora foi
coroada Rainha de Portugal como agradecimento
pela restauração do reino; já
o povo diz que o rei nunca perdoou à esposa,
e vingativo como era, levou a Corte
à capelinha de Nossa Senhora da Conceição
em Vila Viçosa, seis anos depois
(1646), e coroou Nossa Senhora, Rainha
de Portugal, usando a coroa de Luiza de
Gusmão.
D. João IV proclama Nossa Senhora da
Conceição Rainha e Padroeira de Portugal.
Desde essa data nenhuma rainha mais
usou coroa em Portugal. Os reis também
não, quem sabe se por solidariedade às
esposas.
O que é certo é que, em cerimónias oficiais,
há gravuras de uma almofada no
solo com a coroa real sobre ela, mas nunca
mais na cabeça de nenhum monarca
português.
Com a implantação da República em 5 de
Outubro de 1910, terminou a monarquia.
Só Nossa Senhora da Conceição continuou
a reinar até aos dias de hoje.
É e será sempre a “Rainha de Portugal”.
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 17
COMUNIDADES
Remessas de emigrantes crescem
15,1% no primeiro semestre
As remessas de emigrantes cresceram
15,1% no primeiro semestre deste ano,
para 1.951 milhões de euros, enquanto
as verbas enviadas pelos imigrantes
para os seus países de origem caíram
10,3%, para 235,6 milhões de euros.
De acordo com dados do Banco de Portugal
divulgados recentemente, os trabalhadores
portugueses no estrangeiro
enviaram para território nacional 1.951,1
milhões de euros no primeiro semestre,
o que representa um aumento de 15,1%
face aos 1.695,1 milhões enviados nos
primeiros seis meses do ano passado.
Em sentido inverso, entre Janeiro e Junho,
os estrangeiros a trabalhar em Portugal
enviaram para os países de origem
235,6 milhões de euros, menos 10,3%
que os 262,7 milhões registados no período
homólogo de 2018.
As remessas oriundas de países da
União Europeia (UE) são responsáveis
por 990,2 milhões, apesar da redução
de 2,74% face aos 1.018,1 milhões enviados
nos primeiros seis meses de 2018.
Destes 990,2 milhões enviados por portugueses
nos Estados-membros da UE,
destacam-se as remessas enviadas de
França, que apesar da quebra de 5% -
passaram de 560,8 milhões de euros, no
primeiro semestre de 2018, para 532,3
milhões de euros nos primeiros seis meses
deste ano - continuam a representar
mais de metade das remessas dentro da
comunidade.
Nos dados apresentados pelo Banco de
Portugal destacam-se ainda as remessas
com origem na Suíça, que aumentaram
13,04% no primeiro semestre, para
471,9 milhões de euros, face aos 417,44
milhões do período homólogo.
No último mês analisado, referente a Junho,
as remessas de emigrantes aumentaram
para 309,49 milhões de euros, um
crescimento de 9,88% em relação aos
281,67 milhões de Maio.
Em sentido inverso, as verbas enviadas
por trabalhadores estrangeiros em Portugal
durante o mês de Junho caíram
6,89%, para 37,82 milhões de euros,
face aos 40,62 milhões de Maio.
18 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
DESPORTO
Juniores A na segunda ronda da taça
JORGE MACIEIRA
Os Juniores A do Centro Lusitano receberam
os Juniores A do FC Schlieren a contar para
a primeira ronda "Regional Cup Junioren", ao
fim da tarde do dia 21 de Agosto, onde a equipa
de casa os goleou por 4 bolas a duas.
A equipa Lusitana entra de maneira dominante no
jogo conseguindo dois golos em menos de cinco
minutos. O primeiro a ser de ressalto de " Leo",
após o guarda-redes visitante ter largado a bola,
após livre batido para a área. O segundo de penálti
bem assinalado pelo jovem árbitro.
Aos quinze minutos, o defesa central Luís, repete
a papel químico o primeiro golo do jogo,
após nova falha do guarda-redes dos visitantes,
o Schlieren reduziu a diferença para 3-1, aos 36
minutos, que foi o resultado levado para intervalo.
O avançado Fábio pisou no jogo ao aparecer ao
segundo poste, após um bom cruzamento da esquerda
do ataque lusitano, aos 54 minutos pisou.
Os visitantes reduziram a diferença aos 70 minutos
mas o placar já não se alterou mais.
A equipa dos Juniores A passa assim para a segunda
ronda da taça esperando pelo próximo adversário.
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Rue de Genève 134, C.P. 156 | 1226 Thônex - Genève | Tel. 022 348 47 64
Escritório de Representação de Zurique
Badenerstrasse 382, Postfach 687 | 8040 Zürich | Tel. 043 243 81 21
Baslerstrasse, 117 - 8048
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 19
NEUROCIÊNCIA/ACTUAL
Quando ficamos presos às memórias
Foto: DR
NELSON S LIMA
O futuro leva o passado com ele: as boas e as más recordações,
sobretudo as emocionalmente significativas
ficam como que coladas no tempo.
Por exemplo, tentar fugir das más memórias leva a que as
recordemos ainda mais. O ciclo pode tornar-se vicioso, causar
angústia e até estados depressivos. O sofrimento pode
ser atroz.
Isso acontece porque as memórias, quando são reactivadas
muitas vezes, mantêm-se vivas exactamente porque
também as recordamos (ou seja, não apenas recordamos
os acontecimentos como também as memórias que temos
deles - e nem sempre é bom).
Diz-se que o passado é para ser visitado mas não para ficarmos
nele e dele nos tornarmos prisioneiros. Isto faz sentido.
Quem já não passou por essa experiência?
Abundância para quê?
Cerca de 30% dos nossos alimentos vão para o lixo!!!
A culinária está na moda e há dietas para todos os gostos. Nem vale a pena listar porque há mesmo de tudo.
Foto: DR
NELSON S. LIMA
Mas deixe-me que lhe
diga que, em geral, o
que vejo é as pessoas
comerem uma variedade
excessiva de alimentos
(entre bons e maus) ou
por gulodice ou por seguir
a regra de quanto
mais variedade melhor
(tudo bem, mas a variedade
tem limites ou muita
comida vai para o lixo).
A variedade não se justifica
porque com apenas
uns 10 a 15 alimentos
diferentes (e não muito
mais) você consegue obter
os nutrientes de que
o seu corpo necessita e
não sobrecarrega o sistema
digestivo, poupando-o.
Sendo eu vegetariano há
anos, contento-me com
refeições simples e nutritivas,
rejeitando qualquer
outra opção que
contenha demasiada variedade
de ingredientes
que, aliás, costuma ser
"comida a mais", absolutamente
desnecessária.
E para não enjoar basta
um pouco de criatividade
com ervas aromáticas,
por exemplo.
Não precisamos de variar
muito para obter os
nutrientes mais saudáveis
que nos proporcionam
bem-estar e saúde.
Essa é uma das razões
porque costumo dizer
"não" a quem me convide
para almoçar ou jantar
porque sei que vou
apenas petiscar e ouvir
dizer o já enjoativo "é por
isso que o Dr é magro"
como se isso fosse uma
doença.
Se, pelo que parece,
toda a gente quer ser
magra - e deveria ser -
então os interessados
revejam o que comem.
Comer pouco mas o
suficiente ajuda a manter
o nosso peso ideal,
mantém a massa muscular,
dorme-se melhor,
tem-se saúde e gasta-se
muito menos dinheiro.
20 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
DESPORTO
O estreante bispo, ao comando da 5ª Liga
JORGE MACIEIRA
Domingos Miguel Costa Pereira, no
mundo futebolístico conhecido por
“Bispo” é o novo treinador da equipa
da 5 Liga do Centro Lusitano de
Zurique. Com 41 anos de idade, natural
de Fornelos (Fafe), abraça assim
a primeira experiência de treinador
numa equipa federada e numa casa
que tão bem conhece e há muitos
anos representa. Mostra-se agradecido
pela confiança da direcção e
motivado para orientar a equipa.
L.Z. - Quem é o "Bispo" e quando começou
a ligação ao Futebol?
Domingos Pereira - O bispo e uma
pessoa calma tranquila sempre disposta
a ajudar, mas no vocabulário dele não
existem as palavras “NUNCA” e “DESIS-
TIR”! É uma pessoa que começou cedo
a jogar futebol, a gostar de futebol de
rua, porque antigamente era assim que
nós defrontávamos na freguesia, lugares
contra lugares.
L.Z. - Como foi o teu percurso como
jogador até agora?
D.P.- Comecei cedo nos torneios organizados
pela câmara de Fafe e depois
fui fazendo o meu trajecto por vários
clubes da terra e pelos melhores clubes
da terra, aonde inclusive teve oportunidade
de jogar contra jogadores profissionais!
L.Z. - Esta está a ser a tua primeira
experiência enquanto treinador
de futebol de uma equipa federada?
Como estás a desfruta-la?
D.P.- Sim como equipa federada sim. É
a 1 oportunidade! Não faltaram já oportunidades
para isso, noutros clubes,
mas como ainda me sentia com capacidades
e vontade para jogar, então optei
sempre por continuar a jogar no Centro
Lusitano até ser útil. Agora surgiu esta
oportunidade e como acho que já estava
na hora de pendurar as botas como
jogador, aceitei com todo o gosto o cargo
que me propuseram de treinar a 5ª
liga do meu clube.
L.Z. - Como surgiu esta oportunidade
de iniciar esta nova etapa?
