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MICHELIN UPTIS O pneu que dispensa ar<br />
REPORTAGEM Em pista com a Triangle Tyres<br />
A revista n.º 1<br />
<strong>dos</strong> profissionais<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
<strong>56</strong><br />
Setembro 2019<br />
ANO IX | 5 euros<br />
Periodicidade: Trimestral<br />
Entrevista MIKE RIGNALL<br />
Senior marketing manager da Toyo Tires<br />
Europe explica a importância do Velho<br />
Continente para a estratégia da marca<br />
fedima<br />
50 anos de história<br />
Viagem às raízes da<br />
Recauchutagem 31 pela voz<br />
de um <strong>dos</strong> seus fundadores<br />
JAntes<br />
Processo de Produção<br />
Mercado disponibiliza um vasto<br />
leque de opções que cumprem os<br />
exigentes requisitos <strong>dos</strong> OEM<br />
DIGITALIZAÇÃO<br />
tecnologia<br />
sobre rodas<br />
Investimento seguro | Rentabilizar negócio | Exemplos <strong>dos</strong> fabricantes
O pneu de Altas Prestações<br />
que junta o desportivismo e a<br />
sustentabilidade<br />
O equilíbrio perfeito entre<br />
o rendimento, o conforto<br />
e a segurança<br />
A escolha mais inteligente e<br />
ecológica para o condutor atual<br />
SINTA A CONEXÃO<br />
O que o separa da estrada é o que o une a ela<br />
www.hankooktire.com/es<br />
02 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Editorial<br />
Diretor<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Editor executivo<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Jorge Flores<br />
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Joana Calado<br />
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Diretor comercial<br />
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Gestor de clientes<br />
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Arte<br />
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e contabilidade<br />
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Periodicidade<br />
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publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
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DOS PNEUS<br />
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JOÃO VIEIRA - PUBLICAÇÕES UNIPESSOAL,<br />
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CONSULTE O ESTATUTO EDITORIAL<br />
NO SITE WWW.REVISTADOSPNEUS.COM<br />
Urgente repensar<br />
estratégia<br />
JOÃO VIEIRA, Diretor<br />
Nunca o negócio do comércio de<br />
pneus foi tão exigente a nível<br />
de conhecimento técnico, de<br />
gestão e de criatividade. Num<br />
mercado cada vez mais competitivo,<br />
as empresas têm de fazer mais com<br />
menos e saber responder às novas necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes. É cada vez mais importante<br />
os empresários do setor analisarem o que se<br />
está a passar no mercado e tirarem as suas<br />
conclusões.<br />
Factos recentes deixam antever uma redução<br />
significativa na venda de pneus. Referimo-nos<br />
às declarações do Ministro do Ambiente e da<br />
Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes,<br />
sobre a questão <strong>dos</strong> veículos Diesel<br />
e, também, da entrada em vigor <strong>dos</strong> novos<br />
passes sociais. Relativamente às declarações<br />
do membro do Governo liderado por António<br />
Costa, muitos condutores começam a optar por<br />
veículos a gasolina e elétricos, supostamente<br />
mais amigos do ambiente. Preocupa<strong>dos</strong> com<br />
a autonomia, conduzem mais devagar, desgastando<br />
menos os pneus. Por outro lado, os<br />
novos passes retiraram já imensos automóveis<br />
de circulação.<br />
Com a diminuição prevista da venda de pneus,<br />
os problemas vão agravar-se para distribuidores<br />
e retalhistas, num setor que já se encontra<br />
em contração pelo enorme “esmagamento” de<br />
preços com a inevitável redução de margens.<br />
Apesar deste cenário pouco animador, as estruturas<br />
teimam em manter-se iguais. E enquanto<br />
noutros setores, nomeadamente no aftermarket,<br />
a concentração é um fenómeno cada vez<br />
mais recorrente, os pneus continuam de fora,<br />
apesar das empresas estarem a ganhar cada<br />
vez menos. Consideramos as fusões no setor<br />
<strong>dos</strong> pneus um processo também inevitável,<br />
pois um mercado pequeno como o nosso não<br />
suporta tantos players sem capacidade financeira<br />
de cumprir com os seus compromissos,<br />
elevando, assim, os riscos da operação. Enquanto<br />
a concentração não acontecer, iremos<br />
continuar a assistir a uma enorme pressão entre<br />
to<strong>dos</strong> os operadores, com clara destruição de<br />
valor sem benefício para ninguém, dado que<br />
os benefícios estão a passar para o consumidor<br />
final sem este ter nenhuma perceção do real<br />
valor do serviço que está a usufruir e sem um<br />
aumento da qualidade do mesmo.<br />
Para completar este quadro, temos a concorrência<br />
<strong>dos</strong> operadores espanhóis, que, fruto da<br />
sua dimensão e da sua capacidade de negociação<br />
com os mesmos fabricantes que existem<br />
em Portugal, assumem a verticalização do<br />
canal de distribuição, permitindo-lhes, assim,<br />
ter uma postura comercial muito agressiva e<br />
uma concorrência que, se não for desleal, pelo<br />
menos é muito pouco recomendável. Neste<br />
quadro macroeconómico difícil de entender<br />
e perspetivar com alguma segurança e estabilidade,<br />
é urgente que as empresas repensem<br />
a sua estratégia comercial e assumam uma<br />
gestão eficaz, através de novas abordagens<br />
na comercialização de pneus e na relação de<br />
proximidade com os clientes e merca<strong>dos</strong> onde<br />
está presente, assente na experiência, na ética<br />
e na motivação <strong>dos</strong> seus colaboradores,<br />
com dedicação e coragem para responder às<br />
constantes exigências que o mercado coloca.<br />
Os retalhistas de pneus, tal como a maioria<br />
<strong>dos</strong> negócios, deve diversificar a sua atividade,<br />
para não correr o risco da dependência total<br />
por parte de um produto ou segmento. Hoje,<br />
é difícil uma oficina ser rentável e sustentável<br />
apostando apenas em serviços de pneus. É<br />
necessário oferecer um serviço integrado,<br />
procurando colmatar todas as necessidades<br />
inerentes ao setor automóvel, de forma a aumentar,<br />
não só, a rotatividade das visitas à<br />
oficina, mas, também, alternando segmentos<br />
de produtos com rentabilidades diferentes,<br />
evitando, desta forma, eventuais perdas de<br />
sustentabilidade provocadas por oscilações<br />
num único produto. A par da diversificação do<br />
negócio, as casas de pneus têm de trabalhar,<br />
não só, na atração de clientes, mas, também,<br />
na sua retenção, sendo essencial que cada vez<br />
mais transformem o negócio na prestação de<br />
um serviço que o cliente valorize, serviço esse<br />
que pode incluir a venda de pneus.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Goodyear Eagle F1 SuperSport RS<br />
Genes de<br />
competição<br />
Com a nova gama Eagle F1 SuperSport, composta pelos SuperSport, SuperSport R e<br />
SuperSport RS, a Goodyear regressa ao segmento UUHP (Ultra Ultra High Performance),<br />
transferindo para os seus novos produtos a tecnologia desenvolvida após anos de<br />
experiência na competição<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
O<br />
Eagle F1 SuperSport RS trata-se<br />
de uma versão que, apesar de<br />
muito exclusiva e homologada<br />
para estrada, está orientada,<br />
principalmente, para utilização em circuito.<br />
O composto de borracha da banda de rolamento<br />
é feito com uma mistura derivada da<br />
competição (RacePro Compound), de modo<br />
a responder às mais elevadas exigências em<br />
circuito. Sobre piso seco, a Goodyear afirma<br />
que a aderência deste novo pneu é, simplesmente,<br />
sensacional. Mais: que a performance<br />
alcança o mais alto nível. Tudo porque o novo<br />
Eagle F1 SuperSport RS beneficia das tecnologias<br />
Bridge Assist e Powerline Cover, também<br />
desenvolvidas para condições extremas.<br />
Mas, afinal, em que consiste a tecnologia<br />
Bridge Assist? Recorre a pontos de borracha<br />
integra<strong>dos</strong> no primeiro sulco da banda<br />
de rolamento do pneu, que proporcionam<br />
maior resistência à flexão em curva. Deste<br />
modo, aumenta o nível de estabilidade,<br />
permitindo um melhor grau de direção e<br />
trajetórias mais fiéis, independentemente<br />
da temperatura do pneu.<br />
Compound também fazem parte do ADN<br />
do novo Eagle F1 SuperSport RS. Quanto à<br />
primeira, trata-se de um sistema que inclui<br />
uma estrutura interna construída em aramida<br />
e nylon, que tem como tarefa evitar a<br />
deformação da banda de rolamento. Deste<br />
modo, mantém-se sempre o contacto do<br />
pneu com o solo, o que proporciona uma<br />
estabilidade constante, mesmo a altas velocidades.<br />
Já o RacePro Compound, como o próprio<br />
nome indica, consiste num composto de<br />
competição que maximiza a aderência em<br />
piso seco, ao combinar elementos da banda<br />
de rolamento muito rígi<strong>dos</strong> com uma reduzida<br />
profundidade da mesma. A vantagem<br />
combinada ajuda a maximizar as forças g, ao<br />
mesmo tempo que minimiza o movimento<br />
da escultura da banda de rolamento em condições<br />
extremas em curva, o que proporciona<br />
ao condutor tanto um nível máximo<br />
de aderência como um comportamento da<br />
direção extremamente preciso.<br />
Disponível, desde o passado mês de junho,<br />
em duas medidas, para jantes de 20” e 21”, o<br />
Eagle F1 SuperSport RS oferece, de acordo<br />
com a Goodyear, uma capacidade direcional<br />
absolutamente excecional e um elevadíssimo<br />
nível de performance em asfalto seco. Prova<br />
disso, é que este novo pneu foi selecionado<br />
pela Porsche para equipar, de origem, os<br />
superdesportivos 911 GT2 RS e GT3 RS. ♦<br />
EFICÁCIA EXTREMA<br />
As tecnologias Powerline Cover e RacePro<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Equipamento do mês<br />
Sicam SBM Wave 5<br />
Equilibrar<br />
com arte<br />
Comercializada pela Leirilis, a Sicam SBM Wave 5 é uma equilibradora eletrónica de<br />
rodas que dispõe de ecrã tátil de 22”. Exibindo um design renovado, integra a nova GUI<br />
(Graphic User Interface), oferecendo elevada performance e enorme precisão para rodas<br />
de to<strong>dos</strong> os tipos de automóveis, motos e veículos comerciais ligeiros<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
Sicam é, atualmente, a única<br />
marca de equipamentos de<br />
roda comercializada pela Leirilis.<br />
A sua inclusão no portefólio da<br />
empresa de Leiria vem fortalecer a imagem<br />
desta no mercado, reforçando a sua posição<br />
enquanto fornecedora global para a oficina,<br />
quer a nível de produtos e equipamentos,<br />
quer a nível de serviços. Inserida, hoje, no<br />
Grupo BASE, a Sicam dispõe de uma ampla<br />
oferta de produto. A equilibradora eletrónica<br />
de rodas SBM Wave 5, que pode ser requisitada<br />
em duas versões (aperto manual com<br />
e sem laser; pneumática com e sem laser),<br />
demonstra como equilibrar com arte, oferecendo<br />
elevada performance e enorme<br />
precisão para rodas de to<strong>dos</strong> os tipos de<br />
automóveis, motos e comerciais ligeiros.<br />
CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADORAS<br />
A Sicam SBM Wave 5 é uma equilibradora de<br />
rodas de nova geração. Segundo a Leirilis,<br />
este equipamento faz-se valer de um ecrã<br />
tátil de qualidade industrial e dispõe de um<br />
novo sistema de comunicação com o utilizador.<br />
Tudo para oferecer grande precisão e<br />
qualidade de trabalho. Como características<br />
diferenciadoras, a SBM Wave 5 anuncia as<br />
seguintes: introdução automática do programa<br />
durante o processo de inserção das<br />
medidas; novo algoritmo de cálculo de massa<br />
que relaciona os desequilíbrios estáticos e<br />
dinâmicos captura<strong>dos</strong> na roda para, então,<br />
aplicar menos contrapesos possíveis, proporcionando<br />
um equilíbrio perfeito e duradouro;<br />
braço para tirar, automaticamente, a largura<br />
do pneu; programas dinâmicos e estáticos,<br />
peso oculto, adesivos em várias combinações;<br />
possibilidade de imprimir relatório detalhado;<br />
duas marcações a laser internas com a posição<br />
exata do centro do contrapeso adesivo<br />
a ser colocado; posicionamento automático<br />
da roda no ponto de desequilíbrio; travão<br />
eletromagnético.<br />
Disponível com uma panóplia de acessórios,<br />
as inovações introduzidas na SBM<br />
Wave 5 incluem: uma bandeja com maior<br />
superfície, que oferece mais espaço para<br />
ferramentas; uma proteção automática da<br />
roda, que incorpora os sistemas de medição<br />
da largura da roda e posicionamento do<br />
contrapeso; um laser interno para posicionamento<br />
preciso de contrapesos adesivos<br />
e de mola; uma função de stop na parte superior<br />
para colocar a roda na posição correta.<br />
Já a interface do utilizador, incorpora um<br />
fluxo de trabalho que reduz, significativamente,<br />
os tempos de seleção de programas.<br />
A versão touchscreen, além de um sistema<br />
de diagnóstico inteligente, também integra<br />
conectividade plug&play.<br />
Com a saída da Bosch, a Leirilis encontrou outro<br />
fornecedor de equipamentos de roda que<br />
garante qualidade e variedade de produto.<br />
Sendo a Sicam um <strong>dos</strong> principais fabricantes<br />
de equipamentos para oficinas de pneus e<br />
passando a sua estratégia pela inovação e<br />
qualidade <strong>dos</strong> serviços e produtos, bem como<br />
por uma forte aposta em I&D (investigação e<br />
desenvolvimento), a Leirilis chegou à conclusão<br />
que a marca italiana seria o fornecedor<br />
ideal para colmatar a lacuna existente. ♦<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
C<br />
Anúncio Falken 200x285 A.pdf 1 13/12/2018 15:05<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
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CY<br />
CMY<br />
K
Mercado<br />
Queda livre<br />
Em julho de 2019, o<br />
mercado de pneus novos de<br />
substituição, em Portugal, no<br />
segmento Consumer, caiu 3,4%<br />
face a igual mês de 2018. Já no<br />
acumulado <strong>dos</strong> primeiros sete<br />
meses deste ano, verificou-se,<br />
também, uma queda, ainda<br />
que menos acentuada: 1,8%<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Segundo da<strong>dos</strong> do Europool a que<br />
tivemos acesso, em julho de 2019,<br />
no que ao mercado de pneus novos<br />
de substituição disse respeito,<br />
venderam-se, em Portugal, no segmento<br />
Consumer (ligeiros de passageiros, comerciais<br />
ligeiros e 4x4), 262.482 unidades, ou seja,<br />
menos 9.130 comparativamente ao período<br />
homólogo do ano anterior. O que, na prática,<br />
traduziu-se numa descida de 3,4%. Quanto ao<br />
acumulado <strong>dos</strong> primeiros sete meses deste<br />
ano, registou-se, também, uma queda, ainda<br />
menos acentuada, 1,8% (1.778.289 unidades<br />
contra 1.810.339 transacionadas entre janeiro<br />
e julho de 2018).<br />
Na divisão por categorias, no sétimo mês de<br />
2019, o mercado nacional “absorveu” 226.257<br />
pneus radiais para veículos de passageiros<br />
(-4% do que em julho de 2018), 21.077<br />
pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />
(+0,4%) e 15.148 pneus 4x4 (+3%). No<br />
acumulado de janeiro a julho de 2019, por<br />
comparação com os primeiros sete meses<br />
de 2018, o Europool revela que foram vendi<strong>dos</strong><br />
no nosso país 1.529.558 pneus radiais<br />
para veículos de passageiros (-2,7%), 144.827<br />
pneus radiais para veículos comerciais ligeiros<br />
(+4,2%) e 103.904 pneus 4x4 (+4,8%).<br />
Analisando os segmentos, em julho de 2019,<br />
a maior fatia pertenceu aos pneus premium,<br />
com 130.340 (+6,4%), seguindo-se os budget,<br />
com 82.542 (+0,9%), e os mid, com 49.622<br />
(-26,3%). No acumulado de janeiro a julho de<br />
2019, os números alteram-se para 833.035<br />
pneus premium (-2,9%), 516.480 pneus budget<br />
(+1,1%) e 421.319 pneus mid (-2%) comparativamente<br />
aos sete primeiros meses de 2018.<br />
Quanto à tipologia, em julho de 2019, foram<br />
comercializa<strong>dos</strong> 78.635 pneus HRD,<br />
ou seja, destina<strong>dos</strong> a jantes de 17” para<br />
cima (+21,7%), 15.148 pneus SUV/4x4<br />
(+3%), 11.769 pneus RFT (+38,4%) e 2.351<br />
pneus All Season (+106,2%). Números<br />
que, no acumulado de janeiro a julho de<br />
2019, alteram-se para 501.798 pneus HRD<br />
(+9,5%), 103.904 pneus SUV/4x4 (+4,8%),<br />
85.793 pneus RFT (+22,8%) e 11.757 pneus<br />
All Season (+52,3%). ♦<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Europool<br />
UNIDADES JULHO 2018 JULHO 2019 VARIAÇÃO<br />
Passageiros 235.746 226.257 -4%<br />
Comerciais 21.153 21.077 +0,4%<br />
4x4 14.713 15.148 +3%<br />
TOTAL 271.612 262.482 -3,4%<br />
All Season 1.140 2.351 +106,2%<br />
HRD 64.638 78.635 +21,7%<br />
RFT 8.506 11.769 +38,4%<br />
SUV/4x4 14.713 15.148 +3%<br />
Budget 81.806 82.542 +0,9%<br />
Mid 67.360 49.622 -26,3%<br />
Premium 122.458 130.340 +6,4%<br />
12” 62 4 -93,5%<br />
13” 10.179 8.652 -15%<br />
14” 37.117 29.900 -19,4%<br />
15” 73.670 69.955 -5%<br />
16” 85.872 75.341 -12,3%<br />
17” 40.214 48.265 +20%<br />
18” 16.3<strong>56</strong> 20.646 +26,2%<br />
19” 6.227 6.130 -1,6%<br />
20” 1.090 2.618 +140,2%<br />
21” 504 758 +50,4%<br />
22” 247 200 -19%<br />
23” 0 18 -<br />
UNIDADES JAN./JUL. 2018 JAN./JUL. 2019 VARIAÇÃO<br />
Passageiros 1.572.237 1.529.558 -2,7%<br />
Comerciais 138.925 144.827 +4,2%<br />
4x4 99.177 103.904 +4,8%<br />
Total 1.810.339 1.778.289 -1,8%<br />
All Season 7.721 11.757 +52,3%<br />
HRD 458.262 501.798 +9,5%<br />
RFT 69.868 85.793 +22,8%<br />
SUV/4x4 99.177 103.904 +4,8%<br />
Budget 510.978 516.480 +1,1%<br />
Mid 429.949 421.319 -2%<br />
Premium 858.179 833.035 -2,9%<br />
12” 301 182 -39,5%<br />
13” 71.604 67.691 -5,5%<br />
14” 242.586 227.493 -6,2s%<br />
15” 503.631 478.957 -4,9%<br />
16” 522.524 494.652 -5,3%<br />
17” 279.034 305.189 +9,4%<br />
18” 116.783 128.655 +10,2%<br />
19” 41.084 41.462 +0,9%<br />
20” 13.924 17.714 +27,2%<br />
21” 6.434 7.167 +11,4%<br />
22” 1.007 1.525 +51,4%<br />
23” -4 86 -2.150%<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque
Digitalização das empresas<br />
Tecnologia<br />
sobre rodas<br />
Num mundo cada vez mais tecnológico, as empresas estão obrigadas a adaptar-se aos<br />
inevitáveis processos de digitalização. O setor <strong>dos</strong> pneus, <strong>dos</strong> fabricantes às casas de<br />
pneus, passando por distribuidores e retalhistas, está a render-se a esta revolução. Para<br />
que o negócio continue a correr sobre rodas<br />
Por: Jorge Flores<br />
Digitalização. A palavra é, hoje,<br />
incontornável. Amanhã, sê-lo-<br />
-á ainda mais. Sem margem para<br />
dúvidas. Não haverá nenhuma<br />
empresa que tenha os olhos postos no<br />
futuro (e no presente) que possa ignorar,<br />
atualmente, a evolução tecnológica e os<br />
benefícios que dela poderá extrair.<br />
O setor <strong>dos</strong> pneus, na sua globalidade, <strong>dos</strong><br />
fabricantes às casas de pneus, passando<br />
por distribuidores e retalhistas, tem vindo<br />
a adaptar-se aos novos tempos. E a otimizar<br />
o seu negócio por intermédio desta revolução<br />
digital, a mesma que tem transformado<br />
produtos, serviços e comunicações com os<br />
clientes, to<strong>dos</strong> eles, paralelamente, cada<br />
vez mais exigentes em matéria de rapidez,<br />
mobilidade, flexibilidade, personalização e<br />
disponibilidade. Isto porque, também eles,<br />
vivem neste mundo digitalizado e dele querem<br />
obter vantagens. A grande missão será<br />
satisfazer ambas as partes.<br />
Não se trata, sequer, de uma opção, mas,<br />
antes, de uma obrigação, para se poder ser<br />
competitivo e sobreviver. A resposta está<br />
na tecnologia. Mais concretamente, na utilização<br />
de ferramentas tecnológicas que<br />
elevem os níveis de eficiência em todas as<br />
atividades e processos de trabalho. Posto<br />
isto, antes de mais, é necessário que o responsável<br />
máximo da empresa tenha isso<br />
bem presente. Ou seja, terá de interiorizar<br />
que o investimento em soluções tecnológicas<br />
permitirá otimizar a sua atividade.<br />
CONCEITO DIGITAL<br />
Estamos perante um conceito centrado<br />
na integração e no aproveitamento da<br />
tecnologia digital, transformando processos<br />
e modelos de negócio para se obterem<br />
vantagens. A saber: maior eficiência<br />
e rentabilidade, maiores oportunidades<br />
de negócio, experiências do cliente mais<br />
satisfatórias. Estas são as noções mais amplas<br />
do conceito. Mas existem várias facetas<br />
na digitalização do negócio. Começando,<br />
desde logo, pela componente externa, relacionada<br />
com o marketing e com a relação<br />
direta com o cliente.<br />
Os processos internos são, igualmente,<br />
cruciais. De duas formas muito claras: no<br />
conhecimento e na devida utilização das
Destaque<br />
não haverá nenhuma empresa que tenha os olhos no<br />
futuro (e no presente) que possa ignorar a evolução<br />
tecnológica e os benefícios que dela poderá extrair<br />
ferramentas necessárias para trabalhar com<br />
as novas tecnologias da indústria automóvel<br />
e <strong>dos</strong> pneus, em particular. E no que respeita<br />
à digitalização <strong>dos</strong> processos de organização<br />
do trabalho interno. Um exemplo básico?<br />
Tudo o que se relacionar com o reduzir a zero<br />
a utilização do papel dentro da empresa.<br />
INVESTIMENTO SEGURO<br />
Já entendemos que o investimento no processo<br />
digital é isso mesmo, um investimento.<br />
Não um custo. Mas como poderá este ser feito<br />
pela empresa? Por um lado, esta pode tirar<br />
partido de soluções que ajudem a melhorar<br />
a eficiência de diferentes partes do processo<br />
de gestão de atividade. Por outro, tem de<br />
trabalhar, também, a parte mais externa, a de<br />
conseguir que cheguem clientes ao negócio,<br />
mediante, por exemplo, um CRM adequado<br />
às suas necessidades e o investimento em<br />
marketing online com uma página web esclarecedora<br />
e uma eficaz e estruturada atividade<br />
nas redes sociais. Em ambos os casos,<br />
existem vias não muito dispendiosas para<br />
cumprir esta necessidade digital. Por vezes,<br />
de forma gratuita.<br />
TORNAR EFICIENTE<br />
De forma resumida, digitalizar um negócio<br />
consiste em torná-lo mais eficiente. E, isso,<br />
significa otimizar cada euro que se investe,<br />
tirar o máximo partido disso. Para tal, implica,<br />
em primeiro lugar, uma mudança de mentalidades.<br />
Algo difícil de conseguir em certos<br />
líderes de empresas do setor, ainda apega<strong>dos</strong><br />
a tempos i<strong>dos</strong>. No entanto, a realidade e a<br />
atualidade têm vindo, de forma ostensiva, a<br />
reclamar esta mudança. Até porque as exigências<br />
<strong>dos</strong> clientes têm vindo a acelerar<br />
este processo.<br />
Os empresários que investem em novas tecnologias<br />
para gerir os seus negócios, para<br />
melhorar os seus processos e para atrair e<br />
fidelizar clientes, não têm dúvidas: a digitalização<br />
é conveniente. A diferença entre<br />
investir ou não, entre utilizar bem ou mal as<br />
ferramentas tecnológicas é o que separa o<br />
investimento <strong>dos</strong> gastos.<br />
EXEMPLO DA BRIDGESTONE<br />
Os principais fabricantes de pneus estão<br />
atentos particularmente à evolução da tecnologia.<br />
E têm dado passos nesse sentido. A<br />
Bridgestone, por exemplo, anunciou, recentemente,<br />
um forte investimento, na ordem<br />
<strong>dos</strong> 36 milhões de euros, na digitalização das<br />
suas operações de fabrico e na criação das<br />
fábricas inteligentes do futuro. O processo<br />
está em marcha. E os benefícios visíveis, com<br />
a Bridgestone a conseguir responder, de maneira<br />
mais rápida e flexível, às necessidades<br />
cada vez maiores <strong>dos</strong> clientes, permitindo, ao<br />
mesmo tempo, que a produção utilize menos<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Digitalização das empresas<br />
A digitalização das fábricas garante ainda<br />
que os da<strong>dos</strong> da produção de pneus sejam<br />
armazena<strong>dos</strong>, analisa<strong>dos</strong> e utiliza<strong>dos</strong> pelos<br />
engenheiros da Bridgestone, em Roma e Tóquio,<br />
para ajudar a projetar novos e melhores<br />
modelos de pneus. Estes novos modelos de<br />
pneus serão devolvi<strong>dos</strong> à fábrica em formato<br />
digital, o que reduzirá o tempo de produção<br />
da primeira série <strong>dos</strong> novos pneus pela<br />
metade.<br />
CONTINENTAL MODERNIZA-SE<br />
Simultaneamente, a digitalização terá um<br />
papel importante na melhoria da eficiência<br />
de produção da Bridgestone, permitindo a<br />
manutenção inteligente das instalações das<br />
fábricas. A inteligência artificial será utilizada<br />
para analisar da<strong>dos</strong> e prever possíveis falhas<br />
em máquinas. O sistema mede e analisa os<br />
principais parâmetros da maquinaria com<br />
a ajuda de sensores e, automaticamente,<br />
sugere manutenção para evitar problemas<br />
de funcionamento que podem ser caros.<br />
Este novo processo também poderá ajudar<br />
a otimizar o planeamento <strong>dos</strong> ciclos de manutenção.<br />
Mas não só.<br />
Com esta aposta, os resíduos produzi<strong>dos</strong><br />
pela Bridgestone EMEA em toda a Europa<br />
serão reduzi<strong>dos</strong>. Um fluxo de da<strong>dos</strong> sobre o<br />
desempenho da produção será enviado para<br />
um banco de da<strong>dos</strong> baseado numa “nuvem”,<br />
onde um algoritmo específico procurará conexões<br />
entre os parâmetros de produção e os<br />
recursos <strong>dos</strong> pneus fabrica<strong>dos</strong>. A introdução<br />
da tecnologia de materiais inteligentes significa<br />
