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edição de 16 de setembro de 2019

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digiTAl<br />

Aplicativo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os TikTok cresce<br />

no Brasil e <strong>de</strong>ve se tornar potência<br />

Plataforma atrai marcas como Nissin e Amaro, que realizam ações para<br />

conquistar a geração Z; Startup chinesa ByteDance é <strong>de</strong>tentora da re<strong>de</strong><br />

Claudia Penteado<br />

Caminha a passos largos para se tornar<br />

uma nova potência global entre as re<strong>de</strong>s<br />

sociais o TikTok, aplicativo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os<br />

curtos no ambiente mobile, que pertence<br />

à gigante tech chinesa ByteDance, hoje a<br />

startup mais valiosa do mundo. Aos poucos,<br />

a empresa se expan<strong>de</strong> pelo mundo e<br />

já tem representantes no Brasil, além <strong>de</strong><br />

business <strong>de</strong>velopers que ficam em Miami<br />

li<strong>de</strong>rando o crescimento na América<br />

Latina. A ByteDance nasceu em 2012 e<br />

criou, por exemplo, a plataforma <strong>de</strong> piadas,<br />

memes e ví<strong>de</strong>os curtos NeihamDuanzi<br />

(fechado pela censura chinesa em<br />

2018), e <strong>de</strong>pois a Toutiao, um agregador<br />

<strong>de</strong> notícias que sugere artigos e ví<strong>de</strong>os<br />

aos usuários, que acabou se tornando um<br />

gigante hoje instalado em mais <strong>de</strong> 250<br />

milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong>vices na China. O TikTok é<br />

uma das apostas como “produto internacional”<br />

da ByteDance. No Brasil, até cerca<br />

<strong>de</strong> um ano, chamava-se Musical.ly, e era<br />

um aplicativo <strong>de</strong> karaokê popular, principalmente<br />

entre os pré-adolescentes - em<br />

especial os que gostam <strong>de</strong> produzir ví<strong>de</strong>os<br />

e conteúdos criativos. O hit são ví<strong>de</strong>os<br />

<strong>de</strong> 15 segundos e as ferramentas <strong>de</strong> edição<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os - na esteira <strong>de</strong> aplicativos como<br />

periscope e Vine, que acabaram não se<br />

popularizando.<br />

A intenção do TikTok, segundo sua assessoria<br />

local, é crescer entre usuários não<br />

tão jovens e, quem sabe, chegar à li<strong>de</strong>rança<br />

no universo <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os curtos. Recentemente,<br />

a consultoria Sensor Tower divulgou<br />

que o TikTok está entre os aplicativos<br />

mais baixados no mundo. Sua principal<br />

proposta é a diversão: estão ali conteúdos<br />

que possivelmente não estariam “à altura”<br />

do Instagram, por exemplo.<br />

E como tudo que se populariza entre os<br />

jovens, atrai inúmeras marcas, que enxergam<br />

na plataforma um jeito mais casual e<br />

divertido <strong>de</strong> se relacionar com o público<br />

jovem. Há um universo <strong>de</strong> influenciadores<br />

e artistas cujos perfis se tornam populares<br />

na plataforma, como o rapper americano<br />

Lil Nas X e Mariah Carey. “O TikTok faz<br />

parte <strong>de</strong>ssa nova leva <strong>de</strong> apps que buscam<br />

entreter a audiência <strong>de</strong> um jeito mais informal,<br />

divertido e engajado. Se as marcas<br />

querem se engajar, elas <strong>de</strong>vem optar por<br />

ter essa atitu<strong>de</strong> boba e divertida”, analisa<br />

Fre<strong>de</strong>rico Saldanha, diretor-executivo <strong>de</strong><br />

criação da Arnold Worldwi<strong>de</strong>.<br />

William Rocha, diretor <strong>de</strong> conexões da<br />

No Brasil, UOL publica ví<strong>de</strong>os da redação<br />

Agência3 e professor <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais da<br />

ESPM Rio, afirma que o TikTok se popularizou<br />

na China no vácuo <strong>de</strong>ixado por<br />

re<strong>de</strong>s como Instagram e Facebook, proibidos<br />

por lá. E que parte dos números<br />

astronômicos são justificados porque na<br />

China tudo o que faz sucesso tem volumes<br />

fora do comum. “No Brasil, um dos atrativos<br />

do aplicativo é o fato <strong>de</strong> que as pessoas<br />

mais velhas - parentes <strong>de</strong>sses jovens<br />

usuários, por exemplo - não usam a plataforma,<br />

ao contrário do que ocorreu com o<br />

Instagram e o Facebook. É um movimento<br />

que aconteceu com o Instagram há alguns<br />

anos”, revela.<br />

Segundo ele, o que explica a popularida<strong>de</strong><br />

do TikTok é a ânsia natural do<br />

adolescente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir coisas novas,<br />

criando seu clube particular, e gran<strong>de</strong>s e<br />

experientes criadores <strong>de</strong> conteúdo utilizando<br />

o aplicativo <strong>de</strong> uma forma mais madura,<br />

atraindo as marcas. Algumas empresas<br />

no Brasil já procuraram a plataforma<br />

para se conectar com novos públicos - na<br />

linha <strong>de</strong> ter <strong>de</strong> se valer <strong>de</strong> múltiplos canais<br />

para conversar com audiências diversas e<br />

Fotos: Divulgação<br />

Coca-Cola cria canais próprios ou realiza ações no app<br />

“O TikTOk faz parTe<br />

<strong>de</strong>ssa nOva leva <strong>de</strong> apps<br />

que buscam enTreTer a<br />

audiência <strong>de</strong> um jeiTO<br />

mais infOrmal”<br />

24 <strong>16</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> - jornal propmark

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