D.P.- Penso que foi unânime de toda
a direcção escolher alguém da casa e
com cursos para o fazer. Também por
confiarem nas minhas capacidades e
experiência de longos anos de futebol
para ajudar os jovens a crescerem
numa divisão mais baixa, sem pressão,
mas com algum ritmo competitivo para
poderem subir para divisões superiores!
L.Z. - Quais vão ser as tuas ideias de
jogo para a tua equipa?
D.P. - As minhas ideias vão passar muito
pelos jogadores que tiver na equipa pela
disponibilidade deles e principalmente
por fazer um bom grupo entre todos!
L.Z. - Que referências tens para a tua
carreira de treinador?
D.P. - Referências tenho algumas pelo
trajecto que tive. Claro que há treinadores
que deixaram marcas neste percurso,
mas há outros que passaram por
passar na minha vida!
Mas as minhas maiores referências são,
sem dúvida, os meus grandes amigos
e treinadores Carlos Careca, onde trabalhei
com ele no GDC Fornelos, o Dr.
Patrício, onde trabalhei com ele no OFC
Antime, e o Jorge do Talho, que também
trabalhei no GDC Fornelos!
Foram estes que me fizeram homem,
que me fizeram ser o jogador e me fizeram
crescer na vida a todos os níveis!
L.Z. - Qual o momento do jogo em
que investes mais tempo de preparação?
E porquê?
D.P. – Em todos os momentos tem que
se investir tempo, em cada decote de
campo para podermos ter uma equipa
sólida e competitiva. Mas sem dúvida
que devemos preparar bem a equipa no
primeiro terço do campo, porque se saímos
com qualidade de jogo de trás para
a frente é sinal que a equipa vai progredir
em campo, sem sobressaltos, cada
um a respeitar a sua posição e assim teremos
uma equipa de entre ajuda, tanto
no sector defensivo como ofensivo!
L.Z. - Qual a mensagem que deixas
aos jogadores e sócios do Centro Lusitano
de Zurique?
D.P. - Aos jogadores desejo as maiores
felicidades do mundo, que se dediquem
a está instituição de corpo e alma porque
o futuro passa por eles. Que lutem
por este símbolo como se fosse sempre
o último lance de jogo, assim conseguimos
todos os nossos objectivos e levamos
o nome do nosso Portugal bem
alto, num país que nos acolhe tão bem!
Aos sócios desejo tudo de bom, que
continuem ajudar todas as secções
que fazem parte do Centro Lusitano de
Zurique porque não é uma colectividade
que estamos a representar mas sim
uma colectividade com o nome de Portugal!
Um bem aja a todos, abraços e
sejam felizes!
O regresso do mister Hugo
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 21
DESPORTO
JORGE MACIEIRA
O mister Hugo esta de volta ao
Centro Lusitano de Zurique, passado
dois anos. Agora com 28
anos Hugo Manuel Martins Barreiros,
natural de Torres Novas,
reassume o comando da equipa
sénior da 4ª liga, equipa que há
dois anos levou a subir à 3ª liga.
L.Z. – Hugo Barreiros, quer contar
um pouco sobre a sua carreira
futebolista e a escolha de se tornar
treinador?
Hugo Barreiras - Bem, a minha
“carreira” futebolística tem muito
pouco que se lhe diga, pois acabei
por fazer apenas umas épocas no
distrital de Braga, onde era um jogador
esforçado. Cedo percebi que
a minha cabeça tinha mais futebol
do que o que conseguia executar e
a grande paixão pelo jogo me levaram
para o lado do treino e da gestão
de grupo.
L.Z.- Qual a filosofia de Hugo
Barreiros?
H.B. - O Hugo Barreiros é um treinador
que se adapta aos jogadores
que tem e tentar potenciar as suas
qualidades em prol da equipa, tentando
sempre que possível jogar
um futebol agradável e positivo para
quem vê e para quem joga.
L.Z.- O que te motivou a voltar
para o Centro Lusitano?
H.B.- Bem, o motivo que me levou a
aceitar o convite foi ter tido uma boa
experiência nesta casa no passado
e achar que poderia ter feito mais.
E também a situação difícil em que
o clube se encontrava, apenas com
7 jogadores para começar a época.
L.Z.- Você foi campeão com o
Centro Lusitano as três épocas
e na época passada com o Zurique-Gruppe
1. Com que pensamento
você regressa ao Centro
Lusitano?
H.B. -Ser Campeão é apenas o resultado
da combinação de vários
factores como: trabalho, dedicação,
talento, espírito de grupo e “sorte”.
O pensamento que trago é o de
fazer sempre o melhor possível, e
isso demora tempo e dedicação de
todos os envolvidos, mas acredito
que o futuro será risonho.
L.Z.- Iniciar um trabalho com um
grupo em aberto deixa-o numa
boa posição para poder escolher
jogadores que se enquadram melhor
com a sua ideia de jogo?
H.B. - Sim é verdade, se fosse no
futebol profissional, com orçamento
para jogadores e uma pré-época
“á Portuguesa”. Neste caso é muito
mais difícil pois a época começa
em Agosto e quando cheguei quase
todas as equipas já tem os jogadores
comprometidos para a próxima
época. Foi um trabalho muito difícil
conseguir arranjar jogadores de
qualidade que ainda estavam sem
equipa, neste momento temos um
grupo base com qualidade, mas
enquanto nós treinamos há 2 semanas,
outras equipas do nosso campeonato
já iniciaram a liga.
L.Z.- Qual o objetivo traçado a
curto e longo prazo?
H.B.- O objetivo será a formação de
uma equipa unida e que possa vir a
orgulhar os nossos sócios e adeptos.
Claro que temos o objetivo de
vir a ganhar a liga, mas isso não é o
mais importante para já.
L.Z.- O que dizer da possibilidade
de repetir o feito da subida?
H.B. - Era um feito bonito, mas ainda
é cedo para pensar nisso.
L.Z.- Para concluir, que mensagem
deixaria aos Associados do
Centro Lusitano de Zurique?
H.B. - Gostava de lhes deixar uma
mensagem de esperança, que acreditem
nesta equipa e nestes jogadores,
que os apoiem pois eles vão
fazer o seu melhor para dignificar
esta camisola. Que venham ver os
nossos jogos pois vão ser emocionantes!
22 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
Luís Almeida
ENTREVISTA
Senti que a F.P.F.E.S. precisava
de mudar!
MARIA DOS SANTOS
Luís Almeida nasceu na cidade
de Viseu e veio para a
Suíça com apenas19 anos.
O seu percurso cultural
passa por pertencer
ao Rancho Folclórico de
Hinwil desde 2011.
Mais tarde fundou, em conjunto
com o seu irmão e
alguns amigos do peito, o
actual grupo musical «Mega-Show».
Sempre disponível para
apoiar tudo no que diz respeito
à cultura portuguesa,
e em conjunto com outros
parceiros, está também á
frente do grande evento
«Wetzikon em festa ». No
início de 2019, aceitou ser
o presidente do conselho
fiscal da Federação Portuguesa
de Folclore e Etnografia
na Suíça.
O Lusitano de Zurique esteve
à conversa com este jovem
carismático e homem
de família, conhecido como
sendo um exemplo de sucesso,
amigo dos seus
amigos e um lutador, seja
na conquista ou no apoio
solidário.
Lusitano Zurique - Luís Almeida
é jovem e pleno de
sonhos. Como aconteceu
todo este percurso cultural?
Luís Almeida - O percurso
cultural começou desde
bem cedo, ainda em Portugal
acompanhando os meus pais
e avós no grupo da terra desde
tenra idade.
L.Z - Todos sabemos que
fazes parte do rancho folclórico
de Hinwill, dos
Mega-Show, e também
da Federação Portuguesa
de Folclore e Etnografia
na Suíça. Como consegues
conciliar a tua vida
profissional, familiar e cultural?
L.A.- O Mega-Show é o projecto
que me ocupa mais
tempo e que necessita de
mais dedicação. Cada ano
temos que renovar praticamente
todo o repertório para
acompanhar os temas actuais,
como as novas músicas
que vão fazendo sucesso
de ano para ano.
A vida cultural quando se tem
um bom grupo de trabalho e
todos trabalham para o mesmo,
as coisas ficam muito
mais fáceis!
À família dedico o máximo
tempo possível, que consigo
ter livre no dia a dia.
L.Z - Estas tuas raízes folclóricas,
foram-te dadas
pelos teus familiares ou
amigos?
L.A.- Familiares, nomeadamente
pais e avós.
L.Z - Actualmente és o presidente
do conselho fiscal
da F.P.F.E.S.. Porque aceitas-te
este cargo?
L.A. - Porque senti que a
F.P.F.E.S necessitava mudar
(novas caras , novas ideias),
e senti muita vontade que
o novo presidente tem, tal
como o grupo, em tentar mudar
e fazer algo de novo pela
federação.
Conhecer muito bem quase
todo o grupo, também teve
um grande peso na decisão .
L.Z - A Federação como todos
sabem, tem um caminho
árduo, pela frente e o
teu cargo é sem dúvida de
grande responsabilidade.
A Federação tem dinheiro,
para por em andamento algum
outro projecto?
L.A. - Acho que devemos ir
com calma. Na minha opinião
o essencial agora, no começo,
passa pela aproximação.
Criar um contacto entre a federação
e todos os grupos
residentes na Suíça , federados
ou não federados, tal
como tentar aumentar o número
de sócios particulares .