que os especialistas das fábricas podem<br />
pesquisar e gerir digitalmente o caminho de<br />
materiais prepara<strong>dos</strong> e produtos semi-acaba<strong>dos</strong><br />
dentro da fábrica. Isso poderá simplificar<br />
drasticamente o planeamento da produção e<br />
os processos administrativos, desde a mistura<br />
de materiais até ao armazenamento.<br />
A Continental é outro <strong>dos</strong> fabricantes a investir<br />
neste processo de digitalização, ciente<br />
da sua importância. O fabricante alemão tem<br />
recorrido a um número cada vez maior de<br />
possibilidades oferecido pela digitalização<br />
para ajudar os fabricantes de veículos, indústrias<br />
e novos participantes no mercado, de<br />
modo a tornar a mobilidade tão agradável<br />
quanto possível, por intermédio de tecnologias<br />
que melhoram o conforto e a comodidade<br />
durante a condução, em combinação<br />
com aspetos como segurança <strong>dos</strong> veículos<br />
e sustentabilidade.<br />
Para a Continental, a digitalização oferece um<br />
vasto campo de desenvolvimento. Desde sistemas<br />
de transporte inteligente, até software<br />
e eletrónica no veículo. Tudo intimamente<br />
interligado, oferece a oportunidade para novas<br />
funções e mais eficiência, além de tornar<br />
os automóveis do futuro mais apelativos em<br />
termos de mobilidade. No processo de desenvolvimento<br />
especializado em soluções<br />
de software na indústria automóvel, a Continental<br />
conta com subsidiária Elektrobit. ♦<br />
energia e produza menos resíduos. Por outras<br />
palavras, o ambiente também agradece que<br />
a pegada seja... digital.<br />
Este investimento do fabricante japonês permitirá<br />
ainda que os próprios funcionários da<br />
Bridgestone tenham uma qualificação melhor<br />
para trabalhar com tecnologias digitais líderes<br />
do setor, o que ajudará a melhorar a eficiência<br />
<strong>dos</strong> recursos e a satisfação no trabalho.<br />
O projeto da fábrica inteligente verá o seu<br />
processo de produção completo – cobre os<br />
produtos semi-acaba<strong>dos</strong>, o fornecimento<br />
de energia, a manutenção, a monitorização<br />
de produção e planeamento de produção -<br />
quando transformado em oito fábricas europeias,<br />
distribuídas por cinco países: Polónia,<br />
Hungria, Espanha, Itália e França.<br />
Todas elas beneficiadas pela economia de<br />
energia, maior eficiência, redução de desperdícios<br />
e processos simplifica<strong>dos</strong>. O primeiro<br />
<strong>dos</strong> projetos de “Energia Inteligente”, otimiza<br />
o consumo de energia e os custos das usinas,<br />
possibilitando uma economia de energia de<br />
cerca de 10%. Além disso, cria uma ligação<br />
entre os planos de produção e o consumo<br />
de energia. E a modelagem destes otimizará<br />
a necessidade de energia da produção de<br />
pneus.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Atualidade<br />
Pneu sem ar<br />
A Michelin e a General Motors apresentaram, na Cimeira da Mobilidade Sustentável,<br />
que se realizou em Montreal, no Canadá, uma nova geração de pneus sem ar<br />
desenvolvida para veículos de passageiros. O protótipo UPTIS (Unique Puncture proof<br />
Tire System) já anda em testes no Chevrolet Bolt EV<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
De 4 a 6 de junho, em Montreal, no<br />
Canadá, na Movin’On, Cimeira da<br />
Mobilidade Sustentável, a Michelin<br />
e a General Motors apresentaram<br />
uma nova geração de pneus sem ar<br />
desenvolvida para veículos de passageiros:<br />
UTPIS (Unique Puncture proof Tire System).<br />
Os dois fabricantes (o francês de pneus e<br />
o norte-americano de automóveis), anunciaram,<br />
também, um acordo de investigação<br />
conjunta, ao abrigo do qual ambas as<br />
empresas pretendem validar o protótipo<br />
UPTIS para utilização em veículos de turismo<br />
a partir de 2024.<br />
A Michelin e a GM encontram-se a efetuar<br />
testes ao protótipo UPTIS em veículos como<br />
o Chevrolet Bolt EV (100% elétrico). No final<br />
deste ano, terão início os ensaios em condições<br />
reais de utilização numa frota de Chevrolet<br />
Bolt EV, no estado norte-americano<br />
do Michigan.<br />
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL<br />
Uma vez que o UPTIS não necessita de ar,<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Michelin UPTIS<br />
fornecer soluções de mobilidade mais seguras e<br />
sustentáveis é o compromisso da michelin e da gm<br />
esta revolucionária inovação elimina o risco<br />
da ocorrência de um furo. Por isso, permite<br />
que os automobilistas viagem com maior segurança<br />
quando se desloquem de automóvel;<br />
reduz o tempo de inatividade relacionado com<br />
os furos para profissionais e proprietários de<br />
frotas, otimizando, assim, a produtividade<br />
ao eliminar as operações de<br />
manutenção; apresenta poupanças consideráveis<br />
para o meio ambiente, ao utilizar<br />
menos matéria-prima para fabricar<br />
pneus de substituição ou sobressalentes.<br />
O protótipo UPTIS representa um passo decisivo<br />
para a implementação do conceito<br />
Vision da Michelin, apresentado na cimeira<br />
Movin’On de 2017, para ilustrar a estratégia<br />
de investigação e desenvolvimento do fabricante<br />
francês em termos de mobilidade<br />
sustentável. O conceito Vision baseia-se em<br />
quatro pilares de inovação: “Sem ar”; “Conectado”;<br />
“Imprimível em 3D“; “100% sustentável”<br />
(realizado com materiais totalmente renováveis<br />
ou de origem biológica).<br />
Florent Menegaux, presidente do Grupo Michelin,<br />
afirmou que “o UPTIS demonstra que a<br />
visão de mobilidade sustentável da Michelin<br />
é um sonho realizável. A nossa colaboração<br />
com parceiros estratégicos, como a GM, que<br />
partilham as nossas ambições de transformar<br />
a mobilidade, permite-nos olhar para o futuro<br />
já a partir hoje”.<br />
Por seu turno, Steve Kiefer, diretor-geral de<br />
compras da General Motors, acrescentou que,<br />
“na General Motors, estamos entusiasma<strong>dos</strong><br />
com as oportunidades que oferecem o<br />
UPTIS e a colaboração com a Michelin nesta<br />
inovadora tecnologia. O UPTIS é a solução<br />
ideal para impulsionar a indústria automóvel<br />
rumo ao futuro e ilustra, na perfeição, como os<br />
clientes beneficiam das inovações desenvolvidas<br />
com os nossos parceiros fornecedores”.<br />
AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO<br />
O protótipo UPTIS, repensado para os atuais<br />
veículos de passageiros, adapta-se especialmente<br />
bem às novas formas de mobilidade.<br />
Os veículos e as frotas do amanhã<br />
– automóveis autónomos, partilha<strong>dos</strong> ou<br />
de outro género – equipa<strong>dos</strong> com o UPTIS<br />
não necessitarão de qualquer manutenção<br />
relacionada com os pneus, o que otimizará<br />
a sua produtividade. “O protótipo UPTIS<br />
demonstra a capacidade de inovação da<br />
Michelin, tanto no domínio <strong>dos</strong> materiais<br />
de alta tecnologia, como na abordagem do<br />
desenvolvimento, em estreita colaboração<br />
com a GM. Esta parceria reforça ainda mais<br />
o nosso plano de rota em matéria de inovação,<br />
baseado no nosso conceito Vision”,<br />
declarou Eric Vinesse, diretor de Investigação<br />
e Desenvolvimento do Grupo Michelin, que<br />
ficou encarregue de apresentar o UPTIS na<br />
cimeira Movin’On.<br />
“O UPTIS concretiza uma etapa significativa<br />
da ambição da Michelin no que respeita à<br />
mobilidade do amanhã. Encarna, igualmente,<br />
o nosso compromisso para com mobilidade<br />
melhor e mais sustentável para to<strong>dos</strong>”, acrescentou.<br />
O UPTIS introduz melhorias revolucionárias<br />
em termos de arquitetura e <strong>dos</strong><br />
materiais compósitos, que lhe permitem suportar<br />
tanto o peso como a velocidade de um<br />
veículo. Estas inovações combinam-se para<br />
eliminar o ar comprimido e suportar a carga<br />
do veículo. Além do mais, representam uma<br />
importante poupança para o meio ambiente:<br />
to<strong>dos</strong> os anos são elimina<strong>dos</strong>, prematuramente,<br />
cerca de 200 milhões de pneus em<br />
todo o mundo devido a furos, danos causa<strong>dos</strong><br />
por riscos da estrada ou desgaste irregular<br />
derivado de pressão desadequada.<br />
Este progresso, alcançado graças ao protótipo<br />
UPTIS, demonstra o compromisso conjunto<br />
da Michelin e da General Motors para fornecer<br />
soluções de mobilidade mais seguras e<br />
sustentáveis. ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Atualidade<br />
Objetivo:<br />
máxima<br />
rentabilidade<br />
No passado mês de julho, a Nex Portugal e a Avon Tyres realizaram a sua primeira<br />
convenção CarExpert, rede criada para desenvolver a marca de pneus no nosso país,<br />
cujo objetivo máximo é aumentar a rentabilidade das oficinas associadas<br />
Por: João Vieira<br />
Esta primeira convenção serviu para<br />
reunir os membros fundadores da<br />
rede e divulgar as inúmeras iniciativas<br />
que a mesma pretende implementar,<br />
tendo como objetivo principal<br />
a divulgação do binómio Oficina CarExpert/Avon,<br />
o alargamento da sua base de<br />
clientes e o aumento da sua rentabilidade,<br />
conjugado com uma vertente tecnológica<br />
e imagem vanguardista, respeitando, assim,<br />
a tradição da marca. sCom o lançamento do<br />
projeto CarExpert, a Nex Portugal pretende<br />
consolidar a sua presença no segmento quality,<br />
tornando-se no único distribuidor a nível<br />
nacional com duas marcas europeias nesta<br />
classe, algo que é diferenciador no mercado<br />
e acrescenta valor ao portefólio da empresa.<br />
O segmento quality tem crescido nos últimos<br />
cinco anos em Portugal. E a tendência<br />
é para continuar a ganhar expressão. A<br />
rede CarExpert insere-se neste segmento<br />
de mercado em crescimento e as expectativas<br />
são as melhores, conforme refere<br />
Aldo Machado, country manager da Nex<br />
Portugal: “Com a Avon, a oficina consegue<br />
diferenciar-se da concorrência, pois não é<br />
uma marca massificada, ao mesmo tempo<br />
que permite fidelizar o cliente, associando a<br />
marca à oficina. A rede CarExpert dispõe de<br />
condições realmente distintas e vai ajudar<br />
as oficinas a aproveitar a oportunidade de<br />
negócio que o mercado de pneus quality<br />
atualmente oferece”. De acordo com o res-<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Convenção CarExpert<br />
ponsável, “o objetivo é convertermo-nos na<br />
referência do segmento intermédio, oferecendo<br />
ao cliente produto e serviço de qualidade,<br />
com um preço razoável, permitindo<br />
à oficina ser rentável e obter uma posição<br />
mais competitiva”.<br />
PLANOS DE FIDELIZAÇÃO<br />
Para os associa<strong>dos</strong>, foram cria<strong>dos</strong> três planos<br />
de fidelização: Platinium, Gold e Silver,<br />
que garantem preços exclusivos, garantia<br />
extra care e acesso a campanhas e artigos<br />
A rede carexpert<br />
vai ajudar os<br />
associa<strong>dos</strong> a<br />
aproveitar a<br />
oportunidade<br />
de negócio que<br />
o mercado de<br />
pneus quality<br />
atualmente<br />
oferece<br />
Novos produtos em exibição<br />
O novíssimo pneu off-road Avon AX7 foi uma das principais atrações da convenção, estando exposta<br />
a restante gama de pneus ligeiros, comerciais e SUV, assim como a extensa gama de pneus<br />
de moto, onde o destaque recaiu sobre o novo Avon Cobra Chrome, que irá equipar, de série, a<br />
recém-divulgada Triumph Rocket III, cuja nova série dispõe de motor de 2.500 cc com binário de<br />
221 Nm, os maiores valores a nível mundial. Um pneu que fará as delícias <strong>dos</strong> amantes das duas<br />
rodas <strong>dos</strong> segmentos touring, cruiser e custom, nos quais a marca é mundialmente reconhecida.<br />
Avon é o segundo fabricante<br />
mais antigo do mundo<br />
de merchandising. Existe ainda um pack<br />
para divulgação e promoção da marca,<br />
que consiste na cedência de um arco Avon<br />
insuflável para a realização de campanhas,<br />
placas de identificação da rede CarExpert,<br />
logótipos da marca na fachada e um mupi<br />
interior digital, onde o cliente pode visualizar<br />
e consultar as características de to<strong>dos</strong> os<br />
pneus da gama. Os associa<strong>dos</strong> têm ainda<br />
acesso a roupa de trabalho identificada com<br />
a imagem CarExpert.<br />
Na convenção, foi ainda anunciada a oferta<br />
de uma viagem a Inglaterra para um evento<br />
de track day para os três melhores clientes<br />
do mês de julho. Uma experiência exclusiva<br />
aos coman<strong>dos</strong> de veículos desportivos<br />
equipa<strong>dos</strong> com pneus Avon, no circuito de<br />
Castle Combe, localizado em Whiltshire, no<br />
Reino Unido. ♦<br />
A Avon, que ostenta o título de segundo fabricante mais antigo do mundo, disponibiliza uma gama<br />
de produtos de qualidade altamente reconhecida, quer no segmento de quatro como de duas<br />
rodas. Com produção integral em território europeu (Inglaterra e Sérvia), a Avon nasceu em 1885<br />
no Reino Unido, tendo sido adquirida na década de 90 pela norte-americana Cooper. A qualidade<br />
e inovação <strong>dos</strong> seus produtos permitem que seja uma referência no mundo e na competição automóvel,<br />
tendo inclusive, na década de 80, sido fornecedora de pneus para a Fórmula 1.<br />
A nível tecnológico a Avon dispõe de enorme know-how, destacando-se a excelente etiquetagem<br />
energética de quase toda a gama de pneus ligeiros (onde a letra “A” na travagem em piso<br />
molhado abrange toda a gama de pneus de turismo e SUV acima de jantes de 16” e até 21”) e o<br />
equipamento de origem em viaturas de ultraelevadas prestações, como é o caso do exclusivo TVR<br />
Griffith de 507 cv, desvendado há cerca de um ano e equipado com pneus Avon ZZ5. Esta parceria<br />
da Nex Portugal com a Avon insere-se na dinâmica imposta pela Nex sob a insígnia “Ano Novo…<br />
Marca Nova”, onde a empresa revelará novas apostas em diversas gamas de produto de forma a<br />
completar a sua presença em to<strong>dos</strong> os nichos de mercado.
Reportagem<br />
Piloto por<br />
um dia<br />
A Triangle Tyre está a investir no mercado europeu e Portugal não é exceção. Nos dias 13<br />
e 14 de junho, a marca chinesa levou ao Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em<br />
Portimão, uma equipa de 17 jornalistas. Entre eles, apenas um era português. Ou melhor,<br />
portuguesa: eu mesma, Joana Calado, em representação da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
Por: Joana Calado
Triangle Tyre<br />
A<br />
Triangle Tyre é uma empresa<br />
de origem chinesa ainda pouco<br />
conhecida na Europa, mas que<br />
conta com 8.000 colaboradores,<br />
estando já presente em 165 países. Dispõe<br />
de cinco fábricas, quatro na China e uma<br />
nos EUA, além de dois centros técnicos nas<br />
mesmas localizações. O primeiro dia do<br />
evento organizado pela Triangle Tyre serviu<br />
para relaxar antes da grande apresentação<br />
de produto. Durante a mesma, ficámos a<br />
conhecer grande parte da gama da marca,<br />
através <strong>dos</strong> modelos AdvanteX, AdvanteX<br />
SUV, SporteX, SeasonX e GripX, à qual se<br />
seguiu um fantástico jantar.<br />
Mas era o dia seguinte que suscitava maiores<br />
expectativa e causava ansiedade entre<br />
os convida<strong>dos</strong>. Apesar das poucas horas<br />
de sono, o grupo de jornalistas presentes<br />
no evento (eu incluída) acordou cheio de<br />
energia para uma manhã fresca, mas que<br />
prometia momentos quentes. Dividi<strong>dos</strong> por<br />
equipas, às quais a gama de pneus dava<br />
nome, AdvanteX, AdvanteX SUV, GripX, Sea-
Reportagem<br />
há eventos que ficarão para sempre grava<strong>dos</strong> na memória<br />
de quem os vivenciou. o da triangle tyres é um deles<br />
sonX e SporteX, foi proposto a cada equipa<br />
realizar uma série de testes, onde eram<br />
postas à prova todas as características <strong>dos</strong><br />
pneus Triangle Tyres. O nervoso miudinho<br />
começava a apoderar-se de mim.<br />
TESTES, EMOÇÃO E RISOS<br />
Apesar de nunca nos termos visto, a equipa<br />
da Triangle Tyres, responsável pela organização<br />
do evento, foi exímia na forma como<br />
criou boas relações entre os participantes e<br />
os próprios instrutores, que não deixavam<br />
de parecer surpreendi<strong>dos</strong> quando, depois<br />
de vários bons dias em inglês, ouviam um<br />
jornalista a falar português. E logo uma<br />
mulher: eu. Equipas escolhidas e lá fui<br />
rumo à pista de karting, onde iria testar a<br />
gama AdvanteX em piso seco e molhado<br />
ao volante de um BMW Série 1. Graças ao<br />
sistema de rega da pista, consegui experimentar<br />
as diversas variações do traçado.<br />
E percebi qual o comportamento do pneu<br />
em piso seco e molhado, bem como nas<br />
transições de um para o outro. Tudo eficaz<br />
e sem sobressaltos.<br />
Regressada ao ponto de partida, integrei<br />
a equipa escolhida para o teste off-road.<br />
Desfeita das desfeitas, não tive hipótese<br />
de conduzir. Mas estando eu nas “mãos”<br />
de dois condutores altamente qualifica<strong>dos</strong>,<br />
pude confirmar a fantástica performance<br />
<strong>dos</strong> pneus GripX, fosse em terra batida,<br />
fosse em alcatrão. Prova disso, foi uma<br />
das descidas, com a pick-up Mercedes-Benz<br />
Classe X em que circulava ter ficado apoiada<br />
em apenas três rodas, sem que nenhuma<br />
resvalasse no terreno. Tudo controlado.<br />
Depois, regressei novamente ao volante<br />
do BMW Série 1, desta vez equipado com<br />
pneus SeasonX, acaba<strong>dos</strong> de lançar nesse<br />
mês em exclusivo para a Europa. “Passeei”<br />
durante cerca de 10 km em redor do circuito,<br />
o que serviu para demonstrar que,<br />
até mesmo em estradas portuguesas, onde,<br />
como sabemos, os buracos são muitos, os<br />
pneus Triangle conseguem manter o nível<br />
de ruído extremamente baixo e o conforto<br />
lá para cima. Por isso, consegui desfrutar a<br />
100% da viagem por paisagens algarvias.<br />
Finalmente, chegou a prova que arrancou<br />
mais risos entre os elementos da equipa<br />
à qual pertencia: o teste de travagem em<br />
piso molhado com os pneus AdvanteX SUV.<br />
Ao volante de um Mercedes-Benz GLE, fiz a<br />
travagem com pneus Triangle, tendo sido,<br />
posteriormente, colocado um cone a sinalizar<br />
o local de paragem, que deveria atingir<br />
no segundo teste com pneus concorrentes.<br />
Sendo que este teste estava condicionado<br />
por uma forte premissa: apenas deveria travar<br />
quando entrasse em piso molhado a uma<br />
velocidade constante de 50 km/h. Muitos<br />
jornalistas foram “apanha<strong>dos</strong> a fazer batota”,<br />
pois acabavam por, inconscientemente, travar<br />
ligeiramente antes de ter início o piso<br />
molhado, o que acabava por arrancar alguns<br />
risos entre os elementos da equipa. Eu não.<br />
Fiz a coisa como mandavam as “regras”.<br />
ADRENALINA A 200 KM/H<br />
O momento mais aguardado chegou ao<br />
final da manhã. Depois de to<strong>dos</strong> os testes<br />
realiza<strong>dos</strong>, era o momento de testar os robustos<br />
SporteX equipa<strong>dos</strong> em cinco veículos<br />
prepara<strong>dos</strong> para a pista do Autódromo<br />
Internacional do Algarve. E tinha ao meu<br />
dispor nada mais nada menos do que...<br />
Mercedes-AMG E 43 Cabrio e E 53 Coupé,<br />
Porsche 718 Cayman e Honda Civic Type<br />
R. Parecia o Jardim do Éden. Só que com<br />
automóveis. E que automóveis. Para quem,<br />
como eu, nunca tinha estado ao volante de<br />
um desportivo de corrida, para mais em<br />
circuito, devo confessar que os meus nervos<br />
estavam à flor da pele. Mas, após a volta<br />
de reconhecimento da pista, onde estive<br />
apenas “à pendura” para aprender que trajetórias<br />
devia seguir e quais as relações de<br />
caixa mais adequadas e pontos de travagem<br />
a adotar, a adrenalina levou a melhor sobre<br />
os nervos. E diverti-me como uma criança<br />
quando recebe o seu primeiro presente.<br />
A sensação de estar ao volante do Honda<br />
Civic Type R é incrível e os pneus SporteX<br />
da Triangle oferecem uma estabilidade inacreditável<br />
a este desportivo compacto de<br />
eleição, sendo que a pista do Autódromo Internacional<br />
do Algarve é constituída por 16<br />
curvas e alguns altos e baixos, onde, muitas<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
vezes, deixava de ver a pista à minha frente.<br />
Parecia um jogo de PlayStation. Quando<br />
me sentei no lugar do condutor, tinha a<br />
adrenalina ao rubro. Só queria acelerar<br />
pela pista fora. Mas, rapidamente, percebi<br />
que utilizar o travão foi fundamental para<br />
conseguir concluir o percurso com sucesso.<br />
Sem ir à gravilha e de modo a entregar o<br />
carro no final do round com as peças todas.<br />
Até porque, se não seguisse as indicações<br />
dadas pelos instrutores, facilmente passaria<br />
a ser conhecida pelas piores razões. Mas, no<br />
fundo, o que fiz foi acelerar pista fora, aproveitando<br />
a estabilidade e segurança que os<br />
pneus da Triangle me ofereciam. Concluído<br />
o teste, acho que passei com nota positiva.<br />
Mas soube a pouco. Por mim, teria ficado o<br />
dia inteiro no circuito a “queimar borracha”.<br />
Em jeito de conclusão, estou em condições<br />
de partilhar com o leitor que esta foi uma<br />
das mais entusiasmantes reportagens que<br />
fiz. Não que foi a oportunidade de uma vida,<br />
pois ainda sou muito nova e cheia de ambição,<br />
mas esta ação foi, sem dúvida um<br />
<strong>dos</strong> momentos mais marcantes da minha<br />
carreira profissional. Missão cumprida. Venha<br />
outra de seguida. ♦<br />
Gama, especificações, medidas<br />
Testa<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os pneus, concluímos que nenhum falhou nos testes. A Triangle tem feito uma<br />
grande aposta na qualidade <strong>dos</strong> seus produtos e, isso, refletiu-se ao longo da manhã de testes.<br />
Curiosos em relação ao que testámos? A gama AdvanteX caracteriza-se por ser um pneu de<br />
alta performance, que oferece uma excelente aderência em piso molhado, estabilidade acima<br />
da média e uma eficiente dispersão da água. Está disponível para jantes entre 15” e 17”.<br />
Para medidas maiores, conhecemos o seu “irmão mais velho”, o AdvanteX SUV. Ainda que<br />
esteja preparado para ser aplicado em jantes de 15” a 19”. A gama AdvanteX SUV contempla<br />
medidas que vão de 235/70R15 a 255/50R19. E oferece elevada estabilidade,<br />
quer em piso seco, quer em piso molhado, além de um excelente conforto acústico.<br />
A pensar, exclusivamente, no mercado europeu, a Triangle lançou, no passado mês<br />
de junho, a sua gama SeasonX, disponível para jantes de 14” a 19”. Este pneu é indicado<br />
para todas as estações, fazendo com que não seja necessário, nomeadamente<br />
em países mais frios onde tal não é obrigatório, trocar de pneus de verão para inverno.<br />
Este pneu tem um padrão particular, com uma parte central sólida e uma geometria<br />
lateral rígida, o que garante um desempenho superior na condução, enquanto<br />
as ranhuras direcionais em “V” ajudam ao deslocamento da água e da lama.<br />
Para os fãs do todo-o-terreno, a Triangle lançou a gama GripX, adaptada para circular em<br />
estrada e fora dela, oferecendo exatamente a mesma estabilidade. Graças ao seu design reforçado,<br />
com ranhuras oblíquas, os GripX estão prepara<strong>dos</strong> para oferecer elevada aderência<br />
até em areia solta e lama. Finalmente, o pneu que mais entusiasmou os jornalistas: SporteX.<br />
Trata-se de um pneu desportivo, tal como o nome indicada, preparado para satisfazer as necessidades<br />
de condutores de veículos de alta performance. Mesmo a velocidades elevadas,<br />
o pneu continua a oferecer estabilidade sem derrapar ou “fugir” da direção pretendida, tanto<br />
em piso seco como em piso molhado. Os pneus da gama SporteX vão até jantes de 24”.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Entrevista<br />
O papel <strong>dos</strong><br />
distribuidores<br />
é essencial<br />
no combate<br />
ao dumping<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Leandro Rigon, Diretor de Negócios Internacionais da Vipal Borrachas<br />
Leandro Rigon, diretor de Negócios Internacionais da Vipal Borrachas, falou à <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> sobre a lei anti-dumping. A empresa brasileira foi uma das impulsionadoras<br />
da tomada de posição por parte da Comissão Europeia sobre esta matéria e, por isso,<br />
fez parte do comité de investigação<br />
Por: Joana Calado<br />
A<br />
Comissão Europeia criou, em<br />
2016, um grupo de trabalho<br />
composto por diversas empresas<br />
de todo o mundo, das<br />
quais a Vipal fazia parte, para encontrar<br />
uma solução para a questão do dumping<br />
de pneus chineses. Após diversas reuniões<br />
foi aprovado um documento a partir do qual<br />
vigora a lei anti-dumping. Leandro Rigon,<br />
diretor de Negócios Internacionais da Vipal<br />
Borrachas, concedeu à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
uma entrevista, onde aborda esta e outras<br />
temáticas.<br />
Pode fazer-nos uma descrição histórica<br />
da Vipal Borrachas?<br />
A Vipal Borrachas iniciou a sua atividade em<br />
1973, numa pequena fábrica de remen<strong>dos</strong><br />
na cidade de Nova Prata, no estado do Rio<br />
Grande do Sul, região sul do Brasil, cidade<br />
onde ainda mantém duas das suas quatro<br />
fábricas. Ao constatar que havia uma<br />
oportunidade de mercado, a família Paludo<br />
começou, então, a produzir remen<strong>dos</strong> e,<br />
gradualmente, passou a ganhar cada vez<br />
mais destaque na região, expandindo-se,<br />
nas décadas seguintes, para outras zonas<br />
do Brasil e para o exterior. Atualmente, a<br />
Vipal Borrachas está presente em cinco<br />
continentes, sendo um <strong>dos</strong> principais<br />
fabricantes globais do segmento e cuja<br />
trajetória assenta na procura incessante<br />
