Revista da Sociedade SETEMBRO 28p semcortes
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Entrevista<br />
FOTO: IVAN FEITOSA/PREF. RIO PRETO.<br />
Hoje estamos em processo de implantação<br />
de um sistema que já está começando a mu<strong>da</strong>r<br />
isso. Tivemos de comprar um programa de geo<strong>da</strong>dos,<br />
comprar computadores compatíveis e<br />
estamos treinando o pessoal que vai operar o sistema.<br />
O que esse sistema permite?<br />
Com esse sistema, conseguimos dividir a<br />
ci<strong>da</strong>de em regiões de maneira a permitir a integração<br />
de <strong>da</strong>dos entre todos os setores <strong>da</strong> prefeitura.<br />
Educação, saúde, segurança, por exemplo.<br />
Isso permitiu que déssemos uma cor para<br />
ca<strong>da</strong> uma dessas regiões, que serão usa<strong>da</strong>s em<br />
placas de sinalização, por exemplo, facilitando a<br />
localização e o trânsito <strong>da</strong>s pessoas.<br />
Outro plano para o futuro próximo é que<br />
os equipamentos públicos sejam pintados com a<br />
cor que represente sua região. Alguns, inclusive,<br />
já foram pintados. Assim a população consegue<br />
identificar de um jeito mais fácil a região a que<br />
pertence.<br />
Essas regiões foram nomina<strong>da</strong>s de forma a<br />
facilitar o senso de localização <strong>da</strong>s pessoas. Temos,<br />
por exemplo, a região <strong>da</strong> represa, a região<br />
do bosque, a região do Hospital de Base. Com<br />
esse uso de referências fica fácil a pessoa saber<br />
onde está e para onde tem de ir.<br />
O arquiteto italiano Ugolino Ugolini<br />
foi o responsável pelo primeiro planejamento<br />
urbano de São José do Rio Preto. Seu projeto<br />
previa a criação de uma enorme praça que se<br />
estendia por praticamente todo o quadrilátero<br />
central <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de. O levou o município a<br />
não segui-lo?<br />
O arquiteto italiano Ugolino Ugolini veio<br />
para a ci<strong>da</strong>de e foi o primeiro a projetar seu futuro<br />
urbano, sim. E sim, a ideia inicial era de que<br />
o quadrilátero central fosse uma grande praça, a<br />
nossa Champs-Élysées. As ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, inclusive,<br />
com perpendiculares e paralelas, seguiram o<br />
desenho de Ugolini.<br />
Por que esse projeto foi abandonado?<br />
O urbanismo não é uma coisa estática. As<br />
coisas mu<strong>da</strong>m. Fecha um lugar aqui. Um outro é<br />
construído ali. O planejamento foi se adequando<br />
ao que a ci<strong>da</strong>de pedia.<br />
Sobre o trânsito rio-pretense, o que tem<br />
a dizer?<br />
Muitos pensam que a questão do trânsito é<br />
o principal desafio. Mas não é. O que não significa<br />
que não é uma questão que mereça atenção.<br />
As nossas ci<strong>da</strong>des não estavam prepara<strong>da</strong>s para<br />
li<strong>da</strong>r com o aumento exponencial do número de<br />
veículos nas ruas. Hoje o país inteiro vive esse<br />
problema. Nossa ci<strong>da</strong>de, por exemplo, tem quase<br />
um carro por habitante.<br />
Soma-se ao número excessivo de veículos<br />
a agressivi<strong>da</strong>de de muitos condutores. É uma<br />
questão de educação mesmo. Dá para fazer um<br />
paralelo com a questão do lixo. A gente limpa<br />
uma rua, retira sofá velho e todo tipo de tranqueira<br />
e na semana seguinte a mesma rua está<br />
to<strong>da</strong> suja novamente.<br />
Os engarrafamentos estão ca<strong>da</strong> vez<br />
maiores e mais demorados. O anel viário vai<br />
acabar com esse problema?<br />
O anel viário deve ficar pronto até o final<br />
de 2020 e certamente vai melhorar o fluxo de veículos<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de. De qualquer ponto do município<br />
será possível acessar o anel viário e se deslocar<br />
para outro ponto sem a necessi<strong>da</strong>de de passar<br />
pelo centro.<br />
Vai melhorar o trânsito na região central<br />
e nos trechos urbanos <strong>da</strong>s rodovias BR-<br />
153 e SP-310?<br />
É muito difícil afirmar isso. A ideia é que<br />
melhore e a tendência é melhorar. Mas não dá<br />
pra cravar quando. Só é possível ter essa certeza<br />
depois que as pessoas começarem a usar. No início<br />
as pessoas acabam optando por continuar a<br />
fazer os mesmo caminhos de antes. É aquela coisa<br />
automática. Mas depois de um tempo o novo<br />
caminho é absorvido. A ideia é que, sim, o trânsito<br />
nesses locais melhore.<br />
08 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de