A federação vive dos sócios e
quantos mais formos, melhores
e maiores serão os projectos
a realizar.
Em termos monetários podemos
dizer que começamos
basicamente do zero.
L.Z - Sendo tu um homem
de grandes eventos, como
vês o futuro da Federação
Portuguesa de Folclore?
L.A.- Acho que com o grupo
de trabalho que temos, tem
tudo para dar certo, vejo um
grande potencial no grupo e
uma grande vontade de todos
em fazer sempre mais e
melhor
L.Z - Naturalmente que
gostarias de ver a F.P.F.E.S.
no auge das suas funções.
Que gostarias de realizar
como membro da mesma?
L.A. - Na minha opinião,
penso que a federação deveria
criar condições para
conseguir realizar o seu
próprio festival anualmente.
L.Z - Todos os grupos têm
uma ideia desacertada da
federação. Qual seria a melhor
forma de chegar a tantos
grupo Folclóricos existentes
na Suíça?
L.A. Darmo-nos a conhecer.
Dialogar e mostrar que estamos
interessados em fazer
algo por cada grupo. No
trajar, nos instrumentos, nas
coreografias. Podemos ajudar
e precisamos das oportunidades
e confiança. A
nossa intenção é apenas dar
aos grupos a oportunidade,
de serem a melhor replica da
zona que escolheram representar.
L.Z - Na tua modesta opinião,
achas que um trabalho
de total parceria com
a Federação Portuguesa
poderá ajudar-nos a resolver
os grandes impasses
que actualmente existem?
L.A.- Sem dúvida, acho que
a parceria com a federação
Portuguesa será muito importante
para o trabalho que
temos a desenvolver
L.Z - Que mensagem gostarias
de deixar à F.P.F.E.S. e
respectivos grupos folclóricos?
L.A.- Aos grupos gostaria de
pedir que não nos julgassem
pelo trabalho feito anteriormente
por outras direcções.
Que abrissem a porta, para
uma reunião e troca de ideias.
Porque há muito a fazer.
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 23
ENTREVISTA
António Fernandes
Um rancho só sobrevive, se houver
interesse e vontade de colaborar
MARIA DOS SANTOS
António Fernandes, conhecido
como « Tonecas » no
meio associativo, é natural
de Várzeas Sobradelo, concelho
de Póvoa de Lanhoso,
e desde muito jovem que se
tornou membro e sócio de
Centro Lusitano de Zurique.
Chegou à Confederação
Helvética, com apenas
17 anos. Casado e pai de
dois filhos, soube ao longo
dos anos manter a sua
família unida e, sobretudo,
entrelaçar a vida familiar,
profissional e associativa,
levando atrás de si a componente
parental.
Todos muito enraizados
com o mundo cultural, ele
é o actual responsável do
Rancho Folclórico do Centro
Lusitano de Zurique.
Integrado por completo na
cultura Suíça, tem vindo a
dar, ao longo deste anos,
um contributo riquíssimo
para a nossa cultura popular.
A três semanas do grandioso
festival folclórico,
que celebra 30 anos de
existência e uma história
excecional, vamos conhecer
um pouco mais deste
consciencioso António Fernandes.
Lusitano Zurique - Tonecas,
em que ano chegastes
ao C.L.Z.?
António Fernandes - Cheguei
ao rancho no ano mil
novecentos e noventa e oito,
movido pela cultural folclórica
que sempre fez parte das minha
raízes.
L.Z. - Quantas pessoas fazem
parte do R.F.C.L.Z.?
A.F. - Actualmente o nosso
grupo conta com 75 elementos,
dos quais me orgulho
muito.
L.Z. - Os teus primeiros
passos em prol da cultura
popular, aconteceram
quando?
A.F. - Cheguei no ano que entrei
para o rancho do C.L.Z.
Não perdi a oportunidade
desta porta aberta, porque o
folclore sai-me da alma.
L.Z. - Passaram já muitos
anos, e tens conseguido
manter-te sempre disponível
para com este grupo,
que te viu crescer. Qual o
segredo?
A.F. - Não posso falar de segredos
porque não existem.
Existe sim uma forma de colaborar,
um desejo de manter
a tradição e sobretudo,
tentar ser um exemplo para
os meus filhos, elementos do
nosso grupo e um respeito
pela comunidade portuguesa.
Um rancho só sobrevive
se houver interesse e vontade
de colaborar.
L.Z. - O Centro Lusitano de
Zurique tem sido uma associação
que consegue uma
integração paralela com a
cultura Suíça. Nomeadamente
o Rancho, tem participado
em inúmeras festas
helvéticas. Sentes-te orgulhoso
desta paridade entre
culturas?
A.F. - Sinto um brio muito forte,
claro que sim. O C.L.Z. fez,
faz e fará sempre tudo para
que esta paridade seja cada
vez mais forte. Há um laço
muito potente entre as culturas
e outro exemplo disso é
que vamos estar em Setembro
a desfilar em Schlieren,
para comemorar os cem anos
da cidade.
L.Z. - Como actual responsável
do rancho, terás sonhos
que gostarias de realizar.
Podes revelar alguns?
A.F. - Sonhos existem sempre.
Um homem não pode
deixar de sonhar. Mas posso
dizer que ter estado como
responsável do rancho nas
comemorações do vigésimo
quinto aniversário e agora no
trigésimo, me deixa de alma
cheia e sinto-me muito grato
por assim ser. O que se irá
desenrolar a seguir na realização
dos meus sonhos, não
depende só de mim, mas da
vontade de todos os elementos.
L.Z. - Nem sempre é fácil lidar
com tantos elementos,
pois cada um tem uma forma
diferente de analisar os
objectivos. Como consegues
a união entre todos?
A.F. - Como todos sabemos
não é fácil gerir 75 forma diferente
de pensar. No entanto,
conseguimos levar o barco
a bom porto, porque todos
nós nos completamos. Há um
enorme trabalho de equipa
que faz com que cada festival,
cada actuação, sejamos
como uma família dedicada
ao folclore e muito respeitadora
dele.
L.Z. - Que projectos tens
para com este grupo de folclore,
que gostavas de ver
realizados?
A.F. - De imediato o que quero
que seja realizado é um trigésimo
aniversário que fique
na recordação de todos. Os
novos projectos terão que ser
estudados e aceites por todos
os nossos elementos. Só
o tempo terá uma resposta.
L.Z. - Estamos a algumas
semanas dos festejos de 30
anos de cultura. Que esperas
deste festival, agendado
para 21 de Setembro?
A.F. - Espero deste festival
uma casa cheia, muita
alegria, cumplicidade, que
outros ranchos marquem
presença, que os amigos se
deixem ver e que juntos possamos
proporcionar um serão
inesquecível.
L.Z. - Queres deixar uma
mensagem registada na
revista do C.L.Z, para mais
tarde recordar?
A.F. - A primeira mensagem
vai para o meu braço direito,
Hélder Azevedo. Um profundo
obrigado pelo apoio incondicional
que me tem dados
ao longo destes anos. É um
homem que sabe trabalhar
em equipa. Depois dizer que
estou totalmente reconhecido
a todos os elementos do grupo.
Por fim terei sempre que
tirar o chapéu ao apoio que
encontrei na minha família.
24 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
OPINIÃO
Um homem desejar uma mulher, ou uma
mulher desejar um homem, são já, portanto,
eflúvios caducos de uma singular tristeza
Foto: DR
PEDRO BARROSO
Sempre fui preconizador, paladino,
amigo e defensor do velho lema “laisser
faire laisser passer”. Tanto na vida,
na criatividade, economia e iniciativa,
como também na esfera das preferências
pessoais mais íntimas. A cada
um, sua inventiva, seu prazer, sua escolha;
e passe muito bem.
Com uma vida de quase 7 décadas, sempre
convivi e fiz amizade sincera, sem
preconceito algum de credo, cor ou preferência
sexual. Valorando as pessoas
pela sua cabeça, entendimento e mérito.
Isto em tempos difíceis, de acinte e discriminação
residual, cuja publicamente
combati.
Porém, ultimamente, vejo uma arrogância
de nota contrária que me constrange e
indigna, quando o epíteto de polaridade
redutora é atirado de forma sarcástica e
menorizante.
O heterossexual passou já a ser, em algumas
entrevistas recentes, um pobre que
mais não vê que um mundo bipolarizado
em homem ou mulher.
A coisa é-nos apresentada como um
maniqueísmo tristíssimo e redutor. Ou,
eventualmente, prato do dia compulsivo
e desconsolado de restaurante pobre.
Como quem insinuasse que esse sujeito,
coitadito, vê o mundo a preto e
branco; e só “nós”, os evoluídos, cultos
e variados, somos capazes de ver
o mundo a cores. Essa a bandeira.
Algumas intervenções assumem já contornos
de sarcasmo subliminar. Após
dezenas de novas classificações preferenciais,
cujas sinceramente me
confundem, surgiu um novo e complexo
léxico e nomenclatura própria
(trans - op ou não op, bi, travesti, drag-queen,
crossdresser, butch, butch
queen, pansex, poli, transgender, etc)
Tais orgulhosos grupos declaram-se
não “binários”, nem “normativos”. Porque
aparentemente, ser binário, - ou,
pior ainda, “normativo”! - é, está visto,
ser uma pessoa sem criatividade nenhuma,
um pobre e estúpido repetidor,
sem outro jeito nem opção, da sexualidade
procriadora dos antanhos.