pela inovação e proximidade com parceiros,<br />
fornecedores, clientes e colaboradores. A<br />
Vipal Borrachas foi o primeiro fabricante<br />
brasileiro de produtos para reparação de<br />
pneus e câmaras de ar. Ao longo <strong>dos</strong> anos,<br />
ampliou a sua atuação para o segmento da<br />
recauchutagem, no qual é uma das maiores<br />
empresas do mundo. Com 13 centros de<br />
distribuição espalha<strong>dos</strong> por diversos pontos<br />
estratégicos do globo, está presente<br />
em mais de 90 países. A Vipal Borrachas é<br />
líder na América Latina, com mais de 300<br />
centros de reciclagem autoriza<strong>dos</strong>, sendo<br />
a única empresa com uma linha completa<br />
de produtos para recauchutagem e reparação<br />
de to<strong>dos</strong> os tipos de pneus. Ainda<br />
oferece compostos de borracha, pisos e<br />
lençóis, produtos para indústria e fabrica<br />
máquinas para recauchutagem de pneus<br />
de carga e agrícolas. Para abastecer o mercado<br />
mundial, a Vipal Borrachas conta com<br />
quatro fábricas na América do Sul, com uma<br />
capacidade instalada superior a 19 mil toneladas<br />
por mês e três mil funcionários,<br />
que usufruem de uma estrutura física de<br />
183 mil m². Ao longo <strong>dos</strong> seus 46 anos, a<br />
Vipal Borrachas tem aliado experiência a<br />
conhecimento técnico, sempre somado à<br />
valorização das pessoas. Dispõe de uma<br />
Universidade Corporativa e um <strong>dos</strong> mais<br />
robustos Centros de Pesquisa e Tecnologia<br />
do mundo no segmento, onde se incluem<br />
13 laboratórios. Toda esta estrutura reflete-<br />
-se em produtos de excelência, que são<br />
referência de qualidade em todo o mundo.<br />
O que entende por lei anti-dumping?<br />
Trata-se de uma lei aprovada pela União<br />
Europeia que regula as práticas comerciais<br />
de importação de pneus radiais de camião<br />
e autocarro provenientes da República Popular<br />
da China para a Europa. Em 2016, após<br />
uma mobilização do setor, em que a Vipal<br />
Borrachas foi parte ativa desde o início, foi<br />
formado pela Comissão Europeia um comité<br />
de investigação, que teve como finalidade<br />
descobrir as possíveis irregularidades comerciais<br />
praticadas na importação de produtos<br />
provenientes da Ásia. A comissão aprovou<br />
um documento que confirmou a irregularidade<br />
em relação à importação de pneus da<br />
China para a Europa, o qual foi publicado<br />
no Official Journal of the European Union,<br />
em outubro de 2018.<br />
De que forma a Vipal Borrachas teve<br />
influência na criação de uma lei anti-<br />
-dumping?<br />
Durante todo o período de investigação e<br />
formatação <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>, além de participar<br />
ativamente no movimento para a lei anti-<br />
-dumping, estivemos em reuniões e mantivemos<br />
diálogo constante com os players do<br />
setor. Além disso, ajudámos com o fornecimento<br />
de informações de mercado essenciais<br />
para compilar o documento aprovado<br />
pela comissão e publicado no final do ano<br />
passado. A Vipal Borrachas foi mencionada<br />
várias vezes neste relatório, juntamente com<br />
associações do setor, devido ao seu papel<br />
fundamental na construção e na aprovação<br />
da nova lei.<br />
De que forma o dumping estava a prejudicar<br />
o negócio <strong>dos</strong> principais fabricantes<br />
de pneus?<br />
Os valores comerciais destes pneus importa<strong>dos</strong><br />
estavam basea<strong>dos</strong> em patamares pouco<br />
competitivos, desequilibrando os preços<br />
junto <strong>dos</strong> compradores. Por consequência,<br />
os recauchutadores perderam espaço junto<br />
<strong>dos</strong> seus clientes e empresas de transporte,<br />
enfraquecendo o mercado europeu de recauchutagem<br />
de pneus.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Entrevista<br />
Leandro Rigon<br />
“participámos, ativamente, no movimento para a criação<br />
da lei anti-dumping e fizemos reuniões com os players”<br />
Será possível os fabricantes chineses contornarem<br />
esta lei? Se sim, de que forma?<br />
Legalmente, a lei anti-dumping pode ser<br />
extinta se os fabricantes chineses demonstrarem<br />
que as evidências levantadas<br />
suportando o anti-dumping e anti-subsídio<br />
já não existem.<br />
Poderá ser necessário encontrar medidas<br />
mais fortes para combater o dumping?<br />
Anti-dumping e anti-subsídio já foram implementa<strong>dos</strong><br />
nos produtos oriun<strong>dos</strong> da China.<br />
Estamos atentos para que o mesmo não<br />
ocorra em pneus fabrica<strong>dos</strong> noutros países<br />
onde não existe estas medidas. A posição da<br />
Vipal Borrachas sobre esta matéria defende<br />
que o mercado deve ser aberto para to<strong>dos</strong>,<br />
desde que não exista concorrência desleal.<br />
Acreditamos na liberdade de comércio, pois<br />
tal fortalece a economia, aprimorando o<br />
mercado e trazendo novas soluções.<br />
Poderão os distribuidores de pneus ter um<br />
papel mais ativo no combate ao dumping?<br />
O papel <strong>dos</strong> distribuidores é muito importante<br />
no combate ao dumping, uma vez que<br />
recebem informações sobre o mercado antes<br />
de to<strong>dos</strong> os outros intervenientes. Possíveis<br />
violações das leis de comércio e importação<br />
devem ser reportadas às associações<br />
nacionais, que podem informar a Comissão<br />
Europeia para averiguar se as irregularidades<br />
existem ou não.<br />
Alguns fabricantes e distribuidores foram<br />
obriga<strong>dos</strong> a mudar de estratégia. De que<br />
forma a lei anti-dumping afetou a Vipal<br />
Borrachas?<br />
Falando mais especificamente da indústria<br />
de pneus recauchuta<strong>dos</strong>, em 2011 o volume<br />
anual europeu era de cerca de sete milhões<br />
de pneus. Já em 2018, estima-se que estivesse<br />
abaixo <strong>dos</strong> quatro milhões e em queda.<br />
Esta redução está diretamente relacionada<br />
com a importação de pneus chineses, comprovando<br />
as práticas de dumping e subsídios.<br />
Devido a esta diminuição, várias empresas<br />
tiveram de ajustar o seu quadro funcional e<br />
muitas fecharam, o que gerou forte desemprego<br />
no setor. Com a adoção das medidas<br />
anti-dumping e anti-subsídio, primeiro notámos<br />
uma estabilidade no volume de pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong>. A procura por estes produtos<br />
começou a aumentar de forma subtil, mas<br />
constante. Atualmente, um tema de bastante<br />
relevância é a Economia Circular. No que se<br />
refere a pneus, a essência da indústria da<br />
recauchutagem está baseada na extensão<br />
da vida útil do mesmo, de forma segura e<br />
economicamente viável. Felizmente, os governos<br />
perceberam que não é necessário<br />
criar um conceito ou uma nova indústria,<br />
pois já existe. O que é necessário é a conscientização<br />
e a estimulação da utilização<br />
deste produto, orientando o consumidor<br />
para os seus benefícios e, principalmente,<br />
esclarecendo os mitos negativos que condicionam<br />
a sua imagem.<br />
Caso os fabricantes chineses melhorem<br />
a qualidade <strong>dos</strong> seus produtos, seria<br />
previsível que a Europa retirasse a lei<br />
anti-dumping?<br />
A implementação do anti-dumping não<br />
está baseada na qualidade do pneu, mas<br />
sim em medidas de dumping e subsídio.<br />
Muitas marcas chinesas tem aprimorado<br />
os seus produtos e, como consequência,<br />
a sua qualidade. Atualmente, é possível<br />
encontrar marcas chinesas com rendimento<br />
e qualidade aceitáveis, o que é essencial<br />
para ter o melhor retorno económico ao<br />
prolongar a vida útil do pneu. É importante<br />
realçar que o mercado europeu está aberto<br />
aos produtos chineses. O que o anti-dumping<br />
permite é que esses produtos entrem no<br />
mercado de forma adequada. ♦<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Entrevista<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Mike Rignall, Senior Marketing Manager da Toyo Tires Europe<br />
O mercado europeu<br />
é muito importante<br />
para nós<br />
Durante a 28.ª edição da Autopromotec, que se realizou,<br />
em Bolonha, de 22 a 26 de maio, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> teve a<br />
oportunidade de entrevistar Mike Rignall, senior marketing<br />
manager da Toyo Tires Europe<br />
Por: Joana Calado<br />
A<br />
marca japonesa Toyo Tires entrou<br />
em Portugal pela mão de Luís Filipe<br />
Vieira, hoje conhecido por<br />
razões mais ligadas ao futebol do<br />
que aos pneus, à data Presidente do Conselho<br />
de Administração da Hiperpneus, para, posteriormente,<br />
ser comercializada pela Império<br />
<strong>Pneus</strong>. Só em 2010 passou a ser conduzida<br />
pela Dispnal <strong>Pneus</strong>. É pelas mãos da empresa<br />
de Rui Chorado que a Toyo Tires começa a<br />
reforçar a imagem de produto de qualidade,<br />
nomeadamente através do envolvimento <strong>dos</strong><br />
seus pneus nas mais diversas categorias do<br />
desporto automóvel em Portugal.<br />
Mike Rignall, senior marketing manager da<br />
Toyo Tires Europe, aproveitou o encontro<br />
com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> na Autopromotec<br />
2019 para falar sobre a marca japonesa, que<br />
ambiciona ganhar força no mercado europeu,<br />
apostando sempre na qualidade do produto<br />
e do serviço prestado, quer aos distribuidores,<br />
quer ao cliente final.<br />
Pode fazer-nos uma breve descrição da<br />
presença da Toyo Tires na Europa?<br />
A Toyo Tires está presente na Europa há cerca<br />
de 40 anos. Tem tudo a ver com a forma<br />
como pensamos no desenvolvimento do<br />
nosso negócio a uma escala global. Dispomos<br />
de clientes muito “leais”, como é o caso<br />
da Dispnal, em Portugal, mas necessitamos<br />
de desenvolver o nosso negócio adotando<br />
uma visão mais à frente. Em 2016, a Toyo Tires<br />
Europe passou a ter um novo presidente,<br />
que veio revolucionar o negócio. Colocou<br />
vários experts em diversas áreas e estamos<br />
mais do que prepara<strong>dos</strong> para o crescimento<br />
que pretendemos atingir na Europa.<br />
Como descreve a Toyo Tires? Em que<br />
segmento se posiciona?<br />
Descrevemo-nos com uma marca que se posiciona<br />
no topo do segmento quality. Não<br />
competimos com marcas premium, antes com<br />
segundas marcas. Mas temos uma ambição,<br />
que passa por estar perto das marcas premium.<br />
Parte das mudanças que estamos a<br />
efetuar estão relacionadas com o aumento<br />
da nossa capacidade, introdução de novas<br />
tecnologias, expansão da nossa área de negócio<br />
e aumento da perceção <strong>dos</strong> clientes<br />
europeus em relação à nossa marca.<br />
Qual será a estratégia da Toyo Tires para<br />
o futuro, tendo em conta os diferentes<br />
produtos de que dispõem?<br />
A nossa estratégia passa por tentar ter os<br />
produtos certos nos segmentos que entendemos<br />
serem os mais importantes para<br />
nós, que são, neste momento os UHP e SUV,<br />
que estão em franco crescimento. Depois, os<br />
pneus All Season, que estão a ganhar maior<br />
protagonismo, merecem especial atenção, tal<br />
como os pneus UHP. Estes, a par com os pneus<br />
SUV, são duas categorias muito importantes<br />
na nossa estratégia de produto. Dispomos de<br />
uma gama completa de pneus PCR e para<br />
vans, mas, dentro da nossa oferta, os pneus<br />
UHP e para SUV são, sem dúvida, os mais<br />
importantes, precisamente pelo crescimento<br />
que têm registado.<br />
Que tipos de pneus está a Toyo a produzir<br />
atualmente?<br />
A Toyo Tires produz, predominantemente,<br />
pneus para automóveis e vans, embora,<br />
noutros merca<strong>dos</strong>, tenhamos, também,<br />
pneus pesa<strong>dos</strong> e para movimentação de<br />
terras. Mas, na Europa, vendemos, sobre-<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Entrevista<br />
Mike Rignall<br />
“PRETENDEMOS TER OS PRODUTOS CERTOS NOS SEGMENTOS<br />
QUE ENTENDEMOS SEREM OS MAIS IMPORTANTES”<br />
tudo, pneus para automóveis e comerciais<br />
ligeiros, embora tenhamos alguma expressão<br />
na venda de equipamentos regionais.<br />
Temos ambição de crescer no futuro. Muitos<br />
<strong>dos</strong> veículos que são vendi<strong>dos</strong> noutros<br />
merca<strong>dos</strong> já trazem pneus Toyo como<br />
equipamento de origem e gostaríamos de<br />
expandir a nossa marca neste segmento na<br />
Europa. Neste momento, estamos foca<strong>dos</strong><br />
no mercado de substituição. Anunciámos<br />
um aumento da nossa capacidade em três<br />
milhões de pneus, que provêm da nossa<br />
fábrica na Malásia, por exemplo. Quando<br />
tivermos capacidade para dar resposta às<br />
necessidades <strong>dos</strong> fabricantes de automóveis,<br />
iremos expandir o nosso negócio. Já temos<br />
vindo a falar nisso, ou seja, no aumento da<br />
nossa capacidade.<br />
Como vê a Toyo Tires o mercado de pneus<br />
na Europa?<br />
O mercado europeu é muito importante para<br />
nós. É o último mercado onde sentimos que<br />
não atingimos ainda a nossa posição natural.<br />
Estamos muito forte no Japão e na Ásia,<br />
estamos extremamente fortes na América,<br />
mas ainda não estamos nesse patamar na<br />
Europa. Mas queremos estar. A nossa ambição<br />
é estar ao mesmo nível em to<strong>dos</strong> os<br />
merca<strong>dos</strong> do mundo. Temos mais trabalho<br />
aqui na Europa, mas temos uma grande ambição<br />
e muitos planos a curto, médio e longo<br />
prazos para atingir esse objetivo, de modo<br />
a que o mercado europeu se torne tão forte<br />
para nós como os outros merca<strong>dos</strong>.<br />
De que forma está a Toyo Tires a apostar<br />
nas novas tecnologias?<br />
Esta pergunta é bastante interessante. Existem<br />
tantos canais que as formas “convencionais”<br />
já não funcionam. Houve uma altura<br />
em que, se estivéssemos na televisão, to<strong>dos</strong><br />
nos conheciam e podíamos subir muito o<br />
volume de vendas. Atualmente, isto já não<br />
acontece e temos de ter muito cuidado com<br />
os canais que utilizamos. Temos de ter objetivos<br />
muito bem defini<strong>dos</strong> e estratégias diferentes<br />
para cada um deles. A Toyo Tires tem<br />
uma estratégia para as redes sociais e outra,<br />
diferente, para o website, que temos vindo<br />
a renovar nos últimos meses. Renovámos<br />
a interface para os nossos distribuidores e<br />
para os nossos consumidores que procuram<br />
informação no website e nas redes sociais.<br />
Quais são os serviços que a Toyo Tires<br />
oferece aos distribuidores e consumidores?<br />
Os serviços para nós, independentemente<br />
se são para distribuidores ou consumidores,<br />
tem a ver com satisfação. Antigamente,<br />
tivemos alguns distribuidores insatisfeitos,<br />
mas, desde a chegada do nosso novo presidente,<br />
há dois anos, temos estado a trabalhar<br />
arduamente para que, quando fazemos os<br />
nossos inquéritos anuais, a satisfação <strong>dos</strong><br />
nossos distribuidores aumente. E isto está<br />
a acontecer, apesar de a nossa capacidade<br />
de fornecimento não ter sofrido alterações.<br />
O que mudou foi a nossa atitude perante o<br />
mercado e a nossa capacidade de resolver<br />
os problemas <strong>dos</strong> consumidores. No que<br />
diz respeito aos consumidores, tentamos<br />
ter uma linha de comunicação mais direta<br />
com eles, mais verdadeiros e mais honestos,<br />
dotando-os de to<strong>dos</strong> os factos para que eles<br />
possam decidir em consciência em relação<br />
aos pneus que fabricamos. Tentamos dar-<br />
-lhes informações claras e concisas, mas<br />
com uma componente de entretenimento.<br />
Dedicámos algum tempo a perceber como<br />
deveríamos comunicar com o cliente final,<br />
pois, apesar de publicarmos vídeos com<br />
muitos detalhes técnicos, o número de<br />
visualizações mostrava que não estavam<br />
a ser bem recebi<strong>dos</strong>. Agora, conseguimos<br />
que estes números aumentem, ao definir,<br />
claramente, qual o publico que queremos<br />
atingir e de que forma. Acreditamos que,<br />
agora, estamos a prestar um bom serviço de<br />
informação ao cliente final e o nosso círculo<br />
de distribuidores também contribui para<br />
passar a informação mais completa aos<br />
consumidores. Neste momento, a qualidade<br />
do nosso serviço está a crescer. Mas ainda<br />
há um longo caminho pela frente e temos<br />
muitos passos a dar.<br />
O desporto motorizado é importante<br />
para a Toyo Tires?<br />
É uma área interessante para nós. Não somos<br />
<strong>dos</strong> maiores fornecedores para desporto,<br />
mas existem cerca de 50 campeonatos em<br />
todo o mundo que nós apoiamos, alguns de<br />
forma direta, outros através da nossa equipa<br />
de distribuidores. Atualmente, patrocinamos<br />
a modalidade de Rally Cross no Reino Unido,<br />
Portugal, Itália e Alemanha. Esta é uma área<br />
onde vemos grande sucesso, mesmo que<br />
as equipas não estejam a utilizar os nossos<br />
pneus. No futuro, esperamos que, à medida<br />
que os novos produtos estejam disponíveis,<br />
as equipas reconheçam o nosso valor e queiram<br />
começar a utilizar os nossos pneus. Esta<br />
é uma área que, apesar de não ter grande<br />
representatividade para a Toyo, não deixa<br />
de ser muito importante. ♦<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
70<br />
O inovador desenho do piso do Proxes TR1,<br />
combina performances de excelência com a<br />
exclusividade de um design único.<br />
Os exclusivos indicadores de desgaste do piso,<br />
auxiliam os condutores mais entusiastas da<br />
condução desportiva a tirar o máximo rendimento<br />
da excepcional tração e do superior<br />
comportamento em curva do Proxes TR1.<br />
VERÃO<br />
Uma forte redução do impacto ambiental é<br />
assegurada pelo maior aproveitamento da vida<br />
útil do pneu.<br />
Índices de velocidade V, W e Y.<br />
Jantes 14 - 20 polegadas.<br />
255 617 480
Em Foco<br />
Licenciei os meus<br />
filhos, mas<br />
ensinei-os a sujar<br />
as mãos de óleo<br />
Aos 64 anos, Francisco José Ribeiro Miguel conta 53 de profissão.<br />
Uma vida inteira dedicada aos pneus. O fundador da Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã,<br />
casa prestes a cumprir 30 anos, tem um mundo de histórias do setor<br />
e partilhou-as com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
Por: Jorge Flores<br />
Há momentos que mudam uma carreira. Uma vida<br />
inteira, na verdade. Para Francisco José Ribeiro<br />
Miguel, de 64 anos, 53 <strong>dos</strong> quais dedica<strong>dos</strong> ao<br />
ramo <strong>dos</strong> pneus, o momento aconteceu há cerca<br />
de três décadas, quando percebeu, de forma inabalável, que<br />
a criação do seu próprio negócio seria o próximo passo a dar.<br />
Foi um episódio relativamente simples que o fez avançar,<br />
finalmente. “Certo dia, montei quatro pneus a um médico, por<br />
sinal, ortopedista. Passado algum tempo, ele rebentou um<br />
pneu numa pedra. E eu disse-lhe: senhor Dr., eu reparo-lho.<br />
Não! Respondeu-me ele. Queria um novo. E eu expliquei-lhe.<br />
Se eu partir um braço, o senhor Dr. coloca-me um braço<br />
novo? Não. Tem de o reparar para ele continuar funcional.<br />
Pois é isso mesmo que eu vou fazer ao seu pneu. Reparo-o<br />
de forma a ele ficar perfeitamente funcional como antes!<br />
Como se não tivesse tido nada. Assim foi. Reparei-lhe o pneu.<br />
Passado um ano, veio dar-me os parabéns, porque nunca<br />
notou nada no automóvel nem no pneu, que cumpriu a sua<br />
vida útil sem problemas”.<br />
Para Francisco José Ribeiro Miguel, foi determinante. “Deu-<br />
-me muita confiança sobre os meus conhecimentos e profissionalismo.<br />
Foi quando percebi que acreditavam no meu<br />
trabalho e nos meus conselhos para rentabilizar a vida <strong>dos</strong><br />
pneus, para que estes fizessem mais quilómetros”, conta à<br />
nossa revista. Com este episódio em mente, fundou a Auto<br />
<strong>Pneus</strong> da Covilhã, ainda na sua primeira expressão (casa<br />
que ainda continua aberta), a escassos cinco quilómetros<br />
de onde se encontra a empresa, atualmente, na Zona Industrial<br />
de Tortosendo. Em 2020, a empresa celebrará 30<br />
anos de atividade.<br />
BOTA ROTA, MÃO FIRME<br />
Para contar toda a história da Francisco José Ribeiro Miguel,<br />
porém, teremos de recuar até à sua infância. Onde e quando<br />
tudo começou, como se pode ver, numa fotografia, a preto<br />
e branco, de bota rota, sim, mas mão firme, a montar um<br />
pneu. “Comecei aos 11 anos e aos 12 já desmontava pneus.<br />
Nasci em 1955, comecei a trabalhar em 1966 e, em 1967, já<br />
descontava. Reformei-me com 51 anos de trabalho”, confidencia.<br />
A paixão pelo ramo nasceu nessa época. Ganhou corpo,<br />
experiência. E nunca parou de aprender, de aperfeiçoar a sua<br />
arte na reparação de pneus. “Os tempos eram diferentes. As<br />
pessoas não tinham dinheiro para estar sempre a comprar<br />
pneus, como agora. Recorria-se muito a pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Em Foco<br />
Francisco José Ribeiro Miguel, ladeado pelos<br />
filhos, junto da sua equipa, nas amplas instalações<br />
da Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã. Em cima,<br />
foto <strong>dos</strong> tempos em que o fundador da Auto<br />
<strong>Pneus</strong> da Covilhã trabalhava na Covipneus<br />
e repara<strong>dos</strong>. Quanto sofriam um golpe, eram<br />
repara<strong>dos</strong>. Daí ter optado por aperfeiçoar-me<br />
nesta área”, sublinha. Trabalhou com casas de<br />
renome, na época, com profissionais muito<br />
conhecedores, caso de Abel Serra Proença (já<br />
falecido). Na RioMar, ainda hoje importadora<br />
das borrachas Tip Top, em1987, tirou um curso<br />
de vulcanização de pneus. O patrão não sabia.<br />
“Disse-lhe que estava doente e tinha de ir ao<br />
médico, mas ia a Lisboa às aulas”, conta. Um<br />
ano mais tarde, em 1988, tirou outro curso.<br />
Desta vez, na reparação de telas nas britadeiras.<br />
“Foi uma mais-valia para o meu futuro na<br />
profissão. Aprendi mesmo muito”, reconhece.<br />
O último patrão para quem trabalhou foi<br />
João Almeida, já protagonista da rubrica<br />
Máquina do Tempo da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
“Na altura, comprou a Electro Vulcanizadora<br />
da Covilhã, onde eu trabalhava e passou<br />
a designar-se Covipneus. Ainda existe no<br />
Fundão, mas não na Covilhã”. Quando decidiu<br />
estabelecer-se por conta própria, João<br />
Almeida ainda procurou aumentar-lhe o<br />
ordenado. Em vão. “Estava convicto. Devia<br />
tê-lo feito muito antes. Tinha os conhecimentos,<br />
a experiência e os clientes também.<br />
Muitos deles vieram comigo”, recorda<br />
à nossa revista.<br />
DIA DA INDEPENDÊNCIA<br />
Para a Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã, os primeiros<br />
tempos não foram fáceis. Nunca são. Mas, a<br />
pouco e pouco, foi conquistando o mercado<br />
da região. Até que, em 2004, há 15 anos,<br />
mudou-se para as amplas e bem equipadas<br />
instalações que ainda hoje ocupa. “Mudámos<br />
por uma questão de espaço. Para podermos<br />
alargar o nosso leque de clientes, porque<br />
estávamos num local onde os camiões<br />
não conseguiam fazer as suas manobras”,<br />
conta. Mal a câmara local abriu o terreno à<br />
construção do parque industrial, Francisco<br />
José Ribeiro Miguel não hesitou. Arriscou.<br />
Investiu. Desbravou mato, até porque nunca<br />
teve medo de meter as mãos ao trabalho<br />
duro. “Foi complicado, na altura, porque não<br />
tínhamos capitais próprios e recorremos à<br />
banca. Mas os nossos clientes apoiaram-nos<br />
imenso. Deram-nos muita força para investir<br />
em máquinas novas. E conseguimos criar<br />
condições para, inclusivamente, receber dois<br />
camiões, dentro do pavilhão. E trabalhá-los,<br />
em simultâneo. Criámos as boxes de montagem<br />
e desmontagem”, revela o fundador.<br />
“Estabelecer-me por conta própria foi a melhor das<br />
decisões. Devia tê-lo feito antes. tinha o conhecimento”<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã<br />
Com o tempo, a Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã<br />
foi crescendo. De forma sustentável. Hoje,<br />
Francisco José Ribeiro Miguel orgulha-se de<br />
já não precisar de créditos bancários. “Sei<br />
que a banca está lá para qualquer eventualidade,<br />
mas não precisamos”, garante.<br />
Orgulho é, também, o facto de continuarem<br />
a contar com alguns clientes há mais<br />
de duas décadas. Casos da LeasePlan e de<br />
outras gestoras de frotas.<br />
A empresa dispõe, atualmente, em permanência,<br />
de um stock de 250 a 300 mil euros,<br />
com pneus de todas as marcas e segmentos.<br />
“Desde o mais simples, para um carrinho<br />
de mão, até pneus para uma dumper, para<br />
serviços de terraplanagem. De €5 a €5.000<br />
ou €10.000, temos de tudo em armazém”,<br />
diz Francisco José Ribeiro Miguel. Quando<br />
não tem um determinado pneu para entrega<br />
imediata, ou no dia seguinte ao pedido, a<br />
empresa tenta sempre “emprestar um pneu<br />
válido para trabalhar. Para que a máquina<br />
não fique parada até vir o pneu”, afirma.<br />
Fundamental é a satisfação <strong>dos</strong> clientes.<br />
“Entregam-nos um camião e, em duas horas,<br />
montamos seis pneus. Chegámos a fazê-lo<br />
em apenas 30 minutos”, acrescenta.<br />
Montagem, reparação, calibragem, ou seja,<br />
to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus<br />
são assegura<strong>dos</strong> pela casa, que não deixa de<br />
realizar serviços de mecânica rápida, como,<br />
por exemplo, mudanças de pastilhas e calços<br />
de travão, ou de óleo, quando necessário.<br />
Embora muito distinto do passado,<br />
o mercado, hoje, também apresenta as<br />
suas (enormes) dificuldades. “Existe muita<br />
concorrência. Temos de ter sempre em<br />
consideração os preços e a qualidade do<br />
serviço”, refere.<br />
SUCESSÃO ASSEGURADA<br />
Embora reformado, Francisco José Ribeiro<br />
Miguel continua presente na empresa. “Sei<br />
que ainda sou um jovem e que posso ensinar<br />
muito aos meus filhos e aos meus colaboradores”,<br />
admite. A sucessão, de resto, está<br />
assegurada. A seu lado, tem o filho, Rodrigo<br />
Miguel, a tomar conta <strong>dos</strong> serviços de pneus,<br />
e a filha, Catarina Miguel, psicóloga clínica<br />
de profissão, mas que apoia a Auto <strong>Pneus</strong><br />
da Covilhã em matérias que envolvam documentos<br />
e todo o tipo de “papelada”.<br />
O fundador não tem dúvidas: “Vai ficar bem<br />
entregue. Vou acompanhar, no que for preciso,<br />
quer nas compras quer nas vendas<br />
e na relação com os clientes. Mas estou<br />
absolutamente seguro de que eles darão<br />
continuidade ao negócio que o pai criou”.<br />
E acrescenta, categórico: “Licenciei os meus<br />
filhos, mas digo-lhes sempre que, quando<br />
é preciso, temos de sujar as mãos de óleo.<br />
Trabalhar nunca será uma vergonha”. Uma<br />
noção de humildade que procura colocar em<br />
tudo na vida. E que terá sido já assimilada<br />
pelos sucessores. Em género de confissão,<br />
Rodrigo Pereira garante à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
que não se recorda de quando começou a<br />
montar pneus. Como se tal já fizesse parte<br />
do seu código genético... ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33
MáquinadoTempo<br />
A recriar<br />
desde 1969<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Fedima<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou as instalações da Fedima no mês em que a marca celebrou<br />
o seu 50.° aniversário. Carlos Feliciano Marques e Maria da Conceição Marques, foram os<br />
anfitriões que nos guiaram pelas cinco décadas de história da empresa de Alcobaça<br />
Por: João Vieira<br />
Localizada à entrada de Alcobaça, a<br />
Recauchutagem 31 (R31), que tem<br />
no seu portefólio a Fedima, marca<br />
com a “produção mais variada do<br />
mundo”, é uma empresa de referência no<br />
concelho, onde sempre exerceu a sua atividade.<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> foi conhecer, por<br />
dentro, esta carismática empresa de pneus<br />
ao longo <strong>dos</strong> 15.000 m 2 das instalações, repartidas<br />
por várias áreas e setores, nos quais<br />
trabalham, atualmente, cerca de 90 pessoas.<br />
Equipada com a mais moderna tecnologia<br />
para recauchutagem de pneus, a R31 tem<br />
uma capacidade de produção diária instalada<br />
superior a 1.000 pneus. Mas, no início, tudo<br />
foi diferente, conforme nos contou Carlos<br />
Marques, administrador da empresa. “A R31<br />
abriu a sua atividade em 1969 no setor da<br />
reconstrução de pneus usa<strong>dos</strong> e comercialização<br />
de pneus novos. No início, esta sociedade,<br />
de cariz familiar, constituída pelo<br />
meu pai, por mim, por um cunhado e por<br />
um primo, desenvolvia a sua atividade com<br />
o apoio de cinco colaboradores, numa área<br />
de 400 m 2 . A fundação da empresa coincidiu<br />
com a minha entrada no serviço militar, onde<br />
estive 38 meses, 25 <strong>dos</strong> quais em Angola, de<br />
onde regressei em 1972”, começa por revelar.<br />
NEGÓCIO EM CRESCIMENTO<br />
A 23 de fevereiro de 1974, Carlos Marques<br />
casou-se e, poucos meses depois, aconteceu<br />
a revolução do 25 de Abril. “As empresas onde<br />
eu e a minha esposa trabalhávamos, entraram<br />
em autogestão e os tempos eram de indecisão.<br />
Consegui acabar o curso de engenharia<br />
e, em 1975, eu e a minha esposa, grávida da<br />
nossa filha, Rita, entrámos na empresa. Até<br />
1981, foram seis anos excecionais e um período<br />
interessante de venda de pneus novos<br />
e recauchuta<strong>dos</strong>”, dá conta o administrador.<br />
Em 1981, houve uma separação da empresa.<br />
“Eu e a minha esposa ficámos com o setor<br />
industrial. Nesse ano, a empresa virou a sua<br />
estratégia, exclusivamente, para o processo<br />
de reconstrução de pneus, procurando know-<br />
-how sobretudo em merca<strong>dos</strong> estrangeiros”,<br />
acrescenta. Em 1986, a empresa lançou os<br />
pisos pré-molda<strong>dos</strong>, graças à parceria com<br />
o grupo italiano Ital-Rubber, que alavancou<br />
todo o processo de crescimento da empresa.<br />
A aquisição do primeiro autoclave veio revolucionar<br />
o sistema de recauchutagem pela<br />
simplicidade e a produção aumentou consideravelmente.<br />
“Nesse período, cheguei a<br />
receber quatro camiões de borracha e pisos<br />
pré molda<strong>dos</strong> por mês, equivalentes a 100<br />
toneladas de material que revendia. Fomos<br />
pioneiros na recauchutagem a frio em Portugal<br />
com pisos pré molda<strong>dos</strong>”, frisa Carlos<br />
Marques.<br />
Em 1991, a empresa arrancou com a recauchutagem<br />
integral para pneus de turismo, comerciais<br />
e 4x4. Na altura, fazia muita confusão<br />
aos clientes não utilizar as carcaças que estes<br />
enviavam. Mas, com o tempo, essa preocupação<br />
desapareceu, porque a empresa garantia<br />
a qualidade do pneu independente da carcaça<br />
utilizada. “Ainda no ano 1991”, recorda<br />
o nosso interlocutor, “criámos duas marcas<br />
próprias: Fedima para as gamas de turismo,<br />
comercial e 4x4; Cafema para o mercado agrícola.<br />
Esta aposta aumentou a produção diária<br />
em muitas centenas de unidades. Em 1993,<br />
adquirimos uma autoclave de três metros<br />
de diâmetro para pneus industriais e OTR”,<br />
explica o administrador.<br />
Para acompanhar as exigências crescentes<br />
<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, a empresa avançou com a<br />
melhoria das instalações, criando setores de<br />
produção específicos em espaços distintos,<br />
com uma área total de 15.000 m2. “A 26 de<br />
fevereiro de 1998, coincidindo com o meu<br />
50.° aniversário, inaugurámos as novas instalações<br />
e foi também neste ano que realizámos<br />
uma exposição de pneus 4x4 em Santa Maria<br />
da Feira, que se revelou um marco importante<br />
na história da empresa. Verificámos a grande<br />
necessidade que o mercado tinha de pneus<br />
4x4 recauchuta<strong>dos</strong> de piso agressivo, para<br />
fora de estrada, e iniciámos a produção de<br />
uma linha completa deste tipo de pneus”,<br />
refere Carlos Marques.<br />
PRESENÇA ASSÍDUA NA MOTORTEC<br />
Em 1999, também foi importante a parceria<br />
com um fornecedor do Peru, que permitiu<br />
à companhia lançar os pisos pré molda<strong>dos</strong><br />
industriais com um único “pegamento”, que<br />
era um sistema totalmente diferente do que<br />
havia. “No ano 2000, certificámos a empresa<br />
com a norma NP EN ISO9001:2000. Uma<br />
decisão importante e, também, necessária,<br />
pois a exportação a tal obrigava. Iniciámos o<br />
processo de exportação no início da década<br />
de 2000, para países de proximidade física e<br />
cultural, como Espanha e, mais tarde, França,<br />
Fernando Dias Marques, fundador da<br />
Recauchutagem 31, iniciou a atividade com a<br />
reconstrução de pneus usa<strong>dos</strong> e a comercialização<br />
de pneus novos<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
MáquinadoTempo<br />
Fedima<br />
1990<br />
Registo de duas marcas:<br />
Fedima e Cafema<br />
1969<br />
Fundação da<br />
Recauchutagem 31<br />
1980<br />
Início da parceria<br />
com o grupo italiano<br />
Ital-Rubber<br />
onde criámos a Fedima France, uma filial que,<br />
atualmente, é 100% nossa”, dá conta o administrador.<br />
Em França, graças ao trabalho do<br />
gerente que lá estava, muito dinâmico na<br />
competição 4x4, a marca conseguiu entrar<br />
no campeonato europeu de super camiões,<br />
fornecendo, em exclusivo, pneus Fedima para<br />
to<strong>dos</strong> os veículos. “Fizemos as 10 provas do<br />
campeonato e tudo correu bem, tendo a<br />
primeira prova decorrido no Autódromo do<br />
Estoril. O mercado francês foi o motor impulsionador<br />
e determinante para o crescimento<br />
atual da marca Fedima, não só em França, mas<br />
no mundo. Atualmente, exportamos para<br />
mais de 20 países, num processo produtivo<br />
contínuo”, salienta Carlos Marques.<br />
Em 2001 e 2003, a marca ganhou o prémio<br />
de melhor pneu em exposição no Salão ITRA,<br />
realizado nos EUA. A presença no Salão Motortec,<br />
em 2003, foi outro marco importante<br />
para a Fedima, pois foi neste certame que a<br />
marca foi lançada no mercado espanhol. “A<br />
partir daí, estivemos sempre presentes em<br />
todas as edições da Motortec. Ainda hoje,<br />
enviamos dois camiões TIR todas as semanas<br />
para Espanha”, frisa o responsável. Em<br />
2006, a empresa adquiriu um equipamento<br />
de xerografia para detetar inconformidades<br />
na estrutura interna <strong>dos</strong> pneus. “Tira 24 fotos<br />
1981<br />
Importação da<br />
primeira autoclave<br />
1986<br />
Lançamento <strong>dos</strong><br />
pisos pré-molda<strong>dos</strong><br />
ao pneu, oito na lateral direita, oito na lateral<br />
esquerda e mais oito no piso. O técnico<br />
verifica se há separação ou não da carcaça<br />
e falhas no talão, que é onde o pneu sofre<br />
maior esforço”, revela o administrador.<br />
Em 2012, a empresa iniciou a produção <strong>dos</strong><br />
pneus semi-maciços, que são, atualmente,<br />
uma das suas especialidades. “São pneus<br />
utiliza<strong>dos</strong> em siderurgias, fábricas de vidros<br />
e sucatas, atividades onde o pneu está sujeito<br />
a perfurações. Os anos mais recentes têm sido<br />
de constantes investimentos, quer a nível<br />
de aquisição de novos equipamentos para<br />
a fábrica, quer da melhoria das condições<br />
de trabalho para to<strong>dos</strong> os colaboradores”,<br />
acrescenta Carlos Marques.<br />
RESPONSABILIDADE SOCIAL<br />
A parte social sempre foi muito importante<br />
para a Fedima, conforme refere Carlos Marques:<br />
“Sempre demos grande enfoque ao<br />
compromisso social da empresa. Apoiamos<br />
diversas coletividades com fins formativos,<br />
pois consideramos a formação uma prioridade<br />
da sociedade e das organizações.<br />
Já oferecemos diversas carrinhas a várias<br />
coletividades e apoiamos eventos e meios<br />
de comunicação locais. Este ano, integrado<br />
nas comemorações <strong>dos</strong> 50 anos da empresa,<br />
1991<br />
Início da recauchutagem<br />
integral para pneus de<br />
turismo, comerciais e 4x4<br />
1993<br />
Aquisição da autoclave de<br />
três metros de diâmetro para<br />
pneus industriais e OTR<br />
1998<br />
Aumento da área fabril<br />
para 12.000 m 2<br />
1999<br />
Parceria com fornecedor do<br />
Peru e lançamento de pisos<br />
pré molda<strong>dos</strong> industriais<br />
2000<br />
Certificação da empresa<br />
2003<br />
Prémio de melhor pneu em exposição<br />
no Salão ITRA, realizado nos EUA<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
“ACREDITO QUE TEMOS TODAS AS CONDIÇÕES PARA CRESCER<br />
E SER UMA INDÚSTRIA DE FUTURO”, refere Carlos Marques<br />
oferecemos aos Bombeiros Voluntários de<br />
Alcobaça um camião-contentor, com 60 m 3 ,<br />
para ser utilizado nos grandes incêndios ou<br />
acidentes, podendo funcionar como posto<br />
de comando”.<br />
APOSTA NA COMPETIÇÃO<br />
Desde 1998 que a empresa iniciou uma estratégia<br />
para o desenvolvimento no segmento<br />
4x4. O crescimento da quota de mercado de<br />
veículos 4x4 e a generalização <strong>dos</strong> vários tipos<br />
de provas de desporto motorizado ligado<br />
a este segmento, lançaram a Fedima no<br />
mundo da competição. A marca aumentou<br />
a sua projeção apostando neste mercado,<br />
onde encontrou condições reais de teste e<br />
resistência para pôr à prova o seu trabalho e<br />
desenvolvimento de produto. “Para termos<br />
bons pneus de competição, precisamos de<br />
boas carcaças, ou seja, de pneus usa<strong>dos</strong> de<br />
marcas premium, que são apenas essas as<br />
que consideramos na nossa produção para<br />
os pneus Fedima de competição”, explica<br />
Carlos Marques.<br />
Na competição automóvel, a Fedima tinha,<br />
até 2006, apenas disponíveis pneus para ralicross<br />
e autocross. Desde então, tem desenvolvido<br />
um trabalho criterioso, estabelecendo<br />
sinergias entre pilotos e parceiros, quer em<br />
Portugal, quer em França e na Alemanha,<br />
com o objetivo de abrir caminho para um<br />
novo desafio no mercado motorsport, lançando<br />
as gamas F/N e F/T para rali. Em 2009,<br />
a marca atingiu as 12.000 unidades de pneus<br />
para competição automóvel, cujas principais<br />
características são resistência e valor significativamente<br />
inferior às marcas habituais<br />
envolvidas na competição. São inúmeros os<br />
troféus conquista<strong>dos</strong> em diversas provas,<br />
quer em Portugal, quer no estrangeiro, onde<br />
se destacam as 24 Horas TT de Fronteira e o<br />
Rali da Grécia. “Vamos continuar a apoiar o<br />
desporto motorizado. É a área mais exigente<br />
dentro do setor automóvel. Fomos gradualmente<br />
diversificando estes apoios consoante<br />
os novos produtos que desenvolvemos. O<br />
retorno em termos de desafio, experiência<br />
e imagem de marca, é muito positivo. Temos<br />
orgulho que o nosso melhor cliente neste<br />
setor seja a Fedima Alemanha, nosso parceiro<br />
há muitos anos”, salienta o responsável.<br />
FUTURO COM POTENCIAL, MAS...<br />
O futuro não assusta Carlos Marques, pois<br />
considera o pneu recauchutado um produto<br />
totalmente integrado na denominada Eco-<br />
nomia Circular, que combate o desperdício e<br />
promove a reutilização <strong>dos</strong> produtos. “A utilização<br />
de pneus recauchuta<strong>dos</strong> significa criar<br />
novos valores, permitindo uma substancial<br />
redução de custos e utilização de recursos<br />
relativamente a um pneu novo. O processo<br />
de recauchutagem é amigo do ambiente e é<br />
considerado uma boa prática em termos de<br />
reaproveitamento de pneus, que, de outro<br />
modo, seriam resíduo poluente. Acredito,<br />
por isso, que temos todas as condições para<br />
crescer e ser uma indústria de futuro. Mas<br />
tem de haver uma política de proteção às<br />
empresas europeias, de forma a controlar<br />
a entrada de pneus asiáticos com valores,<br />
muitas vezes, mais abaixo <strong>dos</strong> nossos custos<br />
de produção, porque, embora já exista a taxa<br />
anti-dumping para os pneus pesa<strong>dos</strong> com<br />
origem na China, para os pneus ligeiros não<br />
existe”, alerta o responsável.<br />
De acordo com Carlos Marques, “a Europa não<br />
se tem protegido e não se vislumbram grandes<br />
alterações. Vamos continuar a aproveitar<br />
a nossa política de variedade. A aposta nos<br />
merca<strong>dos</strong> de nicho que consumam produtos<br />
muito específicos faz parte do nosso ADN<br />
e vamos manter esta estratégia”, assegura<br />
Carlos Marques, em jeito de conclusão. ♦<br />
2006<br />
Aquisição <strong>dos</strong><br />
equipamentos<br />
de xerografia<br />
2008<br />
Aquisição de<br />
equipamento MGT<br />
para pneus OTR<br />
2010<br />
Atribuição do estatuto<br />
de PME Líder<br />
2011<br />
Aquisição de extrusora<br />
100% automática<br />
para camião<br />
2012<br />
Início da produção de<br />
pneus semi-maciços<br />
2019<br />
Celebração do<br />
50.° aniversário
Empresa<br />
União ibérica<br />
É a primeira vez que dois <strong>dos</strong> maiores clientes da Vulco em Portugal unem esforços<br />
para desenvolver um projeto comum. Inaugurada, oficialmente, no dia 14 de maio, a<br />
Alcaide & Salco, localizada em Leça da Palmeira, é fruto de uma parceria estabelecida<br />
entre a <strong>Pneus</strong> do Alcaide e o Grupo Salco. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou a nova casa<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Alcaide & Salco<br />
Salco, tivesse sido a 14 de maio, a casa abriu<br />
as suas portas no início de março. No momento<br />
solene da inauguração, estiveram<br />
presentes Alberto Granadino, diretor-geral<br />
da Goodyear Dunlop Iberia, Mario Recio,<br />
diretor de retail da Goodyear Dunlop Iberia,<br />
Agustín Salinas, do Grupo Salco, e David<br />
Laureano, da <strong>Pneus</strong> do Alcaide. O que demonstra<br />
bem a importância deste projeto.<br />
AMPLAS INSTALAÇÕES<br />
Localizada em Leça da Palmeira, mais concretamente<br />
na Rua Veloso Salgado, 1104, as exuberantes<br />
cores que caracterizam a imagem da<br />
Vulco (azul e amarelo) permitem identificar<br />
a nova casa à distância. Os 1.100 m 2 de área<br />
são, a par da imagem, uma das mais-valias<br />
da 40.ª oficina da rede apoiada pela Goodyear<br />
Dunlop. Lá dentro, David Laureano,<br />
administrador da <strong>Pneus</strong> do Alcaide e sóciogerente<br />
da Alcaide & Salco, função que divide<br />
com Agustín Salinas, do Grupo Salco,<br />
estava à nossa espera. A conversa começara,<br />
invariavelmente, pela intenção que presidiu<br />
à criação deste projeto. “A ideia já tinha três,<br />
quatro anos. A <strong>Pneus</strong> do Alcaide conheceu o<br />
Grupo Salco há meia dúzia de anos, quando<br />
este mudou a sua fábrica de recauchutagem,<br />
uma vez que o auxiliámos durante esse processo”,<br />
recorda David Laureano. Acrescentando<br />
de seguida: “A abertura da Alcaide &<br />
Salco resulta de uma aproximação entre as<br />
duas organizações. Sendo nós <strong>dos</strong> maiores<br />
grupos em Portugal e eles <strong>dos</strong> maiores em<br />
Espanha, estavam reunidas as condições para<br />
uma união de esforços. Como o Grupo Salco<br />
pretendia estar em Portugal com um posto e<br />
como a <strong>Pneus</strong> do Alcaide estava no Porto há<br />
muitos anos com uma situação mais precária,<br />
decidimos juntar sinergias e criar este projeto”.<br />
E não há dúvida de que, nos negócios, como<br />
na vida privada, a união faz a força. Ainda<br />
para mais, sendo ibérica. Disso mesma dá<br />
conta o responsável: “Creio que fazia mais<br />
sentido virmos para Leça da Palmeira juntos<br />
do que separa<strong>dos</strong>, uma vez que, mais cedo<br />
ou mais tarde, o Grupo Salco teria um espaço<br />
físico no mercado português, visto que era<br />
esse um <strong>dos</strong> seus objetivos”. Mas atenção:<br />
esta nova casa não representa a primeira<br />
incursão do Grupo Salco em Portugal, visto<br />
que este já tem uma empresa comercial no<br />
nosso país (Galusal). “Um <strong>dos</strong> objetivos do<br />
Grupo Salco era abrir um posto em Portugal,<br />
nomeadamente no norte, uma vez que<br />
achava o mercado da região interessante. E<br />
como esse mercado necessitava de um trabalho<br />
mais efetivo com frotas e pressupunha<br />
outra abordagem... Foi assim que a ideia<br />
passou à prática”, explica David Laureano.<br />
SINERGIAS DE GRUPO<br />
Ainda que o nome fiscal seja Alcaide & Galusal,<br />
a nova casa é conhecida pela designação<br />
comercial Alcaide & Salco. A <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
dispõe de três lojas (Leça da Palmeira;<br />
Porto de Mós; Benedita), uma fábrica de<br />
recauchutagem e um serviço de assistência<br />
de pneus 24h. “Já pertencíamos à rede Vulco<br />
há cerca de 10 anos, com a loja da Benedita,<br />
mas esta é a nossa segunda casa que integra<br />
o conceito da rede apoiada pela Goodyear<br />
Dunlop, ainda que a primeira da parceria com<br />
o Grupo Salco. O conceito Vulco é igual nas<br />
nossas duas lojas. Apenas a propriedade destas<br />
casas é diferente”, frisa David Laureano.<br />
Porquê a aposta na Vulco? “Sendo nós, tal<br />
como o Grupo Salco (que dispõe de 17 postos<br />
em Espanha), membros desta rede há muitos<br />
anos, só fazia sentido abrir a nova casa com<br />
a imagem Vulco. Para mais, sendo ambos os<br />
grupos <strong>dos</strong> principais clientes da Goodyear”,<br />
dá conta o responsável. “Já trabalhávamos<br />
com o Grupo Salco na parte da recauchutagem,<br />
há cerca de seis anos. Foi nessa altura<br />
que nasceu o relacionamento que temos hoje.<br />
A<br />
Vulco, rede de oficinas apoiada<br />
pela Goodyear Dunlop, especializada<br />
em pneus e mecânica<br />
rápida, continua a crescer. Presente<br />
em dois continentes, é formada por<br />
290 pontos de venda em Portugal e Espanha<br />
(mais de 2.000 na Europa). Um rápido<br />
desenvolvimento que está cimentado na<br />
gestão moderna, na qualidade do serviço e<br />
no compromisso para com o cliente.<br />
Embora a inauguração oficial da Alcaide &<br />
Salco (a 40.ª oficina da rede Vulco em Portugal),<br />
que resulta de uma parceria estabelecida<br />
entre a <strong>Pneus</strong> do Alcaide e o Grupo<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Empresa<br />
Alcaide & Salco<br />
a abertura da alcaide & salco resulta de uma<br />
aproximação entre os dois grupos, que saem<br />
fortaleci<strong>dos</strong> com esta nova casa da rede vulco<br />
Mais tarde, pensámos no projeto de ter uma<br />
casa em conjunto, o que, estrategicamente,<br />
é muito importante”, acrescenta.<br />
As sinergias, hoje, desde que salvaguarda<strong>dos</strong><br />
os devi<strong>dos</strong> interesses e na proporção certa,<br />
fazem todo o sentido. David Laureano partilha,<br />
de resto, desta opinião: “Da maneira<br />
como está o mercado, foi mais fácil juntarmos<br />
sinergias para estarmos mais fortes no<br />
setor, em vez de estarmos a dividi-lo. Como<br />
o objetivo do Grupo Salco era ter um espaço<br />
físico em Portugal e nós já cá estávamos,<br />
em vez de os termos como concorrentes,<br />
temo-los como parceiros, o que acaba por<br />
ser benéfico para ambas as partes”, explica.<br />
“Juntámos vontades e know-how e tornámo-<br />
-nos num operador mais forte. A to<strong>dos</strong> os<br />
níveis. Partimos para um projeto novo e totalmente<br />
inovador no mercado, que vem<br />
fortalecer os dois grupos. A <strong>Pneus</strong> do Alcaide<br />
ficou com uma presença mais forte na zona<br />
do Porto e o Grupo Salco passou a ter uma<br />
presença física em Portugal. O que nos tem<br />
aberto, também, algumas portas no setor<br />
da recauchutagem no país vizinho, visto<br />
que isto nos permite produzir pneus para<br />
Espanha”, revela.<br />
VARIEDADE DE SERVIÇOS<br />
Para além de prestar to<strong>dos</strong> os serviços para<br />
pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong> (a oficina dispõe,<br />
aliás, de duas áreas de alinhamento distintas<br />
para servir esses segmentos), a Alcaide &<br />
Salco trabalha com equipamentos de topo<br />
e faz mecânica rápida, embora esteja habilitada<br />
para intervenções mais profundas,<br />
onde conta com dois elevadores e pessoal<br />
qualificado. “Temos tudo o que é necessário<br />
para dar ao mercado a resposta que se impõe.<br />
Fazemos to<strong>dos</strong> os serviços de pneus ligeiros,<br />
pesa<strong>dos</strong>, agrícolas e industriais. Temos espaço<br />
e meios para isso”, salienta David Laureano.<br />
“O mercado de pneus pesa<strong>dos</strong>, onde nos<br />
movimentamos mais à-vontade (assegura<br />
um volume muito maior face aos ligeiros),<br />
está estagnado e está a trabalhar muito para<br />
o preço. É um mercado que tem muitos operadores<br />
e onde as pessoas procuram muito o<br />
preço. A nossa estratégia é fazer ver ao cliente<br />
que o pneu não é só preço e atravessa muitas<br />
fases, implicando muitas tarefas. Temos<br />
quatro unidades de assistência móvel para<br />
pneus pesa<strong>dos</strong> e uma específica para pneus<br />
industriais”, explica o responsável.<br />
Com uma equipa constituída por quatro<br />
pessoas efetivas e um comercial, que faz a<br />
parte das vendas, a Alcaide & Salco tem nos<br />
pneus o seu core business. “O nosso principal<br />
know-how são os pneus. A mecânica rápida,<br />
que representa cerca de 20% da nossa faturação,<br />
surge como um complemento ao<br />
negócio. Os pneus pesa<strong>dos</strong> assumem maior<br />
expressão na nova casa do que os pneus ligeiros.<br />
Mas queremos equilibrar os segmentos.<br />
Contudo, margem de progressão existe no<br />
mercado todo”, esclarece David Laureano.<br />
O arranque da nova casa correu bem. Até<br />
está acima das previsões. “Tentamos trazer<br />
ao mercado qualidade de serviço e acompanhamento<br />
às frotas. Dispomos de acor<strong>dos</strong><br />
com empresas de renting e ALD. Não estamos<br />
preocupa<strong>dos</strong> em vender apenas o pneu,<br />
mas em oferecer um pouco de tudo e dar<br />
acompanhamento. Tentamos que as frotas<br />
olhem para o pneu como um investimento<br />
e não como um custo. Há muita coisa que<br />
se pode fazer com o pneu. E, nesse sentido,<br />
tentamos sensibilizar as frotas, de modo a<br />
tirar mais partido do pneu e a aumentar a<br />
rentabilidade. <strong>Pneus</strong>, qualquer um vende.<br />
Prestar os serviços que nós prestamos, é que<br />
já não está ao alcance de to<strong>dos</strong>. Existe todo<br />
um trabalho que pode ser feito para além da<br />
venda do pneu”, alerta o responsável.<br />
E no que diz respeito à recauchutagem? “Embora<br />
se tenha ressentido com a entrada, há<br />
uns anos, <strong>dos</strong> pneus económicos, a verdade<br />
é que, em 2018, crescemos face a 2017. A lei<br />
anti-dumping veio ajudar a recauchutagem,<br />
que é um setor onde impera a qualidade e<br />
que tem fábricas muito evoluídas. Em 2018,<br />
recauchutámos (a frio) cerca de 8.000 pneus<br />
pesa<strong>dos</strong> (jantes de 17,5” a 22,5”). A perspetiva<br />
para este ano é crescer, até pela abertura<br />
desta nova casa com o Grupo Salco”, afirma<br />
David Laureano. Que, a concluir, não vira às<br />
costas à abertura de um novo espaço ao<br />
abrigo desta parceria, embora com muita<br />
prudência: “Para já, vamos cimentar a nova<br />
casa de Leça da Palmeira. Fazê-la crescer de<br />
forma sustentada. No futuro, logo se vê. Um<br />
passo de cada vez”. ♦<br />
Alcaide & Salco<br />
Sócios-gerentes David Laureano e Agustín Salinas | Sede Rua Veloso Salgado, 1104, 4450 – 337 Leça da Palmeira<br />
Telefone 229 961 024 | Email geral@alcaidesalco.com | Sites www.pneusalcaide.com; www.gruposalco.com<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Empresa<br />