E um normativo será, consequentemente,
um polícia da intimidade; alguém que
quer impor a sua norma. Um fascista,
portanto.
A norma que fez continuar o Mundo; a
norma que regeu o amor de que nascemos;
a norma que fecunda e continua
a espécie humana, a norma que
ainda é uma razão maior de vida.
A sexualidade que pariu todas as Civilizações
é, - na sua desprezível classificação
- uma aberração de tristes criaturas.
Um homem desejar uma mulher, ou uma
mulher desejar um homem, são já, portanto,
eflúvios caducos de uma singular
tristeza, um binário sem sentido, ultrapassado
e ridículo, segundo a nomenclatura
post moderna identitária.
Merecemos a mais severa clandestinidade.
Escondamo-nos.
No mercado das mais apreciadas e modernas
novidades, todos nós somos o
pechisbeque mais retrógrado da criação.
Uma vergonha.
Eu amanhã, vou já comprar um quilt.
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 25
CRÓNICA
Acho que o Mundo seria melhor se fosse um
pouquinho mais parecido com Portugal
Portugal aos olhos de uma brasileira
RUTH MANUS (*)
Dentre as coisas que mais
detesto, duas podem ser
destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e
optimista e, comemorando
quase 2 anos em Lisboa,
sinto que devo a Portugal o
reconhecimento de coisas
incríveis que existem aqui,
embora me pareça que
muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal
seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são,
nem os brasileiros, nem os
alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e
pontos negativos basta abrir
qualquer jornal, como fazemos
diariamente.
Mas acredito que Portugal
tenha certas características
nas quais o mundo inteiro deveria
inspirar-se.
Para começo de conversa,
o mundo deveria aprender a
cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam
que aqueles pratos com porções
minúsculas não alegram
ninguém.
Os alemães descobririam outros
acompanhamentos além
da batata.
Os ingleses aprenderiam
tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito
mais.
Arroz de pato, arroz de polvo,
alheira, peixe fresco grelhado,
ameijoas, plumas de porco
preto, grelos salteados,
arroz de tomate, baba de
camelo, arroz doce, bolo de
bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo
deveria aprender a se relacionar
com a terra como os portugueses
se relacionam.
Conhecer a época das cerejas,
das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano,
que o vinho do Porto é
do Douro.
Talvez o pequeno território
permita que os portugueses
conheçam melhor o trajeto
dos alimentos até a sua
mesa, diferente do que ocorre,
por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar
a terra à família e à história
como os portugueses.
A história da quinta do avô,
as origens transmontanas da
família, as receitas típicas da
aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar
o passado escoar tão rapidamente
por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal
vive do passado, eu tenho
certeza de que é isso o que
os faz ter raízes tão fundas e
fortes.
O mundo deveria ter o balanço
entre a rigidez e a afecto
que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia
e o carisma brasileiros se eles
nos impedem de agir com a
seriedade e a firmeza que determinados
assuntos exigem.
O deputado Jair Bolsonaro,
que defende ideias piores que
as de Donald Trump, emergiu
como piada e hoje se fortalece
como descuido no nosso
cenário político.
Nem Bolsonaro nem Trump
passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita
ou de esquerda - não riem
desse tipo de figura, nem permitem
que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada
adianta o rigor japonês que
acaba em suicídio, nem a
frieza nórdica que resulta na
ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos
povos que sabem dosar
rigidez e afecto, acidez e
doçura, buscando sempre a
medida correta de cada elemento,
ainda que de forma
inconsciente.
Todo país do mundo deveria
ter uma data como o 25 de
Abril para celebrar.
Se o Brasil tivesse definido
uma data para celebrar o fim
da ditadura, talvez não observássemos
com tanta dor
a fragilidade da nossa democracia.
Todo país deveria fixar o que
é passado e o que é futuro
através de datas como essa.
Todo idioma deveria conter
afecto nas palavras corriqueiras
como o português de
Portugal transporta .
Gosto de ser chamada de
“miúda“.
Gosto de ver os meninos
brincando e ouvir seus pais
chama-los carinhosamente
de “putos“.
Gosto do uso constante de
diminutivos.
Gosto de ouvir ”magoei-te?
”quando alguém pisa no meu
pé.
Gosto do uso das palavras de
forma doce.
O mundo deveria aprender a
ter modéstia como os portugueses,
embora os portugueses
devessem ter mais orgulho
desse seu país do que
costumam ter.
Portugal usa suas melhores
características para aproximar
as pessoas, não para
afastá-las.
A arrogância que impera em
tantos países europeus, passa
bem longe dos portugueses.
O mundo deveria saber olhar
para dentro e para fora como
Portugal sabe.
Portugal não vive centrado
em si próprio como fazem os
franceses e os norte americanos.
Por outro lado, não ignora importantes
questões internas,
priorizando o que vem de
fora, como ocorre com tantos
países colonizados.
Portugal é um país muito mais
equilibrado do que a média e
é muito maior do que parece.
Acho que o mundo seria melhor
se fosse um pouquinho
mais parecido com Portugal.
(*) advogada e professora universitária
e escreve num blogue
num Jornal de S. Paulo.
26 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
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Para atrair a simpatia
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 27
CRÓNICA
ALICE VIEIRA
Li há muito pouco tempo um texto em
que se apontavam os vinte hábitos que
podem atrair a simpatia das outras
pessoas.
Li, reli, e-mailei para uma data de amigos
(não que eles precisem mas certamente,
como eu, hão-de conhecer muito cara de
pau que anda neste mundo com o ar de
quem está a fazer um enorme favor aos
outros), guardei uma cópia—e achei que
o verão era a altura ideal para o partilhar
com os leitores.
Porque estamos mais tranquilos, temos
(ou vamos ter em breve ) uns dias de férias,
podemos pensar noutras coisas que
não nas pressas do dia a dia.
Lê-se neste texto que o primeiro hábito,
logo à cabeça da lista é “tratar as pessoas
pelo seu nome”.
Passar do “pst!” “ó faz favor!” para “ó Sr.
Ricardo!” “ó D. Vera” faz toda a diferença.
Se não sabemos o nome da pessoa, perguntamos,
que (também) para isso temos
boca.
Seguem-se vários outros hábitos na lista,
mas talvez seja fastidioso para vocês estarem
agora a ler uma longa lista de cerca
de 20 preceitos que poderão conduzir a
uma vida mais feliz. Por isso, de todos,
escolhi apenas os que me parecem mais
importantes e, simultaneamente, os mais
fáceis.
–Sorrir
Não há nada mais fácil e torna tudo tão
diferente…Sorrir quando nos dão passagem
na rua, quando nos servem a bica
bem quente, quando entramos num elevador,
quando damos de caras com a vizinha
do prédio em frente, etc…
–Ouvir com atenção
Temos sempre de nos lembrar que o melhor
presente que podemos dar a uma
pessoa é o nosso tempo. É estar junto
dela e ouvir tudo o que ela nos quer dizer,
e deixá-la falar porque, na maior parte
dos casos é disso que ela precisa, de ter
a seu lado alguém que a ouça.
–Elogiar.
Também não custa nada… “Que bem
penteada que está hoje!”, “gosto tanto da
cor da sua blusa!” “Fica-lhe tão bem esse
lenço!”
–Contar experiências
Ninguém está isolado neste mudo. E as
coisas boas que vamos fazendo podem
incentivar outros a fazê-las também e
vice-versa. Tenho a certeza de que foi o
meu relato entusiasmado do tempo que
estive em Timor que levou a minha neta
a fazer a trouxa e a ir para lá fazer voluntariado.
E como o relato de experiências
de amigas em tempos de difíceis doenças
me ajudou a superar os meus medos…
–Dar um abraço.
Tocamo-nos pouco. Temos medo que os
outros se riam de nós e nos chamem piegas.
Mas que bem que nos faz um abraço!
Nem é preciso dizer nada. Um abraço
é a maneira mais eficaz de dizer “estamos
aqui”. Ou, como diz um amigo meu, “é o
melhor e o mais barato dos ansiolíticos.
–Gostar de trabalhar em equipa
É uma felicidade, acreditem. Estarmos todos
a dar o nosso melhor para um bom
resultado num projecto em que todos
participaram e em que todos acreditaram.
Um jornal (ou uma revista) é o resultado
de um trabalho de equipa. O futebol é o
resultado de um trabalho de equipa. Uma
descoberta num laboratório é o resultado
de um trabalho em equipa…e por aí fora.
–Sermos gratos por aquilo que a vida
nos dá
Nada pior do que os que andam continuamente
a queixar-se , deixando quantas
vezes passar ao lado as coisas boas que
a vida nos vai dando. Aquela expressão
“já ganhei o dia” às vezes é provocada
por coisas que aparentemente não têm
importância nenhuma… Aquilo a que o
escritor francês Phillipe Delèrme chama
“os nossos prazeres minúsculos” : o pão
do pequeno almoço, olhar para o mar,
descascar ervilhas, almoçar à sombra de
uma árvore…Quando os meus filhos eram
pequenos, havia cá em casa o ritual da
hora de deitar. Depois de lida a história,
claro, pensávamos em voz alta nas coisas
boas que nos tinham acontecido nesse
dia. Ríamos muito, discutíamos muito, atirávamos
com almofadas uns aos outros—
mas depois eles dormiam a noite inteira.