70 anos a<br />
reconstruir<br />
Quase a cumprir 70 anos de vida, a Seiça <strong>Pneus</strong> é a mais antiga empresa dedicada à<br />
reconstrução de pneus. O segredo do sucesso da fábrica, situada, desde sempre, na<br />
Marinha Grande, é a sua capacidade de evolução<br />
Por: Jorge Flores<br />
Na Seiça <strong>Pneus</strong>, os aniversários<br />
contam-se pelas décadas. São já<br />
quase sete. Prestes a completar 70<br />
anos de existência (data a cumprir<br />
em dezembro), a mais antiga empresa dedicada<br />
à recauchutagem de pneus, fundada<br />
sob o nome comercial de J. Roldão Seiça &<br />
Tavares, nomes <strong>dos</strong> dois sócios fundadores,<br />
continua a evidenciar uma enorme vivacidade.<br />
Socorrendo-se do lema “Confiança para<br />
avançar”, a empresa aproveitou a época festiva<br />
para refrescar a sua imagem, como conta<br />
Joaquim Manuel Seiça, administrador (e neto<br />
do fundador) da empresa situada, desde a<br />
sua origem, na Marinha Grande.<br />
Para o desenrolar da atividade, a empresa<br />
conta com uma (muito bem) equipada fábrica,<br />
com 12.000 m 2 e com 40 funcionários,<br />
produzindo, diariamente, pneus reconstruí<strong>dos</strong><br />
para vários segmentos: veículos ligeiros,<br />
comerciais, 4x4, pesa<strong>dos</strong>, agrícolas e industriais.<br />
Entre estes, destaque para os pneus de<br />
camião, que representam cerca de 50% da<br />
atividade da Seiça <strong>Pneus</strong>, cuja área engloba<br />
Portugal continental, de norte a sul.<br />
Em conversa com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Joaquim<br />
Manuel Seiça garante que a chave do<br />
sucesso e da longevidade da empresa reside<br />
na sua “capacidade de evolução”. Ou seja, na<br />
forma como esta tem sabido “acompanhar,<br />
desde sempre, as mudanças estruturais do<br />
mercado e as tecnologias do próprio pneu.<br />
É estar atento e adaptar-nos às necessidades<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Seiça <strong>Pneus</strong><br />
<strong>dos</strong> nossos clientes, mantendo o foco sempre<br />
no futuro”, sustenta o responsável.<br />
GESTÃO DE FROTAS<br />
Para Joaquim Manuel Seiça, o principal obstáculo<br />
do setor da reconstrução de pneus, nos<br />
últimos tempos, é inequívoco: “A presença<br />
de pneus chineses, baratos, condicionou<br />
um pouco o setor da recauchutagem. Foi a<br />
principal dificuldade que sentimos ultimamente.<br />
Uma grande mudança de paradigma<br />
no setor”, admite. As leis anti-dumping, na sua<br />
perspetiva, “já começaram a fazer alguma<br />
diferença, mas estas coisas demoram”, afirma.<br />
O leque de clientes da empresa é vasto, perto<br />
de 300 ativos, e bastante variado. Neste contexto,<br />
“as casas de pneus são os clientes mais<br />
tradicionais”, explica Joaquim Manuel Seiça.<br />
Mas existem muitos outros de diversos nichos,<br />
nomeadamente das empresas transportadoras.<br />
Atualmente, a Seiça <strong>Pneus</strong> dispõe,<br />
também, de um serviço de gestão de frotas<br />
com assistência rápida disponível 24 horas e<br />
com uma cobertura a nível europeu, fruto de<br />
parcerias estabelecidas com várias empresas.<br />
Como forma “complementar” do negócio, a<br />
Seiça <strong>Pneus</strong> dedica-se ainda à comercialização<br />
de pneus novos multimarca. “Uma forma<br />
de não deixar de disponibilizar esse serviço<br />
aos nossos clientes”, explica o responsável.<br />
Rui Vieira, junto a um pneu industrial, é<br />
funcionário da empresa há 45 anos...<br />
FUTURO EM EVOLUÇÃO<br />
A receita para o futuro? Parecida com a do<br />
passado. “Analisar o mercado, sempre. Procurar<br />
melhorar continuamente os processos<br />
de produção. Nunca estarmos conforma<strong>dos</strong><br />
com o sistema produtivo, mas tentar sempre<br />
fazer melhor”, refere o administrador.<br />
Temas como a conectividade, a telemática,<br />
os veículos elétricos e autónomos, não preocupam,<br />
de forma alguma, o responsável da<br />
Seiça <strong>Pneus</strong>. Antes pelo contrário. Desde logo,<br />
porque, tudo indica que os automóveis do<br />
futuro continuarão a ter pneus. “E os próprios<br />
aviões têm pneus”, acrescenta Joaquim Manuel<br />
Seiça. Depois, porque, preconiza, “são,<br />
to<strong>dos</strong> eles, equipamentos que aumentam o<br />
nível de segurança <strong>dos</strong> veículos e <strong>dos</strong> pneus.<br />
Essa evolução deixa-nos satisfeitos”, reforça. E<br />
explica porque, no seu entender, a recauchutagem<br />
terá lugar seguro no futuro: “Fala-se<br />
muito, agora, nos sistemas de controlo da<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus. Para mim, é uma excelente<br />
evolução. E espero que to<strong>dos</strong> os modelos<br />
usem este sistema daqui a uns anos, porque<br />
aumenta a rentabilidade de um pneu e diminui<br />
o número de rebentamentos. A principal<br />
causa de rebentamentos de pneus é a falta<br />
de pressão. A partir do momento em que isso<br />
seja eliminado, conseguiremos chegar a um<br />
número de rebentamentos muito inferior. O<br />
condutor é avisado que está a perder pressão<br />
e que o pneu vai rebentar. A tempo de parar<br />
antes de causar estragos”.<br />
O responsável recorre ainda à sua experiência<br />
como diretor da Associação Nacional <strong>dos</strong> Industriais<br />
da Recauchutagem de <strong>Pneus</strong> (ANIRP)<br />
e a um estudo apelidado de “caça ao crocodilo”,<br />
que consistiu em recolher os destroços<br />
de pneus rebenta<strong>dos</strong> nas autoestradas. “Concluímos<br />
que 55% deles eram recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
mas 55% eram pneus novos. Muitas vezes,<br />
pensa-se que estes boca<strong>dos</strong> de pneus que<br />
vemos nas autoestradas são sempre de recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
mas não é necessariamente<br />
verdade. Grande parte são de pneus novos”,<br />
diz. E remata, convicto: “Os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
têm testes de qualidade e homologações<br />
idênticos aos pneus novos”. ♦<br />
A Seiça <strong>Pneus</strong> foi uma das primeiras empresas<br />
certificadas no segmento, oferecendo segurança,<br />
economia e sustentabilidade ambiental<br />
Seiça <strong>Pneus</strong><br />
Administrador Joaquim Manuel Seiça | Sede Av.ª Dr. José H. Varanda, 120, Apart. 49, 2431 - 901 Marinha Grande | Telefone<br />
244 545 370 | Email joaquimseica@seicapneus.com | Site www.jlpneus.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Destaque<br />
SN <strong>Pneus</strong><br />
DA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
AOS PNEUS<br />
Os pneus e a construção civil andam de braço dado na vida<br />
de Nelson Cagarrinho, gerente e fundador da SN <strong>Pneus</strong>. A completar<br />
um ano de existência, este parceiro Falken veio colmatar a necessidade<br />
de executar determina<strong>dos</strong> serviços em veículos da empresa de construção<br />
que o responsável também detém<br />
A<br />
experiência de Nelson Cagarrinho<br />
no mundo <strong>dos</strong> pneus é muito<br />
superior ao tempo de vida da<br />
empresa, fruto de um projeto já<br />
antigo, a Pneurepa, focada, única e exclusivamente,<br />
nos pneus. A SN <strong>Pneus</strong> surge da<br />
necessidade de manutenção <strong>dos</strong> próprios<br />
veículos da companhia ligada à construção<br />
civil e de outras empresas parceiras. No entanto,<br />
atualmente, a manutenção de veículos<br />
representa apenas 40% do volume de negócios<br />
da SN <strong>Pneus</strong>, ficando 60% a cargo <strong>dos</strong><br />
pneus. “Quisemos que, no mesmo espaço,<br />
o cliente pudesse encontrar a solução para<br />
todas as suas necessidades. O mercado está a<br />
mudar e, se antigamente o cliente procurava<br />
mudar os pneus e aproveitava para fazer a<br />
revisão, hoje, se possível, é o contrário”, explica<br />
Nelson Cagarrinho.<br />
A empresa, sediada na Amadora, oferece<br />
aos clientes uma gama completa de pneus<br />
para qualquer tipo de veículo ligeiro, desde o<br />
segmento premium até ao low cost, contando<br />
com um stock de 940 pneus prontos a serem<br />
instala<strong>dos</strong>. O facto de trabalhar, maioritariamente,<br />
com clientes profissionais, faz com que<br />
a necessidade de reparação rápida seja maior.<br />
FALKEN É APOSTA FORTE<br />
Apesar de considerar estar aquém das expectativas<br />
para o ano de 2019, Nelson Cagarrinho<br />
mantém a aposta forte na marca Falken. “Estamos<br />
com alguma dificuldade, no momento,<br />
pois as obras estão a condicionar um pouco<br />
a circulação na rua, mas rapidamente iremos<br />
ultrapassar”, lamenta. A prova da aposta forte<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Publireportagem<br />
AB TYRES<br />
PERSISTÊNCIA<br />
E MOTIVAÇÃO<br />
Publireportagem<br />
A relação da AB Tyres com a SN<br />
<strong>Pneus</strong> é muito anterior à criação da<br />
casa de Nelson Cagarrinho. “João<br />
Coelho, comercial da AB Tyres e<br />
amigo de longa data, foi um <strong>dos</strong><br />
impulsionadores iniciais deste projeto<br />
AB/Falken, contando, também, com<br />
o apoio de Paulo Santos e da equipa<br />
de marketing”, afirma o gerente.<br />
Por isso, desde o primeiro minuto<br />
da SN <strong>Pneus</strong> que a Falken e a AB<br />
Tyres estiveram sempre presentes.<br />
A satisfação está bem patente, de<br />
resto, no rosto de Nelson Cagarrinho<br />
sempre que fala sobre a parceria que<br />
tem com a AB Tyres. O responsável<br />
considera que a disponibilidade da<br />
equipa comercial e técnica que os<br />
acompanha é fundamental para que<br />
consiga satisfazer completamente o<br />
cliente final. A rapidez de entrega<br />
é, também, um <strong>dos</strong> pontos mais<br />
valoriza<strong>dos</strong> pelo gerente. “Se, por<br />
acaso, não tiver os pneus que o cliente<br />
necessita, basta um telefonema. Caso<br />
peça os pneus de manhã, à tarde<br />
já posso executar o trabalho. Caso<br />
os peça à tarde, posso executar o<br />
trabalho na manhã seguinte”, diz.<br />
A ajuda da AB Tyres foi, também,<br />
fundamental para a composição do<br />
stock existente na oficina. “O stock<br />
elaborado inicialmente foi adaptado à<br />
necessidade da zona empresarial, onde<br />
nos localizamos, tendo sido, numa<br />
primeira fase, previsto um tipo de<br />
mercado que, depois, se revelou bem<br />
diferente. A AB Tyres foi, também,<br />
essencial nessa adaptação, bem como<br />
na diversidade de produtos de que<br />
dispomos”, conclui Nelson Cagarrinho.<br />
da SN <strong>Pneus</strong> na Falken é a grande quantidade<br />
de referências disponíveis. “Temos, no nosso<br />
leque de clientes, pessoas que já conhecem<br />
a Falken”, explica o gerente. No entanto, o<br />
responsável alerta para a necessidade de<br />
continuar a colocar a Falken nas “bocas do<br />
mundo”.<br />
Deixar de trabalhar com a marca de pneus<br />
da Sumitomo Rubber Company está fora de<br />
questão para Nelson Cagarrinho (que “empresta”<br />
o seu primeiro nome, juntamente com<br />
Sónia, sua esposa, à casa). O feedback <strong>dos</strong><br />
SN PNEUS<br />
Gerente Nelson Cagarrinho<br />
Morada Rua Henrique Paiva<br />
Couceiro, 8E, Venda Nova,<br />
2700 - 453 Amadora<br />
Telefone 215 890 <strong>56</strong>5<br />
Email snpneus2018@gmail.com<br />
clientes tem sido 100% positivo. “Até mesmo<br />
da parte de alguns clientes que não conheciam<br />
a marca. Quando regressam, dizem que<br />
querem os mesmos pneus”, revela. A relação<br />
que a Falken tem vindo a criar, juntamente<br />
com a AB Tyres, entre os seus parceiros, ficou<br />
gravada na memória do gerente. “Este ano, na<br />
Convenção AB Partner, foi possível perceber<br />
que não somos concorrentes. Somos quase<br />
como uma família. E, nisso, a AB Tyres tem<br />
muita responsabilidade”, destaca o responsável<br />
da SN <strong>Pneus</strong>. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Notícias<br />
Empresas<br />
BKT à conquista<br />
do futebol espanhol<br />
A BKT e a LaLiga (Liga Espanhola de Futebol Profissional),<br />
assinaram um acordo que torna a BKT “Parceira Oficial Global da<br />
LaLiga”. O período de duração é de três anos e ficará concluído<br />
no final da temporada de 2021/2022. “LaLiga é sinónimo de<br />
excelência, de Futebol com ‘F’ maiúsculo,” declarou Rajiv Poddar,<br />
diretor-geral adjunto da BKT. “A partir de hoje, damos início a uma<br />
nova iniciativa de marketing no âmago do universo do futebol<br />
espanhol e estou realmente muito feliz e orgulhoso. LaLiga é uma<br />
marca de valor indiscutível e, para nós, é uma honra poder estar ao<br />
lado de um nome de tamanha relevância. Estou realmente radiante<br />
de poder estreitar os laços entre a BKT e o mundo do desporto,<br />
sobretudo do futebol, com as suas regras e a sua dinâmica, nas<br />
quais encontrei uma perfeita harmonia com os nossos valores,<br />
soma<strong>dos</strong> à garra e ao desejo de vencer”, referiu o responsável.<br />
Yokohama junta-se à<br />
8.000vueltas no Circuito de Ascari<br />
A Yokohama Iberia anunciou a sua participação através, do prestigiado pneu Advan<br />
Fleva V701, no evento trackday de 24 horas organizado pela 8.000vueltas, a realizar<br />
nos dias 21 e 22 de setembro, no Circuito de Ascari. A experiência de 24h é um ponto<br />
de encontro para aficiona<strong>dos</strong> que desejam desfrutar do seu próprio veículo na segurança<br />
de um circuito. É um evento diferente, não competitivo, que conta com os mais<br />
eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade. Sendo um desafio de resistência, desde o mundo <strong>dos</strong><br />
motores até ao aficionado por automobilismo, to<strong>dos</strong> podem participar com veículos<br />
desportivos, versões desportivas de veículos e clássicos seleciona<strong>dos</strong> pelos organizadores.<br />
A Yokohama une-se a esta grande experiência fornecendo um único pneu para<br />
to<strong>dos</strong> os participantes, o Advan Fleva V701. Este pneu conta com um desenho do piso<br />
direcional e um perfil adaptado do lendário Advan Sport V105, o pneu referência da<br />
marca, que otimiza a estabilidade através do contacto com a superfície em altas velocidades.<br />
Dispnal nomeada<br />
distribuidora oficial<br />
ibérica da Roadmarch<br />
No seguimento do seu ambicioso plano de otimização do portefólio<br />
de marcas e produtos, a Dispnal vai passar a distribuir, em regime<br />
de exclusividade para Portugal e Espanha, toda a novíssima gama<br />
da Roadmarch. A renovada marca Roadmarch ganhou uma nova<br />
dinâmica industrial e de engenharia de produto, após ter sido<br />
incluída no Grupo Haohua, que detêm um conjunto de empresas<br />
modernas, focadas, todas elas, num conceito “Eco-Friendly”<br />
(empresas amigas do ambiente). Fabrica<strong>dos</strong> num complexo<br />
industrial com mais de 1.066.672 m 2 , onde foram investi<strong>dos</strong><br />
mais de 500 milhões de dólares, a companhia dispõe do mais<br />
avançado centro de investigação e desenvolvimento de produtos,<br />
equipamentos de fabrico de última geração e uma equipa de<br />
gestão formada por profissionais com longa experiência na<br />
indústria.<br />
ALTARODA recebeu a visita<br />
da TECH Europe<br />
O diretor de vendas da TECH Europe, Jon Bartholomew, e o VP de Vendas e Formação,<br />
Walter van Loon, visitaram, recentemente, o seu distribuidor ALTARODA, que se<br />
encontra sediado em Paredes. A ALTARODA tem sido um participante chave na indústria<br />
de reparação de pneus há mais de 12 anos e construiu uma base de clientes<br />
impressionante, graças ao seu compromisso<br />
com o serviço ao cliente e desenvolvimento<br />
de produtos. Jon e Walter ficaram<br />
encanta<strong>dos</strong> ao conversar com o CEO da<br />
ALTARODA, Vítor Rocha, dedicando tempo<br />
para discutir os mais recentes desenvolvimentos<br />
do setor em todo o país e em<br />
toda a região EMEA. Tendo demonstrado<br />
uma dedicação excecional à marca TECH,<br />
a ALTARODA não mostrou sinais de desaceleração<br />
ao desenvolver, continuamente,<br />
iniciativas para promover práticas seguras<br />
de reparação de pneus nos seus merca<strong>dos</strong>,<br />
não apenas com os principais materiais de<br />
reparação da TECH mas, também, através<br />
da utilização de marcas adicionais dentro<br />
da família TRC, incluindo equipamentos de<br />
recauchutagem Salvadori.<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Falken garante lugar<br />
nas principais ligas europeias<br />
A Falken aposta no futebol de elite europeu durante a temporada de 2019/2020 e estará<br />
a apoiar 18 clubes na Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Polónia, Espanha e, pela<br />
primeira vez, na Bélgica. Já em 2017, a marca de pneus, representada em Portugal pela<br />
AB Tyres, garantiu o título de “Global Official Tyre Collaborator” com o atual campeão<br />
da Champions League, o Liverpool FC, continuando a colaboração acordada no ano<br />
passado com o Club Atlético de Madrid. A partir da temporada de 2019/2020, Falken<br />
é o “Global Official Tyre Collaborator” do Borussia Mönchengladbach, a equipa de futebol<br />
da Renânia do Norte-Vestfália, que alcançou o quinto lugar na Bundesliga na<br />
última temporada. Desta forma, a marca de pneus garante uma ampla presença nos<br />
estádios <strong>dos</strong> seus principais merca<strong>dos</strong> (Alemanha, Inglaterra e Espanha) por meio de<br />
diversas ações em diferentes canais, entre os quais está, por exemplo, a colocação do<br />
logótipo no photocall da sala de imprensa, tal como em entrevistas e telas.<br />
fedima.pdf 1 03/09/19 10:01<br />
fedima.pdf 1 02/09/19 17:03<br />
fedima.pdf 1 02/09/19 16:47<br />
Tiresur é distribuidor<br />
oficial da Triangle Tyre em<br />
Portugal<br />
A marca Triangle, na sua linha de pneus consumer, passou a ser<br />
distribuída no nosso país, em exclusivo pela empresa Tiresur<br />
Portugal, que faz parte do Grupo AM, liderado por António Mañas.<br />
A Tiresur durante os últimos meses já nomeou 75 membros<br />
“Triangle Club”, uma rede de oficinas com um programa específico<br />
de marketing, criada em Espanha e Portugal para ser o principal<br />
motor das vendas da marca. Com este novo passo, a Triangle vem<br />
reforçar a confiança depositada na Tiresur para desenvolver a<br />
correta abordagem ao mercado para a marca, um ano depois de ter<br />
sido anunciado o acordo de exclusividade em Espanha, para a linha<br />
de PCR e com a inclusão também da gama OTR no final de 2018.<br />
Em Espanha, atualmente, a linha de pneus ligeiros PCR já está a<br />
ser comercializada em mais de 2.000 pontos de venda, tornando<br />
a marca já numa referência no segmento económico. O diretor<br />
de vendas da Triangle para a Europa do Sul, Roberto Pizzamiglio,<br />
declarou que “a extensão da exclusividade para a nossa gama<br />
PCR também em Portugal, reforça a visão estratégica comum<br />
partilhada com a Tiresur. Por isso, estamos muito confiantes no<br />
êxito da implementação de uma abordagem idêntica à que já está<br />
a ser implementada em Espanha”.<br />
PUB<br />
OBRIGADO<br />
a to<strong>dos</strong> os que nos acompanharam ao longo destes 50 anos.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Notícias<br />
Empresas<br />
Q&F, Lda. apresentou<br />
novas jantes BBS<br />
A jante CC-R é a mais recente novidade da marca alemã BBS. Destaca-se, essencialmente,<br />
pelo seu baixo peso, dinamismo e visual característico da marca. Este<br />
modelo, com uma aparência distinta, é elaborado por cinco raios sobrepostos por<br />
outros cinco raios em “Y” com corte de diamante, conferindo, assim, uma maior<br />
profundidade. Dispõe de um protetor de aro em aço inoxidável e detalhes como<br />
o logótipo BBS gravado a laser, enquadrando-se, deste modo, num segmento de<br />
jantes para viaturas de estrada. Está disponível em várias medidas, desde 8x19”<br />
até 10,5x20” e uma furação de cinco furos. A sua aparência distingue-se, também,<br />
pelas cores, estando disponível em três tonalidades: Grafite Diamond Cut, Platina<br />
acetinado e preto acetinado.<br />
Pirelli Portugal lançou nova<br />
página no Facebook<br />
A Pirelli Portugal lançou a sua própria página de Facebook, um novo<br />
canal de comunicação destinado aos seguidores da marca no país. A<br />
estreia da filial lusa no mundo das redes sociais abre uma nova via de<br />
contacto para os consumidores portugueses, que poderão conhecer as<br />
últimas informações sobre os produtos da marca do “P Longo”, novos<br />
lançamentos, concursos e desafios. Este novo canal está alinhado com<br />
a crescente aposta digital da Pirelli na Península Ibérica, potenciada,<br />
em 2017, com a abertura <strong>dos</strong> canais sociais em Espanha e que contou<br />
com uma profunda renovação da web em ambos países, levada a cabo<br />
em 2018. “Após a renovação da web, chega um novo passo obrigatório<br />
à progressiva digitalização da marca”, afirmou Sérgio Sá, country<br />
manager da Pirelli em Portugal. “Dispor de um novo canal de Facebook<br />
vai aproximar-nos <strong>dos</strong> consumidores, um passo imprescindível no nosso<br />
tempo. E é uma oportunidade de comunicar os nossos produtos de alto<br />
valor e elevadas prestações”, concluiu o responsável.<br />
Rede Driver Center<br />
tem novo sócio em Portugal<br />
A Driver Center escreve um importante capítulo na sua história na Península<br />
Ibérica com a abertura do seu primeiro ponto de venda em Portugal, a N Líder<br />
- Nac Amaro. Este centro é uma referência nacional em pneus para camião e procura<br />
crescer em pneus para turismo pela mão da Pirelli. Terá direito a todas as<br />
vantagens da rede, como as suas inovadoras e eficientes ferramentas digitais de<br />
gestão, bem como com a sua base de fornecedores. Depois de Itália, Alemanha,<br />
Finlândia, Grécia, Suíça, Polónia e Espanha, Portugal será o oitavo país da rede<br />
Driver Center na Europa, que, em 2020, celebra o seu 25.º aniversário. Esta nova<br />
oficina, a N Líder - Nac Amaro, situa-se em Turquel, Alcobaça, e foi fundada em<br />
2010 por Nuno Amaro, profissional com mais de duas décadas de experiência no<br />
setor. Atualmente, a oficina emprega 14 pessoas e sobressai pelo seu importante<br />
volume de vendas de pneus para camião, setor no qual foi líder de vendas em<br />
2017 e que fechou o ano de 2018 com a comercialização de 5.000 pneus.<br />
E-CUBE comemora um ano<br />
desde o seu lançamento<br />
Não há dúvida de que, nos últimos anos, o conceito flexível de<br />
manutenção de pneus móveis evoluiu para uma oportunidade de<br />
negócio cada vez maior para vendedores de pneus empreendedores e<br />
fornecedores de serviços oficinais. Por isso, surgiu o 48 Volt E-CUBE, um<br />
novo tipo revolucionário de unidade móvel de manutenção de pneus<br />
habilmente projetado e fabricado pela TechnoMarketing Group (TMG),<br />
na Holanda, e distruído em Portugal pela ALTARODA. Desde o seu<br />
lançamento, o E-CUBE sofreu várias melhorias e adaptações inovadoras,<br />
seguindo as recomendações <strong>dos</strong> clientes. O que provou ser de particular<br />
interesse para especialistas em montagem móvel de pneus é que o<br />
E-CUBE não é apenas a unidade compacta perfeita que permite que os<br />
técnicos de pneus trabalhem com segurança dentro e fora do veículo.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Dispnal cresce a dois dígitos<br />
nos pneus OTR da Triangle<br />
No primeiro semestre do ano em curso, a Dispnal, distribuidor<br />
histórico da marca Triangle em Portugal, registou um crescimento de<br />
dois dígitos no volume de vendas do segmento OTR (Engenharia Civil<br />
e Obras Públicas). Este resulta<strong>dos</strong> demonstram o excelente trabalho<br />
que a empresa liderada por Rui Chorado tem realizado na promoção<br />
e comercialização da marca Triangle neste segmento de produto<br />
tão sensível, especializado, técnico e profissional. Para este facto,<br />
tem contribuído sobremaneira o profissionalismo de toda a equipa<br />
da Dispnal, além, claro, da qualidade do seu serviço pós-venda.<br />
Roberto Pizzamiglio, diretor de vendas do sul da Europa da Triangle,<br />
afirmou: “Estamos plenamente satisfeitos com o magnífico trabalho<br />
desenvolvido ao longo <strong>dos</strong> anos pela Dispnal e é com muita satisfação<br />
que continuaremos a trabalhar e a contar com a Dispnal para ser<br />
distribuidora exclusiva <strong>dos</strong> pneus OTR da Triangle em Portugal”.<br />
Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />
nomeia novo diretor de marketing<br />
Nuno Rebelo, que já conta com mais de 10 anos de experiência na Continental, é<br />
o novo diretor de marketing da marca em Portugal. Licenciado em Gestão de Empresas,<br />
com especialização em Marketing e com um Master em Liderança e Gestão<br />
de Grupos pela Universidade de Barcelona, Nuno Rebelo tem 40 anos e integra os<br />
quadros da Continental desde 2006. Ingressou na Continental como responsável de<br />
marketing da Divisão de <strong>Pneus</strong> Ligeiros. Em 2011, foi nomeado responsável técnico<br />
e comercial e, em 2018, key account manager da Divisão de CST. Na qualidade de<br />
diretor de marketing da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, Nuno Rebelo é responsável pelo<br />
desenvolvimento e implementação de toda a estratégia de marketing no mercado<br />
nacional, pela coordenação das atividades entre os diferentes departamentos e pelo<br />
fluxo de comunicação entre as diretivas enviadas pela sede e o mercado português.<br />
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50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
ON ROAD. ON TRACK. ON AVONS<br />
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Notícias<br />
Empresas<br />
Driver Center e Autia<br />
unem forças para reforçar projetos<br />
A Autia e a Driver Center celebraram um acordo de colaboração que, sem alterar a<br />
independência de ambas as redes, oferecerá sinergias positivas e melhorará a cobertura<br />
e o serviço ao consumidor final. Este acordo, que tem vindo a ser discutido há<br />
alguns meses com a aprovação <strong>dos</strong> respetivos conselhos de administração e a aprovação<br />
<strong>dos</strong> parceiros independentes de ambas as redes, gera o grupo mais importante<br />
de oficinas autónomas e independentes do setor <strong>dos</strong> pneus, com quase 300 pontos<br />
em toda a Espanha (inclui ilhas), Andorra e Portugal. A procura de novas formas para<br />
melhorar os projetos Driver Center e Autia é um <strong>dos</strong> motivos que tem impulsionado<br />
estas referências do setor. A Autia, que já comemorou 25 anos de história, e a Driver,<br />
que fará o mesmo em 2020, são projetos que rolam em paralelo ao longo da história<br />
e partilham muitos valores.<br />
Bridgestone lançou<br />
relatório de sustentabilidade<br />
O Grupo Bridgestone publicou o seu Relatório de Sustentabilidade 2018/2019, destacando<br />
o forte progresso em direção ao seu compromisso global de ajudar a alcançar<br />
uma sociedade mais sustentável. Dois anos antes do previsto, o grupo superou a sua<br />
meta de 2020, de reduzir a captação global de água em 35%. Também introduziu,<br />
com sucesso, a sua Política Global de Compras Sustentáveis para 98% <strong>dos</strong> seus principais<br />
fornecedores de Nível 1, com a maioria <strong>dos</strong> fornecedores no processo de conclusão<br />
de avaliações de terceiros. Além disso, o grupo lançou a Plataforma Global para<br />
a Borracha Natural Sustentável, em colaboração com outros fabricantes de pneus e<br />
partes interessadas do setor, para liderar as melhorias no desempenho socio-económico<br />
e ambiental da cadeia de valor da borracha natural.<br />
Circuito de Portugal<br />
Valorpneu chega às ilhas<br />
Depois de percorrer Portugal Continental de norte a sul, entre<br />
janeiro e junho deste ano, com 3.653 visitas realizadas aos<br />
detentores portugueses de pneus usa<strong>dos</strong>, foi a vez de Açores<br />
e Madeira receberem o Circuito de Portugal Valorpneu, que<br />
é uma ação no local que tem como objetivo recordar as boas<br />
práticas do Sistema Integrado de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong><br />
(SGPU), fortalecendo a ligação com to<strong>dos</strong> os agentes envolvi<strong>dos</strong><br />
e reforçando o seu compromisso para com a sustentabilidade do<br />
setor. O calendário de visitas prevê a passagem por um total de<br />
147 pontos distribuí<strong>dos</strong> pelos Açores e Madeira. O envolvimento<br />
de uma equipa de trabalho multidisciplinar tem permitido fazer<br />
um levantamento das principais necessidades <strong>dos</strong> detentores de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>, assim como dar a conhecer, de forma detalhada, os<br />
limites do sistema, o contributo essencial que cada um pode dar<br />
para assegurar o bom funcionamento do mesmo e os níveis de<br />
ação e atuação da Valorpneu.<br />
CEMB anunciou aquisição da<br />
M&B Engineering<br />
No dia 2 de julho, a CEMB anunciou a aquisição da M&B<br />
Engineering, importante player na produção de equipamentos<br />
oficinais. Desde sua fundação, em 1946, pelo engenheiro<br />
Luigi Buzzi, a CEMB incorporou todas as aplicações industriais<br />
inerentes à análise de vibrações, inicialmente produzindo<br />
balanças industriais e, seis anos depois, passando a atuar no setor<br />
automóvel com a produção de sistemas de calibração para veículos<br />
motoriza<strong>dos</strong>. Graças aos contínuos investimentos em pesquisa<br />
e desenvolvimento e ao crescimento de uma equipa técnica<br />
experiente e altamente profissional, a CEMB é, hoje, reconhecida<br />
como líder no projeto e fabrico de máquinas de calibração<br />
para cada tipo de aplicação. A M&B Engineering, com sede em<br />
Correggio, Itália, foi fundada, em 2006, por Franco Magnani e Dido<br />
Boni, com experiência de 30 anos na SICAM. Com esta aquisição,<br />
a CEMB responde às necessidades <strong>dos</strong> clientes e pretende<br />
desenvolver sinergias produtivas, comerciais e estratégicas.<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
ACAP divulgou resulta<strong>dos</strong><br />
da campanha de pneus<br />
A Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> (CEPP) da ACAP (Associação Automóvel<br />
de Portugal), efetuou, no passado mês de junho, em Coimbra, mais uma campanha<br />
de verificação do estado <strong>dos</strong> pneus, desta vez a cerca de 130 veículos. Os resulta<strong>dos</strong><br />
desta campanha, efetuada em colaboração com a PSP (Polícia de Segurança<br />
Pública) de Coimbra, no apoio operacional e com o apoio institucional da ANSR, IMT,<br />
Quercus e Valorpneu, continuam a apontar para um elevado risco na segurança <strong>dos</strong><br />
passageiros, decorrente da manutenção incorreta <strong>dos</strong> pneus. No que respeita à profundidade<br />
do piso <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong>, os resulta<strong>dos</strong> desta campanha foram piores<br />
do que a campanha em 2018, pois revelaram que 29% <strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> não estavam<br />
com a profundidade correta (em 2018, foram 17%). Relativamente à pressão <strong>dos</strong><br />
pneus, 31% <strong>dos</strong> pneus verifica<strong>dos</strong> pela ACAP não estava com a pressão correta, sendo<br />
que 9,4% teriam de ser consulta<strong>dos</strong> com urgência e 21,9% brevemente. Os condutores<br />
que beneficiaram do check-up, efetuado por especialistas <strong>dos</strong> produtores de pneus<br />
que integram a ACAP, tiveram, ainda, acesso a diverso material informativo sobre os<br />
cuida<strong>dos</strong> a ter para uma boa manutenção <strong>dos</strong> pneus <strong>dos</strong> seus veículos, assegurando,<br />
assim, uma maior segurança rodoviária.<br />
Domingos & Morgado tem<br />
Manatec Jumbo 3D Super<br />
Ao comercializar no nosso país este equipamento de alinhamento<br />
de direções, a Domingos & Morgado disponibiliza aos clientes o<br />
primeiro equipamento do mundo com alinhamento de rodas 3D<br />
para autocarros e camiões multieixos. A Manatec é uma empresa<br />
indiana – país líder mundial na tecnologia informática – e é<br />
especializada na conceção e fabrico de máquinas de alinhar<br />
direções para veículos pesa<strong>dos</strong>. Representada em Portugal<br />
pela Domingos & Morgado, a marca lançou, recentemente, a<br />
alinhadora Manatec Jumbo 3D Super, o primeiro equipamento do<br />
mundo para alinhamento de camiões e autocarros 3D, podendo<br />
medir, em simultâneo, até seis eixos, com um alcance de medição<br />
máximo de 19 metros. O sistema de medição é semelhante a<br />
qualquer máquina full 3D, sendo a medição de to<strong>dos</strong> os ângulos de<br />
to<strong>dos</strong> os eixos efetuada em menos de quatro minutos.<br />
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<strong>Pneus</strong> fiáveis num<br />
mundo em constante<br />
evolução<br />
Campos enlamaça<strong>dos</strong>, pastos escorregadios, terrenos montanhosos e estradas longas. Os pneus<br />
Mitas trabalham com eficácia e fiabilidade em todas as condições. Equipa<strong>dos</strong> em vários tipos de<br />
máquinas agrícolas e apto para numerosas aplicações, os pneus Mitas asseguram que os<br />
agricultores profissionais consigam acompanhar o rápido desenvolvimento do mundo agrícola.<br />
Mitas, pneus que trabalham duro desde 1932.<br />
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Notícias<br />
Empresas<br />
Michelin defende testes<br />
para pneus usa<strong>dos</strong><br />
Muitos fabricantes concebem pneus seguros até que alcancem<br />
o limite legal mínimo de 1,6 mm de profundidade do desenho<br />
da banda de rolamento. Mas, atualmente, não existe nada que<br />
impeça que se comercializem pneus cujas distâncias de travagem<br />
se degradem de forma extremamente acentuada com o passar <strong>dos</strong><br />
quilómetros. Essa ausência de uma norma relativa ao desempenho<br />
mínimo que um pneu deve cumprir quando se desgasta, pode levar<br />
profissionais e utilizadores a substituir os pneus antes que estes<br />
alcancem o limite legal de desgaste de 1,6 mm de profundidade<br />
na banda de rolamento. A Michelin apoia a implementação de<br />
uma regulamentação que responda às expectativas em termos de<br />
máxima segurança, redução <strong>dos</strong> custos para a sociedade e proteção<br />
do meio ambiente.<br />
PCC lançou novidades da Ravaglioli<br />
A PCC, empresa especialista em equipamento oficinal, lançou no mercado dois novos<br />
elevadores de colunas independentes da marca italiana Ravaglioli. Ambos são adaptáveis<br />
a tratores agrícolas, ainda que um seja eletromecânico (RAV262AGR) e outro<br />
eletrohidráulico (RAV308H.2AGR). A PCC lançou, assim, no mercado não um, mas dois<br />
elevadores da Ravaglioli. A empresa especialista em equipamentos oficinais aposta,<br />
desta forma, forte na conceituada marca italiana. Fundada em 1958, a Ravaglioli é,<br />
atualmente, um <strong>dos</strong> maiores fabricantes mundiais do setor e líder europeu no fabrico<br />
de elevadores e equipamentos para pneus, com níveis de exportação de 85% e presente<br />
em to<strong>dos</strong> os continentes e em mais de 140 países.<br />
Hankook manter-se-á<br />
“ligada” ao DTM até 2023<br />
A Hankook Tire ampliou o seu compromisso com o DTM por mais<br />
quatro anos, apesar de o contrato ainda estar em vigor. A empresa<br />
participa nesta popular competição internacional de carros de<br />
turismo como patrocinadora e fornecedora oficial exclusiva<br />
desde 2011. A atual temporada do DTM apresenta carros de<br />
corrida basea<strong>dos</strong> em modelos de produção de três <strong>dos</strong> principais<br />
fabricantes de automóveis do mundo. Este ano, além de Audi e<br />
BMW, estará em competição o fabricante de desportivos de luxo<br />
Aston Martin. Na temporada de 2019, novos regulamentos técnicos<br />
também foram introduzi<strong>dos</strong> de acordo com as regulamentações<br />
internacionais de Classe 1, que resultaram em carros de DTM mais<br />
potentes, mais espetaculares e capazes de completar tempos de<br />
volta muito mais rápi<strong>dos</strong>.<br />
Goodyear regressa ao espaço<br />
para melhorar performances<br />
A Goodyear quer chegar de novo às estrelas para melhorar a performance <strong>dos</strong> seus<br />
pneus. Por isso, testará compostos no espaço como parte de um projeto na Estação<br />
Espacial Internacional <strong>dos</strong> EUA. No ambiente de microgravidade da estação espacial, a<br />
Goodyear estudará a formação de partículas de sílica, material muito comum utilizado<br />
nos pneus para turismo. Com a informação recolhida após a experiência, os engenheiros<br />
e cientistas da Goodyear poderão determinar se as partículas separadas de sílica<br />
precipitada podem ser aplicadas nos pneus para melhorar a sua performance. Os astronautas<br />
da Estação Espacial Internacional realizarão a experiência de sílica preparado<br />
pela Goodyear, enquanto que cientistas da Goodyear realizarão, simultaneamente,<br />
a mesma experiência nos laboratórios da empresa, permitindo estabelecer uma comparação<br />
quando os resulta<strong>dos</strong> da investigação espacial, congela<strong>dos</strong> para a viagem de<br />
regresso à Terra, sejam, posteriormente, estuda<strong>dos</strong>.<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
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Notícias<br />
Empresas<br />
Marangoni apresentou novo piso em evento da Énykk<br />
No passado dia 12 de junho, uma delegação de 30 gerentes de empresas de autocarros de toda a Hungria participou numa reunião organizada<br />
pela Énykk na sua sede. Durante a reunião, o representante<br />
da Marangoni realizou uma apresentação que chamou a<br />
atenção do público, expondo os benefícios exclusivos que<br />
o sistema de recauchutagem Ringtread oferece. Os recém-<br />
-cria<strong>dos</strong> RD4 235 XXS com novo molde foram destaca<strong>dos</strong><br />
durante a ação. O Ringtread RD4 é a solução ideal para autocarros<br />
intermunicipais de longa distância, graças à sua<br />
segurança operacional, melhor tração e baixo ruído, bem<br />
como aos eleva<strong>dos</strong> níveis de quilometragem e desempenho.<br />
Énykk, anteriormente conhecido como Kiszalföld<br />
Volán, é um cliente histórico da Marangoni, que fornece<br />
serviços de transporte de passageiros locais, interurbanos<br />
e internacionais em quatro províncias da Hungria.<br />
Minuto Valorpneu<br />
Publireportagem<br />
Sabe o que acontece aos pneus usa<strong>dos</strong><br />
quando os entrega na rede de Centros<br />
de Receção (CR) da Valorpneu?<br />
A<br />
rede de recolha da Valorpneu é constituída por 40 Centros de Receção no Continente, oito Centros de Receção na região autónoma<br />
<strong>dos</strong> Açores e um Centro de Receção na região autónoma da Madeira. Mas, afinal, o que é um Centro de Receção? São locais devidamente<br />
licencia<strong>dos</strong> para o armazenamento temporário de pneus usa<strong>dos</strong>, onde todas as entidades públicas ou privadas podem<br />
entregar, livre de encargos, os seus pneus usa<strong>dos</strong>. O transporte até ao Centro de Receção é da responsabilidade do detentor.<br />
Ao chegar ao Centro de Receção, os pneus usa<strong>dos</strong> têm de passar por várias etapas. Primeiro, o peso <strong>dos</strong> pneus é registado no sistema de<br />
informação da Valorpneu (transversal a to<strong>dos</strong> os operadores da rede).<br />
Em seguida, os pneus são armazena<strong>dos</strong> por cinco tipologias (ligeiros,<br />
pesa<strong>dos</strong>, industriais, danifica<strong>dos</strong> e maciços) para, posteriormente, serem<br />
tria<strong>dos</strong> com vista à recauchutagem.<br />
Semanalmente, a Valorpneu faz um planeamento de entrega <strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong> nos valorizadores e dá instruções aos Centros de Receção e aos<br />
transportadores para preparação das cargas a transportar. Os pneus são<br />
encaminha<strong>dos</strong> nos dias planea<strong>dos</strong> para os recicladores e valorizadores<br />
energéticos. Mas atenção: a descarga <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> nos Centros de<br />
Receção tem de respeitar várias condições. Entre as quais, não podem<br />
apresentar quaisquer contaminações e devem ser acompanha<strong>dos</strong> da documentação<br />
necessária, nomeadamente da Guia de Acompanhamento de<br />
Resíduos e-GAR (exceto particulares), do documento de identificação da<br />
empresa e da ficha de caracterização de origens devidamente preenchida.<br />
Depois de corretamente encaminha<strong>dos</strong>, os pneus usa<strong>dos</strong> são transforma<strong>dos</strong><br />
em granulado de borracha, nos recicladores, e aplica<strong>dos</strong> em novos<br />
materiais, como, por exemplo, relvado sintético ou pavimento, podendo<br />
ser ainda utiliza<strong>dos</strong> como combustível nos valorizadores energéticos,<br />
devido ao seu elevado poder calorífico.<br />
<strong>56</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Chegou o último episódio do “País a Rolar”<br />
A Bridgestone lançou o sexto e último episódio da webserie “País a Rolar”, onde apresenta o cliente AGROS. Nasceu há 70 anos, em 1949, esta união<br />
de cooperativas de produtores de leite, com apenas três cooperativas. Hoje, conta com 44 e representa, a nível nacional, a produção de 30% de<br />
leite, com uma recolha média anual de 500 milhões de litros. “Na AGROS, a nossa missão passa por promover a valorização do leite e a melhoria<br />
contínua da qualidade. Para o nosso trabalho, a confiança nos equipamentos é essencial, em que os pneus são o elemento que liga os nossos<br />
veículos à estrada. É pelos produtores que percorremos estes caminhos, to<strong>dos</strong> os dias. E com a Bridgestone como parceira, fazemo-lo com toda a<br />
confiança”, afirmou Ricardo Almeida, responsável de marketing da AGROS.<br />
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Notícias<br />
Produto<br />
Point S lança nova<br />
versão All Season<br />
A Point S Development orgulha-se de anunciar o lançamento<br />
no mercado da segunda versão do Point S 4 Seasons na<br />
Europa. Depois de identificar uma procura real por pneus<br />
All Season no Velho Continente, com um constante e<br />
forte crescimento do mercado de pneus nesse sentido e<br />
impulsionado pelo sucesso do primeiro pneu Point S 4<br />
Seasons, lançado em julho de 2017, a Point S Development<br />
quis evoluir o seu pneu. Disponível, exclusivamente, dentro<br />
da rede Point S, esta nova gama deve permitir suportar<br />
as margens de retalho <strong>dos</strong> membros no ponto de venda,<br />
continuando a oferecer uma boa relação qualidade/preço aos<br />
consumidores finais, que é o posicionamento de mercado<br />
visado pelo Point S para toda a sua gama de rótulos priva<strong>dos</strong>.<br />
Juntamente com a gama Point S existente e o antigo Point S 4<br />
Seasons, o Point S 4 Seasons 2 foi concebido e produzido por<br />
um <strong>dos</strong> maiores fabricantes da Europa.<br />
Pirelli desenvolve P Zero Trofeo R<br />
para a Pagani<br />
A história começou com o P Zero, continuou com o P Zero Corsa e alcança o seu auge<br />
com o P Zero Trofeo R. Pela primeira vez, a Pirelli completou uma conceção específica<br />
do seu pneu homologado de utilização em estrada para um novo modelo de Pagani.<br />
Trata-se do Huayra Roadster BC, a última criação de Horacio Pagani, que sairá de fábrica<br />
equipado com pneus P Zero Trofeo R como equipamento original. A sua missão é levar ao<br />
solo as incríveis prestações do novo motor Pagani V12 twin-turbo de seis litros, capaz de<br />
alcançar 800 cv de potência e 1.050 Nm de binário máximo. Falamos de um automóvel<br />
com uma velocidade superior a 300 km/h e que pode gerar 1,9 g nas viragens, com picos<br />
máximos de carga lateral de 2,2 g. Estes números ilustram na perfeição a dimensão da<br />
tarefa encomendada às “borrachas” da Pirelli.<br />
Aeolus mostrou pneu Allroads melhorado<br />
A Aeolus aperfeiçoou o seu pneu de reboque universal mais popular. Este pneu surge, agora, no mercado com<br />
o nome de NEO Allroads T2 e pode ser considerado o sucessor do famoso T+. Na dimensão 385/65R22.5, a<br />
capacidade de carga aumentou de 160K para 164K, o que representa uma capacidade de carga de 5.000 kg por<br />
pneu e ostenta, também, o símbolo 3PMSF. A garantia de dois anos a 100% também demonstra uma excelente<br />
relação qualidade/preço. O volume combinado de tecnologia Aeolus permite criar pneus inovadores de elevada<br />
qualidade, que estão disponíveis a partir de stock em praticamente todas as dimensões e perfis. As dimensões <strong>dos</strong><br />
pneus NEO Allroads estão disponíveis online. A adição de ranhuras garante ótima aderência e bom desempenho<br />
de travagem. E com uma estrutura conveniente da carcaça do pneu, a capacidade de carga pode aumentar de<br />
160K para 164K na medida 385/65R22.5”.<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Bridgestone<br />
escolhida para<br />
equipar BMW X5 e X7<br />
A Bridgestone acaba de anunciar que as suas<br />
gamas de pneus premium foram selecionadas<br />
como equipamento de origem para a quarta<br />
geração do BMW X5, bem como para o novo<br />
BMW X7. Continuando a sua longa relação com<br />
a BMW, a Bridgestone tem, atualmente, uma<br />
variedade de pneus em 15 tamanhos e padrões<br />
diferentes das gamas Alenza e Blizzak a rolar nos<br />
veículos da marca alemã. O pneu Alenza 001<br />
proporciona uma experiência de condução luxuosa,<br />
precisa em condições secas e húmidas,<br />
enquanto o pneu Alenza Sport A/S proporciona<br />
um desempenho de confiança em todas as estações,<br />
bem como uma condução confortável. Os<br />
condutores em merca<strong>dos</strong> com clima de inverno<br />
poderão optar pelos pneus Bridgestone Blizzak<br />
LM001, que também estão disponíveis para os<br />
modelos BMW X5 e X7. Os pneus Blizzak estão<br />
disponíveis em jantes de 18”, 19” e 20” para o<br />
BWM X5 e em 20” e 21” para o BMW X7.<br />
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Notícias<br />
Produto<br />
Dunlop TT100 GP<br />
Radial já chegou<br />
O TT100 GP Radial é o novo pneu da Dunlop para<br />
um <strong>dos</strong> segmentos que mais tem crescido no mercado<br />
europeu de motos nos últimos tempos. O<br />
mercado das roadsters desportivas retro, que inclui<br />
máquinas tão diversas como BMW R NineT, Yamaha<br />
XSR ou Kawasaki Z900RS, chamou a atenção <strong>dos</strong><br />
motociclistas que procuram combinar a mais moderna<br />
performance com uma aparência tradicional.<br />
Muitos motociclistas neste segmento escolhem um<br />
design moderno, como o RoadSmart III da Dunlop<br />
para viagem, ou o SportSmart TT para rolar em pista<br />
ocasionalmente. Contudo, um número cada vez<br />
maior de consumidores procura uma aparência<br />
autêntica, de acordo com a imagem vintage da sua<br />
moto. O Dunlop TT100GP Radial inspira-se num <strong>dos</strong><br />
pneus de competição mais importantes da empresa.<br />
O Dunlop é o pneu melhor sucedido da história do<br />
TT da Ilha de Man, com mais vitórias do que qualquer<br />
outro fabricante de pneus na edição de 2019.<br />
Pirelli P Zero venceu comparativo<br />
O Pirelli P Zero bateu os seus principais rivais num teste comparativo organizado pela revista<br />
EVO, onde o P Zero sobressaiu à condição de pneu de referência da Pirelli e a sua indiscutível<br />
liderança mundial no segmento de altas prestações. EVO, cujo slogan é “a emoção da<br />
condução”, nasceu em 1998 e conta com diferentes edições internacionais, o que a converte<br />
numa das publicações de referência para os amantes <strong>dos</strong> automóveis de altas prestações em<br />
todo o mundo. Na última edição do sempre esperado teste comparativo de pneus de verão,<br />
a EVO testou os pneus de referência atualmente à venda. Assim, o P Zero enfrentou outros<br />
sete reconheci<strong>dos</strong> rivais de fabricantes consolida<strong>dos</strong> numa ampla bateria de ensaios. Os<br />
testes avaliaram aspetos importantes no rendimento total do pneu, como a maneabilidade,<br />
a aceleração e a travagem numa grande variedade de condições, tanto em asfalto seco como<br />
molhado. O Pirelli P Zero foi o vencedor absoluto do teste com uma margem notável: sempre<br />
entre os seis melhores, foi especialmente impressionante sobre o molhado e, de longe, o<br />
melhor pneu nas apreciações subjetivas.<br />
Firestone lançou segunda geração do<br />
pneu Multiseason<br />
A Firestone tem vindo a reforçar a sua presença no mercado europeu nos últimos anos.<br />
Agora, está ainda mais fortalecida com o lançamento do novo pneu para todas as estações.<br />
Projetado para aperfeiçoar o desempenho, a segunda geração do Multiseason é a mais<br />
recente chegada ao portefólio da Firestone, tendo sido projetado para se adaptar a to<strong>dos</strong><br />
os tipos de veículos e condutores. Este novo pneu e outros lançamentos recentes, como os<br />
Roadhawk e Vanhawk 2, fizeram com que a Firestone se tornasse numa referência para pneus<br />
de elevada confiança, que oferecem uma excelente relação qualidade/preço. O Multiseason<br />
original foi reconhecido como um excelente pneu para todas as estações. No entanto, a<br />
Firestone está determinada a alcançar ainda mais com a segunda geração.<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Petlas aumenta medidas da gama com<br />
tecnologia Run Flat<br />
A Petlas acrescentou quatro novas medidas Run Flat à gama PT741. De acordo<br />
com o fabricante turco, os Petlas Run Flat têm capacidade para percorrer até<br />
200 km sem “quaisquer problemas de integridade do pneu”. O PT741, especialmente<br />
concebido para os entusiastas das altas prestações, proporciona os mais<br />
eleva<strong>dos</strong> níveis de segurança e prazer a ritmos de condução exigentes. O rigoroso<br />
controlo das trajetórias, os eleva<strong>dos</strong> níveis de aderência em curva, quer em<br />
pisos molha<strong>dos</strong> quer em pisos secos, juntamente com os insuperáveis níveis<br />
de conforto em rolamento, fazem do Petlas PT741, nas medidas, 245/40R 20 RF,<br />
285/35R18, 285/35R19 e 225/35R20 RF, um pneu que lida com intransigência<br />
com os mais eleva<strong>dos</strong> padrões da indústria. O desenho do piso moderno aliado<br />
aos compostos de última geração, asseguram maior economia de combustível<br />
e elevadas quilometragens de pura performance.<br />
O PT741 está particularmente adaptado às mais elevadas exigências <strong>dos</strong> automóveis<br />
de carácter desportivo e das berlinas de luxo. A marca Petlas é distribuída<br />
em Portugal pela Dispnal <strong>Pneus</strong>, que se destaca no mercado Ibérico enquanto<br />
especialista em to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, desde as gamas de consumo, como<br />
os pneus de turismo, até aos mais técnicos pneus de Engenharia Civil. A ampla<br />
gama de marcas que comercializa cobre ainda os segmentos de pneus vans,<br />
SUV/4x4, camião, movimentação de cargas, industriais, máquinas agrícolas e<br />
florestais.<br />
Destaque ainda para a ampla gama de câmaras de ar e jantes de camião.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Técnica<br />
Processo de<br />
produção é crucial<br />
O mercado disponibiliza um vasto leque de opções de jantes de fabricantes que<br />
adotaram os processos de produção que cumprem os exigentes requisitos <strong>dos</strong> OEM<br />
(Fabricantes de Equipamento Original)<br />
Embora não sejam obrigatórias,<br />
existem normas de qualidade<br />
para regular a produção de jantes.<br />
Assim, alguns países, como a<br />
Alemanha e o Japão, dispõem de regulamentos<br />
governamentais que exigem que<br />
as jantes do mercado de pós-venda cumpram<br />
determina<strong>dos</strong> critérios e garantam<br />
uma instalação adequada. A Europa deu<br />
alguns passos para definir diretrizes, mas<br />
demorará algum tempo até que consiga<br />
promulgar algum tipo de regulamentação.<br />
Consequentemente, as jantes não são todas<br />
iguais. O desempenho de uma jante de liga<br />