Um pouco mais felizes, quero crer…
–Respeitar ideias, religiões e opções de
vida.
Aqui está um hábito que tem custado a
entrar na vida de muitas pessoas e que
cada vez é mais necessário. Não devemos
desistir das nossas ideias, mas temos
de aceitar que os outros—os que
têm ideias diferentes—façam o mesmo.
E, nesse respeito mútuo, não devemos
nunca abdicar do que pensamos e de
lutarmos pelas causas em que acreditamos.
A saudável convivência de diferentes
pontos de vista é que faz este mundo
andar para a frente.
Como já disse, a lista tinha mais algumas
referências, mas para mim estas são as
principais. As que podem mesmo fazer de
nós pessoas mais simpáticas.
E o mundo precisa tanto de pessoas simpáticas…
Foto: DR
28 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
ESPECTÁCULO
Foto: DR
O Ministério da
Cultura é um
lobby político
≠MANUEL ARAÚJO
José Albano Salter Cid Ferreira Tavares,
de nome artístico José Cid, nasceu
na Chamusca a 4 de Fevereiro de
1942. Tem setenta e sete anos, é monárquico
e habita na Anadia.
Conhecido autor, produtor, compositor,
cantor e músico, é o criador de
êxitos como, “No dia em que o rei faz
anos”, “A minha música”, “A Cabana”,
“Addio adieu auf wiedersehen goodbye”,
‘20 anos’, “10 000 Anos Depois
Entre Vénus e Marte”, este último considerado
pela revista norte americana
Billboard um dos cem melhores discos
de rock sinfónico, tendo em 2018
recebido o prémio de maior prestigio
cultural nacional; o Globo dos Globos
de Ouro. No passado dia 21 de Agosto
foi surpreendido com a atribuição do
Latin GRAMMY (prémio de excelência
musical) pela Academia Latina da
Gravação que anunciou o nome de
José Cid, Joan Baez, Omara Portuondo
(Cuba), entre outros que receberão
o Prémio de Excelência Musical deste
ano. A celebração será durante uma
cerimónia em Las Vegas, em 13 de Novembro
de 2019. Estes são apenas alguns
prémios e êxitos que fazem parte
dos cerca de quarenta Álbuns que
José Cid já editou.
Foi através do telefone, no intervalo
de uma gravação em estúdio que nos
atendeu. Atencioso e simpático como
sempre, com a voz amistosa, firme e
calma, respondeu-nos frontalmente e
sem rodeios como é seu apanágio, às
breves questões que lhe apresentamos,
sem se esquivar mesmo, às mais
incómodas.
Manuel Araujo - Desde 1967 quando
começou a sua carreira, lembra-se
ainda, onde foi o seu primeiro espectáculo?
— José Cid - Sim, foi em Coimbra em
1958...
MA- Quantos trabalhos já publicou?
— JC - São aproximadamente 40 álbuns.
MA- Todos sabemos que o espectáculo
na EXPO 98, “10.000 Anos Depois,
Entre Vénus e Marte”, foi um marco.
Há outro espectáculo mais importante
que este na sua carreira ?
— JC - Expo 98? Ena pá, isso já vai há
tanto tempo… Depois disso, houve sete
Campos Pequenos seguidos e esgotados
entre 2008 e 2016 e em 2018 o S. João
no Porto, para 170 mil pessoas loucas
de alegria, as Festas do Mar em Cascais
para 70 mil, foi incrível, e a Expofacic com
um concerto memorável, entre muitos outros.
Este ano 2019 tenho já agendados
novos grandes concertos. Vamos ver!
MA- Quer falar-nos do actual panorama
da música portuguesa?
— JC - Há bons valores e boas vozes.
Faltam grandes melodias e poesia mais
inspirada. No fado o mesmo. Mas isso é
culpa dos novos tempos...
MA- Houve em tempos uma Lei, que
obrigava as rádios a passar mais música
portuguesa. Isso mudou algo? Há
mais música portuguesa na rádio?
— JC - Cumpre-se a lei mas passam a
música nacional de madrugada o que é
só uma estratégia. A Antena 1 é excepção,
nas outras grandes rádios mandam
as Multinacionais e o bi dos cantores e
grupos, dita as passagens o que nem
sempre é justo.
MA- Sobre a indignação criada à volta
da polémica dos transmontanos, acha
que ela reflectiu o que o povo trans-
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 29
montano pensava?
— JC - O bom povo de Trás-os-Montes
foi arrastado pelas redes sociais preservas,
ligadas à música pimba e que
têm profunda inveja de eu aos 75 anos,
ter uma homenagem pública e nacional
com grandes concertos de Norte a Sul
como ninguém teve até hoje! A minha
entrevista dada ao canal de televisão Q
tem 9 anos! E durante 7 anos ninguém
mais falou dela! Sintomático! Eu, sete
anos depois pedi humildemente desculpas
com retroactivos! Adoro Trás-
-os-Montes e no contexto da entrevista
referi “excursões de camioneta” e não
toda uma região!
Repara: quando o Alberto Joao Jardim
chamou filhos de Put* aos continentais
o país inteiro ficou calado!
Eu estava com uns copos a mais num
programa de humor e há coisas que
saem da boca e não do coração! Pedi
várias vezes desculpas (o que quase
ninguém faz!) mas as redes sociais
continuam a instigar rancores dez anos
depois! Será possível?
No entanto foi uma batalha que perderam
pelos vistos! Nos últimos anos o
país inteiro percebeu a estratégia deles!
Tenho muitos amigos e amigas no norte
e o país não deixaram de acarinhar-me,
por perceberem rapidamente que eram
as redes sociais pela negativa! Adoro
Trás-os-Montes e até estive lá no Carnaval!
MA- Festival da Canção. Não lhe pedimos
para individualizar concorrentes,
mas acha que a música levada a
concurso representa de facto o povo
e a cultura portuguesa?
— JC - Para a Eurovisão não é obrigatório
um tema que represente as nossas
raizes musicais! Mas.... era aconselhável!
só que ninguém percebe!
MA - Para o público em geral, a forma
da votação é um tanto obscura.
Fala-se até de “vencedores antecipados”.
Concorda com a afirmação?
— JC - Olhe, o Televoto não tem cara!
Mas é este o sistema da Eurovisão universalmente
definido! Quanto a ”vencedores
antecipados” não acredito! Isso
aconteceu nos anos 70 e 80!?
MA- Depreendo pela sua resposta
que o futuro da música portuguesa
está doente. É verdade?
— JC - Não de todo! Está a fazer-se excelente
música nas novas gerações (e
nas antigas também)
MA - O Ministério da Cultura, ou alguma
outra instituição, apoia os Artistas
de qualquer forma?
— JC - O Ministério da Cultura é um
emprego (ou um lobby politico) e não
uma instituição com visão cultural portuguesa!
(os adidos culturais nas embaixadas
idem, aspas)
MA - É do conhecimento público o
aproveitamento escandaloso de alguns
artistas famosos que plagiam
letras e músicas, chamando-lhe
“adaptações”. Sabemos que plágio é
roubo, é crime. O que fazer?
— JC - Não me posso substituir ao Ministério
Público, nem negar a evidencia!
O pior é não reconhecerem publicamente
a verdade, continuando a negar,
a pagar as multas e a prometer total originalidade
daqui para a frente, pedindo
canções a compositores credíveis! E
essa coisa das “adaptações” é ridículo!
O Marco Paulo sempre cantou versões
“adaptações” mas assumiu-as sempre.
Adenda:
Esta entrevista foi efectuada antes do
anúncio do Gramy. José Cid quando
questinado via telefone sobre o significado
da atribuição deste prémio,
respondeu-nos apenas estar muito satisfeito
e que este prémio é o fruto do
trabalho de uma vida.
ENTREVISTA
Biografia resumida
Nasceu na Chamusca a 4 de Fevereiro de
1942. A fama chegou-lhe inicialmente através
da sua participação como teclista e vocalista
no Quarteto 1111, onde obteve grande êxito
com a canção “A lenda de El-Rei D. Sebastião”.
Esta canção, inovadora para a época,
apresentava sons diferentes daqueles a que o
público estava habituado, com reflexos psicadélicos.
Ainda com o quarteto, concorreu ao
festival da canção de 1968, com “Balada para
D. Inês” ( https://youtu.be/o8XiZQShNP4 ).
Em 1973, a banda adopta o nome Green Windows,
numa tentativa de internacionalização.
Uma das suas composições mais conhecidas,
“Ontem, Hoje e Amanhã”, (https://youtu.be/
fNopRwp9akk ) recebe o prémio “outstanding
composition” no Festival Yamaha de Tóquio,
em 1975, deixando para trás nomes como Elton
John ou os espanhóis Aguaviva.
Em 1978 publica o álbum “10000 depois entre
Vénus e Marte”, (https://youtu.be/QQFGGfTYvx4
) um marco na história do rock progressivo,
e que vem a obter mais tarde reconhecimento
a nível internacional.
José Cid concorreu ao Festival da Canção de
1978 com três composições, alcançando o 2º
lugar com “O meu piano” ( https://youtu.be/
j1iOAnGgQCI ). Em 1980, com a canção “Um
grande, grande amor”, vence este certame
com 93 pontos.
No eurofestival da canção de 1980, José Cid
conquista um honroso 7º lugar com 80 pontos
entre 19 concorrentes.
É o autor de outros grandes êxitos, como
“Olá vampiro bom” (https://youtu.be/TWWJ-
-cbYeiM), “A Rosa que te dei”(https://youtu.
be/JbvSHi-YcuQ), “Como o macaco gosta de
banana”, “Mosca Superstar” ou “Cai neve em
Nova York” (https://youtu.be/BVK-8EDNJkQ).
A 21 de Agosto deste ano venceu o Latin
GRAMMY (prémio de excelência musical) –
A Academia Latina da Gravação.
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MOTORES
Comportamentos que poderão
estar a destruir o seu carro
JEREMY DA COSTA (*)
Fiabilidade, um dos itens mais valorizados
no momento da aquisição e um
dos que é mais menosprezado durante
a vida do automóvel. Eis alguns comportamentos
que deve evitar a todo
custo em nome da fiabilidade.
Não puxar pelo motor
Na maioria dos motores, a faixa ideal de
funcionamento situa-se entre as 1750
rpm e as 3000 rpm (nos motores a gasolina
estende-se um pouco mais). Circular
abaixo deste regime provoca um stress
desnecessário no motor, uma vez que é
mais difícil para a mecânica vencer os
pontos mortos e a inércia mecânica. Conduzir
em regimes baixos promove ainda a
acumulação de resíduos nos componentes
internos do motor.
Acelerar para aquecer o motor
Algo que era muito comum há uns anos
mas que se vê cada vez menos: acelerar
absurdamente o motor antes de arrancar
para aquecer o motor. Pelos motivos que
anunciámos no item anterior: não faça
isso. O motor não está quente o suficiente
para atingir regimes de rotação elevados.
Não respeitar os intervalos de
manutenção e mudança de óleo
É um dos pontos mais críticos na correcta
utilização de um automóvel. Respeitar os
intervalos de manutenção indicados pelo
fabricante é fundamental. Tal como os
componentes mecânicos, também o óleo,
filtros e demais correias têm uma determinada
validade. A partir de determinado
momento deixam de cumprir a sua função
corretamente. No caso do óleo, deixa
de lubrificar e no caso dos filtros (de ar
ou óleo), deixam de… isso mesmo, filtrar.
Neste particular tem em consideração
não só a quilometragem percorrida mas
também o tempo entre cada intervenção.
Descansar o pé em cima do pedal
de embraiagem
Uma das avarias mais recorrentes por má
utilização sucede no sistema de embraiagem.
Deves pressionar sempre o pedal
até ao fim do seu curso, mudar a velocidade
engrenada e retirar completamente
o pé do pedal. Caso contrário haverá
contacto entre a transmissão e o movimento
promovido pelo motor. Resultado?
A embraiagem desgasta-se mais rapidamente.
E já que falamos da embraiagem,
aproveitamos também para alertar que a
mão direita não deve repousar em cima
do manipulo das mudanças para não forçar
os tirantes da caixa (as peças que indicam
à caixa a mudança que queremos
engrenar).
Abusar do limite da reserva de
combustível
Além de aumentar o esforço que a bomba
de combustível tem de fazer para levar
o combustível até ao motor, deixar o
depósito praticamente seco faz com que
os resíduos que se acumulam no fundo
deste sejam puxados para o circuito de
combustível, podendo entupir o filtro de
combustível e obstruir os injetores.
Não deixar o turbo arrefecer após
terminar a viagem
Na mecânica do automóvel, o turbo é
um dos componentes que atinge maior
temperatura. Contrariamente àquilo que
é normal, devemos aguardar alguns segundos
com o motor ligado após parar
o carro (ou um minuto ou dois, caso a
condução tenha sido intensa) para que
a lubrificação arrefeça o turbo de forma
progressiva. Os turbos não são componentes
baratos e esta prática aumenta
consideravelmente a sua longevidade.
Desvalorizar o impacto nos passeios
e lombas
Quando sobes um passeio ou passas
com velocidade excessiva sobre uma
lomba, não são só os pneus e suspensões
que sofrem. Toda a estrutura do
carro sofre com o impacto e há componentes
que se podem desgastar prematuramente.
Os triângulos, apoios do motor
e demais componentes da suspensão do
automóvel são elementos caros e que dependem
muito do nosso estilo de condução
para se manterem funcionais durante
mais tempo.
(*) com
Autopédia/Razão Automóvel (excerto)
32 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
HUMOR
Bolsonaro visita a Europa
Bolsonaro numa visita à Europa, foi
jantar com a rainha da Inglaterra. De
repente, ele pergunta-lhe:
- Vossa majestade, a senhora impressiona-me.
Como pode estar sempre
cercada de gente tão inteligente?
Como é que a senhora faz ?
Ela responde tranquilamente: - É muito
simples. Eu deixo-os sempre alerta.
Faço um teste de QI regularmente, só
pra ver se estão a embrutecer.
Bolsonaro, surpreendido: - E como é
que a senhora faz isso?
A rainha concorda em mostrar-lhe um
exemplo. Pega o telefone e liga para o
Boris Johnson:
- Bom dia, Boris. Tenho um pequeno
teste pra você.
- Boris, todo educado:
- Bom dia, Majestade. Sim. claro! Estou
sempre pronto para o teste. Pode
perguntar.
- Muito bem, Boris. Bom, o teste é o
seguinte: ‘é filho do seu pai e da sua
mãe, mas não é seu irmão, nem sua
irmã. Quem é?’
- Muito simples, Majestade. Sou eu
mesmo.
- Bravo, Boris. Como sempre, inteligente.
Até a próxima.
Bolsonaro fica impressionadíssimo:
- Uau!!!
De volta ao Brasil, ele decide por em
prática a técnica que aprendeu com a
rainha. Telefona ao Moro e pergunta:
- Moro, sou eu o Bolsonaro, companheiro.
Tenho aqui um pequeno teste
de inteligência pra você.
- Tudo bem, pode mandar.
- É o seguinte: é filho da sua mãe e do
seu pai, mas não é seu irmão nem sua
irmã. Quem é?
- Ah, Bolsonaro, eu não esperava um
teste assim, repentino. Tenho que
pensar alguns minutos. Posso ligar
depois, certo?
- Sem problemas. Até logo.
E Moro liga para amigo Alexandre Frota
(o actor de filmes pornográficos,
que é deputado), pois ele tem fama de
inteligente. Faz a mesma pergunta que
lhe foi feita, ao que Alexandre responde:
- Ora bolas, sou eu mesmo, Moro.
- Muito bem, perfeito, garanhão! Obrigado,
Alexandre.
E Moro liga novamente para o Bolsonaro:
- Senhor presidente, poderia reformular
sua pergunta novamente, por favor?
Creio que tenho a resposta…
- Muito bem: é filho da sua mãe e do
seu pai, mas não é seu irmão nem sua
irmã. Quem é?
E o Moro, vitorioso:
- É simples. Ora bolas, é o Alexandre
Frota!!!!!!!!
- Não, Moro, você tem que treinar
mais. Não é... O “intercept” está a perturbar-te;
é o Boris Johnson, homem
de Deus!!!!
Os Alentejanos são gente séria...
Dois casais, um de Brasileiros e outro de Alentejanos,
estavam a jogar as cartas e uma carta
caiu debaixo da mesa.
O Alentejano baixou-se para pegar a carta e
deu uma olhadela na mulher do brasileiro por
momentos. Ela estava sem cuecas. Alguns
minutos depois o Alentejano, a transpirar, levantou-se
para beber água e a mulher do brasileiro
disfarçou e foi atrás dele. Chegando à
cozinha ela perguntou:
- E aí? O que achou?
-Maravilhoso - respondeu o Alentejano.
- Qualquer 1.000 € e a gente conversa - disparou
a brasileira sem vergonha e oportunista.
- Tudo bem, é só dizer quando!
- Amanhã à tarde o meu marido não estará em
casa e você pode ir lá.
- Combinado!
No outro dia à tarde, o alentejano chegou à
hora marcada, pagou os
1.000 € e...
Ao fim da tarde, o brasileiro chega do trabalho
e pergunta à mulher:
- O Alentejano esteve aqui à tarde?
- Sim - respondeu a mulher assustada.
- Deixou os 1.000€?
- Sim - respondeu a mulher meia assustada.
- Ufa! Que alívio. Aquele alentejano filho da mãe
esteve no meu escritório de manhã, pediu-me
1.000 € emprestados e disse que passava aqui
hoje à tarde sem falta para me pagar. Ainda
bem que o alentejano é homem de palavra!….
O condenado
O condenado à morte esperava a hora da execução,
quando chegou o padre:
- Meu filho, vim trazer a palavra de Deus para
você.
- Perda de tempo, padre. Daqui a pouco vou
falar com Ele, pessoalmente. Tem algum recado?
Selos
Bolsonaro queria um selo com sua foto para
marcar o seu primeiro semestre de governo.
Ele exigiu um selo de altíssima qualidade. Os
selos são criados, impressos e vendidos.
Bolsonaro fica radiante! Mas em poucos dias
ele fica furioso ao ouvir reclamações de que o
selo não adere aos envelopes.
O presidente convoca os responsáveis e
ordena que investiguem o assunto. Eles
pesquisam as agências dos Correios de
todo o país e relatam o problema a Bolsonaro.
O relatório diz: “Não há nada de errado
com a qualidade dos selos. O problema
é que o povo está a cuspir do lado errado.”
Advogado
Enterrado em dívidas até ao pescoço, o
advogado resolve suicidar-se.
Vai para o meio da rua, lança um litro de
gasolina sobre o corpo e quando procura
fósforos para atear fogo, uma mulher
segura-o pelo braço.