leve é o resultado direto da técnica de produção<br />
utilizada. As empresas de jantes que<br />
fornecem o mercado OEM têm de seguir<br />
determina<strong>dos</strong> procedimentos durante o processo<br />
de produção, para manter a qualidade<br />
e a integridade <strong>dos</strong> respetivos produtos.<br />
Pode parecer óbvio, mas uma jante é constituída<br />
por um cubo, pelos raios e pelo aro.<br />
Por vezes, estes componentes serão uma<br />
peça única, outra vezes duas ou três. O cubo<br />
é a parte central da jante e é o que acopla a<br />
jante à suspensão. Os raios irradiam a partir<br />
do cubo e acoplam ao aro. O aro é a parte<br />
exterior da jante que segura o pneu. A seguir,<br />
abordaremos várias formas como as jantes<br />
são produzidas.<br />
JANTES FUNDIDAS MONOBLOCO<br />
Este é o tipo mais comum de jantes de alumínio.<br />
A fundição de jantes é o processo<br />
de obter alumínio fundido no interior de<br />
um molde para formar uma jante. Existem<br />
diferentes mo<strong>dos</strong> de isto ser conseguido e<br />
embora tal possa parecer simples é, efetivamente,<br />
uma arte quando feito adequadamente.<br />
FUNDIÇÃO POR GRAVIDADE<br />
A fundição por gravidade é o processo mais<br />
básico de verter alumínio fundido num<br />
molde utilizando a gravidade terrestre para<br />
encher o molde. A fundição por gravidade<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Construção de jantes<br />
proporciona um custo de produção muito<br />
razoável e é um bom método para fundir<br />
modelos que estão mais orienta<strong>dos</strong> para o<br />
aspeto visual ou quando a redução do peso<br />
não é uma preocupação fundamental. Uma<br />
vez que o processo se baseia na gravidade<br />
para encher o molde, o alumínio não é aglomerado<br />
de forma tão tensa no molde, contrariamente<br />
ao que ocorre noutros processos<br />
de fundição. Muitas vezes, as jantes fundidas<br />
por gravidade terão um peso mais elevado<br />
para se conseguir a resistência necessária.<br />
FUNDIÇÃO A BAIXA PRESSÃO<br />
A fundição a baixa pressão utiliza pressão positiva<br />
para se passar o alumínio fundido para<br />
o molde mais rapidamente e conseguir-se<br />
um produto acabado com melhores propriedades<br />
mecânicas (mais densidade) do que<br />
no caso de uma jante fundida por gravidade.<br />
O custo de produção é ligeiramente superior<br />
em relação à fundição por gravidade, mas a<br />
fundição a baixa pressão é o processo mais<br />
comum aprovado para jantes de alumínio<br />
vendidas para o mercado OEM. Algumas<br />
empresas disponibilizam jantes que são produzidas<br />
com uma pressão mais elevada em<br />
equipamento de fundição especial de modo<br />
a criar uma jante mais leve e mais resistente<br />
do que uma jante produzida a baixa pressão,<br />
mas o custo associado ao processo é mais<br />
elevado. As jantes fundidas a baixa pressão<br />
proporcionam um bom valor para o mercado<br />
de pós-venda, mantendo a resistência<br />
e menor peso.<br />
TECNOLOGIA DE ARCO POR ROTAÇÃO<br />
Este processo especializado começa com<br />
uma fundição a baixa pressão e utiliza uma<br />
máquina especial que gira a fundição inicial,<br />
aquece a parte exterior da fundição e, em<br />
seguida, utiliza rolos de aço pressiona<strong>dos</strong><br />
contra a área do aro para dar ao mesmo a<br />
sua largura e forma finais. A combinação do<br />
calor, da pressão e da rotação cria uma área<br />
do aro com uma resistência similar à de uma<br />
jante forjada, mas sem o elevado custo do<br />
forjamento. Algumas das jantes especiais<br />
produzidas para veículos OEM de elevado<br />
desempenho ou veículos de produção limitada<br />
utilizam este tipo de tecnologia, o que<br />
resulta numa drástica redução do peso das<br />
jantes, ainda que melhore a rigidez estrutural<br />
comparativamente às jantes fundidas<br />
standard.<br />
Os fabricantes de jantes estabelecem este<br />
processo de muitas formas. As jantes de<br />
enformação contínua da OZ Racing, como<br />
as Hyper GT HLT, por exemplo, são criadas<br />
utilizando a sua própria tecnologia exclusiva<br />
High Light Technology (HLT), uma combinação<br />
de enformação contínua e outras<br />
O que é a qualidade?<br />
Em geral, pretende-se que os padrões de qualidade das jantes sejam muito eleva<strong>dos</strong> e os<br />
fabricantes presentes neste mercado percebem que os vendedores controlam, constantemente,<br />
os produtos de modo a garantir que vendem produtos de qualidade aos respetivos clientes. Mas<br />
o que determina a qualidade? Os processos de produção e os níveis de teste são cruciais para a<br />
integridade estrutural de uma jante. As normas de qualidade internacionais, tais como ISO9001,<br />
QS9000, TÜV da Alemanha ou VIA do Japão, estabelecem importantes normas de produção e de<br />
qualidade que os fabricantes devem seguir. Além disso, devem ser cumpridas as tolerâncias<br />
dimensionais baseadas nas normas rigorosas do mercado de Equipamento Original, por<br />
oposição às normas mais “tolerantes” permitidas para muitos produtos do mercado de pósvenda.<br />
Até as normas de durabilidade do acabamento são diferentes entre o mercado de<br />
Equipamento Original e o mercado de pós-venda.<br />
Compatibilidade adequada<br />
Uma compatibilidade rigorosa é a diferença entre bom, melhor e perfeito. As dimensões cruciais<br />
das jantes, tais como largura, diâmetro, offset, orifício central, distância em relação aos travões,<br />
bem como o fator de carga e o material de aperto, são os elementos básicos quando se trata de<br />
avaliar a compatibilidade adequada de jantes do mercado de pós-venda. A instalação também<br />
requer um elevado nível de sofisticação. Muitos veículos novos estão disponíveis com<br />
funcionalidades como o ABS e controlo de tração, entre outras, que criam condições mais<br />
difíceis para a instalação de jantes do mercado de pós-venda. Sistemas de controlo de<br />
estabilidade, pneus Run Flat, grandes sistemas de travões de alto desempenho e tamanhos<br />
diferencia<strong>dos</strong> de jantes e pneus são, também, fatores a considerar ao estabelecer<br />
compatibilidades rigorosas. Fabricantes de jantes com equipas de design, investigação e<br />
desenvolvimento de produto trabalham para determinar a compatibilidade adequada como<br />
parte do processo de produção.<br />
Acabamento de proteção<br />
O tipo e a qualidade do acabamento de proteção das jantes (bem como a manutenção<br />
adequada) irão determinar o aspeto das jantes passa<strong>dos</strong> alguns anos. É aconselhável procurar<br />
garantias de acabamento propostas por fabricantes com uma boa reputação no que respeita à<br />
qualidade.<br />
Reputação e legado<br />
A reputação de um fabricante é um forte indicador de qualidade, uma vez que é com base na<br />
qualidade que se constrói uma reputação distinta. Leva muito tempo a criar uma reputação<br />
positiva e é importante um compromisso para manter a mesma. E conhecer as origens de uma<br />
empresa de jantes. Muitos fabricantes de jantes impuseram-se inicialmente no plano <strong>dos</strong><br />
desportos motoriza<strong>dos</strong> e aplicam essas bases tecnológicas e filosóficas na respetiva produção<br />
de jantes para utilização em estrada.<br />
Compromisso com a qualidade<br />
Os comerciantes analisam, constantemente, da<strong>dos</strong> de jantes de novos veículos para se<br />
certificarem de que estão a par <strong>dos</strong> tamanhos do Equipamento Original e <strong>dos</strong> pacotes<br />
disponibiliza<strong>dos</strong>. Inspecionam fisicamente muitos <strong>dos</strong> novos veículos atuais e, frequentemente,<br />
fornecem da<strong>dos</strong> técnicos a alguns <strong>dos</strong> fabricantes localiza<strong>dos</strong> noutros países, que podem não<br />
ter acesso a certos veículos nos merca<strong>dos</strong> nacionais. Para muitas jantes importadas ou<br />
representadas por comerciantes, estes especificam determinadas dimensões que necessitam<br />
para garantir a compatibilidade das jantes e manter padrões de qualidade eleva<strong>dos</strong>.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63
Técnica<br />
Jante de liga leve<br />
As ligas metálicas proporcionam uma<br />
resistência superior e reduções drásticas de<br />
peso comparativamente aos metais ferrosos,<br />
tais como o aço, e, assim, são o material ideal<br />
para a produção de jantes de elevado<br />
desempenho. De facto, atualmente é difícil<br />
imaginar um automóvel de competição de<br />
nível mundial ou um veículo automóvel de alto<br />
desempenho que não utilize as vantagens das<br />
jantes de liga leve. A liga utilizada nas<br />
melhores jantes é uma mistura de alumínio e<br />
outros elementos. O termo “jante de<br />
magnésio” é, por vezes, utilizado<br />
incorretamente para descrever jantes de liga<br />
leve. O magnésio é, geralmente, considerado<br />
inadequado para ligas usadas em jantes de<br />
veículos de utilização diária devido à sua<br />
natureza frágil e por ser suscetível à corrosão<br />
(a inflamabilidade também não ajuda).<br />
tecnologias diretamente derivadas da experiência<br />
ganha durante a produção das<br />
suas jantes para automóveis de Fórmula 1 e<br />
Fórmula Indy. Nas jantes forjadas, fresadoras<br />
de controlo numérico por computador (CNC)<br />
adicionam a parte estética e o círculo <strong>dos</strong><br />
parafusos com tolerâncias rigorosas.<br />
JANTES FORJADAS<br />
O melhor em termos de jantes monobloco.<br />
O forjamento é o processo de pressionar um<br />
bloco sólido de alumínio entre as matrizes<br />
de forjamento através de uma quantidade<br />
de pressão extrema. Isto cria um produto<br />
acabado que é muito denso, muito resistente<br />
e que, portanto, consegue ser muito leve. O<br />
custo das ferramentas, do desenvolvimento<br />
e do equipamento torna este tipo de jantes<br />
muito exclusivo e, por norma, obriga a um<br />
preço elevado no mercado de pós-venda.<br />
JANTES MODULARES<br />
Este tipo de jante utiliza dois ou três componentes<br />
monta<strong>dos</strong> em conjunto para gerar<br />
uma jante acabada. As jantes modulares<br />
podem utilizar muitos méto<strong>dos</strong> diferentes<br />
de produção. Os centros podem ser fundi<strong>dos</strong><br />
através de vários méto<strong>dos</strong> ou forja<strong>dos</strong>. As<br />
secções de aro para jantes tripartidas são, por<br />
norma, produzidas por rotação a partir de<br />
discos de alumínio. Geralmente, as secções<br />
de aro produzidas por rotação proporcionam<br />
a capacidade de adaptar as jantes para aplicações<br />
especiais que não estariam à disposição<br />
de outra forma. As secções de aro são<br />
aparafusadas ao centro e, normalmente, é<br />
aplicado um selante na área de montagem<br />
para selar a jante. Este tipo de construção<br />
tripartida foi inicialmente desenvolvido para<br />
a competição no início <strong>dos</strong> anos 70 e tem<br />
sido utilizado nos automóveis desde então.<br />
As jantes tripartidas são mais populares nos<br />
diâmetros de 17” e superiores.<br />
Existem, atualmente, muitas opções para<br />
jantes bipartidas no mercado. A conceção<br />
das jantes bipartidas não proporciona um<br />
leque de aplicações tão vasto como a das<br />
jantes tripartidas. No entanto, são mais comuns<br />
no mercado e os preços começam bem<br />
abaixo do preço médio das jantes tripartidas.<br />
Algumas jantes bipartidas têm o centro<br />
aparafusado a uma secção de aro fundida<br />
ou fundida/produzida por rotação e outros<br />
fabricantes pressionam os centros contra<br />
Figura 1<br />
Aro metálico<br />
Instruções de instalação<br />
de tampões de rodas<br />
Aro metálico<br />
com entalhe<br />
Haste da válvula<br />
To<strong>dos</strong> os tampões de rodas têm de ter um aro metálico com um entalhe.<br />
O entalhe do aro deverá ser alinhado com o desenho estampado de uma haste de válvula situado<br />
na parte detrás do tampão da roda. A haste da válvula da roda irá encaixar dentro deste entalhe<br />
(Figura 1).<br />
Verifique cada entalhe para se certificar de que este está virado para baixo e para dentro (distante<br />
de si olhando para a parte detrás do tampão da roda).<br />
Empurre o tampão da roda contra a jante de aço e, quando estiver seguro, verifique novamente<br />
para se certificar de que o entalhe e a haste da válvula do pneu estão alinha<strong>dos</strong>.<br />
Teste o encaixe do tampão da roda tentando retirá-lo com as mãos. Se conseguir remover<br />
facilmente o tampão da roda, mude a posição do aro de arame, empurrando-o para baixo para a<br />
fenda inferior nas abas (Figura 2).<br />
Figura 2<br />
Encaixe do<br />
tampão de roda<br />
Colocação normal<br />
Tampão de roda<br />
Colocação para<br />
ajuste mais<br />
apertado<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Construção de jantes<br />
secções de aro produzidas por rotação e<br />
soldam o conjunto da unidade. Quando a<br />
BBS desenvolveu uma nova jante bipartida<br />
para substituir a anterior jante tripartida de<br />
estrada, utilizou a tecnologia especial de<br />
enrolamento do arco (inicialmente desen-<br />
volvida para jantes de competição) para<br />
proporcionar à secção do aro qualidades,<br />
em termos de peso e resistência, similares<br />
às de um aro forjado. No mercado de jantes<br />
bipartidas de alta qualidade, encontram-se<br />
jantes que utilizam arcos forja<strong>dos</strong> e centros<br />
forja<strong>dos</strong>. Visto que os mesmos são vendi<strong>dos</strong><br />
apenas em pequena quantidade e devido<br />
ao elevado custo de desenvolvimento e de<br />
produção associado ao processo de forjamento,<br />
tendem a estar no topo da tabela<br />
de preços. ♦<br />
Binário de aperto da roda<br />
A instalação adequada da roda requer que o<br />
material de fixação da roda (porcas ou<br />
parafusos) seja apertado de acordo com a<br />
especificação de binário recomendada para a<br />
marca, modelo e ano do veículo. As<br />
especificações de binário encontram-se,<br />
habitualmente, no manual de proprietário do<br />
veículo. O binário adequado requer a utilização<br />
de ferramentas, procedimentos e padrões<br />
corretos. Tudo isto evitará o aperto excessivo<br />
do material, a deformação das roscas e o<br />
estiramento <strong>dos</strong> pernos. Também reduzirá a<br />
possibilidade de deformação <strong>dos</strong> tambores de<br />
travão, <strong>dos</strong> discos de travão ou <strong>dos</strong> cubos. O<br />
aperto insuficiente ou excessivo do material de<br />
fixação das rodas pode provocar danos e<br />
situações de perigo.<br />
As especificações de binário são apenas para<br />
roscas secas. As roscas <strong>dos</strong> parafusos não<br />
devem ter óleo, sujidade, areia e ferrugem. O<br />
material deve rodar livremente sem emperrar<br />
quando apertado à mão. É importante não<br />
lubrificar as roscas ou assentos do material. A<br />
fricção face à qual o binário é medido deve<br />
resultar <strong>dos</strong> assentos do material. Lubrificar as<br />
roscas e os assentos do material altera a<br />
fricção gerada no assento de aperto, o que<br />
resultará em leituras de binário imprecisas e/<br />
ou binário excessivo do material.<br />
É recomendável iniciar o aperto do material à<br />
mão, enroscando manualmente enquanto for<br />
fácil e, em seguida, utilizando uma chave de<br />
rodas com barra ou uma chave dinamométrica<br />
para aplicar o binário final de acordo com um<br />
<strong>dos</strong> padrões corretos mostra<strong>dos</strong> abaixo, para<br />
confirmar que o valor de binário recomendado<br />
foi atingido.<br />
Não é recomendável a utilização de pistolas de<br />
impacto ou chaves de caixa ao instalar rodas.<br />
As pistolas de impacto podem danificar o<br />
material e o acabamento das jantes. Alguns<br />
veículos, como os Porsche, requerem a<br />
utilização de chaves especiais para apertar o<br />
material sem danificar o respetivo<br />
revestimento anodizado. O binário das pistolas<br />
de impacto pode variar bastante desde binário<br />
reduzido (resultando em rodas soltas) até<br />
binário extremamente elevado (resultando em<br />
material danificado ou partido).<br />
Algumas das variáveis que podem provocar a<br />
aplicação de um binário incorreto:<br />
• Tipo de impacto utilizado (ar, elétrico, sem<br />
fios)<br />
• Potência (pressão do ar, volume do ar,<br />
comprimento da mangueira, tamanho das<br />
peças, potência da bateria, idade da bateria)<br />
• Impactos por segundo<br />
• Tamanho <strong>dos</strong> martelos internos<br />
• Possível utilização de adaptadores adicionais<br />
• Tamanho, peso, comprimento da chave<br />
• Força de aperto do operador<br />
• Peso do impacto<br />
• Ângulo aplicado durante a utilização<br />
A tentativa de apertar totalmente material com<br />
pistolas de impacto/chaves de caixa impede,<br />
também, a utilização de uma chave<br />
dinamométrica para confirmar a correção do<br />
valor especificado de binário. Embora uma<br />
chave dinamométrica consiga indicar quando<br />
o binário selecionado é atingido, não consegue<br />
diagnosticar um binário excessivo. Tendo à<br />
disposição as ferramentas corretas, utilize a<br />
sequência cruzada adequada (padrões<br />
apresenta<strong>dos</strong> abaixo) para o número de<br />
posições de material de fixação da roda do<br />
veículo, até que se atinja em todas elas o valor<br />
de binário especificado.<br />
Padrões de aperto e desaperto<br />
As jantes novas devem ser reapertadas após<br />
os primeiros 80 a 160 km percorri<strong>dos</strong>. Isto<br />
deve ser feito caso as cargas de fixação<br />
tenham mudado após a instalação inicial<br />
devido à compressão/alongamento do metal<br />
ou a esforços térmicos que afetam as jantes,<br />
visto que as mesmas cedem, bem como para<br />
verificar a correção da instalação original. Ao<br />
verificar o valor do binário, aguarde que as<br />
rodas arrefeçam até à temperatura ambiente<br />
(nunca aperte uma roda que esteja quente).<br />
Desaperte e reaperte de acordo com o valor,<br />
em sequência, usando os procedimentos de<br />
aperto lista<strong>dos</strong> acima. Caso não encontre as<br />
especificações de binário recomendadas pelo<br />
fabricante do veículo, pode utilizar as<br />
referências deste quadro:<br />
Tamanho <strong>dos</strong><br />
Intervalo de<br />
parafusos ou pernos<br />
binário típico<br />
libras<br />
12 x 1,5 mm 70 – 80 6,5<br />
12 x 1,25 mm 70 – 80 8<br />
14 x 1,5 mm 85 – 90 7,5<br />
14 x 1,25 mm 85 – 90 9<br />
7/16 pol. 70 – 80 9<br />
1/2 pol. 75 – 85 8<br />
9/16 pol. 135 – 145 8<br />
Nº míni de voltas<br />
ao acoplar o<br />
material<br />
Siga estas recomendações para garantir que a<br />
instalação decorre sem problemas:<br />
• Inspecione o produto quanto a danos. Se a<br />
instalação for efetuada pelo cliente, este deve<br />
comunicar quaisquer problemas ao<br />
estabelecimento de venda antes da instalação.<br />
• Verifique os tamanhos das jantes/pneus<br />
antes da instalação para se certificar de uma<br />
compatibilidade adequada caso não se trate<br />
de um conjunto.<br />
• Verifique tamanhos diferencia<strong>dos</strong> antes de<br />
começar. Está na posse de jantes específicas<br />
para a dianteira/traseira?<br />
• Verifique as posições <strong>dos</strong> pneus e certifiquese<br />
de que pneus direcionais são instala<strong>dos</strong> nas<br />
posições certas.<br />
• Enrosque primeiro todas as porcas ou<br />
parafusos à mão para evitar moer a rosca.<br />
• Defina o binário de aperto da roda de acordo<br />
com a especificação recomendada por veículo,<br />
utilizando o padrão cruzado adequado.<br />
• Limpe qualquer lubrificante de pneus que se<br />
encontre na jante após a instalação.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65
Técnica<br />
As múltiplas<br />
vidas <strong>dos</strong> pneus<br />
A gestão <strong>dos</strong> pneus desempenha um papel significativo na rentabilidade das empresas<br />
de transporte. Esta gestão combina a escolha correta de produtos originais com as<br />
operações de reesculturação e recauchutagem, que prolongam a sua vida útil<br />
Para a maioria das frotas, os pneus<br />
representam a terceira maior rubrica<br />
no orçamento de funcionamento.<br />
O menor custo por<br />
quilómetro possível é alcançado com um<br />
bom sistema de gestão de pneus que inclua<br />
a utilização de pneus reescultura<strong>dos</strong><br />
ou recauchuta<strong>dos</strong> de qualidade. Cada empresa<br />
deve programar as múltiplas vidas <strong>dos</strong><br />
seus pneus para aproveitá-los ao máximo,<br />
de acordo com as suas próprias exigências.<br />
Neste artigo, baseado em informação da<br />
Michelin, respondemos às perguntas que<br />
muitos profissionais do transporte fazem:<br />
Quando utilizar estas soluções? Até que<br />
ponto? Em que condições?<br />
SINÓNIMO DE<br />
SEGURANÇA<br />
Um veículo pesado pode viajar com toda<br />
a segurança com pneus reescultura<strong>dos</strong>,<br />
desde que os pneus tenham sido concebi<strong>dos</strong><br />
para serem reescultura<strong>dos</strong> e que a<br />
operação seja realizada por um profissional.<br />
Reesculturar é uma operação autorizada<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
<strong>Pneus</strong> reescultura<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong><br />
pelo código da estrada e recomendada pela<br />
ETRTO (European Tyre and Rim Technical<br />
Organisation). Considerando que devolve<br />
as arestas vivas e uma altura de 6 a 8 mm<br />
às esculturas, o reesculturado prolonga a<br />
vida útil <strong>dos</strong> pneus e aumenta o seu nível<br />
de segurança. Esta operação permite que os<br />
pneus aumentem o seu nível de aderência<br />
transversal e de motricidade em até 10%,<br />
por comparação com os desempenhos<br />
verifica<strong>dos</strong> nos mesmos pneus utiliza<strong>dos</strong><br />
atá ao desgaste.<br />
Alguns fabricantes produzem pneus<br />
equipa<strong>dos</strong> com uma camada de borracha<br />
regular e suficiente para permitir um<br />
reesculturado de qualidade, sem alterar a<br />
robustez ou a resistência do produto. Neste<br />
tipo de pneus, a operação deve ser realizada<br />
quando a altura de escultura é de 2 a 4 mm.<br />
Não se recomenda reesculturar quando a<br />
banda de rolamento apresenta vestígios de<br />
agressões (cortes, arrancamentos ou lonas<br />
metálicas visíveis). É desaconselhado reesculturar<br />
os pneus submeti<strong>dos</strong> a utilização<br />
intensa e agressiva, como a circulação em<br />
todo-o-terreno.<br />
consumido. Na verdade, o reesculturado é<br />
realizado quando a resistência ao rolamento<br />
do pneu é mais reduzida. Os ribs de borracha<br />
ficam, então, menos altos e, portanto, mais<br />
rígi<strong>dos</strong> do que os <strong>dos</strong> pneus novos. Rigidez<br />
que tem a vantagem de limitar os atritos na<br />
estrada, de retardar o desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />
e de economizar combustível.<br />
RECAUCHUTAGEM:<br />
TODOS PODEM?<br />
Os pneus não são to<strong>dos</strong> iguais perante o<br />
teste de admissão para recauchutagem. Para<br />
o sucesso na recauchutagem, impõem-se<br />
várias condições:<br />
l Devem ter sido concebi<strong>dos</strong> de origem para<br />
serem recauchuta<strong>dos</strong> em condições ideais;<br />
l Apenas aqueles cuja carcaça é suficientemente<br />
robusta para permitir vários ciclos de<br />
vida útil passam na filtragem <strong>dos</strong> recauchutadores<br />
mais exigentes;<br />
l Devem ser submeti<strong>dos</strong> a uma manutenção<br />
profissional e regular.<br />
Alguns fabricantes evoluem continuamente o<br />
potencial das suas carcaças. Na Michelin, 80%<br />
das carcaças são, efetivamente, recauchutadas.<br />
ao máximo o desempenho das carcaças<br />
de origem; a homogeneidade dimensional<br />
que oferece garante um desgaste mais<br />
regular, independentemente da carcaça<br />
de origem; o aspeto obtido é comparável<br />
ao de um pneu novo, com as laterais e<br />
as marcações totalmente renovadas, o<br />
que é uma vantagem para a aparência<br />
do veículo.<br />
l A FRIO: uma banda de rolamento pré-<br />
-vulcanizada com a sua escultura definitiva<br />
é colocada sobre a carcaça previamente<br />
preparada. A vulcanização a 115°C durante<br />
cerca de três horas garante a coesão<br />
do conjunto. Vantagens: a gestão deste<br />
processo permite recuperar as carcaças<br />
recauchutadas com maior rapidez; proporciona<br />
mais possibilidades de mudança<br />
das esculturas.<br />
A atenção e a experiência que têm os operadores<br />
de recauchutagem são cruciais<br />
nas etapas de seleção,<br />
verificação, reparação e revestimento das<br />
carcaças, para garantir a qualidade e a fiabilidade<br />
do produto acabado.<br />
CONSEGUE-SE<br />
ECONOMIZAR?<br />
A escolha correta <strong>dos</strong> pneus e cuidar da<br />
manutenção durante toda a sua vida útil é<br />
a melhor forma de reduzir os custos. Realizada<br />
segundo as regras estabelecidas pelo<br />
fabricante, o reesculturado também pode<br />
representar:<br />
l Até 25% mais de km percorri<strong>dos</strong>;<br />
l Até 2 litros de combustível economizado<br />
em cada 100 km;<br />
l 70 kg de matéria-prima economizada em<br />
cada quatro pneus reescultura<strong>dos</strong>, o equivalente<br />
a um pneu novo.<br />
Poderá parecer surpreendente, mas um<br />
pneu reesculturado é económico porque<br />
se gasta mais<br />
lentamente do que um pneu novo, o que permite<br />
obter uma economia no combustível<br />
DOIS PROCESSOS<br />
DE RECAUCHUTAGEM<br />
O processo de recauchutagem consiste<br />
numa série de passos, com equipamento<br />
específico usado em cada um deles. De<br />
acordo com as prioridades, o proprietário<br />
do camião pode escolher entre dois processos<br />
de recauchutagem:<br />
l A QUENTE: a borracha em frio é colocada<br />
sobre a carcaça previamente preparada<br />
(cima + flancos). O conjunto é colocado<br />
num molde que vai dar o perfil definitivo<br />
ao pneu recauchutado. A vulcanização<br />