- Não, não faça isso rapaz! - Diz ela, comovida
com a dramática situação.
- Se o problema é dinheiro, eu vou já procurar
dar um jeito!
Ela pegou num saco e começou a abordar
os carros nos semáforos a pedir auxílio,
enquanto contava o sucedido.
Vinte minutos depois ela volta com a
saco quase cheio.
- O advogado aproxima-se ansioso e
pergunta: Quanto é que você conseguiu?
E ela: - Não foi muita coisa… Uns duzentos
isqueiros e talvez umas 100 caixas de
fósforos!
Dieta
Doutor, como eu faço para emagrecer?
Basta a senhora mover a cabeça da esquerda
para a direita e da direita para a
esquerda.
Quantas vezes, doutor?
Todas as vezes que lhe oferecerem comida.
Atrasado
A mulher comenta com o marido: Querido,
hoje o relógio caiu da parede da sala
e por pouco não bateu na cabeça da
mamãe... Maldito relógio. Sempre atrasado...
Adivinhas (*)
308
É vila de Portugal
Mas seu nome é construído
Plo símbolo de um metal
E também um apelido.
312
Qual a terra portuguesa
Quase à beirinha do mar
Que se a pisar com certeza
Decerto vai-se picar?
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 33
PASSATEMPO
SOPA
309
Quem foi o navegador
Que por marés opulentas
Dobra o gigante maior
Que é o Cabo das Tormentas?
310
Diga com toda a destreza Do
Algarve até ao Minho Que
província portuguesa
É berço do corridinho?
311
Se com certa letra grega
Juntar uma embarcação
Sem perder mais tempo
chega
A achar uma profissão.
313
Tenho nome de mulher
E do tempo uma fracção
Responda lá se souber
Que cidade é esta então?
314
Qual era a cor do cavalo
Branco de Napoleão
Tire lá um intervalo
E diga sem confusão.
315
Qual o nome de mulher
Quer seja loura ou morena
Quando um til lhe puser
Fica logo mais pequena.
Informação!
As pessoas que quiserem,
podem solicitar o
livro digital, SABER E
LAZER através do email
do autor: poesia@sympatico.ca,
escrevendo
apenas no assunto da
mensagem: “sócio do
Lusitano de Zurique”
Soluções (*)
308 – Nisa
309 – Bartolomeu Dias
310 – Algarve
311 – Alfa+iate=Alfaiate
312 - Espinho
313 – Anadia Ana+Dia
314 – a cor é branca
315 – Ana = Anã
COOORDENAÇÃO E RECOLHA: JOANA ARAÚJO
34 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
HORÓSCOPO
RV - JOANA ARAÚJO (*)
Carneiro
Para alcançar bons resultados, vai precisar
de mergulhar no seu serviço. Terá
habilidade para lidar com o dinheiro.
Talvez faça novos amigos. Alguém da
família deverá lhe dar bons conselhos.
Tudo azul no amor.
Touro
Você terá mais disposição para cuidar
dos seus interesses, inclusive financeiros.
Seja mais flexível para não discutir
com o pessoal de casa. Graças ao seu
charme, conseguirá seduzir quem quiser.
Na relação amorosa, evite o ciúme.
Gémeos
Trabalhar a sós deve render mais nesta
fase. Para melhorar a convivência com
o pessoal de casa, a dica é apostar no
diálogo. É provável que viva um lance
com ex-amor ou pessoa proibida. Romance
cheio de companheirismo.
Caranguejo
Pode encontrar maneiras novas de melhorar
os seus ganhos, mas será preciso
dominar os seus impulsos. Há risco de
se tornar alvo de fofoca: cuidado! Se estiver
só, talvez se encante por uma pessoa
popular. Na vida a dois, há sinal de
tensão.
Leão
Bom momento para fazer planos profissionais:
só não deixe de mostrar o seu
lado responsável. É possível que realize
um sonho de consumo. Seu romance
conta com proteção. Se estiver livre, o
grupo de amigos deve ajudar na conquista.
Virgem
No caso de mudança ou imprevisto no
seu emprego, conte com a sua intuição
para resolver as coisas. Bom período
para viajar ou procurar tratamento de
saúde. Amizades fortalecidas. Na paixão,
o excesso de críticas pode azedar
o clima romântico.
Balança
Sociedade ou parceria profissional protegida.
Vai sentir vontade de sair da rotina.
Óptima fase para cuidar da sua fé.
No amor, lance recente tem boa chance
de ficar mais sério. Alguém do passado
pode balançar o seu coração.
Escorpião
Vai precisar de se esforçar em dobro
para alcançar as suas metas profissionais.
Melhor não se exceder na hora
de gastar. Uma mudança no visual tem
tudo para ser um sucesso. Na vida a
dois, espere muita união. Conquista
com gostinho de paixão!
Sagitário
O seu serviço vai exigir organização e
conclusão de pendências. Se lida com
o público ou clientes, é possível que encha
o bolso. Em casa, tudo azul! Talvez
faça novos amigos. A dois, promessa
de bom humor, sintonia e romantismo:
comemore!
Capricórnio
Os assuntos familiares estarão no topo
das suas prioridades. Terá disponibilidade
para aprender coisas diferentes.
Sorte abençoada: arrisque-se no jogo
ou sorteio! No campo amoroso, há paixão.
Colega comprometido deve despertar
o seu interesse.
Aquário
Você vai demonstrar habilidade para
conversar e trabalhar em grupo, mas
evite gente fofoqueira. O seu senso prático
vai dominar a rotina. No romance,
espere carinho! Com o seu charme, saberá
conquistar quem deseja.
Peixes
Momento oportuno para economizar ou
trabalhar duro para lucrar. Fazer contactos
na profissão será importante para o
seu crescimento. No amor, a dica é ficar
longe do ciúme e de palpites alheios,
sobretudo de familiares.
(*) COORDENAÇÃO E RECOLHA
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 35
CULTURA
"Variações" o “filme do ano”
que a família não gostou...
MANUEL ARAÚJO
A ante-estreia absoluta do filme sobre
a vida de António Variações, teve lugar
no passado dia 19 de Agosto nas
Termas de Caldelas - Amares, concelho
do distrito de Braga de onde o
cantor era natural e onde começou a
trabalhar com pouco mais de 10 anos,
numa oficina de quinquilharia. A ante-
-estreia de “Variações” que assinala
também 35 anos após a sua morte e 75
do seu nascimento, teve como palco o
magnífico e acolhedor Parque das Termas
de Caldelas, numa sessão gratuita
ao ar livre.
A estreia do filme a nível nacional, teve
lugar no dia 22 de Agosto em mais de
sessenta salas de cinema portuguesas,
algumas com lotações esgotadas.
Na apresentação do filme, o qual a crítica
já avançou como sendo o Filme do Ano,
entre outros, estiveram presentes alguns
famíliares do cantor, o realizador João
Maia e o actor principal Sérgio Praia, que
interpretou o papel de António Variações.
“Variações” é o primeiro filme português
a ser exibido em tecnologia Dolby Atmos,
que proporciona aos espectadores uma
experiência sonora mais imersiva.
Segundo a produtora, o filme foca, precisamente,
a carreira e a transformação
do António Variações, artista excêntrico e
popular, cuja carreira fulgurante foi interrompida
pela sua morte. O filme aborda
ainda a vida amorosa de Variações, nomeadamente
o seu relacionamento com
o cabeleireiro de Lisboa Fernando Ataíde.
Variações, em Maio de 1983, era um dos
mais populares artistas portugueses,
com mais de 100 espetáculos marcados
para o Verão.
O seu primeiro disco, “Anjo da Guarda”,
foi fenómeno de vendas e Variações faz o
seu concerto mais “apetecido”, segundo
a produtora, na Aula Magna, sendo a primeira
parte de Amália Rodrigues, o seu
maior ídolo.
Em 1984, Variações grava o seu segundo
e último álbum, chamado "Dar e Receber”.
Morreu nesse mesmo ano no dia de
Santo António, 13 de Junho de 1984 com
39 anos. Foi a primeira personalidade pública
que, supostamente, morreu de SIDA
em Portugal. Está sepultado no cemitério
de Fiscal - Amares.
No final da apresentação do filme em
Caldelas, em declarações à imprensa,
um do irmãos mostrou-se decepcionado
com a película, dizendo que estava desiludido
com o que viu e que [a produção]
preocupou-se mais com a intimidade do
que com a vida artística e profissional do
Variações.
Essa reacção ao filme, dos familiares não
surpreendeu, pois quando em 2003 escrevi
sobre o António e referi que ele foi
a primeira personalidade pública que se
suspeita ter morrido de SIDA em Portugal,
(pode ser lido aqui: http://bit.do/antonio-variacoes)
alguns familiares criticaram-me
duramente.
É público, que o António queiram ou
não, foi um excelente músico que abriu
horizontes musicais, sendo também inquestionavelmente
uma referência da comunidade
gay, tendo sido eleito em 2015
como o maior ícone gay português pelos
mais de dois mil votantes num inquérito
online, levado a cabo por um site português
de notícias e cultura LGBT. Alguns
familiares não aceitam a evidência e continuam
a tapar o sol com a peneira…
36 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
LITERATURA
Embalo
envolvente
VCARMINDO
DE CARVALHO
Ghttps://www.facebook.
com/carmindo.carvalho
Se é verdade que uma imagem vale por
mil palavras, também verdade é que
apenas algumas palavras (menos de
mil), podem gerar muitas imagens.