é realizada numa prensa de cozedura<br />
a 160°C, durante cerca de uma hora, tal<br />
como para o fabrico de um pneu novo.<br />
Vantagens: se for efetuado pelos próprios<br />
fabricantes, este processo permite explorar<br />
NOVOS EVOLUEM<br />
GRAÇAS AOS USADOS<br />
O conhecimento profundo <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
serve de guia para a evolução das estruturas<br />
e materiais para as futuras gerações<br />
de pneus. Alguns <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />
realizam, eles próprios, a recauchutagem<br />
<strong>dos</strong> seus pneus. Alguns recorrem aos exames<br />
que efetuam aquando da chegada das<br />
carcaças às suas fábricas de recauchutagem,<br />
para melhor analisarem o impacto da utilização<br />
real nos seus pneus. Estes da<strong>dos</strong>,<br />
observa<strong>dos</strong> ano após ano, completam os<br />
testes realiza<strong>dos</strong> em laboratório e nas pistas<br />
de ensaios, fornecendo informação muito<br />
valiosa para os desenhadores de pneus novos.<br />
Este conhecimento profundo orienta a<br />
evolução das estruturas e <strong>dos</strong> materiais para<br />
as futuras gerações de pneus.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67
Técnica<br />
Desde a chegada às fábricas de recauchutagem,<br />
os pneus são submeti<strong>dos</strong> a uma revisão<br />
profunda (86<br />
pontos de controlo, no caso da Michelin).<br />
A síntese destes diagnósticos constitui<br />
uma fantástica fonte de informação sobre<br />
os pneus atuais. Os engenheiros da marca<br />
interpretam estes da<strong>dos</strong> para otimizar os<br />
pneus do futuro.<br />
PERFORMANCES<br />
IGUAIS ÀS DE NOVO<br />
Um pneu recauchutado pode ter as mesmas<br />
performances de um pneu novo, se a carcaça<br />
de origem for de qualidade superior, robusta<br />
e resistente, bem como se os materiais, as<br />
tecnologias, as capacidades e a experiência<br />
profissional, aplicadas pelo recauchutador,<br />
forem excelentes. Alguns fabricantes recauchutadores<br />
utilizam para os seus pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong> as mesmas borrachas e as<br />
mesmas esculturas patenteadas do que<br />
para os pneus novos, restabelecendo a arquitetura<br />
inicial. Uma garantia de qualidade<br />
que permite recuperar as performances <strong>dos</strong><br />
pneus novos e uma garantia de economia, já<br />
que poderá reesculturar no futuro os pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
RECAUCHUTADOS<br />
ECONOMIZAM?<br />
A recauchutagem conjuga três vantagens<br />
para o orçamento de pneus de um frotista,<br />
sem comprometer a segurança:<br />
- Um pneu recauchutado é 40 % mais barato<br />
do que o pneu novo equivalente;<br />
- Poderá percorrer 100% mais de quilómetros<br />
(a recauchutagem de uma carcaça, realizada<br />
por um especialista, duplica a vida útil <strong>dos</strong><br />
pneus a um custo menor);<br />
- Várias recauchutagens (em função da análise<br />
externa e interna da carcaça, um pneu<br />
pode ser recauchutado várias vezes, para<br />
realizar ainda mais quilómetros).<br />
A capacidade de recauchutagem <strong>dos</strong> pneus<br />
depende da atividade e da gestão da frota.<br />
Se o frotista apostar no prolongamento da<br />
vida útil <strong>dos</strong> pneus, deverá ter em conta<br />
os fatores que influenciam o seu desgaste:<br />
- As características intrínsecas do pneu (robustez<br />
e resistência da carcaça, tipo e volume<br />
das borrachas, esculturas adaptadas às suas<br />
utilizações);<br />
l A pressão de enchimento <strong>dos</strong> pneus;<br />
l O nível de carga <strong>dos</strong> eixos;<br />
l O estado do veículo (alinhamento <strong>dos</strong><br />
eixos, geometria do veículo);<br />
l O estilo de condução.<br />
EM NOME DA<br />
FLEXIBILIDADE<br />
DO NEGÓCIO<br />
Para uma escolha correta, o frotista deve<br />
seguir as recomendações da marca e os<br />
conselhos do distribuidor. Para uma gestão<br />
ótima do stock, dispõe de diferentes opções<br />
para voltar a montar os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
nos seus veículos. Depois de recauchutado,<br />
um pneu pode voltar a ser montado num<br />
eixo diferente do original. É desaconselhada<br />
a montagem de um pneu recauchutado no<br />
eixo de direção, recomendando-se a montagem<br />
no eixo motriz ou portador <strong>dos</strong> veículos.<br />
Podem ser utiliza<strong>dos</strong> diferentes tipos de<br />
pneus nos veículos em função da atividade<br />
desenvolvida. Os transportadores e<br />
empresas do setor da construção podem<br />
pedir os pneus recauchuta<strong>dos</strong> que melhor se<br />
adaptam à utilização, graças aos diferentes<br />
tipos de esculturas disponíveis. Os fabricantes<br />
recauchutadores, com a sua variedade de<br />
modelos, contribuem para a flexibilidade de<br />
utilização <strong>dos</strong> veículos. Um pneu recauchutado<br />
pode substituir um pneu novo, tendo<br />
em conta as seguintes condições:<br />
é possível reduzir o custo por quilómetro através<br />
de um bom sistema de gestão de pneus, que inclua<br />
reescultura<strong>dos</strong> ou recauchuta<strong>dos</strong> de qualidade<br />
68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
<strong>Pneus</strong> reescultura<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong><br />
l To<strong>dos</strong> os pneus recauchuta<strong>dos</strong> de um<br />
mesmo eixo devem ter características iguais<br />
(mesma marca de recauchutador; mesma<br />
dimensão; mesmo modelo e categoria de<br />
utilização; estrutura - radial ou diagonal;<br />
mesmo índice de velocidade e de capacidade<br />
de carga).<br />
Não se pode misturar num mesmo eixo pneus<br />
novos com outros recauchuta<strong>dos</strong> (esta opção<br />
apenas se pode recomendar de forma transitária<br />
para tratar de uma avaria em estrada).<br />
PRESERVAR O MEIO<br />
AMBIENTE<br />
Os pneus reescultura<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong><br />
implicam uma economia de recursos naturais<br />
e ajudam a preservar o meio ambiente.<br />
Estas duas operações permitem prolongar a<br />
vida útil <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, o que equivale<br />
a reduzir consumo de recursos naturais em<br />
17 milhões de toneladas por ano em todo<br />
o mundo, conforme estimado pela Agência<br />
para o Meio Ambiente e Gestão de Energia.<br />
Eis os benefícios do pneu reesculturado para<br />
o meio ambiente:<br />
l Menos emissões de CO 2 Até 1,6 toneladas/ano.<br />
Com pneus reescultura<strong>dos</strong>, um<br />
veículo reduz o seu consumo de combustível<br />
e as suas emissões de CO 2 (exemplo de um<br />
conjunto de veículos que percorra 120.000<br />
km/ano com uma taxa de pneus reescultura<strong>dos</strong><br />
de 25%).<br />
l Menos matéria-prima consumida 100<br />
kg de matéria-prima consumida por cada<br />
cinco pneus reescultura<strong>dos</strong>.<br />
l Menos resíduos 200 kg de pneus usa<strong>dos</strong><br />
para reciclar por cada quatro reescultura<strong>dos</strong>.<br />
Agora os benefícios do pneu recauchutado<br />
para o meio ambiente:<br />
l Menos emissões de CO 2 100 pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
representam cinco toneladas<br />
de matéria-prima não consumida e mais de<br />
seis toneladas de CO 2 não emitidas para a<br />
atmosfera.<br />
l Menos matéria-prima consumida 1<br />
recauchutado = 50 kg de matéria-prima<br />
economizada. A borracha necessária para<br />
recauchutar uma carcaça é de apenas 20 kg<br />
em média (um ganho de 70% relativamente<br />
ao necessário para fabricar um pneu novo).<br />
l Menos resíduos 300 kg para um reboque<br />
de três eixos. O recauchutado <strong>dos</strong> seis pneus<br />
de um reboque de três eixos representa menos<br />
seis pneus usa<strong>dos</strong> para reciclar. ♦<br />
Porquê<br />
reesculturar?<br />
Porquê<br />
recauchutar?<br />
+ 10%<br />
em aderência e motricidade<br />
2 vezes mais<br />
quilómetros<br />
Até -2 l/100 km<br />
de economia de combustível<br />
Melhoria <strong>dos</strong> custos de exploração:<br />
4 x =1 x<br />
pneus<br />
reescultura<strong>dos</strong><br />
pneu novo<br />
economizado<br />
70 kg<br />
de matéria-prima economizada<br />
<strong>Pneus</strong><br />
novos<br />
100%<br />
<strong>Pneus</strong><br />
novos<br />
30%<br />
pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong><br />
pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong><br />
40%<br />
de economia na compra<br />
Consumo de matéria-prima<br />
Resíduos para reciclar<br />
50 kg menos<br />
por cada pneu recauchutado<br />
Rentabilidade - ecologia - Segurança<br />
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Avaliação Obrigatória<br />
Classe<br />
compacta<br />
Espaçoso, eficaz, elitista. O Classe B da Mercedes-Benz, cuja carroçaria se situa a<br />
meio caminho entre um tradicional hatchback de cinco portas e um monovolume<br />
compacto, é um automóvel pleno de oportunidade. Na versão 200d, de 150 cv,<br />
que traz acoplada caixa automática de oito velocidades, tudo tem a sua razão de ser<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
70 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Mercedes-Benz B 200d<br />
A<br />
par do A, <strong>dos</strong> CLA (Coupé; Shooting<br />
Break) e GLA, o B faz parte<br />
da classe compacta da Mercedes-Benz,<br />
que reúne uma fatia<br />
significativa de vendas. Se dúvidas houvesse,<br />
atente-se nos da<strong>dos</strong> divulga<strong>dos</strong> pela marca<br />
alemã no passado mês de agosto. De acordo<br />
com o comunicado, os automóveis compactos<br />
da Mercedes-Benz registaram um<br />
crescimento de 29,7% em julho. No sétimo<br />
mês deste ano, o novo Classe B alcançou um<br />
crescimento mundial muito forte: 52,7%. De<br />
janeiro a julho de 2019, foram vendi<strong>dos</strong>, em<br />
todo o mundo, mais de 368.000 modelos<br />
Classe A, B, CLA, CLA Shooting Brake e GLA<br />
(+7,3%). Já a popularidade do novo Classe A<br />
continua, com um crescimento nas vendas<br />
unitárias de 33,6% nos primeiros sete meses<br />
deste ano. Vê, caro leitor, como o Classe<br />
B, que, na presente edição, é analisado na<br />
versão 200d, tem toda a razão de ser, por<br />
mais que o seu design exterior não reúna<br />
consenso?<br />
PRESENÇA VISTOSA<br />
Sem romper totalmente com as linhas do<br />
modelo da anterior geração, antes pelo<br />
contrário, o Classe B, que foi lançado no final<br />
de 2018, começa por demarcar-se pela<br />
presença vistosa da sua carroçaria de cinco<br />
portas, que se situa a meio caminho entre<br />
um tradicional hatchback de cinco portas<br />
e um monovolume compacto. Goste-se ou<br />
não das suas linhas exteriores, ache-se ou<br />
não que são “desajeitadas” e pouco fluidas,<br />
a verdade é o Classe B, para mais este, que<br />
está equipado com linha AMG (€2.250), pintura<br />
metalizada cinzento “Mountain” (€750),<br />
teto de abrir panorâmico em vidro (€1.450)<br />
e vidros escureci<strong>dos</strong> (€400), consegue convencer<br />
pelo estilo.<br />
Por dentro, este modelo ganhou um visual<br />
moderno e vanguardista. O interior não<br />
difere muito, claro está, <strong>dos</strong> restantes modelos<br />
compactos da Mercedes-Benz, mas<br />
apresenta-se mais “folgado” em termos de<br />
habitabilidade e mala. Mais: adota uma abordagem<br />
completamente nova face ao modelo<br />
da geração anterior, redefinindo, de acordo<br />
com a marca, o luxo moderno na classe <strong>dos</strong><br />
automóveis compactos, transmitindo uma<br />
nova sensação de espaço. E, nisto, o Classe<br />
B é exímio.<br />
A nova arquitetura do habitáculo tem na<br />
eliminação da grelha de ventilação, que<br />
habitualmente existe na secção superior<br />
do tablier, o seu ex-líbris. Como resultado,<br />
a estrutura principal do tablier, em forma de<br />
asa, estende-se entre as portas dianteiras,<br />
sem descontinuidade visual. A qualidade de<br />
construção está em alta, assim como o posto<br />
de condução. Dispositivos de segurança,<br />
não faltam. Já no que toca a equipamento,<br />
esta unidade dispõe, para além <strong>dos</strong> extras<br />
acima menciona<strong>dos</strong>, outros dois: Pack Premium<br />
(€3.850); Pack de Conectividade para<br />
smartphone (€500). Contas feitas, são nada<br />
menos do que €9.200 de opções. Interessante<br />
no Classe B é o painel de instrumentos,<br />
de ecrã amplo, totalmente independente,<br />
que transmite a sensação de estar a “flutuar”<br />
no interior. As desportivas saídas de<br />
ventilação, com visual em forma de turbina<br />
(podem dispor de iluminação), são outros<br />
elementos de destaque no interior.<br />
ELEVADA COMPETÊNCIA<br />
Além de ser um modelo compacto confortável,<br />
seguro, fácil de controlar, pouco<br />
gastador e com boa capacidade de resposta<br />
ao movimento descendente do pé direito,<br />
o B 200d vale, também, pela envolvência<br />
sem precedentes que oferece. Ter uma doce<br />
e sensual voz feminina que comunica connosco<br />
e executa as tarefas que ditamos,<br />
não é para to<strong>dos</strong>. E, isto, deve-se ao MBUX<br />
(Mercedes-Benz User Experience), que abre<br />
caminho a uma nova era nos serviços Mercedes<br />
me connect. Uma das características<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 71
Avaliação Obrigatória<br />
Mercedes-Benz B 200d<br />
Hankook Ventus S1 evo2<br />
tecnologia<br />
“sound absorber”<br />
w O Mercedes-Benz B 200d que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha<br />
equipado com Hankook Ventus S1 evo2, de medida 225/45 R 18 91W<br />
em ambos os eixos. O inovador desenho de três camadas, inspirado<br />
no DTM, com a sua disposição especial em escada, garante uma zona<br />
de contacto uniforme com a estrada, assegurando uma tração mais<br />
eficaz. As distâncias de travagem curtas e o rendimento em piso<br />
molhado situa-se acima da média. A tecnologia “sound absorber”<br />
reduz, significativamente, o ruído na cavidade do pneu. Mesmo não<br />
tendo grandes pretensões desportivas, o B 200d faz uso de umas<br />
“borrachas” eficazes.<br />
únicas deste sistema reside, precisamente,<br />
na sua capacidade de interação. Graças à<br />
inteligência artificial, o MBUX pode ser personalizado<br />
e adapta-se ao utilizador, criando,<br />
desta forma, uma ligação emocional.<br />
Os pontes fortes do MBUX incluem o opcional<br />
cockpit panorâmico de alta resolução<br />
com operação tátil do ecrã multimédia, o<br />
ecrã de navegação com tecnologia de<br />
realidade aumentada e, ainda, o controlo<br />
inteligente por voz com reconhecimento<br />
de discurso natural, que é ativado com a<br />
palavra-código “Olá, Mercedes” ou, apenas,<br />
“Mercedes”. Disponível está, também, um<br />
head-up display. O ecrã tátil surge incluído<br />
no conceito touch control, trio constituído<br />
pelo ecrã tátil, pelo touchpad existente na<br />
consola central e pelos botões de controlo<br />
táteis localiza<strong>dos</strong> no volante.<br />
O MBUX vem revolucionar, autenticamente,<br />
a experiência de utilização do veículo. As<br />
características de apresentação apelativas<br />
destacam a abrangência da estrutura de<br />
controlo e dispõem de imagens 3D de alta<br />
resolução, que são reproduzidas em tempo<br />
Espaço, qualidade,<br />
equipamento e<br />
segurança não faltam<br />
no Classe B, que<br />
dispõe do MBUX<br />
real. Os novos e aperfeiçoa<strong>dos</strong> serviços Mercedes<br />
me connect estão a ser lança<strong>dos</strong> com<br />
a nova geração do sistema de informação<br />
e entretenimento MBUX, que incluem funções<br />
de navegação baseadas no “Car-to-X<br />
communication” (informação trocada entre<br />
veículos sobre acontecimentos regista<strong>dos</strong><br />
por sensores, como, por exemplo, travagem<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1950<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,0x92,3<br />
Taxa de compressão 15,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/3400<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 320/1400-3200<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção common rail<br />
Sobrealimentação<br />
turbo VTG + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
automática de 8+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,0<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (305)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (295)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
Multilink<br />
Barra estabilizadora dianteira/traseira sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 219<br />
0-100 km/h (s) 8,3<br />
CONSUMO (L/100 KM)<br />
Cons. Extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 4,0/4,5/5,5<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 130<br />
Nível de emissões<br />
Euro 6d<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,25<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4419/1796/1<strong>56</strong>2<br />
Distância entre eixos (mm) 2729<br />
Vias frente/trás (mm) 1<strong>56</strong>7/1547<br />
Capacidade do depósito (l) 43<br />
Capacidade da mala (l) 445-1530<br />
Peso (kg) 1535<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 10,23<br />
Jantes de série<br />
6 1/2Jx16”<br />
<strong>Pneus</strong> de série<br />
205/60 R16<br />
PNEUS DE TESTE<br />
Hankook Ventus S1 evo2,<br />
225/45 R18 91W<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €227,65<br />
PREÇO (s/ despesas) €42.250<br />
Unidade testada €51.626<br />
de emergência, intervenção do controlo de<br />
estabilidade ou comunicação manual de<br />
um acidente por parte do condutor) e no<br />
localizador de veículo, o que torna mais fácil<br />
encontrar a viatura estacionada, assim como<br />
enviar uma mensagem se esta sofrer uma<br />
colisão ou for rebocada. Ainda há dúvidas<br />
que o Classe B é uma boa escolha? u<br />
72 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
Em Estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Ford Focus ST Vignale 1.5 EcoBoost<br />
Assinatura especial<br />
A Vignale não é uma Focus ST qualquer. Ao dispor de uma assinatura<br />
especial, trata-se da carrinha mais luxuosa do segmento C. A justificar<br />
este título, está a cor “Diffused Silver” que reveste a carroçaria,<br />
os acabamentos croma<strong>dos</strong> e as jantes de 18” específicas. Isto no que<br />
se refere ao exterior. É que, por dentro, detalhes exclusivos também<br />
não faltam, como se comprova na qualidade <strong>dos</strong> revestimentos<br />
em pele, no conforto <strong>dos</strong> bancos e no maior recheio em termos<br />
de equipamento. Bem construída, com um posto de condução<br />
correto e uma boa habitabilidade e mala, a Focus ST Vignale faz-se<br />
valer ainda de um desempenho dinâmico de elevado gabarito. Não<br />
tendo propriamente uma suspensão macia nem um comando da<br />
caixa rápido, a direção oferece<br />
uma precisão convincente, os<br />
travões são competentes, os<br />
pneus são do melhor que a<br />
Michelin tem e as prestações do<br />
motor a gasolina, 1.5 EcoBoost<br />
de 150 cv, aqui associado a uma<br />
caixa manual de seis velocidades,<br />
permite adotar um ritmo<br />
de condução mais irreverente,<br />
ainda que com consumos não<br />
muito apelativos. Carrinhas, há muitas, é um facto, mas nenhuma<br />
na classe exibe a exclusividade da Focus ST Vignale, o que, só<br />
por si, já é um fator diferenciador. O preço (€27.629, sem extras<br />
nem despesas) é que não é irresistível. Mas existem campanhas<br />
especiais disponíveis.<br />
Fiat 500X 1.3 Turbo DCT S-Design<br />
Fator “X”<br />
Pintado de verde “Alpi” e aprimorado por umas jantes de 18”pretas<br />
(€440), o 500X 1.3 Turbo DCT S-Design está disponível por €26.<strong>56</strong>5.<br />
Preço que pode ser considerado competitivo atendendo ao espaço<br />
oferecido para ocupantes e bagagem, ao bom nível de prestações<br />
que alcança, aos consumos comedi<strong>dos</strong> que regista e ao nível de<br />
equipamento recheado, onde não faltam to<strong>dos</strong> os itens que, hoje,<br />
se tornaram indispensáveis num SUV compacto, como é o caso do<br />
Uconnect Link (Apple Carplay e Android Auto),Serviços Uconnect<br />
LIVE (diversas aplicações como Twitter e Facebook), Hill Holder,<br />
volante desportivo multifunções em pele, alerta de transposição<br />
de faixa de rodagem, faróis dianteiros full LED, barras de tejadilho<br />
em cinzento escuro acetinado,<br />
cruise control, TPMS e<br />
vidros escureci<strong>dos</strong>, só para<br />
citarmos alguns exemplos.<br />
Menos convincente é a qualidade<br />
de alguns materiais.<br />
Já o desempenho dinâmico,<br />
carece de alguma precisão<br />
e solidez. Para mais, sendo<br />
a caixa automática de seis<br />
velocidades pouco rápida. No entanto, o 500X consegue proporcionar<br />
bons momentos ao volante, quanto mais não seja pela<br />
pronta capacidade de resposta <strong>dos</strong> 150 cv e 270 Nm do motor a<br />
gasolina 1.3 FireFly. A direção até tem boa assistência e a carroçaria<br />
não exibe demasiado rolamento em curva. Mas a elegância deste<br />
modelo fala, de facto, mais alto.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1496<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 240/1600<br />
Velocidade máxima (km/h) 208<br />
0-100 km/h (s) 9,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 6,3<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 125<br />
Preço €27.629<br />
IUC €158,92<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Michelin Pilot Sport 4, 235/40R18 91W<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1332<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 270/1850<br />
Velocidade máxima (km/h) 200<br />
0-100 km/h (s) 9,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 6,5<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 155<br />
Preço €26.<strong>56</strong>5<br />
IUC €158,92<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Goodyear Eagle F1, 225/45R18 91Y<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 73
Em Estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Kia ProCeed 1.4 T-GDi GT Line<br />
Cruzamento de espécies<br />
O ProCeed é um automóvel difícil de definir. De frente, lembra um<br />
familiar de quatro portas “convencional”. De perfil e de traseira, assemelha-se<br />
a uma carrinha. Mas de uma coisa podemos estar certos: este<br />
Kia exibe um design marcante que se pauta, na versão GT Line (grelha<br />
dianteira escura e jantes de 17”) pela elegância e bom gosto. Depois,<br />
a carroçaria pintada de vermelho (cor menos habitual numa proposta<br />
de cariz familiar), confere-lhe ousadia. Por dentro, o ProCeed reúne<br />
to<strong>dos</strong> os argumentos que deixam os pais de família rendi<strong>dos</strong> aos seus<br />
encantos: espaço amplo para ocupantes e bagagem; posto de condução<br />
ergonómico; equipamento expressivo; dispositivos de segurança<br />
presentes em número elevado.<br />
Dispondo de um ambiente sóbrio,<br />
onde impera o preto e a<br />
boa qualidade geral <strong>dos</strong> materiais,<br />
o habitáculo exibe alguns<br />
pormenores interessantes.<br />
Quanto à condução propriamente<br />
dita, não esquecendo<br />
que a unidade aqui presente<br />
está equipada com o motor a<br />
gasolina 1.4 T-GDi de 140 cv, que traz acoplada caixa manual de seis<br />
velocidades, o ProCeed não é propriamente o modelo mais económico<br />
da sua classe, mas exibe boa solidez e reações previsíveis em todas<br />
as circunstâncias. As prestações são bastante interessantes.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1353<br />
Potência máxima (cv/rpm) 140/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 242/1500-3200<br />
Velocidade máxima (km/h) 210<br />
0-100 km/h (s) 9,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,8<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 132<br />
Preço €27.090<br />
IUC €158,92<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Michelin Primacy 3, 225/45R17 91W<br />
Volkswagen T-Cross 1.0 TSI Life<br />
Laranja mecânica<br />
O T-Cross é o modelo de acesso à oferta SUV da Volkswagen.<br />
Ainda que não esteja muito distante <strong>dos</strong> seus irmãos em termos<br />
estéticos, no que à qualidade diz respeito, a proliferação<br />
de maiores superfícies plásticas e de materiais menos nobres<br />
indicam que este modelo está uns furos abaixo <strong>dos</strong> T-Roc, Tiguan<br />
e, como é óbvio, Touareg. No entanto, o trunfo do T-Cross<br />
não está na qualidade de construção, mas no preço a que é<br />
comercializado (€22.336 no caso da versão Life com motor a<br />
gasolina 1.0 TSI de 115 cv com caixa manual de seis velocidades),<br />
no design bem conseguido, no posto de condução correto,<br />
no nível de conforto convincente e no habitáculo funcional.<br />
O espaço para ocupantes e<br />
bagagem é algo limitado, é<br />
certo, mas nada de grave.<br />
Quanto a equipamento e<br />
dispositivos de segurança,<br />
o T-Cross também não desilude.<br />
As prestações e os<br />
consumos, por seu turno, até<br />
são deveras interessantes, tal<br />
como o desempenho dinâmico, sendo de realçar o conforto<br />
em ordem de marcha e, sobretudo, a suavidade do motor a<br />
gasolina, que quase nem se dá por ele ao ralenti. O comando<br />
da caixa agradável, a direção precisa q.b. e a boa solidez do<br />
conjunto são argumentos que jogam a favor deste pequeno<br />
SUV, embora, no cômputo geral, passe no teste apenas com<br />
nota média.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 999<br />
Potência máxima (cv/rpm) 115/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 200/2000-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 193<br />
0-100 km/h (s) 10,2<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,9<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 133<br />
Preço €22.336<br />
IUC €124,38<br />
<strong>Pneus</strong> teste Hankook Ventus Prime 3,<br />
205/55R17 91V<br />
74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019
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76 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016