Bastará que nos deixemos levar na melodia
que elas nos cantam! ...
E assim num embalo envolvente e cativante
poderemos ir, sem sair ... a sítios
onde nunca iríamos de outra forma.”
Junho, 2016
Diz-me de ti
Diz-me de ti - que eu
agarro-te pelos sentidos.
Diz-me fundo. Fundo
confessadamente fundo.
O resto não me interessa;
nunca me iria interessar.
Mesmo daqui, sentado
na poltrona de senhor do
tempo.
Mesmo sem saber já da
norma ou da conveniência.
Bruto e sem maneiras.
Talvez.
Sempre que fui conveniente
não fui especialmente
mais feliz por isso.
Mas tento a elegância,
talvez por um bailado de
genes na aba do chapéu.
No entanto, não me esperes
elegância conforme
ao poetar público do
fingir, mas talvez abraços
do susto e do suor da intimidade.
Porque o momento da
verdade exige que eu só
já seja vate de mim onde
não sou.
E no nascer das horas
importantes, talvez na
aurora desperte um cântico,
um olhar de encanto
ainda. Uma nuvem de
mulher.
E faz-me estremecer, que
eu deixo.
Preciso tanto de ainda
sentir a fúria dos dias
adiados que nunca fui.
Por conta dum futuro
nunca acontecido.
Ouço um roçar de saias
arrastando nas lajes puídas
do convento milenar.
Austero e grave, espero.
Cânticos gregorianos
ressoam e conferem majestade
ao momento imaginado.
E tu finalmente páras e
admites.
Que sim.
VPEDRO
Ghttps://www.facebook.
com/Maestro.Pedro.
Barroso
www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | SETEMBRO 2019 | 37
OPINIÃO
“Museu Salazar” - Sim, sou a favor… (*)
MANUEL ARAÚJO
Há milhares de pessoas que
estão a lutar indignadas
contra o projecto de transformação
da casa onde
nasceu Salazar num “Museu”.
Pretendem fazer ali a
“Meca” da memória do “estadista”
António de Oliveira
Salazar e ao contrário desses
portugueses EU CON-
CORDO com o “Museu”!
Há muitos jovens que não conhecem
a “obra” do ditador,
por isso eu proponho que
criem o “Museu” e que o ampliem,
para que caiba lá dentro
toda a “obra” do homem que
deixou marcas em Portugal,
as quais serão lembradas e
sentidas por séculos.
Nesse “Museu”, além da sua
roupa velha, das garrafas de
vinho vazias, das botas, das
fotos do seu “melhor amigo”
Cardeal Cerejeira e dos frascos
vazios da droga que ele
consumia, não se esqueçam
de referir também, que havia a
censura. Os jornais, os livros,
o cinema e o teatro eram censurados
e escritores, jornalistas,
cantores e músicos eram
proibidos de divulgar as suas
obras e muitos até foram presos.
obrigados a emigrar para não
serem presos por recusarem ir
para a Guerra Colonial.
Nesse tempo também tínhamos
a Mocidade Portuguesa,
a qual também não devem esquecer.
Os jovens, a partir de
tenra idade, eram obrigados a
pertencer a esta organização
militarista, onde andavam fardados,
marchavam, rezavam e
faziam a saudação nazi. Mui-
mortos e encontra ceramente
alguém da sua terra.
Nesse tempo o nosso País estava
isolado do Mundo e era
frequentemente condenado
por organizações internacionais
como a ONU, que não
aceitava que continuássemos
a colonizar e a assassinar os
habitantes dos territórios, que
nunca foram nossos.
no. As mulheres não votavam.
Era uma Ditadura.
Sejam honestos e não esqueçam
também a corrupção generalizada,
o analfabetismo,
a miséria, as deportações,
a fome, a morte, a guerra, a
PIDE, as prisões arbitrárias e
os julgamentos sumários e o
medo, sim, muito medo. Portanto,
não devem esquecer e
dar especial ênfase à figura
principal do Estado Novo, o
ditador Salazar (até me custa
escrever este nome).
Que o “Museu” avance para
todos o conhecerem e é bom
que se ensine também nas escolas
o que foi o Estado Novo
e o regime do Salazar, onde a
Igreja caminhava sempre lado
a lado com ele; Deus, Pátria,
Família, Autoridade, Hierarquia,
Paz Social, Austeridade
e Moralidade, era essa orientação
e a mistura da Igreja
com o Poder, que foi uma das
causas da “mansidão” do povo
português, que esperou quase
50 anos pela ajuda dos capitães
de Abril para se libertar.
Um “Museu” se for feito nestes
moldes, onde nos faça
lembrar o período mais negro
e triste da História de Portugal,
sim, eu CONCORDO!
Devem lá arranjam um cantinho
para dar a conhecer também
o que foi a PIDE. A PIDE
existia para perseguir, vigiar,
prender e torturar e até matar,
todas as pessoas que tinham
opiniões diferentes, não esquecendo
as prisões da ditadura,
para onde os opositores
ao Estado Novo eram presos e
enviados para Peniche, Caxias
e Tarrafal onde eram torturados
e alguns também mortos.
O exílio deve constar também
em algum sítio do “Museu”.
Muitos portugueses foram
tos deles, quando na idade militar,
participaram alegremente
na guerra colonial.
Que nesse local fique lá bem
visível a indicação e se possível
os nomes dos quase dez
mil jovens portugueses que
morreram nessa Guerra Colonial.
Procure aqui http://bit.do/
Nesse tempo, até os presidentes
das Câmaras Municipais e
das Juntas de Freguesia eram
escolhidos pelos governantes,
sem ouvir a opinião das populações.
Não havia partidos, não havia
direito de reunião, nem de opiniões
discordantes do gover-
(*) Para que fique claro e porque
sei que há pessoas que só lêem
os títulos, ou não conseguem
ter a capacidade de entender
à primeira o teor sarcástico do
texto, terei de ser mais directo:
Idolatrar, endeusar e lavar a
imagem deste facínora fascista,
está fora de questão e eu não
poderia concordar nunca, com
a criação de um “santuário” que
oportunistas políticos, pomposamente
chamam de “Museu”, à
casa onde nasceu o “botas”,
a mais negra e triste figura da
História do Séc. XX.
38 | SETEMBRO 2019 | LUSITANO DE ZURIQUE | www.cldz.eu
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ÚLTIMA...
Como votar a partir do estrangeiro nas Eleições
Legislativas de 6 de Outubro de 2019
A votação realiza-se por
via-postal com a excepção
dos que manifestaram
a sua vontade (nos
prazos previstos por lei)
em realizar-lho presencialmente.
Voto Via-Postal
O Ministério da Administração
Interna envia-lhe o boletim de
voto para a morada indicada
no caderno de recenseamento,
pela via-postal mais rápida, sob
registo.
Vai receber o boletim de voto e
dois envelopes, um de cor verde
e outro branco, que serão
devolvidos ao Ministério da Administração
Interna.
No boletim, assinala com uma
cruz a opção de voto, dobra
o boletim de voto em quatro e
coloca-o dentro do envelope
de cor verde (sem quaisquer
indicações ou documentos) e
fecha-o. Introduz o envelope de
cor verde no envelope de cor
branca, juntamente com uma
cópia do cartão de cidadão ou do
bilhete de identidade e, depois de
fechado, deve enviá-lo pelo correio
antes do dia da eleição.
Estou deslocado da minha
residência, o que me impede
de receber a documentação
para votar. Posso votar de outra
forma?
Não. Os cidadãos recenseados
no estrangeiro que votem por
via postal recebem a correspondência
que lhes for remetida
pela administração eleitoral
da Secretaria-Geral do Ministério
da Administração Interna na
morada indicada nos cadernos
de recenseamento.
No voto por via postal se me
enganar a pôr a cruz no boletim
o que devo fazer?
Caso se engane, não há solução.
Ou destrói o boletim, abstendo-se,
ou anula-o, de preferência,
pondo cruzes em todas
as candidaturas e remete-o por
correio, sendo considerado um
voto nulo.
Para onde envio o envelope
com o meu voto?
Não precisa de escrever nada.
O envelope branco já tem impresso
no destinatário o endereço
correspondente à respetiva
assembleia de recolha e
contagem de votos dos eleitores
residentes no estrangeiro.
O voto por via postal é gratuito?
Sim. O envelope branco que recebe
é um envelope de franquia
postal paga.
Voto presencial
Se optar por votar presencialmente,
o que devo fazer?
Deve dirigir-se, nos dias da votação
(dia da eleição e dia anterior),
às assembleias de voto
constituídas para o efeito que
funcionam nas secções e postos
consulares. Indicar o seu
nome e apresentar o seu documento
de identificação civil, se
o tiver.
Na falta deste documento, a
identificação do eleitor faz-se
por meio de qualquer outro documento
oficial que contenha
fotografia actualizada, ou através
de dois cidadãos eleitores
que atestem, sob compromisso
de honra, a sua identidade, ou
ainda por reconhecimento unânime
dos membros da mesa.
Pode conhecer o local de voto
através do site da CNE no qual
consta a lista das representações
diplomáticas onde funcionam
as mesas de voto, disponibilizada
pelo Ministério dos
Negócios Estrangeiros.
Para mais informações consulte
o sitio: http://www.cne.
pt/faq2/113/3
Fonte: CNE